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ARCHIVO JUDICIARIO (PUBLICAGAO QUINZENAL 00 “JORNAL D0 COMMERCIO”) gag? VOLUME LIX { fabeas-corpus n. 27.672 (serxas cemazs) Recurso de “habeas-corpus” — Nega-se provi- mento ao recurso, por ndo ser: compes fente o'Tripunal, "mas connece-ss ongt. Natiamente, "O-art" 80° do dee names Tog 118 dete de sul ini rede sero. 16-88, de: Sccembro he 199 Hester “condiccs, ‘concddecse’ a onten para se-Gcjerda’ a suspensto da pena atarénco O°Br. Ministro Annibal Freire (relator): — Sr. Presidente, Joaquim José Fernandes da Sil- ‘va fol condenado no grit minimo das penas previstas no art. 317, letra ae S19, 11, § 4° da Consolldagto das Leis Penais e da sentenca que 0 condemnou interpoz recurso para 0 Tri- ‘bunal de Apelagio do Estado de Aalnas Gerais, mas nfo logrou exito, tendo sido contirmada a ‘sentenga condenatoria De acordo com 0 art. 610, § 9° do Codigo de Processo Penal do Estado, sequereu a st Pensio condicional da pena ao relntar do feito, tendo a Procuradoria Geral do Estado opinado favoravelmente a0 pedido. Hm , quadra antes, no recurso de tevisio (dee.-lei 567, art. 250, n. 4), que 6 0 adequado a barmoniznr deeisdes finals diverséntes & mmterpretagio do direito em tese™ Desta decisio recoren © advogado — Pedro Alelxo — para o Supremo ‘Tuibunal Fe | alegando que mesmo que o pedido de habeas-corpus tivesse sido exradamente reqerido to Tribunal do Apelacio do Estado, séments Podis © tmpetrante submeter 0 caso 20 Supre- mo Tribunal Federal por meio de recurso orci narlo estabelecido na Constitulcio, Feders! Eo que, ainda este ano, decidint esta atta Carte de Justiea no habeas-corpus impetvado por Turiblo Pereira da Siivs, do Bstado do Rio Grande do Sul, nonte Sr n acorddo proferido pelo emi- Ministro Carvalho Moura e caja ementa se 18 na Revista Forence, vol. LXXXILL, b. 927: “Tendo sido requerido habeas-corpus a0 Tri ‘bunal de Apelaeéo, no pode a parte renovar igual pedido diretamente ao Supreme, ainda ‘que 0 Tribunal de Apelacio tenha se Julgado Imeompetente para connecer do pedido” No mesmo sentido ¢ a decisia unanime pro- ferida no “habeas-corpus” n. 27.398, de que fot relator 0 eminente Ministro Carlos Maximitiano, fem 24 de Jenetro de 1940. “Deve recorrer © nko se dirigit diretamente ‘40 Supremo Tribunal Federal quem tenha tido seu pedido de “habeas-corpus” denegado por ‘outro pretério superior Passa, a seguir, 0 impetrante, « Justifiear 0 ‘seu pedido em face das leis existentes, consl- derando que 0 art. 69 do decreto n. 24,776, de 14 de Julho de 1984, denominaco lel de im- rense, revoga a disposigio do art. 5° do decreto 16.298, do 6 de Setembro de 1924 BY 0 relatério, © Sr. Ministro Annibat Freire: — Ous0 pe fi & atengio do Tribunal para este recurso, Porquanto duas questées nele se suscitam ‘A primeira € 0 de saber si 0 habeas-corpus € melo idoneo para conceder sursis. A cogunda # st 0 beneticio de sursis esta revogado pelo art. 60 da let de imprensa Em relagio ao primeiro ponte, a jurtspru- aéncia da Supremo Tribunal Federal, com a de~ Vida venta, @ cscilante. No volume de. Juris- Drudéncia civil, ultimamente distribuldo, encon- ‘tra-se um acordio em que so decidiu que st 0 Aeferimento ou indeterimento da stispensio con icional ndo era de puro arbitsio do Juin, cade © hadeas-corpus para repsracio de possivels In Justigns decorrontes de denegacio do pedico No hebear-corpus m., 25.908, do Lf de Outu= bro de 1925, sendo relator o satioso Ministro Arthur Ribeiro, a entfo Corte Suprema, depois de longs diseussio, em que tomaram parte. sas Mente os B48. Ministros Costa, Afanso © Car- valno Mourio, decidi que habeas-corpuy © melo Iddneo ‘na hipétese desto process. comm 4 elrounstaneia, ponderosa de «ie se considera que mio havia necessidade de apreciagio pelo Juiz inferior dos novos docuinentos ofereion com a seiteragio do pedido, Todavia tm das tle timos nameros da Revista Forense, na sun riz Drea ‘Jurisprudéncia resuomida”, insere deci silo da Egrésia Segunda Turma, om sentido dia- metralmente oposto, No recirg.de—iat us n, 27.206, de que f01 ; nistro Joos Linhares, emleétiza ae 10 do Oup So EEG « mo Teiwvney ARCHIVO JUDICIARIO 5-1-4 j tubro de 1999, a Buréria Segunda Turma deel alu que sf © Cédigo faculta © recurso ordinaso las sentengas que negam @ suspensio de pena, mio tem eabimento © habeas-cdrpus vizando a concessio €o sursis Como se ¥é © Tribunal, nao hé concordanela centre 08 neordioe eitados, Devo dar minha opiniie em referéneia so rimeiro ponte: inelino-me pela solugto prop gnada nos acordios de que f1 relator o St Ministro Arthur Ruoire, porquanto me parece que, si 0 habeas-corpus meio idéneo para re- Darar constrangimento le-al, @ sl esso-constran- leimento deriva da denegacau do beneticto facul- tado em lel, nfo posso deixar de considerar que faguela medida & meto satistatorio para corrigir @ Injustiga sofrida pelo paciente Nestes termes, pots, coneco do recurso de abeas-corpus por o considerar —instrumenta Idoneo para reparar a denegagio do swrsis ‘@uanto ao mérito, ¢ mntetramente procedente 48 concessio do habeas-corpus, porquanto, a mets ver. 0 art. 60, da tel de imprensa revorou o dispositive do art. 5°, de lel de 1924, que insti- tultt a condenagéo condietonal Dig, com efelto, o art, 60 don 14 de Julho de 1984, Nos crimes de ealinia e injaria, tratan- dose da primeirx condenacto e nfo tendo o acusade’ sofrlto utr ui elite comum, nem revelado carater perverso ou cor. vompldo, o Tribunal, tomando em eonslderacko, fas suns condigéea Individuals, os motivos que cerenram © delito, poder suspender « execticho a pena de pristo pelo prazo do 2a 4 anos. observadas as demals prescrigées estabetecidas ‘8 esse recpelto pela legisiagt comum'’ © art. 60, reproduz, quasi que nos seus termos, pois, 0 art. 5°, da let de 1924 — tet do. imprensa Nio se compreende, que, em reiacio a erl= mes de imprensa, que afetam, substancialmente, 8 ordem piiblica, tanto mais quanto o fornalismo © considerado pela Constituigio de 1987 como 0 exereicio de funcdo pubilen, nio se estenda 0 ‘mesmo bencficio a erimes de injirla verbs! Se- Ha, evidentemente, disparate, falta de logiea & compreensio do postulads furidiey em que s¢ resume o beneticlo da suspensiv condieional Neste sentido tém sido varias as decisics do tribunals locals, inclusive do Distrito Federal & © de Minas Gerais, No caso submetido ao Tribunal de Apel clo do Trderal, prevateceu 0 argumen- a 26.776, ae S41 to, © meu ver ponderoso, do Nicido parecer do fentlo Procurador Geral, Prof. Philadetpho de Azoveda. que demonstrou, irretorquivelmente, festoncier-se ao crime de injuria verbal 0 dlspo- sitive da lel de imprensa Ora, na hipotese presente, trata-se de con- denagio motivada por Injiiria verbal e a sen- tenga declara expressaments ter 0 delin~ quente exemplar comportamento anterior ¢ ter prestado bons servicas A sociedade, afirmada elas testemunhas, cu por isto 0 condeng no rau minimo das penas do art. 317, letra ¢, com- Dinndo com o art. 819, § 4° da mesma Consoti- dazio. Por ostes fundamentos, concedo a ordem. © Sr, Ministro José Linhares — Sr. Prest= dente, nego provimento so recurso para contir~ mar a sentenga recorrida. Sempre entendi nto fer “habeas-corpus"* melo de ce cortigir a dene~ Bagh do beneficio do “sursis", E estou conven: ldo isto, tanto mais porque, para tol conces. ‘So, se fazem mistér certas condigées especial 0 delinguente, Ora, em matéria de “habens-corpus”, nio & Possivel o exame das provas a ponto de se chegar & conclustio de que o indiviatio veune em af todos 8 requisites necessiios para © “sutsis" © Ss. afivistro Anntoat Freire (relator) — Yor fsso mesmo aludl a etrcunstincia mencio nada na sentenca com que ge declaram as condi 008 eopectais do condensdo, © Sr. Ministro Jove Lunares — No caso om ‘prego, no que se refere a lei de imprensa, mio tenho diivida de que o art. 69 condicione a con- ceafio do beneficio a uma série de circunstan ‘las especials, Diz ele: “Nos crimes de calunia e injiria, tratan- ose de primeira condenagio © nfo tendo o aeusado sofride outa anterior, por delito comum, nem revelado careter perverso ot cor yompido, © Tribunal, tomando em eonsideracio 5 suas condigdes individuals, of motives que Aoierminaram ¢ eireunstineias que cerentam delito, poderi suspender a execugie da pena de prisio pelo prazo do 2 a 4 anos, observadas 8 demais proserigses estabetecldas a esse. res Peito peln lezistagso comum'", ‘Como se ve, © preciso concorréneis de condi 65 para que © individwto possa aleancar o be- neticio. Por isso, nego provimento ao recurso. © Sr. Mintstro Cunha, Mello — Sr. Presi= dente, acompanho © voto'do St. Ministro re lator a ARCHIVO JUDICIARIO. 