IntroducaoAdmEconomia 01
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Administração
e Economia
Introdução à
Administração e Economia
APRESENTAÇÃO
V ocê já deve ter ouvido falar que para entender o presente e o futuro precisamos
conhecer o passado, não é mesmo? Pois bem, em boa parte, é exatamente o que vou
mostrar a você nessa disciplina.
A administração de empresas é uma ciência social aplicada e seu conteúdo foi desenvolvido,
ao longo do tempo, por meio de uma série de experiências práticas, voltadas para a busca
de melhores resultados para as organizações. Desvendar essa história é fundamental para
entender o que se passa nas empresas nos dias atuais e quais são as perspectivas de futuro.
REFLITA
Acredito que você trabalha ou já trabalhou em alguma empresa. Você já parou para pensar
qual a real importância das empresas em nossas vidas?
Sabemos que todos nós, direta ou indiretamente, nos relacionamos com as empresas, seja
como empregados, donos de algum empreendimento ou usufruindo dos seus produtos e
serviços. Diante disso, alguns questionamentos se fazem necessários.
• Porque o trabalho nas empresas é organizado da forma como conhecemos? Onde
tudo começou?
• Quais são os principais desafios enfrentados pelas empresas para que estas sobre-
vivam e cresçam ao longo do tempo?
• E o que os profissionais devem fazer para se manterem empregáveis diante desse
cenário competitivo em que vivemos?
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Conhecer os conceitos e fundamentos básicos da Administração;
• Entender os conceitos de Eficiência e Eficácia;
• Saber o que são as Teorias Administrativas;
• Entender como a Revolução Industrial influenciou o surgimento das teorias administrativas.
Instalações
Conhecimento Tempo
Informação Espaço
Pessoas Dinheiro
OBJETIVOS
Figura 1 - Administração como um sistema de recursos
Adaptado: Maximiano (2011)
REFLITA
Como, então, podemos conceituar administração?
Planejamento
Organização
Controle
LIDERANÇA
Execução
Figura 2 - Fundações da Administração
Adaptado: Maximiano (2006)
Uma vez definido o planejamento e a maneira como os recursos serão organizados, inicia-
-se a etapa de execução. Não adianta um bom planejamento se este não for aplicável, ou
seja, não puder ser concretizado. E para executá-lo as empresas fazem uso do exercício da
liderança. Liderar pessoas é a chave para que as empresas consigam atingir os objetivos
planejados da melhor forma possível. As pessoas são os ativadores inteligentes dos recur-
sos à disposição da empresa (Chiavenato, 2004) e elas devem ser lideradas e estimuladas
a executar as atividades necessárias para a realização dos objetivos empresariais.
No entanto, é provável que ao colocar em prática o planejamento, você o fará com altera-
ções em relação ao que foi previsto. Isso ocorre porque nos dias atuais as mudanças são
frequentes, o que força as empresas a rever sistematicamente planos e ações.
IMPORTANTE
Ao final da execução ou até mesmo durante ela, os resultados obtidos devem ser compara-
dos, total ou parcialmente, com o que foi planejado. Além disso, devemos identificar também
a maneira como foi conduzida a execução, ou seja, se foram utilizados mais ou menos recur-
sos do que os inicialmente previstos. Fazendo isso estaremos exercendo o controle.
Dessa forma, identificaremos as falhas ocorridas e aprenderemos com elas ou, em caso
de sucesso, saberemos que práticas e hábitos deverão ser mantidos. Esse exercício de
contínua avaliação permitirá que os próximos planejamentos sejam elaborados com maio-
res chances de sucesso.
REFLITA
Ao analisar a figura 2 podemos fazer um paralelo entre a administração e engenharia. Será
mesmo que existe semelhança?
UFA!
E então? Viu como o ato de administrar se faz presente até mesmo em atividades básicas
da nossa rotina profissional de engenheiros? Muitas vezes agimos de maneira instintiva,
sem perceber. Isso ocorre, pois, o processo administrativo apresenta uma lógica aplicável
a diversas situações. Trata-se, portanto, de um “modelo mental”, do qual fazemos uso
frequentemente.
E para que possamos exercer com competência nosso papel de administradores nas
empresas, torna-se essencial o entendimento e aplicação dos conceitos de eficiência e
eficácia. É o que veremos a seguir.
Partindo-se do exemplo no início desse tópico, podemos afirmar que uma empresa
“eficiente” será aquela que conseguir atender às expectativas dos seus clientes de manei-
ra adequada. A “eficaz”, por outro lado, atenderá com a mesma qualidade e com menor
custo. Assim, a “eficaz” estará fazendo a coisa certa!
