Anotações Das Aulas - E.I.

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AULA 08/03

-PRÁTICAS MONOPOLÍSTICAS: o modelo foi construído para mesclar


características do modelo de concorrência perfeita e de monopólio;
- serve para explicar as situações entre a conc. perfeita e monopólio, mas acaba não
explicando muito bem;
- CMg=RMg, os preços vão ser mais elevados que na concorrência perfeita;
- sobra capacidade produtiva, pois vc pode produzir menos e maximizar lucro;
- vão ter dois gráficos: CP e LP;
- ausência de barreira à entrada;
- lucro econômico=0, mesmo fazendo mark-up, no longo prazo o lucro é igual a zero;
- empresa tem menor poder de mercado e por isso não é possível ter lucro de
empresa monopolista;
Para que serve esse modelo? para entender alguns mercados locais (no qual
há muitos concorrentes, mas é possível se diferenciar. porém no final o lucro é =0),
-explica pouco a realidade, pois não explica oligopólio;
- o modelo não serve para explicar mercado de supermercados e farmácias;

-OLIGOPÓLIO-CAP 26:
-vai falar de um tema central da micro de OI;
-equilíbrio de Cournot e Bertrand;
-depois é tratado o assunto em teoria dos jogos;
-os modelos são precários, e se aprofunda um pouco mais no capítulo de teoria dos jogos;
-no Varian se fala mais sobre a estratégia, e não sobre a estrutura de oligopólio;
- não explica por que tem poucos concorrentes (tem poucos pq tem barreiras à entrada),
mas o modelo não fala disso, fala apenas do comportamento estratégico de oligopólios;
- vamos ver outras teoria mais consistentes que falam sobre o tema na área de OI;
- Bertrand: é focado em preço, e as firmas formam preço simultâneamente (duopólio);
-a firma não diferencia produto;
-não aceitam cartel;
-concorrem apenas via preço;
-ao fixar seu preço uma firma tenta prever o preço que a outra firma vai colocar;
-o preço vai ser igual ao CMg;
-modelo muito criticado;
-Cournot:
- a firma vai tentar prever a qtd de produto que a outra firma vai colocar no mercado;
- e possível fazer para n empresas;
- supõe firmas iguais, com a mesma função custo
- no final é possível prever o que o concorrente faz;
- P=CMg
- as duas empresas vão colocar no mercado a mesma quantidade;
- no equilíbrio, as duas colocaram no mercado a mesma quantidade: a / 3b
-quanto mais empresas, mais o resultado se aproxima de concorrência perfeita
COMPARAÇÃO ENTRE BERTRAND E CORNOUT:

OBS: para
ter cartel
não
precisa
necessariamente ter oligopólio;

-Cartel: - o resultado fica igual à monopólio e , portanto é ruim para a sociedade;


-modela cartel à partir de cournot;
- pode modelar por teoria dos jogos (dilema do prisioneiro);
-a tentação de trair é grande, por isso acordo de leniência e delação premiada
funcionam;

RESUMO:

Vídeo do Possas: importante assistir; NENHUMA TEORIA TEM RESPOSTAS PARA TUDO!

AZEVEDO - PARTE I- começa no minuto 11

● Micro de OI é uma micro diferente da micro tradicional;


● Não abrange a parte do consumidor (economia comportamental);
● Paradigma ECD (Estrutura - Conduta (estratégia) - Desempenho)
○ é um conjunto de teorias, por isso é um paradigma teórico;
○ refere-se ao que é mais tradicional em OI, não é possível entender políticas
públicas industrial sem entender a concorrência;

● Antecedente da micro de OI:


○ Texto do Sraffa é um texto organizador da micro de OI (1926)
○ Robinson e Charberlaim*, que falam de concorrência monopolistica
○ Maison, o que criou o paradigma ECD (1939)
○ Coase, fala sobre custos de transação;
● Anteriormente a visão predominante da micro era Marshaliana, modelo de equilíbrio
parcial e concorrência perfeita. Crítica atual é que a micro permanece quase
inalterada até hoje; quase não fala sobre monopólios e oligopólios, e por isso
incomoda;
● Tinha um outro enfoque na micro, de Walras de equilíbrio geral, mas a crítica aqui
não é nesse enfoque;
● Os manuais de micro atuais ainda são mais voltados para eq parcial, na pós fala
mais sobre equilíbrio geral.
● O que era firma para os manuais de micro:
○ é maximizadora de lucro e busca CMg=RMg;
○ hoje sabemos que a firma não tem só esse objetivo, e por isso surgem outras
teorias como a gerencialista, para explicar que a firma pode ter interesses
além do lucro, no caso da teoria gerencialista o gerente quer crescer e o
acionista quer lucro (conflito);
○ os neoclássicos argumentam: Rmg = Cmg: essa igualdade ficou conhecida
como marginalista; A empresa pode não usar essa fórmula, mas no fundo
elas fazem isso pois querem lucro máximo;
○ Rmg = Cmg esse princípio é criticado, pois para funcionar a firma precisa ter
racionalidade maximizadora, ter o conhecimento total da função custo, mas
nem sempre é possível saber toda a equação do custo, nem mesmo da
receita do último bem que a firma vendeu;
○ Nesse cenário a firma não quer se diferenciar e é apenas tomadora de preço;
○ Os manuais tradicionais apresentam deficiências claras para explicar
consumidor, firma e mercados. E também algumas políticas públicas
oriundas da microeconomia, que nem aparecem nele. Por isso surge a micro
de OI.
○ É preciso construir uma visão crítica e REALISTA da firma no capitalismo
atual;
○ Todo país que se desenvolveu fez proteção da sua indústria quando ela
nasceu, inclusive Inglaterra na primeira revolução industrial. A américa latina
não soube fazer isso.
○ Isso tem relação com micro, pois o desenvolvimento econômico surge de
alguma invenção de uma empresa protegida pelo governo, e em seguida
paga melhores salários e isso faz a economia girar, aumentando o
bem-estar;
○ Exemplo da LG: como confecção estava falindo, e o governo ajudou a se
tornar uma produtora de fios elétricos;
○ a firma em conc perfeita perde oportunidades;
○ Exemplo da coreia do sul: o governo protegeu as empresas de tecnologia, e
por isso elas cresceram;
○ Isso não explica todo o desenvolvimento econômico, mas explica boa parte
dele;
○ Se os manuais têm dificuldade para explicar a realidade, eles tem algumas
abordagens novas que tentam chegar nesses pontos, porém a estrutura
permanece a mesma;
○ Hall e Hitch, são autores que ficaram incomodados com a micro ortodoxa, e
fizeram uma pesquisa de campo. De acordo com eles, a estrutura
predominante é oligopólio, e as firmas não igualam CMg e RMg, pois não
têm a informação completa para isso.
○ Herbert Simon dizia que a racionalidade é limitada, então os agentes usam
soluções satisfatórias; então para colocar preço usa-se a regra do mark-up.
○ Agora na micro de oi a firma não é tomadora de preço; na micro tradicional a
firma só escolhe a quantidade, pois o preço é dado, e na micro de oi é ao
contrário;

AULA 15/03

-CONTINUAÇÃO AZEVEDO
● Coase: Custos de transação
○ Coase ganhou Nobel, por causa do teorema de Coase;
○ Mas outro autor ganhou Nobel com a ideia de Coase em 1937, que a firma é
uma coleção de contratos;
○ A partir de 1970 o Williamson* fez essa análise mais profunda da teoria da
firma com base nos custos de transação;
○ O que é a firma? Para a micro é uma instituição que iguala CMg=RMg. Para
o Varian a firma serve para fazer transformação tecnológica. Essas são as
respostas mais tradicionais.
○ Mas e para o Coase? Essas respostas tradicionais incomodavam ele, por
isso ele vai propor entender a firma como uma coleção de contratos.
○ Crítica: para os economistas Schumpeterianos, também não pode se limitar a
questão contratual, pois essa visão não esgota tudo que precisamos
entender sobre a empresa;
○ Duas firmas, uma comparada à outra, por mais parecidas que sejam, elas
vão se diferenciar.
○ Então, entender a firma como uma coleção de contratos é importante, mas o
melhor é enxergar a firma como coleção de conhecimentos, e é isso que faz
elas se diferenciarem. CONHECIMENTO IMPORTA!
○ O Coase foi importante, mas não conseguiu explicar realmente o que é uma
empresa para as pessoas, pois fica apenas na parte contratual.
○ Teoria dos Custos de Transação:
■ Toda firma é uma coleção de transações;
■ Quando ela produz ela precisa fazer uma escolha: EX: indústria
automobilística, a empresa produz internamente o parafuso, ou vai
comprar fora no mercado;
■ Ao escolher onde ela faz essa transação, ela decide o tamanho dela;
■ Para entender a empresa, é preciso entender as transações, essa é a
unidade de análise;
■ E quando a empresa não compra no mercado e não produz
internamente, mas faz um contrato de fornecimento com um parceiro,
essa é a forma híbrida;(quem fala isso é o Williamson)
■ Cada contrato feito pela empresa é diferente, tem os firmados com
funcionários (salários), com fornecedores(contrato de fornecimento),
com o mercado (nota fiscal);
■ Ex atual, hoje as empresas estão terceirizando aquilo que não é
atividade central; (depende da empresa, existem algumas exceções)
■ Quando é ligada à inovação da atividade central, as empresas não
terceirizam a operação, mas podem fazer parcerias para conseguir
chegar a inovação;
■ Até onde vai a centralização do processo de inovação? A empresa
decide!;
■ A empresa pode cooperar, e a cooperação existe para que as
empresas consigam concorrer melhor, ex dos arranjos produtivos
locais;
■ Hoje em dia fala-se em marketplace, isso nada mais é do que uma
cooperação; (muito comum no capitalismo atual)
■ Todas essas relações exigem contratos entre os agentes, por isso a
teoria do Coase é importante; (no Williamson vai explicar melhor)
■ A firma além de meio de produção, é um meio de transacionar, e toda
relação da empresa vai precisar de contrato para transacionar;
■ Os custos do contrato estão antes, durante e depois das relações
entre os agentes. Antes o custo de fazer o contrato, durante para
avaliar se está sendo feito da forma correto, se não o custo depois de
acionar a justiça;
■ Essa questão vai se aprofundar muito mais no Williamson;
■ Toda teoria da firma, para ser boa, ela decide seu tamanho, e para o
autor o tamanho da firma vai depender do quanto ela aciona o
mercado ou produz internamente;
■ Até agora: vimos os precursores da micro de OI, esses autores se
incomodaram com essa micro que permanece igual até hoje. Esses
pontos de incômodo foram fundamentais para evolução do
entendimento da empresa. Hall e Hitch na curva de demanda
quebrada e Coase com custos de transação.