5 © Sr. Ménistro Carlos Mazimitiane — se Presidente, nego provimento ao recurso, para ‘confirmar & sentence. ‘Todavia, conhecendo originariamente do pax ido, conceda a orden. © Sr, Ministro Octavio Kelly: — Sr. Presi« Gente, voto ds acordo com o St. Ministre Car~ es Maximiliano, isto ¢, nego provimento ao re~ curso ¢, conhecendo orlginariamente do pedldo, concedo a ordem. © Sr, Mintstro Laudo de Camargo: — Con cedo a ordem, de conformidade com o voto do Sr. Ministro relator. © Sr. Ministro Carvatho Mourto: — sr. Presidente, nego provimento go recurso, par confirmar a decisto recorrida, pois Julgo real= mente incompetente, no caso, 0 Tribunal de Ape. ragao, Conecendo do pedide come se f6ra orfging Ho. nego a ordem. Sempre sustentet que ¢ des eiagie do Sutsis nage makese sae oes corpus. Ainda que esta opintio nao prevatecesse (em regra tenho sido veneido no Tribunal), esaria 4 ordem, porque entendo que, evidentemente, © Ht. 9% da let sobre o sursls, reproduzido na Consolidaedo das Leis Penais — art. 52 nao ol revogado pelo art. 60, do let de imprens 4 Wes do imprensa € especial e se retere, exch vamente, aos crimes praticades por meio da im. prensa, © art. 60, portanto, apenas derogoit o ai igo 5°. nfo 9 revogon. © art, 5° dispde que o sursiy nis & por: ‘ldo nos erimes contra a honsn € béa fama. co Beral. ... @ © art. 60 da lel de tmprenst o ‘modificou, apenas em parte, permitinds a sua concessio nos crimes da caltinia e injtria, quando praticados por meio da imprensa. Pos. tanto, @ contririo sensu nio o permite, quando © crime nio for praticado pela imprensa. Pode-se, sem difeuldade, lobrigar 0 pensa- mento do legisiador. EY que of erimes de impren- Ss silo crimes de opinite e sempre 0 legiclador fol mais denévolo para esves crimes, quasl cein~ pre relacionados com os politicos Nego 8 order. Como consta da ata, 9 decisio fot a guinte: Negaram provimento ao recurso pare confirmar decisio por motivo da icompeténcin do Tribunal © conhecendo criginatiamente do edido concederam a ordem para o fim de ser 6 ARCHIVO _JUDICIARIO deferida a suspensio da pena, de acordo com as fpreserigbes legais, contra 03 votos dos Sr Ministros José Linhares © Carvalho Mourdo Acordio Vistos, relatados © discutides estes sutos de Fecurto de “habens-corpus"” n. 27.672, de Minas Gerais, em que é recorrente Joaquim Jose Fer- ‘andes da Silva e recorrido 9 Tribunal de Ape- Iagdo, resolvem 05 Ministros do Supremo ‘Tribu~ ‘nal Federal, por maioria de votos, negar provi- mento ao recurso para confirmar @ decisto por ‘motivo de incompeténcia do Tribunal e, conhe- endo originariamente do pedido, coneeder a fordem para o fim do ser deferida s suspensio de pena, de acordo com as preserigées legnts, Pelos fundamentos contantes das notas tagqui- iticas anexas, Rio de Janelro, 26 de Novembro de 1940. — Bento de Faria, Presidente. — Annibal Freire, relator. Recurso de habeas-corpus n, 27.729 (orsrernopeneRAt) “Surste” ou sobreestagéo condicional de pene ‘Recusarse ao ertminose 9. printers Delinquents eseapo eon cfettos de" on enacto anterior 96" porter eata_fica: ae prer, no © deer eons Brintrig, “dpllenedo do “deorete nine, Tote: 80e, W2'6"Ge Setembro de 1024 aetarénio © Sr. Ministro Cunha Metlo — Sytvio Bragante respondeu nesta eldade a dois pro- ‘eessos por ofensas fisieas (art. 909 da Con- solidagio das Lels Penals); uma na Sétima Pre- torla ¢ hoje Décima Quinta Vara, outro na Se- funds Pretoria e agora Déetma Vara. Condenaram-no no primeito & pena mi ‘ima (t1és meses de pristo celular), @ no se undo & pena méxtma (um ano de tal prisio), atendendo-se, neste Ultimo, & reinetdéncia no ‘rime. A acto penal primetramente exereitada fol a seu requerimento havida por preserita, Yindo ele depois a pleitear o sureis, no tocan- te & derradeiza das condenagées. Stat © Juiz da execugio negou-se a aquleseer 20 pedido, em conformidade ao parecer dado pelo Ministério Publice, por néo se tratar de lum delinquente primétio, conditio sine qua non, cm face do art, 1.2 do dee, 16.588, de Setembro de 1924, © eu impetrou entto hadeas-corpus 90 ‘Tmbunal deste Distrito, dizenda que estava radicalmente mula 9 primelro processo, a culo respelto fora Julgada preserita. a gio. Ene fendeu que nio podia, assim, ser considersdo reincidente, cireunstancia que the acarretara upto maleticio: a agravacio da penalidade ¢ 0 Indeferimento do pedido do surele, Requereu em conclusio {ose concedida fordem impetrada, para, considerando-ee mulo © tal processo © Inexistente a reineldencia, ser= the recomhecido 0 direito A obtengio da dita medida, © Tribunal cotheu informacées © acabou or indeferir a peticio, fundando-se ma sue Jurlsprudéncie, que disse ser esta: “No 6 primérlo, nio tem, portanto, direl- to so “sureia", 9 delinquente que fol conde- ado, embora tenha fleado presorita a con- lenagio, isenta, apenas, 0 réu do eumprimen= to da pena, no exelue s condlgle de relncl- dente”, : Vig © preso nfo conformou-se © em tempo eeorreu dessa declsio, atrazoando © svetttso, vem adualr argumentagio nova, Bo relatorio, A preserigéo, de que se vem tratando, & sem diivida alguma roferente & condenagio, 8 qual nfo tem a vistude de destruir © fato, sémente impodindo a exeeugio da. pens. Desile que subsista o evento criminoso, a Seorrénela de outro provoeata pelo mesmo gente, 180 permite se Invereen a este com um neneticlo, 46 concessivel “em caso de pri- melra condenagio”, nos tormos da lel. E no permite porque 6 legaimente vein= eldente, aquele que pratiea nove erime depois de condenado, Nego provimento a0 recurso, Decisko Como consta da ats, a decialo fol a sex Buinte: — Negerom provimento qo recurso unanimemente, a o 51-41 Acordio Vistos e expostos estes autos de recurso de “nsbeas-corpus", do Distrito Federal, em que € paciente ora ‘recarrente, o condenado Sylvio Bragente, figurando como parte recorrida 0 ‘Tribunal de Apelagio pela sua Primeira Ca- Acordam, por votagio unfnime, negar pro- vimento ao recurso, pelas razdes de decidit constantes da pera autenticada, Junta de fis. a 28. ‘Sem custas, por sor pobre © paciente: D. Federal, 22 de Janeiro de 1981. Eduardo Bspinola, Presidente, — Cunha Mello, relator. Agravo n. 9.184 (sko pavte) Nao se consideram salério os Ineros de um con~ frat, embora flanda a percentagem res pectiva,” intetigeneta eo art, O42), nue nero Vir, do Codigo do Processo Civil, Acordio ‘Vistos, relutados e alscutidos estes autos de fagravo, em que € agravante, a Fasenda Na- ‘fonal e so agravados F. Guimarfes & Filhos Ltda. Os agravantes foram acionades para 0 pa gamento de $% sobre o preco dos bilhetes de loterin do Estado de S, Paulo, emitidos dt rante 0 periodo de 1985 @ 1999, ascendendo © ‘tribute a 8.705:0428000. Defenderam-se com ‘legar terem pago 6 impasto caneernente aos meses de Janeiro a Abril de 1993; depois, 0 de Mnto de 1038 a Dezembro de 1935; aclonaram a Unio, para abter 9 devorugio de tais somas: voltaram « efetunr pagamentos em Janeiro de 1089; foram autuados em Junho dle 1936; de- ‘mais, se requereu ineidit tambem a pentorr s0- bre 6% percenidas como remuneraeio pela ven= a dos bilhetes, © Isto comstitie provento dado pelo Estado por servico A ele prestade, o que tora a penhora ilegal, © Juiz mandost eselutr da penhora a remuneragio referida (despacho & fls. 26). Reclamou o Procurndor da Repabli- ca, a fis, 28; 0 Juiz manteve seu ato, fis 35); dai o agravo da Fazenda. As fs. 69, 0 Sr Dr. Procurador Geral opinou pela proviments, ARCHIVO JUDICIARIO 7 Nio so debate, presentemente, a Hegalidade 4% cobranca dos 5%; mss apenas o nfo dever recair penhora sobre a remuneragio dada pelo Estado, 205 executados: nfo se pretende, tio pouco, tributer aquela remuncragéo; o despacho frlsa que 0s executados nio sie funeiondrios ¢o ‘etado, porém, comerciantes, que contrata~ ram com o Estado a venda dos bilhetes da loteria de quo eram antes concessionérics. Afi~ mam eles, em oposicio <0 requerido pelo Pro~ curador, que se trata de salitioe este &, pelo Co- Aigo do Processo — art. 942, n. VII, impenho- ravel © doc. & fs. 20, escritura do contrato entre © Estado © 05 executadas, mostra serem estes comérciantes, que perceberiam a remuneracio de 6c sobre 0 produto da venda dos bilhetes, Tst0 nio € salério; 6 comissfo, lucro, ¢ Iuero form! favel. © texto invoeado, por eneertar execticio, Interpretase estritamente; nfo se estence até Pbranger todos os proventos de grandes negocios. Sempre minucioso, Telxelma de Freitas — “Primeiras Linas sobre © Processo Citit”, § 390, declara que, a respelio de casas comercinis. se considera impenhoravels — os salaries dos gusrda-livros © eaixeiros, E' do mesmo parceer Teitéo Velho — “Execucses", art. 91, 2. 12, que screscenta — saldtios @ emolumentos. — Vede dee. 3.084, de 5 de Nov. c= 1808. 9 BR, art. 526 Jorge Americano — “Processo Civil ¢ Comer clat”, m. 85, observa: “A impenhorabilidade 6 fever que a tet concede & determinades bens, para que o @i= Feito creditério, na sua rigider, ge nia tere estruldor da estabilidade econémica, mas sj mantido dentro dos limites impostos pela convi- vénein umana, E', pois, matéria de aitetio es trito © no pode ser omplisda” Para melhor esclareeimento, basta atextar para a “razio da lel": porque so deciatain im= pemhoravels 05 salarios? Porque constitiier sll mentos, € estes em toda parte sio impeiior vels, por motives ¢ Inumenidade; Gra, conte: rns dle contos ae réis na podem consi méros alimentos. Pelis taz6es expostas, acarda, por sy Se gunda Tuma, 9 Supreme THbunal Federal es dar provimento ao agrave, para iuehia na penhora a. remunerae: chulda pelo despacho ogenvado, Rio de Joneito, 28 de José Linhares, Presidente. 