Membros Inferiores Jaleko

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CICLO BÁSICO RESUMO

TÍTULO
DO RESUMO
MEMBROS
INFERIORES
CURSO: ANATOMIA DO SISTEMA LOCOMOTOR
CONTEÚDO: YASMIN F. S. ALVES
CURADORIA: MARCO AURÉLIO PASSOS

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4 MEMBROS INFERIORES

1 MEMBROS INFERIORES
Os membros inferiores, assim como os membros superiores, integram o
esqueleto apendicular. Porém, diferentemente dos membros superiores, os
membros inferiores contam com maior estabilidade em detrimento da mo-
bilidade. São os membros inferiores que garantem a posição ereta (bípede),
que nos caracteriza como espécie. Nesse sentido, esse segmento corporal
promove sustentação, dando seguimento à coluna vertebral.

O esqueleto dos membros inferiores é dividido em duas partes: o cíngulo do


membro inferior e a parte livre do membro inferior, com seus componentes
ósseos.

1.1 CÍNGULO DOS MEMBROS


INFERIORES
O cíngulo do membro inferior (FIGURA 1), diferentemente do cíngulo do
membro superior, é um anel ósseo completo quase inflexível. É composto
pelo sacro, posteriormente, e pelos ossos do quadril, lateral e anteriormente.
Os ossos do quadril se fundem formando a pelve, por meio da sínfise púbica.

FIGURA 1

Figura 1: Representação do cíngulo do membro inferior nos dois sexos.


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O osso do quadril é composto pela fusão de três ossos primários: ílio, ísquio
e púbis. Essa fusão ocorre no fim da adolescência, visto que, no nascimento,
os três ossos estão unidos por cartilagem hialina e sofrem ossificação ao
longo da infância. As três porções ósseas são unidas na região do acetábulo,
formando, na adolescência, uma separação de cartilagem trirradiada em
forma de Y.

O ílio forma a asa do quadril e a parte superior do acetábulo, correspondendo


à maior parte do osso do quadril. Na face anterior do ílio, encontram-se as
espinhas ilíacas anterossuperiores (EIAS) e as espinhas ilíacas anteroinfe-
riores (EIAI). A EIAS é o local de inserção dos músculos sartório e tensor da
fáscia lata e dos ligamentos inguinal e iliofemoral. Já a EIAI recebe o tendão
do músculo reto femoral. A crista ilíaca começa na espinha ilíaca anterossu-
perior e termina na espinha ilíaca posterossuperior, servindo como um local
importante para inserção de músculos e ligamentos. Na face lateral do ílio,
estão as linhas glúteas posterior, anterior e inferior, inserção dos músculos
glúteos, enquanto na face medial há uma grande depressão, a fossa ilíaca,
local de inserção do músculo ilíaco. Na região posterior, a área articular se
situa medialmente no ílio e corresponde à face auricular e à tuberosidade
ilíaca, locais importantes para fixação da articulação.

O ísquio corresponde à parte posterior e inferior do osso do quadril e à face


posterior e inferior do acetábulo. O ramo isquiopúbico é uma barra óssea
formada pelo ramo do ísquio com o ramo inferior do púbis, essa formação
delimita inferior e medialmente o forame obturado. A espinha isquiática é
uma protuberância localizada na margem inferior, que recebe inserção de
ligamentos e separa a incisura isquiática maior da incisura isquiática menor.
Na posição sentada, nós nos encontramos apoiados no túber isquiático,
uma projeção óssea na extremidade inferior desse osso, que recebe inserção
tendínea proximal dos músculos posteriores da coxa.

O púbis corresponde à parte anterior medial do osso do quadril e forma a


parte anterior do acetábulo. É dividido em corpo (medial) e ramos (superior
e inferior). No ramo superior do púbis, há inserção do músculo adutor longo,
enquanto no ramo inferior do púbis há inserção dos músculos adutores
curto e magno e do grácil. No ramo superior, há uma protuberância óssea,
a linha pectínea do púbis, que continua como linha arqueada em direção
à articulação sacroilíaca. Na linha pectínea, insere-se o músculo pectíneo.
Na parte medial, localiza-se a articulação entre os dois ossos do quadril, a
sínfise púbica. A crista púbica é formada pela margem anterossuperior do
corpo do púbis e da sínfise púbica e é um importante local de inserção dos
músculos abdominais. Nas laterais dessa crista, projeções, os tubérculos
púbicos, são o local de inserção do ligamento inguinal (FIGURA 2).
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FIGURA 2

Figura 2: Representação do osso do quadril em vistas lateral e medial.

