Tome Nota

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Tome Nota!

Em síntese, demos os seguintes passos argumentativos nesta


Unidade 01*:

1) O Instituto de Pesquisa Social foi criado a partir de uma semana de


estudos marxistas em 1922, em uma iniciativa conjunta de
institucionalizar um grupo de trabalho para pesquisa e reflexão sobre
os movimentos operários na Europa. Vinculado à Universidade de
Frankfurt foi criado oficialmente em fevereiro de 1923.

2) Em 1930, Max Horkheimer assume a direção do Instituto e o


transforma em um centro de pesquisa preocupado com uma análise
crítica dos problemas do capitalismo moderno.

3) A direção de Max Horkheimer foi crucial para manutenção do


vínculo com a Universidade de Frankfurt já que professor universitário,
com formação filosófica e teses sobre Kant e Hegel, e também pela
aproximação de intelectuais ao Instituto.

4) Após um breve período de transferência do Instituto para Genebra,


assegurada por M. Horkheimer durante a ofensiva nazista, logo em
1934 o diretor leva a iniciativa para Nova Iorque, recebendo apoio da
Universidade de Columbia.

5) É durante o período do Instituto nos EUA que a produção intelectual


avança e são publicados os trabalhos fundamentais para o que hoje
conhecemos como Teoria Crítica como, por exemplo, a coletânea de
ensaios sob o título “A Dialética do Esclarecimento” escrita em
parceria por M. Horkheimer e T. Adorno, publicada em 1947.

6) Após 16 anos fora da Alemanha, estabelecida sua identidade crítica


em torno da Teoria Crítica, produzida e publicada grande parte de sua
obra, o Instituto de Pesquisa Social retorna à Frankfurt durante a
década de 1950.

7) Na década de 1960 jovens filósofos e pesquisadores alemães


renovam os esforços do Instituto ao reeditar algumas das obras do
grupo original e iniciar novos trabalhos a partir dos mesmos moldes
metodológicos e temáticos;

8) No período de protagonismo desses jovens filósofos e


pesquisadores, já no final dos anos 1960, é possível observar duas
tendências: a) de preservação do pensamento do núcleo formado por
W. Benjamim, H. Marcuse, T. Adorno e M. Horkheimer, por meio de
rigorosos trabalhos de revisão e edição; b) de sequência e
continuidade, prosseguindo com o pensamento desses autores, pela
crítica, superação ou reinterpretação.

9) Na segunda tendência, J. Habermas destaca-se pelo esforço de


análise, comentário e interpretação das obras dos autores da primeira
geração, buscando retomar a produção teórica de seus mestres e
passa a ser considerado o representante da teoria crítica.

Tome Nota!
Em síntese, demos os seguintes passos argumentativos nesta
Unidade 02*:

1) O tema do Esclarecimento ou Iluminismo é um importante fio-


condutor de todo o conjunto de trabalhos e pesquisas produzidos pelo
Instituto, mesmo com diferenças significativas nas análises, os autores
da Escola de Frankfurt seguem por esse caminho compartilhado.

2) Se, por um lado, a razão é o instrumento central do “processo


emancipatório que conduziria à autonomia e autodeterminação”, T.
Adorno e M. Horkheimer enxergam a razão se transformar no eu
contrário: “em um crescente processo de instrumentalização para a
dominação e repressão do homem” (FREITAG, 1986, p. 34).

3) A ciência e técnica positivista, para os intelectuais de Frankfurt,


possuem, portanto, um caráter alienado e alienante, e a expressão
máxima dessa tendência contrária à emancipação é a razão
instrumental, deste modo, a dialética da razão torna-se fundamento
para crítica da ciência.

4) Enquanto, para teoria tradicional, o trabalho teórico e científico


significa respeito às regras gerais, à lógica formal, ao princípio de
identidade e não contradição, para a teoria crítica não se limitar por
esses critérios, expressa seu compromisso com um juízo existencial:
“libertar a humanidade do julgo da repressão, da ignorância e
inconsciência” (FREITAG, 1986, p. 41).

5) Indústria Cultural é um conceito central para compreender a


abordagem crítica dos frankfurtianos à cultura de massa, construída
fundamentalmente durante o tempo de emigração do Instituto nos
EUA.
6) A revolução tecnológica-industrial que permitiu a reprodução das
obras de arte promove uma mudança social estrutural, na medida em
que dissolve certa dimensão da arte e da própria ideia de cultura.

7) “Indústria Cultural”, portanto, como conceito que aponta para o


fenômeno da cultura produzida para o consumo de massa, da cultura
transformada em mercadoria, reduzida a valor de troca.

8) Em síntese, temos como conceito de Indústria Cultural: Cultura


como mercadoria e valor de troca para o consumo de massa,
renovando, ampliando e aprofundando a ideologização de classe,
permitindo a manutenção e a expansão das relações capitalistas de
produção e organização desigual da sociedade.

9) A abordagem da Escola de Frankfurt sobre o tema do Estado pode


ser dividida em três grandes e distintos momentos: a) “discussão mais
ampla que procura conceituar as mudanças estruturais que ocorrem
na base econômica da sociedade capitalista desde Marx”; b) “a
questão do Estado e da dominação se confundem com a crítica à
razão instrumental”; c) “a questão do Estado é levantada como tema
autônomo” (FREITAG, 1986, p. 85-86).

10) A abordagem do primeiro momento do Instituto sobre o tema do


Estado é marcada pelo diagnóstico do intervencionismo estatal e pela
análise que afirma o Estado capitalista moderno como principal
instrumento para o planejamento econômico social a fim de garantir
maior previsibilidade dos processos econômicos e segurança relativa
aos agentes privados de atuação, que, no geral. significa manutenção
e expansão do sistema capitalista de produção.

11) No segundo momento de abordagem do tema, a questão do


Estado aproxima-se da razão instrumental e da dominação
tecnocrática.

12) J. Habermas ainda avança sobre o tema do Estado com novas


análises críticas que pensam desde o Estado Liberal ao Estado dito
pós-moderno.

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