Geracao Energia Eolica
Geracao Energia Eolica
Geracao Energia Eolica
São Paulo
2004
FÁBIO GALIZIA RIBEIRO DE CAMPOS
Área de Concentração:
Sistemas de Potência
Orientador:
Prof. Dr. Aderbal de Arruda
Penteado Junior
São Paulo
2004
FICHA CATALOGRÁFICA
Voltaire
Aos grandes colaboradores que,
com sugestões, orientações,
críticas, paciência, carinho,
enfim, amor, me ajudaram a
vencer esta grande etapa da vida
pessoal e profissional.
Especialmente à minha querida
e amada família: Katia, Ana
Luísa, Ana Beatriz e Eric, por
todo apoio e compreensão pelos
meus intermináveis dias na
frente do computador e dos
livros.
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Lista de Símbolos
Resumo
Abstract
1.1 A energia....................................................................................................1
2 A energia eólica.....................................................................................................9
2.1 Histórico.....................................................................................................9
2.4.1 Introdução.....................................................................................14
2.4.2 O vento.........................................................................................14
2.4.4.1 A aerodinâmica.................................................................22
3.2.1 A máquina....................................................................................39
4.1 Introdução................................................................................................66
5.1 Introdução................................................................................................71
Referências....................................................................................................................116
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Evolução do consumo de energia no Brasil, por fontes distintas (em %).....6
Figura 3.2 – Esquema da cascata subsíncrona proposta para geração de energia elétrica
eólica................................................................................................................................43
Figura 3.7 – Espectro da tensão de saída vr (t) gerada por um circuito trifásico PWM
triangular..........................................................................................................................51
Figura A1.2 – Fontes de geração de energia elétrica outorgados no Brasil entre 1998 e
2002, cuja construção ainda não se iniciou...................................................................101
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 – Comparação de preços entre acionamento com máquina com rotor em
gaiola e rotor de anéis......................................................................................................68
Tabela A1.2 – Fontes de geração de energia elétrica outorgados no Brasil entre 1998 e
2002, cuja construção ainda não se iniciou...................................................................101
LISTA DE SÍMBOLOS
Equações do capítulo 3:
RESUMO
ABSTRACT
After the electrical energy rationing shock, which arose from the
unbalanced condition between supply and demand in Brazil, different society sectors
found the real and imminent need to diversify the Brazilian electrical energy generation
sources and its rational usage.
Today research focuses on several new generation sources. Wind energy
is a promising alternative.
The electrical energy generation should meet the very stiff quality
standard requirements related to electric frequency, harmonics injection, voltage
control, reactive power generation and so forth.
Research in this area is pointing to technological solutions that are
capable to satisfy all these requirements.
This study describes the concepts of wind generation, through a doubly
fed induction generator using back-to-back PWM converters with DC intermediate
circuit, using vector control.
A comparison of costs is carried out involving two different alternatives
for the electrical system from a wind turbine: squirrel cage induction generator and
doubly fed induction generator (slip ring machine).
Finally, it is also presented a simulation, with emphasis on steady state
and short-circuit tests, of wind generation connection to the network of the utility
company net in Mato Grosso do Sul (a Brazilian state) - ENERSUL SA, in order to
study its feasibility and possible benefits.
Capítulo 1
1.1 A energia
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Fábio Galizia Ribeiro de Campos 2
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à de entrada, alguma outra forma de energia (normalmente calor) foi criada durante a
transformação.
Quando disponível na natureza, a energia é conhecida como “Energia
Primária”.
Segundo Boyle [04] há quatro formas de energias primárias disponíveis
na Terra.
A energia cinética, que está associada a qualquer corpo em movimento,
é dada por E = 1/2 m x V2, onde “E” é a energia, “m” é a massa do corpo e “V” sua
velocidade.
Da energia cinética, deriva a energia térmica, no sentido de que a
temperatura de um objeto está ligada à velocidade na qual suas moléculas vibram.
A energia potencial está associada à aceleração da gravidade e,
portanto, ao próprio planeta Terra. Para afastar um objeto do chão, é necessário fornecer
energia para movê-lo, resultando em aumento de sua energia potencial, dada por E = m
x g x h, onde “g” é a aceleração da gravidade (9,81 m/s2) e “h” a variação da altura
imposta ao corpo.
Ao vermos um objeto cair, vemo-lo transformando sua energia potencial
em cinética.
A energia eletromagnética, terceira das formas primárias de energia, é a
que une as partículas de um átomo (prótons a elétrons). A energia elétrica nada mais é
que uma manifestação deste tipo de energia. Ao considerarmos a energia química em
seu nível atômico, ainda estamos analisando esta forma de energia. A própria queima de
um combustível é a transformação de energia química em calor, ou seja, em energia
cinética das moléculas. Radiação (inclusive a energia solar) ainda é manifestação dessa
mesma forma de energia primária.
A quarta e última forma de energia é a atômica ou nuclear, armazenada
no núcleo dos átomos. Ela ainda nos mostra que matéria (massa) pode ser convertida em
energia.
Dessas quatro formas de energia derivam as várias fontes de energia
primárias conhecidas disponíveis na natureza, como hidráulica, eólica, solar, nuclear,
combustíveis fósseis, entre outras.
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A energia hidráulica, por exemplo, é energia potencial (seja usina tipo fio
d´água, seja de reservatório, há uma diferença de altura h entre montante e jusante do
rio), que se transformará em cinética e depois em mecânica (rotação da turbina).
Outro exemplo de energia primária disponível na natureza são os
combustíveis fósseis, que produzem calor a partir de reações químicas.
Quando a energia primária é trabalhada pelo homem através de alguma
máquina e se transforma em outro tipo de energia, passa a ser chamada Energia
Secundária.
A Energia Elétrica é considerada a mais nobre das energias secundárias
hoje disponíveis. Não é possível imaginar a sociedade nos dias de hoje sem energia
elétrica, que ilumina, aquece, irriga, aciona máquinas industriais, transporta e
movimenta. Sem dúvida, a altíssima velocidade de transformação na vida do ser
humano de hoje se dá em grande parte pelo uso da Energia Elétrica.
