Faveni Faculdade Venda Nova Do Imigrante
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MORRO AGUDO-SP
2022
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
MORRO AGUDO
2022
MÚSICA NA SALA DE AULA COMO ISSO É POSSIVEL?
“LINGUAGEM MUSICAL”
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- Este estudo busca uma alternativa didático-pedagógica no que se refere ao desenvolvimento
das experiências musicais, delineando sobre os conceitos de base para a temática da música na
educação. O objetivo proposto aqui é o de definir os conceitos da musicalização, o estímulo à
manifestação e sensibilização do educando através da música através de sua presença no cotidiano
escolar, bem como sua importância no processo de socialização do indivíduo, utilizando a música como
importante ferramenta de apoio ao processo educativo. Através da musicalização esta pesquisa visa
mostrar ao educador as possibilidades de auxílio que encontrará no processo do desenvolvimento motor
e rítmico, no desenvolvimento das funções auditivas, conquistadas progressivamente no trabalho com a
música na educação infantil, estimulando hábitos, incentivando o desenvolvimento motor, sensorial e
social, a partir da especificação dos conceitos de musicalizar, identificar e acolher métodos pertinentes
que possam mostrar a importância da música na educação infantil e conceituar os meios para a
musicalização.
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silviavitalino@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
Tendo a música como uma das mais antigas e valiosas formas da expressão da
humanidade, o educador poderá utilizar-se deste aspecto para trabalhar com a música
no cotidiano escolar como ferramenta facilitadora da aprendizagem do aluno em todas
as áreas do desenvolvimento.
É dever da escola produzir meios, métodos e recursos para o desenvolvimento e
aprimoramento do ser humano como um todo, envolvendo aspectos relacionados à
inteligência, corpo físico e afetividade. Sendo assim, o ensino da música favorece a
educação e a aprendizagem dos sentimentos, da sensibilidade, da emoção.
As brincadeiras musicais estão presentes na manifestação de criatividade onde,
simultaneamente proporcionam o exercício físico, mental e emocional, em todos os
momentos da vida. Então por que não utilizá-la como ferramenta de ensino?
Assim, este estudo procura salientar a importância da música no processo de
ensino-aprendizagem, sua aplicação e seus benefícios quanto ao desenvolvimento do
indivíduo. Pois a música, seja em qualquer intensidade, está presente na vida das
pessoas, despertando emoções e sentimentos a partir da percepção de peculiar de
cada indivíduo.
Este tema traz uma importante ressalva no que diz à utilização da música no
cotidiano escolar, como forma de ferramenta de aprendizagem, pois a música traz a
possibilidade de levar o indivíduo a um mundo prazeroso e satisfatório para a mente e
para o corpo, facilitando a aprendizagem e a socialização deste.
Observando o processo de ensino de maneira global, crescente e permanente,
que exige da classe docente um constante aperfeiçoamento, a busca de novidades,
variações na prática pedagógica.
Há que se desenvolverem atividades que contribuam com o desenvolvimento
das habilidades e do pensamento crítico do educando como práticas ligadas à
criatividade através da música e da dança, utilizando-a como uma fonte de
transformação para a prática pedagógica contínua de forma mais interessante para o
aluno.
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Trabalhando com a música em seu cotidiano escolar, o professor terá
possibilidade de sensibilizar os alunos para o mundo dos sons, o que pode possibilitar à
criança, o adulto e idoso, a descoberta de suas próprias habilidades, desenvolvendo,
além disso, a atenção e a concentração.
A música quando bem trabalhada é capaz de desenvolver o raciocínio, a
criatividade e outras aptidões e desta maneira deve ser bem aproveitada em sala de
aula, como ferramenta de ensino mesmo.
Na educação a música torna-se uma das ferramentas mais importantes, já que
desperta sensações e emoções, trabalhando-se assim não só a parte emocional,
psicológica mas a coordenação, o ritmo, etc.
O educador pode, através da música, criar situações de aprendizagem que
levem os alunos a conhecerem as diversas culturas, regras de convivência, etc.
