Gestão Pública Na Região Amazônica - Volume 1
Gestão Pública Na Região Amazônica - Volume 1
Gestão Pública Na Região Amazônica - Volume 1
G393
Livro em PDF
ISBN 978-65-5939-612-2
DOI 10.31560/pimentacultural/2023.96122
CDD 351
PIMENTA CULTURAL
São Paulo . SP
Telefone: +55 (11) 96766 2200
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CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO
Doutores e Doutoras
Prefácio........................................................................................... 16
Apresentação.................................................................................. 20
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Clima Organizacional:
uma análise em uma prefeitura
municipal do Estado de Roraima...................................................... 63
Márcia Vanzo Fileski
Ronilson Moura Cavalcante
Harllesson Galucio de Almeida
Capítulo 4
Combate à criminalidade:
um estudo da atuação da guarda
municipal de Boa Vista – RR............................................................. 79
Marivone da Silva Magalhães
Paulina da Silva Magalhães
Maria Marclane Bezerra Vieira
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Planejamento Participativo
na Estratégia Saúde da Família (ESF):
Estudo de caso da aplicabilidade
do Método MAPP na UBS São Vicente
no Município de Boa Vista/RR........................................................ 255
Maria da Conceição Theodocello Sant’Anna
Juliano Milton Kruger
Capítulo 12
Capitulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Aquisições da Agricultura
Familiar Indígena e Quilombola
no Fornecimento da Merenda Escolar........................................ 373
Flaviane dos Santos Pedreno
Fernando Thiago
Marcelo Hideki Togo
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Análise da implementação
de acesso à internet nas escolas
públicas da zona rural do município
de Barreirinha, Amazonas............................................................ 433
Márcio Rogério Tavares Reis
Fernando Thiago
Marcelo Hideki Togo
Capítulo 20
Gestão Participativa:
um estudo dos Planos Diretores
nos Municípios de Itacoatiara,
Iranduba e Presidente Figueiredo................................................... 459
Deizielhe Oliveira Félix
Alex Santiago Nina
Marcelo Hideki Togo
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
A Importância da cogestão
em unidades de conservação:
o caso do Parque Estadual Sumaúma
em Manaus – AM........................................................................... 550
Erick Alves de Brito Coelho
Alex Santiago Nina
Marcelo Hideki Togo
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Aplicação do Planejamento
Estratégico Situacional na Central
de Abastecimento Farmacêutico
em um hospital público de médio
porte no interior do Amazonas.................................................... 634
Samara Motter Detoni da Silva
Juliano Milton Kruger
Capitulo 29
Financiamento da Atenção
Primária à Saúde: uma análise
dos repasses financeiros realizados
pelo SUS no período de 2012 a 2022
ao município de Itacoatiara-AM...................................................... 669
Rodrigo Luiz Pereira da Silva
Nely Cristina Medeiros Caires
Capítulo 30
Caro leitor,
16
son do assunto como promoção da eficiência enquanto campo
pragmático foi a primeira declaração explicitamente articulada
sobre a importância de um estudo separado da Gestão Pública
da Gestão Geral.
17
tempo, proporcionar um rápido desenvolvimento socioeconô-
mico com a intervenção do governo.
18
institucionalização das mudanças socioeconômicas; a gestão de servi-
ços de grande escala; a garantia do crescimento e do desenvolvimento
econômico; a proteção dos setores mais fracos da sociedade; a for-
mação da opinião pública; e a influência das políticas públicas.
19
Apresentação
20
Afinal...
Marcelo Rocha
Boa leitura!
Os organizadores
SUMÁRIO
21
1
Capítulo 1
Processo transferência
de bens móveis nas autarquias públicas federais:
uma proposta para o Instituto Federal de Educação Ciência
e Tecnologia de Roraima - IFRR
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.1
SUMÁRIO
Resumo:
Devido à dificuldade encontrada pelas instituições públicas nos temas relacio-
nados aos procedimentos administrativos da modalidade de desfazimento de
bens por transferência. E devido também o dispositivo que regulamenta a me-
dida ser novo e trazer informações amplas. Essa pesquisa tem como objetivo
principal, identificar como é o procedimento de transferência de bens imóveis
do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Roraima – IFRR e
dessa forma, propor um fluxo para tal Instituição. O referencial teórico, con-
centrou-se no decreto n° 9.373, de 11 de maio de 2018, no Manual de Conta-
bilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), legislações pertinentes, métodos
comparativos em outras instituições federais e assuntos que abordam o tema.
Esta pesquisa classifica-se como descritiva uma vez que o pesquisador bus-
cou uma maior proximidade com o fenômeno pesquisado, através de um estu-
do de caso, visando descrevê-los em seus pormenores, atendendo a critérios
qualitativos, que tem como propósito principal analisar, bem como atitudes,
comportamentos, hábitos e tendências dos fatos investigados.
23
INTRODUÇÃO
24
Por conta disso, considerando ainda que não há uma política
institucional no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de
Roraima – IFRR para esse procedimento administrativo, como pode
ser o fluxo para melhor atender o processo de transferência de bens
imóveis do Instituto? Dessa forma, essa pesquisa irá propor uma pa-
dronização de fluxo para o IFRR.
25
REVISÃO TEÓRICA
Patrimônio público
26
O processo da rotina do setor de Patrimônio inicia-se com a aqui-
sição do bem pela entidade, está incorporação dependerá da forma
do ingresso do bem, podendo ser: I) compra: quando a incorporação
de um bem ocorre por meio de licitação ou compra direta; II) permuta:
quando ocorre a incorporação no acervo patrimonial de um bem per-
tencente a terceiros que foi objeto de troca por outro bem pertencente
à instituição; III) doação: quando a incorporação é oriunda de um bem
cedido por terceiro, em caráter definitivo, sem envolvimento de transa-
ção financeira; e IV) comodato: quando a incorporação é temporária,
para o fim de inclusão no cadastro da entidade de bens pertencentes
a terceiros, a título gratuito e por tempo determinado (VIECELLI, 2013).
SUMÁRIO Para chegar ao valor correto do patrimônio público existente na
instituição, Pinheiro (2017) sugere a realização de 4 etapas: 1ª) inventá-
rio dos bens da entidade, mediante verificação do registro do bem em
sistema próprio para controle destes; 2 ª) avaliação dos ativos por meio
de ajuste inicial ao que foi registrado pelo patrimônio, 3ª) revisão da vida
útil dos bens, conforme o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público; e 4ª) comparação do ativo da entidade com o valor contábil,
verificando se ocorreu desvalorização dos bens ou se o valor contábil
excede seu valor recuperável. Concluído esta verificação, realiza-se a
conferência física para identificar possíveis falhas de registros contábeis.
27
O inventário físico anual está recomendado na Instrução Nor-
mativa n. 205/88, por ser “destinado a comprovar a quantidade e o
valor dos bens patrimoniais do acervo de cada unidade gestora, exis-
tente em 31 de dezembro de cada exercício – constituído do inventário
anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício”.
Verifica-se in loco a existência dos bens cadastrados por localidade,
fazendo ajustes necessários, no caso de transferência da localização
física dos bens ou constatar e averiguar-se procedimentos cabíveis
em caso de extravio dos mesmos (BRASIL, 1988). Ao finalizar esse
processo e encontrar bens que requerem desfazimento, os gestores
patrimoniais devem tomar as medidas cabíveis para a baixa dos bens
SUMÁRIO da instituição. Cada etapa do processo de baixa ou desfazimento dos
bens patrimoniais deve estar em conformidade com a Lei n. 4.320/64,
a Lei n. 8.666/93, o Decreto n. 9.373/2018, Manual de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público e Norma Brasileira de Contabilidade – NBC
T 16.10 e suas respectivas alterações.
28
De acordo com o decreto:
Art. 3º Para que seja considerado inservível, o bem será classi-
ficado como:
29
Manual de contabilidade aplicada
ao setor público (MCASP)
4. Das Definições:
[...]
5. Dos Procedimentos:
[...]
30
evidenciar contabilmente a operação realizada de acordo com
as diretrizes dispostas nos subitens seguintes [...]
Modelos de desfazimento
em outras Instituições Federais
31
Foi consultado o manual de administração patrimonial da Uni-
versidade Federal de Pelotas, manual bastante detalhado, que auxilia
o servidor a realizar quase todos os procedimentos de desfazimento.
Porém, ao consultar com mais afinco como acontecem os procedi-
mentos administrativo no tocante do desfazimento por transferência,
objetivo da pesquisa, o manual traz apenas os conceitos e direciona
o leitor a acessar o link https://wp.ufpel.edu.br/sei/, “Pop UFPel (Ma-
nuais).” Contudo, ao acessar a página, os fluxos trazidos só trazem
informação de transferência entre unidades sem a mudança de posse.
Não fica claro também a ordem dos procedimentos.
METODOLOGIA
32
O IFRR criado nos termos da Lei nº. 11.892, de 29 de dezembro
de 2008, vinculado ao Ministério da Educação, é uma instituição de
educação superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi,
especializada na oferta de educação profissional e tecnológica nas
diferentes modalidades de ensino, tem como sedes as seguintes uni-
dades: Campus Boa Vista Centro, Boa Vista Zona Oeste, Avançado
Bonfim, Amajari e Novo Paraíso.
33
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
34
Modelo de fluxo
de desfazimento proposto.
35
Quadro 1 – Fluxo proposto
Fluxo Proposto
Reitoria.
A Reitoria, já sabendo da disponibilidade do bem no campus, emite ofício para oficializar a solici-
tação. Nele são justificados os motivos do pedido.
Sugerimos que toda e qualquer solicitação de bens entre unidades deve partir de comunicação
oficial da autoridade máxima do órgão, por exemplo, Reitor para Diretor Geral ou Diretor Geral para
Diretor Geral.
Observação: O gestor hierarquicamente abaixo do Reitor ou DG de Campus, notificará a sua
intenção para que o mesmo tenha conhecimento e adote providências.
Campus Boa Vista.
O Diretor Geral do campus quando favorável a solicitação, despacha o pedido para o seu coorde-
nador de patrimônio.
Observação: Vale destacar que a autoridade competente deve instituir uma comissão especial
realizar a avaliação dos bens ociosos, conforme orientação do art. 10 do Decreto n. 9.373/2018
(BRASIL, 2018).
SUMÁRIO Coordenação de Patrimônio.
O coordenador de patrimônio de posse do documento, providenciará a abertura do processo admi-
nistrativo. E em seguida, adotará as seguintes providências:
Cria-se em nome do solicitante uma requisição de transferência, contendo a relação e os dados
do bem ou bens.
Após o retorno, assinada, o coordenador inclui a requisição no processo.
Também serão inseridos no processo: o documento do registro da entrada do bem no Suap, as
cópias da nota de empenho e da nota fiscal.
Em seguida, encaminhar processo para o setor de contabilidade para realizar a transferência contábil.
Coordenação de Contabilidade.
A contabilidade adotará as providências relativas à transferência patrimonial via - SIAFI.
Após a movimentação contábil, será incluída no processo a cópia da nota de transferência, e em
seguida, o processo é devolvido para a coordenação de patrimônio.
Coordenação de Patrimônio.
A coordenação de patrimônio comunica o interessado para vir retirar o bem.
Após o recolhimento do bem, o coordenador de patrimônio movimenta o processo para coordena-
ção de patrimônio do interessado, no exemplo, para a coordenação da reitoria.
Reitoria.
Já na coordenação de patrimônio da reitoria, o seu coordenador providenciará as questões relativas
a um novo tombamento, caso ache necessário, e também a nova localização.
Observação: Em algumas situações, no caso da transferência de mais de um item. Todos eles
ficam localizados no SUAP, no setor de lotação do solicitante. Pode acontecer que, depois do
recebimento, o solicitante queira movimentar dentro da sua unidade os bens. Por isso, faz-se
necessário que o processo seja encaminhado para o setor de patrimônio para adequação.
Feitos os ajustes, o coordenador de patrimônio encaminha processo para o setor de contabilidade
para conhecimento e providências em relação aos procedimentos contábeis.
Por fim, depois de adotadas as medidas necessárias, a contabilidade providenciará o arquivamento
do processo.
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
37
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto Nº 9.373, de 11 de maio de 2018 (2018a). Dispõe sobre
a alienação, a cessão, a transferência, a destinação e a disposição final
ambientalmente adequada de bens móveis no âmbito da administração
pública federal direta, autárquica e fundacional. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015 2018/2018/Decreto/D9373.htm.
Acesso em: 14 abr. 2021.
BRASIL. Instrução Normativa Nº. 205, de 08 de abril de 1988. Secretaria de
Administração Pública. Disponível em: http://www.comprasnet.gov.br/
legislacao/in/in205_88.htm. Acesso em: 10 mai.2021.
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fevereiro de 2015.
DARIO, G. Z. T.; SANDRO, N. K.; LORENZI, D. JR. (2018): “Desfazimento
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Universidade Federal de Santa Maria”, Revista Observatorio de la Economía
Latinoamericana. 2018. 17f. Artigo (Mestrando do Programa de Pós-
Graduação em Gestão de Organizações Públicas da UFSM). Disponível:
http://www.eumed.net/2/rev/oel/2018/02/administracao-publica-federal.html.
Acesso em: 06 mai.2021.
DIEGO, A. S.; CRISTINE, F. T.; DE SOUZA, P. M. Desfazimento de bens e
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Artigo (Especialização em Formação Pedagógica para EPT). Disponível em:
https://dvl.ccn.ufsc.br/10congresso/anais/10CCF/20200630112858_id.pdf.
Acesso em: 10 mai.2021.
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IFRR- Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Roraima. Sistema
Unificado de Administração Pública - SUAP. Roraima, RR: Disponível em:
https://suap.ifrr.edu.br/accounts/login/?next=/ Acesso em: 24 abr.2021.
38
KESSELER, NILMAR S.; TEIXEIRA, GIRLEI D. Z.; JÚNIOR, David L.
Desfazimento de Bens na Administração Pública Federal: Um Caso Prático
na Universidade Federal de Santa Maria. 2018. Disponível em: http://2018.
enangrad.org.br/pdf/2018_ENANGRAD328.pdf. Acesso em: 02 de abr. 2021.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São
Paulo: Atlas,2010.
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científica. 4. ed. rev. e amp. São Paulo: Atlas, 2007.
LEÃO, L. B. C. Gestão patrimonial sob a ótica das Normas Brasileiras
de Contabilidade aplicadas ao setor público (NBCASP). Monografia 53f.
(Graduação em Ciências Contábeis). Universidade Católica de Pernambuco.
Recife, 2013.
39
2
Capítulo 2
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.2
SUMÁRIO
Resumo:
Este estudo teve como finalidade analisar a transparência dos recursos públi-
cos destinados às ações administrativas no que se refere aos atos e benefícios
destinados ao atendimento da sociedade local do município de Rorainópolis/
RR, se valendo da análise dos portais eletrônicos disponibilizados à consulta,
e essencialmente no que tange ao cumprimento e exigências das legislações
que trata do assunto em pauta em especial à Lei Federal nº 12.527/2011 – Lei
de Acesso à Informação Pública e Lei Complementar n° 131/2009 – Lei da
Transparência. A pesquisa caracterizou-se como pesquisa bibliográfica, por
meio da qual foi realizado um estudo virtual no site do governo municipal, prio-
rizando as informações no que diz respeito aos recursos públicos destinados
à prestação e manutenção dos serviços no que se refere à assistência coletiva
aos seus munícipes. Com base na investigação observou-se que há alguns
pontos a serem corrigidos, principalmente em relação ao cumprimento das exi-
gências legais de acesso à informação pública. A pesquisa discorre também
sobre necessidade por parte da gestão, em aderir com mais profundidade o
acesso à informação, e obedecer no que for pertinente o princípio da publici-
dade, sempre que o assunto se relaciona às ações da administração pública.
Com isso, a sociedade terá a oportunidade de acompanhar e intervir contra os
preceitos corruptíveis no cenário Estatal.
41
INTRODUÇÃO
42
Logo, ao observar a realidade do município de Rorainópolis no
que se refere à transparência dos recursos públicos municipal, verifi-
cou-se uma situação problema em se tratando da publicidade quanto
ao tratamento e aplicação dos recursos dentro do município, o que
levou a realização de uma pesquisa, a qual sugeriu para investigação,
a seguinte questão norteadora: o município de Rorainópolis possui
portal da transparência ou outros instrumentos dedicados à postagem
de dados e informações de interesse público?
43
basta que as informações repassadas sejam disponibilizadas aos ci-
dadãos, mas que os dados sejam fornecidos de forma acessível e
compreensível a sociedade em geral.
REVISÃO TEÓRICA
44
audiências públicas, dos planos, diretrizes orçamentárias, or-
çamentos, relatórios periódicos da execução orçamentária e da
gestão fiscal, bem como das prestações de contas e pareceres
prévios emitidos pelos tribunais de contas (SILVA, 2004, p. 10)
Contexto histórico
da Imprensa oficial no Brasil
45
conhecido como Diário Oficial da União seguido por todos os poderes
constituídos das três esferas de governo que possuem seus diários
oficiais próprio, com exceção dos municípios pequenos e mais remo-
tos que ainda se utilizam de publicações em murais (SODRÉ, 1998).
46
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência (BRASIL, 2008).
SUMÁRIO Legislação
Complementar e Ordinária
47
Um reforço dado para esse tema é a Lei Complementar n.º 131,
de 2009, chamada Lei da Transparência, que trouxe mais exi-
gências à Lei de Responsabilidade Fiscal, mediante acréscimo
de dispositivos, mais precisamente p. 29 quanto à transparên-
cia no setor público, a fim de determinar a disponibilização, em
tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução
orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios.
48
sigilo e de segredo de justiça, hipóteses de segredo industrial de-
correntes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado
ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo
com o poder público (art. 22).
Publicidade e Transparência
na Administração Pública
49
que o cidadão terá conhecimento das atividades e ações executadas,
o que proporciona transparência aos atos emanados da administração.
50
da população na condução dos negócios públicos de um órgão para
outro (MARTINS JR, 2010).
SUMÁRIO
METODOLOGIA
51
consideradas o foco desta pesquisa. Bortoni-Ricardo (2008) define a
pesquisa qualitativa como o estudo que procura compreender e inter-
pretar os fenômenos sociais que ocorrem em certos contextos e situa-
ções. Ainda de acordo com Bortoni-Ricardo (2008), a “capacidade de
compreensão do observador está enraizada em seus próprios significa-
dos, pois ele (ou ela) não é um relator passivo, mas um agente ativo”.
52
Não foram realizadas entrevistas presenciais com gestores pú-
blicos municipais em detrimento da pandemia e também por entender
que raramente poderiam ser obtidas as respostas desejadas a respeito
da transparência da gestão pública municipal.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
53
O território de Rorainópolis possui os seguintes limites: ao norte
com o município de Caracaraí, ao sul com o estado do Amazonas,
a leste com São João da Baliza e São Luiz do Anauá, e a oeste com
Caracaraí por meio do Rio Branco (FREITAS, 1997). O município “é cor-
tado pela rodovia BR-174 de sul a norte. É a porta de entrada rodoviária
sul do Estado de Roraima” (FREITAS, 1997, p.87). Por ser um município
com criação recente, Rorainópolis encontra-se em pleno processo de
evolução e crescimento.
54
Após acessar as abas que se apresentam no Portal da Transpa-
rência municipal, ficou constatada a supressão de algumas informa-
ções, e os locais onde é possível encontrar dados informativos, estão
descritos numa linguagem muito técnica, o que dificulta a interpretação
desses dados e dessa forma possibilita apenas um entendimento de-
fasado das informações às quais deveriam estar disponíveis claramen-
te no ambiente eletrônico para que pudessem ser consultadas pela
sociedade. Maiores detalhes verificam-se nas figuras abaixo, que se
referem às abas: Planejamento Orçamentário, figura 2 e figura 3 esta,
referente à Prestação de Contas.
55
ção de contas referente ao balanço de despesas da Secretaria Munici-
pal de Serviços Urbanos e Trânsito do ano de 2019.
56
Com base nas informações buscadas no site oficial da prefeitura
de Rorainópolis, constatou-se através das análises, que o portal da
transparência apesar de disponibilizar as páginas para as consultas
dos dados relacionados à transparência dos recursos públicos, em
alguns links não oferece viabilidade para o acesso que permita ao inte-
ressado os dados necessários ao conhecimento público.
57
No que se visualiza nas figuras 4 e 5 que trata do PPA e da LOA,
é possível observar a disposição de algumas informações, seguindo
o site: http://rorainopolis.rr.gov.br/portalTransparencia/, essas informa-
ções podem ser obtidas a partir dos links que se apresentam na janela
conforme o ambiente de acesso. Vale lembrar que tais informações
encontram-se disponíveis até o ano de 2019, e já nos períodos poste-
riores como a exemplo da LOA 2020 e 2021 ainda não estão postas no
portal da transparência deste município.
SUMÁRIO
58
Assim fica constatado que no município de Rorainópolis/RR,
as informações das receitas e despesas são publicadas no portal da
transparência no site oficial da Prefeitura Municipal de Rorainópolis,
onde constam os detalhamentos das receitas e despesas de todas as
unidades orçamentárias, inclusive do poder legislativo municipal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
59
Neste contexto, este trabalho buscou analisar a Transparência
da gestão pública do município de Rorainópolis – RR, ponderando o
Portal da Transparência Municipal como principal instrumento de aná-
lise. Em vista disso, buscou-se conhecer como está se concretizando
o processo de divulgação das informações pelo executivo e princi-
palmente, identificar se está havendo cumprimento à Lei Federal de
Acesso às Informações Públicas.
60
Espera-se que o estudo possa servir de base para pesquisas
mais profundas e aperfeiçoamento da legislação no tocante à transpa-
rência das contas públicas, de forma a favorecer a construção de uma
política fiscal responsável com a participação cidadã. Também possa
colaborar para direcionamentos na busca de medidas que fortaleçam
ações em prol de uma transparência mais efetiva e responsável que
leve em consideração os interesses da coletividade quanto ao acom-
panhamento das informações públicas, que se fazem necessárias ao
bom andamento e o desenvolvimento da sociedade.
SUMÁRIO REFERÊNCIAS
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ed. rev. e atual.- Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016.
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Administração Pública: Instrumentos legais e outros dispositivos. 2011.
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qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
BRAGA, M. V. de A.. A Auditoria Governamental como Instrumento de
Promoção da Transparência. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862,
Teresina, ano 16, n. 2900, 10 jun. 2011. Disponível em: https://jus.com.br/
artigos/19318. Acesso em: 29 jan. 2021.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional N° 16, de 04 de
junho de 1997. Dá nova redação ao § 5º do art. 14, ao caput do art. 28, ao
inciso II do art. 29, ao caput do art. 77 e ao art. 82 da Constituição Federal.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/
Emc/emc16.htm#art14§5 Acesso em: 16 de fevereiro de 2021.
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administração. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.
DIAS, R.. Gestão Pública: Aspectos atuais e perspectivas para
atualização. São Paulo: Atlas, 2017.
FREITAS, A. Geografia e História de Roraima. Manaus: Grafima, 1997.
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GIL, A.C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social / Antônio Carlos Gil. - 6.
ed. - São Paulo: Atlas, 2008.
Lei de Responsabilidade Fiscal (Decreto nº 101/200) https://www.politize.
com.br/lei-de-responsabilidade-fiscal/LEI COMPLEMENTAR Nº 131, DE 27
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www12.senado.leg.br/transparencia/arquivos/sobre/cartilha-lai/. Acesso
em abril/2021.
62
3
Capítulo 3
Clima Organizacional:
uma análise em uma prefeitura
municipal do estado de Roraima
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.3
SUMÁRIO
Resumo:
O clima organizacional, está diretamente ligado ao grau de satisfação e moti-
vação dos funcionários, sejam eles em órgãos privados ou públicos. A pesqui-
sa teve como objetivo geral, analisar o clima organizacional em uma Prefeitura
Municipal do Estado de Roraima. O procedimento metodológico foi composto
por revisão bibliográfica sobre a temática e uma pesquisa de campo, aplicada
aos servidores, a partir de um questionário com perguntas fechadas, adaptado
da proposta de Bispo (2006). A aplicação foi através do questionário criado no
Google Forms, sendo o mesmo dividido em duas partes: a) Caracterização dos
respondentes e b) Percepção do Clima Organizacional, enviado por aplicativo
de mensagens Whatsapp, para os servidores, seguindo todo critério de ano-
nimato, de uma pesquisa científica. Após análises dos dados e a construção
dos gráficos, constatou-se que um dos pontos positivos de maior relevância,
com 31% das respostas, foi o relacionamento com o grupo. Quanto ao ponto
negativo que teve grande destaque, como fator que apresentou mais insatis-
fação no trabalho, a remuneração, obteve 50% das respostas positivas dos
pesquisados. Os resultados apontam aspectos que merecem a atenção da
Prefeitura, sugere-se que estes pontos negativos sejam analisados pela Ges-
tão, para verificar a insatisfação dos servidores.
64
INTRODUÇÃO
65
trabalho adequado torna-se indispensável, na medida em que contribui
para a satisfação dos funcionários em relação à Prefeitura pesquisada.
REVISÃO TEÓRICA
66
ver ou tocar, ele reflete o comportamento de seus colaboradores. Já
Katz e Kahn (1987, p.83) descrevem que “o clima organizacional reflete
a história das porfias, internas e externas, dos tipos de pessoas que a
organização atrai, de seus processos de trabalho e layout físico”. De-
vido a ser possível resumir-se numerosas percepções em um pequeno
número de dimensões, o clima organizacional abrange um amplo cam-
po de estudo (SBRAGIA, 1983, p. 30-39).
67
da cultura organizacional, no qual estão inseridos (ARAÚJO et al, 2017,
p. 97-112). É necessário investir nas pessoas, para o bem-estar delas,
porque desta forma ela produzirá mais, e também aumentará clientes
para a organização.
68
Para Silva; Fernandes (2019, p.67) o clima organizacional in-
fluencia diretamente a motivação do colaborador, com a ausência de
liderança desmotiva e falta de treinamentos, é necessário investir nas
pessoas para a empresa crescer, eles associam o crescimento da or-
ganização às pessoas e ao clima que a empresa.
SUMÁRIO Aduz Silva (2019, p.28) acredita que a empresa deve apresentar
um clima organizacional bom, que haja alegria no local de trabalho, uma
boa convivência, que resulta na amizade, respeito e consideração entre
os membros do grupo, satisfação e comprometimento com o trabalho
que exercem. Ainda afirma Silva (2019, p. 29) que se o Clima Organiza-
cional é bom, isso é um fator positivo para a satisfação dos funcionários
e resultados eficazes para a empresa. Sendo assim, o clima organizacio-
nal da organização interfere nas atitudes e comportamentos.
69
METODOLOGIA
70
respostas a escala Likert de 5 pontos (1- Discordo completamente da
afirmativa, 2- Discordo da afirmativa, 3- Nem concordo, nem discordo
da afirmativa, 4- Concordo com a afirmativa, 5- Concordo completa-
mente com a afirmativa).
SUMÁRIO
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
Perfil do servidor
71
Clima organizacional
Concordo
Discordo Nem con-
Concordo comple-
completa- Discordo da cordo, nem
Perguntas com a tamente
mente da afirmativa discordo da
afirmativa com a
SUMÁRIO afirmativa afirmativa
afirmativa
Considero a Prefeitura
um lugar agradável 0% 0% 8% 65,3% 26,7%
para trabalhar
De uma maneira ge-
ral, a Prefeitura é bem
organizada em seus 1% 12% 12% 50,7% 20%
processos, normas e
procedimentos.
A Prefeitura possui
uma distribuição ade-
26,7% 8% 21,3% 37,3% 6,7%
quada de pessoal entre
os setores.
Considero o relacio-
namento entre colegas
0% 4% 17,3% 68% 10,7%
um ponto forte da ins-
tituição
A cooperação entre
colegas facilita a rea-
0% 5,3% 9,3% 50,7% 34,7%
lização das tarefas
diárias
A prefeitura se preocu-
pa com a relação entre 0% 16% 36% 40% 8%
os funcionários
72
Considero que as mi-
nhas competências
2,7% 16% 9,3 53,3% 18,7%
estão sendo bem apro-
veitadas pela prefeitura
Geralmente sou reco-
nhecido positivamente
5,3% 14,7% 18,7% 48% 13,3%
pela execução de mi-
nhas tarefas
Sou orientado e avalia-
do adequadamente no 0% 10,7% 33,3% 40% 16%
meu trabalho
De uma maneira geral
estou satisfeito com o 0% 5,3% 16% 60% 18,7%
meu trabalho
SUMÁRIO
Fonte: Elaboração própria a partir do questionário aplicado pela pesquisa.
73
das tarefas diárias. Em uma instituição é essencial à cooperação, não
só para a busca de objetivos comuns pela organização, mas também
para manter o clima organizacional agradável a todos. Conforme Ca-
sado (2002) somente quando integrada a visão interna e externa ao
homem nas organizações é que poderá se intervir nos fenômenos
organizacionais que permitem a compreensão dos objetivos, muitas
vezes conflitantes, entre homem-empresa e fazer com que algo nesta
relação faça sentido e que seus objetivos se completem.
74
satisfeito com o meu trabalho”, mensurando nessa questão o nível de
satisfação com o trabalho desenvolvido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
75
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78
4
Capítulo 4
Combate à criminalidade:
um estudo da atuação
da guarda municipal
de Boa Vista – RR
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.4
SUMÁRIO
Resumo:
Esta pesquisa tem como objetivo principal identificar as medidas adotadas
pela guarda municipal, em sede de segurança pública, para o combate da
criminalidade no município de Boa Vista/RR. A metodologia utilizada para o
desenvolvimento da pesquisa foi de natureza bibliográfica e documental, ini-
ciada a partir do estudo do instrumento criador da guarda municipal, qual seja
a lei municipal n.º 1012 de 2007 e sua regulamentação por meio do decreto
n.º 176/E de 2009, em que direciona as ações da guarda na proteção dos
bens e serviços de instalações públicas municipais. O resultado da pesquisa
evidenciou como ação mais importante, a criação da patrulha da penha, uma
parceria da prefeitura de Boa Vista com o tribunal de justiça, que possibilita a
atuação da guarda municipal mais próxima da comunidade, munida de um
atendimento humanizado, com caráter mais preventivo que punitivo, buscando
resguardar a população da criminalidade, em especial do feminicídio, que é o
crime que apresenta maior percentual de ocorrência.
80
INTRODUÇÃO
81
municipal, acerca da segurança pública, para o combate da criminali-
dade no município de Boa Vista-RR?
82
Segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro
Geografia e Estatística -IBGE (2010) a população da cidade era de
284.313 habitantes, chegando a cerca de 419.652 habitantes no ano
de 2020. Esse aumento urbano trouxe inúmeros problemas socioe-
conômicos ao município, como o aumento da criminalidade e da vio-
lência (BRASIL, 2010).
83
REVISÃO TEÓRICA
Regulamentações e atribuições
das guardas municipais
84
interesses, porque pode dizer respeito a direito individual, patrimônio
pessoal e incolumidade própria ou a interesse coletivo, patrimônio de
um grupo de pessoas, como os poupadores ou mutuários do Banco
do Brasil, e incolumidade de uma classe ou grupo de pessoas, como
os policiais ou a interesse difuso, a manutenção da ordem pública, a
proteção da propriedade privada dos proprietários de bens em geral e
a incolumidade do cidadão (apud, LEITE, 2015).
85
Uso de armas
nas guardas municipais
86
Assim, de acordo com o art. 6º da lei nº 10.826/2003, fica restrito
o uso pelo tamanho da população, o qual limitou, como supracitado,
o porte somente em serviço para cidades entre 50.000 a 500.000 mil
habitantes, para cidades acima de 500.000 mil habitantes o uso inte-
gral, ou seja, também fora de serviço, e para cidades com menos de
50.000 mil habitantes, os guardas não têm direito ao uso de armas de
fogo (BRASIL, 2003).
Poder de Polícia
87
à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos (BRASIL, 1966).
88
METODOLOGIA
89
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
90
lei, encaminhando-os à delegacia de polícia mais próxima; intervir em
casos de acidente, incêndio e outros sinistros para providenciar ou
tomar as medidas mais urgentes; executar outras atividades correlatas
ao cargo (BOA VISTA, 2007).
91
para que a vítima não corra riscos. A Medida Protetiva não é só um
papel. E a Patrulha Maria da Penha é a prova disso, por meio de visitas
periódicas de guarnições especializadas da Guarda Civil Municipal, o
programa visa levar tranquilidade e segurança à mulher agredida, pois
atua para que o agressor mantenha-se cumprindo a medida protetiva,
além de oferecer amparo em caso de descumprimento das determina-
ções judiciais (PLÁ, 2020).
Dessa forma, além dos meios que a vítima pode procurar ajuda
jurídica inicial, a teia de amparo criada por meio do projeto patrulha da
penha não termina com a denúncia, o atendimento continuado é pos-
sível por meio desse projeto, a guarda municipal de Boa Vista surge
SUMÁRIO como um importante instrumento de acompanhamento, sendo possí-
vel, com isso, com políticas públicas eficientes dar respostas concre-
tas à população (SOUSA, 2019).
92
Outros projetos são desenvolvidos pela guarda como forma de
auxílio às demais forças policiais, com o intuito de diminuir a criminali-
dade, como o Grupo Tático Municipal-Gtam, a Ronda Ostensiva Muni-
cipal - Romu, o Ciclo Patrulha, a Defesa Civil e o Grupo Municipal de
Trânsito-GMTRAN (SOUSA, 2019).
93
Polícia Comunitária e Direitos Humanos. A Ciclo Patrulha tem como
atribuição manter a segurança de centros comerciais, pontos turísti-
cos, culturais e esportivos, além de auxiliar na detenção e prisão de
infratores da lei (BOA VISTA, 2013).
Cabe ressaltar, que durante a ronda nos bairros, caso seja re-
gistrado alguma ação criminosa, os grupos táticos têm o atributo de
intervir e direcionar os acusados para a delegacia competente, e se
caso forem menores de idade, serão encaminhados para o Conselho
Tutelar (SEMUC, 2015).
94
Dessa forma, é possível identificar que as ações desenvolvidas
pela guarda municipal de Boa Vista são importantes para o combate
da criminalidade, uma vez que os vários projetos de assistência à
sociedade tem alcançado o objetivo de diminuir os crimes na capital.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
95
tais como a já citada patrulha da penha, o grupo de proteção ambiental,
o grupo tático municipal - Gtam, a ronda ostensiva municipal - Romu, a
ciclopatrulha, a defesa civil e o grupo municipal de trânsito - GMTRAN.
96
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atendeu-mais-de-55-ocorrencias-nesta-semana (acessado em: 12 mai. 2021).
99
5
Capítulo 5
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.5
SUMÁRIO
Resumo:
Este artigo tem por objetivo discutir o papel constitucional de uma Guarda
Civil Municipal, verificando se tal instituição pode ou não ser classificada como
Polícia, bem como se possui competência para a realização do policiamento
ostensivo. Nesse contexto, foi escolhida a Guarda Civil Municipal de Boa Vista
como fonte de pesquisa, utilizando-se, assim, da pesquisa bibliográfica com
caráter descritivo. Através da pesquisa realizada constatou-se que a Constitui-
ção da República Federativa do Brasil não classificou as guardas civis munici-
pais como polícias, tampouco, franqueou a tais órgãos a competência para a
realização do policiamento ostensivo. A legislação infraconstitucional seguiu o
mesmo entendimento, assim como a doutrina especializada e a jurisprudência
dos Tribunais Superiores brasileiros. Durante a pesquisa ficou destacado o
entendimento doutrinário e jurisprudencial de que a realização de policiamento
ostensivo por parte da guarda civil municipal pode ser caracterizado como
crime de usurpação de função, previsto no Código Penal Brasileiro.
101
INTRODUÇÃO
102
bem como o papel de relevância e os avanços trazidos com tal insti-
tuição, se faz necessário pontuar se tais Instituições podem ou não
realizar policiamento ostensivo, vez que, o próprio texto constitucional,
de forma cristalina, assevera que as GCM são destinadas à proteção
de bens, serviços e instalações das municipalidades.
103
[...] Ora, o art. 144, § 8º, da Constituição Federal atribui aos
guardas municipais a proteção dos bens, serviços e instalações
municipais. Atividades de investigação e policiamento ostensi-
vo, conforme expresso nos demais parágrafos do mesmo artigo,
constituem função das polícias civil e militar. No caso, portanto,
ao receber notícias de tráfico, competia aos guardas acionar os
referidos órgãos policiais. [...] (RE 1281774, Rel. Ministro Marco
Aurélio, DJ 14/08/2020).
104
A hipótese em questão, para fins desta pesquisa, é a de que a
Guarda Civil Municipal de Boa Vista (GCMBV) em tese poderia realizar
o policiamento ostensivo, funcionando, portanto, como uma polícia.
REVISÃO TEÓRICA
105
coletivo, garantindo-se a propriedade e outros direitos indivi-
duais. [...] Polícia. Extensivamente, é o vocabulário empregado
para designar os órgãos ou corporações instituídos pelo Estado
para que exerça o poder de polícia, que lhe é atribuído.
106
Di Pietro (2020, p. 110) define policiamento ostensivo como sen-
do aquele que “objetiva, precipuamente, satisfazer as necessidades
básicas de segurança pública inerentes a qualquer comunidade ou a
qualquer cidadão”.
107
Gasparini (1992, p.48) ao discutir essa temática, nos elucida que:
[...] mesmo que pela sua natureza se pudesse entender a pres-
tação dos serviços de polícia ostensiva e de preservação da
ordem pública como de interesse local, esses não seriam do
Município por força do que estabelece o § 5º do art. 144 da CF,
que de forma clara atribui essas competências à Polícia Mili-
tar. [...] A melhor doutrina, na vigência desses diplomas legais,
orientou-se no sentido da impossibilidade da criação e da ma-
nutenção de serviços de policiamento ostensivo e de preserva-
ção da ordem pública a cargo de guardas municipais.
108
Guarda Municipal de Boa Vista, de forma que a denominação da Guar-
da Municipal de Boa Vista foi alterada, passando a denominar-se Guar-
da Civil Municipal de Boa Vista, conforme inteligência do seu art. 1º.
109
àquelas Guardas, em momento algum, contraria o disposto no § 8º,
do art. 144, da CRFB/88.
110
A GCMBV não pode ser caracterizada
como polícia à luz da legislação, doutrina
e jurisprudência dos tribunais superiores
111
Outrossim, o mesmo STJ manifestou-se diversas vezes no sen-
tido de que as Guardas Municipais não são polícias, dentre as quais:
[...] embora a Guarda Municipal não possua a atribuição de polí-
cia ostensiva, mas apenas aquelas previstas no art. 144, § 8º, da
Constituição da República, sendo o delito de natureza perma-
nente pode ela efetuar a prisão em flagrante e a apreensão de
objetos do crime que se encontrem na posse do agente infrator,
nos termos do art. 301 do CPP. [...] (AgRg no AREsp 1565524/
MS, Rel. Leopoldo de Arruda Raposo, DJ 12/12/2019).
112
Em outra decisão, de relatoria do Eminente Ministro Edson Fa-
chin, nos autos do RE 1019134, o Pretor Excelso entendeu que Guar-
das Municipais não são polícia, afinal:
[...] 1. Não guarda relevância a alegação de violação dos prin-
cípios constitucionais da garantia à vida, à segurança e à inte-
gridade física, eis que o Constituinte delimitou expressamente
as atribuições das Guardas Municipais, de modo que a prote-
ção municipal preventiva não atribui a função de policiamento
ostensivo privativo da Polícia Militar, a quem compete a preser-
vação da ordem pública, independentemente da quantidade
de habitantes do Município. (RE 1264495, Rel. Ministro Edson
Fachin, DJ 28/09/2017).
