Dinamica de Um Sistema de Particulas Trabalho de Pesquisa
Dinamica de Um Sistema de Particulas Trabalho de Pesquisa
Dinamica de Um Sistema de Particulas Trabalho de Pesquisa
Miguel Avelino
Martinho Almoço
Paulino Nhambi
Pedro Chale
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1. Introdução
A teoria da dinâmica de uma partícula, nesta teoria tinham ignorado o resta do universo,
representando-o por uma forca ou por uma energia potencial, que depende somente das
coordenadas da partícula. Agora consideremos o problema de várias partículas, que é mais
importante e realístico. Com efeito, feio feito, foi com um sistema de partículas que iniciamos
nossa pesquisa da dinâmica, quando estabelecemos o princípio de conservação de quantidade de
movimento. Três resultados importantes serão discutidos na primeira parte deste capítulo; o
movimento de centro de massa, conservação de movimento angular, e conservação de energia.
Na segunda metade deste trabalho, consideremos sistema composto de um número muito grande
de partículas, que requerem algumas considerações da natureza estatística. Em tudo este capítulo
considere que as massas das partículas são constantes.
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1.1 Objectivos dos específicos:
Entender o conceito de força aplicada a um corpo e os conceitos de trabalho, energia e
momento.
Conhecer algumas das leis fundamentais da física: A conservação da energia e a
conservação do momento linear de um sistema.
Compreender as leis de termodinâmica para uso de sistemas de muitas partículas
Isto pode ser visto se fizermos a derivada em relação ao tempo da equação velocidade de centro
→
dr CM 1 dr ∑ v i . mi →
de massa: = ∑ mi i = =v CM
dt M dt M
Onde P=∑ p i e é a quantidade total do movimento de sistema. Isto sugere que a quantidade de
i
sistema é a mesmo que se teria em toda massa fôsse concentrada no centro da massa, movendo
→
se com velocidade v . Por este razão, velocidade de centro de massa é as vezes chamado de
CM
4
O centro de massa de um sistema isolado move se com velocidade constante em
qualquer referencial inércial (supondo que as massas das partículas sejam independentes da
velocidade).
Quando um sistema S não esta isolado; em outras palavras, quando as partículas componentes de
S esta interagindo com outras partículas do universo que não pertencem a S. Suponhamos que o
nosso sistema S seja composto das partículas contidas dentro da linha tracejada na figura 9-1, e
que as partículas em S interajam com todas as outras que estão fora da linha tracejada e que
formem um outros sistema S’. poderemos também imaginar que S e S’ juntos formam um sistema
isolado. Para considerar alguns exemplos concretos, nosso sistema S pode ser nossa galáxia e S’
o resto do universo. Ou pode ser o sistema solar e S' o resto de universo. Podemos mesmo
considerar uma molécula isolado e agrupar os átomos que a compõem em dois sistemas, S e S' .
Designaremos as partículas que pertencem a S pelo índice i, e a que pertencem a S' pelo índice j
o principio de conservação da quantidades de movimentos de para o sistema isolado completo
S+ S' é P=∑ P i+ ∑ P j=Const . ou P=P S + P qualquer variação de S deve ser acompanhada
i j
S'
por uma variação igual e oposta da quantidade de movimento de S' , isto é ∆ P S=−∆ P S ou
'
i j dt dt
5
Chamamos de forca Interna exercida sobre S a razão de variação com o tempo da quantidade de
movimento de S é devida a sua interacção com S' , isto é
dPS d
=F ext ou ¿
dt dt
As forcas internas que existem em S devidas as interacções entre suas partículas componentes
não produzem qualquer variação na sua quantidade de movimento total, conforme é requerido
pelo princípio de conservação de quantidade de movimento. Então se F 'ext é a forca externa que
age sobre o sistema S' , a equação da derivada em relação ao tempo do principio de conservação
de movimento requer que F 'ext =−Fext , que é a lei de acção e reacção para as interacção de S e
'
S.
