Educação Especial Pós Estudar
Educação Especial Pós Estudar
Educação Especial Pós Estudar
Concepções Contemporâneas e
Dimensões
Beatriz Pazini
Autor
Introdução
Quando se fala em inclusão, é difícil pensarmos que, em nosso meio, pessoas são
excluídas do convívio social, por terem características distintas como, cor dos olhos,
cabelos, cor da pele, peso, formação física ou intelectual. A inclusão se refere a
todas as pessoas que possuem as mesmas oportunidades dentro da sociedade.
Infelizmente há um grande número de pessoas que vivenciam a exclusão por não
se adequarem ao padrão exigido pela sociedade.
Com base na afirmação acima fica claro que, para que aconteça a inclusão,
primeiramente é necessário aprender a respeitar as diferenças, permitindo o
aprendizado de valores, podendo assim construir uma sociedade mais justa.
Ao se falar de inclusão, de uma sociedade mais justa, podemos realizar uma análise
crítica da realidade de nosso país, e constatar que, infelizmente, estamos longe de
vivenciar a inclusão, tão defendida pelos meios de comunicação, pois a nossa
sociedade convive com as mais diversas dificuldades:
Ao analisar esta afirmação, percebe-se que há muito que mudar e fazer para que
possamos viver a inclusão, pois incluir vai além de textos e declarações rebuscadas,
encontradas em diferentes trabalhos ou textos científicos, incluir é uma prática que
deve ser vivenciada de forma verídica. Segundo Rosita (2009), a educação inclusiva
deve ser assumida e concretizada pelo estado, tendo a sociedade como parceira.
A exclusão era vivenciada na íntegra, pois as pessoas que, de algum modo, tinham
sua capacidade reduzida, eram consideradas inúteis para a sociedade, incapazes
de realizarem qualquer atividade laborativa. Na Grécia antiga, os deficientes eram
vistos como pessoas possuídas pelo mal e, devido a esta crença errônea, muitos
eram abandonados ou jogados em abismos, eram descartados como meros
objetos, tendo seus direitos renegados.
Após esse período surge a integração social, período em que o objetivo era permitir
que a pessoa com deficiência pudesse participar do convívio social, porém a
pessoa deveria se adaptar à condição do meio, sendo capaz de transpor as
barreiras físicas com as quais se deparasse, ou seja, era uma tentativa unilateral,
em que o deficiente teria que se adequar às condições existentes, pois a sociedade
e o sistema da época não iriam mover-se para atender as necessidades de quem a
precisasse, pois o indivíduo deveria se adequar à realidade e não o contrário.
Diante destas mudanças, tem-se uma ideia de como o tema da inclusão vem
sendo vivenciado há tempos, e é importante fazer um questionamento sobre quais
as atitudes que o meio escolar tem adotado para promover, de fato, a inclusão, ou
se o meio onde atuo está praticando somente a integração ou qualquer outra fase
já vivida.
Importante também frisar que, ao se falar em inclusão na escola, esta situação não
está somente ligada à educação básica, pois cada vez mais um grande número de
pessoas, que possuem alguma limitação, buscam o ensino superior, e esta inclusão
vai além de rampas de acesso. É necessário que, independentemente da
instituição, todos tenham acesso às instalações adequadas e um ensino de
qualidade, pois este é o objetivo da inclusão.
Então como proceder, como conseguir atender a todos, sabendo que uns
precisarão de mais tempo, de mais dedicação? Ou seja, não é tarefa fácil, e o
docente de sala regular, muitas vezes, não consegue atender a todos que
necessitam.
Atenção!
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é uma
realidade nas escolas do país, tanto nas particulares quanto nas
públicas, porém, a presença desses alunos em classes regulares, por si
só, não é inclusão:
Segundo Garcia (1998) na LDB é possível perceber que o país busca a ampliação do
atendimento aos alunos de toda a extensão territorial, incluindo todos os sujeitos
com faixa etária para a inserção na educação infantil, ensino fundamental, ensino
médio e ensino superior. Ainda, de acordo com o autor, esse reconhecimento
repercute na ponderação de todos os sujeitos com NEES estarem inseridos nesse
processo, bem como, que seja promovido o atendimento educacional
especializado para promoção da integração.
