Lei 8061
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Norma em vigor
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei contém o conjunto de normas para a ação e o policiamento administrativos
exercitados pela Prefeitura Municipal, em assunto de Higiene Pública e Polícia Sanitária, de
Polícia de Costumes, de Segurança, e de Ordem Pública, de Funcionamento do Comércio,
Indústria e Profissões, e de Cemitério, estatuindo, disciplinando e supervisando as necessárias
relações entre o Poder Público local e os Munícipes.
Art. 3º Ninguém poderá se eximir do cumprimento da lei sob pretexto da ignorância de seus
preceitos.
Art. 4º A omissão de expressa proibição de atos ou ameaças que contrariem as normas de
posturas não será motivo de estorvo ou impedimento da ação da autoridade, quando evidente
que o ato ou a ameaça importe em infringir o disposto no Art. 1º, sendo, assim, lícito, por
analogia, o procedimento administrativo ou judicial para prevenir, corrigir e punir.
Art. 5º Implica desobediência ou desacato, sujeito o autor às sanções da legislação penal, além
da infração cominada com multa nesta Lei, o ato, a ação ou o comportamento do infrator de
embaraçar ou descumprir ordem da autoridade ou faltar a esta com o devido acatamento.
Art. 7º Ninguém poderá se opor a que o médico e os agentes fiscais ou outros funcionários,
declinando a sua condição, inspecionem, durante o dia, o interior de casas, armazéns,
estabelecimentos comerciais e industriais, quintais, áreas, etc., com o fim de verificarem o
cumprimento das posturas municipais.
Parágrafo Único - Também se assegura essa inspeção à noite, quando tais estabelecimentos
funcionarem depois das dezoito horas, ou quando ocorrer motivo relevante que aconselhe a
diligência, respeitada a lei.
Art. 8º Pessoa física e jurídica, estando em débito de qualquer tributo ou multa com a
municipalidade, não poderá:
III - celebrar contratos ou termos de qualquer natureza com a municipalidade ou com esta
transacionar a qualquer título; e quando peticionar, não terá curso o seu petitório, que
permanecerá sobrestado, até liquidação do débito, a menos que se cuide especificadamente
de matéria de defesa.
CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES DA DESOBEDIÊNCIA E DO DESACATO
Art. 9º Constitui infração toda ação ou omissão contrária às normas desta Lei e dos preceitos
que vierem a integrá-la.
Parágrafo Único - Poderá ser oferecida denúncia por qualquer cidadão através de telefone, ou
mesmo por fotografia ou filmagem, produzidas por cidadão comum, que poderão servir como
provas contra o infrator, dependendo de analise da autoridade municipal. Ficando assegurado
o anonimato do denunciante. (Redação acrescida pela Lei nº 8398/2013)
IV - também o encarregado da observância das normas desta Lei, que deixar de denunciar o
infrator.
Art. 11 A penalidade será pecuniária, consistindo em multa, mas, cumulativamente com esta, a
Prefeitura poderá, incontinenti, impor ao infrator a obrigação de fazer ou desfazer o ato
incriminado, fixando prazo para o cumprimento dessa obrigação.
Art. 12 Vencido o prazo do artigo anterior, se a obrigação não for atendida, a autoridade
encarregada da fiscalização lavrará auto de desobediência ou de desacato, mencionando a
ocorrência, local, dia e hora, arrolando duas testemunhas, com a menção do domicílio destas.
Art. 13 Se o autuado não satisfizer o pagamento da multa imposta, será esta inscrita em dívida
ativa, para ser cobrada judicialmente com os acréscimos impostos na decisão.
Art. 14 Na reincidência, a multa será cominada em dobro, considerando-se reincidência a
infração repetida de igual preceito desta Lei, o que justificará, anteriormente, autuação e
punição do mesmo infrator.
Art. 16 A penalidade, envolvendo com multa as demais exigências da decisão, não isenta o
infrator da obrigação, também, de reparar o dano resultante da infração prevista no Código
Civil.
Art. 17 Nos casos de apreensão, a coisa apreendida será recolhida ao Depósito da Prefeitura
ou local que esta indicar, podendo, também, ser em mãos de terceiros ou do próprio infrator,
e a esse encargo se aplicam as normas do "fiel depositário", previstas na legislação civil.
Parágrafo Único - A devolução da coisa apreendida somente se fará depois de pagos multas e
tributos, a que se somarão as despesas feitas com a apreensão, inclusive o transporte e o
depósito.
Art. 18 Na hipótese de não ser reclamada e retirada a coisa dentro de trinta dias da apreensão,
proceder-se-á sua venda em hasta pública por funcionários designados pelo Prefeito,
publicando-se edital uma única vez no órgão oficial da municipalidade, sendo o apurado
aplicado no pagamento da multa e indenização de despesas de que trata o artigo anterior, e
entregue qualquer saldo ao proprietário, mediante requerimento instruído e processado.
§ 1º Será dispensada a avaliação antecedendo à venda, quando a coisa for de valor pequeno,
e, se a avaliação for aconselhável, esta se fará por funcionário da municipalidade, indicado
pelo Prefeito.
II - os que forem coagidos a cometer a infração, o que deverá ser comprovado pelo
interessado.
Art. 20 Sempre que a infração for praticada por qualquer dos agentes aludidos no artigo
anterior, a penalidade recairá sobre o seu responsável ou sobre aquele que der causa à
infração forçada.
Parágrafo Único - Na hipótese de inexistência de síndico nas habitações coletivas e quando não
identificável por qualquer motivo, o autor da infração, a notificação será feita a um dos
condôminos ou a um dos ocupantes do imóvel, estendida aos demais, nominalmente, por
edital no órgão oficial da municipalidade, de cuja data de publicação correrá o prazo de defesa
para todos, coletivamente, in solidum.
CAPÍTULO III
DO AUTO DE INFRAÇÃO DEFESa) DECISÃO - EXECUÇÃO
Art. 23 Auto de infração é o instrumento por meio do qual a autoridade municipal fixa o fato
da violação das normas desta Lei e outras leis, decretos e regulamentos que venham integrá-
la.
Art. 24 Dará motivo à lavratura de auto de infração qualquer violação ou inobservância dos
preceitos aludidos no artigo anterior.
Art. 25 São autoridades competentes para lavrar o auto de infração, os fiscais ou outros
funcionários de nomeação ou designação para fazer cumprir as normas de posturas
municipais.
Art. 26 O auto de infração, que poderá ser impresso ou datilografado, conterá:
Art. 28 O autuado terá o prazo de cinco dias para oferecimento da defesa, contado da data do
auto ou da data da publicação do edital de sua notificação, uma única vez, no jornal local dos
atos da municipalidade, publicação essa na hipótese do infrator, por qualquer modo,
embaraçar a sua intimação, ocultando-se ou se ausentando.
Art. 29 A defesa será oferecida em requerimento dirigido ao Prefeito, com ou sem alegações.
Art. 30 Quando necessário, a juízo da Comissão Julgadora, o autuado será ouvido, em cinco
dias sobre a defesa.
Parágrafo Único - Diligências mínimas poderão ser determinadas pela Comissão Julgadora,
para instrução do processo.
Art. 32 O Prefeito criará uma comissão composta por três funcionários da Prefeitura, de
reconhecida capacidade jurídica, para julgamento dos recursos dos autos de infração, que
decidirão por maioria na aplicação das multas e demais cominações.
Art. 33 Proferida a decisão, desta será intimado o infrator, que terá o prazo de dez (10) dias
para o recolhimento da multa decorrente da penalidade.