É importante lembrar, porém, que a música não substitui os outros elementos da
aprendizagem, mas funciona como um instrumento fundamental auxiliando a
motricidade e a sensibilidade através do ritmo e do som e também pode atingir as
emoções através das melodias.
Há que se lembrar, contudo, da importância fundamental do professor no
processo educacional, pois é através dele que o conhecimento, a possibilidade do
desenvolvimento influencia a criança, cabe a ele reconhecer-se como sujeito mediador
da cultura dentro do processo educativo levando em conta a importância do
aprendizado das artes no desenvolvimento e formação do aluno como indivíduos
produtores e reprodutores de cultura.
Enfim, a música é um elemento facilitador da aprendizagem, assim deve ser
incentivada e incluída sua utilização dentro e fora da sala de aula.
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Segundo a resolução de LDB compreende-se que a música é conteúdo da
disciplina de Arte já instituída como obrigatória nas escolas há cerca de dezesseis
anos. Cabe aos sistemas de ensino e, principalmente, aos professores de Arte,
encontrar as formas de desenvolver esse conteúdo em suas aulas e, a partir daquela
determinação legal, muitas dúvidas surgem: a música deve ser mais uma disciplina nos
diversos níveis da Educação Básica.
De acordo com Baumer (2009):
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2. A PRESENÇA DA MÚSICA NO COTIDIANO ESCOLAR
• Prazer estético: neste ponto incluem-se tanto o ponto de vista do criador como
do contemplador onde a estética está em demonstrar a sua cultura, a sua criação para
as outras culturas;
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• Representação: é certo que a música exerce um símbolo de outras coisas,
ideias e comportamentos, podendo cumprir esta função através de suas letras, por
emoções que sugere ou pela fusão dos vários elementos que a compõem;
• Reação física: a música é capaz de extrair resposta física através de seu uso
na sociedade humana, embora estas respostas podem ser moldadas por convenções
culturais;
• Validação das Instituições Sociais e dos rituais religiosos: uma função bem
parecida com a de participação na conformidade às normas sociais; usada em
situações sociais e religiosas exprime os objetivos de cada uma. Os sistemas religiosos
são validados, como no folclore, através de mitos e lendas e também em canções que
exprimem preceitos religiosos;
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• Contribuição para a integração na sociedade: é capaz de expressar um
ponto de solidariedade pelo qual os membros de uma sociedade congregam,
funcionando como integradora dessa sociedade. A música se transforma num ponto de
convergência no qual os membros de uma sociedade se reúnem para participar das
atividades que exigem cooperação e coordenação do grupo.
Para Hummes é claro que nem todas as músicas são apresentadas desta forma,
certamente todas as sociedades têm ocasiões marcadas por músicas que atraem seus
membros e os recorda de sua unidade.
Cada sociedade se identifica com seus costumes e suas próprias composições,
sendo assim suas crenças, formas de expressão e de como a musicalização é passada
para as novas gerações.
Para Souza (2004) como ser social, os alunos não são iguais, constroem-se nas
vivências e nas experiências sociais em diferentes lugares, em casa, na igreja, nos
bairros, nas escolas e são construídos como sujeitos diferentes e diferenciados, em seu
tempo-espaço.
A partir desta concepção do autor, o educador convive com alunos singulares e
heterogêneos no que diz respeito à sociedade e à cultura, convivendo com as
transformações da sociedade que globaliza as pessoas e os lugares, organizando sua
representação sobre si e sobre o mundo e integrando através das relações sociais do
cotidiano os diferentes e diversos espaços e meios de socialização.
Os alunos estabelecem relações sociais em toda a parte, da mesma forma que
têm acesso aos diferentes meios de comunicação, por meio de produtos ou objetos da
mídia entrelaçados com estes meios de comunicação que não se caracterizam
especificamente pedagógico: televisão, rádio, cinema, revistas e computador
Para Bréscia (2003) a música está presente em todos os espaços sociais e
culturais, sendo assim os indivíduos podem elaborar suas representações, formando
sua identidade como sujeitos socioculturais em suas diferentes condições, onde a
música, particularmente muito contribui.
