Introdução Às Ciências Sociais

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Introdução as Ciências Sociais

Claude Lévi- Strausse TRISTES TRÓ PICOS


Esta obra é a comparação entre o Brasil e a India, brasil pela inexistência humana e
India pela sua vasta população. Não é a viagem que lhe da reconhecimento mas sim a
sua experiencia.
1. O autor fala da sua viagem ao brasil, quando entra a bordo.
2. Fala das condições deprimentes em que se encontram as 350 pessoas que
seguem a bordo.
3. Não gostava que lhe vissem a mala porque ninguém teria conhecimento
suficiente para o fazer podendo confundi-lo com o inimigo.
4. Os ouvintes das suas historias são quase sempre os mesmos.
5. Houve evolução na sociedade brasileira devido a quantidade de professores
que foram para la lecionar.
6. Têm um dilema – gostaria de ter aprendido mais sobre uma civilização, que
agora se encontra contaminada e onde os costumes se vão perdendo com o
tempo, mas onde por outro lado, se estivesse estudado uns anos antes, não
teria conseguido saber mais que todos aqueles que na altura la estudaram.
Este autor fala-nos das suas viagens, embora as odeie. Faz-lhe confusão o poder que
um cidadão tem sobre outro. Diz-nos que, as sociedades cultivam sociedades de
monocultura. Somos todos excecionalmente iguais, definidos por bem materiais, assim
em 2016 somos exatamente o que ele tinha planeado. Para ele o que ocorre é que os
índios agarram-se as terras, enquanto a sociedade se altera, sendo assim expulsos
porque há interesses económicos envolvidos.

Etnografia – Estudo sobre algo que é estudado a partir de dados Antropologia

recolhidos. Tratado do
Etnologia – Analise comparativa dos dados recolhidos. Homem

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Lewis Morgan A SOCIEDADE PRIMITIVA I
Diz-nos que a humanidade só tem uma história quanto a sua origem, como quanto a
sua experiencia e quanto ao seu progresso.

Escola Evolucionista
Defendeu que a nossa espécie Selvagem Barbárie Civilização
Evoluiu segundo etapas

A humanidade partiu desde o início de um nível mais baixo onde têm vindo a
progredir lentamente. A supremacia da raça humana na terra depende da sua
habilidade nas artes de subsistência. Os seres humanos foram os únicos que
conseguiram dominar a técnica alimentar, melhorando bastante as suas técnicas.
Graças a isso os alimentos sofreram variedades, assim como a população que
aumentou significativamente.
Fontes de alimentação humana :

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A família:

 Família consanguínea
Baseava-se no casamento entre irmãos do mesmo grupo. Foi a primeira forma
universal de família nos tempos antigos.

 Família punaluana
É o casamento no sei de um grupo de certo número de irmãos, cada um com as
esposas dos outros, e no casamento também em grupo de um certo numero de irmãs,
com os maridos das outras. No entanto o termo ‘ irmão’ aqui é o termo que temos
hoje em dia para primos, amigos, que sejam do mesmo grupo que nós.

 Família sindiásmica ou por pares


Baseava-se no acasalamento pelo matrimónio de um homem e de uma mulher sem
estes terem de viver no mesmo espaço. O marido ou a mulher poderiam separar-se ou
divorciar-se quando quisessem.

 Família patriarcal
Era o casamento de um homem com várias mulheres. Os chefes ou personalidades
mais importantes praticavam a poligamia.

 A família monogâmica
Baseava-se no casamento de um homem com uma só mulher, vivendo juntos,
construindo família. Esta é a forma de família, numa sociedade civilizada e por essa
razão é essencialmente moderna.

O desenvolvimento da inteligência através das invenções e descobertas


O desenvolvimento da humanidade foi acontecendo naturalmente, era necessário a
sua existência. No caminho para a civilização depararam-se com vários obstáculos.

