1000271-75 2021 8 26 0286 PDF

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MURILLO DE FREITAS HONORATO CUNALI e Tribunal de Justica do Estado de Sao
Paulo, protocolado em 18/01/2021 às 15:49 , sob o número 10002717520218260286.

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EXMO.SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVEL DA

COMARCA DE ITU-SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3B0.
TAIQUE MENDES RAMOS, brasileiro, solteiro,
desempregado, inscrito no C.P.F sob o n. 458,490,088-45, portador do
RG n. 56.706.481-5 residente e domiciliado na Rua Luiz Carlos Vidal, n,
72, lote 47, Quadra F, Bairro Jardim Europa, CEP – 133084-54, Itu –
SP., por intermédio de seu procurador que esta subscreve, com escritório
ao rodapé da página, onde recebe intimações e notificações, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECISÃO CONTRATUAL c.c.

RESTITUIÇÃO DE VALORES c.c. INDENIZAÇÃO POR DANO
MATERIAL E MORAL COM PEDIDO LIMINAR
em face de New Life Intermediação de Negócios Ltda, pessoa

jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 32.692.707/0001-
00; Lucas dos Santos Raymundo, brasileiro, portador da cédula de
identidade RG nº 54.432.239-3 SSP/SP, inscrito no CPF sob o nº
429.157.188-73 e Thalita Francielly Raymundo, brasileira, inscrita no
CPF sob o nº 485.170.878-52; Vinícius dos Santos Raymundo,
brasileiro, portador da cédula de identidade RG nº 54.432.248-4 SSP/SP,
inscrito no CPF sob o nº 429.157.198-45; Everton dos Santos
Raymundo, brasileiro, portador da cédula de identidade RG nº
46.267.751-5 SSP/SP, inscrito no CPF sob o nº 374.997.5 98-14 e
Bianca Cristina Sbrissa, brasileira, portadora da cédula de identidade
RG nº 48.536.998-6 SSP/SP, inscrita no CPF sob o nº 400.894.518-05,
TODOS com endereço comercial à Rua Francisco José Ferreira de
Sampaio, 50, 12º andar, sala 1206, Itu Novo Centro, CEP 13303-536,
Itu/SP; pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

E-mail: [email protected]
Tel: (62) 9-9803-3765 e (62) 9-98153-7706
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MURILLO DE FREITAS HONORATO CUNALI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/01/2021 às 15:49 , sob o número 10002717520218260286.
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1- DA COMPETÊNCIA JURISDICIONAL:
Preliminarmente, vale aludir que este Juízo é competente para
analisar e julgar o presente litigio, pois, o foro da comarca de Itu - SP, foi
voluntariamente eleito pelas partes no respectivo instrumento (Cláusula
Décima Nona) consoante dispõe o Art. 63, § 1º, ambos do Código de
Processo Civil. Veja-se:
Art. 63. As partes podem modificar a competência em

razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar

de instrumento escrito e aludir expressamente a
determinado negócio jurídico.
Pelos fundamentos acima expostos, depreende-se que este

Juízo é plenamente competente para analisar e julgar a presente
Execução.
2- DA JUSTIÇA GRATUITA:
O REQUERENTE faze jus à concessão da ASSISTÊNCIA

JUDICIÁRIA GRATUITA, haja vista que não possui rendimentos
suficientes para custear as despesas processuais e honorários
advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua família.
Tal pleito se justifica mercê disposição constitucionalmente

assegurada pela Constituição Federal, consoante plasma o artigo 5º,
LXXIV e nos termos da Lei nº 7.115/83, artigos. 1º e 2º; Art. 4º da Lei nº
7.510/86, bem como os art. 98 e 99 da Lei nº 13.105/2015. A

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REQUERENTE junta com a presente peça a declaração de pobreza,

afirmando que não possuem condições para arcar com as despesas
processuais. De acordo com a lei.
O REQUERENTE atualmente tendo sob sua responsabilidade a

manutenção de sua família, razão pela qual não poderia arcar com as
despesas processuais.
Para tal benefício o AUTOR junta declaração de hipossuficiência

e comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de
pagamento das custas judicias sem comprometer sua subsistência,
conforme clara redação do Art. 99 Código de Processo Civil de 2015.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser

formulado na petição inicial, na contestação, na
petição para ingresso de terceiro no processo ou em
recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da

parte na instância, o pedido poderá ser formulado por
petição simples, nos autos do próprio processo, e não
suspenderá seu curso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se

houver nos autos elementos que evidenciem a falta
dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do preenchimento
dos referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de

insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural.
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei,
faz jus ao REQUERENTE ao benefício da gratuidade de justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE

SEGURANÇA - JUSTIÇA GRATUITA - Assistência
Judiciária indeferida - Inexistência de elementos
nos autos a indicar que o impetrante tem

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condições de suportar o pagamento das custas e

despesas processuais sem comprometer o
sustento próprio e familiar, presumindo-se como
verdadeira a afirmação de hipossuficiência
formulada nos autos principais - Decisão
reformada - Recurso provido. (TJSP; Agravo de
Instrumento 2083920-71.2019.8.26.0000; Relator
(a): Maria Laura Tavares; Órgão Julgador: 5ª Câmara
de Direito Público; Foro Central - Fazenda
Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda Pública;
Data do Julgamento: 23/05/2019; Data de Registro:
23/05/2019).(grifo nosso)
Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do

requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as
custas, despesas processuais e honorários advocatícios" (Art. 98,
CPC/15), conforme destaca a doutrina:
Não se exige miserabilidade, nem estado de

necessidade, nem tampouco se fala em renda
familiar ou faturamento máximos. É possível que
uma pessoa natural, mesmo com boa renda
mensal, seja merecedora do benefício, e que
também o seja aquela sujeito que é proprietário
de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez. A
gratuidade judiciária é um dos mecanismos de
viabilização do acesso à justiça; não se pode exigir
que, para ter acesso à justiça, o sujeito tenha que
comprometer significativamente sua renda, ou
tenha que se desfazer de seus bens, liquidando-os
para angariar recursos e custear o processo.
(DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de.
Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed. Editora
JusPodivm, 2016. p. 60).(grifo nosso)
Além do mais, o REQUERENTE busca reaver um prejuízo que

teve, um prejuízo causado pelos Réus.
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição

Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de
justiça o REQUERENTE.

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3- DOS FATOS:
Inicialmente, urge aclarar que o Autor é pioneiro no mercado
de investimentos, sendo ainda inexperiente, obteve conhecimento sobre
a empresa New Life Intermediação de Negócios LTDA, a qual
apresentava promessas de aplicações financeira com rentabilidade de
200% do capital investido, promessa bastante atrativa à um cidadão
leigo, o qual, se adentrou recentemente ao mercado, não possuindo
ciência da malícia que integrava o presente investimento.
O autor, estando desempregado, com bastante dificuldade,

poupou ao longo dos anos valor considerável. Atraído pela oportunidade
que surgia a sua frente, sendo-lhe prometido um investimento “seguro”
e com grande rentabilidade, visualizando, assim, um futuro melhor para
seu dinheiro, dessa forma, ficou convencido a fazer parte do negócio.
A relação do Autor com a primeira Requerida teve início em 14

de outubro de 2019, sendo oficializado mediante a formalização do
Instrumento Particular de Constituição em Sociedade em Conta de
Participação.
Os demais requeridos, tratam-se de sócios administradores da

primeira Requerida, conforme se depreende pela juntada do incluso
Cartão CNPJ e QSA (Quadro de Sócios Administradores), bem como,
consultas de ações já devidamente reconhecidas, sendo essas: 1006071-
21.2020.8.26.0286; 1006649-81.2020.8.26.0286; 1006856-
80.2020.8.26.0286; 1000183-37.2021.8.26.0286 tendo como
integrante do polo requerido os demais sócios, respondendo todos
igualmente pelas obrigações aqui adquiridas.
O objeto contratual seria a gestão e agenciamento do capital

aplicado pelo Requerente nos contratos Cota 049/A e Cota 227/A,
correspondendo a R$10.000,00 (dez mil reais) investidos no dia 14 de
outubro de 2019 e R$11.500,00 (onze mil e quinhentos reais) investidos
no dia 13 de dezembro de 2019.

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Contrato Cota nº 049/A:
Além disto, restou pactuado que o valor investido seria aplicado

“em operações em plataformas de investimentos”, “operação em bolsas
de valores”, “investimento em cripto moedas”, dentre outras, sendo a
principal fonte de investimento a bolsa de valores, sendo prometido uma
rentabilidade muito acima do praticado no mercado, como o retorno de
8,33% a.m, bem como a garantia de devolução de 100% (cem por cento)
do valor investido no 13º mês, nos termos da cláusula quinta.
Ou seja, o proveito econômico do Requerente sobre o contrato

cota nº 049/A era de R$20.000,00 (vinte mil reais), decotando a taxa de
intermediação de 10,8% e sobre o contrato cota nº 227/A era de
R$23.000,00 (vinte e três mil reais), decotando a taxa de intermediação
de 10,8%, conforme planilha amostrada nos respetivos contratos:

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Diante a atrativa promessa de exorbitante rentabilidade, o

Requerente firmou negócio jurídico com a empresa Ré, depositando a
quantia acima ilustrada, conforme documento em anexo.
Pois bem, durante os primeiros meses, após o devido depósito

por parte da Requerente, a requerida adimpliu com as parcelas iniciais
do investimento, o qual veio a ser interrompida no dia 15 de abril de
2020, o que até presentes momentos se encontram interruptas,
caracterizando lucidamente o descumprimento dos parâmetros
contratuais por parte da empresa Ré, ficando os valores discriminados
da seguinte forma:
Tabela Demonstrativa:

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Em observância a planilha acima exposta, nota-se que a parte

Requerida honrou somente parte do acordo, ficando pendente a quantia
R$47.722,31 (quarenta e sete mil, setecentos vinte e dois reais e
trinta e um centavos), sendo tal valor discriminado da seguinte
forma:
Discriminação dos valores

R$21.500,00 (vinte um mil e quinhentos reais)
equivalente ao capital investido.
R$26.222,31 (Vinte e seis mil, duzentos e vinte e dois
reais e trinta e um centavos) correspondente ao lucro cessante
acrescidos dos juros de mora.
Neste sentido, desde abril de 2020 o Requerente não recebe

qualquer repasse contratual, sendo surpreendido em 01 de julho de
2020, através de comunicado Oficial, que a primeira Requerida estaria
encerrando suas atividades de sociedade em conta de participação.
(Documento em anexo).
Posteriormente, em desígnio de pactuar amigavelmente um

acordo, o Autor entrou em contato com a empresa Ré, visando a solução
pacífica da Lide, entretanto, as tentativas foram novamente frustradas
por inobservância da boa-fé contratual por parte da Empresa Ré.
Nota-se, ainda, o uso abusivo da personalidade jurídica no

presente caso, sendo de caráter meramente ilusionista, objetivando
mascarar sua verdadeira finalidade, sendo esta, a captação de valores
monetários de forma indevida, encerrado sua atividade de maneira
totalmente irregular, o que se pode ver mediante um mero comunicado
de encerramento das atividades empresariais.
Notório é a constituição do sistema de pirâmide financeira, o

que se pode concluir através do oferecimento de um retorno inimaginável
de investimento no porcentual de 100% (cem por cento) ao ano.
Em mesmo entendimento, o E. Tribunal de Justiça de São

Paulo, mediante a análise de inúmeras outras ações, reconheceu a

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constituição do sistema de pirâmide financeiro pela empresa New Life,

senão vejamos:
“Sociedade em conta de participação. Ação de nulidade
contratual cumulada com pedidos de índole indenizatória.
Decisão de deferimento de arresto de ativos financeiros
encontrados em nome dos réus, até o limite de valor
atualizado investido por autora. Agravo de instrumento.
Os agravantes New Life Intermediação de Negócios Ltda.,
Lucas dos Santos Raymundo, Vinicius dos Santos
Raymundo e Everton dos Santos Raymundo já recorreram
contra a mesma decisão (AI 2242622-81.2020.8.26.0000).
Não se conhece do agravo, quanto a eles, portanto,
aplicando-se os princípios da unirrecorribilidade e da
preclusão consumativa. Liberação de bloqueios efetivados
nas contas bancárias das agravantes Bianca Cristina
Sbrissa Raymundo e Thalita Francielly da Silva.
Esvaziamento da discussão, posto que nada foi
efetivamente bloqueado em tais contas. Ausência de
"periculum in mora" a justificar o provimento jurisdicional.
De todo o modo, falta também à postulação aparência
de bom direito, diante dos indícios de formação de
"pirâmide financeira", já reconhecida noutras decisões
da Justiça, em ações oriundas da mesma Comarca de Itu.
Manutenção da decisão agravada. Recurso
desprovido.”TJ-SP - AI: 22556501920208260000. Relator:
Cesar Ciampolini. Data de Julgamento: 20/11/2020. 1ª
Câmara Reservada de Direito Empresarial. Data de
Publicação: 20/11/2020.
Pelo exposto, não resta medida diversa a não ser o ingresso da

presente demanda, para pleitear o ressarcimento dos valores devidos.
4- DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR.
Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor nas relações em

que figuram como parte um consumidor e um fornecedor, consoante
dispõe os artigos 2º e 3º do CDC:

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Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a

coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que
haja intervindo nas relações de consumo
.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados, que desenvolvem
atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel,

material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no

mercado de consumo, mediante remuneração,
inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito
e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
A “sociedade por conta de participação” ocorre quando duas ou

mais pessoas assinam contrato em conta de participação, enquadrando o
prestador do serviço como Sócio Ostensivo, sendo este o responsável pelas
obrigações adquiridas pela atividade empresarial e a outra parte se
enquadra como Sócio Investidor, não tendo essa qualquer ligação com
atividade exercida, sendo de único fim o lucro, ou seja, o sócio oculto ou
investidor tem por único objetivo investir em um empreendimento.
Portanto, pode-se concluir que a sociedade em conta de

participação nada mais é do que um contrato de investimento, pelo qual
o sócio ostensivo, mediante seu intelecto/labor qualificado, apresenta um
plano de investimento para o sócio investidor, garantindo-lhe adquirir
lucros sob o seu capital aplicado, que, como consequência, atrai a
aplicabilidade do CDC para o presente caso.
No Artigo 2º do CDC, dispõe que “Consumidor é toda pessoa

física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final”. Nesse sentido, é comum nos contratos de Sociedade
por conta de participação, em que o Sócio Oculto visa investir seu capital
em empreendimento que lhe garante lucro em prazo determinado

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Dispõe, ainda, no Artigo 3º do CDC “Fornecedor é toda pessoa
física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de prestação de
serviços” em complemento, no parágrafo segundo do presente artigo,
engloba que serviço pode ser qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo mediante remuneração, englobando, ainda, aquelas de
natureza financeira, neste caso, o Sócio Ostensivo, firma o contrato de
sociedade por conta de participação visando adquirir investimentos para
seus serviços, garantindo-lhes um retorno positivo de suas aplicações e
em troca cobra-se uma taxa de administração sob o lucro adquirido.
A jurisprudência é uníssona no sentido de que há inúmeros

contratos que, apesar de se nomearem sociedade por conta de
participação, nada mais se tratam de forma de dissuadir os
consumidores em investir em consórcio não regulamentado pelo
Ministério da Fazendo ou do Bacen, ou qualquer outra forma de
“investimento, incorrendo a proteção do consumidor. Em primeiro
exemplo, traz-se o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:
Ementa: APELACAO CIVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.

MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE ATIVA AD
CAUSAM. INTERESSE INDIVIDUAL HOMOGENEO.
APLICACAO DO ARTIGO 515, PARÁGRAFO 3º DO CPC.
CAPTACAO DE POUPANCA POPULAR PELA VIA
TRANSVERSA DE SOCIEDADE EM CONTA DE
PARTICIPACAO. PRÁTICA ILEGAL. INDENIZACAO AOS
CONSUMIDORES LESIONADOS. I- O MINISTÉRIO
PÚBLICO TEM LEGITIMIDADE PARA AJUIZAR AÇÃO
CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DE INTERESSES
INDIVIDUAIS HOMOGENEOS, VISANDO COIBIR A
PRATICA DE ATIVIDADES COMERCIAIS ILEGAIS E
LESIVAS, COMO NO CASO, ONDE A SOCIEDADE
APELADA ESTAVA SE CAPITALIZANDO COM A
POUPANCA DOS CONSUMIDORES, FORA DO SISTEMA
FINANCEIRO ESTABELECIDO E SEM TER
AUTORIZACAO DO BANCO CENTRAL PARA OPERAR
NESSA AREA. II- CABE A APLICACAO DO PRINCIPIO DA
CAUSA MADURA, COM FULCRO NO ARTIGO 515,
PARÁGRAFO 3º DO CPC, DESDE QUE FIQUE
DEMONSTRADO NOS AUTOS, QUE A CAUSA SE
ENCONTRA PRONTA PARA RECEBER JULGAMENTO,
MAXIME QUANDO A LIDE SE ASSENTA EM MATERIA

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PRECIPUAMENTE DE DIREITO. III-NA SOCIEDADE EM

CONTA DE PARTICIPACAO, O SOCIO PARTICIPANTE
NÃO INGRESSA COMO FIM DEINTEGRAR CAPITAL E
DEPOIS SAIR COM ELE AO CABO DE DETERMINADO
PERIODO, COMO QUE INVESTIU. NEM E MUITO
MENOS SEDA A INTEGRALIZACAO DE CAPITAL COMO
FITO, ÚNICO, DE PROPICIAR A AQUISICAO DE UM
IMOVEL, COMO OCORRE NO CASO DOS AUTOS. O
CONTRATO, EMBORA DENOMINADO DE CONTRATO
COMERCIAL DE SOCIEDADE EM CONTA DE
PARTICIPACAO, CONTEM CLAUSULA EXPRESSA
PREVENDO O RECEBIMENTO ANTECIPADO PARCIAL
OU TOTAL DO PRECO, O QUE CARACTERIZA
VERDADEIRO CONSÓRCIO OU CAPTACAO DE
POUPANCA POPULAR. EXERCICIO DE ATIVIDADE DE
CAPTACAO DE POUPANCA POPULAR SEM
AUTORIZACAO PREVIA DO MINISTÉRIO DA
FAZENDA/BACEN. IV- UMA VEZ CONFIGURADA A
PRÁTICA DE ATIVIDADE ILEGAL POR PARTE DA
EMPRESA/APELADA, NAO RESTA OUTRA ALTERNATIVA
SENAO ENCERRAR SUAS ATIVIDADES E DETERMINAR
QUE TODOS OS CONSUMIDORES LESIONADOS SEJAM
INDENIZADOS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(TJGO, Apelação Cível 118321-4/188, Rel. Des. Luiz
Eduardo de Sousa, 1ª Câmara Cível, DJe 418 de
14/09/2009).
Não somente, nota-se que em entendimento do Tribunal de

Justiça de São Paulo, é plenamente cabível a aplicação do Código de
Defesa do Consumidor, uma vez que, independente do contrato envolver
sociedade em conta de participação, o objetivo não é o desenvolvimento
de uma atividade empresaria e sim a de prestação de um serviço,
enquadrando-se nos parâmetros estipulados pelo CDC, senão, vejamos:
COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. RESCISÃO REQUERIDA

PELO COMPRADOR. 1. Aplicabilidade do CDC.
Irrelevância do contrato celebrado entre as partes
envolver sociedade em conta de participação.
Objetivo não é o desenvolvimento de uma atividade
empresária, mas a aquisição de um imóvel, ainda que
para investimento, e não moradia. Relação de
consumo presente. Precedentes. 2. Perda do sinal /
corretagem. Nebulosidade quanto à natureza da quantia.
Se consideradas como arras: arras que, in casu, possuem
caráter confirmatório, e não penitencial. Art. 418 do CC

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só é aplicável às arras penitenciais. Precedentes. Se

consideradas como corretagem: E. STJ firmou
entendimento, em regime de recursos repetitivos (REsp
1599511/SP – Tema 938), pela validade da transferência
ao consumidor do pagamento da comissão de corretagem
nas promessas de compra e venda de unidade autônoma
em regime de incorporação imobiliária, desde que, pela
forma em que o negócio foi firmado, fique claro que a
verba estava sendo paga a esse título, diferenciando-se do
restante dos valores despendidos. Ausência de destaque
e esclarecimento acerca do pagamento da comissão.
Comissão que se confundiu com o sinal. Conclusão:
quantia deve integrar a base de cálculos dos valores a
serem devolvidos. 3. Retenção de parte dos valores para
compensação de gastos decorrentes da rescisão.
Jurisprudência que se firmou pela retenção de percentual
de 10 a 20% das quantias pagas, salvo comprovação de
gastos excepcionais. Percentual de 10% que se mostra
adequado no caso por incidir sobre valor alto de quantias
pagas. Devolução que deve ocorrer à vista, e não de forma
parcelada. Súmula nº 2 do E. TJSP. 4. Devida a ciência
ao MP para apuração das irregularidades verificadas,
protegendo outros consumidores em situação similares.
5. Recurso não provido.
(TJ-SP 10024102220168260400 SP 1002410-

22.2016.8.26.0400, Relator: Mary Grün, Data de
Julgamento: 18/07/2018, 7ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 18/07/2018)
Nesse sentido, fica nítido a incidência do Código de Defesa do

Consumidor para reger a relação de consumo entre o Sócio Investidor e
o Sócio Ostensivo, quando este demonstrar que o contrato de SPC foi
firmado objetivando a prestação de um serviço, não só, ficando, ainda,
demonstrado a prestação de um serviço de espécie financeira.
In casu, é notório que o Autor é hipossuficiente em relação aos

Requeridos, que são aqueles detêm o conhecimento técnico e são
responsáveis pela publicidade e comercialização dos serviços de
administração e investimento realizados pela Requerente,
caracterizando-se claramente a relação de consumo. Portanto, dado que
ocorreu o fornecimento de um serviço que se enquadra na definição do
art. 3º, caput, do Código de Defesa do Consumidor, o consumidor,
definido no art. 2º do mesmo diploma, é de rigor o reconhecimento da
relação havida como sendo de consumo e, consequentemente, a
aplicação do CDC, notadamente a inversão do ônus da prova, nos
termos do Artigo 6º, inciso VIII:

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Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com
a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação
ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;
Ex positis, vem mui respeitosamente à Vossa Excelência,

requerer o reconhecimento da relação consumerista, e em
consequência a inversão do ônus da prova.
5- DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES

CONTRATUAIS:
Precipuamente, salienta-se que na esfera contratual das

relações jurídicas, observa-se preliminarmente o princípio pacto sun
servanda, o qual resguarda a validade do contrato firmado pelas partes,
tendo por principal argumento a autonomia da vontade daqueles que
aquiescem com os termos estipulados na fase de negociação contratual.
Em concordância com o fundamento exposto, observa-se os

Art. 421, 421- A e 422 do Código Civil:
Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites

da função social do contrato.
Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas,

prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a
excepcionalidade da revisão contratual.
Art. 421-A. Os contratos civis e empresariais presumem-

se paritários e simétricos até a presença de elementos
concretos que justifiquem o afastamento dessa presunção,
ressalvados os regimes jurídicos previstos em leis
especiais, garantido também que:
I - As partes negociantes poderão estabelecer parâmetros

objetivos para a interpretação das cláusulas negociais e de
seus pressupostos de revisão ou de resolução

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II - A alocação de riscos definida pelas partes deve ser
respeitada e observada;
III - a revisão contratual somente ocorrerá de maneira

excepcional e limitada.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar,

assim na conclusão do contrato, como em sua
execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Neste sentido, verifica-se que o ordenamento jurídico

implementa os princípios da probidade e boa-fé, sendo de grande amparo
à regulamentação das relações jurídicas dentro da esfera contratual,
partindo da análise pragmática da ampla liberdade contratual, ou seja,
os polos podem livremente disciplinar os seus interesses durante a
constituição do contrato, sendo uma mera faculdade sua celebração final.
Por essa lógica, denota-se que as partes formularam o presente

contrato observando a todos os requisitos disciplinados pelo atual
paradigma doutrinário, bem como em concordância com as previsões
legitimadas pela regra geral do Código Civil, deixando conspícuo a Boa-
fé por parte do Sr. Taique Mendes Ramos em cumprir com todas as
obrigações por ele adquirida, sendo esta, a transferência dos valor
cominados, a desígnio de que o contrato seja bilateralmente cumprido, o
que claramente não condiz com a veracidade dos fatos, uma vez que, os
Requeridos ao interromperem o depósito das parcelas mensais, conforme
combinado em contrato, violaram o princípio da Boa-fé e transparência
contratual.
Não obstante, posteriormente, em demonstração de boa por

parte do Autor em uma tentativa de solução amigável a empresa Ré
novamente descumpri com sua palavra, ficando nítido seu total descaso
com os princípios que norteiam as relações jurídicas na sociedade
brasileira.
Ora, Excelência, sabe-se que a educação brasileira

hodiernamente não fornece acesso aos conhecimentos básicos do
mercado de investimentos, sequer fazem menção a como obter
informações a respeito das empresas prestadoras de serviços, não
somente, a porcentagem de brasileiros que compreende a imensidão e
complexidade/variedade de investimentos existentes atualmente é
mínima, sendo ainda menor a porcentagem daqueles aptos a adentrar
com êxito e seriedade no mundo dos negócios digitais. Diante tal
obscurantíssimo não é raro presenciarmos profissionais inaptos,
utilizando-se dos sonhos brasileiros, mediante promessas impossíveis de

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fls. 17
serem adimplidas, firmam contrato com objetivo de ludibriar cidadãos

leigos.
O presente caso não se difere do exemplo supracitado, ocorre
que o Autor, sendo um cidadão leigo e honesto, vislumbrando uma
oportunidade de ascensão financeira, depositou suas finanças e sonhos
sob a responsabilidade da New Life, empresa destinada a investimento
em “em operações em plataformas de investimentos”, “operação em
bolsas de valores”, “investimento em cripto moedas”, o qual objetivando
obter o amparo jurisdicional, pactuou um contrato, o qual em seu texto
legal descreve/assegura todos os direitos e deveres adquiridos do
presente negócio jurídico.
Neste sentido, nota-se que o presente contrato se trata de um

instrumento redigido pela própria New Life, sendo estipulado as
penalidades por sua inadimplência.
Para tanto, de sua análise, verifica-se que em Cláusula Décima

Segunda dispõe que a parte que requerer a quebra contratual ficará
responsável pelo pagamento de 20% (vinte por cento) de multa.
Estipula-se, ainda, que a Sócia Ostensiva sujeitar-se-á ao

pagamento dos juros de mora de 0,33% ao dia por atraso do pagamento
das parcelas mensais.
Pelo exposto, requer que seja aplicado as punibilidades

estipuladas pelo instrumento firmado pelas partes, como
parâmetros de cálculo do débito, objeto desta ação.

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6- DOS DANOS MORAIS:
Taique, credor de boa-fé firmou instrumento particular com a
empresa ré objetivando o recebimento de provendo mensais oriundos do
investimento de seu capital social.
Posteriormente, na data de assinatura do acordo Taique

realizou imediatamente o depósito dos valores requeridos pela New Life,
totalizando este R$21.000,00 conforme já apresentado.
Entretanto, no dia 15 de abril de 2020 o contrato foi quebrado

pelos REQUERIDOS, e os pagamentos mensais cessaram, ficando desde
então interruptos, o que gerou demasiado ônus ao Autor, que agora, além
de não estar em posse do valor arduamente juntado, não contava mais
com os frutos de sua aplicação.
Salienta-se, que o Autor é desempregado, e depende de seus

investimentos para sobreviver, logo, tal infortuno é de grande desconforto
ao seu sustento.
Sabe-se que investimento, em termos econômicos, é capital que

se aplica com o intuito de obter rendimentos a prazo.
Logo, percebe-se o contrato deixou de cumprir com o seu

objetivo, uma vez que nenhum rendimento tem sido adquirido por longos
nove meses.
Ressalta-se, ainda, que como investidor, dinheiro paralisado é

dinheiro perdido, o capital aplicado na New Life poderia ter sido utilizado
em outras aplicações financeiras.
O atual ordenamento jurídico hodiernamente conceitua em seu

Art. 186 do Código Civil a respeito dos Atos Ilícitos:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,

negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
A quebra contratual ocasionada pelo não pagamento das

parcelas mensais conforme cominado em instrumento particular, resulta
em ato ilícito, violando os direitos do Credor de boa-fé.

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fls. 19
Portanto, é evidente a existência da violação dos direitos da
parte Autora, o que resulta na responsabilidade da parte Requerida em
Indenizar os danos causados pelo descumprimento do contrato, nos
moldes do Art. 927 do Código Civil:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e

187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,

independentemente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem.
Logo está nítido que houve dano, e ainda esta em decorrência,

pois até o presente momento não houve o pagamento das parcelas
atrasadas e muito menos do montante investido.
Excelência, vejamos que o Autor é desempregado e os valores

que recebia de investimento, retorno, se tratava de verba alimentar, e
com a inadimplência dos REQUERIDOS tais valores estão fazendo falta
significativa na vida do AUTOR e de seus familiares.
Com isso temos a certeza que os Danos Morais não é apenas

um modo de enriquecimento, mas sim uma indenização por um dano
gerado ao Autor, e que este não teve culpa nem dolo na participação deste
fato, que por motivos alheios os REQUERIDOS não efetivaram o contrato
e os pagamentos.
Além do mais, por mostrar a má-fé dos REQUERIDOS, e tendo

por reconhecido como sistema de pirâmide financeira pelo E. Tribunal de
Justiça de São Paulo, conforme demonstrado acima, fica exposto a
intenção dos Réus e sua reiteração.
Pelo exposto, requer a reparação dos danos oriundos da quebra

do contrato, pela falta de pagamento do montante e por deixar o AUTOR
desamparado e sem seu rendimento mensal, sendo fixado o valor dos
danos morais em R$20.000,00 (vinte mil reais).

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7- DOS VALORES DEVIDOS E MULTA

CONTRATUAL:
Observa-se que a parte Requerida apresentou a este
Requerente a promessa de melhor investimento de seu capital, sendo-
lhe assegurado uma rentabilidade de 200%, que descontado a taxa de
administração, ficaria o investidor com 180% do valor inicial aplicado.
O não cumprimento dos termos pactuados, gera demasiado

infortúnio ao Sócio Investidor, uma vez que o mesmo objetiva o
crescimento de seu capital, o que poderia ter sido aplicado em
aplicações diversas a esta.
Nesse entendimento, o atual ordenamento jurídico traz a lume

a responsabilidade do Prestador de Serviço em ressarcir, tanto o dano
oriundo do contrato, sendo este, o Dano Emergente, o qual se conceitua
por ser aquele sofrido diretamente no ato do negócio jurídico, como
também ampara a reparação do Lucro Cessante, sendo este,
conceituado como os proventos oriundos do objeto de um negócio
jurídico, consoante dispõe o Artigo 402 e 403 do Código Civil:
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em

lei, as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além
do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente
deixou de lucrar.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do

devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos
e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem
prejuízo do disposto na lei processual.
Não somente, em vista de que o presente contrato se enquadra

nos parâmetros regidos pelo Código do Consumidor, é importante
ressaltar que o presente Código aduz expressamente face a
responsabilidade do Prestador de serviço, dispondo da seguinte forma o
texto do Art. 14 do CDC:

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14. O fornecedor de serviços responde,

independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.
Fixado o conceito de que os lucros cessantes integram o

princípio da reparação total, a doutrina e jurisprudência fixam os
seguintes requisitos para sua fixação: i) Possibilidade de obtenção de
lucro; ii) Probabilidade de obtenção de lucro; iii) Valor dos danos; iv)
Previsibilidade de lucros cessantes.
Conforme já devidamente demonstrado, verifica-se que a parte

autora firmou dois contratos de investimentos com a empresa
requerida, sendo-lhe prometido a rentabilidade de 200%, e em
contraprestação seria cobrado uma taxa de intermediação de 10,8%.
Todavia, a Requerida não honrou com suas obrigações

contratuais, vindo a interromper o pagamento das parcelas mensais no
dia 15 de abril de 2020, ficando, ainda, em pose do capital investido por
Taique.
Ressalta-se, ainda, que aplicar-se-á os parâmetros punitivos

fixados pelo contrato, ficando os requeridos responsáveis pelo
pagamento de 20% (vinte por cento) de multa sobre o valor de capital
investido atualizado pelo índice de INPC + 1% oriundo do
descumprimento contratual mais juros de mora de 0,33% sobre os
lucros cessantes, ficando o valor devido da seguinte forma:
OBS: próxima página.

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Multa (Doc Anexa):
Lucro Cessante. (Doc. Anexa):
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fls. 23
Objetivando prover melhor compreensão dos valores acima

apresentados, segue quadro ilustrativo dos valores aqui discriminados:
Discriminação dos valores
R$21.500,00 (vinte um mil e quinhentos reais)
equivalente ao capital investido.
R$26.222,31 (Vinte e seis mil, duzentos e vinte e dois
reais e trinta e um centavos) correspondente ao lucro cessante
acrescidos dos juros de mora.
R$4.845,45 (quatro mil, oitocentos e quarenta e cinco
reais e quarenta e cinco centavos) proporcional a multa pela
quebra contratual.
R$20.000,00 (vinte mil reais) equivalente ao valor de
Indenização por danos Morais descriminados no item 5
Pelo exposto, requer que seja reconhecido os valores acima

apresentado, fixando a totalidade dos valores devidos em R$72.567,76
(setenta e dois mil, quinhentos e sessenta e sete reais e setenta e seis
centavos) equivalendo-se a soma do capital social, lucro cessante, juros
de mora, multa por inadimplemento e danos morais.
8- DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA:
Da análise do histórico da parte Requerida, verifica-se que essa

integra o polo passivo de 30 demandas judiciais as quais possuem o
mesmo objeto da presente demanda: (Doc. Anexa)
Percebe-se, portanto, que a empresa ré firmou negócios

fraudulentos com inúmeros credores, com intuito único de após vir a

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declarar falência, deixando aqueles que com boa-fé depositaram seus

sonhos e finanças em suas mãos lesados.
O fumus boni Iuri, pode ser observado no fato da promessa de
retorno financeiro prevista no contrato e das inúmeras ações judiciais já
em tramite nesta comarca, tendo por objeto a discussão de contratos de
investimento, ou seja, está evidente que os Requeridos utilizando de suas
malandrices obtiveram patrimônio alheio.
O periculum in mora é visível no presente caso, o que pode se

observa diante dilapidação do patrimônio dos requeridos, a notificação
dos encerramentos da empresa e as falsas tentativa de solução pacífica
dos contratos celebrados as quais foram notoriamente uma jogada para
protelar as ações judiciais, por tais evidências é imprescindível o célere
encaminhar dos atos, uma vez que, na medida em que a demora ou
ausência de uma prestação jurisdicional para determinar o bloqueio dos
bens dos requeridos resultaria grandes perdas ao Credor de boa-fé.
Vossa Excelência, sabe-se que que no atual cenário brasileiro,

inúmeras são as empresas fundado com interesse único de ludibriar
terceiros, tornando as futuras Execuções infrutíferas pela ausência de
patrimônio localizável.
Observa-se, portanto, que é evidente a existência do Direito,

bem como o risco de danos ao patrimônio do Credor, desse modo é
imprescindível para que a presente demanda alcance com êxito os seus
objetivos o deferimento da tutela de urgência nos paradigmas estipulados
pelos artigos 300 e 303 do Código Processual Civil:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando

houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea

à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao
requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido
de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se
busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado
útil do processo.
A priori, a INDISPONIBILIDADE DE BENS DE TODOS OS

REQUERIDOS é a medida mais adequada para garantir a proteção do
Autor, evitando com isso a dilapidação do patrimônio dos requeridos, e
como é público e notório casos análogos ao presente.

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Como visto, a Ré já anunciou o encerramento das atividades e
tem propagado informações desencontradas, o que, somado à
dissimulação aqui amplamente demonstrada, causa imenso temor e
apreensão no Autor, ameaçando a recuperação do dinheiro inicialmente
entregue. E, como é público e notório em casos análogos, esquemas deste
tipo geralmente são acompanhados de abuso da personalidade jurídica,
desvio de finalidade e confusão patrimonial, justamente para furtar-se da
responsabilidade cabida
Diante essas razões, faz necessário a aplicação do instituto da

desconsideração da personalidade jurídica, na forma do Art. 50 do Código
Civil:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica,

caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela
confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber
intervir no processo, desconsiderá-la para que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações
sejam estendidos aos bens particulares de
administradores ou de sócios da pessoa jurídica
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de

finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o
propósito de lesar credores e para a prática de atos
ilícitos de qualquer natureza
Mais a mais, nota-se, que a Indisponibilidade de bens objetiva

o bloqueio de bens de natureza patrimonial dos Requeridos, objetivando
amparar o Autor, interrompendo a dilapidação dos bens da parte
Requerida, tal medida é plenamente cabível ao presente caso, sendo
devidamente reconhecido e deferido nos autos do processo nº
1006278-20.2020.8.26.0286, em curso na1ª (primeira) Vara Cível da
Comarca de Itu.
“Assim, havendo risco concreto de dilapidação de

patrimônio por parte dos réus, DEFIRO a liminar de
arresto. PROVIDENCIE a Serventia, via sistema
Bacenjud, o bloqueio de ativos financeiros
encontrados em nome dos réus até o limitado valor de
R$ 100.000,00, transferindo-se à ordem deste Juízo,
onde permanecerá bloqueado até decisão final.” Autos
nº 1006296-41.2020.8.26.0286 2ª Vara Cível da

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Comarca de Itu/SP “Assim, havendo risco concreto de

dilapidação de patrimônio por parte dos réus,
DEFIRO a liminar de arresto. PROVIDENCIE a
Serventia, via sistema Bacenjud, o bloqueio de ativos
financeiros encontrados em nome dos réus até o
limitado valor de R$ 60.000,00, transferindo-se à
ordem deste Juízo, onde permanecerá bloqueado até
decisão final. ”
Diante os fatos e fundamentos acima expostos, requer que seja

deferido o bloqueio dos ativos financeiros dos Requeridos mediante o
sistema SISBAJUD até o montante de R$72.567,76 (setenta e dois mil,
quinhentos e sessenta e sete reais e setenta e seis centavos).
9- DA CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR:
Não havendo incertezas quanto a periculosidade que norteia a

presente relação jurídica, dado a análise de dezenas de demandas
judiciais em desfavor da parte Requerida, perfazendo, atualmente a faixa
de 30 ações em discussão, já sendo em inúmeras reconhecido a
malandrice na atuação da empresa ré.
Em vista da possibilidade de perda de Direito, é impreterível a

concessão da MEDIDA CAUTELAR, nos ditames do artigo 305, do Código
de Processo Civil:
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação

de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a
lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito
que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.
Com base nos argumentos e provas aqui constituídos, é lucido

o perigo de dano nos atos praticados pelos requeridos, os quais utilizam
de falsas postagem para obter vantagem sobre terceiros de boa-fé.

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10- DOS PEDIDOS:
Ex positis, com escolta nos princípios da cooperação,
celeridade, efetividade e economia processual, vem perante a Digníssima
Vossa Excelência, requerer:
10.1- Seja concedida MEDIDA LIMINAR inaudita altera pars, para:
A-) Em caráter de urgência, a desconsideração da personalidade jurídica

da 1ª Ré, estendendo os efeitos aos demais requeridos;
C) O encaminhamento de ordem de indisponibilidade de bens de todos os

Requeridos, mediante o sistema SISBAJUD, até o montante de
R$72.567,76 (setenta e dois mil, quinhentos e sessenta e sete reais e
setenta e seis centavos)
C) O bloqueio permanente das contas identificadas, devendo ser

monitoradas até a satisfação do débito acima apontado, com fulcro no §
4º do art. 13 do Regulamento BacenJud 2.0; considerando a atual versão
do sistema de bloqueio financeiro, o SISBAJUD, qual foi implantado para
apurar casos como este (no qual há fortes indícios de fraude financeira),
requer-se, igualmente, o bloqueio dos ativos mobiliários, como títulos de
renda fixa e ações;
D) Informações detalhadas sobre extratos de conta corrente dos

Requeridos, visando apurar as movimentações bancárias, uma vez que,
certamente, os Requeridos movimentam tais contas;
10.2- O Reconhecimento da RELAÇÃO CONSUMERISTA e a inversão do

ônus da prova para atribuir aos Requeridos a prova liberatória
dos fatos imputados.
10.3- A concessão do benefício da gratuidade judiciária.
10.4- A citação dos Requeridos, ora qualificados no preâmbulo desta,

para, querendo, apresentar defesa no prazo legal.
10.5- A juntada da planilha demonstrativa de débito, totalizando o valor

da causa em R$72.567,76 (setenta e dois mil, quinhentos e
sessenta e sete reais e setenta e seis centavos).

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10.6- Seja os REQUERIDOS condenados no valor de R$72.567,76
(setenta e dois mil, quinhentos e sessenta e sete reais e setenta e
seis centavos), sendo R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por danos
morais e R$ 52.567,76 (cinquenta e dois mil, quinhentos e
sessenta e sete reais e setenta e seis centavos) por
descumprimento contratual.
10.7- A parte AUTORA, sobremodo à luz do preceito contido no art. 334,

§ 5º, do novo CPC, informa que não têm interesse na audiência de
conciliação.
Nesses termos,
Pede deferimento
Itu, SP, 18 de janeiro de 2021
Murillo de Freitas Honorato Cunali

OAB/GO 54.205
Maylla Franco Bastos

OAB/GO 55.479

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3BE.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3C8.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3CE.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3D2.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3D8.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3DE.
DANOS MORAIS
LUCRO CESSANTE
MULTA CONTRATUAL
SOMA DE SALDO DEVEDOR

VALOR DE CAPITAL INVESTIDO
R$
R$
R$
R$
R$
PLANILHA DEMONSTRATIVA DE DÉBITO
72.567,76
20.000,00
4.845,45
26.222,31
21.500,00
fls. 45
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3E1.
17/01/2021 DrCalc / EasyCalc- Cálculos financeiros e judiciais pela web
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3E6.
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desapropriações
Financiamento
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PRICE e SAC Fator de correção do período 261 dias 1,206488
Habitacional CEF Percentual correspondente 261 dias 20,648767 %
(Price/SAC/SACRE)
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Juros(278 dias-91,74000%) (+) R$ 12.546,34
Sub Total (=) R$ 26.222,31
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17/01/2021 Cálculo — Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
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Cálculo
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios disponibiliza planilha de cálculo de
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3EB.
atualização monetária com os índices de nidos a partir de março de 1965, com o intuito de auxiliar
as partes, advogados e demais interessados que precisem calcular valores nas demandas judiciais.
Atenção!
A rotina de atualização monetária não atende as regras dos cálculos fazendários.
Caso necessite que o percentual de juros de mora comece a incidir após ou entre as
datas das parcelas selecione "Após ou Entre o(s) Valor(es) Devido(s)", e "Antes do(s) Valor(es)
Devido(s)" para os juros começarem a incidir antes das datas das parcelas.
Caso o usuário preencha o campo "Valor Devido" com valor de um resultado onde já tenha sido
aplicado os juros de mora, o resultado do presente cálculo incorrerá na capitalização de juros.
Correção Monetária a partir de março de 1965 (atualmente INPC - clique em índices da
contadoria para consultar histórico de índices).
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Resultado do Cálculo (em Real)

Requerente: Taique Mendes Ramos
Requerido: New Life
Correção Monetária
Atualizado até: 17/01/2021
Juros Incidentes: Após ou Entre o(s) Valor(es) Devido(s)

Juros a partir da data: 15/04/2020
Percentual de Juros: 1,00%
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Ciente
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17/01/2021 Cálculo — Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
fls. 48
Data do Valor Valor Valor Juros Juros Corrigido+Juros

Devido Devido Fator CM Corrigido % R$ R$
15/04/2020 21.000,00 1,04879955 22.024,79 10,00% 2.202,47 24.227,26
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7ECF3EB.
Subtotal 24.227,26
Acessórios
R$
Multa - Percentual: 20,00% 4.845,45
Subtotal 29.072,71
Total Geral 29.072,71
editar cálculo novo cálculo
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fls. 49
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fls. 50
fls. 51
fls. 52
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fls. 53
fls. 54
fls. 55
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fls. 56
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fls. 58
fls. 59
fls. 60
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fls. 61
fls. 62
fls. 63
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fls. 64
fls. 65
fls. 66
fls. 67
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fls. 68
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fls. 69
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Rua Luiz Bolognesi, s/nº, Sala 02, Brasil - CEP 13301-390, Fone: (11)
4022-1101, Itu-SP - E-mail: [email protected]
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7EDD754.
DECISÃO
Processo Digital nº: 1000271-75.2021.8.26.0286

Classe - Assunto Procedimento Comum Cível - Constituição de Renda
Requerido: New Life Intermediação de Negócios Ltda e outros
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Karla Peregrino Sotilo
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por KARLA PEREGRINO SOTILO, liberado nos autos em 19/01/2021 às 13:56 .
Vistos.
Embora haja afirmação do autor de que não possui

condições para o pagamento das custas e despesas processuais (fls. 67), fato é que
este não juntou aos autos documentação apta a comprovar essa alegação. Por isso,
antes de analisar o pedido de gratuidade, conforme artigo 99, § 2º do Código de
Processo Civil, convém facultar ao interessado o direito de provar a impossibilidade
de arcar, sem o seu próprio prejuízo ou de sua família, com as custas e despesas do
processo, devendo, para tanto, em 15 (quinze) dias úteis, providenciar a juntada dos
seguintes documentos:
a) holerites dos últimos três meses e cópia da CTPS;
b) extratos dos últimos três meses da conta bancária

e cartão de crédito;
c) cópia da última declaração do imposto de renda;
d) informação de existência de cônjuge ou

companheiro e, em caso positivo, qual sua profissão e renda.
Com a juntada, TORNEM, para análise da gratuidade

postulada e consequente recebimento da inicial, observando-se que há tutela de
urgência pendente de apreciação (fls. 23, item "8").
Int.
Itu, 19 de janeiro de 2021.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MURILLO DE FREITAS HONORATO CUNALI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 01/02/2021 às 11:42 , sob o número WITU21700066986
fls. 70
EXMO.SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVEL DA

COMARCA DE ITU-SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7FDB75A.
TAIQUE MENDES RAMOS, já qualificado nos autos,
vem respeitosamente, juntar documentos e alegações que provem sua
real necessidade do deferimento da justiça gratuita.
1- DA JUSTIÇA GRATUITA:
O REQUERENTE faze jus à concessão da ASSISTÊNCIA

JUDICIÁRIA GRATUITA, haja vista que não possui rendimentos
suficientes para custear as despesas processuais e honorários
advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua família.
Tal pleito se justifica mercê disposição constitucionalmente

assegurada pela Constituição Federal, consoante plasma o artigo 5º,
LXXIV e nos termos da Lei nº 7.115/83, artigos. 1º e 2º; Art. 4º da Lei nº
7.510/86, bem como os art. 98 e 99 da Lei nº 13.105/2015. A
REQUERENTE junta com a presente peça a declaração de pobreza,
afirmando que não possuem condições para arcar com as despesas
processuais. De acordo com a lei.
O REQUERENTE atualmente tendo sob sua responsabilidade a

manutenção de sua família, razão pela qual não poderia arcar com as
despesas processuais.

Tel: (62) 9-9803-3765 e (62) 9-98153-7706
.
fls. 71
Para tal benefício o AUTOR junta declaração de hipossuficiência

e comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de
pagamento das custas judicias sem comprometer sua subsistência,
conforme clara redação do Art. 99 Código de Processo Civil de 2015.

formulado na petição inicial, na contestação, na
petição para ingresso de terceiro no processo ou em
recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da

parte na instância, o pedido poderá ser formulado por
petição simples, nos autos do próprio processo, e não
suspenderá seu curso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se
houver nos autos elementos que evidenciem a falta
dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do preenchimento
dos referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural.
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei,
faz jus ao REQUERENTE ao benefício da gratuidade de justiça:

Judiciária indeferida - Inexistência de elementos
nos autos a indicar que o impetrante tem
condições de suportar o pagamento das custas e
despesas processuais sem comprometer o
sustento próprio e familiar, presumindo-se como
verdadeira a afirmação de hipossuficiência
formulada nos autos principais - Decisão
reformada - Recurso provido. (TJSP; Agravo de
Instrumento 2083920-71.2019.8.26.0000; Relator
(a): Maria Laura Tavares; Órgão Julgador: 5ª Câmara
de Direito Público; Foro Central - Fazenda
Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda Pública;

Tel: (62) 9-9803-3765 e (62) 9-98153-7706
.
fls. 72
Data do Julgamento: 23/05/2019; Data de Registro:

23/05/2019).(grifo nosso)
Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do
requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as
custas, despesas processuais e honorários advocatícios" (Art. 98,
CPC/15), conforme destaca a doutrina:
Não se exige miserabilidade, nem estado de

necessidade, nem tampouco se fala em renda
familiar ou faturamento máximos. É possível que
uma pessoa natural, mesmo com boa renda
mensal, seja merecedora do benefício, e que
também o seja aquela sujeito que é proprietário
de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez. A
gratuidade judiciária é um dos mecanismos de
viabilização do acesso à justiça; não se pode exigir
que, para ter acesso à justiça, o sujeito tenha que
comprometer significativamente sua renda, ou
tenha que se desfazer de seus bens, liquidando-os
para angariar recursos e custear o processo.
(DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de.
Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed. Editora
JusPodivm, 2016. p. 60).(grifo nosso)
Além do mais, o REQUERENTE busca reaver um prejuízo que

teve, um prejuízo causado pelos Réus.
Logo, pelos fatos expostos, e com fulcro no princípio

constitucional que nos garante o acesso à justiça, culminado com
documentos probatórios da real necessidade da gratuidade, REQUER
seja deferido o pedido de justiça gratuita.
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição

Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de
justiça o REQUERENTE.

Tel: (62) 9-9803-3765 e (62) 9-98153-7706
.
fls. 73
Anexo, há documentos que comprovam que o AUTOR nunca

trabalhou com a carteira de trabalho assinada, vive fazendo ‘bicos’, não
tendo rendimentos certos, o que não lhe permite fazer compromissos
sendo que não há a certeza do ganho que terá.
Visto isso, juntamos também o extrato bancário, que nos permite
a análise de que o AUTOR não é miserável, mas não tem condições
suficientes para arcar com custas processuais, visto que tal processo só
houve a necessidade de existir por descumprimento contratual da parte
RÉ.
Diante dos fatos, fundamentos e provas apresentadas REQUER a

concessão da Justiça Gratuita.
Termos em que,
Pede deferimento.
Itu, SP, 01 de fevereiro de 2021.
Murillo de Freitas Honorato Cunali

OAB/GO 54.205

Tel: (62) 9-9803-3765 e (62) 9-98153-7706
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MURILLO DE FREITAS HONORATO CUNALI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 01/02/2021 às 11:42 , sob o número WITU21700066986 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 7FDB75E.
fls. 74
Internet Banking
TAIQUE MENDES RAMOS Conta: 1632-01.004643.6
EXTRATO DE CONTA CORRENTE
Tipo de Lançamento: 06 Período: 14/10/2020 a 11/11/2020

Data Descrição Docto Situação Crédito(R$) Débito(R$) Saldo(R$)
14/10/2020 SALDO ANTERIOR -198,05
27/10/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 27/10 MERCADO FREITAS LJ 422378 -6,66 -204,71
27/10/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 27/10 QTUDO 363178 -4,50 -209,21
27/10/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 27/10 GABRIEL OLIVEIRA FA 430578 -5,00 -214,21
27/10/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 27/10 POSTO REI DOS REIS 564178 -25,00 -239,21
29/10/2020 TRANSFERENCIA ENTRE CONTAS JOSE EVANGELISTA FERREIRA 412992 40,00 -199,21
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 31/10 DOM ITU DE DEZ 534578 -13,99 -213,20
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 31/10 ESTUDIO 523 235878 -18,00 -231,20
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 01/11 POSTO PUMA 432478 -22,00 -253,20
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 01/11 INARA FERNANDES DA 592378 -74,69 -382,89
03/11/2020 TRANSFERENCIA ENTRE CONTAS LUCAS MAZOLA DE ARAUJO PE 372214 8,00 -374,89
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 02/11 FOGO BRAVON APOIO 402678 -65,50 -490,39
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 02/11 RESTAURANTE DONA AM 425478 -6,00 -496,39
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 02/11 COBASI CAMPINASIGUA 040878 -130,30 -626,69
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 02/11 EST IGUATEMI CAMPIN 301378 -12,00 -638,69
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 02/11 MP .AUTOPOST 020978 -72,00 -710,69
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 02/11 POSTO AVENIDA SOUSA 175378 -22,00 -732,69
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 02/11 EMPORIO XEXA 401178 -40,00 -772,69
03/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 02/11 POSTO TERRA FIRME 274878 -15,00 -787,69
03/11/2020 TED RECEBIDA DIF TITULARIDADE STR Ana Carolina de Brito 000000 51,00 -736,69
03/11/2020 RESG POUP - CENTRAL/INTERNET/APP DE: 1632.60.007235-3 124546 750,00 13,31
Paginas 1 / 2
Central de Atendimento Santander
4004 - 3535 (Capitais e Regiões Metropolitanas) SAC 0800 - 762 - 7777
0800 - 702 - 3535 (Demais Localidades) Ouvidoria 0800 - 726 - 0322

fls. 75
Internet Banking

03/11/2020 JUROS SALDO UTILIZ ATE LIMITE PERIODO: 01/10 A 31/10/20 000000 -7,04 6,27
05/11/2020 MENSALIDADE DE SEGURO Parc 008/012 AP 166985 -35,65 -29,38
05/11/2020 RESG POUP - CENTRAL/INTERNET/APP DE: 1632.60.007235-3 155569 100,00 70,62
05/11/2020 TRANSF VALOR P/ CONTA DIF TITULAR GABRIEL BRISOLA GREGORIO 164009 -20,00 50,62
05/11/2020 TRANSFERENCIA PROGRAMADA PARA: 1632.60.004090-7 000000 -50,00 0,62
06/11/2020 TED DIFERENTE TITULARIDADE CIP LUIS GUSTAVO MENDES ARRUD 000000 2.000,00 2.000,62
06/11/2020 TRANSF VALOR P/ CONTA DIF TITULAR GABRIEL BRISOLA GREGORIO 030808 -70,00 1.930,62
06/11/2020 PAGAMENTO CARTAO CREDITO BCE 06/11 20:57 CARTAO MASTER 205703 -372,73 1.557,89
06/11/2020 TRANSFERENCIA PARA CONTA POUPANCA PARA: 1632.60.008700-3 584932 -1.100,00 457,89
09/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 07/11 POSTO PUMA 172378 -22,00 435,89
09/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 07/11 SUP SAO VICENTE 271378 -6,98 428,91
09/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 07/11 ESTUDIO 523 334178 -15,00 413,91
09/11/2020 TARIFA MENSALIDADE PACOTE SERVICOS OUTUBRO / 2020 000000 -13,70 324,21
09/11/2020 TED RECEBIDA DIF TITULARIDADE STR Rodolfo D Afonso 000000 80,00 404,21
09/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 09/11 DENTISTA SORRIA ITU 371678 -50,00 354,21
09/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 09/11 SHALON MODAS 454378 -54,90 299,31
09/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 09/11 POSTO SOLAR TERRAS 040378 -22,00 277,31
10/11/2020 TED RECEBIDA DIF TITULARIDADE STR Rodolfo D Afonso 000000 180,00 387,31
TOTAL 0,00 0,00
Paginas 2 / 2

fls. 76
Internet Banking
Saldo de Conta a 11/11/2020 em R$

A - Saldo de ContaMax 403,91
B - Saldo Bloqueado 0,00
C - Provisão de Encargos 0,00
Juros Acumulados até a data 0.00
IOF Acumulado até a data 0.00
D - Seguro Limite da Conta Protegido até a data 0,00
E - Saldo Disponível ContaMax (A - B) 403,91
F - Limite Master 10 D S/ Juros 1.000,00
G - Saldo em conta + limite(limite da conta)(E + F) 1.403,91
Último Movimento 19/01/2021

Juros Acumulados até a data 0.00 Data para Débito de Juros 01/02/2021
IOF Acumulados até a data 0.00 Data para Débito de IOF 01/02/2021

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fls. 77
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11/11/2020 SALDO ANTERIOR 387,31
12/11/2020 TRANSFERENCIA ENTRE CONTAS CAIO MARQUES CANDIDO 073576 5,00 392,31
13/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 13/11 MERCADO FREITAS LJ 391978 -12,71 379,60
17/11/2020 RESG POUP - CENTRAL/INTERNET/APP DE: 1632.60.008095-8 355194 1.200,00 1.571,77
17/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 17/11 MAGAZINE LUIZA LJ 4 452578 -700,00 871,77
17/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 17/11 BANCA MATRIZ 031478 -14,50 857,27
17/11/2020 SAQUE TERMINAL INTER AG 600065 -200,00 657,27
17/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 17/11 POSTO TERRA FIRME 305578 -22,00 635,27
19/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 19/11 GELADAS E CIA COMER 591178 -11,25 624,02
23/11/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 22/11 MERCADO DA JO 513578 -25,17 580,85
25/11/2020 PIX RECEBIDO OUTRA INST -MESMA TIT TAIQUE MENDES RAMOS -11-25 58,90 639,75
30/11/2020 PIX RECEBIDO OUTRA INST -MESMA TIT Rodolfo D Afonso -11-30 600,00 905,19
30/11/2020 PIX RECEBIDO OUTRA INST -MESMA TIT TAIQUE MENDES RAMOS -11-30 600,00 1.500,17
Paginas 1 / 2

fls. 78
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07/12/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 05/12 SUMUP .GIGANTEDACA 584878 -12,00 4.179,17
07/12/2020 TARIFA MENSALIDADE PACOTE SERVICOS NOVEMBRO / 2020 000000 -13,70 4.165,47
07/12/2020 MENSALIDADE DE SEGURO Parc 009/012 AP 166985 -35,65 4.129,82
07/12/2020 TRANSFERENCIA PROGRAMADA PARA: 1632.60.004090-7 000000 -50,00 4.079,82
07/12/2020 REMUNERACAO CONTAMAX CDB DI 000000 0,02 4.079,84
08/12/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 08/12 JOSE DANILO DOS SAN 104178 -0,60 4.079,24
08/12/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 08/12 DENTISTA SORRIA ITU 385978 -50,00 4.029,24
08/12/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 08/12 DENTISTA SORRIA ITU 531878 -50,00 3.979,24
08/12/2020 SAQUE TERMINAL INTER AG 600065 -250,00 3.729,24
08/12/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 08/12 PAG.GERSONRODRIGUES 151978 -6,50 3.722,74
08/12/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 08/12 POSTO REI DOS REIS 331878 -22,00 3.700,74
11/12/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 11/12 MERCPAGO .MIKACA 534678 -20,00 3.138,95
TOTAL 0,00 0,00
Paginas 2 / 2

fls. 79
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fls. 80
Internet Banking

11/12/2020 SALDO ANTERIOR 3.158,95
11/12/2020 COMPRA CARTAO MAESTRO 11/12 MERCPAGO .MIKACA 534678 -20,00 3.138,95
14/12/2020 PIX RECEBIDO OUTRA INST -MESMA TIT TAIQUE MENDES RAMOS 000000 20,00 3.158,95
14/12/2020 TRANSF VALOR P/ CONTA DIF TITULAR GABRIEL BRISOLA GREGORIO 192085 -40,00 3.118,95
14/12/2020 REMUNERACAO CONTAMAX CDB DI 000000 0,03 518,98
04/01/2021 COMPRA CARTAO MAESTRO 04/01 MERCPAGO .BANCAL 192378 -3,00 365,98
05/01/2021 MENSALIDADE DE SEGURO Parc 010/012 AP 166985 -35,65 2.276,41
05/01/2021 TRANSFERENCIA PROGRAMADA PARA: 1632.60.004090-7 000000 -50,00 2.226,41
06/01/2021 REMUNERACAO CONTAMAX CDB DI 000000 0,01 726,42
08/01/2021 TARIFA MENSALIDADE PACOTE SERVICOS DEZEMBRO / 2020 000000 -13,70 712,72
19/01/2021 COMPRA CARTAO MAESTRO 19/01 POSTO REI DOS REIS 274478 -22,00 663,91
19/01/2021 COMPRA CARTAO MAESTRO 19/01 DENTISTA SORRIA ITU 491978 -50,00 613,91
19/01/2021 COMPRA CARTAO MAESTRO 19/01 JP CELULARES 065878 -10,00 603,91
19/01/2021 SAQUE TERMINAL INTER AG 600065 -200,00 403,91
TOTAL 2.020,06 -4.775,10

fls. 81
Internet Banking



.
fls. 82
Carteira de Trabalho Digital
Dados Pessoais
Data de emissão: 23/12/2019
Nome Civil: TAIQUE MENDES RAMOS

CPF: 458.490.088-45
Data de Nascimento: 10/08/1998
Sexo: Masculino
Nacionalidade: Brasileiro
Nome da Mãe: DALILA MENDES DE CAMARGO
Documento assinado digitalmente pela Dataprev em 22/01/2021. Página 1

Este documento somente é válido acompanhado de um documento de identificação oficial.
fls. 83
fls. 84
Foro de Itu Emitido em: 05/02/2021 16:31

Certidão - Processo 1000271-75.2021.8.26.0286 Página: 1
CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8053AB1.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0048/2021, encaminhada para publicação.
Advogado Forma
Murillo de Freitas Honorato Cunali (OAB 54205/GO) D.J.E
Teor do ato: "Vistos. Embora haja afirmação do autor de que não possui condições para o pagamento
das custas e despesas processuais (fls. 67), fato é que este não juntou aos autos documentação apta a
comprovar essa alegação. Por isso, antes de analisar o pedido de gratuidade, conforme artigo 99, § 2º do
Código de Processo Civil, convém facultar ao interessado o direito de provar a impossibilidade de arcar, sem o
seu próprio prejuízo ou de sua família, com as custas e despesas do processo, devendo, para tanto, em 15
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CLAITON COSTA VIEIRA, liberado nos autos em 05/02/2021 às 16:30 .
(quinze) dias úteis, providenciar a juntada dos seguintes documentos: a)holerites dos últimos três meses e
cópia da CTPS; b)extratos dos últimos três meses da conta bancária e cartão de crédito; c)cópia da última
declaração do imposto de renda; d)informação de existência de cônjuge ou companheiro e, em caso positivo,
qual sua profissão e renda. Com a juntada, TORNEM, para análise da gratuidade postulada e consequente
recebimento da inicial, observando-se que há tutela de urgência pendente de apreciação (fls. 23, item "8").
Int."
Do que dou fé.