PS
Desde que , pela equação P=M v , a velocidade do centro de massa de S é vCM = temos da
CM
M
equação forca externa exercida sobre S que
dv CM
F ext =M =M aCM
dt
Para simplicidade, consideremos que o nosso sistema S é composto de duas partículas fig. 9-2.
Chamaremos de F 12 a forca interna sobre a partículam1 devida a sua interacção comm2, e F 21 a
forca externa sobre m 2 devida a sua interacção com m1, a lei de acção e reacção requer que
F 12=−F21.
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Seja F 1 a forca externa resultante sobre m 1 devida a sua interacção com outras partículas e F 2 a
forca externa sobre a massa m2. Para obter a equação de movimento de cada partículas sob acção
dP1 dP
de todas as forcas que agem sobre ela aplicamos a equação =F1 + F 12. 1 =F2 + F 21.
dt dt
Somando estas duas equações e usando a usando a equação F 12=−F21 do modo que:
dP d
F 12+ F 21=0 obtemos = ( P ¿ ¿ 1+ P2)=F1 + F 2 ¿.
dt dt
A forca externa que age sobre um sistema de partículas é igual a soma das forcas
externas sobre cada uma das partículas componentes.
Consideremos alguns exemplos. A fig. 9-3 (a) Mostra a terra em seu movimento em torno do sol.
O centro massa de terra move-se como se fosse uma partícula com a mesma da terra e sujeita a
uma forca igual a soma das forcas exercidas pelo sol e os outros corpos celestiais sobre todas
partículas que compõem a terra. A fig, 9-3 (b) esquematiza uma molécula de água. Supondo-se,
por exemplo, que a moléculas estejam sujeita as forcas eléctricas externas, seu centro de massa
se moverá como se fosse uma partícula de massa igual á das moléculas, sujeita uma forca igual a
soma das forcas que agem sobre todas partículas carregadas que compõem as moléculas. A fig.
9-3 (c) ilustre movimento de uma corrente atirada aro ar. O centro de massa de corrente move-se
como se fosse u a partícula de massa igual a da corrente, sujeita a uma forca de igual ao peso de
corrente; portanto o centro massa da corrente descreve uma trajectória parabólica. Finalmente na
fig.9-3(d), temos o caso de uma partícula explodindo no ar; o centro massa dos fragmentos
continuará a se mover sobre a parábola original, de vez que o centro de massa se comporta como
uma partícula de massa igual a da granada e sujeita ao peso total de todos os fragmentos. O peso
dos fragmentos não vário com a explosão por a força de gravidade praticamente independente da
posição em pontos próximos de superfície da terra.
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3. Massa reduzida
Consideremos agora o caso de duas partículas que estão submetidas apenas a mutua interacção,
isto é, não há forcas externas agindo sobre elas (fig.9-6). As duas partículas poderiam ser, por
exemplo, um electrão e um protão nuns átomos isolado de hidrogénio. As forças de interacção
mútuas F 12 e F 21 satisfazem a equação F 12=−F21. Essas forcas estão desenhadas ao longo da
linha r 12. Abordamos agora o movimento relativo de duas partículas. A equação de movimento
para cada partícula relativamente a um observador inércial O.
dv 1 F 12 dv 2 F 21
Equações teremos: − = − usando a equação F 12=−F21 , reescrevendo o
dt m1 dt m2
d 1 1
resultado precedente como
dt
( v 1−v 2 )=( + ) F12
m1 m2
8
d dv
( v 1−v 2 )= 12 =a12 é aceleração relativa de m1 relativa a m2. Vamos introduzir agora uma
dt dt
quantidade chamada massa reduzida do sistema de duas partículas, designada por μ, e
1 1 1 m1 +m 2 m +m
Definida por = + = ou μ= 1 2
μ m1 m 2 m 1 m2 m1 m2
d 1 1 F
a equação
dt
( v 1−v 2 )=( + ) F12 pode ser escrita na forma a 12= 12 ou F 12 =μ a12.
