Aula18 Polinomios
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Livro Digital
Polinômios
ITA/IME 2020
Professor Victor So
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Aula 18: ITA/IME 2020
Sumário
Introdução ............................................................................................................... 4
1. Função Polinomial ............................................................................................... 5
1.1. Definição ......................................................................................................................... 5
1.2. Grau do Polinômio .......................................................................................................... 5
1.3. Valor numérico ................................................................................................................ 6
2. Identidade de Polinômios .................................................................................... 6
2.1. Teorema .......................................................................................................................... 6
2.2. Polinômio nulo ................................................................................................................ 7
3. Operações Fundamentais ..................................................................................... 8
3.1. Adição e Subtração ......................................................................................................... 8
3.2. Multiplicação .................................................................................................................. 9
3.3. Divisão euclidiana ......................................................................................................... 10
4. Divisão ............................................................................................................... 11
4.1. Método de Descartes .................................................................................................... 11
4.2. Unicidade do quociente e do resto ............................................................................... 12
4.3. Método das chaves ....................................................................................................... 13
4.4. Algoritmo de Briot-Ruffini ............................................................................................. 18
4.5. Teorema do resto .......................................................................................................... 25
4.6. Teorema de D’Alembert ................................................................................................ 26
5. Gráfico da Função Polinomial ............................................................................. 26
5.1. Primeira derivada da função polinomial ...................................................................... 28
5.2. Segunda derivada da função polinomial ...................................................................... 29
5.3. Esboço do gráfico .......................................................................................................... 30
6. Polinômio Interpolador de Lagrange .................................................................. 31
7. Lista de Questões ............................................................................................... 33
Questões ITA ........................................................................................................................ 36
Questões IME ....................................................................................................................... 43
8. Gabarito ............................................................................................................. 47
Gabarito das Questões ITA .................................................................................................. 47
Gabarito das Questões IME ................................................................................................. 48
9. Lista de Questões Resolvidas e Comentadas ...................................................... 49
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INTRODUÇÃO
Estudaremos, nesta aula, uma introdução ao assunto de polinômios. Veremos que, assim
como as outras funções, eles possuem diversas propriedades. Preste muita atenção aos conceitos
de divisão envolvendo polinômios, pois esses são os tópicos prediletos do ITA/IME.
Tente resolver todas as questões da aula e, sempre que tiver dúvidas, volte para a teoria e
reveja o conteúdo que você está com dificuldade. Todas as questões estão resolvidas. Se você tiver
dificuldades em resolver alguma, basta consultar a resolução e verificar o passo que faltou para
completar a questão.
Qualquer dificuldade, procure-nos no fórum de dúvidas. Estamos aqui para auxiliá-lo.
Bons estudos.
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1. FUNÇÃO POLINOMIAL
1.1. DEFINIÇÃO
A função polinomial ou polinômio é uma função de ℂ em ℂ, isto é, 𝑓: ℂ → ℂ. Ela é da forma:
𝑓 (𝑥) = 𝑎0 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎3 𝑥 3 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
Os números 𝑎0 , 𝑎1 , … , 𝑎𝑛 são constantes complexas e são denominados coeficientes do
polinômio e os expoentes de 𝑥 são todos números naturais. As parcelas 𝑎0 , 𝑎1 𝑥, 𝑎2 𝑥 2 , … , 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 do
polinômio são chamados de termos da função polinomial.
Vejamos alguns exemplos de polinômios:
1.1.a) 𝑓(𝑥) = 2𝑥 → 𝑚𝑜𝑛ô𝑚𝑖𝑜
1.1.b) 𝑔(𝑥) = 𝑥 3 + 2𝑖𝑥 + 3 − 4𝑖
1.1.c) ℎ(𝑥) = 𝑥 6 + 5𝑥 4 + √2𝑖𝑥 − 5
Polinômio Grau
2𝑥 + 5 → 2𝑥 1 + 5 1
3 → 3𝑥 0 0
3𝑥 3 − 2𝑥² − 5𝑥 + 6 3
𝑥 7 − 8𝑥 6 + 𝑥 5 − 𝑥 4 − (3 + 𝑖)𝑥 3 − 2𝑥 2 7
𝑎𝑥² + 𝑏𝑥 + 𝑐 2
𝑥 + 𝑏 ⋅ 𝑥2 2
𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥³ + 𝑐𝑥² − 𝑑𝑥 + 𝑖 4
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2. IDENTIDADE DE POLINÔMIOS
Podemos entender o termo identidade como uma igualdade. Dizemos que dois polinômios
de variável 𝑥 são idênticos quando eles assumem valores numéricos iguais para qualquer valor de
𝑥.
Dados os polinômios
𝑃1 (𝑥) = 𝑎0 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎2 𝑥 2 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
𝑃2 (𝑥) = 𝑏0 + 𝑏1 𝑥 + 𝑏2 𝑥 2 + ⋯ + 𝑏𝑛 𝑥 𝑛
𝑃1 e 𝑃2 são idênticos se, e somente se, 𝑃1 (𝑥) = 𝑃2 (𝑥), ∀𝑥 ∈ ℂ.
Usamos o símbolo ≡ para indicar a identidade de polinômios.
𝑃1 ≡ 𝑃2 ⇔ 𝑃1 (𝑥) = 𝑃2 (𝑥), ∀𝑥 ∈ ℂ
2.1. TEOREMA
Dois polinômios são idênticos quando todos os coeficientes correspondentes são iguais, ou
seja, dados os polinômios
𝑃1 (𝑥) = 𝑎0 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎2 𝑥 2 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
𝑃2 (𝑥) = 𝑏0 + 𝑏1 𝑥 + 𝑏2 𝑥 2 + ⋯ + 𝑏𝑛 𝑥 𝑛
Se 𝑃1 ≡ 𝑃2 , então 𝑎𝑖 = 𝑏𝑖 , ∀𝑖 ∈ {0, 1, 2, … , 𝑛}.
Exemplo:
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Equação
𝑃 𝑥 =𝑄 𝑥
Pergunta o valor de uma
incógnita para que a
equação seja verdadeira
Dados 𝑃 𝑥 e 𝑄 𝑥
Identidade
𝑃 𝑥 ≡𝑄 𝑥
Afirma que os coeficientes
de 𝑃 𝑥 e de 𝑄 𝑥 são
idênticos.
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Exemplo:
𝜋
2.2.a) Dado o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑥 2 + cos ( − 𝜃) 𝑥 + 𝜃, determine os valores de 𝜃 ∈
2
[0, 𝜋] que tornem verdadeira a seguinte afirmação
𝑃≡0
Como queremos que o polinômio seja identicamente nulo, devemos ter cada coeficiente de
𝑃 igual a zero, logo, no intervalo determinado, temos o seguinte sistema de equações:
𝜋
𝑃(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑥 2 + cos ( − 𝜃) 𝑥 + 𝜃
2
𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0 ⇒ 𝜃 = 0 𝑜𝑢 𝜃 = 𝜋
𝜋
{cos ( − 𝜃) = 0 ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0 ⇒ 𝜃 = 0 𝑜𝑢 𝜃 = 𝜋
2
𝜃=0
Fazendo a intersecção das soluções de cada equação, encontramos 𝜃 = 0.
3. OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS
3.1. ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Podemos somar e subtrair polinômios simplesmente relacionando seus termos de mesma
potência. Dados dois polinômios
𝑃1 (𝑥) = 𝑎0 + 𝑎1 𝑥 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
𝑃2 (𝑥) = 𝑏0 + 𝑏1 𝑥 + ⋯ + 𝑏𝑛 𝑥 𝑛
Se 𝑃 = 𝑃1 ± 𝑃2 , então:
𝑛
𝑖=0
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3.2. MULTIPLICAÇÃO
Para multiplicar dois polinômios, usamos a propriedade distributiva. Assim, tomemos os
polinômios
𝑃1 (𝑥) = 2𝑥 4 − 5𝑥³ + 6
𝑃2 (𝑥) = 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
E façamos a multiplicação
𝑃1 (𝑥) ⋅ 𝑃2 (𝑥) = (2𝑥 4 − 5𝑥³ + 6) ⋅ (𝑥 2 − 3𝑥 + 5)
2𝑥 4 ⋅ 𝑥 2 + 2𝑥 4 ⋅ (−3𝑥) + 2𝑥 4 ⋅ 5
{ +6 ⋅ 𝑥 2 + 6 ⋅ (−3𝑥) + 6 ⋅ 5
2𝑥 6 − 6𝑥 5 + 10𝑥 4
{ +6𝑥 2 + 18𝑥 + 30
Nesse ponto, fazemos como na soma ou na subtração, agrupamos os termos de mesma
ordem.
𝑃1 (𝑥) ⋅ 𝑃2 (𝑥) = 2𝑥 6 − 6𝑥 5 + 10𝑥 4 − 5𝑥 5 + 15𝑥 4 − 25𝑥³ + 6𝑥 2 + 18𝑥 + 30
𝑃1 (𝑥) ⋅ 𝑃2 (𝑥) = 2𝑥 6 − 6𝑥 5 + 10𝑥 4 − 5𝑥 5 + 15𝑥 4 − 25𝑥³ + 6𝑥 2 + 18𝑥 + 30
𝑃1 (𝑥) ⋅ 𝑃2 (𝑥) = 2𝑥 6 − 11𝑥 5 + 25𝑥 4 − 25𝑥³ + 6𝑥 2 + 18𝑥 + 30
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A diferença é que quando trabalhamos com valores numéricos, usamos a condição do resto
ser 0 ≤ 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 < 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠𝑜𝑟. E quando operamos com polinômios, analisamos o grau do polinômio do
resto e o grau do polinômio do divisor. Então, das condições da divisão euclidiana para polinômios,
temos:
𝑃 (𝑥 ) ≡ 𝐷 (𝑥 ) ⋅ 𝑄 (𝑥 ) + 𝑅 (𝑥 )
Calculemos o grau dos polinômios envolvidos:
𝜕𝑃 = 𝜕(𝐷 ⋅ 𝑄 + 𝑅)
Pela propriedade do grau da soma, temos:
𝜕𝑃 ≤ 𝑚á𝑥 {𝜕(𝐷 ⋅ 𝑄), 𝜕𝑅}
Pela propriedade do grau da multiplicação:
𝜕𝑃 ≤ 𝑚á𝑥 {𝜕𝐷 + 𝜕𝑄, 𝜕𝑅}
Como a condição da divisão é 𝜕𝑅 < 𝜕𝐷, temos:
𝑚á𝑥 {𝜕𝐷 + 𝜕𝑄, 𝜕𝑅} = 𝜕𝐷 + 𝜕𝑄
Portanto 𝜕𝑃 = 𝜕𝐷 + 𝜕𝑄.
Vejamos um exemplo de divisão euclidiana.
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Até agora vimos o que ocorre quando dividimos dois polinômios, mas não estudamos como
encontrar os polinômios 𝑄 (𝑥) e 𝑅(𝑥). No próximo capítulo, estudaremos alguns teoremas que nos
ajudarão a encontrá-los.
4. DIVISÃO
4.1. MÉTODO DE DESCARTES
Esse método é consequência da definição da divisão euclidiana e é conhecido como método
dos coeficientes a determinar.
Das condições da divisão euclidiana, devemos ter na divisão de um polinômio 𝑃 por um
polinômio 𝐷:
I. 𝑃 (𝑥 ) ≡ 𝐷 (𝑥 ) ⋅ 𝑄 (𝑥 ) + 𝑅 (𝑥 )
II. 𝜕𝑅 < 𝜕𝐷 (𝑜𝑢 𝑅 ≡ 0)
Vimos que da condição I, 𝜕𝑃 = 𝜕𝐷 + 𝜕𝑄, logo 𝜕𝑄 = 𝜕𝑃 − 𝜕𝐷.
Da condição II, devemos ter 𝜕𝑅 < 𝜕𝐷.
Vejamos na prática como aplicamos esse método.
4.1.a) Faça a divisão de 𝑃(𝑥) = 5𝑥 4 + 3𝑥 3 + 2𝑥 + 1 por 𝐷 (𝑥) = 𝑥 2 + 3𝑥 + 2.
i) O primeiro passo é determinar o grau do polinômio 𝑄 (quociente):
𝜕𝑄 = 𝜕𝑃 − 𝜕𝐷
Como 𝜕𝑃 = 4 e 𝜕𝐷 = 2, temos:
𝜕𝑄 = 4 − 2 = 2
Assim, o polinômio 𝑄 é de segundo grau:
𝜕𝑄 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
ii) O segundo passo é determinar o grau do polinômio 𝑅 (resto):
𝜕𝑅 < 𝜕𝐷 ⇒ 𝜕𝑅 < 2 ⇒ 𝜕𝑅 ≤ 1
Encontramos que o resto é um polinômio cujo grau é menor ou igual a 1. Devemos supor o
maior grau possível, logo, ele pode ser do primeiro grau:
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𝑅(𝑥) = 𝑑𝑥 + 𝑒
iii) O terceiro passo é escrever a relação 𝑃(𝑥) ≡ 𝐷 (𝑥) ⋅ 𝑄 (𝑥) + 𝑅(𝑥) e encontrar os
coeficientes:
5𝑥 4 + 3𝑥 3 + 2𝑥 + 1 ≡ (𝑥 2 + 3𝑥 + 2)(𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ) + 𝑑𝑥 + 𝑒
Desenvolvendo a expressão do membro à direita:
5𝑥 4 + 3𝑥 3 + 0𝑥 2 + 2𝑥 + 1 ≡ 𝑎𝑥 4 + (3𝑎 + 𝑏)𝑥 3 + (2𝑎 + 3𝑏 + 𝑐 )𝑥 2 + (2𝑏 + 3𝑐 + 𝑑 )𝑥 + 2𝑐 + 𝑒
Igualando os coeficientes, encontramos o seguinte sistema:
5=𝑎
3 = 3𝑎 + 𝑏
0 = 2𝑎 + 3𝑏 + 𝑐
2 = 2𝑏 + 3𝑐 + 𝑑
{ 1 = 2𝑐 + 𝑒
Resolvendo o sistema, obtemos:
𝑎=5
𝑏 = −12
𝑐 = 26
𝑑 = −52
{ 𝑒 = −51
Portanto, os polinômios são:
𝑄(𝑥) = 5𝑥 2 − 12𝑥 + 26
𝑅(𝑥) = −52𝑥 − 51
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Demonstração
Suponha a existência de dois quocientes 𝑄1 e 𝑄2 , e dois restos 𝑅1 e 𝑅2 , tais que 𝑄1 ≠ 𝑄2 e
𝑅1 ≠ 𝑅2 . Pelas condições da divisão:
𝜕𝑅1 < 𝜕𝐷 e 𝜕𝑅2 < 𝜕𝐷
𝑃(𝑥) ≡ 𝐷 (𝑥) ⋅ 𝑄1 (𝑥) + 𝑅1 (𝑥)
𝑃(𝑥) ≡ 𝐷 (𝑥) ⋅ 𝑄2 (𝑥) + 𝑅2 (𝑥)
Da identidade dos polinômios, temos:
𝐷 (𝑥) ⋅ 𝑄1 (𝑥) + 𝑅1 (𝑥) ≡ 𝐷 (𝑥) ⋅ 𝑄2 (𝑥) + 𝑅2 (𝑥)
⇒ 𝐷 (𝑥) ⋅ (𝑄1 (𝑥) − 𝑄2 (𝑥)) ≡ 𝑅2 (𝑥) − 𝑅1 (𝑥)
Dessa identidade, podemos analisar o grau dos polinômios:
𝜕[𝐷 ⋅ (𝑄1 − 𝑄2 )] = 𝜕(𝑅2 − 𝑅1 )
Pela propriedade do grau da subtração, temos:
𝜕(𝑅2 − 𝑅1 ) ≤ 𝑚á𝑥{𝜕𝑅2 , 𝜕𝑅1 }
Sabemos que 𝜕𝑅1 < 𝜕𝐷 e 𝜕𝑅2 < 𝜕𝐷, logo 𝑚á𝑥{𝜕𝑅2 , 𝜕𝑅1 } < 𝜕𝐷.
Pela propriedade do grau da multiplicação, temos:
𝜕[𝐷 ⋅ (𝑄1 − 𝑄2 )] = 𝜕𝐷 + 𝜕(𝑄1 − 𝑄2 ) ≥ 𝜕𝐷
Chegamos a um absurdo! Portanto, o quociente e o resto da divisão polinomial são únicos.
16 3
No lugar do quociente, colocamos o menor inteiro possível que, ao ser multiplicado por 3,
não supere 16. Nesse caso, 5.
16 3
Multiplicamos o quociente (5) pelo divisor (3) e colocamos o resultado (15) logo abaixo do
dividendo (16).
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16 3
15 5
Como temos que subtrair (15) do dividendo (16), vamos simbolizar essa operação
alternando o sinal do (15) para (−15).
16 3
−15 5
16 3
−15 5
𝑃 (𝑥 ) 𝐷 (𝑥 )
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
Agora, dividimos o primeiro termo do dividendo (2𝑥 4 ) pelo primeiro termo do divisor (𝑥 2 ).
2𝑥 4 ÷ 𝑥 2 → +2𝑥²
Colocamos, então, esse resultado no lugar do quociente na divisão.
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2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
2𝑥²
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
Como fizemos com a parte numérica, precisamos fazer a subtração dessa linha recém escrita.
Para simbolizar essa subtração, vamos mudar o sinal de todos seus termos.
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
𝑥3 −10𝑥 2 +6
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
𝑥3 −10𝑥 2 +6
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2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
𝑥3 −10𝑥 2 +6
𝑥3 −3𝑥 2 +5𝑥
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
𝑥3 −10𝑥 2 +6
−𝑥 3 +3𝑥 2 −5𝑥
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
𝑥3 −10𝑥 2 +6
−𝑥 3 +3𝑥 2 −5𝑥
−7𝑥 2 −5𝑥 +6
Perceba que nosso novo dividendo ainda não tem grau menor que o grau do divisor,
portanto, continuamos com nosso algoritmo. Dividindo o termo de maior grau do novo dividendo
(−7𝑥 2 ) pelo termo de maior grau do divisor (𝑥 2 ) e colocando o resultado no quociente.
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
𝑥3 −10𝑥 2 +6
−𝑥 3 +3𝑥 2 −5𝑥
−7𝑥 2 −5𝑥 +6
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2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
𝑥3 −10𝑥 2 +6
−𝑥 3 +3𝑥 2 −5𝑥
−7𝑥 2 −5𝑥 +6
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
𝑥3 −10𝑥 2 +6
−𝑥 3 +3𝑥 2 −5𝑥
−7𝑥 2 −5𝑥 +6
2𝑥 4 −5𝑥 3 +6 𝑥 2 − 3𝑥 + 5
𝑥3 −10𝑥 2 +6
−𝑥 3 +3𝑥 2 −5𝑥
−7𝑥 2 −5𝑥 +6
−26𝑥 +41
Agora sim, nosso novo dividendo tem grau menor que grau do divisor, então, esse dividendo
restante passa a ser considerado como o resto da divisão.
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Assim, podemos dizer que a divisão de 𝑃(𝑥) = 2𝑥 4 − 5𝑥³ + 6 por 𝐷 (𝑥) = 𝑥 2 − 3𝑥 + 5 tem
quociente 𝑄 (𝑥) = 2𝑥 2 + 𝑥 − 7 e resto 𝑅(𝑥) = −26𝑥 + 41.
Podemos, alternativamente, dizer que:
2𝑥 4 − 5𝑥 3 + 6 = (2𝑥 2 + 𝑥 − 7) ⋅ (𝑥 2 − 3𝑥 + 5) + (−26𝑥 + 41)
Ou seja,
𝑃 (𝑥 ) = 𝑄 (𝑥 ) ⋅ 𝐷 (𝑥 ) + 𝑅 (𝑥 ) .
Passo 2: Tomamos a raiz do divisor e inserimos no dispositivo, nesse exemplo, temos como
raiz 𝑥 = 3.
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3 1 2 0 5
3 1 2 0 5
Agora, estamos prontos para iniciar a divisão pelo dispositivo prático. Chamaremos a linha
dos coeficientes de L1 e a linha abaixo dela de L2.
Passo 5: Repetimos o processo conforme o diagrama abaixo até chegar à última coluna.
3 1 2 0 5
1 1⋅3+2=5
3 1 2 0 5
1 5 5 ⋅ 3 + 0 = 15
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3 1 2 0 5
15 ⋅ 3 + 5
1 5 15
= 50
3 1 2 0 5
1 5 15 50
3 1 2 0 5
1 5 15 50
↓ ↓ ↓ ↓
1 ⋅ 𝑥2 5 ⋅ 𝑥1 15 ⋅ 𝑥 0 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜
𝑄(𝑥) = 𝑥 2 + 5𝑥 + 15
𝑅 = 50
∴ 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 5 ≡ (𝑥 − 3)(𝑥 2 + 5𝑥 + 15) + 50
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1 1 4 −305 300
1 5 −300 0
𝑄 ′ (𝑥 ) = 𝑎 ⋅ 𝑄 (𝑥 )
Assim, voltamos a um caso já conhecido. Podemos usar o dispositivo prático de Briot-Ruffini
para calcular 𝑄′ (𝑥) e 𝑅, fazendo a divisão de 𝑃(𝑥) por 𝑥 + 𝑏/𝑎 e usando como raiz o número −𝑏/𝑎.
Para encontrar 𝑄(𝑥), basta fazer
𝑄 ′ (𝑥 )
𝑄 (𝑥 ) =
𝑎
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Esse é o resultado obtido da divisão sucessiva por três fatores. Perceba que 𝑅1 , 𝑅2 , 𝑅3 são
polinômios constantes e, por isso, o grau de 𝑅 é 2. Isso condiz com a condição do grau do resto ser
menor que o grau do divisor, no caso (𝑥 − 𝛼)(𝑥 − 𝛽)(𝑥 − 𝛾 ).
Vejamos um exemplo de aplicação:
Vamos dividir o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑥 4 + 4𝑥 3 + 3𝑥 2 + 5𝑥 − 1 pelos fatores 𝑥 − 2, 𝑥 − 3 e
𝑥 + 5.
Usaremos o algoritmo de Briot-Ruffini sucessivas vezes. Iniciemos pelo fator 𝑥 − 2.
