2010 Indicadores Ambientais Setor Metal Mecanico

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Indicadores ambientais das indústrias do setor metal-

mecânico: Estudo das empresas que divulgaram seu


desempenho ambiental.

Felipe Eduardo Bade (FAHOR) [email protected]

Joel Antônio Tauchen (FAHOR) [email protected]

Resumo
A gestão ambiental está cada vez mais presente nas empresas do ramo metal
mecânico, pois essas empresas têm uma enorme contribuição para o
desenvolvimento sustentável e também podem influenciar de forma direta ou
indiretamente o meio ambiente, assim necessitando de um olhar criterioso na forma
de gerir e focalizar seus investimentos, sempre antes de alguma ação, fazer uma
análise seus indicadores ambientais. O objetivo desse artigo é apresentar uma
análise qualitativa e quantitativa das práticas de sustentabilidade de empresas do
ramo metal mecânico, através de identificações dos indicadores ambientais que
essas indústrias utilizam e também quais são as suas práticas de sustentabilidade.
Palavras chave: Indicadores Ambientais, Gestão ambiental, Sustentabilidade.

1. Introdução
As empresas do ramo metal mecânico têm uma enorme contribuição para o
desenvolvimento sustentável, podendo influenciar no meio ambiente de forma direta
ou indiretamente, praticando ações que envolvem seus funcionários, aplicando a
eles uma conscientização que proporcionará a modificação de sua mentalidade ou
um firmamento para praticar ações que não comprometam a capacidade de atender
as necessidades das futuras gerações.
Conforme Bellen (2005) quando ocorreu o surgimento do conceito do
desenvolvimento sustentável, que se tornou rapidamente uma unanimidade em
todos segmentos da sociedade, ocasionou o aprofundamento do seu real significado
teórico e prático. Tem-se então que para o desenvolvimento sustentável ser definido
e operacionalizado para que seja utilizado como ferramenta para ajustar os rumos
que a sociedade vem tomando em relação à sua interação com o meio ambiente
natural deve-se criar um sistema de indicadores ou ferramentas de avaliação que
procuram mensurar a sustentabilidade.

Dessa forma, esse artigo tem por objetivo principal Identificar e analisar
qualitativamente e quantitativamente as práticas e indicadores ambientais de

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indústrias do ramo metal mecânico que divulgam os resultados de suas práticas de
sustentabilidade.

2.Revisão da Literatura
2.1 Práticas de sustentabilidade das empresas do ramo metal mecânico
O significado de Desenvolvimento Sustentável encontra-se hoje, baseado tanto na
gestão empresarial como na sociedade como um todo. É uma solução eficaz diante
da agressão feita ao planeta pela intensificação dos processos produtivos,
principalmente após a Segunda Guerra Mundial (ALMEIDA, 2002).
O desenvolvimento sustentável não se refere especificamente a um problema
limitado de adequações ecológicas de um processo social, mas a uma estratégia ou
modelo múltiplo para a sociedade, que deve levar em conta tanto a viabilidade
econômica como ecológica. Num sentido abrangente, a noção de desenvolvimento
sustentável leva à necessária redefinição das relações sociedade humana/ natureza
e, portanto, a uma mudança substancial do próprio processo civilizatório. JACOBI
(1999).
As empresas têm passado de um papel de responsabilidade social, a uma
conscientização social. A responsabilidade social das organizações diz respeito às
expectativas econômicas, legais, éticas e sociais que a sociedade espera que as
empresas atendam, num determinado período de tempo (Archie B. Carrol 1979). Já
a conscientização social refere-se à capacidade de uma organização de responder
às expectativas e pressões da sociedade.
Entre as práticas de sustentabilidade mais divulgadas no ramo metal mecânico são
utilizadas aquelas que realmente fazem a diferença na hora de equiparar duas
empresas, mas no entanto deveriam ser feitas com o foco preservar o meio
ambiente, fazendo da empresa uma entidade que se preocupa com o futuro,
centralizando seus programas em ações que não comprometam as gerações
futuras.