Itu, 5 de fevereiro de 2021.
Claiton Costa Vieira

fls. 85

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
RUA LUIZ BOLOGNESI, S/Nº, Itu-SP - CEP 13301-390
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8051222.
DESPACHO

Classe – Assunto: Procedimento Comum Cível - Constituição de Renda
Vistos.
Para uma melhor visualização das condições financeiras

do autor, PROVIDENCIE, em 05 (cinco) dias, a juntada da cópia da última
declaração de imposto de renda, conforme determinado às fls. 69, alínea "c".
Com a juntada, tornem, para análise da tutela pendente

(fls. 23, item "8").
Int.

fls. 86

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0048/2021, foi disponibilizado na página
693/697 do Diário de Justiça Eletrônico em 09/02/2021. Considera-se a data de publicação em 10/02/2021,
primeiro dia útil subsequente à data de disponibilização.
Advogado
Murillo de Freitas Honorato Cunali (OAB 54205/GO)
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por THIARA DE OLIVEIRA MOURA LEAL, liberado nos autos em 09/02/2021 às 12:07 .
Teor do ato: "Vistos. Embora haja afirmação do autor de que não possui condições para o pagamento
das custas e despesas processuais (fls. 67), fato é que este não juntou aos autos documentação apta a
comprovar essa alegação. Por isso, antes de analisar o pedido de gratuidade, conforme artigo 99, § 2º do
Código de Processo Civil, convém facultar ao interessado o direito de provar a impossibilidade de arcar, sem o
seu próprio prejuízo ou de sua família, com as custas e despesas do processo, devendo, para tanto, em 15
(quinze) dias úteis, providenciar a juntada dos seguintes documentos: a)holerites dos últimos três meses e
cópia da CTPS; b)extratos dos últimos três meses da conta bancária e cartão de crédito; c)cópia da última
declaração do imposto de renda; d)informação de existência de cônjuge ou companheiro e, em caso positivo,
qual sua profissão e renda. Com a juntada, TORNEM, para análise da gratuidade postulada e consequente
recebimento da inicial, observando-se que há tutela de urgência pendente de apreciação (fls. 23, item "8").
Int."
Thiara De Oliveira Moura Leal

Chefe de Seção Judiciário
fls. 87

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 80D00F3.
Advogado Forma
Teor do ato: "Vistos. Para uma melhor visualização das condições financeiras do autor, PROVIDENCIE,
em 05 (cinco) dias, a juntada da cópia da última declaração de imposto de renda, conforme determinado às
fls. 69, alínea "c". Com a juntada, tornem, para análise da tutela pendente (fls. 23, item "8"). Int."
Do que dou fé.


fls. 88

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 80E2B1F.
Advogado
Teor do ato: "Vistos. Para uma melhor visualização das condições financeiras do autor, PROVIDENCIE,
em 05 (cinco) dias, a juntada da cópia da última declaração de imposto de renda, conforme determinado às
fls. 69, alínea "c". Com a juntada, tornem, para análise da tutela pendente (fls. 23, item "8"). Int."

.
fls. 89
EXMO.SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA 2º VARA CIVEL DA
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 827A90D.
COMARCA DE ITU-SP.
Processo: 1000271-75.2021.8.26.0286
TAIQUE MENDES RAMOS, já devidamente

qualificado nos autos da presente ação declaratória de rescisão
contratual c.c. restituição de valores c.c. indenização por dano
material e moral com pedido liminar, onde litiga em desfavor de NEW
LIFE INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS LTDA, também já
qualificada, vem através de seus procuradores, “in fine” assinados, à
presença de Vossa Excelência, em atenção ao despacho retro, vem
manifestar-se nos autos, nos seguintes termos:
O autor faz jus a concessão do benefício da gratuidade da

justiça, pois não detém condição financeira suficiente para arcar com
o custeio das despesas processuais e honorários advocatícios sem
prejuízo ao seu sustento e de sua família.
Sabe-se que o benefício de gratuidade da justiça objetiva

amparar a inviolabilidade do direito, assegurando que todos aqueles
que tiveram seus Direitos lesados, para que mesmo em condição de
miserabilidade financeira, possam recorrer ao sistema Judiciário, a
fins de evitar a elitização da justiça, conforme disposto no Art. 5°,
inciso LXXIV, da Constituição Federal;
.
fls. 90
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e

gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Urge declarar que o Requerente não detém condições financeiras

suficientes para arcar com as despesas oriunda da presente ação, tal cognição
é facilmente formulada ao analisar os documentos apensados em fls. 74-83.
Vislumbra-se, que Taique Mendes Ramos, não presta nenhum

serviço de carteira assinada, não dispondo de nenhuma renda fixa a não ser os
recebíveis de seu falecido pai, os quais, se encerrarão em 2023, não somente,
em pormenorizada análise de seus extratos bancários, fica claro que o montante
recebido destina-se integralmente ao sustento próprio e de sua família.
Quanto a declaração de imposto de renda, urge justificar que o Autor

não goza de renda anual superior a R$28.559,70, logo, conforme estipulado pelo
IRPF de 2020, está isento de declarar, portanto, é impossível juntar aos autos
seu imposto de renda, uma vez que não o declara.
Neste deslinde, verifica-se estar lucidamente corroborado nos autos

sua fragilidade financeira, não existindo elementos que comprovem o contrário,
desse modo, em entendimento firmado pelo Egrégio Tribunal de Justiça de São
Paulo, é plenamente cabível a concessão da gratuidade da justiça ao presente
caso, veja-se

Judiciária indeferida - Inexistência de elementos nos
autos a indicar que o impetrante tem condições de
suportar o pagamento das custas e despesas
processuais sem comprometer o sustento próprio e
familiar, presumindo-se como verdadeira a afirmação
de hipossuficiência formulada nos autos principais -
Decisão reformada - Recurso provido. (TJSP; Agravo de
Instrumento 2083920-71.2019.8.26.0000; Relator (a):
.
fls. 91
Maria Laura Tavares; Órgão Julgador: 5ª Câmara de

Direito Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes -
6ª Vara de Fazenda Pública;
Diante da análise dos documentos probatórios anexado aos

autos, em vista da inexistência de declaração à Receita Federal, com
fulcro no princípio constitucional que visa garantir o acesso à justiça
a todos cidadãos, a fins de evitar a elitização da justiça, é
indispensável o deferimento da Justiça Gratuita ao mormente caso,
uma vez que o Autor não aufere condições de arcar com as despesas
e honorários oriundos desta Ação.
Dos Pedidos:
Ex positis, com escolta no Art. 5°, inciso LXXIV da CF e

Art.98 §1 do Código Processual Civil, cominado dos fatos e
fundamentos acima expostos, em análise dos documentos
probatórios devidamente juntado nos autos, vem perante o Eminente
Douto Juiz de Direito, requerer a concessão do benefício da
Justiça Gratuita.
Nestes termos, pede deferimento.

Goiânia – GO, 28 de fevereiro de 2021.
__________________________________________
MURILLO DE FREITAS HONORATO CUNALI
OAB/GO 54.205
________________________________________
MAYLLA FRANCO BASTOS
OAB/GO 55.479
fls. 92

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 829CEEF.
DESPACHO

Vistos.
Para comprovar o quanto alegado às fls. 89/91, mostra-se

necessário que o autor apresente declaração de isenção de imposto de renda, obtida
no endereço eletrônico da Receita Federal. Prazo: 05 (cinco) dias.
Com a juntada, tornem, para concessão da gratuidade e o

consequente recebimento da inicial, observando-se que há pedido liminar pendente
de apreciação (fls. 27, item "10.1").
Int.
Itu, 04 de março de 2021.

fls. 93

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 82E67F2.
Advogado Forma
Teor do ato: "Vistos. Para comprovar o quanto alegado às fls. 89/91, mostra-se necessário que o autor
apresente declaração de isenção de imposto de renda, obtida no endereço eletrônico da Receita Federal.
Prazo: 05 (cinco) dias. Com a juntada, tornem, para concessão da gratuidade e o consequente recebimento
da inicial, observando-se que há pedido liminar pendente de apreciação (fls. 27, item "10.1"). Int."
Do que dou fé.


fls. 94

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 82E88BE.
Advogado
Teor do ato: "Vistos. Para comprovar o quanto alegado às fls. 89/91, mostra-se necessário que o autor
apresente declaração de isenção de imposto de renda, obtida no endereço eletrônico da Receita Federal.
Prazo: 05 (cinco) dias. Com a juntada, tornem, para concessão da gratuidade e o consequente recebimento
da inicial, observando-se que há pedido liminar pendente de apreciação (fls. 27, item "10.1"). Int."

.
NOME: TAIQUE MENDES RAMOS fls. 95
CPF: 458.490.088-45 IMPOSTO SOBRE A RENDA - PESSOA FÍSICA
DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL EXERCÍCIO 2020 ANO-CALENDÁRIO 2019
IDENTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE
Nome: TAIQUE MENDES RAMOS CPF: 458.490.088-45
Data de Nascimento: 10/08/1998 Título Eleitoral: 0463336070116
Possui cônjuge ou companheiro(a)? Não
Houve mudança de endereço? Não
Um dos declarantes é pessoa com doença grave ou portadora de deficiência física ou mental? Não
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 837DE68.
Endereço: RUA LUIZ CARLOS VIDAL Número: 72
Complemento: CASA Bairro/Distrito: JARDIM EUROPA
Município: ITU UF: SP
CEP: 13308-454 DDD/Telefone:
E-mail: [email protected] DDD/Celular: (11) 95297-1823
Natureza da Ocupação: 11 PROFISSIONAL LIBERAL OU AUTÔNOMO SEM VÍNCULO DE EMPREGO

Ocupação Principal: 529 VENDEDOR E PRESTADOR DE SERVIÇOS DO COMÉRCIO, AMBULANTE, CAIXEIRO-VIAJANTE E CAMELÔ
Tipo de declaração: Declaração de Ajuste Anual Original
Nº do recibo da última declaração entregue do exercício de 2019:
DEPENDENTES
CÓDIGO NOME DATA DE NASCIMENTO CPF
31 DALILA MENDES DE CAMARGO RAMOS 25/09/1981 303.063.578-36
TOTAL DE DEDUÇÃO COM DEPENDENTES 2.275,08
ALIMENTANDOS
Sem Informações
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA PELO TITULAR (Valores em Reais)
NOME DA FONTE PAGADORA REND. RECEBIDOS CONTR. PREVID. IMPOSTO RETIDO 13º SALÁRIO IRRF SOBRE 13º
DE PES. JURÍDICA OFICIAL NA FONTE SALÁRIO
SERVICOS E TRANSPORTES 2.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00

SOLEVANTE LTDA
CNPJ/CPF: 77.513.513/0001-20
TOTAL 2.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA PELOS DEPENDENTES
Sem Informações
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS RECEBIDOS DE PESSOA FÍSICA E DO EXTERIOR PELO TITULAR
Sem Informações
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS RECEBIDOS DE PESSOA FÍSICA E DO EXTERIOR PELOS DEPENDENTES
Sem Informações
RENDIMENTOS ISENTOS E NÃO TRIBUTÁVEIS (Valores em Reais)
TOTAL 0,00
RENDIMENTOS SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA / DEFINITIVA (Valores em Reais)
TOTAL 0,00
Página 1 de 7
.
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA PELO TITULAR (IMPOSTO COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA)
Sem Informações
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA PELOS DEPENDENTES (IMPOSTO COM EXIGIBILIDADE
SUSPENSA)
Sem Informações
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS DE PESSOA JURÍDICA RECEBIDOS ACUMULADAMENTE PELO TITULAR
Sem Informações
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS DE PESSOA JURÍDICA RECEBIDOS ACUMULADAMENTE PELOS DEPENDENTES
Sem Informações
IMPOSTO PAGO / RETIDO
Sem Informações
PAGAMENTOS EFETUADOS
Sem Informações
DOAÇÕES EFETUADAS
Sem Informações
DECLARAÇÃO DE BENS E DIREITOS
Sem Informações
DÍVIDAS E ÔNUS REAIS
Sem Informações
ESPÓLIO
Sem Informações
DOAÇÕES A PARTIDOS POLÍTICOS E CANDIDATOS A CARGOS ELETIVOS
Sem Informações
Página 2 de 7
.
DEMONSTRATIVO DE ATIVIDADE RURAL - BRASIL
DADOS E IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL EXPLORADO - BRASIL
Sem Informações
RECEITAS E DESPESAS - BRASIL
Sem Informações
APURAÇÃO DO RESULTADO - BRASIL
Sem Informações
MOVIMENTAÇÃO DO REBANHO - BRASIL
Sem Informações
BENS DA ATIVIDADE RURAL - BRASIL
Sem Informações
DÍVIDAS VINCULADAS À ATIVIDADE RURAL - BRASIL
Sem Informações
Página 3 de 7
.
DEMONSTRATIVO DE ATIVIDADE RURAL - EXTERIOR
DADOS E IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL EXPLORADO - EXTERIOR
Sem Informações
RECEITAS E DESPESAS - EXTERIOR
Sem Informações
APURAÇÃO DO RESULTADO - EXTERIOR
Sem Informações
MOVIMENTAÇÃO DO REBANHO - EXTERIOR
Sem Informações
BENS DA ATIVIDADE RURAL - EXTERIOR
Sem Informações
DÍVIDAS VINCULADAS À ATIVIDADE RURAL - EXTERIOR
Sem Informações
DEMONSTRATIVO DA APURAÇÃO DOS GANHOS DE CAPITAL
Sem Informações
Página 4 de 7
.
RENDA VARIÁVEL - OPERAÇÕES COMUNS/DAYTRADE - TITULAR
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - JAN
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - FEV
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - MAR
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - ABR
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - MAI
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - JUN
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - JUL
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - AGO
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - SET
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - OUT
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - NOV
Sem Informações
GANHOS LÍQUIDOS OU PERDAS - DEZ
Sem Informações
RENDA VARIÁVEL - OPERAÇÕES COMUNS/DAYTRADE - DEPENDENTES
Sem Informações
RENDA VARIÁVEL - OPERAÇÕES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO - TITULAR
Sem Informações
RENDA VARIÁVEL - OPERAÇÕES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO - DEPENDENTES
Sem Informações
DOAÇÕES DIRETAMENTE NA DECLARAÇÃO - ECA
Sem Informações
DOAÇÕES DIRETAMENTE NA DECLARAÇÃO - IDOSO
Sem Informações
Página 5 de 7
.
RESUMO TRIBUTAÇÃO UTILIZANDO AS DEDUÇÕES LEGAIS
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS
Recebidos de Pessoa Jurídica pelo titular 2.000,00
Recebidos de Pessoa Jurídica pelos dependentes 0,00
Recebidos de Pessoa Física/Exterior pelo titular 0,00
Recebidos de Pessoa Física/Exterior pelos dependentes 0,00
Recebidos acumuladamente pelo titular 0,00
Recebidos acumuladamente pelos dependentes 0,00
Resultado tributável da Atividade Rural 0,00
TOTAL 2.000,00
DEDUÇÕES
Contribuição à previdência oficial e à previdência complementar pública (até o limite do patrocinador) 0,00
Contribuição à previdência oficial (Rendimentos recebidos acumuladamente) 0,00
Contribuição à previdência complementar, pública (acima do limite do patrocinador) ou privada, e Fapi 0,00
Dependentes 2.275,08
Despesas com instrução 0,00
Despesas médicas 0,00
Pensão alimentícia judicial 0,00
Pensão alimentícia por escritura pública 0,00
Pensão alimentícia judicial (Rendimentos recebidos acumuladamente) 0,00
Livro caixa 0,00
TOTAL 2.275,08
IMPOSTO DEVIDO IMPOSTO A RESTITUIR 0,00

Base de cálculo do imposto 0,00 SALDO DE IMPOSTO A PAGAR 0,00
Imposto devido 0,00
Dedução de incentivo 0,00 PARCELAMENTO
Imposto devido I 0,00 Valor da quota 0,00
Imposto devido RRA 0,00 Número de Quotas 0
Aliquota efetiva (%) 0,00
Total do imposto devido 0,00
IMPOSTO PAGO INFORMAÇÕES BANCÁRIAS

Imposto retido na fonte do titular 0,00 Débito automático: NÃO
Imp. retido na fonte dos dependentes 0,00
Carnê-Leão do titular 0,00 Banco
Carnê-Leão dos dependentes 0,00 Agência (sem DV)
Imposto complementar 0,00 Conta para crédito
Imposto pago no exterior 0,00
Imposto retido na fonte (Lei nº 11.033/2004) 0,00
Imposto retido RRA 0,00
Total do imposto pago 0,00
Página 6 de 7
.
EVOLUÇÃO PATRIMONIAL
Bens e direitos em 31/12/2018 0,00
Bens e direitos em 31/12/2019 0,00
Dívidas e ônus reais em 31/12/2018 0,00
Dívidas e ônus reais em 31/12/2019 0,00
OUTRAS INFORMAÇÕES
Rendimentos isentos e não tributáveis 0,00
Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva/definitiva 0,00
Rendimentos tributáveis - imposto com exigibilidade suspensa 0,00
Depósitos judiciais do imposto 0,00
Imposto pago sobre Ganhos de Capital 0,00
Imposto pago Ganhos de Capital Moeda Estrangeira - Bens, direitos e Aplicações Financeiras 0,00
Total do imposto retido na fonte (Lei nº11.033/2004), conforme dados informados pelo contribuinte 0,00
Imposto pago sobre Renda Variável 0,00
Doações a Partidos Políticos e Candidatos a Cargos Eletivos 0,00
Imposto a pagar sobre o Ganho de Capital - Moeda Estrangeira em Espécie 0,00
Imposto diferido dos Ganhos de Capital 0,00
Imposto devido sobre Ganhos de Capital 0,00
Imposto devido sobre ganhos líquidos em Renda Variável 0,00
Imposto devido sobre Ganhos de Capital Moeda Estrangeira - Bens, direitos e aplic. financeiras 0,00
Página 7 de 7
fls. 102

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
DECISÃO
Justiça Gratuita
Vistos.
DEFIRO ao autor a justiça gratuita. Tarje-se.
Pretende o autor a desconstituição do negócio jurídico

celebrado com os réus, com o consequente ressarcimento dos valores pagos,
pleiteando, em sede liminar, o arresto de valores até o limite do total investido.
Os documentos juntados com a inicial comprovam o

investimento realizado pela autora, no valor total de R$21.500,00 (fls. 31 e 37).
Ademais, o comunicado de dissolução de sociedade em

conta de participação juntado às fls. 43 se revela inicio de prova suficiente para
configuração do fumus boni juris.
Assim, havendo risco concreto de dilapidação de

patrimônio por parte dos réus, DEFIRO a liminar de arresto.
PROVIDENCIE a Serventia, via sistema SISBAJUD, o

bloqueio de ativos financeiros encontrados em nome dos réus até o limite do valor de
R$72.567,76, transferindo-se à ordem deste Juízo, onde permanecerá bloqueado até
decisão final.
Sendo improvável a conciliação e diante da situação

excepcional vivenciada em razão da pandemia de coronavírus, DEIXO para momento
oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação.
CITE-SE e INTIME-SE cada parte ré para contestar o

feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis. A ausência de contestação implicará revelia e
presunção de veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial.
fls. 103

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Cartas de citação seguem vinculadas automaticamente
à esta decisão. Consoante o art. 248, § 4º, do CPC, poderá ser considerada válida a
citação se o AR for assinado pela pessoa responsável pelo recebimento da carta.
Int.
fls. 104

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Rua Luiz Bolognesi, s/nº - Itu-SP - CEP 13301-390
CARTA DE CITAÇÃO - RITO COMUM – PROCESSO DIGITAL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 83A20E6.
Destinatário:
New Life Intermediação de Negócios Ltda
Francisco Jose Ferreira Sampaio, 50, Sala 1206, Itu Novo Centro
Itu-SP
CEP 13303-536
Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo
o conteúdo da petição inicial e da decisão, disponibilizadas na internet.
ADVERTÊNCIA / PRAZO PARA DEFESA: Nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil, se o réu não contestar
a ação, no prazo de 15 dias úteis, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor, ficando, ainda, ciente de que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante que esta citação se efetivou.
OBSERVAÇÃO: 1- Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão
que determina a citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São
Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006)
que desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico.
2- Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício
da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. Itu, 16 de março de 2021. Karla Peregrino Sotilo - Cargo do Usuário <<
Informação indisponível >>.
fls. 105

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 83A20F1.
Destinatário:
Lucas dos Santos Raymundo
Alameda da Fonte, 135, Terras de Sao Jose
Itu-SP
CEP 13301-280
fls. 106

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 83A2113.
Destinatário:
Thalita Francielly Raymundo
Francisco Jose Ferreira Sampaio, 50, 12º Andar, Sala 1206, Itu Novo Centro
Itu-SP
CEP 13303-536
fls. 107

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Destinatário:
Vinícius dos Santos Raymundo
Alameda da Fonte, 135, Terras de Sao Jose
Itu-SP
CEP 13301-280
fls. 108

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Destinatário:
Everton dos Santos Raymundo
Rua Doutor Emilio Chierighini, 115, Parque Residencial Presidente Medici
Itu-SP
CEP 13310-050
fls. 109

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 83A213E.
Destinatário:
Bianca Cristina Sbrissa Raymundo
Francisco Jose Ferreira Sampaio, 50, 12º Andar, Sala 1206, Itu Novo Centro
Itu-SP
CEP 13303-536
fls. 110

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 83DA64A.
Advogado Forma
Teor do ato: "Vistos. DEFIRO ao autor a justiça gratuita. Tarje-se. Pretende o autor a desconstituição do
negócio jurídico celebrado com os réus, com o consequente ressarcimento dos valores pagos, pleiteando, em
sede liminar, o arresto de valores até o limite do total investido. Os documentos juntados com a inicial
comprovam o investimento realizado pela autora, no valor total de R$21.500,00 (fls. 31 e 37). Ademais, o
comunicado de dissolução de sociedade em conta de participação juntado às fls. 43 se revela inicio de prova
suficiente para configuração do fumus boni juris. Assim, havendo risco concreto de dilapidação de patrimônio
por parte dos réus, DEFIRO a liminar de arresto. PROVIDENCIE a Serventia, via sistema SISBAJUD, o
bloqueio de ativos financeiros encontrados em nome dos réus até o limite do valor de R$72.567,76,
transferindo-se à ordem deste Juízo, onde permanecerá bloqueado até decisão final. Sendo improvável a
conciliação e diante da situação excepcional vivenciada em razão da pandemia de coronavírus, DEIXO para
momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação. CITE-SE e INTIME-SE cada parte
ré para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis. A ausência de contestação implicará revelia e
presunção de veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial. Cartas de citação seguem
vinculadas automaticamente à esta decisão. Consoante o art. 248, § 4º, do CPC, poderá ser considerada
válida a citação se o AR for assinado pela pessoa responsável pelo recebimento da carta. Int."
Do que dou fé.


fls. 111

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 83E2D46.
Advogado
Teor do ato: "Vistos. DEFIRO ao autor a justiça gratuita. Tarje-se. Pretende o autor a desconstituição do
negócio jurídico celebrado com os réus, com o consequente ressarcimento dos valores pagos, pleiteando, em
sede liminar, o arresto de valores até o limite do total investido. Os documentos juntados com a inicial
comprovam o investimento realizado pela autora, no valor total de R$21.500,00 (fls. 31 e 37). Ademais, o
comunicado de dissolução de sociedade em conta de participação juntado às fls. 43 se revela inicio de prova
suficiente para configuração do fumus boni juris. Assim, havendo risco concreto de dilapidação de patrimônio
por parte dos réus, DEFIRO a liminar de arresto. PROVIDENCIE a Serventia, via sistema SISBAJUD, o
bloqueio de ativos financeiros encontrados em nome dos réus até o limite do valor de R$72.567,76,
transferindo-se à ordem deste Juízo, onde permanecerá bloqueado até decisão final. Sendo improvável a
conciliação e diante da situação excepcional vivenciada em razão da pandemia de coronavírus, DEIXO para
momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação. CITE-SE e INTIME-SE cada parte
ré para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis. A ausência de contestação implicará revelia e
presunção de veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial. Cartas de citação seguem
vinculadas automaticamente à esta decisão. Consoante o art. 248, § 4º, do CPC, poderá ser considerada
válida a citação se o AR for assinado pela pessoa responsável pelo recebimento da carta. Int."

fls. 112

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 83FCF23.
ATO ORDINATÓRIO

Justiça Gratuita
CERTIDÃO - Ato Ordinatório
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do CPC,

preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)
seguinte(s) ato(s) ordinatório(s): Certifico e dou fé que, cumpri
com o determinado na r. Decisão de fls. 102/103, realizando a
pesquisa através do sistema Sisbajud, conforme documento em
anexo. Ciência à parte interessada. Nada Mais. Itu, 19 de março
de 2021. Eu, ___, Thiara De Oliveira Moura Leal, Chefe de
Seção Judiciário.
fls. 140

Advogado Forma
Teor do ato: "Certifico e dou fé que, cumpri com o determinado na r. Decisão de fls. 102/103, realizando
a pesquisa através do sistema Sisbajud, conforme documento em anexo. Ciência à parte interessada."
Do que dou fé.


fls. 141

Advogado
Teor do ato: "Certifico e dou fé que, cumpri com o determinado na r. Decisão de fls. 102/103, realizando
a pesquisa através do sistema Sisbajud, conforme documento em anexo. Ciência à parte interessada."

fls. 142
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por v-post.correios.com.br, liberado nos autos em 26/03/2021 às 09:42 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 84942F7.
fls. 143
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 84942FE.
fls. 144
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 849430A.
fls. 145
fls. 146
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 84F3ED0.
fls. 147
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 84F3ED1.
fls. 148

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 850000B.
ATO ORDINATÓRIO
Processo Digital n°: 1000271-75.2021.8.26.0286

Classe Assunto: Procedimento Comum Cível - Constituição de Renda
Justiça Gratuita
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do CPC,

preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico o(s)
seguinte(s) ato(s) ordinatório(s):
Manifeste-se a parte autora sobre os avisos de recebimento

negativos, no prazo de 05 dias. Decorridos 30 dias sem
cumprimento, intime-se a parte autora para dar andamento
ao feito no prazo de 05 dias, sob pena de extinção, nos
termos do artigo 485, III, e § 1º do Código de Processo Civil
de 2015.
Nada Mais. Itu, 31 de março de 2021. Eu, ___, Thiara De

Oliveira Moura Leal, Chefe de Seção Judiciário.
fls. 149

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 85561C8.
Advogado Forma
Teor do ato: "Manifeste-se a parte autora sobre os avisos de recebimento negativos, no prazo de 05
dias. Decorridos 30 dias sem cumprimento, intime-se a parte autora para dar andamento ao feito no prazo de
05 dias, sob pena de extinção, nos termos do artigo 485, III, e § 1º do Código de Processo Civil de 2015."
Do que dou fé.

Itu, 6 de abril de 2021.

fls. 150

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8557C0F.
Advogado
Teor do ato: "Manifeste-se a parte autora sobre os avisos de recebimento negativos, no prazo de 05
dias. Decorridos 30 dias sem cumprimento, intime-se a parte autora para dar andamento ao feito no prazo de
05 dias, sob pena de extinção, nos termos do artigo 485, III, e § 1º do Código de Processo Civil de 2015."
Itu, 6 de abril de 2021.

.
fls. 151
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8759DFF.
COMARCA DE ITU-SP.
Processo: 1000271-75.2021.8.26.0286

presença de Vossa Excelência, diante da negativa do Aviso de
Recebimento anexado nos autos, vem requerer:
A expedição de mandado de citação em face de todos os

Executados, a ser diligenciado no seguinte endereço:
Rua Francisco José Ferreira Sampaio, n. 50, Bairro Itu

Novo Centro, 12º andar, Itu - SP, CEP: 13.303.536
Goiânia – GO, 29 de abril de 2021.
__________________________________________
OAB/GO 54.205
Erro do SAJ.
Itu, 15 de junho de 2021.
Autos: 1000271-75.2021.8.26.0286
Classe: Procedimento Comum Cível
CERTIDÃO
Murillo Almeida Abreu

substituído(s) por essa certidão, pelo seguinte motivo:
Certifico, para os devidos fins, que tornei sem efeito o(s) documento(s)
fls. 152
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MURILLO ALMEIDA ABREU, liberado nos autos em 15/06/2021 às 13:45 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8AFC9A1.
fls. 153

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8B3164A.
ATO ORDINATÓRIO

Justiça Gratuita
Certifico e dou fé que pratiquei o seguinte ato ordinatório, nos

termos do art. 203, § 4º, do CPC:
Expedir mandado.
Nada Mais. Itu, 17 de junho de 2021. Eu, ___, FERNANDA

MARTINS RAMOS, Estagiário Nível Superior.
fls. 154

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8B752FF.
MANDADO DE CITAÇÃO – FOLHA DE ROSTO - PROCESSO DIGITAL

Requerente Taique Mendes Ramos
Requerido New Life Intermediação de Negócios Ltda
Valor da Causa: R$ 52.567,76
Nº do Mandado: 286.2021/008451-6
Justiça Gratuita
Mandado expedido em relação ao (a):
Requerido: NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS LTDA, CNPJ 32692707000100
, com endereço à Rua Francisco Jose Ferreira Sampaio, 50, 12° andar, Itu Novo Centro, CEP
13303-536, Itu - SP
Nome do(a) Juiz(a) de Direito: Karla Peregrino Sotilo
ADVERTÊNCIA: 1. PROCESSO DIGITAL: A íntegra do processo (petição inicial,

documentos e decisões) poderá ser visualizada na internet, sendo considerada vista pessoal (art.
9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006) que desobriga a anexação. Para visualização, acesse o site
www.tjsp.jus.br, informe o número do processo e a senha Senha de acesso da pessoa
selecionada. Petições, procurações, defesas etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento
eletrônico. 2. PROCESSO FÍSICO: A senha do processo possibilita a visualização das peças
produzidas na Unidade Judicial.
*28620210084516*
fls. 155

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8B75386.

Nº do Mandado: 286.2021/008452-4
Justiça Gratuita
Requerido: LUCAS DOS SANTOS RAYMUNDO, Brasileiro, Solteiro, Sem Profissão
Definida, RG 54.432.239-3, CPF 42915718873 , com endereço à Rua Francisco Jose Ferreira
Sampaio, 50, 12° andar, Itu Novo Centro, CEP 13303-536, Itu - SP

*28620210084524*
fls. 156

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8B753F1.

Nº do Mandado: 286.2021/008453-2
Justiça Gratuita
Requerido: THALITA FRANCIELLY RAYMUNDO, Brasileira, CPF 48517087852 , com
endereço à Rua Francisco Jose Ferreira Sampaio, 50, 12° andar, Itu Novo Centro, CEP
13303-536, Itu - SP

*28620210084532*
fls. 157

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8B7544D.

Nº do Mandado: 286.2021/008454-0
Justiça Gratuita
Requerido: VINÍCIUS DOS SANTOS RAYMUNDO, Brasileiro, Solteiro, Sem Profissão

*28620210084540*
fls. 158

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8B754B8.

Nº do Mandado: 286.2021/008455-9
Justiça Gratuita
Requerido: EVERTON DOS SANTOS RAYMUNDO, Brasileiro, Solteiro, Sem Profissão

*28620210084559*
fls. 159

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8B7554D.

Nº do Mandado: 286.2021/008457-5
Justiça Gratuita
Requerido: BIANCA CRISTINA SBRISSA RAYMUNDO, Brasileiro, RG 48.536.998-6, CPF
40089451805 , com endereço à Rua Francisco Jose Ferreira Sampaio, 50, 12° andar, Itu Novo
Centro, CEP 13303-536, Itu - SP

*28620210084575*
fls. 160
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCELA BOSO EL KASSIS SALLA, liberado nos autos em 04/08/2021 às 17:04 .
fls. 161
fls. 162
fls. 163
fls. 164
fls. 165
fls. 166
fls. 167
fls. 168
fls. 169
fls. 170
fls. 171
fls. 172

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
CERTIDÃO

Classe - Assunto: Procedimento Comum Cível - Constituição de Renda
Situação do Mandado Cumprido - Ato positivo
Oficial de Justiça Marcela Boso El Kassis (26043)
Justiça Gratuita
CERTIDÃO - MANDADO CUMPRIDO POSITIVO
CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº

286.2021/008451-6 dirigi-me ao endereço: Rua Francisco Jose Ferreira
Sampaio, nº 50, 12° andar - Itu Novo Centro Itu/SP – endereço no qual não
localizei os requeridos, sendo informada na Portaria para entrar em contato
com o advogado deles, Sr. Danilo Genari, o qual encontrei no endereço: Rua
Luiz Gonzaga Bicudo, n° 939, 2° andar, sala 514, Vila Nova, no(s) dia(s)
13/07/21, e aí sendo CITEI E INTIMEI o/a(s) requerido/a(s), New Life
Intermediação de Negócios Ltda, representado(a) pelo Dr. Danilo Luiz
Genari de Almeida, conforme procuração com poderes especiais que segue
anexa, dando-lhe(s) conhecimento acerca da ação contra ele/a(s) proposta e
também do inteiro teor do mandado, o qual lhe(s) li, dele ficou(aram) bem
ciente(s), aceitou(aram) a cópia(s) que lhe(s) ofereci e exarou(aram) seu
ciente no anverso.
O referido é verdade e dou fé.
Itu, 21 de julho de 2021.
Número de Cotas: 1
fls. 173

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8E0D8ED.
CERTIDÃO

Justiça Gratuita

Sampaio, nº 50, 12° andar - Itu Novo Centro Itu/SP – endereço no qual não
localizei os requeridos, sendo informada na Portaria para entrar em contato
com o advogado deles, Sr. Danilo Genari, o qual encontrei no endereço: Rua
Luiz Gonzaga Bicudo, n° 939, 2° andar, sala 514, Vila Nova, no(s) dia(s)
13/07/21, e aí sendo CITEI E INTIMEI o/a(s) requerido/a(s), LUCAS
DOS SANTOS RAYMUNDO, representado(a) pelo Dr. Danilo Luiz Genari
de Almeida, conforme procuração com poderes especiais que segue anexa,
dando-lhe(s) conhecimento acerca da ação contra ele/a(s) proposta e
também do inteiro teor do mandado, o qual lhe(s) li, dele ficou(aram) bem
ciente(s), aceitou(aram) a cópia(s) que lhe(s) ofereci e exarou(aram) seu
ciente no anverso.
Número de Cotas: 0
fls. 174

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
CERTIDÃO

Justiça Gratuita

Sampaio, nº 50, 12° andar - Itu Novo Centro Itu/SP – endereço no
qual não localizei os requeridos, sendo informada na Portaria para
entrar em contato com o advogado deles, Sr. Danilo Genari, o qual
encontrei no endereço: Rua Luiz Gonzaga Bicudo, n° 939, 2° andar,
sala 514, Vila Nova, no(s) dia(s) 13/07/21, e aí sendo CITEI E
INTIMEI o/a(s) requerido/a(s), VINÍCIUS DOS SANTOS
RAYMUNDO, representado(a) pelo Dr. Danilo Luiz Genari de
Almeida, conforme procuração com poderes especiais que segue
anexa, dando-lhe(s) conhecimento acerca da ação contra ele/a(s)
proposta e também do inteiro teor do mandado, o qual lhe(s) li, dele
ficou(aram) bem ciente(s), aceitou(aram) a cópia(s) que lhe(s) ofereci
e exarou(aram) seu ciente no anverso.
Número de Cotas: 0
fls. 175

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
CERTIDÃO

Justiça Gratuita

INTIMEI o/a(s) requerido/a(s), EVERTON DOS SANTOS
RAYMUNDO representado(a) pelo Dr. Danilo Luiz Genari de
Número de Cotas: 0
fls. 176

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 8E0D94C.
CERTIDÃO

Justiça Gratuita

INTIMEI o/a(s) requerido/a(s), BIANCA CRISTINA SBRISSA
Número de Cotas: 0
fls. 177

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
CERTIDÃO

Justiça Gratuita

INTIMEI o/a(s) requerido/a(s), THALITA FRANCIELLY
Número de Cotas: 0
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DANILO LUIZ GENARI DE ALMEIDA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/08/2021 às 14:16 , sob o número WITU21700885928
fls. 178
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (ÍZA) DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA
COMARCA DE ITU – ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA8B6.
Processo nº 10000271-75.2021.8.26.0286
NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado,

inscrita no CNPJ nº 32.692.707/0001-00;
LUCAS DOS SANTOS RAYMUNDO, brasileiro, portador da Cédula de Identidade RG nº

544322393, inscrito no CPF/MF sob o nº 429.157.188-73;
VINICIUS DOS SANTOS RAYMUNDO, brasileiro, portador da Cédula de Identidade RG nº

544322484, inscrito no CPF/MF sob o nº 429.157.198-45; e
EVERTON DOS SANTOS RAYMUNDO, brasileiro, portador da Cédula de Identidade RG

nº 462677515, inscrito no CPF/MF sob o nº 374.997.598-14;
todos com endereço comercial à Rua Francisco José Ferreira Sampaio, nº 50, Bairro Itu
Novo Centro, 12 andar, 1206, Itu Novo Centro, Itu, SP, CEP 13303-536; por intermédio de seu advogado
(procuração em anexo), com escritório profissional no Edifício Comercial HSF – Hélio Steffen Filho, localizado
na Rua Luiz Gonzaga Bicudo, nº 931, 2º Andar, Sala 514, Vila Nova, Itu – SP, CEP 13.309-036, veem
respeitosamente à presença deste r. Juízo oferecer
CONTESTAÇÃO
Em face da AÇÃO DECLARATÓRIA DE RESCISÃO CONTRATUAL C.C. RESTITUIÇÃO

DE VALORES C.C. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL COM PEDIDO LIMINAR interposta por
.
fls. 179
TAIQUE MENDES RAMOS, já qualificado nos presentes autos; pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.
I. DAS ALEGAÇÕES DO REQUERENTE
O Autor aduz na Inicial que firmou 02 (dois) instrumentos particulares de constituição de

sociedade em conta de participação com a primeira Requerida, no qual aplicou as seguintes quantias:
(i) R$ 10.000,00 (dez mil reais) referente ao contrato assinado em 14/10/2019

(cota nº 049/A);
(ii) R$ 11.500,00 (onze mil e quinhentos reais) referente ao contrato assinado em

13/12/2019 (cota nº 227/A).
Alega que, no tocante aos dois contratos (cotas nº 049/A e 227/A), consoante os planos
escolhidos, gerariam uma renda mensal de retorno no importe de 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento)
durante 12 (doze) meses, e posteriormente, a devolução integral do montante investido no 13º (décimo terceiro)
mês.
Contudo, sustenta que desde abril de 2020, o valor do rendimento mensal de 8,33% (oito
vírgula trinta e três por cento) não vem sendo pago pela empresa Requerida, bem como a mesma não prestou
informações ou explicações sobre os inadimplementos de tais rendimentos.
O Requerente relata, também, que recebeu um comunicado da empresa Requerida,

informando o encerramento das atividades, e por esse motivo, os contratos seriam liquidados, com a
observância das cláusulas estabelecidas nos aludidos instrumentos contratuais firmado entre as partes.
Nessa toada, argumenta o Demandante que não concorda com a rescisão proposta pela
empresa Requerida, por diversas razões elencadas na Exordial.
Por fim, diante do impasse, o Requerente postulou a presente demanda, com objetivo de
declarar a responsabilidade solidária dos Requeridos, a nulidade dos instrumentos contratuais entabulados, a
restituição do montante investido de forma integral com os rendimentos, a aplicação de multa contratual e a
condenação dos réus ao pagamento de indenização por danos morais. Em síntese, é a Exordial.
II. PRELIMINARMENTE
.
fls. 180
A. DA TEMPESTIVIDADE DA CONTESTAÇÃO
Dispõe o art. 335 do Código de Processo Civil que a peça contestatória deverá ser oferecida
no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será:
i. a data da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de

conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver
autocomposição (inciso I) ou;
ii. do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de

mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso
I (inciso II).
iii. de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos, conforme
previsão do art. 231.
No caso em questão, considerando que os Requeridos New Life Intermediação de

Negócios Ltda., Lucas dos Santos Raymundo, Vinicius dos Santos Raymundo e Everton dos Santos
Raymundo foram citados via Oficial de Justiça, por meio deste patrono, conforme certidões juntadas
às fls. 172/175, a presente peça contestatória é TEMPESTIVA, tendo em vista que o termo final se dá em
24 de agosto de 2021.
B. DO INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
O Requerente postulou a presente ação de cunho declaratório, pleiteando a rescisão

contratual e a restituição de valores, bem como a condenação da empresa Requerida no pagamento de multa
contratual e indenização por danos morais.
No entanto, da narrativa dos pedidos se extrai que se trata de uma ‘execução forçada’, com
pedidos a ela inerentes, logo, tal pedido não preenche os seus requisitos legais, conforme dispõe o art. 784,
inc. III, do Código de Processo Civil: “São títulos executivos extrajudiciais: (...) III – o documento particular
assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas”.
No caso em tela, os instrumentos particulares de constituição de sociedade em conta

de participação exibido nos autos às fls. 30/34 – cota nº 049/A e fls. 36/40 – cota nº 227/A estão totalmente
desprovidos da subscrição de duas testemunhas. Destarte, não são títulos executivos extrajudiciais.
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fls. 181
Ora, o pedido do Requerente não preenche os requisitos estabelecidos no aludido

dispositivo legal (art. 784, inc. III, CPC/15), pressupostos indispensáveis a propositura da presente demanda.
Deste modo, diante da inadequação do procedimento adotado pelo Requerente, e em razão
da impossibilidade – inarredável no caso – de adaptação à real natureza da causa, deve ser determinado a
IMEDIATA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO, consoante art. 485, inc. X do
Código de Processo Civil.
C. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO REQUERIDO EVERTON DOS SANTOS

RAYMUNDO
Pelo que se depreende da Exordial, o Autor ajuizou a presente demanda em face da

empresa Requerida ‘New Life Intermediação de Negócios Ltda.’, bem como em face dos corréus Everton dos
Santos Raymundo, Lucas dos Santos Raymundo e Vinicius dos Santos Raymundo, alegando, em suma, serem
os responsáveis pela rescisão dos contratos, além dos prejuízos financeiros advindos do negócio jurídico
comercial realizado entre as partes.
Ocorre que, o corréu Everton dos Santos Raymundo não deve figurar no polo passivo
da presente demanda, pelo simples fato de ser pessoa estranha ao negócio jurídico objeto desta lide.
Conforme ‘Instrumento de Constituição de Sociedade Empresária Limitada’ em anexo,

notadamente quanto ao teor da cláusula sexta, é de fácil percepção constatar que os únicos sócios
responsáveis pela administração e representação da empresa Requerida, tanto judicialmente quanto
extrajudicialmente, são os corréus Vinícius dos Santos Raymundo e Lucas dos Santos Raymundo.
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fls. 182
Outrossim, da análise perfunctória dos ‘Instrumentos particulares de constituição de

sociedade em conta de participação’ de fls. 30/34 – cota nº 049/A e fls. 36/40 – cota nº 227/A, trazidas pelo
Requerente, não constam qualquer subscrição ou registro de participação do Requerido Everton dos Santos
Raymundo. Ademais, não há nenhum outro documento nos autos que demonstre a influência ou atuação do
mesmo para a realização do negócio jurídico entre as partes.
Ora Excelência, qual é o fundamento fático ou jurídico para manter o Requerido Everton no
polo passivo da presente demanda? Inexiste qualquer indício ou prova em contrário de que o aludido corréu
faça parte do quadro societário da empresa Requerida, sequer há evidências de sua participação no negócio
jurídico sub judice.
Porém, admitindo-se apenas por amor ao debate que o corréu Everton tenha atuado ou
prestado serviços para a empresa Requerida, certo é que o mesmo não figura nos contratos celebrados, não
podendo, então, responder por eventuais descumprimentos contratuais, porquanto não se qualifica como parte
negocial.
Por outro lado, mesmo que se considere que o corréu Everton participava de alguma forma
das atividades da empresa NEW LIFE, seria mero funcionário ou divulgador do negócio levado a efeito pela
empresa Requerida. Então, pode-se dizer que, no máximo, o corréu seria funcionário da sociedade empresária,
de modo a reparação de eventuais danos causados por empregados, no exercício de suas funções, deve ser
apreciado pela justiça do trabalho, na esteira do artigo 114, VI, da Constituição Federal.
Bem por isso, deve ser ACOLHIDA A PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA em

relação ao corréu Everton dos Santos Raymundo, nos termos do artigo 485, inciso VI, do Código de
Processo Civil, EXCLUINDO-O DO POLO PASSIVO DESTA AÇÃO, cabendo ao Autor arcar com as
respectivas custas e despesas processuais, incluídos os honorários advocatícios fixados, por equidade, a ser
fixado por este r. Juízo, que deverão ser atualizados monetariamente pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça
do Estado de São Paulo, desta data até o efetivo pagamento.
D. DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES PARA A

CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA – REVOGAÇÃO
DA LIMINAR
Com o devido respeito, a empresa Requerida e os corréus não compactuam com o

entendimento deste r. Juízo ao conceder a liminar de arresto, uma vez que não se vislumbra elementos que
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fls. 183
sustentem o deferimento da tutela de urgência inaudita altera parts que, por se tratar de medida excepcional,
como se sabe, é admitida apenas na presença de indícios seguros e consistentes sobre a probabilidade do
direito pleiteado.
Cumpre ressaltar que estamos na fase cognitiva da presente demanda, ou seja, a fase
de conhecimento dos fatos, onde será necessária a produção de provas documentais, testemunhais e
outras para então verificar sobre a existência ou não do direito da parte autora e, no momento, não há
nos autos prova literal de dívida liquida, certa e exigível a fim de justificar tal medida.
O deferimento do arresto (indisponibilização de bens para garantia de dívida) exige não

somente a presença dos requisitos especiais (prova literal da dívida líquida e certa – probabilidade do direito)
mas, principalmente, a demonstração de conduta fraudulenta da empresa Ré a fim de se colocar em risco o
resultado útil do processo, o que de fato não há nenhuma prova sobre tal conduta.
Da análise perfunctória da Exordial, é fácil constatar que o Autor não logrou êxito em
demonstrar que a empresa Requerida é uma ‘pirâmide financeira’.
De igual forma, não há indícios de que os Requeridos estão com a intenção de

dilapidar seus respectivos patrimônios para evitar o pagamento de eventuais credores.
Com efeito, mostra-se conveniente e adequado que se aguarde a defesa dos Requeridos e
toda a fase probatória, a fim de que este juízo tenha maiores elementos para formar sua convicção.
Nesse sentido, é o entendimento do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:
"Tutela de urgência - Rescisão de contrato e restituição de valores - Prestação de serviços

em gestão de ativos financeiros - Pretensão do Autor de desconsideração da
personalidade jurídica da empresa ré, bem como de bloqueio e arresto de bens da ré
e dos seus sócios - Ausência, por ora, dos requisitos autorizadores – Indeferimento -
Decisão que se mostra acertada - Necessidade de instauração do contraditório, não
se vislumbrando perigo de dano iminente nesse ínterim - Recurso não provido." (TJSP;
Agravo de Instrumento 2131742-22.2020.8.26.0000; Relator (a): Sá Duarte; Órgão
Julgador: 33ª Câmara de Direito Privado; Data do Julgamento: 25/06/2020). (grifo nosso).
Diante de tais circunstâncias, é inegável a inexistência de fundado receio de dano

irreparável, sendo imprescindível a REVOGAÇÃO DA LIMINAR DE ARRESTO concedida às fls. 102/103.
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fls. 184
E. DA IMPUGNAÇÃO À GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Cabe esclarecer que a parte contrária poderá oferecer impugnação à concessão da
gratuidade da justiça na contestação, nos termos dos artigos 99 e 100 do Código de Processo Civil, vejamos:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação,
na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou
formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15
(quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso.
Já nos moldes do art. 337, inc. XIII, do Código de Processo Civil, reafirma:
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Nesse sentido, simples afirmação do alegado estado de pobreza, ou seja, de que faz jus
aos benefícios da justiça gratuita, acompanhada de declaração de hipossuficiência, extrato mensal bancário
dos últimos meses, carteira de trabalho e informe de rendimentos financeiros da Receita Federal não são
suficientes para caracterizar a exigência da justiça gratuita.
Da análise perfunctória dos documentos juntados pelo Autor, notadamente quanto aos
últimos extratos bancários (fls. 70/81), verifica-se frequente movimentação bancária de valores
consideráveis, tanto a título de retirada quanto de recebimento.
Outrossim, a ausência de registro na carteira de trabalho do Autor não deve ser sinônimo
ou presunção de baixa renda ou insuficiência de recursos financeiros para arcar com as custas da presente
demanda. Muito pelo contrário, há centenas de trabalhadores no Brasil que auferem renda de forma autônoma,
sem apresentar qualquer registro.
Ademais, a alegação de estar com dificuldades financeiras em razão de eventual

desemprego, por si só, não tem o condão de justificar o deferimento do pedido de justiça gratuita, uma vez que
o Autor sequer comprova sua situação financeira precária.
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fls. 185
Deste modo, considerando que não há nos autos a documentação cabal que comprova a
insuficiência de recursos, requer seja REVOGADO OS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
ANTERIORMENTE CONCEDIDO AO REQUERENTE, por ser medida de direito.
Superadas as preliminares, o que se admite apenas para argumentar, tampouco no
mérito deve prosperar a presente demanda proposta pelo Autor, senão vejamos:
III. DO MÉRITO
A. DA INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

DA IMPOSSIBILIDADE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA
O Autor pleiteia na Inicial pela responsabilidade solidária de todos os corréus, justificando

que os requeridos Lucas dos Santos Raymundo e Vinicius dos Santos Raymundo constam do contrato social
da empresa Requerida, bem como o requerido Everton dos Santos Raymundo seria um sócio oculto, e por
consequência disso, requer a desconsideração da personalidade jurídica. Ocorre que tal pedido não encontra
guarida, senão vejamos:
Os limites patrimoniais da personalidade jurídica são expressamente previstos em lei e, tem

como finalidade promover o empreendedorismo, conforme dispõe o Código Civil:
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores
ou administradores. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019).
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de

alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular
empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de
todos.
Nesse sentido, é também a redação do art. 980-A do referido Código:
§ 7º. Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa

individual de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer
situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude.
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
.
fls. 186
Outrossim, para que haja a desconsideração da personalidade jurídica, é obrigatoriamente

necessário o atendimento dos requisitos do art. 50, com a redação dada pela Lei 13.874/19 do Código Civil,
que assim dispõe:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou
indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º. Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa
jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer
natureza.
§ 2º. Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os

patrimônios, caracterizada por:
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou

vice-versa;
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor
proporcionalmente insignificante; e
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.
Ocorre que o Autor não trouxe nenhuma evidência sobre qualquer um dos requisitos acima
mencionados, não podendo se presumir dolo, abuso da personificação jurídica ou desvio de finalidade da
empresa Requerida. A lei prevê expressamente a existência do DOLO na conduta da empresa Requerida
para lesar credores, o que não ficou evidenciado em qualquer elemento trazido pelo Requerente.
No caso em tela, o Requerente juntou-se a empresa Requerida por vontade própria,

disponibilizando valores para serem investidos no mercado financeiro, na busca por ganho expressivo, ciente
de que essa operação trazia riscos.
Porém, por conta da crise econômica causada pela pandemia do Coronavírus, não era mais
possível obter o lucro previsto no respectivo contrato. E quando a empresa Requerida percebeu que o objetivo
.
fls. 187
dos contratos não seria atingido, procurou o Requerente e informou sobre a dissolução dos mesmos,
comprometendo-se a devolver os valores aportados.
Ou seja, NÃO HOUVE NENHUM ATO PRATICADO PELA EMPRESA REQUERIDA QUE
CARACTERIZASSE EXCESSO DE PODER, INFRAÇÃO DA LEI OU DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL.
Muito pelo contrário, a empresa Requerida se comprometeu em absorver todo o prejuízo causado pela
pandemia e devolver o capital integral investido pelo Autor, todavia, respeitando as atuais condições financeiras
e econômicas da empresa Ré.
Além disso, o ônus da prova nesses casos é sempre de quem alega, assim sendo, caberia
ao Demandante comprovar a má-fé do responsável legal da empresa Requerida no exercício de suas
atribuições e o dolo, para então redirecionar a presente demanda aos corréus, fato este que o Autor não se
desincumbiu. Ademais, destaca a jurisprudência do STJ no REsp 1.395.288/SP, que assim dispõe:
“(...) a dissolução irregular da sociedade não pode ser fundamento isolado para o
pedido de desconsideração da personalidade jurídica, mas, aliada a fatos concretos
que permitam deduzir ter siso o esvaziamento do patrimônio societário ardilosamente
provocado de modo a impedir a satisfação dos credores em benefício de terceiros, é
circunstância que Autoriza induzir existente o abuso de direito. Esse abuso, a depender da
situação fática delineada, se materializa no uso ilegítimo da personalidade jurídica para
fraudar o cumprimento das obrigações (desvio de finalidade) e/ou na ausência de separação
entre o patrimônio da pessoa jurídica e o de seus sócios (confusão patrimonial)”.
Deste modo, deve ser de plano indeferido o pedido, uma vez que não restou demonstrados
os requisitos legais acima referidos, bem como a desconsideração da personalidade jurídica trata-se de medida
de exceção admitida somente em casos extremos, conforme assevera a doutrina:
Tratando-se de regra de exceção, de restrição ao princípio da autonomia patrimonial da

pessoa jurídica, a interpretação que melhor se coaduna com o art. 50 do Código Civil é a
que relega sua aplicação a casos extremos, em que a pessoa jurídica tenha disso
instrumento para fins fraudulentos, configurado mediante o desvio da finalidade
institucional ou a confusão patrimonial”. (STJ, 2ª Seção. EREsp 1.306.553/SC, rel. Min.
Maria Isabel Gallotti. DJe 12.12.14)”. (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sergio
Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos
Tribunais, 2017).
.
fls. 188
Afinal, não ocorrendo os presentes requisitos, não há que se falar em desconsideração

da personalidade jurídica, quiçá em responsabilidade solidária dos corréus, sob pena de grave afronta à
legalidade, conforme precedentes sobre o tema:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE JURÍDICA. Impossibilidade. O requerimento de desconsideração da
personalidade jurídica deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais
específicos para tanto. Inteligência do disposto no art. 134, §4º do CPC. A mera situação
de inadimplência, por si só, não tem o condão de demonstrar o preenchimento dos
requisitos legais. Inteligência do art. 50 do CC/2002. Precedente do C. Superior
Tribunal de Justiça. Manutenção da r. decisão interlocutória. RECURSO DOS
EXECUTADOS PROVIDO.”. (TJSP; Agravo de Instrumento 2058759-59.2019.8.26.0000;
Relator (a): Berenice Marcondes Cesar; Órgão Julgador: 28ª Câmara de Direito Privado;
Data do Julgamento: 30/04/2019). (grifo nosso).
“EMBARGOS À EXECUÇÃO - Desconsideração da personalidade jurídica - Não

demonstrado abuso da devedora a justificar a inclusão das sócias no polo passivo
da execução - O fato das embargantes serem sócias da executada não as torna por
si só, devedoras do título - De igual sorte, a não localização de bens na única tentativa
realizada via sistemas Infojud e Renajud não indica o abuso de personalidade, caracterizado
pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial, como exige o artigo 50 do Código Civil -
Precedentes da Corte - De rigor, o acolhimento dos embargos para excluir as sócias do polo
passivo da execução. (...)”. (TJSP; Apelação Cível 1046031-62.2017.8.26.0100; Relator (a):
Mendes Pereira; Órgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Privado; Data do Julgamento:
12/03/2019). (grifo nosso).
B. DA INAPLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

DA INEXISTÊNCIA DA RELAÇÃO DE CONSUMO
DA IMPOSSIBILIDADE DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Conforme expressamente consignado na inicial, o Autor, por meio dos contratos firmados
com a empresa Requerida, buscava uma forma de investimento financeiro, por meio do qual, obviamente,
pretendia auferir rendimentos a partir de um investimento inicial. Desta forma, resta descaracterizada a
alegada relação de consumo, eis que NÃO SE TRATA DE CONSUMIDOR FINAL, E SIM DE INVESTIDOR.
.
fls. 189
Neste diapasão, prepondera o caráter empresarial da relação contratual, eis que conforme
explanado, evidenciado o ânimo de empreendedor do Autor ao aderir ao negócio jurídico em questão.
Deve ser consignado que a noção fundamental de consumidor (inclusive para fins de
proteção legal) é contrária e manifestamente avessa à noção de investidor. Tal como ocorre, por exemplo, com
cotistas de fundos de investimento, o Autor não pode ser considerado como consumidor quando realiza
operações de investimentos financeiros.
Tanto é assim, que o artigo 2º, caput, do Código de Defesa do Consumidor, expressamente
define consumidor como sendo quem “(...) adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final (...)”.
Ora, a partir do momento que um investidor realiza suas aplicações financeiras, o mesmo
não age como destinatário final, pois o ato de ‘aplicar reservas financeiras’ é um meio e não um fim em si
mesmo considerado – verdadeira forma de atingir os objetivos de acréscimo patrimonial traçados pelo
interessado.
Nessa toada, resta incontroverso que o Requerente celebrou com a empresa Requerida
contratos de constituição de sociedade em conta de participação, visando à conjugação de esforços para
obtenção de lucro através da exploração do mercado financeiro, sendo um contrato de investimento conjunto.
O Requerente entregou à empresa Requerida a quantia que se dispôs como sócio, em vista
da probabilidade de retorno futuro, assumindo os riscos do empreendimento para a obtenção de lucros futuros,
que seriam repassados após determinado período (um ano), não tendo sido demonstrada a realização, pela
empresa requerida, de qualquer cobrança abusiva.
É por tudo isso que deve ser afastada a aplicação do Código de Defesa do Consumidor,
devendo, pois, a matéria aqui em pauta ser gizada, exclusivamente, pelas disposições do Código Civil
e demais diplomas aplicáveis, que regulam a relação entabulada entre as partes.
Nesse sentido, é totalmente pacífico o entendimento do E. Tribunal de Justiça do Estado de

São Paulo quanto a temática exposta acima, vejamos:
“Ação de cobrança. Sociedade em conta de participação. Sócio oculto que busca

reaver valores pagos ao sócio ostensivo durante a vigência do contrato.
Sentença de improcedência. Apelação do Autora. Inaplicabilidade do Código de
Defesa do Consumidor. Recorrente que analisou, negociou e celebrou contrato
.
fls. 190
de constituição de sociedade em conta de participação com a ré, reiterando a

validade das disposições avençadas em aditivos posteriormente celebrados.
"E-mails" trocados entre as partes que comprovam que o recorrente sempre tratou o
contrato como sendo de investimento, tendo realizado negócios similares no
passado. Disposições contratuais que, de qualquer modo, demonstram estar correta
a sentença. Sócio oculto que tinha responsabilidade pelo pagamento de tributos e
outras taxas devidas após a conclusão do empreendimento. Correção do saldo
devedor que também foi contratualmente ajustada. Manutenção da sentença
recorrida. Apelação desprovida.” (TJ-SP 10303415120168260577 SP 1030341-
51.2016.8.26.0577, Relator: Cesar Ciampolini, Data de Julgamento: 05/10/2017, 1ª
Câmara Reservada de Direito Empresarial, Data de Publicação: 05/10/2017). (grifo
nosso).
“Processual. Competência. Contrato de sociedade por conta de participação.