2 1 4 3 5 −1
2 1 4 3 5 −1
1 6 15 35 69
Agora, repetimos o processo e dividimos o quociente por outro fator. No caso, temos
𝑄1 (𝑥) = 𝑥 3 + 6𝑥 2 + 15𝑥 + 35 e 𝑅1 (𝑥) = 69. Vamos dividir 𝑄1 (𝑥) por 𝑥 − 3:
2 1 4 3 5 −1
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3 1 6 15 35 69
2 1 4 3 5 −1
3 1 6 15 35 69
1 9 42 161
2 1 4 3 5 −1
3 1 6 15 35 69
-5 1 9 42 161
2 1 4 3 5 −1
3 1 6 15 35 69
-5 1 9 42 161
1 4 22
2 1 4 3 5 −1
3 1 6 15 35 69
−5 1 9 42 161
1 4 22
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4.4.3. Teorema
Demonstração
Sabendo que 𝑃 é divisível separadamente por 𝑥 − 𝛼1 , 𝑥 − 𝛼2 , … , 𝑥 − 𝛼𝑘 , temos que, pelas
divisões sucessivas, 𝑃 pode ser escrito como:
𝑃 (𝑥 ) ≡ ⏟
(𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 )(𝑥 − 𝛼3 ) … (𝑥 − 𝛼𝑘 ) ⋅ 𝑄 (𝑥) + 𝑅(𝑥)
𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑘
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1 𝛼1 𝛼12 ⋯ 𝛼1𝑘−1 𝑎0 0
1 𝛼2 𝛼22 ⋯ 𝛼2𝑘−1 𝑎 1 0
1 𝛼3 𝛼32 ⋯ 𝛼3𝑘−1 𝑎 2 = 0
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ 0
(1
⏟ 𝛼𝑘 𝛼𝑘2 ⋯ 𝛼𝑘𝑘−1 ) (𝑎𝑘−1 ) (0)
𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
Demonstração
Para demonstrar esse teorema, podemos usar a definição da divisão de polinômios:
𝑃 (𝑥 ) = (𝑥 − 𝑎 ) ⋅ 𝑄 (𝑥 ) + 𝑅 (𝑥 )
Como o divisor 𝑥 − 𝑎 é de grau 1, temos que 𝑅(𝑥) é um polinômio constante, podendo ser
ou não nulo. Assim, fazendo 𝑥 = 𝑎:
𝑃 (𝑎 ) = ⏟
(𝑎 − 𝑎 ) ⋅ 𝑄 (𝑎 ) + 𝑅
0
⇒ 𝑃 (𝑎 ) = 𝑅
Exemplo
4.5.a) Encontre o resto da divisão de 2𝑥 4 + 3𝑥 3 + 10𝑥 2 − 𝑥 − 9 por 𝑥 − 1.
Para resolver essa questão, podemos aplicar diretamente o teorema do resto. Sabendo que
a raiz de 𝑥 − 1 é 1, temos:
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𝑃 (𝑥 ) = (𝑥 − 1) ⋅ 𝑄 (𝑥 ) + 𝑅
𝑃(1) = 𝑅 ⇒ 𝑅 = 2(1)4 + 3(1)3 + 10(1)2 − (1) − 9
𝑅 = 2 + 3 + 10 − 1 − 9 = 5
∴𝑅=5
Demonstração
Como vimos no teorema do resto, temos da divisão de 𝑃(𝑥) por 𝑥 − 𝑎:
𝑃 (𝑎 ) = 𝑅
Se 𝑅 = 0, temos que a divisão é exata, logo 𝑃(𝑎) = 𝑅 = 0 implica que 𝑃(𝑥) é divisível por
𝑥 − 𝑎.
Exemplo
4.6.a) Determine o valor de 𝑝 para que o polinômio 𝑃(𝑥) = 5𝑥 3 + 𝑝𝑥 2 + 𝑥 + 10 seja divisível
por 𝑥 + 1.
Pelo teorema de D’Alembert, sendo −1 a raiz de 𝑥 + 1, temos que 𝑃(𝑥) será divisível por
𝑥 + 1 se 𝑃(−1) = 0, logo:
𝑃(−1) = 5(−1)3 + 𝑝(−1)2 + (−1) + 10
𝑃(−1) = −5 + 𝑝 − 1 + 10 = 𝑝 + 4
𝑃(−1) = 0 ⇒ 𝑝 + 4 = 0 ⇒ 𝑝 = −4
Portanto, para 𝑃(𝑥) ser divisível por 𝑥 + 1, devemos ter 𝑝 = −4.
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Note que a parábola pode ter, dependendo do coeficiente do termo quadrático, ou ponto de
máximo ou ponto de mínimo. É possível saber quais são esses pontos usando a derivada. Vamos
aprender a analisar a derivada de uma função polinomial. Sabemos que um polinômio possui a
seguinte forma:
𝑃(𝑥) = 𝑎0 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎3 𝑥 3 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
Como os expoentes da incógnita 𝑥 são todos números naturais, para derivar 𝑃, basta
multiplicar o expoente de 𝑥 pelo seu respectivo coeficiente e reduzir o valor do expoente em uma
unidade, por exemplo:
𝑓 (𝑥) = 𝑎𝑥 𝑛 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑛𝑎𝑥 𝑛−1
Assim, a primeira derivada de uma função polinomial é
𝑃′ (𝑥) = 𝑎1 + 2𝑎2 𝑥 + 3𝑎3 𝑥 2 + ⋯ + (𝑛 − 1)𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−2 + 𝑛𝑎𝑛 𝑥 𝑛−1
Agora, vamos analisar a primeira derivada de 𝑃. Um detalhe para a função polinomial é que
ela é derivável em ℝ, ou seja, ela é contínua em todo o seu domínio.
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5.1.1. Teorema
Seja 𝑓 uma função derivável no ponto 𝑥 = 𝑥0 , então:
• 𝑓 ′ (𝑥0 ) > 0 implica que 𝑓 é estritamente crescente em 𝑥 = 𝑥0 .
• 𝑓′(𝑥0 ) < 0 implica que 𝑓 é estritamente decrescente em 𝑥 = 𝑥0 .
• 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 0 implica que 𝑥 = 𝑥0 é um ponto crítico de 𝑃.
Vejamos um exemplo. Seja 𝑃 definido por:
𝑃(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 − 5𝑥 + 6
A primeira derivada de 𝑃 é:
𝑃′ (𝑥) = 3𝑥 2 − 4𝑥 − 5
E suas raízes são:
2 ± √19
𝑃 ′ (𝑥 ) = 0 ⇒ 𝑥 =
3
Como 𝑃′ é uma função quadrática, temos que ela representa uma parábola:
2−√19 2+√19
Note que 𝑃′ (𝑥) < 0 para <𝑥< e
3 3
2−√19 2+√19
𝑃′ (𝑥) > 0 para 𝑥 < ou 𝑥 > . Podemos afirmar
3 3
2−√19
que 𝑃 é estritamente crescente no intervalo 𝑥 < ou
3
2+√19 2−√19
𝑥> e estritamente decrescente no intervalo <
3 3
2+√19 2−√19 2+√19
𝑥< . Os pontos 𝑥 = e 𝑥= são pontos
3 3 3
críticos da função. Agora, vamos proceder à análise da
segunda derivada.
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5.2.1. Teorema
Dada uma função 𝑓 contínua e derivável até 𝑓′′ em um dado intervalo 𝐼. Se 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 0,
então:
• 𝑥0 é ponto de máximo local quando: 𝑓 ′′ (𝑥0 ) < 0.
• 𝑥0 é ponto de mínimo local quando: 𝑓 ′′ (𝑥0 ) > 0.
Se 𝑓 admite 𝑓′′′ (derivada até a terceira ordem), então:
• 𝑥0 é ponto de inflexão se: 𝑓 ′′ (𝑥0 ) = 0 𝑒 𝑓 ′′′ (𝑥0 ) ≠ 0.
Um ponto de máximo local implica que a função possui concavidade para baixo nesse ponto
e um ponto de mínimo local implica que a função possui concavidade para cima.
Tomemos o exemplo anterior e analisemos a segunda derivada.
𝑃(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 − 5𝑥 + 6
𝑃′ (𝑥) = 3𝑥 2 − 4𝑥 − 5
𝑃′′ (𝑥) = 6𝑥 − 4
Usando a segunda derivada, vamos substituir as raízes da primeira derivada e analisar o sinal
do número resultante:
2 + √19 2 + √19
𝑃′′ ( )= 6⋅( ) − 4 = 2√19 > 0 (𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙)
3 3
2 − √19 2 − √19
𝑃′′ ( )=6⋅( ) − 4 = −2√19 < 0 (𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙)
3 3
Podemos também analisar as raízes de 𝑃′′:
2
𝑃′′ (𝑥) = 0 ⇒ 6𝑥 − 4 = 0 ⇒ 𝑥 =
3
Assim, 𝑥 = 2/3 pode ser um ponto de inflexão. Para saber isso, devemos analisar a terceira
derivada:
𝑃′′′ (𝑥) = 6 ≠ 0, ∀𝑥 ∈ ℝ
Como a terceira derivada é diferente de zero para qualquer 𝑥 e 𝑃 ′′ (2/3) = 0, temos que 𝑥 =
2/3 é ponto de inflexão da função.
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lim 𝑃(𝑥) = −∞
𝑥→−∞
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Dados 𝑛 pontos no plano cartesiano, existe um único polinômio de grau menor ou igual a 𝑛 − 1
que passa por todos esses pontos.
𝑃(𝑥) = ∑ 𝑃𝑖 (𝑥)
𝑖=1
(IME/2018)
Seja 𝑃(𝑥) o polinômio de menor grau que passa pelos pontos 𝐴(2, −4 + 3√3), 𝐵(1,3√2 − 2),
𝐶(√2, √3) e 𝐷(√3, √2). O resto da divisão de 𝑃(𝑥) por (𝑥 − 3) é:
a) 8√3 − 5√2 − 6.
b) 6√3 − 4√2 − 1.
c) 9√3 − 8√2 − 2.
d) 4√3 − 10√2 − 3.
e) 4√3 − √2 − 2.
Comentários
Essa questão requer uma técnica especial chamada de Polinômio Interpolador de Lagrange.
Queremos responder à seguinte pergunta:
Dados 4 pontos no plano, qual o polinômio de menor grau que passa por esses quatro
pontos?
A resposta é o polinômio abaixo, dado por:
𝑃(𝑥) = 𝑝𝐴 (𝑥) + 𝑝𝐵 (𝑥) + 𝑝𝐶 (𝑥) + 𝑝𝐷 (𝑥)
Onde:
(−4 + 3√3)(𝑥 − 1)(𝑥 − √2)(𝑥 − √3)
𝐴(2, −4 + 3√3) → 𝑝𝐴 (𝑥) =
(2 − 1)(2 − √2)(2 − √3)
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Queremos o resto da divisão de 𝑃(𝑥) por (𝑥 − 3). Como o grau de 𝑥 − 3 é 1, o grau do resto
é zero, logo:
𝑃(𝑥) = 𝑞(𝑥)(𝑥 − 3) + 𝑟
Para calcular 𝑟, vamos calcular 𝑃(3), veja:
𝑃(3) = 𝑞(3)(3 − 3) + 𝑟 = 𝑟
Já temos 𝑃(𝑥), basta calcularmos cada parcela para 𝑥 = 3, veja:
(−4 + 3√3)(3 − 1)(3 − √2)(3 − √3)
𝑝𝐴 (3) = = −3√2 + 20√3 + 5√6 − 12
(2 − 1)(2 − √2)(2 − √3)
(3√2 − 2)(3 − 2)(3 − √2)(3 − √3)
𝑝𝐵 (3) = = √6 − 10√3
(1 − 2)(1 − √2)(1 − √3)
(√3)(3 − 2)(3 − 1)(3 − √3)
𝑝𝐶 (3) = = 15√2 + 6√3 + 3√6 + 18
(√2 − 2)(√2 − 1)(√2 − √3)
(√2)(3 − 2)(3 − 1)(3 − √2)
𝑝𝐷 (3) = = −12 − 17√2 − 8√3 − 9√6
(√3 − 2)(√3 − 1)(√3 − √2)
Dessa forma, temos que:
𝑃(3) = 𝑝𝐴 (3) + 𝑝𝐵 (3) + 𝑝𝐶 (3) + 𝑝𝐷 (3) = −6 − 5√2 + 8√3
Gabarito: “a”.
7. LISTA DE QUESTÕES
1. (EN/ 2017)
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2. (EN/2014)
Considere 𝑃(𝑥) = (𝑚 − 4)(𝑚2 + 4)𝑥 5 + 𝑥 2 + 𝑘𝑥 + 1 um polinômio na variável real 𝑥, em
que 𝑚 e 𝑘 são constantes reais. Quais os valores das constantes 𝑚 𝑒 𝑘 para que 𝑃(𝑥) não
admita raiz real?
a) 𝑚 = 4 𝑒 − 2 < 𝑘 < 2
b) 𝑚 = −4 𝑒 𝑘 > 2
c) 𝑚 = −2 𝑒 − 2 < 𝑘 < 2
d) 𝑚 = 4 𝑒 |𝑘 | > 2
e) 𝑚 = −2 𝑒 𝑘 > −2
3. (ESPCEX/2018)
Determine o valor numérico do polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 4𝑥 3 + 6𝑥 2 + 4𝑥 + 2017 para 𝑥 = 89.
a) 53 213 009
b) 57 138 236
c) 61 342 008
d) 65 612 016
e) 67 302 100
4. (AFA/2016)
Considere os polinômios 𝑄(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 e 𝑃(𝑥) = 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 𝑎𝑥 + 𝑏, sendo 𝑎 𝑒 𝑏
números reais tais que 𝑎2 − 𝑏2 = −8. Se os gráficos de 𝑄(𝑥) e 𝑃(𝑥) têm um ponto comum
que pertence ao eixo das abscissas, então é INCORRETO afirmar sobre as raízes de 𝑃(𝑥) que
a) Podem formar uma progressão aritmética.
b) São todos números naturais.
c) Duas são os números 𝑎 𝑒 𝑏.
d) Duas são números simétricos.
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5. (Rússia)
Sejam 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 inteiros positivos distintos. Verifique se existe um polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑘𝑥 2 + 𝑙𝑥 +
𝑚, 𝑘, 𝑙, 𝑚 inteiros, 𝑘 > 0, que assume os valores 𝑎3 , 𝑏3 , 𝑐 3 para valores inteiros de 𝑥.
6. (Rússia)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 reais. Prove que pelo menos uma das equações 𝑥 2 + (𝑎 − 𝑏)𝑥 + (𝑏 − 𝑐 ) = 0,
𝑥 2 + (𝑏 − 𝑐 )𝑥 + (𝑐 − 𝑎) = 0, 𝑥 2 + (𝑐 − 𝑎)𝑥 + (𝑎 − 𝑏) = 0 tem soluções reais.
8. (Putnam)
Verifique a igualdade
3 3
√20 + 14√2 + √20 − 14√2 = 4
9. (AIME/1986)
O polinômio
1 − 𝑥 + 𝑥 2 − 𝑥 3 + ⋯ + 𝑥 16 − 𝑥 17
Pode ser escrito na forma
𝑎0 + 𝑎1 𝑦 + 𝑎2 𝑦 2 + ⋯ + 𝑎16 𝑦16 + 𝑎17 𝑦17 ,
Onde 𝑦 = 𝑥 + 1 e os 𝑎𝑖 ′𝑠 são constantes. Encontre 𝑎2 .
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Sejam 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 três inteiros distintos, e seja 𝑃 um polinômio com coeficientes inteiros. Mostre
que, nesse caso, as condições
𝑃(𝑎) = 𝑏, 𝑃(𝑏) = 𝑐 𝑒 𝑃(𝑐 ) = 𝑎
Não podem ser satisfeitas simultaneamente.
12. Desafio
Obtenha um polinômio do 4º grau que verifique a identidade
𝑃(𝑥) − 𝑃(𝑥 − 1) ≡ 𝑥 3
E utilize-o para obter uma fórmula para
13 + 23 + 33 + ⋯ + 𝑛 3
QUESTÕES ITA
14. (ITA/2018)
As raízes do polinômio 1 + 𝑧 + 𝑧 2 + 𝑧 3 + 𝑧 4 + 𝑧 5 + 𝑧 6 + 𝑧 7 , quando representadas no
plano complexo, formam os vértices de um polígono convexo cuja área é
√2−1
a)
2
√2+1
b)
2
c) √2
3√2+1
d)
2
e) 3√2
15. (ITA/2017)
Considere o polinômio
𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − (1 + 2√3)𝑥 3 + (3 + 2√3)𝑥 2 − (1 + 4√3)𝑥 + 2
a) Determine os números reais 𝑎 𝑒 𝑏 tais que 𝑝(𝑥) = (𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 2).
b) Determine as raízes de 𝑝(𝑥).
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16. (ITA/2016)
Determine o termo constante do resto da divisão do polinômio (1 + 𝑥 + 𝑥 2 )40 por (1 + 𝑥)3 .
17. (ITA/2015)
Seja 𝑝 o polinômio dado por 𝑝(𝑥) = ∑15 𝑗
𝑗=0 𝑎𝑗 𝑥 , com 𝑎𝑗 ∈ ℝ, 𝑗 = 0,1, … ,15, e 𝑎15 ≠ 0.
Sabendo-se que 𝑖 é uma raiz de 𝑝 e que 𝑝(2) = 1, então o resto da divisão de 𝑝 pelo polinômio
𝑞, dado por 𝑞 (𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 + 𝑥 − 2, é igual a
1 1
a) 𝑥2 − .
5 5
1 1
b) 𝑥2 + .
5 5
2 2
c) 𝑥2 + .
5 5
3 3
d) 𝑥2 − .
5 5
3 1
e) 𝑥2 + .
5 5
18. (ITA/2015)
Considere o polinômio 𝑝 dado por 𝑝(𝑧) = 18𝑧 3 + 𝛽𝑧 2 − 7𝑧 − 𝛽, em que 𝛽 é um número real.
a) Determine todos os valores de 𝛽 sabendo-se que 𝑝 tem uma raiz de módulo igual a 1 e
parte imaginária não nula.
b) Para cada um dos valores de 𝛽 obtidos em a), determine todas as raízes do polinômio 𝑝.
19. (ITA/2015)
Seja S o conjunto de todos os polinômios de grau 4 que têm três dos seus coeficientes iguais a
2 e os outros dois iguais a 1.
a) Determine o número de elementos de 𝑆.
b) Determine o subconjunto de 𝑆 formado pelos polinômios que têm −1 como uma de suas
raízes.
20. (ITA/2014)
Considere o polinômio complexo 𝑝(𝑧) = 𝑧 4 + 𝑎𝑧 3 + 5𝑧 2 − 𝑖𝑧 − 6, em que 𝑎 é uma constante
complexa. Sabendo que 2𝑖 é uma das raízes de 𝑝(𝑧) = 0, as outras três raízes são
a) −3𝑖, −1, 1.
b) −𝑖, 𝑖, 1.
c) −𝑖, 𝑖, −1.
d) −2𝑖, −1, 1.
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e) −2𝑖, −𝑖, 𝑖.
21. (ITA/2012)
Considere um polinômio 𝑝(𝑥), de grau 5, com coeficientes reais. Sabe-se que −2𝑖 e 𝑖 − √3 são
duas de suas raízes. Sabe-se, ainda, que dividindo-se 𝑝(𝑥) pelo polinômio 𝑞(𝑥) = 𝑥 − 5
obtém-se resto zero e que 𝑝(1) = 20(5 + 2√3). Então, 𝑝(−1) é igual a
a) 5(5 − 2√3).
b) 15(5 − 2√3).
c) 30(5 − 2√3).
d) 45(5 − 2√3).
e) 50(5 − 2√3).
22. (ITA/2010).
Considere o polinômio 𝑝(𝑥) = ∑15 𝑛
𝑛=0 𝑎𝑛 𝑥 com coeficientes 𝑎0 = −1 e 𝑎𝑛 = 1 + 𝑖𝑎𝑛−1 , 𝑛 =
1,2, … , 15. Das afirmações:
I. 𝑝(−1) ∉ ℝ,
II. |𝑝(𝑥)| ≤ 4(4 + √2 + √5), ∀𝑥 ∈ [−1,1],
III. 𝑎8 = 𝑎4 ,
é (são) verdadeira(s) apenas
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
23. (ITA/2008)
Um polinômio 𝑃 é dado pelo produto de 5 polinômios cujos graus formam uma progressão
geométrica. Se o polinômio de menor grau tem grau igual a 2 e o grau de 𝑃 é 62, então o de
maior grau tem grau igual a
a) 30
b) 32
c) 34
d) 36
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e) 38
24. (ITA/2008)
Considere o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑎5 𝑥 5 + 𝑎4 𝑥 4 + 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 − 𝑎1 , em que uma das raízes é
𝑥 = −1. Sabendo-se que 𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 𝑒 𝑎5 são reais e formam, nesta ordem, uma progressão
1
aritmética com 𝑎4 = , então 𝑝(−2) é igual a
2
a) −25
b) −27
c) −36
d) −39
e) −40
25. (ITA/2007)
Um retângulo cujos lados medem B e H, um triângulo isósceles em que a base e a altura
medem, respectivamente, B e H, e o círculo inscrito neste triângulo. Se as áreas do retângulo,
do triângulo e do círculo, nesta ordem, formam uma progressão geométrica, então B/H é uma
raiz do polinômio
a) 𝜋 3 𝑥 3 + 𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 − 2 = 0.
b) 𝜋 2 𝑥 3 + 𝜋 3 𝑥 2 + 𝑥 + 1 = 0.
c) 𝜋 3 𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 + 2 = 0.
d) 𝜋𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 2𝜋𝑥 − 1 = 0.
e) 𝑥 3 − 2𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 − 1 = 0.
26. (ITA/2007)
Sendo 𝑐 um número real a ser determinado, decomponha o polinômio 9𝑥 2 − 63𝑥 + 𝑐, numa
diferença de dois cubos(𝑥 + 𝑎)3 − (𝑥 + 𝑏)3 .
Neste caso, |𝑎 + |𝑏| − 𝑐| é igual a
a) 104.
b) 114.
c) 124.
d) 134.
e) 144.