0, relator — Cartos Maztitiae 8 ARCHIVO JUDICIARIO Agravo de petigao n. 9.324 (sho Pavio) ho na colidéncia entre o recurso “ex-officio” co agro de ein a Sti oe ‘ooperativas, camo objectivo de servir to indcresse ed economia de acts G00 Glades, ezige a pratien de cautetas. que pizem ¢ ndo feerifito do, comer ro. fissionat.—° Aerpretsdo “portas nbertas para a big publica”, equitate a estou eri aeray part pablo scrieao que se desting @ citar a ja Eittaed “ad transagoes, com estrannoy desviando-se assim'da’ sua verdadeird finatidadte, RELaTOnio © Sr, Ministro Octavio Kelly (relator) — A Pazenda Nacional intentou, no Juizo de Di- reito de Rio Cléro, um execitivo flee) contra ‘& Cooperativa Agricola do Rio Claro, para co- bbrar-he a mportancia de 640000, provenien- te de Infragéo do art. 219, § 5° do decr.-let nu ‘mero 799, de 1898, sendo’ 3208000 de multa 3208000 de emolimentos de registro, consorme se eapecifiea na certidio de fs. 8. Feita a pe- ‘hore, opés a ré os embargos de fle. 12, nos quais sustenta: a) que nio esta sujeita & recla- ‘made tributecdo, de ves que o seu rezistro, obti- Batdrio pelo art. 12 do cit. deer. lel, €. pura € simplesmente gratuito: b) — que 9 art. 38 do eer, mn. 22.290, do 1992, revigorado pelo decre- torel m. 881, de 1958, néo tributa as atividades ‘mereantis de cooperativas de constimo quando © estabelecimenta nio esteja aberto ao piibtieo, easo que ¢ 0 da ré, que apenas opéra com o% seis arsoclados: ©) — que a expressio “ports dbertas para a via publica”, contida na lei, nio deve ser entendida no sentido restrito, mas no famplo, de nio compreender a3 que cmbora assim existam no edificlo, nio sejam utlizadas part ‘noltitar vendas a terceiros. © Juiz acdlheu 2 defesa, julgou improce- inte & apo € recomeu ex-ojfiet, O representane to da Fazenda, por sua vez agravou, Nesta ins- tamela o St. Dr. Pree. Gerol emitia o parecer de Mls. TOV. opinando pela reforma da senitenca B 9 relatério. Nfo procede a objegfa levantada pela ré aa emecessidade, ou de nfo cabimento do agrave da Fazenda st 0 Juiz recorre ex-officio. Pacifica. mente temos firmada a jusispridencia da ne nhuma colidéncia entre os dois recursos. ‘De méritis. A sentenga de 1 instincia con Siderou a expressio “portes abertes pare @ vit piiblica” — equivalonte a “portas abertas ‘para 51-41 © pilblico” inferindo de tal inteligéneta, dada ao texto em apréco, que, embora 0 prédio tenha portas para a rua, © estabeleeimenito mio esta ‘obrigndo a0 registro exisido, se ndo vende para © piiblico, fazendo eoneurréncia ao comereto 1o- eal. Nao tem razio o Juiz em assim coneluir, Nilo 6 s6mente porque qualquer venda a tercelt0s se atribta ds Cooperativas, desnaturando-thes fs fins, que justifien o io consentimento de portas abertas parc a via pablien; maa, fol, sem [ duvida, a converténcia ae evitar @ facilitugdo le operacoes dessa orem que disfargadamente, pudessem ser felts por esse melo, com estra= thes, que levou o legislador 4 profbigéo conti dn, de modo implieito, na letra B do elt. art. 12. A mstituieio de ecoperativas, com o objett- vo de sorvir a0s Interesses e & econémin de seus fssocindos, para quem sio mantidas, alhelas & ‘qualquer contécto, ou tansagio, com o publl- 0, exigia & prutioe de cautelas que vizassem io prejudiear o coméreto profissional. A exis~ tencia, portanto, de portas dando para a rua, ermitindo a éxibigio do artigos ¢ de pregos, & concorrerem com os que apresentassem as ensas ‘comérciats, do genero, sem so falar $4 na possl- billdade de alt penetrar, soja a que titulo for, ‘quem mio prtielpe como assoelado da Coopera~ Una pura suprirse, iudindo a vigllénela fiscal, fol, a razio que ditow a condieko apontada, mais como medida preventiva contra w fratide da let, do que propramente pita Impedir que tais aberluras fossem utillzads na aeragéo © slutnl- io do estabeleeimento, sempre possiveis de Ser mantidas com a cotoengho de dlepositivos que, sem serifienr-Ines esse destino, obstassem apenas © ingresso de estranhos. © fundamento din Jef ests explieado @ a transgressio da ré milo fencontr® justifieagio, Dou, por iss, provimen- to 08 recursos, para, yeformandy a sentenga de 14 iustinels, julgar ndo provados os embargos ¢ subsistente @ penhora. Como consta da ata, a decisto fot a se suinte: Deu-se provimento ao recurso ex-ojfieto © 80 grave, para julgaremere improcedentes. 08 embargos € subsisiente » penhora, manime- mente, Acordio Vistos, relatados © disentidos estes autos de recurso ex-o/flefo © agravo interpasto Nos autos do executive fiscal entre partes & Fazenda Nae sional, autora e ngravante, e a A Cooperativa ‘Agricola do Rio Claro, r6, ¢ ayenvada, acordan, 0 S141 ‘ungnimemente, os Ministros do Supremo ‘Tribu nial Federa}, componentes da 1* Turma, pelas ra oes @ fultdamentes constantes das notas teqi- [grifiens, que precedem, dar provimento am bos os recursos para, reformando-se & decisao Fecorrids, julgarem improcedentes os embargos fopéstos & penhora e subsistente esta. Custas pela agravada. D. Federat, 2 de Dezembro de 1940, (data do julgamento). — Laude de Camargo, Presi- dente, — Oetario Kelly, relator Agravo de instrumento n. 9.475 (s. panto) Apetacio julgada deserta. Recurso extraordind Pens on Despacho deiegutorio. Agrato. Fal fa ae andamento. Sew presuniao aban dono, “Inteligencia dos ‘arts. "650 © 858) fo Goat de roe. Ci © Sr. Ministro Cunha Metlo — José Lucio de Quoiroz decaiu numa se4o de forga iminente, Proposta no foro da rupital de Sio Paulo, con- tra Julio S. Ribetro, Apelou da entenca, mas nfo fez, em tem= PO. 0 preparo eo recurso ma instineia superior Contra © Julgade do Tribunal, recognitivo da deserpfo, quiz ele interpor recurso extracr- inérlo, nie aémitida por despicho do desem- argador presidente, Tendo-se agravado dessa inadmissio, para o Supremo Tribunsl Federal, a 10 do mez de Junho, absteve-se de providen- lar, até 90 de Julho subsequente, no sentido de ter andamento 0 agravo, a que io teria ins truido, com a eertidie do despach denegatério, isto, em contratio 20 disposio no artigo 868, do Codigo do Process Civil. Velo a parte adveren e requerey, aleangan~ o, fosse 0 agravo tldo por abandonado, ste © respective despacho: “Diante da informagto retyo da Secretaria, detiro © requerimento do agravado, O agravante nfo provideneion para © seguimento do agravo. Assim, renunciow tax eltamente ao recurso, interposto no aia onee de Sunho, b& mais de um més, O agravo & re- ‘curso que deve ter andamento rapide, — Intie ‘mo-se. S40 Paulo, 7-8-1940)" Passados trezas dias da publicagio do dese Pacho no “Diirio Oflelai”. o agravante pedin ¢ niio obteve a reconsideracio do mesmo. (18 de fis, 4a 8) Voltou em 8 de Setembro com outta pe- Uigdo, requerendo estas cuss provideneiss a0 a ARCHIVO JUDICIARIO 9 presidente da Corte: flzesse extralr certidio do espacho denegatorio do recurso extraordinasio, © proseguir no processamento do egravo contra © denegacto do recurso (fis. S-v.). Fol desatendido pelos seguintes © textuais motivos: “Indeflro © requerimenta de fis. 9, pois, © despacno de fis. 4 € 0 de Mis. 4-v. © 0 de. Mls. ev. fd transitow em julgado, de vex que © requerente ndo interpor 0 recurso de carta estemunhavel, no prazo de 48 noras, nos ter= ‘mos do artigo 850 do vigente Codigo do Processo Civil e artigos 819, parigrafo 2° e 497, parégra- fo 1 do Regimento Interno deste Tribunal, © artigos 171 e 189 (lutima parte) do Regimento Tnterno do Egreglo Supremo Tribunel Federsl. ‘So Paulo, 10-9-1940" Tnsistin @ parte, em requerimente posterior, tba “subida do agravo, porque — disse — este jé estaya remetido 20 conhecimento do Egrezio Si~ Premo Tribunal Federal, e, assim, nao ert. mais ossivel A Egresia Presidencia, denegar 0 segul- mento do referido recurso" © despacho que se eeguit, ¢, mais ow me- nos, do teor seguinte: "No & de deferir-se, porque o agravo do @espacho que denogou o recursa extracrdindrio, no teve seguimento, condo, pot i890, jilexdo prejudieado por outro despacho, contra © qual se nfo quiz usar do remédio de carta teste- munhavel, ‘Tratase, portanta, de situagio de- fimlda, que mio pode ser alternda pelos meio de que 0 requerente pretende utilizar-te” (fo thas 8). Resultou daf agravar-se 9 suplicante em questo, invocando © citado dispositive do ar= {igo 868, com referencia a denegagie do recur 50 extruordinério, Indeferida tal petieio de agravo, promovest, fem seguida, a formagio do instrumento, em of em a afetar 0 exs0 A este Supreme Tribunal. Sem querer contentar-se com 0 ttaslado a ras das pens uteis, pedht certidio de todo o conteiido do procesto original. Ysto pouco depots de, cob alegacto Ge po- bresa, ter solleitado e obtide, os beneficios aa assisténela judictiria, favor, 2 que se opnzera © advogado ex-edverse, para quem o pedido “io paseava de mais uma das muitas ohteanas, pos tes em pratiea pelo litigante Composto © instrumente, falazam as pastes, sublndo © agravo, Aqui dirigin-se o agravante a peticio de Mls. 20, ode solletta a requisieao dos autos orl- 10 ARCHIVO JUDICIARIO y S141 ginats da cause, 0 que me parece de todo des- Recessirlo, para o Julgamento do ‘et. Bo relatérlo (© primitive agravo decorrente da recuse a0 podide de recurso extraordinario, fot aquele ha- ido como renunclado tacitamente, por nao ha- ver o azravante Ihe promovide o andamento, na forma da tet Bra contre 0 despacho exarado neste senti- do, que seria entio possivel promover, nas 48 hhotas seguintes, a formacio do instramento, dis- ciplinado pelo artigo 850 do Codigo do Pracesso. Decorrides dols meses e muitos dias, a partir ‘dese momento oportuno, tornava-se impossivel restauriclo, para 0 efeito de corrigit, 0 deseuido fem que ee inciaira. Nesta condicées, julgo improcedente a car- ta, confirmanco assim a decisi0. pecisko Como consta da ata, a decisio fo! 9 seguin- te: — Negiram provimento so recurso, uunan!