Demanda proposta por sócio participante, visando à devolução dos
investimentos. Demanda ajuizada no foro do domicílio do Autora. Existência de
cláusula de eleição de foro, invocada pelo sócio administrador da empresa sócia
ostensiva, em sede de exceção de incompetência. Eleição de foro, expressamente
admitida pelo ordenamento, que tem o condão de modificar a determinação da
competência resultante da aplicação das regras tradicionais. Inaplicabilidade do
Código de Defesa do Consumidor. Natureza do negócio tipicamente
empresarial. Validade da cláusula de eleição de foro. Decisão que acolheu a
exceção de incompetência que se confirma. Agravo de instrumento do Autora-
excepto não provido.”. (TJ-SP - AI: 21575657120158260000 SP 2157565-
71.2015.8.26.0000, Relator: Fabio Tabosa, Data de Julgamento: 09/09/2015, 2ª
Câmara Reservada de Direito Empresarial, Data de Publicação: 12/09/2015). (grifo
nosso).
C. DA AUSÊNCIA DE CULPA DA EMPRESA REQUERIDA NA RESCISÃO

DOS CONTRATOS
DA APLICAÇÃO DA TEORIA DA IMPREVISÃO / ONEROSIDADE
EXCESSIVA
.
fls. 191
Os contratos firmados no âmbito do direito privado podem ser revisados (e até mesmo
resolvidos) se quando eventos imprevisíveis, não conhecidos quando da celebração da avença, tornarem suas
prestações excessivamente onerosas a um dos contratantes.
Note-se que o elemento essencial e indispensável para que seja determinada a rescisão e
a resolução contratual é a presença de fato imprevisível.
Como exemplos de eventos imprevisíveis, que impedem o regular adimplemento da

obrigação, temos o caso fortuito e a força maior. Ambos estão previstas no art. 393 do Código Civil, dispondo
que “o devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se
expressamente não se houver por eles responsabilizado”.
O caso fortuito engloba as circunstâncias imprevisíveis que envolvam ação humana,

enquanto a força maior engloba os acontecimentos da natureza, sendo o efeito pragmático dos institutos, o
mesmo, qual seja, extinção dos contratos.
No sentido puramente técnico, tem-se que pandemias, guerras, depressões econômicas —

e os consectários decorrentes desses eventos — devem ser entendidas como eventos imprevisíveis, que
impactam nas negociações privadas, elevando os custos envolvidos em todo e qualquer contrato,
desequilibrando as prestações obrigacionais inicialmente entabuladas entre as partes e, assim, inviabilizando
a manutenção das avenças firmadas.
Assim, considerando que acontecimentos dessa natureza podem ser enquadrados como
fatos de “força maior”, uma pandemia, como a que está acontecendo no momento e está afetando diretamente
a saúde da população mundial, também pode ser considerada como “força maior”.
Nesse sentido, o E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo já vem adotando esse
entendimento em diversas relações jurídicas contratuais, notadamente aquelas relacionadas a prestação de
serviços, como é o caso em comento, vejamos:
“Fornecimento de energia - Prestação de serviços - Pretensão de reforma da tutela de

urgência concedida para que a Autora pague pelo consumo real de energia, não pela
demanda contratada - Teoria da imprevisão - Art. 317 do Código Civil c.c. art. 478 do
mesmo diploma autorizam por motivos imprevisíveis a readequação das prestações
- Presença dos requisitos autorizadores da concessão da tutela de urgência, diante
.
fls. 192
da pandemia causada pelo COVID-19 - Necessidade, porém, de limitação temporal para

eficácia da medida - Agravo provido em parte.”. (TJSP; Agravo de Instrumento 2152623-
20.2020.8.26.0000; Relator (a): Silvia Rocha; Órgão Julgador: 29ª Câmara de Direito
Privado; Data do Julgamento: 09/09/2020). (grifo nosso).
“Agravo de instrumento - locação de imóvel comercial - ação revisional de alugueres -

insurgência contra r. "decisum" que trouxe indeferida tutela de urgência - pretendida
redução nos locativos, dentro em o período de quarentena imposto pelo poder público, do
equivalente a 50% (cinquenta por cento) - Pandemia do coronavírus acomodada ao
conceito de fato superveniente imprevisível desencadeador de onerosidade
excessiva, e por isso a autorizar a revisão do contrato de locação - exegese dos
artigos 317, "caput", e 478, "caput", ambos do Código Civil - aplicabilidade, ainda, da
teoria da imprevisão - requisitos alicerçadores da excepcional medida evidenciados
em sede de cognição sumária - redução dos locativos no percentual de 50% (cinquenta
por cento) - distribuição equitativa dos prejuízos oriundos da conjuntura - decisão reformada
- recurso provido.”. (TJSP; Agravo de Instrumento 2119914-29.2020.8.26.0000; Relator (a):
Tercio Pires; Órgão Julgador: 34ª Câmara de Direito Privado; Data do Julgamento:
10/09/2020). (grifo nosso).
Deste modo, resta evidente que a pandemia da Covid-19, nesse cenário, é exemplo claro
acerca da necessidade de aplicação da Teoria da Imprevisão e da Onerosidade Excessiva aos contratos de
prestação continuada vigentes nas relações civis, empresariais e, principalmente, financeiras.
A situação global decorrente da pandemia vem causando um efeito avassalador nas

grandes economias mundiais, tais como China, EUA e Alemanha, além de diversos países de Europa, Ásia e
Américas. Diante de sua extensão global, sem precedentes e sem previsão para término, a Covid-19 traz,
inevitavelmente:
(I) Variação de inflação em razão da crise;

(II) Variação cambial sem precedentes e diretamente vinculada aos efeitos negativos
da crise; e
(III) Desvalorização do padrão monetário.
Consequências puramente financeiras, jamais previstas nessa amplitude.

.
fls. 193
Diante disso, cabe destacar que a empresa Requerida atua em aplicação de ações em
bolsa de valores que tem alto potencial de rentabilidade e também, alto grau de risco, cujo viés de
aplicação trouxe perdas expressivas, notadamente em virtude da pandemia do coronavírus (COVID-19)
e dos sucessivos e inesperáveis “circuit breakers”.
A título de esclarecimento, o chamado “Circuit breaker” é a paralisação dos negócios na

Bolsa de Valores quando seu principal índice cai mais do que um certo limite.
No caso da B3, a Bolsa brasileira, o mecanismo é acionado quando o seu principal índice,
o Ibovespa, cai mais de 10% (dez por cento) em relação ao fechamento do dia anterior. No início de março de
2020, a Bolsa brasileira precisou ativar o “circuit breaker” por diversas vezes na mesma semana diante do
avanço global do coronavírus (dias 09, 11, 12, 16 e 18 de março de 2020).
No mesmo intervalo, o “circuit breaker” também foi ativado na Bolsa de Nova York (NYSE).
Os principais índices das duas Bolsas, o Ibovespa e o S&P500, respectivamente, registraram quedas históricas.
Tal fato foi veiculado constantemente na imprensa. Veja-se:
.
fls. 194
Excelência, para se ter uma noção da magnitude da situação, se um investidor estivesse
posicionado em ‘day trade’ – é uma espécie de operação de compra e venda de ações de uma mesma empresa
realizada em um único dia na bolsa de valores – com 1 (um) milhão de reais investido, teria o capital
rapidamente desvalorizado para 600 (seiscentos) mil reais, ou seja, uma depreciação de 400 (quatrocentos)
mil reais em uma semana.
Diante dessas paralisações na bolsa de valores, a empresa Requerida obteve sérias

dificuldades em cumprir com a finalidade social dos instrumentos contratuais, uma vez que se viu impedida de
operar no mercado de ações, gerando, consequentemente, diversos prejuízos e desequilíbrio econômico-
contratual.
Porém, a empresa Requerida se comprometeu em absorver todo o prejuízo e devolver o

capital integral de cada um dos sócios participantes. Ou seja, os sócios NÃO experimentariam nenhum
prejuízo, pois a empresa Requerida se comprometeu a devolver integralmente o valor por eles aportado.
Nessa toada, cabe salientar que a empresa Requerida chegou a realizar mais de 250
(duzentos e cinquenta) acordos extrajudiciais. Todavia, em virtude dos sucessivos arrestos deferidos
liminarmente, a empresa Ré ficou impossibilitada de honrar com tais acordos, tendo em vista os diversos
bloqueios judiciais em suas contas bancárias.
.
fls. 195
Dessa forma, buscando uma solução equânime para todos os contratos firmados pela
empresa Ré, por meio do auxílio do Poder Judiciário, a Requerida ingressou com pedido de recuperação
judicial nº 1001092-79.2021.8.26.0286, que se encontra em trâmite perante a 3ª Vara Cível da Comarca
de Itu – SP. Destaque-se que todos os credores deverão ser relacionados naqueles autos, onde será
apresentada plano de pagamento em favor a todos os clientes.
Neste ponto, é de extrema importância registrar que, apesar da existência de sentença

de indeferimento da petição inicial e, que por consequência, resultou no julgamento de extinção da ação de
recuperação judicial, não houve a certificação do trânsito em julgado, restando prazo processual para
apresentação de recurso de apelação, no qual já foi protocolado e aguardando julgamento no E.
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Ou seja, em que pese a perspectiva desfavorável em face da empresa Requerida quanto

ao pedido de recuperação, há a possibilidade de reversão, tendo em vista que a fundamentação para o
indeferimento foi a ausência específica de determinados documentos exigidos pela Lei n. 11.101/2005.
Em suma, é indubitável que a pandemia da Covid-19 é um fato extraordinário e imprevisível,

tendo suas consequências atingido diretamente o cumprimento do contrato em questão.
Com o intuito de restabelecer o necessário equilíbrio contratual entre as partes, este

r. Juízo deve considerar a aplicação da TEORIA DA IMPREVISÃO.
Por meio da aplicação dessa teoria, que já vem contemplada nos artigos 317 e 478 a 490
do Código Civil, há a possibilidade das partes (apesar da obrigatoriedade e vinculação das cláusulas
contratuais) ajustarem as disposições contratuais de modo a restabelecer o equilíbrio econômico e
equidade das contraprestações entre as partes, implementando os ajustes necessários, ou até mesmo
encerrando o vínculo contratual.
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o
valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a
pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das
partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude
de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a
.
fls. 196
resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da

citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente
as condições do contrato.
“Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela
pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim
de evitar a onerosidade excessiva”.
É importante frisar que os supramencionados dispositivos não tratam somente da resolução

contratual, como também da revisão dos contratos civis. Nessa linha de conclusão, o Enunciado nº 176 da III
Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal assim dispõe:
“Em atenção ao princípio da conservação dos negócios jurídicos, o art. 478 do

Código Civil de 2002 deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial dos
contratos e não à resolução contratual".
Assim, para que seja possível a aplicação da teoria da imprevisão deve-se observar os
seguintes requisitos:
a) O contrato deve ser sinalagmático, oneroso, cumulativo, de prestação diferida ou

continuada;
b) O fato deve ser extraordinário e superveniente;
c) O fato deve ser imprevisível, alheio a vontade das partes;
d) Desproporção entre a prestação devida, de forma a onerar excessivamente umas

das partes em detrimento da outra.
Em momentos de incertezas sanitárias e econômicas sem precedentes e sem previsão de

encerramento, a melhor maneira para se enfrentar seus efeitos é seguir o que estabelece o regramento
brasileiro, inclusive nos momentos de ruptura, onde é necessário um restabelecimento de um equilíbrio entre
as partes, buscando de forma empática, compreender as dificuldades da outra parte e acomodar os interesses
de todos com o mínimo de impacto possível.
.
fls. 197
Excelência, apesar do enorme prejuízo que a empresa Requerida obteve nos últimos meses
em virtude da pandemia que assola a economia brasileira, a mesma se compromete a honrar com os contratos
entabulados, desde que haja o ajuste nos dispositivos contratuais referentes a devolução dos valores,
de modo a restabelecer o equilíbrio econômico e equidade das contraprestações entre as partes, razão
pela qual a empresa Ré suplica pelo ‘STATUS QUO ANTE’.
No caso, a sócia ostensiva, ora empresa Requerida não estava em mora, pois vinha
cumprindo fielmente os contratos até antes do início da pandemia - a suposta mora foi ocasionada pelo evento
extraordinário e imprevisível que tornou a prestação excessivamente onerosa, a qual não afasta a invocação
do instituto.
A pandemia interferiu diretamente na relação contratual, pois os juros tiveram queda

drástica, afetando o ramo de negócios da sócia ostensiva, que era a intermediação de negócios.
Veja: por ser uma intermediadora, a empresa Requerida não tem o poder de interferir na
taxa de juros, o que a mesma podia garantir é que conseguiria os melhores rendimentos aos sócios
participantes dentro do mercado, desde que, é claro, as condições fossem favoráveis.
Ou seja, mantendo-se as condições quando houve as contratações – entenda-se por

mercado e taxa de juros estáveis – a sócia ostensiva poderia garantir que conseguiria administrar da melhor
forma e conseguir o maior lucro possível para os sócios participantes, principalmente ao Autor.
Mas a empresa Requerida NÃO tinha o poder de influenciar no mercado financeiro, apenas
operar no mercado financeiro. E, quando percebeu que as condições não eram mais favoráveis, agindo com a
responsabilidade e boa-fé esperada nas relações contratuais, avisou aos sócios que a sociedade deveria ser
desfeita e todos voltariam ao STATUS QUO ANTE.
E, justamente por conta da boa-fé da empresa Requerida juntamente com seus sócios, ora
corréus, que comunicaram a todos os sócios participantes que o objetivo da sociedade não poderia mais ser
atingido e que seria feita a devolução dos valores injetados, de modo que a situação financeira dos sócios
voltasse ao STATUS QUO ANTE, ou seja, nenhum prejuízo seria experimentado pelos sócios, já que eles
retornariam ao estado anterior a celebração.
Não há que se falar em fraude, já que fora garantido aos sócios que voltariam ao status quo
ante. Logo, não há que se falar em prejuízo e, consequentemente, em ilícito contratual.
.
fls. 198
O mero descumprimento de cláusulas contratuais, por conta da paralisação da economia,

não pode ser caracterizar fraude, pois está dentro de uma das causas de encerramento do contrato, conforme
prevê o Código Civil.
Aliás, nos instrumentos particulares sub judice (fls. 30/34 – cota nº 049/A e fls. 36/40
– cota 227/A), onde a empresa Requerida figura como sócia ostensiva, há previsão expressa sobre a
possibilidade de alteração contratual unilateral, conforme dispõe a CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA, assim
redigida:
O presente Instrumento poderá ser alterado unilateralmente pela SÓCIA OSTENSIVA,

desde que seja encaminhado aos SÓCIOS PARTICIPANTES uma comunicação por
escrito destacando as alterações promovidas, (…).
Essa previsão contratual, em conjunto com os artigos 478 a 480 do Código Civil, que
consagram a Teoria da Imprevisão, dão fundamento legal para a alteração proposta, que se torna necessária
diante da pandemia mundial causada pelo Coronavírus.
Ou seja, é licita a dissolução contratual quando seu objetivo não puder mais ser atingido.
Veja Excelência, não foi um esquema fraudulento pensado pelas partes com o único objetivo de enriquecer
ilicitamente em detrimento de outros.
Houve a formação de uma sociedade, com endereço fixo, inscrição nos órgãos
competentes, e que estava em plena vigência, até a pandemia. E, como o objetivo nunca foi fraudar ninguém,
quando se percebeu a impossibilidade de se atingir seu objetivo, ofereceu-se a extinção da sociedade e a volta
das partes ao seu STATUS QUO ANTE.
Por isso, a responsabilidade dos Requeridos deve ser limitada, tão-somente, ao

retorno do STATUS QUO ANTE, ou seja, apenas ao desfazimento dos contratos guerreados (fls. 30/34 –
cota nº 049/A e fls. 36/40 – cota 227/A) com a devolução do que foi injetado pelo Requerente, abatendo-
se os valores que ele já recebeu.
Destarte, impugna-se todas as alegações do Requerente consistente na culpa pela

rescisão dos contratos, e requer-se, desde já, a aplicação da teoria da imprevisão, nos termos acima
fundamentados.
D. DA INAPLICABILIDADE DA MULTA CONTRATUAL

.
fls. 199
A aplicação de multas e indenizações pelo inadimplemento exige, em regra, a existência de

dolo do contratante em rescindir total ou parcialmente o contrato, descumprindo uma das cláusulas contratuais.
No caso em tela, os instrumentos contratuais em questão (fls. 30/34 – cota nº 049/A e
fls. 36/40 – cota 227/A) não se tornaram inexequíveis por culpa da empresa Requerida, mas por conta
da crise em proporção mundial, levando a tomada de providências por parte de Prefeituras, Governadores e
pelo Presidente que paralisaram as atividades comerciais/negociais. Então, o inadimplemento se deu por
culpa exclusiva de terceiro (Autoridade pública), em razão de atos de Estado.
Em outra vertente, muitas das medidas impostas pelos estados brasileiros para conter o
avanço da Covid-19 podem se enquadrar no conceito jurídico de fato do príncipe, ou seja, atos da Administração
Pública que dificultam o cumprimento de uma obrigação contratual. Embora este conceito tenha-se
desenvolvido no âmbito dos contratos administrativos, sua aplicação já foi admitida em contratos privados.
Situação semelhante ocorreu na mesma época com as implicações econômicas do Plano

Collor. Por bloquear grande massa de dinheiro existente no mercado, o STJ o caracterizou como medida
governamental factum principis.
Portanto, ao julgar demanda em que os compradores de um imóvel deixaram de adimplir

as prestações mensais e o vendedor reteve as arras, foi reconhecida a “força maior motivadora da dissolução
do vínculo contratual, impondo-se, em consequência o retorno ao status quo ante” (STJ, Recurso Especial nº.
42.882/SP, Relator: Min. Salvio de Figueiredo Teixeira, Quarta Turma, Julgado em 08/05/1995).
Podemos considerar, ainda, as consequências jurídicas da epidemia da H1N1 e relacioná-

las a pandemia da Covid-19, já que ambas tratam-se de situação onde uma doença com alto poder de contágio
fez com que se tomassem certas medidas restritivas que causaram impacto na economia. O Tribunal de Justiça
bandeirante considerou a epidemia da H1N1 como fato imprevisível.
“AÇÃO DECLARATORIA - VOO INTERNACIONAL -CANCELAMENTO PELO

PASSAGEIRO - CARACTERIZAÇÃO DE FATO IMPREVISÍVEL E INEVITÁVEL - SURTO
DE GRIPE H1N1 (GRIPE SUÍNA) NO PAÍS DE DESTINO (ARGENTINA) -
RECOMENDAÇÕES INCLUSIVE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA QUE TAL DESTINO
FOSSE EVITADO - BILHETES AÉREOS ADQUIRIDOS POR RESGATE DE PONTOS DO
PROGRAMA DE FIDELIDADE (MILHAS). 1 - Ação ajuizada com a finalidade de restituição
dos pontos do "Programa TAM de fidelidade", porém, pretendendo o Autor novo prazo de
.
fls. 200
validade. 2 - Sentença que julgou improcedente a ação sob fundamentação de o fato grave
que impede sua viagem na data inicialmente planejado é imprevisível e não imputável à ré.
Tal fato externo ao contrato não pode prejudicar o 'pacta sunt servanda', já que a empresa
aérea não tem qualquer ligação com o surto de saúde verificado na Argentina. 3 -TEORIA
DA IMPREVISÃO - Os princípios e direitos conferidos pelo Código de Defesa do
Consumidor, vieram para coibir abusos que antes eram arbitrariamente cometidos - Assim
verifica-se a atenuação do princípio do pacta sunt servanda, adotando-se a Teoria da
Imprevisão (rebus sic stantibus), permitindo-se a revisão e até mesmo a declaração
de nulidade de cláusulas que estabeleçam prestações desproporcionais e obrigações
excessivamente onerosas (artigo 51, inciso IV do CDC). 4 - Sentença parcialmente
reformada para condenar a requerida à restituir os pontos utilizados para aquisição dos
bilhetes, descontando-se 10% de taxa administrativa - A validade dos aludidos pontos
deverá ser restabelecida de forma idêntica ao prazo, ainda restante, no momento da
desistência da viagem, ou seja, tomando-se como base o dia Io de julho de 2009 - A
contagem de tal prazo somente reiniciará após o prazo de 30 (trinta) dias necessários para
a respectiva anotação dos pontos restituídos (vide: fls. 22), que por sua vez terá como termo
"a quo" o trânsito em julgado do presente Acórdão. - Aplicação dos princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade. 5 - SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 6 - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.”. (TJ-SP - APL: 2439563920108260000 SP 0243956-
39.2010.8.26.0000, Relator: Roberto Mac Cracken, Data de Julgamento: 10/02/2011, 37ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 25/02/2011). (grifo nosso).
Ou seja, a epidemia da H1N1 foi considerada pelos nossos Tribunais como “força maior”.
Assim, a pandemia da Covid-19 também deve ser considerada, já que seus efeitos devastadores foram muito
maiores (tanto na economia, quanto na saúde).
O fato grave que impediu que se atingisse o objetivo dos contratos firmados entre as
partes – lucro – é imprevisível e não pode ser imputável a empresa Requerida e seus respectivos sócios,
já que os réus não têm qualquer ligação com a pandemia mundial que paralisou o mercado e a
economia, razão pela qual não se deve imputar a aplicação da multa contratual, haja vista a ausência
de culpa dos Requeridos na rescisão dos contratos em questão.
E. DO DANO MORAL – AUSÊNCIA DE ATO ILÍCITO DA EMPRESA

REQUERIDA
.
fls. 201
Quanto ao pleito de indenização por danos morais, sustenta o Autor, vagamente, ter direito
à reparação por danos morais, tendo em vista o inadimplemento contratual, sem mencionar em nenhum
momento qual aspecto da sua integridade ou honra que foram abalados.
Destaca-se que por dano moral entende-se o dano que atinge os atributos da
personalidade, como imagem, bom nome, a qualidade ou condição de ser de uma pessoa, a intimidade e a
privacidade.
E para haver a reparação de danos morais, essa deve ser concedida em hipóteses em que
o evento cause grande desconforto espiritual, causando sofrimento demasiado à vítima, ora Requerente.
Além disso, o direito à reparação dos danos depende da concorrência de três requisitos,
que estão delineados no art. 186 do Código Civil, sendo que, para se configurar o ato ilícito, será imprescindível
que haja:
i. Fato lesivo voluntário, causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária,
negligência, imperícia ou imprudência;
ii. Ocorrência de um dano patrimonial e/ou moral;
iii. Nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente.
Ocorre que, da simples observância dos requisitos e da situação fática apresentada,

nenhum deles estão presentes no caso trazido à baila.
Destaca-se que o Requerente não demonstrou qualquer abalo sofrido em razão do

fato alegado, destacando ainda que os fatos aduzidos na Exordial não são confirmados por quaisquer
elementos probatórios reunidos no processo, ainda que mínimos.
Não pode, assim, ser acolhido o pleito deduzido pelo Requerente, pois não há prova de
qualquer abalo ou dano material sofrido, bem como não pode ser confundido como dano moral puro, que
independe de prova, já que conforme exaustivamente fundamentado acima, o caso em comento não se trata
de relação de consumo, mas sim de uma relação de caráter empresarial.
Ressalta-se que, a empresa Requerida sempre cumpriu com suas obrigações legais e
contratuais, apesar das dificuldades econômico-financeiras enfrentadas durante a pandemia da covid-
19, consoante exposto acima.
.
fls. 202
Por diversas vezes a Ré tentou renegociar os termos do negócio jurídico entabulado

entre as partes, bem como a devolução integral do montante investido e aplicado, porém o Requerente
se manteve resistente, tanto para eventual renegociação contratual, quanto para uma possível
composição.
De igual forma, não há que se falar em danos morais, diante da excepcionalidade do

momento atual, oriundo da pandemia da COVID-19, que atingiu de sobremaneira empresas de investimentos
(e similares), configurando verdadeiro caso de força maior, excludente da responsabilidade de indenizar
extrapatrimonialmente.
Ademais, deve-se analisar cuidadosamente o caso concreto, a fim de vedar o

enriquecimento ilícito e o oportunismo com fatos que não são capazes de causar sofrimentos morais de ordem
física ou psicológica ao Demandante.
Se assim não se entender, acabaremos por banalizar os danos morais, ensejando ações
judiciais em busca de indenizações pelos mais triviais aborrecimentos. Portanto, inexiste dano moral a ser
indenizado, seja pela ausência do abalo moral aduzido na petição inicial, seja pela ausência de ato
ilícito.
F. DA INEXISTÊNCIA DE ESQUEMA E/OU PIRÂMIDE FINANCEIRA
Excelência, salta aos olhos a falta de conhecimento do Autor em afirmar de forma

irresponsável que a empresa Requerida esteja participando de esquema e/ou pirâmide financeira, sem
apresentar qualquer lastro de prova do seu alegado.
Percebe-se que a fajuta alegação do Requerente de que a empresa Requerida atuaria

realizando a chamada "pirâmide financeira" é evidentemente genérica, não havendo qualquer demonstração
de como ela funcionaria, notadamente qual seria a oferta realizada àqueles que ingressam no grupo de
investidores, prazo de permanência, ganho provável, risco e todas as questões objetivas que imporiam
reconhecer a prática de ato ilícito pela empresa ré.
Destaque-se que, para se caracterizar uma empresa como pirâmide financeira, é

necessário que se encaixe numa série de características, dentre elas:
a. Depende do recrutamento de pessoas: desde o momento da assinatura dos

instrumentos particulares sub judice (fls. 30/34 – cota nº 049/A e fls. 36/40 – cota 227/A), a empresa Requerida
.
fls. 203
jamais exigiu do Autor o recrutamento de pessoas. Diante da boa credibilidade e reputação que apresenta
perante o mercado, a empresa Requerida jamais utilizou de meios ardilosos para a captação de clientes. Muito
pelo contrário, diversas pessoas (tanto físicas quanto jurídicas) procuram os serviços da empresa Requerida
por meio de indicações dos seus próprios clientes;
b. Pagamento de comissões ao indicar pessoas: da análise perfunctória dos contratos

de fls. 30/34 – cota nº 049/A e fls. 36/40 – cota 227/A, assim como das alegações do Requerente, constata-se
que não havia pagamento de comissões na medida em que os sócios participantes indicassem pessoas, sequer
tal fato é apontado ou aduzido pela Demandante na presente demanda;
c. Promessa de ganho fácil e exorbitante: embora a empresa Requerida atue em

aplicação de ações em bolsa de valores que tem alto potencial de rentabilidade, a mesma tem conhecimento
do alto grau de risco, notadamente pelo fato do mercado ser bastante oscilante. Por essa razão, os instrumentos
particulares sub judice são cristalinos e objetivos quanto aos ganhos e rendimentos mensais em favor do Autor.
Em contrapartida, o Requerente entregou à empresa Requerida a quantia que se dispôs como sócio, em vista
da probabilidade de retorno futuro, assumindo os riscos do empreendimento para a obtenção de lucros futuros,
que seriam repassados após determinado período, não tendo sido demonstrada a realização, pela empresa
requerida, de qualquer promessa de ganho fácil ou exorbitante;
d. Lucros altos em produtos e plano de carreira na medida que indica pessoas: da

análise perfunctória dos contratos de fls. 30/34 – cota nº 049/A e fls. 36/40 – cota 227/A, e das alegações do
Requerente, constata-se que não havia nenhum plano de carreira na medida em que os sócios participantes
indicassem pessoas, sequer tal fato é apontado ou aduzido pelo Demandante na presente demanda;
e. Falta de informações sobre o produto oferecido: a empresa Requerida sempre

buscou a transparência na relação contratual estabelecida com o Demandante, indicando de forma clara e
precisa as particularidades do negócio jurídico entabulado, notadamente quanto aos rendimentos mensais,
restituição de valores e tempo de contrato;
f. Falta de informações básicas sobre a empresa responsável por cuidar do

dinheiro e sobre seus donos: na cláusula nona dos instrumentos contratuais de fls. 30/34 – cota nº 049/A e
fls. 36/40 – cota 227/A, a que se refere das obrigações contratuais da sócia ostensiva, está expresso que, todo
o gerenciamento dos valores aportados pelos sócios participantes, será de responsabilidade da empresa
Requerida New Life Intermediação de Negócios Ltda. Outrossim, todos os sócios participantes tinham
conhecimento de quem eram os donos do negócio, tanto é que grande parte dos clientes possuíam um vínculo
.
fls. 204
de amizade com os corréus (Everton, Lucas e Vinicius). Além disso, todos os contatos da empresa e de seus
sócios foram colocados à disposição da Requerente para sanar quaisquer dúvidas que por ventura tivesse em
relação ao contrato.
Nessa esteira, da análise perfunctória dos instrumentos particulares sub judice (fls.
30/34 – cota nº 049/A e fls. 36/40 – cota 227/A) e das alegações do Autor, é fácil constatar que não há a
presença de nenhum desses requisitos caracterizadores. Portanto, não há que se falar em pirâmide
financeira ou em atuação criminosa da empresa Requerida.
IV. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante o exposto, requer-se:
1. Preliminarmente, o indeferimento da petição inicial, diante da inadequação

do procedimento adotado pelo Requerente, determinando-se a imediata
extinção do processo sem julgamento do mérito, consoante art. 485, inc. X
do Código de Processo Civil;
2. Preliminarmente, seja reconhecida a ilegitimidade passiva do corréu

Everton dos Santos Raymundo, com a extinção do feito em relação a ele,
sem resolução do mérito, com base no art. 485, inc. VI do Código de Processo
Civil;
3. Preliminarmente, a revogação ao benefício da gratuidade da justiça

anteriormente concedido à parte autora, tendo em vista a ausência de
documentação cabal a demonstrar a insuficiência de recursos para arcar com
as custas e despesas processuais;
4. A revogação da tutela provisória de urgência concedida (em decisão de fls.

102/103), a fim de que não se mantenha nenhum bloqueio ou arresto sobre as
contas bancárias de titularidade dos Requeridos, tendo em vista a inexistência
de fundado receio de dano irreparável;
5. No mérito, na remota hipótese de superação de absolutamente todas as

questões preliminares arguidas pelos Requeridos, requer que este r. Juízo,
diante da demonstração do quão equivocada é a pretensão esposada nestes
.
fls. 205
autos, julgue esta demanda IMPROCEDENTE em todos os seus termos,

condenando o Autor ao pagamento das custas e honorários
sucumbenciais, de acordo com o art. 85, §2º do Código de Processo Civil;
6. Subsidiariamente, caso ocorra a procedência consistente na restituição de
valores, requer que sejam abatidos do valor devido aqueles já recebidos
pelo Requerente durante a vigência dos contratos de fls. 30/34 – cota nº
049/A e fls. 36/40 – cota 227/A, determinando o retorno das partes ao
status quo ante;
7. Requer seja deferida a produção de todos os meios de prova em direito

admitidos, especialmente a juntada de outros documentos, oitiva de
testemunhas a serem oportunamente arroladas, depoimento pessoal do Autor
e outros que se fizerem necessários ao deslinde da causa.
Por fim, os Requeridos manifestam o interesse na AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, nos

termos do art. 319, inc. VII do Código de Processo Civil.
Por fim, solicita-se que todas as intimações e notificações referentes a presente demanda,
sejam remetidas exclusivamente para seu patrono DANILO LUIZ GENARI DE ALMEIDA – OAB/SP 405.836,
por meio do e-mail [email protected], sob pena de nulidade.
Termos em que pede e aguarda DEFERIMENTO.
Itu – SP, 20 de agosto de 2021.
DANILO LUIZ GENARI DE ALMEIDA
OAB/SP 405.836
fls. 206
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DANILO LUIZ GENARI DE ALMEIDA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/08/2021 às 14:16 , sob o número WITU21700885928 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA8C6.
fls. 207
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA8CE.
fls. 208
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA8D8.
fls. 209
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA8DF.
.
fls. 210
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA8EE.
Certifico o(s) registro(s) de constituição NIRE n.35235443963, de declaração de enquadramento sob n.0836063193, da Empresa NEW LIFE INTERMEDIACAO DE NEGOCI(...) e protocolo sob n.190001729003
Flávia Regina Britto Gonçalves - Secretária-Geral. Para validar este documento, acesse www.jucesp.sp.gov.br e informe o número do código de controle disponível na primeira página da certidão de inteiro teor.
.
fls. 211
.
fls. 212
.
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.
fls. 214
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.
fls. 226
.
fls. 227
JUCESP - Junta Comercial do Estado de São Paulo

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretaria de Comércio e Serviços
Departamento de Registro Empresarial e Inovação - DREI
Secretaria de Desenvolvimento Econômico
TERMO DE CONFERÊNCIA E DIGITALIZAÇÃO.
Certifico e dou fé que conferi a documentação referente à solicitação de abertura do protocolo
190001729003 da empresa NEW LIFE INTERMEDIACAO DE NEGOCIOS LTDA e que as
imagens digitalizadas deste processo eletrônico são fiéis aos documentos físicos protocolizados nesta
Junta Comercial.
Assina o presente termo de conferência e digitalização, mediante certificado digital, o

funcionário/empregado público RENATA GRECCO
Junta Comercial do Estado de São Paulo, 7 de fevereiro de 2019.
RENATA GRECCO, CPF: 15854135850
Este documento foi assinado digitalmente por RENATA GRECCO e é parte integrante sob o protocolo Nº 190001729003.
07/02/2019 Página 1 de 1
.
fls. 228

TERMO DE ANÁLISE E DECISÃO.
Defiro a (s) solicitação (ões), sob o (s) protocolo (s) 190001729003 de registro de abertura ,
enquadramento e procuração da empresa NEW LIFE INTERMEDIACAO DE NEGOCIOS LTDA.
Assina o presente termo de decisão, mediante certificado digital, o Julgador RENATA GRECCO.
RENATA GRECCO, CPF: 15854135850
Este documento foi assinado digitalmente por RENATA GRECCO e é parte integrante sob o protocolo Nº 190001729003.
07/02/2019 Página 1 de 1
.
fls. 229

TERMO DE AUTENTICAÇÃO - REGISTRO DE CONSTITUIÇÃO.
Certifico que o ato, assinado digitalmente, da empresa NEW LIFE INTERMEDIACAO DE
NEGOCIOS LTDA, e protocolado sob o número 190001729003 em 07/02/2019, encontra-se registrado
na Jucesp, sob o NIRE da matriz 35235443963.
Assina o registro, mediante certificado digital, o(a) Secretário(a)-Geral – Flávia Regina Britto
Gonçalves.
A autenticidade do presente documento, bem como o arquivo na forma eletrônica poderão ser
verificados no sítio eletrônico: www.jucesp.sp.gov.br, mediante a indicação do número de autenticidade
disponível na capa da certidão de inteiro teor.
Flávia Regina Britto Gonçalves, CPF: 308.802.948-76
Este documento foi assinado digitalmente por Flávia Regina Britto Gonçalves e é parte integrante sob o protocolo Nº 190001729003.
07/02/2019 Página 1 de 1
.
fls. 230

TERMO DE AUTENTICAÇÃO - REGISTRO DE ENQUADRAMENTO.
Certifico que o ato, assinado digitalmente, da empresa NEW LIFE INTERMEDIACAO DE
NEGOCIOS LTDA, de NIRE 35235443963 e protocolado sob o número 190001729003 em
07/02/2019, encontra-se registrado na Jucesp, sob o n. 0836063193.
Assina o registro, mediante certificado digital, o(a) Secretário(a)-Geral – Flávia Regina Britto
Gonçalves.
A autenticidade do presente documento, bem como o arquivo na forma eletrônica poderão ser
verificados no endereço: www.jucesp.sp.gov.br, mediante a indicação do número de autenticidade
disponível na capa da certidão de inteiro teor.
Flávia Regina Britto Gonçalves, CPF: 308.802.948-76
Este documento foi assinado digitalmente por Flávia Regina Britto Gonçalves e é parte integrante sob o protocolo Nº 190001729003.
07/02/2019 Página 1 de 1
.
ETDUETA PROTOCOLO
JUCESP- Junta Comercial do Estado de São Paulo
$$
fls. 231
;
Ministéno da Indústria, Comércio Extemr & Seviliçbs'. .

Departamento de Registro Empresariaúe mteglàçeo:—:DREI:
: :
JUCESP PROTOCOLO
,
Secretaría de Desenvolvimerúo Eoonõmioo' . 0.322.159/20- 9
SE
i IHIIIIHIHINIlllIIIHIIIW
ÍCONTRGE INTERNET
CAPA Do REQUERIMENTO ]027600377—2
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA8FA.
Hui“ HH!
M
fllííillªllãllllíllllizlllhlllllllll
DADOS CADASTRAIS
ATO
Alteraçao do Codigo de Atividade Econommal Objeto Soma! Alteraçao de Outras Claúsulas Contrahxailestatutárías Consolidaçao da
VA
Matriz;
NOME EMPRESARIAL PORTE
NEW LIFE INTERMEDlAÇÃO DE NEGOCIOS LTDA Normal
LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO CEP “&
Rua Francisco Jose Ferreira Sampaio 50 12 AND SL1206 13303-536 ER 1? 5 5
&
MUNICÍPIO UF TELEFONE
Itu SP SOR
LO
NÚMERO EXIGENCIA(S) CNPJ sens NIRE SEDE v

,; 1 g 11 0 ] J
O 32 692 707/0001-00
;
3523544396 3
;
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IDENHFICAÇÃO SIGNATÁRIO ASSINANTE REQUERIMENTO CAPA VALORES RECOLHIDOS SEQ. E DC

P R OT
NOME VINICIUS DOS SANTOSU YMUNDO (Administrador) DARE R$ 151 86 1 ]
ASSINATURA.
4 DATA. 1911 1/2019 DARF R$ 00
R
DECLARO SOBASMDALEI OLEASWORMAÇÓESCONSTMTESWREQUERMEWOPROCESSOSÃOEXPRESSAODAVERDME

”ARA USO EXCLUSIVO DA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (INCLUSIVE VERSO)
CARIMBO PROTOCOLO CARNBO DiSTRIBUlÇAO CARíMBOMÁUSE
DE
JUCESP
JUCEêP SINCOMERCID SOROCABA O <:
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PROTOCOLO
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09523308 6844
FQ
C.)
ANEXOS EXCLUSNO SETOR DE ANÁLISE ETIQUETAS DE Reasmo + mmao
(() DEE )Documentos Pessoas

RT
( )Prºcuraçao ( )Laudo de Avaliação

( )Alvará Judiaal ( )Jomax SÚCESP
( )Formal de Parulha ( )ProtooololJustificaçao
U 1 JUN 2020
( )Balanço Patrimonial ( )Cerudao
)Outros
ID
OBSERVAÇÓES
ÃO
178 671/20-1,ª
HIINIIIIIHIINIIIIIIIHIIIHHIIIÍNIIININ!!!“IPIHII! ':
VasãoVRERepa'ls 1000 28/05/2020 10 16 35 Página 1 deG

.
fls. 232
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JESP
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ÉJCÚr'ÃLRCIO
NEW LIFE INTERMEDIAÇAO DE NEGOCIOS LTDA
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UCAM
.' JN 2020
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CNPJ 3269z707/ooo1 oo
M
“COLO
NIRE 35235443963
VA
1 VINICIUS DOS SANTOS RAYMUNDO brasileiro natural de JundiaíISP

nascido em 10/09/1998, empresário, solteiro, portador da cedula de
identidade RG sob o nº 54432 2484 SSPISP data de expedição
09/06/2010, inscrito no CPF sob nº 429157 19845, residente e
LO
domiciliado à Alameda da Fonte, nº 135, Condomínio Portella, Terras de

Sao Jose Urbano Portella ltulSP CEP 13301 280 e
R
2 LUCAS DOS SANTOS RAYMUNDO brasileiro natural de ltulSP nascido

em 09/05/1997, empresário, casado sob o regime de comunhao parcial de
bens depois da Lei 6 515/77, portador da cedula de identidade RG sob nº
54 432 239 3 SSPISP data da expediçao 17/06/2016 inscrito no CPF sob
DE
n º 429 157 188 73, residente e domiciliado a Alameda da Fonte, nº 135,

Condomínio Portella, Terras de São Jose Urbano Portella, ItuISP, CEP
13 301 280
CE
Na qqalidade de únicos socios da empresa NEW LIFE INTERMEDIAÇAO DE

NEGOCIOS LTDA sociedade legalmente constituída com contrato social
arquivado na JUCESP sob nº 35235443963 em 07/02/2019 inscrita no CNPJ
32 692 707/0001 00 estabelecida Rua Francisco Jose Ferreira Sampaio Ze
Cambe n º 50 12º andar sala 1206 Condomínio Torre INC Itu Novo Centro
RT
na cidade de Itu Estado de Sao Paulo CEP 13 303 536, com atividade de
intermediaçao mediação e agenciamento de serviços e negócios em geral
exceto imobiliarios aluguel de imoveis próprios residenciais e não residenciais
participação societaria em outras sociedades com capital soçial de R$
1 000 000 00 ( hum milhao de reais) sendo administrada por VINICIUS DOS
X
I
SANTOS RAYMUNDO e LUCAS DOS SANTOS RAYMUNDO em conjunto

DÃ
resolvem neste ato promover as seguintes alterações
1ªALTERAÇÃO ALTERAÇÃO DO OBJETO SOCIAL QUE PASSARÁ A

TER A SEGUINTE REDAng ATUALIZADA
O
o/L
.
fls. 233
CLÁUSULA 3ª
SE
OBJETO SOCIAL
. .
A sociedade tem por objeto sociá à âxividade de intermediaçao mediaçao e

agenciamento de serviços e negóuószem geral exceto ímobiliarios cursos e
M
treinamentos em desenvolvimento profissional tecnologia da informaçao e

sistemas inteligentes para automaçao de processos individuais e de
intermediaçao licenciamento e desenvolvimento de programas de computador
participação societaria em outras sociedades
VA
gª
ALTERAÇÃO AILERACÃO DA ADMINISTRAÇÃO E
REPRESENTACAO QUE PASSARA A TER A SEGUINTE REDAÇAO
ATUALIZADA
LO
CLÁUSULA 6ª
ADMINISTRAÇÃO E REPRESENTAÇÃO
R
A administração e a representaçao da sociedade judicialmente e

ambos sócios em conjunto ou
extrajudicialmente ativa e passivamente cabera a
DE
separadamente Vinícius dos Santos Raymundo e Lucas dos Santos

Raymundo ja qualificados ao quais são conferidos amplos gerais e ilimitados
poderes para a pratica e realizaçao de todos os atos em operações sociais
ficando porem sob pena de nulidade expressa e terminantçmente proibido o
uso da denominaçao NEW LIFE INTERMEDIAÇAO DE NEGOCIOS LTDA em
operaçoes estranhas aos objetivos da sociedade
CE
Parágrafo primeiro Ouso da denominação NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE

NEGOCIOS LTDA dar se á pela assinatura individual dos sócios
administradores Vinícius dos Santos Raymundo e Lucas dos Santos
Raymundo para a pratica e realizaçao de todo e qualquer ato ou operaçao
RT
social
Paragrafo segundo No caso de representaçao junto as repartições publicas

e municipais diretas ou indiretas poderjudiciario autarquias
I
federais estaduais
e autoridades certificadoras no ambito da ICP BRASiL em situaçoes relativas a
DÃ
validaçao da solicitação de certificaçao digital (NF E e E CNPJ nos modelos A1

A3 e Token) a assinatura se dara individualmente pelos sócios administradores
Vinícius dos Santos Raymundo e Lucas dos Santos Raymundo, no caso de
ausencia ou impedimento do representante designado a sociedade podera ser
representada por qualquer um dos sócios
O
.
fls. 234
Parágrafo terceiro Cada sóçío responderá ,ppraqte a sociedade e terceiros

pelos atos que praticar?r31 çontrárigngégte .ao estabelecido nesta clausula
SE
independentemente da responsabih'dade' civil ou c'nrhinal que couber
. .
Paragrafo quarto O sócio adàâliêtrzador ou quotista podera constituir

procuradores em nome da socieôãdêo—para substitui los ou auxiliá los nos
M
exercícios das funçoes da sociedade devendo conter nos instrumentos os

poderes específicos e prazo de validade salvo os instrumentos outorgados com
clausula Ad Judicia que nao terá prazo de validade
VA
3ªALTE_RAÇÃO —CLÁUSULA 11 QUE PASSARÁ A TER A SEGUINTE

REDAÇAO ATUALIZADA
CLÁUSULA 1 1ª
LO
DA RETIRADA DE SÓCIO DISSOLUÇÃO E EXTINÇÃO DA SOCIEDADE
A exclusao retirada falencia recuperaçaojudicial ou extrajudicial insolvencia

ou extinçao de qualquer um dos sócios nao acarretara a dissoluçao da
R
sociedade que continuara existindo com o sócio remanescente
Parágrafo primeiro As quotas sao indivisíveis e nao poderao ser cedidas ou

DE
sem o consentimento de todos os sócios de igual forma

transferidas a terceiros
nas negociações entre sócios sempre com a anuencia e concordancia de todos
nao importando a participaçao no Capital Social
Parágrafo segundo 0 Sócio que desejar se retirar da sociedade devera

CE
comunicar a decisao por escrito ao outro sócio com prazo mínimo de 60

(sessenta) dias de antecedencia Seus haveres serao apurados e pagos na
forma da Clausula Decima Segunda
RT
4ªALTERAÇÃO CLÁUSULA12ª QUE PASSARÁ A TER A SEGUINTE

REDAÇAO ATUALIZADA
Sã
CLÁUSULA 12
I DÃ
DO FALECIMENTO INCAPACIDADE DIVORCIO OU DISSOLUÇÃO DE

UNIAO ESTAVEL DE SOCIO E SUCESSAO DE QUOTAS
No caso de ou dissolução de uniao estavel

falecimento, incapacidade, divorcio (]
O
de qualquer sócio fica expressamente vedado a sucessao ou partilha de seu

cônjuge/companheiro e seus herdeiros a qualidade de sócios nesta sociedade
J
.
fls. 235
..
o o
:o. '96'
o
o
As quotas do sócio faleçrdp serao,adquwidaçºpeja_sociedade e redistribuídas

proporcionalmente aos sdcbs remanescentes devendo a sociedade indenizar os
SE
cônjuge/companheiro e s'eús Eerde'lrõs'er'n 129-pãfôelas iguais ou ainda se a
epoca do evento houver constituiçao de seguro de vida a favor da sociedade o
premio sera utilizado para a respectiva Lntjemzação em uma única parcela
M
Parágrafo primeiro A alteração do contrato social sera assinada pelos sócios

remanescentes e pelos sócios admitidos por força de sucessao bastando para
formalizaçao do necessario a apresentaçao de certidao de óbito do socio
falecido nao sendo necessario para fins de alteração social a abertura de
VA
inventário judicial neste sentido ou mesmo alvara judicial prevalecendo a

vontade dos sócios por força do presente contrato social no tocante a alteraçao
do quadro societario
Paragrafo segundo O valor das quotas do sócio falecido interditado

divorciado (dissoluçao de uniao estavel) sera apurado atraves de balanço
LO
especial no prazo de noventa dias a contar do óbito da sentença transitada em

julgada da interdição do pedido de apuração pelo sócio no caso de divórcio ou
dissoluçao de uniao estavel Apos apurado o valor será pago ao próprio seus
herdeiros ao conjuge ou convivente conforme a Clausula Decima Segunda
R
Parágrafo terceiro A apuração dos haveres do socio retirante tomara por base
exclusivamente o valor contabil do patrimonio líquido de acordo com os valores
lançados nos livros Cºntabeis devendo ser levantado um balanço especial para
esse fim no prazo de 30 (trinta) dias a contar do evento
DE
5ª ALTERAÇÃO CLÁUSULA 13ª QUE PASSARÁ A TER A SEGUINTE

_RgDAÇAO ATUALIZADA
CLÁUSULA 13
CE
REGIME DE CASAMENTO DOS SOCIOS
Os socios da presente sociedade que ainda nao houverem contraído matrimonio

ou mesmo constituído uniao estavel pactuam que o regime para uma ou outra
RT
modalidade devera ser o de separação total de bens sob pena de exclusao da

presente sociedade
eªALTIâRAÇÃO CLÁUSULA 14 QUE PASSARÃ A TER A SEGUINTE

I
REDAÇAO ATUALIZADA
DÃ
CLÁUSULA 14
DECLARAÇÃO DE DESIMPEDIMENTO DO SOCIO ADMINISTRADOR

O
.
fls. 236
. .O. ..
. . .
.
Os sócios declaram sob aspçpas da lei' qncluçnge ;) gócio administrador de que

nao estao impedidos dé êxeicerem: a administraçao da sociedade por lei
SE
especial ou em virtude d'e- bondenáçâo'onminbl— o'u 'por se encontrarem sob os
efeitos dela a pena que vede ainda que temporariamente o acesso a cargos
públicos ou por crime falimentar de_p_reya.ricaçao peita ou suborno concussão
peculato ou contra economia popular .contra o sistema financeiro nacional
contra as normas de defesa da cohc'oríência contra relações de consumo fe
M
pública ou a propriedade
7ªALTERAÇÃO INCLUSÃO DA CLÁUSULA 15ª QUE PASSARÃ A TER A

SEGUINTE REDACAO ATUALIZADA
VA
CLÁUSULA 15
LO
DISPOSIÇÓES GERAIS
As situações nao previstas neste instrumento serão reguladas pela legislaçao

vigente aplicavel especialmente nos temos do artigo 1053 da Lei 10 406/2002
bem como na omissao do diploma legal nominado serao observadas as
R
disposições contidas na Lei 6 404/1 976 que dispõe sobre as sociedades por
ações sendo eleito pelas partes contratantes o foro da comarca de Itu no Estado
de Sao Paulo para dinmir quaisquer dúvidas decorrentes do presente contrato
com renúncia expressa a outro qualquer pôr mais privilegiado que seja
DE
E por estarem assim justos e contratados os sócios obrigam se a cumprir o

presente contrato social na presença de duas testemunhas assinando o em
tres vias de igual teor para os regulares efeitos de direito
CE
Em face da alteração acima, o contrato social ora modificado,

passara a ter a seguinte redação atualizada
RT
CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO DE SOCIEDADE LIMITADA

ID
CONTRATO SOCIAL
ÃO
NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE NEGOCIOS LTDA

CNPJ 32 692 707/0001 00
.
fls. 237
ãjNiRE: 352 :5445365ã

SE
Por presente instrumento particular:.é. dã.melhor forma de direito os abaixo
M
assinados
1 VINICIUS DOS SANTOS RAYMUNDO brasileiro natural de JundiaíISP

nascido em 10/09/1998, empresário, solteiro, portador da cédula de
VA
identidade RG sob o nº 54432 248-4 SSPISP, data de expediçao

09/06/2010, inscrito no CPF sob nº 429157198-45, residente e
domiciliado à Alameda da Fonte, nº 135, Condomínio Portella, Terras de
São Jose Urbano Portella ItuISP CEP 13 301 280 e
LO
2 LUCAS DOS SANTOS RAYMUNDO brasileiro natural de ItuISP nascido

em 09/05/1997, empresário, casado sob o regime de comunhão parcial de
bens depois da Lei 6 515/77, portador da cédula de identidade RG sob nº
54 432 239 3 SSPISP data da expediçao 17/06/2016 inscrito no CPF sob
R
n º 429157 188 73, residente e domiciliado a Alameda da Fonte, nº 135,

Condomínio Portella, Terras de São Jose Urbano Portella, ItuISP, CEP
13 301 280
DE
CLÁUSULA 1
DENOMINAÇÃO E PRAZO DE EXISTENCIA

CE
A sociedade empresaria limitada girará sob a denominação social de NEW LIFE

INTERMEDIAÇAO DE NEGOCIOS LTDA e tera sua existencia por prazo
indeterminado
RT
CLÁUSULA 2ª
SEDE SOCIAL E FILIAIS

I DÃ
A sociedade tem sua sede social nesta cidade de Itu, Estado de São Paulo, a
Rua Francisco Jose Ferreira Sampaio “Ze Cambe”, n º 50, 12º andar, sala
1206, Condomínio Torre INC, Itu Novo Centro, CEP 13 303-536 podendo
futuramente a criterio de seus sócios abrir manter e encerrar agencias
escritorios representações e filiais em qualquer localidade do território nacional
O
.
fls. 238
SE
CLÁUSULA 3ª 'ª' :"
OBJETO SOCIAL
M
A sociedade tem por objeto social a atividade de intermediação mediação e

agenciamento de serviços e negócios em geral exceto imobilianos cursos e
treinamentos em desenvolvimento profissional tecnologia da informaçao e
sistemas inteligentes para automação de processos individuais e de
VA
intermediação licenciamento e desenvolvimento de programas de computador

participação societana em outras sociedades
LO
CLÁUSULA 4'
CAPITAL SOCIAL
R
O e de R$ 1 000 000,00 (hum milhao de reais) dividido

capital social subscrito
em 1 000 000 (hum milhao) de quotas sociais no valor nominal de R$ 1,00 (um
real) cada que os sócios se comprometem integralizar em 5 (cinco) anos após
DE
a assinatura deste instrumento Assim os socios subscrevem de acordo com a

seguinte distribuição
%
CE
Nº Sócio Quotas Vlr Unit. Vlr Total

1 Raymundo
Vinícius çlos Santos 990 000 R$ 1 90 R$ 990 000 00 99 00%
2 Lucas dos Santos Raymundo 10 000 R$ 1 00 R$ 10 000 00 1 00 A
TOTAL 1 000 000 R$ 1 000 000 00 100 00 A

RT
Paragrafo primeiro Tratando—se de capital subscrito e neste momento

declarando ciencia do disposto no Artigo 1 058 do Codigo Civil (Lei 10 406/2002)
os contratantes comprometem se a integralizar o capital de acordo com o prazo
estipulado no caput
I DÃ
Paragrafo segundo A responsabilidade dos sócios e restrita ao valor de suas

quotas sociais em conformidade com o disposto no artigo 1052 da Lei nº
10 406/2002
O
.
fls. 239
SE
CLÁUSULA 5ª
CESSÃO DE QUOTAS SOCIAIS
A nenhum
M
dos sócios sera lícito ceder, transferir ou alienar sob qualquer título
no todo ou parcialmente suas respectivas quotas sociais a terceiros sem o
previo aviso e expresso consentimento do outro sócio a quem sob pena de
nulidade devera anuir no instrumento em que se consubstancie a transação
sendo Ihe assegurado em igualdade de condições o direito de preferencia a
VA
aquisição
LO
CLÁUSULA 6
ADMINISTRAÇÃO E REPRESENTAÇÃO
A
R
administraçao e a representaçao da sociedade judicialmente e

ambos sócios em
extrajudicialmente ativa e passivamente cabera a conjunto ou
separadamente Vinícius dos Santos Raymundo e Lucas dos Santos
Raymundo ja qualificados ao quais sao conferidos amplos gerais e ilimitados
DE
poderes para a pratica e realizaçao de todos os atos em operações sociais

ficando porem sob pena de nulidade expressa e terminantçmente proibido o
uso da denominação NEW LIFE INTERMEDIAÇAO DE NEGOCIOS LTDA em
operaçoes estranhas aos objetivos da sociedade
Paragrafo primeiro uso da denominaçao NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE

O
CE
NEGOCIOS LTDA dar se a pela assinatura individual dos sócios

administradores Vinícius dos Santos Raymundo e Lucas dos Santos
Raymundo para a pratica e realizaçao de todo e qualquer ato ou operaçao
social
RT
Parágrafo segundo No caso de representação junto as repartições públicas

federais estaduais e municipais diretas ou indiretas poderjudiciario autarquias
e autoridades certificadoras no âmbito da ICP BRASIL em situações relativas a
validação da solicitação de certificaçao digital (NF E e E CNPJ nos modelos A1
ID
A3 e Token) a assinatura se dara individualmente pelos sócios administradores

Vinícius dos Santos Raymundo e Lucas dos Santos Raymundo, no caso de
ausencia ou impedimento do representante designado a sociedade podera ser
representada por qualquer um dos sócios
ÃO
'
.
fls. 240
Parágrafo terceiro Cada sóelq reispongiêrag'õeran'tç Q'sociedade e terceiros

pelos atos que praticarem mntrwiamentewb eçngbjêcido nesta clausula
SE
independentemente da responsabilidade õivil ôu criminal que couber
Paragrafo quarto O sócio administiadorhu quotista podera constituir
procuradores em nome da sociedade óarâ'substituí los ou auxilia los nos
M
exercícios das funções da sociedade devendo conter nos instrumentos os

poderes específicos e prazo de validade salvo os instrumentos outorgados com
clausula Ad Judicia que nao tera prazo de validade
VA
CLÁUSULA 7
LO
REMUNERAÇÃO DO SÓCIO ADMINISTRADOR
Os socios administradores terão direito a retirada atítulo de pro labore mensal,

a quantia que for Hxada de comum acordo entre os socios da sociedade
observadas as disposições regulamentares pertinentes
R
Parágrafo primeiro Enquanto perdurar o período pre—operacional da empresa

os sócios administradores nao terão retirada a título de pro—labore
DE
Parágrafo segundo Nos meses em que nao houver disponibilidade os socios

administradores poderao deixar de receber remuneração a título de pro—labore
pelo trabalho executado
CE
CLÁUSULA &
RT
EXERCÍCIO SOCIAL E RESULTADOS
O exercício social tera início em 1º de janeiro e encerrar se-a em 31 de

dezembro de cada ano
ID
Parágrafo pnmeiro Ao ãnal de cada exercício social serao preparados 0

Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras exigidas por lei O
lucro líquido entao verificado a criterio dos socios representando a maioria do
ÃO
capital social podera ser
ou parcialmente aos sócios na proporçao de suas quotas ou

a) distribuído total
em comum acordo ente os mesmos
.
fls. 241
b) distribuído em proporção disti'rda'daquelat relativa 'àbártlcipação societária de

cada um dos sócios no capital sçciaE º,º '. : .
'.º
SE
c) retido total ou parcialmente em conta de lucros acumulados ou reservas da
sociedade elou _
d) capitalizado
M
Paragrafo segundo A sociedade poderá levantar balancetes intermediários

com a finalidade de apurar o resultado do período neles compreendidos
podendo eventual lucro ser distribuído ou capitalizado por deliberação dos
sócios representando a maioria do capital social
VA
CLÁUSULA 9
LO
REUNIÃO DOS sócuos
Os sócios deverao realizar reunião ao menos uma vez por ano ate o quarto mes
seguinte ao termino de cada exercício social com o objetivo de examinar as
R
contas dos administradores deliberar sobre o balanço patrimonial e demais

demonstrações fmanceiras sobre a destinaçao do resultado do exercício e tratar
de quaisquer assuntos incluídos na ordem do dia
DE
Parágrafo primeiro A reuniao devera ser convocada por escrito com

antecedencia mínima de 15 (quinze) dias ficando dispensada esta formalidade
quando todos os sócios comparecerem ou se declararem por escritos cientes do
local data hora e ordem do dia
CE
Parágrafo segundo A com

a presença de
reunião dos socios instalar se a
sócios em primeira convocação que representem %
(tres quartos) do capital
social da empresa ou em segunda convocação com qualquer número de sócios
RT
presentes
Parágrafo terceiro Fica dispensada a reuniao de socios quando estes

representando pelo menos 3/4 (tres quartos) do capital social decidirem por
escrito sobre as materias objeto de apreciação e deliberaçao nos termos do
ID
paragrafo terceiro do artigo 1 072 da lei nº 10 406/2002

ÃO
Parágrafo quarto As deliberações sociais nas quais cada quota do capital

social corresponderá a um voto serão tomadas em reuniao de sócios
.
fls. 242
Parágrafo quinto A cada remian de soçiqs—será [ayrqda uma ata sumaria

relatando as ocorrencias e degbêraçõesndnmas dévenzio ser assinada pelos
SE
sócios presentes A sociedade-f'lcaºdeso'briéada ãmanter “Livro de Atas das
Reuniões de Socios” e os mesmos poderao tornar público o documento,
levando a Registro no Órgao de Regispç gap Sociedades Mercantis
M
Parágrafo sexto Nas reuniões de socios o sócio podera ser representado por
outros socios ou procuradores mediante a exibiçao do instrumento de mandato
outorgado para finalidade específica
VA
Parágrafo setimo Os socios deliberarao em reuniões sobre as seguintes

materias
a) aprovaçao das contas anuais da administraçao

em separado
LO
b) designação dos administradores não sócios quando feita
c) destituiçao de administradores nao socios

d) modificação do contrato social da empresa
e) incorporaçao cisao fusao transformaçao ou cessaçao do estado de
liquidação da sociedade
R
f) pedido de recuperação judicial ou extrajudicial“
g) dissoluçao e liquidaçao da sociedade

DE
Paragrafo oitavo As deliberações dos sócios descritas no paragrafo setimo

desta clausula serao tomadas pelos votos da maioria do capital social da
empresa
Parágrafo nono Quando se tratar de destituiçao ou designaçao de socio

CE
nomeado administrador alíneas b e c a mesma ocorrera quando houver

aprovaçao dos demais socios representando no mínimo de 2/3 (dois terços) do
capital social
R
CLÁUSULA 1 o
TI
LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE
DÃ
Na hipotese de quuidaçao da sociedade serao adotados e observados os

procedimentos previstos na legislação aplicavel com a nomeação por sócios
representando 2/3 (dois terços) do capital social de um ou mais liquidantes para
operarem a sociedade durante a fase de liquidação
O
.
fls. 243
SE
CLÁUSULA 1 1ª
DA RETIRADA DE SOCIO DISSOLUÇÃG. E EXTINÇÃO DA SOCIEDADE
M
A exclusao retirada falencia recuperaçãojudicial ou extrajudicial insolvencia
ou extinção de qualquer um dos sócios nao acarretara a dissoluçao da
sociedade que continuara existindo com o socio remanescente
VA
Parágrafo primeiro As quotas sao indivisíveis e nao poderao ser cedidas ou

transferidas a terceiros sem o consentimento de todos os socios de igual forma
nas negociaçoes entre socios sempre com a anuencia e concordancia de todos
nao importando a participaçao no Capital Social
LO
Parágrafo segundo 0 Sócio que desejar se retirar da sociedade devera

comunicar a decisão por escrito ao outro sócio com prazo mínimo de 60
(sessenta) dias de antecedencia Seus haveres serao apurados e pagos na
forma da Cláusula Decima Segunda
R
DE
CLÁUSULA 12ª
DO FALECIMENTO INCAPACIDADE DIVÓRCIO ou DISSOLUÇÃO DE

UNIAO ESTAVEL DE SOCIO E SUCESSAO DE QUOTAS
CE
No caso de falecimento incapacidade divórcio ou dissoluçao de uniao estavel

de qualquer socio fica expressamente vedado a sucessao ou partilha de seu
conjuge/companheiro e seus herdeiros a qualidade de socios nesta sociedade
As quotas do socio falecido serao adquiridas pela sociedade e redistribuídas
proporcionalmente aos sócios remanescentes devendo a sociedade indenizar os
RT
cônjugelcompanheiro e seus herdeiros em 120 parcelas iguais ou ainda se a

epoca do evento houver constituiçao de seguro de vida a favor da sociedade o
premio sera utilizado para a respectiva indenizaçao em uma única parcela
I
Parágrafo primeiro A alteraçao do contrato social sera assinada pelos sócios

DÃ
remanescentes e pelos socios admitidos por força de sucessao bastando para

formalizaçao do necessario a apresentação de certidao de óbito do socio
falecido nao sendo necessario para flns de alteração social a abertura de
inventario judicial neste sentido ou mesmo alvara judicial prevalecendo a
vontade dos sócios por força do presente contrato social no tocante a alteraçao
O
do quadro societario
.
fls. 244
: : : :" :º. o o
o o o .. o o .
960),
: ,
o : : . : o : o : :. Qu"?
o o . ooo . .
Parágrafo segundo: O valqr .dazs quptasxdo sópio' falecido interditado,

divorciado (dissolução de umgõ ektáveí) .sêl'á apurado: através de balanço
SE
especial no prazo de noventa dias a'contaf do 'obltoº'da sêntença transitada em
julgada da interdição, do pedido de apuração pelo sócio no caso de divórcio ou
dissolução de uniao estavel Após apurado, o,'valor sera pago ao proprio seus
herdeiros ao conjuge ou convivente conpnngà Cláusula Decima Segunda
M
Parágrafo terceiro A apuraçao dos haveres do sócio retirante tomara por base
exclusivamente o valor contabil do patrimônio líquido de acordo com os valores
lançados nos livros Cºntabeis devendo ser levantado um balanço especial para
esse Hm no prazo de 30 (trinta) dias a contar do evento
VA
CLÁUSULA 13
LO
REGIME DE CASAMENTO DOS SOCIOS
Os sócios da presente sociedade que ainda nao houverem contraído matrimonio

ou mesmo constituído uniao estavel pactuam que o regime para uma ou outra
R
modalidade deverá ser o de separação total de bens sob pena de exclusao da

presente sociedade
DE
CLÁUSULA 14
DECLARAÇÃO DE DESIMPEDIMENTO DO SOCIO ADMINISTRADOR

CE
Os socios declaram sob as penas da lei o sócio administrador de que

inclusive
nao estao impedidos de exercerem a administração da sociedade por lei
especial ou em virtude de condenaçao criminal ou por se encontrarem sob os
efeitos dela a pena que vede ainda que temporariamente o acesso a cargos
RT
públicos ou por crime falimentar de prevaricação peita ou suborno concussão

peculato ou contra economia popular contra o sistema financeiro nacional
contra as normas de defesa da concorrencia contra relações de consumo fe
pública ou a propriedade
ID
ÃO
CLÁUSULA 15ª
DISPOSIÇÓES GERAIS
.
fls. 245
As situações não previstas neâtâ inStrunàãtherao'Feõuíadas pela legislaçao

SE
vigente aplicavel especialmente'no's'fermo's do' artig'o'ºIOS3 da Lei 10 406/2002
bem como na emissao do diploma legal nominada serão observadas as
disposições contidas na Lei 6 404/1 976 ãue'dgspoe sobre as sociedades por
ações sendo eleito pelas partes contratantes cubro da comarca de Itu no Estado
de Sao Paulo para dirimir quaisquer dúvidàs ã'e'correntes do presente contrato
M
com renúncia expressa a outro qualquer pôr mais privilegiado que seja
E por estarem assim justos e contratados os socios obrigam se a cumprir o

presente contrato social na presença de duas testemunhas assinando o em
VA
tres vias de igual teor para os regulares efeitos de direito

LO
ltu/SP 19 de Novembro de 2019
REG CML
WW REG'
.
SP
,
rru ºslg'?
m,
R
dos Santos Raymundo

Vinícius Lucas dos Santos Raymundo
RG 54 432 248-4 SSPISP RG 54 432 239 3 SSPISP
CPF 429 157 198-45 CPF 429 157 188 73
DE
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Testemunh
CE
Nome JÃNcó-A
CPF 164903 :º;
FNQ
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Dws Nome: A 40%
CPF" ?ZJdãclv'jaa-y»
RG Ls 921 0,55 % RG (f/Íloªó/ó ,á
RT
OFICIAL DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE ITU SP

José CLÁUDIO MURGILLO OHcIaI
ID
Praça Duque de Caxias 46 Centro CEP 13300 103 Fone (11)4023 7711 Itu SP
Reconhnâo por
muros nçnunn—
n-than : 'A'-na. d.! VINICIUS Boª
Lucas » 8. 8 TDB RAVHUNDO.
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JUCESP Junta ComerCIal do Estado de Sao Paulo
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Ministerio da Indústria Comercio Exgergor :; Sçryjços. . fls. 246
Departamento de Registro Empreçagíat e:!rúeggaçao. QR?!
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Secretaria de Desenvolvimento.Eçopôg1iço. : . :
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JUCESP
Junia Carnaval do
Mm;
SE
M
u VINICIUS DOS SANTOS RAYMUNDO portador da Cédula de Identidade nº 544322484 inscrito no Cadastro
ie Pessoas Físicas CPF sob nº 429 157 198—45 na qualidade de titular socio ou responsável legal da empresa
WEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE NEGOCIOS LTDA DECLARO estar ciente que o ESTABELECIMENTO situado
VA
1o(a) Rua Francisco Jose Ferreira Sampaio 50 12 AND SL1206 Itu Novo Centro SP Itu CEP 13303 536 para
ªxercer suas atividades regularmente DEVERÁ OBTER parecer municipal sobre a viabilidade de instalaçao e
uncionamento no local indicado conforme diretrizes estabelecidas na legislaçao de uso & ocupaçao do solo
)osturas municipais e restrições das áreas de proteçao ambiental nos termos do art 24, 52º, do Decreto Estadual
1“ 56 660/2010 bem como CERTIFICADO DE LICENCIAMENTO INTEGRADO VÁLIDO
obtido pelo sistema Via
LO
Rápida Empresa Módulo de Licenciamento Estadual
Declaro ainda estar ciente que qualquer alteração no endereço do estabelecimento em sua atividade ou grupo de
atividades ou qualquer outra das condições determinantes a expedição do Certificado de Licenciamento Integrado
R
mplica na perda de sua validade assumindo desde o momento da alteração a obrigaçao de renova lo
DE
Dor fim declaro estar ciente que a emissao do Certificado de Licenciamento Integrado podera ser solicitada por
epresentante legal devidamente habilitado presencialmente e no ato da retirada das certidões relativas ao registro
=mpresarial na Prefeitura ou pelo titular socio ou contabilista vinculado no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
CNPJ) diretamente no site da Jucesp através do modulo de licenciamento mediante uso da respectiva
ertiflcaçao digital
CE
MW
4 Jomcí
RT
VINICIUS DOS SANTOS RAYMUNDO

RG 544322484
NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE NEGOCIOS LTDA
ID
ÃO
MVREROWIS 1000 28/06/2020101718 Págnª'ldeª

.
JUCESP- Junta Comçrcial do Estado de São Paulo
fls. 247
da Indústria, Comércíp Éxtçripre Çêrviçq
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Ministério :
:
Departamento de Registro Empgegartalge Lntçgragão— ?REI
Secretaria de Desenvolvimento Eccmôm'mo ' 'º
JUCESP
º
J.:MaComerwldo
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“. ... .
.
.
. EstadodeSaoPado
: : .
ALTERAÇÃO DE OUTRAS CLÃUSHLAS CÓNTRATHAIS

SE
Nº DO PROTOCOLO NIRE NOME Erguiesônlzu
027600377 2 3523544396 3 NEW LgFE. INTLERMEDIAÇÃO DE NEGOCIOS LTDA
M
DESCRIÇÃO
Alteração de cláusula de dissolução, representatividade civil, falecimento e regime de casamento obrigatório dos sócios ser de
separação total de bens.
VA
LO
R
DE
CE
RT
ID
ÃO
Vento VRE Report: 1 oO0 28/05/2020 10 17 26 Págínl 1 do 1

.
fls. 248
. . . .. ..
. . . . . . . G .
. . . . .. . ..
. . . :
. . . : :
REíª'UBÉICÃ FEDERATIVA DO BRASIL

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CADASTRQ NgkCIONAL DA PESSQA JURÍDICA- CNPJ
SE
PROTOCOLO DE TRANSMISSAO DO CNPJ
A análise e o deferimento deste documàrco sefão efetuados pelo seguinte
' '
órgão: . :..
M
. Junta Comercial do Estado de São Paulo
PROTOCOLO REDESIM
SPP2030436495
01 IDENTIFICAÇÃO
VA
NOME EMPRESARIAL (flnna ou denominaçao) Nº DE INSCRIÇÃO NO CNPJ

NEW LIFE INTERMEDIACAO DE NEGOCIOS LTDA 32 692 70710001 00
02 MOTNO DO PREENCHIMENTO
RELAÇÃO DOS EVENTOS SOLICITADOS / DATA DO EVENTO
LO
244 Alteracao de atividades economicas (principal e secundarias)

R
Núrhero de Controle SP23393114 32692707000100

DE
03 IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE DA PESSOA JURÍDICA

NOME CPF
VINICIUS DOS SANTOS RAYMUNDO 429 157 19845
LOCAL DATA
28/05/2020
CE
04 CÓDIGO DE CONTROLE DO CERTIFICADO DIGITAL

[Este documento foi assinado com o Certificado digital do
Aprovado pela Instrução Normativa nº 1 863 de 27 de dezembro de 2018
NI 05 645 044/0001 92 1
RT
JU CES P
ID
SINCOMERCIO SOROCABA
q
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ª
c amilaYumieN
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Assessor & Técnica
|
do Rc istro Público
1
: RG: 33.0
fls. 249
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA904.
fls. 250
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA910.
fls. 251
Scanned by CamScanner
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90CA91C.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VANESSA CRISTINA GIMENES FARIA E SILVA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/08/2021 às 22:24 , sob o número WITU21700889265
fls. 252
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITU – SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90D559C.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECISÃO CONTRATUAL c.c. RESTITUIÇÃO DE VALORES
c.c. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL COM PEDIDO LIMINAR Nº
1000183-37.2021.8.26.0286
BIANCA CRISTINA SBRISSA RAYMUNDO, brasileira, casada, do

lar, portadora do RG nº 48536988 e do CPF nº 400.894.518-05, e THALITA
FRANCIELLY DA SILVA, brasileira, casada, do lar, portadora do RG nº 45007176 e
do CPF nº 485.170.878-52, domiciliadas na Rua Dr. Emilio Chierighini, nº 115,
Residencial Spazio, Itu, SP, CEP 13310-050 por sua advogada infra firmada, nos
autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECISÃO CONTRATUAL c.c. RESTITUIÇÃO DE
VALORES c.c. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL COM PEDIDO
LIMINAR Nº 1000183-37.2021.8.26.0286 que lhe move TAIQUE MENDES
RAMOS, vem à presença de V. Exa. apresentar CONTESTAÇÃO, nos termos
seguintes:
Ingressou o requerente com a presente ação alegando, em
síntese, que firmou contrato com a empresa NEW LIFE para gestão e agenciamento
de capital aplicado pelo requerente nos contratos Cota 049/A e Cota 227/A,
.
fls. 253
correspondendo a R$10.000,00 (dez mil reais) investidos no dia 14 de outubro de
2019 e R$11.500,00 (onze mil e quinhentos reais) investidos no dia 13 de dezembro
de 2019. Alega que a requerida NEW LIFE encerrou suas atividades e, diante disso,
deixou de honrar com os lucros prometidos a partir de abril de 2020.
Assim, ingressou com a presente ação, requerendo a condenação
da empresa NEW LIFE, de seus sócios, do gerente e das esposas de um dos sócios
(THALITA) e da esposa do gerente (BIANCA) ao pagamento do montante de R$
72.567,76 (setenta e dois mil, quinhentos e sessenta e sete reais e setenta e seis
centavos).
As requeridas BIANCA e THALITA foram citadas em 04 de agosto
p.p.
Ocorre, porém, que a presente ação deve ser julgada totalmente
IMPROCEDENTE, conforme exporemos:
PRELIMINARMENTE
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DAS REQUERIDAS THALITA E BIANCA
As requeridas THALITA E BIANCA são partes ilegítimas para

figurarem no pólo passivo da presente demanda.
Conforme se depreende dos autos, a presente ação está lastreada
em INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE EM CONTA DE
PARTICIPAÇÃO, firmado entre o requerente e a empresa NEW LIFE. Ou seja, o
contrato objeto do presente processo NÃO foi firmado pelas requeridas, nem
tampouco na qualidade de garantidoras. Então, não restam dúvidas quanto à
absoluta inexistência de qualquer elemento que legitime o ajuizamento da
presente ação em face das ora contestantes, que não participaram da celebração
do negócio.
.
fls. 254
Não tendo as requeridas figurado como contratantes ou
garantidoras do contrato firmado, elas são partes ilegítimas para figurarem no polo
passivo da presente ação.
Importante salientar que os documentos apresentados pelo
requerente não indicam, de forma alguma, que as contestantes faziam parte do
quadro societário da empresa, mas apenas comprovam que elas são casadas com
LUCAS e EVERTON. E apenas o fato de serem casadas não significa que são
responsáveis pelas dívidas da empresa NEW LIFE.
Porém, admitindo-se apenas por amor ao debate que as
requeridas tenham atuado ou prestado serviços para a empresa requerida, certo é
que não figuraram no contrato celebrado, não podendo, então, responderem por
eventuais descumprimentos contratuais, porquanto não se qualificam como parte
negocial.
Os documentos acostados aos autos indicam que as requeridas
seriam apenas “esposas” do sócio e do gerente da empresa, não podendo, então,
responderem em nome próprio pelo contrato.
A eventual presença em cursos ou o envio de respostas a
mensagens eletrônicas, em se tratando de um cônjuge, no mais das vezes, conjuga-
se com o auxílio e a assistência mútua derivados do casamento (artigo 1566,
inciso III do Código Civil vigente), sem que tais fatos possam levar a conclusão de
que as requeridas são co-contratantes, de modo que não são partes legítimas para
participarem do pólo passivo da presente demanda.
Por outro lado, mesmo que se considere que THALITA e BIANCA
participavam de alguma forma das atividades da empresa NEW LIFE, seriam meras
funcionárias ou divulgadoras do negócio levado a efeito pela empresa. Então,
pode-se dizer que, no máximo, as requeridas seriam funcionárias da sociedade
empresária, de modo a reparação de eventuais danos causados por empregados,
.
fls. 255
no exercício de suas funções, deve ser apreciado pela justiça do trabalho, na esteira
do artigo 114, VI, da Constituição Federal.
Inclusive, no julgamento do Agravo de Instrumento nº 2244544-
60.2020.8.26.0000, a 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de
Justiça de São Paulo, através do relator FORTES BARBOSA, entendeu que não há
elementos que indiquem que THALITA e BIANCA efetivamente participassem da
sociedade como sócias ocultas:
“... porém, não pode subsistir com relação às duas recorrentes

acima referidas, dada a debilidade dos elementos fornecidos pelo recorrido, não
havendo, na atualidade, indicação concreta de efetiva vinculação com a sociedade
em pauta e com a conta de participação contratada.”
No julgamento do Agravo de Instrumento nº 2248503-

39.2020.8.26.0000, também da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial,
através do relator AZUMA NISHI, também entendeu que não há indícios que
indiquem que THALITA e BIANCA efetivamente participassem da sociedade como
sócias ocultas, determinando o desbloqueio de suas contas bancárias.
Dessa forma, em relação às requeridas THALITA e BIANCA, deve o
feito ser julgado extinto, sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485,
VI, do Código de Processo Civil.
Por fim, a empresa goza de personalidade jurídica própria e,
somente em casos em que há desconsideração da personalidade jurídica, é que
seus representantes são responsabilizados pelos débitos daquela. Assim, em tese,
nem os representantes legais da empresa poderiam responder pelo processo,
quanto mais a esposa de um dos sócios e a esposa do gerente.
Neste sentido:
.
fls. 256
Ação ordinária de rescisão contratual c/c pedido liminar de reintegração de posse e

perdas e danos – Apelação – Instrumento particular de cessão de direitos sobre
estabelecimento empresarial (ponto comercial, equipamentos, nome fantasia) com
preferência de compra – Citação por edital com nomeação de curador especial –
Contestação por negativa geral – Preliminar de ilegitimidade ativa afastada –
Preliminar de ilegitimidade passiva acolhida – Mera qualidade de esposa do
cessionário não autoriza a inclusão da ré no polo passivo de demanda voltada ao
reconhecimento do inadimplemento de contrato do qual ela não participa –
Sociedade que, no curso da demanda, foi regularmente dissolvida por iniciativa do
autor da ação – Perda do interesse processual – Sentença de procedência
reformada para julgar-se extinta a ação, sem resolução de mérito – Inversão dos
ônus da sucumbência, em função do princípio da causalidade (CPC, arts. 85, §§ 2º e
10º)– Recurso provido. (TJ-SP - AC: 10064587820158260361 SP 1006458-
78.2015.8.26.0361, Relator: Maurício Pessoa, Data de Julgamento: 19/03/2020, 2ª
Câmara Reservada de Direito Empresarial, Data de Publicação: 19/03/2020)
Em outras palavras, considerando que a ação é de cobrança de

contrato, apenas os contratantes são partes legítimas para figurarem na demanda,
não sendo caso de inclusão da esposa do contratante ou da esposa do gerente da
contratante no polo passivo da ação. Quem não figurou no contrato objeto do
processo não há de figurar relação jurídico processual.
“AÇÃO DE REVISÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL COM PEDIDO SUBSIDIÁRIO DE

RESCISÃO DO CONTRATO TRESPASSE OFICINA DE VEÍCULOS “HYTECH” -Compra e
venda de estabelecimento comercial e estoque -Legitimidade que deve ser aferida
com base no negócio firmado entre as partes, não sendo caso de inclusão do
marido da vendedora BRUNA SILVA DE FARIA no polo passivo da
.
fls. 257
ação Ilegitimidade passiva do corréu RODRIGO, ora agravado, que foi bem
reconhecida - A relação jurídica que se pretende desfazer envolve exclusivamente
as partes contratantes, e não terceiros RECURSO DESPROVIDO” (AI nº 2170186-
61.2019.8.26.0000, 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, Relator Sérgio Shimura, j. em 07 de janeiro de
2020).
“Ação de rescisão contratual e indenizatória Franquia Ilegitimidade passiva

reconhecida Insurgência Recorrido que não figurou como contratante Decisão
mantida - Recurso desprovido” (AI nº 2218455-05.2017.8.26.0000, 1ª Câmara
Reservada de Direito Empresarial, Rel. Fortes Barbosa, j. 22/02/2018, DJe
22/02/2018).
Assim, reitera o pedido de que seja decretada a ilegitimidade

passiva das requeridas THALITA e BIANCA do pólo passivo da presente demanda,
sendo o presente processo extinto em relação a elas.
DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – NÃO APLICAÇÃO AO CASO EM TELA
Inaplicável, no caso em tela, o Código de Defesa do Consumidor.

Isso porque o requerente associou-se à empresa requerida a fim de obter proveito
financeiro, não se enquadrando no conceito de destinatário final de
produto/serviço.
Vale ressaltar que o próprio requerente caracterizou a avença
como um contrato de investimento, admitindo, na inicial, que realizou
investimentos financeiros objetivando lucros fáceis.
.
fls. 258
Ou seja, o próprio requerente confessa que firmou o contrato com
a finalidade de obtenção de lucro, de sorte que não se caracteriza como
destinatário final do bem, na acepção do art. 2º, da lei 8.078/90.
Restou incontroverso que o requerente celebrou com a empresa
requerida contrato de constituição de sociedade em conta de participação, visando
à conjugação de esforços para obtenção de lucro através da exploração do
mercado financeiro, sendo um contrato de investimento conjunto. O requerente
entregou à empresa requerida a quantia que se dispôs como sócio, em vista da
probabilidade de retorno futuro, assumindo os riscos do empreendimento para a
obtenção de lucros futuros, que seriam repassados de forma fracionada, não tendo
sido demonstrada a realização, pela requerida, de qualquer cobrança abusiva.
Portanto, não há que se falar em aplicabilidade das normas
do Código de Defesa do Consumidor, pois a relação entre as partes é de natureza
tipicamente empresarial, cabendo-se ressaltar, nesse sentido, ter o requerente
realizado considerável investimento na contratação, o que afasta qualquer
sugestão de hipossuficiência ou desconhecimento do teor das cláusulas contratuais
pactuadas.
Ação de cobrança. Sociedade em conta de participação. Sócio oculto que busca

reaver valores pagos ao sócio ostensivo durante a vigência do contrato. Sentença
de improcedência. Apelação do autor. Inaplicabilidade do Código de Defesa do
Consumidor. Recorrente que analisou, negociou e celebrou contrato de
constituição de sociedade em conta de participação com a ré, reiterando a
validade das disposições avençadas em aditivos posteriormente celebrados. "E-
mails" trocados entre as partes que comprovam que o recorrente sempre tratou o
contrato como sendo de investimento, tendo realizado negócios similares no
passado. Disposições contratuais que, de qualquer modo, demonstram estar
.
fls. 259
correta a sentença. Sócio oculto que tinha responsabilidade pelo pagamento de
tributos e outras taxas devidas após a conclusão do empreendimento. Correção
do saldo devedor que também foi contratualmente ajustada. Manutenção da
sentença recorrida. Apelação desprovida. (TJ-SP 10303415120168260577 SP
1030341-51.2016.8.26.0577, Relator: Cesar Ciampolini, Data de Julgamento:
05/10/2017, 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial, Data de Publicação:
05/10/2017)
Processual. Competência. Contrato de sociedade por conta de participação.

Demanda proposta por sócio participante, visando à devolução dos
investimentos. Demanda ajuizada no foro do domicílio do autor. Existência de
cláusula de eleição de foro, invocada pelo sócio administrador da empresa sócia
ostensiva, em sede de exceção de incompetência. Eleição de foro, expressamente
admitida pelo ordenamento, que tem o condão de modificar a determinação da
competência resultante da aplicação das regras tradicionais. Inaplicabilidade do
Código de Defesa do Consumidor. Natureza do negócio tipicamente empresarial.
Validade da cláusula de eleição de foro. Decisão que acolheu a exceção de
incompetência que se confirma. Agravo de instrumento do autor-excepto não
provido. (TJ-SP - AI: 21575657120158260000 SP 2157565-71.2015.8.26.0000,
Relator: Fabio Tabosa, Data de Julgamento: 09/09/2015, 2ª Câmara Reservada de
Direito Empresarial, Data de Publicação: 12/09/2015)
RECURSO Acordo firmado entre apelantes e uma das corrés Apelação prejudicada
em relação a esta Acordo que será objeto de eventual homologação em primeira
instância Recurso prejudicado nesta parte. RECURSO Agravo retido não reiterado
.
fls. 260
em contrarrazões de apelação Agravo não conhecido. CONTRATO Compromisso
de compra e venda Inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor Autores
que afirmam ter adquirido o imóvel com intenção de lucro, de sorte não se
caracterizam como destinatários finais Inexistência de solidariedade, vez que
promessa de compra e venda e a adesão em sociedade em conta de participação
foram firmados pelos autores separadamente em relação a cada uma das corrés -
Inexistência de erro ou má-fé que enseje responsabilidade da corré que apenas
figurou como intermediária do negócio Não verificada conduta ilícita da
coapelada que administraria o imóvel, não sendo crível que os autores
desconhecessem os riscos ao ingressar em sociedade em conta de participação
Inocorrência de fato imprevisível e alheio à vontade das partes a tornar
excessivamente onerosa a obrigação Abusividade não verificada - Recurso
desprovido nesta parte. (TJ-SP - AC: 91007109420088260000 SP 9100710-
94.2008.8.26.0000, Relator: Luiz Antonio de Godoy, Data de Julgamento:
19/06/2012, 1ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 19/06/2012)
DA LEGALIDADE DO CONTRATO FIRMADO ENTRE AS PARTES
Ao contrário do que alega o requerente, o contrato firmado entre

as partes reveste-se de todos os requisitos para lhe conferir legalidade.
A Sociedade em Conta de Participação é uma sociedade
despersonificada, sendo-lhe dispensado o registro, e mesmo que registro tenha,
ele não lhe confere personalidade jurídica, conforme art. 992 c/c art. 993 do
Código Civil:
Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de

qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.
.
fls. 261
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual
inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à sociedade.
Assim, a SCP é sociedade regular, mesmo que desprovida de

personalidade jurídica própria, estando sempre representada pelo sócio ostensivo.
Devido à ausência de personalidade jurídica, a SCP não possui patrimônio próprio.
O sócio ostensivo, na administração da SCP, terá seu patrimônio acrescido das
contribuições efetuadas pelos sócios participantes.
A conta de participação não necessita de requisitos especiais para
a sua constituição, mas tão somente o comum acordo de seus integrantes, de
acordo com o disposto no artigo 992 do CC/2002.
E, por ser mais simples do que uma sociedade que tem
personalidade jurídica, a dissolução da SCP e sua liquidação (que define a parte
que cabe a cada sócio) deve ser feita por ação de prestação de contas, prevista no
artigo 996 do Código Civil.
Art. 996 CC. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no

que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação
rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
As causas de dissolução da conta de participação se assemelham

às demais sociedades, como: a) decurso do prazo determinado de duração (quando
a sociedade é formada por prazo certo); b) unipessoalidade (retirada do sócio,
sendo que em casos de falecimento e previsão no ato constitutivo pode ocorrer a
substituição do sócio pelos herdeiros deste); c) Irrealizabilidade do objeto social (os
sócios não conseguem atingir a função social da sociedade, porque não há mercado
.
fls. 262
suficiente); d) vontade dos sócios; e) falência do sócio ostensivo (Artigo 994, §3º do
Código Civil); f) Falência do Sócio Participante (sujeito as normas que regulam os
efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido – Artigo 994, §3º do Código
Civil.
O Código Civil também define hipóteses de dissolução da
sociedade:
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:

I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de
sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo
indeterminado;
II - o consenso unânime dos sócios;
III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo
indeterminado;
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e
oitenta dias;
V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
(...)
Art. 1.034. A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de
qualquer dos sócios, quando:
I - anulada a sua constituição;
II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqüibilidade.
Art. 1.035. O contrato pode prever outras causas de dissolução, a serem
verificadas judicialmente quando contestadas.
No caso em tela, o requerente juntou-se a empresa requerida por

vontade própria, disponibilizando valores para serem investidos no mercado
.
fls. 263
financeiro, na busca por ganho rápido e fácil, ciente de que essa operação trazia
riscos. Porém, por conta da crise econômica causada pela pandemia do
Coronavírus, não era mais possível obter o lucro previsto no contrato. E quando a
empresa requerida percebeu que o objetivo do contrato não seria atingido,
procurou o requerente e informou-lhe sobre a dissolução do contrato,
comprometendo-se a devolver o valor aportado, com o que o requerente não
concordou.
Então, temos que o contrato firmado entre as partes não é nulo,
pois revestido de todas as características previstas em lei. Por outro lado, o fato
de a requerida NEW LIFE ter comunicado a extinção da sociedade não faz com
que o contrato seja nulo, pois permitido em lei sua dissolução.
TEORIA DA IMPREVISÃO E DA ONEROSIDADE EXCESSIVA
Os contratos firmados no âmbito do direito privado podem ser

revisados (e até mesmo resolvidos) se e quando eventos imprevisíveis, não
conhecidos quando da celebração da avença, tornarem suas prestações
excessivamente onerosas a um dos contratantes. Como exemplos de eventos
imprevisíveis, que impedem o regular adimplemento da obrigação, temos o caso
fortuito e a força maior. Ambos estão previstas no Código Civil, no art. 393, que
dispõe que “o devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado”.
O caso fortuito engloba as circunstâncias imprevisíveis que
envolvam ação humana, enquanto a força maior engloba os acontecimentos da
natureza, sendo o efeito pragmático dos institutos o mesmo, qual seja, extinção
dos contratos.
.
fls. 264
No sentido puramente técnico, tem-se que pandemias, guerras,

depressões econômicas — e os consectários decorrentes desses eventos — devem
ser entendidos como eventos imprevisíveis, que impactam nas negociações
privadas, elevando os custos envolvidos em todo e qualquer contrato,
desequilibrando as prestações obrigacionais inicialmente entabuladas entre as
partes e, assim, inviabilizando a manutenção das avenças firmadas.
Assim, considerando que acontecimentos da natureza podem ser
enquadrados como fatos de “força maior”, uma pandemia, como a que está
acontecendo no momento e está afetando diretamente a saúde da população
mundial, também pode ser considerada como “força maior”.
Essa teoria está prevista no Código Civil (Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002), nos artigos seguintes:
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta

entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz
corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da
prestação.
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma

das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra,
em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor
pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à
data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar

eqüitativamente as condições do contrato.
.
fls. 265
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá
ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a
fim de evitar a onerosidade excessiva.
No âmbito Federal, o Decreto Legislativo nº 6/20, aprovado pelo

Congresso Nacional, decretou ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA no Brasil. Em
linha semelhante, também fora decretado ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA em
todo território paulista.
A calamidade pública é um ato administrativo regulado pelo
Decreto nº 7.257/2010. Nos termos do art. 2º, inc. IV, dessa lei, entende-se por
estado de calamidade pública o reconhecimento, pelo Poder Público, de situação
anormal provocada por desastres que causem sérios danos à comunidade
afetada, inclusive à incolumidade ou à vida de seus integrantes, causadas,
inclusive, por doenças infectocontagiosas em largas proporções, exatamente
como está ocorrendo não somente no cenário nacional, mas sim, no cenário
mundial.
Por isso, além das medidas adotadas pelo governo, foram
necessárias a adoção de outras medidas entre os particulares para evitar a
destruição de empresas e negócios em geral, principalmente porque as medidas
por parte dos Governos determinaram a interrupção da atividade econômica na
maioria dos setores.
No caso em discussão, com consentimento de seus sócios através
de um contrato de Sociedade em conta de participação, a empresa requerida
operava o capital desses sócios diretamente na bolsa de valores, e distribuíam-se
os lucros através de dividendos aos sócios participantes.
Todavia, a crise econômica que veio com o coronavírus trouxe um
grande impacto para as ações na bolsa de valores. O Ibovespa, principal índice da
.
fls. 266
B3 (Brasil Bolsa Balcão), chegou a amargar em março deste ano a maior queda
mensal desde 1998.
O nome que vem sendo usado no mercado financeiro para definir
a crise sem precedentes pela qual estamos passando é CORONACRISE ou
CORONACRASH.
A FGV, por exemplo, já estima que o PIB do Brasil possa encolher
4,4% em 2020, naquela que será a maior queda desde 1962.
Ainda conforme a fonte GUIAINVEST, em dados coletados entre
03/03/2020 e 02/04/2020, as ações da empresa IRBBRASIL tiveram uma
desvalorização de 70,89%. As ações da empresa LOJAS MARISA tiveram uma
desvalorização de 66,47%. As ações da empresa IMC tiveram uma queda de
64,87%. Como último exemplo, as ações da empresa VIA VAREJO tiveram uma
queda de 61,77%.
O histórico do que aconteceu com a bolsa de valores desde o início
da crise causada pelo COVID 19 foi devastador. De uma máxima histórica em
janeiro deste ano com 119 mil pontos, após a pandemia a bolsa foi para 61.690 no
dia 19/03/2020, ou seja, uma queda sem precedentes de mais de 57 mil pontos.
Eventos raríssimos como Circuit Brakers, que ocorrem quando a
bolsa de valores de determinado país cai 10% em relação ao valor que tinha no
fechamento do pregão anterior, aconteceram de uma forma totalmente
inesperada e devastadora.
Nesse sentido, imperioso consignar que apenas no mês de março
de 2020 o mercado sofreu 6 (seis) Circuit Breakers, nos dias 9, 11, 12 (duas vezes),
16 e 18.
Nessa situação, por exemplo, se um sócio participante tivesse
entrado no mês de março com uma posição de R$ 100 mil na Seguradora IRB, ao
.
fls. 267
final do período, seu investimento valeria apenas R$ 29 mil, ou seja, o investidor
amargaria uma perda enorme de R$ 71 mil.
Diante deste cenário caótico, não foi possível operar na bolsa de
valores com segurança. Como consequência, os dados contábeis e fiscais da
empresa demonstram que ela teve um prejuízo enorme, superior a 80% do seu
capital e faturamento.
Então, o objetivo da sociedade que foi constituída não era mais
possível de se alcançar devido a paralisação da economia e o inequívoco
desiquilíbrio que houve a partir de então.
Inclusive, em julgamento datado de 18 de dezembro p.p., o
Desembargador Relator AZUMA NISHI, da 1ª CÂMARA RESERVADA DE DIREITO
EMPRESARIAL do TJSP, no julgamento do Agravo de Instrumento de nº 2248503-
39.2020.8.26.0000, teve o seguinte entendimento:
“... O encerramento das atividades da sociedade ré se deu por conta da crise

econômica instaurada pela pandemia do novo coronavírus, que obrigou diversas
empresas a encerrarem suas atividades na tentativa de redução dos prejuízos.
(...).”
Ou seja, o Tribunal Superior entendeu que não há indícios de que

as requeridas, a pessoa jurídica NEW LIFE e seus sócios praticaram atos de
dilapidação patrimonial. O r. acórdão bem ressaltou que “O encerramento das
atividades da sociedade ré se deu por conta da crise econômica instaurada pela
pandemia do novo coronavírus, que obrigou diversas empresas a encerrarem suas
atividades na tentativa de redução dos prejuízos.”
É justamente isso que aconteceu no caso em discussão: as
requeridas, a pessoa jurídica e seus sócios NÃO praticaram crime de “pirâmide
.
fls. 268
financeira” e, tampouco, estão praticando dilapidação de seu patrimônio com o fim
de prejudicar os sócios. A pessoa jurídica e, consequentemente, seus sócios, foi
apenas mais uma empresa que sucumbiu perante a crise sanitária e econômica, em
nível mundial, que se instaurou por conta da pandemia do coronavírus.
CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR
Totalmente legal a dissolução do contrato firmado entre as partes,

conforme proposto pela requerida, pois esse problema sanitário mundial –
pandemia - se qualifica como fator posterior externo e imprevisível na época da
contratação. A atual pandemia se enquadra no conceito de “força maior”, uma vez
que nela se observa “fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou
impedir”, segundo definição do Código Civil (art. 393, parágrafo único).
O caso fortuito ou a força maior se relaciona à inexecução
involuntária da prestação, extinguindo-se a obrigação pela absoluta
impossibilidade de seu cumprimento, em vista de fato superveniente. Tem-se,
nessa hipótese, a impossibilidade objetiva no cumprimento de determinada
obrigação. Como circunstância imprevisível e irresistível, o Coronavírus pode ser
classificado como hipótese de caso fortuito ou força maior e, assim, invocar o art.
393 do CC: “O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito
ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado”.
O caso fortuito se caracteriza por sua imprevisibilidade, ao passo
que a força maior reside na irresistibilidade do evento. A distinção, in casu, é
irrelevante. Trata-se de evento imprevisível (fortuito) e irresistível (força maior),
tornando por qualquer desses motivos, impossível o cumprimento da obrigação.
Em qualquer das hipóteses, elimina-se a culpa e o nexo causal, inexistindo dever
de indenizar de nenhum dos lados contratantes.
.
fls. 269
CASO FORTUITO EXTERNO
Admitindo-se apenas por amor ao debate que se entenda que o
Código de Defesa do Consumidor é aplicável ao caso em tela, temos que, ao
contrário do Código Civil, aquele diploma legal não incluiu o caso fortuito e a força
maior como excludentes do nexo causal (CDC, art. 14, § 3º). Mesmo assim, a
doutrina identifica o caso fortuito externo como hipótese de isenção de
responsabilidade. Assim, embora o caso fortuito interno (inerente à própria
atividade) e a força maior (acontecimento irresistível) não excluam o dever de
indenizar na relação consumerista, o mesmo não se aplica à circunstância
imprevisível externa à atividade (caso fortuito externo).
Nesse sentido, a lição de Rizzatto Nunes, em artigo publicado em
16 de março deste ano (https://www.migalhas.com.br/coluna/abc-do-
cdc/321815/o-coronavirus-e-as-viagens-e-hospedagens-os-direitos-envolvidos):
“E, quando o Código de Defesa do Consumidor afasta a força maior e o caso

fortuito, certamente os está afastando quando digam respeito aos elementos
intrínsecos ao risco da atividade do transportador, ou seja, o fortuito interno.
Contudo, quando se trata de fortuito externo, está se fazendo referência a um
evento que não tem como fazer parte da previsão pelo empresário na
determinação do seu risco profissional. A erupção de um vulcão é típica de fortuito
externo porque não pode ser previsto. Ocorre igualmente em caso de terremoto ou
maremoto (ou, como se diz modernamente, tsunami). E, claro, o mesmo se dá na
eclosão de uma pandemia, como está da Covid-19.”
Então, a pandemia, nas relações contratuais regidas pela

legislação comum, exclui o dever de indenizar pelo influxo do caso fortuito e da
.
fls. 270
força maior. Nas relações de consumo também, ante sua caracterização como
caso fortuito externo.
DOS CRITÉRIOS PARA CONFIGURAÇÃO DO CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR
Caso fortuito ou de força maior é o evento natural ou o ato

humano alheio a quem poderia ser tido como responsável que sai de
previsibilidade razoável e não pode ser evitado sem providências que extrapolem a
diligência habitual. Consiste em fenômeno da natureza (enchente, granizo,
relâmpago, terremoto, doença), ação humana não individualizada (roubo, guerra,
incêndio) ou nos chamados factum principis (restrições ao comércio,
desapropriação, requisição, prisão).
A externalidade pressupõe que o acontecimento seja estranho ao
autor do dano, que provenha de uma causa que não lhe possa ser imputada.
A irresistibilidade constata-se quando não houver maneira de impedir a ocorrência
do fato. Implica ser o evento insuperável, ou seja, nenhuma ação razoável poderia
impedir a ocorrência ou efeitos deste último.
No caso em tela, temos que a pandemia causada pelo
Coronavírus pode ser classificada como caso fortuito/força maior, pois
extrapolou os limites do controle da empresa requerida, que não teve como
evitar os efeitos negativos em seu ramo de atuação. De fato, o objetivo da
sociedade – lucro - ficou impossível de se alcançar depois da paralisação da
economia.
Por fim, vale invocar o antigo brocardo latino ad impossibilia nemo
tenetur, que significa que ninguém é obrigado a fazer o impossível. Em certos casos
não é possível reagir aos impactos da Covid-19, evitando a ocorrência do evento
danoso ou de suas consequências.
.
fls. 271
Por isso podemos aplicar no caso em tela a teoria da falta de
responsabilidade pelo inadimplemento pela existência de caso fortuito ou força
maior, pois tornou-se impossível o adimplemento da prestação conforme
contratado, por evento externo inevitável, qual seja, a paralisação da economia e
a queda dos juros em decorrência da paralisação do comércio e do isolamento
social – impeditivos da realização de atividades de comércio.
A excessiva onerosidade nas relações paritárias encontra-se
disciplinada nos artigos 317, 478 e subsequentes do Código Civil, que, em
consonância com o princípio do equilíbrio econômico dos pactos, autoriza a revisão
ou a resolução do contrato na hipótese de verificação de fatos extraordinários e
imprevisíveis que tornem a prestação de uma das partes excessivamente onerosa,
com extrema vantagem para a outra, abalando-se o sinalagma funcional em que se
fundamentou a contratação.
DA ONEROSIDADE EXCESSIVA – STATUS QUO ANTE
Para a incidência da normativa relativa à excessiva onerosidade,

exige-se o atendimento cumulativo aos seguintes pressupostos: (i) vigência de
contrato de longa duração, de execução continuada ou diferida; (ii) a ocorrência de
evento superveniente, extraordinário, imprevisível e não imputável a qualquer das
partes; (iii) que onere excessivamente um dos contratantes; e (iv) acarrete extrema
vantagem ao outro. Além disso, a parte que pretende invocar a excessiva
onerosidade não pode se encontrar em mora (como decorrência do artigo 399 do
Código Civil). No caso, a sócia ostensiva não estava em mora, pois vinha cumprindo
fielmente o contrato até antes do início da pandemia - a suposta mora foi
ocasionada pelo evento extraordinário e imprevisível que tornou a prestação
excessivamente onerosa, a qual não afasta a invocação do instituto.
.
fls. 272
A pandemia interferiu diretamente na relação contratual, pois os
juros tiveram queda drástica, afetando o ramo de negócios da sócia ostensiva,
que era a intermediação de negócios.
Veja: por ser uma intermediadora, ela não tem o poder de
interferir na taxa de juros, o que ela podia garantir é que conseguiria os melhores
rendimentos aos sócios participantes dentro do mercado, desde que, é claro, as
condições fossem favoráveis.
Ou seja, mantendo-se as condições como quando houve a
contratação – entenda-se por mercado e taxa de juros estáveis – a sócia ostensiva
poderia garantir que conseguiria administrar da melhor forma e conseguir o maior
lucro possível para os sócios participantes. Mas a sócia ostensiva NÃO tinha o
poder de influenciar no mercado financeiro, apenas operar no mercado financeiro.
E, quando percebeu que as condições não eram mais favoráveis, agindo com a
responsabilidade e boa-fé esperada nas relações contratuais, avisou aos sócios que
a sociedade deveria ser desfeita e todos voltariam ao status quo ante.
E, justamente por conta da boa-fé do sócio ostensivo, ele
comunicou a todos os sócios participantes que o objetivo da sociedade não poderia
mais ser atingido e que seria feita a devolução dos valores injetados, de modo que
a situação financeira dos sócios voltasse ao STATUS QUO ANTE, ou seja, nenhum
prejuízo seria experimentado pelos sócios, já que eles retornariam ao estado
anterior a celebração.
Não há que se falar em fraude, já que foi garantido aos sócios que
ele voltariam ao status quo ante. Logo, não há que se falar em prejuízo e,
consequentemente, em ilícito contratual.
O mero descumprimento de cláusulas contratuais, por conta da
paralisação da economia, não pode ser caracterizar fraude, pois está dentro de
uma das causas de encerramento do contrato, conforme prevê o Código Civil. Ou
.
fls. 273
seja, é licita a dissolução contratual quando seu objetivo não puder mais ser
atingido.
Veja, não foi um esquema fraudulento pensado pelas partes com o
único objetivo de enriquecer ilicitamente em detrimento de outros. Houve a
formação de uma sociedade, com endereço fixo, inscrição nos órgãos
competentes, e que estava em plena vigência, até a pandemia. E, como o objetivo
nunca foi fraudar ninguém, quando se percebeu a impossibilidade de se atingir seu
objetivo, ofereceu-se a extinção da sociedade e a volta das partes ao seu status
quo ante.
Por isso, a responsabilidade dos requeridos deve ser limitada,
tão-somente, ao retorno do status quo ante, ou seja, apenas ao desfazimento do
contrato guerreado com a devolução do que foi injetado pelo requerente,
abatendo-se os valores que ele já recebeu.
DA FAJUTA ALEGAÇÃO DE ESQUEMA DE PIRÂMIDE FINANCEIRA
A Autora insiste em aduzir que a empresa Requerida atua

realizando a chamada “pirâmide financeira”. Ocorre que, até o presente
momento, não houve qualquer demonstração de como a pirâmide funcionaria,
notadamente qual seria a oferta realizada àqueles que ingressam no grupo de
investidores, prazo de permanência, ganho provável, risco e todas as questões
objetivas que imporiam reconhecer a prática de ato ilícito pela empresa Requerida.
Inclusive, foi proferida a primeira sentença em processos movidos
contra os requeridos. Em julgamento datado de 26 de janeiro p.p., a MM. Juiza de
Direito da 2ª Vara Cível do Foro de Paulínia/SP, Dra. Marta Brandão Pistelli, no
julgamento do Processo nº 1003189-48.2020.8.26.0428, decidiu o seguinte:
.
fls. 274
“(...), a questão deve ser analisada a partir da configuração de contrato de
investimento coletivo, prática lícita, desde que observada a circunstância de se
tratar de valor mobiliário, nos termos do artigo 2º, IX, da Lei n. 6.385/76, (...). A
caracterização de valores mobiliários na modalidade contrato de investimento
coletivo independem do prévio reconhecimento destes instrumentos como tais pela
Comissão de Valores Mobiliários, ao passo que em casos como o presente,
exatamente porque não houve a submissão ao órgão regulatório é que se discute a
natureza jurídica do negócio firmado entre as partes. (...) Contudo, nulo o negócio
jurídico firmado entre as partes, nos termos do artigo 182 do Código Civil, não
produzirá nenhum efeito desde a sua formação, restituindo-se as partes ao estado
em que antes dele se achavam, o que, na prática, importa restituição dos valores
investidos, descontando-se os já ressarcidos (fls. 125/131), o que será apurado em
cumprimento de sentença.”
Ou seja, o MM. Juízo da 2ª Vara Cível do Foro de Paulínia/SP

decidiu de acordo com o que vem sendo defendido pelas requeridas: não houve
esquema de “pirâmide financeira”, mas um contrato de investimento que não
atingiu seu objetivo, de modo que deve haver o retorno das partes ao status quo
ante, com a devolução aos sócios dos valores por eles aplicados, descontando-se os
valores já recebidos, situação em que ninguém será prejudicado.
Destaque-se que, para se caracterizar uma empresa como
pirâmide financeira, é necessário que se encaixe numa série de características,
dentre elas:
a. Depende do recrutamento de pessoas: desde o momento da
assinatura do instrumento particular sub judice, a empresa Requerida jamais exigiu
da Autora o recrutamento de pessoas. Diante da boa credibilidade e reputação que
apresenta perante o mercado, a empresa Requerida jamais utilizou de meios
.
fls. 275
ardilosos para a captação de clientes. Muito pelo contrário, diversas pessoas (tanto
físicas quanto jurídicas) procuram os serviços da empresa Requerida por meio de
indicações dos seus próprios clientes;
b. Pagamento de comissões ao indicar pessoas: da análise
perfunctória do contrato e das alegações da Requerente, constata-se que não havia
pagamento de comissões na medida em que os sócios participantes indicassem
pessoas, sequer tal fato é apontado ou aduzido pela Demandante na presente
demanda;
c. Promessa de ganho fácil e exorbitante: embora a empresa
Requerida atue em aplicação de ações em bolsa de valores que tem alto potencial
de rentabilidade, a mesma tem conhecimento do alto grau de risco, notadamente
pelo fato do mercado ser bastante oscilante. Por essa razão, o instrumento
particular sub judice é cristalino e objetivo quanto aos ganhos e rendimentos
mensais em favor da Autora. Em contrapartida, a Requerente entregou à empresa
Requerida a quantia que se dispôs como sócia, em vista da probabilidade de
retorno futuro, assumindo os riscos do empreendimento para a obtenção de lucros
futuros, que seriam repassados após determinado período, não tendo sido
demonstrada a realização, pela empresa requerida, de qualquer promessa de
ganho fácil ou exorbitante;
d. Lucros altos em produtos e plano de carreira na medida que
indica pessoas: da análise perfunctória do contrato e das alegações da Requerente,
constata-se que não havia nenhum plano de carreira na medida em que os sócios
participantes indicassem pessoas, sequer tal fato é apontado ou aduzido pela
Demandante na presente demanda;
e. Falta de informações sobre o produto oferecido: a empresa
Requerida sempre buscou a transparência na relação contratual estabelecida com
a Demandante, indicando de forma clara e precisa as particularidades do negócio
.
fls. 276
jurídico entabulado, notadamente quanto aos rendimentos mensais, restituição de
valores e tempo de contrato;
f. Falta de informações básicas sobre a empresa responsável
por cuidar do dinheiro e sobre seus donos: na cláusula nona do instrumento
contratual firmado entre as partes, a que se refere das obrigações contratuais da
sócia ostensiva, está expresso que todo o gerenciamento dos valores aportados
pelos sócios participantes seria de responsabilidade da empresa Requerida New
Life Intermediação de Negócios Ltda. Outrossim, todos os sócios participantes
tinham conhecimento de quem eram os donos do negócio, tanto é que grande
parte dos clientes possuíam um vínculo de amizade com os corréus (Everton, Lucas
e Vinicius). Além disso, todos os contatos da empresa e de seus sócios foram
colocados à disposição da Requerente para sanar quaisquer dúvidas que por
ventura tivesse em relação ao contrato.
No tocante a matéria jornalística trazida pela Autora, cabe
ressaltar que a requerente maliciosamente deixou de acrescentar que foi dado à
empresa requerida o direito de resposta, que esclareceu o seguinte: “A respeito da
matéria veiculada em seu site no dia de ontem (10), intitulada “New Life está
preparando um grande golpe, diz cliente que perdeu R$ 500 mil”, temos a
considerar o seguinte. A empresa NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS LTDA
vinha operando normalmente até o início da pandemia. Infelizmente, ela foi mais
uma das empresas atingidas pela crise econômica que se instalou no país em
decorrência das medidas restritivas impostas pelo governo na tentativa de conter o
avanço da epidemia. (...) Diante deste cenário, a empresa NEW LIFE não teve
alternativa além de encerrar os contratos ativos até então, devolvendo aos sócios
participantes o capital aportado. Então, é injuriosa a afirmação de que a NEW LIFE
está preparando um grande golpe, pois, se assim fosse, não estaria devolvendo o
valor aportado a todos os sócios participantes. Atualmente, 85% dos sócios
.
fls. 277
participantes já estão recebendo os valores, 10% dos sócios participantes estão
finalizando as tratativas para recebimento e, apenas, 5% judicializaram a questão.
Quanto ao chamado crime de “pirâmide”, ele consiste em tentar ou obter ganhos
ilícitos, através de especulações ou meios fraudulentos. No caso, as operações
realizadas não eram ilícitas, pelo contrário, tudo sempre ocorreu dentro da
legalidade. Apenas foi impossível que as operações continuassem a serem rentosas
ante a crise instalada no setor financeiro. Inclusive, é previsto em nossa legislação a
possibilidade de se rescindir um contrato se houver impossibilidade de se atingir
seus objetivos, em razão de motivos imprevisíveis que acarretam desproporção
manifesta entre o valor da prestação previsto no contrato e o valor do momento de
sua execução. Desse modo, a NEW LIFE jamais agiu ilicitamente, pelo contrário,
todas suas ações estão pautadas na ética, na boa-fé e no regramento legal
brasileiro. (...). (in https://br.investing.com/news/cryptocurrency-news/new-life-
esta-preparando-um-grande-golpe-diz-cliente-que-perdeu-r-500-mil-782471)
Então, fica evidente que o propósito da requerente não é receber
de volta o valor que aportou na empresa requerida, mas sim, seu único objetivo é
denegrir a imagem da empresa requerida, de seus sócios e de seus familiares.
Porém, admitindo-se apenas por amor ao debate que o caso
envolve esquema de pirâmide financeira, a requerente não seria uma “vítima” de
um golpe promovido pelos requeridos, mas sim, ela seria PARTÍCIPE no eventual
crime, pois aderiu ao contrato oferecido pelos requeridos de modo consciente, de
livre e espontânea vontade, na busca por lucros fáceis, assumindo o risco da
própria torpeza.
Neste sentido:
Declaratória de nulidade de negócio jurídico c/c Indenizatória por dano moral.

