Manejo Dos Bezerros
Manejo Dos Bezerros
Manejo Dos Bezerros
BEZERROS
Ao Nascimento
Boas Práticas de Manejo
BEZERROS
Ao Nascimento
Atenção às condições dos bezerros
BEZERRO PROSTRADO, INDICATIVO DE BAIXO VIGOR BEZERRO COM O VAZIO FUNDO, INDICATIVO DE FALHA NA
PRIMEIRA MAMADA
TETOS MAMADOS
Em dias frios, principalmente nos partos que ocorreram no início da manhã, os bezerros ficam mais lentos e,
portanto, mais sujeitos a atrasos ou falhas na primeira mamada. Lembre-se sempre disso! Dê atenção especial aos
bezerros que nascerem sob essas condições, principalmente em dias de chuva.
No caso de bezerros “guaxos” (rejeitados ou órfãos) é importante ajudá-los a mamar em outra vaca recém-parida
ou ter um banco de colostro (colostro congelado, geralmente obtido das leiteiras recém-paridas da fazenda).
É fundamental que o materneiro registre todos os problemas ocorridos e as ações desenvolvidas para resolvê-los.
Estas informações serão importantes para as tomadas de decisões sobre o manejo e o descarte de vacas.
O manejo deve ser realizado por pelo menos duas pessoas experientes, montadas a cavalo, sendo uma delas
responsável pela contenção e cuidados com o bezerro (que deve ser feito no solo) e a outra responsável em
manter a vaca afastada, cuidando da segurança do companheiro.
Os equipamentos (tatuador, balança, etc.) e materiais (tinta de tatuagem, medicamentos, etc.) devem estar
preparados antes da contenção do bezerro, de forma a agilizar o processo, diminuindo tempo de contenção e
o risco de acidentes.
Quando for necessário conduzir vacas e bezerros faça-o de maneira calma, ao passo, sem gritaria e agressões.
O manejo dos bezerros deve ser prioritário. Não deixe de vistoriar os pastos maternidades e de manejar os bezerros
e vacas recém paridas para realizar outro tipo de atividade da fazenda (pesagem, vacinação, etc.). Não deixe o
bezerro separado da mãe por longos períodos, a separação causa estresse.
Contenção do bezerro
A contenção do bezerro deve ser feita de maneira calma
e cuidadosa. Após separá-lo da mãe, o vaqueiro deve
apear próximo ao bezerro, segurando-o pela virilha e pelo
pescoço.
Não jogue o bezerro no chão, levante-o um pouco do
solo e utilize sua perna como apoio para descê-lo ao
chão. A contenção para manter o bezerro deitado deve
ser feita sem força exagerada.
O bezerro é a principal fonte de renda da fazenda de cria. Portanto, devemos evitar que o manejo seja agressivo,
pois o estresse causado pode resultar em acidentes, doenças e mortes.
O outro vaqueiro deve permanecer atento, não permitindo a aproximação da vaca em direção ao companheiro, até
que ele esteja sobre o cavalo novamente.
Após a conclusão do trabalho o vaqueiro deve levantar o bezerro ou deixá-lo em posição que seja fácil se levantar.
Antes de deixar o local, os vaqueiros devem estar certos de que vaca e bezerro se reencontraram e permaneceram
juntos.
TATUAGEM
O método mais comum adotado para identificação de bezerros é a tatuagem, que deve ser feita com cuidado entre
as duas nervuras superiores da orelha, usando tinta de boa qualidade. Antes de pegar o bezerro prepare o tatuador
e realize um teste em papel para ter certeza que o número está correto.
Passe a tinta no local a ser tatuado, tatue o bezerro assegurando que as agulhas penetraram bem na orelha e,
imediatamente, esfregue o dedo no local tatuado para que a tinta penetre nos furos antes de sair sangue. Para maiores
informações consulte o “Manual de Boas Práticas de Manejo - Identificação” disponível em www.grupoetco.org.br.
