A Crisma
A Crisma
A Crisma
ESCOLA
SUBDIRECÇÃO PEDAGÓGICA
CURSO DE
A COMUNHÃO
GRUPO Nº 03
CLASSE: 12ª
O DOCENTE
_________________________
BENGO, 2023
ESCOLA
SUBDIRECÇÃO PEDAGÓGICA
GRUPO Nº 04
CLASSE: 12ª
SALA: 09
TURMA: A
PERÍODO: Manhã
INTEGRANTES DO GRUPO
Nº NOME CLASSFICAÇÃO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
INTRODUÇÃO
Neste trabalho iremos abordar sobre a crisma, afirma-se que a Crisma aperfeiçoa a
graça batismal no sentido de torná-la "madura", aperfeiçoada, plenamente desenvolvida.
É importante compreender bem isto. No Batismo, nós recebemos o Espírito do Cristo
Ressuscitado; ele nos é dado como vida divina, vida nova, vida eterna que faz de nós
novas criaturas. Procure reler tudo quanto dissemos sobre isso ao expor o Sacramento
do Batismo. Ora, esta vida não é algo estático, parado, congelado; como toda vida, ela
vai crescendo sempre mais, e assim vai nos configurando cada vez mais ao Cristo Jesus,
para que sejamos como ramos da Videira que é Ele próprio, vivamos como reflexo do
Senhor neste mundo. Pois bem, o Sacramento da Crisma é o que leva esta vida na
Graça, recebida no Batismo, à sua maturidade. Na Crisma, o Espírito que nos tinha sido
dado como vida, nos é dado como Força divina, que nos dá a capacidade de testemunhar
Jesus, de anunciar o Evangelho e assumir ativamente nosso lugar na comunidade
eclesial. Por isso mesmo é que se diz que a Crisma confirma o Batismo, que é o
Sacramento da Confirmação.
Fundamentação teorica
Crisma, portanto, é o Sacramento que confere os Dons do Espírito Santo, conduzindo o
fiel católico ao caminho da perfeição cristã. Representa como que a passagem da
infância para a fase adulta, espiritualmente falando. Nesse sentido é que a Crisma é o
Sacramento da Confirmação do Batismo. A Crisma é a confirmação do Batismo porque
fortalece a Graça que este nos deu: se o Batismo nos imerge no Espírito Santo, a Crisma
deve nos tornar “fortes e robustos” no mesmo Espírito, enquanto cristãos e membros do
Corpo Místico de Cristo neste mundo, a Santa Igreja.
A palavra Crisma vem do grego e significa Óleo da Unção. O termo, no feminino (a
Crisma), refere-se ao Sacramento em si, e no masculino (o crisma), refere-se ao óleo de
ungir. Ungir é untar a fronte do crismando com o óleo próprio, em cruz. O óleo usado
na cerimônia da Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa. Três passos são
necessários à administração da Crisma: a imposição das mãos sobre a cabeça do
crismando; a unção com o óleo na fronte; as palavra do Bispo: “Recebe por este sinal o
Espírito Santo, Dom de Deus”, ao que o crismando responde: “Amém”.
Confirmação na Bíblia e na história da Igreja
No Antigo Testamento, os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria
sobre o Messias esperado. No livro do profeta Isaías, as seguintes palavras são
colocadas nos lábios do Messias: “O espírito do Senhor está sobre mim, porque o
Senhor me ungiu: enviou-me a levar a boa-nova aos que sofrem." (Isaías 61 1-2)
Algo semelhante é também anunciado a todo o povo de Deus; aos seus membros, Deus
diz: "Vou infundir em vós o meu espírito fazendo com que sigais as minhas leis e
obedeçais e pratiqueis os meus preceitos." (Ezequiel 36,27).
A descida do Espírito Santo sobre Jesus no seu Batismo por João foi o sinal de que Ele
era o que devia vir, o Messias, o Filho de Deus. Tendo sido concebido por obra do
Espírito Santo, toda a sua vida e toda a sua missão se realizam em total comunhão com
o Espírito Santo que o Pai lhe dá "sem medida".