A Lei nº. 853/89 dispõe o apoio às pessoas deficientes, sua integração social e seus
direitos individuais e sociais. A Lei nº. 8.069/90, do Estatuto da Criança e do
Adolescente, prevê que a criança e o adolescente portadores de deficiências
devem receber atendimento especializado. O Artigo 59, prevê que os sistemas de
ensino assegurarão aos educandos, currículos, métodos e técnicas, recursos
educativos e organização específicos para atender as necessidades especiais.
Saiba mais!
O Decreto nº 3.298/89 regulamenta a Lei nº 7.853/89, que dispõe sobre
“a Política Nacional para integração da Pessoa portadora de
deficiência, consolidando as normas de proteção e de outras
providências”. A portaria do MEC nº 6679/99 dispõe sobre “os requisitos
de acessibilidade a pessoas portadoras de deficiência para instruir
processos de autorização e de reconhecimento dos cursos e de
reconhecimento dos cursos e de credenciamento das instituições”.
Para acompanhar as informações e transições sobre o processo de
inclusão no Brasil, verifique a Política Nacional de Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva -
Clique Aqui
Ao analisar como forma geral e simples, o papel do gestor junto aos paradigmas da
educação é apresentar a questão da inclusão em salas regulares. Devido ao tema,
foi preciso organizá-lo em capítulos. No primeiro, para traçar todo o perfil do gestor
junto às exigências da educação; o segundo, a questão da inclusão em classes
regular e, depois, sobre as propostas do estudo e da experiência que se chega à
realidade.
Frente ao trabalho diário na escola, cabe ao diretor então, prover meios para que a
educação inclusiva realmente aconteça, de modo a atender as reais necessidades
dos alunos portadores de deficiência física, sem que esta seja feita de modo inferior,
por se pensar que o aluno com deficiência física não é capaz, pois conforme Glat.
Não basta apenas que o professor desenvolva suas práticas de inclusão, se não
tiver nenhum tipo de acompanhamento e acolhimento, pois o aluno pode deparar-
se, em seu próprio contexto de educação, com situações constrangedoras e que
possa vir a contribuir no processo de exclusão.
FIGURA 2 O aperfeiçoamento do professor para a educação
especial é fundamental
FONTE: nyul / 123RF
De acordo com Coelho (2010), a escola precisa estar preparada para oferecer
condições educacionais a todos os educandos, promovendo a inclusão escolar. A
Constituição Federal (1988) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (lei
nº. 9.394/96) estabelece que “a educação é direito de todos; e garante o
atendimento educacional especializado às pessoas com necessidades
educacionais especiais”.
Para a inclusão das crianças autistas, os professores devem ser capacitados, por
meio de especializações ou até mesmo em pesquisas, e também devem buscar
conhecer o aluno, analisar seu modo de aprender, se comunicar, ajudá-lo a se
socializar e melhor se desenvolver, pois leva-se em consideração que a escola
prepara os indivíduos para conquistarem independência, e para os autistas não é
diferente, pois eles também necessitam buscar essa independência para conseguir
viver o mais próximo do normal, cursar uma faculdade, trabalhar, formar uma
família, entre outros.
Em síntese: o ensino é a tarefa principal. Ser professor não é uma tarefa fácil, ainda
mais quando se trata de alunos com autismo, no qual se deve descobrir o modo de
aprendizado de cada um, requerendo muita dedicação, conhecimento, boa
vontade, informação e, acima de tudo, preparo.
Caro(a) aluno(a)! Espero que esse material possa ter contribuído para seu
conhecimento e formação sobre a inclusão e a educação especial.
Indicação de Leitura
Nome do livro: Ensaios Pedagógicos – Como Construir uma Escola para Todos?
Nome do autor: Lino de Macedo
Editora: ARTMED
Atividade
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