2022-Texto 12 - Inovação, Estratégia e Tecnologia
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Olmos
Dezembro, 2003
ARTIGO
Uma das coisas aprendidas no Vale do Silício, segundo Hamel (1), “é que é muito
pouco provável que a próxima grande idéia, a idéia que poderá criar um negócio
totalmente inédito, ou transformar um negócio antigo, venha do presidente da
empresa. Por isso, as organizações necessitam, agora como nunca, de ambientes
propícios para que as pessoas tenham a motivação e a capacidade de continuar a
inovar, tanto em relação a coisas pequenas, quanto em relação a coisas grandes,
para que ajudem a garantir que as empresas onde trabalham continuem
relevantes em um mundo que está se transformando rapidamente”.
Um bom exemplo, segundo Hamel (1), poderia ser o seguinte: acreditava-se que
as pessoas tinham que assistir a um programa de televisão no horário em que ele
era normalmente apresentado. Só que, por exemplo, hoje, existe uma empresa
nova, a Replay-TV, que vende um produto - na verdade trata-se somente de um
disco rígido para armazenar informações - que é colocado entre o seu receptor de
TV a cabo e sua televisão. Muito menor, mais barato e prático que o tradicional
VCR ou DVD Player. O pessoal dessa empresa apareceu e disse: "Por que é que
nós não podemos fazer com que as pessoas assistam a uma novela na hora em
que elas quiserem assisti-la, e não apenas quando ela é transmitida?" Então,
assim que você instala esse produto, você diz a ele quais os programas de TV que
você quer assistir, e ele os grava automaticamente. E quando você chega em
casa, o programa está lá, esperando por você. Então, se você pudesse dar ordens
e dissesse para alguém: "Você tem que ler o jornal apenas entre as sete e as oito
da noite", nós diríamos que você está louco. Porém, você pode muito bem dizer a
essa pessoa: "Você só pode assistir a esse programa de televisão entre as sete e
as oito da noite." Essa empresa, que é um novo negócio, vai mudar tudo isso, e é
sempre assim. As empresas que criam uma revolução no mercado estão
desafiando a sabedoria convencional das empresas da velha guarda, das
empresas incompetentes, irrelevantes. E veja-se agora a TV digital, prestes a
mostrar a sua face.
Todas as empresas estão em uma disputa para descobrir e desafiar suas próprias
convenções e ortodoxias antes que novos concorrentes desafiem essas mesmas
ortodoxias e convenções. Portanto, o segredo de se enxergar o que está além da
curva é, segundo Hamel (1):“aprender, mais uma vez, a ver as coisas com olhos
de criança; é mais uma vez fazer, de vez em quando, perguntas estúpidas. Mas as
outras pessoas pararam de fazer essas perguntas porque elas levam em
consideração o status quo”.
Hoje em dia ninguém pode mais ignorar a Internet. A Internet certamente será tão
importante quanto a eletricidade o foi há cem anos, talvez até mais. Portanto, não
se trata de uma escolha, se alguém irá ou não se tornar uma empresa da Internet.
Não se trata de uma opção, se uma empresa vai ou não adotar o comércio
eletrônico; simplesmente precisa fazê-lo. A coisa mais difícil de ser feita, no
entanto, será criar uma vantagem competitiva a partir do investimento na Internet.
A Internet destrói os lucros de muitas maneiras. Por exemplo, se os lucros são
baseados em um monopólio local, um grande banco, por exemplo, com agências
locais. Em cada cidade ou vilarejo se houver alguma presença física, distribuição,
clientes, basicamente, há uma clientela cativa. Eles, os clientes, têm que escolher
entre apenas dois ou três bancos ou, às vezes até mesmo apenas um banco. Mas
tão logo entre em cena a Internet, perde-se esse monopólio local, os clientes
podem utilizar qualquer banco, onde quer que eles estejam. Nesse sentido, a
Internet pode destruir lucros. Existe ainda uma outra maneira por meio da qual a
Internet pode ser prejudicial às receitas. Antigamente, era muito difícil para os
consumidores obterem informações a respeito dos melhores produtos, dos mais
baratos. Hoje, a comparação de preços é incrivelmente fácil. Vive-se hoje,
segundo Hamel (2) “em um mundo onde não existem mais consumidores
ignorantes. Hoje, os consumidores estão muito bem informados, o tempo todo.