2.2 Indicadores Ambientais


Tivemos a partir da segunda metade do século passado, uma série de movimentos
globais debatendo a “questão ambiental” e sua interferência na economia dos países
e na vida do cidadão. Como conseqüência deste debate global, ações diversas
voltadas ao objetivo da sustentabilidade ambiental nos planos: global, (planeta como
um todo), regional (estados, países, etc.) e local, (pontuais), que acabaram por
definir e apresentar indicadores de desempenho ambiental para tais finalidades. É
importante ressaltar a importância dos indicadores para entendimento, interpretação
e ação, quer seja de âmbito global ou local Lavorato (2010).
Conforme Bellen (2005) quando ocorreu o surgimento do conceito do
desenvolvimento sustentável, que se tornou rapidamente uma unanimidade em
todos segmentos da sociedade, ocasionou o aprofundamento do seu real significado
teórico e prático. Tem-se então que para o desenvolvimento sustentável ser definido
e operacionalizado para que seja utilizado como ferramenta para ajustar os rumos

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que a sociedade vem tomando em relação à sua interação com o meio ambiente
natural deve-se criar um sistema de indicadores ou ferramentas de avaliação que
procuram mensurar a sustentabilidade.
Indicadores de Desempenho são entendidos como expressões quantitativas ou
qualitativas que fornecem informações sobre determinadas variáveis e suas
interrelações, ou seja, informações indispensáveis para processos de melhoria
contínua nas empresas Lavorato (2010).

2.3 Produção mais Limpa e Tecnologias Limpas


Em 1988 e 1989, a Environmental Protection Agency – EPA, a agência de proteção
ambiental dos Estados Unidos, descreveu os procedimentos para minimização de
resíduos nos processos de manufatura e de prevenção à poluição, com o objetivo de
fazer com que as indústrias cumprissem a legislação americana. Além disso, houve
o surgimento de outros programas como a Produção Limpa, que foi uma proposta
apresentada pela organização ambientalista não-governamental Greenpeace, em
1990, para representar um sistema de produção industrial que questionasse a
necessidade real de um produto ou procurando outras formas pelas quais essa
necessidade poderia ser satisfeita ou reduzida, atendendo nossa necessidade de
produtos de forma sustentável, isto é, usando com eficiência materiais e energias
renováveis, não-nocivos, conservando ao mesmo tempo a biodiversidade. (MELLO,
Maria. 2002).
Então em 1991 surge a Produção mais Limpa, fazendo uma abordagem
intermediária entre a Produção Limpa e a minimização de resíduos, uma vez que
inclui processos mais simples, não necessariamente requerendo a implementação
de tecnologias mais sofisticadas, podendo atingir um número maior de
organizações, que não detêm o desenvolvimento tecnológico. (MELLO, Maria. 2002)
As tecnologias ambientais existentes inicialmente trabalhavam, principalmente, no
tratamento dos resíduos, efluentes e emissões existentes (ex: tecnologia de
incineração de resíduos, tratamento de águas residuais, tratamento de emissões
atmosféricas, etc.). Essas tecnologias são chamadas de técnicas de fim-de-tubo, ou
seja, estuda os resíduos no final do processo de produção. São caracterizadas pelas
despesas adicionais para a empresa e diversos problemas, como por exemplo, a
produção de lodo de esgoto através do tratamento de águas residuais (BARBOSA e
MAGALHAES 2003).
De acordo com BARBOSA, S. a tecnologia chamada Produção mais Limpa veio
para tomar o lugar dessa visão de fim de tubo. P+L significa a aplicação contínua de
uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e
produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso das matérias-primas, água e energia
através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em todos
os setores produtivos (CNTL, 2001).
De acordo com a United Nations Environmental Program/United Nations Industrial
Development Organization - UNEP/UNIDO, apud GERBER, M. et al, a Produção
mais Limpa é a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva e

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integrada, nos processos produtivos, nos produtos e nos serviços, para reduzir os
riscos relevantes aos seres humanos e ao meio ambiente. Seriam ajustes no
processo produtivo que permitem a redução da emissão/geração de resíduos
diversos, podendo ser feitas desde pequenas reparações no modelo existente até a
aquisição de novas tecnologias (simples e/ou complexas).