m1 m2 μ
Por exemplo podemos reduzir o movimento de uma lua relativamente a terra ao problema de
uma única partícula usando a massa reduzida do sistema Terra-Lua e a forca de atracção da terra
sobre a lua. Do mesmo modo, quando tratarmos do movimento de um electrão ao redor do
núcleo, podemos considerar o sistema reduzido a umas partículas com massa igual a massa
reduzida do sistema electrões-núcleo, movendo sob acção de forca que existe entre electrões e o
núcleo. Portanto ao descrever o movimento de duas partículas sujeita a sua interacção mútua,
podemos separar o movimento de sistema em duas partes; um em que considera o movimento do
centro de massa cuja velocidade é constante, e a outra que considera o movimento relativo das
duas partículas, dado pela equação F 12=μ a12, que é referido a um referencial ligado ao centro da
massa.
Note que a sua partículas,m 1, por exemplo, tem massa muito menor do que a outra, a massa
m1 m1
μ= =m1 (1− )
reduzida pode ser escrita como m1 m2 ,
1+
m2
1 1 1 m1 +m2 m1 +m2
Onde dividimos os ambos termos da equação = + = ou μ= por m2 e
μ m1 m2 m1 m2 m1 m2
usamos a aproximação (1+ x)−1 ≈ 1−x .isto resulta numa massa reduzida que é aproximadamente
igual á massa da mais leve.
9
dL
como a quantidade vectorial L=rx p=m(rxv) e obtivemos, também, na equação =τ , a
dt
dL
relação entre L e o torque (conjugado) das forcas aplicadas. τ =r x F Isto é =τ .
dt
Agora, vejamos uma situação semelhante, em que temos não apenas uma, mas muitas partículas.
Para simplificar, consideremos primeiramente o caso de duas partículas apenas. A equação
dL dL1 dL2
=τ , aplicada as partículas 1 e 2, da =τ 1 e =τ 2
dt dt dt
dL1 dL2 d
+ = ( L + L ) =τ 1 +τ 2
dt dt dt 1 2
Suponhamos que cada partícula, alem de interagir com a outra partícula, esta submetida a uma
forca externa fig.(9-9). Então, a forca sobre a partícula 1 é F 1+ F 12. e sobre a partícula 2 é
F 2+ F 21. , e
O vector ( r 2 −r 1 )=r 21tem a direcção de um recta que une as partículas. Se fizermos a hipóteses
especial de que as forcas internas F12 e F21 agem ao longo da recta r21 que liga as duas partículas,
então os vectores ( r 2 −r 1 )=r 21 e serão paralelas, e portanto (r2-r1)xF21 =0. O último termo na
equação acima então desaparece, deixando apenas os torque devidos as forcas externas. A
d
equação ( L + L ) =τ 1 + τ 2 torna se
dt 1 2
d
( L + L ) =r 1 xF 1 +r 2 xF 2=τ 1.ext + τ 2.ext
dt 1 2
dL
Generalizando este resultado para qualquer número de partículas, obtemos =τ ext
dt
somente pelas forcas externas, desde que as forcas internas actuem ao longo das rectas que ligam
cada par de partículas. Exprimindo a equação τ ext em palavras, dizemos:
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A razão de variação com o tempo do momento angular de um sistema de partículas,
relativamente a um ponto arbitrário, é igual ao torque total, relativo ao mesmo ponto, das forcas
externas que agem sobre o sistema.
Este anunciado pode ser considerado como a lei fundamental da dinâmica de rotação.
Se não há forcas externas, ou se a soma dos seus torques é zero, τ ext =0; então
dL d
=
dt dt (∑ L )=0 Integrando, obtemos L=∑ L =¿ L + L + L +…=const . ¿
i
i
i
i 1 2 3
A equação L=∑
i
Li =¿ L1 + L2 + L3 +…=const ¿ constitui na lei de conservação de do momento
Esse é o caso, por exemplo, dos electrões nuns átomos quando se consideram somente as forcas
de internas devidas a repulsão electrostáticas entre os electrões e atracão electrostática do núcleo,
que são forcas internas agindo ao longo das rectas que ligam cada partículas. Também, se
supomos que os sistemas solar este isolado, supondo-se desprezíveis as forcas devidas ao resto
de da galáxia, o momento angular total de todos os planetas, relativamente ao centro de massa do
sistema solar, permanente constante. Esta conclusão vale um alto grau de precisão. Do mesmo
modo, razão pela qual a terra permanece girando em torno de do seu centro de massa com um
momento angular que é essencialmente constante é que as forcas externas devidas ao sol e aos
outros planetas passam pelo centro da terra e, portanto, tem um torque zero em relação ao centro
de massa.
