Aquecimento Globa1
Aquecimento Globa1
Aquecimento Globa1
Terminologia
Já "antrópico" é referente àquilo que diz respeito ou procede do ser humano e suas
ações, de maneira mais genérica (do grego anthropikos, humano).[7][8] O dicionário
Michaelis define como "pertencente ou relativo ao homem ou ao período de existência
do homem na Terra".[9] O dicionário Houaiss traz até mesmo, em uma de suas
definições deste verbete, como "relativo às modificações provocadas pelo homem no
meio ambiente" — daí a preferência pelo termo "antrópico", neste artigo, para designar
as mudanças causadas pela influência humana.
HISTÓRIA DO CLIMA
A Terra, em sua longa história, já sofreu muitas mudanças climáticas globais de grande
amplitude. Isso é demonstrado por uma série de evidências físicas e por reconstruções
teóricas. Já houve épocas em que o clima era muito mais quente do que o de hoje, com
vários graus acima da temperatura média atual, tão quente que em certos períodos o
planeta deve ter ficado completamente livre de gelo. Entretanto, isso aconteceu há
milhões de anos, e suas causas foram naturais.
Cada uma das quatro últimas décadas têm sido mais quente do que a década anterior,
[12]
recordes de temperatura têm sido batidos a cada ano nos últimos anos, e evidências
recentes apontam para uma tendência de aceleração na velocidade do aquecimento nos
últimos 15 anos.[15] Esse aumento não pode ser explicado satisfatoriamente sem
levarmos em conta a influência humana. De fato, há fortes evidências indicando que o
aquecimento antrópico tem sido tão importante que reverteu uma tendência natural dos
últimos 5 mil anos de resfriamento do planeta.[14]
A atmosfera, por sua vez, é aquecida em parte pela radiação direta do Sol, mas
principalmente pelo calor refletido pela superfície da Terra, mas por virtude do efeito
estufa, ali fica retido e não se dissipa para o espaço.[17]
Causas básicas
A emissão aumentada dos gases estufa decorre de uma série de mudanças introduzidas
pela sociedade contemporânea. O fator básico é a explosão populacional, que
desencadeou a exploração dos recursos naturais em escala cada vez maior e mais rápida
a fim de atender às crescentes necessidades de energia, alimento, transporte, educação,
saúde e materiais para construção de habitações e infraestruturas e para a produção de
uma série infindável de bens de consumo e mesmo luxos supérfluos, criando-se uma
civilização que prima pelo desrespeito à natureza, pelo consumismo,
pela insustentabilidade, pelos elevados índices de desperdícios e pela vasta produção
de lixo e poluição.
Esses dados dão provas materiais seguras de que o clima está realmente esquentando.
Sensibilidade climática
Mudanças nas concentrações de gases estufa e aerossóis, na cobertura dos solos e outros
fatores interferem no equilíbrio energético do clima e provocam mudanças climáticas.
Essas interferências afetam as trocas energéticas entre o Sol, a atmosfera e a superfície
da Terra.
Modelos climáticos
Consequências
Clima
Projeção das mudanças no regime anual de chuvas até o fim do século XXI. As zonas
mais azuis devem receber mais chuvas, e as mais alaranjadas devem experimentar a
maior redução.
Mais umidade (vapor de água) no ar pode também significar uma presença de mais
nuvens na atmosfera, o que, na média, poderia causar um efeito de arrefecimento. As
nuvens têm um papel importante no equilíbrio energético porque controlam a energia
que entra e a que sai do sistema. Podem arrefecer a Terra ao refletirem a luz solar para o
espaço, e podem aquecê-la por absorção da radiação infravermelha radiada pela
superfície, de um modo análogo ao dos gases estufa.
Ecossistemas e biodiversidade
Algumas espécies podem ser obrigadas a migrar até mil quilômetros ou mais em
questão de décadas a fim de encontrar zonas em que o clima seja semelhante ao da sua
região original. Poucas espécies terrestres não-voadoras terão capacidade de
mobilização tão ampla em tão exíguo intervalo de tempo, especialmente as plantas,
cujos indivíduos são imóveis e cujas espécies só migram através da dispersão de
sementes. A capacidade de mobilização das plantas é consideravelmente inferior à atual
velocidade das mudanças ambientais, e os problemas aumentam porque elas são a base
das cadeias alimentares e oferecem locais de descanso, nidificação e abrigo para
inúmeras outras espécies. Mesmo que as espécies possuam uma capacidade intrínseca
de migração rápida, em grande parte dos casos ela não ocorrerá porque os ecossistemas
mundiais foram largamente fragmentados e muitos corredores ecológicos até as zonas
mais favoráveis desapareceram pela própria mudança no clima ou
pelo desmatamento, urbanização e outras intervenções humanas, condenando
irremediavelmente as espécies que ficaram ilhadas ao declínio ou eventual extinção.[146]
Quando chegam a ocorrer, as migrações tornam as espécies migrantes invasoras de
[147]