Parasitologia Humana
Parasitologia Humana
Parasitologia Humana
Disciplina de Microbiologia
1º Ano
PARASITOLOGIA HUMANA
1º Grupo
Formandas:
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
1.2.Metodologia
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2.0.PARASITOLOGIA HUMANA
Por sua vez, parasitismo já é uma relação directa e estreita entre dois organismos
geralmente bem determinados:
• O hospedeiro e
• O parasito, que vive à custa do hospedeiro.
Para que ocorram infecções parasitárias é fundamental que haja elementos básicos
expostos e adaptados às condições do meio. Os elementos básicos da cadeia de
transmissão das infecções parasitárias são:
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Como foi mencionado, o hospedeiro é indispensável ao parasito, que se separado dele
morrerá por falta de nutrição. A organização do parasito se especializa de acordo com às
condições em que vive sobre o hospedeiro.
2.2.Tipos de parasitismo
Sendo assim, os factores que influenciam para a resistência natural dos parasitos são:
1. Ação do suco digestivo: o suco digestivo pode destruir os ovos ou as larvas dos
helmintos, como por exemplo, a infecção com a forma adulta do Echinicoccus
granulosus encontrado no intestino de canídeos, dá-se somente nos animais cujo
suco intestinal não digere o escólex (cabeça) da forma larvária;
2. Pele: a pele apresenta uma barreira mecânica à penetração de muitos agentes
infecciosos. Pequenas ulcerações microscópicas, às vezes, mesmo o orifício da
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picada de um artrópode hospedeiro intermediário, pode permitir a infecção. Por
exemplo temos o caso da penetração do Trypanosoma cruzi, causador da doença
de chagas, que não penetra pela pele sã. As larvas dos ancilostomídeos apresentam
dificuldades na penetração da pele de indivíduos de pele negra, devido à sua
espessura do que nós brancos.
3. Fagocitose: os protozoários parasitas podem ser fagocitados pelas células de
defesa. Essa ação se dá mais facilmente nos casos em que o parasito apresenta
vitalidade diminuída por outros mecanismos quaisquer;
4. Fatores humorais: os anticorpos, substâncias séricas dotadas de ação
antiparasitária, são provavelmente geradas em consequência de estímulos
antigênicos dos parasitos;
5. Resistência etária: o aumento da resistência com a idade é frequentemente
assinalado nas parasitoses, provavelmente uma consequência do amadurecimento
do sistema imune;
6. Dieta: é sabido que indivíduos malnutridos apresentam deficiência no sistema
imune. Outro factor importante é que quando a capacidade do hospedeiro de suprir
as deficiências do parasito fica comprometida, a relação parasito-hospedeiro pode
ficar profundamente alterada;
7. Constituição genética do hospedeiro: entre indivíduos da mesma espécie, alguns
se mostram às vezes mais resistentes do que outros a um determinado parasito;
8. Ambiente: a temperatura, humidade, clima, água, ar, luz solar, tipos de solo, teor
de oxigênio e outros influenciam bastante na resistência natural. Muitos agentes
infecciosos morrem quando mantidos em temperatura mais baixa ou mais elevada
por determinado tempo. É o caso dos cisticercos (larvas de Taenia solium) em
carnes suínas, que morrem quando estas são congeladas a 10ºC negativos, por dez
dias, ou cozidas em temperatura acima de 60ºC, por alguns minutos.
Os parasitos exercem várias ações sobre seus hospedeiros, que muitas vezes se associam,
tornando muito complexa a patogenia das doenças parasitárias. Dessas acoes se destacam
as seguintes:
Sendo assim, a imunidade adaptativa apresenta-se como uma importante função de defesa
contra infecções microbianas. Pois, a maioria das infecções parasitarias são crônicas
devido a fraca imunidade inata e a capacidade de os parasitas evadirem ou resistirem à
eliminação pela imunidade adaptativa.
Os helmintos são muito grandes para serem fagocitados e, além disso, possuem
tegumentos espessos que os tornam resistentes às substâncias microbicidas secretadas
pelos fagócitos (neutrófilos e macrófagos).
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2.6.2. Imunidade adaptativa
Vale mencionar ainda que dentre os mecanismos de escape estão a mudança de antígenos
de superfície, pois, os protozoários se escondem do sistema imunológico (vivem dentro
da célula ou formam cistos), e há estímulo de linfócitos T reguladores que suprimem a
resposta imunológica.
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3. Período de convalescência: iniciam-se logo após ser atingida a maior
sintomatologia, findando com a cura do hospedeiro;
4. Período latente: é caracterizado pelo desaparecimento dos sintomas, sendo
assintomática e finda com o aumento do número de parasitas (período de recaída).
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O Strongyloide stercoralis é o principal parasita helminta registado em Moçambique,
principalmente nas zonas suburbanos e rurais, tendo como o foco no interior da província
de Sofala e no Distrito de Gurué, na província de Zambézia. Geralmente este parasita
causa envolvimento sistémico relatado em pacientes infectados pelo HIV.
Vale destacar que as pessoas que mais sofrem comestes parasitos são pessoas
transportadoras do vírus de HIV e crianças dos cinco aos 15 anos de idade.
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3.0.CONCLUSÃO
Desta forma, pode se concluir que não podemos confundir infecção parasitária com
doença. O parasito bem-sucedido é aquele que consegue obter tudo de que precisa para
sobreviver causando o mínimo de prejuízo ao hospedeiro. Somente em alguns casos, a
relação poderá ser nociva, em maior ou menor grau. Desse modo, surgem os hospedeiros
parasitados, sem doença e sem sintomas, conhecidos como portadores assintomáticos.
Existem factores que acabam conduzindo à parasitose e definindo seu destino. Eles
podem influenciar o fenômeno do parasitismo, contribuindo tanto para o equilíbrio entre
parasito e hospedeiro, gerando, assim, o hospedeiro portador são, como para a quebra do
equilíbrio e a infecção resultante acaba causando doenças. Os factores mais importantes
do parasitismo são os relacionados a a quantidade de parasitos que entram no hospedeiro
(carga parasitária), sua localização e capacidade de provocar doenças; outro factor
envolvem a dade, estado nutricional, grau de resistência, órgão do hospedeiro atingido
pelo parasito, hábitos e nível socioeconômico e cultural, presença simultânea de outras
doenças, fatores genéticos e uso de medicamentos.
Vale salientar ainda que meio ambiente também é um factor que influencia na causa das
infeções por parasitoses, pois a temperatura, humidade, clima, água, ar, luz solar, tipos de
solo, teor de oxigênio e outros são grandes influenciadores.
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4.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
HORTA, A., TALVANI, A., & MENEZES, A. P. (2016). Parasitologia Humana (4 ed.).
Libiin.
MOIANE, I. C., SABONETE, A., AUGUSTO, G., & CASMO, V. (2019). Prevalência
de Parasitoses Intestinais em Crianças nas Escolas Primárias da Província.
Revista Moçambicana de Ciências de Saude.
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