2.3 ISO 14000


A International Standardization for Organization (ISO) é uma organização não
governamental sediada em Genebra, fundada em 23 de fevereiro de 1947 com o
objetivo de ser um fórum internacional de normatização para atuar como entidade
harmonizadora das diversas agências nacionais e internacionais (CAJAZEIRA,
1998).
Conforme CAJAZEIRA e BARBIERI (2004) no final dos anos 1980s, A ISB (British
Standarts Institution) iniciou a criação de uma norma sobre o SGA, resultando daí a
BS 7750 em 1992. Seguindo o exemplo desse órgão, em vários países foram
criadas normas para o mesmo fim, gerando restrições ao comércio internacional. Em
1992 criou um grupo de assessoria denominado Strategic Advisory Group on the
Environment (SAGE) para estudar as questões decorrentes da diversidade
crescente de normas ambientais e seus impactos sobre o comércio internacional.
Esse grupo criou um comitê específico chamado (TC 207) para elaboração de
normas sobre o sistema de gestão ambiental. Um Subcomitê do TC 207 editou em
1996 as primeiras normas sobre SGA, a ISO 14001 e 14004, que até no ano de
2004 já formavam um sistema de 25 normas.
A série ISO 14000 é um agregado de normas, compostas por critérios
internacionalmente aceitos como referência de gestão ambiental, sendo ela usada
em processos, atividades ou operações industriais, ou podendo ser também usada
na gestão ambiental nas inter-relações de determinados produtos.
Trata-se de um grupo de normas que fornece ferramentas e estabelece um padrão
de Sistema de Gestão Ambiental, abrangendo seis áreas bem definidas: Sistemas
de Gestão Ambiental (Série ISO 14001 e 14004), Auditorias Ambientais (ISO 14010,
14011, 14012 e 14015), Rotulagem Ambiental (Série ISO 14020, 14021, 14021 e
14025), Avaliação de Desempenho Ambiental (Série ISO 14031 e 14032), Avaliação
do Ciclo de Vida de Produto (Série ISO 14040, 14041, 14042 e 14043) e Termos e
Definições (Série ISO 14050). No Brasil, a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) oficializou as NBR5 ISO: a) 14001; b) 14004; c) 14010; d) 14011 e,
e) 14040. Destas, a NBR Série ISO 14001/1996, trata dos requisitos para
implementação do Sistema de Gestão Ambiental, sendo passível de aplicação em
qualquer tipo e tamanho de empresa (Silva et al., 2003 apud Nicolella. G et al 2004).
A Norma ISO 14001 especifica requisitos relativos a um Sistema de Gestão
Ambiental, permitindo a uma organização formular uma política e objetivos que
levem em conta os aspectos legais e as informações referentes aos impactos
significativos. Ela se aplica aos aspectos ambientais que possam ser controlados
pela organização e sobre os quais presume-se que ela tenha influência. Em si, ela
não prescreve critérios específicos de desempenho ambiental. (NBR ISO 14001,

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1996).
A norma ISO 14.001, versão 1996, estabelece como sua definição de melhoria
contínua a melhoria do sistema ambiental, não necessariamente, do desempenho
ambiental. Ademais, a norma estabelece como patamar mínimo o atendimento legal
e com as melhorias contínuas pode-se melhorar o desempenho. A idéia é
engenhosa, mas não é satisfatória. Em países com legislações ambientais frouxas,
estar conforme a legislação não significa bom desempenho ambiental vis-à-vis aos
problemas ambientais que pedem soluções urgentes. Mas ao obter certificação para
o seu SGA as empresas desses países estariam protegidas de barreiras e com
melhores condições de competitividade. (BARBIERI E CAJAZEIRA, 2004).

3- Metodologia
A pesquisa foi realizada de maneira exploratória na questão de busca de dados e
em estudos de casos de indústrias do ramo metal-mecânico que situam-se no Brasil,
que divulgam suas práticas ambientais, analisando as mesmas para saber quais as
ações e programas desenvolvidas pelas empresas.

4 - Resultados e Discussões
4.1 – Análise qualitativa e quantitativa das práticas de sustentabilidade das
empresas do ramo metal mecânico
Na fase da pesquisa, foram encontrados inúmeros casos de gestão ambiental, na
maioria, as empresas estão dando muita importância para determinadas práticas e
algumas empresas que estão divulgando todos seus indicadores e trabalhando com
diversos programas socioambientais para melhor qualidade de vida dos seus
funcionários e comunidade em que estão inseridos., com programas ambientais,
assim conscientizando de maneira correta as pessoas que estão direta ou
indiretamente envolvidas. No Quadro 1 apresenta as Empresas pesquisadas com
seus respectivos ramos específicos. No Quadro 2 as práticas estão agrupadas em
quatros tipos de grupo de praticas, assim facilitando o relacionamento com o Quadro
3, que indica de forma resumida as praticas de sustentabilidade encontradas nas
empresas pesquisadas, e no quadro as práticas que estão localizadas na primeira
coluna e na segunda coluna as empresas onde as práticas são executadas.

