Automação e Controle Industrial - Geral
Automação e Controle Industrial - Geral
Automação e Controle Industrial - Geral
AUTOMAÇÃO E CONTROLE
INDUSTRIAL
2
A seguir podemos verificar a simbologia aplicada a estes contatos. Na
Figura 1(a) está representado um contato aberto, enquanto na Figura 1(b) o
contato fechado. Convencionalmente, usa-se terminações com os números 1 e 2
para contatos fechados e 3 e 4 para contatos abertos, além disso os primeiros
números indicam se o contato é o primeiro, segundo ou outro.
1.2.1 Série
3
Figura 2 – Associação em série
1.2.2 Paralela
4
TEMA 2 – DISPOSITIVOS DE MANOBRA
2.1 Botoeiras
5
Figura 4 – Botões pulsadores
6
Fisicamente, são formados por contatos NF que quando acionados se
abrem, bloqueando a passagem de corrente elétrica, e ficam retidos nesta
posição. Para que sejam destravados é necessário que o botão seja girado no
sentido horário, para evitar que o sistema volte a operar por acidente.
Uma característica diferente é que esses botões são acionados facilmente,
pois o seu formato foi projetado para poder ser acionado com qualquer parte do
corpo, além disso, são sempre na cor vermelha, o que indica desligamento. A
Figura 5 ilustra um exemplo de botão de emergência.
2.2 Disjuntores
7
TEMA 3 – DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E RELÉS TEMPORIZADORES
3.1 Fusíveis
8
Figura 6 – Simbologia do relé térmico
9
sua desenergização ele começa a contar o tempo também pré-estabelecido e ao
final da contagem volta seus contatos para a posição de origem.
10
Seu princípio de funcionamento consiste em realizar a partida em duas
etapas. Na primeira o motor é fechado em estrela e é aplicado então uma tensão
de 220 V em seus terminais, o que faz com a que a corrente de partida seja
diminuída em 33%, aproximadamente. Após um tempo, a alimentação do motor é
comutada para 380 V, e ele passa a operar em tensão nominal.
Esse tipo de partida é amplamente empregado, pois possui um baixo custo
e pode ser utilizada em diversas aplicações.
11
5.1 Soft-starter
12
característica amplia suas aplicações. A frequência de um motor trifásico é
diretamente proporcional a suja velocidade. Logo, atuar na variação da frequência
de alimentação do motor resulta em uma alteração de sua velocidade.
O inversor de frequência também opera a rampa de aceleração, permitindo
uma partida de motor sem solavancos, ou seja, o motor não muda seu estado de
inércia instantaneamente. Isso evita desgastes nos componentes do motor,
aumentando sua durabilidade.
Outra vantagem dos inversores de frequência é que esses possuem
interfaces de comunicação, o que facilita a operação e permite um monitoramento
da velocidade e frequência do motor.
13
REFERÊNCIAS
14
AULA 2
AUTOMAÇÃO E CONTROLE
INDUSTRIAL
TEMA 1 – SENSORES
2
Antes de estudar a segunda categoria, que é a classificação quanto ao tipo
de estímulo que este recebe, analisaremos os tipos de estímulos. Os estímulos
podem ser: mecânicos, elétricos, térmicos, magnéticos ou químicos. Para cada
categoria de estímulo existem diversos tipos de variáveis físicas que podem ser
medidas, para mais informações sobre elas consulte o livro de Groover (2011).
Porém, devido à natureza do estímulo classificamos os tipos de sensores.
3
sensor identifique a aproximação dos objetos. Estes sensores são utilizados para
controle de nível, e aplicações que envolvam líquidos e elementos não metálicos.
4
TEMA 2 – ATUADORES E INTEFACES INDUSTRIAIS
2.1.1 Elétricos
2.1.2 Hidráulicos
2.1.3 Pneumáticos
6
Esses atuadores são classificados em atuadores de ação simples e de
dupla ação. Eles serão de ação simples se movimentarem o mecanismo em
apenas uma direção, e de ação dupla se movimentarem em dois sentidos.
Suas vantagens são inúmeras, entre elas podemos citar o fato de os
componentes serem simples e encontrados com facilidade, além de possuir alta
durabilidade. A segurança também é uma característica, pois não apresentam
riscos de faíscas em ambientes com potencial de explosões. São empregados em
indústrias farmacêuticas e alimentícias, pois o ar é livre de substâncias nocivas e
menos sujeitos às contaminações.
7
TEMA 3 – SISTEMAS DE CONTROLE INDUSTRIAIS
8
sejam atingidos. Se considerarmos que um atuador sempre pode estar sujeito a
algum problema que venha influenciar em seu desempenho, e em consequência
disto o mesmo não realizar o processo programado corretamente, este sistema
apresenta uma desvantagem pois não se verifica a saída ao final do processo.