I - a intimação será feita em uma única publicação no jornal dos atos oficiais da
municipalidade;
II - vencido o prazo de dez dias, não realizando o recolhimento, o processo irá à inscrição, em
dívida ativa, e, conseqüentemente, expedida a certidão para a cobrança judicial.
Art. 35 Se preferir, o infrator poderá pagar em dez parcelas mensais e de igual valor o
montante do recolhimento, acrescido de juros e correções monetárias.
TÍTULO II
DA HIGIENE PÚBLICA E DA POLÍCIA SANITÁRIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 36 A Higiene Pública e a Polícia Sanitária, que se incluem na organização dos serviços
públicos municipais, constituem atribuições da Prefeitura, de promover e fiscalizar a higiene e
o asseio:
CAPÍTULO II
DA LIMPEZA PÚBLICA
Art. 37 A limpeza pública exercitada pela Prefeitura ou concessionário tem por objetivo na
cidade, na sede dos distritos e dos povoados:
III - impor aos moradores, comerciantes e industriais, a limpeza do passeio fronteiriço de suas
casas e estabelecimentos.
II - a varredura ou remoção dos detritos do interior dos prédios, terrenos, telhados e veículos
para a via pública;
III - despejar lixo, animais mortos ou infectados, entulhos, papéis, restos de invólucros,
anúncios ou quaisquer detritos no leito dos passeios, vias públicas, logradouros, rios, lagoas,
valões, ou nas áreas particulares de terceiros;
IV - colocar caixotes, engradados, tambores usados, vazios ou não, nos meios-fios ou sarjetas
para criar obstáculos para o trânsito de pedestres, de veículos ou estacionamentos destes;
V - lavar roupa em chafariz, fontes ou tanques situados na via pública;
VII - consertar, recuperar, lavar e realizar tarefas em veículos, comprometendo o asseio dos
passeios e das ruas;
VIII - conduzir, sem as precauções devidas, quaisquer materiais que comprometam o asseio
das ruas e das casas, seja com o derramamento ou com a flutuação pelo vento;
IX - queimar, mesmo nos próprios quintais, lixo ou outros corpos ou detritos, em quantidade
capaz de molestar a vizinhança;
XII - comprometer, por qualquer forma, a limpeza das águas destinadas ao uso e consumo
público ou particular, ao bebedouro de animais e à piscicultura;
XIII - conservar água estagnada nos quintais ou pátios dos prédios situados na cidade, na sede
dos distritos e dos povoados, sendo de obrigação do proprietário do imóvel os trabalhos de
escoamento, quando esta não for de evidente atribuição do poder público;
XIV - comprometer o asseio da cidade, dos prédios e a saúde do povo com o resíduo de
combustíveis usados nas indústrias particulares.
Art. 39 Não serão considerados, para serem coletados pelo poder público, o lixo e os entulhos
avultados de habitações, fábricas e oficinas, inclusive os resíduos, os materiais excrementícios,
os dejetos e retraços de cocheiras, os sarrafos, palhas, restos de embalagens, galhos de árvore
e folhas resultantes de poda e asseio de jardins ou quintais, considerando-se infração a
impertinência do seu lançamento na via pública, logradouro ou curso d`água.
Art. 40 A infração de qualquer dos incisos do Art. 38 e do Art.39 autoriza a imposição de multa
do valor de 25% até dez salários mínimos mensais da região, sem prejuízo de outras
cominações, conforme a ocorrência.
CAPÍTULO III
DOS PRÉDIOS E HABITAÇÕES EM GERAL
Art. 43 A infração dos Arts. 41 e 42 e incisos importa em imposição de multa no valor de 10%
até um salário mínimo mensal da região contra o responsável ou responsáveis, se houver
ocorrido uma única ou maior número de ocupações, estas na hipótese de habitação coletiva
ou condomínio.
Art. 44 Se as condições do prédio a que se referem os Arts. 41 e 42 forem absolutamente anti-
higiênicas ou mesmo forem inadaptáveis aos fins da ocupação em vista, será, além da multa,
declarado interditado e considerado inabitado para todos os efeitos de direito.
Art. 45 Todos os serviços destinados à servidão do prédio, como sejam: água, esgoto, luz, etc.,
sejam ou não explorados ou fiscalizados pela municipalidade, serão declarados ligados ao
prédio, quando ocorrerem os fatos do Art. 44.
§ 1º Quando para efetividade do que estabelece este artigo, o Prefeito dirigirá imediata
comunicação à empresa ou companhia de exploração daqueles serviços para que não sejam
fornecidos ou sejam cancelados e desligados do prédio objeto da infração.
Art. 46 Quando o mau estado do prédio afetar os gêneros alimentícios que aí se acharem
expostos ou armazenados para o consumo, serão estes apreendidos e transportados para o
Depósito Público ou acomodações designadas pela municipalidade, às expensas do
proprietário das mercadorias, a quem serão devolvidas a requerimento deste, depois de pagas
todas as despesas de remoção e de armazenamento.
Art. 49 Os prédios de apartamentos e de habitação coletiva deverão ser ditados de instalação
incineradora e coletora de lixo, esta convenientemente disposta, perfeitamente vedada e
dotada de dispositivos para a limpeza e lavagem.
Art. 50 Nenhum prédio situado em via pública dotada de rede de água e esgoto poderá ser
habitado sem que disponha dessas utilidades e seja provido de instalações sanitárias.
Art. 51 Os prédios de habitação coletiva terão abastecimento d`água, banheiras e privadas em
número proporcional ao de seus moradores.
Art. 52 Não serão permitidas nos prédios da cidade, da sede dos distritos e dos povoados,
providos de rede de abastecimento d`água e de esgoto, a abertura ou a manutenção de
cisternas.
Art. 54 A infração do disposto nos Arts. 49, 50, 51, 52 e 53 autoriza a imposição de multa do
valor de 20% até dez salários mínimos da região, sem prejuízo de outras cominações aplicáveis
à espécie.
CAPÍTULO IV
DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS
I - a lavagem da louça e talheres deverá fazer-se em água corrente, não sendo permitida, sob
qualquer hipótese, a lavagem em baldes, tonéis ou vasilhames;
V - a louça e os talheres deverão ser guardados em armários com portas e ventilados, não
podendo ficar expostos à poeira e a moscas.
Art. 56 Os estabelecimentos a que se referem o artigo anterior são obrigados a manter seus
empregados ou garçons limpos, convenientemente trajados, de preferência, uniformizados.
Art. 58 Nos hospitais, casas de saúde e maternidade, além das disposições gerais desta Lei que
lhe forem aplicáveis, é obrigatória:
Art. 59 A instalação dos necrotérios e capelas mortuárias será feita em prédio isolado, distante
no mínimo vinte metros das habitações vizinhas e situados de maneira que o seu interior não
seja devassado ou descortinado.
Art. 60 As cocheiras, estábulos, granjas destinadas à avicultura e cunicultura não serão
permitidas na zona urbana da cidade, na sede dos distritos e dos povoados, e, os instalados
fora desse perímetro deverão obedecer:
I - conservar a distância mínima de dois metros e meio entre a construção e a divisão do lote;
II - possuir muros divisórios, com três metros de altura mínima, separando-se dos terrenos
limítrofes;
IV - possuir depósito para estrume à prova de insetos e com capacidade para receber a
produção de vinte e quatro horas, e o qual deverá ser removido diariamente para a zona rural;
V - possuir depósito para forragem isolada a parte destinada aos animais, e devidamente
vedado aos ratos;
Art. 61 A infração dos Arts. 55 a 60 anteriores, inclusive os incisos, autoriza contra o infrator a
imposição da multa do valor de 20% até 5 salários mínimos da região, incluindo na cominação
outros preceitos aplicáveis.