27. (ITA/2007)
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Seja 𝑄(𝑧) um polinômio do quinto grau, definido sobre o conjunto dos números complexos,
cujo coeficiente de 𝑧 5 é igual a 1. Sendo 𝑧 3 + 𝑧 2 + 𝑧 + 1 um fator de 𝑄(𝑧), 𝑄(0) = 2 e 𝑄(1) =
8, então, podemos afirmar que a soma dos quadrados dos módulos das raízes de 𝑄(𝑧) é igual
a
a) 9.
b) 7.
c) 5.
d) 3.
e) 1.
28. (ITA/2006)
Considere o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 − (𝑎 + 1)𝑥 + 𝑎, onde 𝑎 ∈ ℤ. O conjunto de todos os valores
de 𝑎, para os quais o polinômio 𝑝(𝑥) só admite raízes inteiras, é
a) {2𝑛, 𝑛 ∈ ℕ}.
b) {4𝑛2 , 𝑛 ∈ ℕ}.
c) {6𝑛2 − 4𝑛, 𝑛 ∈ ℕ}.
d) {𝑛(𝑛 + 1), 𝑛 ∈ ℕ}.
e) ℕ.
29. (ITA/2005)
No desenvolvimento de (𝑎𝑥 2 − 2𝑏𝑥 + 𝑐 + 1)5 obtém-se um polinômio 𝑝(𝑥) cujos
coeficientes somam 32. Se 0 e −1 são raízes de 𝑝(𝑥), então a soma 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 é igual a
1
a) − .
2
1
b) − .
4
1
c) .
2
d) 1.
3
e) .
2
30. (ITA/2003)
Dividindo-se o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑥 5 + 𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 1 por (𝑥 − 1), obtém-se resto igual
a 2. Dividindo-se 𝑃(𝑥) por (𝑥 + 1), obtém-se resto igual a 3. Sabendo que 𝑃(𝑥) é divisível por
𝑎𝑏
(𝑥 − 2), tem-se que o valor de é igual a:
𝑐
a) -6.
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b) -4.
c) 4.
d) 7.
e) 9.
31. (ITA/2003)
Considere o polinômio 𝑃(𝑥) = 2𝑥 + 𝑎2 𝑥 2 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 , cujos coeficientes 2, 𝑎2 , … , 𝑎𝑛
1
formam, nesta ordem, uma progressão geométrica com razão 𝑞 > 0. Sabendo que − é uma
2
raiz de 𝑃 e que 𝑃(2) = 5460, tem-se que o valor de (𝑛2 − 𝑞3 )/𝑞4 é igual a:
a) 5/4.
b) 3/2.
c) 7/4.
d) 11/6.
e) 15/8.
32. (ITA/2002)
A divisão de um polinômio 𝑓(𝑥) por (𝑥 − 1)(𝑥 − 2) tem resto 𝑥 + 1. Se os restos das divisões
de 𝑓(𝑥) por 𝑥 − 1 e 𝑥 − 2 são, respectivamente, os números 𝑎 e 𝑏, então 𝑎2 + 𝑏2 vale:
a) 13.
b) 5.
c) 2.
d) 1.
e) 0.
33. (ITA/2001)
Sabendo que é de 1024 a soma dos coeficientes do polinômio em 𝑥 e 𝑦, obtido pelo
desenvolvimento do binômio (𝑥 + 𝑦)𝑛 , temos que o número de arranjos sem repetição de 𝑛
elementos, tomados 2 a 2, é:
a) 80.
b) 90.
c) 70.
d) 100.
e) 60.
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34. (ITA/2000)
Seja 𝑃(𝑥) um polinômio divisível por 𝑥 − 1. Dividindo-o por 𝑥 2 + 𝑥, obtêm-se o quociente
𝑄 (𝑥) = 𝑥 2 − 3 e o resto 𝑅(𝑥). Se 𝑅(4) = 10, então o coeficiente do termo de grau 1 de 𝑃(𝑥)
é igual a
a) −5.
b) −3.
c) −1.
d) 1.
e) 3.
35. (ITA/1999)
Seja 𝑝(𝑥) um polinômio de grau 3 tal que 𝑝(𝑥) = 𝑝(𝑥 + 2) − 𝑥 2 − 2, para todo 𝑥 ∈ ℝ. Se −2
é uma raiz de 𝑝(𝑥), então o produto de todas as raízes de 𝑝(𝑥) é:
a) 36.
b) 18.
c) −36.
d) −18.
e) 1.
36. (ITA/1998)
Seja 𝑝(𝑥) um polinômio de grau 4 com coeficientes reais. Na divisão de 𝑝(𝑥) por 𝑥 − 2 obtém-
se um quociente 𝑞(𝑥) e resto igual a 26. Na divisão de 𝑝(𝑥) por 𝑥 2 + 𝑥 − 1 obtém-se um
quociente ℎ(𝑥) e resto 8𝑥 − 5. Sabe-se que 𝑞(0) = 13 e 𝑞 (1) = 26. Então, ℎ(2) + ℎ(3) é
igual a:
a) 16.
b) Zero.
c) −47.
d) −28.
e) 1.
37. (ITA/1997)
Sejam 𝑝1 (𝑥), 𝑝2 (𝑥) e 𝑝3 (𝑥) polinômios na variável real 𝑥 de graus 𝑛1 , 𝑛2 𝑒 𝑛3 , respectivamente,
com 𝑛1 > 𝑛2 > 𝑛3 . Sabe-se que 𝑝1 (𝑥) e 𝑝2 (𝑥) são diviseis por 𝑝3 (𝑥). Seja 𝑟(𝑥) o resto da
divisão de 𝑝1 (𝑥) por 𝑝2 (𝑥). Considere as afirmações:
I. 𝑟(𝑥) é divisível por 𝑝3 (𝑥).
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38. (ITA/1995)
A divisão de um polinômio 𝑃(𝑥) por 𝑥 2 − 𝑥 resulta no quociente 6𝑥 2 + 5𝑥 + 3 e resto −7𝑥. O
resto da divisão de 𝑃(𝑥) por 2𝑥 + 1 é igual a:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
39. (ITA/1995)
Sabendo-se que 4 + 𝑖√2 e √5 são raízes do polinômio 2𝑥 5 − 22𝑥 4 + 74𝑥 3 + 2𝑥 2 − 420𝑥 +
540, então a soma dos quadrados de todas as raízes reais é:
a) 17.
b) 19.
c) 21.
d) 23.
e) 25.
40. (ITA/1977)
𝑃(𝑥) é um polinômio do 5º grau que satisfaz as condições 𝑃(1) = 𝑃(2) = 𝑃(3) = 𝑃(4) =
𝑃(5) = 1 e 𝑃(6) = 0. Calcule 𝑃(0).
QUESTÕES IME
41. (IME/2019)
Aula 18 - Polinômios 43
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Seja a inequação:
6𝑥 4 − 5𝑥 3 − 29𝑥 2 + 10𝑥 < 0
Seja (𝑎, 𝑏) um intervalo contido no conjunto solução dessa inequação. O maior valor possível
para 𝑏 − 𝑎 é:
a) 2
b) 13/6
c) 1/3
d) 5/2
e) 8/3
42. (IME/2019)
Sejam 𝑥1 , 𝑥2 e 𝑥3 raízes da equação 𝑥 3 − 𝑎𝑥 − 16 = 0. Sendo 𝑎 um número real, o valor de
𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 é igual a:
a) 32 − 𝑎
b) 48 − 2𝑎
c) 48
d) 48 + 2𝑎
e) 32 + 𝑎
43. (IME/2019)
Seja o polinômio 𝑞(𝑥) = 𝑥 4 − 8𝑥 3 + 6𝑥 2 + 40𝑥 + 25 + 𝑘 que possui valor mínimo igual a
−64, onde 𝑘 é uma constante real. Determine as raízes de 𝑞 (𝑥).
44. (IME/2018)
Seja 𝑃(𝑥) o polinômio de menor grau que passa pelos pontos 𝐴(2, −4 + 3√3), 𝐵(1,3√2 − 2),
𝐶(√2, √3) e 𝐷(√3, √2). O resto da divisão de 𝑃(𝑥) por (𝑥 − 3) é:
a) 8√3 − 5√2 − 6.
b) 6√3 − 4√2 − 1.
c) 9√3 − 8√2 − 2.
d) 4√3 − 10√2 − 3.
e) 4√3 − √2 − 2.
45. (IME/2015)
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46. (IME/2012)
Considere o polinômio 5𝑥 3 − 3𝑥 2 − 60𝑥 + 36 = 0. Sabendo que ele admite uma solução da
forma √𝑛, onde 𝑛 é um número natural, pode se afirmar que:
a) 1 ≤ 𝑛 < 5
b) 6 ≤ 𝑛 < 10
c) 10 ≤ 𝑛 < 15
d) 15 ≤ 𝑛 < 20
e) 20 ≤ 𝑛 < 30
47. (IME/2011)
1 1
Seja 𝑝(𝑥) uma função polinomial satisfazendo a relação 𝑝(𝑥)𝑝 ( ) = 𝑝(𝑥) + 𝑝( ). Sabendo
𝑥 𝑥
que 𝑝(3) = 28, o valor de 𝑝(4) é:
a) 10
b) 30
c) 45
d) 55
e) 65
48. (IME/2011)
Sejam o polinômio e conjunto 𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 − 3𝑥 2 + 2 e os conjuntos 𝐴 = {𝑝(𝑘 )/𝑘 ∈ ℕ 𝑒 𝑘 ≤
1999}, 𝐵 = {𝑟 2 + 1 /𝑟 ∈ ℕ} e 𝐶 = {𝑞2 + 2/𝑞 ∈ ℕ}. Sabe-se que 𝑦 = 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐶),
onde 𝑛(𝐸) é o número de elementos do conjunto 𝐸. Determine o valor de 𝑦.
Obs.: ℕ é 𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑖𝑠.
49. (IME/2001)
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Considere o polinômio de grau mínimo, cuja representação gráfica passa pelos pontos
𝑃1 (−2, −11), 𝑃2 (−1,0), 𝑃3 (1,4) e 𝑃4 (2,9).
a) Determine os coeficientes do polinômio.
b) Calcule todas as raízes do polinômio.
50. (IME/2001)
Determine todos os números inteiros 𝑚 𝑒 𝑛 para os quais o polinômio 2𝑥 𝑚 + 𝑎3𝑛 𝑥 𝑚−3𝑛 − 𝑎𝑚
é divisível por 𝑥 + 𝑎.
51. (IME/2000)
Determine o polinômio em 𝑛, com no máximo 4 termos, que representa o somatório dos
quadrados dos 𝑛 primeiros números naturais.
𝑛
∑ 𝑘2
𝑘=1
52. (IME/1999)
Seja o polinômio 𝑃(𝑥) de grau (2𝑛 + 1) com todos os seus coeficientes positivos e unitários.
Dividindo-se 𝑃(𝑥) por 𝐷(𝑥), de grau 3, obtém-se o resto 𝑅(𝑥).
Determine 𝑅(𝑥), sabendo-se que as raízes de 𝐷(𝑥) são raízes de 𝐴(𝑥) = 𝑥 4 − 1 e que 𝐷 (1) ≠
0.
53. (IME/1998)
Determine 𝛼, 𝛽 𝑒 𝛾 de modo que o polinômio, 𝛼𝑥 𝛾+1 + 𝛽𝑥 𝛾 + 1, racional inteiro em 𝑥, seja
divisível por (𝑥 − 1)2 e que o valor numérico do quociente seja igual a 120 para 𝑥 = 1.
54. (IME/1997)
Determine o resto da divisão do polinômio (cos 𝜙 + 𝑥𝑠𝑒𝑛 𝜙)𝑛 por (𝑥 2 + 1), onde 𝑛 é um
número natural.
55. (IME/1995)
Prove que o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑥 999 + 𝑥 888 + 𝑥 777 + ⋯ + 𝑥 111 + 1 é divisível por 𝑥 9 + 𝑥 8 +
𝑥 7 + ⋯ + 𝑥 + 1.
56. (IME/1987)
Seja 𝑝(𝑥) um polinômio de grau 16 e coeficientes inteiros.
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a) Sabendo-se que 𝑝(𝑥) assume valores ímpares para 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1, mostre que 𝑝(𝑥) não
possui raízes inteiras.
b) Sabendo-se que 𝑝(𝑥) = 7 para quatro valores de 𝑥, inteiros e diferentes, para quantos
valores inteiros de 𝑥, 𝑝(𝑥) assume o valor 14?
57. (IME/1984)
Determine o polinômio
𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑
Tal que 𝑝(𝑥) = 𝑝(1 − 𝑥), 𝑝(0) = 0 e 𝑝(−1) = 6.
58. (IME/1976)
Dado o polinômio 2𝑥 4 + 𝑥 3 + 𝑝𝑥 2 + 𝑞𝑥 + 2, determine 𝑝 e 𝑞 de modo que ele seja divisível
por (𝑥 − 1)2 .
8. GABARITO
1. e
2. a
3. d
4. b
5. Existe o polinômio dado por 𝑷(𝒙) = (𝒂 + 𝒃 + 𝒄)𝒙𝟐 − (𝒂𝒃 + 𝒃𝒄 + 𝒃𝒄)𝒙 + 𝒂𝒃𝒄.
6. Demonstração.
𝒎(𝒎−𝟏)…(𝒎−𝒏) 𝒎
7. 𝑷(𝒎) = (−𝟏)𝒏+𝟏(𝒏+𝟏)!(𝒎+𝟏) + .
𝒎+𝟏
8. Demonstração.
9. 𝒂𝟐 = (𝟏𝟖
𝟑
).
(𝟐𝒏+𝟏 −𝟏)(𝟐𝒏+𝟏 −𝟐)
10. 𝒂𝒏,𝟐 = .
𝟑
11. Demonstração.
𝒏(𝒏+𝟏) 𝟐
12. [ ] .
𝟐
13. 𝟎.
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𝟏
15. a) 𝒂 = −𝟐√𝟑; 𝒃 = −𝟏 b) 𝑺 = {√𝟑 ± √𝟐, (𝟏 ± 𝒊√𝟕)}.
𝟕
16. 𝟕𝟖𝟏
17. b
𝟓 𝟏 𝟏 𝟕
18. a) 𝜷 ∈ {𝟎, ±𝟏𝟓} b) Soluções = {𝟎, ± , (𝟓 ± 𝒊√𝟏𝟏), (−𝟓 ± 𝒊√𝟏𝟏), ±√ }
𝟔 𝟔 𝟔 𝟏𝟖
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1. (EN/ 2017)
Seja 𝑃(𝑥) = 𝑥 6 + 𝑏𝑥 5 + 𝑐𝑥 4 + 𝑑𝑥 3 + 𝑒𝑥 2 + 𝑓𝑥 + 𝑔 um polinômio de coeficientes inteiros e
3
que 𝑃(√2 + √3) = 0. O polinômio 𝑅(𝑥) é o resto da divisão de 𝑃(𝑥) por 𝑥 3 − 3𝑥 − 1.
Determine a soma dos coeficientes de 𝑅(𝑥) e assinale a opção correta.
a) -51
b) -52
c) -53
d) -54
e) -55
Comentários
Em questões desse tipo, a ideia é tentar obter um polinômio de coeficientes inteiros que
tenha o número irracional como raiz manipulando o próprio número. Veja:
3 3 3
√2 + √3 = 𝑥 ⇒ 𝑥 − √2 = √3 ⇒ (𝑥 − √2) = 3
Ou seja:
𝑥 3 − 3√2𝑥 2 + 6𝑥 + 2√2 = 3 ⇒ (𝑥 3 + 6𝑥 − 3) = √2(3𝑥 2 + 2)
Elevando ao quadrado membro a membro:
𝑥 6 + 36𝑥 2 + 9 + 2(6𝑥 4 − 3𝑥 3 − 18𝑥) = 2(9𝑥 4 + 12𝑥 2 + 4)
Do que resulta:
𝑥 6 − 6𝑥 4 − 6𝑥 3 + 12𝑥 2 − 36𝑥 + 1 = 0
Então seja 𝑃(𝑥) = 𝑥 6 − 6𝑥 4 − 6𝑥 3 + 12𝑥 2 − 36𝑥 + 1.
Usando o método da chave, vamos dividir os polinômios:
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−𝑥 6 0 3𝑥 4 𝑥3 0 0 0 𝑥 3 − 3𝑥 − 5
3𝑥 4 0 −9𝑥 2 −3𝑥 0
0 −5𝑥 3 3𝑥 2 −39𝑥 1
5𝑥 3 0 −15𝑥 −5
0 3𝑥 2 −54𝑥 −4
2. (EN/2014)
Considere 𝑃(𝑥) = (𝑚 − 4)(𝑚2 + 4)𝑥 5 + 𝑥 2 + 𝑘𝑥 + 1 um polinômio na variável real 𝑥, em
que 𝑚 e 𝑘 são constantes reais. Quais os valores das constantes 𝑚 𝑒 𝑘 para que 𝑃(𝑥) não
admita raiz real?
a) 𝑚 = 4 𝑒 − 2 < 𝑘 < 2
b) 𝑚 = −4 𝑒 𝑘 > 2
c) 𝑚 = −2 𝑒 − 2 < 𝑘 < 2
d) 𝑚 = 4 𝑒 |𝑘 | > 2
e) 𝑚 = −2 𝑒 𝑘 > −2
Comentários
Veja que caso o coeficiente de 𝑥 5 não seja nulo, teremos um polinômio de grau ímpar e
coeficientes reais. Isso nos diz que 𝑃(𝑥) deve ter, ao menos, uma raiz real. Como não queremos isso,
devemos ter:
(𝑚 − 4)(𝑚2 + 4) = 0 ⇒ 𝑚 = 4
Já que 𝑚 é uma constante real.
Dessa forma, somente nos resta o polinômio:
𝑃(𝑥) = 𝑥 2 + 𝑘𝑥 + 1
Para que ele não tenha raízes reais, seu discriminante deve ser negativo, logo:
Δ = 𝑘 2 − 4 < 0 ⇒ |𝑘 | < 2 𝑜𝑢 − 2 < 𝑘 < 2
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Gabarito: “a”.
3. (ESPCEX/2018)
Determine o valor numérico do polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 4𝑥 3 + 6𝑥 2 + 4𝑥 + 2017 para 𝑥 = 89.
a) 53 213 009
b) 57 138 236
c) 61 342 008
d) 65 612 016
e) 67 302 100
Comentários
À primeira vista, podemos ficar assustados em calcular o valor de 𝑝(𝑥) para 𝑥 = 89. Mas veja
que:
𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 4𝑥 3 + 6𝑥 2 + 4𝑥 + 2017 = 𝑥 4 + 4𝑥 3 + 6𝑥 2 + 4𝑥 + 1 + 2016
Olhe para a seguinte parte do polinômio:
4 4 4 4 4
𝑥 4 + 4𝑥 3 + 6𝑥 2 + 4𝑥 + 1 = ( ) 𝑥 4 + ( ) 𝑥 3 + ( ) 𝑥 2 + ( ) 𝑥 + ( )
0 1 2 3 4
Dos estudos do binômio de Newton, vem:
4 4 4 4 4
( ) 𝑥 4 + ( ) 𝑥 3 + ( ) 𝑥 2 + ( ) 𝑥 + ( ) = (𝑥 + 1)4
0 1 2 3 4
Disso, resulta que:
𝑝(𝑥) = (𝑥 + 1)4 + 2016
Logo:
𝑝(89) = (89 + 1)4 + 2016 = 65 612 016
Gabarito: “d”.
4. (AFA/2016)
Considere os polinômios 𝑄(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 e 𝑃(𝑥) = 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 𝑎𝑥 + 𝑏, sendo 𝑎 𝑒 𝑏
números reais tais que 𝑎2 − 𝑏2 = −8. Se os gráficos de 𝑄(𝑥) e 𝑃(𝑥) têm um ponto comum
que pertence ao eixo das abscissas, então é INCORRETO afirmar sobre as raízes de 𝑃(𝑥) que
a) Podem formar uma progressão aritmética.
b) São todos números naturais.
c) Duas são os números 𝑎 𝑒 𝑏.
d) Duas são números simétricos.
Comentários
Um ponto que pertence ao ponto das abscissas é do tipo (𝑥, 0). Veja antes que:
𝑄 (𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = (𝑥 − 1)2
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1 1 −3 −1 3
1 −2 −3 0
Note que:
𝑃(𝑥) = (𝑥 − 1)(𝑥 2 − 2𝑥 − 3) = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)(𝑥 − 3)
Suas raízes são, portanto, 1, −1 𝑒 3.
Gabarito: “b”.
5. (Rússia)
Sejam 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 inteiros positivos distintos. Verifique se existe um polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑘𝑥 2 + 𝑙𝑥 +
𝑚, 𝑘, 𝑙, 𝑚 inteiros, 𝑘 > 0, que assume os valores 𝑎3 , 𝑏3 , 𝑐 3 para valores inteiros de 𝑥.
Comentários
A grande sacada nessa questão é olhar para o polinômio:
𝑄 (𝑥 ) = 𝑃 (𝑥 ) − 𝑥 3
Além disso, o enunciado somente quer saber se existe ao menos um polinômio que satisfaz
o fato de ele assumir os valores de 𝑎3 , 𝑏3 𝑒 𝑐 3 , isto é, para 3 inteiros 𝑚, 𝑛 𝑒 𝑝, devemos ter:
𝑃 (𝑚 ) = 𝑎 3 , 𝑃 (𝑛 ) = 𝑏 3 𝑒 𝑃 (𝑝 ) = 𝑐 3
Então, por conveniência, faça 𝑚 = 𝑎, 𝑛 = 𝑏 𝑒 𝑝 = 𝑐. Disso, temos que:
𝑄 (𝑎 ) = 𝑃 (𝑎 ) − 𝑎 3 = 𝑎 3 − 𝑎 3 = 0
𝑄 (𝑏 ) = 𝑃 (𝑏 ) − 𝑏 3 = 𝑏 3 − 𝑏 3 = 0
𝑄 (𝑐 ) = 𝑃 (𝑐 ) − 𝑐 3 = 𝑐 3 − 𝑐 3 = 0
Ou seja, 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 são raízes de 𝑄(𝑥), do que podemos escrever:
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6. (Rússia)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 reais. Prove que pelo menos uma das equações 𝑥 2 + (𝑎 − 𝑏)𝑥 + (𝑏 − 𝑐 ) = 0,
𝑥 2 + (𝑏 − 𝑐 )𝑥 + (𝑐 − 𝑎) = 0, 𝑥 2 + (𝑐 − 𝑎)𝑥 + (𝑎 − 𝑏) = 0 tem soluções reais.
