Apontamentos Comercial II
Apontamentos Comercial II
Apontamentos Comercial II
Nota: As sociedades
comerciais são a
estrutura típica das
Art. 1º csc – as sociedades comerciais têm
empresas nas
necessariamente por objeto a prática de atos
economias de um
de comercio e as sociedades que tenham por
mercado, embora a
objeto a prática de atos de comercio estão
empresa possa ser
previstas neste artigo.
vista noutras formas
judiciais.
Empresa
No art. 1º/2º CSC – este artigo apenas refere quais são os requisitos para
que uma sociedade se considere comercial objeto comercial e tipo
comercial), mas não diz o que é uma sociedade.
Elemento pessoal
Elemento patrimonial
Objeto comercial
Para que uma sociedade seja comercial, ela deverá ter como objeto a
prática de atos de comercio – art. 1º/2º CSC. Assim o primeiro elemento
específico das sociedades comerciais consiste no objeto comercial.
Consiste nos atos e na vontade dos sócios – art. 13º/2º ccom.
Deverá tratar-se de atos de comercio objetivos e de atividades de
comerciais pelo art. 230º ccom, ou por outras normas qualificadoras.
Forma comercial
Para que uma sociedade seja comercial é ainda necessário que revista
forma comercial:
1. A sociedade deverá revestir um dos tipos caracterizados e regulados
na lei comercial;
2. É obrigatório para uma sociedade respeitar requisitos formais
estabelecidos na lei comercial.
Sociedade por quotas - Art. 270º A CSC – A sociedade unipessoal por quotas é
constituída por um socio único
Sociedades anonimas – art. 488 CSC – Uma sociedade pode constituir uma
sociedade de cujas ações ela seja inicialmente a única titular
Sociedades anonimas
Sócios:
Capital social:
O capital social da S.A não pode ser inferior a 50.000€, e tem de ser
dividido em ações de igual valor nominal (nunca inferior a 1cent). A
subscrição de ações poderá ser particular ou publica:
Essa responsabilidade inclui o valor das entradas e bens que fazem parte
do património pessoal. Estes têm de satisfazer as obrigações da sociedade
e podem exigir aos restantes sócios o pagamento da parte que lhes cabe
nas referidas obrigações.
Vantagens:
Capital social:
A quota confere ao socio uma parte dos lucros e pode ser vendida quando
quiser com o consentimento dos outros sócios.
Os sócios podem fixar o valor social a seu gosto desde que não seja
inferior a 1€. Se uma sociedade for constituída por dois sócios, o seu
capital pode ser de apenas 2€
Gerência:
A sociedade é administrada e representada por um ou mais gerentes que
podem ser os sócios ou pessoas externas à sociedade
Firma:
O seu nome jurídico nem sempre coincide com o seu nome comercial e
poderá constar que a firma da entidade emitente não é igual ao nome
pelo qual conhece a empresa
Uma sociedade por quotas pode ser unipessoal caso seja constituída por
um único socio (pessoa singular/coletiva) que se apresenta como o
detentor da totalidade do capital social.
Sociedade em comandita
1. Nas sociedades em nome coletivo: cada sócio responde pela respetiva entrada,
responsabiliza-se pelo cumprimento ou realização da entrada a que se obrigue
(entrada em dinheiro) – artigo 175.º, n. º1. No entanto, quando algum sócio
entre com bens em espécie e os mesmo não sejam verificados e avaliados nos
rermos do artigo 28.º, têm os sócios de assumir expressamente no contrato
social responsabilidade solidária pelo valor que atribuam aos mesmos bens
(artigo 179.º CSC);
2. Nas sociedades por quotas: cada sócio responde não apenas pela própria
entrada (em dinheiro e/ou espécie) mas também (nas sociedades pluri
pessoais), solidariamente com o outro sócio, por todas as entradas
convencionadas no contrato social (artigo197.º, n. º1 CSC). Um ou mais sócios
podem ainda ficar obrigados perante a sociedade a prestações acessórias e
suplementares (artigo 197.º, n. º2, 209.º, 210.º e seguintes CSC);
3. Nas sociedades anónimas: responde cada sócio pela sua entrada (em dinheiro
e/ou espécie). Dizendo de outra maneira, «cada sócio limita a sua
responsabilidade ao valor das ações que subscreveu» (artigo 271.º CSC). O
referido valor das ações é o valor por que foram postas à subscrição, que não
pode ser inferior, mas pode ser superior ao valor nominal das mesmas ou, no
caso de ações sem valor nominal, ao valor de emissão (artigos 25.º, n. º1,2 e 3,
295.º, n. º2, alínea a), n. º3, alínea a) e 298.º CSC). Pode, no entanto, o estatuto
social impor que um ou mais sócios fiquem obrigados a prestações acessórias
(artigo 287.º CSC);
4. Nas sociedades em comandita simples e nas sociedades em comandita por
ações: os sócios comanditados como os sócios comanditários respondem
perante elas somente pelas respetivas entradas (em dinheiro e/ou espécie e/ou
em indústria, quanto aos comanditados, em dinheiro e/ou em espécie quanto
aos comanditários) – artigos 465.º, n. º1, 474.º, 478.º CSC.