- Acérdio Vistos € relatados estes autos de agravo de instrumento, da Comarca da eapital de Sio Pau- Jo, em que ¢ agravante José Luclo de Queiroz, sob 0 patrocinio da Asslstencla Judiciatia, & figure como agravado, Julio S, Ribeiro: ‘Acordem 0s Juizes componentes da Segun- da Turma, no Supremo Tribunal, negar provi- mento no mencionado recurso, unanimemente [Peles razdes de decidir expostas no voto do re- stor (fis. 22 2 28), ‘Sem custas, “ex-tege’. Distrito Federal, 20 de Novembro de 1940. — Bento de Faria, Presidente, — Cunha Mello, relator. Agravo de instrumento n. 9.478 (exsr0 20880) Agravo de instrumonto. os, termos do. arti- Bent eet. Pretec, is {tldos agravoe io aan. ‘deot- Sbes que tmptiquem: 2 terminagto. do Brocesio® principal, tem the” reselveens netarénto © Sr. Ministro Annibat Freire: — Nes au- tos do agravo de instrumento n. 9.028, ae Mato Grosso, foram proferidos os seguintes re- Iatério € voto pelo Sr. Ministro Barros Barre- to (6 a fis, aS © 26) ‘A Bgrésin 18 Turma decid, por unanimt ade de votos, dar provimenta ao agravo afim de que se prosiga na arrecadacio. Proseguindo-so frrecadagio, fol. por sentenea, deelarada vacante n herasign de Joss Mathias de Campos, de acordo com 0 dec. Jel nm. 1.907, de 26 de Dezembro de 1999 His, 99) Lucio Evangelists de Alleluia, Jullana ‘Tor quato de Campos e outros pedirem vista dos autos de arrolamento dos bens de José Mathias de Campos, pois. embora a deeiso do Supreme ‘Tribunal Federal, se consiterem Jegitimos. su- cessores do de eujus, A vista de documentos que apresontaram (118. 118 a 117) © Juiz deferiu o pedido de vista © os in- toressados apresentaram embargos & arremati gio (Hs. 119 e 120) A Procuradoria Regional aa Repitbltea con- estou os embargos (fs. 124 @ 125). © ula proferia © seguinte despacho, fis. 120) “Dia 0 Cod. do Provesso — art. 1.000: Os embargos serio. oferecides: 1 — dentro dos cinco ding seguintes A gssinatura do auto do arrematagio... — A fIs. 120, vé-se que 0 auto de nrrematacio fol assinado a seis de Sctem- ro eorrente, com pleno conheclmento dos em- bargantes, Cujo procurador, naquela mesma data, requeret vista dos qutos. No entanto s6- mente @ treze de corrente, apresentou o refe- Hido procurader os seus embargos (fis. 118 € NoxS.) — quando, mio computada o primetro in, estarla, qinda assim, extinto © priza, no din onze do corrente, Por tal motivo delxo de Feeeber as embirgos, como no apresentades, Geterminando sejam as fis, respectivas desen- tranhadas do processo ¢ devolvidiy & parte, para 05 devidos sins. Culana, 26 do Setembro de 1940 et80 Branco FO." A parte intorpds agravo de peticte para 0 Supremo ‘Tribunal Federal, © agravo fot contracminutado (tis, 193 © 386), tendo 0 Sr. Dr. Procurador Geral ase sim opinado: “Pelo nfo provimento da recurso, ae ‘ue, alld, nio deve couhecer o Bgrégio Supre= mo Tribunal Federal", — Frane 5-1-41 ARCHIVO JUDICIARIO uw Os interessados requereram 20 Dr. Juiz de Direlte assisténcin tudieléria, nos termos do art. 68 do Cédigo do Proceso Clvi © Juiz proferiu 0 seguinte expressive des- acho: “concede aos agravantes © acsisténcia Ju- icléria requerida, pelo que, independente de: preparo, determino sejam estes autos remetidos: ‘20 venerande Supremo Tribunal Federal, eis que nio velo como retiticar 0 dospacha agra- vvado. E’ puerll a alegagto do obstteulo judietsi — "por haver © Bserivio fleaéo com os autos fem seu poder por quatro diss sesuides & arre- matagio” — quando @ advogada nie 08 pro- eurou nem dillgenciou a defesa dos seus cons ‘ituintes B’ lamentavel que, por sua sgnorancla, nu- mildes trabathadores rurais que slo, ¢ pela pouca diligencia dos seus procuradores, hajam 5 AA, sido atrastados & perda de uma pro- priedade que ocupam deste que nasceram, vinda dos seus ascendentes, que nem os fihos registravam, nessa vida de autenticas bugres ppelo interior desse longinquo sertio, onde as leis nia chegavam em conheclmento © splt~ engi. Nenhuma responsabllidade eabe so Juz tual, dos tumultos verifiertos ne processo, Requerida e ofdenada a arrecadacio meus antecessores decde 1982, (desp. fs. 4) sémente se efetivou no corrente quando dos autos tive conhecimento Despachendo favoravelmente a justifieagio requerida pelos A. A. (iis. 44 v. © segs.) mprocedem as restrigdes que the foram opos- tas pelo Sr. Dr. Proc. da Republica, pois, con- soante se ve dos proprios termos do despacho, apenas a julguel, para que, como “documento” ole usassem as partes para os devides fins. Uearam-no mal, pretendendo sémente com tal prova so habilitizem no processo, © ate 101, acuity pon mero substitute, mas cabiamente: desfeito pelo venerando Supreme Tribunal. (© agravo interposto comporta dlscussio Prefiro, porém, submeté-lo & apreciagio do mais alto Tribunal do Pais, para que £6 no) atribua ao Juiz qualquer impedimento & diss uss do caso em aprega, dado 0 rigorisino ex- temado da lel, concemente ais herancas Jas por ze ccontes: ‘Cuiabs, Branco FO. 19 de Outubro de 1040. Em matéria de prazos, tenho opinido fir. mada om votos anteriores. Os autos provam que © auto de arrematacio € datado de 6 de Setembro do corrente ano. No mosmo dla av Agravantes, por seu ndvogado, pediram vista dos autos para a alegagio de que cupdem ser seu difeito. A 9 fol aberta vista e a 19 apresentados 0s embargos. HA assim dots dias de diferenca entre a data legal da apresenta~ e0 dos embargos @ aquela em que efstiva- mente foram eles oferecides. Hé aivida s0- dre sia demora deva ser atribulda exchusiva- mente @ parte ow so eserivio, conforms ale- aco da primeiza, inelino-me por uma salugio Em relnedo & admissibilidade do agravo de eticio, alspde 0 att. 845 do Cédigo do Process0 evil: = Salvo 05 casos exprossos de agravo de instrumento, admitir-se-d agravo de petl- flo, que se processaré nos proprios autos, das decisées que Impliquem terminagia do pro= ceesso principal, sem Ihe resolverem o mérito” Comentando esse dispositive, doutrina de Placido © silva: — “O agravo de peticio & recurso que cabe do despacho interlocutorio que, nfo julgando o mérito, resolve materia que se mostra prejudicial a0 feito, pondo temo a0 Process0 principal”. (Comentario ao Cétiga ae Processo Civit, 1940). © processo principal no caso & @ atreca~ acho de bens declarados Jacentes. A essa arre= ‘cadsgio og agravantes opussram —embnrwos, apresentando documentos quanto & posse man sa © pacifien do bom arrematede ¢ cevtiddes extraldas do registro civil para prova dos dl- reltos que alegam ter & sueestio do de eufus. (© despacho do Julz, nfo admitinds ot em= argos, por terem side interpostos {6re do pra- 20. ndo resolveu 9 mérito da questéo princ pal, Pelo exposto, meu voto € pelo provimente do agrave, para que o Juiz receba us exnbaruos © os Julgue como for de diretto, Como consta ay ata, a decisto fol a se gwunte: Deram provimento ao agtavo pars mandar que o Dr. Julz. @ quo recebs ¢ proces se 05 embargos. Decisio unanime: 12 Acordio ‘Vistos, relatadas © discutides estes autos de agravo de instrumento n. 9.478, de Mato Grosso, em que ado agravantes Lucio Bean olista de Alloluia ¢ outros, e agrivada a Unido Federal, resolvem os Ministros do Supre- ‘mo Tribunal Federal, que compem a Primeira ‘Tura, unenimemente, dar provimente ao gra Vo pafa mandar que 0 Dr. Julz @ quo receba © processe os embargos. Rio, 9 de Dezembro de 1940. — Laudo ae Camargo, Presidente, — Annibal Freire. rela tor. F Recurso extraordinario n, 2.835 (sho ravzoy Reourso extraordinario; desde que \ liquidata- rig da massa falida projertu @ gio or inaria, “em vez do" processo.‘smario presertto no artigo ¥8,"; 2 da let de fa Bee oa IE sail daquela acao. Snes yio aionta contra a tcia decisto sea Uae ahaa Ey eases perttal Duae pda Droeetsnal eat va nevardaro © Sr. Mindstro Anntbat Freire — 0 1iquic etérlo dz masse fallda de Origencs Termin € Cia. intentou no f6r0 de Santos, 8. Paxto, uma gio ordinéria, invocando 0 dispostu no art. 88 de tel n, $.746, de 9 de Dezembro de 1928, para. obrigar o Bahco Hipoteciio © Agri. cola do Estado de Minas Gerais, filial daquela Praga, a repOr & massa a importéncia de seis 4069808000, ou qu> for Iquiada em exceugae: © tambem exeluida do quadro dos credores prl- ‘ilegiages, © suse, em tonga sentenga, datada de 27 de Agosto de 1994, julgou improcedente a agio. A parte vencida agravou da decisio © a 28 GAmara de entio Corte de Apelneio de Sio Paulo, por maloria ce votes, em acordio de 25 de Outubro de 1995, relatado pelo Sr. Descm- Dargador Antio de Moraes, tendo sido veneido 0 Sr. Desembargador Vicente Mamede, no to- mou conhecimento do recurso, pelo sogaiute rundamento: “A agravante propos contra © agravado uma gio de revisio, nos vermog do artigo oltenta © olto (88) da lel de faléneia, Imprimtu, porcini, 0 processo rito ordinério, aizendo na inlclal ARCHIVO JUDICIARIO. 