Estrategias Reprodutivas de Sete Especies de Peixe
Estrategias Reprodutivas de Sete Especies de Peixe
Estrategias Reprodutivas de Sete Especies de Peixe
(2015)
RESUMO
O presente trabalho verificou as estratégias reprodutivas Oligoplites palometa, Scomberomorus brasiliensis,
de sete espécies de peixes marinhos da região costeira do Lutjanus synagris e Mugil curema foram verificados,
Rio Grande do Norte, Brasil. Traços da história de vida dos considerando-se o tamanho do corpo, proporção sexual,
peixes em ambientes relativamente estáveis sugerem um comprimento de primeira maturação sexual, aspectos do
modelo de três estratégias reprodutivas: (1) estrategistas desenvolvimento das gônadas, fecundidade, tipo de
oportunistas, são peixes de pequeno tamanho corporal desova e período reprodutivo dos peixes. Os resultados
com primeira maturação precoce, período de vida curto indicam que H. affinis, H. brasiliensis, P. corvinaeformis e
com baixa fecundidade; (2) estrategistas sazonais, são O. palometa podem ser considerados como estrategistas
peixes de tamanho corporal intermediário, primeira oportunistas. Entretanto, S. brasiliensis, L. synagris e M.
maturação intermediária e fecundidade intermediária a curema podem ser considerados como estrategistas de
alta; e (3) estrategistas de equilíbrio, são peixes de equilíbrio. Este estudo fornece informações sobre os
tamanho corporal grande, primeira maturação tardia aspectos reprodutivos dos peixes dos estoques
com longo período de vida, além de alta fecundidade. Os pesqueiros das águas costeiras do Rio Grande do Norte,
aspectos reprodutivos de Hirundichythys affinis, Brasil.
Hemiramphus brasiliensis, Pomadasys corvinaeformis,
PALAVRAS-CHAVE: reprodução de peixes; águas costeiras; período de desova; peixes marinhos tropicais.
KEYWORDS: Fish reproduction; coastal waters; spawning period; tropical marine fish.
1 INTRODUÇÃO
A região Nordeste vem se destacando na produção de pescado marinho, sendo responsável
pela maior proporção da produção nacional, com 186.012,0 t (MPA, 2012). A pesca marinha nesta
região caracteriza-se pela predominância da pesca artesanal sobre a industrial (IBAMA, 2008). Este
tipo de pesca apresenta elevada riqueza das espécies, que são consideradas recursos pesqueiros
de importância econômica e ecológica (SILVA et al., 2012; CARVALHO et al., 2014). A região costeira
do Estado do Rio Grande do Norte é constituída de vinte e cinco municípios costeiros, com 93
comunidades pesqueiras. Nestas comunidades, a pesca artesanal é responsável por cerca de 70%
da produção total, a qual evidencia sua importância socioeconômica (OLIVEIRA et al., 2013).
O peixe-voador, Hirundichythys affinis (Günther, 1866), agulha-preta, Hemiramphus
brasiliensis (Linnaeus, 1758), coró, Pomadasys corvinaeformis (Steindachner, 1868), tibiro,
Oligoplites palometa (Cuvier,1832), serra, Scomberomorus brasiliensis Collette, Russo & Zavala-
Camin, 1978, ariacó, Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) e tainha, Mugil curema Valenciennes,
1836, são espécies de peixes marinhos que apresentam importante valor econômico e social na
pesca artesanal do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Essas espécies estão entre os mais
importantes recursos pesqueiros distribuídos na região Nordeste do Brasil. A poluição dos
ambientes marinhos costeiros e a pesca desordenada de recursos pesqueiros, tem causado uma
redução de diversos recursos marinhos e estuarinos (VIEIRA; LIMA, 2003; OLIVEIRA, 2010; SILVA,
et al., 2012). Desta forma, seus estoques estão sendo ameaçados pela pesca predatória,
impactando as necessidades alimentares e econômicas dos pescadores artesanais, que retiram
desses ecossistemas, parte de sua subsistência (DIAS et al., 2007; CHELLAPPA et al., 2010;
CAVALCANTE et al., 2012; OLIVEIRA et al., 2012). Portanto, é considerado essencial realizar estudos
que auxiliem na gestão desses recursos marinhos. Pesquisas sobre os aspectos reprodutivos de
peixes têm servido de parâmetros para o entendimento dos mecanismos que envolvem a
perpetuação das espécies e também para fornecer subsídios para a gestão pesqueira (MURUA et
al., 2003; CAVALCANTE et al., 2012).