Comentários
A negativa da afirmação “pelo menos uma” é “todas”. Vamos usar a redução ao absurdo.
Suponha que todas elas não possuem soluções reais. Disso, temos que seus discriminantes
devem ser negativos, isto é:
(𝑎 − 𝑏 ) 2 − 4(𝑏 − 𝑐 ) < 0
(𝑏 − 𝑐 )2 − 4(𝑐 − 𝑎 ) < 0
(𝑐 − 𝑎 )2 − 4(𝑎 − 𝑏 ) < 0
Somando as três desigualdades, membro a membro:
(𝑎 − 𝑏)2 − 4(𝑏 − 𝑐 ) + (𝑏 − 𝑐 )2 − 4(𝑏 − 𝑐) + (𝑐 − 𝑎)2 − 4(𝑎 − 𝑏) < 0
Ou ainda:
(𝑎 − 𝑏 ) 2 + (𝑏 − 𝑐 )2 + (𝑐 − 𝑎 )2 − 4(𝑏 − 𝑐 + 𝑐 − 𝑎 + 𝑎 − 𝑏 ) < 0
(𝑎 − 𝑏 ) 2 + (𝑏 − 𝑐 )2 + (𝑐 − 𝑎 )2 < 0
Mas (𝑎 − 𝑏)2 , (𝑏 − 𝑐 )2 𝑒 (𝑐 − 𝑎)2 são números reais, logo, a soma de seus quadrados deve
ser positiva.
Disso, temos um absurdo e pelo menos uma delas deve ter uma raiz real.
Gabarito: Demonstração.
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8. (Putnam)
Verifique a igualdade
3 3
√20 + 14√2 + √20 − 14√2 = 4
Comentários
Aparentemente, essa questão parece nada ter a ver com polinômios. Mas façamos o
seguinte:
3 3
𝑥 = √20 + 14√2 + √20 − 14√2
Como temos raízes cúbicas, vamos tentar fazê-las desaparecer elevando a expressão acima
ao cubo:
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𝑥3
3 3 3 3
= 20 + 14√2 + 20 − 14√2 + 3 ( √20 + 14√2) ( √20 − 14√2) ( √20 + 14√2 + √20 − 14√2)
4 1 0 −6 −40
1 4 10 0
Ou seja:
(𝑥 − 4)(𝑥 2 + 4𝑥 + 10) = 0
Veja que:
𝑥 2 + 4𝑥 + 10 = 𝑥 2 + 4𝑥 + 4 + 6 = (𝑥 + 2)2 + 6 ≥ 6 > 0
Dessa forma, a única raiz real desse polinômio é 𝑥 = 4, do que temos que:
3 3
√20 + 14√2 + √20 − 14√2 = 4
Gabarito: Demonstração.
9. (AIME/1986)
O polinômio
1 − 𝑥 + 𝑥 2 − 𝑥 3 + ⋯ + 𝑥 16 − 𝑥 17
Pode ser escrito na forma
𝑎0 + 𝑎1 𝑦 + 𝑎2 𝑦 2 + ⋯ + 𝑎16 𝑦16 + 𝑎17 𝑦17 ,
Onde 𝑦 = 𝑥 + 1 e os 𝑎𝑖 ′𝑠 são constantes. Encontre 𝑎2 .
Comentários
O primeiro passo nessa questão é perceber o seguinte:
𝑥 18 − 1
𝑝(𝑥) = 1 − 𝑥 + 𝑥 2 − 𝑥 3 + ⋯ + 𝑥 16 − 𝑥 17 = =
−𝑥 − 1
1 − 𝑥 18
=
𝑥+1
Pois o polinômio é dado por uma P.G. de razão −𝑥 e primeiro termo 1.
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Fazendo 𝑥 = 𝑦 − 1, temos:
1 − (1 − 𝑦)18
𝑝 (𝑦 − 1) = ⇒ 𝑦𝑝(𝑦 − 1) = 1 − (1 − 𝑦)18
𝑦
Disso, temos que:
𝑦𝑝(𝑦 − 1) = 𝑦(𝑎0 + 𝑎1 𝑦 + 𝑎2 𝑦 2 + ⋯ + 𝑎17 𝑦17 ) = 𝑦𝑎0 + 𝑎1 𝑦 2 + 𝑎2 𝑦 3 + ⋯ + 𝑎17 𝑦18
Queremos então o coeficiente de 𝑦 3 na expansão de:
1 − (1 − 𝑦)18
Usando o binômio de Newton, temos que o termo 𝑦 3 é dado por:
18 18
−( ) (−𝑦)3 (1)18−3 = ( ) 𝑦 3
3 3
De tal forma que:
18
𝑎2 = ( )
3
Gabarito: 𝒂𝟐 = (𝟏𝟖
𝟑
).
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12. Desafio
Obtenha um polinômio do 4º grau que verifique a identidade
𝑃(𝑥) − 𝑃(𝑥 − 1) ≡ 𝑥 3
E utilize-o para obter uma fórmula para
13 + 23 + 33 + ⋯ + 𝑛 3
Comentários
Seja 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 3 + 𝑐𝑥 2 + 𝑑𝑥 + 𝑒. Queremos que:
𝑃 (𝑥 ) − 𝑃 ( 𝑥 − 1) = 𝑥 3
Assim:
𝑃 (𝑥 ) − 𝑃 (𝑥 − 1)
= 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐𝑥 + 𝑑𝑥 + 𝑒 − 𝑎 𝑥 − 1)4 + 𝑏(𝑥 − 1)3 + 𝑐 (𝑥 − 1)2 + 𝑑 (𝑥 − 1) + 𝑒 − 𝑒]
( 4 3 2 ) [ (
= 𝑥3
Ou ainda:
𝑎(𝑥 4 − (𝑥 − 1)4 ) + 𝑏(𝑥 3 − (𝑥 − 1)3 ) + 𝑐 (𝑥 2 − (𝑥 − 1)2 ) + 𝑑(𝑥 − (𝑥 − 1)) = 𝑥 3
Calculando termo a termo, temos:
Para o coeficiente 𝑎:
𝑥 4 − (𝑥 − 1)4 = (𝑥 2 + (𝑥 − 1)2 )(𝑥 2 − (𝑥 − 1)2 ) = 4𝑥 3 − 6𝑥 2 + 4𝑥 − 1
Para o coeficiente 𝑏:
(𝑥 3 − (𝑥 − 1)3 ) = (1)(𝑥 2 + 𝑥 (𝑥 − 1) + (𝑥 − 1)2 ) = 3𝑥 2 − 3𝑥 + 1
Para o coeficiente c:
(𝑥 2 − (𝑥 − 1)2 ) = (1)(2𝑥 − 1) = 2𝑥 − 1
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Para o coeficiente 𝑑:
𝑥 − (𝑥 − 1) = 1
Ou seja:
𝑎(4𝑥 3 − 6𝑥 2 + 4𝑥 − 1) + 𝑏(3𝑥 2 − 3𝑥 + 1) + 𝑐 (2𝑥 − 1) + 𝑑 = 𝑥 3
Logo:
4𝑎𝑥 3 + (−6𝑎 + 3𝑏)𝑥 2 + (4𝑎 − 3𝑏 + 2𝑐 )𝑥 − 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 + 𝑑 = 𝑥 3
Assim:
1
4𝑎 = 1 ⇒ 𝑎 =
4
1 1
−6 ∙ + 3𝑏 = 0 ⇒ 𝑏 =
4 2
1 1 1
4 ∙ − 3 ∙ + 2𝑐 = 0 ⇒ 𝑐 =
4 2 4
1 1 1
− + − +𝑑 =0⇒𝑑 =0
4 2 4
Do que segue que:
1 4 1 3 1 2
𝑃 (𝑥 ) = 𝑥 + 𝑥 + 𝑥 +𝑒
4 2 4
Note que, para 𝑛 natural, temos:
1 4 1 3 1 2
𝑃 (𝑛 ) = 𝑛 + 𝑛 + 𝑛 +𝑒
4 2 4
E ainda:
𝑃 (𝑛 ) − 𝑃 ( 𝑛 − 1) = 𝑛 3
Fazendo o somatório membro a membro desde 𝑛 = 1, temos:
𝑃 (𝑛 ) − 𝑃 ( 𝑛 − 1) = 𝑛 3
⋮
𝑃 (1) − 𝑃 (0) = 13
Do que resulta:
𝑃 (𝑛 ) − 𝑃 (0) = 𝑛 3 + ⋯ + 13
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Ou seja:
(1 + 2 + ⋯ + 𝑛)2 = (13 + 23 + ⋯ + 𝑛3 )
𝒏(𝒏+𝟏) 𝟐
Gabarito: [ ] .
𝟐
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Gabarito: 0.
c) √2
3√2+1
d)
2
e) 3√2
Comentários
Se você parar para observar, o polinômio apresentado pode ser encarado como uma soma
de P.G. de primeiro termo 1 e razão 𝑧. Seja então a equação abaixo:
1 + 𝑧 + 𝑧2 + 𝑧3 + 𝑧4 + 𝑧5 + 𝑧6 + 𝑧7 = 0
Vamos ver se 𝑧 = 1 é raiz dessa equação:
1 + 1 + 12 + 13 + 14 + 15 + 16 + 17 = 6 ≠ 0
Dado que 𝑧 = 1 não é raiz da equação, podemos escrever a equação dada como sendo:
2 3 4
𝑧8 − 1
5 6 7
1+𝑧+𝑧 +𝑧 +𝑧 +𝑧 +𝑧 +𝑧 = =0
𝑧−1
Da soma de P.G.
Ou seja:
𝑧8 − 1 = 0
Do estudo dos números complexos, conhecemos bem essa equação: são as raízes oitavas da
unidade. De maneira mais geral, sabe-se que as raízes da equação:
𝑧𝑛 − 1 = 0
Formam um polígono regular de 𝑛 lados.
Então, vamos desenhar as raízes da equação 𝑧 8 − 1 = 0 no plano complexo:
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Mas devemos lembrar que 𝑧 = 1 não é raiz dessa equação, do que segue que o polígono
convexo formado pelas raízes do polinômio é dado pela figura abaixo:
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O polígono regular é formado por 8 triângulos com o ângulo mais interno dado por:
2𝜋 𝜋
=
8 4
A área de cada triângulo é dada por:
𝜋
𝑠𝑒𝑛 ( )
𝐴𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = |𝑧| ∙ |𝑧| ∙ 4
2
Mas lembre-se de que:
𝑧 8 − 1 = 0 ⇒ |𝑧|8 = 1 ⇒ |𝑧| = 1, 𝑝𝑜𝑖𝑠 |𝑧| ∈ ℝ
Ou seja:
√2
√2
𝐴𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 1 ∙ 1 ∙ 2 =
2 4
Na figura acima, temos 6 triângulos, ou seja:
√2 3√2
6 ∙ 𝐴𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 6 ∙ =
4 2
O triângulo restante é retângulo de área:
1 1
𝐴=1∙1∙ =
2 2
Do que segue que a área total é:
3√2 1
𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +
2 2
Gabarito: “d”.
15. (ITA/2017)
Considere o polinômio
𝑝(𝑥) = 𝑥 4 − (1 + 2√3)𝑥 3 + (3 + 2√3)𝑥 2 − (1 + 4√3)𝑥 + 2
a) Determine os números reais 𝑎 𝑒 𝑏 tais que 𝑝(𝑥) = (𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 2).
b) Determine as raízes de 𝑝(𝑥).
Comentários
O primeiro conceito que deve ser relembrado é a igualdade de polinômios. Dois polinômios
são iguais se e somente se os coeficientes correspondentes aos termos de mesmo grau, isto é, 𝑥 𝑛 ,
forem iguais.
Item a:
O primeiro passo é desenvolver a expressão fornecida para 𝑝(𝑥):
𝑝(𝑥) = (𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 2) = 𝑥 4 + 𝑏𝑥 3 + 2𝑥 2 + 𝑎𝑥 3 + 𝑎𝑏𝑥 2 + 2𝑎𝑥 + 𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 2
𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + (𝑎 + 𝑏)𝑥 3 + (3 + 𝑎𝑏)𝑥 2 + (2𝑎 + 𝑏)𝑥 + 2
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16. (ITA/2016)
Determine o termo constante do resto da divisão do polinômio (1 + 𝑥 + 𝑥 2 )40 por (1 + 𝑥)3 .
Comentários
Primeiramente, observe que:
𝑥 2 + 𝑥 + 1 = 𝑥 (𝑥 + 1) + 1
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Por que fizemos isso? A ideia é trabalhar com um polinômio de grau mais baixo possível, de
forma que possamos obter as informações mais facilmente e, se possível, de maneira direta.
Nesse caso, é útil tentar evidenciar o termo (𝑥 + 1), pois ele compõe o polinômio divisor.
Usando o binômio de Newton, temos que:
40 40 40
[𝑥 (𝑥 + 1) + 1]40 = (
) [𝑥 (𝑥 + 1)]0 + ( ) [𝑥 (𝑥 + 1)]1 + ⋯ + ( ) [𝑥 (𝑥 + 1)]40
0 1 40
Ou seja, a partir do expoente 3 dos termos do binômio, podemos colocar em evidência
(𝑥 + 1)3 , veja:
40 40 40 40 40
(𝑥 + 1)3 [( ) 𝑥 40 (𝑥 + 1)37 + ⋯ + ( ) 𝑥 3 ] + ( ) 𝑥 2 (𝑥 + 1)2 + ( ) 𝑥 (𝑥 + 1) + ( )
40 3 2 1 0
Dessa forma, temos que (1 + 𝑥 + 𝑥 2 )40 possui o mesmo resto que
40 40 40
ℎ(𝑥) = ( ) 𝑥 2 (𝑥 + 1)2 + ( ) 𝑥 (𝑥 + 1) + ( ) = 780𝑥 2 (𝑥 + 1)2 + 40𝑥 (𝑥 + 1) + 1
2 1 0
Na divisão por (𝑥 + 1)3 .
Vamos usar a mesma ideia para tentar simplificar ainda mais o polinômio obtido. Antes de
continuar, veja que:
(𝑥 + 1)3 = 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 3𝑥 + 1
No polinômio ℎ(𝑥), obtido acima, temos que a única parcela candidata a possuir algum fator
(𝑥 + 1)3 é 780𝑥 2 (𝑥 + 1)2 . Vamos tentar evidenciar esse fator. Veja:
𝑥 2 (𝑥 + 1)2 = 𝑥 (𝑥 3 + 2𝑥 2 + 𝑥) = 𝑥 (𝑥 3 + 3𝑥 2 + 3𝑥 + 1 − 𝑥 2 − 2𝑥 − 1)
= 𝑥 (𝑥 + 1 − (𝑥 3 + 2𝑥 + 𝑥) = 𝑥 (𝑥 + 1)3 − (𝑥 + 1)3 + (𝑥 + 1)2
)3
Dessa forma, em nossa análise do resto da divisão, podemos desprezar as parcelas
𝑥 (𝑥 + 1)3 − (𝑥 + 1)3 , de modo que restará apenas o polinômio:
780(𝑥 + 1)2 + 40𝑥 (𝑥 + 1) + 1
Esse polinômio possui grau 2, de modo que não é mais possível evidenciar um fator (𝑥 + 1)3 ,
pois ele é do terceiro grau. Disso, concluímos que esse polinômio é o próprio resto.
𝑟(𝑥) = 780(𝑥 + 1)2 + 40𝑥 (𝑥 + 1) + 1
Lembre-se que o termo constante de um polinômio é obtido fazendo 𝑥 = 0, logo:
𝑟(0) = 780 + 1 = 781
Gabarito: 𝟕𝟖𝟏.
17. (ITA/2015)
Seja 𝑝 o polinômio dado por 𝑝(𝑥) = ∑15 𝑗
𝑗=0 𝑎𝑗 𝑥 , com 𝑎𝑗 ∈ ℝ, 𝑗 = 0,1, … ,15, e 𝑎15 ≠ 0.
Sabendo-se que 𝑖 é uma raiz de 𝑝 e que 𝑝(2) = 1, então o resto da divisão de 𝑝 pelo polinômio
𝑞, dado por 𝑞 (𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 + 𝑥 − 2, é igual a
1 1
a) 𝑥2 − .
5 5
1 1
b) 𝑥2 + .
5 5
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2 2
c) 𝑥2 + .
5 5
3 3
d) 𝑥2 − .
5 5
3 1
e) 𝑥2 + .
5 5
Comentários
Em questões que envolvem a divisão de polinômios é sempre útil escrever a seguinte relação:
𝑝(𝑥) = 𝑔(𝑥)𝑞(𝑥) + 𝑟(𝑥)
Do estudo dos polinômios, sabemos que o grau de 𝑟(𝑥) é no máximo 2, pois 𝑞(𝑥) tem grau
3.
Além disso, como 𝑝(𝑥) possui coeficientes reais, temos que se 𝑖 é tal que 𝑝(𝑖) = 0, então
𝑝(−𝑖) = 0.
Ele nos fornece 𝑝(2), então é conveniente verificar o valor de 𝑞(2):
𝑞 (2) = 8 − 8 + 2 − 2 = 0
Ou seja, 2 é raiz de 𝑞(𝑥).
Vamos usar Briot-Ruffini para fatorar 𝑞(𝑥):
2 1 −2 1 −2
1 0 1 0
Ou seja:
𝑞 (𝑥) = (𝑥 − 2)(𝑥 2 + 1)
Dessa forma, podemos ver que ±𝑖 também são raízes de 𝑞(𝑥).
Em resumo, possuímos três informações:
1- 𝑝(2) = 𝑔(2)𝑞(2) + 𝑟(2) = 0 ⇒ 𝑟(2) = 1;
2- 𝑝(𝑖) = 𝑔(𝑖)𝑞 (𝑖) + 𝑟(𝑖) = 0 ⇒ 𝑟(𝑖) = 0;
3- 𝑝(−𝑖) = 𝑔(−𝑖)𝑞 (−𝑖) + 𝑟(−𝑖) = 0 ⇒ 𝑟(−𝑖) = 0.
Das informações acima, temos que ±𝑖 são raízes de 𝑟(𝑥). Como ele possui grau no máximo
2, elas são todas as suas raízes. Assim, podemos escrever:
𝑟(𝑥) = 𝑎(𝑥 + 𝑖)(𝑥 − 𝑖) = 𝑎(𝑥 2 + 1)
Da informação 1, temos:
1
𝑟 (2) = 𝑎 (2 2 + 1) = 1 ⇒ 𝑎 =
5
Por fim, temos:
1 2 1
𝑟 (𝑥 ) = 𝑥 +
5 5
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Gabarito: “b”.
18. (ITA/2015)
Considere o polinômio 𝑝 dado por 𝑝(𝑧) = 18𝑧 3 + 𝛽𝑧 2 − 7𝑧 − 𝛽, em que 𝛽 é um número real.
a) Determine todos os valores de 𝛽 sabendo-se que 𝑝 tem uma raiz de módulo igual a 1 e
parte imaginária não nula.
b) Para cada um dos valores de 𝛽 obtidos em a), determine todas as raízes do polinômio 𝑝.
Comentários
Item a:
Sejam 𝑧, 𝑧̅ 𝑒 𝑥𝑅 suas raízes, em que 𝑥𝑅 é real e 𝑧 𝑒 𝑧̅ são complexas conjugadas. Das relações
de Girard, podemos escrever que:
𝛽
− (−
) = 𝑥𝑅 𝑧𝑧̅
18
Mas uma de suas raízes complexas não reais possui módulo 1. Do estudo dos complexos,
temos que:
𝑧𝑧̅ = 𝑧 2 = |𝑧|2 = 12 = 1
Ou seja:
𝛽
= 𝑥𝑅
18
Como 𝑝(𝑥𝑅 ) = 0, temos:
𝛽 3 𝛽 2 𝛽
18 ( ) + 𝛽 ( ) − 7 ( ) − 𝛽 = 0
18 18 18
3 2
𝛽 25𝛽 𝛽 25
− = 0 ⇔ 𝛽( − )=0
162 18 162 18
Resolvendo para 𝛽, temos:
𝛽 = 0 𝑜𝑢 𝛽 = 15 𝑜𝑢 𝛽 = −15
Item b:
Para 𝛽 = 0:
𝑝(𝑧) = 18𝑧 3 − 7𝑧 = 0 ⇔ 𝑧(18𝑧 2 − 7) = 0
7
𝑧 = 0 𝑜𝑢 𝑧 = ±√
18
Para 𝛽 = 15:
𝑝(𝑧) = 18𝑧 3 + 15𝑧 2 − 7𝑧 − 15
15 5
Do item anterior, temos que uma de suas raízes é 𝑥𝑅 = = .
18 6
Usando Briot-Ruffini:
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5 18 15 −7 −15
6
18 30 18 0
Ou seja:
5
𝑝(𝑧) = (𝑧 − ) (18𝑧 2 + 30𝑧 + 18)
6
2
As raízes de 18𝑧 + 30𝑧 + 18 = 0, usando Bháskara, são:
1 1
𝑧= (−5 + 𝑖√11) 𝑜𝑢 𝑧 = − (5 + 𝑖√11)
6 6
Para 𝛽 = −15:
𝑝(𝑧) = 18𝑧 3 − 15𝑧 2 − 7𝑧 + 15
−15 5
Do item anterior, temos que uma de suas raízes é 𝑥𝑅 = =− .
18 6
Usando Briot-Ruffini:
−5/6 18 −15 −7 15
18 −30 18 0
Ou seja:
5
𝑝(𝑧) = (𝑧 + ) (18𝑧 2 − 30𝑧 + 18)
6
2
As raízes de 18𝑧 − 30𝑧 + 18 = 0, usando Bháskara, são:
1 1
𝑧= (5 + 𝑖√11) 𝑜𝑢 𝑧 = (5 − 𝑖√11)
6 6
𝟓 𝟏 𝟏 𝟕
Gabarito: a) 𝜷 ∈ {𝟎, ±𝟏𝟓} b) Soluções = {𝟎, ± , (𝟓 ± 𝒊√𝟏𝟏), (−𝟓 ± 𝒊√𝟏𝟏), ±√ }
𝟔 𝟔 𝟔 𝟏𝟖
19. (ITA/2015)
Seja S o conjunto de todos os polinômios de grau 4 que têm três dos seus coeficientes iguais a
2 e os outros dois iguais a 1.
a) Determine o número de elementos de 𝑆.
b) Determine o subconjunto de 𝑆 formado pelos polinômios que têm −1 como uma de suas
raízes.
