Nutrição

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Índice

1. Introdução...................................................................................................................2

1.1. Título...................................................................................................................2

1.2. Tema de estudo...................................................................................................2

1.3. Justificativa.........................................................................................................2

1.4. Problema de estudo.............................................................................................2

1.5. Questões de estudo..............................................................................................3

1.6. Hipóteses.............................................................................................................3

1.7. Objectivos...........................................................................................................3

1.7.1. Objectivo geral............................................................................................3

1.7.2. Objectivos específicos.................................................................................3

2. Fundamentação teórica...............................................................................................4

2.1. Segurança alimetar e nutricional.........................................................................4

2.2. Segurança alimentar e nutricional em Moçambique...........................................5

3. Metodologia...............................................................................................................7

4. Conclusão...................................................................................................................8

5. Cronorama..................................................................................................................9

6. Orçamento..................................................................................................................9

7. Referências biblioraficas..........................................................................................10

8. Apêndices.................................................................................................................11
1. Introdução
Sabe-se que cerca de 75% das famílias moçambicanas têm como a base de subsistência
a agricultura. Mas, apesar do elevado número de praticantes, a maior parte das
comunidades moçambicanas continuam deparando-se com dificuldades relativas ao
acesso físico, económico e social do alimento.

1.1. Título
1.2. Tema de estudo
Segurança alimentar e nutricional: situação de Moçambique

1.3. Justificativa
Moçambique possui algumas zonas favoráveis para a abertura de hortas, pois existem
recursos (água e terra arável) para a produção de diversas culturas (alface, couve,
tomate, etc.) que podem reduzir a indisponibilidade do alimento e gerar renda para as
famílias envolvidas, por um lado.

Por outro lado, Moçambique é um local estratégico para o escoamento de produtos


agrícolas (atravessado por uma via turística e está próximo do mercado central)
facilitando aos agricultores no escoamento desses mesmos produtos.

Diante do exposto, a escolha do tema Segurança alimentar é relevante em Moçambique,


porque tanto as famílias participantes bem como a comunidade em geral terá acesso a
alimentos de qualidade e a preços acessíveis, permitindo desse modo a melhoria da dieta
alimentar, diversificação dos hábitos alimentares, promoção da saúde nutricional e
geração de renda.

1.4. Problema de estudo


Moçambique têm passado por um período difícil relacionado a indisponibilidade de
alimento devido a sua vulnerabilidade aos choques climáticos e a falta de conhecimento
sobre técnicas alternativas (sistemas de irrigação não convencionais, por exemplo) para
produção agrícola. De salientar que, tal indisponibilidade do alimento em Moçambique
é causada por factores naturais e factores sociais a destacar:

a) Factores naturais: estão relacionados com as mudanças climáticas, pois nos


últimos três anos Chamane tem sido afectado por eventos climáticos extremos
(vendavais e estiagem), aliado a fraca produtividade dos solos e a escassez de
água.
b) Factores sócio-económicos: englobam o baixo uso de tecnologias de produção
agrícola (técnicas rudimentares), difícil acesso a recursos (água, terra, insumos
agrícolas, etc.), má gestão do excedente agrícola e a baixa renda dos agregados
familiares para a aquisição de alimentos.

Na tentativa de minimizar esse cenário, as famílias são obrigadas a reduzir a quantidade


de alimentos por refeição bem como a redução do número de refeições diárias4 ,
comprometendo o gozo do direito a alimentação de qualidade e quantidade suficiente,

1.5. Questões de estudo


Qual é a situação da Segurança alimentar e nutricional em Moçambique?

1.6. Hipóteses
 H1: O estudo da segurança alimentar em Moçambique irá garantir as famílias
melhor qualidade de vida e uma boa nutrição.
 H2: A criação de um núcleo de agricultores irá contribuir para a promoção da
Segurança Alimentar e Nutricional nas Famílias Moçambicanas,

1.7. Objectivos
1.7.1. Objectivo geral
 Promover a Segurança Alimentar e Nutricional nas famílias Moçambicanas.

1.7.2. Objectivos específicos


 Abordar sobre o surgimento e características da Segurança Alimentar e
Nutricional;
 Identificar os factores que contribuem para a insegurança alimentar e nutricional
nas famílias Moçambicanas;
 Estabelecer um núcleo de Segurança Alimentar e Nutricional.
2. Fundamentação teórica
2.1. Segurança alimetar e nutricional
O termo segurança alimentar foi usado pela primeira vez durante a 1ª Guerra Mundial
na Europa, este tinha estreita ligação com o conceito de segurança nacional e com a
capacidade de cada país produzir sua própria alimentação. Ciente de que a insegurança
alimentar prevalecia nos países pobres, resultante da produção insuficiente de alimentos,
foi lançada a campanha denominada “Revolução verde”, que proporcionou o aumento
da produção agrícola mas sem nenhum efeito sobre a fome.

