A. W. Pink - Outro Evangelho PDF
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i
OUTRO
EvAnGeLhO
Arthur W.Pink
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desobediência” (Efésios 2:2). Existe um
“mistério da piedade”(1 Timóteo 3:16), e
há também um “mistério da injustiça”
(2Tessalonicenses 2:7).Somosinformados
de que, por Seus anjos, Deus assinala os
Seus servos em suas testas(Apocalipse 7:3),
e assim também lemos que, por seus
agentes, satanás põe um sinal nas testas
dos que lhe são devotados (Apocalipse
3:16). É-nos dito que “o Espírito penetra
todas as coisas, ainda as profundezas de
Deus” (1 Coríntios 2:10), e que satanás
também provê suas “profundezas” (ver o
grego de Apocalipse 2:24 (assim ARC).
Cristo realizou milagres,e satanás também
pode realizá-los (2 Tessalonicenses 2:9).
Cristo Se assenta num trono, e assim
também satanás(Apocalipse 2:13- grego).
Cristo tem uma Igreja, satanás tem a sua
“sinagoga”(Apocalipse 2:9). Cristo é a luz
do mundo; “Satanás se transfigura em
anjo de luz” (2 Coríntios 11:14). Cristo
designou “apóstolos”; satanás também
tem os seus apóstolos(2 Coríntios 11:13).
E isso nos leva a considerar o evangelho
de satanás.
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O evangelho de satanás: imitação
Satanás é o arquiimitador. O diabo
agora está ocupado, está em ação no
mesmo campo no qual o Senhor semeou
a boa semente. Ele está procurando im¬
pedir o crescimento do trigo com outra
planta, o joio, que na aparência é quase
igual ao trigo. Numa palavra, por um
processo de imitação ele tem o objetivo de
neutralizar a obra de Cristo.Por isso,como
Cristo tem um evangelho,satanás também
tem um; este é uma inteligente imitação
daquele. Tão de perto o evangelho de sata¬
nás se parece com aquele do qual ele é
uma paródia que multidões de incrédulos
são enganados por ele.
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1:6,7). Esse falso evangelho estava sendo
anunciado já nos dias do apóstolo, e uma
terrível maldição foi invocada sobre
aqueles que o pregavam. O apóstolo
continua: “Mas, ainda que nós mesmos
ou um anjo do céu vos anuncie outro
evangelho além do que já vos tenho
anunciado, seja anátema”. Com a ajuda
de Deus, vamos esforçar-nos para expor,
ou melhor, explicar, esse falso evangelho.
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e congenial que não se sinta a ausência
de Cristo nele e Deus não seja necessário.
Ele se esforça para fazer com que o
homem se ocupe tanto com este mundo
que não tenha tempo ou inclinação para
pensar no mundo por vir. Ele propaga os
princípios do sacrifício próprio, do amor
e da benevolência, e nos ensina a viver
para o bem dos outros, e a sermos bon¬
dosos para todos. Ele apela fortemente
para a mente carnal e é popular entre as
massas, porque desdenha os graves fatos
de que por natureza o homem é uma cria¬
tura decaída, alienada da vida de Deus e
morta em ofensas e pecados, e que a sua
única esperança está em nascer de novo.
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Ele anuncia a salvação pelo caráter, o
que inverte a ordem da Palavra de Deus
- o caráter como fruto da salvação, não
a salvação como fruto do caráter. Suas
diversas ramificações e organizações são
multiformes. Temperança, movimentos
de reforma, “Ligas Socialistas Cristãs”,
sociedades de cultura ética, “Congressos
da Paz”, sistemas de albergue são em¬
pregados (talvez inconscientemente) na
proclamação deste evangelho de satanás
- salvação pelas obras. O cartão de
compromisso substitui Cristo; a pureza
social toma o lugar da regeneração, e a
política e a filosofia substituem a dou¬
trina e a vida piedosa. O cultivo do velho
homem é considerado mais “prático” que
a criação de um novo homem em Cristo
Jesus; enquanto isso, a paz universal é
procurada à parte da interposição e da
volta do Príncipe da Paz.
