Aula 03 Classificações Periódicas Prof. Thiago Cardoso
Aula 03 Classificações Periódicas Prof. Thiago Cardoso
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AULA 03
Classificações Periódicas
Prof. Thiago Cardoso
AULA 00 – TEORIA ELEMENTAR DOS CONJUNTOS – EsPCEx 2022
Aula 00 – Teoria dos conjuntos
Prof. Thiago Cardoso
Sumário
Apresentação da Aula 4
2.1. Períodos 11
2.2. Famílias 13
4. Propriedades Periódicas 27
5.1. Gabarito 52
Apresentação da Aula
Classificar, de acordo com o Dicionário Houaiss, significa “dividir em grupos ou classes que
possuam características parecidas.” Por isso, classificar é importante para compreender melhor o
comportamento de algumas propriedades.
Na Química, algumas propriedades são utilizadas para classificar os elementos químicos são: raio
atômico, energia de ionização, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade, densidade
e ponto de fusão e ebulição.
Como o assunto é muito longo, não seremos capazes de esgotá-lo nesse material. Concentramo-
nos apenas nas três primeiras propriedades (Raio Atômico, Energia de Ionização e Afinidade Eletrônica) e
deixaremos as outras três para a próxima aula, em que também falaremos de Ligações Iônicas.
Trata-se de um assunto que serve de base para muitos outros, como Ligações Químicas e Química
Orgânica e Descritiva. Portanto, é importantíssimo para o seu aprendizado na Química que você aprenda.
Até mesmo, o Modelo Atômico de Dalton de 1808 pressupunha que todos os átomos de um
mesmo elemento químicos possuíam a mesma massa. Portanto, a Química levou bastante tempo para
diferenciar os conceitos de elemento químico e massa atômica.
Ao analisar outros elementos químicos, Döbereiner concluiu que havia outras tríades de
elementos químicos em que se notava a mesma relação. Como exemplos de Tríades de Döbereiner, pode-
se listar:
Enxofre 32 Cálcio 40
Selênio 79 Estrôncio 88
Telúrio 128 Bário 137
Na Tabela 1, podemos notar que a massa do elemento central é aproximadamente igual à média
aritmética das massas dos outros dois elementos.
Döbereiner imaginou que os elementos pertencentes a uma mesma tríade deveriam apresentar
propriedades físicas e químicas semelhantes.
Ele construiu um cilindro com 16 segmentos iguais e marou uma hélice na sua superfície com um
eixo de 45°. Sobre essa hélice, dispôs os elementos químicos em ordem crescente de suas massas
atômicas
Chancourtois percebeu que a hélice atravessa as geratrizes do cilindro a distâncias cujos valores
eram múltiplos de 16 e que os elementos na mesma geratriz, cujas massas atômicas diferiam em 16
unidades, apresentavam propriedades físicas e químicas semelhantes.
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
H Li Be B C N O
F Na Mg Al Si P S
Cl K Ca Cr Ti Mn Fe
Uma importante observação a respeito dessa tabela é a respeito das lacunas que ela contém. As
lacunas dizem respeito a elementos que ainda não eram conhecidos, mas que deveriam existir e um dia
seriam descobertos. Além disso, eles deveriam apresentam propriedades físicas e químicas semelhantes
ao grupo em que estavam previamente classificados.
A Tabela continha lacunas entre o Silício e o Estanho. Então, o elemento faltante foi denominado
Ekasilício e, mais tarde, foi descoberto e denominado Germânio. Continha também uma lacuna após o
Alumínio, sendo o elemento faltante denominado Ekaalumínio e, mais tarde, descoberto e denominado
Gálio. [2]
𝑓 1/2 = 𝐴𝑛 (𝑍 − 𝑏)
Com base nessa expressão, Moseley mostrou vários pontos da Tabela Periódica em que havia uma
inversão – ou seja, um elemento A tinha número atômico menor, porém, número de massa superior ao
elemento B. São casos importantes:
• O cobalto apresenta maior massa atômica que o níquel, porém, tinha número atômico
inferior.
Moseley estudou também as linhas de emissão básicas para diversos elementos polieletrônicos.
Essas radiações levam o nome da cadeia inicial. Vejamos
1 (K) 2 Kα
2 (L) 3 Lα
3 (M) 4 Mα
1 1 1
= 𝑅(𝑍 − 1)2 [ 2 − 2 ]
𝜆𝐾𝛼 1 2
1 1 1
= 𝑅. (𝑍 − 7,4)2 [ 2 − 2 ]
𝜆𝐿𝛼 2 3
É interessante que as equações acima são muito parecidas com a Equação de Rydberg, diferindo
apenas pela presença de uma constante subtrativa no número atômico.
Moseley concluiu que deveria haver um efeito de blindagem exercido pelos elétrons das camadas
mais internas. A blindagem significa que os elétrons mais internos, por possuírem cargas negativas,
diminuem o efeito que a carga nuclear exerce sobre os elétrons mais externos.
Nesse livro digital, fazemos uma distinção entre camada de valência e camada externa. Vale
destacar que algumas obras de renome não o fazem ou até mesmo não se preocupam em conceituar.
Porém, eu considero que essa distinção facilitará bastante o seu aprendizado – e é pouco provável que
alguma questão de prova venha a se aprofundar em um tema tão específico que ainda não é um completo
consenso na literatura.
• Camada Externa: Corresponde ao maior nível de energia que possui pelo menos um
elétron.
É importante observar que os subníveis (n-1)d e (n-2)f são, de maneira geral, mais energéticos que
o subnível ns. Por conta disso, a camada externa nem sempre é a última a ser preenchida. Quando isso
acontece, o elemento é denominado metal de transição.
• Camada de Valência: É a camada externa adicionada dos elétrons do subnível (n-1)d ou (n-
2)f, somente no caso dos metais de transição e transição interna, que são aqueles, cujos
elétrons mais energéticos se situam em orbitais d ou f.
é o nível 2 (camada
𝑭: [𝑯𝒆]𝟐𝒔𝟐 𝟐𝒑𝟓 é o nível 2 (camada L). 𝑭: [𝑯𝒆]𝟐𝒔𝟐 𝟐𝒑𝟓
L).
é o nível 4 (camada
𝑇𝑖: [𝐴𝑟]𝟒𝒔𝟐 3𝑑² é o nível 4 (camada N). 𝑇𝑖: [𝐴𝑟]𝟒𝒔𝟐 𝟑𝒅²
N).
é o nível 4 (camada
𝑆𝑒: [𝐴𝑟]𝟒𝒔𝟐 3𝑑10 𝟒𝒑𝟒 é o nível 4 (camada N). 𝑆𝑒: [𝐴𝑟]𝟒𝒔𝟐 3𝑑10 𝟒𝒑𝟒
N).
é o nível 6 (camada
𝑆𝑚: [𝑋𝑒]𝟔𝒔𝟐 4𝑓 4 é o nível 6 (camada P). 𝑆𝑚: [𝑋𝑒]𝟔𝒔𝟐 𝟒𝒇𝟒
P).
A visão geral da Tabela Periódica que vamos trabalhar nesse curso para resolver a maioria das
questões está ilustrada na Figura 4, em que são mostrados os elementos representativos e seus
respectivos números atômicos.