Por outro lado, uma vantagem deste sistema é que ele é mais simples e
normalmente costumam ser mais baratos. Segundo Groover (2011), estes
sistemas são adequados para casos em que: as ações que o sistema de controle
precisa executar são simples, o atuador possui função bastante confiável e as
perturbações que podem influenciar a ação do atuador são muito pequenas, não
interferindo significativamente sobre ele.
Um exemplo de sistema de controle em malha aberta são os processos de
uma máquina de lavar roupas, pois quando se escolhe o ciclo de operação, ela
executa as ações, porém a lavadora não verifica se as roupas ficaram limpas ou
não após o processo, ela apenas executa as ações pré-definidas e espera que o
resultado seja satisfatório.
10
discretas, que são divididas em: binária e não binárias, são comuns a indústria de
produção discreta. A Figura 3 ilustra o comportamento destas variáveis.
11
TEMA 5 – CONTROLE CONTÍNUO E CONTROLE DISCRETO
12
5.2 Controle Discreto
13
REFERÊNCIAS
14
AULA 3
AUTOMAÇÃO E CONTROLE
INDUSTRIAL
2
controlar os sistemas de produção (Groover, 2011). Embora existam diferentes
modelos, ambos contam com a mesma arquitetura, a qual discutiremos na
sequência.
Unidade central;
Unidade de entrada/saída;
Unidade de programação.
A Figura 1 ilustra como se relacionam cada uma das unidades. Por meio
da causa, podemos verificar que a unidade de entrada/saída, também chamada
de unidade I/O, realiza a comunicação entre o CLP e as máquinas ou processos.
Além disso podemos verificar que a unidade central recebe as informações da
unidade I/O, realizando ações baseadas no programa de instruções que está
armazenado na memória. A unidade de programação é a interface que o usuário
conta para programação do CLP.
3
1.1.1 Alimentação
4
1.1.4 Unidade Central
5
Figura 2 – Ciclo de varredura de um CLP
Analisando a imagem, podemos verificar que esse ciclo começa pela leitura
das entradas, ou seja, a cada ciclo a CPU realiza esta leitura como o objetivo de
atualizar mudanças nos estados das entradas. Após a leitura das entradas, a CPU
passa a executar o programa de instruções. Por meio das informações e da lógica
são definidas ações de controle, as quais são enviadas para as saídas, e com isso
ciclo se fecha com a atualização das saídas.
O tempo de duração do ciclo, que também pode ser definido como tempo
total para execução das tarefas, depende de fatores como: características do
processador empregado, tamanho do programa de instruções e a quantidade de
entradas/saída utilizadas.
Podem ocorrer situações em que o CLP não possa esperar o final do ciclo
de varredura para tratar alguma situação. Quando isso ocorre, entra em ação uma
rotina para tratamento de interrupções. A CPU pode operar de quatro maneiras
distintas. A seguir, entraremos em detalhes sobre os modos de operação
possíveis dentro de um CLP.
6
Modo de Programação;
Modo Stop;
Modo Run;
Modo Reset.
7
originalmente foi desenvolvido por controladores analógicos, porém hoje já
é disponibilizado no CLP.
Funções aritméticas: o CLP possui capacidade de lidar com operações
aritméticas do tipo soma, subtração, multiplicação e divisão. Isto faz com
que seja possível a implementação de lógicas mais complexas.
Processamento e relatório de dados: é possível obter relatórios das
operações, o que é útil nas aplicações de negócios de PCs.
8
Devido à demanda de uma padronização das linguagens, um grupo de
trabalho dentro da International Electrotechnical Comission (IEC) foi formado, para
avaliar um projeto completo de CLP, envolvendo hardware, instalação, testes,
documentação, programação e documentação. Várias forças-tarefa com
empresas especialistas foram criadas para atender a demanda de todas as
variáveis a serem discutidas. Dentro da norma, a força-tarefa número três ficou
responsável pela padronização das linguagens de programação, estrutura de
software e execução de programas do CLP, e está parte da norma que
abordaremos na sequência.
9
3.1.2 Lista de instruções
Blocos biestáveis;
Blocos contadores;
Blocos temporizadores.
10
saída. Pelos blocos de função também serem muito utilizados nas linguagens de
programação, também trataremos deles com mais detalhes no próximo tema.
11
4.1 Blocos biestáveis
12
Este conta os pulsos em sua entrada e armazena internamente até que o
valor máximo programado seja atingido, assim, acionando sua saída e zerando
os pulsos já contabilizados.