Repetidamente, Cristo prometeu esta efusão do Espírito, promessa que realizou primeiro
no dia da Páscoa e depois, de forma mais evidente, no Pentecostes. Cheios do Espírito
Santo, os Apóstolos começam a proclamar as maravilhas de Deus e Pedro declara que
esta efusão do Espírito é o sinal dos tempos messiânicos. Os Atos dos Apóstolos contam
que aqueles que acreditaram na pregação apostólica e foram batizados receberam, por
sua vez, o dom do Espírito Santo pela imposição das mãos e pela oração. É essa
imposição das mãos que tem sido corretamente considerada pela tradição católica como
a origem primitiva do sacramento da Confirmação, que perpetua na Igreja a graça do
Pentecostes.
Este quadro bíblico completa-se com a tradição paulina e joanina que vincula os
conceitos de "unção" e "selo" com o Espírito infundido nos cristãos. Este último
encontrou expressão litúrgica já nos documentos mais antigos, com a unção do
candidato com óleo perfumado. Esta unção ilustra o nome "cristão", que significa
"ungido", e que tem a sua origem no nome de Cristo a quem "Deus ungiu com o
Espírito Santo". Este rito de unção existe até hoje tanto no Oriente como no Ocidente.
No Oriente chama-se a este sacramento crismação, unção com o crisma ou mírron, que
significa "crisma". No Ocidente o nome de Confirmação sugere que este sacramento,
simultaneamente, confirma o Batismo e fortalece a graça batismal.
Como se lê nos Atos dos Apóstolos, este sacramento já se vivia na Igreja primitiva:
«Quando os Apóstolos, que estavam em Jerusalém, tiveram conhecimento de que a
Samaria recebera a palavra de Deus enviaram para lá Pedro e João. Estes desceram até
lá e oraram pelos samaritanos para que eles recebessem o Espírito Santo. Na verdade,
não descera ainda sobre nenhum deles, pois tinham apenas recebido o batismo em nome
do Senhor Jesus. Pedro e João iam, então, impondo as mãos sobre eles, e recebiam o
Espírito Santo. ”(Atos dos Apóstolos 8, 14-17).
Catecismo da Igreja Católica, 1286-1289 | Paulo VI, Const. Apost. Divinae consortium
naturae
Meditar com São Josemaria
Na Igreja, há diversidade de ministérios, mas um só é o fim: a santificação dos homens.
E desta tarefa participam de algum modo todos os cristãos, pelo carácter recebido com
os Sacramentos do Batismo e da Confirmação. Todos devemos sentir-nos responsáveis
por essa missão da Igreja, que é a missão de Cristo. Quem não tiver zelo pela salvação
das almas, quem não procurar com todas as suas forças que o nome e a doutrina de
Cristo sejam conhecidos e amados, não compreenderá a apostolicidade da Igreja. (Amar
a Igreja, Cap. 1)
Porque também hoje se devolve a vista aos cegos, que haviam perdido a capacidade de
olhar para o céu e contemplar as maravilhas de Deus; também hoje se dá liberdade aos
coxos e entrevados, que se achavam tolhidos por suas paixões e já não tinham um
coração que soubesse amar; também hoje se dá ouvido aos surdos, que não desejavam
ter notícia de Deus; e se consegue que falem os mudos, que tinham amordaçada a língua
por não quererem confessar suas derrotas; também hoje se ressuscitam mortos, em
quem o pecado havia destruído a vida. Mais uma vez se verifica que a palavra de Deus
é viva e eficaz, e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes. E, tal como os
primeiros fiéis cristãos, também nós nos alegramos ao admirar a força do Espírito Santo
e sua ação sobre a inteligência e a vontade de suas criaturas. É Cristo que passa, 131
Apóstolo é o cristão que se sente enxertado em Cristo, identificado com Cristo, pelo
Batismo; habilitado a lutar por Cristo, pelo Crisma; chamado a servir a Deus com a sua
ação no mundo, pelo sacerdócio comum dos fiéis, que lhe confere uma certa
participação no sacerdócio de Cristo - embora essencialmente diferente daquela que
constitui o sacerdócio ministerial - e o torna capaz de participar no culto da Igreja e de
ajudar os homens a caminhar para Deus, mediante o testemunho da palavra e do
exemplo, mediante a oração e a expiação. É Cristo que passa, 120
Os discípulos, que já eram testemunhas da glória do Ressuscitado, experimentam agora
a força do Espírito Santo: suas inteligências e corações abrem-se a uma nova luz.