Como sempre frisamos no Capítulo sobre Modelos Atômicos, é importante que você saiba os
números atômicos dos gases nobres para determinar as configurações eletrônicas dos elementos.
Figura 4: Visão Geral da Tabela Periódica com os Números Atômicos dos Principais Elementos dispostos em Ordem Crescente
2.1. Períodos
Os períodos correspondem às linhas horizontais. Os elementos são classificados no período
correspondente ao seu elétron mais externo. Lembre-se da seguinte distinção.
No primeiro nível de energia (n = 1) só cabem dois elétrons. Portanto, existem apenas dois
elementos nesse período, sendo eles o hidrogênio (H: 1s¹) e o hélio (He: 1s²).
É interessante observar que o terceiro período também apresenta exatamente 8 elementos, sendo
o último elemento desse período o argônio, cuja configuração eletrônica termina em 3s²3p 6. Observe que
o terceiro nível apresenta orbitais d, portanto, pode comportar até 18 elétrons.
No entanto, antes de povoar os orbitais 3d, devem ser povoados os orbitais 4s devido ao Diagrama
de Pauling. Portanto, os elementos que seguem o argônio (Z = 18) são:
2
18𝐴𝑟 : 1𝑠 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2 3𝑝6
𝟏
19𝐾 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔
𝟐
20𝐶𝑎 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔
𝟐 1
21𝑆𝑐 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔 3𝑑
𝟐 2
22𝑇𝑖 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔 3𝑑
Os elementos que seguem o argônio são todos do quarto período. Mas é interessante observar
que, devido ao Diagrama de Pauling, depois do cálcio, o subnível 4s fica fixo em 4s² e os próximos elétrons
são adicionados ao subnível 3d.
𝟏
3𝐿𝑖 : [𝐻𝑒]𝟑𝒔
2
17𝐶𝑙 : [𝑁𝑒]3𝑠 𝟑𝒑𝟓
𝟐 𝟒
60𝑁𝑑 : [𝑋𝑒]𝟔𝒔 𝟒𝒇
𝟐 𝟒
92𝑈: [𝑅𝑛]𝟕𝒔 𝟓𝒇
Os metais de transição interna formam duas séries: a série dos lantanídeos, que pertence ao sexto
período, e a série dos actinídeos, que pertence ao sétimo período.
Os lantanídeos, em conjunto com o escândio e o ítrio (ambos também da família III-B), são
denominados terras-raras.
Os actinídeos são elementos radioativos, não possuindo isótopos estáveis. Todos os que possuem
número atômico maior que o do urânio são elementos artificiais. Por esse motivo, eles são excluídos do
grupo das terras-raras.
2.2. Famílias
As famílias, também chamadas de grupos, são as diversas colunas da Tabela Periódica. Reveja a
tabela, focando seus olhos nas colunas.
Uma família é caracterizada por um conjunto de átomos que, no estado fundamental, possuem o
mesmo número de elétrons na camada de valência. É uma tendência que os elementos da mesma família
possuam características semelhantes, porém, isso não é um requisito para que dois elementos pertencem
ao mesmo grupo.
Como visto anteriormente, a Tabela Periódica é dividida em dois grandes grupos de elementos
químicos: os representativos e os metais de transição.
Terminam em s
Representativos
Elementos
ou p
Comuns Terminam em d
Transição
Interna Terminam em f
1 2 13 14 15 16 17 18
Não se preocupe, porque você não precisa enfiar tudo isso agora na sua cabeça. Aqui, utilizaremos
a palavra decorar no seu sentido original.
• Metais;
• Ametais ou não-metais;
2.4.1. Metais
Os metais são a maioria dos elementos da Tabela Periódica. Apresentam as seguintes propriedades
gerais.
• Brilho Metálico: é decorrente de uma grande capacidade de refletir a luz incidente sobre
a sua superfície;
• Formam Cátions: quando reagem com ametais, formam compostos iônicos em que
aparecem como cátions.
• Estado Sólido: com exceção do mercúrio e do frâncio, que é radioativo, todos os metais
são sólidos à temperatura ambiente.
Essas propriedades podem ser explicadas pela Ligação Metálica, que será estudada mais adiante.
Por hora, é importante você saber quais elementos são metais e quais não são.
2.4.2. Ametais
Os ametais, também denominados não-metais, por sua vez, formam uma escada na Tabela
Periódica, sendo limitados por C, P e Se (carbono, fósforo e selênio) e incluindo todos os halogênios
(família VII-A ou 17). O hidrogênio é um caso à parte e também é um não metal. Verifique na Tabela.
Os não-metais não compartilham das propriedades dos metais. Não apresentam brilho, são, em
regra, maus condutores térmicos e elétricos.
Quando formam compostos iônicos, normalmente formam ânions. Porém, somente os ametais
com maior afinidade eletrônica – veremos esse conceito mais adiante – formam ânions simples, como
exemplo, podemos apresentar F- (fluoreto), Cl- (cloreto), Br- (brometo), I- (iodeto), O2- (óxido) e S2- (sulfeto).
Os demais somente formam ânions acompanhados por algum elemento com elevada afinidade
eletrônica, geralmente, o oxigênio, por exemplo, PO43- (fosfato) e SeO42- (seleniato).
2.4.3. Semimetais
Os semi-metais também formam uma escada, que inclui apenas 7 elementos pouco abordados em
questões de prova.
A maioria dos seus compostos são covalentes, portanto, raramente formam compostos iônicos.
Todos eles são gases com baixíssimo ponto de ebulição. O hélio, por exemplo, é a substância da
natureza com menor ponto de ebulição (–269° C), o que é muito próximo do zero absoluto (–269° C).
Consegue imaginar o quão fria é a temperatura necessária para liquefazer esse elemento?
Líquidos: Hg, Br e Fr
II – Dois elementos pertencem à mesma família quando suas configurações eletrônicas na camada
de valência são semelhantes, independentemente de possuírem propriedades semelhantes.
III – Os metais são bons condutores de calor e eletricidade. Além disso, são maleáveis e podem ser
transformados em fios.
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II.
d) Apenas II e III.
e) Apenas III.
Comentários
II – Isso é algo que o aluno precisa frisar. A família é definida pela configuração eletrônica da
camada de valência. Item correto.
III – É isso mesmo! O item resumiu bem tudo o que precisamos saber a respeito dos metais.
Gabarito: E
Numa sala de aula com ar condicionado, a parte metálica de uma cadeira é, ao toque da mão, mais
fria que a parte de plástico. Isso se deve ao fato de que o metal está a uma temperatura inferior,
porque é um melhor condutor de calor? Justifique a sua resposta.
Comentários
Vale lembrar que o calor é a energia térmica em movimento, não estando diretamente
relacionado com a temperatura de um corpo.
Gabarito: Errado
(IME – 2011)
Considere as espécies de (I) a (IV) e o arcabouço da Tabela Periódica representados a seguir. Assinale
a alternativa correta.
I. II.
III. IV.
b) A camada de valência da espécie (I) pode ser representada por: ns2 np5.
c) A camada de valência da espécie (III) pode ser representada por: ns2 np6.
