Aula 03 Classificações Periódicas Prof. Thiago Cardoso

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ITA - 2023

AULA 03
Classificações Periódicas
Prof. Thiago Cardoso
AULA 00 – TEORIA ELEMENTAR DOS CONJUNTOS – EsPCEx 2022
Aula 00 – Teoria dos conjuntos
Prof. Thiago Cardoso

Sumário
Apresentação da Aula 4

Classificações Periódicas nas Provas do ITA 4

1. Precursores da Tabela Periódica 4

1.1. Tríades de Döbereiner 4

1.2. Parafuso Telúrico 5

1.3. Lei das Oitavas 6

1.4. Tabela Periódica de Mendeleiev 6

1.5. Conceito de MOseley 7

2. Tabela Periódica Atual 9

2.1. Períodos 11

2.2. Famílias 13

2.3. Dicas para Decorar os Elementos Representativos 16

2.4. Metais, Semimetais, Ametais e Gases Nobres 17


2.4.1. Metais 17
2.4.2. Ametais 17
2.4.3. Semimetais 18
2.4.4. Gases Nobres 19

2.5. Estados Físicos 19

3. Carga Nuclear Efetiva 22

3.1. Regra Simples 22

3.2. Regra de Slater 24

3.3. Periodicidade da Carga Nuclear Efetiva 26

4. Propriedades Periódicas 27

4.1. Raio Atômico 27

4.2. Raio Iônico 30

4.3. Energia de Ionização 31


4.3.1. Outras Energias de Ionização dos Metais Alcalinos (família I-A) 34
4.3.2. Outras Energias de Ionização dos Metais Alcalinos-Terrosos (família II-A) 35
4.3.3. Outras Energias de Ionização dos demais Metais Representativos (famílias III-A a V-A) 36

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4.4. Afinidade Eletrônica 37

4.5. Estabilidade Eletrônica dos Gases Nobres 39

5. Lista de Questões Propostas 43

5.1. Gabarito 52

6. Lista de Questões Comentadas 53

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Apresentação da Aula
Classificar, de acordo com o Dicionário Houaiss, significa “dividir em grupos ou classes que
possuam características parecidas.” Por isso, classificar é importante para compreender melhor o
comportamento de algumas propriedades.

Na Química, algumas propriedades são utilizadas para classificar os elementos químicos são: raio
atômico, energia de ionização, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade, densidade
e ponto de fusão e ebulição.

Como o assunto é muito longo, não seremos capazes de esgotá-lo nesse material. Concentramo-
nos apenas nas três primeiras propriedades (Raio Atômico, Energia de Ionização e Afinidade Eletrônica) e
deixaremos as outras três para a próxima aula, em que também falaremos de Ligações Iônicas.

Classificações Periódicas nas Provas do ITA


O ITA gosta de misturar Propriedades Periódicas em questões de nível muito elevado de outros
assuntos. Portanto, você precisa estar afiadíssimo para resolver esse tipo de questão.

Trata-se de um assunto que serve de base para muitos outros, como Ligações Químicas e Química
Orgânica e Descritiva. Portanto, é importantíssimo para o seu aprendizado na Química que você aprenda.

1. Precursores da Tabela Periódica


A Tabela Periódica atual é organizada por ordem crescente de número atômico. Porém, na história
da Química, a maior parte dos modelos precursores levou em consideração a massa atômica.

Até mesmo, o Modelo Atômico de Dalton de 1808 pressupunha que todos os átomos de um
mesmo elemento químicos possuíam a mesma massa. Portanto, a Química levou bastante tempo para
diferenciar os conceitos de elemento químico e massa atômica.

1.1. Tríades de Döbereiner


Em 1829, o químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner analisou o cálcio, estrôncio e bário,
percebendo uma relação muito simples entre suas massas atômicas: a massa do estrôncio era
aproximadamente a média das massas do cálcio e do bário.

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Ao analisar outros elementos químicos, Döbereiner concluiu que havia outras tríades de
elementos químicos em que se notava a mesma relação. Como exemplos de Tríades de Döbereiner, pode-
se listar:

Tabela 1: Exemplos de Tríades de Döbereiner

Cloro 35,5 Lítio 7


Bromo 80 Sódio 23
Iodo 127 Potássio 39

Enxofre 32 Cálcio 40
Selênio 79 Estrôncio 88
Telúrio 128 Bário 137

Na Tabela 1, podemos notar que a massa do elemento central é aproximadamente igual à média
aritmética das massas dos outros dois elementos.

Döbereiner imaginou que os elementos pertencentes a uma mesma tríade deveriam apresentar
propriedades físicas e químicas semelhantes.

1.2. Parafuso Telúrico


Em 1862, o geólogo francês Alexandre Chancourtois tomou por base a massa atômica do elemento
químico oxigênio, que já era conhecida na época como sendo igual a 16.

Ele construiu um cilindro com 16 segmentos iguais e marou uma hélice na sua superfície com um
eixo de 45°. Sobre essa hélice, dispôs os elementos químicos em ordem crescente de suas massas
atômicas

Chancourtois percebeu que a hélice atravessa as geratrizes do cilindro a distâncias cujos valores
eram múltiplos de 16 e que os elementos na mesma geratriz, cujas massas atômicas diferiam em 16
unidades, apresentavam propriedades físicas e químicas semelhantes.

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Figura 1: Exemplos do Parafuso Telúrico

1.3. Lei das Oitavas


Em 1864, o químico e músico inglês John Newlands (1837-1898) trouxe a hipótese de que, se todos
os elementos fossem dispostos em ordem crescente, dois elementos situados a uma distância de 8 passos
apresentariam propriedades físicas e químicas semelhantes.

Tabela 2: Lei das Oitavas de Newlands

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

H Li Be B C N O

F Na Mg Al Si P S

Cl K Ca Cr Ti Mn Fe

1.4. Tabela Periódica de Mendeleiev


A grande importância da Tabela Periódica de Mendeleiev foi de ser a primeira forma de classificar
os elementos, com isso, ele foi capaz de prever a existência de alguns elementos, inclusive relatando
algumas de suas propriedades físicas e químicas.

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Figura 2: Tabela de Mendeleiev

Uma importante observação a respeito dessa tabela é a respeito das lacunas que ela contém. As
lacunas dizem respeito a elementos que ainda não eram conhecidos, mas que deveriam existir e um dia
seriam descobertos. Além disso, eles deveriam apresentam propriedades físicas e químicas semelhantes
ao grupo em que estavam previamente classificados.

A Tabela continha lacunas entre o Silício e o Estanho. Então, o elemento faltante foi denominado
Ekasilício e, mais tarde, foi descoberto e denominado Germânio. Continha também uma lacuna após o
Alumínio, sendo o elemento faltante denominado Ekaalumínio e, mais tarde, descoberto e denominado
Gálio. [2]

1.5. Conceito de MOseley


Em 1913, o físico Henry Moseley fazia diversos
experimentos com base no Modelo Atômico de Bohr.

O trabalho de Moseley teve papel importantíssimo na


consolidação e aceitação internacional desse modelo atômico.

Moseley estudou as frequências das linhas espectrais


dos raios X característicos de cerca de 40 elementos. Traçou o
gráfico da raiz quadrada da frequência versus o número
atômico Z do elemento, obtendo a seguindo relação. Figura 3: Henry Moseley (fonte: [12])

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𝑓 1/2 = 𝐴𝑛 (𝑍 − 𝑏)

Com base nessa expressão, Moseley mostrou vários pontos da Tabela Periódica em que havia uma
inversão – ou seja, um elemento A tinha número atômico menor, porém, número de massa superior ao
elemento B. São casos importantes:

• O argônio tinha Z = 18, não Z = 19, conforme a tabela de Mendeleev;

• O potássio tinha Z = 19, não Z = 18;

• O cobalto apresenta maior massa atômica que o níquel, porém, tinha número atômico
inferior.

Moseley estudou também as linhas de emissão básicas para diversos elementos polieletrônicos.
Essas radiações levam o nome da cadeia inicial. Vejamos

Nível de Partida Nível de Chegada Nome da Radiação

1 (K) 2 Kα

2 (L) 3 Lα

3 (M) 4 Mα

Moseley concluiu as seguintes expressões para os comprimentos de onda dessas radiações.

1 1 1
= 𝑅(𝑍 − 1)2 [ 2 − 2 ]
𝜆𝐾𝛼 1 2
1 1 1
= 𝑅. (𝑍 − 7,4)2 [ 2 − 2 ]
𝜆𝐿𝛼 2 3

É interessante que as equações acima são muito parecidas com a Equação de Rydberg, diferindo
apenas pela presença de uma constante subtrativa no número atômico.

Moseley concluiu que deveria haver um efeito de blindagem exercido pelos elétrons das camadas
mais internas. A blindagem significa que os elétrons mais internos, por possuírem cargas negativas,
diminuem o efeito que a carga nuclear exerce sobre os elétrons mais externos.

A Lei de Moseley representou um marco no estudo da Química, pois representou o abandono de


antigas ideias sobre a organização dos elementos por ordem de massa atômica. Constitui, assim, uma das
bases para a construção da Tabela Periódica moderna.

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2. Tabela Periódica Atual


A Tabela Periódica atual lista os elementos em ordem crescente de número atômico.

Nesse livro digital, fazemos uma distinção entre camada de valência e camada externa. Vale
destacar que algumas obras de renome não o fazem ou até mesmo não se preocupam em conceituar.
Porém, eu considero que essa distinção facilitará bastante o seu aprendizado – e é pouco provável que
alguma questão de prova venha a se aprofundar em um tema tão específico que ainda não é um completo
consenso na literatura.

• Camada Externa: Corresponde ao maior nível de energia que possui pelo menos um
elétron.

É importante observar que os subníveis (n-1)d e (n-2)f são, de maneira geral, mais energéticos que
o subnível ns. Por conta disso, a camada externa nem sempre é a última a ser preenchida. Quando isso
acontece, o elemento é denominado metal de transição.

• Camada de Valência: É a camada externa adicionada dos elétrons do subnível (n-1)d ou (n-
2)f, somente no caso dos metais de transição e transição interna, que são aqueles, cujos
elétrons mais energéticos se situam em orbitais d ou f.

Camada Externa Camada de Valência

é o nível 2 (camada
𝑭: [𝑯𝒆]𝟐𝒔𝟐 𝟐𝒑𝟓 é o nível 2 (camada L). 𝑭: [𝑯𝒆]𝟐𝒔𝟐 𝟐𝒑𝟓
L).

é o nível 4 (camada
𝑇𝑖: [𝐴𝑟]𝟒𝒔𝟐 3𝑑² é o nível 4 (camada N). 𝑇𝑖: [𝐴𝑟]𝟒𝒔𝟐 𝟑𝒅²
N).

é o nível 4 (camada
𝑆𝑒: [𝐴𝑟]𝟒𝒔𝟐 3𝑑10 𝟒𝒑𝟒 é o nível 4 (camada N). 𝑆𝑒: [𝐴𝑟]𝟒𝒔𝟐 3𝑑10 𝟒𝒑𝟒
N).