CAPÍTULO V
DA HIGIENE DOS ALIMENTOS
Art. 62 A Prefeitura exercerá severa fiscalização na produção, comércio e consumo de gêneros
alimentícios, também em colaboração ou convênio com as autoridades sanitárias do Estado ou
da União.
Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei, consideram-se gêneros alimentícios todas as
substâncias sólidas ou líquidas destinadas a ser ingeridas pelo homem, executados os
medicamentos.
Art. 66 Nas quitandas e casas congêneres, além das disposições gerais concernentes aos
estabelecimentos de alimentos para o consumo, deverão ser observados os seguintes
preceitos:
I - o estabelecimento terá para depósito de verduras, que devem ser consumidas sem cocção,
recipientes ou dispositivos de superfície impermeável, e à prova de moscas, poeira e quaisquer
contaminações;
II - as frutas expostas à venda serão colocadas sobre mesas ou estantes rigorosamente limpas
e afastadas um metro, no mínimo, das ombreiras das portas externas;
III - as gaiolas para aves serão de fundo móvel, para facilitar a sua limpeza, que será
diariamente.
Parágrafo Único - É proibido utilizar-se para outro qualquer fim, dos depósitos de hortaliças,
legumes e leite.
I - aves doentes;
Art. 68 Toda a água que tenha de servir na manipulação ou preparo de gêneros alimentícios,
desde que não provenha do abastecimento público, deve ser comprovadamente pura.
Art. 69 O gelo destinado ao uso alimentar deverá ser fabricado com água potável, isento de
qualquer contaminação.
Art. 70 Na infração de qualquer dos artigos, parágrafos ou incisos deste capítulo, será imposta
a multa do valor de 20% até três salários mínimos mensais da região, sem prejuízo de outras
cominações.
TÍTULO III
DA POLÍCIA DE COSTUMES, DE SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA
CAPÍTULO I
DA MORALIDADE E SOSSEGO PÚBLICO
Art. 73 Os proprietários ou seus prepostos de estabelecimentos que funcionam depois das 22
horas são os responsáveis pela cessação, a partir desse horário, de barulho, desordem ou
algazarra no seu interior, com perturbação da tranqüilidade e do bem-estar da vizinhança,
cabendo-lhes, imediatamente, denunciar a ocorrência à autoridade, sob pena de multa pela
infração, além de ser, na reincidência, cassada a licença, pelo menos para esse horário
extraordinário.
Art. 74 É proibido executar qualquer trabalho ou serviço que produza ruído, antes das 7 horas
e depois das 20 horas, nas proximidades de hospitais, escolas, asilos e casas de residências.
Art. 75 As instalações elétricas só poderão funcionar quando tiverem dispositivos capazes de
eliminar ou, pelo menos, reduzir, ao mínimo, as correntes parasitas, diretas ou induzidas, as
oscilações de alta freqüência, chispas e ruídos prejudiciais a rádio recepção.
Art. 76 É proibido estender roupas ou colocar gaiolas de pássaros, ou ainda qualquer objeto de
uso doméstico, inclusive vasos de plantas, às janelas que deitarem para as vias públicas.
Parágrafo Único - No perímetro da cidade, ninguém poderá estender roupas nas ruas, praças,
muros e margens do rio, lagos ou canal.
Art. 77 Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa correspondente ao
valor de 10% até dois salários mínimos mensais da região, sem prejuízo da cominação de
outras penalidades previstas nesta Lei.
CAPITULO II
DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS
Art. 78 Divertimentos públicos para os efeitos desta Lei são os que se realizam nas vias
públicas ou em recintos fechados, de livre acesso ao público ou cujos ingressos sejam
numerados.
§ 1º Nenhum divertimento público poderá ser realizado sem licença da Prefeitura ou
pagamento do imposto respectivo.
Art. 79 Em todas as casas de diversões públicas, assim como nos casos de shows, comícios,
festas realizadas em vias públicas, serão observadas as seguintes disposições, além das
estabelecidas pelo Código de Obras:
III - todas as portas de saída serão encimadas pela inscrição "SAÍDA", legível à distância e
luminosa de forma suave quando se apagarem as luzes da sala;
VI - serão tomadas todas as precauções necessárias para evitar incêndios, sendo obrigatória a
adoção de extintores de fogo em locais visíveis, de fácil acesso;
VIII - durante os espetáculos, deverão as portas conservar-se abertas, vedadas apenas com
reposteiros ou cortinas;
XI - o responsável terá o prazo de 30 dias, antes do evento, em vias públicas, para requerer a
prefeitura os banheiros químicos, sob pena de indeferimento do pedido.
Parágrafo Único - É proibido aos espectadores, sem distinção de sexo, assistir aos espetáculos
de chapéu à cabeça ou fumar no local das funções.
Art. 80 Em todos os teatros, cinemas, ou salas de espetáculos, serão reservadas quatro
lugares, destinados às autoridades policiais, municipais ou encarregados da fiscalização.
Art. 81 Nas casas de espetáculos de sessões consecutivas que não tiverem exaustores
suficientes, deve, entre saída e a entrada dos espectadores, decorrer lapso de tempo
suficiente para o efeito de renovação de ar.
Art. 83 Os bilhetes de entrada não poderão ser vendidos por preço superior ao anunciado e
em número excedente à lotação do teatro, cinema, circo ou sala de espetáculos, sendo, assim,
aconselhável adotar-se numeração de ordem sucessiva.
Art. 84 Não serão fornecidas licenças para a realização de jogos ou diversões ruidosas em local
considerado em área formada por um raio de 100 metros de hospitais, casa de saúde ou
maternidade.
Art. 85 Para funcionamento de teatros, além das demais disposições aplicáveis desta Lei,
deverão observar o seguinte:
I - a parte destinada ao público será inteiramente separada daquela outra destinada aos
artistas, não havendo entre as duas, mais do que as indispensáveis comunicações de serviço;
II - a parte destinada aos artistas deverá ter, quando possível, fácil e direta comunicação com
as vias públicas, de maneira que assegure saída e entrada franca, sem dependência da parte
destinada à permanência do público.
III - no interior das cabinas, não poderá haver maior número de películas do que as necessárias
para as sessões de cada dia, e ainda assim, deverão elas estar depositadas em recipientes
especiais, incombustíveis, hermeticamente fechados, e que não sejam abertos por mais tempo
que o indispensável ao serviço.
Art. 87 A armação de circos de pano ou parques de diversões só será permitida em locais a
juízo da Prefeitura.
§ 1º A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de que trata este artigo não
poderá ser por tempo superior a um ano.
Art. 92 Na infração de qualquer dos artigos e seus incisos ou parágrafos, deste Capítulo, será
imposta a multa correspondente ao valor de 20% até cinco salários mínimos mensais da
região, ao infrator ou infratores, sem prejuízo de outras cominações previstas nesta Lei.
CAPÍTULO III
DOS LOCAIS DE CULTO
Art. 93 As igrejas, os templos e as casas de culto são locais tidos e havidos por sagrados e, por
isso, devem ser respeitados, sendo proibido pichar suas paredes e muros, ou neles fixar
cartazes.
Art. 94 Nas igrejas, templos, capelas e outras casas de culto, os locais franqueados ao público
deverão ser conservados limpos, iluminados e arejados.
Parágrafo Único - Nessas casas religiosas, a lotação não deverá exceder ao espaço destinado às
reuniões.
CAPÍTULO IV
DO TRÂNSITO PÚBLICO
Art. 95 O trânsito, de conformidade com as leis vigentes, é livre, sujeito, porém, a restrições
impostas em legislação e regulamentos que visem à ordem, a segurança e o bem-estar da
população em geral, na circulação de pedestres, veículos e animais.