O acetábulo é uma estrutura com forma semelhante à cavidade glenoidal


na escápula, porém de tamanho maior e que compreende de maneira mais
estável e fixa a cabeça do fêmur. Ele é formado pelos três ossos do quadril
e possui uma face articular em formato semilunar e no seu interior a fossa
do acetábulo (FIGURA 3).

FIGURA 3

Figura 3: Representação dos ligamentos do osso do quadril.


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O forame obturado é a abertura oval que se forma com a união dos ossos
do quadril (púbis e ísquio). No seu interior, há a membrana obturadora que
fecha o forame, exceto pelo canal obturatório, que dá passagem ao nervo
e vasos obturatórios.

A pelve é composta pelos dois ossos do quadril (direito e esquerdo) e pelo


sacro. Os ossos do quadril estão unidos anteriormente pela sínfise púbica
e posteriormente os ossos do quadril se unem ao sacro pela articulação
sacroilíaca. A pelve é dividida em pelve maior (ou falsa) e pelve menor (ou
verdadeira). A demarcação entre a pelve maior e a pelve menor é a linha
terminal, que segue da sínfise púbica em direção ao promontório no sacro.

Há diferenças entre a pelve feminina e masculina (FIGURA 4). Enquanto


a pelve feminina tem diâmetro maior e é mais oval com ângulo subpúbico
mais obtuso, nos homens a pelve tem formato de coração, é menor e possui
ângulo subpúbico agudo. Além disso, mulheres têm os ossos pélvicos maiores
e mais expandidos, para facilitar o parto.

FIGURA 4

Figura 4: Representação das diferenças entre as pelves feminina e masculina.


Fonte: Site opens-tax.com.

1.2 COXA
O fêmur é o maior e mais pesado osso do corpo, correspondendo a cerca
de ¼ da altura da pessoa. O fêmur possui duas epífises e o corpo (diáfise).
Ele está disposto com certo ângulo de inclinação, de maneira a transmitir
a força dos ossos do quadril à tíbia e favorecer a marcha bípede. Em casos
patológicos, esse ângulo de inclinação pode ser maior (varo) ou menor (valgo),
representando dificuldade para movimentação. A epífise proximal é dividida
em cabeça, colo e trocânteres (maior e menor) (FIGURA 5).
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FIGURA 5

Figura 5: Representação da posição do primeiro segmento livre do membro inferior, com detalhe para o ângulo de
inclinação do fêmur.
Fonte: Site openstax.com.

Na cabeça do fêmur, há uma semiesfera que é recoberta por cartilagem


articular, exceto pela fóvea da cabeça, na qual está o ligamento redondo
do fêmur, que, no início da vida, dá passagem à artéria que irriga a epífise
proximal. Entre a cabeça e os trocânteres está o colo do fêmur. O trocanter
maior encontra-se lateral e o trocanter menor em posição posterior medial.

No trocanter maior, inserem-se os músculos vasto lateral, glúteo médio,


glúteo mínimo e rotadores laterais da coxa, enquanto o trocanter menor
serve de inserção para o músculo iliopsoas. Entre os trocânteres, situa-se
a linha intertrocantérica, e, na face posterior, há a crista intertrocantérica.
Inferior ao trocanter menor está a linha pectínea, que serve de inserção ao
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músculo pectíneo. A diáfise é composta por uma sólida camada de tecido


ósseo compacto associada com tecido esponjoso e, no seu interior, a medula
óssea amarela.

Na vista posterior da diáfise está a linha áspera, que possui dois lábios
(lateral e medial), e serve de local de origem de alguns músculos adutores.
O corpo do fêmur se alarga em direção aos epicôndilos e termina em dois
côndilos (medial e lateral). Os côndilos do fêmur apresentam uma curvatura
projetada posterior e inferiormente, produzindo uma curvatura em formato
de espiral. Entre os dois côndilos está a fossa intercondilar. Anteriormente
aos côndilos está o osso patela e se articula com os meniscos; na superfície
posterior, localiza-se a fossa poplítea.

No joelho, o fêmur e a tíbia formam a articulação do joelho. Anteriormente


a essa região está a patela, que é o maior osso sesamoide; tem formato
triangular e se localiza anteriormente à região médio condilar do fêmur.
A face anterior da patela é convexa e a face articular posterior é lisa. Ela
é formada no tendão do músculo quadríceps femoral após o nascimento.

1.3 PERNA E PÉ
A perna é sustentada pela tíbia (medial) e pela fíbula (lateral). Entre a tíbia e
a fíbula, há uma membrana interóssea. Enquanto a tíbia possui maior função
de transmissão do peso do corpo, a fíbula atua, principalmente, como local
de inserção de músculos (FIGURA 6).
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FIGURA 6

Figura 6: Representação dos ossos que compõem a perna.