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A autora diz que escolhendo seu estilo de música o indivíduo exprime sua
cultura, seus sentimentos, manifestados em seu modo de vestir, de comportar, no
corpo, na linguagem, nos gestos, revelando assim sua identidade, pois através da
expressão musical, daí a necessidade da escola construir uma educação musical que
não negue, mas leve em conta e ressinifique o saber do senso comum dos alunos
diante das realidades aparentes do espaço social e se realize de forma condizente com
o tempo e o espaço da cultura representada pelo educando, auxiliando na construção
de seu ser.
Figueiredo (2007) confirma que a música pode ser usada para propostas não
musicais:
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[…] ampliar a visão de mundo, oportunizando e discutindo experiências que
envolvem diferentes sistemas simbólicos construídos pela civilização, cada uma
das artes precisa ser tratada de maneira consistente na escola e na educação
em geral.
Para Figueiredo é pertinente introduzir, no espaço da sala de aula, outras
formas de pensar a música no mundo contemporâneo com o objetivo de saber como
a música se concretiza no livro didático, nas aulas de teoria, relacionando-a com as
experiências multiculturais vividas no cotidiano ao espaço escolar.
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A música deve se tornar um processo contínuo de construção no trabalho
pedagógico, envolvendo sentimentos, percepções, experiências, criação e criatividade,
contribuindo para o desenvolvimento da inteligência e da integração do ser.
Enfim, a música pode contribuir para que o ambiente escolar seja mais
alegre e favorável a aprendizagem.
As atividades envolvendo música na educação, no que diz respeito à
socialização, devem apontar a vivência e a compreensão da linguagem musical
propiciando uma abertura para as sensações e sentimentos, ampliando a cultura geral
de modo a ensinar o educando sobre seu relacionamento com o outro, tanto em sua
cultura como em culturas estrangeiras.
A música propõe uma abertura a expressar os pensamentos e os sentimentos
mais nobres do ser humano.
CONCLUSÃO
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A música deve ser considerada como uma “linguagem de expressão”, para estar
colaborando no desenvolvimento dos processos de aquisição do conhecimento,
sensibilidade, criatividade, sociabilidade e gosto artístico e não cair no simples ato
“mecânico” de reprodução de músicas durante o período de atividades, sem interação
da criança com o momento de criação musical.
Sendo assim, mediante de tudo que foi apresentado, busca-se a valorização da
música em sala de aula e dar-se-á a devida importância no desenvolvimento desta no
âmbito escolar, onde o educador comprometido com a educação e com o
desenvolvimento do educando deve reconhecer que a educação musical, de modo
informal como formal, prepara a criança para a sociedade e para as regras que esta
sociedade imporá a ela futuramente.
A educação musical precisa estimular a criatividade, ensinar a comunicação
efetiva, promover situações de avaliação crítica do mundo que nos envolve e questionar
valores referentes à disciplina e ao compromisso. É preciso buscar uma educação
musical que considere a atualidade e suas características, as possibilidades culturais,
que possam sair da experiência vivida pelo indivíduo no seu cotidiano.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, I. L.; CALDAS, S. P. S.. Atividades na Pré-escola. 18. ed. São Paulo: Saraiva,
1999.
HUMMES, Julia Maria. Por que é importante o ensino de música. Revista da ABEM –
Associação Brasileira de Educação Musical, Porto Alegre, v. 11, n. 8, p.17-24, 16 jul. 2004.
Semanal.
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SILVEIRA, C. Processamento Auditivo Central. Consultório Terapêutico – Acessoria e
Orientação Escolar online. 2008.
SOUZA, R. R. de. Eu não gosto de arte porque não sei desenhar: o reconhecimento de
outras linguagens como arte. 2009. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura
em Artes Visuais) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2009.
STORMS, G.. 100 jogos musicais – Atividades Práticas na Escola.: Coleção Práticas
Pedagógicas.. 4. ed. São Paulo: Asa, 2000. 250 p.
YOGI, C. Aprendendo e brincando com músicas e jogos. Belo Horizonte: Fapi, 2003.
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