Parágrafo Único - Nessa movimentação, os pedestres, veículos e animais deverão seguir pela
direita, reservando a esquerda aos que se dirigem em sentido contrário.
Art. 96 É proibido conservar nas ruas, praças e passeios de casas ou estabelecimentos,
estradas ou caminhos, qualquer corpo que obste o trânsito.
§ 2º Tratando-se de materiais cuja descarga não possa ser feita diretamente no interior dos
prédios, serão tolerados o despejo e permanência com período de tempo fixado pela
fiscalização, de forma a que a via pública não sofra congestionamento, ou simples embaraço
na sua circulação.
Art. 98 É expressamente proibido nas ruas da cidade, das sedes dos distritos e dos povoados:
II - conduzir animais bravios sem a necessária precaução, ou domá-los, seja qual for o meio
empregado pelo domador;
Art. 99 É proibido transitar pelos passeios conduzindo objetos volumosos que possam
prejudicar a circulação dos pedestres.
Art. 100 É expressamente proibido danificar ou retirar sinais colocados nas vias, estradas ou
caminhos públicos para advertência do perigo ou de impedimento do trânsito.
Art. 101 Assiste à Prefeitura o direito de impedir o trânsito de qualquer veículo ou meio de
transporte que possa ocasionar danos, por qualquer modo, à via pública, ou ao próprio
público, ou particular.
Art. 102 Na infração de qualquer artigo, inciso ou alínea deste Capítulo, será imposta multa
correspondente ao valor de 20% até 5 salários mínimos mensais da região, sem prejuízo de
outras cominações, além das previstas no Código Nacional de Trânsito.
CAPÍTULO V
DAS MEDIDAS REFERENTES AOS ANIMAIS
Art. 103 É proibida a permanência de animais soltos nas vias públicas, praças, estradas ou
caminhos.
§ 1º Os animais encontrados nas condições previstas neste artigo serão recolhidos ao depósito
da municipalidade.
§ 2º Os animais recolhidos por infringir o disposto neste artigo, deverão ser retirados por seu
dono no prazo de sete dias após serem marcados a ferro quente com uma sigla a ser elaborada
referente a sua apreensão, e pagamento de multas e despesas de manutenção.
§ 4º Não sendo retirados, serão os animais levados à venda em hasta pública, precedido de
edital, e da quantia apurada será descontado o valor da multa e despesas, se assim for
suficiente.
§ 5º A parcela que sobrar, após a arrematação do valor aqui estabelecido, no caso de sua
segunda apreensão, será devolvido ao proprietário.
Art. 104 É proibida a criação, permanência ou engorda de porcos no perímetro urbano, quer
na cidade, na sede do distrito e povoado, sob pena de apreensão dos animais, recolhimento ao
depósito da municipalidade, sua venda em hasta pública, com o recolhimento do valor da
multa e despesas.
Parágrafo Único - Fica fixado o prazo de 90 dias de vigência desta lei para a remoção dos
animais encontrados em desobediência a este artigo, e extinção das cevas.
Art. 105 É proibida a criação de qualquer espécie do gado no perímetro urbano da sede
municipal ou distrital, sob pena de multa e recolhimento dos animais ao depósito da
municipalidade.
Art. 106 Os cães, ainda que de raça, que forem encontrados soltos nas vias públicas da cidade,
dos distritos e dos povoados, serão apreendidos e recolhidos ao depósito da Prefeitura.
§ 1º Ainda que de raça e registrado o cão, quando em companhia do dono, circulando na via
pública, ou praias, deverá estar amordaçado e seguro por um guia.
§ 2º Tratando-se de cão não registrado, será o mesmo sacrificado, quando apreendido e não
retirado por seu dono dentro de sete dias do recolhimento, mediante o pagamento da multa e
despesas de manutenção.
Art. 107 Haverá, na Prefeitura, o registro de cães, que será feito anualmente, mediante o
pagamento da respectiva taxa.
Art. 111 É expressamente proibido a qualquer pessoa maltratar os animais ou praticar atos de
crueldade contra os mesmos, tais como:
I - transportar, nos veículos de tração animal, cargas ou passageiros de peso superior às suas
forças;
V - obrigar qualquer animal a trabalhar mais de 8 horas contínuas, sem descanso, e mais de 6
horas, sem água e alimento apropriado;
VII - castigar de qualquer modo animal caído, com ou sem veículo, fazendo-o levantar à custa
de castigo e sofrimento;
IX - conduzir animais de cabeça para baixo suspensos pelos pés ou asas, ou em qualquer
posição anormal, que lhe possibilite causar sofrimento;
XII - amontoar animais em depósitos insuficientes ou sem água, ar, luz e alimentos;
XIII - usar de instrumento diferente de chicote leve para estimular e corrigir animais;
XV - praticar todo ou qualquer ato, mesmo não especificado nesta Lei, que acarrete sofrimento
para o animal.
Art. 112 Na infração de qualquer artigo ou seus incisos deste Capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% até três salários mínimos mensais da região, sem prejuízo das
demais cominações.
Parágrafo Único - Qualquer pessoa do povo poderá autuar os infratores, devendo o auto
respectivo, ser assinado com duas testemunhas e enviado à Prefeitura, para fins de direito.
CAPÍTULO VI
DA EXTINÇÃO DE INSETOS NOCIVOS
Art. 113 Todo proprietário ou ocupante de terreno, cultivado ou não, dentro dos limites do
Município, é obrigado a extinguir os formigueiros e cupinzeiros existentes dentro de sua
propriedade.
Art. 115 Na infração dos artigos deste Capítulo, o infrator responderá por multa de 20% até
três salários mínimos regionais mensais, além, quando couber, da pena de desobediência e
mais cominações previstas nesta Lei.
CAPÍTULO VII
DO EMPLACAMENTO DAS VIAS PÚBLICAS
Art. 116 Sempre que à face das ruas e praças, se tenham de fazer obras de construção,
reconstrução ou demolição de prédios, não se iniciarão tais serviços sem que previamente se
tenha fechado a frente do edifício com um tapume provisório, de tábuas ou folhas de zinco.
Art. 117 Nos trechos ainda desprovidos de passeios, poderão os andaimes ser levantados sem
os tapumes a que se refere o artigo antecedente, obedecendo, porém, as seguintes exigências:
I - serem precedidas de licença que poderá ser solicitada e concedida juntamente com a da
obra principal;
II - serem dispostos de modo que não empanem as lâmpadas de iluminação pública, nem as
placas denominativas das ruas;
III - ter em lugar bem visível aos transeuntes uma lâmpada acesa durante a noite, por conta da
obra;
Art. 118 Poderão ser armados coretos ou palanques provisórios nos logradouros públicos para
comícios políticos, festividades religiosas, cívicas ou de caráter popular, observadas as
seguintes condições:
III - não prejudicarem o calçamento nem o escoamento de águas pluviais, correndo por conta
dos responsáveis pelas festividades os estragos acaso verificados;
Parágrafo Único - Uma vez findo o prazo estabelecido no item IV, a Prefeitura promoverá a
remoção do coreto ou palanque, cobrando do responsável as despesas respectivas, dando ao
material o destino que entender, sem obrigação de indenização.
Art. 119 É proibido podar, cortar, derrubar ou sacrificar árvores de arborização pública, sem
consentimento expresso da Prefeitura.
Art. 120 Só poderão ser colocados nas vias públicas e nos logradouros, mediante prévia
autorização da Prefeitura, que indicará as posições convenientes e as condições da respectiva
instalação, para preservar, mormente, o alinhamento, os postes telegráficos, de iluminação e
de força, as caixas postais, os chamados "orelhões" telefônicos, os avisadores de incêndio e
respectivos hidrantes, as balanças para pesagem de veículos e cargas de qualquer natureza.
