Pratica Online Inovacoes Disruptivas
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DIRETORIA ACADÊMICA
MBA EXECUTIVO GESTÃO DE NEGÓCIOS, CONTROLADORIA E FINANÇAS
CORPORATIVAS
Disciplina: Empreendedorismo, Oportunidades e Modelos de Negócios
Professor: Paolo Umberto de Medeiros Petrelli
Administrador, sócio e CEO na PontoGet Inovação, sócio na Meliva. Foi Diretor de Projetos no
Instituto Gyntec – Parque Tecnológico em Goiânia, atua como mentor e consultor em inovação para
médias e grandes empresas. Professor de MBA em Empreendedorismo e Inovação no IPOG. Criou
um meio de pagamento online vendido para um grupo financeiro de seguros de SC e RJ em 2012.
Autor dos ebooks “como tirar sua ideia da gaveta” e “Eu já tive essa ideia” (Amazon) e Nada Novo
(em breve).
Olá prezado(a) aluno(a), seja muito bem vindo(a) ao nosso módulo do MBA Gestão de
Negócios, Controladoria e Finanças Corporativas.
Escrevi esse artigo, autoral para que você seja levado a compreender o que está por trás dos
grandes negócios inovadores, porque as startups mais inovadoras do mundo conseguiram e
conseguem criar soluções mais rápidas, mais baratas e mais eficientes que as empresas
tradicionais mudando para sempre a forma como os clientes destas percebem o valor entregue
por produtos e serviços.
Neste documento iremos discorrer a evolução do pensamento startup ao longo dos anos com base
em comparação a maneira como as empresas tradicionais enxergam e executam a inovação no
dia a dia.
Inovação é uma palavra que assusta a muitos executivos, pois sempre a associam a
tecnologias de ponta como: Inteligência Artificial, Big Data, Data Analitycs, Machine
Learning, Blockchain dentre inúmeras outras tecnologias que surgiram desde a
Revolução Industrial e da indústria .com (empresas com base na internet) e a
necessidade de muito investimento. Estas empresas ainda categorizam as inovações
disruptivas como a capacidade de se gerar soluções através das parcerias com as
academias por meio do conhecimento científico e emprego de alta tecnologia como
principal recurso que leva as empresas a inovarem.
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Um dado interessante que mesmo com este pensamento, o Brasil dentre 132 países
no mundo segundo a pesquisa Índice Global de Inovação (IGI) 2021, ocupava a posição
57º no ranking entre nações mais inovadoras, apesar de ser considerado o 4º maior em
iniciativa e mentalidade empreendedora.
Com essa premissa é fácil compreender que para empresas tradicionais conseguirem
romper seus modelos de negócios ou mesmo os matarem é praticamente inimaginável
pensar assim, pois visando atender as necessidades de seus gestores, elas atuam com
foco em 3 pilares principais:
ESTRATÉGIA
VENDAS
RESULTADO / GESTÃO
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A inovação disruptiva cria uma nova realidade para as empresas tradicionais que são
mais suscetíveis a falhar, mas quando dão certo provocam grandes impactos no
chamado mercado de baixo valor ou mercado em massa e conseguem substituir toda
e qualquer inovação incremental.
Apesar que no Brasil quando ouvimos que startup como UBER é considerada inovação
radical, disruptiva, nos EUA e no mundo para muitos estudiosos, administradores ou
consultores, o modelo de chamar um carro por aplicativo para fazer uma corrida
particular não pode ser entendido como disruptivo, pois as pessoas ainda precisam se
deslocar pela cidade por meio de um veículo de transporte terrestre (carro), mas o Uber
Elevate, o VTOL (vertical takeoff and landing), que decola e pousa na vertical por via
aérea ai sim é denominado disrupção na mobilidade e que se você entrar na página
entenderá onde a empresa pretende chegar
https://www.uber.com/us/en/elevate/
Mas não foi apenas nestes mercados que as inovações causaram grande impactos na
sociedade.
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Outro exemplo, quando as empresas na década de 50 deixaram de usar o “computador
mainframe” – que precisava de uma sala inteira devido o seu porte – e o substituíram
pelos computadores de mesa desktops.