5-1-4 (fothas nove — 9): “que, embara o artigo of tenia e olte (88) da lei de falencias facutte. 6 processo sumiirio parn esta agio, a autora quer intenta-ta, come de fato a intenta com a forma Co procisso ordinaria, nos termos do. artigo ‘quatrocentas ¢ setenta ¢ cinco (475) do Codigo dc Proceso Civit e Comercial deste Estado, par mals ampla dlscussio e defesa das telncdes que constituem © seu objeto”, Decaindo da egto, imterpos a autora 9 recurso de agravo, ale lgondo ser esse o recurso proprio, er-vi do ar- tio oitenta © oito (88) § 2 da lel do fa. Jénelas. Nao tem razio, © recurso seria o de agravo sl a acco fossse sumaria como presereve: © artigo eitado, Substituinds a forma da agko, (© recurso tambem fo! modificads. 81 a autora, Drevalecendo-se do disposto no artigo quatro- centos © setenta © eineo (475) da Codigo do Proceso, adotou ito ordinario para a revisto, geo facto sceltou tambem © recurso de ape- ngio. Os recursos seguem a natureza da agio. A lel de falénsias prescreveu o recurso de agra 10, porque determinou que a agio de revisto seguisse curso sumario, A autora, porém, jul- poU-se com 0 direito de alterar a forma da aptio, gue Ieyisindor doterminou. E* evidente que seeitou tambem a alterago do recurso, St es colneu a forma ordinaria, escolhew por igual © Fevurso proprio das ages otdinatins. Assim tem sido decidida. Cf, Revista dox Tribunats volumes oltenta e tts (83), pagina conto e se- feta © sete (177), oltonta © quatro, (84) pi- ima einquonta © eines (55) © oltenta e nove (89), pagina trezeutos ¢ trinta (890). A lel de falénclas nfo previa 6 caso anémalo de que se ‘trata, Deve, em consequcneta, procurar-se subsi- io no processo comum. Cf. Revista dos Tribu ais, volume oltenta e olto (88) péaina conto © quarenta e sets (148) ¢ Revista de Diretto, vo- hime eento © treze (113) pagina quinhentos & sententa e quatro (514). Ora, 0 processo do Estndo, na espéele, dispde que o recurso 6 0 de spelagaa”, A agravante opis embargos de deciaracio, que foram unanimemente refeltados, tena 0 Sr, Desembargador Viconte Mamede’ declarado ‘aue 0 seu voto fol no sentido de contecer do agravo, que ¢ 0 reeurss competente pela let de znleneies A parto venclda intentou recurso extraoret- nitlo, com fundamento nas tetsas @ ed do ar- {igo 76 du Constituleto de 1934, visto ter sido 0) 5 ARCHIVO JUDICIARIO. 13 elxada ¢e aplicar lel federal, a lel de faleneias, fe aver Julgados de THbunais dos Estados em sentido diverso do acordio recorrido, ‘As partes arrazoaram (fis. 722 83 ¢ fs. 88 95) © Sr. Dr, Procurader Geral emitiu 0 se- ‘guinte parecer, datedo de 8 de Outubro de 1997: “Recurso extruordinério n, 2.889 — Sie Paulo, Recorrente: 9 liquidatario aa massa falias do Origenes Tormin & Cia. Recorrido: Banco de Minas Gerais. ipotecario e Agricola Relator: St, Min, Piinio Castdo. (© recorrente dasprezou a forma de acto preserita em lel, ajulzindo a demanda sob de agdo ordinéria, Para 0 prosesso previsto na let falenctal, 0 recurso € agravo, sefundo os seus termos ta- xatlvos; 0 Cédigo do Process estadual, porém, que regula 0 rito processual da acto realmente intentada € seguida em Juizo, estipula o re- curso de apelacio. A voneranda Corte de 8, Paulo considerou ‘© ro da causa para nile conhecer do recurso ao apelagio, que 6 0 previsto para @ agio or- ainaria. © recorrente esté em que esta decisto tere f Jetra da lel federal, que etabelece 0 agravo ‘Tal nko nos parece, pois, que, para acto suma- He § que a lel federal estabelece © recurso de gravo: “Para esso fim, 9 rosesso cr 0 st~ ‘mario, substituide © recurso de apelaeio pelo ae agravo de petigho”, Como, porém, a agio intentada nfo € si ‘miria © sim ordiniria, © recurso consequente © preserito em lei € gem hivida a apelactio. © iuipriaisino processunl postulado no re- ‘curso @ que, nes parece tumultudtio e inadmis- sive. Quando admissivel, por contrarler razdo de ‘ordem superior, a substituigdo de uma acto por ‘outta de rito mats amplo, em que se mio res ‘inja ou prefudique a defess, tal supstitnigno se permitiri com todos o¢ seus consectarios, ot sela, compreendidos os recursos a eada forma de processo adequades, Hsia exigéncla ¢ necesséria & ba ordem do proceso © is garantias d defesa, e envolve assim uma razio de direlto e de lostea. a (© recurso nao encontra apolo na Tetra a do art. 78, 2, TIE da Constitulcio e nio fot instruido no que toca a lotra d do mesmo ar- ‘igo, tambem invorads para justifica-to, Somos, em consequéncia, por que tbe ne- ‘gue provimento a egrégla Corte Suprema. Rio de Janeiro, 8 de Outubro de 1997." Gabriel de Rezende Passos, Procurador Geral da Repabiiea.. vores © Sr, Ministro Annibat Fretre: — inte~ esse superior de unldade do direito nacional cestaria a exigir que em casos semelhantes se deverminasse a observinela rigida de todos os preceltes da lel federal. Mas na nipotese tra~ tase de um felto verdadeiramente “andmalo” como bem © precisou 9 acordao recorrido © como tao exatamente o conceltua o limpido parecer do eminente St. Dr, Frocurader Geral © art, 88 da Jel de falencias di a0 Ngul- Aatério, em todo temps, @ faculdade de pedir fa exclusto do qualquer credor, em easos toxati- ‘vamente enumerados, No § 2° determina 0 zto do processo a ser observado em tals eireunstin- ‘las: processo sumiétlo, com 0 recurso do azra- vo de peticio, em vex do de apelagio. Sho, de aedrdo com a sistematien da iei ¢ 0 doutrina processualistien, partes insepa; vels. NSo 6 dado ao aplicador exigir simples- mente a observaneia do reeutso, si a forma lo proceso nio fol a preceitusda na et (© recorrente snvocou para Intentar @ acio ‘8 faculdade contida no art. 88 da tei de falen~ clas, mas desprezou vohutaria @ expressamente 8 forma do processo stimirlo a que a acio se devia subordinar, Subetittiu-s pela forma or dinitia, declarando abertamente na inicial: = embora 0 art, 88 aa lel de falencias taculte © processe sumétlo para esta aco, a autora quer intenté-la, como de fato a intenta, com ‘8 forma de procesto ordinétio, nos termos do art, 415 do Cédigo do Processo Civil ¢ Comer- il de S. Paulo, para mais ampln diseussio dotesa das relagées que constituem 0 seut objeto" Subordinow- e assim por vontade propria a autora & medalidades de recurso apropriado acta ordindria, nos termes do Cédigo de Pro~ ‘ees50 local. Fol isto o que logieamente dociditt 14 © acordao recorride. Néo deixou assim a alu ida decisio de apticar a Jet federal, porquanto ‘al aplicagio teria de ser completa ¢ mio par lal, tsto 6, rito sumério e recurso de agraxo. (© que nfo se compreende, conforme salienta ‘com clareza 0 voto do douto Sr. Dr. Procurador Geral, 6 0 hibldrismo processual pleiteado pelo recorrente, estes vermos, nfo conhego do recurso. © Sr, Ministro Barros Barreto: — Nao co- mhego do recurso, com apoto na alinen @ do ar- ‘igo 76, 2, 11, da Constituigio de 1984. (© Tribunal de S. Paulo ndo decidiu contra f Tetra do art, 8 § 2°, da lel de faléncias, 0 ‘qual prescreve o recurso de agravo, mas, no exso os autos considerou que — tendo sido o sito sumério da acio de revisto, previsto no ar ‘igo 88 da cltada Jel, substituldo pelo ordiné- Ho, mos termos do art, 475 do Codigo do Pro- cess Civil do Estado — 0 recurso devia scr, consequentemente, © de apelagio, que 6 0 re euro proprio das ages ordinirias peciske Como consta da ata, a decisio fol a se guinte: Néo conhecersm do recurso, unanime- Acordio Nilo G0 conhece de recurso extrsordinatio contra decisiio de Tribunal local que julgou. aplicavel 0 alspasto no Codigo do Pracesso Civil do Estado na parte referonte a recurso, desde que a parte preferiu o rito ordindrlo a0 rito previsto na lel de feleneias, Vistos, relatados ¢ diseutidos estes autos de recurso extrordindrio n. 2.895, de Sio Pau 10, em que ¢ recorretite o lquidatério da mas sa fallda de Oirgines Tormin & Cin, © recor Fido 0 Banco Hipotectirio © Apticola de Minas Gerais, resolvem os Ministro do Suprema ‘Tile Dunal Federsl, componentes da Primeire ‘Tur- ma unanimemente, nig conheoer do reetrso, de acdrdo com as motns taqulgratieas ancxas. Rio de Janeiro, 16 de Dezembro de 1940, — Laudo de Camargo, Presidente, Annibad Freve, relator, ARCHIVO JUDICIARIO. 