é o nível 6 (camada
𝑆𝑚: [𝑋𝑒]𝟔𝒔𝟐 4𝑓 4 é o nível 6 (camada P). 𝑆𝑚: [𝑋𝑒]𝟔𝒔𝟐 𝟒𝒇𝟒
P).

Na Tabela Periódica, os elementos são dispostos em ordem crescente de número atômico, na


forma de uma tabela com linhas e colunas, denominadas períodos e famílias.

A visão geral da Tabela Periódica que vamos trabalhar nesse curso para resolver a maioria das
questões está ilustrada na Figura 4, em que são mostrados os elementos representativos e seus
respectivos números atômicos.

Como sempre frisamos no Capítulo sobre Modelos Atômicos, é importante que você saiba os
números atômicos dos gases nobres para determinar as configurações eletrônicas dos elementos.

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Figura 4: Visão Geral da Tabela Periódica com os Números Atômicos dos Principais Elementos dispostos em Ordem Crescente

• As configurações eletrônicas dos elementos


terminam na mesma camada externa
Período • São dispostos em linhas

• Os elementos possuem o mesmo número de


elétrons na camada de valência
Família • São dispostas em colunas

Figura 5: Conceitos de Período e Família na Tabela Periódica

Na Figura 6, temos uma ilustração básica da Tabela Periódica.

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Figura 6: Tabela Periódica Atual (fonte: [3])

2.1. Períodos
Os períodos correspondem às linhas horizontais. Os elementos são classificados no período
correspondente ao seu elétron mais externo. Lembre-se da seguinte distinção.

• Elétron mais externo: pertence à camada externa;

• Elétron mais energético: pertence ao último subnível a ser preenchido.

No primeiro nível de energia (n = 1) só cabem dois elétrons. Portanto, existem apenas dois
elementos nesse período, sendo eles o hidrogênio (H: 1s¹) e o hélio (He: 1s²).

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Figura 7: Períodos na Tabela Periódica

É interessante observar que o terceiro período também apresenta exatamente 8 elementos, sendo
o último elemento desse período o argônio, cuja configuração eletrônica termina em 3s²3p 6. Observe que
o terceiro nível apresenta orbitais d, portanto, pode comportar até 18 elétrons.

No entanto, antes de povoar os orbitais 3d, devem ser povoados os orbitais 4s devido ao Diagrama
de Pauling. Portanto, os elementos que seguem o argônio (Z = 18) são:

2
18𝐴𝑟 : 1𝑠 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2 3𝑝6
𝟏
19𝐾 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔
𝟐
20𝐶𝑎 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔
𝟐 1
21𝑆𝑐 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔 3𝑑
𝟐 2
22𝑇𝑖 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔 3𝑑

Os elementos que seguem o argônio são todos do quarto período. Mas é interessante observar
que, devido ao Diagrama de Pauling, depois do cálcio, o subnível 4s fica fixo em 4s² e os próximos elétrons
são adicionados ao subnível 3d.

Diante disso, devemos fazer uma importante distinção:

Quando a configuração eletrônica do elemento se encerra em um subnível s ou p, o elétron mais


externo e o mais energético são exatamente os mesmos. Esses elementos são chamados genericamente
de elementos representativos. São exemplos o lítio e o cloro.

𝟏
3𝐿𝑖 : [𝐻𝑒]𝟑𝒔

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2
17𝐶𝑙 : [𝑁𝑒]3𝑠 𝟑𝒑𝟓

Por outro lado, quando a configuração eletrônica do elemento se encerra em um subnível d ou f,


o elétron mais externo será aquele que pertence ao subnível s anterior. Esses elementos são chamados
genericamente de metais de transição. Vejamos alguns exemplos em que destacamos em vermelho o
elétron mais externo e em azul o elétron mais energético.

É interessante observar o que acontece no sexto e no sétimo períodos. É exatamente nesses


períodos que podemos encontrar os primeiros elementos que possuem elétrons em orbitais f. Os
elementos, cujos elétrons mais energéticos ocupam orbitais 4f ou 5f são classificados todos em uma
mesma família (III-B ou 3). Esse conjunto de elementos é chamado de metais de transição interna.

𝟐 𝟒
60𝑁𝑑 : [𝑋𝑒]𝟔𝒔 𝟒𝒇
𝟐 𝟒
92𝑈: [𝑅𝑛]𝟕𝒔 𝟓𝒇

Dentre os metais de transição interna, destacam-se o neodímio e o urânio.

Os metais de transição interna formam duas séries: a série dos lantanídeos, que pertence ao sexto
período, e a série dos actinídeos, que pertence ao sétimo período.

Os lantanídeos, em conjunto com o escândio e o ítrio (ambos também da família III-B), são
denominados terras-raras.

Os actinídeos são elementos radioativos, não possuindo isótopos estáveis. Todos os que possuem
número atômico maior que o do urânio são elementos artificiais. Por esse motivo, eles são excluídos do
grupo das terras-raras.

2.2. Famílias
As famílias, também chamadas de grupos, são as diversas colunas da Tabela Periódica. Reveja a
tabela, focando seus olhos nas colunas.

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O que caracteriza uma família é o número de elétrons na camada de valência. Os elementos


representativos podem ter sua camada de valência bem representada, já que não existem exceções nas
suas configurações eletrônicas.

Figura 8: Configuração Eletrônica da Camada de Valência dos Elementos Representativos

Uma família é caracterizada por um conjunto de átomos que, no estado fundamental, possuem o
mesmo número de elétrons na camada de valência. É uma tendência que os elementos da mesma família
possuam características semelhantes, porém, isso não é um requisito para que dois elementos pertencem
ao mesmo grupo.

Como visto anteriormente, a Tabela Periódica é dividida em dois grandes grupos de elementos
químicos: os representativos e os metais de transição.

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Classificação dos

Terminam em s
Representativos
Elementos

ou p

Comuns Terminam em d
Transição
Interna Terminam em f

Figura 9: Elementos da Tabela Periódica

Os elementos dos blocos s e p são chamados elementos representativos ou do grupo A. Esses


elementos são os mais importantes da tabela periódica. Além disso, veremos no Capítulo sobre Ligações
Químicas que o comportamento deles em compostos é bem mais previsível.

A nomenclatura moderna da IUPAC recomenda que as famílias sejam contadas de 1 a 18 na


sequência da esquerda para a direita.

Nesse caso, para os elementos representativos, o número de elétrons de valência será


igual ao algarismo das unidades da família a que é associado. Por exemplo, o flúor (família 17)
possui sete elétrons de valência. O sódio (família 1) possui apenas um elétron de valência.
Para os metais de transição, o número de elétrons na camada de valência será igual à
própria família. Por exemplo, a família 13 tem sua configuração terminada em ns²(n – 1)d10nd¹,
portanto, são 13 elétrons
Além disso, a correspondência entre o sistema antigo e o novo pode ser feita facilmente.
Os elementos representativos abrangem as famílias 1, 2 e após a 13. Além disso, lembre-se do
algarismo das unidades que marca o número de elétrons de valência.

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Sendo assim, a família 1 é correspondente a I-A. A família 14 é correspondente a IV-A


(mesmo algarismo das unidades). A família 6 é correspondente à família VI-B – já que 6 está fora
dos números associados aos elementos representativos.

A seguir, apresentamos as configurações eletrônicas e os nomes vulgares das famílias de


elementos representativos.

I-A II-A III-A IV – A V-A VI-A VII-A VIII-A

1 2 13 14 15 16 17 18

ns¹ ns² ns²np¹ ns²np² ns²np³ ns²np4 ns²np5 ns²np6

Alcalinos Alcalino- Família Família Família do Calcogênios Halogênios Gases


terrosos do Boro do Nitrogênio nobres
Carbono

2.3. Dicas para Decorar os Elementos Representativos


Em muitas situações, é extremamente você reconhecer qual a família de um elemento químico,
principalmente em relação aos representativos.

1A – Hoje Li Na Karas que Roberto Carlos está na França.


2A – Bela Margarida Casou com o Sr Barão do Rádio
3A – Boa Alimentação Garante Inteligência Total
4A – Comi Siri Gelado Sendo Proibido
5A – Na Padaria Assei Saborosos Biscoitos
6A – OS SeTe Porquinhos
7A – Ficou Claro que a Brahma Imitou a Antártica
8A – Helio Negou Arroz a Kristina e Xerém a Renata.

Não se preocupe, porque você não precisa enfiar tudo isso agora na sua cabeça. Aqui, utilizaremos
a palavra decorar no seu sentido original.

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2.4. Metais, Semimetais, Ametais e Gases Nobres


Os elementos podem ser genericamente classificados em quatro categorias:

• Metais;

• Semi-metais, que, por vezes, são incluído no conjunto dos ametais;

• Ametais ou não-metais;

• Gases Nobres: família VIII-A ou 18.

2.4.1. Metais
Os metais são a maioria dos elementos da Tabela Periódica. Apresentam as seguintes propriedades
gerais.

• Boa Condutividade Térmica e Elétrica: são os melhores condutores de calor e eletricidade


que se conhece, com destaque para a prata;

• Ductibilidade: podem ser transformados em fios;

• Maleabilidade: se deformam quando sofrem impactos mecânicos;

• Brilho Metálico: é decorrente de uma grande capacidade de refletir a luz incidente sobre
a sua superfície;

• Formam Cátions: quando reagem com ametais, formam compostos iônicos em que
aparecem como cátions.

• Estado Sólido: com exceção do mercúrio e do frâncio, que é radioativo, todos os metais
são sólidos à temperatura ambiente.

Essas propriedades podem ser explicadas pela Ligação Metálica, que será estudada mais adiante.
Por hora, é importante você saber quais elementos são metais e quais não são.

2.4.2. Ametais
Os ametais, também denominados não-metais, por sua vez, formam uma escada na Tabela
Periódica, sendo limitados por C, P e Se (carbono, fósforo e selênio) e incluindo todos os halogênios
(família VII-A ou 17). O hidrogênio é um caso à parte e também é um não metal. Verifique na Tabela.

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Figura 10: Tabela Periódica Enfocando o Caráter Metálico

Os não-metais não compartilham das propriedades dos metais. Não apresentam brilho, são, em
regra, maus condutores térmicos e elétricos.

Quando formam compostos iônicos, normalmente formam ânions. Porém, somente os ametais
com maior afinidade eletrônica – veremos esse conceito mais adiante – formam ânions simples, como
exemplo, podemos apresentar F- (fluoreto), Cl- (cloreto), Br- (brometo), I- (iodeto), O2- (óxido) e S2- (sulfeto).

Os demais somente formam ânions acompanhados por algum elemento com elevada afinidade
eletrônica, geralmente, o oxigênio, por exemplo, PO43- (fosfato) e SeO42- (seleniato).

2.4.3. Semimetais
Os semi-metais também formam uma escada, que inclui apenas 7 elementos pouco abordados em
questões de prova.

A maioria dos seus compostos são covalentes, portanto, raramente formam compostos iônicos.

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2.4.4. Gases Nobres


Os gases nobres são os elementos da família VIII-A. São os únicos elementos da Tabela Periódica
que são encontrados na forma de átomos isolados ou moléculas monoatômicas. São elementos pouco
reativos e raramente formam compostos.