Os peixes apresentam diferentes estratégias reprodutivas para maximizar sua produção e
garantir a sobrevivência dos descendentes até a idade adulta. Estas estratégias são aprimoradas
por seleção natural às pressões fisiológicas e ambientais sobre a reprodução. Cada estratégia
reprodutiva constitui um conjunto de táticas reprodutivas que a espécie manifesta para ter sucesso
ao longo das gerações, de modo a garantir o equilíbrio da população (POTTS; WOOTTON, 1984;
WINEMILLER; ROSE, 1992; MURUA; SABORIDO-REY, 2003; MORGAN 2004). Estudos sobre as
táticas reprodutivas, tais como, tamanho corporal, a relação peso-comprimento, proporção sexual,
o tamanho da primeira maturação sexual, o desenvolvimento das gônadas, a fecundidade, índice
gonadosomático (IGS), tipo e época de desova dos peixes são informações importantes para
tomada de medidas racionais para a regulamentação da pesca e conservação dos estoques
pesqueiros (MORGAN 2004; LIMA et al. 2007; OLIVEIRA et al 2011). Existem três tipos de
estratégias reprodutivas: (1) estrategistas oportunistas, são peixes de pequeno tamanho corporal
com primeira maturação precoce, período de vida curto com baixa fecundidade (2) estrategistas
sazonais, são peixes do tamanho corporal intermediário, primeira maturação intermediária e
fecundidade intermediária a alta; e (3) estrategistas de equilíbrio, são peixes de tamanho corporal
grande, primeira maturação tardia com longo período de vida, além de alta fecundidade
(WINEMILLER; ROSE, 1992; KING; MCFARLANE, 2003).
HOLOS, Ano 31, Vol. 6 108
OLIVEIRA ET AL. (2015)
2 MÉTODOS E MATERIAIS
2002). A proporção sexual foi dada como M:F calculada em relação ao número total de machos /
número total de fêmeas (VAZZOLLER, 1996). A determinação da primeira maturação sexual foi feita
pela distribuição da frequência relativa de machos e fêmeas adultas em classes de comprimento
total para o período de estudo (MORENO et al., 2005).
Figura 1: Espécies de peixes marinhos, capturadas no Litoral do Rio Grande do Norte: Hirundichythys affinis (a),
Hemiramphus brasiliensis (b), Lutjanus synagris (c), Pomadasys corvinaeformis (d), Oligoplites palometa (e),
Scomberomorus brasiliensis (f) e Mugil curema (g).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
a proporção sexual foi de 1M:1,1F sem diferença significativa da proporção esperada (1:1). Para
coró, P. corvinaeformis as fêmeas predominaram na população com a proporção sexual de 1M:2,1F
diferindo significativamente da proporção esperada. Para a mesma espécie na Baía de Guaratuba,
Paraná a proporção sexual aproximou da esperada (1:1) (CHAVES; CORRÊA, 2000). A espécie O.
palometa apresentou uma diferença significativa, ocorrendo maior número de machos em relação
ao número de fêmeas 2M:1F. As fêmeas de O. palometa desovam longe das águas costeiras
(DUQUE-NIVIA et al., 1995), o que, possivelmente explica a ocorrência maior dos machos
capturados na área de coleta. Para S. brasiliensis a proporção sexual obtida foi de 2M:1F, os
machos predominaram na população. A predominância dos machos na população de S.