113
Tal entendimento é sustentado pelo magistério de Meirelles
(2021, p. 429):
A guarda municipal – ou que nome tenha – é apenas um corpo
de vigilantes adestrados e armados para a proteção do patri-
mônio público e maior segurança dos munícipes, sem qualquer
influência e manutenção da ordem pública (atribuição da polícia
militar) ou de polícia judiciária (atribuição da polícia civil).
114
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
115
exercício do poder de polícia. O adjetivo ‘ostensivo’ refere-se à
ação pública da dissuasão, característica do policial fardado e
armado, reforçada pelo aparato militar utilizado, que evoca o
poder de uma corporação eficientemente unificada pela hierar-
quia e disciplina.
116
podem ser caracterizadas como polícia, razão pela qual, deve o gestor
municipal do município de Boa Vista deve zelar para que a GCMBV
cumpra estritamente o que previu a Lei Municipal nº 222/1990 e a Lei
Federal nº 13.022/2014.
117
A atuação por parte da GCMBV dentro de suas atribuições e
competência é essencial para que não haja ofensa ao princípio da
legalidade, contido no art. 37, caput, da CRFB/88, sob pena de que
seus agentes respondam por usurpação de função pública, conforme
inteligência do art. 328, do Código Penal Brasileiro (CPB).
118
Masson (2018, p. 780) assevera que “usurpar o exercício de
função pública é investir-se nela e executá-la indevidamente, arbitraria-
mente, sem possuir motivo legítimo para tanto”.
119
CONSIDERAÇÕES FINAIS
120
Dessa forma, caso determinado Guarda Civil Municipal deixe de
atuar dentro dos ditames da estrita legalidade (art. 37, caput, CRFB/88),
deixando de cumprir a missão constitucional conferida às GCM, extrapo-
lando os limites impostos pela precitada Lei Federal, estará indubitavel-
mente incorrendo na figura típica prevista no art. 328 do CPB.
121
Desta feita, quaisquer ações isoladas adotadas pelas GCM que
importe no desempenho de atribuições conferidas às forças policiais,
como por exemplo, realizar o policiamento ostensivo, será passível,
conforme previsto no Código Penal, de imputação criminal em razão
do cometimento do delito de usurpação de função (CPB, art. 328).
122
ordenamento jurídico brasileiro não há previsão para tal atuação por
parte das GCM.
123
Nesse diapasão, fica cristalinamente demonstrado e compro-
vado que uma GCM não se confunde com uma Polícia, visto que são
instituições que possuem competências e atribuições constitucionais
e infraconstitucionais diferentes, mas que, no entanto, como órgãos do
SUSP, podem e devem atuar de maneira harmoniosa e complementar.
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mai. de 2021.
126
6
Capítulo 6
Resumo:
Este artigo tem por objetivo analisar a importância de políticas públicas para
a terceira idade, na rede cidadania melhor idade, no município de Boa Vista,
Estado de Roraima, bem como a verificação das implementações e efetiva-
ções ocorridas em função de investimentos realizados, nesta área objeto deste
estudo. O artigo apresenta-se primeiramente abordando as concepções de
políticas públicas, buscando entender os sentidos de sua aplicação e uso es-
pecial ao público idoso. O segundo trata da importância de políticas públicas
para a terceira idade: o que são, como se organizam e o que significam. O
terceiro fala da rede cidadania melhor idade no município de Boa Vista/RR,
o que é e o que representa a missão e visão desta instituição, na perspectiva
das políticas públicas voltadas para a terceira idade. Para a realização deste
trabalho foi realizada a pesquisa exploratória, quantitativa, foi feito um estudo
de caso na Rede Cidadania Melhor Idade, através da entrevista semiestrutu-
rada como ferramenta de coleta de dados, o que possibilitou coletar, analisar
e filtrar as informações, correlacionando os registros com as observações e
informações, bem como com os dados de documentos oficiais e literatura
especializada. Os resultados da pesquisa mostraram que a rede cidadania
atenção especial atende às demandas locais do público idoso, conjuntamen-
te, contribuindo com uma mudança na postura dos atores envolvidos, bem
como no monitoramento das políticas públicas sociais que efetivam os direitos
dos idosos de Boa Vista – Roraima.
128
INTRODUÇÃO
129
de uma maior atenção por parte do poder público, exigindo assim
maiores preocupações, elaboração e efetivação de políticas públicas
voltadas para o público idoso, ante a isso investigamos a seguinte
problemática: qual a importância das políticas públicas voltadas para
o público da terceira idade, no município de Boa Vista/RR, na Rede
Cidadania Melhor Idade?
130
A aproximação a esta temática, justifica-se pela necessidade
de um olhar mais específico para o público da melhor idade, visto que
a sociedade contemporânea está envelhecendo e é necessário dar
a importância devida a essa temática que a todos abrange de forma
direta ou indiretamente.
SUMÁRIO
REVISÃO TEÓRICA
Considerações sobre
as Políticas Públicas
131
produção de serviços pelo próprio Estado e em atividades de regu-
lação de outros agentes econômicos. Elas se concretizam por meio
da ação efetiva de sujeitos sociais e de atividades institucionais que
as realizam em cada contexto e condicionam seus resultados. Assim,
os processos de acompanhamento pelos quais são implementadas,
bem como as avaliações de seus impactos sobre o quadro existente,
devem ser feitas de forma permanente.
Concepções
de Políticas Públicas
132
A expressão política pública é utilizada, num sentido amplo,
para indicar a atividade ou o conjunto delas, tendo como re-
ferência o Estado, o qual é responsável pela deflagração das
referidas ações. Sendo papel do Estado, manter através da
aplicação de um conjunto de condições existenciais a ordem
social na sociedade, assegurando assim, através de políticas
públicas uma forma de resolução pacífica de conflitos (MA-
TIAS-PEREIRA, 2009).
133
A partir destas concepções é possível admitir uma clareza teóri-
ca nem sempre corresponde às expectativas das situações concretas,
ou seja, nem sempre ao ser implementada e analisada uma política
pública, com intuito de otimização de seus efeitos ou impactos, as
variáveis condicionais objetivas e pragmáticas podem impor situações
não esperadas, fato que levam a um processo constante de mudan-
ças, ajustes e redefinições na ação política.
SUMÁRIO
As Políticas Públicas para o Idoso é direito de todos o desenvol-
vimento de políticas públicas, para assegurar a dignidade da pessoa
humana, dessa forma se faz imprescindível que o Estado desenvolva
políticas públicas.
134
Na atualidade, essas políticas podem ser consideradas neoli-
berais, posto que o Estado e setor privado são corresponsáveis por
garantir a proteção às pessoas que se consideram idosas. As formas
de respostas contemporâneas à ‘problemática social’ do envelhe-
cimento, mediante reforma das políticas de seguridade social, que
mantém o Estado na proteção social, mas que introduz modificações
substanciais na orientação, na cobertura, no nível dos benefícios, na
qualidade de prestação de serviços, ou normatizando uma política
setorial específica e outros instrumentos de direitos e as iniciativas
diversas da sociedade civil na proteção social aos idosos, financia-
das ou não pelo Estado, são expressões de alterações no formato da
SUMÁRIO proteção social e das ‘novas’ simbioses entre público e privado na
política social (TEIXEIRA, 2008, p. 199).
METODOLOGIA
135
De acordo com Prodanov, Cleber Cristiano (2013), a pesquisa
quantitativa, considera que tudo pode ser quantificável, o que signifi-
ca traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e
analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (per-
centagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de cor-
relação, análise de regressão. Essa forma de abordagem é empregada
em vários tipos de pesquisas, inclusive nas descritivas, principalmente
quando buscam a relação causa-efeito entre os fenômenos e também
pela facilidade de poder descrever a complexidade de determinada
hipótese ou de um problema, analisar a interação de certas variáveis,
compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por
SUMÁRIO grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança,
criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em
maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos
comportamentos ou das atitudes dos indivíduos.
136
A teoria é um conhecimento de que nos servimos no processo
de investigação como um sistema organizado de proposições, que
orientam a obtenção de dados e a análise dos mesmos, e de conceitos
que veiculam seu sentido. (MINAYO, 2000, p. 19).
137
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
138
A população assistida neste espaço são pessoas a partir de 60
anos de idade que gozam de convivência/vínculo familiar e que pos-
suam condições de deslocamento diário para participação nos serviços
oferecidos, de acordo com o horário de funcionamento da unidade.
O CRI – RCMI conta com uma equipe técnica que trabalha para
favorecer o acolhimento à população da terceira idade. Este serviço
integra especialidades da área da saúde, atividades educacionais, es-
portivas, culturais e de lazer. Possui uma estrutura física compatível
para a oferta dos serviços socioassistenciais de proteção básica e pro-
teção especial de média complexidade, de acordo com a Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais.
SUMÁRIO
As atividades desenvolvidas com as pessoas idosas partem do
pressuposto da necessidade uma intervenção interdisciplinar, envolven-
do os profissionais de diversas áreas que poderão conjuntamente con-
tribuir para que o idoso tenha um atendimento integral e articulado nas
áreas de assistência social e promoção da saúde, garantindo lazer, cul-
tura e apoio sociofamiliar, de acordo com as necessidades dos usuários,
visando a melhoria de sua qualidade de vida e integração comunitária.
139
demandas dessa faixa etária e considerar que a vivência em
grupo, as experimentações artísticas, culturais, esportivas e
de lazer e a valorização das experiências vividas constituem
formas privilegiadas de expressão, interação e proteção social
(TIPIFICAÇÃO, 2009, p. 11).
140
independente do idoso; fortalecer os vínculos familiar e comunitário;
reduzir e prevenir situações de isolamento social; promover o acesso
a benefícios, programas de transferência de renda, e outros serviços
socioassistenciais; Promover a saúde da pessoa idosa através de
atividades de lazer, cultura e esporte; Possibilitar a promoção preven-
tiva da saúde através de acompanhamento técnico especializado;
Contribuir para desenvolvimento do protagonismo e as capacidades
do idoso para a realização de ABVD e AIVD, e de autocuidado; Opor-
tunizar discussões, debates e estudos aos profissionais da unidade,
promovendo a discussão científica acerca do envelhecimento e das
questões socioassistenciais que envolvem este tema.
SUMÁRIO
Do atendimento ao público
na Rede Cidadania Melhor Idade,
município de Boa Vista/RR.
141
Portanto, o grau de dependência I permite que o idoso realize as
atividades citadas mesmo que possuam limitações físicas que requei-
ram o uso de tecnologia assistiva, como cadeira de rodas, andadores
e muletas para manter sua independência e capacidade funcional.
142
mínimo de 16 horas, distribuídas entre de 2 e 5 dias por semana, em
um ou dois turnos, conforme a Portaria nº2874 de 30/09/2000.
Do fluxograma de atendimento
ao público na Rede Cidadania Melhor
Idade, município de Boa Vista/RR.
SUMÁRIO
Observou-se, segundo os colaboradores na rede cidadania me-
lhor idade, que apesar da hierarquia entre Direção, Coordenações e
demais servidores, não significa que as decisões não são discutidas
de maneira ampla e democrática e mesmo com o Fluxograma se apre-
sentando de forma vertical, abaixo das coordenações, não existe hie-
rarquia entre os servidores, considerando que as funções e os saberes
são complementares.
143
Figura 1 – CRI - RCMI
SUMÁRIO
144
idosos que participam do CRI, estima-se que mais de 2.000 idosos
sejam beneficiados, com: melhora na socialização e formação de vín-
culos sociais, podendo se configurar em suporte comunitário posterior,
uma vez que os vínculos transcendem o espaço institucional; melhora
em componentes e habilidades fundamentais para a manutenção da
funcionalidade e independência dos idosos, entre os quais: equilíbrio,
coordenação motora global e fina, força muscular, amplitude de movi-
mento, atenção, concentração, memória e aprendizagem.
145
Valorização do idoso e consequente melhora da autoestima
através da divulgação de suas produções, apresentações culturais de
dança, coral e violão para a comunidade, comprovando a capacidade
de aprendizagem e estímulo a novos planos e projetos de vida.
Do monitoramento e avaliação,
das políticas públicas implantadas
na Rede Cidadania Melhor Idade,
município de Boa Vista/RR.
146
sua família na rede de Proteção Social Básica e Especial, tendo em
vista que o Projeto Pedagógico é um processo que demanda avaliação
contínua e espaços de trocas entre todos os segmentos envolvidos.
Desafio, segundo ela, que terá de considerar na continuidade dos tra-
balhos, construindo propostas sistemáticas de avaliação do trabalho
que vem sendo desenvolvido e da articulação entre as atividades e
destas com as diretrizes do projeto pedagógico.
147
As reuniões mensais entre todos os servidores também cons-
tituem espaços de discussões e reavaliações contínuas dos serviços
prestados na Unidade.
148
Os pontos preocupantes apontados pelos colaboradores foram
a questão de mudanças na equipe de gestores, quebrando a continui-
dade de algumas ações já implementadas, acarretando o não cumpri-
mento total das políticas públicas já elaboradas e personalizadas para
a rede cidadania melhor idade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
149
serem superados existem e novos surgirão sempre, no entanto, inte-
resse, disponibilidade e dedicação são características principais dos
servidores que compõem a equipe do CRI, que juntamente com os
idosos autônomos e participativos são capazes de planejar e executar
ações diversas a fim de garantir a expansão quantitativa e qualitativa
do serviço, promovendo a qualidade de vida e a proteção social neces-
sária à população idosa deste Estado.
150
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152
7
Capítulo 7
Gestão urbana:
uma revisão bibliográfica
sobre a importância
do Plano Diretor Municipal
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.7
SUMÁRIO
Resumo:
Esse trabalho tem como objetivo revisar bibliografias sobre a importância do
plano diretor para os municípios, e justifica tal pesquisa, pois muitas cidades
enfrentam dificuldades no controle do desenvolvimento espacial por não ter
uma gestão adequada com base em diretrizes e instrumentos específicos de
gestão urbana, diante dessa problemática é fundamental entender a realidade
local para ser possível planejar adequadamente a gestão da expansão muni-
cipal. Para o desenvolvimento metodológico, optou-se por uma pesquisa de
natureza qualitativa/ descritiva por meio de consultas bibliográficas na base
dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Google Acadêmico e sites es-
pecializados na temática. Neste trabalho serão apresentadas reflexões sobre
a importância e eficácia do plano diretor, como ferramenta de planejamento
urbano, mencionando suas características e surgimento, bem como seu pro-
cesso de elaboração e ressaltando a importância da participação comunitária
na sugestão de propostas significativas que representem os anseios econômi-
co e sócio ambiental da sociedade.
154
INTRODUÇÃO
155
de assegurar o bem estar de seus habitantes garantindo a participa-
ção da população em todas as etapas de elaboração do plano diretor
e nesse contexto corroborar a sua importância no fortalecimento da
política de desenvolvimento da esfera municipal.
METODOLOGIA
156
(ScientifC Eletronic Library Online) e Google Acadêmico, e como fonte
secundária os livros da área de gestão urbana. Segundo Marconi e
Lakatos (2003, p.183) esse tipo de pesquisa “abrange toda bibliografia
já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, te-
ses, materiais cartográficos, etc.”.
157
REVISÃO TEÓRICA
Histórico da Política
Urbana no Brasil
158
Decretos-Leis que tratavam sobre o acesso à terra e à moradia como a
desapropriação, o loteamento e a proteção do inquilino. No fim dessa
época, surgiu um movimento que defendia a Reforma Urbana como
meio para a justiça social na cidade exaltando o direito à moradia.
159
o aprofundamento do fosso que separa o mercado imobiliário legal
daqueles que não têm acesso a ele” (MARICATO, 2008, p. 96).
160
Dentre as inovações do Estatuto da Cidade está à obrigatorie-
dade da elaboração de um plano diretor participativo para as cidades
com mais de 20 mil habitantes, municípios integrantes de regiões me-
tropolitanas e aglomerações urbanas, ou integrantes de áreas de es-
pecial interesse turístico e localidades inseridas nas áreas de influência
com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
O Plano Diretor
161
preservando o caráter municipalista, a centralidade do plano diretor
como instrumento básico da política urbana e a ênfase na gestão de-
mocrática (CARVALHO, 2001). A propriedade urbana cumpre sua fun-
ção social quando atende às exigências fundamentais de ordenação
da cidade contidas no plano diretor.
162
Principais características
do Plano Diretor
6. Criação: são três frentes que levarão à diante sua criação, o po-
der executivo (prefeitura municipal), o poder legislativo (câma-
ra dos vereadores) e a população. É necessária a participação
efetiva da população, para que o plano diretor seja feito com a
realidade do município, de tal forma que, tenham expectativas
de melhorias;
163
9. Revisão: a partir da sua implementação e planejamento estratégi-
co, o plano deverá ser sempre revisado, por pelo menos, a cada
dez anos, porém deve ser algo que venha a trazer benefícios para
o município, automaticamente para todos os cidadãos;
164
O princípio da função social do município pressupõe que as
medidas estabelecidas no plano diretor devem equilibrar o desenvol-
vimento econômico e o desenvolvimento humano e social da cidade.
Neste sentido, o plano diretor teria como objetivo reduzir a desigual-
dade e a exclusão no espaço urbano e promover a justiça social e a
qualidade de vida dos habitantes da cidade.
SUMÁRIO Art. 2. A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno de-
senvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais. VI – ordenação
e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilização ina-
dequada dos imóveis urbanos; b) a proximidade de usos in-
compatíveis ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a
edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à
infraestrutura urbana; d) a instalação de empreendimentos ou
atividades que possam funcionar como polos geradores de
tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente; e)
a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua
subutilização ou não utilização; f) a deterioração das áreas ur-
banizadas; g) a poluição e a degradação ambiental. (BRASIL,
2001, art. 2º, inciso VI).
165
Alguns municípios que elaboraram o plano diretor não o colocaram em
prática. A efetiva materialização do plano diretor depende de políticas
públicas. Estas, por sua vez, dependem da capacidade de mobiliza-
ção dos diversos atores sociais: ONGs, movimentos sociais, sindica-
tos, legislativo e executivo.
Processos de elaboração
SUMÁRIO do Plano Diretor e relevância
da participação comunitária
na sugestão de propostas
166
Após a legitimidade do Estatuto uma nova concepção de plano
diretor passou a ser aplicada, embasada na gestão participativa evi-
denciando a importância da formulação de políticas urbanas pautadas
na participação social, com avanços na adoção de iniciativas inclusivas
e dialogadas no planejamento territorial, de modo a fortalecer a gestão
democrática, a promoção do direito de uso e apropriação e sua função
social. Proporcionando o “[...] respaldo jurídico para planejamento e
gestão democráticos das cidades [...]” (ANTONELLO, 2013, p. 242).
167
diretor seja compartilhada entre o Poder Público e a sociedade civil.
Todos os setores sociais devem ter representantes no Núcleo Gestor,
pois é nessa etapa que se determina a hierarquia das ações que serão
realizadas, e consequentemente as agendas de desenvolvimento prio-
rizando os aspectos mais relevantes.
168
é um dos principais fatores de insucesso de planos, programas e pro-
jetos que, segundo Cornelly (1980, p. 30), “[...] mesmo os tecnicamen-
te mais sofisticados, correm o risco de dormir um sono plácido nas
prateleiras ou atender apenas exigências de governos centralizados”.
169
currais eleitorais, e viabiliza a obtenção de equipamentos e infraestru-
tura, para aqueles que estão à margem da lei.
170
existisse antes do Estatuto da Cidade, suas formas de elaboração fo-
ram aprimoradas, evoluindo de um formato mais burocrático e tec-
nocrático para uma prática com ampla participação da população e
atuação da sociedade civil organizada, especialmente dos movimen-
tos sociais envolvidos com a reforma urbana.
171
CONSIDERAÇÕES FINAIS
172
Diante de todo estudo fica como sugestões para futuros tra-
balhos, desenvolver pesquisas empíricas, com abordagem qualitativa,
analisando como as prefeituras municipais têm tratado e desenvolvido
os seus planos diretores. Propor a partir de informações científicas e
outras pesquisas, um plano diretor municipal para a cidade de Rorai-
nópolis/RR, que embora tenha população acima de 20 mil habitantes
e ainda não possui um plano definido e aplicado, comprometendo as-
sim o aprimoramento da gestão territorial do município, e deixando
de cumprir as diretrizes da Lei Federal nº 10.257, de julho de 2001,
denominada Estatuto da Cidade.
SUMÁRIO
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SUMÁRIO
175
8
Capítulo 8
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.8
SUMÁRIO
Resumo:
A gestão pública é fundamental para a sustentabilidade ambiental no mundo
e no Brasil, as profundas mudanças na condução de suas políticas públicas,
tanto pela situação econômica presente quanto pela maior atuação da socie-
dade, têm gerado impactos significativos na vida de todos. As ações propos-
tas e realizadas por gestores públicos, independentemente de sua esfera de
governo e da sua natureza, têm impactado na forma como os órgãos públi-
cos atendem ou não os interesses sociais. A atual conjuntura socioeconômica
brasileira e a roraimense, em particular, indica a imprescindibilidade de uma
gestão pública voltada para resultados, cuja análise das necessidades sociais
traduz uma nova e relevante perspectiva voltada para a qualidade da presta-
ção dos serviços públicos. Diante do exposto, o presente estudo buscou anali-
sar as ações e políticas governamentais realizadas pela Prefeitura Municipal de
Boa Vista - RR no âmbito da gestão ambiental, no quadriênio 2017-2020. Por
meio desta pesquisa busca-se contribuir para o aperfeiçoamento da gestão
pública na área ambiental de Boa Vista, oportunizando um aprofundamento na
atuação e nos resultados alcançados para os gestores públicos, levando aos
órgãos de fiscalização, aos estudantes e profissionais da área, e a sociedade,
informações sobre a efetividade das políticas públicas implementadas no âm-
bito da gestão ambiental entre os anos de 2017 e 2020.
177
INTRODUÇÃO
178
ambiental assumem o papel complementar de pressionar e regular os
recursos naturais. Para isso, as ferramentas de mensuração do desem-
penho ambiental da gestão pública são de fundamental importância
(AUGUSTO; BRANCO, 2003).
179
No Brasil, a administração pública tem se debatido com pro-
fundas mudanças na condução de suas políticas públicas, tanto pela
situação econômica presente quanto pela cada vez maior atuação da
sociedade, gerando impactos significativos na vida de todos. As ações
propostas e realizadas por gestores públicos, independentemente de
sua esfera de governo e da sua natureza, têm impactado na forma
como os órgãos públicos atendem ou não os interesses sociais.
180
A mensuração periódica de determinantes ambientais das cida-
des pode auxiliar na elaboração de leis, metas e estratégias de ações
públicas, no fortalecimento de organizações comunitárias e ambientalis-
tas e no aprimoramento dos serviços públicos. Assim, a disseminação
de informações sobre indicadores ambientais de cidades pode se cons-
tituir em uma importante ferramenta de incentivo aos governos, cidadãos
e entidades no esforço pela transformação social e busca por soluções
direcionadas ao desenvolvimento sustentável e à saúde pública.
REVISÃO TEÓRICA
181
públicos uma nova postura em relação ao processo de conservação
ambiental. E nesse contexto, a evolução das cidades rumo ao desen-
volvimento saudável e equilibrado exige da gestão municipal resultados
positivos e constantes na dimensão ambiental. Preservar a amplitude
e a qualidade dos recursos ambientais para as próximas gerações e
conservar a biodiversidade e os sistemas de suporte à vida humana são
preocupações que não podem faltar em nenhum programa de governo.
182
Indicadores de desempenho
183
Corroborando com o pensamento explanado alhures, Martins
(1998) cita que “medir, avaliar o desempenho e tomar decisões com
base nessas informações são atividades importantes de um sistema
de gestão”, ou seja, é fundamental que o sistema de medição de de-
sempenho dê suporte para que ações sejam tomadas. Também é
necessário que o processo de medição seja sistemático, pois “quan-
do essa (a medição de desempenho) é feita de forma circunstancial,
pontual e isolada, pode levar a decisões equivocadas e gerar muita
confusão e entropia ao ser utilizada como mecanismo de punição ou
de reconhecimento” (BORTOLIN et al, 2006).
184
d) contribuir para o processo de desenvolvimento organizacio-
nal e de formulação de políticas de médio e longo prazos;
185
mensurar as condições e as tendências ambientais com vistas ao de-
senvolvimento sustentável. Para Fiori e Montaño (2007), os indicado-
res ambientais devem possuir capacidade de síntese, alicerçados em
informações confiáveis de modo a poderem ser comparados. Além
disso, devem apresentar a capacidade de permitir relacionar os pro-
blemas com as políticas ambientais a serem definidas, sendo com-
preensíveis pela maior parte de seus usuários.
186
A partir desta avaliação é possível identificar oportunidades
de melhoria, avaliar os riscos, revisar metas e objetivos, co-
municar às partes interessadas e ainda ser fator de alto peso
na tomada de decisão da alta gerência das empresas (FIORI;
MONTAÑO, 2007).
187
METODOLOGIA
188
devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”
(MARCONI; LAKATOS, 2012, p. 98).
189
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
190
Nesta pesquisa, utilizou-se dados e informações contidos nas
respostas do questionário do IEGM, que anualmente é aplicado pelo
Tribunal de Contas de Roraima junto aos gestores da Secretaria Muni-
cipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente – SPMA. À vista disso, a
Lei Ordinária nº 1.756, de 20 de dezembro de 2016 (BOA VISTA, 2016),
que definiu a nova estrutura administrativa do Poder Executivo do mu-
nicípio de Boa Vista, estabeleceu em seu artigo 29, dentre outras, as
seguintes competências para a SPMA:
I - […] - Elaborar, monitorar propostas, projetos, ações e polí-
ticas públicas relativas à questão ambiental no Município, bem
como definir critérios e padrões de uso dos recursos naturais;
191
empresa privada, que seguem um calendário pré-determinado para
recolhimento do lixo urbano, nos bairros da cidade, sendo tais resíduos
destinados ao aterro sanitário, que atende a distância mínima dos nú-
cleos populacionais exigida pela norma, que é de 500 metros. Porém,
não foi implementada a coleta para resíduos recicláveis.
192
Para os períodos de estiagem, que em Roraima vai dos meses
de outubro a março, o contingenciamento é feito por meio de ações de
combate às queimadas, e quanto a provisão de água potável e de uso
comum para a rede municipal de ensino e Unidades Básicas de Saúde
– UBS, todas possuem cisterna, caixas d’água ou reservatórios próprios.
Entretanto, no quadriênio em análise, não foi elaborado um plano emer-
gencial com ações para fornecimento de água potável à população em
caso de sua escassez. Importa destacar que o município de Boa Vista
não apresentou nenhuma análise de água, no período de 2017 a 2020.
Gestão Ambiental
Prefeitura Municipal de Boa Vista
C+ C+ C+
Avaliação pelo IEGM
193
O mau desempenho da gestão ambiental alcançado pela prefei-
tura da capital está alicerçado na ausência de ações importantes para
garantir a manutenção do meio ambiente equilibrado, como ainda não
ter implementado a coleta para resíduos recicláveis e que a munici-
palidade ainda não definiu uma área adequadamente preparada para
destinação de resíduos da saúde, o que aumenta o risco de contami-
nação ambiental.
194
CONSIDERAÇÕES FINAIS
195
E apesar da pandemia de Covid-19, que foi um fator limitante
para o contato direto com boa parte dos gestores integrantes do sis-
tema de gestão ambiental do município e para o aprofundamento das
pesquisas, já no mês de maio de 2021 a Prefeitura de Boa Vista fez
reuniões, apresentando o seu Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos, com intuito de sensibilizar o empresariado local para ado-
ção de práticas ambientalmente sustentáveis, por meio do sistema de
gestão sustentável de resíduos sólidos urbanos.
196
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200
9
Capítulo 9
Planejamento
governamental municipal:
uma análise do Plano Plurianual
2018-2021 das demandas de saúde
pública no município de Boa Vista-RR
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.9
SUMÁRIO
Resumo:
O planejamento é uma das funções essenciais de Estado, por meio dele que
se define as ações governamentais e o rumo que se deseja para o país, em um
ambiente escasso de recursos. Ao instituir diretrizes, objetivos e metas para
administração pública formam um plano que em conjunto com os aspectos
políticos e técnicos formulam as políticas públicas. A pesquisa objetiva por
meio de uma análise do PPA 2018 – 2021 do município de Boa Vista, referente
aos exercícios 2018 – 2020, avaliar as ações traçadas, bem como as articu-
lações das metas financeiras realizadas para a concretização dos objetivos
estabelecidos. Para realização desse estudo, utilizou-se a pesquisa descritiva,
combinada com um levantamento bibliográfico, que permitiu a coleta de infor-
mações e dados que ajudaram nas conclusões acerca do problema. O resul-
tado alcançado foi a verificação da efetividade das demandas da saúde, de
forma que impactaram o PPA com duas revisões, das quais foram necessárias
para atender as demandas da sociedade.
202
INTRODUÇÃO
203
programas e ações definidas para aquele período, com relação às de-
mandas da sociedade, sejam elas sobre educação, saúde, segurança,
enfim todas as necessidades por serviços.
204
REVISÃO TEÓRICA
Gestão Pública
205
Santos (2015, p. 15), conceitua gestão sendo, uma arte de pla-
nejar, organizar, coordenar, comandar e controlar assuntos de interes-
se coletivo por meio da mobilização de estruturas e recursos de Esta-
do. Garante o bem-estar da comunidade, mantendo os bens e serviços
públicos dos quais tem demandas.
Planejamento Governamental
206
décadas foi conduzida com experiências e instrumentos de planeja-
mento muito pobres. Isso se deve a diferentes fatores que combina-
ram com cidadãos e a agentes públicos pouco familiarizados com o
processo de planejamento, o que traduziu em dificuldades de entender
os problemas de gestão, baixa eficiência no uso dos recursos, pouca
eficácia das soluções adotadas, falta de efetividades das ações gover-
namentais e desperdício de tempo, esforço humano e recursos.
Orçamento Público
207
enfrentamento das questões, bem como o montante de recursos des-
tinados para realização dessas estratégicas (SANTOS, 2015).
208
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
209
aprovação de créditos adicionais) que costumam ocorrer ao longo do
exercício financeiro (Manual Técnico do Plano Plurianual do Governo
Federal 2020-2023, 2020).
210
Em 1990 é dada a criação do Sistema Único de Saúde por meio
da Lei nº 8080 que dispõe o conjunto de ações e serviços de saúde,
prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da Administração direta e indireta e das fundações man-
tidas pelo Poder Público. Segundo a CF/88 a forma de financiamento
do sistema de saúde é com recursos do orçamento da seguridade
social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes.
211
hierarquizadas do SUS; prestar apoio técnico e financeiro aos Municí-
pios; como também apoiar em caráter suplementar a política de insu-
mos e equipamentos para a saúde. E ao Município compete: planejar,
organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e como
gerir e executar os serviços de saúde; participar do planejamento, pro-
gramação e organização da rede regionalizada do SUS, em articulação
com a direção estadual; e dentre outras competências.
212
METODOLOGIA
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
213
dos programas relacionados à saúde municipal, objetivo da análise,
não sendo possível se estender nos demais itens que compõem um
programa, uma vez que o trabalho ficaria muito extenso.
Objetivo: Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, atendendo aos
princípios e diretrizes do SUS, com foco na humanização, equidade e no atendimento das necessi-
dades de saúde, aprimorando a política de atenção básica, especializada, ambulatorial e hospitalar.
EXERCÍCIO - METAS FINANCEIRAS
AÇÃO TOTAL
2018 2019 2020 2021
2091 – Construção, Ampliação, Reforma e Aquisição de Equipamentos e Material.
VALOR
31.289.371,00 42.335.629,00 18.554.000,00 8.278.457,00 100.457.457,00
(R$)
TOTAL DO PROGRAMA 100.457.457,00
214
houve uma atualização reduzindo o valor para R$ 23.712.028,26 ( vinte
e três milhões, setecentos e doze mil, vinte e oito reais e vinte e seis
centavos), ao atendimento do programa e foram pagos neste exercício
apenas R$ 2.678.839,13 (dois milhões, seiscentos e setenta e oito mil,
oitocentos e trinta e nove reais e treze centavos) na construção, amplia-
ção, reforma e aquisição de materiais permanentes.
215
Quadro 2 – Programa 0033: Gestão da Atenção Básica
216
No ano de 2019, o valor estimado foi de R$ 39.814.490,00 (trin-
ta e nove milhões, oitocentos e quatorze mil, quatrocentos e noventa
reais), e durante sua execução houve uma suplementação de recursos
de R$ 12.262.641,74 (doze milhões, duzentos e sessenta e dois mil,
seiscentos e quarenta e um reais e setenta e quatro centavos), com
valores pagos de R$ 51.079.012,52 (cinquenta e um milhões, setenta e
nove mil, doze reais e cinquenta e dois centavos).
217
Quadro 3 – Programa 0034: Gestão da Assistência de Média
e Alta complexidade Ambulatorial e Hospitalar
218
No programa 0034, a maior parte dos recursos está destinado
também a atender a folha de pagamento, seguida da ação 2098 –
Gestão da Assistência Hospitalar e Ambulatorial conforme mostra o
quadro, que somadas representa 94,82% do total do programa. Os
valores pagos com esse programa, divide-se também em passagens
e despesas com locomoção, concessão de auxílio financeiro a pessoa
física, pagamento de vencimentos e vantagens, serviços de terceiros
de pessoa jurídica, materiais de consumo, aquisição de equipamentos
e materiais permanentes e o pagamento de processos de exercícios
anteriores e devolução de recursos.
Objetivo: Fornecer medicamentos para as áreas fins para realização de ações de prevenção, diag-
nóstico, tratamento e reabilitação dos pacientes do município de Boa Vista.
EXERCÍCIO - METAS FINANCEIRAS
AÇÃO TOTAL
2018 2019 2020 2021
2103 – Manutenção e Melhoria dos Serviços de Assistência Farmacêutica no Âmbito da
Atenção Básica.
VALOR (R$) 5.800.000,00 6.434.985,00 5.634.985,00 7.416.065,00 25.286.035,00
VALOR DO PROGRAMA 25.286.035,00
Fonte: Adaptado (2018, Lei Municipal nº 1840, que institui o PPA
2018-2021 e revisões Lei nº 1.949/2019 e Lei nº 2.068/2019.
219
(quatro milhões, duzentos e setenta e quatro mil, cento e setenta e dois
reais e setenta e dois centavos).
220
Quadro 5 – Programa 0036: Gestão da Vigilância em Saúde
221
Vale destacar, que por meio da Lei nº 2083 de 21 de dezembro
de 2020, publicada no Diário Oficial do Município de Boa Vista nº 5284,
foi incluída uma nova ação na Secretaria Municipal de Saúde no PPA
2018 - 2021, essa nova ação tem como objetivo o enfrentamento da
Emergência COVID-19. A ação 2271 foi instituída tendo como valor desti-
nado no ano de 2020 de R$ 36.010.285,35 (trinta e seis milhões, dez mil,
duzentos e oitenta e cinco reais e trinta e cinco centavos), e foram pagos
apenas R$ 27.697.733,26 (vinte e sete milhões, seiscentos e noventa e
sete reais, setecentos e trinta e três reais e vinte seis centavos).
222
CONSIDERAÇÕES FINAIS
223
de 2020, porém ao fazer a consulta no site da Câmara Municipal de
Boa Vista, não foi localizado a aprovação deste até a presente data.
REFERÊNCIAS
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SUMÁRIO
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BOA VISTA, Secretaria Municipal de Saúde. Relatório de Gestão exercício
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SMSA-2019.pdf. Acesso em: 27 abr. 2021.
225
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226
10
Capítulo 10
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.10
SUMÁRIO
Resumo:
Uma nova doença que surgiu na cidade de Wuhan na China, o vírus COVID-19,
atravessou o continente e mudou o convívio social, necessitando que medi-
das drásticas como isolamento social e uso da máscara fosse usado como
métodos para conter a contaminação. Em meio ao isolamento social houve
a necessidade de instaurar medidas de proteção social para amenizar a cri-
se econômica e garantir o mínimo necessário para a subsistência das famí-
lias sem nenhum tipo de renda. Instituído pelo poder legislativo através da lei
13.982/2020 o Auxílio Emergencial, tem como principal característica, suprir
as necessidades básicas das famílias mais pobres. A partir de uma pesquisa
de campo por amostragem, o presente artigo tem como objetivo principal,
analisar as dificuldades de acessos encontradas e a importância do auxílio
emergencial, para os brasileiros e imigrantes venezuelanos que recebem ou
não o bolsa família, que se encontram especificamente na cidade de Boa Vista,
Estado de Roraima. Trata-se de um estudo, onde foi escolhido por critério de
conveniência (facilidades de acesso às informações), com método de coleta
de dados a partir de um questionário estruturado com perguntas fechadas.
De encontro com o objetivo principal do artigo, foi traçado duas questões de
pesquisa: Quais as dificuldades encontradas no acesso ao Auxílio Emergen-
cial? Qual a importância do auxílio emergencial aos brasileiros e imigrantes
venezuelanos que se encontram em Boa Vista/RR? Espera-se que o resultado
da pesquisa demonstre os principais desafios enfrentados por essa população
para acessar o auxílio emergencial.
228
INTRODUÇÃO
1 https://www.gov.br/acolhida/historico/
229
A necessidade de isolamento e ao mesmo tempo tentar se man-
ter no mercado de trabalho foi muito preocupante para todos, com o
aumento dos preços de itens necessários para prevenção como más-
cara facial e álcool em gel, onde muitos perderam seus empregos,
empresas fecharam e temos um governo sem capacidade de gestão,
onde o Presidente ao ser questionado por uma repórter sobre o re-
corde de mortes notificadas diariamente responde: “E daí? Lamento.
Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagres”,
disse em referência ao seu nome2.
2 https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2020/11/11/pais-de-maricas-9-frases-de-
-bolsonaro-sobre-pandemia-que-matou-162-mil-pessoas-no-brasil.htm
3 Usuário – cidadão que utiliza os serviços ofertados pela Assistência Social.
230
com os usuários acessarem o sistema, mesmo se expondo em tempos
de pandemia. Mas que tinham a grata satisfação de ver seu trabalho
sendo contemplado pelos que mais necessitavam.
SUMÁRIO
REVISÃO TEÓRICA
Garantia de Direitos
231
se existe alguma alteração na fase do seu desenvolvimento, caso ocorra
alguma alteração imediatamente e comunicado ao setor responsável
pelo bolsa família no município e tomada todas as providências neces-
sárias. O programa tem como objetivo garantir o mínimo para que uma
família tenha acesso básico a uma alimentação adequada.
232
Técnica – relaciona-se à avaliação sobre o grau de efetividade
das ações.” Nessa dimensão o exercício do controle social não
se limita nem se confunde com a apreciação de prestações de
contas, sobretudo, em sua dimensão contábil” (Campos; Ma-
ciel; Silva, 2015, p.8).
Uma nota técnica foi feita em conjunto por 162 organizações e mo-
vimentos que compõem a Renda Básica que queremos e encaminhada
a todos os parlamentares. O qual descreve os principais obstáculos para
implantação e o devido acesso à Plataforma do Auxílio Emergencial.