Contratação que dissimula pirâmide financeira. Sentença de parcial procedência,
com a declaração da ilicitude do objeto (art. 166, II, do Código Civil). Irresignação
.
fls. 278
quanto à improcedência do pedido indenizatório. Dano moral todavia inocorrente.
Apelante que procura se valer de sua própria torpeza. Recurso desprovido. (TJ-SP
- AC: 00372182420088260506 SP 0037218-24.2008.8.26.0506, Relator: Rômolo
Russo, Data de Julgamento: 10/02/2016, 7ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 10/02/2016)
“RESPONSABILIDADE CIVIL. Indenizatória. Frustração negocial (contratos de

'concessão de uso de mega loja virtual' e de 'agente de vendas por indicação'). A
negociação, segundo a própria narrativa inicial, oculta o chamado esquema de
'pirâmide financeira' (com pouco mais de R$ 4.000,00 inicialmente pagos, o autor
esperava receber quase quatro milhões de reais ao cabo de um ano, pelo simples
'aliciamento' [sic] de novos contratantes à empresa Omni International). Danos
materiais suplementares e danos morais não caracterizados, à luz do quanto
apurado no caso concreto. Torpeza bilateral evidente. Inexistente prova de
sofrimento moral que guarde nexo causal com os fatos. A contratação de
empréstimo, pelo autor, para saldar sua contraprestação no confuso negócio, não
pode ser alçada à categoria de dano material indenizável, porque ele assim agiu
livremente, na expectativa de quiméricos ganhos financeiros que terminaram
por não se implementar. Teoria do risco do empreendimento (álea ínsita à
negociação) Recurso não provido.” (TJSP, 22ª Câmara de Direito Privado, rel. Des.
Fernandes Lobo, Apelação n.º 0073339-98.2009.8.26.0576, j. 29.01.2015)
EMENTA: "APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO. PIRÂMIDE

FINANCEIRA. CRIME CONTRA A ECONOMIA POPULAR. NULIDADE DO CONTRATO.
OBJETO ILÍCITO. RESCISÃO. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. PRECEDENTES
DESTE TRIBUNAL. SENTENÇA CONFIRMADA. 1) A participação no sistema
.
fls. 279
denominado "pirâmide financeira" configura ato ilícito, praticado contra a
economia popular, tanto pela empresa contratada, quanto pela parte que
aderiu à operação, razão pela qual, em tais casos, a jurisprudência deste Tribunal
é uníssona em reconhecer a não configuração dos danos morais, vez que a parte
não pode se beneficiar da própria torpeza, tampouco exigir o cumprimento de
contrato nulo. (TJ-MG - AC: 10701130364915001 MG, Relator: Marcos Lincoln,
Data de Julgamento: 20/07/2016, Data de Publicação: 27/07/2016)
EMENTA: APELAÇÃO - COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO - SISTEMA DE PIRÂMIDE
FINANCEIRA - ILEGALIDADE DO OBJETO - NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO -
DANOS MATERIAIS E MORAIS NÃO CONFIGURADOS. A participação no sistema
denominado "pirâmide financeira" configura ato ilícito, praticado contra a
economia popular, tanto pela empresa contratada, quanto pela parte que
aderiu à operação, razão pela qual, em tais casos, a jurisprudência deste Tribunal
é uníssona em reconhecer a não configuração dos danos morais e materiais, vez
que a parte não pode se beneficiar da própria torpeza, tampouco exigir o
cumprimento de contrato nulo. (VvP) APELAÇÃO. COBRANÇA. AUDIENCIA DE
INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. INTIMAÇÃO. AUSENCIA. NULIDADE DOS ATOS
SUBSEQUENTES. PIRÂMIDE FINANCEIRA. NULIDADE DO NEGÓCIO.
CARACTERIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. AUSENCIA DE COMPROVAÇÃO.
O ato jurisdicional que põe fim ao processo em relação a uma das partes é
sentença, e como tal deverá ter os requisitos do artigo 458 do CPC/73, sob pena
de nulidade. A pirâmide financeira é negócio vedado em nosso ordenamento
jurídico, estando descrita na Lei 1521/1951 a qual prevê os crimes contra a
economia popular. O negócio gerado com essa finalidade é nulo. Para o
ressarcimento do dano moral e material devem ser observadas as regras dos
artigos 186 e 187 do Código Civil. (TJ-MG - AC: 10145130156535001 Juiz de Fora,
.
fls. 280
Relator: Antônio Bispo, Data de Julgamento: 20/04/2017, Câmaras Cíveis / 15ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 10/05/2017)
Assim, na remota hipótese de se entender que há indícios da

prática do ilícito denominado “pirâmide financeira”, requer que haja a denuncia
não apenas dos requeridos, mas também haja a denuncia da requerente, que
aderiu voluntariamente ao suposto “esquema”, ávida por ganhos rápidos e fáceis,
não podendo tirar proveito ilícito de sua própria torpeza.
DA REVOGAÇÃO DA LIMINAR PLEITEADA
Foi determinado o bloqueio de ativos financeiros em nome dos

requeridos, que estivessem sob a guarda de qualquer instituição financeira, através
da modalidade de arresto conhecida como arresto subsidiário de bens móveis, ou
seja, a retenção de bens móveis suscetíveis de penhora – ativos financeiros –
visando ao ressarcimento do dano, com o intuito de se evitar a dissipação do
patrimônio dos requeridos.
Mas, não restou minimamente demonstrados a existência dos
pressupostos ensejadores das medidas acauteladoras. Vejamos.
A premissa fundamental de uma medida cautelar patrimonial, qual
seja, o risco de dilapidação do patrimônio dos requeridos, não está presente no
caso dos autos. Por isso, não se justifica o arresto, ante a ausência de qualquer
indício de que os requeridos tentaram ou poderiam tentar dilapidar ou, de
qualquer forma, dissolver seu patrimônio.
Além disso, a empresa requerida não parou de operar - apenas
procedeu com o encerramento contratos ativos até o início da crise sanitária e
econômica que se instalou, justamente porque não era mais possível atingir o
.
fls. 281
objetivo da sociedade. Mas a empresa continua sediada no mesmo endereço, os
telefones de contato continuam os mesmos e, os sócios e suas famílias tem
residência fixa nesta cidade de Itu.
Todos os sócios participantes foram informados sobre a
impossibilidade de se atingir o objetivo da sociedade por conta da crise que
estamos vivendo.
Ou seja, não há nenhum indício de que a empresa requerida, seus
sócios e suas esposas estivessem tramando um golpe e dilapidando seu
patrimônio.
Por outro lado, para que seja concedido o arresto é indispensável
que o credor apresente prova literal da dívida líquida e certa, bem como prova
documental da intenção do devedor em não cumprir com sua obrigação.
Inicialmente, ainda não há dívida líquida e certa, pois as partes
discordam quanto ao montante que deve ser restituído. Os requeridos defendem a
devolução do valor do aporte de cada um dos sócios, com o abatimento dos
valores já recebidos nos meses anteriores a crise.
Já o autor defende a devolução da integralidade do valor do
aporte, acrescido de juros e correção monetária, acrescido de multa contratual e
indenização por danos morais, sem prejuízo dos valores já recebidos.
Então, em se havendo discussão em relação ao valor devido, não
há que se falar em dívida líquida e certa.
Por outro lado, a simples discordância entre as partes em relação
ao valor a ser restituído não significa que os requeridos tenham caído em
insolvência, estejam tentando alienar seus bens, contraindo outras dívidas
extraordinárias ou cometendo qualquer outro artifício fraudulento.
Ademais, não há nos autos prova de que a empresa impetrante
tenha fechado as portas, que seus sócios pretendam deixar a Comarca onde
.
fls. 282
exercem a atividade empresária ou que eles vêm transferindo às escondidas seu
patrimônio para o nome de terceiros.
Em suma, a medida cautelar pressupõe título demonstrativo de
uma dívida líquida e certa cuja satisfação encontra-se ameaçada pela conduta
indicativa de fraude do devedor. Daí se afirmar que a) a probabilidade do direito e
b) o perigo de dano ou c) o risco ao resultado útil do processo são requisitos para a
concessão da tutela cautelar, consoante disposto no artigo 300 do Código
processual vigente.
Evidente que diante da falta de algum requisito, o arresto afigura-
se constrangimento ilegal em razão de apreensão efetiva de bens sem que estes
sirvam de garantia a coisa alguma.
Não se deve desconsiderar que o arresto invade gravemente a
personalidade jurídica do indivíduo, afigurando-se imprescindível a existência de
título que ateste a existência de uma dívida líquida e certa e que autorize a
restrição de direitos magnos, ante a certeza ou o alto grau de probabilidade da
existência do direito.
Contra empresas, a medida de arresto requer muita cautela, pois a
atividade empresarial poderá ser inviabilizada repentinamente, antes mesmo de
qualquer reconhecimento de responsabilidade, com consequências imprevisíveis e
até mesmo risco de irreversibilidade, pois o requerente não demonstrou ter
condições financeiras de arcar com eventuais prejuízos que venha a causar,
conforme preconiza o artigo 302 do CPC.
Em recente julgamento, o Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE bem
explicou as situações onde do arresto cautelar é permitido: (STJ - AREsp: 1285867
CE 2018/0098955-7, Data de Publicação: DJ 01/06/2018)
.
fls. 283
“A hipótese dos autos refere-se à do devedor que possui domicílio certo, caso em
que o arresto pode se dar quanto este "se ausenta ou tenta ausentar-se
furtivamente" ou "caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui;
contrai ou tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em
nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar
a execução ou lesar credores". Cabe, ainda, ao requerente, realizar a
"prova literal da dívida líquida e certa" e também a "prova documental ou
justificação de algum dos casos mencionados no artigo antecedente".
No caso em estudo, a alegada prova literal da dívida líquida e certa é o
descumprimento de parte de um contrato de fornecimento de minério de ferro na
modalidade fina e também granulada, cuja porção não adimplida resultou
na dívida estimada em 1.548.956,67.
A apelada, por sua vez, não reconhece tal dívida e refuta a tese autoral ao dizer que
entregou a quantidade contratada de minério de ferro, mas que não sabe o motivo
da recorrente não haver embarcado a quantidade de 6.318,24 toneladas de minério
de ferro.
Há, portanto, um nítido litígio quanto à quantidade de minério de ferro fornecida
pela ré e recebida pela autora, retirando da obrigação a sua liquidez, certeza e
obrigatoriedade, características presentes no art. 814, I, do CPC.
(...) Conclui-se, portanto, que prova literal da dívida líquida e certa é controversa
nos autos.
(...)
Nesta senda, o fumus boni juris para o arresto não está presente, qual seja,
a prova literal da dívida líquida e certa, ao passo que o periculum in mora
também não restou configurado porque a demonstração da prática de atos de
dilapidação patrimonial. (STJ - AREsp: 1285867 CE 2018/0098955-7, Relator:
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Data de Publicação: DJ 01/06/2018)
.
fls. 284
Ainda no mesmo sentido:
AGRAVO REGIMENTAL. REFORMATIO IN PEJUS. AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO.
QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA QUE PODE SER APRECIADA ATÉ MESMO DE OFÍCIO.
FALTA DE PROVA LITERAL DA DÍVIDA LÍQUIDA E CERTA. SÚMULA 7/STJ. MULTA DO
ART. 538, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. AFASTAMENTO. AGRAVO PROVIDO EM
PARTE. 1. É permitido ao órgão julgador modificar, em embargos declaratórios, o
acórdão anteriormente proferido, se verificar a ausência de um dos pressupostos
para a constituição e desenvolvimento válido e regular do processo, por se tratar de
questão de ordem pública. 2. Na hipótese, em ação cautelar de arresto constatou-
se a falta de prova literal da dívida líquida e certa, requisito essencial, nos termos
do art. 814, I, do CPC. Por ser um pressuposto objetivo intrínseco à relação
processual, qualifica-se como questão de ordem pública, passível de ser apreciada
até mesmo de ofício. Desse modo, tal análise não configura reformatio in pejus. 3.
Para afastar a premissa fixada no acórdão estadual, de que não há prova literal da
dívida líquida e certa, faz-se necessário o reexame da matéria fático-probatória,
procedimento vedado pela Súmula 7/STJ. 4. Constatada a inexistência de caráter
protelatório dos embargos de declaração, impõe-se o afastamento da multa do art.
538, parágrafo único, do CPC. 5. Agravo regimental provido, em parte, apenas para
afastar a multa aplicada. (STJ - AgRg nos EDcl no REsp: 667530 SP 2004/0072045-9,
Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 05/10/2010, T4 -
QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 19/10/2010)
Então, deve a liminar de arresto dos bens das partes ser

REVOGADA.
.
fls. 285
DO PEDIDO
Isto posto, requer que seja acolhida a preliminar suscitada e,
consequentemente, EXTINTO O FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO, nos termos
do artigo 485 do Novo Código de Processo Civil, por não serem as requeridas
THALITA e BIANCA partes legítimas para figurarem no polo passivo da presente
demanda. Na longínqua e improvável hipótese de ser superada a preliminar
arguida, o que aqui se faz única e exclusivamente em atenção ao princípio da
eventualidade, e vindo a ser enfrentado o mérito, sejam integralmente acolhidos
os argumentos expendidos na presente contestação, de modo que seja o feito
julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE, condenando-se o requerente em custas e
honorários advocatícios a serem arbitrados por Vossa Excelência.
Entretanto, caso ocorra a procedência da demanda, que entenda
Vossa Excelência pela não penhora das contas das requeridas THALITA e BIANCA
por se enquadrarem no previsto no artigo 833, do Código de Processo Civil. Ainda,
se não acolhidas as arguições supra, entenda Vossa Excelência pela faculdade do
artigo 338, do Código de Processo Civil.
Por fim, caso haja condenação de valores, que sejam abatidos do
valor devido aqueles já recebidos pelo requerente durante a vigência do
contrato.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos.
Nestes termos,
P. Deferimento.
De Serra Negra para Itu, 20 de agosto de 2021.
VANESSA CRISTINA GIMENES FARIA E SILVA

OAB/SP nº 167.940
fls. 286
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VANESSA CRISTINA GIMENES FARIA E SILVA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/08/2021 às 22:24 , sob o número WITU21700889265 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90D559D.
fls. 287
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90D559E.
fls. 288
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90D559F.
fls. 289
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90D55A0.
fls. 290

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 90FFC3B.
ATO ORDINATÓRIO

Justiça Gratuita
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO VIEIRA DA CRUZ FILHO, liberado nos autos em 23/08/2021 às 18:43 .
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 203, § 4º, do

CPC, preparei para remessa ao Diário da Justiça Eletrônico
o(s) seguinte(s) ato(s) ordinatório(s):
Manifeste-se a parte autora em réplica, no prazo de 15

(quinze) dias, sobre a contestação apresentada, nos
termos dos artigos 350 e 351 do Código de Processo
Civil.
Nada Mais. Itu, 23 de agosto de 2021. Eu, ___, ROBERTO

VIEIRA DA CRUZ FILHO, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 291

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 912CAE6.
Advogado Forma
Danilo Luiz Genari de Almeida (OAB 405836/SP) D.J.E
Vanessa Cristina Gimenes Faria E Silva (OAB 167940/SP) D.J.E
Teor do ato: "Manifeste-se a parte autora em réplica, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a contestação
apresentada, nos termos dos artigos 350 e 351 do Código de Processo Civil."
Do que dou fé.

Itu, 25 de agosto de 2021.

fls. 292

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 912D254.
Advogado
Danilo Luiz Genari de Almeida (OAB 405836/SP)
Vanessa Cristina Gimenes Faria E Silva (OAB 167940/SP)
Teor do ato: "Manifeste-se a parte autora em réplica, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a contestação
apresentada, nos termos dos artigos 350 e 351 do Código de Processo Civil."

.
fls. 293

COMARCA DE ITU-SP.
Processo: 1000271-75.2021.8.26.0286

presença de Vossa Excelência, manifestar-se mediante o presente
peticionamento, face aos argumentos trazidos em contestação
apresentada nos autos:
1. Das Contestações de Fls. 178-205 e 252-285:
Em fls. 178-205, os requeridos New Life Intermediação de

Negócios LTDA, Lucas dos Santos Raymundo, Vinícius dos Santos
Raymundo e Everton dos Santos Raymundo, apresentaram defesa.
Em fls. 252-285 as requeridas Bianca Cristina Sbrissa

Raymundo e Thalita Francielly da Silva apresentaram defesa.
.
fls. 294
Diante as arguições aludidas em contestação, vem

apresentar a presente petição.
2. Da Preliminar de Indeferimento da Inicial:
Em ponderações apresentadas pelos Executados, alegam

esses que a inicial há de ser indeferida, eis que se trata de um
Execução forçada, não tendo preenchido os requisitos do inciso III do
Art. 784 do CPC.
Pela inadequação do procedimento e pela impossibilidade

de adaptação à natureza da causa, pleiteiam a extinção do feito sem
julgamento do mérito, ponderando, ainda, tratar-se de peça inicial
inepta.
Todavia, vossa excelência, a razão não assiste aos

requeridos, eis que, conforme vislumbra-se, a peça que instrui a
presente demanda tem como objetivo o reconhecimento da nulidade
do contrato firmado entre as partes, não havendo, em momento
algum, indicativo de execução forçada do contrato.
Ademais, a demanda preenche todas as condições, quais

sejam, possibilidade, interesse de agir e legitimidade, é apta e
contém todos os elementos e condições da ação. Verifica-se, de sua
análise, que os fatos estão descritos de forma clara e os pedidos
decorrem logicamente, sendo certos e determinados.
Logo, notório é que as preliminares de indeferimento da

inicial não merecem ser acolhidas, assim, requer seu indeferimento.
3. Alegada Ilegitimidade Passiva Do Requerido Everton Dos

Santos Raymundo E Das Requeridas Bianca Cristina Sbrissa
Raymundo E Thalita Francielly Da Silva
.
fls. 295
Aduz os requeridos que o Réu Everton dos Santos

Raymundo não é parte legitima para figurar no polo passivo da
presente lide, ponderando ser essa pessoa estranha ao negócio
jurídico.
Quanto as rés Bianca e Thalita, alegam que “apenas o fato

de serem casadas não significam que são sócias ocultas da
empresa NEW Life”, e que mesmo que se considere que as mesmas
participavam de alguma forma da empresa, elas “seriam meras
funcionárias ou divulgadoras do negócio levado a efeito pela
empresa”, ou seja, no máximo, “seriam funcionárias da sociedade
empresária, de modo a reparação de eventuais danos causados por
empregados, no exercício de suas funções, deve ser apreciado pela
justiça do trabalho”.
Inicialmente, insta salientar que aquele contra quem se

pretende a satisfação do direito deve ser agregado ao polo passivo
a lide, fato pelo qual simples indicação pela parte autora q a parte
adversa deve ser condenada é suficiente para legitimá-la a
responder a ação, logo, as alegações preliminares de ilegitimidade
passiva arguida pelos réus não hão de prosperar
Ressalta-se, ainda, que NENHUM DOS RÉUS

APRESENTARAM QUALQUER DOCUMENTO PROBATÓRIO DE
SUAS ALEGAÇÕES. JUNTANDO APENAS PROCURAÇÃO,
DOCUEMNTOS PESSOAIS E CONTRATO SOCIAL DA
EMPRESA RÉ
Ao contrário do que se pondera em manifestação, apesar

de não constar no contrato social, o Sr. Everton e as Sras. Bianca e
Thalita sempre participaram da empresa New Life como sócios de
fato/oculto.
Os sócios da empresa requerida não são apenas aqueles

constantes no contrato social da empresa, mas, também, todos
.
fls. 296
aqueles constantes no polo passivo da presente demanda. Isso

porque, a família opera de modo oculto as atividades da empresa.
Não obstante, verifica-se que o Sr. Everton é titular da
empresa Everton dos Santos Raymundo Itu – ME, inscrita no CNPJ
n°10.581.238/0001-01, a qual possuí restrições judiciais, e que levou
o mesmo a se omitir no quadro societário da empresa requerida.
Frita-se que a empresa requerida alterou seu contrato social

recentemente (junho/2020) conforme documento anexado neste ato,
passando a cláusula 13ª a vigorar com a determinação de que o
regime do matrimônio ou da união estável dos sócios deverá ser o de
separação total de bens, sob pena de exclusão da sociedade
Ora, Vossa Excelência, por qual razão os requeridos

alterariam o contrato social da empresa, para determinar o regime de
bens que deveriam ter os matrimônios dos sócios, se não para
buscarem a ocultação de bens daqueles? Evidente que tal alteração
foi realizada após surgirem claras evidências do esquema de
pirâmide financeira, e ajuizamento de processos judiciais.
Nota-se que a alteração do contrato social foi realizada em

junho de 2020, após a notificação de encerramento das atividades,
comprovando assim a tentativa de ocultação do patrimônio dos réus
e reforçando a existência de administração da empresa por sócios
ocultos.
É evidente que os sócios constantes e não constantes

lucravam e utilizavam dos valores investidos, ocasionando
demasiado ônus de forma aos direitos e finanças dos investidores,
mediante o emprego de falsas promessas, inclusive na situação da
requerente
Neste sentido, as alegações de que as rés “seriam meras

funcionárias ou divulgadoras do negócio levado a efeito pela
.
fls. 297
empresa”, ou seja, no máximo, “seriam funcionárias da sociedade

empresária, de modo a reparação de eventuais danos causados por
empregados, no exercício de suas funções, deve ser apreciado pela
justiça do trabalho”, não merecem prosperar, posto que não há
qualquer comprovação nos autos de vínculo empregatício pelas
mesmas, razão pela qual carece de fundamento tal alegação, que
deve ser afastada por este n. Juízo.
Oportuno destacar, ainda, que da análise da peça de defesa

das requeridas Bianca e Thalita, verifica-se as mesmas apresentam
descrições do negócio da empresa ré, apontando detalhes sobre a
aplicação da teoria da onerosidade, demonstrando incontroversa
ciência das condições administrativas e financeiras da empresa, o
que reforça a participação como sócias ocultas.
Tem-se, portanto, por qualquer ângulo que se analise, que

o réu Everton e as rés Bianca e Thalita são partes legítimas para
figurarem no polo passivo da demanda, devendo ser rejeitada a
preliminar arguida
4. Das Alegações De Ausência Dos Requisitos

Autorizadores Para Concessão Da Tutela De Urgência.
Os réus pleiteiam a revogação da tutela concedida nos

autos, ponderando que para tal concessão teria que ser demonstrado
a “conduta fraudulenta da empresa ré a fim de se colocar em risco o
resultado útil do processo”, não havendo sido comprovado a
existência de pirâmide financeira e intenção de dilapidação do
patrimônio.
Contudo, razão não vos assiste, eis que a decisão

concedeu a tutela de urgência para fins de realizar o imediato
bloqueio de valores mediante o sistema SISBAJUD até o limite de
R$52.567,76 (cinquenta e dois mil, quinhentos e sessenta e sete
reais e setenta e seis centavos).
.
fls. 298
Assim, cumpre transcrever o trecho constante em decisão de fls.
102-103
Assim, havendo risco concreto de dilapidação de

patrimônio por parte dos réus, DEFIRO a liminar de arresto.
PROVIDENCIE a Serventia, via sistema SISBAJUD, o
bloqueio de ativos financeiros encontrados em nome dos
réus até o limite do valor de R$72.567,76, transferindo-se
à ordem deste Juízo, onde permanecerá bloqueado até
decisão final.
Comprovada, portanto, a probabilidade do direito e o perigo

da demora e ao resultado útil do processo, não deve ser acolhida a
tese dos requeridos, mantendo-se a tutela concedida, a qual deverá
ser confirmada quando da prolação da r. sentença, o que se requer
5. DA IMPUGANAÇÃO À GRATUITADADE DA JUSTIÇA
Intentam os requeridos a revogação da concessão dos

benefícios da gratuidade da justiça à Autora, ponderando que
“simples afirmação do alegado estado de pobreza, ou seja, de que
faz jus aos benefícios da justiça gratuita, acompanhada de
requerimento, cópia da carteira de trabalho e extrato mensal bancário
dos últimos meses não são suficientes para caracterizar a exigência
da justiça gratuita”.
Entretanto, novamente, contrariamente ao que se pondera

a parte Requerida, e conforme pontuado na peça inicial, o Art. 99 do
CPC dispõe que:

formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência

deduzida exclusivamente por pessoa natural.
.
fls. 299
Insta salientar, que conforme arrolado nos autos, a parte
Autora não detém qualquer atividade remunerada, não dispondo de
renda mensal, logo, é evidente que Taique Mendes Ramos, na
figura de desempregado, jovem e sem qualificações profissionais
não possui condão financeiro para custear as despesas
processuais, conforme devidamente corroborado
Assim, sendo esse Autor, pessoa pobre na acepção jurídica

do termo, não pode esse demandar em juízo sem prejuízo do
sustento próprio e de sua família.
Nesse sentido, decidiu o E. Tribunal de Justiça do Estado

de São Paulo:
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Gratuidade de justiça –

Declaração de pobreza nos termos da Lei 1.060/50 que
induz presunção iuris tantum – Benefício concedido a quem
comprove a insuficiência de recursos nos termos do art. 5º,
inciso LXXIV da CF – Necessidade da presença dos
requisitos autorizadores – Inteligência dos artigos 98 a 102,
do Código de Processo Civil – Parte que demonstrou
documentalmente estar vivendo em situação humilde sem
recursos para arcar com as custas do processo –
Precedentes – Decisão reformada – Recurso provido.
(TJSP; Agravo de Instrumento 2214293-
93.2019.8.26.0000; Relator (a):Mendes Pereira; Órgão
Julgador: 15ª Câmara de Direito Privado; Foro Central
Cível – 4ª Vara Cível; Data do Julgamento:08/01/2020;
Data de Registro: 08/01/2020) (g.n.) APELAÇÃO – Pedido
de Justiça Gratuita – Declaração dehipossuficiência de
recursos que garante ao interessado presunção de boa-fé
quanto ao afirmado – Presunção relativa de veracidade –
Gratuidade concedida. (…) (TJSP; Apelação
Cível0025393- 46.2011.8.26.0161; Relator (a): Costa
Netto; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Foro
de Diadema – 1ª.Vara Cível; Data do Julgamento:
28/01/2020; Data de Registro:29/01/2020) (g.n.)
.
fls. 300
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – Impugnação à decisão que

manteve o benefício da gratuidade processual - Pessoa
física - Admissibilidade desde que declarada a falta de
condições de pagar as custas e despesas processuais –
Art. 99, §3º do CPC/2015 – Presunção 'iuris tantum' da
condição de necessitado - Busca da efetividade do direito
de acesso à Justiça – Ausência de elementos objetivos que
demonstrem a falta dos pressupostos legais para
concessão da gratuidade – Benefício mantido – Recurso
improvido." (TJSP;Agravo de Instrumento 2143031-
83.2019.8.26.0000; Relator (a):J. B. Franco de Godoi;
Órgão Julgador: 23ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Guarujá – 3ª Vara Cível; Data do Julgamento:11/12/2019;
Data de Registro: 13/12/2019) (g.n.)
E o C. STJ sobre o tema:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO

RECURSO ESPECIAL. AÇÃO RESCISÓRIA. JUSTIÇA
GRATUITA. REVOGAÇÃO. DECLARAÇÃO DE
HIPOSSUFICIÊNCIA. PRESUNÇÃO IURIS TANTUM.
AUSÊNCIA DE CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA ELIDIR A
PRESUNÇÃO. RECURSO PROVIDO. (…) 3. Para a
concessão do benefício da justiça gratuita, basta a
declaração, feita pelo interessado, de que sua situação
econômica não permite vir a juízo, sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família.4. A declaração prestada de
hipossuficiência firma em favor do requerente a presunção
iuris tantum de necessidade, que só poderá ser elidida
diante de prova concreta em contrário, o que na hipótese
não ocorreu.5. Agravo regimental provido para dar
provimento ao recurso especial.(AgRg no REsp
1508107/PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA
TURMA, julgado em 11/04/2019, DJe 08/05/2019) (g.n.)
PROCESSUAL CIVIL. JUSTIÇA GRATUITA. IMPOSTO
DE RENDA. FAIXAS DE RENDIMENTOS. CRITÉRIO
ABSTRATO. INADMISSIBILIDADE.1. É assente na
jurisprudência do STJ que a simples declaração de
hipossuficiência da pessoa natural, ainda que dotada de
presunção iuris tantum, é suficiente ao deferimento do
.
fls. 301
pedido de gratuidade de justiça quando não ilidida por

outros elementos dos autos. 2. Esta Corte Superior
rechaça a adoção única de critérios abstratos, como a faixa
de isenção do imposto de renda, uma vez que eles não
representam fundadas razões para denegação da justiça
gratuita.3. Agravo interno desprovido. (AgInt no REsp
1372128/SC, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 12/12/2017, DJe
26/02/2018)(g.n.)
Isto posto, notório que esse Requerente não possui

condição financeira de arcar com as custas e despesas do processo
sem prejuízo de seu sustento e de sua família, bem como estando
ausente qualquer meio probatório que afirme condição financeira
positiva deste Autor, tem-se que o benefício de gratuidade de
justiça deve ser mantido.
6. Das Arguições De Inexistência De Responsabilidade

Solidária E Desconsideração Da Personalidade Jurídica:
A parte Ré comparece nos autos ponderando que não há

de se falar quanto a desconsideração da personalidade jurídica da
empresa New Life, eis que, “não houve nenhum ato praticado pela
empresa requerida que caracterizasse excesso de poder, infração da
lei ou descumprimento contratual”.
Ocorre que tais ponderações não assistem razão, explica-

se:
Preliminarmente, em breve consulta da situação da

Empresa Ré perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,
depreende-se que essa integra o polo de aproximadas 51 ações,
sendo por objeto dessas a rescisão/restituição/indenização dos
supostos contratos de investimento fornecido, demonstrado a
constituição de pirâmide financeira pela empresa New Life.
.
fls. 302
Vislumbra-se, ainda, quem várias a responsabilidade da

empresa e de seus respectivos sócios constantes e não constantes
no contrato social foram condenados a arcar com a responsabilidade
civil por si inobservada, conforme se consta nos autos do processo:
1001274-65.2021.8.26.0286. (Sentença. Anexa.)
Os sócios da empresa requerida, como demonstrado, não

são apenas aqueles constantes no contrato social da empresa, mas,
também, todos aqueles constantes no polo passivo da presente
demanda. Isso porque, a família opera de modo oculto as atividades
da empresa, agindo, os réus, da seguinte maneira:
◦ Lucas dos Santos Raymundo: sócio

administrador; consta no contrato social como
sócio; consta no QSA e JUCESP;
◦ Vinicius dos Santos Raymundo: sócio
administrador; consta no contrato social como
sócio; consta no QSA e JUCESP;
◦ Everton dos Santos Raymundo: sócio oculto
◦ Thalita Francielly Raymundo: sócia oculta;
esposa do Lucas; administra cursos na frente New
Life Institucional;
◦ Bianca Cristina Sbrissa: sócia oculta; esposa do
Everton; divulga em redes sociais que atua na
frente New Life Technology.
Como já apontado na peça inicial e nos tópicos anteriores,

o réu Everton é titular da empresa Everton dos Santos Raymundo Itu
– ME, inscrita no CNPJ n° 10.581.238/0001-01, que possuí restrições
judiciais, e que levou o mesmo a se omitir no quadro societário da
empresa ora requerida.
Importante destacar, ainda, que a empresa requerida

alterou seu contrato social recentemente, conforme documento
anexo em fls. 74-91, passando a cláusula 13ª a vigorar com a
.
fls. 303
determinação de que o regime do matrimônio ou da união estável dos

sócios deverá ser o de separação total de bens, sob pena de
exclusão da sociedade
Ora, por qual razão os requeridos alterariam o contrato

social da empresa, para determinar o regime de bens que deveriam
ter os matrimônios dos sócios, se não para buscarem a ocultação de
bens daqueles? Evidente que tal alteração foi realizada após
surgirem claras evidências do esquema de pirâmide financeira, e
ajuizamento de processos judiciais
Da análise do documento de fls. 74-91, verifica-se que a

alteração no contrato social foi realizada em junho de 2020,
comprovando, assim, a tentativa de ocultação do patrimônio dos réus
e reforçando a existência de administração da empresa por sócios
ocultos.
A conclusão a que se chega é a de que há busca incessante

pelos requeridos de blindar o próprio patrimônio, eximindo-se de
eventual responsabilização judicial, mormente porque, nos últimos
tempos, dispararam o número de ações judiciais contra os mesmos,
conforme demonstrado exaustivamente.
Assim, é evidente que todos os requeridos administravam

conjuntamente a empresa New Life, os quais lucravam e se
utilizavam dos valores investidos, lesando de forma flagrante o direito
dos investidores, mediante o emprego de falsas promessas, inclusive
na situação da requerente.
Ademais, salienta-se que, da análise da peça de defesa das

requeridas Bianca e Thalita, verifica-se as mesmas apresentam
descrições do negócio da empresa ré, apontando detalhes sobre a
aplicação da teoria da onerosidade, demonstrando incontroversa
ciência das condições administrativas e financeiras da empresa, o
que reforça a participação como sócias ocultas.
.
fls. 304
Incontroverso, portanto, que estão presentes os requisitos
autorizadores da desconsideração da personalidade jurídica, diante
do evidente desvio de finalidade e abuso da personificação jurídica,
nos termos do art. 50 do Código Civil, bem como nos termos do art.
28 do Código de Defesa do Consumidor, que prevê a imediata
desconsideração da personalidade jurídica, razão pela qual não deve
ser acolhida a tese dos requeridos.
Ressalta-se, por fim, que o artigo 133, § 2º do CPC dispensa

a instauração de incidente processual quando a desconsideração da
personalidade jurídica for requerida na exordial, o que se pleiteia no
presente.
7. Da Aplicabilidade do Código do Consumidor e a

Consequente Inversão do Ônus da Prova:
A parte requerida pondera pela não aplicação do Código de

Defesa do Consumidor no caso em tela, com a irrisória
fundamentação de que esse Autor não se enquadra como
consumidor final, mas sim, investidor.
Todavia, razão nenhuma lhe assiste, explica-se;
Consoante arguido em petitório inicial, consoante com

fundamento arguido/reconhecido nas dezenas de decisões e ações
já ajuizados em desfavor da parte ré, a empresa requerida fornece
prestação de serviços financeiros, consoante descrito no site
eletrônico da frente New Life Technology, bem como pelas repetitivas
ofertas na “loja virtual” no mesmo endereço wep. Ressalta-se, ainda,
que no aludido endereço web, consta-se uma aba nomeada como
“SACOLA”. Veja-se:
consumerista entre o Autor e a Empresa requerida, eis que, os
https://www.newlifetechnology.com.br/
https://www.newlifetechnology.com.br/
mesmos preenchem o conceito de consumidor e fornecedor, sendo

Assim exposto, fica devidamente comprovada a relação
fls. 305
.
fls. 306
esse Autor Consumidor e a New Life fornecedora de serviços

financeiros, conforme prevê os Arts. 2º e 3º do CDC, que dispõem:
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade
de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo
nas relações de consumo.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou
imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as
decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Salienta-se, ainda, que além do que se expõe, a empresa

requerida dispõe de um canal no YouTube com diversos vídeos
comerciais de produtos oferecidos pela empresa ré, conforme link
abaixo:
https://www.youtube.com/channel/UCvVMm2Wfo1HhelsvO8NtSbA/
videos
Pelos fatos e fundamentos acima expostos, fica evidente a

relação de consumo na presente demanda, razão pela qual faz-se
justificada a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, nos
termos pleiteados em Inicial.
8. Da Infundada Arguição de Legalidade Dos Instrumentos

Contratuais e da Sociedade em Conta de Participação:
.
fls. 307
Pondera-se que o contrato que instrui a presente demanda,

de sociedade em conta de participação, são legais e preenchem os
requisitos de validade.
O Autor firmou com a empresa requerida dois documentos

denominados “Instrumento Particular de Constituição de Sociedade
em Conta de Participação” tendo por objeto contratual a gestão e
agenciamento do capital aplicado pelo Requerente nos contratos
Cota 049/A e Cota 227/A, correspondendo a R$10.000,00 (dez mil
reais) investidos no dia 14 de outubro de 2019 e R$11.500,00 (onze
mil e quinhentos reais) investidos no dia 13 de dezembro de 2019
Ocorre que a relação entre as partes fora travestida de

sociedade em conta de participação.
A empresa utilizava-se de tal atividade para captação e

administração de valores realizada pela empresa requerida.
Entretanto, o exercício da referida função está diretamente

vinculado ao que se dispõe a Comissão de Valores imobiliários
(CVM).
Neste sentido, a Lei nº 6.385/76 determina que “o exercício

profissional da administração de carteiras de valores
mobiliários de outras pessoas está sujeito à autorização prévia
da Comissão”.
Nesse sentido, também é o art. 2° da Instrução Normativa

n° 558/2015 da CVM, que dispõe que “a administração de carteiras
de valores mobiliários é atividade privativa de pessoa autorizada pela
CVM”. Entretanto, a empresa requerida não possuí o cadastro
exigido.
Salienta-se que em pormenorizada análise dos documentos

juntados com a defesa, verifica-se que NÃO HÁ COMPROVAÇÃO
.
fls. 308
DA AUTORIZAÇÃO DA CVM para que a empresa requerida pudesse

se ativar no mercado financeiro, tal como fazia.
Ressalta-se, ainda, que na própria peça de defesa (fls. 177-
209), OS REQUERIDOS CONFESSAM O EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE DA EMPRESA RÉ NO MERCADO FINANCEIRO, SEM
QUALQUER AUTORIZAÇÃO DA CVM, em evidente inobservância
da legislação pertinente.
Não somente, as partes não anexam quaisquer documentos

probatório dos fatos alegados por si, não passando de meras
suposições improvidas de veracidade.
Cumpre ressaltar que o n. Juízo da 2ª Vara Cível desta

Comarca, registrou em sua r. sentença no processo n° 1009091-
20.2020.8.26.0286 que:
(…) Entretanto, no caso em tela, observa-se que o objeto

do contrato de constituição da sociedade em conta de
participação possui clara natureza de investimento
coletivo. Tal assertiva tem por base o memorando nº
93/2019 – CVM/SRE/GER-3 da Comissão de Valores
Imobiliários que aponta seis requisitos para verificar se
uma transação caracteriza o contrato de investimento
coletivo: 1) se há investimento; 2) se o investimento é
formalizado por um título ou contrato; 3) se o investimento
é coletivo; 4) se alguma forma de remuneração é oferecida
aos investidores; 5) se a remuneração oferecida tem
origem nos esforços do empreendedor ou de terceiros e 6)
se a oferta é publica. Note-se que o contrato em estudo
possui como objeto um investimento financeiro,
estabelecendo uma remuneração aos investidores, que
tem origem nos esforços do empreendedor, mediante
pagamento de taxa de administração anual. Em breve
pesquisa pelo site do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo observa-se mais de quarenta ações movidas contra
a ré, no foro da Comarca de Itu, todas com base em
contrato particular de constituição de sociedade em conta
.
fls. 309
de participação, envolvendo capitação de recursos

financeiros no mercado, com promessa de remuneração
elevada do capital investido, o que evidencia a publicidade
da oferta. Ocorre que os contratos de investimento coletivo
(CIC), se ofertados publicamente, são considerados valor
mobiliário, sujeitos à disciplina e fiscalizada por parte da
Comissão de Valores Mobiliários – CVM, conforme
estabelece expressamente a Lei do Mercado de Capitais
(Lei nº 6.385/1976): (…) Tal norma visa à proteção da
ordem econômica e dos próprios investidores, coibindo as
captações abusivas de capital. Todavia, a ré não possuía
qualquer autorização da Comissão de Valores Mobiliários
para promover a oferta pública de valores mobiliários,
revelando-se irregular a captação de recursos e sujeitando
os responsáveis, às penas do crime previsto no art. 7º da
Lei nº 7.492/86: (…) Também se verifica fortes indícios da
ocorrência de pirâmide financeira, na medida em que não
houve demonstração do destino dado ao dinheiro investido
ou da atuação da ré, ou de terceiro por ela contratado, no
mercado financeiro, o que faz presumir que o “lucro” pago
aos investidores anteriores advinha exclusivamente da
captação de recursos de novos investidores, prática
vedada pelo art. 2º, inciso IX, da Lei nº 1.521/51: (…) Neste
cenário, constata-se que nulo é o negócio jurídico
celebrado, uma vez que a ré não possuía autorização para
oferta de valor mobiliário e há fortes indícios de que sequer
possuía atuação no mercado financeiro, sendo o objeto do
contrato baseado em engodo com promessa de lucro
desproporcional. Assim, as partes devem retornar ao status
quo ante. Portanto, nulo o negócio jurídico, a ré deve
restituir ao autor o capital investido, acrescido de correção
monetária pela Tabela do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo e juros de mora a partir do desembolso,
descontados os valores já pagos. (…) (g.n.)
Ademais, vale pontuar que pela análise do art. 994 do

Código Civil, que trata da sociedade em conta de participação, tem-
se que a contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio
ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação
.
fls. 310
relativa aos negócios sociais, ou seja, o sócio ostensivo deve, além

de administrar, realizar uma contribuição patrimonial.
Ocorre que, no caso em comento, nunca houve contribuição
patrimonial pela empresa ré, a qual apenas administrava o capital
investido, nos termos da Cláusula 5ª, e parágrafo primeiro da
Cláusula 8ª, dos contratos anexos com a inicial.
Assim, consoante dispõe o inciso XVII do Art. 4º da

Instrução Normativa n. 1.863/2018 da Receita Federal do Brasil, as
Sociedades em Conta de Participação (SCPs) vinculadas aos sócios
ostensivos devem obrigatoriamente proceder à inscrição no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o que não ocorreu no presente
caso, não havendo comprovação pelos réus do contrário
O fato é que Taique, ora Autor, acreditava estar assinando

um contrato de prestação de serviços e gestão de valores por uma
empresa integra possuidora de todas as credenciais exigidas.
Todavia, consoante exposto, a empresa ré simulou a constituição de
uma sociedade em conta de participação, uma vez que não possuía
as credenciais aptas ao exercício da atividade divulgada por si.
Destarte, não se paira dúvida quanto a nulidade do contrato

firmado entre as partes, devido a simulação praticada pela empresa
ré, o instrumento deve ser declarado nulo, conforme dispõe o Artigo
167 do Código Civil, assim, requer que seja conhecida a
nulidade/rescisão dos documentos intitulados “Instrumento Particular
de Constituição de Sociedade em Conta de Participação”, tornando-
os sem efeito, tudo nos termos pleiteados na peça inicial, que ora se
reitera.
9. Da Alegada Ausência de Culpa Da Empresa Na Rescisão

Dos Contratos E Inaplicabilidade Da Multa Contratual:
.
fls. 311
Os requeridos aduzem quanto a aplicação do que se dispõe

no Art. 393 do Código Civil, ponderando que diante a crise instaurada
pela pandemia do COVID-19, fato imprevisível, autorizou a rescisão
e a resolução dos contratos firmados.
De plano, cumpre dizer que, conforme afirmado desde o

início do processo, os contratos firmados pelas partes, de sociedade
em conta de participação, são nulos, tendo sido reconhecida a
nulidade, inclusive, em sentença judicial, prolatada nos autos n°
1009091-20.2020.8.26.0286, cujo trecho foi colacionado no tópico
anterior. Impugna-se, novamente, expressamente, todas as
alegações dos requeridos referentes à validade dos contratos objeto
da presente demanda.
Registre-se que, mesmo após o início da pandemia, a

empresa requerida continuou exercendo suas atividades no mercado
financeiro normalmente.
Não é demais mencionar que se a empresa requerida

realmente prezasse pela transparência, ética e boa-fé, teria
colacionado aos autos seus demonstrativos financeiros, balanços
etc. Entretanto, não juntaram qualquer documento capaz de
comprovar a tese de insuficiência financeira lançada
Não merece acolhida, ainda, o argumento de que, por terem

ajuizado ação de recuperação judicial, a presente demanda deve ser
suspensa
O processo n° 1001092-79.2021.8.26.0286, referente a

recuperação judicial da empresa ré, que tramita na 3º Vara Cível,
encontra-se em segredo de justiça. Mas, há notícia de que tenha sido
extinta sem resolução de mérito
Nesta senda, não configura motivo suficiente para

suspensão da tramitação da presente demanda a existência de ação
.
fls. 312
de recuperação judicial da empresa requerida. Os contestantes

sequer anexaram aos autos o comprovante de distribuição e
andamento daquela demanda
Além disso, conforme bem pontuou o n. Juízo da 2ª Vara

Cível desta Comarca, na r. sentença prolatada nos autos n° 1009091-
20.2020.8.26.0286:
Aponto que mesmo que haja o deferimento do

processamento da recuperação judicial nos autos
1001092-79.2021.8.26.0286, em trâmite perante a 3ª Vara
Cível de Itu, o que não foi comprovado nos autos, não é
motivo para suspensão do presente feito.
A respeito do tema, o artigo 6º, §1º, da Lei nº 11.101/2005,

dispõe:
"Art. 6º. A decretação da falência ou o deferimento do

processamento da recuperação judicial suspende o curso
da prescrição e de todas as ações e execuções em face do
devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do
sócio solidário. §1º Terá prosseguimento no juízo no qual
estiver se processando a ação que demandar quantia
ilíquida."
Nessa mesma linha, Fábio Ulhoa Coelho pondera que: “As

ações de conhecimento contra o devedor falido ou em recuperação
não se suspendem pela sobrevinda da falência ou do processo
visando o benefício. Não são execuções e, ademais, o legislador
reservou a elas um dispositivo específico preceituando o
prosseguimento (§1º). ” (2 Comentários à Lei de Falências e de
Recuperação de Empresa. 5ª Ed. São Paulo. Editora Saraiva, 2008.
Cit. p. 39).
Não é outro o entendimento do E. Tribunal de Justiça do

Estado de São Paulo:
.
fls. 313
"APELAÇÃO. CONTRATO PARTICULAR DE PROMESSA

DE COMPRA E VENDA. ATRASO NA OBRA. Sentença de
procedência parcial, que estabeleceu indenização
correspondente a 0,7% do valor do imóvel. PEDIDO DE
SUSPENSÃO/EXTINÇÃO POR FORÇA DA
RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE UMA DAS RÉS.
Indeferimento. Processo em fase de conhecimento,
estando-se a demandar por quantia ilíquida, com aplicação
do artigo 6º, § 1º da Lei 11.101/05. Desenvolvimento do
feito junto ao juízo de origem até a formação do título
executivo judicial. APLICABILIDADE DO CDC à relação,
que não interfere no resultado da demanda. ATRASO NA
ENTREGA DA OBRA. Demora na obtenção do "habitese"
que não se constitui força maior e não é capaz de afastar
a mora das rés, já sendo este entrave burocrático
considerado para a aceitação da validade do prazo de
tolerância de 180 dias. Súmulas nº 160 e 161 do TJSP.
Mora caracterizada. LUCROS CESSANTES. Prejuízos
derivados do atraso na entrega da unidade imobiliária que
decorrem do impedimento de uso desse bem no tempo
programado, independentemente do destino que se
pretenda conferir a essa unidade. Súmula nº 182 do TJSP
e Precedentes do STJ. Requisitos da Responsabilidade
Civil presentes. Sentença mantida. RECURSO DAS RÉS
IMPROVIDO." (Processo 40036513620138260577 SP
4003651-36.2013.8.26.0577; Órgão Julgador: 9ª Câmara
de Direito Privado; Publicação: 11/08/2017; Julgamento: 8
de Agosto de 2017; Relator: Mariella Ferraz de Arruda
Pollice Nogueira). Portanto, indefiro o pedido de suspensão
do feito, determinando seu regular prosseguimento.
Ora, não há que se aplicar, portanto, a teoria da imprevisão

indicada pelos requeridos.
A atividade por eles exercida não estava sequer legalizada,

nos termos dos requisitos para exercício no mercado financeiro
Oportuno ressaltar que, na própria peça de defesa (fls. 178-

205), os requeridos confessam o exercício da atividade da empresa
.
fls. 314
ré no mercado financeiro, sem qualquer autorização da CVM, em

evidente inobservância da legislação pertinente.
Destarte, não há falar em inaplicabilidade da multa
contratual, em virtude do inadimplemento ter se dado “por culpa
exclusiva de terceiro (Autoridade pública), em razão de atos de
Estado”, em decorrência da pandemia causada pela covid-19.
Destarte, deve ser rejeitada a tese apontada pelos

requeridos na peça de defesa.
10. Da Alegada Inexistência De Dano Material E Dano Moral
Defendem os requeridos que não há dever de indenizar os

danos materiais suportados pelo autor, ao argumento de que o
presente se trata de pedido de restituição. Alegam que a empresa
“não teve nenhuma participação direta no evento que deu origem aos
eventuais danos materiais experimentos pelo autor”, bem como que
“sempre cumpriu com suas obrigações legais e contratuais, apesar
das dificuldades econômico-financeiras enfrentadas durante a
pandemia da covid-19”, motivo pelo qual entendem não ser devida
indenização por danos materiais e morais.
De plano, cumpre ressaltar que os requeridos, em fls. 197,

se comprometem “a honrar com os contratos entabulados, desde que
haja o ajuste nos dispositivos contratuais referentes a devolução dos
valores, abatendo-se as quantias já recebidas durante a vigência dos
contratos”.
Ora, conforme exposto na peça vestibular, a empresa

requerida utilizou-se de pirâmide financeira para lucrar com os
“investimentos” realizados pelo autor, bem como por diversas outras
pessoas, tendo a requerente pago o importe total de R$ 21.500,00
(vinte e um mil e quinhentos reais).
.
fls. 315
Destarte, considerando o já evidenciado esquema de

pirâmide financeira da empresa requerida, que forjou um negócio
altamente atrativo e lucrativo, se valendo da falta de conhecimento
sobre investimentos do autor, para unicamente lucrar sobre valores
que a requerente acumulou com muito esforço durante a vida, tem-
se por violada fortemente a honra, imagem e dignidade da autora,
tutelados pelo ordenamento jurídico no art. 1º, III e art. 5º, X da CF.
Merece destaque a responsabilidade objetiva dos

requeridos, que devem responder solidariamente, nos termos do
CDC.
Ademais, estabelecem os artigos 186 e 927 do Código Civil

que:

negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,

independentemente de culpa, nos casos especificados em
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
Por fim, cumpre impugnar expressamente a alegação dos

requeridos de que a empresa ré “tentou renegociar os termos do
negócio jurídico entabulado entre as partes, bem como a devolução
integral do montante investido e aplicado, porém o requerente se
manteve resistente, tanto para eventual renegociação contratual,
quanto para uma possível composição”. Ora, conforme amplamente
demonstrado nos autos, e, inclusive, de conhecimento desse n.
.
fls. 316
Juízo, a empresa ré deixou de cumprir com os termos dos contratos,

o que levou dezenas de pessoas a ajuizarem ações contra a mesma.
Não há falar, portanto, em isenção dos requeridos ao
pagamento de danos materiais e morais ao autor, os quais devem
ser condenados solidariamente ao pagamento dos importes
requeridos na peça inicial, tudo conforme lá fundamentado e
pleiteado, tendo em vista os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, mormente pelo lucro experimentado pela
empresa ré ao se utilizar do esquema de pirâmide financeira.
11. Da Alegada Inexistência De Esquema E/Ou Pirâmide

Financeira:
Pondera os réus que, para a caracterização de pirâmide

financeira, é necessário que haja recrutamento de pessoas,
pagamento de comissões ao indicar pessoas, promessa de ganho
fácil e exorbitante, lucros altos em produtos e plano de carreira na
medida que indica pessoas, falta de informações sobre o produto
oferecido, e falta de informações básicas sobre a empresa
responsável por cuidar do dinheiro e sobre seus donos, não tendo
havido o preenchimento de tais requisitos, no caso.
Entretanto, conforme é de conhecimento, inclusive, deste n.

Juízo, a empresa requerida utilizou-se de pirâmide financeira para
lucrar com os “investimentos” realizados pelo autor, bem como por
diversas outras pessoas, tendo a requerente pago o importe total de
R$ 21.500,00 (vinte e um mil e quinhentos reais) para tanto, conforme
amplamente exposto nos autos, contratos e recibos de pagamento
anexos.
Os requeridos forjaram um negócio altamente atrativo e

lucrativo, se valendo da falta de conhecimento sobre investimentos
do autor, para unicamente lucrar sobre valores que a requerente
acumulou com muito esforço durante a vida.
.
fls. 317
Ressalta-se que as pirâmides financeiras geralmente atuam
com abuso da personalidade jurídica e confusão patrimonial, no
intuito de esquivar-se de eventuais responsabilidades financeiras, o
que ocorre no caso dos requeridos.
Cumpre transcrever, mais uma vez, trecho da r. sentença

prolatada pela d. 2ª Vara Cível desta Comarcar, nos autos n°
1009091- 20.2020.8.26.0286:
(…) Também se verifica fortes indícios da ocorrência de

pirâmide financeira, na medida em que não houve
demonstração do destino dado ao dinheiro investido ou da
atuação da ré, ou de terceiro por ela contratado, no
mercado financeiro, o que faz presumir que o “lucro” pago
aos investidores anteriores advinha exclusivamente da
captação de recursos de novos investidores, prática
vedada pelo art. 2º, inciso IX, da Lei nº 1.521/51: (…) (g.n.)
Reitere-se que, através de breve análise e buscas

processuais, foi possível encontrar diversos processos idênticos.
Nesse sentido, o esquema de pirâmide foi arguido, por exemplo, nos
processos nº 1002859-48.2020.8.26.0526 e n° 1006221-
02.2020.8.26.0286, o que não deixa dúvidas de que o requerente fora
brutalmente enganado pela requerida.
A alta lucratividade ofertada fez com que o autor se

interessasse pelo investimento, sendo que, enquanto haviam
supostos “sócios” ao negócio financeiro a “atividade” se manteve
ativa e, quando não mais conseguiram incluir outros interessados no
negócio, denotou-se a imediata ausência de patrimônio.
O autor acreditou assinar um contrato de prestação de

serviços de gestão de valores por uma empresa idônea, possuidora
de todas as credenciais exigidas. Contudo, a empresa ré simulou a
.
fls. 318
constituição de uma sociedade em conta de participação, por não

possuir as credenciais necessárias, sob a finalidade de driblar a lei.
Destarte, devem ser julgados procedentes todos os pedidos

formulados na peça inicial, o que se reitera e requer, considerando o
evidente e comprovado esquema de pirâmide financeira exercido
pela empresa requerida
12. Dos Documentos Juntados Pelos Requeridos
Da análise dos documentos juntados aos autos pelos

requeridos, verifica-se que os mesmos se tratam de procurações,
documentos pessoais e contrato social da empresa New Life, não se
prestando à comprovação das teses aventadas pelos réus em suas
defesas, razão pela qual ficam total e expressamente impugnados.
13. Da Tutela De Arresto Concedida:
Em breve retrospecto, depreende-se que fora concedida a

liminar de Arresto em desfavor dos Requeridos, conforme se dispõe
decisão de fls. 102-103
Mais à frente, junta-se a certidão de cartório em fls. 110,

fazendo constar a realização da ordem de bloqueio mediante o
sistema SISBAJUD em face da parte Requerida.
.
fls. 319
No entanto, não se logrou êxito na localização de bens

penhoráveis, tornando extremamente frágil a posicional deste
Requerente perante a evidente esquematização dos réus.
Considerando a possibilidade de transferência de

propriedades móveis e imóveis, no intuito de ocultação de patrimônio;
Requer seja implementada a Indisponibilidade de bens

mediante o sistema CNIB em face de todos os requeridos, como
também, à inserção das restrições de licenciamento, transferência e
circulação sob todos veículos automotores pertencentes a parte ré,
mediante o sistema RENAJUD.
Ainda, requer:
1) Bloqueio permanente das contas bancárias dos

requeridos, que deverão ser monitoradas até a
execução, em caso de procedência da presente
demanda, através do sistema Sisbajud;
2) Bloqueio de ativos mobiliários, como títulos de renda

fixa e ações; e
3) Verificação de informações detalhadas sobre extratos

de conta-corrente dos requeridos, fatura de cartões de
crédito, contratos de câmbio, e cópias de cheques, a fim
de apurar eventuais movimentações financeiras,
através do sistema Sisbajud.
14. Dos Pedidos:
Pelos fatos e fundamentos acima expostos, requer sejam
afastadas as alegações de todos os requeridos, julgando-se a
presente demanda totalmente procedente, nos termos da peça
.
fls. 320
inicial, como medida de Justiça, eis que evidente é a constatação do

Danos Materiais e Morais sofridos por Taique Mendes Ramos.
Com isso, requer o prosseguimento do feito com a
efetivação dos atos necessários ao resguardo do Direito deste
requerente.