Todos eles são gases com baixíssimo ponto de ebulição. O hélio, por exemplo, é a substância da
natureza com menor ponto de ebulição (–269° C), o que é muito próximo do zero absoluto (–269° C).
Consegue imaginar o quão fria é a temperatura necessária para liquefazer esse elemento?

2.5. Estados Físicos


A imensa maioria dos elementos da Tabela Periódica são sólidos. Por isso, é útil você decorar
apenas os que não são.

Gases: F, O, N, Cl e gases nobres

Líquidos: Hg, Br e Fr

Sólidos: todos os demais

Figura 11: Estados Físicos dos Elementos da Tabela Periódica

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Considere as seguintes afirmativas sobre a Tabela Periódica:

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I – É impossível que um metal e um não-metal pertençam a mesma família, em virtude de


apresentarem propriedades químicas radicalmente diferentes.

II – Dois elementos pertencem à mesma família quando suas configurações eletrônicas na camada
de valência são semelhantes, independentemente de possuírem propriedades semelhantes.

III – Os metais são bons condutores de calor e eletricidade. Além disso, são maleáveis e podem ser
transformados em fios.

Das afirmações, está(ão) CORRETAS:

a) Apenas I.

b) Apenas I e II.

c) Apenas II.

d) Apenas II e III.

e) Apenas III.

Comentários

Vamos analisar individualmente cada uma das afirmativas.

I – A família é definida pela configuração eletrônica da camada de valência. Por exemplo, o


carbono (não-metal) e o chumbo (metal) pertencem à mesma família IV-A, porque possuem a
mesma configuração eletrônica na camada de valência. Item errado.

II – Isso é algo que o aluno precisa frisar. A família é definida pela configuração eletrônica da
camada de valência. Item correto.

III – É isso mesmo! O item resumiu bem tudo o que precisamos saber a respeito dos metais.

Gabarito: E

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Numa sala de aula com ar condicionado, a parte metálica de uma cadeira é, ao toque da mão, mais
fria que a parte de plástico. Isso se deve ao fato de que o metal está a uma temperatura inferior,
porque é um melhor condutor de calor? Justifique a sua resposta.

Comentários

Vale lembrar que o calor é a energia térmica em movimento, não estando diretamente
relacionado com a temperatura de um corpo.

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Devido ao princípio do Equilíbrio Térmico, o metal está na mesma temperatura do restante da


sala. Porém, como o metal é um melhor condutor de calor, ele rouba mais calor da sua mão,
produzindo uma sensação de frio.

Gabarito: Errado

(IME – 2011)

Considere as espécies de (I) a (IV) e o arcabouço da Tabela Periódica representados a seguir. Assinale
a alternativa correta.

I. II.

III. IV.

a) A espécie (II) é um gás nobre.

b) A camada de valência da espécie (I) pode ser representada por: ns2 np5.

c) A camada de valência da espécie (III) pode ser representada por: ns2 np6.

d) A espécie (IV) é um metal eletricamente neutro.

e) As espécies (I) e (III) são cátions.

Comentários

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É natural que o aluno estranhe uma questão com um nível de dificuldade diferente do que
estamos acostumados no vestibular do IME. Porém, isso pode acontecer. É importante não se
enrolar em questões fáceis. Aproveite para resolver rápido e passar para a próxima. Economize
seu precioso tempo na hora da prova.

a) O neônio é o gás nobre do segundo período, com Z = 10. Portanto, o elemento (II) possui
a configuração eletrônica [Ne]3s¹, logo é um metal alcalino. Afirmativa errada.

b) A espécie (I) possui dez elétrons, logo deve ter a configuração eletrônica de gás nobre.
Afirmativa errada.

c) A espécie (III) tem 18 elétrons, portanto, é isoeletrônica do argônio, que também é gás
nobre e possui Z = 18. Logo, de fato, a sua configuração eletrônica termina em 3s²3p6.
Afirmativa correta.

d) A espécie (IV) possui 10 elétrons, logo, é um gás nobre, mais especificamente, o neônio.
Afirmativa errada.

e) A espécie (I) é um ânion, porque possui carga total negativa e igual a -1. A espécie (II) é,
de fato, um cátion, porque possui carga total positiva e igual a +2. Portanto, a afirmativa
está errada.

Gabarito: C

3. Carga Nuclear Efetiva


Em um átomo polieletrônico, cada elétron é atraído pelo núcleo, porém, é repelido pelos demais
elétrons, o que diminui a intensidade de atração entre o núcleo e o elétron mais externo. Esse efeito é
denominado blindagem.

Portanto, a carga nuclear efetiva (𝑍𝑒𝑓 ) sentida pelo elétron mais externo é o saldo entre a carga
atrativa do núcleo e as cargas repulsivas dos demais elétrons. Essa grandeza é definida como:

𝑍𝑒𝑓 = 𝑍 − 𝑆

Na expressão acima, Z é o número atômico e S é o fator de blindagem dos elétrons das camadas
internas. Existem várias formas de determinar esse fator de blindagem. Nesse curso, estudaremos duas
delas: uma forma simples e a Regra de Slater.

3.1. Regra Simples


Para calcular a carga nuclear efetiva, existe uma regra simples, bastante intuitiva e que serve a
muitos propósitos, como o entendimento do comportamento de muitas propriedades periódicas é a
seguinte:

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O fator de blindagem é igual ao número de elétrons presentes nas camadas internas.

Com base nessa regra, vamos calcular a carga nuclear efetiva em diversos elementos.

Tabela 3: Cargas Nucleares Efetivas de Diversos Elementos

Elemento Z Configuração Eletrônica S 𝒁𝒆𝒇

Sódio 11 𝟏𝒔𝟐 𝟐𝒔𝟐 𝟐𝒑𝟔 3𝑠1 10 1

Fósforo 15 𝟏𝒔𝟐 𝟐𝒔𝟐 𝟐𝒑𝟔 3𝑠 2 3𝑝3 10 5

Arsênio 33 [𝑨𝒓]4𝑠 2 4𝑝3 28 5

Titânio 22 [𝑨𝒓]4𝑠 2 𝟑𝒅𝟐 20 2

Ferro 26 [𝑨𝒓]4𝑠 2 𝟑𝒅𝟔 24 2

Zinco 28 [𝑨𝒓]4𝑠 2 𝟑𝒅𝟖 26 2

Mercúrio 80 [𝑿𝒆]4𝑠 2 𝟑𝒅𝟏𝟎 78 2

Agora, vamos anotar.

A Regra Simples nos traz duas conclusões que, por si só, são muito importantes para concluir
bastante sobre diversas propriedades periódicas.

• Nos elementos de transição, a carga nuclear efetiva é constante e igual a 2;

• Nos elementos representativos, a carga nuclear efetiva só depende da família, sendo igual
ao número de elétrons de valência do elemento.

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3.2. Regra de Slater


A Regra de Slater é bastante complexa e, embora não costume aparecer em provas, é interessante
de ser mostrada, pois é capaz de explicar algumas irregularidades nas configurações eletrônicas da tabela
periódica.

Para aplicar essa regra, basta seguir os quatro passos ensinados pela excepcional autora Catherine
Housecroft em [4]:

I. Colocar a configuração eletrônica da seguinte maneira:

(1s)(2s,2p)(3s,3p)(3d)(4s,4p)(4d)(4f)(5s,5p) etc.

II. Os elétrons colocados à direita do elétron onde a blindagem está sendo calculada não são
contabilizados.

Esse procedimento é importante, porque a Regra de Slater também calcula a carga nuclear efetiva
sobre qualquer elétron, não apenas sobre os da camada externa.

III. Se o elétron de interesse for de um orbital s ou p:

a. Cada um dos outros elétrons do mesmo nível de energia contribui com um fator 0,35.

b. Se for do orbital 1s, esse fator será 0,30.

c. Cada elétron de um nível (n-1) contribui com um fator de 0,85;

d. Cada elétron de um nível (n-2) ou menor contribui com um fator de 1,00.

IV. Se o elétron de interesse for de um orbital d ou f:

a. Cada um dos outros elétrons do mesmo subnível contribui com 0,35.

b. Cada elétron de um subnível menos energético contribui com 1,00.

Então, calculemos a carga nuclear efetiva sobre os elétrons de valência do oxigênio (subnível 2p):

Primeiro faremos a organização proposta pela regra I:

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𝑂: (1𝑠 2 )(2𝑠 2 2𝑝4 ), 𝑛 = 2

Então, o fator de blindagem será:

𝑆 = (2.0,85) + (5.0,35) = 3,45

𝑍𝑒𝑓 = 𝑍 − 𝑆 = 8 − 3,45 = 4,55

Portanto, os elétrons de valência do oxigênio sentem uma carga nuclear de apenas 4,55.

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Prove, usando a Regra de Slater, que a configuração eletrônica do potássio (Z = 19) no estado
fundamental é [Ar]4s¹, e não [Ar]3d¹.

Comentários

Para resolver esse problema, consideraremos o cálculo da nuclear efetiva sobre os elétrons da
camada externo do potássio (Z = 19) em suas duas configurações fornecidas pelo enunciado.

𝐾: [𝐴𝑟]4𝑠¹

𝐾 ∗ : [𝐴𝑟]3𝑑¹

Na configuração 𝐾: (1𝑠 2 )(2𝑠 2 2𝑝6 )(3𝑠 2 3𝑝6 )(4𝑠1 ), precisamos levar em conta a seguinte
contagem dos elétrons nos diferentes níveis, já que o elétron

• Mesmo Nível: Não há nenhum elétron no mesmo nível (4s) do elétron mais externo;

• Nível n-1: Há 8 elétrons no nível inferior (nível 3) ao elétron mais externo;

• Demais Níveis: Há 10 elétrons nos demais níveis (1 e 2);

𝑆 = (0.0,35) + (8.0,85) + (10.1,00) = 16,8

𝑍𝑒𝑓 = 𝑍 − 𝑆 = 19 − 16,8 = 2,2

Na configuração 𝐾 ∗ : (1𝑠 2 )(2𝑠 2 2𝑝6 )(3𝑠 2 3𝑝6 )(3𝑑1 ), como o elétron mais externo é do subnível
3d, levamos em conta o seguinte:

• Mesmo Subnível: Não há nenhum elétron no mesmo subnível do elétron mais externo;

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• Subnível Inferior: todos os 18 elétrons estão em um subnível inferior ao 3d.

𝑆 = (0.0,35) + (18.1,00) = 18

𝑍𝑒𝑓 = 𝑍 − 𝑆 = 19 − 18 = 1

Portanto, o elétron de valência na configuração 𝐾 sente uma carga nuclear efetiva bem maior
que o elétron de valência na configuração 𝐾 ∗ . Dessa maneira, ele está mais fortemente ligado ao
núcleo, por isso, a configuração 𝐾: [𝐴𝑟]4𝑠1 corresponde ao estado fundamental do elemento.

Gabarito: demonstração

3.3. Periodicidade da Carga Nuclear Efetiva


A seguir, temos os valores calculados, de acordo com a Regra de Slater para as cargas nucleares
efetivas dos elementos representativos.