Art. 121 As bancas para a venda de jornais e revistas poderão ser permitidas nos logradouros
públicos, desde que satisfaçam as seguintes condições:
Art. 122 Os relógios, estátuas, fontes e quaisquer monumentos somente serão colocados nos
logradouros públicos se a iniciativa, quanto à sua localização, for aprovada pela Prefeitura.
Art. 123 Na infração de qualquer artigo, inciso ou alínea deste Capítulo, será imposta ao
infrator multa no valor de 20% até três salários mínimos mensais da região, e mais cominações
que couberem.
CAPÍTULO VIII
DOS INFLAMÁVEIS E DOS EXPLOSIVOS
Art. 124 À Prefeitura cabe, com o máximo rigor, fiscalizar a fabricação, o comércio, o
transporte e o emprego de inflamáveis e explosivos.
I - ter fábrica de pólvora e de fogos de artifício, ou quaisquer outros em que sejam empregadas
substâncias inflamáveis ou explosivas, fora dos lugares e excedendo à quantidade consignada
na licença expedida pela Prefeitura;
Art. 129 Em caso algum se concederá licença para o estabelecimento de fábrica ou depósito
em que se empreguem ou devem estar recolhidas substâncias inflamáveis ou explosivas, no
centro da cidade, na periferia ou arrabaldes povoados, ou em que haja instalada ou se
pretenda instalar caldeiras a vapor.
Art. 130 É vedado depositar ou conservar, embora provisoriamente, nas ruas e praças da
cidade, materiais inflamáveis ou explosivos.
Art. 131 A licença para vender a varejo substâncias inflamáveis ou explosivos será especial e
determinará quais as substâncias e em que quantidade poderá o negociante conservar em seu
estabelecimento.
§ 3º Na reincidência, será cassada a licença para essa espécie de negócio, com a subseqüente
remoção do inflamável ou explosivo armazenado, e denunciado o infrator considerado na
prática do contrabando.
III - preparar fogos ou armadilhas com armas de fogo, sem colocação visível de sinal para
advertência dos transeuntes e passantes.
Art. 134 A infração de qualquer artigo, parágrafo, inciso ou alínea deste Capítulo, sujeitará o
infrator à pena de multa no valor de 20% até dez salários mínimos mensais da região, sem
prejuízo das demais cominações que forem aplicáveis à espécie.
CAPÍTULO IX
DA EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS, CASCALHEIRAS, OLARIAS E DEPÓSITOS DE AREIA E SAIBRO
Art. 135 A exploração de pedreiras, cascalheiras, olarias e depósitos de areia e saibro depende
de licença da Prefeitura, que a poderá conceder, observados os preceitos desta Lei.
Art. 136 Não será, porém, concedida licença para, na zona urbana da cidade, da sede dos
distritos e dos povoados, se proceder à exploração das atividades referidas no artigo anterior.
Art. 137 O pedido de licença atinente às atividades do Art.135 será processado mediante a
apresentação do requerimento assinado pelo proprietário do solo, pelo concessionário deste,
ou do explorador, mediante o seguinte:
II - planta da situação, com indicação de relevo do sol por meio de curvas de nível, contendo a
delimitação exata da área a ser explorada, com a localização das respectivas instalações e
indicando as construções, logradouros, os mananciais e o curso d`água situados na faixa de
100 metros em torno da área a ser explorada.
Art. 138 As licenças atinentes ao disposto nos artigos anteriores serão sempre por prazo fixo, e
a Prefeitura fará nelas constar as ressalvas de decisões anteriores impondo restrições ou
revogações sem se obrigar à indenização.
Parágrafo Único - será interditada a pedreira ou parte desta, embora concedida a licença,
desde que anteriormente se verifique que a exploração acarrete perigo, dano à vida ou à
propriedade, ou outro motivo de evidente relevância.
Art. 141 A instalação de olarias, o que somente se permitirá fora da zona urbana da cidade ou
dos distritos, deve obedecer às seguintes prescrições:
Art. 142 A Prefeitura poderá, a qualquer tempo, determinar que o explorador daquelas
atividades enumeradas neste Capítulo execute, à sua custa, obras do recinto da exploração,
com o intuito de proteger propriedades particulares ou públicas, evitar obstrução de geleiras
ou curso d`água, ou qualquer outra razão evidente.
Art. 143 É proibida a extração de areia em todos os cursos d`água, sem prévia autorização ou
licença da Prefeitura, e cuja atividade deverá observar as seguintes cautelas:
IV - quando de algum modo possa oferecer perigo a pontes, muralha ou qualquer obra
construída nas margens ou nos leitos desses cursos d`águas.
Art. 144 Na infração de qualquer dos artigos, incisos e parágrafos deste Capítulo, será imposta
ao infrator multa de 20% até dez salários mínimos mensais da região, e mais cominações que
couberem na espécie.
CAPÍTULO X
DAS QUEIMADAS E DOS CORTES DE ÁRVORES E PASTAGENS
Art. 145 A Prefeitura colaborará com o Estado e a União na vigilância e providências para
evitar a devastação das florestas e estimular o reflorestamento em toda a área do Município.
Art. 146 É expressamente proibido o corte ou poda de árvores ou arbustos nas vias públicas ou
logradouros, jardins e parques, por pessoas estranhas à Administração Municipal.
Art. 148 A ninguém é permitido atear fogo em roçados, palhadas ou matos que delimitem com
terras de outrem, ainda que existam cercas ou tapumes, sem tomar as seguintes precauções:
Art. 149 É proibido atear fogo em campos de criação em comum, sem acordo de interessados.
Art. 150 Não é permitida a derrubada de matas, sem licença da Prefeitura ou outro órgão
especializado da União ou do Estado.
Art. 151 Na infração de qualquer artigo, parágrafo, inciso ou alínea deste Capítulo, será
imposta ao infrator a multa de valor de 20% até 10 salários mínimos da região mensais, sem
prejuízo de outras cominações cabíveis na espécie.
CAPÍTULO XI
DOS MUROS E CERCAS
DOS MUROS, CERCAS E DA LIMPEZA DE TERRENOS BALDIOS (Redação dada pela Lei
nº 8243/2011)
Art. 152 Os proprietários de terrenos urbanos ou rurais são obrigados a murá-los ou cercá-los,
e, quando, ainda, não o fizerem, cabem-lhes obedecer aos prazos fixados para tal pela
municipalidade.
Art. 153 Serão comuns, rateadas as despesas em partes iguais entre confinantes, os muros e
cercas divisórios, relativamente à construção, reconstrução e conservação, na forma do Código
Civil.
Art. 154 Os terrenos da zona urbana serão fechados com muros de tijolos, placas de cimento
ou grades de ferro assenta sobre alvenaria, rebocados e caiados, devendo ter uma altura
mínima de um metro e oitenta centímetros, quando entre vizinhos.
Art. 155 Os terrenos rurais, salvo acordo expresso entre confinantes, serão fechados:
III - com telas de fios metálicos, com altura mínima de um metro e cinqüenta centímetros.
Art. 156 Correrão por conta exclusiva dos proprietários ou possuidores de terrenos ou prédios,
a sua limpeza e manutenção, bem como a construção e a conservação dos muros e cercas.
§ 4º Não sendo pago a quantia deste débito no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da
notificação pessoal ou por edital, o infrator será inscrito na divida ativa, com os acréscimos
legais.
§ 5º No caso das cercas e muros divisórios entre confinantes, aplicar-se-á o previsto no Art.