Tinham seguido Cristo e acolhido com fé os seus ensinamentos, mas nem sempre
haviam conseguido penetrar totalmente o seu sentido: era necessário que chegasse o
Espírito de Verdade, para lhes fazer compreender todas as coisas. Sabiam que só em
Jesus podiam encontrar palavras de vida eterna, e estavam dispostos a segui-lo e a dar a
vida por Ele; mas eram fracos e, quando chegou a hora da prova, fugiram, deixaram-no
só. No dia de Pentecostes, tudo isso passou: o Espírito Santo, que é espírito de fortaleza,
tornou-os firmes, seguros, audazes. A palavra dos Apóstolos ressoa agora com energia e
ímpeto pelas ruas e praças de Jerusalém. É Cristo que passa, 127
Rito da Confirmação
Por meio da unção com óleo, a confirmação recebe "a marca", o selo do Espírito Santo.
A unção do santo crisma depois do Batismo, na Confirmação e na Ordenação, é o sinal
de uma consagração. Pela Confirmação, os cristãos, o que significa aqueles que são
ungidos, participam mais plenamente na missão de Jesus Cristo e na plenitude do
Espírito Santo que ele possui, de modo a que de toda a sua vida emane "o bom odor de
Cristo".
Um momento importante que precede a celebração da Confirmação, mas que, de certo
modo, faz parte dela, é a consagração do santo crisma. É o bispo que, na Quinta-feira
Santa, no decurso da Missa Crismal, consagra o santo crisma para toda a sua diocese.
A liturgia do sacramento começa com a renovação das promessas do Batismo e a
profissão de fé dos confirmandos. Assim, fica patente que a Confirmação constitui o
prolongamento do Batismo.
No rito romano, o bispo estende as mãos sobre todos os confirmandos, um gesto que
desde os tempos dos Apóstolos é o sinal do dom do Espírito. E o bispo invoca assim a
efusão do Espírito:
«Deus Todo-Poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que regeneraste pela água e
pelo Espírito Santo estes teus servos e os libertaste do pecado: ouve a nossa oração e
envia sobre eles o Espírito Santo Paráclito; enche-os com o espírito de sabedoria e
inteligência, o espírito de conselho e fortaleza, o espírito de ciência e de piedade; e
preenche-os com o espírito do teu santo temor. Por Jesus Cristo, nosso Senhor » (Rito
da Confirmação).
Segue o rito essencial do sacramento. No rito latino «o sacramento da Confirmação é
conferido pela unção do sagrado crisma na testa, pela imposição das mãos, e com estas
palavras: « Recebe por este sinal o dom do Espírito Santo » (Paulo VI, Const. ap.
Divinae consortium naturae).
O beijo da paz com o qual se conclui o rito do sacramento significa e manifesta a
comunhão eclesial com o bispo e com todos os fiéis.
O ministro da Confirmação é o bispo. Embora o bispo possa, se necessário, conceder a
outros presbíteros o poder de administrar o sacramento da Confirmação, convém que ele
próprio o confira.