Quadro 1. Relação das empresas e seus respectivos ramos específicos


1-AAM do Brasil/ Automobilístico; 2- AGCO do Brasil/ Metal mecânico; 3-ArcelorMittal/ Siderúrgico;
4- Brasmetal Waelzholz Indústria e comércio Ltda./Relaminação de aço carbono; 5- BSH
continental/Metalúrgica; 6- DHB Componentes Automotivos S.A./Automotivo; 7- EATON Ltda. –
Divisão Transmissões/Automotivo; 8- Moto Honda da Amazônia Ltda./Fabricação de motocicletas,
quadriciclos e motores estacionários; 9- MWM international Indústria de motores da América do Sul/
Fabricação de motores; 10- Toyota do Brasil Ltda./automobilístico; 11- Valeo sistemas automotivos
Ltda./Autopeças; 12- ABB Ltda./Tecnologia em automação industrial e de potência; 13- BorgWarner
Brasil Ltda./Automotiva; 14- CSN – Companhia siderúrgica nacional/ Siderúrgica, mineração e
logística; 15- Fras-le S.A/ Automotivo; 16-Jost Brasil sistemas automotivos Ltda./ Automotivo; 17-
Mangels Indústria e comércio- divisão de aços/Metalúrgica; 18- Master sistemas automotivas
Ltda./Linha de freios; 19- Mercedes-Benz do Brasil Ltda./Automobilística; 20- Randon implementos e

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participações S.A/Automotivo; 21- Votorantin Metais Ltda./Mineração e metalúrgica;

Conforme as pesquisas realizadas foi estruturado os grupos de práticas ambientais


(Quadro 2) que possivelmente serviu para agrupar vinte e uma praticas e
indicadores mais utilizados por empresas do ramo metal mecânico do Brasil. Para a
classificação desses indicadores e práticas foram empregados os seguintes critérios:
1- Estratégias de Gestão Ambiental – voltadas às ações especificas a tomada
de decisão e baseados na Norma ISO 14000, que aparecem com quatro práticas.
2 – Programas de Produção Mais Limpas e Tecnologias Limpas – referente a
indicadores de sustentabilidade e quais programas de Produção Mais Limpa e
tecnologias limpas existentes, que compreende um número de cinco elementos.
3 – Gerenciamento e indicadores de resíduos – são os tipos de
gerenciamentos que as empresas possuem e quais os tipos de tratamentos
adotados.
4 – Educação Ambiental – inclusão da temática ambiental no relacionamento
com o público externo e com os próprios funcionários.

Quadro 2. Grupo de indicadores


Nº Nº de
INDICADORES Indicadores Empresas
1 ESTRATÉGIAS DE GESTÃO AMBIENTAL - ISO 14000 0,26 20
PROGRAMAS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA E TECNOLOGIAS
2 LIMPAS 0,26 20
3 GERENCIAMENTO E INDICADORES DE RESÍDUOS 0,24 19
4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 0,24 40

Quadro 3: Práticas e Indicadores Ambientais das Empresas



Empresas
Indicadores e Práticas total
Possui SGA certificado com a ISO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 21 20
14001
A empresa faz estudo prévio do impacto
1 3 4 5 7 8 9 10 11 13 14 15 16 17 18 19 20 21 18
ambiental e social de suas atividades
Divulga o valor de investimentos
1 5 7 8 12 14 15 16 18 20 21 11
destinados para ações socioambientais
Possui programas de melhoria contínua
1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 20
do SGA e/ou SGI
Fonte de energia alternativas (
1 8 10 3
Biomassa, solar)
Fonte de Energia de hidrelétricas 1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 20 21 19
Possui programas de Produção Mais
1 2 3 4 5 6 7 8 10 11 13 14 15 16 17 19 20 21 18
Limpa ou de tecnologias Limpas
Fonte de Energia de combustíveis
1 3 4 5 7 8 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 18
fósseis
A empresa implantou projetos de
1 5 8 10 13 14 6
mecanismos de desenvolvimento limpo
Faz-se tratamento de efluentes 1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 20
Utiliza-se de programas de reuso da
1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 14 15 17 18 20 21 16
água