Em escala comercial, a energia elétrica é obtida através da transformação
de alguma forma de energia primária disponível na natureza. As mais comuns destas
fontes primárias são a energia hidráulica, os derivados de petróleo, carvão mineral e
vegetal, gás e combustíveis nucleares.
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PETRÓLEO E GÁS
50 NATURAL
40 CARVÃO VAPOR
30 HIDRÁULICA
20
LENHA
10
PRODUTOS DA CANA
0
1990 1995 1996 1997 1998 1999 2000
OUTRAS
Central Geradora
Hidrelétrica
Central Geradora Eólica
Pequena Central
Hidrelétrica
Usina Hidrelétrica de
Energia
Usina Termelétrica de
Energia
Usina Termonuclear
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mas, mesmo assim, ainda não ultrapassou o volume de energia hidráulica no ano de
2000.
A Figura 1.2 mostra as fontes primárias para geração de energia elétrica
no Brasil. Nela, “Usina Hidrelétrica de Energia” (cor azul clara) representa cerca de
80% da geração de energia elétrica. Este volume de participação de energia hidráulica
não encontra similar no mundo e mostra a dependência do Brasil com relação ao insumo
água.
Ocorrências de um passado recente mostram, porém, que a energia
elétrica produzida no país é insuficiente para atender à demanda corrente e sustentar o
crescimento econômico que se deseja. Em 2001, viveu-se no Brasil a terrível
experiência do racionamento de energia elétrica que durou até o início de 2002.
Como quase toda geração de energia elétrica é hidráulica, o povo
brasileiro, talvez pela primeira vez em sua história, enxergou a ÁGUA como um
insumo finito.
Após este choque, os vários setores da sociedade brasileira constataram a
real e iminente necessidade de diversificação das fontes de geração de energia elétrica e
de seu uso racional.
No Brasil atual, vários estudos estão sendo feitos e várias oportunidades
se abrem para geração de energia elétrica através de novas fontes renováveis de energia,
como a eólica, a solar fotovoltaica, biomassa, entre outros.
Este trabalho apresenta os princípios da geração eólica de energia
elétrica através de gerador assíncrono com rotor bobinado de anéis, conectado a um
conversor estático duplo em ligação “back-to-back”, com circuito CC intermediário,
utilizando a técnica de modulação em largura de pulsos (PWM) e Controle Vetorial.
Apresenta-se ainda uma comparação de preços entre os sistemas de
geração de energia elétrica a partir de uma turbina eólica com duas versões: gerador
assíncrono com rotor de anéis e gerador assíncrono com rotor em gaiola de esquilo, para
definir a faixa de potência para a qual é economicamente recomendável a utilização do
primeiro.
Por último, foi feita a simulação, com ênfase em regime permanente e
ensaios de curto-circuito, da instalação de geração eólica na rede da empresa
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distribuidora de energia elétrica no estado de Mato Grosso do Sul, ENERSUL SA, para
permitir avaliações quanto a viabilidade, conexão e minimização de custos de infra-
estrutura.
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Capítulo 2
A ENERGIA EÓLICA
2.1 Histórico
energia gerada. O Anexo 1 mostra a atual situação da geração de energia elétrica eólica
no país.
Não há dúvida que no Brasil e no mundo, a geração de energia eólica
deve crescer nos próximos anos. Para isso é necessário, entretanto, que haja maior
incentivo governamental, tanto para a pesquisa, quanto para atração dos investimentos.
2.4.1 Introdução
2.4.2 O vento
1000
800
600
400
200
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
Seqüência2 180 280 310 560 800 940 1070 1090 850 700 580 410 330 200 150 120 80 50 30 20 10 0
representada por m = vol x ρ, onde “vol” é o volume desta quantidade de ar e “ρ” sua
densidade.
Imaginando a velocidade do ar constante, o volume da massa de ar
corresponde à área (S) abrangida pelo círculo hipotético de raio R, que é o comprimento
de cada pá da hélice da turbina, multiplicado pelo comprimento (L) percorrido pela
massa de ar, projetando um cilindro, como mostra a Figura 2.3.
P = ½ Cp x S x ρ x V3 = ½ Cp x Π x R2 x ρ x V3 (2.1)
λ = (R x ωr) / V (2.2)
0,4
0,35
0,3
COEFIC. DE POTÊNCIA Cp)
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
RAZÃO DE VELOCIDADE (λ)
2.4.4.1 A aerodinâmica
biruta e começa a correr na direção de leste para oeste aos mesmos 4 m/s, quem estiver
parado no campo observará que a biruta na mão do corredor estará apontando para a
direção nordeste. Este é o efeito da velocidade relativa do vento.
Isto leva a entender a “velocidade relativa do vento” como um vetor,
com direção, sentido e módulo, que nada mais é que a soma vetorial das velocidades
envolvidas.
Na turbina eólica, a “velocidade relativa do vento” é a soma dos
vetores “velocidade estacionária do vento” (como percebido por uma turbina
estacionária) e “velocidade tangencial da lâmina da hélice”.
O “ângulo de velocidade relativa” (φ) é formado pelo vetor velocidade
relativa do vento e o vetor velocidade tangencial da lâmina, como mostrado na Figura
2.6.
Observe-se que, como a hélice perfaz um movimento de rotação, sua
velocidade tangencial varia ao longo do comprimento da lâmina, de seu cubo (núcleo) à
sua ponta, obedecendo a u = r x ω, onde “u” é a velocidade tangencial do ponto, “r” é o
valor da medida (em metros) entre o ponto e o cubo da hélice e “ω” é a velocidade
angular da turbina, ou seja, quanto mais próximo da ponta da lâmina, maior será a
velocidade tangencial daquele ponto, para uma dada velocidade angular ω.
entre outros. Este ruído tende a ser mais evidente quando o vento é mais fraco, uma vez
que o barulho natural de ventos fortes acaba mascarando o ruído produzido na turbina.