Catecismo da Igreja Católica, 1293-1301; 1312-1314 | Paulo VI, Const. Apos. Divinae
consortium naturae
Meditar com São Josemaria
A Santa Missa situa-nos assim perante os mistérios primordiais da fé, porque é a própria
doação da Trindade à Igreja. Compreende-se deste modo que a Missa seja o centro e a
raiz da vida espiritual do cristão. É o fim de todos os sacramentos. Na Missa,
encaminha-se para a sua plenitude a vida da graça que foi depositada em nós pelo
Batismo e que cresce fortalecida pelo Crisma. É Cristo que passa, 87
Na tua oração, considera que a vida de infância, ao fazer-te descobrir com profundidade
que és filho de Deus, te encheu de amor filial ao Pai; pensa que, antes disso, foste por
Maria a Jesus, a quem adoras como amigo, como irmão, como Aquele que amas...
Depois, ao receberes este conselho, compreendeste que até agora sabias que o Espírito
Santo habitava na tua alma, para santificá-la..., mas não tinhas “compreendido” a
verdade da sua presença em ti. Foi precisa essa sugestão: agora sentes o Amor dentro de
ti; e queres chegar ao trato íntimo com Ele, ser seu amigo, seu confidente..., facilitar-
Lhe o trabalho de tirar arestas, de arrancar, de prender fogo...
Não saberei fazê-lo!, pensavas. - Escuta-O, insisto. Ele te dará forças, Ele fará tudo, se
tu quiseres..., como sem dúvida queres!
Reza-lhe assim: - Divino Hóspede, Mestre, Luz, Guia, Amor: que eu saiba acolher-te, e
escutar as tuas lições, e inflamar-me, e seguir-te, e amar-te. Forja, 430
Efeitos do sacramento da Confirmação
O efeito do Sacramento da Confirmação é a efusão especial do Espírito Santo tal como
foi concedida aos Apóstolos no dia de Pentecostes.
Por esta razão, a Confirmação confere crescimento e profundidade à graça batismal:
introduz-nos mais profundamente na filiação divina;
une-nos mais firmemente a Cristo;
aumenta em nós os dons do Espírito Santo;
torna o nosso vínculo com a Igreja mais perfeito;
dá-nos uma força especial do Espírito Santo para difundir e defender a fé através
de palavras e ações como verdadeiras testemunhas de Cristo, para confessar com
valentia o nome de Cristo e nunca sentir vergonha da cruz.
A confirmação, como o Batismo, imprime na alma do cristão um sinal espiritual ou
caráter indelével; por isso, este sacramento só pode ser recebido uma vez na vida.
Catecismo da Igreja Católica, 1302-1305
Meditar com São Josemaria
No Sacramento da Crisma a Tradição viu sempre unanimemente um fortalecimento da
vida espiritual, uma efusão silenciosa e fecunda do Espírito Santo, para que,
sobrenaturalmente robustecida, a alma possa lutar - miles Christi, como soldado de
Cristo - nessa batalha interior contra o egoísmo e a concupiscência. É Cristo que passa,
78
Na medida em que nos cristifica, a efusão do Espírito Santo leva-nos a reconhecer a
nossa condição de filhos de Deus. O Paráclito, que é caridade, ensina-nos a fundir com
essa virtude toda a nossa vida; e assim, consummati in unum , feitos uma só coisa com
Cristo, podemos ser entre os homens o que Santo Agostinho afirma da Eucaristia: sinal
de unidade, vínculo de Amor. É Cristo que passa, 87
Cultiva o trato com o Espírito Santo - o Grande Desconhecido -, que é quem te há de
santificar.