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Estado selvagem

 Fase inferior – Desde a infância da raça humana até ao início do período


seguinte
 Fase média – Consumo de peixe e utilização de fogo
 Fase superior – Invenção do arco e da flecha
Barbárie

 Fase inferior: período antigo- invenção da cerâmica


 Fase média – domesticação de animais no oriente e emprego da irrigação na
cultura na agricultura no ocidente.
 Fase superior – invenção da fusão do minério e do ferro
Fase da civilização – Do alfabeto ao uso da escrita até a época contemporânea.

A necessidade de evolução das origens e da evolução vai fazer com que a cultura
ocidental procure um ponto de partida e faça a história da sua evolução até ao
momento em que existe maior progresso. Sendo a cultura ocidental etnocêntrica há a

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tendência para se achar que está num ponto mais avançado do progresso social –
cultural, não havendo por isso culturas a sua frente. Assim, para os evolucionistas, a
evolução é única e unidirecional.

Karl Marx e Friedrich Engels OBRAS ESCOLHIDAS


Esta obra resume-se a um manifesto do partido comunista.
Marxismo: Compreende o homem como um ser social histórico e que possui
capacidade de trabalhar e desenvolver a produtividade do trabalho. O termo ‘
Burguesia ‘ mostra bem os meios de produção e riqueza cujas preocupações sociais
são o valor da propriedade e da preservação do capital, a fim de garantir a supremacia
económica na sociedade. Assim o termo ‘ Burguesia ‘ denota a classe dominante nas
sociedades capitalistas.
Marx tem o objetivo de estudar a sociedade como um todo, pois considera que a
matéria determina um todo que explica a ideia/ forma de como a sociedade está
organizada.
Assim a economia está na base da sobrevivência em três grandes áreas: jurídica,
politica e filosófica. O progresso e a mudança dão-se pela luta; conflito e revolução
entre estas classes da sociedade.

Estas passagens levam ao método dialético que é a conceção da natureza ou da


sociedade no qual a luta de classes leva ao progresso.

Émile Durkheim As Regras do Método sociológico

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Sendo o pai da sociologia, diz-nos que uma escola só teórica não é uma escola. Para
que haja coesão social têm de haver solidariedade social.
Durkheim cria o método cientifico que tem o objetivo de estudar o comportamento
social do individuo. Procura objetividade segundo a biologia mas tendo em conta os
factos sociais. Todos os fenómenos que ocorrem na sociedade, maneiras de agir,
pensar e agir, vão mostrar-nos como se forma a sociedade. A sociedade é então um
organismo vivo, onde os sociólogos vão ser como médicos – objetivos, explicativos e
positivistas.
Vigiando-se a si própria, a sociedade não precisa de controlo criminal porque a própria
sociedade vai controlar-se (ficando a olhar, gozando) por ser algo diferente do comum.
A sociedade é composta por fatos sociais, não assentando num individuo mas num
todo. A sociedade existe porque existe solidariedade (direitos e deveres).

 Orgânica – relativo a sociedades modernas. (Sociedade complexa em


que existe divisão do trabalho social, onde os indivíduos se distinguem
uns dos outros em função das tarefa desempenhada na sociedade. A
consciência coletiva é escassa.) – é a sociedade ideal de Durkheim.

 Mecânica – relativo a sociedades primitivas. (Pouca tecnologia, fraca


consciência pessoal. Não existe divisão do trabalho social, todos fazem
tudo e os interesses do grupo vão esmagar a voz do individuo.)

Durkheim não é evolucionista, porque estuda o comportamento da sociedade e não a


sua evolução, mas vai ser influenciado pelos tipos de sociedade de Marx.

Regra do Método Sociológico – Vai demonstrar o perigo do senso comum. Define o


fato social como ‘ coisas ‘ , por ser igual em todas as sociedades, por não depender de
nenhum individuo, e coercivo, porque não se impõem pela forca. Os sociólogos
estudam então o fato social da seguinte maneira:
1. Observar os fatos sociais como coisas – atitude de estranheza
2. Reconhecer os fatos sociais pela coerção que exercem sobre o individuo.
3. Fatos sociais explicam-se através de outros fatos sociais, que são a sua causa.
A sociedade é assim entendida como objetiva e explicativa. Caso exista uma resistência
de um individuo, este cria também resistência sobre a sociedade. A educação faz
ligação com a sociedade e os indivíduos. Através dos nossos pais e professores somos
educados para reagirmos em conformidade com a sociedade em que vivemos.

