Paulo

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03 etapas – Infância / Saulo como Judeu / Paulo como Gentil!

O INICIO - TARSO – TENDA - GAMALIEL

Durante a nossa vida, adotamos naturalmente uma imagem cristianizada do


apóstolo Paulo. Afinal de contas, foi ele o autor das duas cartas aos Coríntios.
Escreveu Romanos, a carta magna da vida cristã. Redigiu a carta libertadora aos
Gálatas, exortando-os, e também a nós, a uma vida na liberdade provida pela
graça de Deus. E as “epístolas da prisão”... e as cartas pastorais, tão cheias de
sabedoria, tao ricas de significado.
Ora, baseado em tudo isso, você poderia achar que o homem amou o Salvador
desde o berço. Nada disso. Ele odiava o nome de Jesus a tal ponto que se tornou
um agressor violento e declarado, perseguindo e matando cristãos por dedicação
ao Deus dos céus. Por mais chocante que pareça, nunca devemos esquecer a cova
de onde ele veio.

Quanto mais compreendemos a escuridão do seu passado, tanto mais


entenderemos sua gratidão pela graça.

ESSE É O PAULO QUE PRECISAMOS VER PARA APRECIAR A


GLORIOSA VERDADE DAS CARTAS DO NOVO TESTAMENTO QUE
ESCREVEU. NÃO É DE ADMIRAR QUE MAIS TARDE ELE VIESSE A SER
CONHECIDO COMO “O APÓSTOLO DA GRAÇA”. NA VERDADE,
QUANDO VERIFICAMOS COMO ERA O AMBIENTE DE SEU
NASCIMENTO E INFÂNCIA, DESCOBRIMOS QUE NÃO ERA MARCADO
POR IRA NEM POR VIOLÊNCIA. A VIDA PARA PAULO COMEÇOU, NA
VERDADE, MUITO PACIFICAMENTE.

UM RETRATO BRUTAL
SANGUE – ASSASSINATO - MÁRTIR
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O primeiro esboço da vida de Paulo (a quem conhecemos, a princípio, como


Saulo de Tarso) é tanto brutal como sangrento. O homem parece mais um
terrorista do que um seguidor dedicado do judaísmo. Para nosso horror, o sangue
do primeiro mártir espirrou sobre as roupas de Saulo, enquanto ele ficou ali,
concordando com aquilo tudo, cúmplice de um crime medonho. Quem era esse
mártir?

Desde o dia de Pentecostes, registrado em Atos 2, Jerusalém mostrava-se


agitada por uma atividade religiosa sem precedentes. Quanto mais os agora
ousados apóstolos pregavam as boas novas de Cristo, tanto mais o povo ia se
convertendo.

Aqueles apóstolos cheios do Espírito estavam dando nos nervos dos líderes da
religião dominante. Não devemos olhar essas cenas por meio de lentes demasiado
cristãs. É melhor vê-las da perspectiva dos cidadãos de Jerusalém. Aquele foi um
período perturbador para o Sinédrio. Sua tentativa de silenciar os seguidores de
Jesus crucificando o seu Mestre havia tido efeito contrário ao desejado. Portanto,
encarcerar os fanáticos religiosos pareceu consistir na melhor estratégia para
evitar que fizessem novos prosélitos judeus.

Nem isso, porém, adiantou. Algo miraculoso aconteceu também para piorar as
coisas. “Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e,
conduzindo os para fora, lhes disse: Ide e, apresentando-vos no templo,dizei ao
povo todas as palavras desta Vida. Tendo ouvido isto, logo ao romper do dia,
entraram no templo e ensinavam” (At 5:19- 21).

O tiro saiu realmente pela culatra!

A igreja crescia em graça e poder.

Cresceu tanto que foi necessário instituir oficiais (diáconos) que cuidassem da
distribuição das riquezas deixadas aos pés dos discípulos. Escolheram sete entre
os judeus – gregos, entre eles Estevao!