Apóstolos
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concepção da obra realizada por Cristo
em favor dos pecadores. Por algum tempo
procuramos apresentar-lhe o plano de
salvação de maneira simples e impessoal
e a incentivar o nosso amigo a estudar
pessoalmente a Palavra, na esperança de
que, se ele ainda não fora salvo, agradasse
a Deus revelar-lhe o Salvador de quem
ele necessitava. Certa noite, para nossa
alegria, aquele que estivera pregando o
evangelho (!) durante sete anos confessou
que só se encontrara com Cristo na noite
anterior. Ele reconheceu (para usar suas
próprias palavras) que estivera apresen¬
tando “o Cristo Ideal”, mas não o Cristo
da cruz. Este escritor acredita que há
milhares como aquele pregador, os quais,
talvez criados na Escola Dominical e
instruídos sobre o nascimento, a vida e
os ensinos do Senhor Jesus Cristo, crêem
na historicidade da Sua Pessoa, esforçam-
-se espasmodicamente para praticar
todos os Seus preceitos, e pensam que
isso é tudo o que é necessário para a sua
salvação.
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pode parecer muito digno de louvor,
contudo,lemos a respeito deles - “Porque
tais falsos apóstolos são obreiros
fraudulentos, transfigurando-se em
apóstolos de Cristo. E não é maravilha,
porque o próprio satanás se transfigura
em anjo de luz. Não é muito, pois, que
os seus ministros se transfigurem em mi¬
nistros da justiça; o fim dos quais será
conforme as suas obras” (2 Coríntios 11:
13-15).
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púlpito e não é lida no banco. As exigências
desta época apressada são tantas que as
multidões têm pouco tempo,e ainda menos
inclinação, para preparar-se para o encon¬
tro com Deus. Daí, a maioria, indolente
demais para examinar pessoalmente as
coisas, é deixada à mercê daqueles que
são pagos para as examinarem por eles,
muitos dos quais traem sua confiança
estudando e expondo programas econó¬
micos e sociais em lugar dos oráculos
de Deus.
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da terminologia religiosa, às vezes recorre
à Bíblia em busca de apoio (sempre que
sirva a seu propósito), apresenta aos
homens altos ideais e é proclamado por
pessoas formadas em instituições teo¬
lógicas - em virtude disso, multidões
incontáveis são seduzidas e enganadas
por ele.
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Ele anuncia que Deus é o Pai espiritual
de todos os homens, quando as Escrituras
nos dizem claramente que nós somos
“filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus”
(Gálatas 3:26), e que “a tantos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, aos que crêem no
seu nome” (João 1:12). Além disso, Ele
declara que Deus é por demais miseri¬
cordioso para enviar sequer um membro
da raça humana para o inferno, quando o
próprio Deus diz: “Aquele que não foi
achado no livro da vida foi lançado no
lago de fogo” (Apocalipse 20:15). Ainda
mais: satanás não seria tolo de ignorar
a figura central da história humana - o
Senhor Jesus Cristo; ao contrário, o seu
evangelho O reconhece como o melhor
homem que já viveu na terra. É chamada
a atenção para os Seus atos de compaixão
e para as Suas obras de misericórdia, para
a beleza do Seu caráter e para a sublimi¬
dade do Seu ensino. Sua vida é elogiada,
porém a Sua morte vicária é ignorada; a
obra expiatória da cruz, obra da máxima
importância, nunca é mencionada, ao
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passo que a Sua triunfante ressurreição
corporal do túmulo é considerada como
uma das credulidades de uma era supers¬
ticiosa. É um evangelho sem sangue, e ele
apresenta um Cristo sem a cruz, recebido
não como Deus que Se manifestou em
carne, mas apenas como o homem ideal.
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mais nobre”, é dada uma plataforma
sobre a qual pessoas de todos os matizes
de opinião podem unir-se e proclamar
esta mensagem que lhes é comum.
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se recomenda à mente carnal e às multi¬
dões de iludidos atuais. A ilusão do diabo
é que podemos salvar-nos diante de Deus
por nossas obras e justificar-nos diante
de Deus por nossos feitos; ao passo que
Deus nos diz em Sua Palavra - “Pela graça
sois salvos, por meio da fé, e isto não vem
de vós, é dom de Deus. Não vem das obras,
para que ninguém se glorie”. E mais: “Não
pelas obras que houvéssemos feito, mas
segundo a sua misericórdia, nos salvou
pela lavagem da regeneração e da renova¬
ção pelo Espírito Santo” (Efésios 2:8,9;
Tito 3:5).