Figura 12: Cargas Nucleares Efetivas dos Elementos Representativos

A carga nuclear efetiva é denominada uma propriedade periódica, porque o seu comportamento
pode ser razoavelmente previsto com a simples observação da posição do elemento na Tabela Periódica.

Nos metais de transição, a carga nuclear efetiva varia pouco em razão do observado
anteriormente. Optamos por não realizar o cálculo pela Regra de Slater, pois há controvérsias em relação
à configuração fundamental de vários elementos desse bloco.

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4. Propriedades Periódicas
São as aquelas que estão relacionadas ao átomo isolado. Portanto, não dependem da substância
em que ele está localizado. É importante registrar que todas essas propriedades são diretamente
influenciadas pela Carga Nuclear Efetiva.

4.1. Raio Atômico


A definição de raio atômico leva em consideração:

• No caso de metais, o raio atômico (ou raio metálico) é dado pela metade da distância entre
núcleos vizinhos numa amostra sólida;

• No caso de não-metais ou semimetais, o raio atômico (ou raio covalente) é definido como
a metade da distância de uma ligação simples.

• No caso dos gases nobres, o raio atômico é definido como a metade da distância mínima
entre dois átomos em uma amostra.

Figura 13: Raio Atômico: Metálico e Covalente (fontes: [8] e [9])

Os dois principais fatores que influenciam no raio atômico são:

• O período em que está o elemento, pois quanto mais camadas eletrônicas ele tiver, maior
tenderá a ser o seu raio atômico. Sendo assim, o raio atômico cresce para baixo na Tabela
Periódica.

• Quanto maior a carga nuclear efetiva sobre o elétron mais externo, mais intensa será a
atração que o núcleo exerce sobre ele. Portanto, mais próximo do núcleo, ele tenderá a
permanecer. Logo, quanto maior a carga nuclear efetiva, menor será o raio atômico. Como
ela cresce para a direita, o raio atômico cresce para a esquerda.

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Sendo assim, o raio atômico cresce para a direita da tabela periódica, no sentido dos gases nobres,
e para baixo.

Figura 14: Raio Atômico (em pm) dos elementos representativos da Tabela Periódica

É importante observar que o raio atômico não pode ser usado para estimar comprimentos de
ligação entre moléculas diatômicas. Por exemplo, o raio covalente do hidrogênio é 37 pm e o raio
covalente do flúor é 71 pm.

No entanto, a distância de ligação no HF (fluoreto de hidrogênio) é de 91,7 pm que não


corresponde à soma dos raios covalentes conhecidos (108 pm).

No caso dos metais de transição, o efeito da pequena variação de carga efetiva é sentido com
ainda maior intensidade. Por exemplo, na família IV-B, os raios atômicos pouco variam. Ainda assim,
seguem a regra geral sobre o sentido de crescimento dessa propriedade na tabela periódica.

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Figura 15: Raios Atômicos dos Elementos de Transição

O zircônio e o háfnio apresentam muitas propriedades parecidas, como pontes de fusão, ebulição
e solubilidades de seus compostos.

Você deve se lembrar que Niels Bohr foi o primeiro a realizar o cálculo experimental do raio da
primeira órbita do átomo de hidrogênio, obtendo o valor de 53 pm. O raio atômico do hidrogênio obtido
pelo método ilustrado na Erro! Fonte de referência não encontrada., no entanto, é de 30 pm. Trata-se de
um número bastante inferior ao que foi previsto teoricamente por Bohr.

Será que esse resultado é uma refutação ao Modelo Atômico de Bohr? Ou existe algo que podemos
inferir a respeito?

É interessante observar o gráfico do Raio Atômico (em pm) em função do número atômico.

Figura 16: Raio Atômico (em pm) em função do Número Atômico

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Nesse gráfico, deixamos dois buracos devido aos elementos tecnécio (Tc) e promécio (Pm), que
são artificiais. Portanto, é muito difícil de obter experimentalmente suas propriedades periódicas. O
gráfico mostrado na Figura 16 é o típico das propriedades periódicas. Elas não crescem continuamente
com o número atômico.

Em vez disso, podemos observar que o raio atômico:

• cresce persistentemente com o aumento do período;

• decresce da família I-A para VIII-A;

• pouco varia entre os metais de transição.

4.2. Raio Iônico


O raio iônico de cátions sempre será menor que o raio atômico do elemento correspondente,
porque:

• A redução do número de elétrons diminui a blindagem, portanto a carga nuclear


efetiva aumenta;
• Em muitos cátions, a camada externa é removida, provocando uma diminuição de
período, como é o caso dos metais alcalinos e alcalino-terrosos.

A Figura 5 mostra os raios iônicos dos metais alcalinos. Compare com os respectivos raios
atômicos, observando que o raio iônico de um cátion é sempre menor que o raio atômico.

Tabela 4: Comparação entre o Raio Iônico e o Raio Atômico dos Metais Alcalinos

Cátion Raio Iônico (pm) Raio Atômico (pm)

Li+ 82 123

Na+ 110 157

K+ 159 203

Rb+ 168 216

Cs+ 180 235

Isso acontece, porque teremos a mesma quantidade de prótons atraindo um número menor de
elétrons. Em alguns casos, como os próprios metais alcalinos, quando o elétron é removido, o íon perde
uma camada inteira em relação ao átomo neutro.

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O raio iônico cresce com o período. Esse comportamento também é esperado, tendo em vista que,
quanto maior for o período do elemento, mais camadas de elétrons o seu cátion apresentará. É a mesma
lógica do raio atômico.

No caso de raios iônicos, não faz muito sentido estudar o comportamento ao longo da tabela
periódica, porque o raio iônico depende da carga do íon. Porém, é muito importante comparar os raios
iônicos de íons isoeletrônicos. Nesse caso, a regra é muito simples: quanto maior for a carga nuclear,
menor será o raio iônico.

A razão para isso é que teremos a mesma quantidade de elétrons sendo atraída por mais prótons,
portanto, a intensidade da atração será maior, logo o raio iônico será menor. Vejamos alguns exemplos
de tamanhos de raios iônicos.

Tabela 5: Raios Iônicos de Íons com 18 elétrons

Íon Número Atômico Número de Elétrons Raio Iônico (pm)

S2- 16 18 174

Cl- 17 18 181

K+ 19 18 159

Ca2+ 20 18 106

4.3. Energia de Ionização


A energia de ionização é a energia necessária para retirar um elétron de uma espécie química no
estado gasoso.
+ −
𝐿𝑖(𝑔) → 𝐿𝑖(𝑔) + 𝑒(𝑔)

O estado gasoso é necessário, pois é a situação em que o átomo está o mais isolado possível. Não
se pode falar, portanto, da energia de ionização no estado sólido.

Um cátion é formado sempre retirando o elétron mais externo. Dessa maneira,


considerando que a configuração eletrônica do ferro no estado fundamental é 𝐹𝑒: [𝐴𝑟]4𝑠 2 3𝑑 6 ,
os seus cátions de carga +2 e +3 terão as seguintes configurações eletrônicas.
𝐹𝑒 2+ : [𝐴𝑟]3𝑑 6

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𝐹𝑒 3+ : [𝐴𝑟]3𝑑 5

O fator mais importante sobre a primeira energia de ionização é o raio atômico. Quanto maior for
o raio atômico, mais distante estará o elétron mais externo do núcleo. Portanto, menor será a atração
entre eles, logo, menor será a energia necessária para arrancar o elétron.

Dessa maneira, a primeira energia de ionização cresce no sentido oposto ao raio atômico. Ela
cresce para a direita e para cima.

Figura 17: Primeiras Energias de Ionização dos Elementos Representivos (em kJ mol-1) – fonte [5]

A respeito das primeiras energias de ionização, temos duas exceções bem interessantes de se
comentar:

• A primeira energia de ionização dos elementos da família III-A é inferior à primeira energia
de ionização dos elementos da família II-A do mesmo período.

Para entender essa exceção, devemos levar em consideração que o elétron mais externo do
alumínio está localizado no subnível 3p, enquanto que o elétron mais externo do magnésio está localizado
no subnível 3s.

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O subnível 3s é mais penetrante, ou seja, os seus elétrons estão mais próximos do núcleo que os
elétrons do subnível 3p. Sendo assim, como o alumínio tem seu primeiro elétron retirado de um subnível
mais externo, sua primeira energia de ionização acaba sendo menor que a primeira energia de ionização
do magnésio.

• A primeira energia de ionização dos elementos da família VI-A é menor que a primeira
energia de ionização dos elementos da família V-A do mesmo período.

Para entender essa exceção, vamos observar que o oxigênio apresenta um par de elétrons
emparelhados em um de seus orbitais 2p, enquanto que o nitrogênio não apresenta elétrons
emparelhados no seu estado fundamental.

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Quando ionizados, os elementos da família VI-A se livram de um par de elétrons desemparelhados


e adquirem uma configuração eletrônica semiestável, que é aquela em que existem três elétrons
desemparelhados em orbitais p separados.

4.3.1. Outras Energias de Ionização dos Metais Alcalinos


(família I-A)
Consideremos as três ionizações do átomo de sódio.

Primeira Ionização 𝑵𝒂 (𝒈) → 𝑵𝒂+ (𝒈) + 𝒆− (𝒈)

Segunda Ionização 𝑁𝑎+ (𝑔) → 𝑁𝑎2+ (𝑔) + 𝑒 − (𝑔)

Terceira Ionização 𝑁𝑎2+ (𝑔) → 𝑁𝑎3+ (𝑔) + 𝑒 − (𝑔)

A primeira ionização consiste em afastar um elétron de uma carga negativa. Já a segunda ionização
consiste em afastar um elétron de duas cargas negativas, o que certamente é mais difícil, já que a força
de atração aumenta com as cargas. A terceira ionização é ainda mais difícil, pois requer afastar o elétron
de três cargas positivas.

Somente pelo fator carga, podemos imaginar que a segunda energia de ionização do sódio é, pelo
menos, o dobro da primeira – já que a carga duplicou. Por sua vez, a terceira energia de ionização do sódio
deve ser cerca de 50% a mais que a segunda – já que a carga aumentou em 50%, de 2 para 3.

Porém, devemos acrescentar um segundo fator extremamente importante, que é a distância.


Considerando que a configuração eletrônica do sódio no estado fundamental é Na: 1s²2s²2p63s¹, temos
que os três elétrons removidos têm origens diferentes.

Figura 18: Três Primeiras Energias de Ionização do Sódio

Observe que é muito mais difícil retirar o segundo elétron do sódio do que o primeiro. É
exatamente por isso que o sódio (e os demais metais alcalinos) formam apenas o cátion de carga +1 nos
seus compostos.

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4.3.2. Outras Energias de Ionização dos Metais Alcalinos-


Terrosos (família II-A)
Vamos analisar, agora, o caso do magnésio (família II-A), que é um metal alcalino-terroso. Sua
configuração eletrônica no estado fundamental é:

𝑀𝑔: 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2

Devido à configuração eletrônica do magnésio, nas duas primeiras ionizações, são retirados
elétrons do subnível 3s, mas o terceiro elétron é retirado de um subnível diferente (o 3p).