O problema que este conceito de Inovação retrata a indústria desde a época Industrial,
e para milhares de empresas ficou presa em uma dicotomia entre o que a empresa
oferece e onde ela quer chegar, sempre olhando para as relações e ambiente externos
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a empresa, orientando-a por uma competição acirrada por marketshare (em ter maior
participação no mercado).
Por outro lado, mesmo empresas que tentam inovar de forma radical, sentem muita
dificuldade em adotar processos que resultariam em inovação disruptiva, pois esta
não está incorporada na cultura da empresa e não tem conhecimento de como seguir
um processo de gestão deste tipo de inovação.
Talvez poucos saibam que não foi a Apple nem a Samsung que fizeram os primeiros
smartphones no mundo, antes do IPHONE 7 ser lançado pelo Steve Jobs, em 2004,
a IBM em 1992, 15 anos antes já tinha lançado um celular sem teclado, o Simon P.C.
A Nokia já havia lançado o NOKIA 7710, que também, não possuía teclado.
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Em 1997 surgiu um filme de Holywwod que na época tudo parecia ilusão, roteiro de
pura ficção cientifica, onde o ator Bruce Willis no The Fifth Element (O quinto
Elemento) dirige um "taxi voador" ... veja o filme, ou mesmo quem se lembra dos
desenhos Os Jetsons (de 1962), mas quem imaginaria que aquela utopia um dia
poderia tornar-se ao menos palpável e que poderá acontecer, fazer parte do cotidiano
de nossos legados.
Isso nos mostra como que empresas tradicionais, fabricantes de automóveis apenas
se preocupam com seus concorrentes sem se ater a estas mudanças de
comportamento econômico e social provocada pela adoção em massa das pessoas
aos novos modelos de negócios que cada dia batem na porta de nossas casas.
,
Uma empresa de software com grande participação no mercado que atua por exemplo
no segmento de ERPS, software de gestão empresarial voltado para escritórios de
advogados, precisa olhar para a I.A (Inteligência Artificial) e Machine Learning que
pode fazer a análise de dados de um determinado caso jurídico (seja no direito penal,
cível) sem deixar erros, por completo e partir da I.A, tomar decisões mais assertivas
que o ser humano. São soluções que poderão afetar e muito a função de um advogado
no mercado, ou seja, desapegar do olhar para o produto e concorrente e olhar para a
nova dinâmica do mercado, FOCO DO CLIENTE e não mais NO CLIENTE.
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O Uber não se preocupava em criar um aplicativo que fosse mais barato que uma
corrida de taxi, o foco dele não estava em oferecer algo mais barato, e sim em como
resolver o problema de mobilidade urbana, como levar alguém do ponto A ao ponto B
no menor trajeto possível, no menor tempo possível, sem precisar de fazer uma
chamada (ligação) e com o melhor custo benefício possível.
E não é só em empresas com base em território americano que isso acontece, basta
olhar para a supervalorização da empresa Multiplus que a priori surgiu apenas como
uma forma de fidelizar os clientes da TAM, superou o valor de mercado e receita da
própria companhia aérea em 2013.
Há cerca de 4 anos atrás era comum ver empresas desenvolverem novos produtos /
serviços com base em seus departamentos de Pesquisa & Desenvolvimento, dentro
de um processo tradicional gerenciado pelo “Escritório de Projetos”, onde o novo
produto nasce como fonte de pesquisas internas com conhecimento cientifico aplicado
por quadro de mestres e doutores contratados em parceria com Centros Tecnológicos
ou Academia, que com muita bagagem acadêmica, ajudam na implantação de
metodologias e linhas de pesquisa direcionadas ao campo profissional , contudo, este
pode se tornar um processo árduo, oneroso e que leva muito tempo, dado que a
premissa de lançamento de um novo produto após ser concebido parte do fluxo que,
primeiro tem-se o desenvolvimento (a codificação em si) e só então, os testes em fase
beta de lançamento.