● Possas (1985)- pg 11 a 20
○ Equilíbrio parcial é o ponto de partida da micro tradicional;
○ O principal autor era Marshal, e não falava do que estava entre concorrência
perfeita e monopólio; Não tinha situação de oligopólio.
○ O oligopólio estava escondido na teoria do Marshal, mesmo sendo a principal
estrutura de mercado da época;
○ A concorrência perfeita apresenta premissas irrealistas;
○ O Sraffa em 1926 fez uma crítica de três pontos:
■ A) Discordância do rendimento decrescente para firmas em equilíbrio
de curto prazo, pois para o autor as firmas não permitem que essa
situação ocorra;
■ B) Equilíbrio competitivo de LP, com retornos crescentes. Dilema de
Marshall, “como ter lucro econômico zero, com retornos crescentes?”,
nesse modelo as firmas não crescem, mas na realidade as firmas
crescem muito e tende a ter concentração de mercado;
■ C) Independência do preço em relação a produção da firma (curva de
demanda horizontal). Isso significa que o preço é dado para a
empresa e ela apenas escolhe a quantidade que vai produzir. Se a
empresa se diferencia, por exemplo, nesse modelo ela não consegue
cobrar mais, então nesse modelo a empresa não se diferencia.
○ Sraffa depara-se com um dilema, pois, supondo custos de produção
decrescentes, uma empresa poderia aumentar sua produção (de forma a
diminuir cada vez mais os seus custos) até o ponto em que dominasse todo o
mercado. Esse dilema é chamado por Shackle de “dilema de Marshall”
○ Apenas as duas últimas críticas foram respondidas, mas a primeira ninguém
nunca respondeu, pois se abrir mão dessa primeira o modelo não se
equilibra e acaba o modelo de concorrência perfeita;
○ A crítica permanece até hoje, pois os manuais não mudaram;
○ A ortodoxia não se importa com essa discussão;
○ Rendimento decrescente aparece desde Ricardo e aparece como princípio
universal até os dias de hoje na teoria neoclássica;
○ Fundamentou o lado da oferta da teoria;
○ O problema disso na realidade, se o preço é dado e o custo for horizontal, e
também o CMg for horizontal, eles vão se encontrar apenas no infinito, então
para que esses custos se igualam precisa ter custo crescente (ex quando os
padeiros brigam;
○ Dizer que é uma lei empírica não é sério, pq nega o papel da firma na
formação de preço, as firmas não permitem que isso aconteça;
○ As empresas têm capacidade ociosa para se antecipar ao aumento de
demanda;
○ Para o Possas a capacidade produtiva da firma é dada, ela sempre tem
capacidade ociosa, e aí o custo marginal vai ser constante;
○ Dilema de Marshall, explicação:
■ Como conciliar lucro zero e economia de escala?
■ Solução de Pigou, ainda presente nos manuais de economia de hoje;
○ O que é a solução de Pigou?
■ Supor que no LP tem firma representativa (firmas iguais) com custo
unitário mínimo;
■ Lucro zero no LP;
■ Livre entrada e saída;
■ Economia de Escala não representa vantagem duradoura, já que o
ajustamento é rápido.
○ Por que o resultado final é esse?
■ Por causa da importância exclusiva atribuída a economias externas
(para todo o mercado), fazendo desaparecer a importância das
economias de escala (internas à firma);
■ Economia interna, é o que dá vantagem para uma firma apenas;
■ Essa solução exige a deseconomia de escala, de existência
altamente discutível;
■ O que faz a empresa ter custos crescentes? Seria devido a
dificuldades gerenciais crescentes;
■ O custo começa caindo, mas depois se estabiliza. Isso é irrealista!
■ Economias internas perdem a importância nessa visão;
■ Para o modelo fechar é preciso ferir a realidade!
○ Para J. Robison, Possas fala que não há necessidade de resolver a
contradição do Dilema de Marshall.
○ Atualmente o mundo digital têm favorecido a escalabilidade das empresas,
isso pode afetar o mercado de uma forma ruim;
○ O modelo se aplica apenas a empresas pequenas;
○ Sraffa em 1926 antecipa o que futuramente Chamberlain e Robinson, falam
sobre a diferenciação dos produtos;
■ Ex da borracharia do Leandro;
○ Os 3 pontos desafiados pelo Sraffa questionam a coerência interna do
modelo. Inclusive o ponto que não foi respondido até hoje;
● Joan Robinson (1953)
○ O texto é uma autocrítica sobre o livro de concorrência monopolística de
1933;
○ No texto a autora se arrepende tanto da teoria que havia criado, quanto do
caráter metodológico da teoria neoclássica;
○ Então podemos considerá-la heterodoxa;
○ Texto da Robinson chamou sua teoria de Concorrência Imperfeita, e o
Chamberlain chamou de Concorrência Monopolística;
○ A autora começa com as definições que aparecem sem visão crítica:
■ Conceito de Indústria é ≠ mercado;
■ Indústria: grupo de firmas dedicadas à produção de mercadorias cujo
método de manufatura é semelhante. (lado da oferta)
■ Mercado: procura de um grupo de mercadorias que são substitutos
muito próximos. (lado da demanda)
■ Um produto pode ser produzido pela mesma indústria, mas oferecido
em mercados distintos;
■ Também, indústrias diferentes podem atender o mesmo mercado. (ex
dos sapatos de couro e de borracha)
■ Na teoria neoclássica, esses conceitos podem aparecer como
sinônimos, mas a Robinson traz essa organização que melhora a
compreensão;
■ Indústria = mesma capacitação para atuar;
○ Quem maximiza o que?
■ Não tem um único tipo de empresário;
■ Empresa não tem apenas um objetivo, além de lucrar e sobreviver, a
empresa quer crescer;
■ Tendência a oligopólio muito grande;
■ O crescimento continua em outros setores.
○ Oligopólio
■ Autora reconhece que menosprezou oligopólio, embora o modelo
tenha sido para explicá-lo;
○ Formas de competição:
■ a competição não ocorre apenas via preço (embalagem, qualidade,
etc);
■ diferenciação também é forma de concorrência;
○ Política de preços:
■ a firma não altera preços constantemente;
○ Equilíbrio:
■ Qualquer decisão que o agente tome hoje, vai influenciar os próximos
anos, então todo movimento ocorre no tempo. então a posição que
está atualmente depende do passado;
■ Ex da Kodak, que esperou demais para soltar a máquina digital no
mercado;
■ A história importa, e o mundo não é movido à cálculo probabilístico
(não-ergódico);
■ A trajetória futura depende do que se faz hoje;
○ Análises como a de Robinson aparecem com mais detalhes hoje, inclusive
nos manuais convencionais;
○ Pode- se usar modelos, que não o de equilíbrio, para explicar a trajetória de
uma empresa, mas é necessário que se conte uma história;
○ É preciso entender as coisas no tempo!
○ As causas do monopólio:
■ “A principal causa do monopólio é evidentemente a competição”
■ Se a empresa é competitiva, é porque faz coisas que as outras não
fazem (se diferencia, como diz Porter), e isso as dá vantagem, para
chegar numa posição de oligopólio/monopólio;
■ Nos manuais a concorrência perfeita aparece em capítulos
separados;
■ Existem assimetrias, sejam economias de escala, aprendizado na
própria empresa, geração de inovação lato sensu, e etc; e essas
assimetrias geram essas vantagens que criam
monopólios/oligopólios;
○ Pós- escrito:
■ “A luta da firma pela sobrevivência e crescimento não se expressa em
termos de maximização de qualquer coisa”;
■ Ou seja para a autora, não existe racionalidade otimizadora;
● Possas (1985) - pg 20- 27