233
Conforme INESC (2020). Os principais obstáculos observados
na implementação da Renda Básica Emergencial:
1. A negativa do auxílio sem justificativa válida, não pediram
outros documentos comprobatórios;
234
16. A publicação de uma nova portaria junto à segunda parcela
do auxílio que traz barreiras ao acesso;
Financiamento do SUAS
235
Depois de alguns anos, tal financiamento passou a ser descentra-
lizado, planejado e continuado, estruturado por pisos de financiamen-
to para serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais
visando a garantia da proteção social. Após a implantação do SUAS
veio a obrigatoriedade de criação e funcionamento dos Fundos de
Assistência Social para o recebimento de recursos federais e estaduais,
possibilitando assim a implementação de um sistema informatizado de
repasses regulares e automatizados de recursos sem que houvesse a
necessidade de acordos, convênios, ajustes ou contratos.
236
Financiamento
do Auxílio Emergencial
237
Usualmente o Tesouro emite títulos para fazer frente ao financia-
mento dos gastos com infraestrutura, tendo em vista que as receitas
geradas ao país pela nova infraestrutura serão suficientes ao longo do
tempo para pagar os juros e amortizar a dívida contraída.
238
Os pagamentos foram divididos em três calendários de paga-
mento, sendo um para os beneficiários que recebem o Bolsa Família;
um segundo para os inscritos no Cadastro Único que não recebem o
Bolsa Família e mulheres chefes de família; e um terceiro para quem
se inscreveu para receber o Auxílio Emergencial através do aplicativo
ou do site do programa, dividido em lotes.
239
• quinta parcela - foi depositada em poupança social da Cai-
xa, conforme calendário próprio e observando o mês de
nascimento dos beneficiários.
METODOLOGIA
240
A pesquisa é caracterizada como pesquisa de campo, escolhi-
da por critério de conveniência e facilidade de coleta de dados (GIL,
2007), tendo como objeto de pesquisa entrevistar brasileiros e vene-
zuelanos, que se encontram atualmente na cidade de Boa Vista, Esta-
do de Roraima. A partir do objetivo principal, as questões de pesqui-
sa levantadas são: Quais as dificuldades encontradas no acesso ao
Auxílio Emergencial? Qual a importância do auxílio emergencial aos
brasileiros e imigrantes venezuelanos que se encontram em Boa Vista/
RR? Dessa forma colabora com as descobertas feitas no decorrer dos
estudos, trazendo também questionamentos que ainda não foram le-
vantados. É caracterizado pela empiria e pela sistematização progres-
SUMÁRIO siva do conhecimento até a compreensão lógica interna do grupo ou
do processo estudado (TURATO, 2005).
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
241
e cinco venezuelanos), e se observou a importância de apresentação
dos gráficos para melhor visualização do contexto local e a percepção
quanto à necessidade que aproximam as pessoas, que mesmo com
hábitos, cultura e idiomas diferentes têm muito em comum quanto às
suas necessidades e prioridades básicas, e que mesmo enfrentando as
adversidades conseguem superar obstáculos para acessar o benefício.
Caracterização do acesso
ao Auxílio Emergencial
242
Gráfico 1 – Gênero dos entrevistados
SUMÁRIO
243
Gráfico 2 – Acesso ao Programa
SUMÁRIO
244
ultrapassam o valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) que é o valor re-
ferente pago ao Auxílio Emergencial, sendo possível identificar nesta
pesquisa realizada por amostragem que muitos brasileiros e imigran-
tes venezuelanos que estavam dentro dos critérios de condicionalida-
des do programa deixaram de receber o Auxílio Emergencial por não
possuir um equipamento adequado.
245
Já o Gráfico 4 revela que embora recebam o auxílio emergen-
cial, brasileiros e venezuelanos buscaram fazer a complementação da
renda. O gráfico 4 mostra que 37,9% dos brasileiros têm algum tipo
de renda e que 62,1% não tem nenhuma renda, enquanto entre os
imigrantes venezuelanos esse número é muito maior, somente 11,1%
tem alguma renda e 88,9% não possui nenhuma renda.
SUMÁRIO
246
venezuelanos 40% souberam por contato pessoal, 40% pela internet,
15,6% televisão e 4,4 % por rádio, não houve por parte dos imigrantes
acesso por jornal. Os dados demonstram que a informação aos imi-
grantes foi pela internet e por contato pessoal, enquanto que para os
brasileiros foi através da televisão e internet.
SUMÁRIO
247
esse comparativo demonstra o percentual próximo entre brasileiros e
venezuelanos quanto ao acesso ao programa.
SUMÁRIO
248
Ocorre que mesmo recebendo mediante a uma conta digital que era
o objetivo do programa para não haver aglomeração nas agências,
verifica-se que a maioria dos imigrantes aguardavam a liberação do
saque enfrentando longas filas para retirar diretamente do recurso na
agência credenciada.
SUMÁRIO
249
imigrantes venezuelanos 86,2% foi para ajuda na alimentação e 13,8%
para pagamento de contas.
SUMÁRIO
250
tiveram dificuldade, 28,9% falta de acesso a internet, 11,1% dificulda-
de para completar o cadastro, 8,9% não cumpriu com os critérios do
programa, 4,4% não soube como acessar as ferramentas da internet e
2,2% por falta de equipamento tecnológico para acessar o programa.
SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
251
para os brasileiros e imigrantes venezuelanos que recebem ou não o
bolsa família, e que se encontram especificamente na cidade de Boa
Vista, Estado de Roraima.
252
É possível atender a todos de forma a buscar a isonomia, com
soluções simples de maneira a amenizar o sofrimento de perdas cau-
sado tanto pela pandemia quanto pela necessidade de um prato de
comida. A longa caminhada de muitos imigrantes e as necessidades
dos brasileiros neste momento de isolamento social se converge prin-
cipalmente na busca, pelo emprego e exercício da profissão, para sub-
sistência e da necessidade básica, que é a alimentação.
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SUMÁRIO
254
11
Capítulo 11
Planejamento Participativo na
Estratégia Saúde da Família (ESF):
estudo de caso da aplicabilidade
do método MAPP na UBS São Vicente
no município de Boa Vista/RR
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.11
SUMÁRIO
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo principal analisar a utilização do MAPP
(Método Altadir de Planejamento Popular) através de intervenção aplicada em
Oficinas de Planejamento Participativo, ocorridas junto às Equipes de Estraté-
gia da Saúde da Família (ESF) da Unidade Básica de Saúde São Vicente no
município de Boa Vista/RR. Promoveu-se uma Oficina para cada Equipe, apre-
sentando o MAPP como facilitador do processo de Planejamento Participativo;
e detalhou-se a Oficina realizada, refletindo sobre a viabilidade da discussão
e formas de solução dos problemas existentes. A metodologia utilizada foi a
qualitativa do tipo exploratório-descritivo. Foi escolhida a pesquisa-ação aliada
ao estudo de caso com a aplicabilidade mista de observação participante e le-
vantamento através de um inquérito por questionário. Os resultados superaram
as expectativas de aceitação do MAPP, pela sua simplicidade, porém, potencia
na identificação dos problemas na gestão da saúde básica, sendo cogitada a
sua utilização nas próximas reuniões de planejamento das equipes.
256
INTRODUÇÃO
257
se envolvessem na busca de soluções e não apenas fossem os exe-
cutores dos protocolos. Não raro se dá mais visibilidade às unidades
hospitalares e suas equipes, encabeçadas por médicos e enfermeiros,
e ressalta-se a média e a alta complexidade em detrimento da atenção
básica. No entanto, não menos importantes, estão os profissionais da
Atenção Primária, que auxiliam na identificação e no cuidado das en-
fermidades, além de sua colaboração na prevenção e promoção da
saúde. A relevância da Estratégia Saúde da Família (ESF) consiste na
aproximação entre as famílias de uma base territorial definida e os ser-
viços de saúde. Algumas questões, portanto, inquietam: Por que então
deixá-los de fora do planejamento de saúde? Por que não os incluir na
SUMÁRIO elaboração de estratégias inerentes à saúde básica?
258
envolvidos. Com isso, a direção fica mais transparente e o engajamen-
to mais promissor, pois todos saberão o caminho a seguir, aumentan-
do o desempenho organizacional.
259
REVISÃO TEÓRICA
Modelos de Gestão
260
A Gestão Participativa
na área da saúde
261
Método ALTADIR
de Planejamento Popular (MAPP)
262
A Atenção Básica
263
A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da
atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema
Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores es-
taduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação
e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorienta-
ção do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar
os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de
ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das
pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante re-
lação custo-efetividade (BRASIL, s.d., p. 1).
264
• ESF 2.3: médicx, enfermeirx, técnicx de enfermagem, sete agen-
tes comunitários de saúde; e
A contribuição
dos profissionais da ESF
265
No caso dos profissionais das Equipes ESF, em contato mais
próximo com as mazelas da sociedade, a intervenção torna-se cirúrgi-
ca, pois os mesmos conhecem a população da área que lhes foi con-
fiada, e encontrarão a melhor abordagem para prevenção, promoção
e recuperação da saúde de sua comunidade.
266
METODOLOGIA
267
participante no que diz respeito à aplicação de uma oficina de plane-
jamento estratégico participativo mesclada ao levantamento através
de um inquérito por questionário no sentido de auferir a qualidade da
proposta de intervenção.
Pelo motivo acima descrito, não foi possível a presença dxs mé-
dicxs da ESF na Oficina. Demais ausências foram justificadas acima.
Sobre as questões éticas, conforme a Resolução n.º 510 de 07 de abril
de 2016 (BRASIL, 2016), não foram divulgados os dados e as informa-
ções confidenciais ou não autorizadas. Foi aplicado o mesmo modus
operandi nas três oficinas. Iniciou-se com a apresentação dos autores
268
e os motivos da realização da Oficina (pesquisa). Foram entregues os
Termos de Consentimento Livre e Esclarecido, que após as devidas
explicações, foram assinados por todos.
269
Quanto à técnica de análise dos dados foi utilizada a análise de
conteúdo tanto dos apontamentos feitos na observação participante
acerca do desenvolvimento da oficina quanto no sentido de perceber
qual a opinião dos profissionais a respeito da intervenção feita.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
270
O ideal seria que todos os profissionais das Equipes ESF es-
tivessem presentes, que é o que geralmente ocorre, no entanto, as
ausências estão justificadas em razão da pandemia de Covid-19. A Ár-
vore de Problemas é um método de análise que é utilizado para facilitar
a identificação e a descrição de um problema, suas causas e efeitos.
271
Quadro 2 – Árvore de Problemas 2
272
A organização do fluxo de atendimento traz benefícios para os
profissionais e para os usuários e não diz respeito apenas à Atenção
Primária. Os serviços de média e alta complexidade, partes integrantes
do SUS, também devem oferecer acessibilidade aos usuários, que são
referenciados pela atenção básica, e no entanto, não recebe a contrar-
referência, desconhecendo a continuidade do atendimento.
273
treinamento para sanar dúvidas e executar satisfatoriamente os cadas-
tros no e-SUS. A enfermagem da ESF ficará responsável por envolver
os demais gestores na execução do plano no prazo máximo de 90
(noventa) dias. A título de custo, foi deliberado que, como muitos re-
cursos recebidos na área da saúde se baseiam na produção, o período
em que os profissionais deixarão de atender, refletirá na prestação de
serviço e no atendimento à demanda.
274
Para melhoria no gerenciamento dos fluxos e das atividades, o
Plano de Ação apresentado, de execução mais complexa, foi a constru-
ção coletiva de protocolos internos, específicos para a UBS São Vicente,
no prazo máximo de 60 (sessenta) dias. As Equipes ESF, em conjunto
com a Direção e a Coordenação, proporcionaram as reuniões necessá-
rias, mesmo que de forma setorial, para a estruturação inicial dos pro-
tocolos. Posteriormente, uma reunião da UBS firmaria o compromisso
para sua execução, com avaliações periódicas, para eventuais ajustes.
275
Quadro 8 – ESF Eficiência Prática e Vulnerabilidades 2
276
As fragilidades se contrapõem aos resultados esperados, na
medida de grandezas inversamente proporcionais. Se não houver ade-
são ou comprometimento, os planos de ação não vingarão e isso pode
trazer desmotivação e gerar mais obstáculos para uma nova tentativa.
A indicação dos resultados esperados e das fragilidades encerrou a
oficina, com o comprometimento de todos na mobilização e execução
dos planos de ação, com posterior avaliação.
277
Quadro 10 – Resultado do Questionário Avaliativo (Questões 1 a 6)
Muito Muito
Questão Insatisfeito Indiferente Satisfeito
Insatisfeito Satisfeito
1. Organização 6 6
2. Linguagem e
5 7
Abordagem
3. Dúvidas e
1 7 4
Conhecimento Prévio
4. Atendimento
7 5
Expectativas
5. Contribuição
1 5 6
Profissional
SUMÁRIO 6. Carga Horária 1 9 2
278
Embora as respostas a cada questão sejam diferentes (ver
apêndice), a noção do escalonamento é a mesma. Dessa forma, estão
dispostos os resultados no Quadro 11 abaixo.
Muito Muito
Questão Simples Mediano Complicado
Simples Complicado
7. Forma de
10 2
Realização
8. Aprendizado 6 6
9. Viabilidade 7 3 1 1
10. Oficina
8 3 1
como um todo
SUMÁRIO
Fonte: Elaborado pelos autores (2021).
Questão 11
Gostou muito / Relevante / Amou / Muito proveitoso / Bom material / Apontamen-
tos consensuais entre a Equipe / Oportunidade para opinar / Participante acredita
que poderia ter interagido mais / Grande importância oportunizando expor, avaliar
Comentários
e compreender os aspectos positivos e negativos do ambiente de trabalho / Bem
planejada / Destaque para o planejamento, fluxo e gerenciamento da UBS / Top /
Momentos de debate e reflexão por um ambiente organizado.
Proporcionou interação e trabalho em Equipe / Sugestões / Apresentação simples e
objetiva / Busca constante da participação dos envolvidos / Forma de trabalho de fácil
Pontos
entendimento e de boa aplicabilidade / Contribuição para melhorias no local de tra-
Positivos
balho / Dinâmica do grupo produtiva / Liberdade para expressar sentimentos / Enten-
dimento da importância da contribuição pessoal para melhoria no local de trabalho.
Pontos Pouco tempo / Saída para realizar atendimento / Interferências externas / Perda do
Negativos trabalho por acreditar que não haverá retorno
Sugestões Que todo aprendizado seja colocado em prática
279
A análise pede maior critério, principalmente nas informações
subjetivas, evitando a repetição das informações, mas ressaltando
que, embora as Oficinas tenham sido realizadas em separado (por
Equipe ESF), muitos pontos foram congruentes, apontando assim, as
mesmas dificuldades, os mesmos planos de ação, assim como solu-
ções que se complementam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
280
Várias ferramentas podem auxiliar o ato de planejar. Todas pos-
suem pontos positivos e limitações, de tal forma que por vezes, utiliza-
-se uma gama de instrumentos, para que um complemente o outro. O
MAPP é um desses instrumentos que auxiliam sobremaneira o ato de
planejar estrategicamente e de forma participativa, levando em conta
que todos podem contribuir na resolução de problemas, para que os
objetivos sejam alcançados.
281
Nova pesquisa pode alcançar resultados mais abrangentes,
caso se faça a utilização do MAPP no contexto de outras UBSs e/ou
com a inclusão participativa dos usuários a elas ligados.
REFERÊNCIAS
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pesquisa_estudo_de_caso_yin.pdf. Acesso em: 29 jun. 2021.
284
12
Capítulo 12
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.12
SUMÁRIO
Resumo:
Devido o cenário da pandemia da Covid-19, tornou-se necessário discutirmos
sobre as dificuldades enfrentadas no ensino remoto, visto saber, das fragilida-
des quanto aos canais de comunicação digitais, serviços de internet, conheci-
mentos para o manuseio das ferramentas digitais e as dificuldades das famílias
das crianças para acompanharem a realização das atividades em casa. O
objetivo deste trabalho foi investigar a respeito das ações tomadas pelos os
gestores e docentes da Escola Municipal de Educação Infantil James Macel-
laro Thomé, diante da necessidade do ensino remoto, durante a pandemia da
Covid-19, em Boa Vista - RR. Para tanto, se realizou estudos bibliográficos
sobre assuntos pertinentes ao tema, como: Panorama sobre o Ensino da Edu-
cação Infantil nas escolas municipais de Boa Vista - RR, durante a pandemia
da Covid-19; Lei Nº 14.040, de 18 de agosto de 2020: Direcionamentos ao
trabalho nas escolas diante a pandemia; Parecer nº 17 de 2020 do Conselho
Municipal de Educação de Boa Vista - RR; o Ensino Remoto promovido nas
Escolas Municipais de Educação Infantil em Boa Vista - RR; e realização de
questionários com professores, responsáveis por alunos e gestores sobre o
ensino remoto na referida escola. Pode-se perceber a importância da ação de
análise sobre as tomadas de decisões sobre a presente situação na educação
infantil, com intuito de atender às crianças, favorecendo a interação entre esco-
la-família e proporcionando o desenvolvimento de objetivos de aprendizagens,
destinados a essa etapa de ensino.
286
INTRODUÇÃO
SUMÁRIO O ano letivo de 2020, foi atípico, sendo que devido a pandemia,
as aulas escolares tiveram que ser suspensas e necessário mantermos
o isolamento social, gerando muitas inquietações e dúvidas relaciona-
das à diversos assuntos, referentes, ao sentimento das crianças, ao
desenvolvimento infantil durante esse período pandêmico e a tomada
de decisões de gestores públicos municipais sobre a situação. Pensar
sobre esses assuntos, se fazem importantes para identificarmos os dé-
ficits na aprendizagem e pode auxiliar em um trabalho de intervenção
pelos órgãos públicos municipais, gestores e professores, contribuin-
do para o ensino nas escolas.
287
internet, principalmente por parte das famílias; dificuldades apresenta-
das por alguns pais, quanto ao tempo para dedicar-se ao ensino dos
filhos, a falta de conhecimento para acompanhar o desenvolvimento
das atividades, além daqueles que apresentarem resistência para par-
ticipar do ensino remoto; dificuldades para a escolha das melhores
ferramentas de comunicação para atender a comunidade escolar.
288
REVISÃO TEÓRICA
289
No dia 14 de abril de 2020, o secretário municipal de Educação
Arthur Henrique, se pronunciou ao Jornal Folha de Boa Vista, para comu-
nicar, que as aulas continuariam suspensas, devido ao agravamento da
doença causada pelo coronavírus, no entanto, os professores a partir do
dia 16 de abril de 2020, estariam atendendo os alunos de forma remota,
em home-office. O secretário falou a respeito da elaboração do Projeto
Aprendendo em Casa, criado com o objetivo de estimular o aprendizado
no ambiente domiciliar. Ele disse ainda, que o Projeto utilizaria as redes
sociais, como Instagram, site da prefeitura e grupos de Whatsapp para
disponibilizar as atividades, elaboradas pela a equipe pedagógica da
Secretaria Municipal de Educação, para as famílias.
SUMÁRIO Ao fazer essa trajetória, sobre o cenário educacional de Boa
Vista-RR, diante a pandemia da covid-19, verifica-se o grande desa-
fio, de governantes em agirem com responsabilidade, domínio de co-
nhecimentos e habilidades para lidarem em situações de calamidade
pública, exercendo o papel de gestor público, pois se antes o Brasil, já
enfrentava problemas para atender os menos favorecidos, hoje acen-
tuaram-se essas dificuldades.
290
situação pandêmica. Assim cada estado e município devem planejar
suas ações para garantir que os alunos tenham acesso ao ensino,
mesmo que de formas excepcionais, sendo tratado no referido docu-
mento diretrizes nacionais. Contudo, para esse estudo, faz se impor-
tante, o que trata o Art. 2º, inciso I:
Art. 2º Os estabelecimentos de ensino de educação básica, ob-
servadas as diretrizes nacionais editadas pelo CNE, a Base Na-
cional Comum Curricular (BNCC) e as normas a serem editadas
pelos respectivos sistemas de ensino, ficam dispensados, em
caráter excepcional: I - na educação infantil, da obrigatoriedade
de observância do mínimo de dias de trabalho educacional e do
cumprimento da carga horária mínima anual previstos no inciso
II do caput do art. 31 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
SUMÁRIO
1996 (BRASIL, 2020).
291
As consequências causadas pela COVID-19 na Educação no
Brasil, sem dúvidas, é um assunto que merece um tratamento especial,
mediante a elaboração de legislações federais, e gestores públicos
municipais e estaduais comprometidos com o seu papel de atender
a população diante suas necessidades, sendo o acesso a Educação
primordial para a formação de indivíduos atuantes, capazes de viverem
com dignidade e condições sociais, cognitivas, afetivas, financeiras,
compondo uma sociedade mais justa e igualitária.
Parecer nº 17 de 2020
do Conselho Municipal
de Educação de Boa Vista – RR
292
Portfólios das Unidades Escolares, contendo as evidências do cumpri-
mento das atividades e carga horária letiva com o Projeto Aprendendo
em Casa, Cadernos de Atividades do Projeto Aprendendo em Casa.
293
O ensino remoto nas escolas
municipais de educação infantil
em Boa Vista – RR
294
aprendizagem das crianças, sendo a primeira decisão tomada, a trans-
formação da área de serviço da sua casa, em uma sala de aula à dis-
tância e a improvisação de alguns recursos e materiais para dinamizar
as aulas; outra professora entrevistada, Andressa da Silva, relatou, que
prefere utilizar o espaço e equipamentos da escola para gravar vídeos
e aulas, pois há mais tranquilidade nesse espaço.
295
Conforme, podemos constatar, na fala dos autores a seguir, a
problemática que assola, o acesso à informação digital, é um desafio
que pode estar atrelado, a diversos fatores:
Desafio, por que o cenário escolar apresenta dificuldades como:
o acesso e interação a esses artefatos culturais e tecnológicos
por parte dos estudantes e às vezes, até dos professores; in-
fraestrutura das escolas que não fornece o mínimo necessário
para realizar atividades que necessitam das plataformas digi-
tais, inclusive sem conexão com a internet; formação precária
dos professores para pensarem e planejarem suas práticas
com essa mediação, evidenciando muitas vezes uma perspec-
tiva instrumental da relação com a tecnologias (PRETTO, 1996;
ALVES, 2020 apud ALVES, 2016).
SUMÁRIO
Como se observa, é preciso que cada instituição, nesse período
de pandemia, reconheça as fragilidades de e limitações de sua comuni-
dade escolar, e repense sobre as formas de atender às crianças, a partir
de um canal de comunicação acolhedor, onde haja principalmente a
interação entre a comunidade-escola. Todos precisam se sentir acolhidos
e participantes nesse processo de aprendizagens e descobertas.
METODOLOGIA
296
Vista - RR, entre os meses de novembro de 2020 a abril de 2021, com
intuito de se fazer um panorama sobre o cenário da educação infantil,
no período da pandemia, diante da necessidade da realização do en-
sino remoto. Tendo como público alvo, 12 docentes, 150 responsáveis
por crianças, 1 gestor e 2 coordenadores pedagógicos.
297
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
Tabela 1 – Lista das ferramentas digitais mais utilizadas nas aulas remotas
298
Percebe-se a partir da tabela acima, que o canal de comunicação
mais utilizado, é o celular, com o uso do aplicativo de Whatsapp, com-
provando que as aulas remotas, são disponibilizadas através dos gru-
pos de Whatsapp, sendo o celular, o aparelho tecnológico mais utilizado.
299
A partir do gráfico 1, observamos que a eficácia do ensino remo-
to, oferecido pela a escola pode ser considerada uma meta, que vem
produzindo resultados positivos, sendo que uma parte considerável,
apontou como muito bom e bom, especificamente 61% dos pais que
responderam ao questionário; contudo 27% se concentrou em uma
escala, determinada como neutro e 12% avaliou como mal e muito
mal; o que nos indica que apesar do ensino remoto, contribuir com a
interação e aprendizagem das crianças, apresenta fragilidades.
300
A pergunta 3, os responsáveis por alunos foram instigados, a
avaliarem o trabalho do professor no ensino remoto. Consta o resulta-
do abaixo no gráfico 3.
SUMÁRIO
301
Gráfico 4 – Quanto você considera que os recursos
digitais utilizados pela escola no ensino remoto
302
No gráfico 5, observamos que o ensino remoto desenvolvido
na escola, é considerado uma estratégia exitosa, pois 80% dos pais,
indicaram que a escola tem condições de trabalhar dessa forma,
considerando a prática dos profissionais em educação da escola
como satisfatória.
303
Tabela 2 – Lista de sugestões de estratégias
para a melhoria do ensino remoto
CONSIDERAÇÕES FINAIS
304
conversando com as famílias, orientando a cerca de experiências a
serem elaboradas , em que as crianças sejam protagonistas.
305
as metodologias, práticas educativas e a eficácia das estratégias uti-
lizadas para o ensino, mas devido, ao período pandêmico e o tempo
destinado para elaboração do artigo, iniciou-se um estudo sobre uma
investigação que poderá ser retomada em pesquisas futuras.
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horária das atividades não presenciais desenvolvidas por meio do “Projeto
Aprendendo em Casa BV”, em período de Pandemia (COVID-19), como
forma de cumprimento da carga horária letiva relativa ao ano de 2020. Boa
Vista-RR, 2020.
G1 GLOBO. Prefeita de Boa Vista suspende aulas nas redes municipais.
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dias-e-autoriza-gravidas-e-idosos-a-trabalhar-de-casa-devido-ao-coronavirus.
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G1 GLOBO. Prefeita de Boa Vista antecipa férias escolares nas escolas
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g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2020/03/31/prefeitura-de-boa-vista-antecipa-
SUMÁRIO
ferias-de-julho-e-anuncia-ensino-por-rede-social-em-novo-decreto-contra-
coronavirus.ghtml. Acesso em: 05 mar. 2021.
307
13
Capitulo 13
Resumo:
O presente trabalho é o resultado da avaliação dos processos de gestão e
fiscalização de contratos administrativos, para execução de obras industriais,
de uma indústria petroquímica, Sociedade de Economia Mista integrante da
Administração Indireta, detentora do poder-dever de fiscalizar sua execução,
de modo a atingir tanto suas finalidades empresariais quantos seus objetivos
sociais, contribuindo para o saneamento das contas públicas do país, e tem
como objetivo descrever e avaliar esses processos, apontando caminhos para
sua efetividade. O estudo encontra-se dividido em duas partes centrais. A pri-
meira parte consiste na revisão bibliográfica dos conceitos de Administração
Pública, Administração Direta e Indireta, terceirização, contratos administrati-
vos e gestão e fiscalização de contratos e a segunda consiste no resultado
da pesquisa de campo realizada na referida empresa, através de observação
direta e pesquisa documental, com a identificação dos principais desvios na
execução de um contrato administrativo de construção e montagem industrial
e verificação do nível de conformidade desse contrato em relação às normas
aplicáveis e boas práticas de gestão e fiscalização, além da análise dos fatores
que resultaram em não-conformidades.
309
INTRODUÇÃO
310
Nas empresas públicas e sociedades de economia mista, que
exploram atividade econômica de produção ou comercialização de bens
ou prestação de serviços e atuam em regime concorrencial, ganha ain-
da mais importância a adequada aplicação da terceirização, de modo
a atingir suas finalidades empresariais e objetivos sociais específicos.
311
pela Administração Indireta, detentora do poder-dever de fiscalizar
sua execução, de modo a atingir tanto suas finalidades empresariais
quantos seus objetivos sociais, contribuindo para o saneamento das
contas públicas do país. Encontra-se dividido em duas partes centrais.
A primeira parte consiste no estudo sobre os conceitos de Administra-
ção Pública, Administração Direta e Indireta, terceirização, contratos
administrativos e gestão e fiscalização de contratos e a segunda par-
te consiste no resultado da pesquisa de campo realizada na referida
empresa, através de observação direta e pesquisa documental, com
análise dos principais desvios na execução de um contrato adminis-
trativo de construção e montagem industrial e verificação do nível de
SUMÁRIO conformidade desse contrato em relação às normas aplicáveis e boas
práticas de gestão e fiscalização de contratos administrativos.
REVISÃO TEÓRICA
Administração Pública
312
administrativas e Administração indireta é o conjunto de pessoas jurí-
dicas que, vinculadas à administração direta, têm competência para
o exercício de atividades administrativas (autarquias, empresas públi-
cas, sociedades de economia mista e fundações).
313
a redação dada ao § 1 º do artigo 173 da Constituição Federal pela
Emenda Constitucional 19/98 determinou que lei estabeleceria o esta-
tuto jurídico dessas entidades, dispondo sobre a função social e for-
mas da fiscalização delas pelo Estado e pela sociedade (MEIRELLES;
BURLE FILHO, 2016). Tal lei foi promulgada somente em 30/06/2016,
nominada Lei das Estatais, como resposta à Operação Lava-Jato, de-
flagrada pela Polícia Federal em 2014.
314
Nesse contexto surgem o contrato administrativo, instrumento fir-
mado visando sempre o interesse público, através do qual a Administra-
ção pretende satisfazer uma necessidade primária e tem o poder-dever
de fiscalização sua execução, e as figuras dos agentes públicos com
atribuição de gestor e fiscal de contrato (BARRAL, 2018). O gestor e fis-
cal de contrato devem assegurar que o objeto contratado será entregue
na quantidade, qualidade e tempo devido (BARRAL, 2018), através do
acompanhamento desde o planejamento das atividades até sua conclu-
são, garantindo que os recursos públicos nele empregados estão sendo
executados do modo mais eficiente possível (GOMES, 2016).
METODOLOGIA
315
nos contratos de engenharia de uma sociedade de economia mista
da Administração Indireta. Descritiva, à medida que procura retratar
com precisão as características da gestão e fiscalização de contratos
no setor de engenharia de uma indústria petroquímica. Explicativa, por
buscar encontrar explicações para os desvios e não-conformidades
levantadas. Aplicada, por seu caráter prático e pela realização de uma
análise crítica dos processos, com vistas a identificar em que medida
os resultados almejados foram alcançados e fornece sugestões de al-
ternativas a partir da prática vivenciada na própria empresa (GIL, 2007;
BHATTACHERJEE, 2012; VERGARA, 2016).
316
Quanto ao método e forma de abordar o problema, confor-
me classificação preferida por Gil (2007) e tipologias elencadas por
Richardson et al. (2007), será realizada uma pesquisa qualitativa, apli-
cada e descritiva, através do procedimento de estudo de caso - estudo
profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de modo a descre-
ver a situação do contexto em que está sendo feita determinada inves-
tigação e/ou explicar as variáveis causais de determinado fenômeno
- no setor de engenharia de uma indústria petroquímica do Estado do
Amazonas, sociedade de economia mista da Administração Indireta,
de modo a verificar a efetiva gestão e fiscalização de contratos de en-
genharia, analisar os fatores que resultaram em não-conformidades e
SUMÁRIO propor ações de melhoria.
317
O acompanhamento e a fiscalização dos contratos objetivam
assegurar que o objeto contratado seja recebido ou executado a con-
tento, as obrigações decorrentes sejam realizadas no tempo e modo
devidos e as cláusulas contratuais sejam rigorosamente observadas.
O fiscal de contrato deve, necessariamente, adotar todas as medidas
para sanear os problemas encontrados na execução contratual. Nessa
situação, ao receber a indicação de alguma irregularidade, deve atuar
imediatamente, sob pena de responsabilização por desídia e por ne-
gligência quanto à adoção de providências para sanar irregularidades
apresentadas (SANTOS, 2013).
318
A empresa estudada possui boas práticas de fiscalização e
gerenciamento de contrato, como a realização de reunião semanal
para acompanhamento do contrato e a avaliação mensal do desem-
penho dos fornecedores na prestação de serviços e fornecimento de
bens em quatro critérios: SMS - Segurança, Meio Ambiente e Saúde,
Qualidade, Prazo e Gestão. Cada critério é composto de subcritérios
conforme a Tabela 1.
Critério Subcritério
Anomalias
SUMÁRIO Incidentes
Anomalias
SMS
Incidentes
Normas Regulamentadoras
Paralisações
Atendimento ao especificado
Tratamento de não conformidades
Qualidade Disponibilidade de recursos técnicos
Manutenção e Integridade
Retrabalho
Entrega antecipada e Atendimento de urgência
Prazo
Atendimento aos prazos contratuais
Adequação dos recursos humanos
Cumprimento das obrigações legais
Gestão Estrutura administrativa disponibilizada
Execução conforme planejado
Produtividade das atividades críticas
319
sas reuniões para fins de levantamento dos desvios e pontos de atenção
e avaliadas as cartas de multa emitidas pela gerência do contrato.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
Gerenciamento
e Fiscalização do Contrato
320
onde descreve serviços realizados, mão-de-obra empregada, mate-
riais aplicados, horários de início e término, interferências encontradas
e fatos relevantes à execução dos serviços. A fiscalização realiza a
leitura dos relatórios, atesta a execução dos serviços, revisa inconsis-
tências, aponta desvios e solicita providências.
321
Avaliação de Desempenho
Conceito Nota
SUMÁRIO
Excelente de 5,50 a 6,00
Ótimo de 5,00 a 5,49
Bom de 4,00 a 4,99
Regular de 3,00 a 3,99
Insuficiente de 2,00 a 2,99
Péssimo de 1,00 a 1,99
322
No gráfico 2 se apresenta o desempenho mensal no critério Pra-
zo, onde verificamos o desempenho regular praticamente constante
entre o segundo e o décimo mês de execução contratual.
SUMÁRIO
Multas Emitidas
323
Tabela 2 – Multas emitidas
Atas de Reunião
324
encontrados, indicando ação corretiva, responsável e prazo de im-
plantação e lavrada ata.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
325
planejamento das atividades até sua conclusão, garantindo que os
recursos públicos nele empregados estão sendo executados do
modo mais eficiente possível.
326
o item era formalmente monitorado e acompanhando nas reuniões
semanais, com registro em ata, através da apresentação dos cro-
nogramas e planejamento das ordens de serviço e da programação
semanal, onde eram levantados e discutidos pontos de atenção e/
ou impedimentos para tratamento e providências, de modo a não
impactar o andamento dos serviços.
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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em
administração. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
328
14
Capítulo 14
Resumo:
O transporte coletivo de passageiros é um serviço essencial para a população
de qualquer cidade. É um serviço público, de competência das Prefeituras e
consequentemente do Estado, explorado pela iniciativa privada, através de
concessão, permissão ou autorização (CORDEIRO et al, 2006). Este serviço é,
no caso de Manaus, planejado, gerenciado e fiscalizado pela Prefeitura através
do IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana), que gerencia as ope-
rações de trânsito e também de transportes coletivos. A pesquisa aborda a
atuação dos Fiscais de Transportes Coletivos que trabalham dentro dos termi-
nais de Integração da cidade de Manaus. A partir da observação participante,
procurou-se identificar os diversos procedimentos realizados pelos agentes
de fiscalização, como sua atuação é relevante para os usuários do sistema de
transportes coletivos e as necessidades destes profissionais para a melhoria
de suas funções dentro dos terminais de integração, para um trabalho mais
eficiente de fiscalização. Concluiu-se que há a necessidade de um olhar mais
minucioso por parte do órgão gestor em relação a estes profissionais que
possuem necessidades que vão desde uma melhor estrutura para a execução
do trabalho de fiscalização, até a questão salarial e a urgência de um concurso
público específico para a área de fiscalização. Sendo assim, a pesquisa pro-
cura demonstrar, a partir do olhar de um fiscal de transporte, a relevância do
seu papel como agente público e as necessidades que precisam ser supridas
para uma maior eficiência no processo de fiscalização, principalmente dentro
dos terminais de integração da cidade de Manaus.
330
INTRODUÇÃO
331
operação do transporte, principalmente dentro dos terminais de inte-
gração, atuando desde o monitoramento e controle da frota até a au-
tuação de operadores e empresas que não cumprem o estabelecido
em lei do transporte coletivo de passageiros.
332
A questão central desta pesquisa é: como atuam os fiscais de
transporte coletivo urbano nos terminais de integração da cidade de
Manaus? A partir desta indagação, a pesquisa tem como objetivo geral
analisar a atuação dos fiscais de transporte coletivo urbano do IMMU
(Instituto Municipal de Mobilidade Urbana) no âmbito dos terminais de
integração da cidade de Manaus.
333
Um dos grandes dilemas da Administração Pública é, entre ou-
tros, o transporte coletivo. Dentro deste tema, muito se fala em mobi-
lidade urbana, mas pouco se sabe sobre o papel dos fiscais de trans-
portes que atuam em toda a cidade e principalmente nos terminais
de integração, atendendo diferentes demandas e diferentes situações.
334
REVISÃO TEÓRICA
335
A prestação de um serviço de qualidade no transporte coletivo é
uma tarefa árdua nos dias atuais em Manaus onde, o crescimento da
cidade somado aos vários problemas estruturais nas vias, ônibus suca-
teados e falta de pessoal suficiente para fiscalizar o sistema levam mi-
lhares de usuários a sentirem-se insatisfeitos com a operação dos trans-
portes coletivos procurando assim, outros meios de chegar até o seu
destino. Para que seja ofertado um serviço de qualidade nos transportes
coletivo de passageiros, é necessário um conjunto de ações dentre as
quais estão o desenvolvimento de políticas públicas e principalmente, a
fiscalização do serviço. Costa et al. (2019, p. 273), afirma que:
Os deslocamentos de pessoas nas cidades se dão com a utili-
SUMÁRIO zação dos meios de transportes disponíveis e são motivados por
diversos fins, tais como: trabalho, estudo, compras, saúde, lazer
e outras necessidades individuais. Desta forma, o modo de trans-
porte a ser escolhido é determinado de acordo com a preferên-
cia, qualidade do serviço, questões econômicas e geográficas.
336
Em 2009 foi criado o IMTT (Instituto Municipal de Trânsito e Trans-
portes), que passou a gerenciar os serviços de trânsito e transportes
respectivamente. Em 2010, foi criada a SMTU (Superintendência Mu-
nicipal de Transportes Urbanos) pela lei 1.320/2009 e por fim em 2019,
foi criado o IMMU (Instituto Municipal de Transportes Urbanos) que
gerencia o trânsito e os transportes coletivos com ênfase na segurança
dos usuários e a prestação de serviços com qualidade e eficiência.
337
linhas que atendem todos os bairros e principalmente a área central
para onde se dirigem a maioria dos usuários do transporte coletivo.
Os Terminais de Integração de ônibus de Manaus são estruturas
criadas com o objetivo de facilitar o fluxo de veículos, pois com
a integração não há necessidade de que as linhas do transporte
público sejam direcionadas ao centro da capital, ao passo que
possa ser realizada a troca de ônibus nos terminais sem que
isso venha a gerar ônus aos usuários. Os terminais devem ser
compreendidos enquanto importantes instrumentos urbanos
que auxiliam no modal rodoviário da cidade, pois possibilitam
que os usuários realizem a baldeação e troca de linhas de ôni-
bus sem a necessidade de pagamento de uma nova tarifa (BRI-
TO, 2022, p. 38-39).
SUMÁRIO
Nos terminais de integração passam, diariamente, uma estima-
tiva de 40 a 50 mil usuários. Um número grande de pessoas utilizam
estes espaços para os mais diversos fins e se dirigem para os mais
diversos destinos. É importante que estas pessoas tenham um servi-
ço de qualidade que possa atender minimamente suas necessidades.