O contador decrescente, do inglês conter down (CTD), é apresentado na
Figura 6. Ele tem os mesmos princípios do contador crescente, porém, ao invés
de somar o contador com os pulsos, subtrai o valor da variável iniciada como valor
inicial.
13
Figura 7 – Representação de um temporizador TON
14
Existem dois tipos de entradas na linguagem Ladder, o contato
normalmente aberto (NA) e o contato normalmente fechado (NF), apresentados
na Figura 9(a) e 9(b), respectivamente.
15
O diagrama apresentado possui duas entradas, I0 e I1, e uma saída Q0.
Podemos pensar que esse código faz o acionamento de uma lâmpada, por
exemplo. Logo, a entrada I0 estaria conectada a um botão de desliga, enquanto a
entrada I1 estaria conectada a um botão de ligar, e a saída Q0 estaria conectada
à lâmpada. Quando acionado o botão de ligar, o contato da entrada I1 se fecha e
a bobina é energizada, já quando é acionado o botão de desligar o contato da
entrada I0 é acionado e muda de fechado para aberto. Isso faz com que o circuito
se abra e ocorra a desenergização da bobina.
Esse é um exemplo bem simples que ilustra um acionamento de uma saída
com a possibilidade de desligamento. No entanto, várias lógicas podem ser
implementadas seguindo o mesmo raciocínio. Outros exemplos podem ser
encontrados nos livros citados durante esta aula, especialmente no livro de
Prudente (2015).
16
REFERÊNCIAS
17
AULA 4
AUTOMAÇÃO E CONTROLE
INDUSTRIAL
2
Em 1940, o escritor russo-americano Isaac Asimov escreveu as três leis
fundamentais da robótica, que são:
• 1ª Lei: um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que
um ser humano seja ferido.
• 2ª Lei: um robô deve obedecer às ordens dadas por humanos, exceto
quando isto conflitar com a primeira lei.
• 3ª Lei: um robô deve proteger sua própria existência, a menos que isso
conflite com a primeira ou a segunda lei (Santos, 2015).
3
tarefa, o robô a executará sempre da mesma maneira e com as características
requeridas.
Por outro lado, segundo Rosário (2005), existem alguns fatores que podem
ser encarados, como desvantagens, custo da aquisição em massa de sistemas
robotizados, além do impacto social que isso pode gerar. Se considerarmos que
os processos produtivos serão realizados apenas por robôs, teríamos uma
diminuição considerável nos postos de trabalho, que ocasionaria um aumento no
índice de desemprego entre os operados das unidades industriais.
Outro fato interessante é que a maioria das multinacionais procuravam
países subdesenvolvidos para suas instalações, como o objetivo de obter mão de
obra barata, porém, com a evolução dos robôs e a queda de seus custos, muitas
estão voltando suas instalações para seus países de origem.
4
2.1 Elementos construtivos de um robô industrial
Um robô industrial é constituído por pelo menos seis partes principais, que,
segundo Santos (2015), são:
• Base fixa: trata-se da parte fixa do robô, porém, em alguns casos essa parte
pode se mover por deslizamento ou então efetuar rotações.
• Braço articulado: também chamado de manipulador mecânico, é
constituído por diversas partes que os categorizam, as quais abordaremos
na sequência deste tema.
• Efetuador final: semelhante à mão humana, é essa parte que irá tratar
diretamente da manipulação de objetos, podendo também ser uma
ferramenta que executará alguma ação.
• Unidade de controle: é responsável pelo controle de todas as ações do
robô, ou seja, é ela que vai enviar sinais de comandos para que execute as
tarefas para as quais foi programado.
• Dispositivo de programação: trata-se do recurso por meio do qual o robô
será programado, podendo ser um teclado ou joystick.
• Fonte de energia: é responsável por fornecer energia para o funcionamento
do robô, o tipo mais comum é a elétrica, porém, também pode ser
pneumática ou hidráulica.
Crédito: wellphoto/Shutterstock.
5
Como mencionado, o braço articulado e o efetuador final possuem
características essenciais para o robô, por isso, trataremos destes com mais
detalhes.
Além dos tipos de juntas, os robôs possuem uma classificação para o seu
braço, que estudaremos na sequência.
6
Segundo Groover (2011), podemos classificar os robôs quanto à sua configuração
como:
2.1.3 Efetuadores
7
Basicamente, o sistema de controle atua sobre as articulações do robô,
possibilitando, assim, que os movimentos sejam coordenados e que o
manipulador execute o ciclo de movimento programado. A Figura 2 representa a
hierarquia de controle de um microcomputador que controla um robô industrial.