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Realiza análise de ciclo de vida 1 10 11 12 21 5
Existem programas de gerenciamento
1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 20
de resíduos
Promove desenvolvimento de produtos
1 3 5 7 8 9 10 12 13 16 17 18 20 13
e serviços com o foco socioambiental
Define estratégias de comunicação da
1 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 18
sustentabilidade nos negócios
Desenvolve-se algum projeto voltado à
1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14 15 16 17 19 21 17
educação ambiental
Promove ações ambientais envolvendo
1 3 4 5 6 7 8 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 19
o público externo
Promove atividades de conscientização
ambiental para funcionários e 1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 20
colaboradores
Estimula seus fornecedores na adoção
1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 20
de boas práticas ambientais e sociais
Promove ações socioambientais junto a
1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 20
ONGs e/ou entidades beneficentes

As práticas encontradas no Quadro (3) demonstram como as empresas do ramo


metal mecânico estão evoluídas na maioria dos quesitos, destacam-se apenas três
práticas que estão bem abaixo da média, uma delas é na questão de utilização de
energias alternativas, que ocorre em apenas três empresas, outra é que apenas seis
empresas implantaram projetos de mecanismos limpos e a terceira é realização da
análise de ciclo de vida em que somente cinco indústrias utilizam. Isso analisando
que a média total de empresas por cada prática é de dezoito empresas, isso
ressaltando que o número de empresas pesquisas foi de vinte e uma, mostrando
que a média está apenas três empresas abaixo do total.
A Figura 1 explicita uma igualdade entre os grupos de práticas, dois grupos
(Programas de Produção Mais Limpas e Tecnologias Limpas e Estratégias de
Gestão Ambiental) que têm ambos 26% do total, e os outros dois grupos têm 24%
cada um, (Gerenciamento e indicadores de resíduos e Educação Ambiental) assim
mostrando que as empresas, em seus grupos estão praticamente no mesmo
patamar de divulgação de suas práticas.

ESTRATÉGIAS DE GESTÃO
24% 26% AMBIENTAL - ISO 14000

PROGRAMAS DE PRODUÇÃO
MAIS LIMPA E TECNOLOGIAS
LIMPAS
GERENCIAMENTO E
INDICADORES DE RESÍDUOS
24%
26%
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Figura 1: Freqüência relativa de práticas ambientais por seus determinados grupos

Com relação ao percentual das empresas com práticas de sustentabilidade por


grupo de indicadores e programas, (Figura 2) ocorre apenas no grupo de educação

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ambiental um número acima da média, um total 40% das indústrias pertencentes a
amostra investiram em educação ambiental, assim tornando evidente a preocupação
das empresas com a conscientização das pessoas envolvidas diretamente e
indiretamente com o processo.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL 40

GERENCIAMENTO E INDICADORES DE
19,36
RESÍDUOS

PROGRAMAS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA E


20,23
TECNOLOGIAS LIMPAS

ESTRATÉGIAS DE GESTÃO AMBIENTAL - ISO


20
14000

0 10 20 30 40

Figura 2: Percentual das empresas com práticas ambientais por respectivos grupos.

5. Considerações finais
O que pode ser concluído em virtude dos benchmarkings feitos dessas empresas do
ramo metal-mecânico é que o ponto de vista dos empresários está se voltando cada
vez mais para o lado ambiental, nota-se que a parte da educação ambiental está
sendo muito trabalhada, demonstrando que vale apena conscientizar, pois assim se
reduz o tempo de correção dos atos feitos sem um pensamento de sustentabilidade.
Umas das coisas relevantes que a maioria das empresas não está realizando é a
análise do ciclo de vida dos produtos, assim não demonstrando uma preocupação
com o fim da vida útil do produto, assim deixando a desejar na parte da logística
reversa de seus produtos.
Outra evidência de que a maioria das indústrias não é muito voltada para o consumo
de energia sustentável, pelo fato de que apenas três empresas utilizam-se de
energias renováveis no seu processo.

6. Referências
ABNT. NBR ISO 14001. Sistemas de gestão ambiental - Especificação e diretrizes para uso.
Rio de Janeiro, 1996.
CAJAZEIRA, J. BARBIERI, J. A NOVA NORMA ISO 14.001: Atendendo à Demanda das Partes
Interessadas.

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REVISTA MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL. Ano XIV – Edição 79 – Maio/Junho de 2009.
VAN BELLEN, Hans M. Indicadores de Sustentabilidade: uma análise comparativa. 2005. Rio
de Janeiro. Editora FGV, 1ª edição.

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