Cada zona da cidade conta com um terminal de interação, de onde
partem a maioria das linhas que atendem praticamente todos os bair-
ros e também a área central da cidade. Conforme Brito (2022):
O Terminal 1, localizado na Av. Constantino Nery, Centro, foi
um dos primeiros terminais construídos na cidade, inaugurado
em 1984 e totalmente reformado em 2020, possui uma área de
6.400 m² e tem uma estimativa de 45 mil usuários por dia.
338
O Terminal 4, localizado na Av. Camapuã, bairro Jorge Teixeira,
foi inaugurado no ano de 2002, possui uma área de 18.000 m² e
atende aproximadamente 28 mil usuários por dia.
339
METODOLOGIA
340
nestas condições. No entanto, para se entender melhor a atuação
destes profissionais, é necessário observar como estes profissionais
atuam, que instrumentos utilizam, que procedimentos realizam no local
de trabalho, bem como as necessidades e dificuldades que enfrentam
para a realização do trabalho, estado de saúde, níveis de satisfação
com sua própria atuação e perspectivas profissionais dentre outras.
Dentro deste contexto, Gil (2008, p. 28), afirma que “as pesquisas
descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características
de determinada população”. Para a coleta de dados, o método utilizado
foi o estudo de campo, já que este tipo de pesquisa estuda “um único
grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja, ressal-
SUMÁRIO tando as interações de seus componentes” (GIL, 2008, p. 57).
341
aproximadamente 3 ou 4 fiscais por turno, distribuídos em três turnos
de seis horas, chegando a um total de aproximadamente 20 sujeitos.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
342
que utilizam os terminais de integração diariamente que é de 40 a 50
mil pessoas (SMTU, 2020).
343
empresas de ônibus não cumprem a frota ou os horários estabelecidos
no Resumo Operacional, que é o documento que estabelece a frota
prevista para operar em cada linha de ônibus. Os autos de infração
também são feitos quando um operador não cumpre com suas atri-
buições dentro do sistema de transporte coletivo ou quando cometem
algum tipo de infração em relação ao usuário, que podem ser desde
não parar num ponto de parada até os casos de não tratar o usuário
com devido respeito. Também nestas situações o fiscal de transporte
intervém, mediando estas questões.
344
com apenas uma folga durante o mês. Sendo que o nível salarial destes
profissionais está defasado há aproximadamente dez anos e, somado
à falta de estrutura para executar seu trabalho, o nível de satisfação só
diminui. Os profissionais não possuem sequer uma viatura para se des-
locar até outros pontos fora do terminal e realizar algum tipo de fiscaliza-
ção relacionada ao transporte coletivo, fato este que diminui bastante a
eficiência do trabalho da fiscalização, visto que é uma estrutura básica
para a execução do trabalho que é de verificar in loco os problemas
referentes à má operação do serviço de transportes.
345
na qualidade de vida dentro e fora do ambiente organizacional. Além
disso, pode gerar outras doenças que podem levar ao afastamento de
funcionários na empresa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
346
Durante a produção do trabalho pôde-se perceber que são es-
cassas as literaturas específicas sobre o tema e quase nada foi en-
contrado voltado para a área da fiscalização de transportes do IMMU,
no que se refere ao transporte coletivo de passageiros. No entanto,
muitos trabalhos foram encontrados abordando a questão do trans-
porte público e da qualidade neste tipo de serviço. Porém, quanto ao
profissional de fiscalização é como se ele não existisse nesse universo.
347
na valorização salarial destes profissionais que tem capacidade para
realizar operações complexas de planejamento e gestão de fiscaliza-
ção e principalmente de investir em estruturas para que cada terminal
de integração possa ter condições de fiscalizar a sua área de locali-
zação. Essas condições são básicas para que o processo de fisca-
lização de transportes coletivos possa ser efetivado em um cenário
qualificado e eficiente.
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de Fátima Santana. Precariedade no sistema de transporte coletivo na
cidade de Manaus/Am/Brasil. Fundação Perseu Abramo – GAPI/Unicamp,
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TAVARES, José Cláudio Rangel. Doenças causadas pelo estresse no
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349
15
Capítulo 15
Resumo:
A educação, abordada de forma mais abrangente, aliada aos espaços e
equipamentos da cidade, tende a transformar a atividade humana por meio
da convivência e interação dos habitantes no cotidiano, oferecendo um novo
leque de oportunidades de aprendizagem que, muitas vezes, passam des-
percebidas. A educação não formal apresenta-se com uma abertura mais
ampliada quanto aos ensinamentos e aprendizagens, o que pode favorecer
as demandas individuais, considerando motivações e emoções, inclusive. O
presente estudo de caso, a partir de uma abordagem qualitativa, focou-se
em Horizonte/CE, município nordestino que aderiu ao rol de Cidades Edu-
cadoras, que preconiza que a cidade é um agente educador, em que seus
espaços e ações refletem o potencial educativo, com a intersetorialidade,
seja com a urbanização, cultura, centros educacionais, mobilidade, meio
ambiente, desporto e saúde. Com essa abrangência, o plano de desenvol-
vimento local deve se voltar à formação de cidadãos críticos e conscientes,
favorecendo o exercício da cidadania mais plena, visto que o cidadão tem
mais oportunidade e participação em um contexto de inclusão. Foi possí-
vel identificar melhorias no referido município, com projetos e aberturas de
oportunidades, notando-se fragilidades quanto à publicização dos feitos, de
forma que haja mais transparência e incentivo ao controle social.
351
INTRODUÇÃO
352
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições
de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da so-
ciedade civil e nas manifestações culturais”. Já no artigo 2º, “afirma
que a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade
o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1996). Logo,
ratificou-se o previsto no artigo 205 da Constituição Federal: “que a
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promo-
vida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania
SUMÁRIO e sua qualificação para o trabalho”. (BRASIL, 1988).
353
[...] promoção e a melhoria das condições de habitat viabi-
lizando uma vida saudável, social, material e espiritualmen-
te (cultura, educação e trabalho) para todos os munícipes...
maior eficácia social e maior eficiência econômica do capital
social, ou seja, do ambiente construído que é a cidade, distri-
buindo-se igualitariamente ou equitativamente os benefícios e
o ônus dos investimentos urbanos, na perspectiva da busca
da sociedade sustentável.
354
projetos realizados pelo município e verificar os impactos das políti-
cas públicas no cotidiano da cidade de Horizonte analisando, inclusi-
ve, a questão da publicização/prestação de contas.
Justificativa
355
todos. Nesse sentido, a Cidade Educadora é a que promove
melhorias em todas as áreas de interesse da sociedade: saúde,
educação, cultura, meio ambiente, esporte, trabalho, seguran-
ça, cidadania e muito mais (HORIZONTE, 2017, n.p).
REVISÃO TEÓRICA
356
de Discriminação Racial de 1965; no Pacto Internacional sobre os Direi-
tos Econômicos, Sociais e Culturais de 1966; na Convenção sobre os
Direitos da Criança de 1989; na Declaração Mundial sobre Educação
para Todos de 1990; na 4a Conferência Mundial sobre a Mulher cele-
brada em Pequim de 1995; na Declaração Universal sobre a Diversida-
de Cultural de 2001; na Carta Mundial pela Direito à Cidade de 2005;
na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência de 2006;
no Acordo de Paris sobre o Clima de 2015 e na Agenda 2030 sobre o
Desenvolvimento Sustentável de 2015 (AICE, 2020).
357
A Carta das Cidades Educadoras (AICE, 2020, p. 9), exprime
princípios relacionados em três aspectos, quais sejam: o direito à ci-
dade educadora, o compromisso da cidade e o serviço integral às
pessoas. O primeiro, se refere à educação inclusiva ao longo da vida,
política educativa ampla, diversidade e não discriminação, acesso à
cultura e diálogo intergeracional. O segundo se refere ao conhecimen-
to do território, acesso à informação, governança e participação dos ci-
dadãos, acompanhamento e melhoria contínua, identidade da cidade,
espaço público habitável, adequação dos equipamentos e serviços
municipais e sustentabilidade. O terceiro e último se refere à promo-
ção da saúde, formação de agentes educativos, orientação e inserção
SUMÁRIO laboral inclusiva, inclusão e coesão social, corresponsabilidade contra
as desigualdades, promoção do associativismo e do voluntariado e
educação para uma cidadania democrática e global.
358
empenhadas em promover ações que resultem na melhoria de vida
dos cidadãos. Dentre suas atividades e serviços são apresentados:
Seminários, Congressos e Workshops; formação para técnicos
e eleitos locais; Dia Internacional da Cidade Educadora; visitas
de estudo; prêmio Cidades Educadoras de boas práticas; publi-
cações e materiais que dão visibilidade ao poder educativo das
cidades; assessoria e atenção personalizada; espaços para o
trabalho em rede e implementação de ações conjuntas; colabo-
ração com outras entidades com objetivos partilhados; interlo-
cução com instâncias nacionais e internacionais; web interativa
e banco de boas práticas. (EDCITIES, 2022, n.p).
359
território, representado pela REBRACE (Rede Brasileira de Cidades
Educadoras), que vem definir a organização e funcionamento das
vinte e cinco cidades participantes e que elege a cidade coordena-
dora, atualmente Curitiba/PR, integrante da rede desde 2019 e eleita
para o período de 2021 a 2023, sucedendo a cidade de Vitória/ES,
que, juntamente com Guarulhos/SP, compõe a comissão coordena-
dora. A região nordeste está representada na REBRACE por duas
cidades, sendo uma delas, Horizonte/CE, que, como já mencionado,
em 2016 tornou-se membro da AICE, fazendo parte do movimento
de cidades que trabalham unidas em prol do incentivo às práticas
educativas no município, valorizando seus espaços.
SUMÁRIO A população horizontina possui uma tendência em utilizar os
equipamentos e espaços do território local, participando das boas prá-
ticas educadoras e pedagógicas. Assim, a Cidade Educadora reflete a
ideia da escola para a cidade, de modo a garantir oportunidade diante
de uma perspectiva mais humana, inclusiva e eficaz, afirmando o cres-
cimento de todos.
METODOLOGIA
360
Horizonte cresceu significativamente em termos econômicos e
sociais desde sua emancipação, em 1989, e possui destaque como um
dos principais polos industriais da região, atraindo muitos migrantes e
ocupando a posição atual de quinto município em arrecadação de Im-
posto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Ceará.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
361
responsável pela integração e efetiva participação do Município
como membro da AICE. Art. 2º Para integrar a AICE, o Muni-
cípio contribuirá com uma cota anual determinada pelo valor
do PIB do país e número de habitantes do Município, conforme
designado pela Associação. Art. 3º As razões e os objetivos que
justificam a integração do Município junto à AICE, estão consig-
nados na Carta das Cidades Educadoras, que segue no Anexo
Único desta lei. Art. 4º As despesas decorrentes da execução
da presente lei correrão por conta de dotação orçamentária pró-
pria. (HORIZONTE, 2016).
362
ANO AÇÃO DESCRIÇÃO
2016 Seminário Municipal sobre Cidade - Seminário sobre a temática da Cidade Educado-
Educadora para rede comunitária, ra para fortalecimento do conceito no município
escolar e gestão. (participação da palestrante e socióloga Lourdes
Atié).
Formalização e a adesão de Horizon- - Tramitação interna e externa do processo de for-
te à AICE. malização da adesão de Horizonte à AICE;
- Aprovação da lei na Câmara Municipal.
Congresso Internacional de Cidades - Participação da delegação de Horizonte no even-
Educadoras em Rosário (Argentina); to, tendo sido selecionados para apresentação das
Apresentação do Projeto Comuni- experiências: Projeto Beija-flor e NUPIRH (Núcleo
dade de Aprendizagem em Buenos de Políticas de Igualdade Racial de Horizonte).
Aires (Argentina).
Comunidade de Aprendizagem – Li- - Trata-se da vivência e atuações educativas vol-
SUMÁRIO vros disponíveis na praça do bairro. tadas para a transformação educacional e social,
que começam na escola, mas integra tudo o que
está ao seu redor, unindo ao mesmo tempo, efi-
ciência, equidade e coesão social. Este projeto
está presente em 12 instituições educacionais.
Realização do desfile cívico com - Cada escola, creche e respectivas comunidades
a temática da Cidade Educadora: territoriais desses equipamentos sociais (crian-
O que faz de Horizonte uma cidade ças, adolescentes, pais e comunidades) realiza-
educadora. ram oficina para construir a apresentação cívica
com a temática.
Formação em Agentes da Cidadania; - Introdução e fortalecimento da temática na rede,
Formação em Desenvolvimento na com a identificação das ações que traduzem os
Primeira Infância. princípios de Horizonte como cidade educadora.
Premiação no 10º Encontro Nacio- - O encontro aconteceu após uma seleção crite-
nal de Secretários Municipais de riosa de práticas exitosas de gestão da política da
Assistência Social, promovido pela assistência envolvendo o Tema: “Sustentabilidade
Premium Brasil Group em Belo Ho- Social”.
rizonte (MG).
Introdução das ações do projeto In - Introduzir nas ações do projeto estratégias de
Conto Marcado para fortalecer o disseminação da cidade educadora, a começar
conceito de Cidade Educadora no pela identificação da população do próprio pro-
município. jeto como instrumento de fortalecimento da ci-
dadania e da leitura como meio de agregação, de
conhecimento e expressão cidadã.
363
ANO AÇÃO DESCRIÇÃO
2016 A valorização da profissão na busca - A Secretaria de Segurança do município doou
pela condição de trabalho para os capacetes e coletes para 300 motoristas cadastra-
profissionais. dos na associação e no sindicato da categoria de
Mototaxista (serviço de táxi em uma motocicleta).
A entrega desses equipamentos visa resguardar a
segurança do motoqueiro e do passageiro, com
ações voltadas ao trânsito e cidadania.
Participação de alunos, comunidades - Os agentes de endemias e agentes de saúde
e servidores, que estiveram juntos realizaram visitações nas residências, foram dis-
para propagar boas práticas de eli- tribuídos peixes betas, cobertas para potes caixas
minação do mosquito que transmite a d’água e material informativo para a população.
Dengue, a Zika e a Chikungunya.
5º Congresso Brasileiro de Gestores - Conquistando o Primeiro Lugar no Eixo Proteção
e Trabalhadores da Política de Assis- Básica: Serviço de Convivência e Fortalecimento
SUMÁRIO tência em Florianópolis (SC). de Vínculos da Política de Assistência Social.
2017 Prefeito Mirim. - Uma criança se candidata para ser prefeita pelo
período de dois anos, envolvendo-se efetiva-
mente nas políticas públicas da cidade. Ela tem
disponível a verba do Orçamento Participativo da
Criança e do Adolescente para aplicar em projetos
escolhidos pela comunidade infantil.
15º Congresso Internacional - O projeto “Grêmios em Ação – Decidindo o
de Cidades Educadoras Futuro”, uma das 30 ações selecionadas, entre
em Cascais (Portugal). as mais de 600 inscritas. O projeto tem como
objetivo fomentar o protagonismo juvenil, através
de atividades de sua instituição de ensino, organi-
zando campeonatos, palestras, projetos e discus-
sões, oportunizando que eles tenham voz ativa;
- Apresentação em formato de publicação da expe-
riência do Projeto de Igualdade Racial (NUPIRH).
Casa Lar. - Acolhimento de crianças em situação de vul-
nerabilidade.
Programas e Capacitação. - Realização dos cursos “Cozinheiras Escolares”,
“Inclusão Digital da Educação de Jovens Adultos
(EJA)”, “Informática para Melhor Idade” e “Infor-
mática Básica nas Escolas”.
- Conclusão dos Programas realizados nas es-
colas municipais que atenderam cerca de 1.230
crianças e jovens em 2017: o Projeto de Media-
ção Comunitária e Escolar (PROMECE), o Projeto
Jovem Bombeiro (JBV) e o Programa Educacional
de Resistência às Drogas (Proerd).
364
ANO AÇÃO DESCRIÇÃO
2017 Coleta Seletiva de Resíduos. Este processo irá acontecer em etapas e em
breve, atenderá todo o município. Para isso, foi
disponibilizado um caminhão diferenciado para
realizar este serviço. Além disso, as escolas de
Horizonte terão Mini EcoPontos para que os alu-
nos possam entregar o seu lixo seco, tais como
papéis, plástico, vidro e metal. Após a coleta, este
lixo será levado para o aterro sanitário de Horizon-
te onde os catadores da COOPERHO (Cooperativa
de Triagem e Reciclagem de Resíduos Sólidos de
Horizonte) farão a separação e a venda. Todo o
dinheiro arrecadado será das famílias cooperadas.
Participação na Olimpíada Brasileira - Conquistas das Medalhas de Bronze recebidas
de Matemática (OBM). pela EMEF Maria José de Sousa e a EMEF Fran-
SUMÁRIO cisca Gadelha Pires na Olimpíada Brasileira
de Matemática das Escolas Públicas e Privadas.
2018 Participação na Olimpíada Brasileira - Conquista da Medalha de Bronze pela EMEF Ma-
de Matemática (OBM). ria Luiza Barbosa Chaves e a EMEF Francisca Ga-
delha Pires com a Medalha de Prata e o município
contemplado, ainda, com 7 menções honrosas no
nível 1 e 9 no nível 2.
“Mamaço Coletivo” fecha as ações - No Centro Integrado de Saúde (Policlínica), a
da Semana Municipal de Aleitamen- Semana Municipal de Aleitamento Materno con-
to Materno. tou com várias atividades como concurso de
redação dos estudantes do ensino infantil ao 9º
ano, implantação de doulas, rodas de conversas,
plantão de dúvidas e seminário.
7º Encontro Brasileiro de Cidades - Organizado pela Rede Brasileira de Cidades
Educadoras, realizado em Vitória (ES). Educadoras (REBRACE), conta com o apoio do
Ministério da Saúde e Organização Pan-Ameri-
cana de Saúde – OPAS. Horizonte apresentou os
seus projetos de incentivo ao aleitamento mater-
no, o parto humanizado, o laboratório fitoterápico
e os grêmios estudantis.
2º Encontro Regional em Comunida- - Ao se destacar nas ações desenvolvidas com o
de de Aprendizagem – CdA, realiza- Projeto CdA, o município foi convidado a apre-
do em Recife (PE). sentar sua experiência.
365
ANO AÇÃO DESCRIÇÃO
2018 Programas e Capacitação. - Cerca de 2.694 certificações para estudantes,
professores e servidores públicos com apoio de
outras instituições. Entre os cursos realizados
estão: PROERD em parceria com a Polícia Mili-
tar; JBV em parceria com o Corpo de Bombeiros;
PROMECE em parceria com o Ministério Públi-
co; Gestão Educacional e Formação de Gestores
Escolares; Qualidade e Profissionalismo no Aten-
dimento de Serviços Básicos em Ambiente de
Educação e Formação de Professores Formadores
em parceria com o IFCE; Programa Rádio Escola;
Informática Básica e ALFASOL em parceria com a
Ford Motors que alfabetiza idosos e adultos.
2019 Espaço de Referência do Brincar – - Projetada para atender as crianças da primeira
Brinquedoteca. infância, o equipamento dispõe de brinquedos
SUMÁRIO pedagógicos e lúdicos, criados pelo renomado
artista cearense Antônio Jader Pereira dos San-
tos, o “Dim Brinquedim”, que, unidos aos ensi-
namentos da equipe de professores, valorizam o
despertar, a criatividade, imaginação e sentidos
de amizade, respeito e humanidade.
Visitação aos Espaços Públicos. - Alunos do 3º ano da EMEF Lauriza Vieira de
Lima visitaram o estádio Domingão, saindo do
ambiente escolar e conhecendo outros espaços
do ambiente municipal.
2021 Entrega da Brinquedo Praça e Acade- - Reinauguração da Praça Ana Diamantina de
mia da Saúde. Sousa (Zumbi), que foi totalmente revitalizada
trazendo melhorias no espaço de lazer e convi-
vência, proporcionando mais qualidade de vida
para toda a população. Também será inaugurado
o Brinquedo Praça, um novo espaço de diversão
para a criançada.
2022 Inclusão Digital de Jovens e Adultos. - Tablet na escola, alunos do ensino fundamental
e professores recebem tablets, com acompanha-
mento por aplicativo educacional.
Bordadeiras de Alto Alegre - Bordan- - Comunidade de mulheres Quilombolas: As ações
do Resistências. são pensadas e escolhidas com a aquiescência dos
membros do coletivo, com a promoção de ativida-
des que tragam o fortalecimento do grupo, a prática
educativa, a participação de mulheres e outros ato-
res sociais interessados na temática;
- Ação reconhecida e premiada em 2022 (Coréia
do Sul).
366
Observando o quadro acima, com a trajetória das atividades em
Horizonte, é visível que estas alcançam a população horizontina, bem
como o espaço territorial, seja com o fortalecimento de um grupo so-
cial, como visto na comunidade de mulheres quilombolas, com a inclu-
são digital de jovens e adultos, além da oferta da academia da saúde
e brinquedo praça, que são alguns exemplos da interação socioedu-
cativa proposta pela cidade educadora. Diante dessas oportunidades,
dentre outras mencionadas, infere-se que as experiências adquiridas
pelos cidadãos traduzem a ideia de um espaço pedagógico, promo-
vendo a cidadania mais participativa e inclusiva.
367
portal eletrônico. São iniciativas que favorecem um melhor controle or-
ganizacional, contribuindo com a gestão e divulgação das atividades
locais, além de servir de experiência e modelo às demais cidades as-
sociadas, que alinham-se com os princípios da Administração Pública
e à Lei do Governo Digital, almejando a eficiência pública, oportunizan-
do ainda mais transparência, diante de um planejamento, execução e
prestação de contas, sendo sugestivo que as práticas aqui relatadas
possam ser adotadas, adaptadas ou melhoradas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
SUMÁRIO
368
A ideia de Cidade Educadora tem um papel formidável que
agrega valores dentro da localidade. Com o levantamento das ações
efetivadas e seus intervalos, foi possível compor uma leitura crítica ini-
cial, sendo oportuno e sugestivo que indagações, a partir de então,
possam ser propostas almejando melhorias, como, por exemplo, uma
publicidade mais formalizada e específica do programa Cidade Educa-
dora e suas políticas públicas, com o planejamento, execução e pres-
tação de contas, podendo manifestar de forma simplificada e objetiva,
sendo assim mais abrangente e acessível, servindo como exemplo ou
modelo para outras Cidades associadas e despertando o interesse em
outras ainda não associadas.
SUMÁRIO No decorrer desse estudo, objetivou-se colaborar com Horizon-
te enquanto Cidade Educadora, suscitando a necessidade de conti-
nuidade de pesquisas, sugerindo novas investigações que discorram
sobre os índices populacionais, mensurando os cidadãos atendidos
ou participantes de determinada iniciativa, seja cultural, educacional
ou social, que evidencie, de forma aprofundada, um alcance efetivo
da ação. Além disso, o acompanhamento dos trâmites e das rotinas
dos projetos e ações, desde o planejamento, execução e prestação
de contas, retratando o empenho, transparência e eficiência da gestão
pública é uma outra possibilidade para os estudiosos, educadores,
gestores e cidadãos no sentido de proporem melhorias, externando-se
o interesse em fortalecer um segmento indispensável à vida: a educa-
ção como um todo.
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371
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VITÓRIA, Prefeitura Municipal de. Transparência Vitória. Cidade Educadora.
Disponível em: https://transparencia.vitoria.es.gov.br/Programa.Detalhes.
aspx?ProgramaId=583. Acesso em: 29 jun. 2022.
SUMÁRIO
372
16
Capítulo 16
Fernando Thiago
Fernando Thiago
Aquisições da Agricultura
Familiar Indígena e Quilombola
no fornecimento da merenda escolar
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.16
SUMÁRIO
Resumo:
Este artigo teve como objetivo analisar as aquisições da Agricultura Familiar In-
dígena e Quilombola para alimentação escolar por meio de compras públicas.
Neste artigo, dispõe uma visão da Agricultura Familiar no Brasil, bem como a
legislação que a ampara e da multifuncionalidade que lhe proporcionou be-
nefícios como o fornecimento de seus produtos a alimentação escolar, prio-
rizando os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais
indígenas e comunidades quilombolas (Lei nº 11.947/2009). Em seguida, para
cumprimento legal, é retratado o cenário da aquisição da agricultura familiar
indígena e quilombola no fornecimento da alimentação escolar no estado do
Amazonas. O método utilizado foi de natureza quantitativa por meio de pesqui-
sa documental em editais de chamadas públicas de aquisições de alimentos
da agricultura familiar. Os resultados demonstraram que a Prefeitura Municipal
de Barreirinha está realizando compras públicas da agricultura familiar para
alimentação escolar, dentro da legislação, também realizou de forma separa-
da aquisições da agricultura familiar indígena e quilombola, comprovados em
publicações de extrato de contratos dos vencedores homologados com seus
respectivos valores, porém no fornecimento de gêneros alimentícios específico
dos produtores quilombolas e indígenas, o estudo mostrou produtores partici-
pantes insuficientes, que nos leva a propor pesquisas futuras com essas inda-
gações, do porquê desse baixo número de agricultores familiar concorrendo
nas compras públicas do município de Barreirinha.
374
INTRODUÇÃO
375
Art. 14. Do total dos recursos financeiros repassados pelo
FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% (trinta por cento)
deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios
diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar
rural ou de suas organizações, priorizando-se os assentamen-
tos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas
e comunidades quilombolas (Lei nº 11.947, 2009).
376
E dentre a sua área rural, contém uma área quilombola e uma indígena
da etnia Sateré Mawé.
377
A Secretaria Municipal de Educação de Desporto e Lazer do
município de Barreirinha é responsável pela aquisição da merenda
escolar para 94 escolas em funcionamento, sendo quatro na sede
com 1.781 alunos e 90 na área rural com 7.303 alunos, totalizando
9.084 alunos (PNAE, 2022), dos quais estão incluídos quilombolas e
indígenas, assim sendo, seguindo os fundamentos legais expostos
nos parágrafos anteriores, o presente projeto de pesquisa tem o ob-
jetivo de analisar aquisições públicas da agricultura familiar indígena
e quilombolas no fornecimento da merenda escolar no município de
Barreirinha no estado do Amazonas.
REVISÃO TEÓRICA
378
Agricultura Familiar
379
No estado do Amazonas, conforme o Guia Prático de Alimenta-
ção Escolar Indígena e de Comunidades Tradicionais (BRASIL, 2020,
p. 13) como os quilombolas, relata que o não cumprimento dos 30%
na aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar “deram
subsídios para a discussão e criação de mecanismos para a busca
de soluções destes problemas”, tudo isso em conformidade com o
FNDE pela prestação de contas lhe enviada, “entre 2016 e 2018, dos
62 municípios do Amazonas, a maior parte dos municípios do estado
não cumpriu a obrigatoriedade mínima de contratação”.
380
A existência de mecanismos tradicionais de controle alimentar den-
tro da cultura destes povos e apresenta entendimento de modo a
adequar entraves burocráticos desconectados dos hábitos e tradi-
ções alimentares quanto aos padrões de vigilância sanitária.
Compras públicas
da Agricultura Familiar
381
E seguindo a Lei nº 11.947/2009 que dispõe sobre a alimenta-
ção escolar e seu artigo 14º, determina no mínimo 30% dos recursos
financeiros para agricultura familiar favorecendo assentamentos da re-
forma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades
quilombolas, e mais, essa aquisição da merenda escolar deverá ser
através do processo denominado compra pública.
METODOLOGIA
382
Na abordagem quantitativa, Prodanov (2013, p. 69) “considera
que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números
opiniões e informações para classificá-las e analisá-las”.
383
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
384
Na Tabela abaixo, observa-se dos valores homologados de
acordo com os Extratos de Contratos Publicados pela Prefeitura de
Barreirinha (2022), muito inferiores aos valores estimados pelos Edi-
tais de Chamadas Públicas, deixando de ser fornecido para alimen-
tação escolar indígena o valor de R$ 568.897,69 e dos quilombolas
em R$ 141.601,85.
385
Já o Grupo Informal segue com o CPF, DAP e Projeto de Ven-
da, porém com a assinatura de todos os agricultores participantes do
grupo, enquanto que o Grupo Formal deverá apresentar o Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, DAP Jurídico para Associações e
Cooperativas, prova de regularidade com a Fazenda Federal, Estatuto
e Ata de posse da diretoria do grupo.
386
para aquisição da Agricultura Familiar totalizaram R$816.470,22, atin-
giu-se a porcentagem de 88,47%. Averiguou-se também via Secretaria
Municipal de Educação, que foram liquidados da agricultura familiar
para alimentação escolar o valor de R$5.181,61 da obtenção indígena
e R$695,75 do quilombola.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
387
quais e quantas comunidades forneceram e identificar os tipos de
alimentos que têm sido fornecidos, sendo esta uma sugestão para
novos estudos nesta linha de pesquisa. Porém, apesar dos dados do
município de Barreirinha apresentarem o cumprimento da legislação
no que tange ao fornecimento da Agricultura Familiar para merenda
escolar, não se pode dizer que os demais municípios do Estado do
Amazonas tenham a mesma realidade.
388
REFERÊNCIAS
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Familiar. Espaço temático. Disponível em: https://www.embrapa.br/tema-
agricultura-familiar/sobre-o-tema. Acesso em: 03 jun. 2022.
BARREIRINHA (AM). Edital de Chamada Pública nº 001/2022-PMB.
Aquisição de gêneros alimentícios da Agricultura Familiar Regionalizada.
Barreirinha: Prefeitura Municipal de Barreirinha, 2022.
BARREIRINHA (AM). Edital de Chamada Pública nº 002/2022-PMB.
Aquisição de gêneros alimentícios da Agricultura Familiar Indígena.
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SUMÁRIO
392
17
Capítulo 17
Fernando Thiago
Fernando Thiago
Análise da estrutura
do controle interno da Câmara
Municipal de Presidente Figueiredo-AM
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.17
SUMÁRIO
Resumo:
O controle interno é de fundamental importância dentro das organizações, pois
o gestor tem a possibilidade de acompanhar todos os procedimentos ocorri-
dos, manter o desenvolvimento das informações com alto nível de segurança,
promovendo processos de padronização que os tornem mais ágeis de serem
executados. O presente artigo tem o intuito de analisar a estrutura do controle
interno da Câmara Municipal de Presidente Figueiredo-Am, considerando as
exigências do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas – TCE. O método
empregado foi de natureza qualitativa e descritiva, cujos dados foram obtidos
por meio da pesquisa documental. Temos como resultados da pesquisa a efe-
tivação dos benefícios da atuação do controle interno dentro do Poder Legisla-
tivo. Compreendeu-se que a utilização do controle interno bem utilizado só traz
benefícios, mostrando-se extremamente eficaz tanto para a população quanto
para a gestão pública municipal. Temos visto o salto da transparência junto aos
órgãos competentes, o que torna as ações mais confiáveis, valoriza a ética,
configurando-se em um precioso instrumento de governabilidade com mais
qualidade nos serviços prestados aos cidadãos e de promover o bem comum.
394
INTRODUÇÃO
395
A importância do controle na Administração Pública brasileira é
tida em destaque por estar caminhando juntamente com o planejamento,
proporcionando melhores serviços públicos, atendendo aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
396
Atualmente nos deparamos com uma realidade na qual os
canais de comunicação dispõem de uma variedade substancial de
denúncias, como: corrupção, ações fraudulentas, uso indevido de di-
nheiro público, desvio de verbas, envolvendo os agentes públicos nos
diversos níveis governamentais.
REVISÃO TEÓRICA
397
LRF, associado a aplicação eficaz da aplicação dos recursos públicos
tem despertado os gestores à profissionalização de suas atividades. A
manutenção de sistemas de controle interno nas instituições públicas
municipais é uma das formas para tal profissionalização. Apresentare-
mos conceitos do controle Interno bem como sua estrutura dentro da
Casa Legislativa de Presidente Figueiredo.
398
A prática do controle ganhou evidência nos últimos anos no
Brasil com as denúncias e punições de conluios existentes entre em-
presas privadas e representantes do poder público. Nesse âmbito, o
Decreto Lei nº 8.420 (Brasil, 2015), conhecido como “Lei Anticorrup-
ção”, destaca a necessidade de um programa de integridade para criar
mecanismos capazes de detectar e sanar desvios e fraudes contra a
administração pública.
399
[...] qualquer atividade de verificação sistemática de um regis-
tro, exercida de forma permanente ou periódica, consubstan-
ciado em documento ou outro meio, que expresse uma ação,
uma situação, um resultado etc., com o objetivo de verificar
se existe conformidade com o padrão estabelecido, ou com o
resultado esperado, ou, ainda, com o que determinam a legis-
lação e as normas.
METODOLOGIA
400
que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos
fenômenos e a atribuição de significados são básicos no pro-
cesso qualitativo. Não requer o uso de métodos e técnicas
estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de
dados e o pesquisador é o instrumento-chave. O processo e
seu significado são os focos principais de abordagem. (SILVA;
MENEZES, 2001, p. 20).
401
Assim como a maioria das tipologias, a pesquisa documental pode
integrar o rol de pesquisas utilizadas em um mesmo estudo ou se caracte-
rizar como o único delineamento utilizado para tal (BEUREN, 2006).
402
a evolução de seus indicadores perante a avaliação do Ranking da
Transparência das Câmaras Municipais realizado pelo Ministério Pú-
blico de Contas do Amazonas. No ano de 2021 obteve 402 pontos, o
equivalente a 46,97%, sendo um avanço significativo no Ranking de
Controle Interno comparado aos anos anteriores 2019 e 2020 que re-
gistraram 4,34 pontos, correspondendo a (0% a 25%), “estado crítico”.
No ano de 2022 subiu para 54,1%, na avaliação referente ao período
de 21 janeiro de 2022 a 11 julho de 2022 e se coloca em 4º lugar, con-
forme apresentado na Figura 3 (MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS
DO AMAZONAS, 2022).
403
Comissionados, quadro de servidores do Controle Interno. Área de
atuação no exercício (tesouraria/financeiro, recursos humanos, conta-
bilidade, almoxarifado, licitações e contratos e etc.)
404
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
Estrutura da Câmara
Municipal de Vereadores
SUMÁRIO
405
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;(In-
serido pela Emenda nº 01/2013)
Atribuições e estrutura
do controle interno
406
julho de 2018 que dispõe sobre a reestruturação do quadro de cargos
comissionados. O Controle Interno da Câmara Municipal de Presidente
Figueiredo possui três servidores que respondem pela coordenadoria
do Controle Interno.
407
Figura 3 – Organograma
408
Figura 4 – Fluxo de comunicação de Auditoria do Controle Externo ao
Controle Interno da Câmara Municipal de Presidente Figueiredo
SUMÁRIO
Fonte: Coleta de dados (2022)
409
• Acompanhar a gestão fiscal, avaliando semestralmente o compor-
tamento dos gastos públicos do Poder Legislativo, estando apto a
sugerir medidas para aprimorar o uso de recursos públicos;
410
• Realizar outras atividades de manutenção e aperfeiçoamento do
Sistema de Controle Interno, inclusive quando da edição de leis,
regulamentos e orientações;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
411
público pesquisado é necessário, fundamental, bem como obrigatório
por lei. Acredita-se que o objetivo proposto foi alcançado.
412
REFERÊNCIAS
PRESIDENTE FIGUEIREDO. Lei Municipal nº 796, de 09 de julho de 2018,
dispõe sobre a reestruturação do quadro de cargos comissionados da
Câmara Municipal de Presidente Figueiredo-Am.
PRESIDENTE FIGUEIREDO. A Lei Promulgada nº 06, de 09 de janeiro
de 2012, institui o Controle Interno na Câmara Municipal de Presidente
Figueiredo-Am.
PRESIDENTE FIGUEIREDO. Lei Orgânica do Município de 1º de outubro
de 2013, que constitui a Lei Fundamental do Município de Presidente
Figueiredo-Am.
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414
18
Capítulo 18
O regime de teletrabalho
pós-pandemia:
desafios e perspectivas
na implementação do Programa
de Gestão e Desempenho (PGD).
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.18
SUMÁRIO
Resumo:
O presente artigo tem por finalidade abordar o Regime de Teletrabalho nas Or-
ganizações Públicas pós-pandemia, bem como discorrer sobre os principais
desafios enfrentados pelos órgãos que aderiram ao Programa de Gestão de
Desempenho (PGD) e perspectivas que podem ser vislumbradas com a am-
pliação da implementação desse programa. Além disso, buscou-se analisar
os impactos causados pelas inovações tecnológicas e como os índices de
produtividade impulsionaram a regulamentação dessa nova forma de trabalho.
Para tanto, utilizou-se a abordagem qualitativa, com um cunho descritivo-ex-
ploratório. A partir de um levantamento documental, com o intuito de contribuir
e estimular discussões e reflexões a respeito dessa temática, tendo em vista
que o programa possibilita melhor qualidade de vida aos envolvidos, redução
de custos, comunicações instantâneas mesmo sem a presença física, entre
outros, verificou-se que um dos obstáculos mais apontados foi a resistência
às ferramentas tecnológicas, que se constituem como base dessa modalidade
de trabalho, além do fato da maioria dos servidores ativos estar na faixa etária
de 47 anos, denotando que não são “nativos digitais”. Embora haja um quan-
titativo expressivo de obras a respeito, notou-se que alguns dados ainda são
superficiais, sendo necessário o desenvolvimento de novos estudos, principal-
mente de cunho estatístico, para se ampliar a compreensão sobre os impactos
trazidos pelo Regime de Teletrabalho na administração pública.
416
INTRODUÇÃO
417
agosto de 2018 (BRASIL, 2018), tendo por principal finalidade aferir
as atividades desempenhadas pelos envolvidos, visando a qualidade
e eficácia no serviço desempenhado.
418
REVISÃO TEÓRICA
A Pandemia e o regime
de Teletrabalho
419
Figura 1 – Perfil dos Teletrabalhadores em
Regime de Trabalho Remoto no Brasil
SUMÁRIO
420
deste se realiza com o auxílio dos meios de telecomunicação e/ou do
computador” (OIT, 2011, p. 11).
O Programa de Gestão
de Desempenho e suas normativas
421
Quadro 1 – Comparação entre normativos PGD
QUADRO COMPARATIVO
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/2018 X INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 65/2020
INSTRUÇÃO INSTRUÇÃO
OBSERVAÇÕES
NORMATIVA Nº 01/2018 NORMATIVA Nº 65/2020
Estabelece orientações, critérios e pro- Estabelece orientações, critérios e pro- Mesma
cedimentos gerais a serem observados cedimentos gerais a serem observados fundamentação
pelos órgãos e entidades integrantes do pelos órgãos e entidades integrantes do nas duas.
Sistema de Pessoal Civil da Adminis- Sistema de Pessoal Civil da Administra-
Matéria
tração Federal - Sipec relativos à im- ção Federal - SIPEC relativos à imple-
plementação de Programa de Gestão, mentação do Programa de Gestão.
de que trata o § 6º do art. 6º do Decreto
nº 1.590, de 10 de agosto de 1995.
Art. 1º Orientar e estabelecer crité- Art. 1º Esta Instrução Normativa esta- Na IN nº
rios e procedimentos gerais a serem belece orientações, critérios e proce- 01/2018 havia
observados pelos órgãos e entidades dimentos gerais a serem observados a dispensa do
SUMÁRIO integrantes do Sistema de Pessoal Ci- pelos órgãos e entidades integrantes controle de
Disposições
vil da Administração Federal - Sipec do Sistema de Pessoal Civil da Admi- frequência.