Estêvão. Um jovem cristão que morava em Jerusalém, descrito em Atos 6 como


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“cheio de graça e poder” (v. 8), que falava com sabedoria por unção do Espírito
(v. 10), cujo semblante era “como se fosse rosto de anjo” (v. 15).
Os membros do Sinédrio (chamado de Conselho, no Livro de Atos, em algumas
versões da Bíblia), desprezaram Estêvão por causa da sua firme defesa de Cristo.
Eles se recusaram a continuar ouvindo seu discurso veemente e, furiosos, o
levaram para a rua, pela porta norte, até a periferia da cidade. Saulo, observando
todo o episódio, ficou em meio à multidão que gritava, tomando conta dos mantos
dos assassinos de Estêvão. Ele, sem dúvida, deve ter rido com prazer sádico.

Estevão orou: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito!”. Depois ajoelhou-se orando
em voz alta o suficiente para todos ouvirem: “Senhor, não lhes imputes este
pecado!” - foram suas últimas palavras. A seguir, morreu. Saulo estava ali,
parabenizando os assassinos.

GRAÇA NÃO INSIGNIFICANTE


PASSADO – GRAÇA – COMEÇO

Na vida de todos os grandes personagens, freqüentemente há surpresas


estarrecedoras. Quem poderia imaginar que o escritor do Novo Testamento, que
provavelmente causou o maior impacto no seu crescimento cristão, viesse de um
mundo de tamanha cegueira espiritual e brutalidade física? Mas veio mesmo. Foi
por isso que reivindicou o título de “maior dos pecadores”. Embora você possa ser
tentado a suavizar a questão, é melhor deixá-la como está. Saulo não estava
tentando parecer modesto. Em sua mente, ele era o maior dos pecadores. E pode
muito bem ter sido. Ao analisar essas primeiras cenas que emergem de nossos
primeiros vislumbres de Saulo de Tarso, três observações parecem dignas de
menção.

Primeira, não importa como os outros o consideram hoje, pois todo indivíduo
tem um lado obscuro.
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Você ficaria espantado se conhecesse a escuridão que espreita o passado das


pessoas que tiveram influência em sua vida. Parece mentira, não é? Todos somos
pecadores por nascimento, por natureza e por escolha. Permanecemos total e
completamente depravados no íntimo. Tateamos no escuro por causa da nossa
cegueira espiritual. Não importa a nossa aparência, todos temos um passado nada
agradável nem animador. Era a vida que vivíamos antes de nos entregarmos ao
Salvador. Não somos tão vulneráveis e abertos quanto Paulo em compartilhar com
outros o que a nossa vida era antes de abraçarmos a cruz. Nem precisamos
ser.Aprecio num hino que cantamos, “Preciosa a Graça de Jesus”, a palavra
“perdido”. “Preciosa a graça de Jesus que um dia me salvou. Perdido andei...”
Essa palavra não deve ser substituída. Nossa existência antes de Cristo estava
entre os perdidos. Nunca devemos esquecer como era a vida fora dos limites da
graça. Saulo esteve lá... e nós também.

Segundo, sem levar em conta o que você fez, a GRAÇA abrange a todos.
Essa é a grande esperança da mensagem cristã. Nenhum pecado no seu passado,
por pior que seja, pode sobrepujar a graça de Deus. Se você duvidar disso, lembre-
se do insolente fariseu de Tarso. Quando o Senhor o salvou, Ele não o pôs à
prova. Não, Deus deu a Saulo um novo nome e, no processo, fez dele uma nova
criatura. É isso que torna a graça tão maravilhosa.

Terceiro, embora o seu passado esteja manchado, qualquer um pode encontrar


um novo começo com Deus.
Quando Saulo se ajoelhou diante do Deus vivo, finalmente encarou a realidade do
seu pecado. Bem no fundo do coração humano, Cristo transformou a sua vida, e
ele começou a fazer o que era certo. A graça produz esse tipo de novo começo.
Não fique parado onde estava. Não perca tempo se concentrando no que você
costumava ser. Lembre-se, a esperança que temos em Cristo significa que há um
amanhã mais luminoso. Os pecados são perdoados. A vergonha desaparece. Não
estamos mais acorrentados à cova profunda e escura do passado. A graça nos
concede asas a fim de que voemos para bem longe dela.

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