Por meio desta, é possível observar que o controlador atua diretamente sobre as
articulações, realizando um controle preciso dos movimentos do robô.
Segundo Groover (2011), podemos classificar os controladores de robôs
em quatro grupos:
8
Figura 2 – Estrutura de controle hierárquico de um microcomputador controlador
de robô
9
3.2.1 Tipos de acionamentos
A utilização dos robôs industriais tem crescido no mundo todo, desde sua
primeira utilização em 1961, na qual um robô foi empregado na operação de
descarregamento de moldes de uma máquina de fundição (Groover, 2011). Já
discutimos no tema 1 sobre as condições que levam as indústrias a substituir o
trabalho humano por um robô, porém, aqui trataremos com mais detalhes.
O setor da indústria que lidera o percentual de atuação dos robôs é o
automobilístico. Segundo Rosário (2005), o percentual de atuação dos sistemas
automatizados é de 90%. Isso faz com que o cenário da formação dos
10
profissionais que trabalham nas indústrias seja também alterado, uma vez que o
operador não possui somente a função de operar uma máquina, sendo necessário
capacidade de interpretar as informações fornecidas pelas interfaces de
comunicações e interação com os sistemas de controle e supervisão e, em alguns
casos, conhecimentos sobre a programação dessas máquinas.
Devido aos impactos sociais gerados por uma substituição em massa dos
postos de trabalhos por robôs, deve-se priorizar a substituição em condições que
envolvam ambientes ou condições que ofereçam riscos aos humanos, como:
11
Além da paletização, operações de despaletização e empilhamento são
comuns nessas aplicações. Exigindo também robôs mais robustos e com melhor
precisão, como os utilizados na paletização.
Outras aplicações envolvem carga e/ou descarga de máquinas, podendo
ser de três formas possíveis:
13
5.2 Linguagens de programação
14
REFERÊNCIAS
15
AULA 5
AUTOMAÇÃO E
CONTROLE INDUSTRIAL
4
1.2.4 Tecnologia de comunicação
5
distâncias maiores e informações mais complexas, como dados analógicos e
discretos. Alguns exemplos de redes devicebus são: DeviceNET, LONWorks e
Profibus DP.
As redes fieldbus também podem atuar no chão de fábrica, mas trabalham
coletando e distribuindo dados para os sensores e atuadores. As redes fieldbus
são conhecidas pelo uso de interfaces homem-máquina (IHM) e consoles de
gerenciamento, por exemplo, SCADA. Alguns exemplos de redes fieldbus são:
Profibus PA, Fieldbus Foundation e HART.
Tendo definidas as redes industriais, precisamos entender como funciona
a transmissão de dados nas redes industriais. Um dos princípios básicos que
norteiam a conexão de dispositivos a outro para a transmissão de dados é o
cabeamento. Já o princípio básico que norteia o cabeamento, é o tipo e a
quantidade de cabos ou condutores necessários para garantir o fluxo de dados.
(Forouzan, 2006)
Esse tipo de pensamento nos leva a imaginar qual é a forma mais efetiva
de enviar dados, seja um bit por vez, sejam vários em paralelo. Assim, as duas
formas de transmissão de dados nas redes industriais são: serial e paralelo. As
quais veremos com detalhes a seguir.
6
Figura 2 – Transmissão serial
7
podem desenvolver equipamentos baseados nessa tecnologia, que é
documentada e constantemente tem melhorias. Dentro das redes de padrão
aberto, temos pontos importantes como interoperabilidade e portabilidade. Sendo
que interoperabilidade é a capacidade de equipamentos de diferentes marcas,
mas com mesmo protocolo aberto, conversarem entre si, enquanto, a
portabilidade é a capacidade de sistemas de software serem compatíveis com
diferentes equipamentos.
3.1.1 Anel
8
lado do anel. A topologia em anel é representada na Figura 4(a), em que é
possível perceber a configuração de conexão descrita anteriormente.
3.1.2 Estrela
3.1.3 Barramento
9
3.2 Meios físicos de transmissão
11
No método denominado Polling o controlador questiona constantemente a
rede se algum dispositivo deseja enviar dados, evitando colisões. Enquanto
nenhum dispositivo desejar transmitir dados, o controlador continua fazendo
requisições na rede ciclicamente, até que um dispositivo deseje compartilhar
informações.
4.2.1 RS-232
4.2.2 RS-485
12
4.2.3 RS-422
13
AS-Interface, em que temos dois condutores e a película amarela é
autocicatrizante.
14
a velocidade de transmissão dos dados, seguindo a regra de quanto mais
próximos os dispositivos e menor a rede, maior a velocidade de transmissão.