A Segurança Alimentar e Nutricional define-se como o direito de todas as pessoas, a


todo momento, ao acesso físico, económico e sustentável a uma alimentação adequada,
em quantidade, qualidade, e aceitável no contexto cultural, para satisfazer as
necessidades preferenciais alimentares, para uma vida saudável e activa (Setsan 2007).

Para os autores Maluf, Menezes & Marques (2012) “é a garantia do direito de todos ao
acesso de alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente, com
base em praticas alimentares saudáveis e respeitando as características culturais de cada
povo, manifestadas no ato de se alimentar”.

Segurança Alimentar e Nutricional é a realização do direito de todos ao acesso regular e


permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer
outras necessidades essenciais, tendo como base praticas alimentares promotoras de
saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, económica e
ambientalmente sustentáveis, (Mancuso, Fiore & Redolfi, 2015, p.5).

Nessa ordem de ideia, entende-se por Segurança Alimentar e Nutricional a realização do


direito de todos ao acesso físico a alimentação segura em quantidade e qualidade
suficiente, a todo momento, respeitando a cultura e os hábitos alimentares de cada
região e sem interferência na realização de outras necessidades básicas, promovendo
assim a saúde através de boas práticas alimentares e que seja sustentável do ponto de
vista social, económico e ambiental.

Assim, para Carrilho, Abbas, Júnior, Chidassicua & Mosca (2016), a Segurança
Alimentar e Nutricional sustenta-se em quatro pilares básicos para a garantia de
funcionamento do estado nutricional pleno: Disponibilidade, acessibilidade, utilização e
estabilidade do alimento.
 Disponibilidade – está assegurada quando as quantidades de alimentos
produzidos, são adequados e estes estão a disposição das pessoas;
 Acessibilidade – o acesso ao alimento está garantido quando todas as famílias e
todos indivíduos dessas famílias têm recursos apropriados (através da produção,
compra ou doação para uma dieta nutritiva);
 Utilização – está relacionada com a capacidade do corpo humano ingerir e
metabolizar os alimentos. Este pilar relaciona-se com a segurança, higiene e
práticas de processamento de alimentos, qualidade e diversidade da dieta;
 Estabilidade – este pilar corresponde às quantidades produzidas e estas estão à
disposição das pessoas, encontra-se directamente relacionada com a
variabilidade do clima.

Assim, a segurança alimentar e nutricional é alcançada quando os pilares acima


descritos são funcionais, isto é, a produção e o uso correcto dos alimentos permite
melhorar a nutrição de toda a população.

2.2. Segurança alimentar e nutricional em Moçambique


Em Moçambique, a insegurança alimentar e nutricional é avaliada de acordo com a
disponibilidade, acesso aos alimentos e na qualidade da dieta. Contudo, essa avaliação
da diversidade da dieta é feita através de indicadores tais como: número médio de
refeições consumidas diariamente e a qualidade da dieta em termos de variação de
alimentos, (Possolo et al., 2009, p.12).

Ismael (2013, p.4) refere que as causas da Insegurança Alimentar e Nutricional podem
ser:

Causas Imediatas

 Baixa disponibilidade de alimentos a nível dos agregados familiares, quer por


problemas de produção ou acesso ao alimento (baixo poder de compra);
 Deficiente estado de saúde.

Causas Adjacentes

 Acesso limitado aos alimentos – devido a falta de alimentos no mercado ou altos


custos praticados;
 Altos níveis de pobreza absoluta.
Causas básicas

 Baixo nível de educação e elevadas taxas de analfabetismo;


 Tabus crenças, práticas tradicionais e religiosas negativas;
 Baixa disponibilidade de recursos estruturais – a maioria (70% da população)
pratica uma agricultura de subsistência, com baixa utilização de tecnologia e
muito baixa produtividade.

Os frequentes desastres naturais e a pandemia do HIV/SIDA afectam a resistência das


famílias e das comunidades rurais, tornando o país vulnerável a insegurança alimentar e
nutricional crónica e transitória.

Em Moçambique a insegurança alimentar e nutricional predominante nos agregados


familiares rurais é transitória, pois é influenciada por chuvas excessivas/inundações (nas
províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Tete) e por escassez de
chuva (em algumas partes de Sofala, Manica, Inhambane, Gaza e Maputo), isto é,
choques climáticos provocados pelas mudanças climáticas, (Setsan, 2015). A ocorrência
desses eventos, provoca perdas de vidas humanas, bens, infra-estruturas e culturas em
campo. A resposta para a vulnerabilidade das comunidades, passa por sua preparação
para enfrentar as mudanças repentinas no quadro alimentar a que estão expostas.
3. Metodologia
Sabe-se que método é o caminho usado para o alcance de um fim. Nesta ordem de
ideias, vale frisar que para a materialização desta pesquisa, foram aplicados diferentes
métodos.aplicou-se o método indutivo durante identificação do problema, onde foram
levantadas algumas questões, e através das respostas obtidas mediante as explicações
fez-se a relação e a generalização dos fenómenos observados.