Neste caso, com ventos fracos, o ruído diminui muito quando se diminui a rotação da
turbina. As turbinas mais modernas, com sofisticados controles de velocidade e passo
(“pitch”), conseguem reduzir significativamente o ruído, mas mesmo assim,
dependendo da quantidade de turbinas na fazenda eólica, o barulho produzido pode ser
um problema. Países que utilizam mais comumente a geração eólica já têm legislações
que tratam do assunto, limitando o ruído máximo próximo a áreas residenciais. Por este
motivo, na Europa, a distância mínima entre uma turbina eólica e uma área residencial é
de cerca de 200 m [08].
2) Poluição visual: Grandes turbinas possuem hélices com dezenas de
metros e podem ser vistas a dezenas de quilômetros de distância. É claro que qualquer
instalação de geração de energia (térmica, nuclear, hidrelétrica) é, de qualquer forma,
vista a quilômetros. Apesar disso, dependendo da região, a instalação de uma fazenda
eólica pode ser indesejável.
3) Reflexos: Como as pás das turbinas normalmente são de metal, a luz
do sol causa reflexos móveis indesejados caso haja região habitada próxima da fazenda
eólica. Este problema é maior em locais de maiores latitudes, onde o ângulo de
incidência dos raios solares é menor.
4) Morte de aves: Há relato de grande mortandade de aves em Tarifa,
próximo ao estreito de Gibraltar na Espanha, quando do impacto delas, em rota
migratória, com turbinas de uma fazenda eólica [08]. É recomendável que haja o
cuidado de não se instalar fazendas eólicas em rotas migratórias de aves.
Capítulo 3
3.2.1 A máquina
ω1 = ω2 + ω3 (rad/s) (3.14)
ω2 = s ω1 (3.15)
ω3 = (1 – s) ω1 (3.16)
Pmec = Ps – Pr (3.18)
Pmec = ω3 T = (1 – s) ω1 T (3.19)
Ps = ω1 T (3.20)
Pr = Ps – Pmec = s ω1 T = s Ps (3.21)
com que a corrente estatórica seja 1/3 da nominal. Próximo à velocidade nominal, com
potência em cerca de 40% da nominal, o gerador é chaveado para conexão triângulo,
para que possa desenvolver sua potência até a nominal.
Desta forma, com velocidade próxima à nominal (já acima da síncrona),
a corrente do rotor (que acompanha a do estator) estará bem abaixo da nominal,
preservando o rotor de sobre-aquecimento.
Para melhor entendimento dos critérios de operação e projeto do gerador
eólico em função das velocidades do vento esperadas para o local de sua implantação,
considere-se, como exemplo, uma máquina com valores nominais f = 60 Hz, 4 pólos
(p=2), portanto com ns = 1800 rpm. Imagine-se que a faixa de variação de rotação
propiciada pela cascata subsíncrona seja – 30% a + 30% da rotação síncrona, isto é, a
rotação da máquina varia livremente de 0,7 ns (1260 rpm) a 1,3 ns (2340 rpm).
Utilizando as mesmas velocidades de vento descritas na Figura 2.7, ou
seja, Vmin = 4,0 m/s; Vnom = 12,0 m/s e Vmax = 25,0 m/s, tem-se: Para V = 4,0 m/s, n =
1260 rpm. Para V = 12,0 m/s, n = 2160 rpm, que é igual a 1,2 ns. Para esta rotação, tem-
se P = 1,0 p.u., escolhendo “nnom” = 1,2 ns. Desta forma garante-se uma “faixa de
segurança” de rotação entre 2160 rpm e 2340 rpm, usada para vários fins, como evitar
desperdício de energia contido nas rajadas de vento, através de armazenamento cinético
rotacional de energia, ou seja, aumento de rotação temporário, que gera energia extra
quando a velocidade do vento diminui e a rotação da máquina baixa. Caso o aumento de
velocidade do vento seja constante e não uma simples rajada de vento, o controle de
“pitch” deve atuar embandeirando as pás da turbina de forma que a energia extra seja
convenientemente “desperdiçada”. Já que o controle de “pitch” é mecânico e como tal,
bem mais lento que o controle elétrico, este é mais um motivo para a “faixa de
segurança de rotação”.
No exemplo, a máquina gira a maior parte do tempo entre 1260 e 2160
(região 2 de velocidade de vento). Com V entre 12 m/s e 25 m/s, as rotações variam
entre 2160 e 2340 rpm. Assim que velocidade angular aumenta, o controle de “pitch”
atua fazendo com que a velocidade angular volte a cair. Portanto, o fornecimento de
potência nominal do gerador é previsto para a região super-síncrona.
λqs = 0 (3.22)
Portanto:
A Figura 3.5 mostra os eixos d-q nas referências do estator (s), do rotor
(r) e de excitação (e). Os eixos d-q com o sobrescrito “s” são estacionários e os eixos d-
q com sobrescrito “r” são rotativos, na velocidade angular do rotor (ω3) em relação aos
eixos “s” (estacionários). Os eixos d-q com sobrescrito “e” são rotativos na velocidade
angular síncrona (ω1) em relação aos eixos “s”.
vbs e vcs, obtém-se vsds e vsqs. O ângulo instantâneo do vetor tensão do estator é
facilmente encontrado como sendo µ = arc tg (vsqs/vsds).
Para um sistema isolado, por não haver tensão “de referência” do
barramento infinito nem confiança no valor da tensão gerada “contaminada” por
harmônicos, por melhor que seja o PWM do inversor, o ângulo “µ” é preferencialmente
calculado como sendo µ = θ1 + 900, desprezando-se a queda de tensão da resistência do
estator. O ângulo “θ1” por sua vez é a integral de ω1 = 2 Π 60 (rad/s), velocidade
angular gerada pelo software do sistema de controle como a referência desejada.