Gerais
relativos à implementação de progra- nistração Federal - SIPEC relativos à
ma de gestão, no qual os servidores implementação de programa de gestão.
públicos participantes ficam dispen-
sados do controle de frequência.
Art.5º Os servidores públicos parti- Art. 2º Podem participar do programa de Maior limitação
cipantes do programa de gestão são gestão:I - servidores públicos ocupantes quanto aos
regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de de cargo efetivo; II - servidores públicos participantes na
dezembro de 1990, observadas as ocupantes de cargo em comissão, decla- IN nº 01/2018.
Participantes adaptações necessárias ao exercício rado em lei de livre nomeação e exone-
do PGD de suas atribuições funcionais com ração; III - empregados públicos regidos
dispensa de controle de frequência. pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
de 1943, em exercício na unidade; e IV
- contratados temporários regidos pela
Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993.
Art. 2º, VII - modalidade teletrabalho: Art. 3º, VII - teletrabalho: modalidade A IN nº 65/2020
categoria de implementação do pro- de trabalho em que o cumprimento da aborda dois
grama de gestão em que o servidor jornada regular pelo participante pode regimes, parcial
público executa suas atribuições ser realizado fora das dependências fí- ou integral, além
funcionais integralmente fora das sicas do órgão, em regime de execução de ressalvar a
dependências da unidade, mediante parcial ou integral, de forma remota e possibilidade
Modalidade o uso de equipamentos e tecnologias com a utilização de recursos tecnológi- de controle,
Teletrabalho que permitam a plena execução das cos, para a execução de atividades que metas, prazos e
atribuições remotamente, dispen- sejam passíveis de controle e que pos- entregas defini-
sado do controle de frequência, nos suam metas, prazos e entregas previa- das, pontos não
termos desta Instrução Normativa; mente definidos e, ainda, que não con- abordados na
figurem trabalho externo, dispensado IN nº 01/2018.
do controle de frequência, nos termos
desta Instrução Normativa;
422
Art. 3º O programa de gestão abran- Art. 4º O programa de gestão abrangerá Percebe-se
gerá as atividades cujas caracte- as atividades cujas características permi- maior abran-
rísticas permitam a mensuração da tam a mensuração da produtividade e dos gência na IN
Abrangência produtividade e dos resultados das resultados das respectivas unidades e do nº 65/2020,
respectivas unidades e do desem- desempenho do participante em suas pois muda o
penho do servidor público partici- entregas. termo para
pante. “participante”.
Art. 3º - Parágrafo único. O programa Art. 5º - § 2º O teletrabalho não pode- Na IN nº
de gestão não poderá: I - abranger as rá: I - abranger atividades cuja natureza 65/2020 houve
atividades para as quais a presença exija a presença física do participante a supressão do
física na unidade seja estritamente na unidade ou que sejam desenvolvidas inciso III que
necessária; II - implicar redução da por meio de trabalho externo; e II - re- consta na IN
Proibição
capacidade plena de funcionamento duzir a capacidade de atendimento de nº 01/2018.
no Programa
dos setores em que haja atendimento setores que atendam ao público interno
de Gestão
ao público; e III - obstruir o conví- e externo.
vio social e laboral, a cooperação, a
SUMÁRIO integração e a participação do servi-
dor, nem dificultar o direito ao tempo
livre.
Art. 4º A implementação de progra- Art. 7º A implementação de programa Novamente ob-
ma de gestão é facultativa à Admi- de gestão é facultativa à Administração serva-se maior
Quanto à nistração Pública e ocorrerá em fun- Pública e ocorrerá em função da conve- abrangência na
implementação ção da conveniência e do interesse niência e do interesse do serviço, não IN nº 65/2020,
do PGD do serviço como ferramenta de se constituindo direito do participante. em que não
gestão, não se constituindo direito se limita aos
do servidor. servidores.
Art. 6º A integral implementação do Art. 8º A implementação do programa Percebe-se uma
programa de gestão observará as de gestão observará as seguintes fases: redução nas fa-
seguintes fases: I - elaboração de I - autorização pelo Ministro de Estado; ses, tornando-as
processo de acompanhamento de II - elaboração e aprovação dos procedi- mais simples.
metas e resultados e de plano de tra- mentos gerais; III - execução do progra-
balho; II - autorização pelo Ministro ma de gestão; e IV - acompanhamento
Fases de de Estado; III - implementação do do programa de gestão.
Implementação programa de gestão em experiência
do PGD piloto; IV - avaliação dos resultados
da experiência-piloto e reformulação
do plano de trabalho, se necessária;
V - regulamentação do programa
de gestão; e VI - implementação e
acompanhamento do programa de
gestão.
423
METODOLOGIA
424
Para o tratamento de dados, utilizou-se a análise de conteúdo
proposta por Bardin (1977), que prevê três etapas: a pré-análise, a
exploração do material, e o tratamento e interpretação dos resultados
obtidos. No primeiro estágio, realizou-se a organização, por meio de
uma leitura flutuante e seleção de documentos; na exploração, codifi-
cou-se e categorizou-se o material, procedendo posteriormente com o
recorte das unidades de registro e contexto; por fim, na interpretação
dos resultados, operou-se por meio da inferência, que, segundo Bardin
(1977, p. 133), é: “apoiar-se nos elementos constitutivos do mecanis-
mo clássico da comunicação: por um lado, a mensagem (significação
e código) e o seu suporte ou canal; por outro, o emissor e o receptor”.
SUMÁRIO
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
425
Quadro 2 – Planos de Trabalho
426
empresa, o problema da reestruturação dos espaços dentro de casa,
dos hábitos pessoais e das relações familiares”.
427
Qualidade de vida; Conflito vida familiar e trabalho;
Autonomia; Isolamento social e profissional;
Barros; Silva
Flexibilidade para Organização; Falta de estrutura/tecnologia;
(2010)
Conciliar Trabalho-Família; Dificuldade de controle/ ava-
Melhoria da Produtividade. liação de desempenho.
Autonomia; Conflito vida familiar e trabalho;
Soares Flexibilidade para organização; Isolamento social e profissional;
(1995) Melhoria da produtividade; Não adequação/falta de treinamento;
Melhoria na qualidade de Trabalho. Falta de estrutura/tecnologia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
428
servidores ativos está na faixa etária de 47 anos, o que denota que
não são “nativos digitais5”, visto o pouco ou nulo contato destes com
os aparatos tecnológicos.
REFERÊNCIAS
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p. 25-52, jan./fev. 2014.
5 Presnsky (2001, p. 1, apud TEZANI, 2017, p. 297) conceitua nativos digitais como: “esses
alunos caracterizam-se por nascerem a partir de 1990 e por estarem rodeados pelas
TDIC. O universo digital é delas parte integrante de suas vidas, sendo assim, “[...] o
grande volume de interação com a tecnologia, os alunos de hoje pensam e processam
as informações bem diferentes das gerações anteriores.”
429
BRASIL. Instrução Normativa nº 1, de 31 de agosto de 2018. Diário Oficial
da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 3 set. de 2018. Seção 1, p. 92-94.
BRASIL. Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020. Reconhece, para os
fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a ocorrência
do estado de calamidade pública, nos termos da solicitação do Presidente
da República encaminhada por meio da Mensagem nº 93, de 18 de março
de 2020. Brasília, DF: Palácio do Planalto, 2020a. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/portaria/DLG6-2020.htm. Acesso em: 16 jul. de 2022.
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BRASIL. Instrução Normativa nº 65, de 30 de julho de 2020c. Diário Oficial
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430
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432
19
Capítulo 19
Fernando Thiago
Fernando Thiago
Resumo:
Essa pesquisa vem refletir sobre o papel da gestão pública no processo de
implementação de ponto de acesso à internet nas escolas da zona rural do
município de Barreirinha, Amazonas. Aqui trataremos uma realidade amazô-
nica entendendo a importância de pesquisas acadêmicas sobre essa região.
No entanto, para além disso, trataremos da questão do campo da Educação
e da conectividade de Internet no país e no Amazonas por meio de políticas
públicas que tem beneficiado a vida de pessoas nessa região. Para isso, essa
investigação se formulou por uma perspectiva qualitativa, com pesquisas des-
critivas e tratamento de dados documentais. Além de uma discussão sobre os
campos acima mencionados, apresentamos o processo de implementação
de Internet nas escolas da zona rural de Barreirinha. Os resultados mostram
36 escolas contempladas com recursos dos programas, das quais 33 estão
na zona rural do município. Por meio de uma estratégia de apoio da gestão da
pasta da educação, juntamente com apoio técnico e pedagógico, o processo
ocorreu de forma acelerada para que as escolas recebessem o benefício, uma
vez a urgência que a Pandemia de Covid-19 trouxe.
434
INTRODUÇÃO
435
Importante observar o ano em que o município foi contempla-
do, 2020, momento em que o planeta vivia o caos da Pandemia de
Covid-19. É um fato incontestável as mudanças provocadas pelo Co-
vid-19 nos vários campos da vida em sociedade. Como aqui tratamos
da Educação, essa sem dúvida foi uma das áreas mais atingidas nesse
momento. Relatórios como o Conselho Nacional de Educação, CNE
n. 06/2021, mostram que a educação, em escala mundial, mesmo em
países do primeiro mundo, tive perdas significativas no processo en-
sino-aprendizagem e que, pensado a longo prazo, demora um tempo
para que esses prejuízos sejam recuperados, segundo o relatório as
maiores dificuldades estão nas disciplinas de Português e Matemática,
SUMÁRIO no caso do Brasil (BRASIL, 2021).
436
Conectada e também a Legislação que ampara o programa nacional.
Por meio destes documentos é possível esclarecer de que se tratam
esses programas, quais seus propósitos e perceber dados sobre o
acesso à internet no Brasil.
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
437
• Apresentar uma discussão sobre o programa Educação Conec-
tada evidenciando os aspectos que contemplam a realidade
estudada;
Justificativa
438
Por isso, torna-se importante publicizar essa realidade mostran-
do uma parte do Brasil que tem outras vivências e realidades muitas
vezes desconhecidas dos grandes centros brasileiros.
REVISÃO TEÓRICA
439
e Fontana (2016), ao apresentar algumas ações dessa natureza que
possibilitaram a conexão à Internet no Brasil. São recentes os esforços
do poder público na expansão da conexão à internet no Brasil; importa
afirmar que a Internet se popularizou no país no início do século XXI e
por muito tempo só esteve disponível nos grandes centros urbanos. No
entanto, como aponta Luciano (2019), o PNBL foi revogado em 2018,
o que consequentemente trouxe um novo panorama ao processo de
expansão da Internet no Brasil: primeiro com uma drástica paralisação
de novos acessos via banda larga tradicional e aumento de outras
formas com as bandas largas móveis.
440
Por esses dados, ainda que mostrem desigualdade no cená-
rio nas regiões Sul/Sudeste, notamos que a diferença entre tempo de
acesso às redes é relativamente pequena. Quando a pesquisa se di-
reciona para as regiões Norte e Nordeste, as informações revelam um
quadro problemático. Isso porque, na região Norte, a pesquisa identifi-
cou dois grupos que chamou de “subconectados” e “desconectados”
em que os “subconectados” são os que em média estão 19 dias on-li-
ne, em maioria em aparelhos celulares com serviço pré-pago, pois são
das classes D e E, de pouco escolarização e recursos financeiros, em
maioria negros (PCW; LOCOMOTIVA, 2022).
441
A problemática do acesso
à internet no interior do Amazonas
442
METODOLOGIA
443
É importante frisar, dentro das premissas da pesquisa descritiva,
que partimos exatamente de um ponto de observação: nossa reali-
dade da zona rural do município, atentando para as questões educa-
cionais, geográficas e estruturais. Antes, porém, de tratarmos da des-
crição desse processo, como nos mostra Prodanov e Freitas (2013),
precisamos analisar os fatos vendo sua relação com outros fatos e,
nesse sentido, estar e observar nossa realidade se conjuga com as
ações dentro do nosso campo de atuação que é a gestão pública. Por
isso, é na análise das ações do poder público que vamos notar como
uma realidade como a nossa pode se beneficiar por meio de ações
em nível brasileiro.
SUMÁRIO Para elaboração dessa pesquisa, usaremos diferentes aportes
documentais como fonte de análise. Primeiramente, para a necessária
discussão sobre o que é Programa Educação Conectada, estaremos
analisando toda documentação oficial de implementação e orientação
das ações governamentais. Tratam-se de Leis, Decretos, Portarias,
Resoluções e Diretrizes, disponíveis nos portais oficiais do governo
federal. Além disso, o Ministério da Educação (MEC), produziu quatro
Manuais que apresentam todos os pormenores do Programa Educa-
ção Conectada. Nele encontram-se um vasto conteúdo que vai desde
o contexto histórico, com a formação e os incentivos para a criação do
programa, passando pela legislação, em que são apresentadas todas
as competências do Poder Público, até chegar nas questões técnicas.
444
Por fim, como complemento, temos disponíveis os dados de
domínio público. Atualmente, dada a amplitude das tecnologias, tais
informações estão facilmente disponíveis nos sites de informação do
governo federal. O Programa Educação Conectada conta em seu site
com um dispositivo de busca que mostra todas as escolas contempla-
das por estado e município, com o ano, os valores investidos e infor-
mações básicas das escolas. É sabido que ao tratar de recursos finan-
ceiros, a publicização das informações tem como propósito promover
a transparência da gestão pública e do uso dos recursos financeiros
para o conhecimento da sociedade.
445
Dentro do que preconiza o autor na fase de pré-análise, temos
o momento em que há a organização do material que irá ser utiliza-
do, esse processo deve estar consoante aos objetivos da investigação
(BARDIN, 1977, p. 96). Em nosso trabalho, essa organização começa
no processo de compreender e apresentar o programa federal Educa-
ção Conectada. Para isso, como se trata de uma ação governamen-
tal de escala macro, que se aplica a todo território, partimos para a
observação dos documentos oficiais, ou seja, a Legislação, que vai
pormenorizar todas as atividades que permeiam o programa. Nesse
processo, durante as primeiras leituras, notamos que esses documen-
tos têm a função, majoritariamente, de regra, tratam de leis, decretos e
SUMÁRIO portarias, ou, apresentam questões técnicas o que contempla apenas
um dos objetivos de nossa investigação
446
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
Educação Conectada
447
Inicialmente, ao que chamaram de Indução, entre 2017 e 2018,
que visava a construção e implantação do programa, a meta era atingir
44,6% dos alunos da Educação Básica; seguido da expansão, entre
2019 e 2021, que se trata da ampliação para 85% dos alunos brasilei-
ros e a sustentabilidade que é a meta de atendimento de 100% dos
alunos até 2024, transformando o programa em política pública efetiva
no campo da educação.
448
para escolas da Zona Rural, dadas as dificuldades de comunicação,
distâncias e outros fatores, a Legislação afirma que é também com-
petência das Secretarias e do seu Gestor o apoio pedagógico das
escolas quanto à educação e a internet.
449
Internet, dão conta de mostrar que das 93 escolas da rede municipal,
76 contam com acesso à internet. Essas conexões são oriundas de
outras iniciativas, também governamentais, que fornecem às escolas
todo o equipamento e instalação.
450
rápidas como a criação do programa Aprendendo em Casa, (SEMED,
2020a) uma atividade que ofertou aulas via rádio para os alunos da
zona rural do município.
451
Consta no relatório interno da SEMED (2020b) que no ano de
2020, 27 escolas receberam recursos do programa Educação Conec-
tada, das quais 24 são da zona rural. Dentre as primeiras a serem
atendidas podemos destacar as escolas municipais dos distritos, qui-
lombolas e indígenas, essas últimas em regiões mais distantes. Em
nossa realidade, os Distritos são comunidades rurais de maior porte,
com escolas maiores e número considerável de alunos; nas especifi-
cidades quilombola e indígena, porém, temos escolas de menor porte
e com alunos em menor número, alguns sequer têm acesso a rede de
celular, mas na escola há acesso à internet.
452
e outras 25 receberam para a manutenção e continuidade. Das nove,
todas estão na zona rural e assim como em 2020, muitas não tinham
acesso à rede de celular. O destaque fica para sete escolas indígenas
presentes no território Sateré-mawé, que como mencionamos estão a
longas distâncias da sede do município.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
453
aos relatos de uma realidade ainda pouco presente nas pesquisas aca-
dêmicas. Aqui apresentamos como a gestão pública acontece na práti-
ca por meio da discussão da implementação de Internet nas escolas da
zona rural de Barreirinha. Relatamos que entre 2020 e 2021, 33 escolas
receberam os recursos direto para a instalação, com destaque para as
escolas do território indígena Sateré-mawé, escolas da região quilom-
bola do rio Andirá. Tratamos de apresentar algumas melhorias nesses
locais, que em muitos casos não há acesso a rede móveis de celular,
dada às grandes distâncias, mas que com o acesso à Internet poderiam
se comunicar. Além disso, dentro do campo da Educação, relatamos as
dinâmicas escolares para o processo de ensino-aprendizagem construí-
SUMÁRIO das no momento da pandemia de Covid-19.
454
educação é a principal via para o fim das desigualdades, para uma
vida plena em sociedade, para ascensão social e um sem fim de be-
nefícios que tocam o coletivo.
SUMÁRIO Hoje cada vez mais gestores públicos precisam estar em amplo
contato com os grupos do campo educação. Em nossa experiência
esse contato tem rendido bons frutos. Aqui compartilhamos apenas
uma parte de um processo que está em amplo movimento. Fazer uma
reflexão, ainda que em um pequeno recorte, nos faz pensar sobre o
que mais podemos fazer pela melhoria da vida coletiva.
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BARREIRINHA - SEMED. Relatório Técnico Educação Conectada. Setor de
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457
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DESPORTO E LAZER DE
BARREIRINHA - SEMED. Relatório do Programa Aprendendo em Casa.
Barreirinha: SEMED 2021a.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DESPORTO E LAZER DE
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BARREIRINHA - SEMED. Relatório de Escolas Municipais com acesso à
Internet. Setor de Programas Federais, 2021d.
458
20
Capítulo 20
Gestão Participativa:
um estudo dos Planos Diretores
nos municípios de Itacoatiara,
Iranduba e Presidente Figueiredo
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.20
SUMÁRIO
Resumo:
Diante de várias estratégias para o desenvolvimento e planejamento urbano,
destaca-se o Plano Diretor Municipal, que vem ganhando espaço desde a sua
criação através da Lei federal nª 10.257 de 2001 (Estatuto da Cidade). O pre-
sente estudo se dirige pelo seguinte problema de pesquisa: Como está a im-
plementação do Plano Diretor e os caminhos de sua revisão nos municípios de
Itacoatiara, Iranduba e Presidente Figueiredo (Amazonas)? O objetivo geral é
analisar os conteúdos dos Planos Diretores vigentes desses municípios e o seu
formalismo a partir da gestão participativa. A metodologia consiste na análise
de documentos e experiências em literatura sobre a temática, que subsidiam
a elaboração, fundamentação, diretrizes e instrumentação e segue até a etapa
da revisão. Os resultados indicam dificuldades encontradas nos indicadores
de participação popular, baixa capacidade administrativa, técnica e econômi-
ca, falta de incentivos, ausências de definições nas diretrizes e necessidade
de renovação desses planos condicionados à realidade atual dos municípios.
460
INTRODUÇÃO
461
Este trabalho pretende analisar os conteúdos dos Planos Dire-
tores vigentes dos municípios de Itacoatiara, Iranduba e Presidente
Figueiredo, no Amazonas, no que tange aos preceitos da gestão par-
ticipativa. Assim, questiona-se: Como está a implementação do Plano
Diretor e os caminhos de sua revisão ness es Municípios?
REVISÃO TEÓRICA
462
valorizando a figura municipal (REZENDE; ULTRAMARI, 2008). O es-
tatuto criou instrumentos de planejamento municipal, destacando-se
o plano diretor como o mais importante, é o principal instrumento de
desenvolvimento urbano, responsável pela aplicação do estatuto da ci-
dade (AGUILAR, 2021). Trata-se de um instrumento capaz de gerenciar
a eficiência da cidade, valorizando a forma participativa no presente e
no futuro (REZENDE; ULTRAMARI, 2008).
463
O Estatuto da Cidade, no § 3º do seu artigo 30, determina que
o plano diretor seja revisado a cada dez anos, as revisões ou alte-
rações devem ser participativas, obedecendo às mesmas regras da
elaboração. Essa validação de democracia participativa consiste em
audiências públicas, debates com participação popular e associações
representantes, e publicidade através do acesso às informações, este
processo democrático vem sendo conduzido pela resolução n.º 25 do
Conselho das Cidades, Ministério das Cidades.
SUMÁRIO
A primeira elaboração de plano diretor no Brasil, foi chamado
de Plano Agache, surgiu entre 1926-1930, elaborado pelo urbanista
francês Albert Donat Agache, em seu escopo, era priorizado um plano
físico-territorial cujo objetivo era a remodelação e embelezamento da
cidade (ALMEIDA, 2005).
464
Atualmente Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR),
junto a Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regio-
nal e Urbano (SMDRU), criou uma versão teste do guia para elabora-
ção e revisão de plano diretores dos municípios, que servirá de teste
para gestão e planejamento municipal. O objetivo dessa publicação é
apoiar a gestão municipal em todos os níveis de governo nas fases de
implementação (ARAÚJO, 2021).
Fonte: Elaborada pela autora com base no Estatuto da Cidade (BRASIL, 2001).
465
As instâncias para participação social no plano diretor podem
ser realizadas por assembleias, audiências públicas, conselhos, pro-
jetos de iniciativa popular, orçamento participativo, e projetos de leis,
com caráter de naturezas consultivas, propositivos, avaliativos, ou até
mesmo não ter definição específica. (REZENDE; ULTRAMARI, 2008).
466
Os demais municípios como Careiro, Iranduba, Itacoatiara, Mana-
quiri, e Presidente Figueiredo o fizeram até o prazo determinado 30 de
junho de 2006, outros municípios elaboraram posterior ao prazo, como
no caso de Careiro da Várzea, Itapiranga, Novo Airão e Rio Preto da Eva.
Os municípios de Manaquiri e Silves não possuem Plano Diretor.
METODOLOGIA
467
Figura 1 – Região Metropolitana de Manaus
SUMÁRIO
468
Esses foram os planos diretores mais recentes encontrados nos
sites oficiais das prefeituras/secretarias. Trata-se de documentos do
ano de 2006, que, conforme o Estatuto da Cidade, já deveriam ter sido
revisados. Dessa forma, foi enviado e-mails aos órgãos competentes
de cada municípios questionando a existência de uma versão mais
atual dos referidos planos (Apêndice A). Os e-mails respondidos ale-
garam que, até o momento, os planos não foram revisados ou atuali-
zados e que voga a legislação pertinente de 2006.
469
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
470
Os planos analisados limitaram-se a expor as diretrizes dos ins-
trumentos de gestão participativa, além dos instrumentos referencia-
dos pelo Estatuto da Cidade, apenas os municípios de Iranduba em
seu Art. 139, X-XI e Itacoatiara, Art. 109, § 1 e §2, consideram como
instrumentos de gestão democrática: o referendo popular e o plebisci-
to. O município de Presidente Figueiredo não aborda os instrumentos
de gestão participativa em seu plano.
471
O Plano Diretor de Iranduba é intitulado como Plano Diretor Par-
ticipativo, um dos seus princípios se rege através da participação da
população nos processos de decisão, planejamento e gestão pública
municipal, visando alcançar a gestão democrática com a participação
da representatividade dos vários segmentos da sociedade na formu-
lação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos
do desenvolvimento municipal. No município, predominam instâncias
propositivas, deliberativas e avaliativas, com o “Referendo popular e
plebiscito” que é consultivo. Destaca-se que o PDM não define, expli-
citamente, a natureza dos Conselhos Municipais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
472
os planos diretores analisados estão desatualizados e defasados, uma
vez que, desde a sua elaboração em 2006, não houve nenhuma revi-
são. Em regra, os PDMs não podem ser esquecidos e o não cumpri-
mento da lei pode ser configurado como improbidade administrativa.
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476
21
Capítulo 21
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.21
SUMÁRIO
Resumo:
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio que causa aos indiví-
duos acometidos alterações em seu desenvolvimento neurológico com com-
prometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal e com-
portamento restrito e repetitivo. Essas condições trazem diversos obstáculos
a essas pessoas tantos nas questões de saúde, educação e bem-estar até
a convivência em sociedade e inserção no mercado de trabalho. Dessa for-
ma, cabe ao poder público proteger e assegurar à essas pessoas, que estão
na condição de vulnerabilidade, o acesso aos direitos básicos, inclusive o de
labor, atendendo ao princípio da dignidade da pessoa humana. Assim, esta
pesquisa buscou verificar diversos aspectos do transtorno através dos estudos
bibliográficos das mais diversas áreas, que propiciassem o entendimento das
necessidades dos indivíduos com TEA, principalmente observando o direito
constitucional ao trabalho digno, com ênfase na atuação do gestor público e
as políticas públicas de inclusão do autista ao serviço público e mercado de
trabalho. Desse modo, evidenciou-se que apesar dos avanços e crescimen-
to dos estudos na área, ainda há muitos desafios a serem enfrentados pela
Administração Pública e pela sociedade em geral para uma efetiva inclusão
das pessoas com TEA no mercado de trabalho, em especial devido ao desco-
nhecimento do transtorno, preconceito e falta de mecanismos inclusivos que
descubram as potencialidades de contribuição do autista em sociedade.
478
INTRODUÇÃO
479
contidos no ordenamento jurídico a fim de promover melhorias nas
condições de vida aos autistas.
480
públicas vêm sido adotadas para inserção das pessoas com TEA no
mercado de trabalho e com algum tipo de deficiência, especialmente
no setor público; identificar quais as dificuldades de inserção das
pessoas com TEA e como estas podem ser minimizadas pela Admi-
nistração Pública.
481
Da escassa bibliografia sobre a temática, a maioria das pesqui-
sas se atem a aspectos da infância do indivíduo com TEA, como aces-
so à educação e saúde. Apesar da importância dessa perspectiva do
TEA, os estudos precisam avançar com finalidade de alcançar a me-
lhoria da vida dos autistas em todas as fases de seu desenvolvimento.
SUMÁRIO
REVISÃO TEÓRICA
482
Conforme Leopoldino e Coelho (2017), o TEA pode apresentar
diversos níveis de comprometimentos aos indivíduos acometidos, po-
dendo haver pouca ou elevada alteração comportamental. Os autores
apontam que é primordial o diagnóstico precoce, o tratamento espe-
cializado e a educação adequada, visto que são fatores que contri-
buem para que a pessoa com TEA conquiste mais independência e
melhore sua qualidade de vida, sendo relevante a integração destes
indivíduos em sociedade.
483
iluminação forte ou ao toque (defensividade tátil). Já a hipossen-
sibilidade ocorre quando esse sujeito tem uma perceptibilidade
tátil menor, podendo não sentir um ferimento grave, por exem-
plo, sendo que essas duas ocorrem com frequência entre as
pessoas com TEA. (NASCIMENTO, 2017, p.13)
484
O TEA é um transtorno global do desenvolvimento, portanto não
trata-se de uma deficiência e nem doença, no sentido científico, po-
rém, com objetivo de atender melhor os interesses e enfrentamento às
dificuldades vivenciadas pelos brasileiros portadores de TEA, desde a
sanção da Lei nº 12.764/2012, as pessoas com TEA são consideradas,
por analogia, pessoas com deficiência.
485
Nesse sentido, como o autismo está enquadrado legalmente
como deficiência o autista pode concorrer às vagas para pessoas com
deficiência em concurso público. Assim é cabível o disposto no artigo
37, VIII da CF, que dispõe que “a lei reservará percentual dos cargos e
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e defi-
nirá os critérios de sua admissão”.
486
dessas pessoas conseguirem um tempo adicional para realizar
toda a prova de forma prática e justa.
487
assistivas e adaptações além da etapa de realização de provas e con-
cursos e processos seletivos públicos, devendo se estender para todo
o processo de admissão e adaptação no trabalho.
488
possuem uma visão de mundo diferenciada, e que apresentam ca-
pacidades muito peculiares e específicas e que com a oportunidade
e meios adequados podem desenvolver atividades além da média e
cabe também a Administração Pública fazer o seu papel para incluir em
seus quadros de pessoal pessoas neurodiversas, como os autistas.
METODOLOGIA
Classificação da Pesquisa
489
— Quanto aos procedimentos adotados para coleta de dados:
pode-se verificar a utilização de 2 tipos, sendo: pesquisa biblio-
gráfica com coleta dados em material impresso ou digital publi-
cado e documental devido a coleta dados em documentos sem
tratamento analítico.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
490
Em consulta a diversas fontes, evidenciou-se a inexistência
de informações oficiais quanto a empregabilidade das pessoas com
TEA, o que existem são dados de 2017 do Ministério do Trabalho que
apontam que entre os 46,3 milhões de pessoas empregadas no Brasil,
menos de 1% tem alguma deficiência, e desse percentual, somente
0,075% tem deficiência intelectual, estando incluídos nestes números,
os autistas (PAIVA JR, 2019, p. 20).
491
sobre o autismo na população do país e auxiliando na elaboração
das políticas públicas. (BRASIL, 2019a)
492
Nos mais, de acordo com o Decreto nº 3.298/1999, em seu
artigo 4º, são protegidos pela Política Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência, os categorizados como deficientes,
dentre outros, as pessoas que apresentam:
IV - deficiência mental – funcionamento intelectual significativa-
mente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito
anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilida-
des adaptativas, tais como:
493
neurodiversidade, conceituada como o tipo de diversidade que con-
sidera o desenvolvimento neurológico humano atípico, sendo uma di-
ferença humana que deve ser respeitada e não discriminada. Assim
algumas corporações, visando a neurodiversidade, estão realizando
contratações de profissionais com TEA, porém ainda são minoria.
494
atenção as tarefas, serem detalhistas, tendência a tarefas repetitivas,
alto grau de concentração e boa memória. E apesar da temática trabalho
associada ao autismo ser recente, já existem empresas que recrutam
esses peculiares profissionais como a por exemplo: Passwerk na Bélgi-
ca, Specialisterne na Dinamarca, que possui filial no Brasil, e a Auticon na
Alemanha que já desenvolvem trabalhos pioneiros com autistas.
495
entre todas as regiões brasileiras. Com a pandemia do COVID-19,
uma análise inicial aponta que quanto a empregabilidade, os traba-
lhadores mais vulneráveis foram os mais afetados, com piora da si-
tuação de saúde, emprego e renda. Antes do período pandêmico, a
situação da econômica brasileira já apresentava sinais de crise, com
a pandemia e a inércia do governo, ocorreu aumento nas taxas de
desemprego, principalmente entre os deficientes de forma avassala-
dora. De janeiro a setembro de 2020, por exemplo, os desligamentos
sem justa causa de deficientes representaram 35,8% das demissões
neste período, enquanto o percentual geral de mercado foi de 30,2%.
Nesse sentido, houveram mais desligamentos e baixa intensidade
SUMÁRIO nas admissões de pessoas deficientes.
496
450 mil vagas de PCD’s não preenchidas. Fato é que, diante deste ce-
nário desfavorável agravado pela pandemia, é essencial que existam
políticas públicas para a inclusão das pessoas deficientes no mercado
de trabalho, sob pena de que os avanços e conquistas dos autistas e
deficientes sejam perdidos, causando prejuízos ao direito ao trabalho,
fator primordial para que esta população vulnerável tenha autonomia e
dignidade. Há que se buscar a melhoria da economia e compromisso
de toda a sociedade para que ocorra o cumprimento de todas as legis-
lações voltadas para a proteção dos autistas e deficientes.
497
[...] compreender a cultura da empresa bem como suas expec-
tativas com o empregado, modificação na estrutura física da
empresa, ajustes na jornada de trabalho e na gestão, treinamen-
to de habilidades eficazes de comunicação com os superviso-
res e equipe, possível tutor treinado para quem o autista possa
se reportar e demais modificações necessárias para a inclusão
deste profissional no corpo docente da empresa (HENDRICKS,
2010; SCOTT et al.., 2015 apud BRAVIM E DANGELO, 2017).
498
pesquisas e realização de eventos, estímulos a pesquisa, publicação
e extensão universitária; 4. Aquisição de informações precisas: criação
de cadastro nacional de autistas, censo socioeconômico e de merca-
do de trabalho dos autistas, ampla divulgação dos dados obtidos, com
incentivo a sua pesquisa.
499
CONSIDERAÇÕES FINAIS
500
Consoante o exposto, verificasse que existe legislação que as-
segura o direito ao labor do autista, porém a criação de leis por si só
não é suficiente para a efetivação dos direitos, visto que é dever do
Estado promover políticas públicas que realmente promovam a inser-
ção e manutenção das pessoas com TEA no mercado de trabalho,
inclusive no próprio serviço público. O que se verifica, porém, são
poucas iniciativas para a profissionalização e baixo incentivo à con-
tratação de indivíduos com alguma deficiência, ou seja, os governos
em todos os níveis, ainda pecam na promoção de políticas públicas
que protejam e incentivem o mercado de trabalho à inclusão social
dos trabalhadores portadores de TEA.
SUMÁRIO Nesse diapasão, não foram encontrados levantamentos oficiais
que indiquem o quantitativo de pessoas autistas que ingressaram no
serviço público sejam pelo sistema de cotas ou de ampla concorrên-
cia, nem como estas são recebidas e integradas nas organizações
públicas. A inexistência de pesquisas sobre mercado de trabalho para
inclusão de autistas no serviço público demonstra a inércia e ineficiên-
cia da administração pública em implementar políticas públicas para
inserção de autistas e deficientes em seu próprio quadro de pessoal,
sendo um grande contrassenso visto sua função social perante a so-
ciedade e o dever de proteção de grupos mais vulneráveis. Desse
modo, são necessárias mudanças de mentalidade e estudos que al-
terem a legislação para maior incentivo dessas pessoas a buscarem
ingressar no serviço público de forma a que possam contribuir com
suas potencialidades para o coletivo.
501
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504
22
Capítulo 22
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.22
SUMÁRIO
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo o estudo sobre a abordagem da questão ra-
cial no Instituto Nacional do Seguro Social considerando a utilização do quesito
raça/cor no âmbito da caracterização dos cidadãos que requerem/utilizam os
serviços e benefícios. A análise teve centralidade, compreendendo os impac-
tos do racismo estrutural na constituição da classe trabalhadora nacional, es-
truturando uma “divisão racial do trabalho” com desvantagens multidimensio-
nais, sobretudo para as trabalhadoras negras, oprimidas interseccionalmente
por raça e gênero. A pesquisa seguiu uma abordagem documental de cunho
descritivo com análise de dados provenientes de instituições e pesquisas nos
arquivos institucionais quanto à realização de capacitações e distribuição de
material informativo/educativo acerca da temática de investigação. Ressal-
ta-se que a análise dos dados supracitados foi ancorada no levantamento
bibliográfico acerca do tema, o qual se fez presente em todas as etapas da
pesquisa. A pesquisa possibilitou perceber pelas referências e fontes analisa-
das que a Política de Previdência Social segue aquém das demais políticas
que compõem o tripé da Seguridade Social: Assistência Social e Política de
Saúde no que diz respeito à consideração das iniquidades raciais perante o
público assistido.
506
INTRODUÇÃO
507
No Brasil a população descendente dos povos africanos escra-
vizados ainda sofre os impactos do modo de produção escravocrata,
constituidor das bases da economia deste país. Expressa por meio da
desigualdade no acesso à educação e ao mercado de trabalho, na re-
presentação política e no acesso às políticas públicas de uma forma
geral. Assim, essa pesquisa buscou compreender de que forma a ques-
tão racial é abordada no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social,
considerando especialmente a caracterização dos usuários de seus ser-
viços. Referente aos objetivos específicos buscou identificar a existência
de ações que potencializam a execução da política pública consideran-
do as iniquidades de raça que permeiam a configuração da sociedade
SUMÁRIO brasileira; além de caracterizar a relevância da pauta racial sobre os indi-
cadores de saúde do trabalhador produzidos pela instituição.
508
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); Secretaria de Políti-
cas de Promoção da Igualdade Racial.
509
INSS, Patrimônio
do Trabalhador Brasileiro:
Caracterização do ente público,
território de pesquisa.
510
A inclusão do quesito raça/cor
no cadastro dos trabalhadores
511
Dados produzidos pelo INSS
512
Racismo Estrutural: Desdobramentos
no Mercado de Trabalho Assalariado
e de Cobertura Previdenciária
513
pelo trabalho livre no decorrer dos anos 1800. A força de trabalho que
era majoritariamente composta por escravos e uma menor parcela de
negros e mulatos livres e/ou libertos, inclusive nos centros urbanos
vai sendo substituída de uma forma particularmente excludente. Me-
canismos legais, como a Lei de Terras, de 1850, a Lei da Abolição,
de 1888, e mesmo o processo de estímulo à imigração, forjaram um
cenário no qual a mão-de obra negra passa a uma condição de força
de trabalho excedente, sobrevivendo, em sua maioria, dos pequenos
serviços ou da agricultura de subsistência.
514
As mesmas ideias racistas que atribuíam superioridade e infe-
rioridade a diferentes indivíduos por origem e fenótipos nos sé-
culos de escravidão também pautaram e determinaram a cons-
tituição do trabalho livre e do capitalismo no território brasileiro.
(ORTEGAL,2018,p.419-420)
515
para a reprodução e manutenção do racismo, ou seja, constitui as re-
lações no seu padrão de normalidade, aqui diz-se sobre o conceito do
Racismo Estrutural. Essa reflexão é muito importante para retirar o racis-
mo do campo do ato individual e moral para entendê-lo como um pro-
cesso “em que as condições de organização da sociedade reproduzem
a subalternidade de determinados grupos identificados racialmente”
(ALMEIDA,2020, p.105). Ainda segundo o mesmo autor o Racismo Es-
trutural é formado através do tripé: Economia, Política e Subjetividade.
516
Embora os dados expressam desvantagens para as pessoas
negras em todos os cenários, destaca-se as discrepâncias no que diz
respeito ao trabalho formal/informal.
517
ao mercado trabalho formal, com o genocídio da juventude negra e os
discrepantes índices de morbimortalidade, por vezes mascarados en-
quanto oriundos da desigualdade social. No âmbito da análise sobre
a influência do racismo na estruturação de Políticas Públicas Almeida
(2018) e Bento (2001) vem demonstrando que este se manifesta ora
sob o silenciamento quanto a questão racial ora enquanto política de
letalidade. Procópio (2020) afirma que a descobertura previdenciária
das pessoas pretas se configura enquanto fator estruturante desta po-
lítica pública e não como mera negligência.
Mapeamento racial
do servidor público brasileiro
7 Segundo Piovesan apud Santos e Diana (2018) as ações afirmativas são “políticas compen-
satórias, tratando-se de poderoso instrumento de inclusão social, construído por medidas
especiais e temporárias, que procuram aliviar e remediar um passado de discriminação”.
518
pública com a realidade brasileira. Estudo realizado junto aos servido-
res públicos federais em 2014 levantou a presença de 22,4% de pardos
e 4% de pretos vinculados ao Poder Executivo Federal.