Quando perceber que o bezerro não mamou conduza-o com a vaca ao curral, procedendo a apartação e
contenção da vaca no tronco, para em seguida amarrar suas patas de trás. Quando a vaca estiver bem contida
massageie levemente o úbere, tirando dois ou três jatos de leite de cada teto. Logo em seguida posicione o bezerro
próximo ao úbere e com dois dedos alise o céu de sua boca até que ele comece a chupá-los. Então, com a outra
mão, comece a espirrar leite em sua boca para, pouco a pouco, aproximá-la de um dos tetos até que o bezerro o
abocanhe e mame. Caso o bezerro perca o teto, repita o processo. O ideal é deixar o bezerro mamar até que fique
satisfeito, apresentando a barriga cheia.
No caso do pasto maternidade estar distante do curral, é recomendado que a vaca seja conduzida ao passo, porém
o bezerro deve receber ajuda, podendo ser levado ao curral na cabeça do arreio, em carreta ou outro transporte
disponível. Impor longas caminhadas a bezerros fracos e que não tenham mamado pode esgotá-los, deixando-os
ainda mais fracos. No caso do bezerro ser levado a cavalo, é recomendado que uma ou duas pessoas conduzam
a vaca à frente, pois nesta situação, muitas vacas ficam nervosas, podendo oferecer risco a quem leva o bezerro.
Acompanhando o
desenvolvimento dos bezerros
Após os cuidados iniciais com os bezerros mantenha a rotina de
visitas diárias ou pelo menos a cada três dias, monitorando tudo
que acontece com os animais. Estas visitas têm como objetivo
identificar problemas, tais como: bezerros fracos, abandonados,
com bicheiras e diarréias. Uma vez detectado um problema,
medidas corretivas devem ser tomadas imediatamente,
minimizando os riscos de morte de bezerros.
Atenção especial deve ser dada para vacas e bezerros que
mugem com insistência. Também aos bezerros que se mantém
afastados da mãe e com baixa condição corporal e pouca
agilidade. Estas condições são indicativas de problemas.
Verifique se há água limpa nos bebedouros, checando sempre o funcionamento das bóias e a condição de aguadas.
Cheque também se há suplemento mineral nos cochos.
Registro de informações
Tenha sempre à mão canetas e bloco de anotações. A cada visita ao pasto maternidade registre a data, o horário e
os números das vacas em trabalho de parto ou recém-paridas.
Em relação aos bezerros, registrar o número de identificação, seu peso (ou tamanho) e vigor (bom ou fraco).
Registre também qualquer ação executada que não faça parte da rotina (por exemplo, ajudar a mamar, aplicação
de antibiótico, etc.).
Os números das vacas que apresentaram dificuldades no parto e que precisaram de ajuda humana para parir devem
ser registrados, bem como os números daquelas que apresentarem úbere penduloso e tetos grandes ou falta de
interesse pelo bezerro.
No caso de morte (mesmo para natimortos) anote o número
de identificação do bezerro ou o de sua mãe; registre também:
data, local onde o bezerro foi encontrado e provável causa
da morte.
Apesar da morte de bezerros ser um ponto muito desagradável
num sistema de cria, a anotação dos óbitos é muito importante,
pois permitirá evitar que o problema se repita, otimizando a
eficiência do sistema.
O manejo de bezerros
recém-nascidos passo a passo
1. Vistorie o local da maternidade antes do início das parições, tape buracos e assegure-se de que cercas e
bebedouros estejam em ordem.
2. Providencie os equipamentos e materiais que serão utilizados na identificação e no cuidado com os bezerros
(medicamentos, tatuador, pasta para tatuagem, aplicador de brincos, brincos, tesoura, pinça, agulhas, balança,
etc.).
3. Separe as vacas em final de gestação, levando-as aos pastos maternidade um mês antes da data provável do
parto.
4. O ideal é deixar as novilhas em um pasto, separadas das demais matrizes.
5. Defina quem será o responsável pelo acompanhamento dos partos, o materneiro.
6. Visite o pasto maternidade pelo menos duas vezes ao dia (pela manhã e pela tarde).
7. Leve sempre uma caderneta para anotações de campo e lápis ou caneta.
8. Esteja atento às dificuldades de parto, rejeição da cria e bezerro fraco, registre o fato e comunique o administrador
ou o veterinário para que sejam tomadas as providências necessárias.