Comentários
Item a:
Primeiramente, temos um problema de análise combinatória. Observe que um polinômio de
grau 4 possui 5 coeficientes. Desses, três devem ser 2 e dois devem ser 1.
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Assim, basta escolher dois lugares para colocar os números “1” e, automaticamente, os
outros três serão ocupados por números “2”. De quantas formas podemos escolher 2 lugares dentre
5? Do estudo das técnicas de contagem, sabemos que é:
5
( ) = 10
2
Item b:
Seja 𝑝(𝑥) um polinômio conforme o enunciado. Podemos escrevê-lo, de maneira mais geral,
como sendo:
𝑝(𝑥) = 𝑎4 𝑥 4 + 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0
Se −1 é uma de suas raízes, devemos ter:
𝑝(−1) = 𝑎4 − 𝑎3 + 𝑎2 − 𝑎1 + 𝑎0 = 0
Ou seja:
𝑎4 + 𝑎2 + 𝑎0 = 𝑎3 + 𝑎1
Suponha que os números “1” estejam separados, um de cada lado da igualdade acima.
Teríamos, por exemplo:
1+2+2=1+2
Que é absurdo. Logo, os números “1” devem estar do mesmo lado da igualdade.
Suponha que eles estejam do lado direito.
Teríamos, necessariamente:
2+2+2=1+1
Que é absurdo. Ou seja, eles devem estar juntos no lado esquerdo da igualdade. Para que
isso aconteça, temos 3 possibilidades, veja:
1+1+2=2+2
1+2+1=2+2
2+1+1=2+2
Dessa forma, temos os polinômios:
𝑝1 (𝑥) = 𝑥 4 + 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 2𝑥 + 2
𝑝2 (𝑥) = 𝑥 4 + 2𝑥 3 + 2𝑥 2 + 2𝑥 + 1
𝑝3 (𝑥) = 2𝑥 4 + 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 2𝑥 + 1
Gabarito: a) 10 ; b) 𝑨 = {𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 + 𝟐, 𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 + 𝟏, 𝟐𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 +
𝟐𝒙 + 𝟏}
20. (ITA/2014)
Considere o polinômio complexo 𝑝(𝑧) = 𝑧 4 + 𝑎𝑧 3 + 5𝑧 2 − 𝑖𝑧 − 6, em que 𝑎 é uma constante
complexa. Sabendo que 2𝑖 é uma das raízes de 𝑝(𝑧) = 0, as outras três raízes são
a) −3𝑖, −1, 1.
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b) −𝑖, 𝑖, 1.
c) −𝑖, 𝑖, −1.
d) −2𝑖, −1, 1.
e) −2𝑖, −𝑖, 𝑖.
Comentário
Se 2𝑖 é uma raiz do polinômio, então:
𝑝(2𝑖) = 0 ⇒ (2𝑖)4 + 𝑎(2𝑖)3 + 5(2𝑖)2 − 𝑖 (2𝑖) − 6 = 0
Resolvendo, temos:
𝑎=𝑖
Assim, o polinômio fica:
𝑝(𝑧) = 𝑧 4 + 𝑖𝑧 3 + 5𝑧 2 − 𝑖𝑧 − 6
Cuidado! Os coeficientes de 𝑝(𝑧) não são reais, então, não podemos garantir de início que
−2𝑖 também é raiz. Verifique que não é.
Além disso, observe que:
𝑝 (1) = 1 + 𝑖 + 5 − 𝑖 − 6 = 0
Ou seja, 1 é raiz de 𝑝(𝑧). Vamos usar Briot-Ruffini:
1 1 𝑖 5 −𝑖 −6
1 1+𝑖 6+𝑖 6 0
2𝑖 1 1+𝑖 6+𝑖 6
1 1 + 3𝑖 3𝑖 0
21. (ITA/2012)
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Considere um polinômio 𝑝(𝑥), de grau 5, com coeficientes reais. Sabe-se que −2𝑖 e 𝑖 − √3 são
duas de suas raízes. Sabe-se, ainda, que dividindo-se 𝑝(𝑥) pelo polinômio 𝑞(𝑥) = 𝑥 − 5
obtém-se resto zero e que 𝑝(1) = 20(5 + 2√3). Então, 𝑝(−1) é igual a
a) 5(5 − 2√3).
b) 15(5 − 2√3).
c) 30(5 − 2√3).
d) 45(5 − 2√3).
e) 50(5 − 2√3).
Comentários
O enunciado coloca de maneira desorganizada, mas já temos todas as raízes do polinômio,
pois, se ele possui coeficientes reais, então 2𝑖 e −𝑖 − √3 também são raízes de 𝑝(𝑥), uma vez que
eles são os conjugados complexos de −2𝑖 e 𝑖 − √3, respectivamente.
Além disso, 𝑞(𝑥) divide 𝑝(𝑥), ou seja:
𝑝(𝑥) = 𝑔(𝑥)(𝑥 − 5) ⇒ 𝑝(5) = 𝑔(5) ∙ 0 = 0
Portanto, 5 também é raiz de 𝑝(𝑥).
Como ele possui grau 5, temos todas as suas raízes. Assim, podemos escrever:
𝑝(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 5)(𝑥 − 2𝑖)(𝑥 + 2𝑖)(𝑥 + (−𝑖 − √3))(𝑥 + (𝑖 − √3))
Ou ainda:
𝑝(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 5)(𝑥 2 + 4)(𝑥 2 + 2√3𝑥 + 4)
Do enunciado, temos que 𝑝(1) = 20(5 + 2√3), do que segue:
20(5 + 2√3) = 𝑎(1 − 5)(12 + 4)(12 + 2√3 + 4) ⇒ 𝑎 = −1
Assim, o polinômio fica:
𝑝(𝑥) = −(𝑥 − 5)(𝑥 2 + 4)(𝑥 2 + 2√3𝑥 + 4)
Por fim:
𝑝(−1) = −(−1 − 5)((−1)2 + 4)((−1)2 − 2√3 + 4)
∴ 𝑝(−1) = 30(5 − 2√3)
Gabarito: “c”.
22. (ITA/2010).
Considere o polinômio 𝑝(𝑥) = ∑15 𝑛
𝑛=0 𝑎𝑛 𝑥 com coeficientes 𝑎0 = −1 e 𝑎𝑛 = 1 + 𝑖𝑎𝑛−1 , 𝑛 =
1,2, … , 15. Das afirmações:
I. 𝑝(−1) ∉ ℝ,
II. |𝑝(𝑥)| ≤ 4(4 + √2 + √5), ∀𝑥 ∈ [−1,1],
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III. 𝑎8 = 𝑎4 ,
é (são) verdadeira(s) apenas
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Comentários
Primeiramente, vamos tentar conhecer melhor o polinômio fornecido. Para isso, vamos
calcular seus coeficientes de índices mais baixos usando 𝑎0 que foi fornecido:
𝑎1 = 1 + 𝑖𝑎0 = 1 − 𝑖
𝑎2 = 1 + 𝑖 (1 − 𝑖) = 2 + 𝑖
𝑎3 = 1 + 𝑖 (2 + 𝑖) = 2𝑖
𝑎4 = 1 + 𝑖 (2𝑖) = −1
Perceba que 𝑎4 = 𝑎0 . Disso, temos que os coeficientes começam a se repetir de quatro em
quatro vezes, pois a lei de recorrência nos garante isso.
Disso, temos que o polinômio pode ser escrito da seguinte forma:
𝑝 (𝑥 )
4 8 12 )
= − (1 + 𝑥 + 𝑥 + 𝑥 + (1 − 𝑖)(𝑥 + 𝑥 + 𝑥 9 + 𝑥 13 ) + (2 + 𝑖)(𝑥 2 + 𝑥 6 + 𝑥 10 + 𝑥 14 ) + 2𝑖(𝑥 3
5
+ 𝑥 7 + 𝑥 11 + 𝑥 15 )
Vamos julgar os itens:
Item I:
Vamos calcular 𝑝(−1):
𝑝(−1) = −(4) + (1 − 𝑖)(−4) + (2 + 𝑖)(4) + 2𝑖 (−4) = 4(−1 − 1 + 𝑖 + 2 + 𝑖 − 2𝑖) = 0
Ou seja:
𝑝(−1) = 0 ∈ ℝ
Portanto, é falso.
Item II:
O primeiro fato para o qual devemos atentar é que 𝑥 ∈ [−1,1] . Que informação útil isso nos
traz? Observe que a questão fala sobre módulo. Podemos então afirmar que:
|𝑥| ≤ 1
Além disso, do estudo dos números complexos, sabemos que, se temos 𝑛 números
complexos, podemos afirmar que:
|𝑧1 + 𝑧2 + ⋯ + 𝑧𝑛 | ≤ |𝑧1 | + |𝑧2 | + ⋯ + |𝑧𝑛 |
Podemos escrever 𝑝(𝑥) como sendo:
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23. (ITA/2008)
Um polinômio 𝑃 é dado pelo produto de 5 polinômios cujos graus formam uma progressão
geométrica. Se o polinômio de menor grau tem grau igual a 2 e o grau de 𝑃 é 62, então o de
maior grau tem grau igual a
a) 30
b) 32
c) 34
d) 36
e) 38
Comentários
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O fato básico que resolve essa questão é lembrar que o grau do polinômio resultante do
produto de 𝑛 outros polinômios é a soma dos graus desses polinômios. Dessa forma, se 𝑞 é a razão
dessa progressão, podemos representar os graus por:
(2, 2𝑞, 2𝑞2 , 2𝑞3 , 2𝑞4 )
Usando o fato básico, temos:
2 + 2𝑞 + 2𝑞2 + 2𝑞3 + 2𝑞4 = 62 ⇒ 𝑞4 + 𝑞3 + 𝑞2 + 𝑞 = 30
Observe que, como os graus de polinômios são números naturais, 𝑞 também é natural. Dessa
maneira, o polinômio 𝑞4 + 𝑞3 + 𝑞2 + 𝑞 é crescente à medida que 𝑞 cresce, pois é a soma de
números positivos.
Vamos calcular o valor desse polinômio para 𝑞 = 3:
34 + 33 + 32 + 3 = 120 ≥ 30
Ou seja, para todo 𝑞 natural acima de 3, temos que a soma é maior que 30, do que segue
que a solução para essa equação, no domínio dos naturais deve ser 1 ou 2.
Vamos verificar:
𝑞 = 1 ⇒ 14 + 13 + 12 + 1 = 4 ≠ 30
𝑞 = 2 ⇒ 24 + 23 + 22 + 2 = 30
Portanto, 𝑞 = 2 é a única solução e o maior termo dessa sequência é 32.
Gabarito: “b”.
24. (ITA/2008)
Considere o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑎5 𝑥 5 + 𝑎4 𝑥 4 + 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 − 𝑎1 , em que uma das raízes é
𝑥 = −1. Sabendo-se que 𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 𝑒 𝑎5 são reais e formam, nesta ordem, uma progressão
1
aritmética com 𝑎4 = , então 𝑝(−2) é igual a
2
a) −25
b) −27
c) −36
d) −39
e) −40
Comentários
Se 𝑥 = −1 é raiz do polinômio, então, temos que:
𝑝(−1) = −𝑎5 + 𝑎4 − 𝑎3 + 𝑎2 − 𝑎1 = 0
Além disso, como os coeficientes formam uma P.A., temos que os termos da sequência são:
(𝑎3 − 2𝑟, 𝑎3 − 𝑟, 𝑎3 , 𝑎3 + 𝑟, 𝑎3 + 2𝑟)
Do que temos que:
𝑝(−1) = −(𝑎3 + 2𝑟) + (𝑎3 + 𝑟) − 𝑎3 + 𝑎3 − 𝑟 − 𝑎3 + 2𝑟 = 0 ⇒ 𝑎3 = 0
Assim, a sequência fica:
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25. (ITA/2007)
Um retângulo cujos lados medem B e H, um triângulo isósceles em que a base e a altura
medem, respectivamente, B e H, e o círculo inscrito neste triângulo. Se as áreas do retângulo,
do triângulo e do círculo, nesta ordem, formam uma progressão geométrica, então B/H é uma
raiz do polinômio
a) 𝜋 3 𝑥 3 + 𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 − 2 = 0.
b) 𝜋 2 𝑥 3 + 𝜋 3 𝑥 2 + 𝑥 + 1 = 0.
c) 𝜋 3 𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 + 2 = 0.
d) 𝜋𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 2𝜋𝑥 − 1 = 0.
e) 𝑥 3 − 2𝜋 2 𝑥 2 + 𝜋𝑥 − 1 = 0.
Comentários
Primeiramente, vamos estabelecer os termos da progressão geométrica. Sejam eles:
(𝐴1 , 𝐴2 , 𝐴3 )
Do enunciado, temos que:
𝐴1 = 𝐵𝐻
𝐵𝐻
𝐴2 =
2
1
Disso, observamos que a razão da progressão é , do que segue que:
2
𝐵𝐻
𝐴3 =
4
Seja 𝑟 o raio da circunferência inscrita no triângulo. Disso, temos que:
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𝐵𝐻 𝐵𝐻
𝜋𝑟 2 = ⇒ 𝑟2 =
4 4𝜋
Observe a seguinte figura:
2
𝐵 2 𝐵 1 1 𝐵𝐻 𝐵 2
𝐻 (( ) − 2 ( ) ∙ + 2 ) = 4 ( ) ( )
𝐻 𝐻 𝜋 𝜋 4𝜋 𝐻
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Logo:
𝐵 2 𝐵 1 1 1 𝐵 3
(( ) − 2 ( ) ∙ + 2 ) = ( )
𝐻 𝐻 𝜋 𝜋 𝜋 𝐻
𝐵
Faça = 𝑥, logo:
𝐻
2𝑥 1 1
𝑥2 − + 2 = 𝑥3
𝜋 𝜋 𝜋
Ou ainda:
𝜋𝑥 3 − 𝜋 2 𝑥 2 + 2𝜋𝑥 − 1 = 0
Gabarito: “d”.
26. (ITA/2007)
Sendo 𝑐 um número real a ser determinado, decomponha o polinômio 9𝑥 2 − 63𝑥 + 𝑐, numa
diferença de dois cubos(𝑥 + 𝑎)3 − (𝑥 + 𝑏)3 .
Neste caso, |𝑎 + |𝑏| − 𝑐| é igual a
a) 104.
b) 114.
c) 124.
d) 134.
e) 144.
Comentários
Primeiramente, vamos fatorar a diferença de cubos fornecida. Veja:
(𝑥 + 𝑎)3 − (𝑥 + 𝑏)3 = (𝑎 − 𝑏)[(𝑥 + 𝑎)2 + (𝑥 + 𝑎)(𝑥 + 𝑏) + (𝑥 + 𝑏)2 ]
Para fatorar a diferença de cubos, usamos a seguinte identidade:
𝑚3 − 𝑛3 = (𝑚 − 𝑛)(𝑚2 + 𝑚𝑛 + 𝑛2 )
Continuando o desenvolvimento da diferença de cubos, temos:
(𝑎 − 𝑏)[(𝑥 + 𝑎)2 + (𝑥 + 𝑎)(𝑥 + 𝑏) + (𝑥 + 𝑏)2 ] =
(𝑎 − 𝑏)(𝑥 2 + 2𝑎𝑥 + 𝑎2 + 𝑥 2 + (𝑎 + 𝑏)𝑥 + 𝑎𝑏 + 𝑥 2 + 2𝑏𝑥 + 𝑏2 ) =
3(𝑎 − 𝑏)𝑥 2 + (𝑎 − 𝑏)(3𝑎 + 3𝑏)𝑥 + (𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏2 ) =
3(𝑎 − 𝑏)𝑥 2 + (𝑎 − 𝑏)(3𝑎 + 3𝑏)𝑥 + 𝑎3 − 𝑏3
Ou seja:
3(𝑎 − 𝑏 ) = 9 ⇒ 𝑎 − 𝑏 = 3
E:
(𝑎 − 𝑏)(3𝑎 + 3𝑏) = 3(𝑎 − 𝑏)(𝑎 + 𝑏) = −63 ⇒ (𝑎 − 𝑏)(𝑎 + 𝑏) = −21
Mas 𝑎 − 𝑏 = 3, logo:
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3(𝑎 + 𝑏) = −21 ⇒ 𝑎 + 𝑏 = −7
Resolvendo para 𝑎 𝑒 𝑏:
𝑎 = −2 𝑒 𝑏 = −5
Por fim, segue que:
𝑐 = 𝑎3 − 𝑏3 = (−2)3 − (−5)3 ⇒ 𝑐 = 117
Calculando o que se pede:
|𝑎 + |𝑏| − 𝑐 | = |−2 + 5 − 117| = 114
Gabarito: “b”.
27. (ITA/2007)
Seja 𝑄(𝑧) um polinômio do quinto grau, definido sobre o conjunto dos números complexos,
cujo coeficiente de 𝑧 5 é igual a 1. Sendo 𝑧 3 + 𝑧 2 + 𝑧 + 1 um fator de 𝑄(𝑧), 𝑄(0) = 2 e 𝑄(1) =
8, então, podemos afirmar que a soma dos quadrados dos módulos das raízes de 𝑄(𝑧) é igual
a
a) 9.
b) 7.
c) 5.
d) 3.
e) 1.
Comentários
Primeiramente, sabemos que se 𝑧 3 + 𝑧 2 + 𝑧 + 1 é um fator de 𝑄(𝑧), podemos escrever a
seguinte igualdade:
𝑄(𝑧) = 𝑞(𝑧)(𝑧 3 + 𝑧 2 + 𝑧 + 1 )
Em que 𝑞 (𝑧) é um polinômio do segundo grau, pois 𝑄(𝑧) é um polinômio do quinto grau.
Vamos usar as informações fornecidas:
𝑄(0) = 2 ⇒ 𝑞 (0)(03 + 02 + 0 + 1) = 2 ⇒ 𝑞(0) = 2
𝑄 (1) = 𝑞 (1)(13 + 12 + 1 + 1) = 8 ⇒ 𝑞(1) = 2
Como 𝑞(0) = 𝑞 (1) = 2, podemos afirmar que 1 e 0 são raízes de:
𝑝(𝑧) = 𝑞(𝑧) − 2
Ou seja:
𝑝 (𝑧 ) = 𝑎 (𝑧 − 1)𝑧 = 𝑞 (𝑧 ) − 2 ⇒ 𝑞 (𝑧 ) = 𝑎 (𝑧 − 1 )𝑧 + 2
Se 𝑞(𝑧) é de grau 2, logo, 𝑝(𝑧) também será.
Substituindo em 𝑄(𝑧), vem:
𝑄(𝑧) = [𝑎(𝑧 − 1)𝑧 + 2](𝑧 3 + 𝑧 2 + 𝑧 + 1 )
Dessa forma, observe que 𝑎 será o coeficiente de 𝑧 5 . Portanto, 𝑎 = 1.
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Ou seja:
𝑄 (𝑧) = (𝑧 2 − 𝑧 + 2)(𝑧 3 + 𝑧 2 + 𝑧 + 1 )
Queremos 𝑄(𝑧) = 0, o que implica
𝑧2 − 𝑧 + 2 = 0
Que, resolvendo para 𝑧, resulta em
1 ± 𝑖√7
𝑧=
2
2
√ 1 2 7 1+7
Em que 𝑧 tem o quadrado de seu módulo dado por |𝑧|2 = ( ) + ( ) = = 2. Além
2 2 4
disso, ambas possuem o mesmo módulo pois são conjugadas.
Ou:
𝑧3 + 𝑧2 + 𝑧 + 1 = 0
Note que 𝑧 ≠ 1 nesse caso. Perceba que temos uma progressão geométrica de primeiro
termo 1 e razão 𝑧 e, como 𝑧 ≠ 1, podemos escrever:
3 2
z4 − 1
𝑧 +𝑧 +𝑧+1= = 0 ⇒ 𝑧4 = 1
𝑧−1
Não estamos interessados em saber quais são as raízes dessa equação, apenas no quadrado
do seu módulo. Então:
𝑧 4 = 1 ⇒ |𝑧|4 = 1 ⇒ |𝑧|2 = ±1
Mas |𝑧|2 ≥ 0. Do que segue que:
|𝑧|2 = 1
Ou seja, suas três raízes obedecem à relação acima.
Queremos a soma dos quadrados dos módulos. Temos então:
𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 = 2 + 2 + 1 + 1 + 1 = 7
Gabarito: “b”.
28. (ITA/2006)
Considere o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 3 − (𝑎 + 1)𝑥 + 𝑎, onde 𝑎 ∈ ℤ. O conjunto de todos os valores
de 𝑎, para os quais o polinômio 𝑝(𝑥) só admite raízes inteiras, é
a) {2𝑛, 𝑛 ∈ ℕ}.
b) {4𝑛2 , 𝑛 ∈ ℕ}.
c) {6𝑛2 − 4𝑛, 𝑛 ∈ ℕ}.
d) {𝑛(𝑛 + 1), 𝑛 ∈ ℕ}.
e) ℕ.
Comentários
Um passo fundamental para a resolução dessa questão é perceber que 𝑝(1) = 0, veja:
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𝑝 (1 ) = 13 − (𝑎 + 1) ∙ 1 + 𝑎 = 1 + 𝑎 − (1 + 𝑎 ) = 0
De posse de uma das raízes, que é inteira, podemos utilizar o dispositivo de Briot-Ruffini para
dividir o polinômio por 𝑥 − 1:
1 1 0 −𝑎 − 1 𝑎
1 1 −𝑎 0
29. (ITA/2005)
No desenvolvimento de (𝑎𝑥 2 − 2𝑏𝑥 + 𝑐 + 1)5 obtém-se um polinômio 𝑝(𝑥) cujos
coeficientes somam 32. Se 0 e −1 são raízes de 𝑝(𝑥), então a soma 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 é igual a
1
a) − .
2
1
b) − .
4
1
c) .
2
d) 1.
3
e) .