“Até a edição da Lei 12.11/2012 que instituiu a reserva de vagas
no sistema de educação superior e do ensino médio federal
para pretos, pardos e indígenas, esta ação afirmativa tinha um
caráter fragmentado, tendo sido disseminada pelo Brasil ao lon-
go de mais de 10 anos, de modo heterogêneo, por meio de ini-
ciativas locais, como a deliberação de conselhos universitários
e leis estaduais [...]. (DANFLON et al.,2013, p.320)
519
e a constituição de trabalhadores livre foi preciso o estabelecimento de
uma Política de Estado para perpetuação do status quo no período pós
escravidão. Assim a produção da racialização vigora como estratégia
após a escravidão para lidar com a discrepância de poderes: uma
massa de trabalhadores em sua maioria negros X uma pequena elite
branca detentora de poder. Ocorrendo uma reconfiguração da atuação
do Estado para dar conta de reproduzir as subjetividades racializadas
no período pós escravidão.
520
O racismo se trata, portanto, de uma prerrogativa que justifica as
desigualdades materiais e simbólicas baseada na ideia de raça, tendo
como mecanismo a permanência dos privilégios de um grupo sobre
outro. (SCHUCMAN apud RODRIGUES, MIRANDA e ALMEIDA, 2022).
521
Assim, o que deveria ser um questionamento como qualquer
outro, no âmbito da caracterização dos sujeitos entrevistados se tor-
na tema complexo, de forma a ser omitido, silenciado ou mesmo ten-
sionado. O que expressa o quanto a sociedade brasileira ainda não
amadureceu sobre as consequências do processo de escravização e
diáspora dos povos africanos para constituição de seu território.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
522
A pesquisa possibilitou ainda perceber pelas referências e fon-
tes analisadas que a Política de Previdência Social segue aquém das
demais políticas que compõem o tripé da Seguridade Social: Assis-
tência Social e Política Saúde no que diz respeito a consideração das
iniquidades raciais perante o público assistido. A inserção do quesito
raça/cor foi feita recentemente, sem a promoção de capacitações ou
diálogos com o corpo de servidores. De outra forma, reflete também
uma tendência visualizada também nas demais políticas quanto a fra-
gilidade na apropriação e utilização do quesito raça/cor, quando é in-
serido atendendo a orientações normativas, havendo uma carência no
que diz respeito a capacitação para o preenchimento.
SUMÁRIO
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525
23
Capítulo 23
O serviço público
e o atendimento ao cliente:
uma perspectiva a respeito da qualidade
e satisfação da sociedade diante
dos serviços públicos
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.23
SUMÁRIO
Resumo:
O presente estudo tem como objetivo analisar a importância da qualidade e
satisfação no atendimento ao cliente considerando a prestação de serviços
públicos. E especificamente, destacar o atendimento prestado pelos serviços
públicos aos usuários; descrever a percepção dos usuários dos serviços quan-
to à qualidade no atendimento prestado pelos serviços públicos; e pontuar
os fatores de satisfação e insatisfação dos clientes acerca da qualidade do
atendimento prestado pelos serviços públicos. A metodologia trata-se de pes-
quisa bibliográfica e descritiva, que visa a disposição de discussão a partir da
análise de artigos compreendidos no período de 2017 a 2022. Como resultado,
obtiveram-se 09 trabalhos acadêmicos acerca da qualidade e satisfação no
atendimento ao serviço público. O serviço público é a entrega que é esperada
pelo cidadão (pagador de impostos) com respeito ao desempenho do serviço
governamental. A sua aceitação e aprovação depende da qualidade que satis-
faz ao usuário desses bens e serviços ofertados pelo Estado. Contudo, grande
parte dos problemas que influenciam o desempenho do serviço público são os
servidores públicos e a falta de gestão da qualidade, que é diretamente men-
surada pela insatisfação da sociedade. Todavia, é possível recuperar essa di-
vergência através da disposição de critérios de qualidade para planejamento
e organização do serviço público; padronização dos atendimentos ao público;
foco no cidadão-usuário (requer em conhecê-lo em suas necessidades e ex-
pectativas); mais agilidade no acesso aos serviços públicos; disseminação
de obrigações de natureza burocrática; adoção de medidas de desempenho
de servidores; e mensuração contínua dos serviços ofertados.
527
INTRODUÇÃO
528
sejamos modificadores de atitudes e então, passemos a compreender
que o Estado deve ser responsável do bem-estar dos cidadãos, logo,
prestar um atendimento de qualidade a esses indivíduos colabora não
somente com a perpetuação da entidade pública mas promove uma
melhor visibilidade sociopolítica para a entidade pública.
REVISÃO TEÓRICA
529
resultado desejado para um beneficiário, objeto ou outro ativo. Em tro-
ca de dinheiro, tempo e esforço, os clientes de serviços esperam valor
do acesso a trabalho, habilidades, conhecimentos, commodities, ins-
talações, redes e sistemas (WIRTZ; HEMZO; LOVELOCK, 2020).
530
Cobra (2020, p.204) constata que “é importante exercer controle do de-
sempenho do serviço e de seus funcionários – visando medir o índice
de satisfação do consumidor” e procurar identificar as demandas da
sociedade como um todo.
531
Satisfação do cliente/cidadão
532
questão. Para tanto, é importante avaliar constantemente o nível de
satisfação, procurando agir tanto de forma preventiva quanto corretiva.
Conforme Ribeiro (2019), o atendimento envolve a racionalização dos
serviços em relação ao pessoal de trabalho, ao material/equipamento
utilizado, às instalações/edifícios e aos métodos de trabalho.
533
com o que o cliente tem buscado para suprir as suas necessidades.
É também, a entrega de um produto/serviço não sendo apenas com a
qualidade, como também busca-se gerar a confiança necessária para
que os mesmos possam retornar para futuras aquisições dentro das
empresas (SILVA; MACHADO, 2019). Kirchner, Kaufmann e Schmid
(2010, p.11) asseveram que requisitos de qualidade são elencados
pelo consumidor ou pela coletividade mediante suas expectativas e
desejos confirmando que a qualidade no atendimento está direciona-
da para a satisfação destes.
534
Com isso, as empresas visam a realização de uma avaliação
quanto à qualidade dos serviços dentro das 5 (cinco) dimensões, cujo
objetivo está em analisar as expectativas geradas por parte dos clien-
tes, por meio da ferramenta chamada SERVQUAL, sendo um dos mé-
todos eficientes para mensurar a satisfação dos mesmos diante dos
serviços prestados pelas organizações. Esta avaliação é fundamental
para que possa fazer as devidas correções e/ou o aprimoramento tan-
to para a venda quanto para o atendimento ao público para garantir a
sua satisfação (OLIVEIRA et al., 2018).
535
quaisquer públicos que buscam suprir as suas necessidades (SILINS-
KE; FONTOURA, 2019). A seguir, os pontos positivos e negativos de
cada dimensão (quadro 1):
CLASSIFICAÇÃO
DIMENSÃO
POSITIVA NEGATIVA
Serviço satisfatório em relação a reali-
zação assertiva, no tempo combinado
Avaliação negativa do serviço devido
e de forma precisa, conforme pedido.
a erros e lentidão em alguma etapa
Confiabilidade Também significa fazer o processo da
do processo, além de a empresa não
maneira correta desde a primeira vez
inspirar confiança em seus usuários.
SUMÁRIO e a organização inspirar confiança e
compreensão por seus colaboradores.
Serviço satisfazendo o usuário devi- Serviço satisfazendo o usuário devi-
do à atenção personalizada para cada do à atenção personalizada para cada
Empatia cliente e a partir do conhecimento das cliente e a partir do conhecimento das
necessidades e vontade de auxiliar os necessidades e vontade de auxiliar os
consumidores em atingir suas metas. consumidores em atingir suas metas.
Serviço bem avaliado por causa da Avaliação negativa dos usuários por
rapidez na prestação dele e informa- causa da não entrega do serviço pedi-
ção assertiva sobre o acontecimento do, demora em realizar alguma etapa
Receptividade
do processo, além de contemplar dis- do processo e falta de afinco no que
ponibilidade imediata do prestador do tange a sanar as necessidades dos
serviço na resolução de problemas. clientes.
Avaliação positiva devido a sensação
Má avaliação da dimensão por causa
de segurança passada por colabora-
da insegurança, seja em âmbito de
Segurança dores da organização na realização
negociações ou no que se refere ao
dos mais variados processos que a
tratamento interpessoal.
empresa oferta.
Instalações físicas e posse de equi-
Espaço físico ou materiais utilizados
pamentos modernos e visualmente
durante o processo de entrega do
atrativos, colaboradores adequados e
Tangibilidade serviço depreciados, publicidades
limpos e publicidades agradáveis aos
inconvenientes e colaboradores mal-
usuários impactando positivamente
vestidos e malcheirosos.
na análise da qualidade.
536
Portanto, a satisfação é correlacionada às percepções dos
usuários suas próprias expectativas em relação ao serviço e a qualida-
de de atendimento está associada ao que este usuário deveria esperar
deste serviço e o que lhe foi entregue.
METODOLOGIA
537
transversal, do tipo não experimental e utiliza uma abordagem qualita-
tiva para análise dos dados, tendo como suporte teórico-metodológico
hipotético-dedutivo. Ou seja, o conjunto de regras básicas ou procedi-
mentos que produzem o conhecimento científico.
c) análise final.
538
A busca na base de dados é orientada pelas palavras-chave:
“Atendimento, “serviço Público”, “Qualidade no atendimento”, em to-
dos os índices das plataformas supracitadas, buscando captar o maior
número de artigos publicados no período proposto que abordem a
temática escolhida. E os dados serão compilados em uma tabela no
Excel 2019 para o processo de escolha dos artigos e trabalhos sele-
cionados pós leitura.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
SUMÁRIO
539
Tabela 1 – Artigos selecionados para discussão.
540
6 COSTA, Gilson Qualidade no atendimento ao Estudo explora- Os resultados revelam que a percepção dos
Feijão da. (2021) usuário do serviço público: tório e descritivo usuários em relação ao serviço de orientação
uma avaliação da qualidade profissional, indica um alto nível de satisfação.
do atendimento em uma Foi possível notar que a orientação profissional
prefeitura municipal é uma ação da Intermediação de Mão de Obra
- IMO, que está ligada ao Sistema Nacional de
Emprego - SINE do governo federal, que presta
atendimento humanizado voltado aos trabalha-
dores em situação de desemprego e contribui
para o retorno destes ao mundo do trabalho.
7 PEREIRA, R.R. Indicadores de desempenho Pesquisa biblio- O estudo aponta que o processo de imple-
et al. (2021) como ferramenta na gestão da gráfica e Análise mentação de indicadores é considerado
qualidade no serviço público de Bardin didático para uma melhor compreensão e
ação dos agentes internos a fim de trabalhar
a melhoria dos resultados na gestão pública
SUMÁRIO 8 VANZINI, PR.; Análise dos fatores que Pesquisa de ca- Capacitação de pessoas, para que sintam
AGUILERA, RC.; determinam a percepção ráter qualitativo prazer em servir e que se sintam motivadas
BISPO, TODOS .; de uma boa qualidade no e comparativo pelo constante desafio de solucionar os
SANTOS, RL dos .; atendimento ao público. problemas e/ou dúvidas dos clientes/usuá-
PEREIRA, AG.; SIL- rios. Em que se verificou a arrecadação de
VA, RL da .(2021) diversos benefícios que a uma boa percepção
no atendimento ao público, dentre os quais se
destacam: pagamento e/ou uso de tecnologias
e aplicativos com a administração pública;
9 FRATEZI, Flávia Construção e Validação de Pesquisa de A pesquisa permitiu validar um conjunto de
Renata (2020) Indicadores para Monitoramento Campo indicadores passíveis de monitorar a qualidade
da Qualidade Assistencial em assistencial em centros dias, subsidiando
Centros Dia para Idosos. gestores e profissionais na proposição de
estratégias e na tomada de decisão efetiva para
qualificar o cuidado e a avaliação em saúde.
541
Partindo dos artigos expostos, a qualidade no atendimento dian-
te da nova perspectiva da Administração Pública trata o cidadão como
cidadãos-clientes e possui como foco novas atividades, dinamizan-
do suas funções e resultando na prestação de serviço com qualidade
para o seu público-alvo (CARRAZZONI et al., 2021).
Todavia, Castro (2018) afirma que não existe uma fórmula mági-
ca que solucione a situação do atendimento no setor público, exceto
através da adoção de estratégias aplicadas ao cliente. Visto que, o en-
volvimento dos servidores na busca de soluções de qualidade constitui
um aspecto fundamental nos processos de melhoria.
542
Segundo Castro (2018), a globalização, a integração e a velo-
cidade da comunicação influenciaram as atitudes dos consumidores
que hoje exigem o melhor desempenho dos produtos e serviços, sem
tolerância para tempo, falha ou qualidade dos produtos ou serviços
prestados. Tais preceitos são também evidenciados no âmbito do ser-
viço público (CASTRO, 2018).
543
Em outros termos, as barreiras burocráticas existentes nos servi-
ços públicos precisam ser reduzidas ou mesmo eliminadas. O objetivo
de desburocratizar e facilitar a vida dos usuários dos serviços públicos,
agilizar a prestação de serviços e eliminar custos e procedimentos des-
necessários (SILVA; OLIVEIRA, 2018). Então, melhorar a satisfação do
cliente nos serviços públicos.
544
Todavia, é possível recuperar essa divergência através da disposição
de critérios de qualidade para planejamento e organização do serviço
público; padronização dos atendimentos ao público; foco no cidadão-
-usuário (requer em conhecê-lo em suas necessidades e expectativas);
mais agilidade no acesso aos serviços públicos; disseminação de obri-
gações de natureza burocrática; adoção de medidas de desempenho
de servidores; e mensuração contínua dos serviços ofertados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
545
No que tange o objetivo de descrever a percepção dos usuários
dos serviços quanto à qualidade no atendimento prestado pelos ser-
viços públicos, na prestação dos serviços públicos o atendimento ao
interesse do cidadão e a disposição de informações menos burocráticas
são o principal objetivo da qualidade do atendimento do serviço público.
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549
24
Capítulo 24
A importância da cogestão
em unidades de conservação:
o caso do parque Estadual
Sumaúma em Manaus – AM
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.24
SUMÁRIO
Resumo:
O Parque Estadual Sumaúma é uma Unidade de Conservação, com 51 hec-
tares, criado em 5 de setembro de 2003 por mobilizações sociais, localizado
no bairro Cidade Nova, na cidade de Manaus/AM, sendo o primeiro parque
urbano do Estado do Amazonas. A cogestão busca o desenvolvimento de
estratégias gerenciais sob uma base democrática e colaborativa entre os re-
presentantes do órgão oficial gestor e a população local e (ou) tradicional. Este
estudo tem como objetivo geral analisar o Plano de Gestão do Parque Estadual
Sumaúma, destacando a importância da cogestão como ferramenta de mode-
lo para a sustentabilidade socioambiental em Unidades de Conservação em
ambiente urbano. A metodologia consiste no levantamento documental para
recapitulação histórica das Unidades de Conservação, compreendendo o pe-
ríodo de (1934 – 2022). Os resultados ressaltaram a importância da cogestão
para a representatividade dos interlocutores dos arredores, nas questões da
Unidade de Conservação, para a promoção da sustentabilidade socioambien-
tal. Portanto, é compreensível que a cogestão só será difundida com uma real
interlocução dos agentes socioeconômicos e políticos, ressaltando a impor-
tância das áreas verdes para a zona urbana de Manaus, em especial o Parque
Estadual Sumaúma, como um espaço não só visitação, mas como um local
de uso sustentável dos seus recursos naturais e para o aumento do conforto
térmico da região mais populosa de Manaus.
551
INTRODUÇÃO
552
Inúmeros estudos como os de Andrade e Iadanza (2016); Bueno e
Lima (2020); Costa e Cavalcante (2020); Sahdo e colaboradores (2021);
Silva e Coelho (2022); Silva e colaboradores (2021) e Souza (2014); des-
tacam como a cogestão pode contribuir ainda para sustentabilidade em
Unidades de Conservação, trazendo voz aos interlocutores da socio-
biodiversidade como os indígenas, quilombolas e dentre outros povos
tradicionais remanescentes na gerência conjunta, reforçando ainda mais
os benefícios de preservação e conservação dos recursos naturais.
REVISÃO TEÓRICA
553
a responsabilidade da época do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
(ANDRADE; IADANZA, 2016).
554
A expectativa era de que os parques nacionais fizessem suces-
so com o desenvolvimento do turismo, nos moldes do que ocorre com
os parques norte-americanos. No entanto, ao contrário do modelo es-
tadunidense, o Brasil não contava com uma infraestrutura favorável ao
turismo e com uma preocupação do governo, no tocante da integração
do território nacional (ARAÚJO, 2012a). E isso segue com as ações da
Quarta República Brasileira, como consta no Quadro 2.
555
Segundo Araújo (2012), embora tenha ocorrido pouca evolução
nas áreas de preservação no período da Quarta República, o cenário
evoluiu a partir de 1961, com a criação de alguns instrumentos favorá-
veis ao desenvolvimento econômico da Amazônia e do Instituto Nacio-
nal de Pesquisas da Amazônia (INPA) para a ciência e tecnologia local.
556
Após regime militar brasileiro, com Carta Magna de 1988, que deu
destaque ao meio ambiente através do artigo 225, que considera que:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibra-
do, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gera-
ções. (BRASIL, 1988).
A Importância da cogestão
Socioambiental das Unidades
de Conservação
557
Dentre os inúmeros benefícios da criação e expansão de Uni-
dades de Conservação (UC) no Brasil, pode-se destacar a exigência
de conselhos consultivos/deliberativos e de consulta pública para a
criação de alguns tipos de unidades e a valorização das unidades de
uso sustentável. A discussão aprofundada do significado e da apli-
cação do novo paradigma para as unidades de conservação poderá
vir a ajudar no aprimoramento da gestão participativa, das consultas
públicas para a criação dessas unidades e na solução dos conflitos
gerados pela sobreposição de unidades de conservação com terras
indígenas e com territórios ocupados por populações tradicionais e
povos remanescentes (ARAÚJO, 2012b).
SUMÁRIO Desde a criação do Parque Nacional do Itatiaia, em 1937, no go-
verno Vargas, uma nova geração de conservacionistas trabalhou, ardua-
mente, pela consolidação e ampliação das unidades de conservação no
Brasil. Muito se progrediu, mas é preciso ter a sensibilidade de que muito
ainda precisa ser feito, sobretudo no que tange à expansão das unidades
de conservação, à representatividade dos ecossistemas e à busca da
excelência na gestão das unidades de conservação (ARAÚJO, 2012b).
558
sobre este modelo de gestão, requerendo assim, a garantia de perma-
necer destes, bem como a possibilidade de conservação e proteção
dos recursos naturais (COSTA; CAVALCANTE, 2020).
559
METODOLOGIA
O Plano de Gestão estabelece quais são os atores envolvidos nas questões da Unidade de Conservação?
Cumpriu os objetivos socioambientais de uma Unidade de Conservação (UC)?
Como o Plano de Gestão definiu os conceitos chaves para a importância da cogestão no Parque?
Quais são as instâncias de participação democrática e qual a natureza delas?
560
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
561
O plano de gestão do parque destaca a importância dessa Uni-
dade de Conservação, possuindo finalidades como: i) o ordenamento
do parque considerando os aspectos físicos, biológicos e sociais; ii) a
promoção da gestão por meios específicos, a partir da sua categoria
de manejo; iii) enfatizar a utilização da unidade para fins turísticos, de
recreação e de pesquisas em zonas específicas e por fim, gerar sub-
sídios para a implantação de uma estrutura física, assim como a sua
estrutura organizacional (AMAZONAS, 2011).
Objetivos Socioambientais
562
A área urbana da cidade de Manaus ocupa em torno de 4% do
seu território total, no entanto concentra mais de 99% da população do
município. Os processos de criação de áreas de preservação na zona
urbana são demandados pela população, que demonstra consciência
ambiental dos moradores do entorno dessas áreas verdes em área
urbana (SOUZA, 2014).
563
A partir das delimitações e estabelecimento do Parque Sumaú-
ma, foram realizadas medidas colaborativas para o enfrentamentos
das questões fundiárias e de possíveis danos ambientais nos arredo-
res da Unidade de Conservação, como a Oficina de Mapeamento Par-
ticipativo, que realizou a percepção ambiental dos moradores da rua
47, sobre os meios de melhorias na estruturais como segurança do
local, medidas socioeducacionais para a sensibilização, reduzindo os
impactos pelas atividades dos moradores no tocante à preservação e
conservação ambiental (AMAZONAS, 2011)
564
implementações e gestão nas UCs apresentam baixos e médios, en-
quanto os efeitos de processos de usos, ocupações irregulares e des-
matamentos tornam esses territórios, na atualidade, fragilizados quan-
to a sua função de conservação para os quais foram criados. Esse
resultado é um precedente de forma a ceder aos processos de usos e
ocupações ilegais, nestes territórios, e o processo de alterações, que
reflete na implementação e gestão, ou seja, na garantia ou não de pre-
servação e conservação destes (COSTA; CAVALCANTE, 2020).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
565
de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e repassar a gestão do espaço
para comunidade de seu entorno com a tutoria de Organizações Não
Governamentais, onde o estado terá o papel apenas de fiscalizador,
monitorando os impactos provocados por futuros empreendimentos
que utilizem recursos da sociobiodiversidade.
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568
25
Capítulo 25
Fernando Thiago
Fernando Thiago
Resumo:
Este estudo teve como objetivo geral analisar os critérios de recrutamento e se-
leção de uma Fundação Pública Federal. Foi realizada uma pesquisa bibliográ-
fica e documental. Os documentos analisados foram o Plano Plurianual (PPA)
e editais de concursos entre os anos de 2019 a 2022. Em relação à pesquisa
bibliográfica a coleta de dados foi realizada no mês de julho e de agosto de
2022, em artigos publicados entre os meses de janeiro 2015 a julho de 2022.
Foram encontradas duas formas de seleção pública, uma realizada por meio
de provas e a outra somente por análise de títulos. Foram analisados vinte
editais referentes entre 2019 e 2022. Os processos seletivos possuem apenas
uma fase de estágio, os resultados são baseados numa única técnica de se-
leção, sendo provas objetivas ou análise de títulos. Por meio desse estudo foi
possível observar que a seleção no setor público é organizada pensando ape-
nas no cargo e não em competências. Para isso é fundamental que haja uma
reformulação dos processos de recrutamento e seleção das Fundações Pú-
blicas de forma a promover a gestão estratégica de pessoas no setor público.
570
INTRODUÇÃO
571
Assim como é realizado concurso para admissão em cargos
públicos, deve ser realizado concurso para as contratações por prazo
determinado de excepcional interesse público. Entretanto, como estas
contratações possuem certo caráter de urgência e são contratações
temporárias, então, este concurso é realizado com técnicas de seleção
mais simples e rápidas, tornando-se, portanto, o que chamamos de
processo seletivo simplificado. Para o processo seletivo simplificado
também é obrigatório o edital, que contenha as mesmas informações
que o edital de concurso público. As diferenças são as formas de di-
vulgação, os prazos mais curtos e as etapas das quais será composto
tal processo (SILVA, 2013).
572
formais em detrimento da atenção aos requisitos profissionais, o que
gera a aprovação de muitos candidatos fora do perfil almejado.
REVISÃO TEÓRICA
573
Conforme o artigo 3° da Lei nº 8.745/1993, o recrutamento do
pessoal a ser contratado, nos termos desta Lei, será feito mediante
processo seletivo simplificado sujeito a ampla divulgação, inclusive
através do Diário Oficial da União, prescindindo de concurso público.
574
Desse modo baseado no sistema de GRH no setor público e
na teoria da fragmentação, Martins (2003) e Coelho (2015) propuse-
ram um modelo de desintegração dos subsistemas de GRH referente
ao ingresso no serviço público no Brasil, observado pela “falta de
pontos de contato entre as práticas de gerenciamento alusivas aos
concursos públicos, configurando uma cadeia composta de elos per-
didos” (p. 83) (Figura 1).
SUMÁRIO
575
METODOLOGIA
Classificação da pesquisa
576
Quanto aos procedimentos adotados para a coleta de dados,
a pesquisa foi bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica foi
utilizada para a obtenção do referencial teórico, e durante essa fase,
foram utilizadas as obras e artigos que descrevem sobre o assunto
pesquisado. A característica da pesquisa documental é que a fonte de
coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituin-
do o que se denomina de fontes primárias, de acordo com Marconi e
Lakatos (2021).
577
Tratamento dos dados
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
578
Quadro 1 – Dados dos editais de seleção de pessoal
579
Os processos seletivos simplificados são realizados por provas
objetivas, e após as convocações terem sido finalizadas e mesmo as-
sim existirem vagas em aberto, são abertos os processos seletivos
complementares que possuem avaliação apenas por títulos acadêmi-
cos, e tem o objetivo de selecionar os candidatos para ocuparem as
vacâncias dos seletivos simplificados.
580
são duas variáveis relevantes de se identificar no candidato, inclusive
de se fazer a projeção desses aspectos a longo prazo (SILVA, 2013).
581
A exigência de ética e transparência e o aumento da escassez
de recursos reforçam a necessidade de eficácia, descentralização e
transformações nas práticas de gestão de pessoas no setor público.
É importante que haja mais flexibilidade de estruturas organizacionais
muito rígidas e da capacidade de adaptação dessas organizações,
implicando o uso de novas tecnologias e da modernização da estrutura
normativa juntamente com formas alternativas de gestão aliadas ao
planejamento organizacional e de pessoal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
582
objetiva de caráter eliminatório e classificatório. Foi visto que apenas
para o cargo de recenseador do IBGE, cargo de nível fundamental,
nos anos de 2019 e 2020, além da prova objetiva também houve uma
etapa de treinamento que foi considerada uma etapa eliminatória no
processo de seleção.
583
Novos estudos podem expandir a coleta de dados para mais
organizações brasileiras e verificar o impacto de processos de seleção
que abordem outras ferramentas, como as de análise comportamen-
tal. Outra possibilidade é a investigação diretamente com gestores de
pessoas nas organizações, verificando o quanto cada tipo de seleção
de pessoal impacta nos resultados organizacionais.
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SUMÁRIO
586
26
Capítulo 26
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.26
SUMÁRIO
Resumo:
As Políticas Públicas Educacionais têm se apresentado com protagonismo
para a existência, acesso, melhoria e democratização da educação no Bra-
sil. Em muitos lugares, sobretudo os mais longínquos, sem essas políticas os
serviços educacionais se tornam mínimos. O programa “Caminho da Escola”
é uma importante política educacional, que se acessado por gestores munici-
pais e ou escolas, tem como finalidade oportunizar através do transporte es-
colar de qualidade e seguro, a aproximação de pessoas que vivem em locais
distantes ao direito constitucional de frequentar e permanecer na escola. Essa
realidade fica mais evidente nas áreas rurais dos municípios Amazonenses
que tem como características: extensos rios, lagos, igarapés e ramais. Desta
maneira, o presente trabalho tem como objetivo conhecer se a política públi-
ca educacional Programa “Caminho da Escola” é acessado no município de
Itacoatiara-Am, se atende os estudantes de escolas na região rural Costa da
Conceição e Costa do Amatari- Polo II do município, e evidenciar os possíveis
motivos da não utilização do programa na referida região. Para isso, realizou-
-se um estudo de caso obtendo informações de quatro escolas para contribuir
com o desenvolvimento do presente trabalho, bem como informações adquiri-
das na Secretaria Municipal de Educação e sites oficiais. Portanto, identificou-
-se que o município de Itacoatiara acessa o Programa “Caminho da Escola”
atendendo dez escolas do Polo V, e que a não destinação ao Polo II se dá pela
insuficiência da frota do município e pelo alto custo para a manutenção do
Programa, optando-se pela terceirização do serviço na região.
588
INTRODUÇÃO
589
A área rural do município está geograficamente dividida em seis
(06) Polos para facilitar a identificação, coordenação e atendimento por
parte do poder público municipal e a todos que manifestarem interes-
se. Esses Polos são assim distribuídos (polo I, polo II, polo III, polo IV,
polo V e polo VI), nos quais as comunidades com maior área demo-
gráfica, melhor localização e representatividade sediam escolas para
atender a demanda local e da adjacência se necessário, com o direito
à educação escolar. Essas comunidades são habitadas predominan-
temente por pequenos agricultores familiares, pescadores artesanais,
extrativistas e ribeirinhos que em muitas dessas localidades precisam
de transporte escolar diariamente.
SUMÁRIO Desse modo, este trabalho se justifica pela necessidade de se
obter informações atualizadas na área da educação no município de
Itacoatiara-Am especificamente no acesso às políticas públicas edu-
cacionais de transporte escolar, visto a pouca acessibilidade de infor-
mações específicas, divulgação e trabalhos acadêmicos publicados
referente ao tema no referido município.
590
que se destacam como a portuária, comercio e agropecuária, o que
coloca o mesmo em grande vantagem para o desenvolvimento. A
cidade de Itacoatiara pode ser considerada atualmente uma cidade
universitária, pois nela estão instaladas importantes universidades que
são elas: pública federal (Universidade Federal do Amazonas- UFAM)
e (Instituto Federal do Amazonas- IFAM), estadual (Universidade Esta-
dual do Amazonas- UEA) e várias particulares que se inclui uma facul-
dade de medicina concluída recentemente, tornando-se um lugar fa-
vorável para se adentrar ao nível superior seja a seus munícipes como
a quem chega de outros lugares com tal objetivo.
591
município de Itacoatiara- Am para garantir o acesso dos estudantes a
escola com qualidade e segurança, e esclarecer os motivos que invia-
bilizam a contemplação das escolas do (Polo II, margem esquerda do
Rio Amazonas) com o referido Programa de Transporte Escolar.
REVISÃO TEÓRICA
592
deixando de acessar o ensino escolar regularmente e de acordo com
a realidade de cada local. A realização de políticas públicas e norma-
tizações que as assegura foram aos poucos sendo conquistadas nas
últimas décadas como a LDB 9394/96, mas muitas decisões foram
tomadas com a ausência de representação de quem vive a realidade
do campo dificultando a efetividade dessas políticas públicas para de-
mocratização da educação (FERNANDES; MOLINA, s. d.).
593
METODOLOGIA
Classificação da pesquisa
594
As regiões Costa da Conceição e Costa do Amatari localiza-se
a oeste da sede do município de Itacoatiara na mesma margem do rio
Amazonas a duas horas e três horas (2h00m e 3h00m) respectivamen-
te de distância em transporte fluvial convencional de passageiros (bar-
co), onde são compostas por mais ou menos onze (11) comunidades
rurais onde estão situadas entre as mesmas cinco (5) escolas atual-
mente, em áreas de Terra Firme e área de Várzea que continuamente
tem sido inundada pela enchente do Rio Amazonas.
SUMÁRIO
Os instrumentos de coleta que foram trabalhados para registrar
os fatos contribuindo com os objetivos propostos para a pesquisa, fo-
ram através de observação assistemática, entrevistas presenciais com
as gestões de duas (2) escolas, sendo: Monsenhor Joaquim Pereira
(Comunidade São José do Amatari) e Paula Francineth (Comunidade
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro); entrevista por meio de formulá-
rio eletrônico (Google Forms) com as demais escolas que foram: An-
tônia Vieira (Comunidade São Pedro do Iracema) e Benjamin Constant
(Comunidade Benjamin Constant), assim como entrevista presencial
no Setor de Transporte Escolar da Secretaria Municipal de Educação
de Itacoatiara (SEMED).
595
busca de informações relevantes para conhecer e entender a realidade
sobre a temática pesquisada no referido município.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
596
As escolas que foram parceiras através de suas gestões contri-
buindo com as informações, embora estejam na mesma região com ca-
racterísticas geográficas (com exceção da escola 3 situada em área de
várzea), demográfica, educacional e social parecidas, possuem estrutu-
ra física diferente entre si, alguma com boa estrutura outras com estrutu-
ras mínimas para atender o público-alvo bem como os profissionais da
educação, o que é recorrente nas áreas rurais do interior do Amazonas.
597
Na escola Antônia Vieira (escola 2, figura 2) estudam duzen-
tos e dezoito (218) alunos dos quais sessenta e seis (66) precisam
utilizar transporte escolar fluvial para chegarem à escola diariamen-
te o que corresponde a trinta por cento (30%) do total. De acordo
com as informações obtidas, a escola não é atendida pelo Progra-
ma “Caminho da Escola”.
SUMÁRIO
598
Já a escola Paula Francineth (escola 3, figura 3) que está situa-
da em área de várzea fazendo parte do calendário escolar especial
do município para essas áreas, atende oitenta (80) alunos dos quais
setenta e dois (72) precisam utilizar o transporte escolar fluvial o que re-
presenta noventa por cento (90%). Segundo as informações adquiridas
com a gestão, a escola não é atendida pelo Programa “Caminho da
Escola”, e a gestão tem conhecimento parcial dessa Política Pública,
mas que atualmente a secretaria municipal de educação tem sinaliza-
do trabalhar a inclusão da referida escola para possível contemplação
com o programa futuramente. Com relação aos possíveis motivos de
a escola não ser contemplada com o Programa até então, a gestão da
SUMÁRIO escola informou desconhecer os motivos.
599
referida escola não é atendida pelo Programa para suprir a demanda
por transporte escolar, e a gestão e sua equipe não conhecem a re-
ferida Política Pública. Quanto aos possíveis motivos da não contem-
plação da escola pelo Programa, a gestora informou desconhecê-los.
SUMÁRIO
600
De acordo com o relato de duas gestoras, as escolas da região
não estavam sendo atendidas pelo transporte escolar oferecido pelo
poder público municipal, até o momento da realização do presente es-
tudo, que ele estava acontecendo de forma voluntária por alguns pais
para garantir o acesso de seus filhos à escola, e assim prejudicando
aqueles que não estavam conseguindo chegar até o ambiente escolar,
estando na contramão do que orienta a legislação educacional vigente.
SUMÁRIO
601
contempladas com veículos para a realização do transporte escolar
dos estudantes atendidos pelas referidas escolas de forma positiva.
602
veículos e lanchas, falta de recursos financeiros próprios do município
para manter uma frota maior pois o programa só fornece os veículos
e embarcações ficando o município responsável por toda manuten-
ção do Programa, e quando não há arrecadação suficiente inviabiliza
a permanência e ou expansão da Política Pública, o alto custo com
combustível visto a potência das máquinas e as longas distancias a ser
percorridas em muitas localidades em que as escolas estão inseridas.
Tais dificuldades, segundo o Setor de Transporte, levam o poder públi-
co municipal priorizar a terceirização do serviço de transporte escolar,
por se tornar mais viável financeiramente se comparado à manutenção
de uma frota que atende toda a demanda do município.
SUMÁRIO As quatro (4) escolas do Polo II que foram consultadas para a
realização do presente trabalho atendem juntas quatrocentos e seten-
ta e sete (477) alunos, dos quais cento e oitenta e um (181) precisam
utilizar transporte escolar para frequentar a escola diariamente, corres-
pondendo cerca de 38% do total de estudantes das referidas escolas
(Gráfico 2). Esse número de alunos abaixo dos quarenta por cento
(40%) pode ser um dos motivos da inviabilidade na adesão do Progra-
ma na referida região.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
603
Sendo assim, por se tratar de uma região que precisa utilizar
transporte fluvial e terrestre com distância significativa para que os es-
tudantes cheguem até a escola, vulneráveis a perigos naturais prin-
cipalmente no Rio Amazonas, mas que o número de estudantes que
precisam utilizar o transporte escolar está abaixo de quarenta por cento
(40%) do total atendidos pelas escolas, podemos concluir que a au-
sência do Programa “Caminho da Escola” nas escolas do Polo II loca-
lizadas às margens do Rio Amazonas, se dá pelo fato de ser inviável na
região se comparado ao que se utiliza até então (terceirizado), devido
ao custo para o poder público municipal além de a frota ser insuficiente
para atender todas as escolas.
SUMÁRIO Assim, pôde se observar também que ainda há carência na
obtenção de informações importantes referente às Políticas Públicas
Educacionais por partes das escolas, precisando haver melhor e mais
frequente interação e apoio técnico por parte do poder público munici-
pal através da Secretaria Municipal de Educação, para que se trabalhe
as melhorias e compartilhe essas informações necessárias a fim de
oferecer um serviço educacional visando a potencialização das esco-
las bem como melhor atendimento aos seus públicos.
604
o acesso à internet e telefonia tendo como consequência a não aquisi-
ção de dados e informações com mais intensidade e em curto prazo.
REFERÊNCIAS
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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
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perspectivas para a construção de uma nova cultura política. 2016.
605
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BRASIL. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as
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SUMÁRIO para a educação. – Brasília: Comissão Internacional sobre os Futuros da
Educação; Boadilla del Monte: Fundación SM, 2022.
606
27
Capítulo 27
Os processos de aplicar
e recompensar na gestão de pessoas:
um estudo de caso acerca das promoções
e progressões em um campus do IFAM
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.27
SUMÁRIO Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo geral descrever os processos de aplicar e
recompensar pessoas, nos itens avaliação de desempenho e remuneração na
situação atual das progressões e/ou promoções funcionais de 24 em 24 meses
de servidores docentes. A pesquisa foi um estudo qualitativo por meio de um
estudo de caso. O contexto foi um dos campi do Instituto Federal do Amazonas
- IFAM e como instrumentos foram consultados os boletins de serviço e os pro-
cessos disponibilizados no Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e
Contratos - SIPAC, além da observação direta. Os resultados apontaram que a
Nota Técnica n.° 2556/2018 têm trazido prejuízos às progressões/promoções
docentes e, consequentemente, aos processos de aplicar e remunerar pes-
soas no IFAM. Foi concluído, também, que a impossibilidade de progressão
per saltum já está acarretando prejuízos para os docentes em ascensão na
carreira e em idade de aposentadoria e que, futuramente, proporcionalmente,
mais servidores podem ser incluídos neste rol, logo, deve ser trabalhado uma
cultura organizacional que mobilize os servidores a não atrasarem nas ins-
truções de seus processos ao solicitar promoções/progressões. Além disso,
sugere-se que seja desenvolvido um planejamento estratégico situacional que
todos os processos de Gestão de Pessoas sejam reavaliados e rediscutidos,
inclusive, com os docentes e que propostas e encaminhamentos emergidos
venham ser levados em esferas institucionais, sindicais e junto aos demais
órgãos competentes, pois a falta de políticas públicas para uma remuneração
adequada pode gerar, a longo prazo, a migração de capital intelectual para
outras instituições e/o órgãos ou mesmo para a iniciativa privada.
608
INTRODUÇÃO
609
a história e, na atualidade, temos duas leis principais que regulamen-
tam a carreira EBTT e o cargo de professor Titular-Livre do EBTT, a Lei
n.º 12.772, de dezembro de 2012 (BRASIL, 2012), posteriormente,
alterado pela Lei n.º 13.325, de 29 de julho de 2016 (BRASIL, 2016).
610
REVISÃO TEÓRICA
Os processos organizacionais
da Gestão de Pessoas
611
O terceiro processo é recompensar pessoas, que pode ser
constituído como forma de incentivar e motivar os profissionais. Nesse
processo deve ser levado em consideração os propósitos organizacio-
nais e individuais; a instituição alcança seus objetivos e, por outro lado,
o servidor têm seus objetivos satisfeitos. Dessa forma, a recompensa
funciona como um reforço positivo para a permanência e o engajamen-
to das pessoas na organização. (CHIAVENATO, 2016 [2014], p. 237).