51-41 2.872 Recurso extraordinario n. (ranana’) Mo alee Fell Ga olan “toted "tues Sat enter. © Sr. Ministro Octavio Kelly — Humberto Primo Travisan! intemtou, no Juizo da 18 Vara Givel de Curitiba, Estado do Parand, uma agio suméria contra a firma Travisant & C., alee gando: a) que locira nos rus os seus servis G08 de chauffeur mechntco © maquinista, en- tregando-se tambem 10s trabathes de construe cio de estradas, desde meindos de Abril de 1929: >) que. nio tendo estipwlada a remunee ragio q ser paga, nem tendo sido possivel che garem*n acordo tocador e locatérios, procedeu- se A arbitramento, nos termos do art. 1.218 do Cod. Civ., estimando-a os perites em 4008000 or mez ou 9:0008000, correspondente a dois anos. A firma ré delxou © processo correr a revelia © 0 Julz, por sentenga transerita a for has 7, Julgou a acio procedente, condenando 4 firma ao pagamento do pedido, juros de méra Ineinda a execugio e penhorados oens da executnda, foram opostas embargos de 5 so. nhor © possuidor por Gullherme Wels, que alegava the estarem apentndos os bers alean- des pela penhora. Bsies embargos mereceram 4 acolhida da Justiga, que os julgou provados, mondando suspender a penhoa. Conzirmou centenos 0 acordio teanserito a fis, 20. Houve embargos do autor recebidos pels Camaras Reunidas, que repeliram a pretengio do credar Pighoraticlo, Por este foram opostos novos em= argos mos quais se slegava set contraria & letra da el © a jurisprudéncia a tese vence- ora no fulgado, Tals embargos foram rejel- ftndas. AS partes foram intimais da deeisio 4 28 de Novembro de 1995. Em tompo util se correu extrnordinariamente 0 sredor desaten= Mido, tundando-se no art, 16-2 — I ~ a, b¢ @ da Const. Fed, de 1934. avrnzondos su- Diram os autos @ esta instincia oftetmnde o St. Dr. Procurador Geral da Reptiblicu.n for Ima 16 ¥. Bo relatério, © Sr. Ministro Octavio Kelly — Versa uestio, que faz objeto da recurso, ainda Sacto de ser ow nfo licita, na constituicio do Denhor metcantil a eléusula constituti, que per mite, por convengio das partes, n conscevacio ay srt das cousns apenhadas em poder do devedor. Deeldiu 9 acordio recorrldo que o art. 92-T, do deer. Jeg. n, 5.748, de 1929 (lel de falen- cles) modificira 0 art. 274 do Céad, Comei ‘lst, para tornar indeclinavel a tradigio real nos contrates mereantis, generaltzando, no comércio, a regra do art. 871 do Céd. civil Argue recorrente que tai inteligéncia con- ‘bara o texto elt. do Céd. Com. a qu? a let de falenclas nfo teria alterado em seu sen- tide, E ainda, que @ inteligencia adotada no fiwlendo nfo colnelde com 9 interpretactio que! sobre © mesmo ponte deram a Corte de Ape- lacio do Estado do Rio © este Supremo Ti ‘bunal. (© caso &, pols, do recurso extrsordinario, Meu voto ¢ para dele conhecer. De meritis. A esoritura tronserita a fo- the 10 fax nominal referéneia a um penhor ‘mereantil constitulda ma forma dos arts. 272 @ seguintes do Céd. Com., deserevendo-se no Instrumente, especiticadamente, os bens ape. hados e que constituiam a instalagio da Ser- rarla dos devedores, site no distrito de Sio ‘José de Paranspanema, Bsiade do Parana, trans- feridos para a posse do recorrente pela elau- ‘aula constifutt, em eujo nome passaram 08 outorgaates a possulr. B, dada a natureza dos bens apenhades, néo se compreenderia a ins- titulgso de garantia tal, st 0s objetos por ela aleencades tivessem de sul do poder fi- Sieo dos devedores, de ver que a sua destinacio 4%, como nio se contesta, o do servirem 4 ser varia, que aqueles manteem. Nem porque st realize, sob a forma simbélica, a entrega do penhor, delxow de se dar, para o fim de vin- feular as cousns que Ihe fazem objeto as obri- gagdes decorrentes esse contrato mercantil E' certo que o art. 02-5 da lel de falencias, de 1029, aludindo aos credores pignoraticios, ‘com priviléglo especial sobre os efeitos entre- gues, fez referéneia a0 peor agricola ou pe~ euirio © & circunstanela de, nessa forma de garantia, bastar a tradigio dita. simbéliea, Mas ai nio se infere nem se conslue, que esta ‘tambem fosse relegada no penhor mereantil, quando indispensaret para tmpedir 2 cessa~ gio do funclonamento de wma fibrlea. 0s ser- vicos de um armazem de descarga ou de insta Joeses outras que paralizariam so vetirados £05- com os meioa de exploragio industrial. A mo- Dilizagio dos interesses comercials, celere por sua propria natureza, nfo comporta a rgilez fdas formulas os contratos elvis, ©, por 1880, as ARCHIVO JUDICIARIO 13 fos preceites destinados n regé-le devem ofe- recer diversa fisionomia. Q penhor merosn~ ti, como garantia agjeta a um empréstimo tomado por um negociante ou industrial, de oF Ainirio por necessidades do devedar, Inutil, seria ‘si para comseguflo, a0 comtrario do que su cede com © deredor agricola € pecuario, ficesse desde logo privado dos melos de continuar a exereer @ stia atividade, A interpretacio, pois, Go acordio recorrido, venda neste ineiso de let de faléncias uma derrogacio implicita do art, 274 do CS Com., atenta contra a expres sho Literal deste texto e desatende & melhor ju risprudéncta ne espécie, Dou provimento 20 recurso para, ‘mando © ecardio recorride, julgar procedentes fos embergos opostos polo recorrente & adjudi- cago dos bens, (© St, Ministro Auntbal Freire (revisor) — Sr. Presidente, dow provimento ao recurso de ‘eérdo com 0 Sr, Ministro relator refers © Sr. Ministre Laudo de Camtrgo — Peco vista dos autos, © Sr. Ministro Laudo de Camargo: — A tose @ ser apreciada e¢ @ merecer solugio & festa: ha pebhor mereantil sem a entrozn real @ efetiva de couse movel dada em penhor? Entendo que nfo. Antigamente, doutrmava-se num e nowso sentido ¢ num ¢ noutro sentido se julgava Predominou, entretanto, nos julgacos & opiniso relative & validade do penhor nsque- las condigées, como resultado da interpretacio a0 art, 274 do Cédigo Comercial Hoje, porém, no mals se poderd deciae fem face desso dispositive ¢ sim no art, £2, mix ‘mero 1, do decreto n. 5.746, de 9 de Dezem~ bro de 1929, comecbido nestes termos: “Tem privllégio especial os eredores pignoraticios, so- bbre aS cousas entregues em penhor, salvo no caso de penhor agricola o& peewsrio, em que 05 objetes eontintam em poder do devedor, por efeito da eldusula constituti” ‘Vé-se dai, ¢ com sombra de divias, que, @ no ser no’ penhor agricola ou pecuiitio, os objetos devem sait do poder do devedor e pase sar para o do eredor: St tal nfo acontecer, nfo ha peshor mer~ antl Sendo assim, por certo que deixa de valer © penhor em questie, uma vez que os bens oferceitlos © a serem apenhados eomtinuaram com 0 devedor. 16 ‘sem desconhecer, antes affirmando, que o lepositivo eftado assim dispoe, alega entretanto fo recorrente que se nfo trata de falénela e sim de execugio comum. do vejo proceséncia na alegaeio. © ato é comercial, resido, legislacko comercial Pouca importa que a let geral — 0 Cédiso Comercial — desse 0 penhor nas condicdes des eritas por vAllde, quando lel posterior, a de falenela — 0 tornou sem valor portanto, pela Nao se compreenderia mesmo que para 0 mesmo ato vigarasse dupla yegistacio: wna, negando-Ihe efledcis; outro, dando-Ihe essa efl- cfcla. Serla inconsequente o logislador si em exe- ‘cugio singular permitisse o penhor sem a en trega efetiva de cous apennada e vlesse a prot Dielo sem essa entrega na execugso coletiva. 0 ‘ato vale ou nfo vate Si let posterior, qual @ decreto de 29 dou Plarou néo valer, taxando como quirog: © eredor, sem direito a privilégio algum, cer~ tamente que revogou o art. 174 do Cédigo Co. ‘mercial, que navia estatuldo em contrario. io Estos of motives que me levam a negar Provimento a0 recurso, para confirmar © acor~ io recorrido, que se encontre bem lancado: 0 Sr, Ministro Barros Barreto: — Se. Pre sldente, voto do mesmo modo que 0 Sr. Mi- nlstro Laudo de Camargo. 0 Sr.. Bintstro Carvatho Mourao: — Sr. Presidente, voto do mesmo modo que o Sr. Mi- Isto Laudo de Camargo. ecisio Como consta da ata, a desisio fol a se guinte: — Preliminermente — Tomou-se co hecimento do recurso extraorainario, por ser caso dele, unanimemente. De meritis — ne~ Rou-se provimento ao recur0, contia 0 voto do Sr. Ministro Relator e Revisor Acondio, Vistos, relatados @ discutidas estes autos do recurso extraordinério n. 2.872 do Parant, fem que sio recorrente, Guilherme Welss, © re~ ARCHIVO JUDICIARIO stat corrido Humberto Primo Franclscan!, acorda © Supremo Tribunst Federst em contiecer do recutso © negar-Ihe provimento, pare confirmar (© acordéo recorrldo, nos termos dos votos pro- {ferides © constantes notas taquigrétieas juntas, pages pelo recorrente as custas. Rio, 14 de Novembro de 1940, — Laudo de Camargo, Presidente ¢ relator. ns Recurso extraordinério n. 3.527 (sho Pavto) No 4 de, lt de 1098, yas de toledo, enter ‘ror, qite procede a preferincia da. Fa~ Zena” Publica, em ‘Felagto a0 ‘erator Ripoteedrio, no’ e480 de tmposto. preatel. ecaréaro © Sr, Mintstro Eduardo Espinola — A Fa zenda do Estado de So Paulo propos um exe- cutive fisest contra Amelio Martuscelli e sua, mulher, na qualldade de sucessores de Leonl= io do Amaral, aflm de cobrar a importancia de 4908140, valor do imposto prédial sobre 0 imo- situado na Capital de Slo Paulo, rua Dr Cantinko n. 13. no exereiclo de 1938 Defendeu-se 0 executado A. Martuscelt Alexando que strematow o Imovel de que s© trata, cm hasta piibllea resultante do executive hipotecirly movido contra 9 anterior proprie- taro © que a hipotera fra conslituida antes