Proteína Nos Alimentos
Proteína Nos Alimentos
Proteína Nos Alimentos
PROCESSAMENTO
PROTEÍNAS NOS ALIMENTOS
•PROPRIEDADES:
Tecnológicas
Prof. Dr. João Paulo Fabi
Nutricionais Custo-Benefício:
Setembro 2017 Ingestão X Aproveitamento
digestão
Qualidade nutricional das proteínas:
↑ PROTEÍNAS ANIMAIS X ↓ PROTEÍNAS VEGETAIS
1. Solubilidade
1. Quantidade de aminoácidos essenciais
2. Estrutura química
2. Digestibilidade proteica (biodisponibilidade) 3. Fatores antinutricionais
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Solubilidade
HIDRATAÇÃO PROTEICA
Estabilidade termodinâmica das interações proteína-proteína e proteína-
• composição de aminoácido solvente:
• maior radicais hidrofílicos (especialmente os carregados) , maior hidratação
FOLDING
HIDROFOBICIDADE
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SOLUBILIDADE: SOLUBILIDADE:
• Influência do pH: maior solubilidade em pH < pI / pH > pI • Influência da força iônica: sais estabilizam / desestabilizam as proteínas
no pI de proteínas + hidrofóbicas: interações hidrofóbicas + interações iônicas ↑ SOLUBILIDADE (SALTING IN) / ↓ SOLUBILIDADE (SALTING OUT)
maior interação “inter-molecular” → AGREGAÇÃO → PRECIPITAÇÃO
SCN- > ClO4- > I- > Br- > Cl - > F- > SO42-
NH4+ < K+ < Cs+ < Li + < Na+ < Mg2+ < Ca2+
Série de Hofmeister
pH < pI pH ~ pI pH > pI
GLOBULINAS ALBUMINAS
Pouco solúveis no pI Muito solúveis no pI
sais ↑ solubilidade sais ↓ solubilidade
pI “SALTING IN” “SALTING OUT”
Proteínas com resíduos polares superfície > apolares, mais solúveis no pI:
α-LACTOALBUMINA / ALBUMINA SÉRICA
Belitz 2009
• Influência da temperatura:
→ pH / forças iônicas constantes DESNATURAÇÃO PROTEICA
↑ temperatura (0-40ºC)
-Ligações peptídicas se mantêm inalteradas;
↑ solubilidade (a) polares
-Outros tipos de interações são afetadas;
> 40ºC
-Domínios desfeitos;
desdobramento/desnaturação
(???)
- H2O solvente universal.......logo existe uma orientação no nível estrutural 2.desdobrar e reorientar rapidamente à interface
ÓLEO / AR
EXTERIOR
ÓLEO / AR
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-pH e Solubilidade: pH extremos → não resulta em emulsão bolos, merengues, pães, suflês
satisfatória
- flexibilidade molecular
- hidrofobicidade de superfície
- fatores intrínsecos / extrínsecos idênticos às emulsões
- Surfactantes de baixo peso molecular: menor capacidade
emulsificante - volume, expansão e estabilização da espuma
VÁRIOS FATORES ALTERAM A FORMAÇÃO DE EMULSÃO: - Sais: salted out → maior espuma; salted in → menor espuma
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PROTEÍNAS DO OVO
PROPRIEDADES INTERFACIAIS:
Proteínas solúveis em água – parcialmente solúveis em água (quais?)
- PROPRIEDADES ESPUMANTES:
- Força mecânica??
- Propriedades moleculares:
I. FLEXIBILIDADE MOLECULAR
1. Adsorver com rapidez na interface
2. Desdobrar e rearranjar rapidamente na interface II. DENSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE CARGA
ESPUMABILIDADE ESTABILIDADE
hidratação
Formação de espuma Formação de emulsão taxa de adsorção
espessura
- Proteínas da clara - Proteínas da clara e gema flexibilidade concentração
hidrofobicidade interações
ÓLEO / AR
ÓLEO / AR
- Sistemas alimentares: constituídos por uma série de proteínas
- Somatória dos efeitos de todas as proteínas
- Clara do ovo: soma dos efeitos das proteínas (quais?)