612
o desenvolvimento de liderança e espírito intraempreendedor e um
sentido de pertencimento. Na próxima seção, apresenta-se o Plano
de Carreira do Magistério EBTT e seus documentos norteadores no
âmbito nacional e local.
613
Tabela 1 – Remuneração da carreira de Magistério do EBTT no regime de dedicação exclusiva
SUMÁRIO 4 8.680,76 0 8.680,76 8.680,76 868,08 9.548,84 8.680,76 1.736,15 10.416,91 8.680,76 4.340,38 13.021,14 8.680,76 9.982,88 18.663,64
3 8.346,89 0 8.346,89 8.346,89 834,69 9.181,58 8.346,89 1.669,38 10.016,27 8.346,89 4.173,44 12.520,33 8.346,89 9.598,92 17.945,81
D - IV
2 8.025,86 0 8.025,86 8.025,86 802,59 8.828,45 8.025,86 1.605,17 9.631,03 8.025,86 4.012,93 12.038,79 8.025,86 9.229,73 17.255,59
1 7.717,17 0 7.717,17 7.717,17 771,72 8.488,89 7.717,17 1.543,43 9.260,60 7.717,17 3.858,58 11.575,75 7.717,17 8.874,74 16.591,91
4 6.173,73 0 6.173,73 6.173,73 617,37 6.791,10 6.173,73 1.234,75 7.408,48 6.173,73 3.086,87 9.260,60 6.173,73 7.099,79 13.273,52
3 5.936,28 0 5.936,28 5.936,28 593,63 6.529,91 5.936,28 1.187,26 7.123,54 5.936,28 2.968,14 8.904,42 5.936,28 6.826,73 12.763,01
D - III
2 5.707,96 0 5.707,96 5.707,96 570,8 6.278,76 5.707,96 1.141,59 6.849,55 5.707,96 2.853,98 8.561,94 5.707,96 6.564,16 12.272,12
1 5.488,43 0 5.488,43 5.488,43 548,84 6.037,27 5.488,43 1.097,69 6.586,12 5.488,43 2.744,21 8.232,64 5.488,43 6.311,69 11.800,12
2 5.202,30 0 5.202,30 5.202,30 520,23 5.722,53 5.202,30 1.040,46 6.242,76 5.202,30 2.601,15 7.803,45 5.202,30 5.982,65 11.184,95
D - II
1 4.954,57 0 4.954,57 4.954,57 495,46 5.450,03 4.954,57 990,91 5.945,48 4.954,57 2.477,29 7.431,86 4.954,57 5.697,76 10.652,33
2 4.696,28 0 4.696,28 4.696,28 469,63 5.165,91 4.696,28 939,26 5.635,54 4.696,28 2.348,14 7.044,42 4.696,28 5.400,72 10.097,00
D-I
1 4.472,64 0 4.472,64 4.472,64 447,26 4.919,90 4.472,64 894,53 5.367,17 4.472,64 2.236,32 6.708,96 4.472,64 5.143,54 9.616,18
614
A tabela acima apresenta os níveis e classes, titulação, venci-
mentos e retribuição de titulação dos docentes. Todos os professores
iniciam a carreira na Classe D – I, Nível 1 e podem chegar até à Classe
D – IV, Nível 4, já os possuidores do título de doutorado, a Classe Titular,
Nível Único.
615
a aprovação individual de desempenho, visto que todos os processos
de progressões ou promoções docentes eram aprovados de dois em
dois anos, caso o servidor cumprisse todos os requisitos informados
na Lei n.° 12.772/2012 (BRASIL, 2012) e isso incluía o direito de solicitar
as progressões e/ou promoções per saltum10 e retroativos à data de
cumprimento do interstício.
616
a) a partir de 1º de agosto de 2016, a natureza das portarias de
concessão de progressão ou promoção funcional que forem ex-
pedidas e/ou publicadas têm natureza meramente declaratória,
vez que os efeitos financeiros das concessões deverão retroagir
à data em que o docente cumprir o interstício e os requisitos
estabelecidos em lei para o desenvolvimento na carreira; (MI-
NISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, 2018a).
617
progressão e a(s) subsequente(s), em outras palavras, as progressões
per saltum não são admitidas.
SUMÁRIO
METODOLOGIA
618
Os instrumentos de coleta de dados foram os boletins de serviço
e os processos de progressão por desempenho acadêmico disponibi-
lizados no Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos
- SIPAC. Essa plataforma está em conformidade com os princípios bá-
sicos da administração pública segundo a Lei n.° 12.527, de 18 de no-
vembro de 2011 (BRASIL, 2011), que regula o acesso a informações.
11 Esta ficha prevê os fatores de avaliação como (i) assiduidade e responsabilidade, (ii) pro-
dução intelectual, (iii) atividades de qualificação, (iv) atividades administrativas no IFAM e
(v) outras atividades docentes.
12 A CPPD, é um Órgão de natureza consultiva, tem o propósito de prestar assessoramento
ao colegiado competente ou Dirigente Máximo dos IFEs na formulação e acompanha-
mento da execução de política de pessoal docente. No IFAM, a Resolução n° 51, de 14
de setembro de 2017, aprovada pelo Conselho Superior aprovou o regimento interno das
funções das CPPDs.
619
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS DADOS
13 Tempo desejável pode ser entendido aqui como os processos que são instruídos e dado
entrada logo após o cumprimento dos requisitos para a progressão/promoção da classe/nível
subsequente, ou seja, docentes que, fazem suas progressões/promoções regularmente.
620
Foram consultados 119 processos docentes. Apurou-se que
seis professores já conseguiram atingir à Classe Titular (cujo pré-re-
quisito é o título de doutorado, memorial descritivo e o cumprimento
de dois anos na Classe/Nível D IV - 04); 18 que já conseguiram chegar
na classe/nível D IV - 04, sendo que três deles já estão aptos a instruir
o processo para a Classe Titular Único e ainda não o fizeram; 62 estão
com progressões e promoções tramitando em tempo desejável, ou
seja, regularmente de dois em dois anos.
621
a excelência e as competências de uma pessoa ou equipe e, sobretu-
do, qual é a sua contribuição para o negócio da organização”.
622
de avaliação e aprovação do processo, salvo a administração passar a
se encontrar em mora “[...] decorridos mais de 30 (trinta) dias a contar
da data do requerimento sem a respectiva decisão, [...] situação em
que os efeitos financeiros deverão retroagir à data do início da mora”
(Orientações da PF junto ao IFAM).
Levantamento de aspectos-problemas
e sugestões para o planejamento
e os encaminhamentos para um futuro
que se reduzam e/ou erradiquem as perdas
de progressões/promoções funcionais
623
que, para alguns, ainda há dificuldades em compreender e preencher
a Ficha de Avaliação de Desempenho Acadêmico e que o retorno pre-
sencial maximizou a retomada das solicitações.
624
e implementação de projetos, em geral; investigações em contextos
variados, entre outros.
625
Descrição dos processos
de aplicar e recompensar pessoas,
nos itens avaliação de desempenho
e remuneração na situação atual
das progressões e/ou promoções funcionais
626
com vista a atingir metas e objetivos, além de privilegiar fatores motiva-
cionais e satisfacientes, levando em consideração que tudo passa por
mudanças e o tempo todo e essa melhora constante pode “ [...] asse-
gurar competitividade organizacional em um mundo caracterizado por
intensas transformações”. (CHIAVENATO, 2016 [2014], p. 151).
627
ser considerado um incentivo salarial que ao longo dos anos pode
atingir o topo da carreira, a titularidade única.
628
e Administrativa que visa um Instituto Federal de excelência e exige
o desenvolvimento de ações inovadoras no tripé ensino, pesquisa e
extensão e é previsto, entre outras demandas, “[...] aprimorar a gestão
de pessoas de forma a valorizar o servidor, proporcionando qualidade
de vida e desenvolvimento de sua carreira na instituição”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
629
leva o servidor docente a trabalhar mais para compensar a inflação e
isso pode acarretar, em médio e longo prazos, a estafa e prejuízos para
a saúde física e mental.
630
Ainda, uma investigação complementar que englobe todos os campi
do IFAM e que possa confirmar, corroborar ou mesmo rejeitar com os
achados pode contribuir para o avanço da discussão.
REFERÊNCIAS
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28
Capitulo 28
Aplicação do Planejamento
Estratégico Situacional na Central
de Abastecimento Farmacêutico
em um hospital público de médio porte
no interior do Amazonas
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.28
SUMÁRIO Resumo:
Este trabalho abordou o Planejamento Estratégico Situacional como ferra-
menta de gestão em uma Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), de
um hospital público de médio porte em um município do interior do Amazo-
nas. Teve como objetivo geral analisar a aplicação do Planejamento Estraté-
gico Situacional (PES) como ferramenta de gestão na saúde, em uma CAF,
sendo objetivos específicos os de identificar as causas e consequências dos
principais problemas que se evidenciaram no cenário da CAF; identificar os
nós críticos mais relevantes de ação dentro da CAF; formular um plano de
ação utilizando a metodologia PES para a CAF, no intuito de resolver os nós
críticos identificados e implementar e analisar os resultados da utilização
desta metodologia na resolução de problemas da unidade. Trata-se de um
estudo descritivo-explicativo com característica exploratória, de caráter qua-
litativo, realizado por meio de uma pesquisa ação com coleta de dados por
intermédio de oficinas e observação participante, realizado entre os meses
de julho e setembro de 2022. Utilizou como metodologia a aplicação dos
quatro momentos do PES, através de técnicas de brainstorming, técnica de
priorização, diagrama de Ishikawa e Matriz de Síntese para a elaboração
do Plano de Ação. Conclui-se que a metodologia PES mostrou-se útil para
auxiliar o gestor da CAF e os gestores do hospital a organizar e priorizar os
problemas enfrentados pelo setor, para assim compreender suas causas e
consequências e elaborar o plano de ação. Por ser uma ferramenta de fácil
aplicação é um interessante instrumento de apoio aos gestores. Principal-
mente no caso de uma CAF, onde na maioria das vezes o profissional é um
farmacêutico e não tem conhecimento nesta área da administração.
635
INTRODUÇÃO
636
O Planejamento Estratégico Situacional (PES) (MATUS, 1993)
apresenta a vantagem de potencialização do alcance dos objetivos a
serem cumpridos, elucidando os pontos a serem trabalhados, além
de propor um planejamento participativo, sendo um modelo adminis-
trativo que vem sendo disseminado pelo território brasileiro e utilizado
como modelo gestão de projetos na assistência farmacêutica.
637
REVISÃO TEÓRICA
Planejamento Estratégico
Situacional (PES)
638
que se desenham no decorrer do processo. Ressalta-se a importância
das análises e tomadas de decisão, afinal, novas ações geram novos
resultados; consequentemente, há a necessidade de sempre estar
preparado para se adaptar às mudanças (CAZAGRANDE; PONTES,
2018; FERREIRA; SOLER, 2021).
639
ser) – refere-se a pesquisar diversos modos de jogar, considerando os
oponentes e os aliados, para incorporar viabilidade ao plano formado
no segundo momento. Quarto momento: tático-operacional (fazer) – é o
momento da ação: a ação, contudo, nunca é a mera execução do plano,
mas uma adaptação deste às circunstâncias do momento. Aqui é indis-
pensável dispor de um sistema de direção estratégica, de uma agenda
do dirigente que chame atenção sobre as importâncias e processos, de
modo técnico-político, as propostas centrais de decisão. Nesse momen-
to decide-se tudo e, na prática, isto se efetua com o domínio do plano
sobre a improvisação ou da improvisação sobre o plano.
Planejamento Estratégico
Situacional em Saúde
640
O pressuposto da participação de diferentes atores sociais é
o que possibilita ao PES definir estratégias e ações correspondentes
às distintas situações, demandas, necessidades, na perspectiva da
solução dos problemas descritos e priorizados e da complementari-
dade das intervenções. Como o planejamento não é do planejador (o
técnico que orienta metodologicamente), mas sim do sujeito que pla-
neja (atores sociais), o processo de planejamento permite estabelecer,
no território, a prática de compromisso e a de responsabilização que
envolve equipes de saúde e população.
Assistência Farmacêutica
SUMÁRIO
641
A implantação de sistemas de informações gerenciais na Assis-
tência Farmacêutica auxilia na formulação de políticas de medicamentos
e subsidia a tomada de decisões dos gestores. Para um gerenciamento
eficiente é necessário um sistema de informações que reflita a realidade
dos serviços, disponibilizando indicadores seletivos e específicos, defi-
nidos pelo gestor, que auxiliem na qualificação do processo de decisão
e na racionalização da aplicação dos recursos (BRASIL, 2007).
642
METODOLOGIA
643
Primeira Etapa – Momento Explicativo
SUMÁRIO
Figura 1a – Mural com Postit - Figura 1b – Primeira Oficina
Identificação dos Problemas da CAF - Funcionários do Setor
644
considerando o tempo para surgimento de possíveis resultados inde-
sejáveis (quanto maior a urgência, menor o tempo necessário para
resolver o problema); Tendência – avaliação (estimativa) das possibili-
dades de crescimento, redução ou desaparecimento do problema na
ausência de ação.
Critérios
Valor
Gravidade Urgência Tendência
1 Sem gravidade Pode esperar Não mudar
2 Grave Mais rápido possível Piorar
3 Extremamente grave Ação imediata Piorar rapidamente
SUMÁRIO
Fonte: adaptado de SEBRAE (2005).
645
Em uma segunda oficina, após já terem sido lançadas as pon-
tuações em planilha do Excel, obtendo-se o somatório das pontua-
ções. Apresentou-se os problemas priorizados aos participantes que
novamente através da aplicação da técnica de Brainstorming, deba-
teram em grupo os problemas priorizados, a população atingida, a
localização e a temporalidade do problema.
646
Terceira Etapa – Momento Estratégico
647
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
648
Gravidade Urgência Tendência Resultado
Problemas
(G) (U) (T) (GxUxT)
Falta de Recursos Humanos para
7 2 3 3 18
auxiliar no processo
Falta de estrutura física ( há pouco
8 espaço para armazenamento dos 1 1 2 2
materiais)
Deficiência de Material (falta estan-
9 2 1 2 4
tes/prateleiras e paletes)
10 Deficiência Tático-Operacional 3 3 3 27
Divergência entre Estoque Físico e
11 2 3 3 18
Sistema
Sistema de controle de estoque
SUMÁRIO 12 2 2 2 8
deficiente
Falta de local adequado para sepa-
13 1 2 2 4
ração
Anexo (Bloqueio do acesso prejudi-
14 2 2 2 8
cando a retirada de material)
Falta de cobertura no acesso da CAF
15 3 2 2 12
até o hospital
16 Deficiência do Acesso à Farmácia 2 1 2 4
Não há recipientes para transportar
17 os medicamentos dentro do carro 2 2 2 8
de transporte
Falta de Equipamento para armaze-
18 namento e transporte de medica- 2 2 2 8
mentos e PPS
Falta de local adequado para rece-
19 bimento de medicamentos e PPS 2 3 3 18
na farmácia
20 Deficiência do Sistema 2 2 2 8
Falta de atenção dos funcionários
21 3 2 2 12
no processo
22 Notas com erros e discrepâncias 2 1 1 2
Falta de conhecimento dos docu-
23 1 2 2 4
mentos que estão sendo arquivados
649
Gravidade Urgência Tendência Resultado
Problemas
(G) (U) (T) (GxUxT)
24 Falta de limpeza semanal 2 2 2 8
Falta de método e qualidade no
25 2 2 2 8
processo
26 Pragas no forro 2 2 2 8
Falta de um fluxograma para os fun-
27 2 2 2 8
cionários
Falta de comprometimento da equi-
28 1 1 2 2
pe
Falta de uma metodologia/protocolo
29 2 3 3 18
para o inventario
650
O profissional farmacêutico dentro de uma Central de Abasteci-
mento Farmacêutico, é essencial para o planejamento das ações em
especial do abastecimento de medicamentos e produtos para saúde
(PPS), este é o responsável por todo o ciclo de assistência farmacêu-
tica, processo que garante a disponibilidade do item para o atendi-
mento aos pacientes da unidade hospitalar. Junto com a alta gestão
do hospital direciona os processos necessários para que a atividades
assistenciais mantenham-se em perfeito funcionamento, garantindo ao
paciente o acesso aos medicamentos.
651
Outros problemas, como “Atendimento inferior a quantia solici-
tada de medicamentos e produtos para saúde” (3) e “Falta de inclu-
são do profissional farmacêutico nos planejamentos do hospital” (32),
também obtiveram pontuação importante. O primeiro remete a uma
maior importância dada ao planejamento mensal do farmacêutico, que
ao solicitar um quantitativo para o abastecimento do hospital, não é
atendido. Além disso, esse problema tem relação com o problema 32,
pois quando não se envolve o profissional farmacêutico nos processos
decisórios e nas atividades que são planejadas pelo hospital, tem-se
um viés de abastecimento que por vezes é deficitário e se agrava mais
ainda quando se iniciam processos nos quais não esse profissional
SUMÁRIO tinha conhecimento. É o caso de cirurgias eletivas, por exemplo, onde
há uma grande demanda de medicamentos e materiais que precisam
estar disponíveis para não haver prejuízo no atendimento ao paciente.
652
Tabela 2 – Problemas Priorizados e a relação dos descritores
Problemas
Descritores Indicadores
Priorizados
D1- Falta de comunica- Despadronização das pres-
ção com os médicos crições médicas
D2- Falta do farmacêuti-
Falta do produto para saúde
Falta de co nos processos decisórios
no momento da cirurgia
reconhecimento (cirurgias eletivas, etc.)
do profissional Pedidos não aprovados mes-
farmacêutico (34) D3- Descaso com o Serviço da CAF mo sendo indispensáveis
para o serviço da CAF
D4- Necessidade de Serviço de Assistência Far-
mais farmacêuticos macêutica Incompletos
SUMÁRIO D5- Falta de profissionais com Desenvolvimento de ativi-
conhecimento técnico na área dades inadequadamente
D6- Falta de Recursos tecnológi- Atividades com maior pro-
Deficiência cos para a realização das tarefas babilidade de erros
Tático-Opera- Maior dificuldade para enten-
cional (10) D7- Não há treinamentos alinhados
der como se deve trabalhar e
aos interesses dos funcionários
como atingir os objetivos
D8- Falta de comunicação Atividades incompreendidas
nas tomadas de decisões e realizadas erroneamente
653
Figura 3 – Rede Explicativa do Problema
SUMÁRIO
654
farmacêutico”, e a consequência convergente: “Falha no abastecimen-
to de medicamentos e produtos para saúde” (Figura 3).
Objetivos
Operações Ações
Específicos (OE)
OE.1.1.1- Participar do processo
OE.1.1-Listar Critérios de Seleção dos
de Seleção dos profissionais que
profissionais que irão atuar na CAF
irão atuar na CAF
OE.1.2.1- Elaborar lista para aqui-
OE.1 Incentivar a OE.1.2- Aquisição de equipamentos sição de equipamentos tecnológi-
participação do tecnológicos cos necessários para o desenvolvi-
Coordenação da mento das atividades do setor.
CAF no processo
de contratação de OE.1.3-Implantar cronograma de
OE.1.3.1- Divulgar oportunidades
profissionais para Educação Permanente no setor junto
de treinamentos técnicos ofereci-
atuar no setor a Comissão de Educação Permanente
dos pelo hospital
do Hospital
OE.1.4-Implantar cronograma de Reu- OE.1.4.1- Realizar reuniões de
niões quinzenalmente com a equipe e feedback quinzenalmente com a
colaboradores equipe e colaboradores
655
Objetivos
Operações Ações
Específicos (OE)
OE.2.1.1- Publicar e divulgar a
OE.2.1-Elaborar a Padronização dos
Padronização dos Medicamentos
Medicamentos disponíveis no hospital
no hospital
OE.2.2- Descrever a importância do
OE.2.2.1- Realizar reuniões men-
OE.2. Implantação profissional farmacêutico no processo
sais para repasse de Relatórios de
da Comissão de decisão do planejamento de Cirur-
Controle de Estoque
de Farmácia e gias eletivas
Terapêutica -CFT. OE.2.3- Sensibilizar os gestores para a OE.2.3.1- Efetivar a presença do
importância das atividades realizadas profissional e aumentar sua inser-
na CAF ção no âmbito multiprofissional
OE.2.4-Incentivar a abertura de contra- OE.2.4.1- Dimensionar o número
tação de profissionais farmacêuticos de profissional farmacêutico
SUMÁRIO
Fonte: os próprios autores (2022).
Momento Estratégico
656
Tabela 4 – Detalhamento das ações para o objetivo específico 1
657
A elaboração do quadro do momento estratégico, demonstran-
do o detalhamento das ações para cada objetivo específico, permitiu a
visualização das ações e operações, da análise da factibilidade e das
atividades estratégicas sugeridas, para aquelas ações em que havia
déficit para sua execução. No caso do objetivo específico 1, foram
encontradas dificuldades gerencial-operacional (necessidade de que
todos da CAF sigam os procedimentos corretos para o desenvolvimen-
to das atividades diárias; profissionais sem qualificação para o trabalho
que desempenham na CAF, reflexo do processo de contração sem cri-
térios), dificuldade no processo de Educação Permanente (o hospital
está com a comissão de Educação Permanente desativada), material
SUMÁRIO ( necessidade de equipamentos tecnológicos que auxiliem e facilitem
o processo de controle de estoque de medicamentos e produtos para
saúde, assim como para a otimização do layout interno da CAF).
658
Tabela 5 – Detalhamento das ações para o objetivo específico 2
659
Para o segundo objetivo específico, as dificuldades constatadas
foram relacionadas à falta de recursos humanos (a necessidade de
mais um farmacêutico que apoie o serviço diário das atividades da
CAF, enquanto o outro trata dos processos administrativos de solicita-
ções de abastecimento), adesão a listagem padrão de medicamentos
disponíveis no hospital pelos médicos (necessidade de elaborar e pu-
blicar a padronização para que se prescreva apenas medicamentos
que tem no hospital), Reconhecimento do profissional farmacêutico
(necessidade de envolvimento deste nos planejamentos de atividades
do hospital, como exemplo de cirurgias eletivas, reuniões).
660
Avaliação
Qualitativa do
Comissão
Coordenação serviço por
OE.1.3 OE.1.3.1 / de Educação 3
da CAF intermédio
Permanente
dos registros
de erros
Avaliar Qua-
Coordenação
OE.1.4 OE.1.4.1 / - 3 litativamente
da CAF
as reuniões
* Não foi possível estimar os recursos financeiros necessários.
Responsabilidades
Recurso e Centralidade Prazo Indicadores
Operações Ações Finan-
Ator Outros (Meses) de Avaliação
ceiro*
Principal Parceiros
% de pres-
Coordenação Estagiário crições com
OE.2.1 OE.2.1.1 / 3
da CAF / SEMSA medicamentos
fora do Padrão
% de reuniões
Coordenação Direção
OE.2.2 OE.2.2.1 / 3 realizadas
da CAF Clínica
por mês
661
Inserção do
Direção
Coordenação farmacêutico
OE.2.3 OE.2.3.1 / Clínica 3
da CAF em reuniões
e Geral
de equipes
Coordenação Contratação
OE.2.4 OE.2.4.1 / RH 2
da CAF Aberta
* Não foi possível estimar os recursos financeiros necessários.
SUMÁRIO
Para a execução do primeiro objetivo específico: “Incentivar a
participação do Coordenação da CAF no processo de contratação
de profissionais para atuar no setor” entre as operações elencadas
foi apresentação à direção geral do hospital, bem como ao setor de
Recursos Humanos do hospital de uma listagem com critérios para a
seleção de profissionais que se enquadrariam no perfil da CAF. Sendo
estas para Auxiliar Administrativo, ter formação em: Técnico em Admi-
nistração ou Farmácia, ter curso de informática. Para almoxarife: Curso
de almoxarife, curso de logística, experiência na área afim de mais de
1 ano. A importância de ter um profissional com uma qualificação no
setor, garante a minimização dos problemas tático-operacionais, como
também a compreensão da importância de se ter um bom desempe-
nho nas atividades realizadas. A direção do hospital recebeu a lista-
gem e se mostrou bastante motivada com a sugestão e nos informou
que repassará a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) para análise
e posterior aprovação, esta aprovação se faz necessário em virtude de
ser o órgão principal de contratação de funcionários para o hospital.
662
pital um levantamento de equipamentos que o setor necessita: Com-
putador, impressora, leitor de código de barras, nobreak, software de
controle de estoque. Esta listagem também foi encaminhada à SEMSA,
para processo de análise.
663
ser atendido. É um instrumento fundamental no processo de imple-
mentação do uso racional de medicamentos visando também promo-
ver a redução dos custos operacionais da assistência farmacêutica,
viabilizando a promoção da qualidade do atendimento aos pacientes,
garantindo o uso seguro e racional dos remédios indicado ao trata-
mento pelo profissional médico, concomitante a redução dos custos
operacional do setor hospitalar (PAULA, 2016).
664
CONSIDERAÇÕES FINAIS
665
interligados com a segurança do paciente. E espera-se que o presente
estudo possa contribuir para a assistência farmacêutica desenvolvida
nas Centrais de Abastecimento Farmacêutico e consequente promo-
ção do uso racional de medicamentos. Além disso, muitos dos resulta-
dos já obtidos neste trabalho demonstram a viabilidade e a facilidade
de aplicação desta ferramenta em CAFs, contribuindo para a melhoria
do serviço executado no setor e em consequência aos pacientes aten-
didos em hospitais.
REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
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668
29
Capitulo 29
Financiamento
da Atenção Primária à Saúde:
uma análise dos repasses
financeiros realizados pelo SUS
no período de 2012 a 2022
ao município de Itacoatiara-AM
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.29
SUMÁRIO
Resumo:
Um dos principais desafios do Sistema Único de Saúde desde a sua criação
nos últimos anos é o financiamento da Atenção Primária à Saúde. Para que
possa cumprir com o seu objetivo de promoção, proteção e recuperação da
saúde, o financiamento das políticas públicas deve ser permanente, constante
e suficientemente equilibrado. O objetivo deste trabalho foi analisar a dinâmi-
ca dos repasses de verbas federais do SUS, referentes ao financiamento da
Atenção Primária à Saúde (APS), destinados ao município de Itacoatiara-Am
no período de 2012 a 2022. Os resultados apontam que nos últimos dez anos
foram progressivos os valores dos repasses para a Atenção Primária para o
município. Entre os anos de 2012 a 2017 existia somente o financiamento para
o Custeio das ações de saúde, e a partir de 2020, passaram a ser organizados
e transferidos no formato dos Bloco de Manutenção das Ações e Serviços
Públicos de Saúde e Bloco de Estruturação da Rede de Serviços Públicos de
Saúde. Para o ano de 2022, os recursos sofreram uma drástica queda chegan-
do a 15% em comparação com o ano anterior. Tal diminuição é resultado do
aumento considerável no orçamento da Saúde nos primeiros anos da pande-
mia do Covid19, que a partir de 2022 não serão mais repassados, o que pode
ameaçar a qualidade dos serviços da Atenção Primária. Conclui-se que com o
repasse financeiro do governo federal destinado à saúde, houve consideráveis
melhorias na implementação das políticas públicas para a saúde nos últimos
10 anos no município de Itacoatiara-AM.
670
INTRODUÇÃO
671
Tal projeto humanista e solidário exige um financiamento perma-
nente, constante e suficientemente equilibrado para que possa cumprir
com o seu importante objetivo de promoção, proteção e recuperação
da saúde. Por essa razão, a Constituição Federal tratou com bastante
detalhamento o financiamento das ações e serviços públicos de saúde
no país (MASSUDA, 2022).
672
destes recurso por parte do município, tendo como parâmetro a for-
mulação do Programa Previne Brasil que altera um dos pontos mais
sensíveis da Política Nacional da Atenção Básica, o seu financiamento.
SUMÁRIO
REVISÃO TEÓRICA
Financiamento do Sistema
Único de Saúde (SUS)
673
que não podem ser declaradas como Ações e Serviços Públicos de
Saúde, estabelecendo ainda a obrigatoriedade, para União, Estados,
Distrito Federal e Municípios (BRASIL, 2020).
674
Atenção primária à saúde
675
Financiamento da Atenção Primária
676
Tais transferências destinam-se a custear ações e serviços de saúde,
visto que cabe aos municípios a gestão e execução das ações e servi-
ços da Atenção Básica (BRASIL, 2020).
677
da Família (eSF), Equipes de Saúde Bucal (eSB) e Agentes Comunitá-
rios de Saúde (ACS), entre outros. Resumidamente, o financiamento
do PAB era baseado na lógica per capita populacional e por adesão
de estratégias (BRASIL, 2019).
678
Ao contemplar cidades menores e regiões mais pobres, que an-
tes não tinham infraestrutura de saúde para prestar serviços e receber
financiamento federal, o PAB fixo contribuiu para redução das iniquida-
des em saúde no país. O componente variável, por sua vez, teve papel
decisivo para induzir a adoção da ESF com financiamento atrelado ao
número de equipes implantadas (MASSUDA, 2022).
679
METODOLOGIA
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
680
Figura 1 – Região Metropolitana de Manaus – AM
681
Com uma ampla capacidade instalada para atender a Atenção
Primária e Secundária de Saúde, o município vem conseguindo desen-
volver uma política de saúde satisfatória nos últimos dez anos, alcan-
çando bons resultados em sua cobertura.
682
No Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de
Saúde, conforme a Portaria de Consolidação nº 6, de 28 de setem-
bro de 2017, os recursos financeiros se configuram como recurso de
despesa corrente (custeio). No âmbito da Atenção Primária, este bloco
inclui, entre outros, os incentivos financeiros de Captação Ponderada,
Pagamento por Desempenho, Incentivo de Ações Estratégicas e Infor-
matiza APS (COELHO, 2020).
683
pista na Atenção Básica; Equipes de saúde da família para populações
ribeirinhas; Saúde bucal – SB, entre outros. (BRASIL, 2022)
684
Para o ano de 2022, os recursos de financiamento da Atenção
Primária sofreram uma das maiores quedas desde 2013, chegando
a 15%. Esta diminuição no repasse dos recursos de manutenção da
saúde é resultado ainda dos dois primeiros anos pandêmicos da Covid
19, onde houve um aumento considerável no orçamento da Saúde, por
meio dos decretos extraordinários e a aprovação do decreto de cala-
midade pública, que flexibilizaram o teto de gastos. Todavia, as verbas
de urgência não se repetem em 2022, e o cenário ameaça a qualidade
dos serviços da Atenção Primária, considerada a principal porta de
entrada para o SUS (HARTMANN, 2022).
685
Gráfico 2 – Valor total de repasses por exercício - (2012-2022)
- financiamento da APS no município de Itacoatiara-AM
SUMÁRIO
686
Gráfico 3 – Percentual comparativo de crescimento por ano - (2012-
2022) - financiamento da APS no município de Itacoatiara-AM
687
No gráfico 5, observa-se que a evolução do orçamento federal
para APS relativo às ações orçamentárias do novo financiamento tive-
ram uma crescente no período entre 2018 e 2021, a partir da implanta-
ção do novo modelo de financiamento, Previne Brasil, com o bloco de
Investimentos e Estruturação.
SUMÁRIO
688
de maior aporte financeiro no decorrer dos anos, uma vez que o muni-
cípio passou a gerir as ações de saúde do SUS em seu território.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
689
Os repasses financeiros para o custeio da Atenção Primária pos-
sibilitam que o município faça investimentos na melhoria da estrutura
das Unidade Básica de Saúde; ampliação das Equipes Saúde da Fa-
mília e Atenção Básica; contratação de médicos e equipes de saúde;
saúde das famílias ribeirinhas; ampliação da vacinação; investimentos
e ampliação de programas como o dos Diabéticos e Hipertensos, entre
outros inclusos conforme normativa que regulamenta.
REFERÊNCIAS
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Consolidados. Disponível em: https://portalfns.saude.gov.br/consultas/.
Acesso em: 08 de julho de 2022.
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novembro de 2019. Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece
novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no
âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio da alteração da Portaria de
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em-saude-financiamento-e-prioridade-global-e-urgencia-nacional-05042022
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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em
administração. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
691
30
Capítulo 30
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.96122.30
SUMÁRIO
Resumo:
Distribuídos principalmente na última década, os avanços tecnológicos em
redes de sensores sem fio, comunicações móveis e computação ubíqua am-
pliaram o escopo de oportunidades de aplicativos com base no paradigma
da Internet das Coisas (IoT). Sob este paradigma, os hospitais inteligentes
tornaram-se uma solução inovadora para hospitais, integrando funções de
diagnóstico, tratamento, gestão e tomada de decisão. Tendo em vista que
os principais problemas enfrentados pelos hospitais em todo o mundo são
a escassez de profissionais e o aumento da população. A demanda por um
ambiente inteligente no contexto dos hospitais é iminente e os benefícios da
Internet das Coisas para essa área são múltiplos. A tecnologia de equipamen-
tos de transmissão digital de informações e a tecnologia de medição para fins
diagnósticos se destacam no universo da computação. A tecnologia da infor-
mação e comunicação para fins específicos foi a tecnologia que mais cresceu
durante o período. Além disso, pode-se observar que a China é o principal
produtor de tecnologia hospitalar de IoT, enquanto a Índia é valorizada nas
pesquisas científicas sobre o tema. Compreendendo a importância do tema,
este trabalho foi estruturado através da realização de pesquisas sobre explo-
ração de tecnologia com base em patentes e artigos científicos para estudar
a aplicação de tecnologias baseadas no paradigma da Internet das Coisas no
ambiente hospitalar.
693
INTRODUÇÃO
694
Em conexão com a expansão e avanço da Internet das Coisas
no cenário global, um dos temas que aparece na atualidade é Hospi-
tais Inteligentes. Yu, Lu e Zhu (2012) acreditam que hospitais inteligen-
tes são baseados na tecnologia da Internet das Coisas e concebidos
com um sistema de serviço aplicativo como portador. É um novo tipo
de conceito de hospital que integra diagnóstico, tratamento, gestão
e tomada de decisão de funções. Para o autor, a Internet das Coi-
sas reúne os recursos necessários, como percepções abrangentes,
transmissão confiável e processamento inteligente, para fornecer uma
plataforma de serviço técnico para a construção e implementação de
hospitais inteligentes.
SUMÁRIO Entre as várias aplicações de IoT em hospitais, um exemplo
importante é o monitoramento remoto de pacientes. Eles podem se
conectar a diferentes tipos de sensores em casa ou em outro lugar ao
mesmo tempo - dispositivos vestíveis, controle de sinais vitais, pressão
arterial, açúcar no sangue, oxigênio no sangue saturação, etc. Isso
permite que os dados sejam gerados, coletados e transmitidos em
tempo real para que os médicos possam interagir facilmente quando
necessário (GONÇALVES, 2017). Em hospitais inteligentes, essas tec-
nologias são usadas não apenas para melhorar os serviços de saúde,
mas também para conectar o hospital com o ecossistema mais amplo
de prestação de serviços de saúde, no qual o hospital desempenha
um papel importante, mas menos importante (CHEN et al., 2019).
695
Com base no conceito de internet das coisas que iniciou na dé-
cada de 90 e foi motivada pelo desenvolvimento de tecnologias da
comunicação e a diminuição dos custos de equipamentos, que desde
então vem se consolidando os atendimentos em medicina, através da
comunicação eletrônica para a saúde do paciente, bem como na edu-
cação dos profissionais de saúde. O surgimento dessa modalidade de
medicina traz novos desafios para os gestores em saúde, principal-
mente no tocante ao domínio de novas tecnologias e administração
de recursos humanos à distância. Atualmente os serviços de saúde
têm trabalhado para que esteja disponível o maior número de serviços
profissionais fornecidos via Telemedicina para os usuários e torná-la
SUMÁRIO sustentável e de longo prazo (ALAA et al., 2015).
696
REVISÃO TEÓRICA
697
e telemedicina começou a crescer substancialmente. De acordo com
Bohlin et al. (2017), a previsão apontou que entre 2013 e 2020, a taxa
de crescimento anual do investimento digital no setor de saúde ultra-
passou 20%, indicando que na última década, muitos hospitais têm
se concentrado nas operações existentes de Automação e melhorar a
eficiência. Os investimentos neste mercado digital de saúde vão desde
a implementação de registros médicos eletrônicos e gerenciamento
de dados de pacientes até sistemas mais complexos, incluindo bios-
sensores, dispositivos vestíveis e dispositivos móveis, que integram
sistemas chamados telemedicina.
698
Na aplicação da Internet das Coisas na área médica, temos o
conceito de tecnologia em saúde. Segundo o Ministério da Saúde, o
Brasil inicialmente integrou essas tecnologias aplicadas à saúde pela
Comissão Nacional de Desenvolvimento da Política de Gestão de Tec-
nologia em Saúde (PNGTS) - Regulamento MS/GM nº 2.510/2005.
Desde então, muitas foram implantadas. Discutiu-se a agregação de
valor proporcionada pelos recursos técnicos na gestão da saúde pú-
blica e sua utilização foi incorporada às diretrizes e planos do SUS
(GUIMARÃES, 2019). A tecnologia da saúde refere-se à aplicação de
conhecimentos para promover a saúde, prevenir e tratar doenças e
permitir que as pessoas se recuperem. Exemplos de tecnologias em
SUMÁRIO saúde são: medicamentos, produtos de saúde, procedimentos, orga-
nizações, educação, sistemas de informação e apoio e programas e
convênios de assistência que prestam atenção à saúde e às pessoas.
Da prevenção de doenças ao tratamento e recuperação da saúde das
pessoas, a tecnologia da saúde está em toda parte.
699
responsáveis e da infraestrutura tecnológica. Houve um progresso expo-
nencial na avaliação da tecnologia usada para construir e inferir dados
de saúde de maneira sustentável, democrática e transparente (GUIMA-
RÃES, 2019). Atualmente, existem muitas controvérsias sobre a aplica-
ção da telemedicina e da tecnologia da informação na área da saúde.
A telemedicina tornou-se realidade no SUS porque é imprescindível em
locais desassistidos. De acordo com o Ministério da Saúde, conjuntos
de dados gerados por meio de cuidados e serviços prestados pela tele-
medicina, aliados à interação de sistemas e dispositivos baseados em
IoT, podem ser usados como base para análise e compreensão da vaci-
nação e do tratamento de doenças (GUIMARÃES, 2019).
SUMÁRIO O progresso não aconteceu gradualmente até o início de 2020.
Durante a pandemia de COVID-19, ocorreram emergências de saúde
pública relacionadas ao uso de equipamentos técnicos e consultas
virtuais, e prontuários médicos e equipamentos eletrônicos foram ra-
pidamente incorporados à prática clínica. No campo da saúde públi-
ca, essas aplicações podem levar a uma profunda reformulação do
SUS, pois a dinâmica das informações e das previsões baseadas em
dados interferirá diretamente na tomada de decisões e no acompa-
nhamento dos pacientes. A coleta de dados em tempo real e a análi-
se direcionada são os principais recursos da Internet das Coisas. Na
era da integração gradual da população e do ambiente digital, dis-
positivos como relógios inteligentes, sensores de presença e suporte
doméstico são usados (CAETANO, 2020). Com a implantação do pro-
jeto, surgiram alguns aplicativos para monitorar remotamente os pa-
cientes por meio de recursos técnicos vestíveis (tecnologia vestível),
como roupas e relógios com sensores, e aplicativos para celulares. O
sistema pode identificar mudanças rapidamente, reduzindo assim o
percentual de doenças graves e complicações causadas por atrasos
na tomada de decisões. Esses dados podem ser usados para forne-
cer registros médicos eletrônicos para hospitais e serviços públicos
de saúde (CAETANO, 2020).