153.
§ 9º Todo aquele que for flagrado colocando lixo ou entulho em terrenos particulares ou em
vias públicas será notificado e autuado para pagamento de multa equivalente ao dobro da
multa de que trata o art. 159 desta lei. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)
CAPÍTULO XII
DOS ANÚNCIOS E CARTAZES
Art. 160 A exploração dos meios da publicidade nas vias e logradouros públicos bem como nos
lugares de acesso comum, como sejam: amuradas, muralhas e paredões dos rios e canais,
depende de licença da Prefeitura, sujeitando o anunciante ao pagamento da taxa respectiva.
§ 1º Incluem-se na obrigatoriedade deste artigo todos os cartazes, letreiros, programas,
quadros, painéis, placas, avisos, anúncios e mostruários, luminosos ou não, feitos por qualquer
modo, processo ou engenho, suspensos, distribuídos, afixados ou pintados em paredes,
tanques ou calçadas, etc.
§ 2º Incluem-se, ainda, na obrigatoriedade deste artigo, anúncios que, embora apostos em
terrenos ou próprios de domínio privado, forem visíveis de lugares públicos.
Art. 160 A exploração dos meios de propaganda nas vias públicas e logradouros públicos está
condicionada a prévia autorização da prefeitura, mediante pagamento de taxa.
Art. 161 A propaganda falada em lugares públicos, por meio de amplificadores de voz, alto-
falantes ambulantes, em veículos ou fixos, estes com eco para a via pública, assim como os
propagandistas, ou as feitas por meio de cinema ambulante, ainda que muda esta, incluem,
igualmente, na enumeração das sujeitas à prévia licença e ao pagamento de taxa respectiva.
Art. 161 Fica proibida a divulgação de qualquer produto, evento ou serviço, a título oneroso ou
gratuito, por meio de panfleto ou cartazes colados ou fixados de qualquer forma em postes,
viadutos, terminais rodoviários, paradas de coletivos, amuradas, diques, pontes, tapumes,
paredes e outros espaços de domínio público, sob pena de multa acrescida das despesas para
remoção e limpeza dos locais afetados.
Parágrafo Único - O infrator será notificado pessoalmente e por meio de publicação em Edital
no Diário Oficial de Município, ou só por Edital publicado no Diário Oficial do Município em
caso de não ser localizado, a pagar a quantia relativa a multa e demais encargos, no prazo de
30 (trinta) dias, sob pena de ter o encargo financeiro lançado em Dívida Ativa com os
acréscimos legais. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)
Art. 162 A propaganda falada em lugares públicos, por meio de megafones ou amplificadores
de voz só, será admitida mediante autorização prévia da Prefeitura conforme legislação
vigente, sujeitando o anunciante ao pagamento de taxa.
Parágrafo Único - A propaganda sonora em via pública deverá pautar pelo rito da Lei
nº 7.921 de 05 de julho de 2007, regulamentada pelo Decreto nº 258 de 04 de Agosto de 2010.
(Redação dada pela Lei nº 8243/2011)
Art. 163 Os pedidos de licença para a publicidade ou propaganda na forma deste Capítulo,
deverão mencionar:
I - a indicação dos locais em que serão colocados ou distribuídos os cartazes ou anúncios.
II - a natureza do material de confecção;
III - as dimensões;
IV - as inscrições e o texto;
V - as cores empregadas.
Art. 163 A propaganda de produtos e serviços, mediante abordagem e/ou panfletagem, está
condicionada a autorização prévia, sujeitando o anunciante ao pagamento de taxa.
Parágrafo Único - Não será permitido o descarte de material distribuído, em via pública,
ficando o anunciante responsável pela coleta do material descartado pelas pessoas abordadas,
sob pena de multa. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)
Art. 164 A propaganda visual poderá lançar mão de inovações tecnológicas, tais como painéis
luminosos inteligentes, desde que requerida a prefeitura, sujeitando-se a aprovação e ao
recolhimento de taxa.
§ 1º A propaganda afixada nas fachadas dos prédios do comércio formal em geral, bem como
aquelas fixadas nos domínios do comércio referido, dependerá de aprovação e licença da
Prefeitura.
Art. 165 Os anúncios e letreiros deverão ser conservados em boas condições, renovados e
consertados sempre que tais providências sejam necessárias para o seu aspecto e segurança,
e, desde que não haja modificações nos dizeres, esses reparos independem de nova licença.
V - exibir figuras, fotos ou gravuras eróticas. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)
Art. 166 Os anúncios encontrados sem que os responsáveis tenham satisfeito as formalidades
deste Capítulo, poderão ser apreendidos e retirados pela Prefeitura (esta última providência
ocorrendo desobediência), até a satisfação daquelas formalidades, além do pagamento da
multa que couber.
III - as dimensões;
IV - as inscrições e o texto;
Art. 167 Na infração de qualquer dos artigos, parágrafos ou incisos deste Capítulo, o infrator
responderá por multa do valor de 20% até três salários mínimos mensais, sem prejuízo de
outras penalidades que couberem.
Art. 167 Na infração de qualquer dos artigos, parágrafos ou incisos deste capítulo, o infrator
será penalizado com multa no valor de 01 (um) salário mínimo até 03 (três) salários mínimos,
acrescidos das despesas para remoção da publicidade ou propaganda irregular, sendo a
reincidência punida com o dobro da penalidade.
CAPÍTULO XIII
DA NOMENCLATURA DAS VIAS PÚBLICAS EDA NUMERAÇÃO DOS PRÉDIOS
Art. 168 A nomenclatura das vias públicas e logradouros será determinada pela Prefeitura,
cabendo a esta ou concessionário a realização do serviço.
Art. 170 A cada uma rua, avenida, logradouro, vila ou povoado, será dado um nome, devendo
ser numerados os prédios nas mesmas existentes, ou que vierem a ser construídos.
Art. 171 As placas denominativas e numéricas serão retangulares, de zinco, ferro esmaltado,
ou de ferro fundido, obedecendo a um modelo uniforme.
Art. 172 As placas denominativas serão colocadas do lado esquerdo, no começo, e do lado
direito, no fim das ruas ou avenidas, e serão repetidas ao princípio de cada seção formada por
travessa ou cruzamento de outras ruas.
Art. 173 As placas numéricas serão colocadas na porta ou portão de entrada do edifício, na
face da verga respectiva, ou alto do membro mais central de frente do prédio.
Art. 174 A numeração será afixada de modo que fiquem do lado direito os números pares e do
lado esquerdo, os números ímpares.
Parágrafo Único - Para ponto de partida na orientação das ruas, a fim de lhes determinar o
franco, ter-se-á a direção de norte a sul e de leste a oeste.
Parágrafo Único - Quando, na forma deste artigo, as repetições de numeração com letra
alfabética excederem a 10, a Prefeitura deverá proceder à revisão numérica da respectiva rua.
Art. 176 A propriedade ou prédio que der fundos servidos de portão para qualquer via pública
terá neste uma chapa com a letra F, fornecida pela Prefeitura.
Art. 177 É proibido substituir, arrancar ou danificar as placas das vias, logradouros públicos ou
de numeração de prédios.
Art. 178 Na infração de qualquer dos artigos deste Capítulo será imposta a penalidade 20% a 3
salários mínimos regionais, além de outras cominações que couberem.
TÍTULO IV
DO COMÉRCIO - DAS INDÚSTRIAS E PROFISSÕES
CAPÍTULO I
DO COMÉRCIO LOCALIZADO E DAS INDÚSTRIAS E PROFISSÕES
Seção I
Do Licenciamento
Art. 181 A licença concedida a estabelecimento comercial ou individual localizado, não confere
a permissão de venda das mercadorias na via pública, sendo considerados ambulantes aqueles
que forem encontrados nesse procedimento.