Não te esqueças de que és templo de Deus. - O Paráclito está no centro da tua alma:
escuta-O e segue docilmente as suas inspirações. Caminho, 57
Entre os dons do Espírito Santo, diria que há um de que todos nós, cristãos,
necessitamos especialmente: o dom da sabedoria, que nos faz conhecer e saborear Deus,
e nos coloca assim em condições de poder avaliar com verdade as situações e as coisas
desta vida. É Cristo que passa, 133
O trabalho profissional é também apostolado, ocasião de entrega aos outros homens, o
momento de lhes revelar Cristo e levá-los a Deus Pai; é conseqüência da caridade que o
Espírito Santo derrama nas almas. Entre as indicações que São Paulo dá aos Efésios,
sobre o modo como se deve manifestar a mudança que neles operou a conversão, a sua
chamada ao cristianismo, encontramos esta: Aquele que furtava não furte mais, mas
trabalhe, ocupando-se com suas mãos em qualquer coisa honesta, a fim de ter com que
ajudar a quem esteja em necessidade. Os homens têm necessidade do pão da terra para
sustentar as suas vidas, e também do pão do céu para iluminar e dar calor aos seus
corações. Com o nosso próprio trabalho, com as iniciativas que possamos promover a
partir das nossas ocupações, nas nossas conversas, no convívio com os outros, podemos
e devemos concretizar esse preceito apostólico. É Cristo que passa, 49
Quem pode receber este sacramento?
Todos os batizados, ainda não confirmados, podem e devem receber o sacramento da
Confirmação. Visto que o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia formam uma unidade,
todos "os fiéis têm a obrigação de receber este sacramento oportunamente" porque sem
a Confirmação e a Eucaristia, o sacramento do Batismo é certamente válido e eficaz,
mas a iniciação cristã fica incompleta.
No Oriente, este sacramento é administrado imediatamente após o Batismo e é seguido
pela participação na Eucaristia, uma tradição que destaca a unidade dos três
sacramentos da iniciação cristã.
Na Igreja latina este sacramento é administrado quando se atinge "a idade do uso da
razão". No entanto, existindo perigo de morte, as crianças devem ser confirmadas
mesmo que ainda não tenham atingido a idade de uso da razão.
Há uma preparação para o sacramento que ajuda a sentir-se parte da Igreja de Jesus
Cristo. Cada paróquia tem a responsabilidade pela preparação dos confirmandos.
Para receber a Confirmação é necessário estar em estado de graça. É conveniente
recorrer ao sacramento da Penitência para ser purificado em atenção ao dom do Espírito
Santo. Devemos preparar-nos com uma oração mais intensa para receber com
docilidade e disponibilidade a força e as graças do Espírito Santo.
Tal como para o Batismo, os confirmandos devem procurar a ajuda espiritual de um
padrinho ou madrinha. Convém que este seja o mesmo do Batismo, a fim de sublinhar a
unidade entre os dois sacramentos.
Catecismo da Igreja Católica, 1306-1311
Meditar com São Josemaria
“Não ajudem tanto o Espírito Santo!”, dizia um amigo, brincando, mas com muito
medo.
Respondi: penso que “O ajudamos” pouco. Sulco, 120
Deus é meu Pai! - Se meditares nisto, não sairás dessa consoladora consideração.
Jesus é meu Amigo íntimo! (outra descoberta), que me ama com toda a divina
loucura do seu Coração.
O Espírito Santo é meu Consolador!, que me guia nos passos de todo o meu
caminho.
Pensa bem nisso. - Tu és de Deus..., e Deus é teu. Forja, 2
Mesmo nos momentos em que percebemos mais profundamente a nossa limitação,
podemos e devemos olhar para Deus Pai, para Deus Filho e para Deus Espírito Santo,
sabendo-nos participantes da vida divina. Não há nunca motivo suficiente para
voltarmos a cara para trás : o Senhor está ao nosso lado. Temos que ser fiéis, leais, fazer
frente às nossas obrigações, encontrando em Jesus o amor e o estímulo para
compreender os erros dos outros e vencer os nossos próprios erros. Assim, todos esses
abatimentos - os teus, os meus, os de todos os homens -, servirão também de suporte
para o reino de Cristo.
Reconheçamos as nossas mazelas, mas confessemos o poder de Deus. O otimismo, a
alegria, a convicção firme de que o Senhor quer servir-se de nós, têm de informar a vida
cristã. Se nos sentimos parte da Igreja Santa, se nos consideramos sustentados pela
rocha firme de Pedro e pela ação do Espírito Santo, decidir-nos-emos a cumprir o
pequeno dever de cada instante: a semear cada dia um pouco. E a colheita fará
transbordar os celeiros.