Das equações (3.9) e (3.11), com vq = 0, tem-se P = 3/2 vd id e Q = 3/2
vd iq, ou seja, a potência ativa e a potência reativa do conversor podem ser controladas
respectivamente por id e iq.
Na implementação dos controladores de corrente, i*d é o erro da tensão
Vcc, ou seja, a diferença entre o valor desejado (constante) e o valor real (medido) da
tensão Vcc.
Desta forma, o fluxo de potência ativa regula a tensão intermediária, uma
vez que quando o fluxo de potência ativa fornecido pelo conversor é maior que o
gerado, a tensão Vcc cai. Ao contrário, se a potência ativa gerada não for totalmente
fornecida pelo conversor para ser consumida, a tensão Vcc sobe.
Quanto a i*q, esta será proporcional ao valor desejado de reativos gerados
pelo conversor. Desta forma, controla-se a defasagem entre corrente e tensão do
conversor. Normalmente i*q = 0, para obter fator de potencia unitário. Obviamente,
dependendo da necessidade do sistema (carga isolada ou até mesmo em ligação à rede
elétrica), este valor pode ser diferente de zero, assumindo valores positivos ou
negativos, gerando reativos capacitivos ou indutivos.
No item 5.3.1 será apresentada uma aplicação deste tipo de controle.
Neste caso, para um dado id, com iq ≠ 0 o vetor i (id + j iq) será maior, o
que acarreta aumento nas perdas e a necessidade de redimensionamento dos
equipamentos pelos quais esta corrente circula.
É necessário ainda, pelo mesmo motivo que para o conversor do lado do
rotor, calcular as referências de tensão do conversor do lado do fornecimento para que
se possa impor as correntes desejadas.
Toda turbina eólica possui um sistema de proteção. Este sistema pode ser
desde relativamente simples até bem complexo, dependendo da potência da máquina e
da tecnologia empregada.
O conceito de segurança de uma turbina eólica, com a tecnologia
exposta, começa com um adequado sistema de medições de grandezas como velocidade
e direção do vento, corrente, tensão, potência e freqüência da rede (ou da freqüência da
corrente e/ou tensão da carga para sistemas isolados), corrente e tensão do estator e do
rotor além de velocidade e/ou posição angular do eixo da máquina e corrente dos
conversores.
Estas grandezas são usadas tanto para controle da turbina, quanto para
supervisão e detecção de eventuais faltas ou falhas.
Os conversores e a máquina elétrica também devem receber medidores
de sub e sobre tensão e de temperatura.
Normalmente, coloca-se ainda um sensor mecânico de sobre-velocidade
no eixo da turbina.
O software de controle, supervisão e proteção da turbina é responsável
ainda pela partida, parada (inclusive de emergência) e a sincronização com a rede para
conexão segura, quando for o caso.
Ele é responsável pela leitura de todos os sensores e, após o
processamento dos dados, atua para que a geração de energia elétrica seja a mais
eficiente ou, no caso de detecção de qualquer problema, falha ou falta, atua para sua
proteção, como por exemplo, no caso de excesso de velocidade do eixo ou do vento,
que implica na atuação do “pitch” para que nenhum esforço mecânico danifique o
sistema.
3.4 A máquina duplamente excitada em cascata
Nos itens anteriores, apresentou-se uma das tecnologias mais atuais para
geração de energia elétrica em rotação variável a partir de uma turbina eólica,
economicamente viável e atendendo tecnicamente aos mais exigentes níveis de
qualidade da energia gerada.
Há, porém, várias outras propostas de tecnologias para geração de
energia elétrica em turbinas eólicas, inclusive em rotação constante.
São exemplos, as tecnologias apresentadas nos trabalhos [12] no qual P.
Novak e outros apresentam uma turbina de eixo horizontal com gerador de indução em
velocidade variável através de um conversor estático e “pitch” fixo; [13] no qual E.S.
Abdin e outros apresentam uma turbina de eixo horizontal com gerador de indução em
velocidade constante, “pitch” variável para controle da potência e um SVC
(Compensador de Reativos Estático) para controle da tensão do gerador; [18] no qual
M. Godoy Simões e outros apresentam uma turbina de eixo vertical com gerador de
indução em velocidade variável através de um conversor estático duplo controlado por
lógica fuzzy; [19] no qual R. M. Hilloowala e outros apresentam uma turbina de eixo
horizontal com gerador de indução em velocidade variável através de um retificador de
diodos e um inversor, cuja modulação (PWM) é controlada por lógica fuzzy.
Outra tecnologia que tem merecido estudos há décadas [29] para geração
de energia em velocidade variável, consiste no arranjo de duas máquinas em cascata,
com número de pares de pólos distintos, eixos mecanicamente acoplados e as três fases
do rotor eletricamente acopladas. O estator da primeira máquina (máquina A) é ligado à
rede elétrica (barramento infinito), o da segunda máquina (máquina B) é ligado à rede
através de dois conversores em arranjo “back-to-back”, como mostra a Figura 3.10. Este
conjunto é chamado de “máquina em cascata”.
O objetivo deste arranjo é tornar a manutenção das máquinas mais
simples, já que não há necessidade de escovas e anéis para a conexão elétrica do rotor
das duas máquinas.
Capítulo 4
COMPARAÇÃO DE PREÇOS DO
CONJUNTO GERADOR-CONVERSOR
ENTRE AS MÁQUINAS
DE INDUÇÃO E DE ANÉIS
4.1 Introdução
Comparação de Preços
1200
1000
800
Preço (R$ x 1.000,00)
Gaiola
Anéis
600
Potência (Anéis)
Potência (Gaiola)
400
200
0
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93 97 101
Potência (x 10 kW)
Capítulo 5
5.1 Introdução
USP – Universidade de São Paulo Simulação de Geração Eólica Instalada na Rede da Enersul
Fábio Galizia Ribeiro de Campos 72
_________________________________________________________________________________________________________
SOZINHO
CEMAT
E N E
SONORA EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A.