Goiânia – GO, 05 de novembro de 2021.
__________________________________________
OAB/GO 54.205
________________________________________
OAB/GO 55.479
. WITU21700460765
númeroWITU21701178621
fls. 334
321
, sobo onúmero
10:34, sob
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DA 3ª
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITU
05/11/2021
emem àsàs16:53
10/05/2021
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286
protocolado
protocolado
Paulo,
Processo n° 1001274-65.2021.8.26.0286
Paulo,
de Sao
de Sao
ANDREIA PANELLI DA SILVA, já devidamente qualificada nos
do Estado
do Estado
autos em epígrafe, vem, respeitosa e tempestivamente, à presença de Vossa
de Justica
Excelência, através de seus advogados que esta subscrevem, em atenção às fls.
de Justica
300, apresentar MANIFESTAÇÃO ÀS CONTESTAÇÕES protocoladas em fls. 177-
e Tribunal
209 e 256-289 pelos requeridos, com fulcro no art. 350 do CPC, nos termos das
e Tribunal
razões de fato e de direito a seguir expostas.
CASCONE
CUNALI
1. DA TEMPESTIVIDADE DA MANIFESTAÇÃO
HONORATO
FERNANDES ROSA
A autora teve ciência do r. despacho de fls. 300 em 16/04/2021
(sexta-feira), conforme publicação no DJE, através do seu procurador, começando o
DE FREITAS
AUGUSTUS
prazo a fluir no dia 19/04/2021 (segunda-feira), assim sendo, com prazo de 15 dias
úteis, nos termos do art. 350 do CPC, o término é em 10/05/2021 (segunda-feira), MURILLO
tendo em vista a suspensão dos prazos processuais no dia 21/04/20201, em razão
VINICIUS
do feriado de Tiradentes, sendo, portanto, tempestiva a presente manifestação.

porpor
digitalmente
assinadodigitalmente
2. DAS CONTESTAÇÕES DE FLS. 177-209 E 256-289

original,assinado
Em fls. 177-209, os requeridos New Life Intermediação de

Negócios LTDA, Lucas dos Santos Raymundo, Vinícius dos Santos Raymundo e
documentoéécópia
Este documento dooriginal,
cópiado
. WITU21700460765
fls. 335
322
, sobo onúmero
10:34, sob
Everton dos Santos Raymundo, apresentaram defesa.
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
Em fls. 256-289, as requeridas Bianca Cristina Sbrissa
10/05/2021
05/11/2021
Raymundo e Thalita Francielly da Silva apresentaram defesa.
emem
protocolado
Abaixo, passar-se à manifestação acerca dos pontos por eles
protocolado
arguidos.
Paulo,
Paulo,
2.1. DAS PRELIMINARES ARGUIDAS
de Sao
de Sao
do Estado
2.1.1. ALEGADO INDEFERIMENTO DA INICIAL
do Estado
de Justica
Defendem os requeridos que a inicial deve ser indeferida, pois
de Justica
trata-se de uma execução forçada, não tendo preenchido os requisitos do inciso III
e Tribunal
do art. 784 do CPC. Por inadequação do procedimento e pela impossibilidade de
e Tribunal
adaptação à natureza da causa, pleiteiam a extinção do feito sem julgamento do
CASCONE
mérito. Registram, ainda, que a peça inicial é inepta.
HONORATOROSACUNALI
Não assiste razão aos requeridos. Isso porque, conforme se
FERNANDES
extraí da peça vestibular, a presente demanda tem como objetivo o reconhecimento
da nulidade do contrato firmado entre as partes, não havendo, em momento algum,
DE FREITAS
AUGUSTUS
indicativo de execução forçada do contrato.
MURILLO
Ademais, a demanda preenche todas as condições, quais
VINICIUS
sejam, possibilidade, interesse de agir e legitimidade, é apta e contém todos os

porpor
elementos e condições da ação. Verifica-se, de sua análise, que os fatos estão

digitalmente
descritos de forma clara e os pedidos decorrem logicamente, sendo certos e

determinados.
original,assinado
Logo, deve ser afastada tal preliminar pelo n. Juízo, o que se

dooriginal,
requer.
cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 336
323
, sobo onúmero
10:34, sob
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
2.1.2. ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO REQUERIDO EVERTON DOS
SANTOS RAYMUNDO E DAS REQUERIDAS BIANCA CRISTINA SBRISSA
10/05/2021
05/11/2021
RAYMUNDO E THALITA FRANCIELLY DA SILVA
emem
protocolado
Alegam os requeridos que o réu Everton dos Santos Raymundo
protocolado
não é parte legítima para figurar no polo passivo da presente, “pelo simples fato de
Paulo,
ser pessoa estranha ao negócio jurídico objeto desta lide”.
Paulo,
de Sao
de Sao
As rés Bianca e Thalita sustentam que “apenas o fato de serem
do Estado
do Estado
casadas não significa que são sócias ocultas da empresa NEW LIFE”, e que mesmo
de Justica
que se considere que as mesmas participavam de alguma forma da empresa, elas
de Justica
“seriam meras funcionárias ou divulgadoras do negócio levado a efeito pela
e Tribunal
empresa”, ou seja, no máximo, “seriam funcionárias da sociedade empresária, de
e Tribunal
modo a reparação de eventuais danos causados por empregados, no exercício de
CASCONE
suas funções, deve ser apreciado pela justiça do trabalho”.
HONORATOROSACUNALI
De plano, insta consignar que deve ser incluído no polo passivo
FERNANDES
aquele contra quem se pretende a satisfação do direito, de modo que a simples
indicação pela autora de que a parte adversa deve ser condenada é suficiente para
DE FREITAS
AUGUSTUS
legitimá-la a responder a ação, razão pela qual deve ser afastada a preliminar de
ilegitimidade de parte arguida pelos réus. MURILLO
VINICIUS
Outrossim, importa ressaltar QUE NENHUM DOS RÉUS

porpor
TROUXE AOS AUTOS QUALQUER DOCUMENTO COMPROBATÓRIO DE SUAS

digitalmente
ALEGAÇÕES. JUNTARAM APENAS PROCURAÇÃO, DOCUMENTOS

PESSOAIS, E CONTRATO SOCIAL DA EMPRESA RÉ.
original,assinado
Ao contrário do que aduzem os requeridos, o Sr. Everton e as

dooriginal,
Sras. Bianca e Thalita sempre participaram da empresa New Life como sócios de
cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 337
324
, sobo onúmero
10:34, sob
fato/oculto, apesar de não constarem no contrato social.
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
Os sócios da empresa requerida não são apenas aqueles
10/05/2021
05/11/2021
constantes no contrato social da empresa, mas, também, todos aqueles constantes
no polo passivo da presente demanda. Isso porque, a família opera de modo oculto
emem
protocolado
as atividades da empresa.
protocolado
Paulo,
Conforme exposto na peça vestibular, o Sr. Everton é titular da
Paulo,
de Sao
empresa Everton dos Santos Raymundo Itu – ME, inscrita no CNPJ
de Sao
n°10.581.238/0001-01, a qual possuí restrições judiciais, e que levou o mesmo a se
do Estado
do Estado
omitir no quadro societário da empresa requerida.
de Justica
de Justica
A empresa requerida alterou seu contrato social recentemente
e Tribunal
(junho/2020 – fls. 74-91), conforme documento anexo, passando a cláusula 13ª a
e Tribunal
vigorar com a determinação de que o regime do matrimônio ou da união estável dos
CASCONE
sócios deverá ser o de separação total de bens, sob pena de exclusão da
CUNALI
sociedade.
HONORATO
FERNANDES ROSA
Ora, por qual razão os requeridos alterariam o contrato social
da empresa, para determinar o regime de bens que deveriam ter os matrimônios
DE FREITAS
dos sócios, se não para buscarem a ocultação de bens daqueles? Evidente que tal
AUGUSTUS
alteração foi realizada após surgirem claras evidências do esquema de pirâmide
MURILLO
financeira, e ajuizamento de processos judiciais.
VINICIUS
porpor
Da análise do documento de fls. 74-91, verifica-se que a

digitalmente
alteração no contrato social foi realizada em junho de 2020, comprovando, assim, a

tentativa de ocultação do patrimônio dos réus e reforçando a existência de
original,assinado
administração da empresa por sócios ocultos.

dooriginal,
Não há outra conclusão, se não a de busca incessante de

cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 338
325
, sobo onúmero
10:34, sob
blindagem do próprio patrimônio, na tentativa de eximirem-se de eventual
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
responsabilização judicial, mormente porque, nos últimos tempos, dispararam o
número de ações judiciais contra os mesmos, o que pode ser verificado por simples
10/05/2021
05/11/2021
pesquisa no sítio eletrônico do TJSP (Esaj), que indica a existência de mais de 40
ações contra os requeridos.
emem
protocolado
protocolado
É evidente que os sócios (constantes e não constantes no
Paulo,
contrato social) apenas lucravam e se utilizavam dos valores investidos, lesando de
Paulo,
de Sao
forma flagrante o direito dos investidores, mediante o emprego de falsas promessas,
de Sao
inclusive na situação da requerente.
do Estado
do Estado
de Justica
Ademais, não merece acolhida a tese das rés de que “seriam
de Justica
meras funcionárias ou divulgadoras do negócio levado a efeito pela empresa”, ou
e Tribunal
seja, no máximo, “seriam funcionárias da sociedade empresária, de modo a
e Tribunal
reparação de eventuais danos causados por empregados, no exercício de suas
CASCONE
funções, deve ser apreciado pela justiça do trabalho”, posto que não há qualquer
CUNALI
comprovação nos autos de vínculo empregatício pelas mesmas, razão pela qual
HONORATOROSA
carece de fundamento tal alegação, que deve ser afastada por este n. Juízo.
FERNANDES
Oportuno destacar, ainda, que da análise da peça de defesa
DE FREITAS
AUGUSTUS
das requeridas Bianca e Thalita, verifica-se as mesmas apresentam descrições do
negócio da empresa ré, apontando detalhes sobre a aplicação da teoria da MURILLO
onerosidade, demonstrando incontroversa ciência das condições administrativas e
VINICIUS
financeiras da empresa, o que reforça a participação como sócias ocultas.

porpor
digitalmente
Tem-se, portanto, por qualquer ângulo que se analise, que o réu

Everton e as rés Bianca e Thalita são partes legítimas para figurarem no polo
original,assinado
passivo da demanda, devendo ser rejeitada a preliminar arguida.

documentoéécópia
cópiado
. WITU21700460765
fls. 339
326
, sobo onúmero
10:34, sob
Por fim, destaca-se que estão presentes os requisitos
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
autorizadores da desconsideração da personalidade jurídica, diante do evidente
desvio de finalidade e abuso da personificação jurídica, nos termos do art. 50 do
10/05/2021
05/11/2021
Código Civil, bem como nos termos do art. 28 do Código de Defesa do Consumidor,
que prevê a imediata desconsideração da personalidade jurídica, nos termos já
emem
protocolado
expostos na peça inicial, que ora se reitera.
protocolado
Paulo,
2.1.3. DA ALEGADA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES PARA A
Paulo,
de Sao
CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA
de Sao
do Estado
do Estado
Buscam os réus a revogação da tutela concedida em fls. 103-
de Justica
108, ao argumento de que para a sua concessão deveria ter sido demostrada a
de Justica
“conduta fraudulenta da empresa ré a fim de se colocar em risco o resultado útil do
e Tribunal
processo”, não tendo havido comprovação de que há uma pirâmide financeira e
e Tribunal
intenção de dilapidação do patrimônio.
CASCONE
CUNALI
Sem razão, contudo.
HONORATO
FERNANDES ROSA
A r. decisão de fls. 103-108, que concedeu a tutela de urgência
para manter os requeridos pessoas físicas no polo passivo e determinar o imediato
DE FREITAS
AUGUSTUS
bloqueio de valores pelo sistema SISBAJUD até o limite de R$ 25.000,00, agiu de
forma cautelosa, atendendo a todos os requisitos legais, considerando a MURILLO
demonstração pela autora da probabilidade do direito e do perigo da demora e ao
VINICIUS
resultado útil do processo.

porpor
digitalmente
Nessa senda, cumpre transcrever trechos da acertada decisão

do n. Juízo (fls. 103-108):
original,assinado
(…)
documentoéécópia
cópiado
. WITU21700460765
fls. 340
327
, sobo onúmero
10:34, sob
Contudo, conforme bem descrito na petição inicial, as cláusulas
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
indicadas nos instrumentos não se coadunam com a natureza
àsàs16:53
da sociedade criada. Por outro lado, em tese, a sociedade
constituída emitiu notas fiscais de prestação de serviço, o que
10/05/2021
também mostra-se estranho para a relação jurídica constituída.
05/11/2021
Nesta fase inicial do processo, há indícios da prática conhecida
como “pirâmide financeira”, bem como a responsabilidade dos
emem
sócios da empresa requerida. A captação de recursos financeiras
protocolado
de diversos interessados demonstrada pelo elevado número de
protocolado
ações judicial revelam, por ora, que o dinheiro arrecadado não era
investido e apenas utilizado para o pagamento dos interessados
por determinado período.
Paulo,
Paulo,
Ademais, neste momento, há fundadas dúvidas de que a empresa
de Sao
requerida não tem autorização dos órgãos competentes para
de Sao
operar no mercado financeira.
do Estado
do Estado
Por outro lado, revendo meu posicionamento anterior, o elevado
número de ações judiciais movida nesta comarca contra os
de Justica
requeridos e a dificuldade de localização de recursos nas
de Justica
diligências realizadas naquelas demandas, revelam fundado
perigo de dano e risco ao resultado útil do processo.
e Tribunal
Por identidade de razões, há fortes indícios de abuso de
e Tribunal
personalidade e de desvio da finalidade, o que autoriza a
manutenção dos requeridos pessoas físicas no polo passivo da
CASCONE
ação.
CUNALI
(…) (g.n.)
HONORATOROSA
Comprovada, portanto, a probabilidade do direito e o perigo da
FERNANDES
demora e ao resultado útil do processo, não deve ser acolhida a tese dos
DE FREITAS
requeridos, mantendo-se a tutela concedida, a qual deverá ser confirmada quando
AUGUSTUS
da prolação da r. sentença, o que se requer.
MURILLO
VINICIUS
2.1.4. DA IMPUGNAÇÃO À GRATUIDADE DA JUSTIÇA

porpor
digitalmente
Intentam os requeridos a revogação da concessão dos

benefícios da justiça gratuita à autora na r. decisão de fls. 103-108, ao argumento
de que “simples afirmação do alegado estado de pobreza, ou seja, de que faz jus
original,assinado
aos benefícios da justiça gratuita, acompanhada de requerimento, cópia da carteira

dooriginal,
de trabalho e extrato mensal bancário dos últimos meses não são suficientes para
cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 341
328
, sobo onúmero
10:34, sob
caracterizar a exigência da justiça gratuita”.
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
Novamente, ao contrário do que afirmam os requeridos, e
10/05/2021
05/11/2021
conforme pontuado na própria peça inicial, o art. 99 do CPC dispõe que:
emem
protocolado
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na
protocolado
petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro
no processo ou em recurso
Paulo,
(…)
Paulo,
de Sao
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida
de Sao
exclusivamente por pessoa natural. (g.n.)
do Estado
do Estado
Menciona-se, novamente, que a autora encontra-se
de Justica
desempregada, conforme constata-se pela CTPS juntada em fls. 33-35.
de Justica
e Tribunal
A autora é pessoa pobre na acepção jurídica do termo, não
e Tribunal
podendo demandar em juízo sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.
ROSA CASCONE
CUNALI
Em fls. 29 está a declaração de hipossuficiência da autora,
HONORATO
documento suficiente para a concessão da benesse pleiteada.
FERNANDES
DE FREITAS
Nesse sentido, decidiu o E. Tribunal de Justiça do Estado de
AUGUSTUS
São Paulo:
MURILLO
VINICIUS
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Gratuidade de justiça – Declaração de

pobreza nos termos da Lei 1.060/50 que induz presunção iuris tantum –
Benefício concedido a quem comprove a insuficiência de recursos nos
porpor
termos do art. 5º, inciso LXXIV da CF – Necessidade da presença dos

digitalmente
requisitos autorizadores – Inteligência dos artigos 98 a 102, do Código

de Processo Civil – Parte que demonstrou documentalmente estar

vivendo em situação humilde sem recursos para arcar com as custas
do processo –Precedentes – Decisão reformada – Recurso provido. (TJSP;
Agravo de Instrumento 2214293-93.2019.8.26.0000; Relator (a):Mendes
original,assinado
Pereira; Órgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível
– 4ª Vara Cível; Data do Julgamento:08/01/2020; Data de Registro:
08/01/2020) (g.n.)
dooriginal,
APELAÇÃO – Pedido de Justiça Gratuita – Declaração de

cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 342
329
, sobo onúmero
10:34, sob
hipossuficiência de recursos que garante ao interessado presunção de
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
boa-fé quanto ao afirmado – Presunção relativa de veracidade –
àsàs16:53
Gratuidade concedida. (…) (TJSP; Apelação Cível0025393-
46.2011.8.26.0161; Relator (a): Costa Netto; Órgão Julgador: 9ª Câmara de
Direito Privado; Foro de Diadema – 1ª.Vara Cível; Data do Julgamento:
10/05/2021
05/11/2021
28/01/2020; Data de Registro:29/01/2020) (g.n.)
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – Impugnação à decisão que manteve o

benefício da gratuidade processual - Pessoa física - Admissibilidade
emem
desde que declarada a falta de condições de pagar as custas e
protocolado
despesas processuais – Art. 99, §3º do CPC/2015 – Presunção 'iuris
protocolado
tantum' da condição de necessitado - Busca da efetividade do direito
de acesso à Justiça – Ausência de elementos objetivos que
demonstrem a falta dos pressupostos legais para concessão da
Paulo,
gratuidade – Benefício mantido – Recurso improvido." (TJSP;Agravo de
Paulo,
Instrumento 2143031-83.2019.8.26.0000; Relator (a):J. B. Franco de Godoi;
de Sao
Órgão Julgador: 23ª Câmara de Direito Privado; Foro de Guarujá – 3ª Vara
de Sao
Cível; Data do Julgamento:11/12/2019; Data de Registro: 13/12/2019) (g.n.)
do Estado
do Estado
E o C. STJ sobre o tema:
de Justica
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
de Justica
AÇÃO RESCISÓRIA. JUSTIÇA GRATUITA. REVOGAÇÃO. DECLARAÇÃO
DE HIPOSSUFICIÊNCIA. PRESUNÇÃO IURIS TANTUM. AUSÊNCIA DE
e Tribunal
CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA ELIDIR A PRESUNÇÃO. RECURSO
e Tribunal
PROVIDO. (…) 3. Para a concessão do benefício da justiça gratuita, basta a
declaração, feita pelo interessado, de que sua situação econômica não
CASCONE
permite vir a juízo, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.4. A
declaração prestada de hipossuficiência firma em favor do requerente a
CUNALI
presunção iuris tantum de necessidade, que só poderá ser elidida diante de
prova concreta em contrário, o que na hipótese não ocorreu.5. Agravo
ROSA
regimental provido para dar provimento ao recurso especial.(AgRg no REsp
HONORATO
1508107/PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
FERNANDES
11/04/2019, DJe 08/05/2019) (g.n.)
PROCESSUAL CIVIL. JUSTIÇA GRATUITA. IMPOSTO DE RENDA.

FAIXAS DE RENDIMENTOS. CRITÉRIO ABSTRATO.
DE FREITAS
INADMISSIBILIDADE.1. É assente na jurisprudência do STJ que a simples
AUGUSTUS
declaração de hipossuficiência da pessoa natural, ainda que dotada de
presunção iuris tantum, é suficiente ao deferimento do pedido de gratuidade
de justiça quando não ilidida por outros elementos dos autos. 2. Esta Corte
MURILLO
Superior rechaça a adoção única de critérios abstratos, como a faixa de
isenção do imposto de renda, uma vez que eles não representam fundadas
VINICIUS
razões para denegação da justiça gratuita.3. Agravo interno desprovido.

(AgInt no REsp 1372128/SC, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA
porpor
TURMA, julgado em 12/12/2017, DJe 26/02/2018)(g.n.)

digitalmente
Destarte, tendo em vista a impossibilidade financeira da autora

arcar com as custas e despesas do processo sem prejuízo de seu sustento próprio
original,assinado
e de sua família, bem como não apresentados elementos pelos requeridos capazes
de infirmar tal benefício, tem-se que a concessão da benesse deve ser mantida, o
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cópiado
. WITU21700460765
fls. 343
330
, sobo onúmero
10:34, sob
que se requer.
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
2.2. DA ALEGADA INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E
10/05/2021
05/11/2021
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
emem
protocolado
Apontam os requeridos a impossibilidade de condenação
protocolado
solidária e de desconsideração da personalidade jurídica, visto que “não houve
Paulo,
nenhum ato praticado pela empresa requerida que caracterizasse excesso de
Paulo,
de Sao
poder, infração da lei ou descumprimento contratual”.
de Sao
do Estado
do Estado
Razão não lhes assiste.
de Justica
de Justica
A situação da empresa ré é conhecida, inclusive, por esta d.
Vara Cível. Mais uma vez, cabe registrar que através de uma simples consulta ao
e Tribunal
e Tribunal
sistema do TJSP (Esaj), encontra-se resultado de mais de 40 ações contra os
CASCONE
requeridos, tendo, quase que a totalidade, o mesmo objeto da presente demanda,
CUNALI
qual seja, o reconhecimento da nulidade de contratos de sociedade em conta de
ROSA
participação, apontando que o serviço oferecido pela empresa ré e seus sócios
HONORATO
FERNANDES
configura esquema de pirâmide financeira, lesando direito de vários consumidores.
DE FREITAS
Os sócios da empresa requerida, como demonstrado, não são
AUGUSTUS
apenas aqueles constantes no contrato social da empresa, mas, também, todos
MURILLO
aqueles constantes no polo passivo da presente demanda. Isso porque, a família
VINICIUS
opera de modo oculto as atividades da empresa, agindo, os réus, da seguinte

porpor
maneira:
digitalmente
◦ Lucas dos Santos Raymundo: sócio-administrador; consta no

contrato social como sócio; consta no QSA e JUCESP;
original,assinado
◦ Vinicius dos Santos Raymundo: sócio-administrador; consta

no contrato social como sócio; consta no QSA e JUCESP;
dooriginal,
◦ Everton dos Santos Raymundo: sócio oculto

cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 344
331
, sobo onúmero
10:34, sob
◦ Thalita Francielly Raymundo: sócia oculta; esposa do Lucas;
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
administra cursos na frente New Life Institucional;
àsàs16:53
◦ Bianca Cristina Sbrissa: sócia oculta; esposa do Everton;
10/05/2021
divulga em redes sociais que atua na frente New Life
05/11/2021
Technology.
emem
Como já apontado na peça inicial e nos tópicos anteriores, o réu
protocolado
protocolado
Everton é titular da empresa Everton dos Santos Raymundo Itu – ME, inscrita no
CNPJ n° 10.581.238/0001-01, que possuí restrições judiciais, e que levou o mesmo
Paulo,
Paulo,
a se omitir no quadro societário da empresa ora requerida.
de Sao
de Sao
do Estado
Importante destacar, ainda, que a empresa requerida alterou
do Estado
seu contrato social recentemente, conforme documento anexo em fls. 74-91,
de Justica
passando a cláusula 13ª a vigorar com a determinação de que o regime do
de Justica
matrimônio ou da união estável dos sócios deverá ser o de separação total de bens,
e Tribunal
sob pena de exclusão da sociedade.
e Tribunal
CASCONE
CUNALI
Ora, por qual razão os requeridos alterariam o contrato social
ROSA
da empresa, para determinar o regime de bens que deveriam ter os matrimônios
HONORATO
dos sócios, se não para buscarem a ocultação de bens daqueles? Evidente que tal
FERNANDES
alteração foi realizada após surgirem claras evidências do esquema de pirâmide
DE FREITAS
financeira, e ajuizamento de processos judiciais.
Da análise do documento de fls. 74-91, verifica-se que a AUGUSTUS

MURILLO
VINICIUS
alteração no contrato social foi realizada em junho de 2020, comprovando, assim, a

tentativa de ocultação do patrimônio dos réus e reforçando a existência de
porpor
digitalmente
administração da empresa por sócios ocultos.

A conclusão a que se chega é a de que há busca incessante

original,assinado
pelos requeridos de blindar o próprio patrimônio, eximindo-se de eventual

dooriginal,
responsabilização judicial, mormente porque, nos últimos tempos, dispararam o

cópiado
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Este documento
. WITU21700460765
fls. 345
332
, sobo onúmero
10:34, sob
número de ações judiciais contra os mesmos, conforme demonstrado
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
exaustivamente.
10/05/2021
05/11/2021
Assim, é evidente que todos os requeridos administravam
conjuntamente a empresa New Life, os quais lucravam e se utilizavam dos valores
emem
protocolado
investidos, lesando de forma flagrante o direito dos investidores, mediante o
protocolado
emprego de falsas promessas, inclusive na situação da requerente.
Paulo,
Paulo,
de Sao
Ademais, salienta-se que, da análise da peça de defesa das
de Sao
requeridas Bianca e Thalita, verifica-se as mesmas apresentam descrições do
do Estado
do Estado
negócio da empresa ré, apontando detalhes sobre a aplicação da teoria da
onerosidade, demonstrando incontroversa ciência das condições administrativas e
de Justica
de Justica
financeiras da empresa, o que reforça a participação como sócias ocultas.
e Tribunal
e Tribunal
Incontroverso, portanto, que estão presentes os requisitos
CASCONE
autorizadores da desconsideração da personalidade jurídica, diante do evidente
CUNALI
desvio de finalidade e abuso da personificação jurídica, nos termos do art. 50 do
HONORATOROSA
Código Civil, bem como nos termos do art. 28 do Código de Defesa do Consumidor,
FERNANDES
que prevê a imediata desconsideração da personalidade jurídica, razão pela qual
não deve ser acolhida a tese dos requeridos.
DE FREITAS
AUGUSTUS
Ressalta-se, por fim, que o artigo 133, § 2º do CPC dispensa a
MURILLO
instauração de incidente processual quando a desconsideração da personalidade
VINICIUS
jurídica for requerida na exordial, o que pleiteia-se na presente.

porpor
digitalmente
2.3. DA ALEGADA INAPLICABILIDADE DO CDC
Intentam os requeridos a não aplicação do Código de Defesa ao

original,assinado
Consumidor na presente demanda, alegando que a autora não era consumidora

dooriginal,
final, mas, sim, investidora.

cópiado
documentoéécópia
Este documento
havia uma aba de “sacola”:
Razão não lhes assiste.
Technology, bem como pelas ofertas constantes em “loja virtual” no mesmo

endereço. Inclusive, conforme capturas de tela colacionadas no corpo da vestibular,
conforme verifica-se pela descrição no sítio eletrônico da frente New Life
Conforme pontuado na peça inicial, e de conhecimento desde n.
Juízo, a empresa requerida claramente fornece prestação de serviços financeiros,
<https://www.newlifetechnology.com.br/> Acesso em 19/02/2021

fls. 346
333
Este documento
documentoéécópia
cópiado
dooriginal,
original,assinado digitalmente
assinadodigitalmente porpor MURILLO
VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES ROSACUNALI e Tribunal
CASCONE de Justica
e Tribunal do Estado
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
Paulo, protocolado 05/11/2021
emem 10/05/2021
àsàs16:53
10:34, sob
, sobo onúmero
WITU21700460765 .
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
8801C0A.
. WITU21700460765
fls. 347
334
, sobo onúmero
10:34, sob
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
05/11/2021
emem àsàs16:53
10/05/2021
de Justica
de Justica
e Tribunal de Sao
do Estado
do Estado Paulo,
Paulo,
de Sao protocolado
protocolado
<https://www.newlifetechnology.com.br/> Acesso em 19/02/2021
e Tribunal
CASCONE
Tem-se, portanto, por comprovada a relação de consumo entre
CUNALI
a autora e a empresa requerida, posto que os mesmos se enquadram nos conceitos
ROSA
de consumidor e fornecedor, sendo a autora consumidora e a 1ª requerida
HONORATO
FERNANDES
fornecedora de serviços financeiros, conforme prevê os art. 2º e 3º do CDC, que
dispõem:
DE FREITAS
AUGUSTUS
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou
utiliza produto ou serviço como destinatário final. MURILLO
VINICIUS
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de

pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas
porpor
relações de consumo.
digitalmente
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou

privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
original,assinado
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou

prestação de serviços.
dooriginal,
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 348
335
, sobo onúmero
10:34, sob
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,
àsàs16:53
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária,
financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações
10/05/2021
de caráter trabalhista.
05/11/2021
Ora, na inicial, também, colacionou-se capturas de tela da rede
emem
protocolado
social da empresa New Life no Instagram (@newlife_technology), que não está mais
protocolado
disponível, que comprovaram que a conta era seguida por 48,8 mil seguidores.
Paulo,
Paulo,
Além disso, há um canal no YouTube com diversos vídeos
de Sao
de Sao
comerciais de produtos oferecidos pela empresa ré
do Estado
(<https://www.youtube.com/channel/UCvVMm2Wfo1HhelsvO8NtSbA/videos> link
do Estado
ainda disponível).
de Justica
de Justica
e Tribunal
Evidente, assim, a relação de consumo na presente demanda,
e Tribunal
razão pela qual faz-se necessária a aplicação do CDC, nos termos pleiteados na
CASCONE
peça inicial.
ROSACUNALI
2.4. DA ALEGADA LEGALIDADE DOS INSTRUMENTOS CONTRATUAIS E DA
HONORATO
FERNANDES
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
DE FREITAS
Aduzem os réus que o contrato objeto da presente demanda, de
AUGUSTUS
sociedade em conta de participação, são legais e preenchem os requisitos de
MURILLO
validade.
VINICIUS
porpor
A autora firmou com a empresa requerida dois documentos

digitalmente
denominados “Instrumento Particular de Constituição de Sociedade em Conta de

Participação”, que tinham por objeto social a gestão e agenciamento do capital
original,assinado
aplicado pela autora nos valores de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente ao
contrato assinado em 12/07/2019, e R$ 20.000,00 (vinte mil reais), referente ao
dooriginal,
contrato assinado em 13/09/2019.

cópiado
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Este documento
. WITU21700460765
fls. 349
336
, sobo onúmero
10:34, sob
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
Ocorre que, conforme demonstrado, a relação havida entre as
partes foi travestida de sociedade em conta de participação.
10/05/2021
05/11/2021
Tal relação trata-se de captação e administração de valores
emem
protocolado
realizada pela empresa requerida.
protocolado
Paulo,
Contudo, para exercer tais funções, é necessário seguir a
Paulo,
de Sao
legislação pertinente e estar em conformidade com o que preceitua a Comissão de
de Sao
Valores Imobiliários (CVM).
do Estado
do Estado
de Justica
Certo é que a Lei n° 6.385/76 determina que “o exercício
de Justica
profissional da administração de carteiras de valores mobiliários de outras pessoas
e Tribunal
está sujeito à autorização prévia da Comissão”.
e Tribunal
CASCONE
Nesse sentido, também é o art. 2° da Instrução Normativa n°
CUNALI
558/2015 da CVM, que dispõe que “a administração de carteiras de valores
HONORATOROSA
mobiliários é atividade privativa de pessoa autorizada pela CVM”. Entretanto, a
FERNANDES
empresa requerida não possuí o cadastro exigido.
DE FREITAS
AUGUSTUS
Da análise dos documentos juntados com a defesa, verifica-se
que NÃO HÁ COMPROVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DA CVM para que a empresa MURILLO
requerida pudesse se ativar no mercado financeiro, tal como fazia.
VINICIUS
porpor

digitalmente
209), OS REQUERIDOS CONFESSAM O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DA

EMPRESA RÉ NO MERCADO FINANCEIRO, SEM QUALQUER AUTORIZAÇÃO
original,assinado
DA CVM, em evidente inobservância da legislação pertinente.

documentoéécópia
cópiado
. WITU21700460765
fls. 350
337
, sobo onúmero
10:34, sob
Verifica-se, ainda, que os requeridos NÃO JUNTARAM
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
QUALQUER DOCUMENTO COMPROBATÓRIO DE SUAS ALEGAÇÕES, apenas
as procurações, documentos pessoais o contrato social.
10/05/2021
05/11/2021
Cumpre ressaltar que o n. Juízo da 2ª Vara Cível desta
emem
protocolado
Comarca, registrou em sua r. sentença no processo n° 1009091-20.2020.8.26.0286
protocolado
que:
Paulo,
Paulo,
de Sao
(…)
de Sao
Entretanto, no caso em tela, observa-se que o objeto do contrato
do Estado
de constituição da sociedade em conta de participação possui
do Estado
clara natureza de investimento coletivo.
de Justica
Tal assertiva tem por base o memorando nº 93/2019 –
de Justica
CVM/SRE/GER-3 da Comissão de Valores Imobiliários que aponta
seis requisitos para verificar se uma transação caracteriza o contrato
e Tribunal
de investimento coletivo: 1) se há investimento; 2) se o investimento
e Tribunal
é formalizado por um título ou contrato; 3) se o investimento é
coletivo; 4) se alguma forma de remuneração é oferecida aos
CASCONE
investidores; 5) se a remuneração oferecida tem origem nos esforços
do empreendedor ou de terceiros e 6) se a oferta é publica.
CUNALI
Note-se que o contrato em estudo possui como objeto um
HONORATOROSA
investimento financeiro, estabelecendo uma remuneração aos
investidores, que tem origem nos esforços do empreendedor,
FERNANDES
mediante pagamento de taxa de administração anual.
Em breve pesquisa pelo site do Tribunal de Justiça do Estado de
DE FREITAS
São Paulo observa-se mais de quarenta ações movidas contra a ré,
AUGUSTUS
no foro da Comarca de Itu, todas com base em contrato particular de
constituição de sociedade em conta de participação, envolvendo
capitação de recursos financeiros no mercado, com promessa de MURILLO
remuneração elevada do capital investido, o que evidencia a
VINICIUS
publicidade da oferta.
porpor
Ocorre que os contratos de investimento coletivo (CIC), se

ofertados publicamente, são considerados valor mobiliário,
digitalmente
sujeitos à disciplina e fiscalizada por parte da Comissão de

Valores Mobiliários – CVM, conforme estabelece expressamente
a Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 6.385/1976):
original,assinado
(…)
Tal norma visa à proteção da ordem econômica e dos próprios

dooriginal,
investidores, coibindo as captações abusivas de capital.

cópiado
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Este documento
. WITU21700460765
fls. 351
338
, sobo onúmero
10:34, sob
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
Todavia, a ré não possuía qualquer autorização da Comissão de
àsàs16:53
Valores Mobiliários para promover a oferta pública de valores
mobiliários, revelando-se irregular a captação de recursos e
10/05/2021
sujeitando os responsáveis, às penas do crime previsto no art.
05/11/2021
7º da Lei nº 7.492/86:
(…)
emem
protocolado
Também se verifica fortes indícios da ocorrência de pirâmide
protocolado
financeira, na medida em que não houve demonstração do destino
dado ao dinheiro investido ou da atuação da ré, ou de terceiro por
ela contratado, no mercado financeiro, o que faz presumir que o
Paulo,
“lucro” pago aos investidores anteriores advinha exclusivamente da
Paulo,
captação de recursos de novos investidores, prática vedada pelo art.
de Sao
2º, inciso IX, da Lei nº 1.521/51:
de Sao
do Estado
(…)
do Estado
Neste cenário, constata-se que nulo é o negócio jurídico
de Justica
celebrado, uma vez que a ré não possuía autorização para oferta
de Justica
de valor mobiliário e há fortes indícios de que sequer possuía
atuação no mercado financeiro, sendo o objeto do contrato
e Tribunal
baseado em engodo com promessa de lucro desproporcional.
e Tribunal
Assim, as partes devem retornar ao status quo ante.
CASCONE
Portanto, nulo o negócio jurídico, a ré deve restituir ao autor o capital
CUNALI
investido, acrescido de correção monetária pela Tabela do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo e juros de mora a partir do
ROSA
desembolso, descontados os valores já pagos.
HONORATO
FERNANDES
(…) (g.n.)
DE FREITAS
Ademais, vale pontuar que pela análise do art. 994 do Código
AUGUSTUS
Civil, que trata da sociedade em conta de participação, tem-se que a contribuição do
sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da MURILLO
VINICIUS
conta de participação relativa aos negócios sociais, ou seja, o sócio-ostensivo deve,

além de administrar, realizar uma contribuição patrimonial. Ocorre que, no caso em
porpor
digitalmente
comento, nunca houve contribuição patrimonial pela empresa ré, a qual apenas
administrava o capital investido, nos termos da Cláusula 5ª, e parágrafo primeiro da

Cláusula 8ª, dos contratos anexos com a inicial.
original,assinado
dooriginal,
Conforme o inciso XVII do art. 4° da Instrução Normativa n°

cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 352
339
, sobo onúmero
10:34, sob
1.863/2018 da Receita Federal do Brasil, as Sociedades em Conta de Participação
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
(SCPs) vinculadas aos sócios ostensivos devem obrigatoriamente proceder à
inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o que não ocorreu no
10/05/2021
05/11/2021
presente caso, não havendo comprovação pelos réus do contrário.
emem
protocolado
Ressalta-se que a autora acreditou assinar um contrato de
protocolado
prestação de serviços de gestão de valores por uma empresa idônea, possuidora de
Paulo,
todas as credenciais exigidas. Contudo, a empresa ré simulou a constituição de uma
Paulo,
de Sao
sociedade em conta de participação, por não possuir as credenciais necessárias,
de Sao
sob a finalidade de driblar a lei.
do Estado
do Estado
de Justica
Dessa forma, não há dúvidas quanto a nulidade do contrato
de Justica
havido entre as partes, devido a simulação praticada pela empresa ré, devendo o
e Tribunal
referido instrumento ser declarado nulo, conforme dispõe o artigo 167, do Código
e Tribunal
Civil, razão pela qual deve ser reconhecida a nulidade e a rescisão dos documentos
CASCONE
intitulados “Instrumento Particular de Constituição de Sociedade em Conta de
CUNALI
Participação”, tornando-os sem efeito, tudo nos termos pleiteados na peça inicial,
HONORATOROSA
que ora se reitera.
FERNANDES
2.5. DA ALEGADA AUSÊNCIA DE CULPA DA EMPRESA REQUERIDA NA
DE FREITAS
AUGUSTUS
RESCISÃO DOS CONTRATOS E INAPLICABILIDADE DA MULTA
CONTRATUAL MURILLO
VINICIUS
Buscam os requeridos a aplicação do disposto no art. 393 do

porpor
CC, pois entendem que a crise causada pela pandemia da Covid-19, fato
digitalmente
imprevisível, autorizou a rescisão e a resolução dos contratos firmados, motivo pelo

qual entende não ter tido culpa pelo término da relação contratual.
original,assinado
De plano, cumpre dizer que, conforme afirmado desde o início

documentoéécópia
cópiado
. WITU21700460765
fls. 353
340
, sobo onúmero
10:34, sob
do processo, os contratos firmados pelas partes, de sociedade em conta de
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
participação, são nulos, tendo sido reconhecida a nulidade, inclusive, em sentença
judicial, prolatada nos autos n° 1009091-20.2020.8.26.0286, cujo trecho foi
10/05/2021
05/11/2021
colacionado no tópico anterior. Impugna-se, novamente, expressamente, todas as
alegações dos requeridos referentes à validade dos contratos objeto da presente
emem
protocolado
demanda.
protocolado
Paulo,
Registre-se que, mesmo após o início da pandemia, a empresa
Paulo,
de Sao
requerida continuou exercendo suas atividades no mercado financeiro normalmente.
de Sao
do Estado
do Estado
Não é demais mencionar que se a empresa requerida
de Justica
realmente prezasse pela transparência, ética e boa fé, teria colacionado aos autos
de Justica
seus demostrativos financeiros, balanços etc. Entretanto, não juntaram qualquer
e Tribunal
documento capaz de comprovar a tese de insuficiência financeira lançada.
e Tribunal
CASCONE
Não merece acolhida, ainda, o argumento de que, por terem
CUNALI
ajuizado ação de recuperação judicial, a presente demanda deve ser suspensa.
HONORATO
FERNANDES ROSA
O processo n° 1001092-79.2021.8.26.0286, referente a
recuperação judicial da empresa ré, que tramita nesta d. Vara Cível, encontra-se em
DE FREITAS
AUGUSTUS
segredo de justiça. Mas, há notícia de que tenha sido extinta sem resolução de
mérito. MURILLO
VINICIUS
Nesta senda, não configura motivo suficiente para suspensão

porpor
da tramitação da presente demanda a existência de ação de recuperação judicial da

digitalmente
empresa requerida. Os contestantes sequer anexaram aos autos o comprovante de

distribuição e andamento daquela demanda.
original,assinado
Além disso, conforme bem pontuou o n. Juízo da 2ª Vara Cível

documentoéécópia
cópiado
. WITU21700460765
fls. 354
341
, sobo onúmero
10:34, sob
desta Comarca, na r. sentença prolatada nos autos n° 1009091-20.2020.8.26.0286:
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
Aponto que mesmo que haja o deferimento do processamento da
10/05/2021
05/11/2021
recuperação judicial nos autos 1001092-79.2021.8.26.0286, em
trâmite perante a 3ª Vara Cível de Itu, o que não foi comprovado nos
autos, não é motivo para suspensão do presente feito.
emem
protocolado
A respeito do tema, o artigo 6º, §1º, da Lei nº 11.101/2005, dispõe:
protocolado
"Art. 6º. A decretação da falência ou o deferimento do
processamento da recuperação judicial suspende o curso da
Paulo,
prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor,
Paulo,
inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. §1º
Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a
de Sao
ação que demandar quantia ilíquida."
de Sao
do Estado
Nessa mesma linha, Fábio Ulhoa Coelho pondera que: “As ações de
do Estado
conhecimento contra o devedor falido ou em recuperação não se
suspendem pela sobrevinda da falência ou do processo visando o
de Justica
benefício. Não são execuções e, ademais, o legislador reservou a
de Justica
elas um dispositivo específico preceituando o prosseguimento (§1º).”
(2 Comentários à Lei de Falências e de Recuperação de Empresa.
e Tribunal
5ª Ed. São Paulo. Editora Saraiva, 2008. Cit. p. 39).
e Tribunal
Não é outro o entendimento do E. Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo:
CASCONE
CUNALI
"APELAÇÃO. CONTRATO PARTICULAR DE PROMESSA DE
COMPRA E VENDA. ATRASO NA OBRA. Sentença de
ROSA
procedência parcial, que estabeleceu indenização correspondente
HONORATO
a 0,7% do valor do imóvel. PEDIDO DE SUSPENSÃO/EXTINÇÃO
POR FORÇA DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE UMA DAS RÉS.
FERNANDES
Indeferimento. Processo em fase de conhecimento, estando-se a
demandar por quantia ilíquida, com aplicação do artigo 6º, § 1º da
Lei 11.101/05. Desenvolvimento do feito junto ao juízo de origem
DE FREITAS
até a formação do título executivo judicial.
AUGUSTUS
APLICABILIDADE DO CDC à relação, que não interfere no
resultado da demanda. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA.
Demora na obtenção do "habitese" que não se constitui força maior MURILLO
e não é capaz de afastar a mora das rés, já sendo este entrave
VINICIUS
burocrático considerado para a aceitação da validade do prazo de

tolerância de 180 dias. Súmulas nº 160 e 161 do TJSP. Mora
porpor
caracterizada. LUCROS CESSANTES. Prejuízos derivados do

atraso na entrega da unidade imobiliária que decorrem do
digitalmente
impedimento de uso desse bem no tempo programado,

independentemente do destino que se pretenda conferir a essa

unidade. Súmula nº 182 do TJSP e Precedentes do STJ.
Requisitos da Responsabilidade Civil presentes. Sentença mantida.
RECURSO DAS RÉS IMPROVIDO." (Processo
original,assinado
40036513620138260577 SP 4003651-36.2013.8.26.0577; Órgão

Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Publicação: 11/08/2017;
Julgamento: 8 de Agosto de 2017; Relator: Mariella Ferraz de
dooriginal,
Arruda Pollice Nogueira). Grifei.

cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 355
342
, sobo onúmero
10:34, sob
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
Portanto, indefiro o pedido de suspensão do feito, determinando seu
àsàs16:53
regular prosseguimento.
10/05/2021
05/11/2021
Ora, não há que se aplicar, portanto, a teoria da imprevisão
indicada pelos requeridos.
emem
protocolado
protocolado
A atividade por eles exercida não estava sequer legalizada, nos
termos dos requisitos para exercício no mercado financeiro.
de Sao
de Sao Paulo,
Paulo,
do Estado
209), os requeridos confessam o exercício da atividade da empresa ré no mercado
do Estado
financeiro, sem qualquer autorização da CVM, em evidente inobservância da
de Justica
de Justica
legislação pertinente.
e Tribunal
e Tribunal
Destarte, não há falar em inaplicabilidade da multa contratual,
CASCONE
em virtude do inadimplemento ter se dado “por culpa exclusiva de terceiro
CUNALI
(Autoridade pública), em razão de atos de Estado”, em decorrência da pandemia
ROSA
causada pela covid-19.
HONORATO
FERNANDES
Destarte, deve ser rejeitada a tese apontada pelos requeridos
DE FREITAS
na peça de defesa.
AUGUSTUS
MURILLO
2.6. DA ALEGADA INEXISTÊNCIA DE DANO MATERIAL E DANO MORAL
VINICIUS
porpor
Defendem os requeridos que não há dever de indenizar os

digitalmente
danos materiais suportados pela autora, ao argumento de que a presente se trata

de pedido de restituição. Alegam que a empresa “não teve nenhuma participação
direta no evento que deu origem aos eventuais danos materiais experimentos pela
original,assinado
autora”, bem como que “sempre cumpriu com suas obrigações legais e contratuais,
dooriginal,
apesar das dificuldades econômico-financeiras enfrentadas durante a pandemia da

cópiado
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Este documento
. WITU21700460765
fls. 356
343
, sobo onúmero
10:34, sob
covid-19”, motivo pelo qual entendem não ser devida indenização por danos
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
materiais e morais.
10/05/2021
05/11/2021
De plano, cumpre ressaltar que os requeridos, em fls. 204, se
comprometem “a honrar com os contratos entabulados, desde que haja o ajuste nos
emem
protocolado
dispositivos contratuais referentes a devolução dos valores, abatendo-se as
protocolado
quantias já recebidas durante a vigência dos contratos”.
Paulo,
Paulo,
Ora, conforme exposto na peça vestibular, a empresa requerida
de Sao
de Sao
utilizou-se de pirâmide financeira para lucrar com os “investimentos” realizados pela
do Estado
do Estado
autora, bem como por diversas outras pessoas, tendo a requerente pago o importe
total de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) para tanto. Os pagamentos efetuados
de Justica
de Justica
pela empresa ré à autora eram referentes aos lucros pré-fixados, e não
e Tribunal
especificamente devolução do importe investido.
e Tribunal
CASCONE
Destarte, considerando o já evidenciado esquema de pirâmide
CUNALI
financeira da empresa requerida, que forjou um negócio altamente atrativo e
ROSA
lucrativo, se valendo da falta de conhecimento sobre investimentos da autora, para
HONORATO
FERNANDES
unicamente lucrar sobre valores que a requerente acumulou com muito esforço
durante a vida, tem-se por violada fortemente a honra, imagem e dignidade da
DE FREITAS
autora, tutelados pelo ordenamento jurídico no art. 1º, III e art. 5º, X da CF.
AUGUSTUS
MURILLO
Merece destaque a responsabilidade objetiva dos requeridos,
VINICIUS
que devem responder solidariamente, nos termos do CDC.

porpor
digitalmente
Ademais, estabelecem os artigos 186 e 927 do Código Civil

que:
original,assinado
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou

imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
dooriginal,
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

cópiado
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Este documento
. WITU21700460765
fls. 357
344
, sobo onúmero
10:34, sob
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
fica obrigado a repará-lo.
àsàs16:53
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
10/05/2021
05/11/2021
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.
emem
Por fim, cumpre impugnar expressamente a alegação dos
protocolado
protocolado
requeridos de que a empresa ré “tentou renegociar os termos do negócio jurídico
entabulado entre as partes, bem como a devolução integral do montante investido e
Paulo,
Paulo,
aplicado, porém a requerente se manteve resistente, tanto para eventual
de Sao
renegociação contratual, quanto para uma possível composição”. Ora, conforme
de Sao
do Estado
amplamente demonstrado nos autos, e, inclusive, de conhecimento desse n. Juízo,
do Estado
a empresa ré deixou de cumprir com os termos dos contratos, o que levou dezenas
de Justica
de pessoas a ajuizarem ações contra a mesma.
de Justica
e Tribunal
Não há falar, portanto, em isenção dos requeridos ao
e Tribunal
pagamento de danos materiais e morais à autora, os quais devem ser condenados
CASCONE
solidariamente ao pagamento dos importes requeridos na peça inicial, tudo
CUNALI
conforme lá fundamentado e pleiteado, tendo em vista os princípios da
HONORATOROSA
razoabilidade e da proporcionalidade, mormente pelo lucro experimentado pela
FERNANDES
empresa ré ao se utilizar do esquema de pirâmide financeira.
DE FREITAS
AUGUSTUS
2.7. DA ALEGADA INEXISTÊNCIA DE ESQUEMA E/OU PIRÂMIDE FINANCEIRA
MURILLO
VINICIUS
Alegam os réus que, para a caracterização de pirâmide

financeira, é necessário que haja recrutamento de pessoas, pagamento de
porpor
digitalmente
comissões ao indicar pessoas, promessa de ganho fácil e exorbitante, lucros altos

em produtos e plano de carreira na medida que indica pessoas, falta de informações

sobre o produto oferecido, e falta de informações básicas sobre a empresa
original,assinado
responsável por cuidar do dinheiro e sobre seus donos, não tendo havido o
dooriginal,
preenchimento de tais requisitos, no caso.

cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 358
345
, sobo onúmero
10:34, sob
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
Entretanto, conforme é de conhecimento, inclusive, deste n.
Juízo, a empresa requerida utilizou-se de pirâmide financeira para lucrar com os
10/05/2021
05/11/2021
“investimentos” realizados pela autora, bem como por diversas outras pessoas,
tendo a requerente pago o importe total de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais)
emem
protocolado
para tanto, conforme amplamente exposto nos autos, contratos e recibos de
protocolado
pagamento anexos. Cumpre pontuar que os pagamentos efetuados pela empresa ré
Paulo,
à autora eram referentes aos lucros pré-fixados, e não especificamente devolução
Paulo,
de Sao
do importe investido.
de Sao
do Estado
do Estado
Os requeridos forjaram um negócio altamente atrativo e
lucrativo, se valendo da falta de conhecimento sobre investimentos da autora, para
de Justica
de Justica
unicamente lucrar sobre valores que a requerente acumulou com muito esforço
e Tribunal
durante a vida.
e Tribunal
CASCONE
Ressalta-se que as pirâmides financeiras geralmente atuam
CUNALI
com abuso da personalidade jurídica e confusão patrimonial, no intuito de esquivar-
ROSA
se de eventuais responsabilidades financeiras, o que ocorre no caso dos requeridos.
HONORATO
FERNANDES
Cumpre transcrever, mais uma vez, trecho da r. sentença
DE FREITAS
prolatada pela d. 2ª Vara Cível desta Comarcar, nos autos n° 1009091-
AUGUSTUS
20.2020.8.26.0286:
MURILLO
VINICIUS
(…)
porpor
Também se verifica fortes indícios da ocorrência de pirâmide

digitalmente
financeira, na medida em que não houve demonstração do

destino dado ao dinheiro investido ou da atuação da ré, ou de

terceiro por ela contratado, no mercado financeiro, o que faz
presumir que o “lucro” pago aos investidores anteriores advinha
exclusivamente da captação de recursos de novos investidores,
original,assinado
prática vedada pelo art. 2º, inciso IX, da Lei nº 1.521/51:
(…) (g.n.)
documentoéécópia
cópiado
. WITU21700460765
fls. 359
346
, sobo onúmero
10:34, sob
Reitere-se que, através de breve análise e buscas processuais,
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
foi possível encontrar diversos processos idênticos. Nesse sentido, o esquema de
pirâmide foi arguido, por exemplo, nos processos nº 1002859-48.2020.8.26.0526 e
10/05/2021
05/11/2021
n° 1006221-02.2020.8.26.0286, o que não deixa dúvidas de que a requerente fora
brutalmente engana pela requerida.
emem
protocolado
protocolado
Por fim, cumpre registrar que não há falar, em qualquer
Paulo,
hipótese, que a autora é partícipe no crime de pirâmide financeira, conforme tentam
Paulo,
de Sao
fazer crer as requeridas, haja vista que, conforme amplamente exposto nos autos, a
de Sao
autora foi vítima da atuação dos réus.
do Estado
do Estado
A alta lucratividade ofertada fez com que a autora se
de Justica
de Justica
interessasse pelo investimento, sendo que, enquanto haviam supostos “sócios” ao
e Tribunal
negócio financeiro a “atividade” se manteve ativa e, quando não mais conseguiram
e Tribunal
incluir outros interessados no negócio, denotou-se a imediata ausência de
CASCONE
patrimônio.
ROSACUNALI
A autora acreditou assinar um contrato de prestação de
HONORATO
FERNANDES
serviços de gestão de valores por uma empresa idônea, possuidora de todas as
credenciais exigidas. Contudo, a empresa ré simulou a constituição de uma
DE FREITAS
sociedade em conta de participação, por não possuir as credenciais necessárias,
AUGUSTUS
sob a finalidade de driblar a lei.
MURILLO
VINICIUS
Destarte, devem ser julgados procedentes todos os pedidos

porpor
formulados na peça vestibular, o que se reitera e requer, considerando o evidente e

digitalmente
comprovado esquema de pirâmide financeira exercido pela empresa requerida.

original,assinado
3. DOS DOCUMENTOS JUNTADOS PELOS REQUERIDOS

dooriginal,
Da análise dos documentos juntados aos autos pelos

cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 360
347
, sobo onúmero
10:34, sob
requeridos, verifica-se que os mesmos tratam-se de procurações, documentos
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
pessoais e contrato social da empresa New Life, não se prestando à comprovação
das teses aventadas pelos réus em suas defesas, razão pela qual ficam total e
10/05/2021
05/11/2021
expressamente impugnados.
emem
protocolado
4. DA ANÁLISE DA PETIÇÃO DE FLS. 296-297 – TUTELA DE ARRESTO
protocolado
CONCEDIDA EM FLS. 103-108
Paulo,
Paulo,
de Sao
A r. decisão de fls. 103-108 deferiu o pedido de tutela de
de Sao
urgência para:
do Estado
do Estado
de Justica
a) manter os requeridos pessoas físicas no polo passivo;
b) determinar o imediato bloqueio de valores pelo sistema
de Justica
SISBAJUD até o limite de R$ 25.000,00.Providencie a serventia o
necessário. As demais providências pretendidas serão analisadas
e Tribunal
após eventual bloqueio negativo.
e Tribunal
Destarte, reitera-se os termos da petição de fls. 296-297:
ROSA CASCONE
CUNALI
Considerando o retorno negativo da tentativa de bloqueio de
HONORATO
valores pelo sistema Sisbajud (fls. 119-144), retorno negativo da pesquisa pelo Arisp
FERNANDES
(fls. 157-165); e o retorno de bens com restrição pela pesquisa pelo RenaJud;
DE FREITAS
AUGUSTUS
Considerando a dificuldade de localizar bens dos requeridos,
tanto nessa, quanto em diversas outras demandas; MURILLO
VINICIUS
Considerando os fortes indícios de pirâmide financeira, bem

porpor
digitalmente
como a possibilidade de movimentação financeira em contas no exterior;

Considerando a existência de diversas contas bancárias de

original,assinado
titularidade dos requeridos, sem qualquer importe depositado, com evidente intuito
dooriginal,
de ocultação de patrimônio;
cópiado
documentoéécópia
Este documento
. WITU21700460765
fls. 361
348
, sobo onúmero
10:34, sob
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
Considerando a possibilidade de transferência de propriedades
móveis e imóveis, no intuito de ocultação de patrimônio;
10/05/2021
05/11/2021
Requer seja implementada restrição sobre os veículos de
emem
protocolado
propriedade dos requeridos (fls. 167-173), bem como determinação de anotação
protocolado
nas documentações da existência da presente demanda.
Paulo,
Paulo,
de Sao
Ainda, requer:
de Sao
do Estado
do Estado
1) Bloqueio permanente das contas bancárias dos requeridos,
de Justica
que deverão ser monitoradas até a execução, em caso de procedência da presente
de Justica
demanda, através do sistema Sisbajud;
e Tribunal
e Tribunal
2) Bloqueio de ativos mobiliários, como títulos de renda fixa e
CASCONE
ações; e
HONORATOROSACUNALI
3) Verificação de informações detalhadas sobre extratos de
FERNANDES
conta-corrente dos requeridos, fatura de cartões de crédito, contratos de câmbio, e
cópias de cheques, a fim de apurar eventuais movimentações financeiras, através
DE FREITAS
AUGUSTUS
do sistema Sisbajud.
MURILLO
5. DA PETIÇÃO DE FLS. 303-316
VINICIUS
porpor
A autora aproveita o ensejo para reiterar todos os termos da

digitalmente
petição protocolada em fls. 303-316, requerendo a inclusão da empresa Reobote

Tecnologia e Consultoria Financeira Eireli e do Sr. Andre Tricanico Nogueira Jose
original,assinado
no polo passivo da presente demanda, bem como o reconhecimento do grupo

econômico entre as partes para a condenação de forma solidária.
documentoéécópia
cópiado
. WITU21700460765
fls. 362
349
, sobo onúmero
10:34, sob
Bem como, requer a concessão da tutela de urgência para que
8801C0A.
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.
àsàs16:53
sejam imediatamente indisponibilizados os bens dos novos requeridos, no importe
de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), através de buscas no Sisbajud, sendo que,
10/05/2021
05/11/2021
caso retorne negativa, desde já requer expedição de ofício a todas as
intermediadoras de pagamento atuantes no país, em especial as empresas Yapay,
emem
protocolado
Mercado Pago, Paypal, e Órama Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.,
protocolado
considerando a possibilidade de ocultação de patrimônio em tais plataformas, bem
Paulo,
como a presença dos requisitos do art. 300 do CPC, quais sejam a probabilidade do
Paulo,
de Sao
direito e o perigo de dano, tudo nos termos expostos na peça inicial.
de Sao
do Estado
do Estado
Após, requer sejam os réus incluídos na presente demanda e
intimados para se manifestarem, bem como requer sejam os demais réus intimados
de Justica
de Justica
para apresentarem contestação complementar, caso queiram. Em consequência,
e Tribunal
requer seja concedido novo prazo de réplica para a parte autora.
e Tribunal
CASCONE
6. CONCLUSÃO
CUNALI
Diante do exposto, requer sejam afastadas as alegações de
HONORATOROSA
todos os requeridos, julgando-se a presente demanda totalmente procedente, nos
FERNANDES
termos da peça inicial, como medida de Justiça! Aproveita o ensejo para reiterar os
termos da petição de fls. 303-316.
DE FREITAS
AUGUSTUS
Termos em que
Pede e aguarda deferimento. MURILLO
VINICIUS
Itu, 10 de maio de 2021.

porpor
GABRIELLA FRANCYNNI RODRIGUES SILVA

digitalmente
OAB/SP 436.630
RAYSSA A. M. BERTELLI
original,assinado
OAB/SP 418.250
VINÍCIUS AUGUSTUS FERNANDES ROSA CASCONE

dooriginal,
OAB/SP 248.321
cópiado
documentoéécópia
Este documento
. . protocolado em 05/11/2021 às 16:53 , sob o número WITU21701178621
fls. 391
350

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
3ª VARA CÍVEL
RUA LUIZ BOLOGNESI, S/N, Itu - SP - CEP 13301-900
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.

SENTENÇA
8F9286C.
Classe - Assunto Procedimento Comum Cível - Defeito, nulidade ou
anulação
Requerente: Andreia Panelli da Silva

Justiça Gratuita
Paulo,
17:36
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Fernando França Viana
Sao
do Estado deàs
em 11/08/2021
VISTOS.
de Justica
nos autos
ANDREIA PANELLI DA SILVA moveu a presente ação declaratória
e Tribunal
de nulidade de contrato c.c. restituição de valores e indenização por danos
liberado
morais contra NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS LTDA, LUCAS
CUNALI
SANTOS RAYMUNDO, THALITA FRANCIELLY RAYMUNDO, VINÍCIUS DOS
HONORATOVIANA,
SANTOS RAYMUNDO, EVERTON DOS SANTOS RAYMUNDO e BIANCA
FRANCA
CRISTINA SBRISSA. Alega, em síntese, que celebrou com a empresa requerida
dois instrumentos de constituição de sociedade em conta de participação. Consta
DE FREITAS
por FERNANDO
da inicial que a autora investiu R$ 5.000,00 e R$ 20.000,00 nas sociedades com
a promessa de recebimento de dividendos mensais. Argumenta que não foi por MURILLO
constituída qualquer sociedade em conta de participações e que a intenção da
autora era de investimento com o gerenciamento da empresa requerida. Aduz
digitalmente
que os requeridos pessoas físicas sempre se apresentaram como sócios

digitalmente
proprietários da pessoa jurídica. A promessa feita por esses últimos era um

assinado
retorno financeiro muito superior à média de mercado.

assinado
original,
A partir de março de 2020, a empresa requerida inforou que alteraria

original,
do do
a forma de pagamento. No entanto, em julho de 2020, os requeridos deixaram de

é cópia
efetuar qualquer repasse de valores para a autora e, ainda, comunicaram o

documento
Este documento é cópia
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encerramento das suas atividades. Aduz que os requeridos, a despeito das
promessas realizadas, se recusam a devolver os valores investidos.
Sustenta a nulidade do contrato, já que não foi constituída qualquer

sociedade em conta de participação, o que pode ser constatado pelos diferentes
planos de investimentos indicados nas cláusulas, bem como pela emissão de
notas fiscais de prestação de serviços. Alega que, na verdade, os instrumentos
Paulo,
celebrados mascaram verdadeira pirâmide financeira. Afirma, ainda, que a
17:36
Sao
conduta dos requeridos provocou danos morais. Esgotados os meios amigáveis,
do Estado deàs
em 11/08/2021
ajuizou a presente demanda.
Requereu a concessão de tutela de urgência para determinar o
de Justica
nos autos
arresto de bens dos requeridos até o limite de R$ 25.000,00. Ao final, requereu a
e Tribunal
procedência da ação.
liberado
CUNALI
A tutela de urgência foi deferida às pg. 103/108.
HONORATOVIANA,
Devidamente citados, os requeridos apresentaram defesas.
DE FREITAS FRANCA
As requeridas Bianca Cristina Sbrissa Raymundo e Thalita Francielly
por FERNANDO
da Silva alegam, em preliminar, inépcia da inicial e ilegitimidade passiva. No
mérito, argumentam que o Código de Defesa do Consumidor não se aplica à
por MURILLO
relação jurídica entre as partes. Sustentam a legalidade do contrato de

digitalmente
constituição da sociedade em conta por participação. Alegam, ainda, a teoria da

digitalmente
imprevisão e da onerosidade excessiva, caso fortuito e força maior, já que foram

assinado
surpreendidas pelos problemas econômicos provocados pela pandemia do

assinado
coronavírus. Impugnaram a ocorrência dos danos alegados e os valores

original,
pretendidos. Ao final, requereram a improcedência da demanda.

original,
do do
é cópia
Os requeridos New Life Intermediação de Negócios Ltda, Everton

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dos Santos Raymundo, Lucas dos Santos Raymundo e Vinicius dos Santos
Raymundo alegam, em preliminar, inépcia da inicial já que os instrumentos
assinados pelas partes não estão subscritos por testemunhas e não configuram
títulos executivos judiciais; ilegitimidade passiva do requerido Everton dos Santos

Raymundo e necessidade de revogação do benefício de justiça gratuita. No
mérito, sustentam a inexistência de responsabilidade solidária e a impossibilidade
de desconsideração da personalidade jurídica da empresa ré. Argumentam,
Paulo,
ainda, a legalidade dos instrumentos celebrados entre as partes. Também
17:36
Sao
alegaram a teoria da imprevisão. Impugnaram os danos alegados e os valores
do Estado deàs
em 11/08/2021
pretendidos. Ao final, requereram a improcedência do pedido.
Réplica às pg. 334/362.
de Justica
nos autos
e Tribunal
O pedido de aditamento da demanda para alteração do polo passivo
liberado
foi indeferido à pg. 382.
CUNALI
VIANA,
É o relatório.
HONORATO
FRANCA
Decido.
DE FREITAS
por FERNANDO
O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do artigo 355,
inciso I, do Código de Processo Civil.
por MURILLO
digitalmente
Nesse sentido: "Não é pelo trâmite do processo que se caracteriza o

digitalmente
julgamento antecipado. Nem por ser a matéria exclusivamente de direito; ou,

assinado
mesmo de fato e de direito: e até a revelia. É a partir da análise da causa que o

assinado
Juiz verifica o cabimento. Se devidamente instruída e dando-lhe condições para

original,
amoldar a situação do art. 330 do CPC, ou do parágrafo único do artigo 740 do

original,
CPC, é uma inutilidade deixá-lo para o final de dilação probatória inútil e

do do
é cópia
despicienda" (Apel. nº 117.597-2 - RT 624/95).