Por conta disso, nas duas primeiras ionizações, a variação de energia segue basicamente o que é
esperado pela variação de carga. Como a carga do íon duplica, a segunda energia de ionização é
aproximadamente o dobro da primeira.

Figura 19: Três Primeiras Energias de Ionização do Magnésio

Porém, no caso da terceira energia de ionização, houve um salto muito grande, pois aconteceu
uma mudança de subnível do elétron a ser retirado.

Com base nisso, podemos observar que a Regra de Octeto para os metais é uma consequência
natural do comportamento de sua energia de ionização.

Regra do Octeto: os elementos tendem a se ligar para formar compostos em que


apresentem a configuração eletrônica de um gás nobre.

Regra do Octeto para Metais: os metais tendem a perder todos os seus elétrons da
camada de valência, formando cátions e adquirindo a configuração eletrônica de gás
nobre.

Os metais alcalinos e alcalino-terrosos (famílias I-A e II-A) seguem essa famosa regra,
simplesmente perdendo os seus elétrons da camada de valência.

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Porém, isso não acontece com todos os elementos.

4.3.3. Outras Energias de Ionização dos demais Metais


Representativos (famílias III-A a V-A)
Os metais representativos dessas famílias possuem dois elétrons no subnível s e também possuem
elétrons no subnível p.

𝐴𝑙: [𝑁𝑒]3𝑠 2 3𝑝1


𝑃𝑏: [𝑋𝑒]6𝑠 2 6𝑝2

Figura 20: Energias de Ionização dos Elétrons da Camada de Valência do Alumínio (Al) e do Chumbo (Pb)

Note que o salto de energia de ionização observe do segundo para o terceiro elétron é de apenas
duas vezes. Porém, o que se esperava era um aumento de 50%. Essa variação acima do normal é suficiente
para que seja muito difícil de se formar o íon Pb4+.

Dessa maneira, a Regra do Octeto normalmente não se aplica aos metais das famílias III-A a V-A.
Esses metais tendem a perder somente os elétrons do subnível p, mas não os subnível s. Isso é conhecido
como Efeito do Par Inerte.

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Embora existam compostos com o íon Pb4+, eles são menos comuns que os compostos com o íon
Pb2+.O mesmo podemos dizer do bismuto (Bi – família V-A), que forma normalmente o íon Bi3+, em que
perde somente os elétrons do subnível p.

A exceção fica por conta do alumínio (A). Como sua terceira energia de ionização ainda é
relativamente baixa, ele forma cátion A3+ em compostos com o flúor ou com o oxigênio. São exemplos:
AF3 (fluoreto de alumínio), A2O3 (óxido de alumínio) e A (NO3)3 (nitrato de alumínio).

Vamos sintetizar o que aprendemos sobre a Regra do Octeto para metais.

Perdem todos os elétrons


Famílias I-A e II-A
Regra do Octeto para

da camada de valência

Normalmente só perdem
os elétrons do subnível p
Metais

Demais Representativos
Exceção: alumínio diante
de flúor e oxigênio

Metais de Transição Não se aplica

Figura 21: Regra do Octeto para Metais

4.4. Afinidade Eletrônica


A energia de ionização é a energia liberada por uma espécia química quando ela absorve um
elétron no estado gasoso.

Por exemplo, a afinidade eletrônica do cloro é a energia liberada na seguinte reação.

𝐶𝑙(𝑔) + 𝑒 − (𝑔) → 𝐶𝑙 − (𝑔)

A afinidade eletrônica cresce, em regra, para a direita, no sentido dos halogênios, experimentando
uma brusca redução nos gases nobres. Também cresce para cima. O cloro é o elemento da tabela
periódica de maior afinidade eletrônica – essa é uma exceção, pois o esperado seria o flúor.

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É interessante destacar que a afinidade eletrônica está relacionada à energia liberada. Na Física,
energia liberada é normalmente assinalada com o sinal negativo. Por isso, dizemos que um elemento
possui maior afinidade eletrônica quando a energia envolvida na reação é mais negativa.

Figura 22: Comportamento da Afinidade Eletrônica na Tabela Periódica

De maneira sucinta, podemos afirmar que a Regra do Octeto também se aplica para não-metais.

Regra do Octeto para não-metais: em compostos iônicos, os não-metais tendem a


absorver elétrons, formando ânions, cuja configuração eletrônica é a mesma de um
gás nobre.

Dessa maneira, o oxigênio da família VI-A possui 6 elétrons na camada de valência, logo precisa
absorver dois elétrons para chegar à mesma configuração eletrônica de um gás nobre, no caso, o neônio
(Ne: 1s²2s²2p6).

𝑂: 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝4 → 𝑂2− ∶ 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 (𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑡𝑟ô𝑛𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑁𝑒)

Uma exceção que podemos observar é que o cloro possui maior afinidade eletrônica que o flúor.

Outro fato notável é que as afinidades eletrônicas dos elementos da família V-A são muito baixas.
O nitrogênio, por exemplo, tem uma afinidade eletrônica menor que a do carbono. Isso acontece, porque
o nitrogênio já possui o orbital 2p com vários elétrons desemparelhados. Absorver um novo elétron
implicaria emparelhar elétrons, o que é uma situação desconfortável.

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Figura 23: Baixa Afinidade Eletrônica do Nitrogênio (N)

A principal consequência disso é que, embora seja não-metal típico, o nitrogênio raramente forma
ânions, como o nitreto 𝑁 3− .

Vamos sintetizar o que aprendemos sobre Afinidade Eletrônica.

• Deve ser aferida noe stado gaosso;

• Cresce no sentido da Carga Nuclear Efetiva;

• O nitrogênio posui afinidade eletrônica muito menor que o esperado, por isso, raramente
forma ânion

4.5. Estabilidade Eletrônica dos Gases Nobres


Os gases nobres apresentam elevadas energias de ionização e baixas afinidades eletrônicas. Por
conta disso, eles têm grande dificuldade de formar compostos iônicos, seja como cátions ou como ânions.

Eles são os únicos elementos que se apresentam normalmente na natureza na forma de átomos
isolados. Por essas razões, foi proposta a Regra do Octeto. Segundo essa regra, os gases nobres já
apresentam sua camada de valência estável. Todos os demais elementos precisam reagir para atingir a
configuração eletrônica semelhante a um gás nobre.

A Regra do Octeto para compostos iônicos pode ser sintetizada pela Figura 24.

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Figura 24: Regra do Octeto para Compostos Iônicos

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Considere as seguintes proposições a respeito das propriedades periódicas.

I – O raio iônico em espécies químicas isoeletrônicas cresce com o aumento do número atômico.

II – O raio atômico do hidrogênio é igual à metade da menor distância entre duas moléculas nas
condições padrão.

III – Num mesmo período, o raio atômico aumenta com o aumento do número atômico.

Está(ão) CORRETA(s):

a) Apenas I.

b) Apenas I e II.

c) Apenas II.

d) Apenas II e III.

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e) I, II e III.

Comentários

Vamos analisar os itens:

I – Se duas espécies químicas apresentam o mesmo número de elétrons, quanto maior o número
atômico, maior é a força de atração entre o núcleo e esses elétrons. Logo, menor será o raio
iônico. Afirmativa correta.

II – O raio atômico do hidrogênio é igual à metade da distância de ligação química, ou seja, entre
dois átomos da mesma molécula. Afirmativa errada.

III – O raio atômico cresce para a direita e para baixo. No mesmo período, portanto, o raio
atômico cresce para esquerda, ou seja, ele diminui com o aumento do número atômico.
Afirmativa errada.

Portanto, somente o item I está correto.

Gabarito: A

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Assinale a afirmativa ERRADA a respeito das propriedades periódicas de diversos elementos:

a) O cálcio possui raio atômico maior que o magnésio.

b) O lítio possui raio atômico maior que o berílio.

c) Considerando as espécies químicas Na+, O2- e Ne, a ordem crescente dos raios iônicos é: O2- > Ne
> Na+.

d) A energia de ionização do sódio corresponde à energia envolvida na reação Na(s) → Na+(g) + e-.

e) A energia de ionização do íon Mg+ é menor que a energia de ionização do íon Mg2+.

Comentários

Primeiramente, você deve se lembrar que o raio atômico cresce para a esquerda e para baixo na
Tabela Periódica.

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a) Na família II-A, devemos nos lembrar da frase: Bela Margarida Casou com o Sr Barão do
Rádio. Portanto, o cálcio está abaixo do magnésio, logo apresenta raio atômico maior.
Afirmativa correta.

b) O lítio pertence à família I-A e o berílio à família II-A. Ambos no mesmo período. Como o
raio atômico cresce para a esquerda, o raio do lítio é, de fato, maior que o raio do berílio.
Afirmativa correta.

c) As três espécies são isoeletrônicas, portanto, quanto maior o número atômico, menor
será o raio iônico. Considerando os números atômicos 11Na, 8O e 10Ne, temos que, de fato,
o oxigênio é o maior e o sódio é o menor. Afirmativa correta.

d) A energia de ionização deve ser aferida no estado gasoso, não no estado sólido.
Afirmativa errada.

e) A ionização do Mg+ requer separar um elétron de duas cargas positivas, enquanto que a
ionização do Mg2+ requer separar um elétron de três cargas positivas.

𝑀𝑔+ (𝑔) → 𝑀𝑔2+ (𝑔) + 𝑒 −

𝑀𝑔2+ (𝑔) → 𝑀𝑔3+ (𝑔) + 𝑒 −

Como as cargas envolvidas aumentaram, é natural que a energia de ionização também aumente.
Somado a isso, podemos citar que o segundo elétron do magnésio é retirado do subnível 3p,
enquanto que o terceiro é retirado do subnível 3s. Portanto, a mudança de subnível contribui
para aumentar ainda mais a terceira energia de ionização.

Essa é uma regra que podemos estabelecer. A segunda energia de ionização é sempre maior que
a primeira; a terceira é sempre maior que a segunda; e, assim, por diante.

Afirmativa correta.

Gabarito: D

Finalizamos aqui a nossa teoria por hoje. Agora, você terá uma bateria de exercícios.

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5. Lista de Questões Propostas


MASSAS MOLARES

Elemento Número Massa Molar Elemento Número Massa Molar


Químico Atômico (g mol-1) Químico Atômico (g mol-1)

H 1 1,01 Mn 25 54,94

Li 3 6,94 Fe 26 55,85

C 6 12,01 Co 27 58,93

N 7 14,01 Cu 29 63,55

O 8 16,00 Zn 30 65,39

F 9 19,00 As 33 74,92

Ne 10 20,18 Br 35 79,90

Na 11 22,99 Mo 42 95,94

Mg 12 24,30 Sb 51 121,76

Al 13 26,98 I 53 126,90

Si 14 28,08 Ba 56 137,33

S 16 32,07 Pt 78 195,08

Cl 17 35,45 Au 79 196,97

Ca 20 40,08 Hg 80 200,59

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Considere as seguintes afirmativas sobre a Tabela Periódica:

I – É impossível que um metal e um não-metal pertençam a mesma família, em virtude de apresentarem


propriedades químicas radicalmente diferentes.