Comentários
É natural que o aluno estranhe uma questão com um nível de dificuldade diferente do que
estamos acostumados no vestibular do IME. Porém, isso pode acontecer. É importante não se
enrolar em questões fáceis. Aproveite para resolver rápido e passar para a próxima. Economize
seu precioso tempo na hora da prova.
a) O neônio é o gás nobre do segundo período, com Z = 10. Portanto, o elemento (II) possui
a configuração eletrônica [Ne]3s¹, logo é um metal alcalino. Afirmativa errada.
b) A espécie (I) possui dez elétrons, logo deve ter a configuração eletrônica de gás nobre.
Afirmativa errada.
c) A espécie (III) tem 18 elétrons, portanto, é isoeletrônica do argônio, que também é gás
nobre e possui Z = 18. Logo, de fato, a sua configuração eletrônica termina em 3s²3p6.
Afirmativa correta.
d) A espécie (IV) possui 10 elétrons, logo, é um gás nobre, mais especificamente, o neônio.
Afirmativa errada.
e) A espécie (I) é um ânion, porque possui carga total negativa e igual a -1. A espécie (II) é,
de fato, um cátion, porque possui carga total positiva e igual a +2. Portanto, a afirmativa
está errada.
Gabarito: C
Portanto, a carga nuclear efetiva (𝑍𝑒𝑓 ) sentida pelo elétron mais externo é o saldo entre a carga
atrativa do núcleo e as cargas repulsivas dos demais elétrons. Essa grandeza é definida como:
𝑍𝑒𝑓 = 𝑍 − 𝑆
Na expressão acima, Z é o número atômico e S é o fator de blindagem dos elétrons das camadas
internas. Existem várias formas de determinar esse fator de blindagem. Nesse curso, estudaremos duas
delas: uma forma simples e a Regra de Slater.
Com base nessa regra, vamos calcular a carga nuclear efetiva em diversos elementos.
A Regra Simples nos traz duas conclusões que, por si só, são muito importantes para concluir
bastante sobre diversas propriedades periódicas.
• Nos elementos representativos, a carga nuclear efetiva só depende da família, sendo igual
ao número de elétrons de valência do elemento.
Para aplicar essa regra, basta seguir os quatro passos ensinados pela excepcional autora Catherine
Housecroft em [4]:
(1s)(2s,2p)(3s,3p)(3d)(4s,4p)(4d)(4f)(5s,5p) etc.
II. Os elétrons colocados à direita do elétron onde a blindagem está sendo calculada não são
contabilizados.
Esse procedimento é importante, porque a Regra de Slater também calcula a carga nuclear efetiva
sobre qualquer elétron, não apenas sobre os da camada externa.
a. Cada um dos outros elétrons do mesmo nível de energia contribui com um fator 0,35.
Então, calculemos a carga nuclear efetiva sobre os elétrons de valência do oxigênio (subnível 2p):
Portanto, os elétrons de valência do oxigênio sentem uma carga nuclear de apenas 4,55.
Prove, usando a Regra de Slater, que a configuração eletrônica do potássio (Z = 19) no estado
fundamental é [Ar]4s¹, e não [Ar]3d¹.
Comentários
Para resolver esse problema, consideraremos o cálculo da nuclear efetiva sobre os elétrons da
camada externo do potássio (Z = 19) em suas duas configurações fornecidas pelo enunciado.
𝐾: [𝐴𝑟]4𝑠¹
𝐾 ∗ : [𝐴𝑟]3𝑑¹
Na configuração 𝐾: (1𝑠 2 )(2𝑠 2 2𝑝6 )(3𝑠 2 3𝑝6 )(4𝑠1 ), precisamos levar em conta a seguinte
contagem dos elétrons nos diferentes níveis, já que o elétron
• Mesmo Nível: Não há nenhum elétron no mesmo nível (4s) do elétron mais externo;
Na configuração 𝐾 ∗ : (1𝑠 2 )(2𝑠 2 2𝑝6 )(3𝑠 2 3𝑝6 )(3𝑑1 ), como o elétron mais externo é do subnível
3d, levamos em conta o seguinte:
• Mesmo Subnível: Não há nenhum elétron no mesmo subnível do elétron mais externo;
𝑆 = (0.0,35) + (18.1,00) = 18
𝑍𝑒𝑓 = 𝑍 − 𝑆 = 19 − 18 = 1
Portanto, o elétron de valência na configuração 𝐾 sente uma carga nuclear efetiva bem maior
que o elétron de valência na configuração 𝐾 ∗ . Dessa maneira, ele está mais fortemente ligado ao
núcleo, por isso, a configuração 𝐾: [𝐴𝑟]4𝑠1 corresponde ao estado fundamental do elemento.
Gabarito: demonstração
A carga nuclear efetiva é denominada uma propriedade periódica, porque o seu comportamento
pode ser razoavelmente previsto com a simples observação da posição do elemento na Tabela Periódica.
Nos metais de transição, a carga nuclear efetiva varia pouco em razão do observado
anteriormente. Optamos por não realizar o cálculo pela Regra de Slater, pois há controvérsias em relação
à configuração fundamental de vários elementos desse bloco.
4. Propriedades Periódicas
São as aquelas que estão relacionadas ao átomo isolado. Portanto, não dependem da substância
em que ele está localizado. É importante registrar que todas essas propriedades são diretamente
influenciadas pela Carga Nuclear Efetiva.
• No caso de metais, o raio atômico (ou raio metálico) é dado pela metade da distância entre
núcleos vizinhos numa amostra sólida;
• No caso de não-metais ou semimetais, o raio atômico (ou raio covalente) é definido como
a metade da distância de uma ligação simples.
• No caso dos gases nobres, o raio atômico é definido como a metade da distância mínima
entre dois átomos em uma amostra.
• O período em que está o elemento, pois quanto mais camadas eletrônicas ele tiver, maior
tenderá a ser o seu raio atômico. Sendo assim, o raio atômico cresce para baixo na Tabela
Periódica.
• Quanto maior a carga nuclear efetiva sobre o elétron mais externo, mais intensa será a
atração que o núcleo exerce sobre ele. Portanto, mais próximo do núcleo, ele tenderá a
permanecer. Logo, quanto maior a carga nuclear efetiva, menor será o raio atômico. Como
ela cresce para a direita, o raio atômico cresce para a esquerda.
Sendo assim, o raio atômico cresce para a direita da tabela periódica, no sentido dos gases nobres,
e para baixo.
Figura 14: Raio Atômico (em pm) dos elementos representativos da Tabela Periódica
É importante observar que o raio atômico não pode ser usado para estimar comprimentos de
ligação entre moléculas diatômicas. Por exemplo, o raio covalente do hidrogênio é 37 pm e o raio
covalente do flúor é 71 pm.
No caso dos metais de transição, o efeito da pequena variação de carga efetiva é sentido com
ainda maior intensidade. Por exemplo, na família IV-B, os raios atômicos pouco variam. Ainda assim,
seguem a regra geral sobre o sentido de crescimento dessa propriedade na tabela periódica.
O zircônio e o háfnio apresentam muitas propriedades parecidas, como pontes de fusão, ebulição
e solubilidades de seus compostos.