AULA 22/03
● CONTINUAÇÃO AZEVEDO
● Para Bain existem dois tipos de concorrência;
○ Efetiva
○ Potencial (impõe limites a pol. de preços)
● Condições de entrada
○ Margem que pode ser acrescida ao CmeLP
○ Porque não haveria entrada neste intervalo entre o CmeLP e o acréscimo da
margem E? Por que existe barreira à entrada (vai aprofundar depois).
○ A condição de entrada é uma margem: E= (PL - CMe)/CMe
○ PL = preço limite
○ CMe= custo médio de LONGO PRAZO;
○ É de longo prazo, pois fala da possibilidade de entrada;
■ Faz um diálogo com a teoria dos manuais ortodoxos!
○ Se a empresa cobra acima do limite, incentiva a entrada de novo players de
mercado;
○ Se PL=CMe, estamos em concorrência perfeita;
■ No oligopólio, não é =0, pois tem capacidade de fazer mark-up;
○ O empresário pode cobrar abaixo de PL, mas no PL é onde ele vai lucrar
mais;
○ Como a empresa sabe o tamanho do PL?
■ Por tentativa e erro, se sobe demais atrai concorrência, se coloca
abaixo, pode aumentar;
■ Só sabe se vai dar certo quando vai para o mercado;
○ Aqui a racionalidade não é otimizadora!
○ O Azevedo dá mais ênfase a Estrutura, mas a Conduta/Estratégia está
implícita;
○ Bain e Labini estão pensando em termos de paradigma E-C-D;
○ E= é o mark-up, e é maior quanto maior forem as barreiras à entrada;
○ ↑Barreira à entrada ↑ E
○ Isso explica como os mercados realmente funcionam;
○ O tamanho do preço determina o tamanho da barreira;
○ É componente essencial da estrutura, não tem conduta, mas ela pode ser
deduzida, pois fala de estratégia de preço de forma implícita; (observação do
professor)
● Barreiras à entrada podem ser:
○ Institucionais: que o governo cria (ex da exploração de petróleo no Brasil);
○ Econômicas (essa que é importante entender, pois depende diretamente da
empresa)
■ Diferenciação de produto;
■ Vantagem de custos;
■ Economias de escala;
○ Depois essas 3 barreiras vão ser ampliadas, 4ª barreira é o capital inicial;
○ O Michael Porter amplia ainda mais
■ Ele fala sobre rede de distribuição (ex para vender cerveja,
refrigerante, cigarro, entre outros, é preciso distribuir mais para o
público);
○ 1ª) Diferenciação de produto:
■ Real: se relaciona a atributos físicos do produto
■ Informacional: propaganda e marketing, reputação
● Quando associam o nome da marca ao produto!
○ Inovação é uma estratégia para gerar diferenciação!
○ Ex da apple, diferenciação aliada a inovação pesada e marketing.
○ Essa é uma barreira à entrada fundamental no oligopólio!
○ 2ª) Vantagem de Custo:
■ Acesso privilegiado a matérias-prima (NÃO PRECISA SER
EMPRESA GRANDE PARA TER);
■ Tecnologia superior (cuidado);
■ Negociação com fornecedores e clientes (PODE ENQUADRAR NO 3º
TIPO DE BARREIRA);
○ 3ª Economia de Escala:
■ Reais: ↓insumos para o mesmo tipo de produção;
■ Pecuniárias: menor preço dos fatores de produção quando a
produção cresce;
○ Outras visões de oligopólio são importantes de estudar.