Assim, a Internet está tornando os consumidores extremamente poderosos, de
muitas maneiras. E a Internet desempenhará um papel importantíssimo na
redução de preços e, para muitas empresas, na redução de seus lucros. Por outro
lado, se alguém estiver fazendo alguma coisa para seus clientes que seja
realmente exclusiva e verdadeiramente convincente e diferente, então a Internet é
pode ser amiga porque os clientes passam a saber disso, atende-se a esses
clientes mais rapidamente, mais facilmente.
Mas se os lucros estão baseados na ignorância ou em um monopólio local, então
a Internet será um grande problema porque ela reduz o atrito, ela reduz as
barreiras que dificultavam ao consumidor a comparação de preços e a obtenção
de melhores informações. Muitas empresas têm obtido a maior parte de seus
lucros a partir desse tipo de atrito.”
Tudo parece indicar que a única coisa que conta a respeito de uma estratégia é
onde é que ela é diferente. Se assim não for pode ser que a Internet traga às
empresas mais prejuízos do que lucros.
Uma vez que ainda não têm um nome bem definido os novos tipos de
organizações a serem gerados pela rápida remodelação da tecnologia da
informação e dos negócios globais, os editores das principais revistas de negócios
do mundo deram-lhes um:“E-Corporations.” O que, em bom Português,
poderíamos chamar de E-Empresas. Como o termo sugere, uma verdadeira E-
Corp ou E-mpresa não está somente utilizando a Internet para alterar a sua
abordagem aos mercados e clientes. Muito mais que isso, está combinando
computadores, a Web, as idéias criativas das pessoas e programas Business to
Business cada vez mais complexos para mudar tudo sobre o mundo dos negócios.
É a procura cada vez mais imediata da revolução da “infotecnologia” – o confronto
entre a promessa e a ameaça da Internet.
É evidente que a Web foi levada ao ponto do absurdo pelos verdadeiros crentes
fanáticos, mas quando desafiadas as previsões mais otimistas, ainda resta um fato
inevitável: a Internet irá mudar as relações entre consumidores e produtores de
uma forma muito mais profunda do que aquela que se consegue hoje imaginar. A
Internet não é apenas mais um canal de marketing; não é apenas mais uma forma
de publicidade; uma mídia a mais; não é apenas mais uma forma de acelerar as
transações. A Internet pode ser definida como a base para uma nova ordem
industrial.
Tanto a imaginação quanto a experiência são importantes, destaca Hamel (2) mas
talvez a experiência tenha se tornado ligeiramente menos importante e que a
imaginação tenha se tornado muito mais importante. Costumava-se dizer que o
negócio de uma empresa não mudava com muita freqüência: se alguém fabricava
automóveis, era isso o que fazia. Se fabricava tecidos, era isso o que fazia; se era
um banco, era simplesmente um banco. Agora há um mundo no qual um banco
não é mais simplesmente um banco, mas ele é uma empresa de seguros, uma
corretora de valores e uma empresa da Internet. Um fabricante de automóveis
está tentando partir para além da fabricação de carros. Ele quer fornecer também,
por exemplo, seguros e financiamentos. Na Europa, a Ford Motor Company
chegou até a comprar uma série de empresas de varejo nas quais leva-se o carro
para serviços pequenos como, por exemplo, troca de óleo. Há hoje um mundo
onde os negócios estão mudando rapidamente.
Hamel deixa bem clara sua posição: “em muitos casos, a experiência pode ser
perigosa porque está valoriza-se a precedência e a tradição, e isso não é uma boa
idéia em um mundo que está se transformando tão radicalmente. Mas acho que a
experiência sempre terá o seu lugar. A experiência pode ajudar a não cometer
erros primários. A imaginação está se tornando mais importante. Infelizmente,
muitas empresas são comandadas por pessoas que nada mais são do que meros
intendentes, pessoas com grande experiência, que vêem seu papel como sendo o
de tornar o negócio mais eficiente, em vez de estarem sendo dirigidas por
empreendedores, aqueles que possuem a paixão e a visão necessárias para
conduzir a empresa por novos caminhos. Mas eu não quero dizer que a
experiência não seja importante. Ela não é mais tão importante quanto costumava
ser”.
Veja-se, por outro lado: mais de16% dos compradores de automóveis hoje já se
informam on-line antes de se dirigirem a um concessionário, munindo-se de
informações sobre os preços, marcas e modelos existentes. Assim, se poderá
esquecer coisas como estar focado e concentrado no mercado ou no cliente,
como a experiência não se cansava de preconizar.