Você deve se lembrar que Niels Bohr foi o primeiro a realizar o cálculo experimental do raio da
primeira órbita do átomo de hidrogênio, obtendo o valor de 53 pm. O raio atômico do hidrogênio obtido
pelo método ilustrado na Erro! Fonte de referência não encontrada., no entanto, é de 30 pm. Trata-se de
um número bastante inferior ao que foi previsto teoricamente por Bohr.
Será que esse resultado é uma refutação ao Modelo Atômico de Bohr? Ou existe algo que podemos
inferir a respeito?
É interessante observar o gráfico do Raio Atômico (em pm) em função do número atômico.
Nesse gráfico, deixamos dois buracos devido aos elementos tecnécio (Tc) e promécio (Pm), que
são artificiais. Portanto, é muito difícil de obter experimentalmente suas propriedades periódicas. O
gráfico mostrado na Figura 16 é o típico das propriedades periódicas. Elas não crescem continuamente
com o número atômico.
A Figura 5 mostra os raios iônicos dos metais alcalinos. Compare com os respectivos raios
atômicos, observando que o raio iônico de um cátion é sempre menor que o raio atômico.
Tabela 4: Comparação entre o Raio Iônico e o Raio Atômico dos Metais Alcalinos
Li+ 82 123
K+ 159 203
Isso acontece, porque teremos a mesma quantidade de prótons atraindo um número menor de
elétrons. Em alguns casos, como os próprios metais alcalinos, quando o elétron é removido, o íon perde
uma camada inteira em relação ao átomo neutro.
O raio iônico cresce com o período. Esse comportamento também é esperado, tendo em vista que,
quanto maior for o período do elemento, mais camadas de elétrons o seu cátion apresentará. É a mesma
lógica do raio atômico.
No caso de raios iônicos, não faz muito sentido estudar o comportamento ao longo da tabela
periódica, porque o raio iônico depende da carga do íon. Porém, é muito importante comparar os raios
iônicos de íons isoeletrônicos. Nesse caso, a regra é muito simples: quanto maior for a carga nuclear,
menor será o raio iônico.
A razão para isso é que teremos a mesma quantidade de elétrons sendo atraída por mais prótons,
portanto, a intensidade da atração será maior, logo o raio iônico será menor. Vejamos alguns exemplos
de tamanhos de raios iônicos.
S2- 16 18 174
Cl- 17 18 181
K+ 19 18 159
Ca2+ 20 18 106
O estado gasoso é necessário, pois é a situação em que o átomo está o mais isolado possível. Não
se pode falar, portanto, da energia de ionização no estado sólido.
𝐹𝑒 3+ : [𝐴𝑟]3𝑑 5
O fator mais importante sobre a primeira energia de ionização é o raio atômico. Quanto maior for
o raio atômico, mais distante estará o elétron mais externo do núcleo. Portanto, menor será a atração
entre eles, logo, menor será a energia necessária para arrancar o elétron.
Dessa maneira, a primeira energia de ionização cresce no sentido oposto ao raio atômico. Ela
cresce para a direita e para cima.
Figura 17: Primeiras Energias de Ionização dos Elementos Representivos (em kJ mol-1) – fonte [5]
A respeito das primeiras energias de ionização, temos duas exceções bem interessantes de se
comentar:
• A primeira energia de ionização dos elementos da família III-A é inferior à primeira energia
de ionização dos elementos da família II-A do mesmo período.
Para entender essa exceção, devemos levar em consideração que o elétron mais externo do
alumínio está localizado no subnível 3p, enquanto que o elétron mais externo do magnésio está localizado
no subnível 3s.
O subnível 3s é mais penetrante, ou seja, os seus elétrons estão mais próximos do núcleo que os
elétrons do subnível 3p. Sendo assim, como o alumínio tem seu primeiro elétron retirado de um subnível
mais externo, sua primeira energia de ionização acaba sendo menor que a primeira energia de ionização
do magnésio.
• A primeira energia de ionização dos elementos da família VI-A é menor que a primeira
energia de ionização dos elementos da família V-A do mesmo período.
Para entender essa exceção, vamos observar que o oxigênio apresenta um par de elétrons
emparelhados em um de seus orbitais 2p, enquanto que o nitrogênio não apresenta elétrons
emparelhados no seu estado fundamental.
A primeira ionização consiste em afastar um elétron de uma carga negativa. Já a segunda ionização
consiste em afastar um elétron de duas cargas negativas, o que certamente é mais difícil, já que a força
de atração aumenta com as cargas. A terceira ionização é ainda mais difícil, pois requer afastar o elétron
de três cargas positivas.
Somente pelo fator carga, podemos imaginar que a segunda energia de ionização do sódio é, pelo
menos, o dobro da primeira – já que a carga duplicou. Por sua vez, a terceira energia de ionização do sódio
deve ser cerca de 50% a mais que a segunda – já que a carga aumentou em 50%, de 2 para 3.
Observe que é muito mais difícil retirar o segundo elétron do sódio do que o primeiro. É
exatamente por isso que o sódio (e os demais metais alcalinos) formam apenas o cátion de carga +1 nos
seus compostos.
𝑀𝑔: 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2
Devido à configuração eletrônica do magnésio, nas duas primeiras ionizações, são retirados
elétrons do subnível 3s, mas o terceiro elétron é retirado de um subnível diferente (o 3p).
Por conta disso, nas duas primeiras ionizações, a variação de energia segue basicamente o que é
esperado pela variação de carga. Como a carga do íon duplica, a segunda energia de ionização é
aproximadamente o dobro da primeira.
Porém, no caso da terceira energia de ionização, houve um salto muito grande, pois aconteceu
uma mudança de subnível do elétron a ser retirado.
Com base nisso, podemos observar que a Regra de Octeto para os metais é uma consequência
natural do comportamento de sua energia de ionização.
Regra do Octeto para Metais: os metais tendem a perder todos os seus elétrons da
camada de valência, formando cátions e adquirindo a configuração eletrônica de gás
nobre.
Os metais alcalinos e alcalino-terrosos (famílias I-A e II-A) seguem essa famosa regra,
simplesmente perdendo os seus elétrons da camada de valência.
Figura 20: Energias de Ionização dos Elétrons da Camada de Valência do Alumínio (Al) e do Chumbo (Pb)
Note que o salto de energia de ionização observe do segundo para o terceiro elétron é de apenas
duas vezes. Porém, o que se esperava era um aumento de 50%. Essa variação acima do normal é suficiente
para que seja muito difícil de se formar o íon Pb4+.
Dessa maneira, a Regra do Octeto normalmente não se aplica aos metais das famílias III-A a V-A.
Esses metais tendem a perder somente os elétrons do subnível p, mas não os subnível s. Isso é conhecido
como Efeito do Par Inerte.
Embora existam compostos com o íon Pb4+, eles são menos comuns que os compostos com o íon
Pb2+.O mesmo podemos dizer do bismuto (Bi – família V-A), que forma normalmente o íon Bi3+, em que
perde somente os elétrons do subnível p.