2
Comentários
Vamos usar, sucessivamente, as condições que ele nos impôs.
Condição 1: 0 é raiz de 𝑝(𝑥).
𝑝(0) = (𝑐 + 1)5 = 0 ⇒ 𝑐 + 1 = 0 ⇒ 𝑐 = −1
Condição 2: -1 é raiz de 𝑝(𝑥).
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30. (ITA/2003)
Dividindo-se o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑥 5 + 𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 1 por (𝑥 − 1), obtém-se resto igual
a 2. Dividindo-se 𝑃(𝑥) por (𝑥 + 1), obtém-se resto igual a 3. Sabendo que 𝑃(𝑥) é divisível por
𝑎𝑏
(𝑥 − 2), tem-se que o valor de é igual a:
𝑐
a) -6.
b) -4.
c) 4.
d) 7.
e) 9.
Comentários
Do estudo da divisão de polinômios, podemos escrever as seguintes equações:
𝑃(𝑥) = 𝑞1 (𝑥)(𝑥 − 1) + 2
𝑃(𝑥) = 𝑞2 (𝑥)(𝑥 + 1) + 3
𝑃(𝑥) = 𝑞3 (𝑥)(𝑥 − 2)
Perceba que:
𝑃(1) = 𝑞1 (1)(1 − 1) + 2 = 2
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𝑃(−1) = 𝑞2 (−1)(−1 + 1) + 3 = 3
𝑃(2) = 𝑞3 (2)(2 − 2) = 0
Ou seja:
𝑃 (1) = 1 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 + 1 = 2 ⇒ 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 0
𝑃(−1) = −1 + 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 + 1 = 3 ⇒ 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 = 3
𝑃(2) = 32 + 16𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 + 1 = 0 ⇒ 16𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 = −33
Obtemos, então, o seguinte sistema linear:
𝑎+𝑏+𝑐 =0
{ 𝑎+𝑏−𝑐 =3
16𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 = −33
Da primeira equação, temos:
𝑎 + 𝑏 = −𝑐
Substituindo na segunda:
3
−𝑐 − 𝑐 = 3 ⇒ 𝑐 = −
2
Substituindo 𝑐 na terceira equação:
−15 − 8𝑎
16𝑎 + 4𝑏 − 3 = −33 ⇒ 8𝑎 + 2𝑏 = −15 ⇒ 𝑏 =
2
Ou seja:
−15 − 8𝑎 3
𝑎+ = ⇒ 2𝑎 − 15 − 8𝑎 = 3 ⇒ −6𝑎 = 18 ⇒ 𝑎 = −3
2 2
Por fim:
−15 − 8 ∙ (−3) 9
𝑏= =
2 2
Queremos:
9
𝑎𝑏 −3 ∙ 2
= =9
𝑐 3
−
2
Gabarito: “e”.
31. (ITA/2003)
Considere o polinômio 𝑃(𝑥) = 2𝑥 + 𝑎2 𝑥 2 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 , cujos coeficientes 2, 𝑎2 , … , 𝑎𝑛
1
formam, nesta ordem, uma progressão geométrica com razão 𝑞 > 0. Sabendo que − é uma
2
( ) 2 3 4
raiz de 𝑃 e que 𝑃 2 = 5460, tem-se que o valor de (𝑛 − 𝑞 )/𝑞 é igual a:
a) 5/4.
b) 3/2.
c) 7/4.
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d) 11/6.
e) 15/8.
Comentários
Se 2, 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 formam uma P.G., nesta ordem, podemos escrever a n-upla ordenada dos
coeficientes:
(2, 2𝑞, … ,2𝑞𝑛−1 )
Substituindo no polinômio:
𝑃(𝑥) = 2𝑥 + 2𝑞𝑥 2 + ⋯ + 2𝑞𝑛−1 𝑥 𝑛
1
Temos que 𝑥 = − é raiz de 𝑃(𝑥), ou seja:
2
1 1 1 2 𝑛−1
1 𝑛
𝑃 (− ) = 2 (− ) + 2𝑞 (− ) + ⋯ + 2𝑞 (− ) = 0
2 2 2 2
1
Vamos pegar um termo qualquer de coeficiente de índice 𝑖 de 𝑃 (− ):
2
1 𝑖
𝑖−1 𝑖 𝑖−1
1 𝑞 𝑖−1
2𝑞 (− ) = (−1) 𝑞 ( 𝑖−1 ) = (−1) (− )
2 2 2
Seja, então, a progressão geométrica de termos 𝑏𝑖 definidos por:
𝑞 𝑖−1
𝑏𝑖 = (−1) (− )
2
Note que:
1 𝑏𝑛+1 − 𝑏1
𝑃 (− ) = 𝑏1 + 𝑏2 + ⋯ + 𝑏𝑛 = 𝑞 = 0 ⇒ 𝑏𝑛+1 = 𝑏1
2 − −1
2
Isto é:
𝑞 𝑛 𝑞 𝑛
(−1) (− ) = −1 ⇒ (− ) = 1 𝑒𝑞. 01
2 2
Note que 𝑞 > 0, pois o enunciado assim restringe.
Essa equação é do tipo:
𝑧𝑚 = 1
Que do estudo dos números complexos, sabemos que somente admite 1 ou −1 como raízes
reais. Além disso, 𝑧 = −1 é raiz quando 𝑚 é par.
Olhando para a equação 01, a única forma de satisfazer o enunciado é termos
𝑞
− = −1 ⇒ 𝑞 = 2
2
Do que segue que 𝑛 deve ser par.
Por outro lado:
𝑃(2) = 2(2) + 2𝑞(2)2 + ⋯ + 2𝑞𝑛−1 (2)𝑛 = 4 + 4(2𝑞) + ⋯ + 4(2𝑞)𝑛−1
Seja então a P.G. de termos
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𝑐𝑖 = 4(2𝑞)𝑖−1
Sua soma:
𝑐𝑛+1 − 𝑐1 4(2 ∙ 2)𝑛 − 4
𝑃(2) = 𝑐1 + ⋯ 𝑐𝑛 = = 5460 ⇒ = 5460 ⇒ 22𝑛 = 4096 = 212
2𝑞 − 1 2∙2−1
Ou seja:
22𝑛 = 212 ⇒ 2𝑛 = 12 ⇒ 𝑛 = 6
Note que 𝑛 é, de fato, par.
Por fim:
𝑛 2 − 𝑞 3 62 − 23 7
= =
𝑞4 24 4
Gabarito: “c”.
32. (ITA/2002)
A divisão de um polinômio 𝑓(𝑥) por (𝑥 − 1)(𝑥 − 2) tem resto 𝑥 + 1. Se os restos das divisões
de 𝑓(𝑥) por 𝑥 − 1 e 𝑥 − 2 são, respectivamente, os números 𝑎 e 𝑏, então 𝑎2 + 𝑏2 vale:
a) 13.
b) 5.
c) 2.
d) 1.
e) 0.
Comentários
Essa questão requer apenas que escrevamos o que está sendo dito. Veja:
“A divisão de um polinômio 𝑓(𝑥) por (𝑥 − 1)(𝑥 − 2) tem resto 𝑥 + 1”, significa:
𝑓 (𝑥) = 𝑞 (𝑥)(𝑥 − 1)(𝑥 − 2) + 𝑥 + 1
“Se os restos das divisões de 𝑓(𝑥) por 𝑥 − 1 e 𝑥 − 2 são, respectivamente, os números 𝑎 e
𝑏”, significa:
𝑓(𝑥) = 𝑞1 (𝑥)(𝑥 − 1) + 𝑎
𝑓 (𝑥) = 𝑞2 (𝑥 − 2) + 𝑏
Mas, da primeira relação, temos que:
𝑓 (2) = 𝑞 (2)(2 − 1)(2 − 2) + 2 + 1 = 3 ⇒ 𝑓 (2) = 3
𝑓 (1) = 𝑞 (1)(1 − 1)(1 − 2) + 1 + 1 = 2 ⇒ 𝑓 (1) = 2
Ou seja:
𝑓 (1) = 𝑞1 (1)(1 − 1) + 𝑎 ⇒ 𝑓 (1) = 𝑎 ⇒ 𝑎 = 2
𝑓 (2) = 𝑞2 (2)(2 − 2) + 𝑏 ⇒ 𝑓(2) = 𝑏 ⇒ 𝑏 = 3
Por fim, temos:
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𝑎2 + 𝑏2 = 22 + 32 = 13
Gabarito: “a”.
33. (ITA/2001)
Sabendo que é de 1024 a soma dos coeficientes do polinômio em 𝑥 e 𝑦, obtido pelo
desenvolvimento do binômio (𝑥 + 𝑦)𝑛 , temos que o número de arranjos sem repetição de 𝑛
elementos, tomados 2 a 2, é:
a) 80.
b) 90.
c) 70.
d) 100.
e) 60.
Comentários
O enunciado fala sobre soma de coeficientes.
Antes de sair usando o binômio de Newton, lembre-se que um polinômio 𝑃(𝑥, 𝑦), obtido pelo
desenvolvimento de (𝑥 + 𝑦)𝑛 , é da forma:
𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 𝑦 + ⋯ + 𝑎0 𝑦 𝑛
Assim, observe que:
𝑃(1,1) = 𝑎𝑛 + 𝑎𝑛−1 + ⋯ + 𝑎0
Ou seja, se 𝑝(𝑥, 𝑦) = (𝑥 + 𝑦)𝑛 , a soma de seus coeficientes é dada por:
𝑝(1,1) = (1 + 1)𝑛 = 2𝑛
Do enunciado, temos que:
2𝑛 = 1024 = 210 ⇒ 𝑛 = 10
Queremos:
𝑛! 10!
𝐴(𝑛, 𝑝) = = = 10 ∙ 9 = 90
(𝑛 − 𝑝)! (10 − 2)!
Gabarito: “b”.
34. (ITA/2000)
Seja 𝑃(𝑥) um polinômio divisível por 𝑥 − 1. Dividindo-o por 𝑥 2 + 𝑥, obtêm-se o quociente
𝑄 (𝑥) = 𝑥 2 − 3 e o resto 𝑅(𝑥). Se 𝑅(4) = 10, então o coeficiente do termo de grau 1 de 𝑃(𝑥)
é igual a
a) −5.
b) −3.
c) −1.
d) 1.
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e) 3.
Comentários
Se 𝑃(𝑥) é divisível por 𝑥 − 1, podemos escrever:
𝑃(𝑥) = 𝐻(𝑥)(𝑥 − 1)
Do que temos que:
𝑃(1) = 𝐻 (1)(1 − 1) = 0 ⇒ 𝑃(1) = 0
Além disso, seja 𝐺 (𝑥) = 𝑥 2 + 𝑥, temos que:
𝑃 (𝑥 ) = 𝑄 (𝑥 ) 𝐺 (𝑥 ) + 𝑅 (𝑥 )
Do estudo dos polinômios, sabemos que o grau do resto, 𝑅(𝑥), é menor que o grau de 𝐺(𝑥),
ou seja:
𝜕𝑅 (𝑥) < 2
Do que segue que 𝑅(𝑥) é do tipo:
𝑅(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏
Pois seu grau é, no máximo, 1.
Sabemos que 1 é raiz de 𝑃(𝑥), isso nos fornece:
𝑃(1) = 0 = 𝑄 (1)𝐺 (1) + 𝑅 (1) ⇒ (12 − 3)(12 + 1) + 𝑅 (1) ⇒ 𝑅 (1) = 4
Do enunciado, temos que 𝑅(4) = 10. Assim, temos o seguinte sistema:
4𝑎 + 𝑏 = 10
{
𝑎+𝑏 =4
Resolvendo o sistema para 𝑎 𝑒 𝑏, vem:
𝑎 =2𝑒𝑏 =2
Do que temos:
𝑃(𝑥) = (𝑥 2 − 3)(𝑥 2 + 𝑥) + 2𝑥 + 2 ⇒ 𝑃(𝑥) = 𝑥 4 + 𝑥 3 − 3𝑥 2 − 𝑥 + 2
Gabarito: “c”.
35. (ITA/1999)
Seja 𝑝(𝑥) um polinômio de grau 3 tal que 𝑝(𝑥) = 𝑝(𝑥 + 2) − 𝑥 2 − 2, para todo 𝑥 ∈ ℝ. Se −2
é uma raiz de 𝑝(𝑥), então o produto de todas as raízes de 𝑝(𝑥) é:
a) 36.
b) 18.
c) −36.
d) −18.
e) 1.
Comentários
Sabemos que −2 é raiz de 𝑝(𝑥). Ou seja:
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𝑝(−2) = 0
Usando a relação fornecida:
𝑝(−2) = 𝑝(0) − (−2)2 − 2 = 𝑝(0) − 6 = 0 ⇒ 𝑝(0) = 6
Seja 𝑝(𝑥) = 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 . Disso, temos que 𝑝(0) = 𝑎0 = 6.
Por outro lado:
𝑝 (𝑥 + 2) − 𝑝 (𝑥 ) = 𝑥 2 + 2
Ou seja:
𝑎3 [(𝑥 + 2)3 − 𝑥 3 ] + 𝑎2 [(𝑥 + 2)2 − 𝑥 2 ] + 𝑎1 (𝑥 + 2 − 𝑥) = 𝑥 2 + 2, ∀𝑥 ∈ ℝ
Ou ainda:
𝑎3 [2(3𝑥 2 + 4𝑥 + 4)] + 𝑎2 (4𝑥 + 4) + 2𝑎1 = 𝑥 2 + 2
Das relações de Girard, temos que o produto das raízes é dado por:
𝑎0
−
𝑎3
Já temos 𝑎0 , precisamos de 𝑎3 .
Note, do lado esquerdo da equação, que podemos obter 𝑎3 através do coeficiente de 𝑥 2 ,
usando a igualdade polinomial:
1
6𝑎3 = 1 ⇒ 𝑎3 =
6
Por fim, o produto é dado por:
6
− = −36
1
6
Gabarito: “c”.
36. (ITA/1998)
Seja 𝑝(𝑥) um polinômio de grau 4 com coeficientes reais. Na divisão de 𝑝(𝑥) por 𝑥 − 2 obtém-
se um quociente 𝑞(𝑥) e resto igual a 26. Na divisão de 𝑝(𝑥) por 𝑥 2 + 𝑥 − 1 obtém-se um
quociente ℎ(𝑥) e resto 8𝑥 − 5. Sabe-se que 𝑞(0) = 13 e 𝑞 (1) = 26. Então, ℎ(2) + ℎ(3) é
igual a:
a) 16.
b) Zero.
c) −47.
d) −28.
e) 1.
Comentários
Primeiramente, vamos escrever as divisões:
𝑝(𝑥) = 𝑞(𝑥)(𝑥 − 2) + 26
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𝑝(𝑥) = ℎ(𝑥)(𝑥 2 + 𝑥 − 1) + 8𝑥 − 5
A primeira informação útil se obtém calculando 𝑝(2) na primeira equação, veja:
𝑝(2) = 𝑞 (2)(2 − 2) + 26 = 26
Além disso, usando que 𝑞(0) = 13:
𝑝(0) = 𝑞(0)(0 − 2) + 26 = −26 + 26 = 0 ⇒ 𝑝(0) = 0
E ainda, usando que 𝑞 (1) = 26:
𝑝(1) = 𝑞 (1)(1 − 2) + 26 = −26 + 26 = 0
Se 𝑝(𝑥) possui grau 4, podemos dizer que ℎ(𝑥) tem grau 2. Ou seja:
ℎ(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
Usando a segunda equação e os valores de 𝑝(𝑥) conhecidos:
𝑝(2) = ℎ(2)(22 + 2 − 1) + 8 ∙ 2 − 5 = 26 ⇒ 5ℎ(2) = 15 ⇒ ℎ(2) = 3
𝑝(0) = ℎ(0)(02 + 0 − 1) + 8 ∙ 0 − 5 = 0 ⇒ ℎ(0) = −5
𝑝(1) = ℎ(1)(12 + 1 − 1) + 8 ∙ 1 − 5 = 0 ⇒ ℎ(1) = −3
Ou seja:
ℎ(0) = −5 = 𝑎 ∙ 02 + 𝑏 ∙ 0𝑐 ⇒ 𝑐 = −5
ℎ(2) = 4𝑎 + 2𝑏 − 5 = 3 ⇒ 2𝑎 + 𝑏 = 4
ℎ(1) = −3 = 𝑎 + 𝑏 − 5 ⇒ 𝑎 + 𝑏 = 2
Resolvendo para 𝑎 𝑒 𝑏, vem:
𝑎 =2𝑒𝑏 =0
Do que resulta:
ℎ(𝑥) = 2𝑥 2 − 5
Por fim:
ℎ(2) + ℎ(3) = 2 ∙ (22 + 32 ) − 2 ∙ 5 = 16
Gabarito: “a”.
37. (ITA/1997)
Sejam 𝑝1 (𝑥), 𝑝2 (𝑥) e 𝑝3 (𝑥) polinômios na variável real 𝑥 de graus 𝑛1 , 𝑛2 𝑒 𝑛3 , respectivamente,
com 𝑛1 > 𝑛2 > 𝑛3 . Sabe-se que 𝑝1 (𝑥) e 𝑝2 (𝑥) são diviseis por 𝑝3 (𝑥). Seja 𝑟(𝑥) o resto da
divisão de 𝑝1 (𝑥) por 𝑝2 (𝑥). Considere as afirmações:
I. 𝑟(𝑥) é divisível por 𝑝3 (𝑥).
II. 𝑝1 (𝑥) − 1/2𝑝2 (𝑥) é divisível por 𝑝3 (𝑥).
III. 𝑝1 (𝑥)𝑟(𝑥) é divisível por [𝑝3 (𝑥)]2 .
Então,
a) Apenas I e II são verdadeiras.
b) Apenas II é verdadeira.
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Verdadeiro.
Item III:
Vamos multiplicar a terceira equação por 𝑝1 (𝑥):
𝑝12 (𝑥) = 𝑞 (𝑥)𝑝1 (𝑥)𝑝2 (𝑥) + 𝑝1 (𝑥)𝑟(𝑥)
Usando a primeira e a segunda equação:
𝑞12 (𝑥)𝑝32 (𝑥) = 𝑞(𝑥)𝑞1 (𝑥)𝑞2 (𝑥)𝑝32 (𝑥) + 𝑝1 (𝑥)𝑟(𝑥)
Ou seja:
𝑝32 (𝑥)[𝑞12 (𝑥) − 𝑞 (𝑥)𝑞1 (𝑥)𝑞2 (𝑥)] = 𝑝1 (𝑥)𝑟(𝑥)
Do que temos que 𝑝32 (𝑥) divide 𝑝1 (𝑥)𝑟(𝑥).
Verdadeiro.
Gabarito: “d”.
38. (ITA/1995)
A divisão de um polinômio 𝑃(𝑥) por 𝑥 2 − 𝑥 resulta no quociente 6𝑥 2 + 5𝑥 + 3 e resto −7𝑥. O
resto da divisão de 𝑃(𝑥) por 2𝑥 + 1 é igual a:
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a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Comentários
Escrevendo o que foi dado no enunciado, vem:
𝑃(𝑥) = (6𝑥 2 + 5𝑥 + 3)(𝑥 2 − 𝑥) − 7𝑥
Queremos analisar a divisão:
𝑃(𝑥) = 𝑞 (𝑥)(2𝑥 + 1) + 𝑟(𝑥)
Do estudo das divisões de polinômios, sabemos que:
𝜕𝑟 < (2𝑥 + 1)
Do que segue que:
𝜕𝑟 = 0
Ou seja, 𝑟(𝑥) = 𝑎, 𝑎 ∈ ℝ.
Note ainda que:
1 1 1
𝑃 (− ) = 𝑞 (− ) (2 ∙ (− ) + 1) + 𝑎 = 𝑎
2 2 2
Mas:
1 1 2 1 1 2 1 1
𝑃 (− ) = (6 ∙ (− ) + 5 ∙ (− ) + 3) ((− ) − (− )) − 7 ∙ (− ) = 5
2 2 2 2 2 2
Ou seja:
1
𝑃 (− ) = 5 = 𝑎
2
Gabarito: “e”.
39. (ITA/1995)
Sabendo-se que 4 + 𝑖√2 e √5 são raízes do polinômio 2𝑥 5 − 22𝑥 4 + 74𝑥 3 + 2𝑥 2 − 420𝑥 +
540, então a soma dos quadrados de todas as raízes reais é:
a) 17.
b) 19.
c) 21.
d) 23.
e) 25.
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Comentários
Observe que o polinômio possui apenas coeficientes reais, do que temos que 4 − 𝑖√2
também é sua raiz.
Disso, temos que o polinômio é divisível por:
(𝑥 − 4 + 𝑖√2)(𝑥 − 4 − 𝑖√2) = 𝑥 2 − 8𝑥 + 18
Como √5 é raiz do polinômio, ele também é divisível por:
(𝑥 − √5)
Seu coeficiente líder é 2, de forma que podemos escrevê-lo como:
𝑝(𝑥) = 2(𝑥 2 − 8𝑥 + 18)(𝑥 − √5)(𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑏)
Uma vez que 𝜕𝑝 = 5.
Como 𝑝(0) = 540, temos:
𝑝(0) = 2 ∙ 18 ∙ (−√5) ∙ 𝑏 = 540 ⇒ 𝑏 = −3√5
Além disso, vamos calcular 𝑝(1):
𝑝(1) = 2 − 22 + 74 + 2 − 420 + 540 = 176
Do que resulta que:
𝑝(1) = 2 ∙ 11 ∙ (1 − √5)(1 − 3√5 + 𝑎) = 176 ⇒ 1 − 3√5 + 𝑎 = −2 − 2√5
Ou seja:
𝑎 = −3 + √5
Dessa forma, 𝑝(𝑥) fica:
𝑝(𝑥) = 2(𝑥 2 − 8𝑥 + 18)(𝑥 − √5)(𝑥 2 + (−3 + √5)𝑥 − 3√5)
Resolvendo:
𝑥 2 + (−3 + √5)𝑥 − 3√5 = 0
Temos 𝑥 = 3 ou 𝑥 = −√5.
E por fim:
2 2
32 + (−√5) + (√5) = 19
Gabarito: “b”.