11
Num intervalo de tempo dt , muito pequeno, as partículas sofrem deslocamentos dr 1 e dr 2
tangentes a suas trajectórias. Quando tomamos as expressões da equação
m1 a1=F 1+ F 12 e m2 a2 =F 2 + F 21 e multiplicamos escalar mente por s dr 1 e dr 2, respectivamente
temos
dr 1 d ( v 1 . v 1) dv 1 2
=v 1 e dv 1 . v 1= = =dv 1 . v 1 (Lembrando que dv =dv ≠ d v ), temos que:
dt 2 2
Analógicamente, a 2 . dr 2=v 2 . dv 1. Também dr 1 −dr 1=d ( r 1−r 2 )=dr 12. Portanto a equação
m1 a1 . dr 1 +m2 a2 .dr 2=F1 . dr 1+ F 2 dr 2 + F12 (dr 1 −dr 2) Torna-se
Onde A e B são símbolos usados para designar as posições de ambas as partículas nos instantes
t 0 e t . Desde que
v
12
v1 v2 B B
m1∫ v 1 dv1 +m 2∫ v 2 dv 2=∫ (F 1 . dr 1 + F 2 . dr 2 )+∫ F 12 dr 12
v10 v 20 A A
¿ ( 12 m v
1
2
1
1
)1 1
− m1 v 210 +( m2 v 22− v220 )
2 2 2
¿ ( 12 m v
1
2
1
1 1
)( 1
)
+ m2 v 22 − m1 v 210 + m2 v 220 = E K −EK ,0
2 2 2
1 2 1 2
Onde Ek = m1 v 1 + m 2 v 2 é a energia cinética total de duas partículas no instante t , e E K , 0 a
2 2
energia cinética total no instante t 0 relativamente ao referencial do observador. Na equação
v1 v2 B B
m1∫ v 1 dv1 +m2∫ v 2 dv 2=∫ (F 1 . dr 1 + F 2 . dr 2 )+∫ F 12 dr 12
v10 v 20 A A
O primeiro termo de direita, dá o trabalho total W ext executado pelas forças externas durante o
mesmo intervalo de tempo, isto é,
B
W ext =∫ ( F 1 . dr 1 + F 2 . dr 2 )
A
Permite escrever E K −EK ,O =W ext +W inst , que em palavras, podemos exprimir dizendo que:
Essa é a extensão natural ao nosso resultado anterior para umas partículas, dado na equação
W =E K , B−E K , A , e valida para qualquer sistema de partículas.
13
6. Conservação de energia de um sistema de partículas
Suponhamos agora que as forças internas são conservativas, e que, portanto, existe uma função
Ek , 12 dependendo das coordenadas m1 e m 2 tal que
B
W Inst =∫ (F12 .dr 12)=E K , 12,0−E p , 12
A
Será chamada da que por diante a energia própria do sistema. Ela é igual a soma das energias
cinéticas das partículas relativamente nu, observador inércial e da energia potencial interna,
conforme mostramos anteriormente, é (de acordo com a nossa hipótese) indecentemente do
sistema de referência.
U =Ek + E 1
p , ∫ ¿= ∑ m v 2+ ∑ E ¿
todas as particulas 2 i i todas as partes Pij
Onde
1 1 1 1
Ek = ∑
todas as particulas 2
2 2 2 2
mi v i = m1 v 1 + m2 v 2 + m 3 v 3+ ¿
2 2 2
14
Ek = ∑ E p ,ij =E p ,12+ EP ,13+ …+ E p , 23+ …
todas as energias
Note que a primeira soma, corresponde a energia cinética, tem um termo para cada partícula,
note também que a segunda soma, corresponde a energia potencial interna, contem um termo
para cada pare de partículas, porque se trata de interacções das partículas duas a duas se não há
força interna toda a energia própria é cinética.