● PARTE III - AZEVEDO


● Teoria dos Mercados Contestáveis
○ Papel da concorrência potencial;
○ Teoria considerada de pressupostos irrealista;
○ Uma teoria pouco provável, pois não se aplica para todos os modelos;
○ O que significa “mercado contestado”? É quando você ameaça entrar no
mercado;
○ Mercado perfeitamente contestado é próximo ao modelo de concorrência
perfeita;
■ Isso é um caso extremo, assim como a concorrência perfeita;
■ É o estado ideal, como deveria ser;
○ Não tem barreira à entrada;
○ A firma pode sair e entrar em qualquer mercado, no momento que quiser;
○ É um modelo de oligopólio que quer chegar em concorrência perfeita;
○ O resultado vai ser eficiente, mesmo sendo oligopólio;
■ Todos sabem que existem barreiras à entrada!
○ O modelo explora um caso ideal, o que deveria ser para ser ideal;
○ Oportunidade de lucro extraordinário nesse modelo, a firma pode entar e
depois sair antes da reação da firma estabelecida;
○ Faz com que as firmas cobrem um preço próximo do CMeLP;
○ Como surge a eficiência nesse mercado?
■ Não vai admitir prejuízo, vai ser factível;
■ a contestabilidade garante que as firmas não vão ter lucro temporário,
então puxa o lucro econômico para próximo de zero;
■ É sustentável!
○ Todo mundo nesse mercado produz com lucro mínimo;
○ Só ocorre quando cumpre essas 3 premissas;
○ Recentemente os órgãos estão mais benevolentes com a concentração de
mercado;
○ Essa liberdade maior para fusões está atrapalhando os sindicatos, o que é
ruim para a sociedade, pois não tem como reivindicar melhorias salariais
para os trabalhadores;
○ A participação dos salários na renda é cada vez maior, e isso gera
estagnação econômica;
○ Essa teoria acaba por gerar políticas públicas que promovem
desregulamentação dos mercados;
○ O Schumpeter fala sobre mercados contestáveis na teoria dele de forma
mais realista, pois inovar é a melhor forma de contestar o mercado.
■ “O monopólio não é uma almofada sobre a qual o empresário pode se
deitar!”
○ O processo de globalização (que está sendo revisto), foi um grande
contestador de mercado, ex da China, que contestou vários mercados,
primeiro através do custo, e hoje é uma potência da área de inovação;
○ Então a globalização aumentou a contestabilidade;
○ Muitas políticas públicas surgiram pressupondo essa visão de
contestabilidade;
○ Não se fala em inovação na Teoria dos Mercados Contestados, mas
inovando é a melhor forma (para a sociedade) de se contestar um mercado;
○ Contribuições dessa teoria:
■ a) Dissociação entre concentração de mercado e poder de monopólio
(isso impactou fortemente as políticas de concorrência).
● concentração até pode ser boa para a sociedade, se tiver forte
concorrência potencial naquele mercado.
■ Essa teoria deixa uma contribuição no quesito de barreira à saída,
principalmente no que tange ao sunk costs;
■ 3ª contribuição* (visão do prof.): essa teoria massificou a ideia de
economia de escopo, que muitas vezes é mais importante do que a
economia de escala;
○ Diferenças entre Baumol e Bain:

Concorrência Barreiras à entrada
Potencial

Baumol ↑ ↓

Bain ↓ ↑
■ Bain tem mais razão na aplicabilidade da teoria à realidade;
■ A teoria do Baumol contribui para o aumento da desigualdade, e isso
tem sido uma preocupação para o debate econômico da atualidade;
● Paradigma ECD (uma síntese)
● É uma base para entender firma e mercado na OI
● Uma das principais preocupações da OI é a formação de políticas públicas
(antitruste, regulação, concorrência, etc);
● O paradigma ECD tem a preocupação central de avaliar o funcionamento de um
mercado, frente ao desempenho esperado;
● Pode avaliar empresa ou mercado;
● O Desempenho é considerado uma variável dependente (depende da estrutura e
conduta);
● A forma que a política age na conduta é diferente da estrutura, nesse sentido na
estrutura o governa visa prevenir, e na conduta o governo pune;
● Na política de concorrência é identificado o que na estrutura e conduta são danosos
ao mercado;
● Política antitruste no Brasil é feita pelo CADE;
● Monopólio exige que tenha alguma agência de regulação, para melhorar o
funcionamento;
● Exs de fusão:
○ Nestlé e garoto (se concretizou por uma brecha da lei);
○ Ambev (liberou com exigências);
○ Sadia e Perdigão (liberou com uma lista de condicionantes);
● Em Mason era uma cadeia causal, mas com o tempo foi analisado a oportunidade
de tratar essas causalidade de forma diferente, ex da Estrutura indo direto para o
desempenho;
● Tem conjunto de teorias, por isso não se pode criticar falando que não possui teoria
consolidada; (por isso o prof discorda)
● Essas três teorias ajudam a explicar uma realidade complexa;
● Integração teórica não é juntar qualquer teoria, pois às vezes elas podem conflitar
entre si, mas quando as duas atuam no mesmo sentido podem ajudar a explicar algo
complexo que é difícil de explicar;

AULA 29/03
● Labini (1956) - “A determinação do preço”
● Foi um livro importante na consolidação da micro de OI no Brasil;
● Esse autor ficou conhecido pelo paradoxo de Sylos;
● É um modelo em formato de tabela;
● É uma análise diferente dos manuais neoclássicos;
○ Maior rompimento que em Bain.
● 1) Como se determina preço e estrutura de uma indústria?
○ Estrutura de oligopólio;
○ Para isso precisa explicar q (mark-up);
○ Menciona a curva de demanda quebrada;
■ Hall e Hitch não mencionam
○ Preço-limite: o limite que a empresa pode colocar de preço sem atrair
concorrência;
○ A indústria é predominantemente oligopolista, mas cada indústria tem sua
particularidade;
○ Ele faz a análise dele a partir de um tipo de oligopólio;
■ Oligopólio concentrado no LP.
■ Vão ter pouquíssimos concorrentes.
■ Só entra se for muito grande (ex da arcelor)
○ A grande contribuição do autor é a tipologia de oligopólio;
■ E essa tipologia não é utilizada hoje (pq?)
○ A ideia do autor é dizer que cada oligopólio funciona de uma maneira
particular;
○ Pq no LP? Pq o autor fala de entrada no mercado, e isso ocorre apenas no
LP;
○ Ele também é considerado um autor estruturalistas assim como o Bain, pois
a estrutura determina até onde se pode cobrar o PREÇO LIMITE;
○ Economia de escala, também demanda um capital inicial muito grande;( o
autor não fala isso, mas o professor acrescenta);
● 2) A descontinuidade determinada pela tecnologia
○ Ele notou que as empresas tinham tamanhos diferentes dentro de cada setor,
e a economia de escala faz diferença;
■ Diferença entre uma cervejaria pequena e a AMBEV.
○ Somente algumas empresas podem ter economias de escala;
○ Como se monta uma função nesse caso? O autor não se preocupa com isso.
■ Por isso rompe com os neoclássicos;
● 3) Critérios e Fórmulas
○ Precisa de dados para analisar uma indústria;
○ Quais são as “peças” (dados) que são necessárias para entender um setor?
■ a) Extensão absoluta de mercado (volume de vendas) - ou seja -
tamanho relativo das empresas dentro do setor
■ b) Elasticidade da demanda (capacidade de absorção do mercado) -
aqui esse conceito é diferente dos manuais;
■ c) Distribuição do volume de vendas entre as empresas - pode ser
concentrado ou bem distribuído e isso depende do tipo de oligopólio;
○ Aqui o autor abre mão de coisas importantes ao construir suas hipóteses:
■ Não tem inovação; (suposição simplificadora)
■ Existem empresas líderes que regulam preço;
■ Empresa oferta apenas um produto; (simplifica para montar o modelo)
○ Essas hipóteses são bastante simplificadoras, pois sabemos que grandes
empresas oligopolistas produzem vários produtos, e inovam.
● 4) Taxa de lucro, preço de exclusão (Pc), preço de expulsão (Pe)
○ Exclusão ≠ Expulsão;
○ Preço de exclusão: impede de entrar;
○ Preço de expulsão: expulsa empresa menor do mercado;
○ O que é a taxa de lucro para o Labini?
■ Existem várias fórmulas de lucro na economia;
■ Margem de lucro≠ Taxa de lucro;
■ Margem de lucro = lucratividade/faturamento;
■ O Labini faz uma formulação de taxa de lucro que vai construir uma
fórmula de mark-up;

■ É uma visão menos conhecida de taxa de lucro;
■ A vantagem dessa fórmula é que ela vai gerar uma fórmula de
mark-up;