15
REFERÊNCIAS
16
AULA 6
AUTOMAÇÃO E
CONTROLE INDUSTRIAL
2
Em uma planta industrial, as medições e aquisições de dados são
realizadas por sensores, conforme já estudado e esses dados são interligados em
unidades de processamento, as quais podem ser os controladores lógicos
programáveis (CLP) ou unidades terminais remotas (RTU), responsáveis pela
compilação das informações, deixando-as preparadas para serem utilizadas em
telas do sistema supervisório.
Os sistemas de supervisão trabalham com uma variável de sistema
denominada tag, a qual está atrelada a uma entrada ou saída física de um
equipamento de controle (Santos, 2014). A tag normalmente traz consigo duas
informações, sendo estas o valor da variável monitorada, como temperatura e o
timestamp que representa o momento de medição da variável. Com essas
informações, é possível criar um banco de dados e realizar estatísticas, como
representado na Figura 1. Analisando-a, é possível observar a medição de
temperatura no eixo vertical e o tempo em que foi realizada a medição no eixo
horizontal.
3
em tempo real sobre o processo e é possível realizar intervenções e/ou
ações de controle, as quais podem ocorrer tanto dentro da planta industrial
quanto em lugares geograficamente afastados, dando mais flexibilidade ao
sistema.
• Sistema de controle e/ou aquisição de dados: este sistema é
responsável por adquirir dados do processo, por meio dos sensores, e
controlar os atuadores. Podem ser compostos por CLPs ou outros
dispositivos de controle, aos quais são associados os sensores e os
atuadores. Os dispositivos precisam converter as informações
provenientes dos sensores, interpretá-los, enviar comandos aos atuadores,
ou ainda solicitar ao operador alguma intervenção caso necessário.
• Infraestrutura de comunicação: é responsável por conectar a estação de
supervisão ao sistema de controle e/ou aquisição de dados. Sem esse elo
de conexão que permite a troca de informações entre os sistemas, seria
impossível o fluxo de dados, inviabilizando o uso dos sistemas
supervisórios.
5
proprietários, sendo assim a comunicação era possível apenas em equipamentos
de mesmo fabricante. Outro ponto importante desta geração é que eles eram
empregados em aplicações específicas ou então em partes de um processo
maior.
A segunda geração vai de 1990 a 2000 e é chamada de “distribuídos”, além
disso, essa geração conta com uma rede de comunicação LAN. Devido à
possibilidade de conexão em rede, o sistema é dividido em estações distribuídas
que lidam com informações, comandos e processamentos. O fato de as tarefas
serem divididas entre as estações acabava diminuindo os custos da aquisição de
computadores, uma vez que já não era mais necessário um grande computador.
Porém os protocolos de comunicação ainda eram proprietários e não tinham
padrões definidos.
Já na terceira geração que vai de 2000 a 2010 e recebe a denominação de
“rede”, existe a possibilidade de reduzir um sistema supervisório complexo em
componentes simples e interligados por meio de protocolos de comunicação.
Além disso, o sistema pode ser espalhado por mais de uma rede LAN e com
possibilidade de estarem separados geograficamente, colaborando com a
descentralização dos sistemas. Neste cenário, vários sistemas SCADA são
executados simultaneamente.
Por fim, temos a quarta geração, a partir de 2010, chamada de Internet of
Things (internet das coisas), cuja principal característica é a computação em
nuvem, empregada cada vez mais e que vem trazendo benefícios, como: redução
de custos com infraestrutura, manutenção facilitada e melhor integração. O uso
do ambiente computacional em nuvem também possibilita a implementação de
algoritmos de controles mais complexos. Ainda, o uso de protocolos de
comunicação abertos proporciona níveis mais adequados de segurança e
integração de equipamentos de diversos fabricantes.
6
TEMA 3 – ARQUITETURAS DE UM SISTEMA SCADA
Para ser considerada uma arquitetura real, ela deve satisfazer alguns
requisitos de desempenho, como para redes de sensores e comandos:
7
Figura 2 – Representação da arquitetura SCADA com CLP
8
3.2 SCADA com barramento Fieldbus
9
Os elementos de hardware e software são essenciais para o funcionamento
de uma planta industrial. Esses equipamentos precisam ser compatíveis entre si,
tanto no quesito hardware quanto em software, ou a planta ficará desfalcada.
Algumas propriedades do sistema de hardware são:
• microcomputador industrial;
• monitor para visualização do sistema;
• drivers de comunicação com controladores;
11
Estas tecnologias permitiam que os equipamentos conversassem entre si
utilizando a mesma rede de comunicação.