A nova realidade é o controle do consumidor, e é tão ameaçadora como parece se
alguém não estiver preparado para este futuro radicalmente diferente. De fato, a
Internet representa o último triunfo do consumismo e pode parecer, de alguma
forma, até uma forma de modismo, passageira. Mas aquele que não conseguir se
aperceber do profundo efeito das mudanças que a Internet irá causar na ordem
industrial de hoje, irá perder. Posição, tempo e dinheiro.
Chamadas de Main Street nos anos 50, Shopping Centers nos anos 70 e 80,
Hipermercados nos anos 90 – desde a Segunda Guerra Mundial assiste-se a uma
mudança fundamental no paradigma dos conglomerados de empresas varejistas,
a cada nova geração, e agora inicia-se a vertente de uma nova revolução. Vale a
pena reparar que cada vez que o modelo de negócios muda, surge um novo grupo
de lideres. Como diz Hamel (2) textualmente: “a Woolworth, na verdade, nunca se
desligou de Main Street. A Sears, em grande parte, continua ligada ao shopping
center”.
Embora a Internet ainda represente uma pequena fração das compras mundiais
totais, o seu crescimento é inimaginável. Num estudo em 2000, a Jupiter
Communications deu a conhecer que 10 milhões de pessoas nos EUA compraram
algo na Net em 1997 e esperava-se que 27 milhões também o fizessem em 2001
– muito além do número de alguns anos atrás. Há apenas três anos atrás só 4%
dos Americanos utilizavam a Internet todos os dias. Hoje, 2003, o número é
superior a 35%, afirma o Pew Research Center.
A tendência é clara: Esta não é uma maré crescente, é uma onda gigantesca.
Não existe nenhum outro canal pelo qual os ganhos estejam crescendo tanto e tão
rapidamente. Não existe outra forma pela qual um negócio possa crescer sem a
necessidade de construir um espaço comercial enorme e contratar legiões de
funcionários de vendas. Não interessa se a atual base de clientes da Internet é
ainda relativamente muito pequena, este tipo de crescimento composto irá mudar
o aspecto do negócio e da indústria. A Main Street ainda existe, e também o
Shopping Center não irá desaparecer tão depressa. Por outro lado, a Web irá
fundamentalmente mudar as expectativas dos clientes sobre conveniência,
rapidez, comparação, preço e serviços. Estas novas expectativas irão ecoar por
toda a economia, afetando todos os negócios de 10 formas.
Qualquer anunciante da Net que tente revogar esta liberdade será visto como
pouco mais do que um negociante sofisticado. Não é que os consumidores da Net
não estejam interessados em ter conhecimento sobre novos produtos e serviços
ou fazer uma boa compra, mas querem faze-lo em seus próprios termos. Eles
querem a escolha de clicarem ou não no botão, a liberdade de analisar ou não, a
decisão de entrar ou não numa loja eletrônica. A forma gentil de persuasão por
parte de um anunciante tradicional – via televisão - é hoje encarada como uma
intrusão.
A venda está sendo cada vez mais do jeito que o cliente gosta, não do jeito que
mais convém à empresa, varejista ou industrial.
A economia de leilão irá com certeza trazer benefícios aos produtores. Eles serão
capazes de calcular de imediato se valerá ou não a pena acrescentar mais
capacidade. Eles serão capazes de reduzir os inventários uma vez que eles
sempre terão conhecimento do preço de mercado. E eles saberão que
maximizaram o rendimento de cada venda. Mas como qualquer coisa on-line, a
economia de leilão será ainda melhor para os consumidores.
5) Fim da geografia e dos preços prêmio.
O comércio eletrônico liberta qualquer negócio das suas amarras geográficas.
Nunca mais a geografia irá limitar as aspirações de uma empresa ou a extensão
do seu mercado.
Para cada nova entrada que utilize a Web para atravessar fronteiras geográficas,
existirão dúzias de empresas que perdem os seus monopólios locais para
comerciantes on-line que andam por onde lhes apetece. Num mundo onde os
clientes já não são hóspedes da geografia, a lealdade terá realmente, pela
primeira vez, de ser conquistada.
E esse momento será cada vez mais importante. Por exemplo, basta alguém
lembrar-se de todas as vezes que tentou fazer uma encomenda por telefone ou
chamar uma linha de apoio técnico de uma empresa e ouviu uma gravação
“Pedimos desculpa, mas estamos fechados – estamos abertos entre as 8.30 e
17.30.” Seria possível imaginar uma resposta assim a um E-consumidor na Web?