A exceção fica por conta do alumínio (A). Como sua terceira energia de ionização ainda é
relativamente baixa, ele forma cátion A3+ em compostos com o flúor ou com o oxigênio. São exemplos:
AF3 (fluoreto de alumínio), A2O3 (óxido de alumínio) e A (NO3)3 (nitrato de alumínio).
da camada de valência
Normalmente só perdem
os elétrons do subnível p
Metais
Demais Representativos
Exceção: alumínio diante
de flúor e oxigênio
A afinidade eletrônica cresce, em regra, para a direita, no sentido dos halogênios, experimentando
uma brusca redução nos gases nobres. Também cresce para cima. O cloro é o elemento da tabela
periódica de maior afinidade eletrônica – essa é uma exceção, pois o esperado seria o flúor.
É interessante destacar que a afinidade eletrônica está relacionada à energia liberada. Na Física,
energia liberada é normalmente assinalada com o sinal negativo. Por isso, dizemos que um elemento
possui maior afinidade eletrônica quando a energia envolvida na reação é mais negativa.
De maneira sucinta, podemos afirmar que a Regra do Octeto também se aplica para não-metais.
Dessa maneira, o oxigênio da família VI-A possui 6 elétrons na camada de valência, logo precisa
absorver dois elétrons para chegar à mesma configuração eletrônica de um gás nobre, no caso, o neônio
(Ne: 1s²2s²2p6).
Uma exceção que podemos observar é que o cloro possui maior afinidade eletrônica que o flúor.
Outro fato notável é que as afinidades eletrônicas dos elementos da família V-A são muito baixas.
O nitrogênio, por exemplo, tem uma afinidade eletrônica menor que a do carbono. Isso acontece, porque
o nitrogênio já possui o orbital 2p com vários elétrons desemparelhados. Absorver um novo elétron
implicaria emparelhar elétrons, o que é uma situação desconfortável.
A principal consequência disso é que, embora seja não-metal típico, o nitrogênio raramente forma
ânions, como o nitreto 𝑁 3− .
• O nitrogênio posui afinidade eletrônica muito menor que o esperado, por isso, raramente
forma ânion
Eles são os únicos elementos que se apresentam normalmente na natureza na forma de átomos
isolados. Por essas razões, foi proposta a Regra do Octeto. Segundo essa regra, os gases nobres já
apresentam sua camada de valência estável. Todos os demais elementos precisam reagir para atingir a
configuração eletrônica semelhante a um gás nobre.
A Regra do Octeto para compostos iônicos pode ser sintetizada pela Figura 24.
I – O raio iônico em espécies químicas isoeletrônicas cresce com o aumento do número atômico.
II – O raio atômico do hidrogênio é igual à metade da menor distância entre duas moléculas nas
condições padrão.
III – Num mesmo período, o raio atômico aumenta com o aumento do número atômico.
Está(ão) CORRETA(s):
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Comentários
I – Se duas espécies químicas apresentam o mesmo número de elétrons, quanto maior o número
atômico, maior é a força de atração entre o núcleo e esses elétrons. Logo, menor será o raio
iônico. Afirmativa correta.
II – O raio atômico do hidrogênio é igual à metade da distância de ligação química, ou seja, entre
dois átomos da mesma molécula. Afirmativa errada.
III – O raio atômico cresce para a direita e para baixo. No mesmo período, portanto, o raio
atômico cresce para esquerda, ou seja, ele diminui com o aumento do número atômico.
Afirmativa errada.
Gabarito: A
c) Considerando as espécies químicas Na+, O2- e Ne, a ordem crescente dos raios iônicos é: O2- > Ne
> Na+.
d) A energia de ionização do sódio corresponde à energia envolvida na reação Na(s) → Na+(g) + e-.
e) A energia de ionização do íon Mg+ é menor que a energia de ionização do íon Mg2+.
Comentários
Primeiramente, você deve se lembrar que o raio atômico cresce para a esquerda e para baixo na
Tabela Periódica.
a) Na família II-A, devemos nos lembrar da frase: Bela Margarida Casou com o Sr Barão do
Rádio. Portanto, o cálcio está abaixo do magnésio, logo apresenta raio atômico maior.
Afirmativa correta.
b) O lítio pertence à família I-A e o berílio à família II-A. Ambos no mesmo período. Como o
raio atômico cresce para a esquerda, o raio do lítio é, de fato, maior que o raio do berílio.
Afirmativa correta.
c) As três espécies são isoeletrônicas, portanto, quanto maior o número atômico, menor
será o raio iônico. Considerando os números atômicos 11Na, 8O e 10Ne, temos que, de fato,
o oxigênio é o maior e o sódio é o menor. Afirmativa correta.
d) A energia de ionização deve ser aferida no estado gasoso, não no estado sólido.
Afirmativa errada.
e) A ionização do Mg+ requer separar um elétron de duas cargas positivas, enquanto que a
ionização do Mg2+ requer separar um elétron de três cargas positivas.
Como as cargas envolvidas aumentaram, é natural que a energia de ionização também aumente.
Somado a isso, podemos citar que o segundo elétron do magnésio é retirado do subnível 3p,
enquanto que o terceiro é retirado do subnível 3s. Portanto, a mudança de subnível contribui
para aumentar ainda mais a terceira energia de ionização.
Essa é uma regra que podemos estabelecer. A segunda energia de ionização é sempre maior que
a primeira; a terceira é sempre maior que a segunda; e, assim, por diante.
Afirmativa correta.
Gabarito: D
Finalizamos aqui a nossa teoria por hoje. Agora, você terá uma bateria de exercícios.
H 1 1,01 Mn 25 54,94
Li 3 6,94 Fe 26 55,85
C 6 12,01 Co 27 58,93
N 7 14,01 Cu 29 63,55
O 8 16,00 Zn 30 65,39
F 9 19,00 As 33 74,92
Ne 10 20,18 Br 35 79,90
Na 11 22,99 Mo 42 95,94
Mg 12 24,30 Sb 51 121,76
Al 13 26,98 I 53 126,90
Si 14 28,08 Ba 56 137,33
S 16 32,07 Pt 78 195,08
Cl 17 35,45 Au 79 196,97
Ca 20 40,08 Hg 80 200,59
II – Dois elementos pertencem à mesma família quando suas configurações eletrônicas na camada de valência
são semelhantes, independentemente de possuírem propriedades semelhantes.
III – Os metais são bons condutores de calor e eletricidade. Além disso, são maleáveis e podem ser
transformados em fios.
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II.
d) Apenas II e III.
e) Apenas III.
Numa sala de aula com ar condicionado, a parte metálica de uma cadeira é, ao toque da mão, mais fria que a
parte de plástico. Isso se deve ao fato de que o metal está a uma temperatura inferior, porque é um melhor
condutor de calor? Justifique a sua resposta.
(IME – 2011)
Considere as espécies de (I) a (IV) e o arcabouço da Tabela Periódica representados a seguir. Assinale a
alternativa correta.
I. II.
III. IV.
b) A camada de valência da espécie (I) pode ser representada por: ns2 np5.
c) A camada de valência da espécie (III) pode ser representada por: ns2 np6.
Prove, usando a Regra de Slater, que a configuração eletrônica do potássio (Z = 19) no estado fundamental é
[Ar]4s¹, e não [Ar]3d¹.
I – O raio iônico em espécies químicas isoeletrônicas cresce com o aumento do número atômico.
II – O raio atômico do hidrogênio é igual à metade da menor distância entre duas moléculas nas condições
padrão.
III – Num mesmo período, o raio atômico aumenta com o aumento do número atômico.