1 2 1 2
Substituindo a definição U =Ek + E p , 12= m1 v 1 + m2 v 2 + E p ,12 da energias própria na equação
2 2
( E k + E p ,12 )−( Ek + E p ,12)0=W ext
Temos U −U 0=W ext , isto significa que:
Exprime a interacção de um sistema com o mundo exterior por meio da verificação de sua
quantidade de movimento, a equação U −U 0=W ext exprime a mesma intenção através da
variação da energia do sistema.
Consideremos agora um sistema isolado, no qual W ext = 0, de vez que não há forças externas.
Então a equação U −U 0=0 ou U =U 0, isto é
Pode ocorrer de as forças externas que agem sobre o sistema serem também conservativas tal que
W ext possa ser escrito como W ext =E p , ext, 0−E p ,ext , onde E p , ext ,0 e E p , ext , são os valores da energias
15
potencial associados as forças externas nas estados inicial e final. Então a equação U −U 0=W ext
fica U −U 0=E p ,ext ,0 −E p , ext , ou U + E p ,ext ,0 =U 0 + E p , ext ,
A quantidade E=U + E p , ext =Ek + E p ,ext + E p , ∫ ¿¿ e dita e energia potencial do sistema. Ela
permanece constante durante o movimento do sistema, que esta sob a acção das forças
1 2 1 2
conservativas internas e externas, esse resultado é semelhante a equação Ek = m1 v 1 + m2 v 2
2 2
Para uma única partícula. Por exemplo, um átomo de hidrogénio, composto de um electrão e um
protão, tem uma energia própria igual a soma das energias cinéticas do electrão e do protão e das
energias potencial internas devida a interacção eléctrica dos dois. Se o átomo estar isolado, a
soma dessas duas energias é constante, porem se átomo é colocado num campo externo sua
energia total deve incluir ainda a energia potencial devida ao campo externo; é essa energia total
que permanece constante.
Com outros exemplos consideremos duas massasm1 e m 2 ligadas por uma mola de constante
1 2 1 2
elásticas k . Se o sistema é lançado ao espaço, a energia cinética é m1 v 1 + m2 v 2 a energia
2 2
1 2
potencial interna é devida a distensão ou compressão da mola e é igual a k x , o de x é a
2
deformação da mola, e a energia potencial externa (por devida há atracção gravitacional da terra)
é m1 g y 1 +m2 g y 2, onde y 1 e y 2 são as alturas das partículas acima da superfície da terra. A
1 2 1 2 1 2
energia própria do sistema é então U = m1 v 1 + m2 v 2 + k x e, não havendo outras forças
2 2 2
agindo sobre o sistema, a energia total é:
1 2 1 2 1 2
E= m1 v 1 + m2 v 2 + k x + m1 g y 1+ m2 g y 2
2 2 2
Uma vez que a energia cinética depende da velocidade, o valor da energia cinética depende do
referencial usado para discutir o movimento do sistema. Chamaremos de energia cinética interna
Ek , CM , a energia cinética referida ao CM ao referencial C . A energia potencial interna, que
depende somente da distância entre as partículas tem o mesmo valor em todos os sistemas de
referência (conforme foi explicado anteriormente). Assim definiremos a energia interna de um
sistema como a soma de sua energia interna cinética e potencia, isto é, U =Ek ,CM + E p .∫ ¿¿.