Max Webber A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO


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Max apresenta-nos uma relação entre a economia e a religião. Chegou a conclusão que
os proprietários do capital, empresários e mão obra qualificada eram em regra
protestantes.
Capitalismo – Há um egoísmo individual capitalista (resultado do isolamento da
Doutrina calvinista).
Assim nasce uma igreja protestante – LUTERANA – Onde achavam que deus escolhia o
caminho que estávamos a seguir, por isso a nossa profissão era adorar deus, por este
ter o trabalho que escolher o nosso caminho.
Os católicos não protestantes acham que o importante é garantir a salvação da alma,
assim não era importantes os bens materiais na terra. Era necessário que toda a sua
vida estivesse repleta de boas ações para garantir o lugar no céu.
Não podemos mudar de profissão porque estaríamos a ir contra deus – Vocação
profissional.
Igreja Comunista – vai protestar contra contradições da Igreja católica. Todo o tempo
deve ser dedicado a vocação profissional. Ir ao templo é também uma perda de
tempo. Diz-nos que devemos viver com pouco, e não acumular bens materiais
pessoais. São muito mais radicais que os Luteranos, ao mudarmos de profissão
significa que Deus nos acha + uteis noutra profissão para a sua glória. O único sentido
da vida é o trabalho. Tudo o que tivéssemos a mais deveria ser doado.
Doutrina da pré – destinação – Deus fala através de mim, pelo que não preciso de ir
ao templo. Posso usar esse tempo para trabalhar, o que garante a salvação da alma.
Para Webber a religião influencia o sistema económico – O poder nunca vai acabar, e
quem o tem, tende a abusar dele. Logo é necessário encontrar formas de o controlar.
Assim nasce o parlamento e a Burocracia.

Marcel Mauss ENSAIO SOBRE A DÁDIVA


Têm uma visão geral sobre a sociedade, para este as relações sociais são definidas pela
troca. Aqueles que trocam presentes entre ambos têm amizades + duradouras.

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Potlach – é uma cerimónia e que os bens acumulados são oferecidos aos seus
familiares. Assim são contruídas formas de aliança e hospitalidade.
Assim os indivíduos têm sempre um pacto uns com os outros, formando uma aliança
de solidariedade entre todos.
Kula – tem como objetivo a troca de objetos que não podem ser vendidos – ocorre
entre tribos.
Todos os tempos históricos têm a prática da Dádiva, assim criam-se laços entre as
pessoas e isso é ser amigo. Para além disto, todos os objetos trocados têm alma (uma
caneta, uma mulher, uma criança, um colar).
Hau- espirito associado aos objetos.
Maná- espirito das trocas representa autoridade.
DAR, RECEBER E RETRIBUIR
São os 3 passos base para a criação de laços entre as pessoas. Para evitar guerras
fazem-se festas em que se oferecem presentes (um banquete pode ser um presente)
criando assim laços e contratos. Caso o presente não seja aceite parte-se para a
guerra.
Ao aceitarmos o presente temos a obrigação moral de retribuir o presente (sempre
mais valioso que o anterior) garantindo assim a aliança tribal.

Radclife – Brown & Malinowski


Como haveremos de estudar povos diferentes dos nossos?