Fonte: Site openstax.com.

A tíbia é o osso da perna que se localiza em posição mais medial e anterior


e que se articula superiormente com o fêmur no platô tibial e com a fíbula
na sua face articular fibular. A tíbia ainda se articula inferiormente com a
fíbula e com o tálus. É o segundo maior osso do corpo. Na sua porção pro-
ximal, apresenta os côndilos (medial e lateral), que superiormente possuem
uma face articular quase plana, o platô tibial (medial e lateral), os quais se
articulam com o fêmur.

Entre as faces articulares, há a eminência intercondilar formada por dois


tubérculos intercondilares (medial e lateral). Na diáfise da tíbia, há três faces
(lateral, medial e posterior) e três margens (anterior, lateral e interóssea). A
tuberosidade da tíbia, localizada anteriormente na extremidade superior
da margem anterior, serve de inserção para o músculo quadríceps femoral
por meio do ligamento da patela. Na face posterior, localiza-se a linha para
o músculo sóleo, para inserção deste. Além disso, na extremidade distal da
tíbia, há uma superfície articular para a articulação do tornozelo, além do
maléolo medial.
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A fíbula, assim como a tíbia, possui três faces (lateral, medial e posterior) e
três margens (anterior, posterior e interóssea). É um osso mais fino em com-
paração com a tíbia e se localiza posterior e lateralmente. Nela, há inserção
proximal de oito músculos e inserção distal de um músculo. Na extremidade
proximal da tíbia estão a cabeça e o colo do osso. A cabeça se articula com
o côndilo lateral da tíbia. Já a extremidade distal da fíbula forma o maléolo
lateral e apresenta a face lateral para a articulação superior do tornozelo.

O pé é formado por ossos tarsais, metatarsais e falanges. As regiões do pé


podem, ainda, ser divididas em retropé (calcâneo e tálus), mediopé (cuboide,
navicular e cuneiforme) e antepé (metatarsais e falanges) (FIGURA 7).

FIGURA 7

Figura 7: Representação dos ossos que formam o pé.


Fonte: Site openstax.com.

Existem sete ossos formando o tarso ou parte proximal do pé, são eles:
tálus, calcâneo, cuboide, navicular e os três cuneiformes. O tálus é o único
osso do tarso que possui articulação com os ossos da perna, articulando-se
com a tíbia e a fíbula. O tálus possui corpo, colo e cabeça. A face posterior
desse osso é também chamada tróclea do tálus. Este é, também, o único
osso tarsal sem inserções musculares ou tendíneas. O calcâneo é o maior
dos ossos do pé.

Na face posterior do calcâneo, há a tuberosidade do calcâneo, com os tubér-


culos medial, lateral e anterior, porém só o tubérculo medial toca o solo na
posição ereta. O navicular é um osso em formato de barco, localizado entre
a cabeça do tálus e os três cuneiformes. O cuboide é o osso mais lateral da
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fileira distal dos ossos do tarso. Os três cuneiformes (medial, intermédio e


lateral) articulam-se com o navicular posteriormente e com a base de cada
metatarsal correspondente anteriormente.

Além dos ossos do tarso, há cinco ossos metatarsais, numerados a partir


da face medial do pé. O primeiro metatarsal é o mais curto de todos, e o
segundo o mais longo. Todos possuem base, corpo e cabeças. Na face plantar
do primeiro metatarsal, podem estar presentes ossos sesamoides medial e
lateral, que se inserem nos tendões e que passam ao longo da planta do pé.
No pé, existem quatorze falanges, sendo duas no primeiro dedo do pé e três
em cada um dos demais dedos. Cada falange possui base, corpo e cabeça.

2 REFERÊNCIAS
1. Sistema Osteomuscular – Anatomia do Sistema Locomotor – Esqueleto
apendicular – Anatomia dos membros inferiores – Perna e Pé (Professor
Marco Aurélio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <https://www.
jaleko.com.br>.

2. Sistema Osteomuscular – Anatomia do Sistema Locomotor – Esqueleto


apendicular – Anatomia dos membros superiores – Coxa (Professor Marco
Aurélio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <https://www.jaleko.
com.br>.

3. Sistema Osteomuscular – Anatomia do Sistema Locomotor – Esqueleto


apendicular – Anatomia dos membros superiores – Cíngulo dos membros
inferiores (Professor Marco Aurélio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível
em: <https://www.jaleko.com.br>.

4. MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a prática clínica. 8. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 1128p.

5. NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2019. 672p.

6. DRAKE, Richard L. Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2015. 1192p.

7. PAULSEN, Friedrich; WASCHKE, Jens. Sobotta: atlas de anatomia humana.


23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

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