brasiliensis, também foi registrada do Ceará ao sul d Bahia, sendo 59% machos e 41 % fêmeas
(NOBRÉGA, 2002). A espécie ariacó, L. synagris apresentou uma proporção sexual de 4,15M:1F,
assim os machos predominaram na população diferindo significativamente da proporção esperada
1:1. Na costa de Pernambuco para a espécie de L. synagris, a proporção sexual foi de 1:2,43 na
classe de 19 a 20 cm de comprimento total entretanto na classe de menor comprimento os machos
predominaram (SILVA JUNIOR, 2009). Para tainha, M. curema, a proporção sexual foi de 1M:1F
não deferindo significativamente da proporção esperada (1,03:1). Para a mesma espécie estudada
em uma baía tropical brasileira a proporção foi 1M:3,77 (ALBIERI, 2009). Para Mugilídeos os
machos apresentam em maior número em tamanhos menores enquanto que fêmeas prevalecem
em maiores tamanhos (VAZZOLLER, 1996; IBAÑEZ-AGUIRRE & GALLARDO-CABELLO, 2004). As
fêmeas predominaram para as espécies de H. affinis, H. brasiliensis e P. corvinaeformis e para as
espécies de L. synagris, O. palometa e S. brasiliensis os machos predominaram.
Geralmente a proporção sexual ocorre de 1:1, mas ao longo do ciclo de vida dos peixes, a
proporção sexual pode variar em função de diversos fatores que atuam de forma diferente sobre
os indivíduos de cada sexo. A mortalidade e o crescimento são fatores que podem atuar de modo
diferencial sobre machos e fêmeas, determinando o predomínio de indivíduos de um dos sexos
(VAZZOLLER, 1996). A proporção sexual poderá ser afetada por diferentes fatores relacionados
com a pesca, estações do ano, cardumes em áreas de alimentação e desova (LASIAK, 1982).
maduro e esvaziado e sete estágios para as fêmeas: imaturo, em maturação inicial, em maturação
final, maduro inicial, maduro intermediário, maduro final e esvaziado. Para ambos os sexos de O.
palometa, a análise macroscópica permitiu a identificação de quatro estádios distintos de
maturação: imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. Os estádios de desenvolvimento
macroscópicos das gônadas de O. palometa seguem os mesmo padrão de padrão de descrição dos
peixes Carangideos (ARAÚJO, 2008). Os estádios macroscópicos dos ovários das fêmeas de S.
brasiliensis, permitiu a visualização de quatro estágios: imaturo, em maturação, maduro e
esvaziado. Estudos realizados no litoral ocidental do Maranhão, Brasil, com a espécie S. brasiliensis,
foram similares ao nosso resultado, com quatro estádios de desenvolvimento gonadal (LIMA,
2004).
As características macroscópicas dos ovários e testículos de L. synagris revelaram quatro
estádios de desenvolvimento: imaturo (I), em maturação (II), maduro (III) e esvaziado (IV). No
estádio I, os ovários e testículos apresentaram-se filiformes e tamanhos reduzidos. Nos estádios II
e III, os ovários mudaram a coloração de translúcida para avermelhada, aumentando de tamanho
com presença de ovócitos visíveis. Os testículos apresentaram tamanhos variados de acordo com
o grau de desenvolvimento, tornaram-se mais espessos com coloração esbranquiçada. No estádio
IV, as gônadas mostraram tamanho reduzido com um aspecto flácido. Nossos resultados
corroboram com os de Souza-Júnior et al. (2008) que registraram quatro estádios de maturação
gonadal para a mesma espécie no Ceará. A descrição macroscópica dos ovários e testículos de L.
synargis demonstra como ocorre o desenvolvimento gonadal no ciclo reprodutivo, fornecendo
dados para indicar o período reprodutivo da espécie na região.