SISTEMA ELÉTRICO
PEDRO GOMES BAÚS
ALCINÓPOLIS
COXIM
COSTA
3 MW RICA
CONFIGURAÇÃO 2003
FIGUEIRÃO
16 MW
PUERTO CHAPADÃO DO SUL
SUAREZ
RIO VERDE
CRE
CORUMBÁ (det.C )
CAMBA PARAÍSO ITAJÁ LAGOA SANTA
PONTINHA CE
DO COXO LG CE
LG
AREADO
CAMAS INDAÍA
URUCUM SANTA TEREZA DO SUL CASSILÂNDIA
SÃO GABRIEL SÃO JOÃO DO APORÉ
D´OESTE
RIO NEGRO
op. 34,5
kV CAMAPUÃ LEGENDA
MARIA COELHO
USINA HIDRÁULICA
TABOCO POSTO SÃO PEDRO INOCÊNCIA PARANAÍBA
CORGUINHO USINA HIDRÁULICA (OUTRA CONCESSIONÁRIA)
USINA TÉRMICA
(Arquivo: MapaGeoEletrico2002cFundo_0702.cdr)
FORTE COIMBRA BANDEIRANTES USINA TÉRMICA (OUTRA CONCESSIONÁRIA)
VILA
SÃO
DUQUE ESTRADA
BONFIM PEDRO SUBESTAÇÃO
ROCHEDO APARECIDA DO
CIPOLÂNDIA JARAGUARI TABOADO SUBESTAÇÃO (OUTRA CONCESSIONÁRIA / PARTICULAR)
TAUNAY
LOCALIDADE SEM SUBESTAÇÃO
JAMIC
MORRARIA EB 1
EK
SISTEMA ELEKTRO
USINA MIMOSO ENERSUL
29,6 MW JUPIÁ ISOLADO
DE ÁLCOOL 1.400 MW
CONCEIÇÃO SIDROLÂNDIA
ANHANDUÍ
P JA R A G U A R I
BONITO NIOAQUE
SÃO PEDRO
CT
EE CAMPO GRANDE (det. A)
C .G .
J .A B R Ã O
SÃO GABRIEL
BRASILÄNDIA ROCHEDO
SANTA RITA DO PARDO
JARDIM GUIA LOPES C.G.
DA LAGUNA NOVA ALVORADA C.G. CUIABÁ
CENTRO
C.G.
AQUIDAUANA T E R E N O S
MIMOSO
MARACAJÚ ELETROSUL
C.G.
PORTO MURTINHO CASA VERDE op. ALMOXARIFADO
VISTA ALEGRE 34,5
3,7 MW kV C .G .
RIO BRILHANTE BATAGUASSÚ IN D U S T R IA L C.G.
PRESIDENTE M. COUTO
PORTO XV EPITÁCIO SANESUL
ITAMARATI
ANTÔNIO ANAURILÂNDIA C.G.
JOÃO
UHE SÃO DOURADOS (det. B) NOVA ASSIS
ANDRADINA
JOÃO I e II C.G. SCAFFA
0,7 e 0,6 MW DEODÁPOLIS IVINHEMA IMBIRUSSU
SANESUL
POSTO
ANDE
UTE William
OVÍDIO Arjona
FÁTIMA AMANDINA BATAIPORÃ ANHANDUÍ
GLÓRIA DE 180 MW MARACAJÚ
DO SUL
LAGUNA NOVA DOURADOS UHE SÉRGIO MOTTA
PEDRO JUAN CABALLERO
CAARAPÃ AMÉRICA PORTO PRIMAVERA
TAQUARUSSÚ ITAPORÃ MARACAJÚ
CORUMBÁ (det.C )
PONTA PORÃ
SANGA PUITÃ
CAARAPÓ
ROSANA DOURADOS (det.B )
320 MW
NOVO HORIZONTE
DO SUL P PORTO
EE SOAREZ 6 MW
CT CIMENTO
ITAÚ
ANASTÁCIO
JUTI DOURADOS
ARAL MOREIRA MAXWELL
AMAMBAI CAMBA CORUMBÁ DOURADOS
NAVIRAÍ
N
ALVORADA
BOA
PONTAPORÃ/
ITAMARATI
FERRO DOURADOS
RIOBRILHANTE
SORTE
CRUZALTINA/
ITAQUIRAÍ
DOURADOS FÁTIMA
TACURU IGUATEMI URUCUM STA. CRUZ
op. 34 DOSUL
,kV
PARANHOS
DOURADOS
IVINHEMA
ELDORADO
JAPORÃ ESCALA (aprox. ) MARIA
ELETROSUL P. GUAÍBA
CAARAPÓ/
SETE QUEDAS COELHO SANESUL
AMAMBAI
SUL
GUAÍRA
COPEL
CASCAVEL
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de natureza elétrica, tais como limites de tensão, fluxo de carga, nível de curto-circuito,
impacto de tensão quando da rejeição da geração.
Procurou-se adotar a filosofia de investimento mínimo em infra-
estrutura, ou seja, alocar geração dentro dos limites que a infra-estrutura existente
(barras, tensão e capacidade de fluxo de potência das linhas de transmissão,
transformadores de distribuição, entre outros) permita.
Assim, a simulação não envolve implantação de grandes fazendas
eólicas, mas pequenas gerações distribuídas.
Desta forma, além de evitar a necessidade de investimento em infra-
estrutura, a avaliação conta com a vantagem intrínseca da geração distribuída, qual seja,
reduzir perdas e melhorar o perfil de tensão, decorrentes do novo fluxo de potências
ativa e reativa nas linhas de transmissão.
A grande vantagem da aplicação de geração eólica, já citada no capítulo
2, além da “gratuidade do combustível” e mínimo impacto ambiental, refere-se à
questão da complementaridade hidráulica–eólica, no sentido de que os períodos de
maiores ventos são justamente os meses de maior seca, além de os picos de velocidade
de vento se darem, normalmente, juntamente com o pico de demanda, durante o dia.