Para que não haja dúvidas em relação a esses conceitos, vou mostrá-lo de outra forma.
Imagine que você chegou cedo ao trabalho e identificou um princípio de incêndio no
escritório. Agir com eficiência significa apagar as chamas de maneira rápida e definitiva.
Para ser eficaz, além de debelar o fogo, você deverá ir além, ou seja, identificar o foco do
incêndio, evitando que ele ocorra novamente pelas mesmas razões. Em outras palavras,
eficiência significa realizar um trabalho correto e eficácia consiste em realizar um trabalho
que atinja totalmente o resultado.
Numa outra perspectiva, o eficiente restringe sua ação ao presente, ou curto prazo,
enquanto o eficaz visa o longo prazo, uma vez que pensa nas consequências futuras de
sua ação. Portanto, uma boa administração dá à empresa a condição de ser mais eficaz
e, portanto, se destacar em relação aos concorrentes.
Muito bem, uma vez que apresentei a você os fundamentos e conceitos mais importantes
da administração, vamos investigar a seguir as origens da administração de empresas,
a partir do estudo de suas principais teorias e as bases em que estas foram elaboradas.
Portanto, o argumento daqueles que proclamam que as teorias não são relevantes por
não terem aplicabilidade prática não tem fundamento, uma vez que uma teoria surge a
partir de experimentos práticos, que por terem se comprovado eficazes, são traduzidos
em conhecimento. Dessa forma, pode-se afirmar que as teorias administrativas derivam
de experiências realizadas nas próprias empresas e que, por essa razão, devem servir de
referência para que uma execução tenha mais chances de sucesso.
Portanto, aqueles que julgam ter encontrado a chamada empresa ideal, tornam-se empre-
gados comprometidos e dedicados. O nível de envolvimento é tão grande que, mesmo
sem querer, a empresa passa a compor o sobrenome do indivíduo. Dessa forma, o João
da Silva, que trabalha na Vale há 15 anos, torna-se o João da Vale.
Portanto, situações como essa, embora não tão frequentes nos dias atuais, uma vez que
a maior parte dos jovens mantém vínculos menos duradouros com as organizações, nos
levam a entender que somos “seres organizacionais”. É como se as organizações estives-
sem “tatuadas” em nós, tamanha a proximidade e a identificação que mantemos com elas.
Bem, já que entendemos o que são as teorias administrativas e a importância das orga-
nizações em nossas vidas, é hora de saber quando e como tudo começou. A seguir,
veremos como a Revolução Industrial, um dos principais fenômenos econômicos e sociais
já registrados na história, mudou definitivamente as relações de trabalho e como isso
influenciou o surgimento das teorias da administração.
A Revolução Industrial e o
impacto nas teorias administrativas
A revolução industrial foi um movimento que trouxe profundas mudanças tecnológicas
e, por consequência, econômicas e sociais no modo de produção até então conhecido.
Iniciou-se por volta do século XVIII na Inglaterra e se espalhou pelo mundo ao longo dos
séculos XIX e XX.
Na chamada Baixa Idade Média, período compreendido entre os séculos XI e XV, a produ-
ção industrial era predominantemente artesanal. O artesão, responsável pelo negócio,
controlava os meios de produção, incluindo a matéria-prima, o capital investido, bem
como os lucros obtidos. O comércio era controlado por associações, o que limitava o
ritmo da produção.
SAIBA MAIS
Se você quiser conhecer melhor o tema, sugiro acessar link abaixo. Trata-se de um vídeo
que mostra o surgimento da revolução industrial na Inglaterra e suas consequências sociais e
econômicas.
http://www.youtube.com/watch?v=jt-o3EBQPMU&feature=related\
E é exatamente nesse ponto que surge a primeira teoria administrativa, conhecida como
Administração Científica. O objetivo era desenvolver formas de produção mais eficazes
como alternativa para melhorar a gestão das empresas da época, fazendo face ao proces-
so concorrencial. E esse é um assunto que será considerado posteriormente.
Referências
CARAVANTES, Geraldo R.; PANNO, Cláudia C.; KLOECKNER, Mônica C. Administração: teorias e processo. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Administracão: teoria, processo e prática. São Paulo: Makron Books, 2000.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas da administração,
volume 1. São Paulo: McGraw-Hill, 2001.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração: abordagens descritivas e explicativas, volume 2. São
Paulo: McGraw-Hill, 2001.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana a revolução digital.
São Paulo: Atlas, 2006.
MOTTA, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella Freitas Gouveia de. Teoria geral da administração. 3. ed.
rev. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
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