A caracterização macroscópica dos ovários de M. curema revelou quatro estádios de
maturação ovariana assemelhando-se à descrista para a mesma espécie na Baía de Sepetiba
(ALBIERI et al., 2009). No Caribe para M. curema observaram macroscopicamente seis estádios de
desenvolvimento ovariano para M. curema, capturado no Caribe: repouso, em maturação inicial,
em maturação final, maduro, parcialmente desovado e desovado (SOLOMON; RAMNARINE, 2007),
A utilização de escalas macroscópicas contribui para o conhecimento biológico, mas a utilização de
análises histológicas e medição de ovócitos diminuem a chance de incorrer erros (WEST, 1990).
que 300 μm, e um grupo de ovócitos em desenvolvimento com diâmetro maior que 600 μm. Dessa
forma, a espécie H. brasiliensis, apresentou um desenvolvimento sincrônico dos ovócitos em dois
grupos. A espécie tem desova total, eliminando seus ovócitos maduros de uma só vez (OLIVEIRA
et al., 2012). A espécie H. brasiliensis possui baixa fecundidade quando comparada a outros peixes
recifais e epipelágicos (MCBRIDE; THURMAN, 2003). Fazem pequenas desovas parceladas,
principalmente durante o verão, mas podem ser encontrados indivíduos sexualmente maduros
durante o ano todo (MCBRIDE et al.,1996; MCBRIDE; THURMAN, 2003; MONTEIRO, 2003).
A espécie P. corvinaeformis apresentou uma fecundidade absoluta variando entre 15.056 e
83.316 ovócitos. O diâmetro dos ovócitos de P. corvinaeformis variou de 110μm a 390μm, foram
classificados os ovócitos em dois grupos: um grupo de estoque de reserva, com diâmetro menor
que 140 μm, e um grupo de ovócitos em desenvolvimento, com diâmetro maior que 141μm. Os
exemplares de P. corvinaeformis apresentaram desova total, eliminando seus ovócitos maduros
de uma só vez.
S. brasiliensis apresentou uma fecundidade absoluta de 871.523 ovócitos e sua desova é
total. Foram estimadas as fecundidades absoluta e relativa de S. brasiliensis em 2.047.000 óvulos
e 1.892 óvulos por grama do indivíduo, para o Estado do Ceará (GESTEIRA, 1972). A espécie S.
brasiliensis possui gônadas com desenvolvimento de forma sincrônica, com dois grupos de
ovócitos onde se encontra o estoque de reserva (ninhos germinativos e Fase II) com diâmetros
inferiores a 120 μm, e outros ovócitos que iniciam na vitelogênese nas fases III, IV e V, até alcançar
a fase VI com diâmetros entre 650 a 750 μm de diâmetro. Estes são eliminados em desova total,
verificada através da distribuição de frequência relativa do diâmetro dos ovócitos vitelogênicos
(LIMA et al., 2007).
A fecundidade absoluta para M. curema foi de 245,828 ovócitos, e apresentou um
desenvolvimento sincrônico dos ovócitos em dois grupos: um grupo de estoque de reserva, e um
grupo de ovócitos em desenvolvimento, características de desova total. Para a mesma espécie na
Baía de Sepetiba foi registrado a presença de dois grupos de ovócitos (ovócitos de estoque de
reserva e pós-vitelogênicos) ao mesmo tempo em ovários maduros indicando um desenvolvimento
sincrônico em dois grupos e a desova é total como também registrado no presente estudo (ALBIERI,
2009). Mugil curema um peixe que habita o mesmo local da espécie P. corvinaeformis apresentou
uma fecundidade absoluta alta de 245,828 ovócitos (SILVA, 2003; OLIVEIRA et al., 2011; SILVA et
al., 2012; OLIVEIRA et al., 2014).
registrado um prolongado período de desova, que atingiu o pico no final da primavera e início do
verão (McBRIDE et al., 2003).