do vencimente do impesto, tendo assim preferénela. sobre 0 mesmo impasto, © Juiz de primeira tnstancla dou ranto a0 embargante, fulgando insubsistente a penbora. © Tribunal de Apelagto mantove a dectsio agravada. Julgou-so improcedente revista. A Fazonds do Bstado requerew entéo o re curso extraordinario com fundamento no att. 101, TIE, letras @ @ da Constituigio. Devidamente arrazoado, subiu 9 recurso extraordinério a este Tribunal, emitindo © St. De Procurador Geral de Repiblica © parecer fis, 89-40, em que opina pelo provimento 4g mesmo recurso, ‘Véo 08 autos no Sr. Ministro revisor Rilo, 16-XXT-040. — Eduardo Espinota. “wo seT-at vores © Sr. Ministro Fauardo Bspinola — © rex latério esta nos autos. © caso & de rec. extracrdiniio. Bastaria para admiti-lo a divergéncia bem conhecida entre a decisio do Tribunal paulists @ furisprudéncia do Supremo ‘THb. Federal ‘Trata-se de imposto prédial, que tem prefe- renela. como ons real de dizelto pablico, eobre (os onus reals de direito privado, como & a nipo- teca Néo € por forga de et de 1953, que tem a ‘Fazenda Piibllea essa preferéncla, mas nos ter- ‘mos da logisingéo anterior Assim tem decidido este Tribunal em mu- mororos acorasos. Dou provimento @o recurso, para julgar subeistente q penhora e improcedentes 05 em- argos, prosseguindo o exccutivo, © Sr. Ministro Carlos Mazimitiano — © e080 do recurso extraordinéria n. 9.527, de ‘Sio Paulo, em que ¢ recomente a Fazenda do Bstado € Recorrido Amicito Matuscelli, sueessor de Leonildo Amaral, em nada diverge do con- cernente no recurso mn. 9.429; por isto, e de Acordo com voto relative Aquele, dou pro- vimento ao recurso extracrdinario, para julgar rocedente 0 executive e procedente a penhora Como consta da at guinte: Tomaram conheclmenta do recurso © de- ram-the provimento por unanimidade de votos 8 eelsso fol a ee Acordio Vistos, relatados @ discutidas estes autos. Acordam 0$ Julzes do Supreme Tribuncl Federal, que constituem a segunda turma, em tomar conhectmento do recurso ¢ dat-lhe pro vimento, unantmemente, pelos fundamentos dos, Volos constantes das nots taquigratioas jun- tas aos autos, Custas pelo recorrido. Supremo Tribunal Federal, em 17 de De- zembro do 1940, — Eduardo’ Espinola, Presi- daonte-relator a5) ARCHIVO JUDICIARIO 7 3.577 Recurso extraordinario n. (sko pavroy (eaancos) © curador do interdito, quer seja estranho, quer “eja.o seu proprio pat, comente podend Gipor dos Bens do Inctpas, observede & Tepra” gerate absotute Wo’ art. 429d ‘Codiga toa ‘Avregra do art. 453 do mesmo diplo- ma,“ mandando aplicar a “eurateta Osi preceitay que regem e “tutela”, guts Testrear tembem dos ineerditos @ gavone Fie de o.allenagdo dos seus bons tnd- beis "so poder “ser feita. em hasta pits Bitea. “ado cote 9 argumento, que, se aquetra iar do. art. 388 ao it. God, due permite “cos” pais vendeatos, port ditarmente, mediante previa autorietcao do Juiz, fé "porque. esse mandanento Seaport a rentissdo do art. 493, fa po" arene tet activate 4 Troe Garetelo do. pitrio poder, ‘que ido desfruta 0 eurador fig ineapas, cine dg que este Seja. seu fitho, st fa. tier Gleaheads q ‘natoridade (arts, “319 = S03 Ht) exaronio © Sr. Mintstro Octavio Kelly — Ao acorddo de fis. 103, que conheceu e det provimento 29 Fecurso extraordinério interpasto pelo interdito Firmino Joaquim de Lima, nos autos de acio ordindria intentada pelo mesmo contra © Dr, Cassio Guilherme, sua mulher e outros, perante as justieas do Estado de Sto Paulo, opuzeram fembargos D. Olivia Rodrigues Alves Sampaio (Ais, 105-133) © Carlos Salviati e outros (18. 49-155) Alega a 18: a) — que ¢ desaeertada a tese consistente no afirmacio de que 0 prorimento da carta testemunnavel, por denegaeio do r0- curso, impede o reexame dq questo preliminar dg sua admissibilidace, ou nao; b) —~ que sustens tala, importaria em estabelecer desigual tra- tamento as partes, negando-se & embargante 9 duplo grau da jurisdicio, que, em enso andlos se concede ao embargado, devendo, no silencio a lel, aplicar-se o art. 79 da Introd. do Cod Civil; €) — que, no uso dessa faculdade, sratie, como preliminar, nfo eaber o reetirsa extraordi= nario de'vez. que, com documento novo, se prora terem sido esgotadas todos og recursos ordinsrios tna Justiga local; €) que, na espéeie, em face do art. 1.112 do Cod, do Proc. Civil e Com. do Estado de So Paulo, modificado pelo decreto nn, 5.216, de 1 de Outubro do 1931, do acordio proferida na apelagio née esbiain embargos de ulidade ou ingringentes do fulgado, nio 30 porque a sentence de 1 instancla f6ra confirma 18 ARCHIVO JUDICIARIO. srt a, como tambem f6ra undinime ($$ 19 € 2), Imexistindo, a esse tempo a lel federal n. 319, de 1936; e) — que, segundo o art, 1.119 do citado Céaigo mocificado pelos decretos ns. 6.113, de 1939 0 7.112, de 1985, contra decisio tal cabin o recurso de revista, do qilal nfo se socorreu © ro. corrente, ut cert, de fs, 138; 1) — que, consis tindo arguicdo contra o Julgado recorrido, ha- ver este desatendido, ou contrariado, 0 disposto ‘nos arts, 429 ¢ 459 do Cédigo Civil, a hipétese legitimava o uso da revista para o extme da dl- vergéncia verificada entre julgades do ‘Tribunal, De meritts, a) que @ decisio recorrida no atentou’ contra lel federal, pois que € pacifico, rng doutrina © jurisprudéncia, que a venda de ‘bens do menor pode ser folta mediante simples alvaré do Julz, sem dependéncia de hasta publi- ‘ea, quando realizada pelo pal (God. Civil, art. 886); b) qus si o interdito € equiparado ao ‘menor, a venda dos seus bens feita por seu pai ¢ ‘curador se rege pelos mesmos prineipios, de vez ‘que a regra do art. 429, s0 tem cablmento em se tratando do exercicio de tutela au curatela por extranho c) — que si de tals operagses resultou rejulzo ao Interdito, por ele deve somente res- ponder © set curador, com exclusio de tereeiras (Céd. elt. arts. 431 ¢ 453) onus que visa acau- telar com a especializagio em hipotees Legal de imovols bastantes (arts, 418) 4) — que as con- ‘trovérsias relativas ao recebimento, ou no, do reco da venda, a preferéncla dada a uma antiga avaliagio ¢ # idade avangada do curador envolve questées de fato de irrestrite aprecingio da Jus- ‘ga local e) que, assim, devem os embargas sor recebidos para nfo se tomar conhecimento do recurso, ou de merttis so Ihe negue provimente, reformado © acordio da 2* turma, que © aco- shen. Alegam os 208: a) — tdéntica pretiminar no tocante a se no tratar de decisio de altima imstancia; b) — nto caber ao recorrente & acho intentada pela decadéncia do diteito, que exerel- ‘tara tardiamente; ) — nio ser exigivel a for- ‘malidade de hasta pibllea nas vendas de pens ‘de curatelado, de que soja eurndor o proprio pat; ) Inefiedela de alognedes aceren de questies ae {ato no recurso extraordinérie, Os recorridos responderam a estas razies ofereeendo as de fs. 177, Instruldas com um memorial impresso Eo relatério. 0 Sr. Ministre Octavio Kelly — Desde que ‘este Tribunsl, contra o meu voto, tem deeidido que no ¢ embargavel a decisio que, em carts ‘estemunhavel ou em agravo, defere a sipliea para admitir, ow mandar processar @ recurso extraordinario, Jogieamente, nio velo como se ppossa obstar, no julgamento deste, o reexame de sua pertingneln, na turma, argos. ‘Tambem nlo me satistaz a opiniio que se sustenta de que declsio de altima instaneta, seja nfo a proferida detinitivamente em emdargos, ‘mas a que 0 deveria ser em revista, st divergéneta, de tnterpretagio da mesma let ocarresse entre Cimaras, on Turmas, de um ‘Tribund ou em geaw de em- certo que este ultimo pelo € tide como recurso por nossas lets processuais, mas a finalt= dade do sua instituledo outra nia fol sindo a ne- cossidade de se unlformizar a furleprudéneia, no selo de um s6 © mesmo Colégio Judlesérlo (let 1, 919, de 1936, art. 1. Céd, de Proc. Civ, att 69), iniclativa’ deixnda 4s partes, ou aos seus proprias Julzes (lel elt, art. 2° Cod. eft, art. 861). Desempena mats a missio de impedir a versatilidade na Inteligéncla dos textos, do que, propriamente provocar um novo pronuneinmento sobre 0 objeto da contenda. E porque a sua in- terposigio exija a demonstragio, par prove. aut- ‘entiea, das Interpretagies divergentes, 0 seu us0 ode ser reputado obrigatérlo, Ji porque nidaria um vasto © integral conhecimento de mitiplos acordios, nem sempre em dia publi- fexdos nos Orgios oflelais, J4 porque ineabivel, que pudesse ser reputnda, aearretaria a sua im- prudente provocagio em perder a parte © prago ‘conceiido por let para a seeurso extraordlndrio, quo tambem comporta, em mais lato aleance ate, © cstudo do texto © og sous passivels sentidos, para que se the dé a verdadeira signifieagio, sren- te ao caso om dlccussio. Por estas rardes ino me detenho ante tacs preliminares, para exeustr-me de verifiear a pet- Hnéneia do apelo excecional, & assim paseo a votar ‘Ao contritio Go que parecett aos enibargantes © recurso nig coustitue ato temerdrio da parte, dle vez que se milo contesta a desconformidade do Julgndo recorrido com 08 textos de Iet ein qos arrima 0 recorente A regra do art, 483 do God, Civ. mandando