○ As empresas avaliam um retorno mínimo para se manter no negócio;
○ Para ter uma taxa mínima, tem que haver um preço mínimo (parece com
preço limite do Bain);
○ Isolando Pm, temos a fórmula do preço:
○ Pm= (k/x + v) .(1+ Sm) (2)
■ Essa é uma fórmula de marku-up;
■ É mais sofisticado que o Bain, pois quer calcular um preço mínimo
para se manter no setor;
○ Como precificar para excluir alguém do mercado?
■ Para não atrair a entrada, a empresa fixa o preço inferior ao Pm;
■ Pc<Pm
○ A empresa grande pode cobrar um preço abaixo do mínimo e conseguir se
manter no mercado devido à economia de escala;
○ Quando a empresa quer expulsar uma empresa já em operação?
■ Pe<v
■ Preço menor que custo variável;
● No manual é no CP, mas aqui o autor faz uma análise de LP e
CP diferente;
● É no CP, mas é diferente do manual;
■ É uma espécie de dumping;
■ Aqui a preocupação é a com a concorrência efetiva e não potencial;
○ Relação entre Pc e Pe
■ O preço de exclusão no LP expulsa;
■ é mais amplo que o Bain;
● 5) Equilíbrio de LP no oligopólio concentrado:
○ Tabela nas páginas 57 e 58;
○ Nessa tabela que tem o postulado de Sylos:
■ “Quando novas empresas entram no mercado, as que já existem
continuam a produzir a mesma quantidade;”
■ Não tem reação das empresas estabelecidas do mercado;
■ Essa suposição é muito criticada, pois na realidade as empresas
reagem à entrada de um novo player;
● Isso é muito simplificador!
■ A teoria dos jogos modela o comportamento das firmas estabelecidas
quando há uma entrante;
○ Objetivo do modelo é explicar preço de equilíbrio;
○ Quando entram novas empresas, o preço médio cai;
○ Nesse caso o preço não era de exclusão, pois a empresa conseguiu entrar;
● 6) Observações sobre o esquema anterior
○ Leva em conta a história, e posteriormente ficou conhecido como path
dependence;
● 7) Oligopólio e concorrência
○ É a reação dos concorrentes que determina o preço, não o comportamento
dos consumidores, como está nos manuais convencionais;
○ Na concorrência o lucro é transitório, no oligopólio o lucro é permanente;
○ No oligopólio o lucro vai ser permanente;
○ Na teoria dos mercados contestados sempre tem como contestar o mercado,
por isso no oligopólio o lucro vai ser transitório também;
● 8) Oligopólio diferenciado:
○ É caracterizado pela preferência dos consumidores;
○ Diferente do oligopólio concentrado;
○ Commodities não apresenta essa diferenciação;
○ O produto parece diferente;
○ Aqui a preferência do consumidor é fundamental;
○ Com,um é bens de consumo e comércio;
○ Estilo de concorrência é diferente do concentrado, lá a escala era importante,
aqui é importante também, mas de forma diferente;
○ Existe diferenciação de vários graus;
○ Nota de rodapé 27 do cap 2 é importante;
● Possas (1985) - Cap. 4 - seções 2 e 3
● Oligopólio:
○ Não é apenas baixa concorrência, é caracterizado por barreiras à entrada;
○ Estrutura de mercado é a configuração que cada mercado tem;
○ Itens analisados aqui: número de concorrentes, concentração, produto
homogêneo, etc;
○ É preciso saber o padrão de concorrência em cada estrutura de mercado;
○ Padrão de concorrência é um conceito dinâmico;
○ Estrutura de mercado e padrão de concorrência são conceitos interligados;
○ Quais as formas que as empresas ali concorrem?
○ Podemos acrescentar as noções de trajetória tecnológica e paradigma
tecnológico;

○ Faltou monopólio nessa tipologia;
○ O oligopólio diferenciado e o competitivo tem pontos em comum:

○ Mercados competitivos são os que tem concorrência perfeita
○ 1- comum em commodities, economia de escala é decisiva;
■ tem capacidade osciosa
○ 2- comum na ind. de bens e serviços, o grau de concentração é menor, pois
a economia de escala não é decisiva como acima
■ Diferenciação e gasto com marketing é essencial!
○ 3- mistura as características dos dois acima;
○ 4- conceito de empresa marginal, que são empresas pequenas que
conseguem concorrer concorrer na margem com empresas maiores
■ tem pouca barreira à entrada;
■ ex produto alimentício, confecções, calçados;
■ não tem concorrência por preço;
■ diferenciação limitada;
○ 5- qualquer mercado que pareça com concorrência perfeita ou concorrência
monopolística se tiver diferenciação;