II – Dois elementos pertencem à mesma família quando suas configurações eletrônicas na camada de valência
são semelhantes, independentemente de possuírem propriedades semelhantes.

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III – Os metais são bons condutores de calor e eletricidade. Além disso, são maleáveis e podem ser
transformados em fios.

Das afirmações, está(ão) CORRETAS:

a) Apenas I.

b) Apenas I e II.

c) Apenas II.

d) Apenas II e III.

e) Apenas III.

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Numa sala de aula com ar condicionado, a parte metálica de uma cadeira é, ao toque da mão, mais fria que a
parte de plástico. Isso se deve ao fato de que o metal está a uma temperatura inferior, porque é um melhor
condutor de calor? Justifique a sua resposta.

(IME – 2011)

Considere as espécies de (I) a (IV) e o arcabouço da Tabela Periódica representados a seguir. Assinale a
alternativa correta.

I. II.

III. IV.

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a) A espécie (II) é um gás nobre.

b) A camada de valência da espécie (I) pode ser representada por: ns2 np5.

c) A camada de valência da espécie (III) pode ser representada por: ns2 np6.

d) A espécie (IV) é um metal eletricamente neutro.

e) As espécies (I) e (III) são cátions.

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Prove, usando a Regra de Slater, que a configuração eletrônica do potássio (Z = 19) no estado fundamental é
[Ar]4s¹, e não [Ar]3d¹.

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Considere as seguintes proposições a respeito das propriedades periódicas.

I – O raio iônico em espécies químicas isoeletrônicas cresce com o aumento do número atômico.

II – O raio atômico do hidrogênio é igual à metade da menor distância entre duas moléculas nas condições
padrão.

III – Num mesmo período, o raio atômico aumenta com o aumento do número atômico.

Está(ão) CORRETA(s):

a) Apenas I.

b) Apenas I e II.

c) Apenas II.

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d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Assinale a afirmativa ERRADA a respeito das propriedades periódicas de diversos elementos:

a) O cálcio possui raio atômico maior que o magnésio.

b) O lítio possui raio atômico maior que o berílio.

c) Considerando as espécies químicas Na+, O2- e Ne, a ordem crescente dos raios iônicos é: O2- > Ne > Na+.

d) A energia de ionização do sódio corresponde à energia envolvida na reação Na(s) → Na+(g) + e-.

e) A energia de ionização do íon Mg+ é menor que a energia de ionização do íon Mg2+.

(ITA – 2017 – adaptada)

Considere as seguintes proposições para espécies químicas no estado gasoso:

I – A energia de ionização do íon Be3+ é maior do que a do íon He+.

II – A energia do orbital 2s do átomo de berílio é igual à energia do orbital 2s do átomo de boro.

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Em 2010, a NASA anunciou a descoberta de uma nova espécie de bactéria que no seu DNA apresenta ligações
de arsênio ao invés de fósforo. O arsênio é um elemento químico fundamental para a vida, mesmo sendo
extremamente venenoso. Apresenta três estados alotrópicos, é bom condutor de calor e péssimo condutor de
eletricidade, reage com o cloro, com o enxofre, com o oxigênio, é altamente tóxico, volátil e insolúvel na água.
Sobre o arsênio e o DNA, assinale a afirmação verdadeira.

a) A toxicidade, a volatilidade e a insolubilidade são propriedades químicas.

b) Os alótropos do arsênio diferem entre si em relação ao número de nêutrons nos seus átomos.

c) O fósforo pode ser substituído pelo arsênio no DNA, porque ambos têm características semelhantes e
pertencem ao mesmo período da tabela periódica.

d) O nitrogênio, o fósforo e o arsênio possuem o mesmo número de elétrons na camada de valência.

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(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

De acordo com o Modelo do Mar de Elétrons, os metais apresentam uma grande quantidade de “elétrons
livres” dispersos em sua estrutura. Esses elétrons livres ajudam a explicar a boa condutividade térmica dos
metais, tendo em vista que os elétrons:

a) deslocam-se rapidamente, através do metal, transferindo energia aos átomos de regiões mais frias.

b) entram em subníveis de maior energia, facilitando a formação de estruturas cristalinas mais complexas.

c) dirigem-se para as regiões mais internas, ocupando, preferencialmente, os orbitais dos tipos “d” e “f”.

d) ficam impossibilitados de se movimentarem, diminuindo a eletropositividade dos átomos.

e) são ejetados da peça metálica com altíssimas velocidades, diminuindo a eletronegatividade dos átomos
periféricos.

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Em 1839, o físico Alexandre Edmond Becquerel (1820–1891) descobriu, experimentalmente, o efeito


fotoelétrico, aos 19 anos de idade. O efeito fotoelétrico tem até muitas aplicações, como o controle remoto.

A energia solar incide sobre uma chapa metálica, removendo seus elétrons, o que permite a criação de uma
corrente elétrica. Para garantir maior eficiência, o material usado na fabricação de uma célula fotoelétrica deve
ter:

a) ductibilidade.

b) elevado brilho metálico.

c) baixo ponto de fusão.

d) baixa energia de ionização.

e) alta eletronegatividade

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Com relação às propriedades periódicas, assinale o que for correto.

a) No mesmo período, da esquerda para a direita na Tabela Periódica, devido ao aumento da carga
nuclear, os elétrons da eletrosfera são mais fortemente atraídos, o que causa uma diminuição do raio atômico.

b) Quanto maior for o raio atômico, maior será a afinidade eletrônica.

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c) O aumento da energia de ionização, com o aumento de Z, está diretamente relacionado ao aumento do


raio atômico.

d) A energia de ionização diminui de baixo para cima em uma família da Tabela Periódica, devido à
diminuição da atração do núcleo sobre os elétrons mais externos.

e) A eletronegatividade de um átomo é medida pela quantidade de energia liberada quando um átomo


gasoso, isolado e no seu estado fundamental, recebe um elétron.

(ITA – 2006)

Considere as afirmações abaixo, todas relacionadas a átomos e íons no estado gasoso:

I. A energia do íon Be2+, no seu estado fundamental, é igual à energia do átomo de He neutro no seu
estado fundamental.

II. Conhecendo a segunda energia de ionização do átomo de He neutro, é possível conhecer o valor da
afinidade eletrônica do íon He2+.

III. Conhecendo o valor da afinidade eletrônica e da primeira energia de ionização do átomo de Li neutro, é
possível conhecer a energia envolvida na emissão do primeiro estado excitado do átomo de Li neutro para o
seu estado fundamental.

IV. A primeira energia de ionização de íon H− é menor do que a primeira energia de ionização do átomo de
H neutro.

V. O primeiro estado excitado do átomo de He neutro tem a mesma configuração eletrônica do primeiro
estado excitado do íon Be2+.

Então, das afirmações acima, estão CORRETAS:

a) apenas I e III.

b) apenas I, II e V.

c) apenas I e IV.

d) apenas II, IV e V.

e) apenas III e V.

(IME – 2004)

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A incidência de radiação eletromagnética sobre um átomo é capaz de ejetar o elétron mais externo de sua
camada de valência. A energia necessária para a retirada deste elétron pode 2ser determinada pelo princípio
da conservação de energia, desde que se conheça sua velocidade de ejeção.

Para um dado elemento, verificou-se que a velocidade de ejeção foi de 1,00 x 106 m/s, quando submetido a
1070,9 kJ/mol de radiação eletromagnética.

Considerando a propriedade periódica apresentada no gráfico (Energia de Ionização x Número Atômico) e a


massa do elétron igual a 9,00 x 10−31kg, determine:

2500
He

Ne
2000
Energia de ionização, kJ/mol

F
Ar
1500 N
H O Cl
C P
1000 Be S
Mg Si
B
Ca
500 Al
Li Na Na

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Número Atômico

a) o elemento em questão, sabendo que este pertence ao terceiro período da Tabela Periódica;

b) o número atômico do próximo elemento do grupo;

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

O selênio é um antioxidante que tem se mostrado eficiente no combate ao câncer. Entre as principais fontes do
elemento para o ser humano, encontram-se a castanha-do-pará e o feijão fradinho.

Considerando-se essas informações e a Tabela Periódica, é correto afirmar:

a) O raio iônico do íon Se2– é menor do que o do íon S2–.

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b) O raio atômico do átomo de selênio é maior que o do átomo de oxigênio.

c) O átomo de selênio está localizado em um período inferior ao átomo de criptônio.

d) A primeira energia de ionização do átomo de oxigênio é menor que a do átomo de selênio.

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Considere as seguintes reações partindo do átomo de alumínio no estado gasoso:

Al(g) + X → Al+(g) + e–

Al+(g) + Y → Al2+(g) + e–

Al2+(g) + Z → Al3+(g) + e–

X, Y e Z correspondem ao valor de energia necessária para remover um ou mais elétrons de um átomo isolado
no estado gasoso. A alternativa que apresenta corretamente os possíveis valores de X, Y e Z, respectivamente,
é:

a) 578 kJ, 1820 kJ e 2750 kJ.

b) 2750 kJ, 1820 kJ e 578 kJ.

c) 578 kJ, 820 kJ e 250 kJ.

d) 2250 kJ, 820 kJ e 578 kJ.

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

O selênio é um antioxidante que tem se mostrado eficiente no combate ao câncer. Entre as principais fontes do
elemento para o ser humano, encontram-se a castanha-do-pará e o feijão fradinho.

Considerando-se essas informações e a Tabela Periódica, é correto afirmar:

a) O raio iônico do íon Se2– é menor do que o do íon S2–.

b) O raio atômico do átomo de selênio é maior que o do átomo de oxigênio.

c) O átomo de selênio está localizado em um período inferior ao átomo de criptônio.

d) A primeira energia de ionização do átomo de oxigênio é menor que a do átomo de selênio.

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(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Considere as seguintes reações partindo do átomo de alumínio no estado gasoso:

Al(g) + X → Al+(g) + e–

Al+(g) + Y → Al2+(g) + e–

Al2+(g) + Z → Al3+(g) + e–

X, Y e Z correspondem ao valor de energia necessária para remover um ou mais elétrons de um átomo isolado
no estado gasoso. A alternativa que apresenta corretamente os possíveis valores de X, Y e Z, respectivamente,
é:

a) 578 kJ, 1820 kJ e 2750 kJ.

b) 2750 kJ, 1820 kJ e 578 kJ.

c) 578 kJ, 820 kJ e 250 kJ.

d) 2250 kJ, 820 kJ e 578 kJ.

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5.1. Gabarito
1. E

2. Errado

3. C

4. demonstração

5. A

6. D

7. Apenas I

8. D

9. A

10. D

11. A

12. D

13. Si; 32

14. B

15. B

16. B

17. B

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6. Lista de Questões Comentadas

(ITA – 2017 – adaptada)

Considere as seguintes proposições para espécies químicas no estado gasoso:

I – A energia de ionização do íon Be3+ é maior do que a do íon He+.

II – A energia do orbital 2s do átomo de berílio é igual à energia do orbital 2s do átomo de boro.

Comentários

I – É interessante a afirmativa. O íon Be3+ é isoeletrônico do íon He+, porém, apresenta uma
quantidade maior de elétrons. Sendo assim, o seu raio iônico é menor, logo, a sua energia de
ionização é maior. Afirmativa correta.