Está(ão) CORRETA(s):
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
c) Considerando as espécies químicas Na+, O2- e Ne, a ordem crescente dos raios iônicos é: O2- > Ne > Na+.
d) A energia de ionização do sódio corresponde à energia envolvida na reação Na(s) → Na+(g) + e-.
e) A energia de ionização do íon Mg+ é menor que a energia de ionização do íon Mg2+.
Em 2010, a NASA anunciou a descoberta de uma nova espécie de bactéria que no seu DNA apresenta ligações
de arsênio ao invés de fósforo. O arsênio é um elemento químico fundamental para a vida, mesmo sendo
extremamente venenoso. Apresenta três estados alotrópicos, é bom condutor de calor e péssimo condutor de
eletricidade, reage com o cloro, com o enxofre, com o oxigênio, é altamente tóxico, volátil e insolúvel na água.
Sobre o arsênio e o DNA, assinale a afirmação verdadeira.
b) Os alótropos do arsênio diferem entre si em relação ao número de nêutrons nos seus átomos.
c) O fósforo pode ser substituído pelo arsênio no DNA, porque ambos têm características semelhantes e
pertencem ao mesmo período da tabela periódica.
De acordo com o Modelo do Mar de Elétrons, os metais apresentam uma grande quantidade de “elétrons
livres” dispersos em sua estrutura. Esses elétrons livres ajudam a explicar a boa condutividade térmica dos
metais, tendo em vista que os elétrons:
a) deslocam-se rapidamente, através do metal, transferindo energia aos átomos de regiões mais frias.
b) entram em subníveis de maior energia, facilitando a formação de estruturas cristalinas mais complexas.
c) dirigem-se para as regiões mais internas, ocupando, preferencialmente, os orbitais dos tipos “d” e “f”.
e) são ejetados da peça metálica com altíssimas velocidades, diminuindo a eletronegatividade dos átomos
periféricos.
A energia solar incide sobre uma chapa metálica, removendo seus elétrons, o que permite a criação de uma
corrente elétrica. Para garantir maior eficiência, o material usado na fabricação de uma célula fotoelétrica deve
ter:
a) ductibilidade.
e) alta eletronegatividade
a) No mesmo período, da esquerda para a direita na Tabela Periódica, devido ao aumento da carga
nuclear, os elétrons da eletrosfera são mais fortemente atraídos, o que causa uma diminuição do raio atômico.
d) A energia de ionização diminui de baixo para cima em uma família da Tabela Periódica, devido à
diminuição da atração do núcleo sobre os elétrons mais externos.
(ITA – 2006)
I. A energia do íon Be2+, no seu estado fundamental, é igual à energia do átomo de He neutro no seu
estado fundamental.
II. Conhecendo a segunda energia de ionização do átomo de He neutro, é possível conhecer o valor da
afinidade eletrônica do íon He2+.
III. Conhecendo o valor da afinidade eletrônica e da primeira energia de ionização do átomo de Li neutro, é
possível conhecer a energia envolvida na emissão do primeiro estado excitado do átomo de Li neutro para o
seu estado fundamental.
IV. A primeira energia de ionização de íon H− é menor do que a primeira energia de ionização do átomo de
H neutro.
V. O primeiro estado excitado do átomo de He neutro tem a mesma configuração eletrônica do primeiro
estado excitado do íon Be2+.
a) apenas I e III.
b) apenas I, II e V.
c) apenas I e IV.
d) apenas II, IV e V.
e) apenas III e V.
(IME – 2004)
A incidência de radiação eletromagnética sobre um átomo é capaz de ejetar o elétron mais externo de sua
camada de valência. A energia necessária para a retirada deste elétron pode 2ser determinada pelo princípio
da conservação de energia, desde que se conheça sua velocidade de ejeção.
Para um dado elemento, verificou-se que a velocidade de ejeção foi de 1,00 x 106 m/s, quando submetido a
1070,9 kJ/mol de radiação eletromagnética.
2500
He
Ne
2000
Energia de ionização, kJ/mol
F
Ar
1500 N
H O Cl
C P
1000 Be S
Mg Si
B
Ca
500 Al
Li Na Na
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Número Atômico
a) o elemento em questão, sabendo que este pertence ao terceiro período da Tabela Periódica;
O selênio é um antioxidante que tem se mostrado eficiente no combate ao câncer. Entre as principais fontes do
elemento para o ser humano, encontram-se a castanha-do-pará e o feijão fradinho.
Al(g) + X → Al+(g) + e–
Al+(g) + Y → Al2+(g) + e–
Al2+(g) + Z → Al3+(g) + e–
X, Y e Z correspondem ao valor de energia necessária para remover um ou mais elétrons de um átomo isolado
no estado gasoso. A alternativa que apresenta corretamente os possíveis valores de X, Y e Z, respectivamente,
é:
O selênio é um antioxidante que tem se mostrado eficiente no combate ao câncer. Entre as principais fontes do
elemento para o ser humano, encontram-se a castanha-do-pará e o feijão fradinho.
Al(g) + X → Al+(g) + e–
Al+(g) + Y → Al2+(g) + e–
Al2+(g) + Z → Al3+(g) + e–
X, Y e Z correspondem ao valor de energia necessária para remover um ou mais elétrons de um átomo isolado
no estado gasoso. A alternativa que apresenta corretamente os possíveis valores de X, Y e Z, respectivamente,
é:
5.1. Gabarito
1. E
2. Errado
3. C
4. demonstração
5. A
6. D
7. Apenas I
8. D
9. A
10. D
11. A
12. D
13. Si; 32
14. B
15. B
16. B
17. B
Comentários
I – É interessante a afirmativa. O íon Be3+ é isoeletrônico do íon He+, porém, apresenta uma
quantidade maior de elétrons. Sendo assim, o seu raio iônico é menor, logo, a sua energia de
ionização é maior. Afirmativa correta.
A propósito, como ambos os íons são monoeletrônicos, suas energias de ionização podem ser
calculadas pela Equação de Rydberg.
𝐸 = 𝑅ℎ𝑐. 𝑍 2 = 13,6. 𝑍 2
II – Certamente, as energias dos orbitais 2s de dois átomos diferentes não podem ser iguais.
Considerando os números atômicos e famílias do berílio (Z = 4, família II-A) e do boro (Z = 5,
família III-A), podemos concluir que a carga nuclear efetiva sobre os elétrons do orbital 2s do
berílio é inferior ao que acontece no boro, já que a Carga Nuclear Efetiva cresce para a direita na
Tabela Periódica.
Portanto, a energia necessária para retirar os elétrons do orbital 2s é maior no boro do que no
berílio. Porém, como ambas as energias são negativas, podemos afirmar que a energia do boro
é maior que a do berílio. Cuidado! O ITA gosta muito de jogar com os sinais e confundir a cabeça
dos vestibulandos.