A Crisma na prática
Quem pode receber a Confirmação? Todo batizado pode receber este Sacramento (Cân.
889, §1) uma vez. Para recebê-la licitamente é necessário estar devidamente preparado,
disposto e em condições de renovar as promessas do Batismo (Cân. 889, §2). Como
regra geral, a idade mínima é de 14 anos. O candidato à Confirmação deve professar a
fé, estar em estado de graça (confessar antes), ter a intenção de receber o Sacramento e
estar preparado para ser discípulo e testemunha de Cristo, na comunidade eclesial e nas
ocupações temporais (CIC §1319).
Padrinho/Madrinha: não podem ser os pais do crismando (Cân. 893 e 874). Precisa ser
católico, confirmado, ter recebido o Santíssimo Sacramento da Eucaristia e estar
disposto a orientar sua vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir (Cân. 874,
§1). Precisa ter dezesseis anos completos, a não ser que outra idade seja determinada
pelo Bispo diocesano (Cân. 874, §1). É desaconselhável escolher como padrinho o
esposo(a), namorado(a) ou noivo(a). Alguém de outra religião pode ser admitido como
testemunha da confirmação, ao lado de um padrinho católico.
Preparação: Após a primeira Eucaristia, o adolescente deve participar de encontros de
perseverança e atividades paroquiais próprias para sua idade, dando continuidade ao
processo de formação na Fé. Os padrinhos e pais devem acompanhar a formação do
crismando, e participar dos encontros e palestras promovidas pela Igreja, sobre temas
bíblicos, morais, doutrinários e litúrgicos. É recomendada a leitura dos bons livros
católicos que levem à melhor compreensão possível a respeito do grande passo que será
dado. A preparação deve ter a duração de ao menos um ano, com encontros de
evangelização e formação na fé, bem como a participação nas celebrações da
comunidade.
CONCLUSÃO
Em geral se afirma que a Crisma é o Sacramento da maturidade cristã e confirma o
Batismo porque recebemos este quando crianças pequenas e aquele quando jovens, já
sabendo o que queríamos. Não é assim: a maturidade que a Crisma nos dá não é a
maturidade psicológica, mas sim a maturidade espiritual. Em outras palavras: se uma
criancinha for batizada e crismada, seu “organismo espiritual”, sua estrutura cristã, por
assim dizer, já recebeu a maturidade. Que fique bem claro: a Confirmação nos concede
uma graça distinta do Batismo. Sem este Sacramento não há maturidade na vida cristã.
Por isso mesmo, rigorosamente falando, todo aquele que assume qualquer trabalho na
Comunidade deve ser crismado.Há ainda uma outra distinção importante no modo de
agir do Espírito no Batismo e na Confirmação: no Batismo o Espírito nos é dado como
Espírito que torna o Pai e o Filho presentes em nós, fazendo-nos, assim, templos da
Trindade. Na Confirmação, ao invés, o Espírito dá-nos algo que é próprio dele como
Terceira Pessoa da Trindade, a saber: a força, a coragem, o ânimo, o vigor, a doçura
para testemunhar o Senhor Jesus. A fé da Igreja exprimiu isso muito bem com a imagem
dos Dons do Espírito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Henrique Soares da, Bispo. "O Sacramento do Batismo", disponível em:
http://domhenrique.com.br/index.php/sacramentos/confirmacao/176-o-sacramento-da-
confirmacao-i acesso 05/03/2013
ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. Diretório dos Sacramentos da Arquidiocese de
São Paulo. São Paulo: Paulinas, 1982.
PEREIRA, Leonardo Tarcísio Gonçalves, Pe. Tocar o Senhor. São Paulo: Loyola, 10ª
ed., 2004, pp. 57-59.