40. (ITA/1977)
𝑃(𝑥) é um polinômio do 5º grau que satisfaz as condições 𝑃(1) = 𝑃(2) = 𝑃(3) = 𝑃(4) =
𝑃(5) = 1 e 𝑃(6) = 0. Calcule 𝑃(0).
Comentários
Esse tipo de questão é clássico.
A ideia é criar um polinômio auxiliar da seguinte forma:
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𝑄 (𝑥 ) = 𝑃 (𝑥 ) − 1
Criamos esse polinômio baseado no fato de que 𝑷(𝟏) = ⋯ = 𝑷(𝟓) = 𝟏. Se o enunciado
estabelecesse, por exemplo, que:
𝑷(𝟏) = 𝟏, 𝑷(𝟐) = 𝟐, … 𝒆 𝑷(𝟓) = 𝟓
O polinômio mais conveniente seria:
𝑸(𝒙) = 𝑷(𝒙) − 𝒙
O objetivo é sempre saber quais são as raízes do polinômio auxiliar e usar isso a seu favor.
Veja que 1, 2,3,4 𝑒 5 são todas as raízes desse polinômio, pois o grau de 𝑃 é 5. Disso, podemos
escrever que:
𝑄 (𝑥) = 𝑎(𝑥 − 1)(𝑥 − 2)(𝑥 − 3)(𝑥 − 4)(𝑥 − 5)
Onde 𝑎 ∈ ℝ.
Além disso:
𝑄 (6) = 𝑃(6) − 1 = 0 − 1 = −1
Ou seja:
1
𝑄 (6) = 𝑎(6 − 1)(6 − 2)(6 − 3)(6 − 4)(6 − 5) = 5! 𝑎 ⇒ 𝑎 = −
5!
Do que segue que:
1
𝑄 (𝑥 ) = − (𝑥 − 1)(𝑥 − 2)(𝑥 − 3)(𝑥 − 4)(𝑥 − 5)
5!
Da definição, temos que:
1
𝑃 (𝑥 ) = 𝑄 ( 𝑥 ) + 1 = − (𝑥 − 1)(𝑥 − 2)(𝑥 − 3)(𝑥 − 4)(𝑥 − 5) + 1
5!
E, por fim:
1 1
𝑃 (0) = −(0 − 1)(0 − 2)(0 − 3)(0 − 4)(0 − 5) + 1 = − ∙ (−5!) + 1 = 2
5! 5!
Gabarito: 𝑷(𝟎) = 𝟐.
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b) 13/6
c) 1/3
d) 5/2
e) 8/3
Comentários
Inicialmente, devemos fatorar a expressão do polinômio:
𝑝(𝑥) = 6𝑥 4 − 5𝑥 3 − 29𝑥 2 + 10𝑥 = 𝑥 (6𝑥 3 − 5𝑥 2 − 29𝑥 + 10)
Para simplificar a expressão do terceiro grau podemos aplicar o teorema das raízes racionais.
Os números divisores do coeficiente 𝑎0 = 10 são {±1; ±2; ±5; ±10}, vamos verificar se há alguma
raiz inteira:
Para 𝑥 = 1:
6(1)3 − 5(1)2 − 29(1) + 10 = 6 − 5 − 29 + 10 = −18
Para 𝑥 = −1:
6(−1)3 − 5(−1)2 − 29(−1) + 10 = −6 − 5 + 29 + 10 = 28
Para 𝑥 = 2:
6(2)3 − 5(2)2 − 29(2) + 10 = 48 − 20 − 58 + 10 = −20
Para 𝑥 = −2:
6(−2)3 − 5(−2)2 − 29(−2) + 10 = −48 − 20 + 58 + 10 = 0
Portanto, 𝑥 = −2 é raiz. Podemos aplicar o algoritmo de Briot-Ruffini:
−2 6 −5 −29 10
6 −17 5 0
Assim, encontramos:
𝑝(𝑥) = 𝑥 (𝑥 + 2)(6𝑥 2 − 17𝑥 + 5)
Para simplificar a expressão do segundo grau, basta encontrar suas raízes:
17 ± √169 17 ± 13 5 1
6𝑥 2 − 17𝑥 + 5 = 0 ⇒ 𝑥 = = = ou
12 12 2 3
5 1
𝑝(𝑥) = 𝑥 (𝑥 + 2) (𝑥 − ) (𝑥 − )
2 3
Vamos fazer o estudo do sinal:
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42. (IME/2019)
Sejam 𝑥1 , 𝑥2 e 𝑥3 raízes da equação 𝑥 3 − 𝑎𝑥 − 16 = 0. Sendo 𝑎 um número real, o valor de
𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 é igual a:
a) 32 − 𝑎
b) 48 − 2𝑎
c) 48
d) 48 + 2𝑎
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e) 32 + 𝑎
Comentários
A questão pede para calcular o valor da expressão 𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 , sendo 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 raízes da
equação 𝑥 3 − 𝑎𝑥 − 16 = 0. Notando a presença do termo cúbico na equação, podemos substituir
as raízes nessa equação e encontrar:
𝑥13 − 𝑎𝑥1 − 16 = 0
𝑥23 − 𝑎𝑥2 − 16 = 0
𝑥33 − 𝑎𝑥3 − 16 = 0
Somando as equações:
(𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 ) − 𝑎(𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 ) − 48 = 0
𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 = 𝑎(𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 ) + 48
Pelas relações de Girard, obtemos:
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 0
𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 = 𝑎 ⏟
(𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 ) + 48
0
Portanto:
𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 = 48
Gabarito: “c”.
43. (IME/2019)
Seja o polinômio 𝑞(𝑥) = 𝑥 4 − 8𝑥 3 + 6𝑥 2 + 40𝑥 + 25 + 𝑘 que possui valor mínimo igual a
−64, onde 𝑘 é uma constante real. Determine as raízes de 𝑞 (𝑥).
Comentários
Antes de encontrarmos as raízes de 𝑞 (𝑥), devemos calcular o valor de 𝑘 tal que o mínimo de
𝑞 seja −64. Podemos resolver essa questão de vários modos. Veja:
Método 1) Derivada
Derivando o polinômio e igualando a zero:
𝑞′ (𝑥) = 4𝑥 3 − 24𝑥 2 + 12𝑥 + 40 = 0
⇒ 𝑞′ (𝑥) = 4(𝑥 3 − 6𝑥 2 + 3𝑥 + 10) = 0
As soluções dessa equação são os pontos de máximos e/ou mínimos locais do polinômio.
Note que 𝑥 = 2 satisfaz a equação:
𝑞′ (2) = (2)3 − 6(2)2 + 3(2) + 10 = 0
Aplicando o algoritmo de Briot-Ruffini em 𝑞′ (𝑥), obtemos:
2 1 −6 3 10
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1 −4 −5 0
𝑞′ (𝑥) = 4(𝑥 − 2)(𝑥 2 − 4𝑥 − 5)
Fatorando 𝑞′ (𝑥):
𝑞′ (𝑥) = 4(𝑥 − 2)(𝑥 − 5)(𝑥 + 1)
Logo, 𝑥 = −1 e 𝑥 = 5 também são raízes. Substituindo esses valores em 𝑞 (𝑥), temos:
𝑞 (−1) = (−1)4 − 8(−1)3 + 6(−1)2 + 40(−1) + 25 + 𝑘
𝑞 (−1) = 𝑘
𝑞 (2) = (2)4 − 8(2)3 + 6(2)2 + 40(2) + 25 + 𝑘
𝑞 (2) = 𝑘 + 81
𝑞 (5) = (5)4 − 8(5)3 + 6(5)2 + 40(5) + 25 + 𝑘
𝑞 (5 ) = 𝑘
Como 𝑞 (2) > 𝑞 (−1) = 𝑞(5), temos que 𝑞(−1) e 𝑞(5) são os mínimos do polinômio. Assim,
temos:
𝑞(−1) = 𝑞 (5) = 𝑘 = −64
Precisamos calcular as raízes do seguinte polinômio:
𝑞(𝑥) = 𝑥 4 − 8𝑥 3 + 6𝑥 2 + 40𝑥 + 25 + 𝑘
𝑞(𝑥) = 𝑥 4 − 8𝑥 3 + 6𝑥 2 + 40𝑥 − 39
Perceba que 𝑥 = 1 e 𝑥 = 3 são raízes de 𝑞(𝑥). Logo, podemos aplicar Briot-Ruffini:
1 1 −8 6 40 −39
3 1 −7 −1 39 0
1 −4 −13 0
⇒ 𝑞 (𝑥) = (𝑥 − 1)(𝑥 − 3)(𝑥 2 − 4𝑥 − 13)
Solucionando a equação quadrática, encontramos:
4 ± √(−4)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ (−13) 4 ± 2√17
𝑥 2 − 4𝑥 − 13 = 0 ⇒ 𝑥 = =
2 2
⇒ 𝑥 = 2 ± √17
Portanto, as raízes o polinômio 𝑞 (𝑥) são dadas por:
𝑆 = {1; 3; 2 − √17; 2 + √17}
Método 2) Fatoração
Sabendo que (𝑥 − 2)4 = 𝑥 4 − 8𝑥 3 + 24𝑥 2 − 32𝑥 + 16, podemos usar essa relação para
fatorar 𝑞 (𝑥). Completando-se os quadrados e fatorando 𝑞 (𝑥), obtemos:
𝑞(𝑥) = 𝑥 4 − 8𝑥 3 + ⏟2
6𝑥 + 40𝑥
⏟ + 25
⏟ +𝑘
24𝑥 2 −18𝑥 2 −32𝑥+72𝑥 16+9
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𝑞 (𝑥 ) = (𝑥 − 2 )4 2
− 18 (⏟𝑥 − 4𝑥 + 4) + 81 + 𝑘
(𝑥−2)2
44. (IME/2018)
Seja 𝑃(𝑥) o polinômio de menor grau que passa pelos pontos 𝐴(2, −4 + 3√3), 𝐵(1,3√2 − 2),
𝐶(√2, √3) e 𝐷(√3, √2). O resto da divisão de 𝑃(𝑥) por (𝑥 − 3) é:
f) 8√3 − 5√2 − 6.
g) 6√3 − 4√2 − 1.
h) 9√3 − 8√2 − 2.
i) 4√3 − 10√2 − 3.
j) 4√3 − √2 − 2.
Comentários
Essa questão requer uma técnica especial chamada de Polinômio Interpolador de Lagrange.
Queremos responder à seguinte pergunta:
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Dados 4 pontos no plano, qual o polinômio de menor grau que passa por esses quatro
pontos?
A resposta é o polinômio abaixo, dado por:
𝑃(𝑥) = 𝑝𝐴 (𝑥) + 𝑝𝐵 (𝑥) + 𝑝𝐶 (𝑥) + 𝑝𝐷 (𝑥)
A estratégia para montar esse polinômio é a seguinte:
Sabemos que 𝑃(2) = −4 + 3√3. Ou seja:
𝑃(2) = 𝑝𝐴 (2) + 𝑝𝐵 (2) + 𝑝𝐶 (2) + 𝑝𝐷 (2) = −4 + 3√3
Vamos construir as parcelas de modo que 𝑝𝐵 (2) = 𝑝𝐶 (2) = 𝑝𝐷 (2) = 0 e 𝑝𝐴 (2) = −4 +
3√3. E de maneira análoga:
𝑝𝐴 (1) = 𝑝𝐶 (1) = 𝑝𝐷 (1) = 0 𝑒 𝑝𝐵 (1) = 3√2 − 2
𝑝𝐴 (√2) = 𝑝𝐵 (√2) = 𝑝𝐷 (√2) = 0 𝑒 𝑝𝐶 (√2) = √3
𝑝𝐴 (√3) = 𝑝𝐵 (√3) = 𝑝𝐶 (√3) = 0 𝑒 𝑝𝐷 (√3) = √2
Perceba que, por exemplo para 𝑝𝐴 (𝑥), temos pelo menos três raízes:
1, √2 𝑒 √3
Ou seja, seu grau é no mínimo 3. Veja que isso ocorre para as outras parcelas também.
Assim, sabemos, por exemplo, que 𝑝𝐴 (𝑥) = 𝑎(𝑥 − 1)(𝑥 − √2)(𝑥 − √3). Queremos ainda
que:
𝑝𝐴 (2) = 𝑎(2 − 1)(2 − √2)(2 − √3) = −4 + 3√3
Ou seja:
−4 + 3√3
𝑎=
(2 − 1)(2 − √2)(2 − √3)
Do que temos:
(−4 + 3√3)(𝑥 − 1)(𝑥 − √2)(𝑥 − √3)
𝑝𝐴 (𝑥) =
(2 − 1)(2 − √2)(2 − √3)
Seguindo o raciocínio que foi feito acima para as outras parcelas, temos que:
(3√2 − 2)(𝑥 − 2)(𝑥 − √2)(𝑥 − √3)
𝑝𝐵 (𝑥) =
(1 − 2)(1 − √2)(1 − √3)
(√3)(𝑥 − 2)(𝑥 − 1)(𝑥 − √3)
𝑝𝐶 (𝑥) =
(√2 − 2)(√2 − 1)(√2 − √3)
(√2)(𝑥 − 2)(𝑥 − 1)(𝑥 − √2)
𝑝𝐷 (𝑥) =
(√3 − 2)(√3 − 1)(√3 − √2)
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Queremos o resto da divisão de 𝑃(𝑥) por (𝑥 − 3). Como o grau de 𝑥 − 3 é 1, o grau do resto
é zero, do que temos:
𝑃(𝑥) = 𝑞(𝑥)(𝑥 − 3) + 𝑟
Para calcular 𝑟, vamos calcular 𝑃(3), veja:
𝑃(3) = 𝑞(3)(3 − 3) + 𝑟 = 𝑟
Já temos 𝑃(𝑥), basta calcularmos cada parcela para 𝑥 = 3, veja:
(−4 + 3√3)(3 − 1)(3 − √2)(3 − √3)
𝑝𝐴 (3) = = −3√2 + 20√3 + 5√6 − 12
(2 − 1)(2 − √2)(2 − √3)
(3√2 − 2)(3 − 2)(3 − √2)(3 − √3)
𝑝𝐵 (3) = = √6 − 10√3
(1 − 2)(1 − √2)(1 − √3)
(√3)(3 − 2)(3 − 1)(3 − √3)
𝑝𝐶 (3) = = 15√2 + 6√3 + 3√6 + 18
(√2 − 2)(√2 − 1)(√2 − √3)
(√2)(3 − 2)(3 − 1)(3 − √2)
𝑝𝐷 (3) = = −12 − 17√2 − 8√3 − 9√6
(√3 − 2)(√3 − 1)(√3 − √2)
Dessa forma, temos que:
𝑃(3) = 𝑝𝐴 (3) + 𝑝𝐵 (3) + 𝑝𝐶 (3) + 𝑝𝐷 (3) = −6 − 5√2 + 8√3
Gabarito: “a”.
45. (IME/2015)
Qual o resto da divisão do polinômio 𝑥 26 − 𝑥 25 − 6𝑥 24 + 5𝑥 4 − 16𝑥 3 + 3𝑥 2 pelo polinômio
𝑥 3 − 3𝑥 2 − 𝑥 + 3?
a) 𝑥 2 + 𝑥 − 2
b) 6𝑥 2 − 4𝑥 + 3
c) 3𝑥 − 9
d) 6𝑥 2 − 17𝑥 − 3
e) 6𝑥 + 1
Comentários
Primeiramente, perceba que:
𝑥 3 − 3𝑥 2 − 𝑥 + 3 = 𝑥 2 (𝑥 − 3) − (𝑥 − 3) = (𝑥 2 − 1)(𝑥 − 3) = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)(𝑥 − 3)
Suas raízes são dadas por:
(𝑥 − 1)(𝑥 + 1)(𝑥 − 3) = 0
Ou seja:
𝑥 = 1, 𝑥 = −1 𝑜𝑢 𝑥 = 3
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46. (IME/2012)
Considere o polinômio 5𝑥 3 − 3𝑥 2 − 60𝑥 + 36 = 0. Sabendo que ele admite uma solução da
forma √𝑛, onde 𝑛 é um número natural, pode se afirmar que:
a) 1 ≤ 𝑛 < 5
b) 6 ≤ 𝑛 < 10
c) 10 ≤ 𝑛 < 15
d) 15 ≤ 𝑛 < 20
e) 20 ≤ 𝑛 < 30
Comentários
Vamos fatorar o polinômio. Perceba que:
5𝑥 3 − 3𝑥 2 − 60𝑥 + 36 = 0 ⇒ 𝑥 2 (5𝑥 − 3) − 12(5𝑥 − 3) = 0
Ou seja:
(5𝑥 − 3)(𝑥 2 − 12) = 0
Disso, temos que:
3
5𝑥 − 3 = 0 ⇒ 𝑥 =
5
Ou:
𝑥 2 − 12 = 0 ⇒ 𝑥 = ±√12
Note que, das raízes encontradas, a única da forma √𝑛, com 𝑛 ∈ ℕ é 𝑥 = √12.
Ou seja, 𝑛 = 12.
Observação: Que lição podemos aprender com essa questão? Podemos aprender que,
quando se é questionado acerca das raízes de uma equação, às vezes, pode ser frutífero tentar
fatorar o polinômio. Por isso, treine bastante fatoração.
Gabarito: “c”.
47. (IME/2011)
1 1
Seja 𝑝(𝑥) uma função polinomial satisfazendo a relação 𝑝(𝑥)𝑝 ( ) = 𝑝(𝑥) + 𝑝( ). Sabendo
𝑥 𝑥
que 𝑝(3) = 28, o valor de 𝑝(4) é:
a) 10
b) 30
c) 45
d) 55
e) 65
Comentários
Primeiramente, vamos escrever a relação dada de outra forma:
1 1 1 1
𝑝 (𝑥 ) 𝑝 ( ) = 𝑝 (𝑥 ) + 𝑝 ( ) ⇒ 𝑝 (𝑥 )𝑝 ( ) − 𝑝 (𝑥 ) − 𝑝 ( ) = 0
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
Ou ainda:
1 1 1 1
𝑝(𝑥)𝑝 ( ) − 𝑝(𝑥) − 𝑝 ( ) + 1 = 1 ⇒ 𝑝(𝑥) [𝑝 ( ) − 1] − [𝑝 ( ) − 1] = 0
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
Do que temos:
1
[𝑝(𝑥) − 1] [𝑝 ( ) − 1] = 1 𝑒𝑞. 01
𝑥
Faça 𝑝(𝑥) − 1 = 𝑔(𝑥), do que temos, da equação 01:
1
𝑔 (𝑥 ) 𝑔 ( ) = 1
𝑥
Seja 𝑔(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 . Temos então:
1 1 1 1
𝑔 ( ) = 𝑎𝑛 ( 𝑛 ) + 𝑎𝑛−1 ( 𝑛−1 ) + ⋯ + 𝑎1 ( ) + 𝑎0
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
Substituindo na equação 01:
1 1 1
[𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 ] [𝑎𝑛 ( ) + 𝑎𝑛−1 ( ) + ⋯ + 𝑎1 ( ) + 𝑎0 ] = 1
𝑥𝑛 𝑥 𝑛−1 𝑥
Multiplicando ambos os lados por 𝑥 𝑛 :
[𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 ][𝑎𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 𝑛−1 + 𝑎0 𝑥 𝑛 ] = 𝑥 𝑛
Note que o termo independente, pelo lado esquerdo, é dado por:
𝑎0 𝑎𝑛
E do lado direito, todos os coeficientes são zero, à exceção do coeficiente de 𝑥 𝑛 . Ou seja:
𝑎0 𝑎𝑛 = 0
Como se supõe 𝑎𝑛 ≠ 0, temos:
𝑎0 = 0
Do que resulta:
48. (IME/2011)
Sejam o polinômio e conjunto 𝑝(𝑥) = 2𝑥 3 − 3𝑥 2 + 2 e os conjuntos 𝐴 = {𝑝(𝑘 )/𝑘 ∈ ℕ 𝑒 𝑘 ≤
1999}, 𝐵 = {𝑟 2 + 1 /𝑟 ∈ ℕ} e 𝐶 = {𝑞2 + 2/𝑞 ∈ ℕ}. Sabe-se que 𝑦 = 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐶),
onde 𝑛(𝐸) é o número de elementos do conjunto 𝐸. Determine o valor de 𝑦.
Obs.: ℕ é 𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑖𝑠.
Comentários
Vamos analisar cada conjunto separadamente.
Conjunto 𝐴 ∩ 𝐵:
2𝑘 3 − 3𝑘 2 + 2 = 𝑟 2 + 1 ⇒ 2𝑘 3 − 3𝑘 2 + 1 = 𝑟 2
Fatorando o lado esquerdo da equação, temos:
(𝑘 − 1)2 (2𝑘 − 1) = 𝑟 2
Como estamos tratando o conjunto dos números naturais, temos que ou 𝑘 = 1, do que
teríamos 𝑘 = 0, ou 𝑘 ≠ 1 e 2𝑘 − 1 um quadrado perfeito. Veja que (𝑘 − 1)2 é quadrado perfeito
para todo valor de 𝑘, então, não precisamos nos preocupar em analisar esse fator.
Seja 2𝑘 − 1 = 𝑚2 .
Do fato de 𝑘 ∈ 𝐴, disso:
0 ≤ 𝑘 ≤ 1999 ⇒ 0 ≤ 2𝑘 − 1 ≤ 3997 ⇒ 0 ≤ 𝑚2 ≤ 3997
Lembre-se que 2𝑘 − 1 é ímpar, então 𝑚2 é um quadro de um ímpar. Como 𝑚2 é um
quadrado ímpar compreendido entre 0 e 3997, veja que:
𝑟 ≤ 63
Pois:
632 = 3969
Logo, queremos os quadrados de 1,3, … ,63. Temos, portanto, 32 elementos. Lembrando do
caso 𝑘 = 1, temos mais um caso. Logo:
𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) = 32 + 1 = 33
Conjunto 𝐴 ∩ 𝐶:
2𝑘 3 − 3𝑘 2 + 2 = 𝑞2 + 2 ⇒ 𝑘 2 (2𝑘 − 3) = 𝑞2
Note que 𝑘 2 é quadrado perfeito para todo valor de 𝑘, do que temos que analisar somente
2(𝑘 − 1) − 1 que é ímpar.
Seja 2(𝑘 − 1) − 1 = 𝑛2 .