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Já decidiu o Egrégio Supremo Tribunal Federal: “A necessidade da
produção de prova há de ficar evidenciada para que o julgamento antecipado da
lide implique em cerceamento de defesa. A antecipação é legítima se os aspectos

decisivos estão suficientemente líquidos para embasar o convencimento do
magistrado” (RE 101.171-8-SP).
Paulo,
A preliminar de inépcia não pode ser acolhida. A petição inicial
17:36
Sao
preenche todos os requisitos do artigo 319, do Código de Processo Civil e o
do Estado deàs
em 11/08/2021
pedido decorre logicamente da narração dos fatos.
Por outro lado, é fato que o contrato celebrado entre as partes não
de Justica
nos autos
está assinado por duas testemunhas instrumentárias. Com efeito, a parte autora
e Tribunal
não poderia ajuizar ação de execução, por ausência dos requisitos previstos no
liberado
art. 784, inciso II, do Código de Processo Civil.
CUNALI
VIANA,
Contudo, a falta de indicação de testemunhas não torna o
HONORATO
instrumento ineficaz para o fim de comprovar a existência do pacto celebrado
FRANCA
entre os seus signatários.
DE FREITAS
por FERNANDO
Portanto, tem validade para sustentar a pretensão deduzida na
inicial.
por MURILLO
digitalmente
A preliminar de ilegitimidade passiva do corréu Everton dos Santos

digitalmente
Raymundo deve ser afastada.

assinado
assinado
Isso porque o requerido mencionado participou ativamente da

original,
captação de clientes e na formalização do negócio jurídico questionado.

original,
do do
é cópia
Ressalvo que o comunicado oficial da empresa requerida está

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subscrito pelo co-requerido Everton (pg. 67).
Com efeito, por conta da sua atuação nos negócios celebrados pela
empresa requerida, o corréu Everton é parte legítima para figurar no polo passivo

da ação.
Deve ser acolhida a alegação de ilegitimidade passiva das
Paulo,
requeridas Bianca Cristina Sbrissa Raymundo e Thalita Francielly da Silva. Estas
17:36
Sao
são apenas esposas dos requeridos Everton e Lucas, respectivamente.
do Estado deàs
em 11/08/2021
Não há nenhuma prova de que as rés exercem alguma função, bem
como que atuaram para captar clientes para a pessoa jurídica e que auxiliaram
de Justica
nos autos
de alguma maneira no desenvolvimento das atividades desta última. Não
e Tribunal
constam do contrato social e não subscrevem qualquer documento.
liberado
CUNALI
O documento de pg. 101 indica que a ré Bianca teria alguma
VIANA,
parceria com a New Life Technology, empresa que, em tese, poderia ser do
HONORATO
mesmo grupo da New Life Intermediação de Negócios Ltda. Ocorre que a mera
FRANCA
condição de parceira não implica em responsabilidade solidária por eventuais
DE FREITAS
nulidades e/ou danos sofridos pela autora.
por FERNANDO
Portanto, ausente qualquer elemento de prova para demonstrar a
por MURILLO
responsabilidade das requeridas, de rigor a extinção do processo, nos termos do

digitalmente
artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil. Prejudicadas as demais

digitalmente
alegações constantes na contestação.

assinado
assinado
Por fim, a impugnação aos benefícios da assistência judiciária

original,
gratuita não pode ser acolhida.

original,
do do
é cópia
A parte requerida não demonstrou que a parte autora tem condições

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financeiras para suportar o pagamento das custas do processo sem prejuízo de
seu próprio sustento ou de sua família.
A parte requerente apresentou declaração de pobreza. Desta forma,

até prova em contrário, presume-se a condição de pobreza da parte declarante.
A parte impugnante, no entanto, não logrou êxito em elidir esta
Paulo,
presunção. O ônus desta prova é da parte impugnante.
do Estado deàs
em 11/08/2021 17:36
Sao
A contestação não veio acompanhada de nenhum documento
comprobatório de propriedade de imóveis ou veículos.
de Justica
nos autos
A constituição de advogado, por si só, não implica em condições de
e Tribunal
suportar as custas processuais, até porque é notório que muitos advogados
liberado
firmam contrato para pagamento no êxito da demanda.
CUNALI
VIANA,
Portanto, ante a ausência de provas de que a parte autora tem
HONORATO
condições de suportar as custas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou
FRANCA
de sua família, a impugnação é improcedente.
DE FREITAS
por FERNANDO
No mérito, o pedido é procedente em parte.
por MURILLO
Consta da inicial que a autora celebrou com a empresa ré dois

digitalmente
instrumentos de constituição de sociedade em conta de participação. A

digitalmente
requerente figurou como sócia participante, ao passo que a corré New Life,
assinado
representada pelo corréu Vinicius, figurou como sócia ostensiva.

assinado
original,
As cláusulas primeiras dos dois instrumentos indica que a sociedade

original,
tinha por objeto social "a intermediação e agenciamento de gestão de fundos do

do do
é cópia
sócio participante em operações em plataformas de investimentos realizadas pela

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sócia ostensiva, mediante análise de risco cibernético associado à criptomoedas;
operações em bolsa de valores; organização de veiculos de investimento em
criptomoedas, bolsa de valores e outros, mediante contratação de terceiros, ou
prestação direta, dos serviços de custódia, administração e gestão." (pg. 36/46).

O contrato de pg. 36/40 previa o investimento por parte da autora do
capital de R$ 5.000,00. O contrato de pg. 41/46 previa o investimento por parte
Paulo,
da requerente do capital de R$ 20.000,00. Os valores foram transferidos para
17:36
Sao
conta bancária de titularidade da empresa requerida (pg. 66).
do Estado deàs
em 11/08/2021
A sociedade em conta de participação está disciplinada nos artigos
991 e seguintes do Código Civil e se caracteriza por ser um tipo societário sem
de Justica
nos autos
personalidade jurídica, não sendo exigido qualquer registro ou formalidade,
e Tribunal
podendo ser provada por qualquer meio.
liberado
CUNALI
De acordo com tais dispositivos, nesse tipo de sociedade a atividade
VIANA,
é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua
HONORATO
própria responsabilidade. O sócio participante ou oculto responde exclusivamente
FRANCA
perante o sócio ostensivo.
DE FREITAS
por FERNANDO
Todavia, na hipótese dos autos, a mera leitura do objeto do contrato
de constituição da sociedade em conta de participação revela natureza de
por MURILLO
investimento coletivo.
digitalmente
digitalmente
O memorando nº 93/2019 CVM/SRE/GER-3 da Comissão de

assinado
Valores Imobiliários aponta seis requisitos para verificar se uma transação

assinado
caracteriza o contrato de investimento coletivo: 1) se há investimento; 2) se o

original,
investimento é formalizado por um título ou contrato; 3) se o investimento é

original,
coletivo; 4) se alguma forma de remuneração é oferecida aos investidores; 5) se

do do
é cópia
a remuneração oferecida tem origem nos esforços do empreendedor ou de

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terceiros e 6) se a oferta é publica.
Os instrumentos celebrados entre as partes têm como objeto um

investimento financeiro, estabelecendo uma remuneração aos investidores, que

tem origem nos esforços do empreendedor, mediante pagamento de taxa de
administração anual.
Paulo,
Existem diversas ações movidas contra a ré, no foro da Comarca de
17:36
Sao
Itu, todas com base em contrato particular de constituição de sociedade em conta
do Estado deàs
em 11/08/2021
de participação, envolvendo captação de recursos financeiros no mercado, com
promessa de remuneração elevada do capital investido, o que evidencia a
publicidade da oferta.
de Justica
nos autos
e Tribunal
Os contratos de investimento coletivo (CIC), se ofertados
liberado
publicamente, são considerados valor mobiliário, sujeitos à disciplina e fiscalizada
CUNALI
por parte da Comissão de Valores Mobiliários CVM, nos termos do artigo 2º,
VIANA,
inciso IX e artigo 4º da Lei nº 6.385/76. Trata-se de diploma legal que busca
HONORATO
proteger os investidores e impedir a captação abusiva de capital.
DE FREITAS FRANCA
Todavia, conforme alegado pela parte autora, a empresa ré não tem
por FERNANDO
autorização da Comissão de Valores Mobiliários para promover a oferta pública
de valores mobiliários. Logo, mostra-se irregular a captação de recursos, de sorte
por MURILLO
que os responsáveis podem, em tese, incorrer em crime contra o sistema

digitalmente
financeiro nacional (Lei nº 7.492/86).

digitalmente
assinado
A prova documental acostada aos autos, notadamente as inúmeras

assinado
demandas movidas contra os requeridos e a promessa de lucro elevado, muito

original,
superior ao mercado e em pouco tempo, revelam a ocorrência de pirâmide

original,
financeira. Os requeridos não comprovaram o destino dado ao dinheiro investido

do do
é cópia
ou da atuação da empresa ré, ou de terceiro por ela contratado, no mercado

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financeiro. Por conseguinte, o "lucro" pago aos investidores anteriores advinha
exclusivamente da captação de recursos de novos investidores, prática vedada
pelo art. 2º, inciso IX, da Lei nº 1.521/51.

Os artigos 145 e seguintes do Código Civil estabelecem que o
negócio pode ser anulado quando as declarações de vontade emanarem de dolo.
Nas palavras de Nelson Rosenvald, na obra "Curso de Direito Civil vol. 1", 14ª
Paulo,
edição, ed. JusPodivm, 2016, p. 637: "Enquanto no erro há uma (espontânea)
17:36
Sao
falsa impressão das circunstâncias do negócio, no dolo tem-se um vício através
do Estado deàs
em 11/08/2021
do qual o agente é induzido a se equivocar em razão de manobras astuciosas,
ardilosas e maliciosas perpetradas por outrem. (...) O dolo, assim, é todo e
qualquer artifício empregado por uma das partes, ou por terceiro com o dito de
de Justica
nos autos
induzir outrem à prática de um ato. Advirta-se, entretanto, não ser necessário que
e Tribunal
haja prejuízo para aquele que, incorrendo no erro provocado, manifesta a
liberado
vontade através o dolo. Bastará que o artifício, o ardil, utilizado tenha sido
CUNALI
suficiente para fazer o agente celebrar um negócio que, em condições regulares,
VIANA,
não celebraria. Cumpre ressaltar, desde já, que o dolo civil te disciplina própria,
HONORATO
não se confundindo com o dolo exigido pelo Direito Penal para a configuração
FRANCA
delituosa.".
DE FREITAS
por FERNANDO
É a hipótese dos autos. A parte autora foi induzida pelos réus, que
não tinham autorização e capacidade para gerir ativos financeiros, a celebrar os
por MURILLO
contratos impugnados em face da promessa de lucro fácil e acima do mercado.

digitalmente
digitalmente
Portanto, deve ser reconhecida a nulidade do negócio jurídico

assinado
celebrado, uma vez que a empresa ré não tinha autorização para oferta de valor
assinado
mobiliário e os requeridos não tinham atuação no mercado financeiro. Por

original,
consequência, as partes devem retornar ao status quo ante, nos termos do artigo
original,
182, também do Código Civil.

documento
Este documento é cópia do do
é cópia
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Nesse sentido: "Sociedade em conta de participação Rescisão
unilateral do contrato pela sócia ostensiva, comprometendo-se à restituição da
quantia investida no prazo de noventa dias Inércia Ajuizamento da ação
visando ao reembolso da quantia de R$ 103.569, 56 Assunção do risco do

negócio exclusivamente pelo sócio ostensivo Ademais, prática de "pirâmide
financeira" pela sócia ostensiva reconhecida pela CVM Contrato nulo,
retornando as partes ao status quo ante Dever de restituição da quantia
Paulo,
investida pelos autores Constatação de erro material no pedido final, em que os
17:36
Sao
autores pedem a condenação ao pagamento da quantia de R$ 26.600,00,
do Estado deàs
em 11/08/2021
quando o valor da causa e o valor do arresto é de R$ 103.569,56 Correção do
erro material para declarar que o valor da condenação é de R$103.569,56 -
Recurso das rés desprovido e apelo dos autores provido. Dispositivo: negam
de Justica
nos autos
provimento ao recurso das rés e dão provimento ao apelo dos autores." (TJSP;
e Tribunal
Apelação Cível 1001989-69.2020.8.26.0019; Relator (a): Ricardo Negrão; Órgão
liberado
Julgador: 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial; Foro de Americana - 4ª
CUNALI
Vara Cível; Data do Julgamento: 09/03/2021; Data de Registro: 09/03/2021)
HONORATOVIANA,
Nulo o negócio jurídico, os réus devem restituir à autora o capital
FRANCA
investido, acrescido de correção monetária pela Tabela do Tribunal de Justiça do
DE FREITAS
Estado de São Paulo e juros de mora a partir do desembolso, descontados os
por FERNANDO
valores já pagos.
por MURILLO
Também deve ser reconhecida a responsabilidade solidária dos

digitalmente
requeridos pela reparação dos danos sofridos pela parte autora.

digitalmente
assinado
O caput artigo 50, do Código Civil, estabelece que: "Em caso de

assinado
abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela

original,
confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério

original,
Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os

do do
é cópia
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos

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8F9286C.
bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso".
Conforme acima mencionado, os sócios e o requerido Everton, de

forma dolosa, valendo-se da empresa requerida, induziram a parte autora e
terceiros, de maneira ostensiva e ativa, a aplicar recursos financeiros em um
esquema de "pirâmide financeira".
Paulo,
17:36
Sao
A empresa ré ajuizou pedido de recuperação judicial – autos nº
do Estado deàs
em 11/08/2021
1001092-79.2021.8.26.0286. O feito foi julgado extinto sem resolução do mérito.
O relator do recurso apresentado pela empresa ré destacou: "Extrai-se
claramente, da narrativa da própria apelante e dos autos, que a apelante se valia
de Justica
nos autos
de contratos de sociedade em conta de participação para exercer ilegalmente
e Tribunal
atividade típica de corretora de valores mobiliários, sujeita a arcabouço jurídico-
liberado
regulatório próprio e a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (art. 16,
CUNALI
da Lei n. 6.385/1976), autorização esta que a apelante não tem. A apelante
VIANA,
captava recursos junto a pessoas incautas para investir em bolsa de valores, sob
HONORATO
a promessa de altos rendimentos. Após perder os valores que lhe foram
FRANCA
entregues por muitos, tenta se valer da recuperação judicial para se blindar das
DE FREITAS
ações ajuizadas e das medidas constritivas nelas decretadas, em face da
por FERNANDO
sociedade e dos sócios. A lei, porém, não lhe socorre. O exercício de atividade
empresarial irregular não dá direito à recuperação judicial. Não há, no caso,
por MURILLO
empresa regular e viável, em atividade, apesar da situação de crise, para

digitalmente
preservar. Há, sim, atividade ilegalmente exercida, a ser expurgada do mercado,

digitalmente
antes que cause prejuízos a mais pessoas.".

assinado
assinado
Desta forma, caracterizados o abuso de personalidade e o desvio de

original,
finalidade, de rigor a responsabilização dos requeridos Lucas Santos Raymundo,

original,
Vinícius dos Santos Raymundo e Everton dos Santos Raymundo pelos danos
do do
é cópia
sofridos pela parte requerente.

documento
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8F9286C.
Assim entende a jurisprudência: "Sociedade empresarial. Contrato
com sociedade em conta de participação. Negócio que consistia em esquema
fraudulento de pirâmide financeira. Nulidade do contrato. Devolução do valor

investido. Reconhecimento da formação de grupo econômico. Precedentes do
TJSP. Apelantes sustentam ilegitimidade passiva por serem apenas sócios de
sociedade que faz parte do grupo econômico. Desvio de finalidade caracterizado.
Paulo,
Abuso da personalidade jurídica que justifica a inclusão no polo passivo.
17:36
Sao
Sentença mantida. Recurso não provido." (TJSP; Apelação Cível
do Estado deàs
em 11/08/2021
1027709-15.2014.8.26.0224; Relator (a): Gilson Delgado Miranda; Órgão
Julgador: 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial; Foro de Guarulhos - 1ª
Vara Cível; Data do Julgamento: 01/08/2019; Data de Registro: 01/08/2019).
de Justica
nos autos
e Tribunal
Apenas não assiste razão à autora no tocante ao pedido de
liberado
condenação dos requeridos ao pagamento da multa contratual, tendo em vista a
CUNALI
nulidade dos instrumentos reconhecida nesta decisão.
HONORATOVIANA,
Por fim, o pedido de indenização por danos morais também é
FRANCA
procedente.
DE FREITAS
por FERNANDO
O dano moral, segundo a lição de Aguiar Dias, trazida na RDP
185/198, corresponde ao efeito não patrimonial da lesão de direito e não a própria
por MURILLO
lesão abstratamente considerada. Desta forma, aquele que alega ter sofrido um
digitalmente
dano “não patrimonial” deve demonstrar que sua imagem, honra, bom nome,
digitalmente
tradição, personalidade, sentimento interno, foram atingidos.

assinado
assinado
Rui Stoco, na obra “Tratado de Responsabilidade Civil”, 7ª edição,

original,
RT, 2007, p. 1.715, ensina: “Não basta a afirmação da vítima de ter sido atingida
original,
moralmente, seja no plano objetivo como no subjetivo, ou seja, em sua honra,

do do
é cópia
imagem, bom nome, intimidade, tradição, personalidade, sentimento interno,

documento
1001274-65.2021.8.26.0286 - lauda 12
Este
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8F9286C.
humilhação, emoção, angústia, dor, pânico, medo e outros. Impõe-se que se
possa extrair do fato efetivamente ocorrido o seu resultado, com a ocorrência de
um dos fenômenos acima exemplificados”.

Para caracterizar a obrigação de ressarcimento de eventuais danos
morais é necessário verificar a conduta das partes, consistente em uma ação ou
omissão culposa ou dolosa, o nexo de causalidade e o dano.
Paulo,
17:36
Sao
No caso em tela, conforme acima reconhecido, a parte autora foi
do Estado deàs
em 11/08/2021
induzida pelos requeridos a investir seus recursos financeiros em esquema
caracterizado por "pirâmide financeira".
de Justica
nos autos
Em face da conduta dolosa dos requeridos, a parte autora suportou
e Tribunal
prejuízos financeiros significativos. É evidente que tais fatos não podem ser
liberado
considerados como normais e corriqueiros do dia a dia.
CUNALI
VIANA,
Demonstrados, portanto, a conduta dolosa dos requeridos, o dano e
HONORATO
o nexo causal, o acolhimento do pedido de indenização é medida de rigor.
DE FREITAS FRANCA
Ressalto, por oportuno, as dificuldades enfrentadas pelos
por FERNANDO
magistrados para arbitrar os valores adequados a título de dano moral,
principalmente em face da falta de critérios uniformes e definidos.
por MURILLO
digitalmente
Carlos Roberto Gonçalves, na obra “Responsabilidade Civil”, p. 572,

digitalmente
aponta um norte para liquidar a indenização por danos morais: “Em geral, mede-
assinado
se a indenização pela extensão do dano e não pelo grau de culpa. No caso do

assinado
dano moral, entretanto, o grau de culpa também é levado em consideração,

original,
juntamente com a gravidade, extensão e repercussão da ofensa, bem como a

original,
intensidade do sofrimento da vítima. A culpa concorrente do lesado constitui fator

do do
é cópia
de atenuação da responsabilidade do ofensor. Além da situação patrimonial das

documento
1001274-65.2021.8.26.0286 - lauda 13
Este
fls. 404
363

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
3ª VARA CÍVEL
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.

8F9286C.
partes, deve-se considerar também, como agravante o proveito obtido pelo
lesante com a prática do ato ilícito. A ausência de vantagem, porém, não o isenta
da obrigação de reparar o dano causado ao ofendido”.

No presente feito, conforme acima fundamentado, os requeridos
agiram de forma dolosa para captar recursos financeiros da parte autora e há
indícios de que a requerente enfrentará dificuldade para recuperar os prejuízos,
Paulo,
sobretudo diante do encerramento das atividades da empresa.
do Estado deàs
em 11/08/2021 17:36
Sao
O montante indicado na inicial, todavia, se mostra excessivo e
atenta contra o princípio da razoabilidade.
de Justica
nos autos
Diante disso, considerando a conduta da autora e dos requeridos,
e Tribunal
razoável e adequada a fixação do quantum de danos morais, no presente feito,
liberado
na quantia de R$ 5.000,00. Trata-se de montante que, a meu ver, tendo em conta
CUNALI
a situação da autora e a gravidade e a extensão do dano, proporcionar-lhe-á uma
VIANA,
certa compensação financeira, suficiente e bastante significativa, pelos danos
HONORATO
sofridos, sem que venha constituir enriquecimento sem causa.
DE FREITAS FRANCA
Diante do exposto, julgo: a) EXTINTA SEM RESOLUÇÃO DO
por FERNANDO
MÉRITO a presente demanda em relação às requeridas THALITA FRANCIELLY
RAYMUNDO e BIANCA CRISTINA SBRISSA, com fundamento no artigo 485,
por MURILLO
inciso VI, do Código de Processo Civil. Outrossim, condeno a parte autora ao

digitalmente
pagamento das custas e despesas processuais e honorários advocatícios que

digitalmente
fixo em 10% sobre o valor da causa, com a ressalva de que é beneficiária da

assinado
justiça gratuita; e b) PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente demanda para,

assinado
confirmar a tutela de urgência anteriormente deferida e: b.1) DESCONSIDERAR

original,
A PERSONALIDADE JURÍDICA da empresa requerida e determinar a

original,
manutenção dos requeridos LUCAS SANTOS RAYMUNDO, VINÍCIUS DOS

do do
é cópia
SANTOS RAYMUNDO, EVERTON DOS SANTOS RAYMUNDO no polo passivo

documento
1001274-65.2021.8.26.0286 - lauda 14
Este
fls. 405
364

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
3ª VARA CÍVEL
1001274-65.2021.8.26.0286 e código 9718C6A.

8F9286C.
da demanda; b.2) DECLARAR A NULIDADE dos contratos celebrados entre as
partes; b.3) CONDENAR os requeridos, solidariamente, a restituir à autora o
capital investido, acrescido de correção monetária pela Tabela do Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo e juros de mora a partir do desembolso,

descontados os valores já pagos; e b.4) CONDENAR os requeridos,
solidariamente, ao pagamento para a parte autora da quantia de R$ 5.000,00 a
título de danos morais, devidamente atualizada pela tabela prática do Tribunal de
Paulo,
Justiça a contar desta data (Súmula 362, STJ), acrescida de juros de 1% ao mês
17:36
Sao
a contar da citação.
do Estado deàs
em 11/08/2021
Outrossim, por terem sucumbido na maior parte dos pedidos,
condeno os requeridos ao pagamento das custas e despesas processuais e
de Justica
nos autos
honorários advocatícios que fixo em 10% sobre o valor da condenação.
e Tribunal
liberado
Transitada em julgado, dê-se vista ao Ministério Público para análise
CUNALI
de eventual conduta criminosa praticada pelos requeridos.
HONORATOVIANA,
P.R.I.C
DE FREITAS
por FERNANDO FRANCA
por MURILLO
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI
11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
documento
Este documento é cópia original,
do do
é cópia assinado
assinado
original, digitalmente
digitalmente
1001274-65.2021.8.26.0286 - lauda 15
Este
.
fls. 365

COMARCA DE ITU-SP.
Processo: 1000271-75.2021.8.26.0286

qualificado nos autos da presente ação declaratória de rescisão contratual
c.c. restituição de valores c.c. indenização por dano material e moral com
pedido liminar, onde litiga em desfavor de NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO
DE NEGÓCIOS LTDA, também já qualificada, vem através de seus
procuradores, “in fine” assinados, à presença de Vossa Excelência, vem
apresentar o presente ADIATAMENTO À INICIAL, com fulcro no Art. 329,
inciso I do Código Processual Civil, pelos fatos que a seguir se expõe:
1. Do Cabimento Do Presente Aditamento:
Embora já apresentada a defesa nos autos, em vista que chegou

ao conhecimento da requerente após o ajuizamento desta demanda que
os réus da presente ação estão se utilizando da empresa Reobot
Technology, através do seu sócio André, para realizar as atividades que
eram desenvolvidas nas frentes da New Life, requer o reconhecimento do
cabimento do presente aditamento.
Nesse sentido, cumpre transcrever as recentes ementas

publicadas em 12/01/2021 e 09/02/2021, em que o n. Magistrado deferiu
.
fls. 366
o aditamento à inicial após a apresentação da defesa pelo réu,

determinando que fosse concedido prazo para o réu para o aditamento
da defesa, conforme exposto a seguir:
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO -

AÇÃORENOVATÓRIA -PRELIMINAR - DECISÃO
INTERLOCUTÓRIAAGRAVÁVEL- AUSÊNCIA DAS
HIPÓTESES PREVISTAS NOARTIGO 1.015 DO CPC -
MITIGAÇÃO DA TAXATIVIDADE DOROL DO ART. 1.015 DO
NOVO CPC - POSSIBILIDADE -ADITAMENTO DA INICIAL -
ANTES DA CITAÇÃO - ANUÊNCIADO RÉU - DESNCESSÁRIA
- CONTESTAÇÃO APRESENTADAANTES DO
DEFERIMENTO DO ADITAMENTO - VISTA AORÉU PARA
ADITAR CONTESTAÇÃO - POSSIBILIDADE. - Superior
Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp1704520/MT,
pacificou o entendimento de que "o rol do art. 1.015do CPC é de
taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo
de instrumento quando verificada a urgência decorrente da
inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação" -
Se a decisão agravada não se enquadra nas hipóteses previstas
no artigo 1.015 do novo CPC, mas há urgência em sua análise
que justifique a mitigação do rol das decisões interlocutórias que
desafiam agravo de instrumento, possível se torna o
conhecimento do recurso - O art. 329 do Código de Processo
Civil dispõe que o autor poderá aditar ou alterar o pedido ou a
causa de pedir até a citação, sem o consentimento do réu ou até
o saneamento do processo, com o consentimento do réu - Se o
magistrado defere o aditamento da inicial após a
apresentação de defesa pelo réu, deve conceder prazo a
este para que, caso queira, adite a defesa, sob pena de
violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório.
(TJ-MG - AI: 10000200611580003 MG, Relator: Evandro Lopes
da Costa Teixeira, Data de Julgamento:04/02/2021, Câmaras
Cíveis / 17ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 09/02/2021)
(g.n.)
Agravo de instrumento – Decisão de recebeu o pedido de

aditamento à inicial – Cabimento - Réus já citados, que
discordaram do mencionado pedido – Ausência de citação dos
litisconsortes – Possibilidade de apresentação de emenda
.
fls. 367
inicial, no caso vertente - Necessidade, entretanto, de

abertura de novo prazo para apresentação de nova
contestação por parte dos corréus já citados – Decisão
mantida - Recurso improvido, com observação. (TJSP; Agravo
de Instrumento 2270871-42.2020.8.26.0000; Relator (a): Thiago
de Siqueira; Órgão Julgador: 14ª Câmara de Direito Privado;
Foro Regional XV - Butantã - 1ª Vara Cível; Data do
Julgamento:12/01/2021; Data de Registro: 12/01/2021) (g.n)
Assim, sob a luz e obediência aos princípios da

instrumentalidade das formas, efetividade e economia processual, requer
ao Requerente o cabimento do presente aditamento à inicial, devendo ser
concedido prazo para aditamento da defesa, pelos motivos expostos a
seguir.
2. Da Nova Integralização Ao Polo Passivo:
Faz-se, o presente aditamento, para requer a inclusão no polo

passivo da presente demanda da empresa 1) REOBOTE TECNOLOGIA
ECONSULTORIA FINANCEIRA EIRELI, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ n° 32.625.423/0001-93, com sede na Rua Dino
Gordini, n° 75, Parque das Indústrias, Itu - SP, CEP 13309-672; e seu
respectivo sócio, 2) ANDRE TRICANICONOGUEIRA JOSE, brasileiro,
portador da Cédula de Identidade RG n° 49.182.756-8SP, inscrito no
CPF/MF sob o n° 418.030.768-52, com endereço na Rua Dino Bordini, n°
75, Parque das Indústrias, Itu - SP, CEP 13309-672.
Isso porque, chegou ao conhecimento do requerente que os réus

da presente ação estão se utilizando da empresa Reobot Technology,
através do seu sócio André, para realizar as atividades que eram
desenvolvidas nas frentes da New Life
Conforme se extraí da captura de tela de conversa pelo

aplicativo WhatsApp, abaixo colacionada, o Sr. Roger, representante da
New Life, afirma categoricamente que o Sr. André Tricanico é
representante da empresa New Life e, como tal empresa está
.
fls. 368
“parada”, estão se utilizando da ReoBot para operar com robôs e

cursos.
Oportunamente, calha mencionar que o Sr. André e o Sr. Roger
são vinculados a empresa New Life, o que se comprova tanto pela própria
afirmação do Sr. Roger na captura de tela abaixo colacionada, quanto
pelos depoimentos constantes no site da New Life, também abaixo
colacionados.
Vislumbra-se através das capturas de tela, que a New Life e

seus sócios estão se utilizando da empresa Reo Bot para realizar as
atividades que eram desenvolvidas nas frentes da New Life, veja-se:
Imagens extraídas dos autos nº 1001274-65.2021.8.26.0286.

presente demanda, ou seja, os
(<https://www.reobotplatform.com.br/vinielu#>).
sócios da New
Reo Bot disponibilizam aos clientes um link para acesso ao site em que
consta, ao final, menção a “vinielu”, em alusão aos nomes “Vinícius” e
“Lucas”, os mesmos Vinícius e Lucas que figuram no polo passivo da
Life
Destaca-se, ainda, que os próprios representantes da empresa
fls. 369
que a New Life:
(<https://www.reobotplatform.com.br/vinielu#>)
possível verificar que são realizados exatamente as mesmas atividades
Acessando o link, abre-se o site da empresa ReoBot, onde é
fls. 370
.
fls. 371
O link vinculado ao “vinielu” (Vinícius e Lucas) faz com que os

representantes consigam identificar quando uma compra é realizada
através de indicação dos mesmos, os quais recebem sua “comissão”
quando isso ocorre, demonstrando incontestavelmente a utilização da
empresa ReoBot para a realização das atividades da NewLife.
Ressalta-se que tal fato foi admitido pelo próprio Sr. Roger,
representante da NewLife, conforme captura de tela em anexo neste
petitório:
Oportunamente, apresenta-se os produtos que são

comercializados no site da ReoBot, quais sejam, operações como robôs
e cursos, tudo acessado pelo link “vinielu”
(<https://www.reobotplatform.com.br/vinielu#>):

recentes. Veja-se:

os produtos estão sendo oferecidos e comercializados normalmente,
conforme stories do dia 07/04/2021 e publicações no feed de posts
(<https://www.instagram.com/reobotechnology/>), é possível verificar que
Ademais, em acesso à página do Instagram da empresa Reobot
fls. 372
fls. 373
fls. 374
.
fls. 375
Urge ressaltar, que é de conhecimento desta Vara a dificuldade

de encontrar bens e valores nas contas bancárias dos réus, sendo clara
a intenção destes em ludibriar o MM. Juízo, enquanto estes continuam
operando e vendendo na empresa Reobot, compondo um grupo
econômico, já que ficou caracterizada a identidade entre administrador e
atividade social, razão pela qual requer seja esta incluída no polo passivo
na presente demanda, junto com seu sócio, bem como requer o
reconhecimento de grupo econômico para serem responsabilizados de
forma solidária.
Destarte, tendo sido amplamente demonstrado que os réus da

presente ação estão se utilizando da empresa Reobot Technology,
através do seu sócio André, para realizar as atividades que eram
desenvolvidas nas frentes da New Life, requer:
3. Dos Pedidos:
Pelos fatos e fundamentos acima expostos, requer a inclusão da

empresa Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eireli e o Sr. André
Tricanico Nogueira Jose ao polo passivo da ação, bem como o
reconhecimento do grupo econômico entre as partes para a condenação
de forma solidária.
Requer, ainda, a concessão da tutela de urgência, consoante a

decisão de fls. 102-103, para que se defira a liminar de arresto, no
montante de R$72.567,76 (setenta e dois mil, quinhentos e sessenta e
sete reais e setenta e seis centavos) em face de Reobote Tecnologia e
Consultoria Financeira Eireli e o Sr. André Tricanico Nogueira Jose.
Decisão fls. 102-103:

.
fls. 376
Após, requer sejam os réus incluídos na presente demanda e

intimados para se manifestarem, bem como requer sejam os demais réus
intimados para apresentarem contestação complementar, caso queiram.
Em consequência, requer seja concedido novo prazo de réplica para a
parte autora.
Por fim, caso não seja o entendimento do MM. Juízo o

deferimento do presente aditamento à inicial, requer seja mantido o prazo
de réplica já concedido na presente demanda

Goiânia – GO, 05 de novembro de 2021.
__________________________________________
OAB/GO 54.205
________________________________________
OAB/GO 55.479
. WITU21700383930
fls. 317
377
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
, sobo onúmero
FICHA CADASTRAL COMPLETA
21:18, sob
NESTA FICHA CADASTRAL COMPLETA, AS INFORMAÇÕES DOS QUADROS “EMPRESA”, “CAPITAL”, “ENDEREÇO”, “OBJETO SOCIAL” E
9718CA2.
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F6FF.
àsàs16:55
“TITULAR/SÓCIOS/DIRETORIA” REFEREM-SE À SITUAÇÃO DA EMPRESA NO MOMENTO DE SUA CONSTITUIÇÃO OU AO SEU PRIMEIRO
REGISTRO CADASTRADO NO SISTEMA INFORMATIZADO.
19/04/2021
05/11/2021
A SEGUIR, SÃO INFORMADOS OS EXTRATOS DOS ARQUIVAMENTOS POSTERIORMENTE REALIZADOS, SE HOUVER.
A AUTENTICIDADE DESTA FICHA CADASTRAL COMPLETA PODERÁ SER CONSULTADA NO SITE WWW.JUCESPONLINE.SP.GOV.BR, MEDIANTE
emem
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001274-65.2021.8.26.0286
O CÓDIGO DE AUTENTICIDADE INFORMADO AO FINAL DESTE DOCUMENTO.
protocolado
protocolado
PARA EMPRESAS CONSTITUÍDAS ANTES DE 1.992, OS ARQUIVAMENTOS ANTERIORES A ESTA DATA DEVEM SER CONSULTADOS NA FICHA
DE BREVE RELATO (FBR).
Paulo,
Paulo,
de Sao
EMPRESA
de Sao
ATN CONSULTORIA FINANCEIRA & TRADING EIRELI
do Estado
do Estado
TIPO: EIRELI
NIRE MATRIZ DATA DA CONSTITUIÇÃO EMISSÃO
de Justica
35603129055 08/06/2020 19/04/2021 20:52:36
de Justica
e Tribunal
INÍCIO DE ATIVIDADE CNPJ INSCRIÇÃO ESTADUAL
e Tribunal
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
31/01/2019 32.625.423/0001-93
CASCONE
CAPITAL
CUNALI
R$ 150.000,00 (CENTO E CINQUENTA MIL REAIS)
HONORATO ROSA
ENDEREÇO
FERNANDES
LOGRADOURO: RUA DINO BORDINI NÚMERO: 75
BAIRRO: PQ.DAS INDUSTRIAS COMPLEMENTO:
DE FREITAS
MUNICÍPIO: ITU CEP: 13309-672 UF: SP
OBJETO SOCIAL
AUGUSTUS
MURILLO
VINICIUS
PREPARAÇÃO DE DOCUMENTOS E SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO ADMINISTRATIVO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

ATIVIDADES DE CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL, EXCETO CONSULTORIA TÉCNICA ESPECÍFICA
porpor
SERVIÇOS COMBINADOS DE ESCRITÓRIO E APOIO ADMINISTRATIVO

digitalmente
TITULAR / SÓCIOS / DIRETORIA
ANDRE TRICANICO NOGUEIRA JOSE, NACIONALIDADE BRASILEIRA, CPF: 418.030.768-52, RG/RNE: 491827568 - SP, RESIDENTE À RUA DINO
original,assinado
BORDINI, 75, PQ.DAS INDUSTRIAS, ITU - SP, CEP 13309-672, NA SITUAÇÃO DE TITULAR E ADMINISTRADOR, ASSINANDO PELA EMPRESA.
dooriginal,
ARQUIVAMENTOS
SESSÃO: 08/06/2020
cópiado
documentoéécópia
TRANSFORMADA DE NIRE 35833205179.

Este documento
Documento Gratuito Página 1 de 2

Proibida a Comercialização
. WITU21700383930
NUM.DOC: 723.523/20-4 SESSÃO: 08/06/2020 fls. 318
378
REGISTRO DA DECLARAÇÃO DE ENQUADRAMENTO DE MICROEMPRESA (ME).
NUM.DOC: 124.380/21-9 SESSÃO: 17/03/2021
ALTERAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA / OBJETO SOCIAL DA SEDE PARA PREPARAÇÃO DE DOCUMENTOS E SERVIÇOS
ESPECIALIZADOS DE APOIO ADMINISTRATIVO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE, CONSULTORIA EM TECNOLOGIA DA
, sobo onúmero
INFORMAÇÃO, ATIVIDADES DE CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL, EXCETO CONSULTORIA TÉCNICA ESPECÍFICA,
SERVIÇOS COMBINADOS DE ESCRITÓRIO E APOIO ADMINISTRATIVO, DESENVOLVIMENTO E LICENCIAMENTO DE
PROGRAMAS DE COMPUTADOR NÃO-CUSTOMIZÁVEIS., DATADA DE: 21/01/2021.
21:18, sob
9718CA2.
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F6FF.
ENDEREÇO DA SEDE ALTERADO PARA RUA JOSE VERSOLATO, 111, BL B SL 3014, CENTRO, SAO BERNARDO DO CAMPO - SP,
àsàs16:55
CEP 09750-730. , DATADA DE: 21/01/2021.
19/04/2021
ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL PARA REOBOTE TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELI., DATADA DE:
05/11/2021
21/01/2021.
CONSOLIDAÇÃO CONTRATUAL DA MATRIZ.
emem
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001274-65.2021.8.26.0286
protocolado
protocolado
FIM DAS INFORMAÇÕES PARA NIRE: 35603129055
DATA DA ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DA BASE DE DADOS: 19/04/2021
Paulo,
Paulo,
de Sao
Ficha Cadastral Completa. Documento certificado por JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. A Junta
Comercial do Estado de São Paulo, garante a autenticidade deste documento quando visualizado diretamente no portal
de Sao
www.jucesponline.sp.gov.br sob o número de autenticidade 150575573, segunda-feira, 19 de abril de 2021 às 20:52:36.
de Justica
e Tribunal
do Estado
de Justica
cópiado
documentoéécópia
Este documento original,assinado
dooriginal, digitalmente
assinadodigitalmente VINICIUS
porpor DE FREITAS
AUGUSTUS
MURILLO HONORATO
FERNANDES ROSA CASCONE
CUNALI
Documento Gratuito NIRE: 35603129055 Página 2 de 2

Proibida a Comercialização
fls. 319
379
Este documento
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cópiado
dooriginal,
VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
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, sobo onúmero
WITU21700383930 .
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001274-65.2021.8.26.0286 9718CA5.
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F701.
fls. 320
380
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documentoéécópia
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dooriginal,
VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
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, sobo onúmero
WITU21700383930 .
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001274-65.2021.8.26.0286 9718CAC.
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F704.
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AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
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, sobo onúmero
WITU21700383930 .
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001274-65.2021.8.26.0286 9718CAC.
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F704.
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VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
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, sobo onúmero
WITU21700383930 .
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001274-65.2021.8.26.0286 9718CB6.
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F705.
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VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
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21:18, sob
, sobo onúmero
WITU21700383930 .
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F705.
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AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
emem 19/04/2021
àsàs16:55
21:18, sob
, sobo onúmero
WITU21700383930 .
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VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
emem 19/04/2021
àsàs16:55
21:18, sob
, sobo onúmero
WITU21700383930 .
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001274-65.2021.8.26.0286 9718CBE.
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F706.
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documentoéécópia
cópiado
dooriginal,
VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
emem 19/04/2021
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, sobo onúmero
WITU21700383930 .
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F706.
fls. 327
387
Este documento
documentoéécópia
cópiado
dooriginal,
VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
emem 19/04/2021
àsàs16:55
21:18, sob
, sobo onúmero
WITU21700383930 .
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F706.
fls. 328
388
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dooriginal,
VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
emem 19/04/2021
àsàs16:55
21:18, sob
, sobo onúmero
WITU21700383930 .
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F706.
fls. 329
389
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VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
emem 19/04/2021
àsàs16:55
21:18, sob
, sobo onúmero
WITU21700383930 .
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F706.
fls. 330
390
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VINICIUS DE FREITAS
AUGUSTUS HONORATO
FERNANDES CUNALI
ROSA e Tribunal
CASCONE de Justica
de Justica de Sao
do Estado Paulo,
de Sao protocolado
emem 19/04/2021
àsàs16:55
21:18, sob
, sobo onúmero
WITU21700383930 .
1000271-75.2021.8.26.0286 e código 866F706.
fls. 391

COMARCA de Itu
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 976640B.
ATO ORDINATÓRIO

Justiça Gratuita

Manifeste-se a parte contrária, no prazo de 15 dias,

sobre a petição/os últimos documentos juntados aos
autos pela parte adversa, nos termos do artigo 437, § 1.º,
do novo Código de Processo Civil.
Nada Mais. Itu, 09 de novembro de 2021. Eu, ___,

ROBERTO VIEIRA DA CRUZ FILHO, Escrevente
Técnico Judiciário.
fls. 392

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 976C72C.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 10/11/2021 às 00:43 .
Advogado Forma
Danilo Luiz Genari de Almeida (OAB 405836/SP) D.J.E
Teor do ato: "Manifeste-se a parte contrária, no prazo de 15 dias, sobre a petição/os últimos documentos
juntados aos autos pela parte adversa, nos termos do artigo 437, § 1.º, do novo Código de Processo Civil."
Itu, 10 de novembro de 2021.

fls. 393

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 978B775.
Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0777/2021, foi disponibilizado no Diário de Justiça
Eletrônico em 11/11/2021. Considera-se a data de publicação em 12/11/2021, primeiro dia útil subsequente à data
de disponibilização.
Certifico, ainda, que para efeito de contagem do prazo foram consideradas as seguintes datas.
15/11/2021 - Proclamação da República - Prorrogação
20/11/2021 - Consciência Negra - Prorrogação
Advogado
Danilo Luiz Genari de Almeida (OAB 405836/SP)
Teor do ato: "Manifeste-se a parte contrária, no prazo de 15 dias, sobre a petição/os últimos documentos
juntados aos autos pela parte adversa, nos termos do artigo 437, § 1.º, do novo Código de Processo Civil."
Itu, 11 de novembro de 2021.

.
fls. 394
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 98FA602.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECISÃO CONTRATUAL c.c. RESTITUIÇÃO DE VALORES c.c.
INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL COM PEDIDO LIMINAR Nº 1000183-
37.2021.8.26.0286
BIANCA CRISTINA SBRISSA RAYMUNDO e THALITA FRANCIELLY DA

SILVA, por sua advogada infra firmada, nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE
RECISÃO CONTRATUAL c.c. RESTITUIÇÃO DE VALORES c.c. INDENIZAÇÃO POR DANO
MATERIAL E MORAL COM PEDIDO LIMINAR Nº 1000183-37.2021.8.26.0286 que lhe
move TAIQUE MENDES RAMOS, vem à presença de V. Exa. se manifestar sobre a
emenda à inicial de fls. 365/376, nos termos seguintes:
O requerente pleiteia o aditamento da petição inicial, a fim de
serem incluidos no polo passivo da presente demanda a empresa REOBOTE
TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELI e a pessoa física ANDRE
TRICANICO NOGUEIRA JOSE.
Contudo, tais pedidos de inclusão são incabíveis nesta fase
processual, além de não apresentarem consistência fática e jurídica para
deferimento, senão vejamos:
.
fls. 395
DA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 329 DO CPC
Determina o artigo 329 do CPC:
Art. 329. O autor poderá:

I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente
de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir,
com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de
manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento
de prova suplementar.
Ou seja, depois de ocorrida a citação no processo, a inclusão de

novas partes no pólo passivo depende da concordância dos requeridos.
No caso presente, os requeridos NÃO CONCORDAM com a
inclusão de REOBOTE TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELI e ANDRE
TRICANICO NOGUEIRA JOSE no polo passivo da presente demanda, pessoas
totalmente alheias à empresa requerida e que não tem nenhuma relação com os
contratos discutidos nos autos. Por isso, conforme já decidido em outros processos
envolvendo os requeridos, o pedido de inclusão deve ser julgado IMPROCEDENTE.
Nos autos de nº 1006260-96.2020.8.26.0286, que tramita pela 3ª
Vara desta mesma Comarca, movido por NATÁLIA PEDROSO RAMIRES em face dos
requeridos, o MM. Juízo decidiu o seguinte: “Diante da discordância dos requeridos
mostra-se inviável a emenda da inicial para inclusão de Luciane Aparecida
Raymundo e demais indicados pela autora, nos termos do artigo 329, II, do CPC.” –
fls. 477.
.
fls. 396
Nos autos de nº 1006675-79.2020.8.26.0286, que também tramita

pela 3ª Vara desta mesma Comarca, movido por WILSON ROBERTO AUGUSTINHO
em face dos requeridos, o MM. Juízo proferiu a mesma decisão citada acima.
Portanto, não há que se falar em inclusão de novas pessoas no pólo passivo desta
demanda.
DA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 134, § 2º, DO CPC
Cabe ressaltar também que o pedido de inclusão das pessoas

mencionadas acima trata-se, na verdade, de pedido de desconsideração da
personalidade jurídica, tendo em vista o teor do requerimento de fls. 375: “A
inclusão da empresa Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eireli e o Sr.
Andre Tricanico Nogueira Jose no polo passivo da presente demanda, bem como o
reconhecimento do grupo econômico entre as partes para a condenação de forma
solidária”.
Na sistemática estabelecida pelo CPC/15, há duas formas de se
requerer a desconsideração da personalidade jurídica: (I) na própria petição
inicial da ação de conhecimento ou de execução e (II) no curso do processo, em
momento posterior à apresentação da petição inicial.
No primeiro caso, tanto a pessoa jurídica ré quanto os seus
respectivos sócios serão citados, sendo dispensada a instauração do incidente
processual (art. 134, § 2º do CPC/15)1. Entretanto, quando o pedido de
desconsideração da personalidade jurídica é formulado em momento posterior à
apresentação da petição inicial da ação de conhecimento ou de execução,
obrigatoriamente deverá haver a instauração do respectivo incidente
1
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento,
no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.(...) §
2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for
requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
.
fls. 397
processual, que será distribuído em apenso à ação principal (art. 134, § 1º do

CPC/15)2. E a ação principal será obrigatoriamente SUSPENSA, conforme artigo
134, § 3º, do CPC.3
No caso em discussão, essa determinação legal NÃO foi cumprida,
pois que o pedido de inclusão de terceiras pessoas no pólo passivo desta ação,
“bem como o reconhecimento do grupo econômico entre as partes para a
condenação de forma solidária, (...), e a concessão da tutela de urgência para que
sejam imediatamente indisponibilizados os bens dos novos requeridos” – cf. fls. 370
– foi pleiteado através de simples petição, ao arrepio da norma processual vigente.
Por mais esse motivo, o pedido dos requerentes deve ser julgado
improcedente.
DA INEXISTÊNCIA DE ABUSO DE PERSONALIDADE JURÍDICA,

CONFUSÃO PATRIMONIAL E DESVIO DE FINALIDADE
Como se sabe, o pressuposto da desconsideração é a ocorrência

de fraude perpetrada com o uso da autonomia patrimonial da pessoa jurídica,
conforme se depreende da leitura do artigo 50 do Código Civil. 4
2
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de
conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1º A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações
devidas.
3
Art. 134. § 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.
4
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou
pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe
couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica
.
fls. 398
In casu, a manifestação da Demandante não suscitou qualquer

prova de atuação da empresa Requerida em sentido contrário as suas finalidades
sociais e/ou abusando de sua personalidade jurídica.
Dessa forma, o simples fato de não terem sido localizados ativos
depositados nas contas bancárias dos requeridos, por si só, não serve de base para
a inclusão no polo passivo da presente demanda das pessoas supracitadas, sendo
imprescindível que haja a demonstração específica da prática de desvio de
finalidade ou de confusão patrimonial.
Neste sentido:
“(...) A inexistência ou não localização de bens da pessoa jurídica não é

condição para a instauração do procedimento que objetiva a desconsideração, por
não ser sequer requisito para aquela declaração, já que imprescindível a
demonstração específica da prática objetiva de desvio de finalidade ou de confusão
patrimonial.” (STJ - REsp: 1729554 SP 2017/0306831-0, Relator: Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 08/05/2018, T4 - QUARTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 06/06/2018)
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. § 1º. Para os fins do disposto neste artigo, desvio
de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de
atos ilícitos de qualquer natureza.
§ 2º. Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios,
caracterizada por:
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa;
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor
proporcionalmente insignificante; e
.
fls. 399
Outrossim, é de se destacar que a Demandante sequer esgotou os

meios de busca de bens e ativos através dos sistemas informatizados disponíveis
por este r. Juízo, de forma que o pleito de desconsideração da personalidade
jurídica é, na melhor das hipóteses, totalmente prematuro e inconsequente.
Inclusive, vemos que foi realizada pesquisa de bens dos requeridos
pelo sistema BACENJUD, sistema este que já não é mais utilizado pelo Tribunal de
Justiça. A necessidade de renovação tecnológica da ferramenta de busca de bens
dos devedores foi suprida com a implantação da nova ferramenta denominada
SISBAJUD. E essa nova ferramenta NÃO foi utilizada nos autos, de modo que
totalmente inviável a inclusão no pólo passivo de terceiros que não fazem parte do
quadro societário ou de pessoa jurídica diversa da empresa requerida.
Por outro lado, para se caracterizar abuso da personalidade
jurídica, a lei prevê expressamente a existência do DOLO na conduta da empresa
Requerida para lesar credores, o que não ficou evidenciado em qualquer elemento
trazido pela Requerente. Não foram suscitadas provas inequívocas da suposta
ausência de patrimônio, encerramento irregular e qualquer outra forma de abuso
de direito a amparar a pretensão da Autora.
Sendo assim, não há sentido ou cabimento em deferir uma medida
excepcional como a que está sendo pleiteada, com base em alegações rasas e
refutáveis.
À vista disso, deve ser indeferida a inclusão no polo passivo da
presente demanda de REOBOTE TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELI
e a pessoa ANDRE TRICANICO NOGUEIRA JOSE.
DAS DECISÕES TRAZIDAS AOS AUTOS PELO REQUERENTE – ENTENDIMENTO

DIVERSO DAQUELE PRETENDIDO PELO REQUERENTE
.
fls. 400
Para subsidiar seu pedido de inclusão de terceiros no pólo passivo

da presente demanda, o requerente apresenta dois julgados que, segundo ele,
apoiam seu pleito. Entretanto, ao fazermos uma análise atenta dos acórdãos,
vemos que as decisões são contrárias à pretensão do requerente.
O primeiro acórdão foi proferido nos autos do AI
10000200611580003 MG.
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO RENOVATÓRIA -PRELIMINAR -

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA AGRAVÁVEL- AUSÊNCIA DAS HIPÓTESES PREVISTAS NO
ARTIGO 1.015 DO CPC - MITIGAÇÃO DA TAXATIVIDADE DO ROL DO ART. 1.015 DO
NOVO CPC - POSSIBILIDADE - ADITAMENTO DA INICIAL - ANTES DA CITAÇÃO -
ANUÊNCIA DO RÉU - DESNCESSÁRIA - CONTESTAÇÃO APRESENTADA ANTES DO
DEFERIMENTO DO ADITAMENTO - VISTA AO RÉU PARA ADITAR CONTESTAÇÃO -
POSSIBILIDADE. – (...) - O art. 329 do Código de Processo Civil dispõe que o autor
poderá aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir até a citação, sem o
consentimento do réu ou até o saneamento do processo, com o consentimento do
réu - Se o magistrado defere o aditamento da inicial após a apresentação de defesa
pelo réu, deve conceder prazo a este para que, caso queira, adite a defesa, sob
pena de violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório. (TJ-MG - AI:
10000200611580003 MG, Relator: Evandro Lopes da Costa Teixeira, Data de
Julgamento: 04/02/2021, Câmaras Cíveis / 17ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
09/02/2021)
Ou seja, o Relator foi claro: somente é possível o aditamento ou

alteração da causa de pedir, após a citação, com o consentimento do réu, quando
lhe deverá ser oportunizado o aditamento de sua defesa.
.
fls. 401
O corpo do acórdão explica a questão: Ou seja, a parte autora

requereu o aditamento da inicial antes mesmo da citação da parte ré, razão pela
qual não há a necessidade de anuência desta. E, o fato de o magistrado somente
ter apreciado o requerimento de aditamento da inicial após o comparecimento
espontâneo da parte ré não obsta o deferimento deste, já que o CPC é claro ao
dispor que poderá o autor aditar a inicial sem o consentimento do réu até a citação
deste. O marco para o aditamento da inicial sem a anuência da parte contrária é
a citação, e não a decisão que defere ou indefere o aludido aditamento. Assim, agiu
corretamente o magistrado de piso ao deferir o aditamento da inicial apresentada
pela parte agravada independe de anuência da parte agravante.”
Ou seja, o acórdão é claro: somente é possível o aditamento da
ação, após a citação, com o consentimento do réu. Essa é a interpretação correta
que deve ser dada ao acórdão.
O segundo acórdão citado pelo requerente está assim ementado:
Agravo de instrumento – Decisão de recebeu o pedido de aditamento à inicial –

Cabimento - Réus já citados, que discordaram do mencionado pedido – Ausência
de citação dos litisconsortes – Possibilidade de apresentação de emenda à inicial,
no caso vertente - Necessidade, entretanto, de abertura de novo prazo para
apresentação de nova contestação por parte dos corréus já citados – Decisão
mantida - Recurso improvido, com observação. (TJ-SP - AI: 22708714220208260000
SP 2270871-42.2020.8.26.0000, Relator: Thiago de Siqueira, Data de Julgamento:
12/01/2021, 14ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 12/01/2021)
A fundamentação do acórdão é a seguinte: “Nota-se, no caso

vertente, que estamos diante de litisconsórcio passivo, sendo que o pedido de
aditamento da inicial foi realizado antes da citação de todos os demais réus. (...)
.
fls. 402
Desse modo, conforme bem observado pela douta Magistrada 'a quo', uma vez que
não houve a citação de todos os litisconsortes, viável o acolhimento do pedido de
aditamento da inicial feito pelo agravado.”
Então, a hipótese julgada neste acórdão é totalmente diversa do
caso em questão: no acórdão referido, os réus NÃO haviam sido citados. No caso
presente, os réus já foram citados e NÃO concordam com o aditamento.
Inclusive, o julgamento do acórdão acima foi embasado em uma
decisão do STF, que tem a função de uniformizar o entendimento dos Tribunais em
nosso país:
RECURSO ESPECIAL. ALTERAÇÃO DO PEDIDO E CAUSA DE PEDIR APÓS A CITAÇÃO.

POSSIBILIDADE. 1. Antes de se consumar a citação de litisconsorte necessário do
réu, por determinação do juízo, o autor pode alterar o pedido ou a causa de pedir,
ainda que um dos litisconsortes já tenha ofertado contestação. 2. Cabe ao juiz,
nessa situação, preservar o contraditório e garantir a reestabilização da demanda,
permitindo que o réu adite sua defesa para adequá-la aos novos contornos da lide.”
(REsp 804255 / CE, Terceira Turma, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ
14/02/2008).
Percebemos, então, que os requerentes pretendem induzir este

MM. Juízo em erro, dando uma interpretação distorcida aos julgamentos
apresentados como paradigmas. Mas, certamente os requerentes não terão êxito
em sua pretensão, pois a legislação e a jurisprudência são claros: não poderá haver
inclusão de novas partes no pólo passivo de qualquer demanda se os demais réus,
já citados, discordarem desse pedido. Portanto, dúvidas não restam de que o
pedido do requerente é totalmente descabido.
.
fls. 403
Pelo exposto, deve ser julgado IMPROCEDENTE o pedido de

inclusão de REOBOTE TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELI e da pessoa
física ANDRE TRICANICO NOGUEIRA JOSE no pólo passivo desta demanda, eis que
os requeridos, devidamente citados, NÃO concordam com tal inclusão.
Nestes termos,
P. Deferimento.
De Serra Negra para Itu, 26 de novembro de 2021.

OAB/SP nº 167.940
.
fls. 404
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITU

– ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 99CE43C.
Processo nº 1000271-75.2021.8.26.0286
NEW LIFE INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS LTDA E OUTROS, já qualificados nos autos do

processo em epigrafe, por intermédio do procurador infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, em atendimento ao ato ordinatório de fls. 391, impugnar a manifestação do Requerente de fls. 365/376,
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. DA TEMPESTIVIDADE DA PRESENTE MANIFESTAÇÃO
O ato ordinatório de fls. 391 fora publicado em 12 de novembro de 2021. Considerando o prazo
de 15 (quinze) dias úteis determinado por este r. Juízo para se manifestar em relação a petição de fls. 365/376, atesta-
se que o termo final ocorre em 06 de dezembro de 2021. Portanto, a presente manifestação é tempestiva!
II. DO DESCABIMENTO DO PEDIDO DE ADITAMENTO DA INICIAL
Consoante se verifica da petição de fls. 365/376, o Requerente pleiteia as seguintes inclusões no

polo passivo da presente demanda:
(i) da empresa ‘REOBOTE TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELLI, pessoa

jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n° 32.625.423/0001-93, com sede na Rua Dino
Bordini, n° 75, Parque das Indústrias, Itu-SP, CEP 13309-672”; e,
(ii) e de seu respectivo sócio “ANDRE TRICANICO NOGUEIRA JOSE, brasileiro, portador da
Cédula de Identidade RG n° 49.182.756-8 SP, inscrito no CPF/MF sob o n° 418.030.768-
52, com endereço na Rua Dino Bordini, n° 75, Parque das Indústrias, Itu-SP, CEP 13309-
672.”.
.
fls. 405
Como forma de justificar o referido pedido de inclusão no polo passivo, o Autor aduz sem
quaisquer fundamentos que a empresa Requerida juntamente com seus sócios administradores, ora corréus, estariam
utilizando a empresa “Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eirelli” para realizar atividades e operações que
eram desenvolvidas nas frentes de atuação da New Life.
Preliminarmente, sem adentrar ao mérito da fundamentação utilizada pelo Demandante, destaca-

se que é absolutamente incabível a alteração, substituição ou inclusão do polo passivo da demanda após a
citação, nos termos do art. 329, inciso II do Código de Processo Civil.
O artigo 329 do Código de Processo Civil consagra a impossibilidade de o autor modificar o

pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu. De igual modo, complementando o referido dispositivo,
tem-se o artigo 108 do mesmo códex processual, que considera lícita somente a sucessão voluntária das partes nos
casos expressos em lei. Disso extrai-se que, salvo autorização expressa na norma vigente, descabe alterar as partes
litigantes após a citação.
Na hipótese dos autos, ajuizado a ação e citado os réus (fls. 172/175), o objeto litigioso, por força
da lei, se estabiliza, não podendo, na presente fase processual, ocorrer a alteração dos polos da relação jurídica em
questão.
À vista disso, conclui-se que, em nosso sistema processual, os limites do pronunciamento

judicial estabilizam-se no momento em que a citação do demandado ocorre. Daí em diante, somente é possível
alterar o pedido e a causa de pedir, havendo consentimento do réu (art. 329, II, do CPC/2015), caso em que o
contraditório e a instrução probatória serão reabertos. Depois do ato citatório, o Código de Processo Civil não prevê a
possibilidade de alterar o pedido ou a causa de pedir, por livre convenção dos litigantes.
Sobre as alterações das partes, após a estabilização da demanda, ensina Cândido Rangel
Dinamarco que:
“A estabilização 'subjetiva' da demanda é assegurada pelo art. 108 do

Código de Processo Civil, segundo o qual, 'no curso do processo, somente
é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei'. Esse
dispositivo não distingue, como o art. 329 (alterações objetivas), entre
alterações 'antes' ou 'depois' da citação do réu ou alterações 'antes' ou
'depois' do 'saneamento do processo'. Onde não haja qualquer disposição
legal específica permitindo ou mesmo impondo uma alteração das
partes, esta será inadmissível perante a lei e essa proibição visa a
proteger o 'réu' contra possíveis incertezas e oscilações do processo
e, em alguma medida, também a imunizar 'os terceiros', que não
.
fls. 406
poderão ser trazidos ao processo, contra sua vontade, depois de

proposta a demanda. Aceitar sua inclusão ulterior fora dos casos
permitidos em lei poderia causar um retrocesso no procedimento, que
o sistema não permite.”. (Cândido Rangel Dinamarco, “Instituições de
Direito Processual Civil”, vol. II, 7ª ed., São Paulo, Malheiros, 2017, p. 81). –
Grifo nosso.
Outrossim, o E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo manifesta no mesmo sentido que
dispõe a lei, qual seja, pela impossibilidade do aditamento da inicial, notadamente, quando é concernente a alteração
e/ou inclusão das partes, após o ato citatório, sem a concordância da parte requerida, haja vista a estabilização da
demanda, nos termos do art. 329, inciso II do Código de Processo Civil. Vejamos:
“Agravo de instrumento. Ação de despejo cumulada com pedido de tutela

antecipada e cobrança de aluguéis. Insurgência da corré contra decisão que,
após a citação, contestação e saneamento do feito, determinou a retificação
do polo ativo, para dele constar o locador. Recurso que deve ser provido.
Inadmissibilidade da emenda da petição inicial, inclusive para alteração
das partes, após a citação, sem a concordância das rés. Aplicação do
disposto no art. 329 do CPC. Reconhecimento da ilegitimidade ativa que
acarreta a extinção da ação, sem apreciação do mérito, nos termos do art.
485, VI, do CPC. Autora que deve arcar com os honorários e verbas de
sucumbência. Decisão reformada. Recurso provido.”. (TJSP; Agravo de
Instrumento 2050661-17.2021.8.26.0000; Relator (a): Ana Lucia Romanhole
Martucci; Órgão Julgador: 33ª Câmara de Direito Privado; Data do
Julgamento: 03/05/2021). – Grifo nosso.
“AGRAVO DE INSTRUMENTO – Ação de Improbidade Administrativa –

Emenda da inicial para inclusão de réu novo, após citação dos demais
corréus - Inadmissibilidade de alteração no polo passivo após
estabilização da lide - R. decisão reformada. Recurso provido.”. (TJSP;
Agravo de Instrumento 2159805-91.2019.8.26.0000; Relator (a): Carlos
Eduardo Pachi; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Público; Data do
“Ação de rescisão contratual. Reconvenção apresentada pela agravante.

