Analise Do Ciclo de Vida e Da Logistica Reversa Co
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Rafael Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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RESUMO: O objetivo deste trabalho é explanar sobre o uso conjunto da Avaliação do Ciclo
de Vida (ACV) e da Logística Reversa como ferramentas de Gestão Sustentável da Produção.
Também pretende-se mostrar as regalias provenientes da utilização dessas ferramentas e
evidenciar os princípios da logística reversa, bem como seu diferencial competitivo,
minimizando os custos e contribuindo para a preservação do meio ambiente. Com isso, as
empresas e a população precisam buscar soluções que minimizem os impactos ambientais
para que não sejam afetados por esses danos. Nesse sentido, são apresentadas práticas de
logística reversa e a ACV de produtos, com base no caso das embalagens PET, que surgem
como importantes ferramentas para o desenvolvimento sustentável, auxiliando ainda na
identificação de oportunidades de melhorias dos aspectos ambientais, desde a matéria-prima e
fabricação, até o uso e disposição final. Portanto, conclui-se que as empresas devem estar
prontas para atender as exigências e pressões do mercado, do consumidor e da legislação
vigente, pois a escolha pela sustentabilidade em termos de logística é peça fundamental para o
desenvolvimento econômico e para preservação do Meio Ambiente.
1 INTRODUÇÃO
A consciência e preocupação ambiental dos consumidores tem adquirido um espaço
cada vez maior na sociedade e, consequentemente, as pressões ambientais e sociais relativas
às responsabilidades das organizações vem crescendo simultaneamente a essa realidade
(ZOBEL et al., 2002; REVEILLEAU, 2011).
Em termos globais o crescimento populacional e o consumismo desenfreado são
notórios, os quais se evidenciaram após a Revolução Industrial e que continuam crescendo de
forma desordenada. Com isso, ao longo dos anos, as indústrias “tomaram posse” dos recursos
2Tecnóloga em Gestão Ambiental, IFRN. Graduanda em Administração, UFRN, Natal, Rio Grande do Norte,
Brasil. E-mail: [email protected].
O Concept Design é a fase em que as ideias são geradas e estrutura geral do novo
produto é definido. Após comparar todos os conceitos selecionados, o conceito final será
escolhido. Na fase Part Design, cada componente é selecionado e analisado. Na fase de
Process Design, os métodos de processamento são selecionados. Finalmente, designers e
gerentes de projeto tem que tomar uma decisão apropriada, considerando todas essas
informações.
No Brasil, as empresas ainda enfrentam problemas quanto ao desenvolvimento de uma
metodologia adequada à realidade do país, devido a ACV depender das características
regionais. Por isso, muitos estudos baseiam-se na NBR ISO 14040 (BARBOSA JÚNIOR et
al., 2008).
3 LOGÍSTICA REVERSA
A logística reversa surge como o processo oposto à logística convencional, tratando do
retorno tanto das mercadorias consumidas (logística de pós-consumo) quanto das não
consumidas (logística de pós-venda), repensando a cadeia produtiva no sentido inverso, ou
seja, do consumidor à empresa, buscando a reutilização dos materiais e a diminuição das
emissões poluidoras (LEITE, 2012).
Segundo Leite (2003), a Logística Reversa é a área da logística empresarial que planeja,
opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de
pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio de canais
de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico,
legal, logístico, de imagem coorporativa, entre outros.
O conceito de Logística Reversa pode variar de acordo com a visão de cada segmento,
visto que empresas distribuidoras podem conceitua-la como o retorno de mercadorias
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso e seu delineamento está baseado
em Yin (2005). As técnicas utilizadas na coleta dos dados foram: pesquisa bibliográfica,
pesquisa documental e pesquisa exploratória. A pesquisa exploratória é empregada nos casos
em que não há um sistema de teorias e conhecimentos suficientes sobre o tema, sendo difícil
elaborar hipóteses operacionalizáveis.
Os dados foram analisados por meio do método descritivo, que tem como objetivo
primordial a descrição das características de determinada população ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 2010).
A abordagem utilizada nesta pesquisa foi a qualitativa, pois possibilita investigar um
fenômeno com maior amplitude e aprofundamento (ALVEZ-MAZZOTTI;
GEWANDSZNAJDER, 1999).
Figura 1 – O ciclo da garrafa PET: da origem até a reciclagem para confecção de camisetas
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A logística reversa vem se desenvolvendo com a adesão crescente das empresas que já a
enxergam como um diferencial competitivo. Tem um papel fundamental para o
gerenciamento dos resíduos sólidos bem como sua destinação final, agregando valor aos
produtos pós vendidos e consumidos de modo a torná-los matérias-primas secundárias.
As empresas que utilizam a ACV e investem na logística reversa podem gerar receitas
extras com a venda de retornáveis, por exemplo, e com a própria economia de matéria-prima,
preservando os recursos naturais. As empresas podem também usufruir do marketing
ambiental, investindo na melhoria da imagem da empresa para atrair os chamados
“consumidores verdes”.
Embora o potencial da atividade de Logística Reversa na economia seja vantajosa e
ambientalmente importante, a falta de visão dessa atividade como geradora de vantagem
competitiva às empresas compromete a estruturação e a eficiência destes canais.
Quando se verifica a gestão estratégica que trata do fim da vida dos produtos, é possível
elaborar ferramentas de grande importância que transcendem à sua reciclagem. Entretanto, é
necessário que em pesquisas futuras sejam desenvolvidas e analisadas bases metodológicas
eficientes e adequadas à gestão ambiental do ciclo completo dos produtos, aí incluídos a
concepção, a produção, o uso e o pós-consumo.
Como implicações gerenciais, espera-se que este estudo contribua para a
conscientização de que a ACV e a logística reversa gerem vantagem competitiva sustentável
por diferenciação da imagem e redução de custos. Porém, este processo deve ser
acompanhado por incentivos de promoção (propaganda, força de vendas dentre outros), para
contribuir com os resultados esperados na concepção da logística reversa.
Portanto, as empresas devem estar prontas para atender as exigências e pressões do
mercado e da legislação vigente, pois a escolha pela sustentabilidade em termos de logística, é
REFERÊNCIAS
ABIPET. Associação Brasileira da Indústria de PET. Resina PET – o que é PET. Disponível
em: <http://www.abipet.org.br>. Acesso em: 05 jan. 2015.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14040:2009: Gestão ambiental
– Avaliação do ciclo de vida – Princípios e estruturas. Rio de Janeiro, 2009.
CHANG, D.; LEE, C. K. M.; CHEN, C.-H. Review of life cycle assessment towards
sustainable product development. Journal of Cleaner Production, v. 83, n. 0, p. 48–60,
2014.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas. 2010.
LEITE, P. R. Logística reversa na atualidade. In: PHILIPPI JR., Arlindo (Coord.). Política
nacional, gestão e gerenciamento de resíduos sólidos. São Paulo: Manole, 2012.
LEITE, P. R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Prentice Hall,
2003.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
ZOBEL, T.; ALMROTH, C.; BRESKY, J.; BURMAN, J.-O. Identification and assessment of
environmental aspects in an EMS context: an approach to a new reproducible method based
on LCA methodology. Journal of Cleaner Production, v. 10 n. 4, p. 381–396, 2002.