ÁGUA
ÁGUA
GELIFICAÇÃO E COAGULAÇÃO:
1) GEIS TRANSLÚCIDOS:
- gel → SÓLIDO ↔ LÍQUIDO
• poucos resíduos hidrofóbicos - formação + lenta
- Interações → rede capaz de aprisionar a água e substâncias de baixo peso
• resfriamento (ordenação das ligações de H)
molecular
• geis fortes / termicamente reversíveis
-Gel de proteínas:
- AQUECIMENTO (solução ~ concentrada) • menos propensos a sinerese
Desnaturação (parcial) expõe grupos funcionais Ex. GELATINA
- RESFRIAMENTO: interação dos grupos expostos
Redes estáveis de ligações não-covalentes 2) COÁGULOS (opacos):
aumento das ligações de H
• muitos resíduos hidrofóbicos
aumento das interações hidrofóbicas
• agregação de forma desordenada
• Tipo de geis fracos / termicamente irreversíveis
- GEIS: ligações de H termicamente reversíveis (gelatina)
• mais propensos a sinerese
- COÁGULOS: interações hidrofóbicas termicamente irreversíveis (clara
Ex. QUEIJOS / OVO FRITO
de ovo); pontes dissulfeto são termicamente irreversíveis (ovoalbumina)
TEXTURIZAÇÃO:
FORMAÇÃO DE MASSA:
- ESTADO GLOBULAR PROTEÍNA VEGETAL → ESTRUTURA FÍSICAFIBROSA(carne)
- Farinha de trigo + água + força mecânica → massa viscoelástica
1) Texturização por formação de fibra:
• isolado proteico concentrado (↑ pH)
• bombeado por micro-orifícios (↓ pH - desnatura)
• massa → amassada, comprimida e esticada - Fração amido → propriedades de intumescimento
• adicionadas de gordura, aromas, etc.,
• aquecida à 90ºC para gelificar
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Proteínas do Trigo
GLÚTEN: 30% aminoácidos hidrofóbicos DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS EM ALIMENTOS
< 10% aminoácidos hidrofílicos - Determinação de um elemento químico elementar (C, N);
1-3 mol% de Cys - Cistina - Determinação de grupo específico da proteína (aminoácido, ligação peptídica).
A conversão para conteúdo de proteína é feita através de um fator.
OXIDAÇÃO
ANÁLISES ELEMENTARES
REDUÇÃO
A. Análise de carbono
•digestão mais fácil do que para o nitrogênio;
+ 2H + + 2e- •menores erros no resultado por causa da maior quantidade em relação ao
CISTEÍNA CISTINA nitrogênio;
Massa do pão: •fator de correção mais constante do que o nitrogênio;
- resíduos hidrofóbicos (ar - lipídeos) •Desvantagem: maior dificuldade em separar os carbonos pertencentes à
- resíduos hidrofílicos (coesão-adesão) proteína dos carbonos de outros componentes.
B. Análise de nitrogênio Método proposto por Johan Kjeldahl na Dinamarca em 1883. Dermina N orgânico total.
•é a determinação mais utilizada;
DEGRADAÇÃO:
•considera que as proteínas têm 16% de nitrogênio em média Proteína + H2SO4 → (NH4)2SO4(aq) + CO2(g) + SO2(g) + H2O(g)
(vai depender do tipo de proteína); LIBERAÇÃO DE AMÔNIA:
•fator geral na transformação de nitrogênio para proteína é de (NH4)2SO4(aq) + 2NaOH → Na2SO4(aq) + 2H2O(l) + 2NH3(g)
O método descoberto por Jean-Baptiste Dumas (1831) determina N total, após METODO POR BIURETO
combustão da amostra a 700 – 900 ºC e medida volumétrica do N gasoso (impreciso). ligações peptídicas formam um complexo de cor roxa com sais de cobre em soluções
alcalinas
Equipamentos recentes completam a análise em 3 minutos e com boa precisão, pois
consegue eliminar a água e CO2 presentes, analisando em detector de condutividade
térmica (TCD) apenas o N elementar.
https://www.youtube.com/watch?v=Jyo0nnyhoas
MÉTODO DE LOWRY(reagente de FOLLIN-CIOCALTEAU)
reagente fenol e cobre em condições alcalinas: aminoácidos aromáticos
10 a 20X mais sensível que UV, 100X mais sensível que o método por biureto
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REFERÊNCIAS
ORDÓÑEZ, J. A. Tecnologia de alimentos: componentes dos
alimentos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2005. v. 1.
FENNEMA, O. R. Química de alimentos. 4.ed. Porto Alegre:
Artmed, 2010.
COULTATE, T. P. Alimentos: a química de seus
componentes. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
DE MAN, J.M. Principles of Food Chemistry. 3.ed.
Gaithersburg, Maryland, 1999.
BELITZ, ·H.D.; GROSCH, W.; SCHIEBERLE, P. Food
Chemistry. 4.ed. Berlin Heidelberg: Springer-Verlag, 2009.