I - que o alvará seja colocado em lugar visível no estabelecimento, e será sempre exibido à
fiscalização quando esta o exigir;
II - que, seja qual for a data de sua expedição, a validade da licença não ultrapassará o
exercício a se findar a 31 de dezembro desse ano;
II - a validade da licença será de 12 (doze) meses a contar data do seu deferimento. (Redação
dada pela Lei nº 8763/2017)
Art. 183 A licença expedida poderá ser cassada por ato do Prefeito:
II - quando o licenciado se valer da licença para a prática de atos reprovados pelos bons
costumes, ou consentir que outrem os pratique no seu estabelecimento;
Art. 184 Não será concedida a licença aos estabelecimentos industriais que pela natureza dos
produtos, pelas matérias-primas utilizadas, pelos combustíveis empregados, ou por qualquer
outro motivo, possam prejudicar a saúde pública e a segurança coletiva.
Art. 185 A licença para o funcionamento de açougues, padarias, confeitarias, leiterias, cafés,
bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis, pensões e outros estabelecimentos congêneres, será
sempre precedida de exame do local e da aprovação da autoridade sanitária competente.
Art. 186 A infração de qualquer artigo deste Capítulo, parágrafo ou inciso, importa em cominar
ao infrator a multa do valor de 20% até três salários mínimos mensais da região, além do que
mais couber.
Seção II
Do Horário de Funcionamento
a) abertura às 8 horas e fechamento às 18 horas, nos dias úteis, encerrando aos sábados, às 12
horas;
b) permanecerão fechados os estabelecimentos nos domingos, feriados nacionais, estaduais e
municipais.
IV - os postos de gasolina;
V - as empresas funerárias;
§ 1º Fica facultado às farmácias, quando de plantão, que no horário da noite, depois das 22
horas, o atendimento se possa fazer mediante um toque de campainha, a fim de se
resguardarem com as portas cerradas.
§ 3º Quando fechadas, as farmácias deverão afixar, à porta, uma placa com a identificação dos
estabelecimentos análogos que estiverem de plantão.
Art. 190 Por motivo de conveniência do público, poderão funcionar com horários especiais os
seguintes estabelecimentos:
III - padarias:
X - casa de loteria:
a) das 8 às 24 h.
Art. 192 Na infração de qualquer deste Capítulo, parágrafos ou incisos, será aplicado o valor de
multa correspondente a 20% a três salários mínimos mensais da região, sem prejuízo de outras
cominações que couberem.
CAPÍTULO II
DO COMÉRCIO AMBULANTE
Art. 193 Comércio ambulante é o que não tem local fixo, e só poderá ser exercido, em
qualquer parte do Município, se o negociante se mostrar habilitado com a respectiva e
necessária licença.
Parágrafo Único - Na hipótese de ocorrência do que está advertido neste artigo, será
apreendida a mercadoria, conduzida ao depósito da Prefeitura, e não sendo retirada pelo
proprietário mediante o pagamento da multa e tributos, no prazo de oito dias, será a mesma
levada a leilão, na forma preceituada nesta Lei.
Art. 195 Da licença concedida deverão constar os seguintes elementos essenciais, além de
outros que vierem a ser estabelecidos:
I - número de inscrição;
§ 2º Na infração de qualquer artigo, parágrafo ou inciso deste Capítulo, será imposta a multa
de valor de 20% até 5 salários mínimos da região, sem prejuízo de outras penalidades cabíveis.
CAPÍTULO III
DA AFERIÇÃO DE PESOS E MEDIDAS
Art. 197 Nas transações de compra e venda em que intervenham pesos e medidas de qualquer
natureza deverão estes estar aferidos de conformidade com o que dispõe a legislação
metrológica federal.
§ 2º Somente serão aferidos os pesos de metal, sendo rejeitados os de madeira, pedra, argila
ou substância equivalente.
§ 4º As balanças, pesos e medidas novos, ainda que o negócio seja antigo, não serão usados
antes da aferição.
§ 2º Quanto ao comércio ambulante, a aferição se fará no local indicado pela autoridade, para
o qual deverão ser transportados aparelhos e instrumentos do negociante.
Parágrafo Único - Para a transação de lenha em quantidade poderá ser adotado o metro
cúbico, também aferido.
TÍTULO V
DO CEMITÉRIO
CAPÍTULO I
DA CRIAÇÃO E DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 202 O Cemitério Público - também cognominado Civil ou Público - será criado e
administrado pela Prefeitura, ainda que nele situadas as áreas das associações e corporações
religiosas; excepcionalmente, poderá a Prefeitura firmar convênio para a criação de cemitério,
ficando este sujeito à fiscalização.
Art. 203 A Prefeitura fiscalizará o Cemitério urbano e rural, e a entidade civil ou religiosa, e
aquele construído mediante autorização ou convênio com a municipalidade.
Art. 207 A administração do Cemitério terá a seu cargo os servidores municipais da Necrópole,
como sejam: zeladores-auxiliares, coveiros, pessoal de limpeza e outros que forem
necessários.
I - dirigir os serviços, fazendo realizar os trabalhos e cumprir as ordens, inclusive emanadas das
autoridades superiores a que estão subordinadas;
Art. 211 Toda a escrituração obedecerá à ordem sucessiva de dia, mês e ano, com clareza,
correção, sem rasura, emendas, entrelinhas e sem folhas em branco de permeio.
Art. 212 As caiações, pinturas, obras simples de limpeza, reparo, não dependem da licença,
nem requerimento, taxa ou emolumentos, e podem ser feitos mediante anuência da
Administração.
Art. 213 As taxas, impostos e emolumentos serão afixados com a Lei Tributária do Município.
CAPÍTULO II
DO ARRUAMENTO - DO ALINHAMENTO - DAS QUADRAS
Art. 215 Haverá, sempre, pelo menos um arruamento central e outro perimetral, mormente na
linha do muro divisório. Outros arruamentos internos serão criados e mantidos em número e
posição que facilitem o trânsito de pedestres, evitando-se o pisoteio das sepulturas.
Art. 216 Os arruamentos principais, mormente, entre Quadras e perimetrais, deverão ter a
largura mínima de 2 metros, de meio-fio a meio-fio, ou do muro divisório à linha de sepulturas,
e não estando assentados os meios-fios, subentende-se entre dois alinhamentos de
sepulturas.
Parágrafo Único - O arruamento entre Seções de Quadras deverá ter, no mínimo, 1,50 m de
largura.
Art. 217 As Quadras serão identificadas por letras alfabéticas maiúsculas, inscritas em placas
que ficarão encimadas em posteação, no arruamento ou cruzamentos deste.
Art. 218 As Seções, que estarão situadas nas áreas das Quadras, serão identificadas por
algarismos arábicos, encimadas estas placas em posteação, fixada no cruzamento ao
alinhamento das Seções.
CAPÍTULO III
DAS SEPULTURAS
III - comuns são todas as demais sepulturas cujos restos mortais são removidos tão logo
vencidos 36 meses, quando de adultos, ou de 24 meses, para menores de dez anos.
Art. 220 As sepulturas perpétuas são as permissíveis de "caixa" simples, ou dupla, admitindo-
se a sobreposição para até três sepultamentos para cada "caixa".
§ 1º O Chefe do Executivo, uma vez deferido o requerimento, autorizará, por decreto, ao setor
competente da Secretaria Municipal de Administração, a expedição do correspondente
certificado de titularidade, condicionado ao prévio pagamento do respectivo preço, a ser
fixado por tabela própria.