aplicar & curatela og preeeltes que regem a {i+ tela, quia reservar tambem acs interdites, assim como fizera aos menores, garantia de os cots hhens méveis 56 poderem ser allenados em hast publica (art. 429) as et Nio colhe 0 argumento, que se pretende ti rar, do art, 986 do Céd. Civ.. com permitir que ‘os pals, durante a menoridade, possam ven | de-tos, pafticularmente, mediante prévia auto- rizagio do Juiz, Dito mandamento escapou & ¥% missio do elt, art, 483, © s¢ destina, exclusiva ‘mente, a roger 0 exercicio do pétrio poder, qua~ dade que nio desfruta 0 curader do tneapez, finda que este soja seu filno, al 6 tiver eleance- do a maloridade (arts, 379 ¢ 992 TIT). ‘A taculdade outorgada pelo art. em sprego do pode, portinto, constitulr excegio mio pre- vista © posta ao att. 429, porque como é corren- te, 0 instituto da tulela nao se confunde com o {do pitrio poder, nem pelas normas deste s ciplina a curatéla dos ineapazes. ecldindo por snslogia, ¢ dando como dew ‘0 scordio recorride extensio nfo cogiteds pela letra do art, 986 cit. para aplici-lo a umn inter dito, o fulgnda tncialn em uma das hipéteses que justificam © autorizam a sua correeio pelo recurso extraordinario. Quanto a arguighe da preserigfio, nto na seomo admit(a, tratando-se como se trata, de fagio proposta por interdito (Céd. Civ. art. 169-T). Rejeito os embangos © Sr. Mintstn> Barros Barreto — As docisbes ‘da Justige paulista entenderain que 0 interaito endo equiparada ao menor, a venda dos bens deste — quando felta pelo proprio pal © inter- ‘dito — se rege pelo mesmo principio do Codigo ‘Civil, art, 986, isto é, mediante simples atvaré do Juiz, independente de hasta publica ‘A 2 ‘Turma do Rgregio Supremo Tribwanl, Pelo ncordio de Mls, 108, do qual fot relator 0 Sr. Ministro Eduardo Espinola, decidtu, unant- memente, que néo se tratava de titela mata, mas de curntele dativa, estabelecida pelo Jutz, por ser ‘0 Incapaz um homem de 42 anos, debit mental 1B, por forga do art, 458 do Codigo Civil, regula o ipotese 0 ark, 420, que exige sempre hasta pablica, para alienacio dos imdveis pertencen- ‘es 4 interditos ‘Assim, 9 curador, quer sels esteanho, quet ‘seja 0 pal do interdito, somente poderé aispor ‘dos bens do ineapaz, observada a reyta geral € fabsoluta do citado art. 429. ‘Os embaryas de fls. 108 ¢ 149, apessr de brithantemente desenvotvidos, Jimftam-se a re- petir as questoes Jf apreciadas @ resolvidas pelo facordio embargada, pretondendo, apenas, 0 TeS- ftabelecimento da deciséo proferida pelo THbu- ‘pal de Apelacio. ARCHIVO JUDICIARIO ‘Isto posto: desprezo os embargos. an 19 como consta da ats, a decisfo fol @ segus ‘te: Rejeltaram os embargos, unanimemente. Acordio ‘Vistos, relatados @ alscutidos estes autos de embargoes, entre partes, embargantes Oltvia Ro- Grigues Alves Sampaio ¢ Carlos Salviati outros © micorrida Firmino Joaquim de Ima, acordam ‘unantmemente, 03 Ministros do Supremo Tii~ ‘bunal Feder, pelas ri26es @ fundamentas cons~ tantes das notas taquigrifieas, que precedem, rejeitar 0s ditos embargos, para que subsisia 0 seordio de fis. 103. ‘oustes pelos embarsantes. D, Federal, 4 de Dezembro de 1940 (date do julgamente) — Bento de Fara, Presidente. — ‘Octavio Kelly, relator. Recurso extraordinério n. 3.771 (so pavto) Despedida sem fusta, cousa de emgregados: fa~ inl a°"firma “empregadores tneom petencta do Juiz da falencia para: Riccardo pedido “de indenizded>, for te Geatar, de. questo. pertinente 8 Jus Hea'do "Trabalho. senarons0 (© Sr, Méntstro Carlos Mazimitiano: Emilio Gareia pedlu para ser inciuido entre os credores privilegiados da Massa Falida de Bento ae Souza & Cin, em virbude de sndenimeio o que tinha direito, como empregado, que 15r0 durante dez anos da firma referida, indoniza~ ‘io correspondente dez ordenados menstis de fempregado injustemente despedido. © Dr. Ba~ gerd Botunio impugnou 9 crédito, visto que Emilio stire da tsa comercial, unicamente cor aver esta entrado em feléncia (f1s, 8). 0 co- merelitlo foi assistide pelo Departamento Est qual do ‘Trabalho. © mesmo aconteceu com 0 Senauffeur" Antonio Botelho (fis. 8 v.) © ou ios empregados, eujos crédltos forem apus~ nngos tambem por S. A. Tndistrias, Reunidss Matarazzo, A sentenga, de fls. 28 v. mandow inctuir os erédites dos ex-empregados, mio como privilegiados, porém na qualidade de quirosra- Farlos. Agravaram o Sindice, 8, A. Tadustias Reunides Matarazzo, 9 eredor Botuurio © os ¢0- imerclitios. © acordio, de fis. 41 v., retificado a fis. 43 v., dew provimento, em parte, 90 fapravo, dos comerciérios, para Thes recone 20 irelto a salérios ¢ ‘férias, porém remetendo-os para a Justiga do Trabalho, perante a qual ple!= tearlam a imdenizacio que reclameram, deven- do o Julz da falencia separar o suticiente zara garantir a condenacio, si nouveste. Boturio © 8 Masca Fullda recorreram extraordinariamente Para o Supremo Tribunal, com fundamento no art. 101, n, Df, letras ae B, da Constituieio vigente (fis. 44/0 47) © Sr. Ministro Carlos Maztmitiano: tor) — Conforme o relatério anexo, que faz parte Integrante desta decisto, a Justiea comum de 8. Paulo atendeu, no prosesso de falcnela, & reclamagdo de somas correspondentes 05 of denados em meses de trebalho € nos diss de ferias de empregados de firma falida, ¢ deter- ‘minou que, no tocante & indenlzagio pela des Pedids, so diriglssm A Justiga do Trabalho. Evidentemente, fol postergado 0 aisposta no art. 2 da Icl de falénclas; pois © Juizo fait- ‘mentar é universal: nele se discutem © apte- ‘clam todos as eréditos contra a Massa; os mio provados sio all mesmo excludes; nunea reme- tidos para outro Julzo. Nio existe, ainda, a Jus- tea do Trabalho: este nome nio meresom as Juntas de Coneilingio e Julgamento, meror corpos administrativos, © nom estas existiam em, Santos, na épocw da falénela de Bento de Soura & Oa. Ensina Carvalho de Mendonga — Diretto Comercial, vol, VII, n. 197 "O julzo da faléncia 6 indivisivet ¢ compe tente para todas as agdes e reclamagées sobre bens, interesses e negécios relativos & massa f Hada, Tendo a falenela. por escopo ¢ liquldaeio do patrimon‘o integral do devedor © 0 p: mento « fol0s os eredores, foreoso 6 que Juizo, onde ela se processa, posstia essa vis at= Tractive, tornando-se universal @ wnteo. O fuizo de faléneia 6 um mer onde se preeipitam Loder fs rios. Nele concortem todas 03 eredores, em- bora de foro privitesiado” Do mesmo modo se pronuncta Octavio Men~ 03 — Fatdnolas ¢ Concordatas, 1, 79: ‘© primeiro destes cfeltos (da dcelaragio da olenels) 6 obrigar todos os eredares a compa ecer no proeesso da faléncla do devedar ca- + Demais, sl a reclamagdo dos empregados tom 8 sua origem na faléncis, nfo ocorreria. sem a falenela; pols eles cessaram de , trabalhar, s6~ ‘mente por que a firma entrou em faléuela; 1o- (reine ARCHIVO JUDICIARIO. st Fo, segundo as legisiagdes menos favoravels a vis atractiva, como a francesa, por exemple, 0 Julzo competente seria © da falénela (Boneh, — Det Faltimento, vol, Tn, 80), Nom ee com- preendle por que Um mesmo tribunal, s¢ eonst= derou competente para resolver sobre © page mento de fériss, © Mio sobre a indentzagio por espeatea: © outra so questées traba- Inistas ‘Polos motives expostos, eu conhego do re- ‘curso extraordinario © the dew provimento, pat doterminar que o Juiz ds faléneia se promunele sobre a reclamagio dow comeretérios no. tocante & indentzaclo por terem delxado de trabalner para a firma falida, © Sr. Ministro Cunta Bello — EP dectsio recorrida a do Tribunal do Estado de Sto Paulo, através do Julgamento de agravo sopre habl- Iitagdo de credores numa salénela, no ponte em que a corte se absteve de conheeer, por ine competincla Juriadicional, do ditelto de eréai- to pretendide por empregadas de firma falida, (Bento de Sous & C.), quanto A Indenlzagio por “despedida gem justa ewusa", regulada pela ein. 62, de 5 de Junho de 1935, componente ta egislacio especial trabalhista, aplicavel em igen pola Justica do Trabalho eManifestiese de tal arte — diz 0 acéraia recorrido — a competenela privativa da Jus ra do ‘Tuabalbo Het a9, de 9-XEE-1997, artigo ecreto-tet 1.237, de 2-V-1999, artigo 1°) © seu conhoeimento refoge, portanto, & compe- ténein da Justicn comum. Nem so objeto que © principio da untversulléade do fuizo da fa nein, proclamade no artigo 25 do decrcto 5.746 — de 9 de Dezembro de 1982, tem 0 poder de atrair para ele todas as conténdas de in terose da Massa, Inclusive a que respelta i indenizaeio propumada pelos empregades dos- | pedidos. Nio. Ese principio io ¢ absolute, Demonstra-o Mima Valverde, “Faléncta” paging 7 Certo que, por forgn da decretagio da fe 658, 60 opera uma prevencio geral em favor do seu Julzo, que se torna ‘universal, de sorle qo para ele convergem todos os litisios ¢ fontem palrimoniat de intevesse ada Must, 09 qual, mio fOr tat evento, pom ter sido nforados perante outrus uutoridadles de sgtal categoria Mas, forgoso 6 no esquecer que a prevencio, de Jurisdigio 56 se veriflea, quando dots ou mais Juizes sio igualmente competentes para conbe- any

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