Do fato de 𝑘 ∈ 𝐴, temos:
0 ≤ 𝑘 ≤ 1999 ⇒ 0 ≤ 2𝑘 − 3 ≤ 3995 ⇒ 0 ≤ 𝑛2 ≤ 3995
Queremos então os quadrados ímpares entre 0 e 3995. Como no item acima, temos os
quadrados de 1, 3, … , 63.
Temos ainda o caso 𝑘 = 0, que é quando 𝑞 = 0. Logo:
𝑛(𝐴 ∩ 𝐶 ) = 32 + 1 = 33
Por fim:
𝑦 = 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐶 ) = 33 − 33 = 0
Gabarito: 𝒚 = 𝟎.
49. (IME/2001)
Considere o polinômio de grau mínimo, cuja representação gráfica passa pelos pontos
𝑃1 (−2, −11), 𝑃2 (−1,0), 𝑃3 (1,4) e 𝑃4 (2,9).
a) Determine os coeficientes do polinômio.
b) Calcule todas as raízes do polinômio.
Comentários
Item a:
Observe que, dado um polinômio 𝑃(𝑥), temos quatro equações dados quatro pontos. Isto é,
ao substituir os pontos, teremos um sistema linear com quatro equações e 𝑛 + 1 incógnitas
(𝑎0 , … , 𝑎𝑛 ), onde 𝑛 é o grau de 𝑃(𝑥).
Do nosso estudo de sistemas de equações, sabemos que, para que esse sistema seja
candidato a ser possível, seu número de incógnitas deve ser, no máximo, igual ao número de
equações disponíveis.
Disso, temos que:
𝑛+1≤4⇒𝑛 ≤3
Suponha então:
𝑃(𝑥) = 𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑
Calculando 𝑃(𝑥) nos pontos dados, temos:
𝑃(−2) = −11 = −8𝑎 + 4𝑏 − 2𝑐 + 𝑑
𝑃(−1) = 0 = −𝑎 + 𝑏 − 𝑐 + 𝑑
𝑃 (1) = 4 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 + 𝑑
𝑃(2) = 9 = 8𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 + 𝑑
Disso, temos o sistema linear:
−8𝑎 + 4𝑏 − 2𝑐 + 𝑑 = −11
−𝑎 + 𝑏 − 𝑐 + 𝑑 = 0
{
𝑎+𝑏+𝑐+𝑑 =4
8𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 + 𝑑 = 9
Somando a segunda e a terceira questão:
2𝑏 + 2𝑑 = 4 ⇒ 𝑏 + 𝑑 = 2 ⇒ 𝑑 = 2 − 𝑏
Somando a primeira e a quarta equação:
8𝑏 + 2𝑑 = −2 ⇒ 4𝑏 + 𝑑 = −1
Dessas equações, temos:
4𝑏 + 2 − 𝑏 = −1 ⇒ 3𝑏 = −3 ⇒ 𝑏 = −1
Do que resulta:
𝑑 = 2 − (−1) = 3
Substituindo esses valores na segunda equação:
−𝑎 − 1 − 𝑐 + 3 = 0 ⇒ 𝑎 + 𝑐 = 2 ⇒ 𝑐 = 2 − 𝑎
Substituindo na quarta equação:
8𝑎 + 4 ∙ (−1) + 2𝑐 + 3 = 9 ⇒ 8𝑎 + 2𝑐 = 10 ⇒ 4𝑎 + 𝑐 = 5
Logo:
4𝑎 + 2 − 𝑎 = 5 ⇒ 3𝑎 = 3 ⇒ 𝑎 = 1
Do que temos:
𝑐 =2−1=1
Logo, o polinômio possui grau no mínimo 3 e é dado por:
𝑃 (𝑥 ) = 𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝑥 + 3
Item b:
Note que, do enunciado, temos que −1 é uma de suas raízes. Usando Briot-Ruffini, vem:
−1 1 −1 1 3
1 −2 3 0
Ou seja:
𝑃(𝑥) = (𝑥 + 1)(𝑥 2 − 2𝑥 + 3)
Resolvendo a equação:
𝑥 2 − 2𝑥 + 3 = 0
Temos:
𝑥 = 1 ± √2𝑖
Gabarito: Item a) 𝒂 = 𝟏; 𝒃 = −𝟏; 𝒄 = 𝟏 𝒆 𝒅 = 𝟑 Item b) {−𝟏, 𝟏 ± √𝟐𝒊}
50. (IME/2001)
Determine todos os números inteiros 𝑚 𝑒 𝑛 para os quais o polinômio 2𝑥 𝑚 + 𝑎3𝑛 𝑥 𝑚−3𝑛 − 𝑎𝑚
é divisível por 𝑥 + 𝑎.
Comentários
Ser divisível por 𝑥 + 𝑎 é equivalente a dizer que −𝑎 é sua raiz. Disso, temos que:
2(−𝑎)𝑚 + 𝑎3𝑛 (−𝑎)𝑚−3𝑛 − 𝑎𝑚 = 0
Ou ainda:
2(−1)𝑚 𝑎𝑚 + 𝑎3𝑛 (−1)𝑚−3𝑛 𝑎𝑚−3𝑛 − 𝑎𝑚 = 0
Se 𝑎 = 0, isso é válido para todo 𝑚 e 𝑛 tais que:
𝑚≥0
Pois os expoentes de um polinômio são positivos ou nulos e ainda:
𝑚 ≥ 3𝑛
Pelo mesmo motivo.
Se 𝑎 ≠ 0, temos que:
2(−1)𝑚 𝑎𝑚 + 𝑎3𝑛 (−1)𝑚−3𝑛 𝑎𝑚−3𝑛 − 𝑎𝑚 = 0 ⇒ 2(−1)𝑚 + (−1)𝑚−3𝑛 = 1
Suponha que 𝑚 é ímpar. Então:
(−1)𝑚 = −1
Ou seja:
−2 + (−1)𝑚−3𝑛 = 1 ⇒ (−1)𝑚−3𝑛 = 3
O que é absurdo, pois o lado esquerdo da equação vale ±1.
Suponha, então, 𝑚 par. Logo:
(−1)𝑚 = 1
Do que temos:
2 + (−1)𝑚−3𝑛 = 1 ⇒ (−1)𝑚−3𝑛 = (−1)1
Ou seja:
𝑚 − 3𝑛 = 1 ⇒ 𝑚 = 3𝑛 + 1
Note que, se 𝑛 é par, 𝑚 é ímpar. Logo, 𝑛 é um inteiro ímpar qualquer e 𝑚 é tal que:
𝑚 = 3𝑛 + 1
Perceba, ainda, que 𝑚 ≥ 0, pois os expoentes de um polinômio são sempre positivos ou
nulos. Disso:
1
𝑚 ≥ 0 ⇒ 3𝑛 + 1 ≥ 0 ⇒ 𝑛 ≥ −
3
Mas 𝑛 é inteiro, logo:
𝑛≥0
Por fim:
𝑚 = 3𝑛 + 1
Com 𝑛 inteiro ímpar positivo.
Gabarito: 𝒎 = 𝟑𝒏 + 𝟏, com 𝒏 inteiro ímpar positivo, se 𝒂 ≠ 𝟎 e 𝒎 ≥ 𝟎 𝒆 𝒎 ≥ 𝟑𝒏 se 𝒂 = 𝟎.
51. (IME/2000)
Determine o polinômio em 𝑛, com no máximo 4 termos, que representa o somatório dos
quadrados dos 𝑛 primeiros números naturais.
𝑛
∑ 𝑘2
𝑘=1
Comentários
Para você aumentar sua caixa de ferramentas em soluções de questões, vamos apresentar
uma técnica chamada “perturbação de somatório”.
Vamos olhar para o seguinte somatório:
𝒏
∑(𝒌 + 𝟏)𝟑
𝒌=𝟏
∑(𝑘 3 + 3𝑘 2 + 3𝑘 + 1)
𝒌=𝟏
Ou seja:
𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏
𝟑 )3 𝟑 2
∑ k + (𝑛 + 1 = ∑k +3∑k +3∑𝑘 + ∑1
𝒌=𝟏 𝒌=𝟏 𝒌=𝟏 𝒌=𝟏 𝒌=𝟏
Logo:
𝒏 𝒏 𝒏
(𝑛 + 1)3 − 1 = 3 ∑ k 2 + 3 ∑ 𝑘 + ∑ 1
𝒌=𝟏 𝒌=𝟏 𝒌=𝟏
E ainda:
𝒏
∑1 = 1 + 1 + ⋯+ 1 = 𝑛
𝒌=𝟏
Logo:
𝒏
𝑛 (𝑛 + 1)
(𝑛 + 1 )3 − 1 = 3 ∑ k2 + 3 +𝑛
2
𝒌=𝟏
52. (IME/1999)
Seja o polinômio 𝑃(𝑥) de grau (2𝑛 + 1) com todos os seus coeficientes positivos e unitários.
Dividindo-se 𝑃(𝑥) por 𝐷(𝑥), de grau 3, obtém-se o resto 𝑅(𝑥).
Determine 𝑅(𝑥), sabendo-se que as raízes de 𝐷(𝑥) são raízes de 𝐴(𝑥) = 𝑥 4 − 1 e que 𝐷 (1) ≠
0.
Comentários
Antes de tudo, observe que:
𝐴(𝑥) = 𝑥 4 − 1 = (𝑥 2 − 1)(𝑥 2 + 1) = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)(𝑥 2 + 1)
Como 𝐷 (1) ≠ 0, devemos ter, necessariamente:
𝐷 (𝑥) = 𝑎(𝑥 + 1)(𝑥 2 + 1) ⇒ 𝐷 (𝑥) = 𝑎(𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1)
Veja que o coeficiente líder de 𝐷 (𝑥), 𝑎, é irrelevante para o estudo da divisão desses dois
polinômios, do que vamos assumir, sem perda de generalidade:
𝑎=1
E 𝐷 (𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1.
Veja que, como os coeficientes de 𝑃(𝑥) são unitários positivos, devemos ter:
𝑃(𝑥) = 𝑥 2𝑛+1 + 𝑥 2𝑛 + ⋯ + 𝑥 + 1
Perceba que, da esquerda para a direita, sempre podemos formar blocos de quatro termos
da seguinte maneira:
𝑥 𝑚 (𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 1)
Note que 𝑃(𝑥) é formado por 2𝑛 + 1 + 1 = 2(𝑛 + 1) monômios. Devemos, então, analisar
a divisibilidade de 2(𝑛 + 1) por 4, pois a ideia é sempre formar blocos de 4 monômios de 𝑃(𝑥).
Um número par pode deixar resto 0 ou resto 2 na divisão por quatro. Verifique!
Disso, temos duas possibilidades:
1ª possibilidade: 2(𝑛 + 1) deixa resto zero na divisão por quatro, isto é, 𝑛 + 1 é par e,
portanto 𝑛 e ímpar. Nesse caso, conseguimos formar blocos de quatro monômios, do que segue que
𝑅(𝑥) ≡ 0.
2ª possibilidade: 2(𝑛 + 1) deixa resto 2 na divisão por quatro, isto é, 𝑛 + 1 é ímpar e,
portanto 𝑛 é par. Nesse caso, não conseguimos formar blocos com quatro monômios pois sobram
os últimos 2 termos de 𝑃(𝑥), 𝑥 + 1.
Do que segue que 𝑅 (𝑥) = 𝑥 + 1.
Gabarito: 𝑹(𝒙) = 𝒙 + 𝟏, 𝒔𝒆 𝒏 é 𝒑𝒂𝒓; 𝑹(𝒙) = 𝟎, 𝒔𝒆 𝒏 é í𝒎𝒑𝒂𝒓.
53. (IME/1998)
Determine 𝛼, 𝛽 𝑒 𝛾 de modo que o polinômio, 𝛼𝑥 𝛾+1 + 𝛽𝑥 𝛾 + 1, racional inteiro em 𝑥, seja
divisível por (𝑥 − 1)2 e que o valor numérico do quociente seja igual a 120 para 𝑥 = 1.
Comentários
Se (𝑥 − 1)2 divide o polinômio dado, temos que 𝑥 − 1 divide o polinômio duas vezes. Usando
Briot-Ruffini:
1 𝛼 𝛽 0 … 0 1
𝛼 2𝛼 + 𝛽 3𝛼 + 2𝛽 … (𝛾 + 1)𝛼
+ 𝛾𝛽
54. (IME/1997)
Determine o resto da divisão do polinômio (cos 𝜙 + 𝑥𝑠𝑒𝑛 𝜙)𝑛 por (𝑥 2 + 1), onde 𝑛 é um
número natural.
Comentários
O primeiro passo é escrever a divisão do polinômio dado por 𝑥 2 + 1:
(𝑐𝑜𝑠𝜙 + 𝑥𝑠𝑒𝑛𝜙)𝑛 = 𝑞 (𝑥)(𝑥 2 + 1) + 𝑟(𝑥)
Do estudo da divisão de polinômios, sabemos que:
𝑔𝑟𝑎𝑢(𝑟(𝑥)) < 𝑔𝑟𝑎𝑢((𝑥 2 + 1)) = 2
Então, podemos dizer que:
𝑟(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏
Vamos encontrar as raízes de 𝑥 2 + 1, que nos ajudarão a retirar o termo 𝑞(𝑥)(𝑥 2 + 1).
Logo:
𝑥 2 + 1 = 0 ⇒ 𝑥 2 = −1 ⇒ 𝑥 = ±𝑖
Para 𝑥 = 𝑖:
(𝑐𝑜𝑠𝜙 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜙)𝑛 = 𝑞 (𝑖)(𝑖 2 + 1) + 𝑟(𝑖) ⇒ (𝑐𝑜𝑠𝜙 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜙)𝑛 = 𝑟(𝑖)
Da primeira fórmula de Moivre:
(𝑐𝑜𝑠𝜙 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜙)𝑛 = cos(𝑛𝜙) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑛𝜙)
Para 𝑥 = −𝑖:
(𝑐𝑜𝑠𝜙 − 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜙)𝑛 = cos(𝑛𝜙) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑛𝜙) = 𝑞(−𝑖)((−𝑖)2 + 1) + 𝑟(−𝑖)
Ou seja:
cos(𝑛𝜙) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑛𝜙) = 𝑟(−𝑖)
Mas sabemos que:
𝑟(𝑖) = 𝑎𝑖 + 𝑏 𝑒 𝑟(−𝑖) = −𝑎𝑖 + 𝑏
Somando 𝑟(𝑖) e 𝑟(−𝑖):
𝑟(𝑖) + 𝑟(−𝑖) = 2𝑏 = 2 cos(𝑛𝜙) ⇒ 𝑏 = cos (𝑛𝜙)
Subtraindo 𝑟(𝑖) e 𝑟(−𝑖):
𝑟(𝑖) − 𝑟(−𝑖) = 2𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑛𝜙) = 2𝑎𝑖 ⇒ 𝑎 = 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝜙)
Portanto, temos que:
𝑟(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝜙)𝑥 + cos (𝑛𝜙)
Gabarito: 𝒔𝒆𝒏(𝒏𝝓)𝒙 + 𝐜𝐨𝐬 (𝒏𝝓).
55. (IME/1995)
Prove que o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑥 999 + 𝑥 888 + 𝑥 777 + ⋯ + 𝑥 111 + 1 é divisível por 𝑥 9 + 𝑥 8 +
𝑥 7 + ⋯ + 𝑥 + 1.
Comentários
Para provar que 𝑃(𝑥) é divisível pelo polinômio dado, devemos mostrar que todas as raízes
de 𝐺 (𝑥) = 𝑥 9 + 𝑥 8 + 𝑥 7 + ⋯ + 𝑥 + 1 são também raízes de 𝑃(𝑥).
Seja então 𝜔 qualquer de 𝐺(𝑥). Veja, antes de prosseguir, que:
𝐺 (1) = 1 + 1 + ⋯ + 1 = 10 ≠ 0
Ou seja, 1 não é raíz de 𝐺(𝑥), do que podemos afirmar, com certeza, que 𝜔 ≠ 1.
Continuando:
9
𝜔10 − 1
𝐺 (𝜔 ) = 𝜔 + ⋯ + 1 = =0
𝜔−1
Veja que a expressão acima faz sentido, uma vez que 𝜔 ≠ 1 ⇒ 𝜔 − 1 ≠ 0.
56. (IME/1987)
Seja 𝑝(𝑥) um polinômio de grau 16 e coeficientes inteiros.
a) Sabendo-se que 𝑝(𝑥) assume valores ímpares para 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1, mostre que 𝑝(𝑥) não
possui raízes inteiras.
b) Sabendo-se que 𝑝(𝑥) = 7 para quatro valores de 𝑥, inteiros e diferentes, para quantos
valores inteiros de 𝑥, 𝑝(𝑥) assume o valor 14?
Comentários
Item a:
Do enunciado, temos que:
𝑝(0) = 𝑎16 ∙ 016 + 𝑎15 ∙ 015 + ⋯ + 𝑎0 = 2𝑛 + 1 ⇒ 𝑎0 = 2𝑛 + 1
𝑝(1) = 𝑎16 + 𝑎15 + ⋯ + 𝑎0 = 2𝑚 + 1
Suponha que exista uma raiz 𝑥0 ∈ ℤ. Vamos analisar dois casos:
Se 𝑥0 for par:
𝑝(𝑥0 ) = 𝑎16 𝑥016 + 𝑎15 𝑥015 + ⋯ + 𝑎1 𝑥0 + 𝑎0 = 0 ⇒ 𝑥0 (𝑎16 𝑥015 + 𝑎15 𝑥014 + ⋯ + 𝑎1 ) = −(2𝑛 + 1)
Note o lado esquerdo da igualdade é par, pois 𝑥0 é par. Porém, do outro lado, temos −𝑎0 =
−(2𝑛 + 1) que é ímpar. Absurdo!
Se 𝑥0 for ímpar:
Note que se 𝑥0 é ímpar, então, qualquer potência de 𝑥0 também é. Dessa forma, veja que:
𝑝(𝑥0 ) + 𝑝(1) = 𝑎16 (𝑥016 + 1) + 𝑎15 (𝑥015 + 1) + ⋯ + 𝑎1 (𝑥0 + 1) + 2𝑎0 = 2𝑚 + 1
Mas cada parcela dessa soma é par, pois 𝑥0𝑚 + 1 é sempre par e 2𝑎0 também é par. A soma
delas está resultando em 2𝑚 + 1, que é ímpar. Absurdo!
Logo, 𝑝(𝑥) não possui raízes inteiras.
Item b:
Suponha que 𝑎, 𝑏, 𝑐 𝑒 𝑑 sejam quatro valores distintos para os quais 𝑝(𝑥) = 7. Logo,
podemos escrever que:
𝑝(𝑥) − 7 = 𝑔(𝑥)(𝑥 − 𝑎)(𝑥 − 𝑏)(𝑥 − 𝑐)(𝑥 − 𝑑)
Ou seja:
𝑝(𝑥) = 𝑔(𝑥)(𝑥 − 𝑎)(𝑥 − 𝑏)(𝑥 − 𝑐 )(𝑥 − 𝑑 ) + 7
Suponha então que exista 𝑘 inteiro tal que 𝑝(𝑘 ) = 14. Disso, temos que:
𝑝(𝑘 ) = 𝑔(𝑘 )(𝑘 − 𝑎)(𝑘 − 𝑏)(𝑘 − 𝑐 )(𝑘 − 𝑑 ) + 7 = 14
Ou seja:
𝑔(𝑘 )(𝑘 − 𝑎)(𝑘 − 𝑏)(𝑘 − 𝑐 )(𝑘 − 𝑑 ) = 7
Sabemos que 𝑎, 𝑏, 𝑐 𝑒 𝑑 são todos distintos, logo, os fatores (𝑘 − 𝑎), (𝑘 − 𝑏), (𝑘 − 𝑐 ) 𝑒 (𝑘 −
𝑑 ) são todos distintos. Mas 7 não pode ser decomposto em quatro fatores inteiros distintos, pois
ele é primo. Logo, não é possível que isso ocorra.
Conclusão: não existe 𝑘 inteiro tal que 𝑝(𝑘 ) = 14.
Gabarito: Demonstração.
57. (IME/1984)
Determine o polinômio
𝑝(𝑥) = 𝑥 4 + 𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑
Tal que 𝑝(𝑥) = 𝑝(1 − 𝑥), 𝑝(0) = 0 e 𝑝(−1) = 6.
Comentários
Vamos começar pelas informações mais simples.
𝑝 (0) = 0 ⇒ 𝑝 (0) = 02 + 𝑎 (0)3 + 𝑏 (0)2 + 𝑐 (0) + 𝑑 = 0 ⇒ 𝑑 = 0
Além disso, temos que 𝑝(1) = 𝑝(1 − 1) = 𝑝(0) = 0.
𝑝(1) = 1 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 0 ⇒ 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = −1
De 𝑝(−1) = 6:
𝑝(−1) = 1 − 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 = 6 ⇒ −𝑎 + 𝑏 − 𝑐 = 5
Também temos que 𝑝(2) = 𝑝(1 − 2) = 𝑝(−1) = 6. Logo:
𝑝(2) = 16 + 8𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 = 6 ⇒ 8𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 = −10
Do que temos o sistema:
𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = −1 𝑒𝑞. 01
{ −𝑎 + 𝑏 − 𝑐 = 5 𝑒𝑞. 02
8𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 = −10 𝑒𝑞. 03
58. (IME/1976)
Dado o polinômio 2𝑥 4 + 𝑥 3 + 𝑝𝑥 2 + 𝑞𝑥 + 2, determine 𝑝 e 𝑞 de modo que ele seja divisível
por (𝑥 − 1)2 .
Comentários
Vamos usar Briot-Ruffini duas vezes para dividir o polinômio por 𝑥 − 1:
1 2 1 𝑝 𝑞 2
2 5 𝑝+8 2𝑝 + 𝑞 + 11
Queremos que:
𝑝+𝑞+5=0
{
2𝑝 + 𝑞 + 11 = 0
Da segunda equação, temos que:
2𝑝 + 𝑞 + 11 = 0 ⇒ 𝑝 + (𝑝 + 𝑞) + 11 = 0 ⇒ 𝑝 − 5 + 11 = 0 ⇒ 𝑝 = −6
Do que resulta:
𝑞 = −5 + 6 = 1
Gabarito: 𝒑 = −𝟔 𝒆 𝒒 = 𝟏.