A abordagem qualitativa permitiu a atribuição de significados a fenómenos constatados


em Moçambique, facilitando a interpretação e selecção de dados pertinentes obtidos em
algumas entrevistas efectuadas, bem como pela observação directa. E a abordagem
quantitativa favoreceu tradução numérica e estatística da informação obtida através dos
dados colectados em entrevistas, conversas e observações.

Foi necessário também consultar algumas obras fisicas e digitais de outros autores que
já pesquisaram sobre o tema, adicionando a realidade encontrada em Moçambique.
4. Conclusão
A indisponibilidade de alimentos em Moçambique é influenciada por factores naturais e
sócio-económicos. Face a esse quadro as famílias têm de reduzir as quantidades de
alimentos e o número de refeições, sendo que das três refeições recomendadas pela
FAO, as famílias só têm a capacidade de tomar duas, deixando assim as famílias numa
situação de insegurança alimentar e nutricional.

Portanto, devido a ocorrência constante de desastres naturais é necessário implantar


novas estratégias de mitigação pós-desastre, de modo a manter a segurança alimentar e
nutricional dos membros do agregado familiar. Isso significa que é pertinente que sejam
adoptadas medidas sustentáveis em Chamane para a garantia da segurança alimentar e
nutricional, pois se a situação continuar assim, a ocorrência de mortes por má-nutrição
pode aumentar, afectando principalmente as mulheres e crianças, por este primeiro
grupo representar a maior parte da população e serem as que geralmente cuidam das
crianças, dai mulheres e crianças.

Por outra, o baixo nível de escolaridade em Moçambique contribui para o fraco


entendimento sobre segurança alimentar e nutricional. Consequentemente, a introdução
de bons hábitos alimentares e nutrição é deficiente nas comunidades menos
escolarizadas, porque elas tendem a ter interpretações pouco saudáveis no que concerne
a alimentar-se bem. Dai que, mesmo com alimentos disponíveis, se a combinação
desses alimentos não for bem-feita, a saúde nutricional das famílias vai continuar frágil.

Entretanto, é pertinente que façam mais palestras sobre bons hábitos alimentares e
conservação de alimentos de forma segura e nutritiva, porque em Moçambique, maior
parte da população usa técnicas tradicionais. Na implementação de estratégias com vista
a resolução da insegurança alimentar e nutricional, prioriza-se a organização da
comunidade em associações para melhor distribuição de insumos agrícolas,
disponibilização de apoio técnico, para a produção de alimentos.
5. Cronorama
Actividades Jan Fev Mar Ab Mai Jun Jul
r
Recepção do tema
Levantamento dos recursos necessários
Pesquisa de campo
Pesquisa bibliográfica
Compilação da informação
Digitação da informação
Revisão do trabalho
Entrega do trabalho

6. Orçamento
Material Preço Quantidade Total
Papel A4 250,00 01 250,00
Caneta 10,00 02 20,00
Lápis 10,00 01 10,00
Crédito 100,00 01 100,00
Bloco de anotações 120,00 01 120,00
Total 500,00
7. Referências biblioraficas
Carrilho. J. et al. (2015). “Desafios para a Segurança Alimentar e Nutrição em
Moçambique”. Maputo: Observatório do Meio Rural.

Ismael, Carina (2013). Conceitos de Nutrição: definições, causas e consequências.


Moçambique: ANSA.

Maluf, R.S., Menezes, F. & Marques, S.B. (2012). Caderno Segurança Alimentar.
Brasil.

Mancuso, A.M.C., Fiore, E.G. & Redolfi, S.C.S. (2015). Guia De Segurança Alimentar
E Nutricional. São Paulo: Editora Manole.

Possolo, Edna et al. (2009). Aprofundamento para o Relatório de Avaliação do Impacto


PARPA II (2006 – 2009): Área de Nutrição. Moçambique.

Setsan (2007). Estratégia e Plano de Acção de Segurança Alimentar e Nutricional


2008-2015. Maputo: Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional
8. Apêndices
APENDICE A: Guião de entrevistas

Faculdade de

Curso de

Guião de Entrevistas para a Comunidade

Trata-se de uma entrevista, cujo objectivo é de identificar os factores que contribuem


para a Insegurança Alimentar e Nutricional em Moçambique, realizado no ano de
2023.

1. Quantas refeições a sua família têm diariamente?

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______________________________________________________________________

2. Existe alguém na família empregado em alguma instituição? Sim _____ Não ____.
Se não, como é que adquire alimentos?

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3. O que você entende por Segurança Alimentar e Nutricional?

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______________________________________________________________________
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4. Quais são as principais culturas que produz para a alimentação da família?

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5. Na sua opinião, o que gostaria que fosse feito para melhorar a disponibilidade de
alimentos?

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______________________________________________________________________
6. Como você analisa a disponibilidade do alimento em Moçambique?

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7. Quais são as razões?

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