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Numa nova abordagem com foco no Cliente, sem estruturação de novas hierarquias,
com poucas pessoas, é possível criar um “Escritório de Startups”, mesmo com a
utilização de metodologia de Projetos, PMO, que por sinal, são muito eficientes e
eficazes no acompanhamento do projeto e criação de indicadores, assim, começa-se
pela validação de dados e hipóteses iniciais, onde buscar-se-á a validação qualitativa
de hipóteses e depois a verificação quantitativa que a afirme que o mercado quer de
fato a solução, em conjunto com o time envolvido no novo projeto, sobre a óptica de
adequação do Problema ao Cliente e adequação da Solução ao Mercado, a fim de
poder medir resultados concretos da adoção do produto para só então dar-se início
ao ciclo de desenvolvimento (codificação) do produto e desta maneira, minimizar os
riscos e investimentos da empresa no novo projeto.
A empresa deve ter uma visão holística, orientada principalmente para o futuro, e não
apenas para o pensamento de como aumentar o portfólio de produtos. Ela precisa
saber lidar com empresas em estágio muito inicial, que muitas das vezes possuem
em seu quadro de recursos humanos apenas os sócios, que acumulam n funções,
precisa compreender que levar uma startup numa negociação como um fornecedor
tradicional, significa gastar 4, 5 ou 6 meses apenas na etapa de fechar um contrato e
se avançar para uma prova de conceito (PoC), são no mínimo mais 6 meses de testes
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da solução, tempo este que muitas startups, principalmente em fase inicial não
conseguiriam atender e pode inclusive favorecer a mortalidade destas.
Se uma grande empresa, por mais que buscar inovar, mudar o mindset de inovação
dentro de sua organização, implantar uma cultura de inovação, não souber lidar com
este tipo de empresa, devido seu tamanho, estrutura e estágio, dificilmente a inovação
de fato acontecerá.
Uma startup que encontra-se numa fase bem inicial com seu produto, realizando PoCs
com alguns clientes, ou mesmo se já está com produto um pouco mais maduro,
testado, validado e já em operação, atendendo a centenas de clientes, mas que não
possuem uma estrutura de empresa dividida por departamentos e funções, precisam
avaliar se é o momento de atender as grandes corporações com todas as burocracias
e barreiras internas, ou se aguarda atingir um nível de maturidade maior a fim de
conseguir sentar na mesa e terem mais poder de barganha.
As denominadas fintechs, vem surgindo pelo mundo a cada dia e colocaram os bancos
de vez no "modo atenção", pois a proposta de valor destas entrantes no mercado até
então dominado pelas instituições financeiras, tende a criar novas alternativas a estes
serviços por meio de contratações online de baixo custo e muito menos burocracia,
mexendo assim com o modus operandi tradicional de avaliação e contratação de
crédito e ou acesso a soluções do mercado financeiro.
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Até 2014, por exemplo, a análise de credito, aprovação e liberação do mesmo poderia
durar entre 24 a 36 horas, conforme dados apontados pela ClearSale, além do que se
uma solicitação de crédito fosse feita em um banco, só seria possível caso o tomador
fosse um correntista deste, e atualmente, este tempo reduziu para cerca de até 2
horas devido a velocidade de inovação e disrupção das fintechs, onde muitos
correntistas até então acostumados apenas com o modelo tradicional das instituições
financeiras, começaram a migrar suas contas bancárias para carteiras digitais.
Conforme o 12º Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo (World Retail Banking
Report – WRBR - http://www.worldretailbankingreport.com) publicado recentemente
pela Capgemini Global Financial Services em parceria com a Efma – entidade que
reúne mais de 3300 empresas de serviços financeiros de varejo de todo o mundo,
aponta que menos de 50% dos correntistas da Geração Y tendem a continuar no seu
banco de origem nos próximos 6 meses, ou seja, pretendem mudar de banco. No
Brasil: 19.3% de clientes correntistas estão propensos a deixar seu banco principal
em 2015; em 2014, essa taxa era de 3.7%. Na América Latina, o número de clientes
que visam mudar de bancos chega a 17%. Comportamento este, justificado pelo
aumento da concorrência das instituições não bancárias e com o surgimento de novas
empresas no setor bancário que oferecem produtos digitais atraentes, as FintTechs e
a facilidade de portabilidade da troca de bancos.
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Atenciosamente,
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www.pontoget.com.br