Gabarito: Apenas I
Em 2010, a NASA anunciou a descoberta de uma nova espécie de bactéria que no seu DNA apresenta
ligações de arsênio ao invés de fósforo. O arsênio é um elemento químico fundamental para a vida,
mesmo sendo extremamente venenoso. Apresenta três estados alotrópicos, é bom condutor de
calor e péssimo condutor de eletricidade, reage com o cloro, com o enxofre, com o oxigênio, é
altamente tóxico, volátil e insolúvel na água. Sobre o arsênio e o DNA, assinale a afirmação
verdadeira.
b) Os alótropos do arsênio diferem entre si em relação ao número de nêutrons nos seus átomos.
c) O fósforo pode ser substituído pelo arsênio no DNA, porque ambos têm características
semelhantes e pertencem ao mesmo período da tabela periódica.
Comentários
c) Lembrando-nos da frase referente à família V-A: “Na Padaria, Assei Saborosos Biscoitos”, de
fato, encontramos tanto o fósforo como o arsênio.
Por pertencerem à mesma família, eles, de fato, apresentam características semelhantes, como
o mesmo número de elétrons na camada de valência, que possibilitará que façam ligações
químicas semelhantes.
Gabarito: D
De acordo com o Modelo do Mar de Elétrons, os metais apresentam uma grande quantidade de
“elétrons livres” dispersos em sua estrutura. Esses elétrons livres ajudam a explicar a boa
condutividade térmica dos metais, tendo em vista que os elétrons:
a) deslocam-se rapidamente, através do metal, transferindo energia aos átomos de regiões mais
frias.
c) dirigem-se para as regiões mais internas, ocupando, preferencialmente, os orbitais dos tipos “d”
e “f”.
e) são ejetados da peça metálica com altíssimas velocidades, diminuindo a eletronegatividade dos
átomos periféricos.
Comentários
A condutividade térmica dos metais se deve ao fato de que eles possuem partículas, no caso, os
elétrons que podem se liberar e se mover ao longo das regiões do metal, transferindo energia
das regiões mais quentes para as mais frias.
Gabarito: A
A energia solar incide sobre uma chapa metálica, removendo seus elétrons, o que permite a criação
de uma corrente elétrica. Para garantir maior eficiência, o material usado na fabricação de uma
célula fotoelétrica deve ter:
a) ductibilidade.
e) alta eletronegatividade
Comentários
Sendo assim, o material deve ter facilidade de perder esses elétrons, o que requer uma baixa
energia de ionização.
Gabarito: D
a) No mesmo período, da esquerda para a direita na Tabela Periódica, devido ao aumento da carga
nuclear, os elétrons da eletrosfera são mais fortemente atraídos, o que causa uma diminuição do
raio atômico.
d) A energia de ionização diminui de baixo para cima em uma família da Tabela Periódica, devido
à diminuição da atração do núcleo sobre os elétrons mais externos.
Comentários
a) No mesmo período, de fato, a maior carga nuclear aumenta a atração entre o núcleo o elétron
mais externo. Como esse elétron sente uma carga nuclear efetiva maior, ele tenderá a ficar mais
próximo do núcleo, diminuindo o raio atômico. Afirmação correta.
b) Quanto maior o raio atômico, mais fraca é a atração entre o núcleo e os elétrons mais externos,
tendo em vista que a força elétrica diminui com o quadrado da distância entre duas cargas. Sendo
assim, o raio atômico grande faz que o núcleo tenha maior dificuldade em atrair elétrons, o que
reduz a sua afinidade eletrônica. Afirmação errada.
c) Quanto menor o raio atômico, mais forte será a atração entre o núcleo e o elétron mais
externo. Portanto, mais difícil será remover esse elétron. Logo, a energia de ionização aumenta.
Sendo assim, a afirmação está errada.
d) Na verdade, a energia de ionização cresce de baixo para cima na Tabela Periódica. Quando
vamos para cima na Tabela Periódica, o raio atômico diminui, porque estamos diminuindo o
período e o número de camadas do elemento. Afirmação errada.
e) A alternativa seria uma perfeita descrição da afinidade eletrônica. Realmente, para a afinidade
eletrônica, o átomo deve estar isolado e no estado gasoso. Dessa forma, ele estará isolado de
qualquer efeito referente a alguma ligação química ou a forças intermoleculares. Afirmação
errada.
Gabarito: A
(ITA – 2006)
Considere as afirmações abaixo, todas relacionadas a átomos e íons no estado gasoso:
I. A energia do íon Be2+, no seu estado fundamental, é igual à energia do átomo de He neutro no
seu estado fundamental.
II. Conhecendo a segunda energia de ionização do átomo de He neutro, é possível conhecer o valor
da afinidade eletrônica do íon He2+.
IV. A primeira energia de ionização de íon H− é menor do que a primeira energia de ionização do
átomo de H neutro.
a) apenas I e III.
b) apenas I, II e V.
c) apenas I e IV.
d) apenas II, IV e V.
e) apenas III e V.
Comentários
I – O íon Be2+ é isoeletrônico do He, porém, apresenta um número maior de elétrons. Sendo
assim, o íon Be2+ deve apresentar maior energia de ionização no estado fundamental. Afirmativa
errada.
𝐻𝑒 + (𝑔) → 𝐻𝑒 2+ (𝑔) + 𝑒 −
Por outro lado, a afinidade eletrônica do íon He2+ é dada pela reação inversa.
𝐻𝑒 2+ (𝑔) + 𝑒 − → 𝐻𝑒 + (𝑔)
Portanto, a afinidade eletrônica do íon He2+ é igual em módulo, mas tem o sinal oposto da
segunda energia de ionização do He. Afirmativa correta.
III – Tanto a afinidade eletrônica como a primeira energia de ionização dizem respeito ao átomo
de lítio no seu estado fundamental. Nenhuma das duas propriedades traz nenhuma informação
sobre o primeiro estado excitado. Afirmativa errada.
𝐻 − (𝑔) → 𝐻(𝑔) + 𝑒 −
𝐻(𝑔) → 𝐻 + (𝑔) + 𝑒 −
Dessa maneira, a ionização do íon hidreto (H-) envolve afastar um elétron de uma carga neutra.
Já a ionização do átomo de hidrogênio (H+) envolve afastar um elétron de uma carga positiva, o
que é bem mais difícil, portanto, requer mais energia. Afirmativa correta.
V – Tanto o íon Be2+ como He possuem como estado fundamental a configuração 1s² e como
primeiro estado a configuração 1s¹1p¹. Afirmativa correta.
Gabarito: D
(IME – 2004)
A incidência de radiação eletromagnética sobre um átomo é capaz de ejetar o elétron mais externo
de sua camada de valência. A energia necessária para a retirada deste elétron pode 2ser
determinada pelo princípio da conservação de energia, desde que se conheça sua velocidade de
ejeção.
Para um dado elemento, verificou-se que a velocidade de ejeção foi de 1,00 x 106 m/s, quando
submetido a 1070,9 kJ/mol de radiação eletromagnética.
2500
He
Ne
2000
Energia de ionização, kJ/mol
F
Ar
1500 N
H O Cl
C P
1000 Be S
Mg Si
B
Ca
500 Al
Li Na Na
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Número Atômico
a) o elemento em questão, sabendo que este pertence ao terceiro período da Tabela Periódica;
Comentários
Trata-se de uma questão que trata a Lei da Conservação de Energia, de maneira semelhante ao
Efeito Fotoelétrico. A energia da radiação incidente é dividida em duas partes: uma parte serve
para ionizar o elétron e o que resta para lhe conferir energia cinética.