As tecnologias desenvolvidas pela Microsoft foram aceitas de tal forma, que
uma organização foi criada para tratar desse tema, a OPC Foundation, de onde
se originou o padrão OPC, do inglês Object Linking and Embeding for Process
Control.
O padrão OPC possui uma interface de programação de aplicativos (API),
que permite que vários dispositivos de diferentes marcas se comuniquem entre si,
trazendo diversas vantagens, uma delas sendo a possibilidade de realizar um
código de programação para um dispositivo que pode ser compartilhado entre
outros dispositivos, uma vez que possuem a mesma comunicação com os
controladores.
5.1 Padronização
12
Para uma correta padronização de um sistema de supervisão, todos o
sistema de sensores, atuadores, controladores e mesmo o SCADA precisa ser
alinhado. Para que a padronização seja feita de forma eficaz, a maioria dos
fabricantes já segue regras e normas internacionais, por exemplo, a norma IEC
61131-3, já citada nas aulas anteriores, que descreve como deve ser a
programação de um controlador lógico programável (Moraes, 2010).
Outra padronização importante que já citamos aqui vem da OPC
Foundation, responsável por ditar como é feita a comunicação entre dispositivos
controladores e o sistema supervisório.
Todavia, a padronização de produtos e soluções não é a única que tem
valor dentro de um projeto de sistema supervisório. Também é preciso avaliar a
forma como a padronização de execução de processos dos operadores e da
própria indústria, para que ocorra um bom andamento da planta, pois a cultura
organizacional influencia diretamente na forma com que as padronizações
ocorrem.
13
Para um projeto de sistema supervisório, é importante que haja o chamado
Dicionário de tagnames, um arquivo que contém o descritivo de todas as variáveis
do sistema através de nomes. Essas tags são acessadas durante o período de
runtime do sistema supervisório e faz a integração com a parte gráfica do sistema.
O armazenamento das variáveis dentro de um controlador também
necessita seguir um padrão, mesmo não existindo uma regra para isso. Como
convenção, as variáveis digitais e analógicas semelhantes são agrupadas, para
facilitar o acesso e a programação (Santos, 2014).
É importante entender que o sistema supervisório coleta informações dos
controladores de campo de forma ordenada e organizada. Assim, é importante
que dentro da memória do CLP as informações também sigam padrões.
14
REFERÊNCIAS
15
Aula 1
Automação e Controle
Comandos elétricos
Industrial
1 2
32 32
1 2
3 4
Contatos NA Contatos NF
5 6
1
Tem como principal função ligar/desligar
circuitos
Dispositivos de manobra
Botoeiras em geral
Disjuntores
7 8
32 32
Podem acumular funções de proteção, como
os disjuntores
7 8
9 10
11 12
2
Diferença entre disjuntores e fusíveis
Fusível
13 14
Dispositivos de proteção
Dispositivos de proteção
Fusíveis
e relés temporizadores
Tipos: NH, D e ultrarrápidos
15
32
16
32 Relés térmicos
Disjuntores
15 16
17 18
3
Relés térmicos
Considerando o critério
Ifusível=1,2 . Inominal Também chamado
Ifusível=1,2 . 13,8 de relé de
sobrecarga
Ifusível=16,56 A
19
32
20
32 Utilizados na
Logo, o fusível de 35 A atende ambos os
proteção de
critérios
motores elétricos
19 20
Relés temporizadores
21 22
Partida direta
Partida compensadora
23 24
4
Partida estrela-triângulo Partida compensadora
25 26
32 32
25 26
27 28
A partida ocorre como um sinal rampa Atua como gerador de tensão e frequência
Oferece tanto aceleração quanto trifásica ajustável
desaceleração progressiva Permite o uso de motores CA em aplicações
Usado em aplicações como que exigem controle de velocidade
29 30
32 32
29 30
5
Comparação das correntes
nos diferentes acionamentos
Corrente (A)
31 32
32 32
In
Tempo
Partida direta
Estrela-triângulo
Soft-starter
Inversor de frequência
TONSTOCKER/SHUTTERSTOCK
Fonte: Adaptado de Bruna et al. (2012)
31 32
33
32
33
6
Aula 2
Automação e Controle
Sensores
Industrial
1 2
31 31
Categorias de estímulos
Elementos empregados na medição de Categoria do estímulo Exemplos de variáveis físicas
Sensores indutivos Alta precisão A variabilidade randômica ou o ruído no valor medido é baixo
Sensores fotoelétricos
31
Desvio mínimo O desvio se refere à perda gradual da exatidão ao longo do tempo
1
Atuadores
Elétricos
Atuadores e interfaces
Motores em geral
industriais
Pneumáticos
7
31
8
31
Lineares e rotativos
Hidráulicos
Lineares e rotativos
Motores CA
31
2
Sistema automatizado
industriais
13 14
Programa de Sistemas de
Processo
31 31
instruções controle
Parâmetro Variável
31 31
3
Diferenças entre os tipos de indústrias
Indústria de processos
Indústria de processo
Trabalha com o processamento de montantes
e indústria de produção de materiais
discreta
Líquidos, pós, gases
19
31
20
31
Indústria de produção discreta
Trabalha com o processamento de quantidades
de materiais
Peças e produtos
Não binária
Mistura de ingredientes Montagem mecânica
Binária
Separação de ingredientes Estampagem em folha de metal
Fonte: Adaptado de Groover, 2011.