A propósito, como ambos os íons são monoeletrônicos, suas energias de ionização podem ser
calculadas pela Equação de Rydberg.

𝐸 = 𝑅ℎ𝑐. 𝑍 2 = 13,6. 𝑍 2

II – Certamente, as energias dos orbitais 2s de dois átomos diferentes não podem ser iguais.
Considerando os números atômicos e famílias do berílio (Z = 4, família II-A) e do boro (Z = 5,
família III-A), podemos concluir que a carga nuclear efetiva sobre os elétrons do orbital 2s do
berílio é inferior ao que acontece no boro, já que a Carga Nuclear Efetiva cresce para a direita na
Tabela Periódica.

Portanto, a energia necessária para retirar os elétrons do orbital 2s é maior no boro do que no
berílio. Porém, como ambas as energias são negativas, podemos afirmar que a energia do boro
é maior que a do berílio. Cuidado! O ITA gosta muito de jogar com os sinais e confundir a cabeça
dos vestibulandos.

AULA 03 – CLASSIFICAÇÕES PERIÓDICAS 53


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Gabarito: Apenas I

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Em 2010, a NASA anunciou a descoberta de uma nova espécie de bactéria que no seu DNA apresenta
ligações de arsênio ao invés de fósforo. O arsênio é um elemento químico fundamental para a vida,
mesmo sendo extremamente venenoso. Apresenta três estados alotrópicos, é bom condutor de
calor e péssimo condutor de eletricidade, reage com o cloro, com o enxofre, com o oxigênio, é
altamente tóxico, volátil e insolúvel na água. Sobre o arsênio e o DNA, assinale a afirmação
verdadeira.

a) A toxicidade, a volatilidade e a insolubilidade são propriedades químicas.

b) Os alótropos do arsênio diferem entre si em relação ao número de nêutrons nos seus átomos.

c) O fósforo pode ser substituído pelo arsênio no DNA, porque ambos têm características
semelhantes e pertencem ao mesmo período da tabela periódica.

d) O nitrogênio, o fósforo e o arsênio possuem o mesmo número de elétrons na camada de


valência.

Comentários

Questão que envolve vários tópicos da Química.

a) A toxicidade realmente é uma propriedade química, pois geralmente se relaciona com a


capacidade de uma toxina neutralizar enzimas essenciais ao nosso metabolismo. Porém, a

AULA 03 – CLASSIFICAÇÕES PERIÓDICAS 54


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volatilidade e a insolubilidade são propriedades físicas, pois se relacionam a processos


puramente físicos, que são a mudança de estado físico e a dissolução. Afirmação errada.

b) Os isótopos é que se distinguem entre si em relação ao número de nêutrons. Os alótropos são


substâncias simples diferentes formadas pelo mesmo elemento químico. Afirmação errada.

c) Lembrando-nos da frase referente à família V-A: “Na Padaria, Assei Saborosos Biscoitos”, de
fato, encontramos tanto o fósforo como o arsênio.

Por pertencerem à mesma família, eles, de fato, apresentam características semelhantes, como
o mesmo número de elétrons na camada de valência, que possibilitará que façam ligações
químicas semelhantes.

Gabarito: D

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

De acordo com o Modelo do Mar de Elétrons, os metais apresentam uma grande quantidade de
“elétrons livres” dispersos em sua estrutura. Esses elétrons livres ajudam a explicar a boa
condutividade térmica dos metais, tendo em vista que os elétrons:

a) deslocam-se rapidamente, através do metal, transferindo energia aos átomos de regiões mais
frias.

b) entram em subníveis de maior energia, facilitando a formação de estruturas cristalinas mais


complexas.

c) dirigem-se para as regiões mais internas, ocupando, preferencialmente, os orbitais dos tipos “d”
e “f”.

d) ficam impossibilitados de se movimentarem, diminuindo a eletropositividade dos átomos.

e) são ejetados da peça metálica com altíssimas velocidades, diminuindo a eletronegatividade dos
átomos periféricos.

Comentários

A condutividade térmica dos metais se deve ao fato de que eles possuem partículas, no caso, os
elétrons que podem se liberar e se mover ao longo das regiões do metal, transferindo energia
das regiões mais quentes para as mais frias.

Gabarito: A

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

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Em 1839, o físico Alexandre Edmond Becquerel (1820–1891) descobriu, experimentalmente, o efeito


fotoelétrico, aos 19 anos de idade. O efeito fotoelétrico tem até muitas aplicações, como o controle
remoto.

A energia solar incide sobre uma chapa metálica, removendo seus elétrons, o que permite a criação
de uma corrente elétrica. Para garantir maior eficiência, o material usado na fabricação de uma
célula fotoelétrica deve ter:

a) ductibilidade.

b) elevado brilho metálico.

c) baixo ponto de fusão.

d) baixa energia de ionização.

e) alta eletronegatividade

Comentários

Excelente questão que requer interpretação da material. A produção de corrente elétrica


acontece quando os elétrons são arrancados do material.

Sendo assim, o material deve ter facilidade de perder esses elétrons, o que requer uma baixa
energia de ionização.

Gabarito: D

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Com relação às propriedades periódicas, assinale o que for correto.

a) No mesmo período, da esquerda para a direita na Tabela Periódica, devido ao aumento da carga
nuclear, os elétrons da eletrosfera são mais fortemente atraídos, o que causa uma diminuição do
raio atômico.

b) Quanto maior for o raio atômico, maior será a afinidade eletrônica.

c) O aumento da energia de ionização, com o aumento de Z, está diretamente relacionado ao


aumento do raio atômico.

d) A energia de ionização diminui de baixo para cima em uma família da Tabela Periódica, devido
à diminuição da atração do núcleo sobre os elétrons mais externos.

e) A eletronegatividade de um átomo é medida pela quantidade de energia liberada quando um


átomo gasoso, isolado e no seu estado fundamental, recebe um elétron.

AULA 03 – CLASSIFICAÇÕES PERIÓDICAS 56


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Comentários

Questão muito interessante. Vamos analisar os itens individualmente.

a) No mesmo período, de fato, a maior carga nuclear aumenta a atração entre o núcleo o elétron
mais externo. Como esse elétron sente uma carga nuclear efetiva maior, ele tenderá a ficar mais
próximo do núcleo, diminuindo o raio atômico. Afirmação correta.

b) Quanto maior o raio atômico, mais fraca é a atração entre o núcleo e os elétrons mais externos,
tendo em vista que a força elétrica diminui com o quadrado da distância entre duas cargas. Sendo
assim, o raio atômico grande faz que o núcleo tenha maior dificuldade em atrair elétrons, o que
reduz a sua afinidade eletrônica. Afirmação errada.

c) Quanto menor o raio atômico, mais forte será a atração entre o núcleo e o elétron mais
externo. Portanto, mais difícil será remover esse elétron. Logo, a energia de ionização aumenta.
Sendo assim, a afirmação está errada.

d) Na verdade, a energia de ionização cresce de baixo para cima na Tabela Periódica. Quando
vamos para cima na Tabela Periódica, o raio atômico diminui, porque estamos diminuindo o
período e o número de camadas do elemento. Afirmação errada.

e) A alternativa seria uma perfeita descrição da afinidade eletrônica. Realmente, para a afinidade
eletrônica, o átomo deve estar isolado e no estado gasoso. Dessa forma, ele estará isolado de
qualquer efeito referente a alguma ligação química ou a forças intermoleculares. Afirmação
errada.

Gabarito: A

(ITA – 2006)
Considere as afirmações abaixo, todas relacionadas a átomos e íons no estado gasoso:

I. A energia do íon Be2+, no seu estado fundamental, é igual à energia do átomo de He neutro no
seu estado fundamental.

II. Conhecendo a segunda energia de ionização do átomo de He neutro, é possível conhecer o valor
da afinidade eletrônica do íon He2+.

III. Conhecendo o valor da afinidade eletrônica e da primeira energia de ionização do átomo de Li


neutro, é possível conhecer a energia envolvida na emissão do primeiro estado excitado do átomo
de Li neutro para o seu estado fundamental.

IV. A primeira energia de ionização de íon H− é menor do que a primeira energia de ionização do
átomo de H neutro.

AULA 03 – CLASSIFICAÇÕES PERIÓDICAS 57


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V. O primeiro estado excitado do átomo de He neutro tem a mesma configuração eletrônica do


primeiro estado excitado do íon Be2+.

Então, das afirmações acima, estão CORRETAS:

a) apenas I e III.

b) apenas I, II e V.

c) apenas I e IV.

d) apenas II, IV e V.

e) apenas III e V.

Comentários

Vamos analisar os itens individualmente.

I – O íon Be2+ é isoeletrônico do He, porém, apresenta um número maior de elétrons. Sendo
assim, o íon Be2+ deve apresentar maior energia de ionização no estado fundamental. Afirmativa
errada.

II –A segunda energia de ionização do hélio neutro é dada pela reação.

𝐻𝑒 + (𝑔) → 𝐻𝑒 2+ (𝑔) + 𝑒 −

Por outro lado, a afinidade eletrônica do íon He2+ é dada pela reação inversa.

𝐻𝑒 2+ (𝑔) + 𝑒 − → 𝐻𝑒 + (𝑔)

Portanto, a afinidade eletrônica do íon He2+ é igual em módulo, mas tem o sinal oposto da
segunda energia de ionização do He. Afirmativa correta.

III – Tanto a afinidade eletrônica como a primeira energia de ionização dizem respeito ao átomo
de lítio no seu estado fundamental. Nenhuma das duas propriedades traz nenhuma informação
sobre o primeiro estado excitado. Afirmativa errada.

IV – Vamos escrever as duas reações de ionização.

𝐻 − (𝑔) → 𝐻(𝑔) + 𝑒 −

𝐻(𝑔) → 𝐻 + (𝑔) + 𝑒 −

Dessa maneira, a ionização do íon hidreto (H-) envolve afastar um elétron de uma carga neutra.
Já a ionização do átomo de hidrogênio (H+) envolve afastar um elétron de uma carga positiva, o
que é bem mais difícil, portanto, requer mais energia. Afirmativa correta.

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V – Tanto o íon Be2+ como He possuem como estado fundamental a configuração 1s² e como
primeiro estado a configuração 1s¹1p¹. Afirmativa correta.

Portanto, os itens II, IV e V estão corretos.

Gabarito: D

(IME – 2004)

A incidência de radiação eletromagnética sobre um átomo é capaz de ejetar o elétron mais externo
de sua camada de valência. A energia necessária para a retirada deste elétron pode 2ser
determinada pelo princípio da conservação de energia, desde que se conheça sua velocidade de
ejeção.

Para um dado elemento, verificou-se que a velocidade de ejeção foi de 1,00 x 106 m/s, quando
submetido a 1070,9 kJ/mol de radiação eletromagnética.