Impossível. Na Web a loja está sempre aberta para negócios, 24 horas.
O mundo off-line leva meses e milhões de dólares reciclando uma força de vendas
ou analisando uma possível baixa de preços, e se uma empresa aplica mal estas
coisas, irá amargar um grande prejuízo para deixá-las outra vez como estavam.
Não surpreende que isto torne as empresas altamente cautelosas e qualquer
mudança que empreendam passe por uma enorme e lenta burocracia.
Através da vida off-line é difícil obter um rápido feedback por parte dos clientes
sobre qual a parte do marketing da empresa não está funcionando. Cada vez
mais, os clientes não se dão ao trabalho de escrever uma carta ou mesmo fazer
um telefonema. Resultado: as empresas são lentas em aprender com os seus
clientes e ainda mais lentas a agir sobre o que aprenderam.
A Web presta-se a um feedback imediato ao cliente e um ajuste rápido. Os ciclos
de aprendizagem são muito mais curtos on-line do que off-line. As empresas que
são rápidas em tentar, rápidas em aprender, e rápidas em adaptar-se vencerão.
As que aprendem mais depressa, e mantêm a aprendizagem, continuarão na
frente. As empresas que levam meses a avaliar o que aprenderam, em que os
processos internos que não corram a tempo na Internet, serão deixadas para trás.
Quanto mais depressa uma empresa aprender e se adaptar, mais clientes
conseguirá; quanto mais clientes tiver, mais depressa pode aprender e se adaptar.
Para florescer num mundo centralizado pela Net, as empresas, segundo Hamel (2)
“terão que apresentar produtos aos consumidores com verdadeiras vantagens de
performance. Terão que apresentar aos clientes a informação que precisam de
modo a tomarem as melhores decisões nas suas compras – de uma forma
bastante utilizável e fácil de entender. As vantagens da eficiência e dos preços
baixos não serão suficientes – eles serão implacavelmente equilibrados on-line”.
A coisa toda, no final, não é muito complicada. A Net é a condenação da
mediocridade. Mas representa um tremendo trampolim para os produtos que
forem realmente bons e que agradem ao consumidor e que sejam disponibilizados
da forma mais fácil, rápida e confortável possível.
Mas, conclui Hamel (2) “antes de assumir que a Internet irá monopolizar todas as
vendas de canais tradicionais, as empresas precisam conseguir uma melhor
compreensão da procura que não se realiza através desses canais. Muitas das
empresas que protegem os seus canais atuais podem não estar fazendo idéia da
quantidade de vendas que estão perdendo. Muitos consumidores irão, de má
vontade, fazer uma substituição nas lojas onde não conseguirem encontrar
exatamente o que procuram. Assim, os clientes leais poderão terminar por fazer
compras em um concorrente ou, simplesmente, não comprar”.
É óbvio que nenhum cliente fará todas as suas compras através da Web, e muito
poucos farão todas as suas compras off-line. Os produtores e varejistas
empreendedores haverão de desenvolver modelos híbridos que proporcionem aos
clientes a hipótese de compra on-line (a Internet será o meio) e off-line (o papel
das pessoas será vital para isso). Estudos de consumidores desenvolvidos por
Ernst & Young apuraram que 64% dos utilizadores da Internet nos EUA procuram
produtos on-line, fazem suas considerações e comparações e, depois, compram-
nos nas lojas.
Visão Geral
Segundo o renomado Gartner Group, nos próximos três anos o ASP – Aplication
Service Provider deverá tornar-se a “principal forma de implantação de aplicativos
nas empresas” (6), revolucionando e transformando radicalmente o processo de
produção e, principalmente, de comercialização mundial de softwares.
Deverão ser investidos, em todo o mundo, US$ 37,7 bilhões em ASP até o ano de
2006, quando se estima se terá atingido o pico de demanda do modelo proposto
pelos principais players do mercado.
Os números do mercado brasileiro ainda são pouco significativos mas apesar dos
baixos investimentos na área, até agora, as apostas são no crescimento do uso da
Internet e na redução dos custos de transmissão de dados.
Alertas a isso tudo, diversas empresas estão investindo firme na inovação.
A Oracle do Brasil, somente no último semestre de 2003, faturou US$ 2,5 milhões
somente com licenças de seus softwares para serem alugados.