 Através da observação direta


 Através do método comparativo
Radclife-Brown
Este vê a sociedade como um organismo ou uma máquina. Vai aplicar o método
comparativo, o que permitira descobrir as leis do comportamento social, comparando
as relações entre as pessoas. Este acha importante a observação direta da sociedade
que se está a estudar, mas diz-nos que não devemos observar e estudar, vivendo com
eles.
Malinowski
Acha necessário ir viver para o meio da sociedade que se pretende estudar. Utiliza um
caderno de campo onde aponta os dados relevantes. O ser humano tem necessidades
que precisão de ser satisfeitas, dai o que tudo existe na sociedade desempenha a
função de dar resposta a essas necessidades. Malinowski despe-se da pessoa que é
para conseguir ser e receber toda a cultura que quer estudar. Assim consegue
compreender a alma dos outros. A cultura é portanto um todo global
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S. Tornay ANTROPOLOGIA CIÊNCIA DAS SOCIEDADES PRIMITIVAS
Fundamentalmente africanista, tem como principal objetivo o estudo do parentesco.
Acha que uma sociedade se vê como o centro do mundo, e assim tem o direito de
julgar quem têm costumes diferentes dos habituais.

O parentesco é a fonte de estudo da etnologia, começamos a estuda-lo porque existe


na nossa cultura/sociedade e assim é mais fácil conseguir estudar as outras.
História da Família
Antigamente a recolha de dados dos nossos antepassados era feita através de registos
escritos nas paróquias, onde começava a investigação documental.
Em sociedades mais atrasadas não há registo de dados, pelo que a geneologia era feita
oralmente de geração em geração.

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Para estudar as famílias, é importante a existência de um pai biológico.
Sociedade patriarcal – as mulheres vão viver sempre com os seus maridos para as suas
terras.
Sociedade matriarcal – as mulheres têm o poder absoluto na família. A herança passa
para a filho + velha no caso da matriarca morrer.
Alianças – laços de parentesco. Endogâmica se for com a mesma raça (ciganos)
Exogâmicas se houver casamento com membros fora da nossa raça.

Boaventura de Sousa Santos A CRITICA DA RAZÃO INDOLENTE


Boaventura diz-nos que a ciência hoje em dia funciona em comum com o mercado o
estado e a comunidade / povo em último lugar. Assim podemos perceber que a ciência
funciona ao contrário, que primeiramente esta devia funcionar para a comunidade
Paradigma - A ciência era geradora de guerras e o povo já não era a a sua principal
preocupação como havia acontecido anteriormente.
Parte do estado regula os mercados e a comunidade, certo é que já elementos que
fogem ao sistema indo contra o senso comum.
Todos os indivíduos da sociedade tem algo a ensinar-nos, seja até um mendigo, assim
o senso comum é muito importante para que a haja um vasto conhecimento.

Claude Lévi- Strauss RAÇA E HISTÓRIA


É indiscutível a existência de raças biológicas. O que define cada diversidade cultural
são as várias culturas. A estrutura é um sistema que é constituído por elementos
integrados, alterando-se uma estrutura alteram-se todas as outras. As relações que
temos uns com os outros são simbólicas – social – é algo que se constrói. Lévi Strauss
faz uma reflexão de alguns conceitos que são renovados por ele:

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Etnocentrismo
Separamo-nos do que é estranho para nós, isso é etnocentrismo da nossa parte,
considerar tudo como selvagem – repulsa de maneiras de crer, viver, pensar que para
nós são estranhas.
A ideia de ETNIA inclui todas as formas de como as culturas/ estilos de vida são
construídas.
Diversidade
Existem diferentes culturas/ crenças/ religiões e evoluções. No entanto não há raças
superiores a outras. Uma raça pode ter diversas culturas. A diversidade cultural deve
ser preservada porque faz parte da universalidade positiva da humanidade.
No entanto há algo que nos aproxima das outras culturas – parentesco, linguagem,
economia, etc..
As sociedades nunca se encontram verdadeiramente isoladas (há trocas entre culturas
desde sempre).
Contra: O evolucionismo: algumas raças ficam estagnadas no tempo, umas selvagens,
outras mais evolucionistas.
O relativismo cultural surge para combater o etnocentrismo. Vantagem: temos
consciência de outras culturas diferentes, que são relativas a si próprias porque não
estão condicionadas pelos seus contextos históricos e sociais. A única regra universal
do parentesco é o tabu do incesto.

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