16
7. Colisões
Quando duas partículas aproximam-se, a interacção mútua altera sues movimentos, produzindo,
em consequência, uma troca de quantidade de movimentos e energia. Dizemos então quem
houve uma colisão (podemos dizer a mesma coisa quando temos dois sistemas em vez de duas
partículas). Isso significa, necessariamente, que as duas partículas (ou sistemas) estiverem
fisicamente em contactos, num sentido microscópico, como acontece no caso de colisão
microscópica entre duas bolas de bilhar ou carros. Significa em geral, que apareceu uma
interacção quando as duas partículas estiverem próximas, como na região sombreada da Fig.9.11,
produzindo em seus movimentos uma variação mensurável em um intervalo de tempo
relativamente curto. Por Exemplo, se um electrão ou um protão aproxima-se de um átomo,
surgem forcas eléctricas, produzindo uma perturbação pronunciada nos movimentos das
partículas. A deflexão da trajectória de um cometa, quando ele se aproxima do sistema solar, é
também uma colisão. Algumas vezes, o termo espalhamento (em inglês scattering) é usado para
indicar colisões e que as partículas finais (ou sistemas) são a mesma que as inicias.
em algumas colisões, entretanto, as partículas finais (ou sistema) são necessariamente idênticas
as inicias. Por exemplo, numa colisão entre átomos A e uma molécula BC , o resultado final
pode ser a molécula AB e o átomo C . Com efeito, é essa a maneira como muitas reacções
químicas ocorrem.
Uma vez que somente as forças internas que intervêm no processos de colisão, a quantidades de
movimentos e energia total são conservadas. Sejam P1 e P2 as quantidades dos movimentos das
partículas antes da colisão e p'1 e p'2 as quantidades de movimentos depois da colisão. A
conservação da quantidades de movimento requer que P1 + P2= p'1 + p'2 a energia potencial interna
antes da colisão E p , 12. Como pode haver rearranjo internos, apóis a colisão ela pode ser diferente,
17
digamos E p , 12. Analógicamente, as massas não tem de ser necessariamente as mesmas. Por
exemplo um dêuteron é um núcleo composto de um neutrão e um protão, ao passar perto de um
núcleo, o neutrão pode ser capturado pelo segundo núcleo, tal modo que o protão continuará
separadamente a as partículas finais consistirão em um protão e um núcleo que tem um neutrão
adicional.
' '
A conservação de energia, de acordo com a equação Ek + E p ,12=Ek + E p ,12 onde lembrando a
2
1 p
equação Ek = m v 2 ou E k = , temos
2 2m
1 2 1 2 p2 p2
E K = m1 v 1 + m2 v 2= +
2 2 2 m1 2m2
' '2 '2 '2
1 1m v p p
E K = m1' v ' 21 + 2 2 = '
+ '
2 2 2m 1 2 m2
Que igual a diferencia entre as energias cinéticas final e inicial ou á diferencia entre as energias
potencias internas inicias e final. Quando Q=0, não há variação de energias cinéticas e a colisão
e chamada elástica. Caso contrário será inelástica.
Quando Q>0 , há um acréscimo na energia cinética as custas de energia potencial e temos então
uma colisão inelástica da segunda espécie (ou oxoérgica). Com a equação
'2 '2 2 2
p p p1 p2
'
+ '
= + +Q
2m 1 2 m2 2 m 1 2 m2
'2 '2 2 2
p p p1
' p2 '
As equações P1 + P2= p1 + p2 e '
+ '
= + + Q são suficientes para resolver por
2 m1 2m 2 2 m 1 2 m2
exemplo o problema de colisão.
( ) ( )
'2 '2 2 2
p1 p2 p1 p 2 1 1 1 ' 2 1 1 1 '2
+ = + +Q para + p = + p +Q
2m 1
'
2 m2
'
2 m 1 2 m2 2 m '1 m '2 1 2 m1 m 2 1
18
1 1 1 m1 +m2 m +m
ou, usando a equação = + = ou μ= 1 2 , que define a massa reduzida, obtemos
μ m1 m2 m1 m2 m1 m2
'2 2
p1 p1
= +Q (no referencial do CM ). Observe que estamos usando o mesmo Q , pois, em vista da
2 μ 2μ
'
equação Q=E 'k −E k =E p , 12 −E'p ,12 , é uma quantidade que não depende do referencial. Numa
colisão há sempre uma troca de quantidade de movimento entre as duas partículas, mas não
necessariamente um troca de energias cinéticas entre elas. Por exemplo, se a colisão e elástica
'2 2
p p
Q=0 e as partículas iniciam são as mesmas do que as finais μ=μ ' , a equação 1 ' = 1 +Q da
2 μ 2μ
' '
p1=− p1 e, naturalmente, também p2=− p2 . Assim, no referencial do CM , as quantidades de
movimentos depois de colisão elásticas tem o mesmo modulo que antes e as partículas mantém
sua energia cinéticas, de modo que não há troca de energia cinética entre elas relativamente ao
referencial do CM . Entretanto, há uma troca de quantidades de movimentos porque a direcção
dos seus movimentos são alterada.