Pretensão de inclusão dos intervenientes garantidores no polo passivo
da reconvenção. Impossibilidade de alteração do polo passivo, após a
.
fls. 407
contestação, sem o consentimento da parte contrária. Estabilização da

demanda. Art. 329, I, CPC. Necessidade de intimação dos intervenientes
garantidores para tomarem ciência da demanda, com a possibilidade de se
habilitarem como assistentes. Recurso parcialmente provido.”. (TJSP;
Agravo de Instrumento 2220700-52.2018.8.26.0000; Relator (a): Ruy
Coppola; Órgão Julgador: 32ª Câmara de Direito Privado; Data do
À propósito, o C. Superior Tribunal de Justiça já decidiu sobre a aludida temática:
“Sendo assim, considerando que os agravados não concordam com a

alteração do polo passivo não há como acolher o pedido de aditamento
formulado pela ora agravante, tal como constou da decisão agravada (e-STJ,
fls. 307/309, sem destaque no original). Tal entendimento está em plena
consonância com a jurisprudência dominante desta Corte, no sentido
de que "por força do princípio da estabilização subjetiva do processo,
prestigiado nos arts. 41 e 264 do CPC, feita a citação validamente, não
é mais possível alterar a composição dos polos da relação jurídica
processual, salvo as substituições permitidas por lei." (Precedentes: REsp
151.877/PR, Rel. Ministro Adhemar Maciel, Segunda Turma, j. 8/10/1998, DJ
22/2/1999). No mesmo sentido: AgRg nos EDcl no AREsp 297.191/GO, Rel.
Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, j. 19/9/2017, DJe 27/9/2017; REsp
435.580/RJ, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, j.
3/8/2006, DJ 18/8/2006,; REsp 758.622/RJ, Rel. Ministro Castro Filho,
Terceira Turma, j. 15/9/2005, DJ 10/10/2005). Assim, forçoso concluir que
após a estabilização da lide não é possível a modificação das partes
litigantes, sem a anuência dos demais demandados.”. (RESP 1752349
Rel. Min. Moura Ribeiro Publ. em 14.08.2018). – Grifo nosso.
Com efeito, nota-se uma atitude desesperada do Requerente, a qual já foi tomada por outros
sócios participantes em outros processos análogos a presente demanda, oportunidade na qual, fora pleiteado sem
quaisquer fundamentos legais a inclusão da genitora dos corréus.
Todavia, tais pedidos foram acertadamente indeferidos pelo Juízo competente, nos autos dos
processos sob o nº 1006260-96.2020.8.26.0286 e 1006675-79.2020.8.26.0286. Seguindo o que determina a legislação
pátria e a jurisprudência dos tribunais, os Juízos desta Comarca sustentaram pela inviabilidade de tal pleito, nos termos
do art. 329, inciso II do Código de Processo Civil, tendo em vista a estabilização da demanda. Veja-se:
.
fls. 408
“Diante da discordância dos requeridos mostra-se inviável a emenda da

inicial para inclusão de Luciene Aparecida Raymundo e demais indicados
pela autora, nos termos do artigo 329, II, do CPC. ”
Portanto, uma vez que a citação dos Requeridos já fora efetivada, a pretensão do Autor,
formulada nesta fase processual, vai de encontro ao texto expresso dos artigos 329 c/c 108, ambos do Código
de Processo Civil, bem como em dissonância a jurisprudência do E. Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo e do C. Superior Tribunal de Justiça, razão pela qual, NÃO DEVE SER ACOLHIDA.
III. DA AUSÊNCIA DE PROVAS A JUSTIFICAR A ALTERAÇÃO DO POLO PASSIVO
Conforme já exposto acima, o Requerente pleiteia de modo absolutamente descabido a inclusão

no polo passivo da presente demanda da empresa ‘REOBOTE TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA
EIRELLI’ e de seu respectivo sócio ‘ANDRE TRICANICO NOGUEIRA JOSE’.
Ocorre que, além do total desemparo legal do pedido, consoante fundamentado supra, o
Requerente não apresenta elementos probatórios suficientes a justificar pela alteração do polo passivo da presente
ação, senão vejamos:
Antes de mais nada, cabe ressaltar que o pedido de inclusão das pessoas mencionadas
acima, trata-se, na verdade, de pedido oculto de desconsideração da personalidade jurídica, tendo em vista o
teor do requerimento de item b – fls. 375: “(...) a concessão da tutela de urgência, consoante a decisão de fls. 102-
103, para que se defira a liminar de arresto, no montante de R$ 72.567,76 (setenta e dois mil, quinhentos e sessenta
e sete reais e setenta e seis centavos) em face de Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eireli e o Sr. André
Tricanico Nogueira Jose.”.
Como se sabe, o pressuposto da desconsideração é a ocorrência de fraude perpetrada com o

uso da autonomia patrimonial da pessoa jurídica.
In casu, a manifestação do Demandante às fls. 365/376 não suscitou qualquer prova de atuação
da empresa Requerida em sentido contrário de suas finalidades sociais e/ou abusando de sua personalidade jurídica.
Dessa forma, o pedido de inclusão no polo passivo da presente demanda das pessoas
supracitadas (maquiada de pedido de desconsideração da personalidade jurídica) não pode ser deferida com base na
falta de ativos depositados em contas bancárias para fins de arresto/penhora.
Outrossim, é de se destacar que o Demandante sequer esgotou os meios de busca de bens e

ativos através dos sistemas informatizados disponíveis por este r. Juízo. Não foram feitas buscas patrimoniais, como
.
fls. 409
por exemplo, pelo sistema RENAJUD, nem fora apurada a existência de bens imobiliários através de expedição de
ofício aos cartórios de registro de imóveis ou diligência pelo sistema ARISP.
Ora Excelência, se sequer foram esgotados os meios de busca de bens pelos sistemas
informatizados disponíveis pelo Juízo, o pleito de inclusão no polo passivo, disfarçado de pedido de
desconsideração da personalidade jurídica é, na melhor das hipóteses, totalmente prematuro e inconsequente.
Não foram suscitadas provas inequívocas da suposta ausência de patrimônio, encerramento

irregular e qualquer outra forma de abuso de direito a amparar a pretensão do Autor.
De igual modo, conforme exaustivamente fundamentado na peça contestatória, para que haja a
desconsideração da personalidade jurídica, é obrigatoriamente necessário o atendimento dos requisitos do art. 50,
com a redação dada pela Lei 13.874/19 do Código Civil, que assim dispõe:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo

desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir
no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou
indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º. Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização

da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos
ilícitos de qualquer natureza.
§ 2º. Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato

entre os patrimônios, caracterizada por:
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do

administrador ou vice-versa;
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações,

exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e
Da análise da petição de fls. 365/376, o Autor não trouxe nenhuma evidência sobre qualquer um
dos requisitos acima mencionados, não podendo se presumir o dolo ou desvio de finalidade da empresa Requerida. A
.
fls. 410
lei prevê expressamente a existência do DOLO na conduta da empresa Requerida para lesar credores, o que
não ficou evidenciado em qualquer elemento trazido pelo Requerente.
Para estancar qualquer questão que justifique a medida infundada e descabida pleiteada pelo
Requerente, cabe destacar que a captura de tela apresentada não faz prova de que a empresa Requerida e seus
sócios estejam utilizando da empresa ‘Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eirelli’ para realizar as atividades
que eram desenvolvidas nas frentes da New Life.
A captura de tela trazida pelo Requerente (fls. 379) expõe uma breve conversa entre duas
pessoas, por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. Todavia, do simples exame da referida captura, não há
como reputar a veracidade ou até mesmo a autenticidade do teor de tais mensagens, até mesmo porque não
há indicação do destinatário, somente do remetente, a saber, Sr. Roger.
Ademais, os printscreens (tradução do inglês para captura de tela) não são meios
recomendáveis como comprovação de fatos para processos judiciais, já que são materiais fáceis de falsificar
ou adulterar (como é o caso do aplicativo WhatsFake, por exemplo, que imita visualmente uma conversa real do
aplicativo de mensagens WhatsApp).
Aliás, cada vez mais, printscreens não tem sido aceito pelos juízes, devido a insuficiência de
dados e metadados que comprovem que o material é quem diz ser e vem de onde diz vir. Nesse sentido, o E. Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo já vem adotando esse entendimento em seus julgados, vejamos:
“(...) Cumpria à ré demonstrar a existência das propaladas condições

climáticas adversas. No entanto, não se desincumbiu desse ônus, porquanto
a simples captura da imagem reproduzida na tela do computador
(printscreen) não é suficiente à comprovação de que a decolagem era
impossível na data e horário previamente agendados. (...)”. (TJ-SP - APL:
10349557820168260002 SP 1034955-78.2016.8.26.0002, Relator: Sandra
Galhardo Esteves, Data de Julgamento: 21/06/2017, 12ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 21/06/2017). – grifo nosso.
De igual forma, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aplicou entendimento já

firmado pelo colegiado para declarar que não podem ser usadas como provas as mensagens obtidas por meio
do printscreen da tela da aplicativo WhatsApp, porquanto a ferramenta permite o envio de novas mensagens e a
exclusão de mensagens antigas ou recentes, tenham elas sido enviadas pelo usuário ou recebidas de algum contato,
sendo que eventual exclusão não deixa vestígio no aplicativo ou no computador (RHC 99.735).
.
fls. 411
Além disso, considerando que a presente demanda tem como objeto principal a nulidade do
contrato, apenas os contratantes são partes legítimas para figurarem na lide, não sendo caso de inclusão da aludida
empresa com seu respectivo sócio no polo passivo da presente ação. Quem não figurou no contrato que se pretende
seja declarada a nulidade não há de figurar na relação jurídico processual.
Sendo assim, não há sentido ou cabimento deferir uma medida excepcional como a que está
sendo pleiteada, com base em um documento tão raso e refutável.
Por fim, o Demandante sustenta que o link de acesso para o site da empresa ‘REOBOTE
TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELLI’, consta, ao final, menção ao termo “vinielu”, em alusão aos
nomes Vinicius e Lucas, ora corréus e sócios administradores da empresa Requerida, demonstrando, eventualmente,
de que os Requeridos recebem comissão quando há uma compra realizada através da indicação dos mesmos.
Em primeiro lugar, apesar da empresa Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eirelli ter
como sócio o Sr. André Tricanico, ao qual foi aluno dos cursos e treinamentos presenciais que a empresa Ré oferecia,
assim como da semelhança de alguns produtos e serviços ofertados por ambos, NÃO HÁ provas concretas de
qualquer conexão ou associação entre as mesmas, tampouco foi demonstrado evidências da composição de
grupo econômico.
Convém ressaltar que a empresa New Life sempre prezou pelo aprendizado e sucesso de seus
alunos e mentorados. Todavia, por questões de manutenção e preservação da empresa – até mesmo pelo fato do
tempo de sua constituição, cerca de dois anos –, os sócios administradores Vinicius Raymundo dos Santos e Lucas
Raymundo dos Santos sempre adotaram a conduta de não se afiliar, associar ou coligar com qualquer empresa ou
projeto criado por ex-alunos.
Por oportuno, vale reforçar este r. Juízo de que a empresa Requerida busca pela recuperação
judicial, com o objetivo de renegociar com todos os seus credores os valores por eles aportados e, consequentemente,
manter as suas atividades e operações. Diante disso, não há sentido outras empresas buscarem compor um grupo
econômico com a empresa Ré, sabendo da atual situação da mesma.
Em segundo lugar, o aludido link de acesso indicado pelo Requerente redireciona o usuário
diretamente a uma página de login da empresa Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eirelli, e simultaneamente
ao acesso, o link do site é modificado para https://www.reobotplatform.com.br/login.html#, demonstrando, deste modo,
total inconsistência nas alegações e fundamentações utilizadas pelo Requerente.
Portanto, os Requeridos NÃO CONCORDAM com o pedido de inclusão no polo passivo da

presente demanda da empresa ‘REOBOTE TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELLI’ e de seu
respectivo sócio ‘ANDRE TRICANICO NOGUEIRA JOSE’, haja vista os fundamentos de fato e de direito sustentados
acima.
.
fls. 412
IV. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante de todo o exposto, requer:
a. O indeferimento do pedido de inclusão no polo passivo da presente demanda da
empresa ‘REOBOTE TECNOLOGIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELLI’ e de seu
respectivo sócio ‘ANDRE TRICANICO NOGUEIRA JOSE’., tendo em vista a não
concordância do pleito, assim como pelos fundamentos de fato e de direito expostos acima.
Termos em que pede DEFERIMENTO.
Itu – SP, 6 de dezembro de 2021.
DANILO LUIZ GENARI DE ALMEIDA
OAB/SP 405.836
.
fls. 413
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 9FBCF2F.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE RESCISÃO CONTRATUAL c.c. RESTITUIÇÃO DE VALORES
c.c. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL COM PEDIDO LIMINAR Nº
1000271-75.2021.8.26.0286
NEW LIFE INTERMEDIÇÃO DE NEGÓCIOS LTDA., LUCAS DOS

SANTOS RAYMUNDO, VINÍCIUS DOS SANTOS RAYMUNDO E EVERTON DOS
SANTOS RAYMUNDO, por sua advogada infra firmada, nos autos da AÇÃO
DECLARATÓRIA DE RESCISÃO CONTRATUAL c.c. RESTITUIÇÃO DE VALORES c.c.
75.2021.8.26.0286 que lhe move TAIQUE MENDES RAMOS, vem à presença de V.
Exa. requerer a juntada do substabelecimento anexo, sem reserva de poderes,
para que passe a constar que o I. Patrono Dr. Danilo Genari não representa mais
os interesses dos requeridos nos autos.
Assim sendo, requer seja excluído o nome do I. Procurador
referido dos autos, fazendo constar como procuradora dos requeridos esta que
subscreve a presente petição, a saber, VANESSA CRISTINA GIMENES FARIA E
SILVA, devidamente inscrita na OAB/SP sob nº 167.940, a fim de que seja
intimada de todos os atos processuais, sob pena de nulidade.
Nestes termos,
P. Deferimento.
OAB/SP nº 167.940

fls. 414
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 9FBCF2F.
fls. 415
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código 9FBCF31.
fls. 416
fls. 417
fls. 418
fls. 419
fls. 420
fls. 421

COMARCA de Itu
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código A01824C.
ATO ORDINATÓRIO


Parte Interessada: cadastro do patrono realizado nos

autos; esclareço, ainda, que para inclusão de novo
patrono/representante, se o caso, deverá ser indicado
expressamente o nome e número de registro na ordem
do(a) advogado(a)/sociedade de advogados.
Nada Mais. Itu, 04 de março de 2022. Eu, ___, ROBERTO

VIEIRA DA CRUZ FILHO, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 422

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código A0274BA.
Advogado Forma
Teor do ato: "Parte Interessada: cadastro do patrono realizado nos autos; esclareço, ainda, que para
inclusão de novo patrono/representante, se o caso, deverá ser indicado expressamente o nome e número de
registro na ordem do(a) advogado(a)/sociedade de advogados."

fls. 423

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código A0445A5.
Advogado
Teor do ato: "Parte Interessada: cadastro do patrono realizado nos autos; esclareço, ainda, que para
inclusão de novo patrono/representante, se o caso, deverá ser indicado expressamente o nome e número de
registro na ordem do(a) advogado(a)/sociedade de advogados."

fls. 424

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código A830EE2.
DECISÃO

Vistos.
A parte autora, em sua petição de fls. 365/376, postula a

ampliação subjetiva da demanda para inclusão da empresa Reobote Tecnologia e
Consultoria Financeira Eireli e de Andre Tricanico Nogueira José no polo passivo,
posto que chegou ao seu conhecimento que os réus estão se utilizando daquela
pessoa jurídica para realizar atividades anteriormente desenvolvidas pela New Life.
Intimados, os réus manifestaram discordância com o

pedido de inclusão.
Com efeito, o artigo 329 do Código de Processo Civil

dispõe que:
"Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de

pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o
pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu,
assegurado o contraditório mediante a possibilidade de
manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias,
facultado o requerimento de prova suplementar"
Desse modo, patente a impossibilidade de o autor, após a

contestação, alterar o pedido, a causa de pedir ou o polo passivo da demanda, sem a
anuência do réu, pois, após a citação, a lide já se encontra estabilizada.
Nesse sentido, inclusive:

fls. 425

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código A830EE2.
PROCESSO CIVIL Decisão que, entre outros tópicos,
indeferiu o pedido de inclusão do Município de Jales na
demanda Inconformismo dos autores Não
acolhimento Impossibilidade de aditamento da petição
inicial para modificação do polo passivo após a citação e
contestação de uma das corrés Decisão mantida
Recurso desprovido. (TJSP; Agravo de Instrumento
2032930-08.2021.8.26.0000; Relator (a): Rui Cascaldi;
Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Santa Fé do Sul - 3ª Vara; Data do Julgamento:
20/05/2021; Data de Registro: 20/05/2021)
Diante do exposto, INDEFIRO a inclusão de Reobote

Tecnologia e Consultoria Financeira Eireli e de Andre Tricanico Nogueira Jose no
polo passivo.
Sem prejuízo de eventual julgamento antecipado, no

prazo de 15 (quinze) dias, ESPECIFIQUEM as partes as provas que pretendem
produzir, justificando sua relevância, bem como DIGAM se possuem interesse na
designação de audiência de conciliação.
Eventuais preliminares arguidas em contestação e demais

pedidos pendentes serão oportunamente apreciados.
Int.

fls. 426

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código A8579DF.
Advogado Forma
Teor do ato: "Vistos. A parte autora, em sua petição de fls. 365/376, postula a ampliação subjetiva da
demanda para inclusão da empresa Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eireli e de Andre Tricanico
Nogueira José no polo passivo, posto que chegou ao seu conhecimento que os réus estão se utilizando daquela
pessoa jurídica para realizar atividades anteriormente desenvolvidas pela New Life. Intimados, os réus
manifestaram discordância com o pedido de inclusão. Com efeito, o artigo 329 do Código de Processo Civil dispõe
que: "Art. 329. O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente
de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com
consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo
mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar" Desse modo, patente a
impossibilidade de o autor, após a contestação, alterar o pedido, a causa de pedir ou o polo passivo da demanda,
sem a anuência do réu, pois, após a citação, a lide já se encontra estabilizada. Nesse sentido, inclusive:
PROCESSO CIVIL Decisão que, entre outros tópicos, indeferiu o pedido de inclusão do Município de Jales na
demanda Inconformismo dos autores Não acolhimento Impossibilidade de aditamento da petição inicial para
modificação do polo passivo após a citação e contestação de uma das corrés Decisão mantida Recurso
desprovido.(TJSP; Agravo de Instrumento 2032930-08.2021.8.26.0000; Relator (a):Rui Cascaldi; Órgão Julgador:
1ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santa Fé do Sul -3ª Vara; Data do Julgamento: 20/05/2021; Data de
Registro: 20/05/2021) Diante do exposto, INDEFIRO a inclusão de Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira
Eireli e de Andre Tricanico Nogueira Jose no polo passivo. Sem prejuízo de eventual julgamento antecipado, no
prazo de 15 (quinze) dias, ESPECIFIQUEM as partes as provas que pretendem produzir, justificando sua
relevância, bem como DIGAM se possuem interesse na designação de audiência de conciliação. Eventuais
preliminares arguidas em contestação e demais pedidos pendentes serão oportunamente apreciados. Int."

fls. 427

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código A87B83A.
Advogado
Teor do ato: "Vistos. A parte autora, em sua petição de fls. 365/376, postula a ampliação subjetiva da
demanda para inclusão da empresa Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eireli e de Andre Tricanico
Nogueira José no polo passivo, posto que chegou ao seu conhecimento que os réus estão se utilizando daquela
pessoa jurídica para realizar atividades anteriormente desenvolvidas pela New Life. Intimados, os réus
manifestaram discordância com o pedido de inclusão. Com efeito, o artigo 329 do Código de Processo Civil dispõe
que: "Art. 329. O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente
de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com
consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo
mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar" Desse modo, patente a
impossibilidade de o autor, após a contestação, alterar o pedido, a causa de pedir ou o polo passivo da demanda,
sem a anuência do réu, pois, após a citação, a lide já se encontra estabilizada. Nesse sentido, inclusive:
PROCESSO CIVIL Decisão que, entre outros tópicos, indeferiu o pedido de inclusão do Município de Jales na
demanda Inconformismo dos autores Não acolhimento Impossibilidade de aditamento da petição inicial para
modificação do polo passivo após a citação e contestação de uma das corrés Decisão mantida Recurso
desprovido.(TJSP; Agravo de Instrumento 2032930-08.2021.8.26.0000; Relator (a):Rui Cascaldi; Órgão Julgador:
1ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santa Fé do Sul -3ª Vara; Data do Julgamento: 20/05/2021; Data de
Registro: 20/05/2021) Diante do exposto, INDEFIRO a inclusão de Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira
Eireli e de Andre Tricanico Nogueira Jose no polo passivo. Sem prejuízo de eventual julgamento antecipado, no
prazo de 15 (quinze) dias, ESPECIFIQUEM as partes as provas que pretendem produzir, justificando sua
relevância, bem como DIGAM se possuem interesse na designação de audiência de conciliação. Eventuais
preliminares arguidas em contestação e demais pedidos pendentes serão oportunamente apreciados. Int."

.
fls. 428
MM. JUIZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITU – SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código AB07488.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECISÃO CONTRATUAL c.c. RESTITUIÇÃO DE VALORES c.c.
37.2021.8.26.0286
BIANCA CRISTINA SBRISSA RAYMUNDO e OUTROS, por sua advogada infra

firmada, nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECISÃO CONTRATUAL c.c. RESTITUIÇÃO DE
VALORES c.c. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL COM PEDIDO LIMINAR Nº
1000183-37.2021.8.26.0286 que lhe move TAIQUE MENDES RAMOS, vem à presença de V.
Exa. informar que não tem mais provas a produzir e, tampouco, tem interesse na realização
de audiência de tentativa de conciliação, eis que, no momento, não conseguirá honrar com
nenhum compromisso assumido nestes autos em relação a pagamento.
Nestes termos,
P. Deferimento.

OAB/SP nº 167.940
fls. 429

COMARCA de Itu
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código AF90863.
CERTIDÃO DECURSO DE PRAZO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por WALTER CARDOSO DA SILVA, liberado nos autos em 23/08/2022 às 08:30 .
CERTIDÃO – Decurso de Prazo
Certifico e dou fé decorreu o prazo legal da publicação sem

que viesse aos autos manifestação dos demais interessados.
Nada Mais. Itu, 23 de agosto de 2022. Eu, Walter Cardoso
Da Silva, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 430

COMARCA de Itu
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
RUA LUIZ BOLOGNESI, S/Nº, ITU - SP - CEP 13301-390
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código AFD273D.
SENTENÇA

Juiz(a) de Direito: Dr(a). KARLA PEREGRINO SOTILO
Vistos.
TAIQUE MENDES RAMOS, já qualificado nos autos,

ajuizou Ação Declaratória de Rescisão Contratual c/c Restituição de Valores e
Indenização por Danos Materiais e Morais em face de NEW LIFE
INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS LTDA, LUCAS DOS SANTOS
RAYMUNDO, THALITA FRANCIELLY RAYMUNDO, VINICIUS DOS
SANTOS RAYMUNDO, EVERTON DOS SANTOS RAYMUNDO e BIANCA
CRISTINA SBRISSA, também já qualificados, afirmando, em síntese que em
14/10/2019 e 13/12/2019, celebrou com a primeira ré, instrumentos particulares de
constituição de sociedade em conta de participação, investindo respectivamente os
valores de R$10.000,00 e R$11.500,00. Conforme contrato, o capital ficaria sob a
administração da empresa ré, que se comprometia a devolver 100% do valor
investido, no 13º mês, sendo prometida uma rentabilidade de 8,33% am. Como
contraprestação, receberia uma taxa de administração de 10,8% sobre o capital
investido acrescido do lucro obtido. Os pagamentos do rendimento sobre o capital
investido, seriam mensais, no importe de 1/12 avos. Após o decurso de um ano seria
realizada a restituição integral do capital. Em abril/2020, os pagamentos foram
interrompidos e, em julho/2020, a ré informou o encerramento de suas atividades e a
necessidade de formalização de um termo de dissolução, propondo a rescisão de
modo completamente diverso do que o contrato previa, o que não foi aceito.
Defende a irregularidade da contratação, afirmando que

a ré burlou as exigências legais, simulando a constituição de uma sociedade, quando
na verdade os sócios eram os próprios investidores, havendo fortes indicios de
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 1
fls. 431

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2ª VARA CÍVEL
esquema de pirâmide financeira. Afirmou a incidência das regras do Código de
Defesa do Consumidor, restando caracterizada a infração do dever de informação, o
que implica na responsabilidade objetiva da ré.
Requereu, liminarmente, o deferimento do arresto do

valor do capital e do saldo do lucro contratado, bem como pela desconsideração da
personalidade jurídica em caráter de urgência. Ao final, pugnou pela declaração da
responsabilidade solidária entre os requeridos, com a condenação dos réus no
pagamento do valor de R$52.567,76 e indenização por danos morais no valor de
R$20.000,00, sem prejuízo das demais cominações de estilo.
Juntou documentos de fls. 29/68.
Foram deferidos os benefícios da gratuidade processual e

a liminar de arresto foi deferida e determinada a citação dos réus (fls. 102/103).
Devidamente citados, os corréus New Life

Intermediação de Negócios LTDA, Everton dos Santos Raymundo, Lucas dos
Santos Raymundo e Vinicius dos Santos Raymundo, apresentaram contestação às
fls. 129/153, afirmando inépcia da inicial, uma vez que o instrumento particular
juntado aos autos está desprovido da assinatura de duas testemunhas e não possui
força executiva. Na sequência, pugnaram pela revogação da liminar em razão da
ausência dos requisitos legais, bem como pela ilegitimidade passiva do requerido
Everton dos Santos por ser pessoa estranha ao negócio jurídico. Impugnaram a
concessão do benefício da gratuidade processual. No mérito, defenderam a
inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor, uma vez que o autor é
investidor e a contratação foi regular, tecendo comentários sobre a sociedade em
conta de participação, sua estrutura e finalidade, à luz do art. 991, do Código Civil e
seguintes. Destacou que em razão do estado de calamidade advindo da pandemia do
Covid-19 e das medidas que suspenderam significativamente as atividades
empresariais, a contestante enfrentou sérias dificuldades em cumprir sua finalidade
contratual, não havendo culpa de sua parte na rescisão do contrato. Asseveraram
sobre a aplicação da Teoria da Imprevisão, salientando que, diante da onerosidade
excessiva, se revela possível a revisão contratual. Ressaltaram que sua atuação se dá
por meio de aplicação em ações da bolsa de valores, que têm alto potencial de
rentabilidade e também alto risco, tendo enfrentado perdas expressivas em razão da
pandemia do Covid-19 e dos sucessivos e inesperáveis "circuit breakers". Assim,
pugnaram pela aplicação das regras para reequilíbrio contratual, sendo a
responsabilidade da contestante limitada à devolução do que foi injetado pelo autor,
abatendo-se os valores já recebidos, afastando-se as alegações do autor de que
houve culpa da ré pela rescisão do contrato ou eventual simulação de negocio
jurídico. Afirmaram a inexistência de esquema de pirâmide financeira, que depende
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 2
fls. 432

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de recrutamento de pessoas, pagamento de comissões por indicação, promessa de
ganho fácil e exorbitante, com lucros altos em produtos e plano de carreira, além da
falta de informações sobre o produto oferecido e sobre a pessoa responsável por
cuidar do dinheiro e sobre seus donos. Por fim, requereram a improcedência da
ação, com a notificação da Receita Federal para averiguar os recolhimentos dos
impostos devidos pelo autor ou, subsidiariamente, em caso de procedência, a
restituição com abatimento dos valores já recebidos pelo autor, com retorno das
partes ao status quo ante.
Juntaram documentos às fls. 206/251.
As corrés Bianca Cristina Sbrissa Raymundo e Thalita
Francielly da Silva, apresentaram contestação às fls. 252/285 e juntaram
documentos às fls. 286/289, alegando, preliminarmente, ilegitimidade passiva, visto
que o contrato não foi firmado pelas requeridas, tampouco na qualidade de
garantidoras. Alegam ainda que o simples fato de estarem casadas com os
requeridos não indica que fazem parte do quadro societário da empresa. No mérito,
defenderam a inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor, uma vez que o
autor é investidor, e a regularidade da contratação, tecendo comentários sobre a
sociedade em conta de participação, sua estrutura e finalidade. Alegaram ainda a
legalidade do contrato firmado entre as partes e destacaram que em razão do estado
de calamidade advindo da pandemia do Covid-19 e das medidas que suspenderam
significativamente as atividades empresariais, não havendo culpa de sua parte na
rescisão do contrato. Asseverou sobre a aplicação da Teoria da Imprevisão,
salientando que, diante da onerosidade excessiva, se revela possível a revisão
contratual. Ressaltou que sua atuação se dá por meio de aplicação em ações da bolsa
de valores, que têm alto potencial de rentabilidade e também alto risco, tendo
enfrentado perdas expressivas em razão da pandemia do Covid-19 e dos sucessivos
e inesperáveis "circuit breakers". Assim, pugna pela configuração do caso
fortuito/força maior, sendo o evento resultado de fato alheio à vontade das partes.
No mais, pugna pela aplicação das regras para reequilíbrio contratual, sendo a
responsabilidade da contestante limitada à devolução do que foi injetado pelo autor,
abatendo-se os valores já recebidos, afastando-se as alegações do autor de que
houve culpa da ré pela rescisão do contrato ou eventual simulação de negocio
jurídico. Afirmaram a inexistência de esquema de pirâmide financeira, que depende
de recrutamento de pessoas, pagamento de comissões por indicação, promessa de
ganho fácil e exorbitante, com lucros altos em produtos e plano de carreira, além da
falta de informações sobre o produto oferecido e sobre a pessoa responsável por
cuidar do dinheiro e sobre seus donos. Por fim, requereu a extinção do feito sem
resolução de mérito ou, subsidiariamente, em caso de procedência, a não penhora
dos bens das corrés e a restituição com abatimento dos valores já recebidos pelo
autor, com retorno das partes ao status quo ante.
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 3
fls. 433

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Réplica às fls. 293/320.
O autor apresentou emenda da inicial para incluir no

pólo passivo da ação, a empresa Reobote Tecnologia e Consultoria Financeira Eireli
e André Tricanico Nogueira (fls. 365/376).
Os corréus foram instados a se manifestarem sobre o

pedido de emenda, tendo discordado da ampliação subjetiva da lide (fls. 394/403 e
404/412), sendo o pleito indeferido (fls. 424/425).
Instados a especificarem novas provas, apenas os correus
se manifestaram, informando não terem outras provas a serem produzidas (fls. 428).
É o relatório.
Fundamento e DECIDO.
A lide comporta imediato julgamento, com fundamento

no artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil, sendo suficientes os
argumentos e documentos juntados aos autos.
Inicialmente, rejeito a impugnação ao benefício da

justiça gratuita deferida ao autor.
Registre-se que na dicção do artigo 99, do Código de

Processo Civil:

formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
(...)
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver

nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte
a comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos.
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 4
fls. 434

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§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência
deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Ao que consta o autor encontra-se desempregado e vive

de pequenos bicos, tendo afirmado, por declaração juntada às fls. 67 dos autos, que
não possui condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo de seu
sustento.
Para demonstrar sua renda, juntou às fls. 74/83 dos

autos, extratos de sua conta bancária e de sua CTPS.
Apesar de impugnar tal assertiva, a ré não cuidou de
demonstrar, como aliás lhe incumbia, que o autor é possuidor de riqueza, patrimônio
ou renda incompatível com o beneficio deferido, limitando-se a fazer alegações
genéricas, desprovidas de qualquer comprovação.
Nesse sentido, ensinam Nelson Nery Júnior e Rosa

Maria de Andrade Nery: "A prova em contrário, que derruba a presunção juris
tantum de pobreza, que milita em favor do interessado que se declarou necessitado,
deve ser cabal no sentido de que pode prover os custos do processo sem
comprometer seu sustento e o de sua família. (...)" - (Código de Processo Civil
Comentado e Legislação Extravagante - 9ª edição - pág.1184 - nota 5 do art.4 da Lei
1.060/50).
A preliminar de inépcia da inicial não comporta

acolhida.
O autor ajuizou ação declaratória e indenizatória pelo

procedimento comum, juntando os contratos firmados entre as partes como prova da
relação juridica estabelecida.
O fato do contrato não estar assinado por duas

testemunhas instrumentárias, lhe retira a força executiva, impedindo o ajuizamento
da ação de execução, por ausência dos requisitos previstos no art. 784, inciso II, do
Código de Processo Civil, mas não o torna ineficaz para o fim de comprovar a
existência do pacto celebrado entre os seus signatários.
Portanto, perfeitamente válido para corroborar a

pretensão deduzida na inicial, que observou os requisitos legais.
A petição é apta, contendo os elementos e condições da

ação. Os fatos estão relatados de forma clara e deles decorrem logicamente os
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 5
fls. 435

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pedidos que são certos e determinados.
ACOLHO a preliminar de ilegitimidade passiva

suscitada pelas corrés THALITA FRANCIELLY RAYMUNDO e BIANCA
CRISTINA SBRISSA.
Não há nos autos qualquer documento que aponte a

participação das corrés na contratação realizada pelo autor, na qualidade de
intermediadoras, gerentes ou qualquer outra.
As corrés também não figuram no quadro societário da
empresa ré, sendo apenas casadas com os corréus que efetivamente participaram do
negócio objeto desta lide.
Já em relação ao corréu Everton, outro deve ser o

desfecho do processo. Há evidências de que o corréu Everton dos Santos Raymundo
participou ativamente da captação de clientes e na formalização do negócio jurídico
questionado, declarando-se gerente da empresa ré (fls. 43) e garantindo o
cumprimento das obrigações assumidas, de modo que é parte legítima para figurar
no polo passivo da ação.
No mérito, o pedido comporta parcial procedência.
As partes firmaram, em 14/10/2019 e 13/12/2019, dois

instrumentos particulares de constituição de sociedade em conta de participação,
figurando o autor como sócio participante e a ré como sócia ostensiva (fls. 30/35 e
36/41).
A sociedade tinha por objeto a intermediação e

agenciamento de gestão de fundos do sócio participante em operações em
plataformas de investimentos realizadas pela sócia ostensiva, mediante análise de
risco cibernético associado à criptomoedas; operações em bolsa de valores;
organização de veiculos de investimento em criptomoedas, bolsa de valores e
outros, mediante contratação de terceiros, ou prestação direta, dos serviços de
custódia, administração e gestão.
Os contratos firmados previam o investimento, por parte

do autor, do capital de R$ 10.000,00, transferido em 14/10/2019, e de R$ 11.500,00,
transferido em 13/12/2019, para conta bancária de titularidade da ré, socia ostensiva
(fls. 30 e 36).
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 6
fls. 436

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A sociedade em conta de participação possui previsão no
art. 991 e seguintes do Código Civil e se caracteriza por ser um tipo societário sem
personalidade jurídica, não sendo exigido qualquer registro ou formalidade,
podendo ser provada por qualquer meio.
Referida sociedade é formada por dois tipos de sócio: o

ostensivo, que se obriga perante terceiros, exercendo o objeto social em seu nome
individual e sob sua exclusiva responsabilidade, e o participante, que se obriga tão
somente perante o sócio ostensivo.
Entretanto, no caso em tela, observa-se que o objeto do
contrato de constituição da sociedade em conta de participação possui clara natureza
de investimento coletivo.
Tal assertiva tem por base o memorando nº 93/2019

CVM/SRE/GER-3 da Comissão de Valores Imobiliários que aponta seis requisitos
para verificar se uma transação caracteriza o contrato de investimento coletivo: 1) se
há investimento; 2) se o investimento é formalizado por um título ou contrato; 3) se
o investimento é coletivo; 4) se alguma forma de remuneração é oferecida aos
investidores; 5) se a remuneração oferecida tem origem nos esforços do
empreendedor ou de terceiros e 6) se a oferta é publica.
Note-se que o contrato em estudo possui como objeto

um investimento financeiro, estabelecendo uma remuneração aos investidores, que
tem origem nos esforços do empreendedor, mediante pagamento de taxa de
administração anual.
Em breve pesquisa pelo site do Tribunal de Justiça do

Estado de São Paulo observa-se mais de quarenta ações movidas contra a ré, no foro
da Comarca de Itu, todas com base em contrato particular de constituição de
sociedade em conta de participação, envolvendo capitação de recursos financeiros
no mercado, com promessa de remuneração elevada do capital investido, o que
evidencia a publicidade da oferta.
Ocorre que os contratos de investimento coletivo (CIC),

se ofertados publicamente, são considerados valor mobiliário, sujeitos à disciplina e
fiscalizada por parte da Comissão de Valores Mobiliários CVM, conforme
estabelece expressamente a Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 6.385/1976):
Art. 2o São valores mobiliários sujeitos ao regime desta

Lei:
........................................................................................
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 7
fls. 437

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IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros
títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem
direito de participação, de parceria ou de remuneração,
inclusive resultante de prestação de serviços, cujos
rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de
terceiros.
Art . 4º O Conselho Monetário Nacional e a Comissão de

Valores Mobiliários exercerão as atribuições previstas na
lei para o fim de:
I - estimular a formação de poupanças e a sua aplicação
em valores mobiliários;
II - promover a expansão e o funcionamento eficiente e
regular do mercado de ações, e estimular as aplicações
permanentes em ações do capital social de companhias
abertas sob controle de capitais privados nacionais;
III - assegurar o funcionamento eficiente e regular dos
mercados da bolsa e de balcão;
IV - proteger os titulares de valores mobiliários e os
investidores do mercado contra:
a) emissões irregulares de valores mobiliários;
b) atos ilegais de administradores e acionistas
controladores das companhias abertas, ou de
administradores de carteira de valores mobiliários.
c) o uso de informação relevante não divulgada no
mercado de valores mobiliários.
V - evitar ou coibir modalidades de fraude ou
manipulação destinadas a criar condições artificiais de
demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários
negociados no mercado;
VI - assegurar o acesso do público a informações sobre
os valores mobiliários negociados e as companhias que
os tenham emitido;
VII - assegurar a observância de práticas comerciais
equitativas no mercado de valores mobiliários;
VIII - assegurar a observância no mercado, das
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 8
fls. 438

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condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho
Monetário Nacional.
Tal norma visa à proteção da ordem econômica e dos
próprios investidores, coibindo as captações abusivas de capital.
Todavia, a ré não possuía qualquer autorização da

Comissão de Valores Mobiliários para promover a oferta pública de valores
mobiliários, revelando-se irregular a captação de recursos e sujeitando os
responsáveis, às penas do crime previsto no art. 7º da Lei nº 7.492/86:
Art. 7º Emitir, oferecer ou negociar, de qualquer modo,
títulos ou valores mobiliários:
I - falsos ou falsificados;
II - sem registro prévio de emissão junto à autoridade
competente, em condições divergentes das constantes do
registro ou irregularmente registrados;
III - sem lastro ou garantia suficientes, nos termos da
legislação;
IV - sem autorização prévia da autoridade competente,
quando legalmente exigida:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
Também se verifica fortes indícios da ocorrência de

pirâmide financeira, na medida em que não houve demonstração do destino dado ao
dinheiro investido ou da atuação da ré, ou de terceiro por ela contratado, no
mercado financeiro, o que faz presumir que o "lucro" pago aos investidores
anteriores advinha exclusivamente da captação de recursos de novos investidores,
prática vedada pelo art. 2º, inciso IX, da Lei nº 1.521/51:
Art. 2º. São crimes desta natureza:

...........................................................................................
IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento
do povo ou de número indeterminado de pessoas
mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola
de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros
equivalentes);
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 9
fls. 439

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Por seu turno, não se pode deixar de reconhecer que o
consumidor foi incauto, deixando-se levar pela promessa de lucro fácil e elevado em
curto período, sem se certificar da regularidade da atuação da ré e da lisura dos
serviços de administração e investimentos oferecidos.
Neste cenário, constata-se que nulo é o negócio jurídico

celebrado, uma vez que a ré não possuía autorização para oferta de valor mobiliário
e há fortes indícios de que sequer possuía atuação no mercado financeiro, sendo o
objeto do contrato baseado em engodo com promessa de lucro desproporcional.
Assim, as partes devem retornar ao status quo ante.
Diz o art. 182 do Código Civil:
Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as

partes ao estado em que antes dele se achavam e, não
sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o
equivalente.
Nesse sentido:
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO

Rescisão unilateral do contrato pela sócia ostensiva,
comprometendo-se à restituição da quantia investida no
prazo de noventa dias Inércia Ajuizamento da ação
visando ao reembolso da quantia de R$ 103.569, 56
Assunção do risco do negócio exclusivamente pelo sócio
ostensivo Ademais, prática de "pirâmide financeira"
pela sócia ostensiva reconhecida pela CVM Contrato
nulo, retornando as partes ao status quo ante Dever de
restituição da quantia investida pelos autores
Constatação de erro material no pedido final, em que os
autores pedem a condenação ao pagamento da quantia de
R$ 26.600,00, quando o valor da causa e o valor do
arresto é de R$ 103.569,56 Correção do erro material
para declarar que o valor da condenação é de
R$103.569,56 - Recurso das rés desprovido e apelo dos
autores provido. Dispositivo: negam provimento ao
recurso das rés e dão provimento ao apelo dos autores.
(TJSP; Apelação Cível 1001989-69.2020.8.26.0019;
Relator (a): Ricardo Negrão; Órgão Julgador: 2ª Câmara
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 10
fls. 440

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Reservada de Direito Empresarial; Foro de Americana -
4ª Vara Cível; Data do Julgamento: 09/03/2021; Data de
Registro: 09/03/2021)
Portanto, nulo o negócio jurídico, a ré deve restituir ao

autor o capital investido, acrescido de correção monetária pela Tabela do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo e juros de mora a partir do desembolso,
descontados os valores já pagos.
Inequívoca, no entanto, a ocorrência de danos de ordem
moral.
O dano moral caracteriza-se pela ofensa injusta a

qualquer atributo da pessoa física enquanto indivíduo integrado à sociedade, de
caráter extrapatrimonial, cerceando sua liberdade, ferindo sua imagem ou
intimidade ou provocando-lhe dor, angústia, sofrimento ou constrangimento.
De fato, qualquer violação aos direitos da personalidade

vem a justificar a existência de dano moral reparável.
Segundo a lição do ilustre Professor Carlos Alberto

Bittar, na obra “Reparação civil por danos morais”, RT, 1993, p. 41:
“Qualificam-se como morais os danos em razão da

esfera da subjetividade, ou do plano valorativo da pessoa
na sociedade, em que repercute o fato violador, havendo-
se, portanto, como tais aqueles que atingem os aspectos
mais íntimos da personalidade humana (o da intimidade
e da consideração pessoal) ou o da própria valoração da
pessoa no meio em que vive e atua (o da reputação ou da
consideração social).”
Diz o art. 186, do Código Civil:

negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
E complementa no art. 927, CC:
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 11
fls. 441

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Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo.
Na fixação do valor da indenização por dano moral,

convergem-se duas situações: “o caráter punitivo para que o causador do dano se
veja castigado pela ofensa que praticou, e o caráter compensatório, para a vítima,
que receberá uma soma que lhe proporcione prazeres como contrapartida do mal
sofrido”.
De acordo com Brebbia, são elementos que devem ser
levados em conta na fixação do reparo: “a gravidade objetiva do dano, a
personalidade da vítima, a gravidade da falta, a personalidade do autor do ilícito”.
O valor pleiteado pelo autor deve ser acatado, pois

proporcional ao dano causado.
Assim, fixo a indenização no valor de R$ 5.000,00

(cinco mil reais), considerando o dano sofrido pelo autor, a capacidade dos réus,
bem como o caráter punitivo que deve ter a fixação de indenização.
DISPOSITIVO
Diante do exposto e considerando o mais que dos autos

consta:
1) RECONHEÇO a preliminar de ilegitimidade passiva

em relação às corrés THALITA FRANCIELLY
RAYMUNDO e BIANCA CRISTINA SBRISSA,
JULGANDO EXTINTO o processo em relação a elas,
com base no art. 485, inciso VI, do Código de Processo
Civil;
2) JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o

pedido deduzido na inicial, em relação aos demais réus,
para confirmar a liminar de arresto e para:
2.1) RECONHECER a nulidade dos contratos firmados

entre as partes e determinar o retorno ao status quo ante;
2.2) CONDENAR os corréus, de forma solidária, a

restituírem ao autor o valor do capital investido,
descontado os valores já pagos, que deverá ser acrescido
1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 12
fls. 442

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de correção monetária pela Tabela do Tribunal de Justiça
do Estado de São Paulo e juros de mora de 1% ao mês, a
partir do desembolso;
2.3) CONDENAR a ré ao pagamento de indenização no

valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pelos danos
morais causados, que deverá ser acrescido de correção
monetária pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo e de juros de mora de 1% ao mês,
ambos devidos a partir da publicação desta sentença.
Com o ônus da sucumbência, considerando que com sua
ação ilegal e irregular, os corréus deram causa ao ajuizamento da ação, condeno-os
ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatícios ao patrono
da parte adversa, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.
Condeno o autor no pagamento das despesas

desembolsadas pelas corrés Thalita e Bianca, bem como nos horários de seus
patronos, que fixo em R$ 800,00, observada a gratuidade processual deferida às fls.
102/103.
Remeta-se cópia desta sentença ao Ministério Público,

acompanhada de senha de acesso aos autos digitais, para apuração das condutas
criminosas perpetradas pelos administradores da empresa ré.
Oportunamente, arquivem-se os autos com as cautelas de

estilo.
P.R.I.

1000271-75.2021.8.26.0286 - lauda 13
fls. 443

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código AFD4F6B.
Advogado Forma
Teor do ato: "DISPOSITIVO Diante do exposto e considerando o mais que dos autos consta: 1)
RECONHEÇO a preliminar de ilegitimidade passiva em relação às corrés THALITA FRANCIELLY RAYMUNDO e
BIANCA CRISTINA SBRISSA, JULGANDO EXTINTO o processo em relação a elas, com base no art. 485, inciso
VI, do Código de Processo Civil; 2) JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido deduzido na inicial, em
relação aos demais réus, para confirmar a liminar de arresto e para: 2.1) RECONHECER a nulidade dos contratos
firmados entre as partes e determinar o retorno ao status quo ante; 2.2) CONDENAR os corréus, de forma
solidária, a restituírem ao autor o valor do capital investido, descontado os valores já pagos, que deverá ser
acrescido de correção monetária pela Tabela do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e juros de mora de
1% ao mês, a partir do desembolso; 2.3) CONDENAR a ré ao pagamento de indenização no valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), pelos danos morais causados, que deverá ser acrescido de correção monetária pela Tabela
Prática do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e de juros de mora de 1% ao mês, ambos devidos a partir
da publicação desta sentença. Com o ônus da sucumbência, considerando que com sua ação ilegal e irregular, os
corréus deram causa ao ajuizamento da ação, condeno-os ao pagamento de custas, despesas processuais e
honorários advocatícios ao patrono da parte adversa, que fixo em 10% sobre o valor da condenação. Condeno o
autor no pagamento das despesas desembolsadas pelas corrés Thalita e Bianca, bem como nos horários de seus
patronos, que fixo em R$ 800,00, observada a gratuidade processual deferida às fls. 102/103. Remeta-se cópia
desta sentença ao Ministério Público, acompanhada de senha de acesso aos autos digitais, para apuração das
condutas criminosas perpetradas pelos administradores da empresa ré. Oportunamente, arquivem-se os autos
com as cautelas de estilo. P.R.I."

0123420300 56789

5
5
5
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9 fls. 444
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código AFD77E2.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CLAUDIA REGINA DE ALMEIDA SALLES, liberado nos autos em 25/08/2022 às 11:48 .
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fls. 445

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código AFED780.
Advogado
Teor do ato: "DISPOSITIVO Diante do exposto e considerando o mais que dos autos consta: 1)
RECONHEÇO a preliminar de ilegitimidade passiva em relação às corrés THALITA FRANCIELLY RAYMUNDO e
BIANCA CRISTINA SBRISSA, JULGANDO EXTINTO o processo em relação a elas, com base no art. 485, inciso
VI, do Código de Processo Civil; 2) JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido deduzido na inicial, em
relação aos demais réus, para confirmar a liminar de arresto e para: 2.1) RECONHECER a nulidade dos contratos
firmados entre as partes e determinar o retorno ao status quo ante; 2.2) CONDENAR os corréus, de forma
solidária, a restituírem ao autor o valor do capital investido, descontado os valores já pagos, que deverá ser
acrescido de correção monetária pela Tabela do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e juros de mora de
1% ao mês, a partir do desembolso; 2.3) CONDENAR a ré ao pagamento de indenização no valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), pelos danos morais causados, que deverá ser acrescido de correção monetária pela Tabela
Prática do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e de juros de mora de 1% ao mês, ambos devidos a partir
da publicação desta sentença. Com o ônus da sucumbência, considerando que com sua ação ilegal e irregular, os
corréus deram causa ao ajuizamento da ação, condeno-os ao pagamento de custas, despesas processuais e
honorários advocatícios ao patrono da parte adversa, que fixo em 10% sobre o valor da condenação. Condeno o
autor no pagamento das despesas desembolsadas pelas corrés Thalita e Bianca, bem como nos horários de seus
patronos, que fixo em R$ 800,00, observada a gratuidade processual deferida às fls. 102/103. Remeta-se cópia
desta sentença ao Ministério Público, acompanhada de senha de acesso aos autos digitais, para apuração das
condutas criminosas perpetradas pelos administradores da empresa ré. Oportunamente, arquivem-se os autos
com as cautelas de estilo. P.R.I."

fls. 446

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código B41E829.
CERTIDÃO

Justiça Gratuita
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DIOGO PEIXOTO SILVA, liberado nos autos em 10/10/2022 às 13:15 .
CERTIDÃO - TRÂNSITO EM JULGADO
Certifico e dou fé que a r. sentença transitou em julgado em

19/09/2022. Nada Mais. Itu, 10 de outubro de 2022. Eu, ___, DIOGO
PEIXOTO SILVA, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 447

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
ATO ORDINATÓRIO

Justiça Gratuita

A sentença/o acórdão transitou em julgado. Fica a parte

vencedora intimada a iniciar, em 30 dias, o incidente de
cumprimento de sentença, na forma do decidido pela
Corregedoria Geral da Justiça que publicou o
Comunicado CG n.º 1631/2015, no DJe de 11.12.2015,
pp. 08/09, explicando, de forma pormenorizada, a
conduta a ser adotada para cadastramento do incidente
de cumprimento de sentença. Deve o procurador da
parte credora acessar o portal e-SAJ e escolher a opção
"Petição Intermediária de 1º Grau", categoria
"Execução de Sentença" e selecionar a classe "156 –
Cumprimento de Sentença". O cumprimento de
sentença deve ser instruído com inicial; sentença;
acórdão, se existente; certidão de trânsito em julgado;
demonstrativo de débito atualizado; procurações
outorgados por todas as partes que integrarão o
cumprimento (exequente e executado), salvo se não
representadas no processo de origem e, outras peças
processuais que o exequente considere necessárias,
conforme artigo 522, parágrafo único, e artigo 524,
ambos do CPC, c.c. com os comunicados acima citados.
Isso irá gerar no sistema um número sequencial. No
silêncio, aguarde-se no arquivo provocação da parte
interessada.
Nada Mais. Itu, 17 de outubro de 2022. Eu, ___, DIOGO

PEIXOTO SILVA, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 448

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código B4AD9DA.
Advogado Forma
Teor do ato: "A sentença/o acórdão transitou em julgado. Fica a parte vencedora intimada a iniciar, em 30
dias, o incidente de cumprimento de sentença, na forma do decidido pela Corregedoria Geral da Justiça que
publicou o Comunicado CG n.º 1631/2015, no DJe de 11.12.2015, pp. 08/09, explicando, de forma pormenorizada,
a conduta a ser adotada para cadastramento do incidente de cumprimento de sentença. Deve o procurador da
parte credora acessar o portal e-SAJ e escolher a opção "Petição Intermediária de 1º Grau", categoria "Execução
de Sentença" e selecionar a classe "156 Cumprimento de Sentença". O cumprimento de sentença deve ser
instruído com inicial; sentença; acórdão, se existente; certidão de trânsito em julgado; demonstrativo de débito
atualizado; procurações outorgados por todas as partes que integrarão o cumprimento (exequente e executado),
salvo se não representadas no processo de origem e, outras peças processuais que o exequente considere
necessárias, conforme artigo 522, parágrafo único, e artigo 524, ambos do CPC, c.c. com os comunicados acima
citados. Isso irá gerar no sistema um número sequencial. No silêncio, aguarde-se no arquivo provocação da parte
interessada."
Itu, 17 de outubro de 2022.

fls. 449

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código B4C724C.
Advogado
Teor do ato: "A sentença/o acórdão transitou em julgado. Fica a parte vencedora intimada a iniciar, em 30
dias, o incidente de cumprimento de sentença, na forma do decidido pela Corregedoria Geral da Justiça que
publicou o Comunicado CG n.º 1631/2015, no DJe de 11.12.2015, pp. 08/09, explicando, de forma pormenorizada,
a conduta a ser adotada para cadastramento do incidente de cumprimento de sentença. Deve o procurador da
parte credora acessar o portal e-SAJ e escolher a opção "Petição Intermediária de 1º Grau", categoria "Execução
de Sentença" e selecionar a classe "156 Cumprimento de Sentença". O cumprimento de sentença deve ser
instruído com inicial; sentença; acórdão, se existente; certidão de trânsito em julgado; demonstrativo de débito
atualizado; procurações outorgados por todas as partes que integrarão o cumprimento (exequente e executado),
salvo se não representadas no processo de origem e, outras peças processuais que o exequente considere
necessárias, conforme artigo 522, parágrafo único, e artigo 524, ambos do CPC, c.c. com os comunicados acima
citados. Isso irá gerar no sistema um número sequencial. No silêncio, aguarde-se no arquivo provocação da parte
interessada."
Itu, 18 de outubro de 2022.

fls. 450

COMARCA de Itu
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código B76BEAE.
CERTIDÃO DE REMESSA PARA ARQUIVO

CERTIDÃO - Processo Arquivado
Certifico e dou fé que, diante da omissão da parte vencedora em iniciar
o incidente de cumprimento de sentença, remeto os autos, nesta data, à
fila de "processos arquivados", nos termos do Comunicado CG n.º
1789/2017, ficando a cargo da parte interessada, a qualquer tempo,
proceder ao seu desarquivamento (obs.: não sendo beneficiário da
AJG, deverá recolher a taxa respectiva, nos termos do Comunicado n.º
211/2019).
Nada Mais. Itu, 17 de novembro de 2022. Eu, ___, DIOGO PEIXOTO

SILVA, Escrevente Técnico Judiciário.
fls. 451

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código B7B7717.
CERTIDÃO DE INEXISTÊNCIA DE CUSTAS E
ARQUIVAMENTO DEFINITIVO

Justiça Gratuita
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, após compulsar os presentes autos, verifiquei que

não há custas a recolher por motivo de isenção/deferimento de justiça
gratuita e procedi ao seu arquivamento definitivo. Nada Mais. Itu, 21 de
novembro de 2022, DIOGO PEIXOTO SILVA, Escrevente Técnico
Judiciário, subscrevo.

505593 - Certidão de Cartório - CUSTAS - Certidão de Inexistência de Custas e Arquivamento-

Cível-61615
.
fls. 452
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código C02E443.
COMARCA DE ITU-SP.
Processo: 1000271-75.2021.8.26.0286
TAIQUE MENDES RAMOS, já devidamente qualificado nos autos,

vem, respeitosamente, perante V. Exa., por meio de seu procurador
habilitado, REQUERER o desarquivamento e em seguida o cumprimento
de sentença, na forma do artigo 523 do NCPC, em face do EXECUTADO,
nos termos e fundamentos expostos no presente processo.
Aproveitando, REQUER seja os autos remetidos à contadoria para
atualização dos cálculos.
1. DOS PEDIDOS.
Ante o exposto, REQUER:
a) O desarquivamento dos autos;

b) Que os autos sejam remetidos á contadoria para atualização dos
cálculos;
c) Em seguida seja dado continuidade ao cumprimento de sentença

Goiânia – GO, 14 de dezembro de 2022.

OAB/GO 54.205
fls. 453

COMARCA DE ITU
FORO DE ITU
2ª VARA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código C0D6280.
ATO ORDINATÓRIO

Justiça Gratuita

Parte Autora: processo desarquivado; ressalto que nada

mais há a providenciar nestes autos, visto que houve a
insaturação do incidente de cumprimento de sentença
correlato. Nada sendo requerido, em 30 dias retornará
ao arquivo.
Nada Mais. Itu, 08 de março de 2023. Eu, ___, ROBERTO

VIEIRA DA CRUZ FILHO, Chefe de Seção Judiciário.
fls. 454

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código C0D9562.
Advogado Forma
Teor do ato: "Parte Autora: processo desarquivado; ressalto que nada mais há a providenciar nestes autos,
visto que houve a insaturação do incidente de cumprimento de sentença correlato. Nada sendo requerido, em 30
dias retornará ao arquivo."

fls. 455

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000271-75.2021.8.26.0286 e código C0EFC8A.
Advogado
Teor do ato: "Parte Autora: processo desarquivado; ressalto que nada mais há a providenciar nestes autos,
visto que houve a insaturação do incidente de cumprimento de sentença correlato. Nada sendo requerido, em 30
dias retornará ao arquivo."

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MURILLO DE FREITAS HONORATO CUNALI e Tribunal de Justica do Estado de Sao

Paulo, protocolado em 18/01/2021 às 15:49 , sob o número 10002717520218260286.

EXMO.SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVEL DA

AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECISÃO CONTRATUAL c.c.

em face de New Life Intermediação de Negócios Ltda, pessoa

RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

Art. 63. As partes podem modificar a competência em

§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar

Pelos fundamentos acima expostos, depreende-se que este

O REQUERENTE faze jus à concessão da ASSISTÊNCIA

Tal pleito se justifica mercê disposição constitucionalmente

RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

REQUERENTE junta com a presente peça a declaração de pobreza,

O REQUERENTE atualmente tendo sob sua responsabilidade a

Para tal benefício o AUTOR junta declaração de hipossuficiência

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser

§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE

RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

condições de suportar o pagamento das custas e

Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do

Não se exige miserabilidade, nem estado de

Além do mais, o REQUERENTE busca reaver um prejuízo que

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição

RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

O autor, estando desempregado, com bastante dificuldade,

A relação do Autor com a primeira Requerida teve início em 14

Os demais requeridos, tratam-se de sócios administradores da

O objeto contratual seria a gestão e agenciamento do capital

RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

Contrato Cota nº 049/A:

Além disto, restou pactuado que o valor investido seria aplicado

Ou seja, o proveito econômico do Requerente sobre o contrato

RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

Tel: (62) 9-9803-3765 e (62) 9-98153-7706

Diante a atrativa promessa de exorbitante rentabilidade, o

Pois bem, durante os primeiros meses, após o devido depósito

RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

Em observância a planilha acima exposta, nota-se que a parte

Discriminação dos valores

Neste sentido, desde abril de 2020 o Requerente não recebe

Posteriormente, em desígnio de pactuar amigavelmente um

Nota-se, ainda, o uso abusivo da personalidade jurídica no

Notório é a constituição do sistema de pirâmide financeira, o

Em mesmo entendimento, o E. Tribunal de Justiça de São

RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

constituição do sistema de pirâmide financeiro pela empresa New Life,

Pelo exposto, não resta medida diversa a não ser o ingresso da

Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor nas relações em

RUA S 1, 384 - SALA 02 - SETOR BUENO | CEP: 74230-220 - GOIÂNIA – GO

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a

§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel,

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no

A “sociedade por conta de participação” ocorre quando duas ou

Portanto, pode-se concluir que a sociedade em conta de

No Artigo 2º do CDC, dispõe que “Consumidor é toda pessoa