Variável
analógica contínua Controle discreto
e controle contínuo
Variável discreta
não binária
23 24
31 31
Sinal de variável
discreta binária
(0 ou 1)
4
Comparação entre controle contínuo
Controle contínuo
e controle discreto
Fator de comparação
Controle contínuo nas indústrias de
processo
Controle discreto na indústrias de
produção discreta
O objetivo é sempre manter o valor de uma
Medidas típicas de
Medidas de peso, medidas de volume variável de saída em um determinado nível
de líquidos, medidas de volumes de Número de peça, número de produtos
saída de produto
sólidos
É comum um mesmo sistema ter vários
Consistência, concentração da solução, Dimensões, acabamento superficial,
Medidas típicas de
qualidade
ausência de contaminantes,
conformidade com as especificações
aparência, ausência de defeitos,
confiabilidade do produto
parâmetros controlados ao mesmo tempo
25
Variáveis e
parâmetros típicos
Temperatura, vazão, pressão Posição, velocidade, aceleração, força
26
Dividido em
31 31
Sensores típicos
Medidores de fluxo, termopares,
sensores de pressão
Interruptores fim de curso, sensores
fotoelétricos, extensômetros Regulatório
Atuadores típicos Válvulas, aquecedores, bombas Interruptores, motores, pistões
Preditivo
Constantes típicas de
Segundos, minutos, horas Menos de um segundo
tempo de processo
Processo
5
Mudanças ocasionadas por eventos
e por tempo
Mudanças por evento
Sensores identificam uma mudança de
nível lógico
Finalização de processos de contagem
31 32
31
6
Aula 3
1 2
31 31
Alimentação A
S E
t
e n S
Surgiu devido à necessidade de n t a
u
a
flexibilidade na linha de produção s r í
d
o a d
o
r d Unidade a
Criado para substituir os painéis a relés e a central s
r
e
s s
3 4
s
31
Compactos
Entradas
Todos os elementos em uma única caixa
Analógicas
Exemplo: relé programável
Digitais
Modulares
5
31
Saídas 6
31
1
Classificação quanto ao número de E/S
Emissão de relatórios
2
Norma IEC 61131-3 Linguagens
APLICAÇÕES EM QUE
LINGUAGEM ABREVIAÇÃO TIPO
MELHOR SE ENQUADRAM
A terceira dedicada à programação Texto estruturado (ST) Textual Lógica complexa e cálculos
Fonte: Adaptado de Groove, 2011.
Exemplo de programa em
sequenciamento gráfico de funções
Blocos de funções
17 18
31 31
3
Blocos Biestáveis Blocos biestáveis
Bobinas de SET/RESET
Cada tipo de bobina
Blocos contadores tem uma função diferente
Crescentes Exemplo
I.1 Q.0
Decrescentes
S
19 20
31
Blocos temporizadores 31
I.0 Q.0
10 PV 10 PV
5s PT ET 5s PT ET
4
Generalidades
25 26
31 31
Lógica OU
Lógica não OU
27 28
31 I.1 I.0 Q.0 31 I.1 I.0 Q.0
I.1 Q.0
0 0 0 0 0 1
1 0 1 I.1 I.0 Q.0 1 0 0
I.0 0 1 1 0 1 0
1 1 1 1 1 0
Q.0 N2 I.1
Válvula Q.0
5
Logo, em ladder, o código será
6
Aula 4
1 2
3 4
5 6
Desvantagens do uso de robôs
7 8
Fonte: Elaborado com base em Groover , 2011. Classificados de acordo com os graus de liberdade
9 10
Polar TRL
Dependem do tipo de operação que o braço
articulado vai realizar
Cilíndrica TLO LVL
Classificados em:
Cartesiana LOO OOO
Garras
Articulado TRR VVR
Ferramentas
SCARA VRO
Fonte: Elaborado com base em Groover, 2011.