O grande problema da geração eólica, até mesmo para permitir a
simulação de sua integração à rede existente, reside no fato de que ela não é firme, uma
vez que depende do regime dos ventos.
No capítulo 2, já se apontou que, com velocidade de ventos acima da
velocidade nominal, pode-se gerar energia elétrica com potência nominal. Ainda, abaixo
da velocidade de vento mínima, não há geração de eletricidade e entre estes dois pontos
a potência de geração varia com o cubo da velocidade do vento.
Assim, para as simulações de regime permanente, foram empregados
pontos discretos de potência de geração, usando como último ponto a potência nominal.
O modelo utilizado fixa a geração de reativos e deixa a tensão de geração
livre.
Para as simulações de curto-circuito, considerou-se a geração de potência
nominal.
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A razão de velocidade (λ) deve ficar numa faixa que permita os maiores
valores de Cp. A especificação desses parâmetros se inicia pela rotação nominal (e
velocidade nominal do vento, 12 m/s).
Do lado do gerador, tem-se:
nnom = 1170 rpm ⇒ nnom = 1170/60 rps ⇒ nnom = 19,5 rps.
Adotando o valor de λ = 4,6 (que corresponde, pela Figura 2.4, a Cp =
0,35) na equação 2.2 (lado da turbina), vem:
λ = 4,6 = 2 Π nnom x 33 / 12 ⇒ nnom = 0,267 rps.
Decorre que a relação de redução deve ser 19,5/0,267 = 73.
Para rotação mínima e velocidade mínima do vento, 4 m/s, tem-se, do
lado do gerador:
n = 540/60 rps ⇒ n = 9 rps
Do lado da turbina (relação de redução), resulta:
n = 9/73 rps ⇒ n = 0,123
O que permite o cálculo de λ (equação 2.2):
λ = 2 Π 0,123 x 33 / 4 = 6,4.
Para λ = 6,4, tem-se (Figura 2.4) Cp = 0,35.
Como resultado, vê-se que com a redução escolhida (73), obtém-se em
toda faixa de rotação, o valor Cp de no mínimo 0,35.
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_________________________________________________________________________________________________________
990 0,996 1,001 1,006 1,008 0,992 1,016 0,989 1,011 0,992
69 kV
1000 1,030 1,030 1,030 1,030 1,010 1,030 0,998 1,030 1,012
13,8 kV
203 1,025 1,026 1,026 1,027 1,005 1,027 0,993 1,026 1,007
206 1,015 1,017 1,020 1,021 0,994 1,025 0,982 1,022 0,997
Geração
39 0,964 0,967 0,970 0,971 0,942 0,975 0,928 0,972 0,944
Antes R.T.
41 1,000 1,000 1,000 1,000 0,969 1,000 0,951 1,000 0,971
Após R.T.
68 0,952 0,952 0,952 0,952 0,919 0,952 0,898 0,952 0,920
Fim Linha
Potência
(MW /
MVAr)
Fluxo de 0 0,5+j0 1,0+j0 1,2+j0 1,2+j0 2,0+j0 2,0+j0 1,92-j0,55 1,92-j0,55
Potência Rejeição Rejeição Rejeição
990-1000 11,5 - j4,8 11,0 - j4,9 10,5 - j5,0 9,5 - j5,1 9,6 - j4,6
Trafo
1000-202 3,4 + j0,7 2,8 + j0,7 2,3 + j0,7 1,3 + j0,7 1,4 + j1,3
Aliment. 2
Perdas 1,3 (Total) 1,2 (Total) 1,2 (Total) 1,0 (Total) 1,0 (Total)
(MW) 0,1(Al.2) 0,1(Al.2) 0,1(Al.2) 0,1(Al.2) 0,1(Al.2)
Mercado 11,3 (Tot) 11,3 (Tot) 11,3 (Tot) 11,3 (Tot) 11,3 (Tot)
(MW) 3,2 (Al.2) 3,2 (Al.2) 3,2 (Al.2) 3,2 (Al.2) 3,2 (Al.2)
Carga 12,6 (Tot) 12,5 (Tot) 12,5 (Tot) 12,3 (Tot) 12,3 (Tot)
Própria 3,3 (Al.2) 3,3 (Al.2) 3,3 (Al.2) 3,3 (Al.2) 3,3 (Al.2)
(MW)
A barra swing para esta simulação foi a barra 980 (69 kV em Caarapó),
início da linha de transmissão que vai até a barra 990 (já na subestação em Naviraí).
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(FIGURA 5.4)
BARRA 206
BARRA 203
SE
BARRA
990 e 1000
(FIGURA 5.5)
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Nav iraí
RT
RT
SCC
BARRA 39
BARRA 41
BARRA 68
NAVIRAÍ
RURAL 13.8 kV
PORTO CAIUÁ
(FIGURA 5.4)
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N a v i ra í
R
L
NAVIRAÍ – ZONA URBANA
N A V IR A Í
R U R A L 1 3.8
kV
S A ÍD A
IT A Q U IR A Í
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cabo para a Subestação Naviraí. Esta barra corresponde à barra 206 na Tabela 5.2 e na
Figura 5.3, relativas à simulação de regime permanente.
A “barra 9206” é a barra da Subestação, na outra ponta dos 2.131 m de
cabo e é o secundário do transformador 69/13,8 kV (da linha que vem de Caarapó).
Corresponde, na simulação de regime permanente, à barra 1000.