Entretanto, quando o numero de partículas é muito grande, tal como num átomo pesado ou num
gás composto de bilhões de moléculas, o problema torna-se matemática mente inviável.
Devemos usar então certos métodos estatísticos para calcular os valores médios das quantidades
dinâmicas em vez de valores precisos individuas para cada membro do sistema.
As técnicas matemáticas para lidar com tais sistemas constituem a mecânicas estatísticas. se
ignoramos a estruturas interna do sistema e simplesmente aplicarmos a equação U −U o=W ext
,usando os valores medidos experimentalmente para U e W , empregando outro ramo da física
chamado de termodinâmica. Nesta análise será adaptado a equação U −U o=W ext a sistemas
compostos de muitas partículas sem entrar na discussão dos métodos quer da mecânica estatística
ou de termodinâmica.
19
1
de uma partícula é Ek , med = ¿ onde N é o numero total de partículas e vi é velocidade da
N
partícula no referencial do CM . Se todas as partículas tem a mesma massa, então
1
Ek , med = ¿ Onde v 2rqm é chamado de “raiz quadrada do valor quadrático médio da velocidade”
N
2 2 1
das partículas. O valor quadrático médio é definido como v rqm=v med= ¿
N
Um sistema tem a mesma temperatura em todos seus pontos, tal modo que a energia cinética
média das moléculas é a mesma em qualquer região do sistema, esta em equilíbrio térmico.
Num sistema isolado, cuja energia interna total é constante, a temperatura pode variar se a
energia cinética interna variar devido a uma mudança de energia potencial interna.
9. Conclusão
Concluímos que este tem a elevada importância visto que da mas relevância ao princípio de
conservação de momento em relação a segunda lei de newton, estas limitações das leis de
movimento e os seus conceitos de interacção devem ser analisadas muito cuidadosamente. No
que concerne dinâmica como sendo um dos capítulos da mecânica analisa os movimentos e seus
comportamentos dando lugar interpretação das suas leia fundamentais da dinâmica. Notamos que
na lei da inércia diz que um partículas simples move-se sempre com uma quantidade de
movimento constante, dai que surgi a lei de conservação de movimento com seguindo enunciado
a quantidade de movimento total de um sistema isolado é constante. Quando o numero de
partículas é muito grande, tal como num átomo pesado ou num gás composto de bilhões de
moléculas, o problema torna-se matemática mente inviável. Devemos usar então certos métodos
estatísticos para calcular os valores médios das quantidades dinâmicas em vez de valores
precisos individuas para cada membro do sistema.
20
10. Referências bibliográficas
HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALTER, J., Fundamentos de Física, Volume 1. Livros
Técnicos e Científicos Editora SA, 8ª edição, 2008.
HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALTER, J., Fundamentos de Física, Volume 1. Livros
Técnicos e Científicos Editora SA, 8ª edição, Bibliografia Complementar
HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALTER, J., Fundamentos de Física, Volume 1. Livros
Técnicos e Científicos Editora SA, 4ª edição,1996.
TIPLER, P. A., Física, Guanabara Dois, 2ª edição, Serway, R. A. Física I. Rio de Janeiro. Livros
Técnicos e Científicos, Física do Movimento: observar, medir, compreender. Autora: Maria
Matos. Editora: PUC-Rio. 1
21