Considerando a propriedade periódica apresentada no gráfico (Energia de Ionização x Número


Atômico) e a massa do elétron igual a 9,00 x 10−31kg, determine:

2500
He

Ne
2000
Energia de ionização, kJ/mol

F
Ar
1500 N
H O Cl
C P
1000 Be S
Mg Si
B
Ca
500 Al
Li Na Na

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Número Atômico

a) o elemento em questão, sabendo que este pertence ao terceiro período da Tabela Periódica;

b) o número atômico do próximo elemento do grupo;

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Comentários

Trata-se de uma questão que trata a Lei da Conservação de Energia, de maneira semelhante ao
Efeito Fotoelétrico. A energia da radiação incidente é dividida em duas partes: uma parte serve
para ionizar o elétron e o que resta para lhe conferir energia cinética.

𝐸𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐸𝑖𝑜𝑛𝑖𝑧𝑎çã𝑜 + 𝐸𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎

A energia cinética dos elétrons removidos é dada pela expressão conhecida da Física.

𝑚𝑣 2
𝐸𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 =
2
A massa de um mol de elétrons é igual ao produto da massa de um elétron pelo número de
Avogadro.

𝑚 = 6,02.1023 . 9,1.10−34 = 54,8.1023−34 = 54,8.10−11 = 5,5.10−10

Agora, podemos calcular a energia cinética dos elétrons.

𝑚𝑣 2 5,5.10−10 . (1.106 )2
𝐸𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 = = = 2,7.10−10 . 1.1012 = 2,7.102 = 270
2 2
Dessa maneira, aplicando a Lei da Conservação da Energia, podemos calcular a energia de
ionização do elemento.

𝐸𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐸𝑖𝑜𝑛𝑖𝑧𝑎çã𝑜 + 𝐸𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎

∴ 𝐸𝑖𝑜𝑛𝑖𝑧𝑎çã𝑜 = 𝐸𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 = 1070 − 270 = 800 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙

Olhando no gráfico de dados fornecidos e lembrando-nos que o átomo deve ser do terceiro
período, temos. No gráfico, os períodos podem ser identificados facilmente pelos gases nobres
que estão assinalados, que sempre corresponde aos picos do raio atômico.

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Portanto, o elemento que possui energia de ionização igual a 800 kJ/mol é o silício (Si).

O silício pertence à família IV-A. O gás nobre do terceiro período é o argônio (Z = 18), como
fornecido pelo gráfico. O próximo elemento da mesma família do silício é o germânio, cuja
configuração eletrônica no estado fundamental é:

𝐺𝑒: [𝐴𝑟]𝟒𝒔𝟐 3𝑑10 𝟒𝒑𝟐

Portanto, o número atômico do germânio é.

𝑍 = 18 + 2 + 10 + 2 = 32

Gabarito: Si; 32

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

O selênio é um antioxidante que tem se mostrado eficiente no combate ao câncer. Entre as


principais fontes do elemento para o ser humano, encontram-se a castanha-do-pará e o feijão
fradinho.

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Considerando-se essas informações e a Tabela Periódica, é correto afirmar:

a) O raio iônico do íon Se2– é menor do que o do íon S2–.

b) O raio atômico do átomo de selênio é maior que o do átomo de oxigênio.

c) O átomo de selênio está localizado em um período inferior ao átomo de criptônio.

d) A primeira energia de ionização do átomo de oxigênio é menor que a do átomo de selênio.

Comentários

A questão aborda os elementos da família VI-A. É interessante nos lembrarmos da frase: “OS
SeTe Porquinhos”. Também devemos nos lembrar dos gases nobres: “Hélio Negou Arroz a
Kristina e Xerém a Renata”

Também devemos nos lembrar que, na Tabela Periódica, o raio atômico cresce para baixo e para
a esquerda.

Agora, vamos analisar os itens oferecidos.

a) O enxofre (S) e o selênio (Se) pertencem à mesma família VI-A, portanto, possuem 6 elétrons
na camada de valência. Os seus ânions bivalentes possuem, portanto, 8 elétrons na camada de
valência. Porém, como o selênio está em um período superior ao enxofre, o fato de apresentar
mais camada faz que o raio iônico do Se2- (íon seleneto) seja maior que o raio iônico do S2- (íon
sulfeto). Afirmação errada.

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b) Como o raio atômico cresce para baixo na Tabela Periódica, de fato, ele cresce do oxigênio
para o selênio. Afirmação correta.

c) Tanto o selênio como o criptônio pertencem ao 4° nível, logo, apresentam o mesmo número
de camadas (4 camadas). Afirmação errada.

d) A energia de ionização cresce no sentido inverso do raio atômico. Isso acontece porque,
quanto maior o raio atômico, menor a atração entre o núcleo e o elétron. Dessa forma, ela cresce
para cima, e a energia de ionização do oxigênio é a maior entre os elementos da família VI-A.
Afirmação errada.

Gabarito: B

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

Considere as seguintes reações partindo do átomo de alumínio no estado gasoso:

Al(g) + X → Al+(g) + e–

Al+(g) + Y → Al2+(g) + e–

Al2+(g) + Z → Al3+(g) + e–

X, Y e Z correspondem ao valor de energia necessária para remover um ou mais elétrons de um


átomo isolado no estado gasoso. A alternativa que apresenta corretamente os possíveis valores de
X, Y e Z, respectivamente, é:

a) 578 kJ, 1820 kJ e 2750 kJ.


b) 2750 kJ, 1820 kJ e 578 kJ.

c) 578 kJ, 820 kJ e 250 kJ.

d) 2250 kJ, 820 kJ e 578 kJ.

Comentários

Nas reações mostradas, tem-se um átomo isolado no estado gasoso perdendo um elétron. Perder
um elétron corresponde a uma ionização.

Portanto, a propriedade trabalhada é a energia de ionização.

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Devemos saber, ainda, que a segunda energia de ionização é sempre maior que a primeira. E que
a terceira energia de ionização é sempre maior que a segunda.

Isso acontece, porque a primeira ionização consiste em afastar uma carga negativa de uma carga
positiva. Já a segunda ionização consiste em afastar uma carga negativa de duas cargas positivas,
o que é bem mais difícil. A terceira ionização, por sua vez, consiste em afastar uma carga negativa
de três cargas positivas, o que é ainda mais difícil.

Além disso, particularmente, no caso do átomo de alumínio, a segunda energia de ionização deve
ser bem maior que a primeira, porque a configuração eletrônica do alumínio no estado
fundamental é:

𝐴𝑙: [𝑁𝑒]3𝑠 2 3𝑝1

Portanto, o primeiro elétron é retirado do subnível 3p, mas o segundo elétron é retirado de um
subnível mais interno: o 3s. Assim, como há uma mudança de subnível, a mudança da primeira
para a segunda energia de ionização deve ser consideravelmente grande.

Por outro lado, a diferença entre a segunda e a terceira energia de ionização não deve ser tão
grande, porque os dois elétrons são retirados do subnível 3s.

Sendo assim, a primeira energia de ionização é a menor (578 kJ), a segunda é de 1820 kJ e a
terceira é a maior (2750 kJ).

Gabarito: B

(Estratégia Militares – TFC - Inédita)

O selênio é um antioxidante que tem se mostrado eficiente no combate ao câncer. Entre as


principais fontes do elemento para o ser humano, encontram-se a castanha-do-pará e o feijão
fradinho.

Considerando-se essas informações e a Tabela Periódica, é correto afirmar:

a) O raio iônico do íon Se2– é menor do que o do íon S2–.

b) O raio atômico do átomo de selênio é maior que o do átomo de oxigênio.

c) O átomo de selênio está localizado em um período inferior ao átomo de criptônio.

d) A primeira energia de ionização do átomo de oxigênio é menor que a do átomo de selênio.

Comentários

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A questão aborda os elementos da família VI-A. É interessante nos lembrarmos da frase: “OS
SeTe Porquinhos”. Também devemos nos lembrar dos gases nobres: “Hélio Negou Arroz a
Kristina e Xerém a Renata”

Também devemos nos lembrar que, na Tabela Periódica, o raio atômico cresce para baixo e para
a esquerda.

Agora, vamos analisar os itens oferecidos.

a) O enxofre (S) e o selênio (Se) pertencem à mesma família VI-A, portanto, possuem 6 elétrons
na camada de valência. Os seus ânions bivalentes possuem, portanto, 8 elétrons na camada de
valência. Porém, como o selênio está em um período superior ao enxofre, o fato de apresentar
mais camada faz que o raio iônico do Se2- (íon seleneto) seja maior que o raio iônico do S2- (íon
sulfeto). Afirmação errada.

b) Como o raio atômico cresce para baixo na Tabela Periódica, de fato, ele cresce do oxigênio
para o selênio. Afirmação correta.

c) Tanto o selênio como o criptônio pertencem ao 4° nível, logo, apresentam o mesmo número
de camadas (4 camadas). Afirmação errada.

d) A energia de ionização cresce no sentido inverso do raio atômico. Isso acontece porque,
quanto maior o raio atômico, menor a atração entre o núcleo e o elétron. Dessa forma, ela cresce
para cima, e a energia de ionização do oxigênio é a maior entre os elementos da família VI-A.
Afirmação errada.

Gabarito: B

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Considere as seguintes reações partindo do átomo de alumínio no estado gasoso:

Al(g) + X → Al+(g) + e–

Al+(g) + Y → Al2+(g) + e–

Al2+(g) + Z → Al3+(g) + e–

X, Y e Z correspondem ao valor de energia necessária para remover um ou mais elétrons de um


átomo isolado no estado gasoso. A alternativa que apresenta corretamente os possíveis valores de
X, Y e Z, respectivamente, é:

a) 578 kJ, 1820 kJ e 2750 kJ.

b) 2750 kJ, 1820 kJ e 578 kJ.

c) 578 kJ, 820 kJ e 250 kJ.

d) 2250 kJ, 820 kJ e 578 kJ.

Comentários

Nas reações mostradas, tem-se um átomo isolado no estado gasoso perdendo um elétron. Perder
um elétron corresponde a uma ionização.

Portanto, a propriedade trabalhada é a energia de ionização.

Devemos saber, ainda, que a segunda energia de ionização é sempre maior que a primeira. E que
a terceira energia de ionização é sempre maior que a segunda.

Isso acontece, porque a primeira ionização consiste em afastar uma carga negativa de uma carga
positiva. Já a segunda ionização consiste em afastar uma carga negativa de duas cargas positivas,
o que é bem mais difícil. A terceira ionização, por sua vez, consiste em afastar uma carga negativa
de três cargas positivas, o que é ainda mais difícil.

Além disso, particularmente, no caso do átomo de alumínio, a segunda energia de ionização deve
ser bem maior que a primeira, porque a configuração eletrônica do alumínio no estado
fundamental é:

𝐴𝑙: [𝑁𝑒]3𝑠 2 3𝑝1

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Portanto, o primeiro elétron é retirado do subnível 3p, mas o segundo elétron é retirado de um
subnível mais interno: o 3s. Assim, como há uma mudança de subnível, a mudança da primeira
para a segunda energia de ionização deve ser consideravelmente grande.

Por outro lado, a diferença entre a segunda e a terceira energia de ionização não deve ser tão
grande, porque os dois elétrons são retirados do subnível 3s.

Sendo assim, a primeira energia de ionização é a menor (578 kJ), a segunda é de 1820 kJ e a
terceira é a maior (2750 kJ).

Gabarito: B

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