11 12
Garras
13 14
Ferramentas
15 16
Controle de percurso contínuo Hidráulico Média-baixa Pesadas (1.000 kg ou mais) Média-alta Médio-alto
Controle inteligente Pneumático Baixa Pequenas e médias (10 kg) Alta Baixo
17 18
Acionamento elétrico
Vantagens Desvantagens
19 20
Acionamento hidráulico
Desvantagens
Vantagens
Alto custo da fonte de energia
Momento alto e constante sob
Custo de manutenção e de
variações de velocidade
válvulas de precisão
Precisão de operação
Risco de vazamento de óleo
Trabalho com cargas pesadas
21 22
Acionamento pneumático
Vantagens Desvantagens
23 24
Aplicações de manipulação
25 26
27 28
29 30
Métodos de programação
31 32
ON OFF Vantagens
Aprendizagem Painel LED
Não exige conhecimentos de
ponto a ponto 50
Controle de
velocidade
25
75
1 X programação avançados
Ensinamento 0 100 2 Y
Gravar RECORD 3 Z Desvantagens
acionado localizações
JOINT 4 RX
Chaves para
controle de
Controle de articulações Interrupção da operação do robô
Ensinamento movimento WORLD 5 RY
6 RZ
É limitada no que se refere à logica de
TOOL
manual Computador
ou modo de MODE O
TOOL
C Garra
Programação
manual Fonte: Elaborado com base em Groover, 2011.
aberta/fechada
tomada de decisões
33 34
35 36
Aula 5
1 2
30 30
Supervisão
sensores e atuadores
Workstation, PC, IHM
NÍVEL 3
Controle
Nível 2: Dispositivos que fazem controle
5
30
CLP, PC, CNC, SDCD
6
30
dos dispositivos de campo, como CLPs
NÍVEL 2
Dispositivos de campo
sensores e atuadores Nível 3: Nível de supervisão de planta,
NÍVEL 1 com sistemas supervisórios
Fonte: adaptado de Moraes, 2010.
1
Níveis da Pirâmide de Automação Especificação das Redes Industriais
1 1
1 1
2
Transmissão Paralela Padrões de Rede
1 1 1
30 30
Enviar
1
0
1 1
0 Receber
Protocolo e tecnologia fechada,
0
0
1 0
0
1 modificações permitidas somente pelo
1 1 1
Topologia de Rede
Topologias e Meios de
Transmissão Topologia em Anel
Topologia em Barramento
15 16
30 30
Topologia em Estrela
Topologia em Topologia
Barramento em Estrela
Topologia em Anel
17 18
30 30
3
Meios de Transmissão Meios de Transmissão
Fios de Cobre
Cabo Coaxial Transmissão por fios de cobre
Par Trançado Transmissão por fibra óptica
19 20
30
Fibra Óptica
30
Polling
23 24
30 ENVIANDO AGUARDANDO 30 TOKEN
INFORMAÇÕES PARA ENVIAR
4
Métodos de Acesso ao Meio Padrões de Interface
Polling
RS-232
SERVIDOR RS-485
25 26
30 30
RS-422
AS-Interface - sensorbus
27 28
30 30
29 30
30 30
5
31
30
6
Aula 6
1 2
31 31
Atuação
Redes de computadores como precursoras (atuadores)
1
Setores do Sistema SCADA
Funcionalidades de um
Estação de supervisão Sistema SCADA e Gerações
Infraestrutura de comunicação
31
2
SCADA com CLP
Arquiteturas de um Sistema
SCADA Centralizada
Modular
13 14
31 31
Rede de Comunicação
ESTAÇÃO DE DISPOSITIVO
SUPERVISÃO DE CONTROLE RTU
ESTAÇÃO DE DISPOSITIVO
SUPERVISÃO DE CONTROLE
15 16
31 31
ESTAÇÃO DE
SUPERVISÃO
DISPOSITIVO
DE CONTROLE
SCADA com barramento Fieldbus
BARRAMENTO SCADA com SingleLoop/MultiLoop
17
31
18
31 SCADA com sistema de controle digital
RTU
discreto
RTU
3
Componentes de Hardware
Componentes de
ESTAÇÃO DE INTERFACE DE
Hardware e Software
DISPOSITIVO SENSORES
SUPERVISÃO DE CONTROLE COMUNICAÇÃO
19 20
31 31
Elaborado pela autora Elaborado pela autora
Fonte: BZ Tech
23 24
31 ETHERNET ETHERNET 31
4
Drivers de Comunicação
Especificação de Sistemas de
OLE
Supervisão
COM
25
31
DCOMM 26
31
Independência de marca
Padronização
Padrão aberto
5
Elementos de Construção e Interface
Organização de informações
31
31
Padronização de tipos de variáveis 32
31