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15,2 Km 14,2 Km
16,2 Km
114,0 Km 131,0 Km 11,1 Km 15,9 Km 7,2 Km
23,8 Km
212 Km 109,5 Km
7,9 Km
212 Km 109,5 Km 7,0 Km 9,4 Km 19,7 Km 16,4 Km 118,9 Km 64,5 Km 225,5 Km
121,3 Km
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_________________________________________________________________________________________________________
1891-1801 8,3 + j1,6 5,8 + j 1,3 4,3 + j1,2 4,3 + j1,2 3,3 + j1,1 -1,7 + j1,2 -6,7 + j1,8
Trafo
138/13,8
1801-1807 5,2 + j1,2 2,8 + j1,2 1,2 + j1,0 1,2 + j1,0 0,2 + j1,0 -4,8 + j1,2 -9,8 + j1,6
Trafo
13,8/34,5
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USP – Universidade de São Paulo Simulação de Geração Eólica Instalada na Rede da Enersul
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Capítulo 6
CONCLUSÕES E
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Anexo 1
100% para
Eólio - Elétrica
2.500 2.500 PIE Centrais Eólicas Palmas - PR
de Palmas
do Paraná Ltda.
100% para
Eólica de Centro
Fernando de
Fernando de 275 225 PIE Brasileiro de
Noronha - PE
Noronha Energia Eólica -
FADE/UFPE
100% para
Wobben Wind
Mucuripe 2.400 2.400 PIE Power Industria Fortaleza - CE
e Comércio
Ltda
100% para
Eólica de Bom Parque Eólico Bom Jardim
600 600 PIE
Jardim de Santa da Serra - SC
Catarina Ltda
100% para
Centro
Eólica Olinda 225 225 PIE Brasileiro de Olinda - PE
Energia Eólica -
FADE/UFPE
Total: 9 Usina(s) Potência Total: 22.025 kW
Legenda
SP Serviço Público
PIE Produção Independente de Energia
APE Autoprodução de Energia
Fonte: ANEEL.
Jijoca de
100% para SIIF
Eólica Jericoacoara 100.800 PIE Jericoacoara -
Énergies do Brasil Ltda
CE
100% para SIIF
Eólica Santa Izabel 198.000 PIE Galinhos - RN
Énergies do Brasil Ltda
100% para SIIF Énergies
Eólica Paracuru 23.400 PIE Paracuru - CE
do Brasil Ltda
Parque Eólico 100% para Elebrás
72.000 PIE Cidreira - RS
Elebrás Cidreira 1 Projetos Ltda
100% para Eletrowind
Eólica Abaís 17.100 PIE Estância - SE
S/A
100% para Eletrowind
Eólica Ariós 16.200 PIE Beberibe - CE
S/A
Eólica Praias de 100% para Eletrowind
28.800 PIE Beberibe - CE
Parajuru S/A
Legenda
SP Serviço Público
PIE Produção Independente de Energia
APE Autoprodução de Energia
Anexo 2
0ATUALIZACOES EM BARRAS
0 MEIO-DE
B A R R A -TRAFO MODULO ANGULO AREA SITUACAO OPERACAO VALOR
M E N S A G E M REG.
_________________ _______ ______ ______ ____ _______ ________ ______
______________________________________________________ _____
1 GERADOR1 06 0 1.000 .0 0 E
8
+ INCLUIDA
2 GERADOR2 06 0 1.000 .0 0 E
9
+ INCLUIDA
3 BARTRAFO 13 0 1.000 .0 0 E
10
+ INCLUIDA
1PAG. 3 03/02/*4 13/28/49 CC - VERSAO JUN/95-MICRO CONFIGURACAO ENERSUL 2004
1 GERADOR1 06
22
+
2 GERADOR2 06
23
+
3 BARTRAFO 13
24
+
9206 NAVIRAI 13
25
+
1PAG. 5 03/02/*4 13/28/49 CC - VERSAO JUN/95-MICRO CONFIGURACAO ENERSUL 2004
_______________________________________________________________________________________
+----1---X---+ ³
CURTO-CIRCUITO NA BARRA (GERADOR1 06 ) ³
+------------+ ³
³
X---------- CC FT ----------X³X---CC 3F---X³ Z1 Z0 ³
³ ³ ³
(E1) (E0) POTENCIA³ POTENCIA ³ ³
PU PU MVA ³ MVA ³ PU PU ³
GRAUS GRAUS GRAUS ³ GRAUS ³ GRAUS GRAUS ³
+ ________ ________ _______ ³ _______ ³_________ _________ ³
³ ³ ³
1.000 1.000 .0 ³ 24.6 ³ 4.0699 ******* ³
.0 -180.0 -90.0 ³ -85.7 ³ 85.7 90.0 ³
³ ³
_______________________________________________________________________________________
+----3---X---+ ³
CURTO-CIRCUITO NA BARRA (BARTRAFO 13 ) ³
+------------+ ³
³
X---------- CC FT ----------X³X---CC 3F---X³ Z1 Z0 ³
³ ³ ³
(E1) (E0) POTENCIA³ POTENCIA ³ ³
PU PU MVA ³ MVA ³ PU PU ³
GRAUS GRAUS GRAUS ³ GRAUS ³ GRAUS GRAUS ³
+ ________ ________ _______ ³ _______ ³_________ _________ ³
³ ³ ³
.608 .218 54.4 ³ 46.1 ³ 2.1682 1.2008 ³
1.5 -171.3 -77.2 ³ -74.8 ³ 74.8 85.8 ³
³ ³
_______________________________________________________________________________________
+-9206---X---+ ³
CURTO-CIRCUITO NA BARRA (NAVIRAI 13 ) ³
+------------+ ³
³
X---------- CC FT ----------X³X---CC 3F---X³ Z1 Z0 ³
³ ³ ³
(E1) (E0) POTENCIA³ POTENCIA ³ ³
PU PU MVA ³ MVA ³ PU PU ³
GRAUS GRAUS GRAUS ³ GRAUS ³ GRAUS GRAUS ³
+ ________ ________ _______ ³ _______ ³_________ _________ ³
³ ³ ³
.576 .154 67.9 ³ 53.3 ³ 1.8753 .6819 ³
1.5 -168.9 -77.7 ³ -75.7 ³ 75.7 88.8 ³
1PAG. 14 03/02/*4 13/28/49 CC - VERSAO JUN/95-MICRO CONFIGURACAO ENERSUL 2004
0ATUALIZACOES EM BARRAS
0 MEIO-DE
B A R R A -TRAFO MODULO ANGULO AREA SITUACAO OPERACAO VALOR
M E N S A G E M REG.