A energia cinética dos elétrons removidos é dada pela expressão conhecida da Física.
𝑚𝑣 2
𝐸𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 =
2
A massa de um mol de elétrons é igual ao produto da massa de um elétron pelo número de
Avogadro.
𝑚𝑣 2 5,5.10−10 . (1.106 )2
𝐸𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 = = = 2,7.10−10 . 1.1012 = 2,7.102 = 270
2 2
Dessa maneira, aplicando a Lei da Conservação da Energia, podemos calcular a energia de
ionização do elemento.
Olhando no gráfico de dados fornecidos e lembrando-nos que o átomo deve ser do terceiro
período, temos. No gráfico, os períodos podem ser identificados facilmente pelos gases nobres
que estão assinalados, que sempre corresponde aos picos do raio atômico.
Portanto, o elemento que possui energia de ionização igual a 800 kJ/mol é o silício (Si).
O silício pertence à família IV-A. O gás nobre do terceiro período é o argônio (Z = 18), como
fornecido pelo gráfico. O próximo elemento da mesma família do silício é o germânio, cuja
configuração eletrônica no estado fundamental é:
𝑍 = 18 + 2 + 10 + 2 = 32
Gabarito: Si; 32
Comentários
A questão aborda os elementos da família VI-A. É interessante nos lembrarmos da frase: “OS
SeTe Porquinhos”. Também devemos nos lembrar dos gases nobres: “Hélio Negou Arroz a
Kristina e Xerém a Renata”
Também devemos nos lembrar que, na Tabela Periódica, o raio atômico cresce para baixo e para
a esquerda.
a) O enxofre (S) e o selênio (Se) pertencem à mesma família VI-A, portanto, possuem 6 elétrons
na camada de valência. Os seus ânions bivalentes possuem, portanto, 8 elétrons na camada de
valência. Porém, como o selênio está em um período superior ao enxofre, o fato de apresentar
mais camada faz que o raio iônico do Se2- (íon seleneto) seja maior que o raio iônico do S2- (íon
sulfeto). Afirmação errada.
b) Como o raio atômico cresce para baixo na Tabela Periódica, de fato, ele cresce do oxigênio
para o selênio. Afirmação correta.
c) Tanto o selênio como o criptônio pertencem ao 4° nível, logo, apresentam o mesmo número
de camadas (4 camadas). Afirmação errada.
d) A energia de ionização cresce no sentido inverso do raio atômico. Isso acontece porque,
quanto maior o raio atômico, menor a atração entre o núcleo e o elétron. Dessa forma, ela cresce
para cima, e a energia de ionização do oxigênio é a maior entre os elementos da família VI-A.
Afirmação errada.
Gabarito: B
Al(g) + X → Al+(g) + e–
Al+(g) + Y → Al2+(g) + e–
Al2+(g) + Z → Al3+(g) + e–
Comentários
Nas reações mostradas, tem-se um átomo isolado no estado gasoso perdendo um elétron. Perder
um elétron corresponde a uma ionização.
Devemos saber, ainda, que a segunda energia de ionização é sempre maior que a primeira. E que
a terceira energia de ionização é sempre maior que a segunda.
Isso acontece, porque a primeira ionização consiste em afastar uma carga negativa de uma carga
positiva. Já a segunda ionização consiste em afastar uma carga negativa de duas cargas positivas,
o que é bem mais difícil. A terceira ionização, por sua vez, consiste em afastar uma carga negativa
de três cargas positivas, o que é ainda mais difícil.
Além disso, particularmente, no caso do átomo de alumínio, a segunda energia de ionização deve
ser bem maior que a primeira, porque a configuração eletrônica do alumínio no estado
fundamental é:
Portanto, o primeiro elétron é retirado do subnível 3p, mas o segundo elétron é retirado de um
subnível mais interno: o 3s. Assim, como há uma mudança de subnível, a mudança da primeira
para a segunda energia de ionização deve ser consideravelmente grande.
Por outro lado, a diferença entre a segunda e a terceira energia de ionização não deve ser tão
grande, porque os dois elétrons são retirados do subnível 3s.
Sendo assim, a primeira energia de ionização é a menor (578 kJ), a segunda é de 1820 kJ e a
terceira é a maior (2750 kJ).
Gabarito: B
Comentários
A questão aborda os elementos da família VI-A. É interessante nos lembrarmos da frase: “OS
SeTe Porquinhos”. Também devemos nos lembrar dos gases nobres: “Hélio Negou Arroz a
Kristina e Xerém a Renata”
Também devemos nos lembrar que, na Tabela Periódica, o raio atômico cresce para baixo e para
a esquerda.
a) O enxofre (S) e o selênio (Se) pertencem à mesma família VI-A, portanto, possuem 6 elétrons
na camada de valência. Os seus ânions bivalentes possuem, portanto, 8 elétrons na camada de
valência. Porém, como o selênio está em um período superior ao enxofre, o fato de apresentar
mais camada faz que o raio iônico do Se2- (íon seleneto) seja maior que o raio iônico do S2- (íon
sulfeto). Afirmação errada.
b) Como o raio atômico cresce para baixo na Tabela Periódica, de fato, ele cresce do oxigênio
para o selênio. Afirmação correta.
c) Tanto o selênio como o criptônio pertencem ao 4° nível, logo, apresentam o mesmo número
de camadas (4 camadas). Afirmação errada.
d) A energia de ionização cresce no sentido inverso do raio atômico. Isso acontece porque,
quanto maior o raio atômico, menor a atração entre o núcleo e o elétron. Dessa forma, ela cresce
para cima, e a energia de ionização do oxigênio é a maior entre os elementos da família VI-A.
Afirmação errada.
Gabarito: B
Al(g) + X → Al+(g) + e–
Al+(g) + Y → Al2+(g) + e–
Al2+(g) + Z → Al3+(g) + e–
Comentários
Nas reações mostradas, tem-se um átomo isolado no estado gasoso perdendo um elétron. Perder
um elétron corresponde a uma ionização.
Devemos saber, ainda, que a segunda energia de ionização é sempre maior que a primeira. E que
a terceira energia de ionização é sempre maior que a segunda.
Isso acontece, porque a primeira ionização consiste em afastar uma carga negativa de uma carga
positiva. Já a segunda ionização consiste em afastar uma carga negativa de duas cargas positivas,
o que é bem mais difícil. A terceira ionização, por sua vez, consiste em afastar uma carga negativa
de três cargas positivas, o que é ainda mais difícil.
Além disso, particularmente, no caso do átomo de alumínio, a segunda energia de ionização deve
ser bem maior que a primeira, porque a configuração eletrônica do alumínio no estado
fundamental é:
Portanto, o primeiro elétron é retirado do subnível 3p, mas o segundo elétron é retirado de um
subnível mais interno: o 3s. Assim, como há uma mudança de subnível, a mudança da primeira
para a segunda energia de ionização deve ser consideravelmente grande.
Por outro lado, a diferença entre a segunda e a terceira energia de ionização não deve ser tão
grande, porque os dois elétrons são retirados do subnível 3s.
Sendo assim, a primeira energia de ionização é a menor (578 kJ), a segunda é de 1820 kJ e a
terceira é a maior (2750 kJ).
Gabarito: B