700
Para os prestadores de serviços, já é possível integrar novas
tecnologias (como inteligência artificial, robótica, realidade virtual/au-
mentada e impressão 3D) em serviços médicos, com objetivos dire-
tos (como controle de custos e otimização de eficiência) e quadro de
tempo de longo prazo - como maior precisão, menos erros e melhores
resultados. Por outro lado, essas novas tecnologias fazem com que
cada vez mais pacientes tenham esperança de obter serviços médicos
mais eficientes em um ambiente conveniente e confortável. Portanto,
o sistema tradicional de prestação de serviços de saúde buscou ou
tentou se redefinir. Essas mudanças podem se acelerar nos próximos
anos, levando a uma mudança no paradigma geral da prestação de
SUMÁRIO cuidados de saúde (CHEN et al., 2019).
701
METODOLOGIA
702
Os artigos selecionados para compor a revisão passaram por
uma análise que inicialmente avaliou o título quanto à aderência ou não
a temática, em seguida, foi procedida a leitura dos resumos, logo em
seguida a leitura completa dos artigos aderentes.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
703
usando sensores e dispositivos vestíveis para coletar dados fisiológi-
cos em ambientes hospitalares e residenciais frequentemente apare-
cem na literatura. Para Chen et al. (2015) um ambiente inteligente pode
ser projetado para melhorar a experiência das pessoas, modificando o
comportamento coletivo. Esse tipo de cena inteligente possui algumas
características novas, incluindo interações individuais, que sempre se
manifestam como atividades implícitas no ambiente inteligente, e com-
portamentos individuais, que são sempre afetados pelo ambiente ou
por outros indivíduos. Para Mukhopadhyay e Suryadevara (2014) um
dos modelos emergentes no campo da saúde é o cuidado centrado
no paciente (PCC), que foi desenvolvido pelo Instituto Picker em 1988
SUMÁRIO e é um modelo que dá foco ao paciente e suas necessidades pessoais
de saúde. Entre eles, os pacientes são seus próprios parceiros de tra-
tamento e os hospitais e clínicas usam o poderoso ecossistema de IoT
para integrar o atendimento ao paciente.
704
de imagem ou coleta de amostras, e os laudos podem ser enviados
ao médico imediatamente. Por fim, os pacientes podem monitorar on-
line durante o período pós-tratamento, ajudar no gerenciamento de
medicamentos por meio de aplicativos móveis e marcar consultas de
acompanhamento por meio da plataforma de medicamentos.
705
contexto específico, seja uma indústria ou um país, e a compreensão
desse contexto pode levar a melhores políticas governamentais de tec-
nologia e inovação (OCDE, 2013). Em pouco mais de uma década de
desenvolvimento tecnológico, a Internet das Coisas para o ambiente
hospitalar avançou consideravelmente. Isso pode ser observado pelo
aumento do número de patentes depositadas e publicadas entre 2009
e 2020. No geral, o número de tecnologias IoT direcionadas ao setor
de saúde pode ser muito maior do que o número encontrado neste
estudo. De acordo com a empresa de consultoria de transformação
digital i-Scoop (2020), a vastidão do ecossistema médico torna a lista
de aplicações de IoT neste campo quase infinita. Possui tecnologias
SUMÁRIO que vão desde saúde pessoal, biossensores e camas inteligentes até
monitoramento remoto e diversas atividades profissionais e de saúde
e até tratamento de doenças.
706
na saúde A harmonização das regulamentações do setor de saúde e
das abordagens de IoT é essencial. Além disso, no momento da atual
pandemia, considerando os antecedentes da estrutura hospitalar, uma
das questões mais críticas que afetam os serviços médicos e, portanto,
a população é a capacidade limitada dos leitos hospitalares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
707
Embora o setor hospitalar tenha demorado mais para absorver
a tecnologia de IoT do que outros setores, esta pesquisa mostra que
a indústria e a academia já realizaram muitas pesquisas sobre esse
tópico. Com benefícios reais e soluções para problemas em grande
escala, a tecnologia da Internet das Coisas aplicada ao ambiente hos-
pitalar pode mudar completamente todas as formas de atendimento
médico tradicional nos próximos anos. Espera-se que esta pesquisa
possa promover novas explorações científicas e descobrir tecnologias
e oportunidades de mercado dentro deste tópico. Esta pesquisa des-
creve a Internet das Coisas para o ambiente hospitalar, mas no enorme
ecossistema da saúde, vários tópicos podem ser explorados em pes-
SUMÁRIO quisas futuras. O próprio ambiente hospitalar está sujeito à aplicação
de diversos tipos de tecnologias, desde a gestão administrativa hospi-
talar até aplicações médicas.
REFERÊNCIAS
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p.22-32, 2014.
710
Sobre os organizadores e a organizadora
Juliano Milton Kruger
Doutor em Ciências da Administração pela Univer-
sidade do Minho (Portugal). Mestre em Gestão pela
Universidade de Coimbra (Portugal). Especialista em
várias áreas da Gestão, do Direito e da Educação.
Bacharel em Administração (UFOP), Contabilidade
(UFPR), Economia (UFSC) e Licenciado em Matemá-
tica (FIAR). Possui experiência com Educação a Dis-
tância, Gestão e Contabilidade Gerencial. É docente
do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) na área de
SUMÁRIO Administração e da Universidade do Estado do Ama-
zonas (UEA) na área de Contabilidade.
Contato: [email protected] e jmkruger@
uea.edu.br
711
Geymeesson Brito da Silva
Doutorando e Mestre em Administração pela Uni-
versidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pós-Gra-
duando em Administração Pública Municipal pela
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Especialista em Docência para Educação Profissional
e Tecnológica pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB).
Graduado em Administração pela Universidade Esta-
dual da Paraíba (UEPB). É docente do Curso Superior
de Tecnologia em Gestão Comercial EaD do Instituto
Federal de Rondônia (IFRO).
Contato: [email protected]
712
Sobre os autores e autoras
Adriana da Silva Moura
Especialista em Gestão Pública Municipal (IFRR). Licen-
ciada em Ciências da Natureza com Ênfase em Biologia
e Química (UERR). Possui experiência com PIBID.
Contato: [email protected]
SUMÁRIO
Alex Santiago Nina
Graduado em Administração pela Universidade Pau-
lista - UNIP (2018) e em Geologia pela Universidade
Federal do Pará - UFPA (2013). Especialista em Ges-
tão de Contabilidade e Finanças Empresariais pela
Faculdade da Lapa - FAEL (2020) e em Formação
Docente para a Educação a Distância (2022). Mestre
em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimen-
to Local na Amazônia, pela UFPA (2016). Doutor em
Ciências: Área de Concentração Desenvolvimento So-
cioambiental, pela UFPA (2021). Atualmente, é profes-
sor contratado do Instituto Federal do Amapá (IFAP).
Contato: [email protected]
713
Ananias Noronha Filho
Doutor e Mestre em Políticas Públicas no Programa de
Pós-Graduação em Políticas da Universidade do Ma-
ranhão. Especialização em Gerenciamento de Enfer-
magem pela Sociedade Brasileira de Gerenciamento
de Enfermagem. Graduado em Enfermagem e Obste-
trícia pela Escola de Enfermagem de Manaus. Profes-
sor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de Roraima (IFRR), lotado no Campus
Boa Vista. Tem experiência na área de Enfermagem,
com ênfase em Enfermagem em Saúde Mental, Ges-
tão de Serviços de Saúde, Bioética, Saúde Coletiva,
Planejamento em Saúde, Gestão de Cursos da Área
de Saúde. Gestão de Instituições de Saúde e de Edu-
SUMÁRIO cação. Avaliação de Programas e Políticas das áreas
de Saúde e Educação.
Contato: [email protected]
714
Ankilma do Nascimento Andrade Feitosa
Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Me-
dicina do ABC. Possui Mestrado (2010) e Licenciatu-
ra (2009) em Enfermagem Pela Universidade Federal
da Paraíba. Especialização em Auditoria em Serviços
de Saúde. Especialização em Saúde da Família pela
UFPB. Especialista em Processos Educacionais na
Saúde pelo Sírio libanês. Graduação em Enfermagem
pela Faculdade Santa Emília de Rodat (2005). Atual-
mente é docente da Faculdade Santa Maria-PB, dos
cursos de Medicina e Enfermagem. Tem experiência
na área de Enfermagem, com ênfase em Fundamen-
tos do cuidar em Enfermagem, Saúde do Idoso e Saú-
de Coletiva.
SUMÁRIO Contato: [email protected]
715
Daniel Soares de Souza
Mestre em Gestão Pública (UnB). Bacharel em Ciên-
cias Contábeis (Unopar). Bacharel em Administração
(IESCFAC). Tecnólogo em Gestão Empresarial e Con-
troladoria (UNIPLAN). Professor do Instituto Federal
de Brasília - IFB. Experiência e atuação nos seguin-
tes temas: Implementação e Avaliação de Políticas
Públicas; Custos Logísticos; Gestão de Aquisições
e Contratações Públicas e Privadas; Contabilidade
Gerencial; Administração Financeira e Orçamentária
Pública e Empresarial; Controladoria; Pesquisa Ope-
racional; Ciência de Dados com utilização dos soft-
wares R e Python.
Contato: [email protected].
SUMÁRIO
David Ricardo de Souza Silva
Servidor técnico administrativo do Instituto Federal de
Educação Ciência e Tecnologia de Roraima – IFRR.
Possui experiência em diversas áreas da administração
pública, como por exemplo, planejamento, orçamento,
financeiro, gestão patrimonial e transporte. Atualmente,
desempenhas suas funções na reitoria como Diretor de
Orçamento. Graduado em Gestão Pública pela Facul-
dade Educacional da Lapa – FAEL e Pós-Graduado em
Gestão Pública Municipal pelo IFRR.
Contato: [email protected]
716
Elaine Gonçalves Weiss de Souza
Doutora em Ciências Jurídicas Públicas pela Universi-
dade do Minho, em Portugal e também pela UNIVALI.
Investigadora do JusGov - Centro de Investigação em
Justiça e Governação da Uminho. Mestre em Ciência
Jurídica pela Universidade do Vale do Itajaí, Especia-
lista em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Va-
gas, Especialista em Direito Eleitoral pela Universida-
de do Sul de Santa Catarina, e Especialista em Ensino
Superior. Licenciada em História. Professora e Tutora
EAD. Procuradora Efetiva do Município de Balneário
Camboriú - SC, desde 2004. Professora do ensino su-
perior desde 2003.
Contato: [email protected]
SUMÁRIO
Elaine Lima de Sousa
Mestre em Letras (UFAM-2019). Especialista em Me-
todologia do Ensino da Língua Inglesa (ESBAM-2010).
Licenciatura em Letras Língua e Literatura Inglesa
(UNINORTE-2008). Possui experiência de estudos
com representações, Inglês Geral e para fins especí-
ficos e educação profissional no Amazonas. É docen-
te do ensino básico, técnico e tecnológico no IFAM
Campus Manaus Zona Leste, área de Língua Inglesa,
desde 2011. São suas áreas de interesse em pesqui-
sa: representações, Inglês para fins específicos, edu-
cação e Gestão de Pessoas.
Contato: [email protected]
717
Elida Kayze Nunes Rodrigues
Pós-Graduada em Gestão Pública Municipal (IFRR).
Bacharel em Ciências Econômicas (UFRR). Técnica
Municipal do Munícipio de Boa Vista na área da Edu-
cação.
Contato: [email protected]
718
Fernanda Brusa Molino
Advogada e Professora. Doutora e Mestra em Direito
internacional pela PUCSP, ex-bolsista Capes, Mestra
em Direito Empresarial pela Universidad de Alcalá-
-Espanha. Bacharel em Direito pela UEL. Curso em
Direito Internacional na Academia de Direito Interna-
cional de Haia (Corte Internacional de Justiça - Holan-
da). Graduada em Direito pela Universidade Estadual
de Londrina - PR. Experiência como coordenadora na
área educacional e advogada nas áreas contratual,
cível, ambiental, tributária e societária. Pesquisadora
na área de mudanças climáticas e direitos humanos.
Contato: [email protected]
719
Glauber dos Santos Guedes
Bacharel em Ciências Contábeis pela UniFanor
Wyden. Possui experiência como profissional no âmbi-
to da segurança pública, além de assistente adminis-
trativo e financeiro. É operador de segurança pública.
São suas áreas de interesse em pesquisa: Educação,
Economia e Administração Pública.
Contato: [email protected]
720
João Victor Rocha Vitoriano
Pós-graduado em Gestão Pública Municipal pelo Ins-
tituto Federal de Roraima. Bacharel em Direito pela
Universidade Estadual de Roraima.
Contato: [email protected]
721
Joseilson Gonçalves da Cunha
Especialista em Ciências da Natureza, Suas Tecno-
logias e o Mundo do Trabalho (UFPI-PI), Informática
na Saúde (UFRN-RN) e Engenharia de Segurança do
Trabalho (Universidade Cruzeiro do Sul-PB). Bacharel
em Engenharia Civil (Uninassau-PB). Licenciado em
Física (UFPB-PB). Tecnólogo em Radiologia (Faculda-
de Santa Emília de Rodat-PB). Possui experiência com
saúde ocupacional, docência e radiologia médica.
Áreas de interesse em pesquisa: saúde ocupacional,
docência e radiologia médica.
Contato: [email protected]
722
Karina Onety de Barros
Especialista em Direito do Trabalho pela Universidade
Cruzeiro do Sul. Bacharel em Direito pelo Centro Uni-
versitário de Ensino Superior do Amazonas. Advogada.
Contato: [email protected]
723
Marcelo Hideki Togo
Pós-graduado em Gerenciamento de Projetos pela
Fundação Getúlio Vergas (FGV). Especialista em Ges-
tão Estratégica Contemporânea pela Pontifícia Univer-
sidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Bacharel
em Administração de Empresas pela Universidade
Federal do Espírito Santo (UFES). Especialista na área
de Gestão Estratégica, Lean Manufacturing e Projetos.
Professor de cursos de pós-graduação, graduação e
técnico. Experiência como tutor à distância nos cursos
de pós-graduação, graduação e técnico. É avaliador
de projetos de programas do Instituto Federal do Es-
pírito Santo (IFES).
Contato: [email protected]
SUMÁRIO
Márcia Vanzo Fileski
Especialista em Gestão Pública Municipal no Instituto
Federal de Roraima – IFRR. Bacharel em Administra-
ção - Faculdade Cathedral de Ensino Superior - RR.
Atualmente exerce o cargo de Assessora/Diretora de
Mercados Municipais e Terminais Urbanos da Prefeitura
Municipal de Boa Vista - RR. Tem experiência na área de
Administração, com ênfase em Administração Pública.
Contato: [email protected]
724
Maria Andreia Bezerra dos Santos
Bacharel em Administração pela Fundação Universi-
dade de Tocantins. Bacharel em Turismo pela Universi-
dade do Estado do Amazonas - UEA. Especialista em
Gerenciamento de Projetos pela Faculdade Literatus
- UniCEL. Especialista em Docência em Nível Superior
pelo Instituto de Ensino Superior de Minas Gerais –
IESMIG. Possui experiência em Administração Pública
no setor de Recursos Humanos, Folha de Pagamento
e suas rotinas. É servidora pública municipal no Cargo
Comissionado de Diretora Geral da Câmara Municipal
de Presidente Figueiredo-AM. Microempresária (Co-
mércio de variedades).
Contato: [email protected]
SUMÁRIO
Maria da Conceição Theodocello Sant’Anna
Especialista em Gestão Pública Municipal pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima.
Tecnóloga em Gestão Hospitalar pelo Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima. Bacha-
rela em Administração com Habilitação em Sistemas de
Informação pela Faculdade Cathedral de Ensino Supe-
rior. Assistente Administrativo no Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Contato: [email protected]
725
Marivone da Silva Magalhães
Especialista em Gestão Pública Municipal (IFRR). Ba-
charel em Direito (Faculdade Estácio da Amazônia). É
servidora pública efetiva do Estado de Roraima.
Contato: [email protected]
726
Nayara de Paula Faleiros
Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São
Paulo (USP), Bacharela e Licenciada em Psicologia pela
Universidade Estadual Paulista (UNESP), atualmente é
Técnica em Assuntos Educacionais na Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP). Sua principal área de
interesse tem sido a gestão estratégica de pessoas, so-
bre a qual tem realizado pesquisas a partir do enfoque
da Orientação Profissional e de Carreira.
Contato: [email protected]
727
Paulina da Silva Magalhães
Especialista em Gestão Pública Municipal (IFRR). Bacha-
rel em Enfermagem (Universidade Estadual de Roraima).
É servidora pública efetiva do Estado de Roraima.
Contato: [email protected]
728
Samara Motter Detoni da Silva
Pós-graduada em Gestão Pública pelo Instituto Fede-
ral de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas
(IFAM) e em Segurança do Paciente, pela Fundação
Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (Fiocruz). Farmacêu-
tica pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Possui experiência na área hospitalar. São suas áreas
de interesse em pesquisa: Saúde e gestão pública, e
segurança do paciente.
Contato: [email protected]
729
Thiala Cristine Mendes Barros
Especialista em Gestão Pública pelo IFAM. Especialis-
ta em Práticas do Serviço Social aplicadas às Políticas
Públicas pela UNIFACS. Bacharel em Serviço Social
pela UFBA. Possui experiência como assistente social
na execução das políticas públicas de Habitação, As-
sistência Social e Previdência Social. É Analista do Se-
guro Social no INSS, onde trabalha com o reconheci-
mento do direito ao BPC junto às PCD. Suas áreas de
interesse em pesquisa são: Políticas Públicas; Trans-
versalidade de Gênero e Raça; Diversidade; Inclusão
das Pessoas com Deficiência.
Contato: [email protected]
730
Índice Remissivo
731
C contábil 24, 27, 30, 31, 36, 39, 233, 399,
CAF 635, 636, 637, 642, 643, 644, 647, 406, 414
648, 649, 650, 651, 653, 654, 655, 656, COVID-19 117, 222, 228, 229, 287, 289,
657, 658, 659, 660, 661, 662, 663, 665 290, 291, 292, 306, 307, 430, 496, 623,
capital 83, 94, 95, 152, 190, 191, 193, 194, 700, 707, 708
195, 209, 231, 241, 338, 354, 360, 402, crescimento 16, 19, 54, 69, 88, 129, 155,
435, 442, 466, 510, 571, 589, 608, 626, 158, 159, 172, 178, 190, 310, 314, 335,
628, 630, 632, 683 336, 355, 360, 379, 467, 478, 499, 645,
cidadão 42, 43, 44, 47, 50, 57, 58, 59, 60, 685, 686, 687, 697, 698, 706
65, 82, 85, 97, 107, 230, 259, 271, 351, criminalidade 79, 80, 81, 82, 83, 88, 92,
353, 354, 356, 368, 411, 412, 527, 528, 93, 94, 95, 96
529, 531, 532, 533, 542, 543, 544, 545, crise 82, 93, 174, 203, 228, 229, 261, 333,
546, 592, 699 419, 496, 624
cidade 50, 77, 83, 88, 91, 92, 94, 95, 96, cultura 48, 67, 68, 139, 141, 143, 146,
148, 242, 351, 352, 354, 356, 358, 381,
SUMÁRIO 99, 155, 159, 160, 162, 163, 164, 165, 167,
168, 169, 170, 172, 173, 174, 175, 192, 228, 462, 498, 522, 575, 580, 581, 583, 605,
241, 252, 296, 329, 330, 331, 332, 333, 334, 608, 609, 630
335, 336, 337, 338, 340, 341, 342, 347, 348, D
351, 353, 354, 355, 356, 357, 358, 360, 361,
democracia 50, 132, 200, 232, 353, 464,
363, 364, 367, 368, 370, 371, 419, 427, 435,
518, 520
442, 454, 463, 464, 465, 467, 468, 470, 473,
desenvolvimento 17, 18, 19, 21, 25, 26, 61,
474, 475, 510, 540, 546, 551, 552, 561, 563,
76, 80, 89, 96, 129, 134, 136, 139, 140,
591, 663
141, 145, 151, 154, 155, 156, 160, 161,
clima organizacional 64, 65, 66, 67, 68, 69,
162, 163, 164, 165, 166, 167, 168, 169,
71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 305
170, 171, 175, 180, 181, 182, 185, 186,
cogestão 551, 552, 553, 557, 560, 564,
188, 205, 221, 232, 269, 270, 286, 287,
565, 566
288, 291, 292, 293, 295, 302, 336, 339,
comunidade 24, 53, 80, 83, 96, 107, 130,
351, 353, 356, 358, 360, 368, 375, 379,
146, 148, 149, 150, 166, 178, 191, 196,
390, 391, 394, 416, 417, 445, 460, 461,
206, 209, 212, 261, 263, 264, 265, 266,
462, 463, 464, 469, 471, 472, 475, 478,
269, 287, 288, 295, 296, 297, 318, 341,
479, 480, 482, 484, 485, 489, 494, 497,
354, 355, 357, 364, 367, 368, 376, 453,
498, 499, 537, 545, 551, 552, 555, 556,
465, 493, 566, 605, 636, 641, 675, 689
558, 559, 563, 564, 567, 574, 575, 582,
conhecimento 20, 36, 42, 45, 46, 50, 53,
584, 588, 591, 594, 596, 612, 613, 615,
56, 57, 60, 111, 129, 136, 137, 157, 168,
616, 617, 627, 628, 629, 637, 640, 641,
172, 180, 199, 241, 257, 259, 267, 288,
655, 658, 661, 672, 676, 681, 689, 696,
320, 326, 342, 352, 354, 358, 363, 398,
697, 705, 706, 707
406, 407, 411, 445, 480, 485, 498, 529,
Diário Oficial 45, 46, 151, 222, 349, 387,
530, 535, 536, 538, 573, 581, 583, 594,
417, 430, 567, 574, 666, 690
597, 598, 599, 619, 635, 649, 651, 652,
Direito Público 26, 414, 631, 722
653, 665, 696, 697
732
dispositivo 23, 24, 47, 209, 362, 445, 515 260, 261, 262, 263, 266, 271, 272, 273, 275,
Distrito Federal 47, 48, 84, 109, 110, 112, 283, 284, 308, 309, 310, 311, 312, 313, 314,
116, 179, 200, 211, 224, 310, 312, 314, 315, 316, 317, 318, 326, 327, 328, 336, 337,
555, 581, 672, 674, 676, 728 348, 353, 359, 362, 363, 367, 368, 369, 394,
395, 397, 398, 405, 410, 411, 412, 413, 417,
E
418, 421, 422, 423, 426, 434, 435, 438, 441,
econômico 19, 21, 65, 154, 155, 161, 165, 444, 445, 448, 450, 451, 452, 454, 455, 460,
168, 169, 180, 196, 337, 379, 417, 464, 461, 462, 463, 465, 469, 470, 471, 472, 473,
554, 556, 559, 591, 640, 705 479, 496, 498, 499, 509, 510, 527, 528, 529,
educação 18, 33, 132, 148, 172, 179, 181, 531, 533, 534, 538, 540, 541, 542, 544, 546,
187, 191, 199, 204, 223, 259, 284, 286, 548, 552, 557, 558, 559, 562, 563, 564, 565,
287, 288, 289, 291, 294, 297, 300, 303, 566, 567, 568, 570, 574, 581, 582, 584, 585,
304, 305, 351, 352, 353, 354, 355, 356, 592, 595, 597, 598, 599, 600, 607, 609, 611,
357, 358, 359, 362, 368, 369, 370, 377, 621, 622, 623, 626, 627, 629, 635, 636, 637,
390, 391, 434, 436, 438, 439, 440, 441, 639, 642, 643, 651, 656, 659, 663, 664, 666,
SUMÁRIO 445, 447, 448, 449, 450, 451, 454, 455, 671, 672, 673, 676, 677, 681, 685, 693, 695,
464, 478, 481, 482, 483, 500, 508, 517, 696, 698, 699, 705, 708, 710, 714, 716, 719,
519, 540, 543, 583, 588, 589, 590, 591, 727, 729
592, 593, 596, 597, 599, 602, 603, 605, Gestão de Pessoas 70, 585, 608, 609, 611,
606, 610, 612, 622, 624, 632, 636, 641, 628, 630, 633, 717
696, 699, 711, 714, 717, 720 Gestão Pública 16, 17, 20, 38, 41, 61, 64,
estado 46, 50, 54, 60, 81, 82, 85, 86, 96, 155, 172, 174, 176, 177, 198, 199, 202,
122, 190, 289, 290, 291, 292, 341, 345, 205, 232, 394, 414, 416, 434, 479, 570,
354, 374, 376, 377, 378, 380, 381, 386, 585, 713, 714, 715, 716, 717, 718, 719,
402, 403, 430, 435, 439, 442, 445, 450, 721, 722, 723, 724, 725, 726, 727, 728,
466, 468, 473, 474, 564, 566, 586, 593, 729, 730
667, 680 Guarda Civil Municipal 92, 99, 100, 101,
executivo 60, 81, 163, 166, 208, 406 105, 108, 109, 117, 121
expansão 132, 150, 154, 155, 158, 162, guarda municipal 80, 81, 82, 83, 84, 87,
166, 169, 170, 172, 237, 264, 335, 440, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 103, 110,
448, 461, 556, 558, 563, 603, 695 112, 114, 119, 121, 124, 126
G I
gestão 16, 17, 18, 19, 20, 21, 24, 30, 31, IBGE 54, 83, 97, 162, 174, 190, 199, 360,
32, 33, 34, 37, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 371, 376, 377, 390, 402, 414, 419, 420,
47, 50, 51, 53, 58, 60, 65, 66, 68, 75, 76, 82, 431, 435, 457, 461, 466, 468, 475, 491,
96, 125, 138, 151, 154, 155, 156, 157, 159, 508, 516, 517, 524, 561, 567, 579, 582,
160, 161, 162, 164, 166, 167, 169, 170, 171, 583, 585, 667, 677, 678, 680, 681
172, 173, 174, 176, 177, 178, 179, 180, 181, IFRR 20, 22, 23, 24, 25, 32, 33, 34, 35, 37,
182, 183, 184, 185, 186, 187, 189, 193, 194, 38, 713, 714, 716, 717, 718, 720, 721, 723,
195, 196, 198, 199, 200, 203, 205, 206, 207, 724, 726, 727, 728, 729, 730
208, 211, 226, 230, 254, 256, 257, 258, 259,
733
indicadores 75, 179, 181, 184, 185, 186, 175, 179, 203, 208, 209, 211, 225, 228,
187, 195, 196, 198, 199, 200, 367, 403, 233, 234, 253, 290, 291, 314, 332, 337,
460, 461, 473, 508, 509, 523, 541, 560, 362, 363, 367, 378, 381, 386, 388, 390,
628, 642, 647, 652, 661, 664, 674, 677, 397, 411, 412, 422, 462, 465, 471, 472,
678, 690 473, 476, 486, 492, 494, 515, 530, 571,
informação 32, 39, 41, 44, 45, 46, 47, 48, 584, 616, 617, 631, 632
54, 56, 125, 140, 141, 148, 164, 194, 197,
M
199, 245, 247, 291, 294, 296, 334, 340,
358, 411, 445, 454, 511, 523, 531, 536, mercado de trabalho 230, 478, 479, 480,
540, 542, 548, 565, 594, 597, 631, 636, 481, 484, 485, 488, 490, 491, 492, 493,
641, 664, 693, 696, 697, 699, 700, 707, 494, 495, 496, 497, 499, 500, 501, 502,
720 504, 508, 513, 514, 516, 525
internet 234, 246, 247, 250, 251, 286, 288, mídias sociais 102
296, 316, 433, 434, 435, 436, 437, 439, movimentos sociais 166, 171, 353, 379
440, 441, 442, 443, 447, 449, 450, 451,
SUMÁRIO O
452, 453, 605, 694, 696, 702
organizações públicas 65, 76, 196, 501,
Internet das Coisas 692, 693, 694, 695,
528, 531, 573, 583
698, 699, 700, 701, 703, 704, 706, 707,
708, 709, 710 P
J patrimonial 24, 27, 30, 31, 32, 33, 34, 36,
37, 39, 362, 399, 405, 716
jurídica 39, 47, 66, 92, 161, 217, 219, 221,
PES 258, 635, 637, 638, 639, 641, 642,
518
643, 644, 654, 664, 665, 668
jurídico 39, 48, 49, 102, 103, 104, 107,
planejamento territorial 155, 167, 171
109, 111, 123, 126, 160, 167, 203, 314,
planejamento urbano 154, 155, 156, 159,
411, 456, 479, 480, 502
357, 460, 469
justiça 49, 80, 91, 96, 106, 159, 161, 164,
Plano Diretor 153, 154, 155, 161, 163, 166,
165, 170, 205
167, 169, 173, 174, 460, 461, 462, 464,
L 465, 466, 467, 468, 470, 472, 474
LAI 48, 53 Poder Público 47, 50, 87, 122, 161, 168,
legislação 25, 26, 28, 43, 59, 61, 81, 86, 178, 182, 211, 444, 557
90, 94, 101, 104, 105, 106, 109, 110, 111, política 17, 18, 25, 61, 66, 106, 131, 132,
115, 119, 120, 121, 122, 123, 169, 175, 133, 134, 135, 138, 150, 156, 158, 160,
179, 191, 332, 374, 387, 388, 400, 406, 161, 162, 164, 165, 166, 170, 171, 172,
444, 445, 469, 485, 486, 487, 490, 493, 173, 174, 175, 178, 179, 183, 191, 196,
501, 552, 559, 563, 601, 625 199, 200, 212, 214, 229, 230, 231, 233,
legislativo 59, 163, 166, 208, 228, 399, 236, 240, 355, 358, 359, 362, 363, 390,
518 439, 447, 448, 456, 461, 462, 463, 470,
lei 42, 45, 46, 48, 49, 62, 80, 84, 86, 87, 474, 492, 494, 496, 508, 517, 518, 519,
89, 90, 91, 93, 94, 98, 106, 108, 109, 113, 520, 522, 528, 552, 559, 562, 586, 588,
114, 116, 118, 121, 160, 161, 164, 170,
734
589, 590, 591, 593, 597, 602, 605, 619, procedimentos administrativos 23, 24, 31,
620, 640, 682, 688, 690, 699, 707 33, 35, 37
políticas públicas 18, 19, 20, 82, 92, 95, projetos 93, 95, 96, 98, 125, 129, 133, 146,
96, 123, 128, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 166, 167, 169, 174, 179, 189, 191, 199,
137, 146, 148, 149, 150, 155, 162, 166, 236, 266, 317, 327, 351, 355, 356, 358,
172, 177, 180, 183, 186, 187, 189, 191, 361, 362, 364, 365, 369, 370, 371, 386,
193, 197, 198, 200, 202, 206, 207, 210, 414, 431, 440, 466, 471, 472, 475, 503,
226, 229, 252, 253, 254, 269, 331, 336, 556, 559, 624, 637, 691, 706, 721, 724
339, 353, 354, 355, 364, 368, 369, 379, público 16, 20, 24, 26, 27, 30, 34, 39, 42,
381, 434, 435, 437, 438, 439, 442, 445, 43, 48, 49, 57, 60, 66, 83, 84, 86, 87, 88,
447, 454, 456, 457, 463, 478, 480, 491, 92, 105, 114, 116, 119, 120, 122, 123, 128,
492, 497, 498, 500, 501, 508, 509, 512, 130, 131, 134, 135, 137, 138, 141, 143,
517, 518, 519, 525, 529, 558, 589, 590, 144, 145, 148, 149, 150, 155, 158, 162,
592, 593, 598, 608, 670, 672, 689, 730 165, 172, 178, 179, 181, 183, 187, 198,
população 21, 33, 42, 46, 51, 60, 65, 80, 199, 203, 204, 206, 207, 208, 226, 237,
SUMÁRIO
82, 83, 84, 87, 88, 92, 93, 94, 95, 96, 99, 263, 284, 290, 292, 297, 310, 311, 313,
102, 103, 112, 129, 130, 139, 140, 150, 315, 325, 330, 331, 332, 333, 335, 336,
155, 156, 158, 163, 164, 166, 171, 173, 337, 338, 339, 345, 347, 356, 358, 362,
178, 179, 180, 182, 188, 190, 192, 193, 376, 379, 387, 395, 397, 398, 399, 400,
213, 220, 222, 228, 229, 231, 234, 235, 406, 407, 408, 412, 421, 422, 423, 436,
236, 238, 252, 253, 259, 265, 266, 287, 439, 440, 444, 445, 461, 465, 478, 479,
292, 296, 330, 331, 333, 335, 339, 340, 480, 481, 482, 486, 487, 488, 492, 493,
341, 344, 347, 348, 353, 355, 360, 363, 494, 496, 501, 505, 506, 507, 510, 518,
364, 366, 367, 376, 394, 395, 397, 401, 523, 524, 526, 527, 528, 529, 530, 531,
402, 412, 424, 435, 461, 465, 466, 468, 533, 535, 539, 540, 541, 542, 543, 544,
470, 472, 481, 491, 492, 495, 497, 508, 545, 546, 547, 548, 549, 564, 570, 571,
509, 514, 515, 516, 518, 519, 520, 522, 572, 573, 574, 575, 577, 581, 582, 583,
528, 531, 533, 543, 551, 559, 563, 564, 584, 585, 590, 597, 598, 600, 601, 603,
589, 592, 637, 641, 642, 646, 671, 672, 604, 628, 635, 637, 643, 699, 719, 724
673, 677, 678, 679, 684, 689, 693, 700,
R
701, 702, 707
PPA 55, 57, 58, 202, 203, 204, 208, 209, racismo 506, 507, 513, 516, 517, 518, 519,
210, 213, 214, 216, 218, 219, 221, 222, 520, 521, 522, 523
223, 225, 409, 410, 463, 570 recrutamento 482, 570, 571, 572, 574, 580,
prefeitura 46, 55, 57, 65, 66, 72, 73, 74, 80, 582, 584
91, 99, 117, 163, 164, 192, 194, 290, 307, recursos públicos 26, 41, 43, 44, 47, 51,
361, 371, 414, 464, 541, 547, 562 57, 58, 59, 60, 133, 180, 182, 187, 232,
Previdência Social 506, 510, 512, 523, 310, 311, 315, 326, 395, 397, 398, 400,
524, 730 406, 410, 411, 509
735
Rede Cidadania 127, 128, 129, 130, 131, 496, 529, 530, 533, 542, 544, 547, 570,
136, 137, 138, 141, 143, 144, 146, 148 573, 574, 575, 582, 583, 585, 719, 724
sindicatos 166, 262, 465
S
Sistema Único de Saúde 139, 211, 257,
saúde 18, 105, 129, 132, 139, 141, 142, 264, 523, 668, 670, 671, 675, 676, 680,
145, 146, 148, 172, 179, 181, 192, 194, 681, 690, 709
197, 201, 202, 204, 210, 211, 212, 213, social 16, 17, 18, 21, 31, 39, 45, 48, 50,
214, 215, 216, 218, 220, 221, 222, 223, 62, 66, 77, 81, 82, 98, 102, 106, 120, 129,
224, 237, 254, 256, 257, 258, 259, 261, 130, 131, 133, 135, 137, 139, 140, 141,
263, 264, 265, 266, 268, 274, 280, 282, 142, 145, 146, 148, 149, 150, 152, 155,
283, 287, 328, 336, 341, 345, 351, 355, 158, 159, 160, 161, 162, 164, 165, 167,
356, 358, 364, 367, 456, 464, 478, 481, 168, 169, 170, 171, 172, 178, 179, 180,
482, 491, 493, 496, 500, 508, 509, 512, 181, 188, 192, 196, 205, 210, 211, 228,
521, 523, 530, 540, 541, 543, 546, 624, 229, 230, 231, 232, 233, 235, 236, 237,
630, 635, 636, 637, 639, 640, 641, 651, 239, 240, 252, 253, 254, 261, 262, 267,
SUMÁRIO 652, 653, 655, 658, 665, 670, 671, 672, 270, 271, 287, 289, 294, 297, 307, 314,
673, 674, 675, 676, 677, 679, 680, 681, 328, 335, 337, 340, 341, 351, 353, 354,
682, 683, 684, 685, 686, 687, 688, 689, 356, 358, 363, 367, 369, 390, 414, 419,
690, 691, 693, 694, 695, 696, 697, 698, 423, 426, 427, 428, 436, 455, 457, 464,
699, 700, 701, 702, 703, 704, 706, 707, 466, 473, 474, 475, 478, 480, 481, 483,
708, 709, 710, 722, 727 484, 495, 498, 501, 502, 503, 509, 511,
sede de segurança pública 80, 82 513, 517, 518, 520, 521, 522, 524, 528,
segurança 18, 46, 80, 82, 84, 85, 87, 88, 533, 548, 564, 568, 591, 594, 597, 605,
91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 106, 107, 606, 610, 667, 676, 690, 691, 730
109, 110, 113, 114, 115, 116, 117, 121, sociedade 16, 17, 18, 19, 27, 41, 42, 44,
125, 126, 145, 160, 170, 172, 204, 223, 45, 46, 47, 49, 53, 55, 59, 60, 61, 95, 103,
240, 324, 328, 337, 344, 356, 364, 394, 117, 124, 129, 130, 131, 132, 133, 135,
493, 513, 525, 530, 535, 536, 564, 592, 154, 159, 161, 167, 168, 171, 172, 177,
602, 636, 641, 664, 666, 698, 703, 707, 178, 179, 180, 181, 187, 191, 195, 196,
720, 729 202, 203, 204, 205, 206, 208, 209, 223,
serviços públicos 16, 19, 45, 85, 120, 165, 232, 233, 235, 266, 292, 294, 314, 316,
172, 177, 181, 192, 203, 206, 211, 223, 317, 331, 334, 339, 352, 353, 354, 356,
287, 312, 339, 368, 396, 397, 526, 527, 359, 367, 368, 371, 398, 431, 436, 441,
528, 529, 530, 533, 542, 543, 544, 545, 445, 455, 461, 463, 472, 478, 481, 483,
546, 630, 684, 686, 688, 700 488, 492, 497, 500, 501, 508, 513, 514,
servidores públicos 65, 119, 366, 422, 502, 516, 522, 526, 527, 528, 529, 530, 531,
519, 527, 544, 630, 632 543, 544, 545, 589, 592, 605, 619, 699,
setor público 30, 39, 48, 179, 183, 199, 701, 706, 729
313, 376, 387, 461, 479, 480, 481, 482, SUS 139, 211, 212, 214, 218, 222, 257,
259, 261, 263, 271, 273, 274, 280, 282,
736
525, 666, 669, 670, 671, 672, 673, 674, 61, 168, 182, 186, 224, 351, 368, 369, 394,
675, 676, 680, 681, 682, 683, 684, 685, 396, 445, 461, 464, 542, 582
686, 688, 689, 690, 699, 700 transporte escolar 588, 590, 591, 593, 595,
sustentabilidade ambiental 177, 475 596, 597, 598, 599, 600, 601, 602, 603,
sustentabilidade socioambiental 551, 553 604, 605
T V
TEA 478, 479, 480, 481, 482, 483, 484, violência 83, 88, 91, 93, 95, 98, 102, 123,
485, 487, 491, 493, 494, 497, 499, 500, 140, 143
501, 503, 504
transparência 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47,
48, 50, 51, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60,
SUMÁRIO
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