_________________ _______ ______ ______ ____ _______ ________ ______
______________________________________________________ _____
1 GER 01 06 0 1.000 .0 0 E
8
+ INCLUIDA
2 GER 02 06 0 1.000 .0 0 E
9
+ INCLUIDA
3 GER 03 06 0 1.000 .0 0 E
10
+ INCLUIDA
4 GER 04 06 0 1.000 .0 0 E
11
+ INCLUIDA
5 GER 05 06 0 1.000 .0 0 E
12
+ INCLUIDA
6 GER 06 06 0 1.000 .0 0 E
13
+ INCLUIDA
7 GER 07 06 0 1.000 .0 0 E
14
+ INCLUIDA
8 GER 08 06 0 1.000 .0 0 E
15
+ INCLUIDA
9 GER 09 06 0 1.000 .0 0 E
16
+ INCLUIDA
10 GER 10 06 0 1.000 .0 0 E
17
+ INCLUIDA
11 GER 11 06 0 1.000 .0 0 E
18
+ INCLUIDA
12 GER 12 06 0 1.000 .0 0 E
19
+ INCLUIDA
13 GER 13 06 0 1.000 .0 0 E
20
+ INCLUIDA
14 GER 14 06 0 1.000 .0 0 E
21
+ INCLUIDA
15 GER 15 06 0 1.000 .0 0 E
22
+ INCLUIDA
1PAG. 3 03/01/*4 09/02/36 CC - VERSAO JUN/95-MICRO CONFIGURACAO ENERSUL 2004
+ INCLUIDO
6 0 6 .00 1100.00 .00 1100.00 0
42
+ INCLUIDO
5358 7 7 .00 400.00 9999.99 9999.99 0
43
+ INCLUIDO
5358 0 7 9999.99 9999.99 .00 400.00 0
44
+ INCLUIDO
7 0 7 .00 1100.00 .00 1100.00 0
45
+ INCLUIDO
5358 8 8 .00 400.00 9999.99 9999.99 0
46
+ INCLUIDO
5358 0 8 9999.99 9999.99 .00 400.00 0
47
+ INCLUIDO
8 0 8 .00 1100.00 .00 1100.00 0
48
+ INCLUIDO
5358 9 9 .00 400.00 9999.99 9999.99 0
49
+ INCLUIDO
5358 0 9 9999.99 9999.99 .00 400.00 0
50
+ INCLUIDO
9 0 9 .00 1100.00 .00 1100.00 0
51
+ INCLUIDO
5358 10 10 .00 400.00 9999.99 9999.99 0
52
+ INCLUIDO
5358 0 10 9999.99 9999.99 .00 400.00 0
53
+ INCLUIDO
10 0 10 .00 1100.00 .00 1100.00 0
54
+ INCLUIDO
5358 11 11 .00 400.00 9999.99 9999.99 0
55
+ INCLUIDO
5358 0 11 9999.99 9999.99 .00 400.00 0
56
+ INCLUIDO
11 0 11 .00 1100.00 .00 1100.00 0
57
+ INCLUIDO
5358 12 12 .00 400.00 9999.99 9999.99 0
58
+ INCLUIDO
5358 0 12 9999.99 9999.99 .00 400.00 0
59
+ INCLUIDO
12 0 12 .00 1100.00 .00 1100.00 0
60
+ INCLUIDO
5358 13 13 .00 400.00 9999.99 9999.99 0
61
+ INCLUIDO
5358 0 13 9999.99 9999.99 .00 400.00 0
62
+ INCLUIDO
1 GER 01 06
72
+
2 GER 02 06
73
+
3 GER 03 06
74
+
4 GER 04 06
75
+
5 GER 05 06
76
+
6 GER 06 06
77
+
7 GER 07 06
78
+
8 GER 08 06
79
+
9 GER 09 06
80
+
10 GER 10 06
81
+
11 GER 11 06
82
+
12 GER 12 06
83
+
13 GER 13 06
84
+
14 GER 14 06
85
+
15 GER 15 06
86
+
5358 CGD 34
87
+
1PAG. 5 03/01/*4 09/02/36 CC - VERSAO JUN/95-MICRO CONFIGURACAO ENERSUL 2004
_______________________________________________________________________________________
+----1---X---+ ³
CURTO-CIRCUITO NA BARRA (GER 01 06 ) ³
+------------+ ³
³
X---------- CC FT ----------X³X---CC 3F---X³ Z1 Z0 ³
³ ³ ³
(E1) (E0) POTENCIA³ POTENCIA ³ ³
PU PU MVA ³ MVA ³ PU PU ³
GRAUS GRAUS GRAUS ³ GRAUS ³ GRAUS GRAUS ³
+ ________ ________ _______ ³ _______ ³_________ _________ ³
³ ³ ³
.813 .627 17.1 ³ 30.5 ³ 3.2778 11.0000 ³
.0 -180.0 -90.0 ³ -90.0 ³ 90.0 90.0 ³
³ ³ ³
³ ³ ³
...(2I1+I0)... ....(3 I0)....³ POTENCIA ³X--- BARRA P ---X X--- BARRA Q ---X CIRC³
MVA GRAUS MVA GRAUS³ MVA GRAUS³NUM. N O M E NUM. N O M E ³
+ _______ ______ _______ ______³_______ ______³____ ____________ ____ ____________ ____³
³ ³ ³
9.1 -90.0 17.1 -90.0³ 9.1 -90.0³ 1 GER 01 06 0 REFERENCIA 16 ³
8.0 -90.0 .0 .0³ 21.4 -90.0³ 1 GER 01 06 5358 CGD 34 16 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 1 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 2 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 3 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 4 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 5 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 6 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 7 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 8 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 9 ³
.0 .0 .0 .0³ .0 .0³5358 CGD 34 0 REFERENCIA 10 ³
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