No Brasil há ainda muita controvérsia em torno do Aplication Service Provider,
começando por sua própria definição. Aquilo que muitas empresas chamam de
APS, outras chamam de outsourcing ou terceirização.
Genericamente se pode definir ASP como o provedor que aluga software –
aplicações - para grandes corporações, empresas ponto-com, pequenas, médias
ou micro empresas ou, até mesmo, pessoas físicas.
Em princípio tudo passa pela rede IP, ou seja, tudo ocorre via Internet, mas esse
conceito pode ser mais amplo e englobar além dos provedores de aplicações,
desde empresas de hospedagem que possuem data centers, até aquelas que
gerenciam o negócio do cliente e acompanham resultados por ela obtidos.
Assim, tudo parece indicar que a inovação é ainda “muito nova” e o mercado ainda
está decidindo se chama de ASP o provedor de soluções completas ou o provedor
somente de aplicações alugadas.
Multinacionais como a Oracle (acima mencionada), a IBM, a HP, a Sun, a
Microsoft e grandes consultorias estão se posicionando para firmar parcerias e
estarem prontas para atender às necessidades do mercado intermediário.
Pequenas ou médias empresas que não têm recursos para investir em TI, poderão
pagar mensalmente um valor bem mais acessível que o custo de aquisição de
softwares, com a vantagem de poderem concentrar seus recursos no core
business, e não em ferramentas periféricas.
As parcerias em desenvolvimento no Brasil: Microsoft, Oracle e IBM.
São inúmeras as parcerias que podem ser firmadas para atender a esse inovador
mercado. Segundo a Microsoft (8), a estratégia pode incorporar quatro espécies
de parceiros:
ASP Solution Providers, que possuem uma aplicação própria para o modelo ASP.
Este modelo da Microsoft é diferente daquele adotado pela Oracle que considera
como ASP “somente as empresas que disponibilizam aplicações on line, mediante
aluguel (9)”. Ela desmembra o que a maioria do mercado chama genericamente
de ASP em três partes:
I) CUSTO
O primeiro grande atrativo para a pequena e média empresa que precisa investir
na TI é o custo do ASP. Uma empresa que investiria US$ 100.000 para
transformar seu negócio tradicional num e-business, tem a possibilidade de
investir entre US$ 2 e 3 mil por mês no modelo ASP. Esse valor é o custo do
salário nominal de apenas um analista de nível médio.
IV) FLEXIBILIDADE
Como o pagamento é feito mensalmente, as empresas podem por um fim em
certos tipos de serviços que não estão sendo interessantes ou acrescentar outros
de forma rápida, já que não dependem de uma estrutura rígida e podem ajustar os
custos de seu processo de negócios mais rapidamente às realidades do mercado.
V) ATUALIZAÇÃO
Todas as versões de softwares e aplicativos deverão ser sempre as mais
recentes, garantindo ausência de problemas de incompatibilidade e de
obsolescência.
VI) INIBIDOR DE PIRATARIA
Uma vez que o modelo se estende para o usuário final, o ASP torna-se um inibidor
de cópias ilegais de softwares. Todo usuário que tiver disponível na Internet um
software específico, que ele não utilize muito e que o pagamento seja, por
exemplo, pelo tempo de uso, será muito mais vantajoso para ele fazer o download
da última versão, de forma segura, toda vez que necessitar utilizar o software, do
que pirateá-lo com inúmeros riscos legais e operacionais.
O ASP pode ser a saída para muitas empresas pequenas que não desejam
investir na TI ou não dispõem de recursos para tal, mas que reconhecem a sua
necessidade premente nas circunstâncias atuais do mercado.
Pode ser também a solução ideal, integrada, completa e acabada para todas as
empresas que desejam entrar no e-business sem os monstruosos investimentos
requeridos pela forma tradicional, com vantagem do custo baixo, a garantia da
atualização permanente e a flexibilidade de agregar as despesas aos custos
variáveis, não aos custos fixos.
(4) HAMEL Gary; PRAHALAD, C.K. Competindo pelo Futuro. Campus, 1995.
(6) Revista Meio Digital, Nov/2000. Artigo: Tecnologia ASP, o caminho mais simples para
pequenas e médias empresas.
(7) WWW.MMONLINE.COM.BR
(8) WWW.MICROSOFT.COM.BR
(9) WWW.ORACLE.COM.BR
(10) WWW.IBM.COM.BR