Art. 224 A temporaneidade ou arrendamento poderá ter renovação uma única vez, por mais
um período de dois anos, sendo, porém, permitida a conversão em perpetuação com o
pagamento dos tributos devidos.
Art. 225 Somente cruzes, emblemas e lápide de fácil remoção se permitirão nas sepulturas de
arrendamento e comuns, mas, vencido o prazo respectivo, serão removidos e recolhidos pela
Administração, que lhes dará o destino conveniente, sem indenização.
I - para adultos e infantes maiores de dez anos, dois metros de comprimento, por oitenta
centímetros de largura, e um metro e vinte centímetros a um metro e cinqüenta centímetros
de profundidade, conforme a natureza do terreno;
II - para infantes menores de 10 anos, um metro e vinte centímetros de comprimento,
quarenta centímetros de largura, e a profundidade até um metro e vinte centímetros;
Art. 228 Toda sepultura deverá ter no seu frontal uma placa com a inscrição de número.
Art. 229 Os túmulos e os jazigos terão gravados por seu construtor na face anterior, o número
da sepultura.
CAPÍTULO IV
DA INUMAÇÃO E DA EXUMAÇÃO
Art. 231 O sepultamento somente se fará quando exibida a certidão de óbito (guia de
enterramento) expedida pelo Oficial do Registro Civil do local em que ocorreu o falecimento, a
qual receberá o "visto" da Administração da Necrópole, se não houver impedimento.
Parágrafo Único - Ocorrendo a hipótese deste artigo, e, vencido o prazo de 15 dias sem que
seja apresentada a certidão de óbito à Administração do Cemitério, dará por escrito ciência do
ocorrido ao Prefeito, por intermédio da Secretaria de Saúde, em expediente com os seguintes
esclarecimentos extraídos do Livro de Ocorrências:
a) nome do falecido;
b) procedência do corpo;
c) indicação da autoridade de quem emanou a ordem;
d) outros esclarecimentos.
Art. 233 Se algum corpo for apresentado para sepultamento sem a exibição de certidão de
óbito e sem ordem da autoridade nos termos dos artigos anteriores, a Administração da
Necrópole reterá seus condutores, levando-os à autoridade policial local, ou convocando esta
ao Cemitério, a cujo agente da lei os confiará, e, incontinenti, dará ciência pelos meios rápidos
a seus superiores, registrando o fato no Livro de Ocorrências, recolhendo o corpo ao
Necrotério.
§ 1º Sendo a comunicação feita verbalmente, será esta, em seguida, confirmada por ofício;
§ 2º Decorridos 24 horas da comunicação, sem as providências reclamadas, será feito o
sepultamento em "cova rasa", dando-se, novamente, ciência aos superiores, com Registro no
mesmo Livro.
Art. 234 Nenhum corpo será sepultado antes de decorridos 24 horas do óbito, a não ser que se
cuide de pessoa falecida em virtude de doença contagiosa mencionada na respectiva certidão.
Art. 236 Os sepultamentos serão efetuados de sol a sol, isto é, de seis às dezoito horas e, não
será em nenhuma hipótese, enterrado mais de um cadáver na mesma sepultura,
simultaneamente, nem desrespeitado o período de tempo fixado no Art. 221.
Art. 237 Antes do expirado o prazo de 36 meses para os adultos e de 24 meses para menores
de dez anos, não será permitida a abertura da sepultura, quer para exumação de restos
mortais, quer para outro sepultamento.
Art. 238 O sepultamento gratuito far-se-á em Quadra especial e somente será considerado se
o corpo vier acompanhado de atestado Policial ou declaração da Santa Casa de Misericórdia.
CAPÍTULO V
CONSTRUTORES E EMPREITEIROS ZELADORES DE SEPULTURAS
II - deverá satisfazer o pagamento que lhe for exigido na Lei Tributária em cada exercício,
exibindo à Administração da Necrópole o comprovante para anotação.
III - firmar compromisso em documento, em que se obriga a construir até quatro, "caixas", de
sepulturas, continuadamente por determinação e sindicação da Administração da Necrópole,
para que esta possa atender às exigências eventuais dos interessados, sendo o construtor
reembolsado das mesmas à proporção da concessão de cada um;
Art. 245 "Zeladores de sepulturas" são pessoas, sem vínculo empregatício com a Prefeitura
que, a serviço de interessados ou concessionários, se propõem a manter o asseio das
sepulturas e, para obterem a credenciação ao exercício de seus trabalhos, serão obrigados a:
V - assinar declaração se obrigando a manter o máximo asseio nas sepulturas e túmulos a seu
cargo, removendo os restos de flores e outros em decomposição para o local indicado pela
Administração da Necrópole;
Art. 246 Na infração dos artigos deste Capítulo, parágrafos e incisos se aplicam a penalidade
do valor de 20% a três salários mínimos da região, sem prejuízo de outra cominação que
couber.
CAPÍTULO VI
DA FREQÜÊNCIA E DO POLICIAMENTO
III - no Cemitério urbano ou rural, quando neste o arruamento facilitar o ingresso de veículo de
transporte para manobras de carregar ou descarregar material de grande peso ou volume, a
critério da Administração e por tempo que este fixar.
Art. 251 Na infração dos artigos deste Capítulo, parágrafos e incisos se aplicam as penalidades:
CAPÍTULO VII
DOS TRIBUTOS E DAS LICENÇAS
Art. 252 Todos os tributos que gravarem serviços e obras no Cemitério estarão exigidos no
Código Tributário, e serão recolhidos diretamente à Secretaria de Fazenda, ou por agente
credenciado deste órgão.
Art. 253 As licenças para serviços e obras somente serão expedidas mediante o prévio
recolhimento dos respectivos tributos, e nenhuma obra ou serviço poderá ter início ou
concluído sem sua rigorosa obediência aos preceitos desta Lei e às recomendações da
Administração da Necrópole, sob pena de ser embargada, incontinenti, com a cominação da
penalidade, do procedimento administrativo e judicial que couber, instaurando-se processo
que será encaminhado, através à Secretaria de Saúde, ao conhecimento e decisão do Prefeito,
sendo o fato registrado no livro de Ocorrências.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
CAPÍTULO ÚNICO
Art. 254 Em todos os casos em que, por conseqüência de infração, for imposta obrigação de,
dentro de certo prazo, fazer ou desfazer, consoante o Art. 109 desta Lei, fica entendido que,
expirado o termo assinado, poderá a Prefeitura fazer ou desfazer aquilo que o infrator deveria
ter feito ou desfeito, se assim o reclamar o interesse público e o princípio de autoridade, sem
prejuízo de multa e mais cominações.
Art. 255 Nenhuma inobservância desta Lei deixa de induzir o infrator à pena de multa e esta,
na hipótese de ocorrer o que dispõe o Art. 4º, será do valor de 20% a três salários mínimos
mensais da região, a juízo da Comissão Julgadora, sem prejuízo das cominações outras cabíveis
na espécie.
Art. 256 As penas estabelecidas nesta Lei não isentam o infrator da responsabilidade civil ou
criminal em que tiver incorrido, concomitantemente.
Art. 257 Os funcionários municipais serão responsáveis civil e criminalmente, pelos danos e
prejuízos que, por dolo, culpa, negligência, erro ou omissão causarem, no exercício de suas
funções, ao patrimônio municipal.
Art. 258 Os funcionários municipais são testemunhas idôneas em qualquer caso de infração
desta Lei.
Art. 259 As posturas ulteriores, enquanto não for revogada esta Lei, ser-lhe-ão apenas em
aditamento como parte suplementar e integrante do mesmo.