A espécie P. corvinaeformis apresentou valores médios do IGS variando 0,012 a 1,150 para
machos e de 0,012 a 5,490 para fêmeas. Foram observados dois picos de maiores valores nos
meses de novembro e março, e a época de reprodução acontece entre outubro a junho. Para a
mesma espécie no litoral norte de Santa Catarina a atividade reprodutiva foi muito intensa em
duas estações do ano, primavera e verão (SOUZA; CHAVES, 2007).
Os valores de IGS da espécie O. palometa variaram de 0,07 a 0,15 para os machos enquanto
que nas femeas essa variação foi de 0,07 a 1,64. No período de estiagem os machos apresentaram
IGS médio de 0,13 (+ 0,03), enquanto que no período de chuva essa média foi de 0,11 (+ 0,03). Não
houve diferença significativa (p > 0,05) entre o IGS dos machos e os períodos chuvosos e de
estiagem.
Para S. brasiliensis os valores de IGS variaram de 0,02 a 7,14 para as fêmeas. A atividade
reprodutiva foi no período de março a junho e está relacionado com períodos chuvosos
(CHELLAPPA et al., 2010).
Tabela 2. Táticas e Estratégias reprodutivos de Hirundichythys affinis; Hemiramphus brasiliensis; Pomadasys
corvinaeformis; Oligoplites palometa; Scomberomorus brasiliensis; Lutjanus synagris e Mugil curema.
Estratégia reprodutiva
Oportunista Equilíbrio
Táticas
reprodutivas H. brasiliensis
H. affinis P. corvinaeformis O. palometa S. brasiliensis L. synagris M. curema
Intermediário Intermediário Grande Grande Grande Intermediário
Tamanho do Pequeno Fêmeas
Fêmeas Fêmeas Machos Fêmeas Fêmeas Fêmeas
corpo maiores
maiores maiores maiores maiores maiores maiores
Proporção
1M:1,4F 1M:1,1F 1M:2,11F 2M:1F 2M:1F 4,15M:1F 1M:1,6F
sexual
Tipo de Alométrico Alométrico Alométrico Alométrico Alométrico
Isométrico Isométrico
crescimento negativo positivo negativo positivo positivo
21,5cm CT As 10,4 cm CT Os
Primeira 27,1cmCT machos 34,5
fêmeas machos
maturação (Comprimento 29,4cm CT cm e fêmeas 25,7cm CT 24,3 cm CT
maturam maturam
sexual (L50) Total) 28 cm CT
primeiro primeiro
7,398 ate
10,021 862 to 1,354 (15.056 a
Fecundidade 680.648 871.523 920.246 245.828
9,092 1,153 (±258,2) 83.316)
(±1,153.2)
Tipo de
Total Total Total Total Total Total Total
desova
Picos Prolongado com Prolongado
Março e junho
Período de Épocas de reprodutivos picos durante Épocas de Épocas de com picos
relacionado
desova chuvas durante época época chuvosa e chuvas chuvas durante época
com as chuvas
chuvosa pós-chuva chuvosa
4 CONCLUSÃO
Os resultados fornecem informações sobre os aspectos reprodutivos das espécies de peixes
marinhos que tem importância socioeconômica e ecológica para o Estado do Rio Grande do Norte.
As informações como proporção sexual, relação peso-comprimento, tamanho mínimo de captura,
desenvolvimento gonadal e fecundidade fornecem subsídios fornecer subsídios ao gerenciamento
adequado do recurso, além de servir como base para novos estudos sobre a espécie. Os resultados
indicam que H. affinis, H. brasiliensis, P. corvinaeformis e O. palometa são estrategistas
oportunistas. S. brasiliensis, L. synagris e M. curema são estrategistas de equilíbrio.
5 AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico
(CNPq) e CAPES/MEC pela concessão de bolsas para realização da pesquisa. Os autores agradecem
os pescadores artesanais que ajudaram a capturar peixes durante o período do estudo.
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