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concepção da obra realizada por Cristo
em favor dos pecadores. Por algum tempo
procuramos apresentar-lhe o plano de
salvação de maneira simples e impessoal
e a incentivar o nosso amigo a estudar
pessoalmente a Palavra, na esperança de
que, se ele ainda não fora salvo, agradasse
a Deus revelar-lhe o Salvador de quem
ele necessitava. Certa noite, para nossa
alegria, aquele que estivera pregando o
evangelho (!) durante sete anos confessou
que só se encontrara com Cristo na noite
anterior. Ele reconheceu (para usar suas
próprias palavras) que estivera apresen¬
tando “o Cristo Ideal”, mas não o Cristo
da cruz. Este escritor acredita que há
milhares como aquele pregador, os quais,
talvez criados na Escola Dominical e
instruídos sobre o nascimento, a vida e
os ensinos do Senhor Jesus Cristo, crêem
na historicidade da Sua Pessoa, esforçam-
-se espasmodicamente para praticar
todos os Seus preceitos, e pensam que
isso é tudo o que é necessário para a sua
salvação.
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Muitas vezes, quando tais “crentes”
chegam à maturidade esaem para o mundo,
deparam com os ataques dos ateus e dos
livre-pensadores, e lhes é dito que tal
pessoa, conhecida como Jesus de Nazaré,
nunca viveu. No entanto, a impressão dos
primeiros tempos não pode ser apagada
facilmente, e eles permanecem firmes em
sua declaração de que “crêem em Jesus
Cristo”. Contudo, quando sua fé é
examinada, muito freqiientemente só se
vê que, embora creiam em muitas coisas
sobre Jesus Cristo, não crêem realmente
nEle. Eles acreditam com a cabeça que tal
pessoa viveu(e, desde que acreditam nisso,
imaginam que, portanto, estão salvos),
mas nunca depuseram as armas da sua
guerra contra Ele,rendendo-se a Ele, nem
creram verdadeiramente nEle de coração.
A simples aceitação de uma doutrina
ortodoxa concernente à Pessoa de Cristo,
sem que o coração seja conquistado por
Ele e sem que sua vida Lhe seja dedi¬
cada,constitui outra fase daquele caminho
“que ao homem parece direito”, mas cujo
fim “são os caminhos da morte”, ou,
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noutras palavras, constitui outro aspecto
do evangelho de satanás.
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esse passo os habilita a tornar-se cristãos,
estão no caminho cujo fim é a morte -
morte espiritual e eterna. Por mais puros
que sejam os nossos motivos, por mais
bem intencionados que sejam os nossos
propósitos, por mais sinceros que sejam
os nossos esforços, Deus não nos aceitará
como Seus filhos enquanto não aceitar¬
mos Seu Filho.
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Espírito pela qual Ele faz com que o
coração fique contritodiante de Deus.Uni¬
camente o colação quebrantado pode crer
salvadoramente no Senhor Jesus Cristo.
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de Cristo”, é uma pessoa iludida pelo
diabo.
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é, pois, descobrir onderealmente estamos;
examinar-nos e ver se estamos na fé;
avaliar-nos pela Palavra de Deus e ver se
estamos sendo enganados pelo nosso
astuto inimigo; verificar se estamos
edificando nossa casa sobre a areia, ou se
ela está erigida sobre a Rocha, que é
Cristo Jesus. Queira o Espírito Santo
sondar os nossos corações, quebrar as
nossas vontades, eliminar a nossa inimi¬
zade contra Deus, operar em nós um
profundo e verdadeiro arrependimento,
e dirigir o nosso olhar ao Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo.
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ijiftiu
"A. W. Pinkfoi consagrado como pastor de
uma igreja em Silverton, Colorado, E.U.A., em
1901. Posteriormente ministrou a Palavra de
Deus em três continentes, mas, segundo as
opiniões populares da época, pouco realizou.
Quando faleceu em 1952, no norte da Escócia,
ele era quase desconhecido entre os evan¬
gélicos. No entanto, hoje, trinta anos depois
(1982), ele se tornou uma influência mundial,
contribuindo muito para uma fé e vida cristã
marcadas por bastante seriedade."
Transcrito da contra capa do Hvro de Pink
intitulado, Os Atributos de Deus. Tradução
de Odayr Olivetti, Publicações Evangélicas
Selecionadas(PESJ, Primeira Edição: 1985.
"A candente, vigorosa e bíblica mensagem
deste opúsculo é absolutamente válida e atual
nos ambientes evangélicos,semi-evangélicos,
para-evangélicos e satanicamente "evangéli¬
cos" atuais." - Odayr Olivetti.