AULA 19/04
● KUPFER E HASENCLEVER - CAP 4
○ Marcelo Resende e Hugo Boff: são autores neoclássicos
○ Medidas de concentração: o que significa? É relacionado com poder de
mercado, e não é o único indicador usado para liberar uma fusão;
○ É um conceito diferente de barreira à entrada;
○ Como fazer isso?
■ Vendas (quem vende mais);
■ Critérios de ponderação (se altera à partir do indicador de
concentração que se utiliza);
○ São úteis para indicar para o gestor público se pode liberar ou não uma
fusão, portanto ajudam, a entender o que se passa naquele setor específico;
○ Não mensura poder de mercado, apenas concentração, pois concetração é
apenas um indício de poder de mercado;
■ Exemplo, em Itaguaçú tem dois supermercados apenas, mas isso não
indica que os dois tem poder de mercado;
○ Baumol fala sobre isso, e a partir da teoria dele a concentração passou a ser
bastante dissociada de poder de mercado;
■ Exemplo da economia digital que tem muita concentração de
mercado;
■ As políticas de concorrência estão se redefinindo, está mudando de
paradigma, pois se dizia que concentração não é errado, mas isso
pode provocar o aumento da desigualdade, bem como outros fatores
como financeirização;
■ Exemplo: sindicatos nos EUA, os funcionários da Amazon
conseguiram se sindicalizar;
■ Esses são indícios que as políticas antitrustes tem que mudar;
○ 3 razões pelas quais esses indicadores são incompletos:
■ 1ª se a entrada de mercado é fácil, nenhuma empresa tem poder de
mercado (ex do supermercado em itaguaçú, qualquer hora um player
grande pode entrar no mercado);
■ 2ª uma empresa pode ter parcela de mercado elevada que vem de
uma vantagem não atrelado ao poder de mercado;
■ 3ª o cálculo pressupõe a delimitação de mercado e implica ignorar a
concorrência de outros setores (exemplo do mel e adoçante que são
substitutos próximos);
○ O indicador de concentração nunca é completo!
○ Quanto maior o valor de concentração de um setor, maior tendência de haver
PODER DE MERCADO;
○ Se a concentração é grande, menor tenderá a ser o grau de concorrência
entre as empresas;
○ O que é poder de mercado virtual?
■ Está relacionado à capacidade de controlar o preço do produto;
○ Poder de mercado se manifesta pela sua capacidade de fixar e sustentar o
preço de venda acima daquele determinado pelos concorrentes, e isso sem
prejuízo da participação de mercado, ou seja, sem atrair entrada de outras
firma, como está em Bain;
○ Poder de mercado aparente: é quando esse poder se revela através do
market-share (sem diferença muito grande do conceito anterior);
○ Concentração não leva em conta apenas o nível das parcelas, mas na
distribuição; (nesse caso específico o texto entra mais na caracterização do
monopólio)
○ Concentração e desigualdade: na opinião do prof, está confusa essa
definição;
○ Medidas positivas e normativas
■ Parciais: quantos % do mercado está na mão das maiores empresas,
ao fazer isso despreza os outros players de mercado (o indicador CR
faz isso, ele é parcial);
■ Sumária: requer dados de todas as empresas em operação (indíce
HH e de Entropia)
○ OBS: CR e HH são os mais utilizados, mas com metodologias diferentes;
■ Positiva: são as mais usadas, que são tanto as parciais quanto as
sumárias;
■ Normativa: não é muito usada;
● Indicadores:
○ Positivo: engloba dois fatores fundamentais
■ Nº de empresas
■ Distribuição
○ Cada índice foca mais em algum desses dois fatores acima;
○ Xi>0, pois cada empresa ocupa alguma parcela de mercado, mesmo que
pequena;
■ dá o somatório da parcela de cada mercado;
○ Si=Xi/X : empresas classificadas em ordem decrescente, a empresa 1 é a
maior.
● Razão de Concentração (CR):
○ É parcial, pois pega apenas uma parte do mercado;
○ A razão de concentração é de ordem k;
○ Quanto mais alto o CR, mais concentrado;
○ Usando no setor bancário do Brasil, por exemplo, vai demonstrar que é um
oligopólio forte;
○ Deficiências:
● HH
○ Pega todas as empresas pega a participação no somatório, e eleva a
participação ao quadrado;
○ Estrutura de pesos implícita, pois ao elevar ao quadrado as empresas de
participação maior, mostra que elas tem maior peso no setor;
○ O índice tem limite superior de 1 (quando dá 1 é monopólio);
○ O limite inferior é 1/n;
○ Tem que ser empresas de tamanhos iguais;
○ Exemplos no arquivo do classroom;
● KUPFER E HASENCLEVER - CAP 21
○ Maria Tereza Mello;
○ Lei antitruste no Brasil;
○ Fala do caso americano;
○ Defesa da concorrência
○ Quais características uma lei de defesa da concorrência precisa ter precisa
ter?
■ A lei não reprime poder de mercado, mas sim abuso;
■ Exemplo do caso AMBEV, o CADE observou que eles não abusariam
do poder de mercado, mas sim aumentaria a concorrência, mesmo
aumentando concentração;
■ Ter poder de mercado não implica abuso do mesmo;
○ A lei age de duas formas:
■ Conduta: quando age na conduta a ação só pode ser repressiva, pois
o fato já ocorreu (cartel, venda casada, dummping, etc), esse caso
beneficia o consumidor pq o objetivo da lei é sempre beneficiar o
consumidor;
■ Estrutura: é preventiva e beneficia o pequeno produtor;
○ Cuidado: Lei antitruste é diferente de concorrência desleal, lei antitruste
serve para melhorar o funcionamento da economia;
■ Também é diferente de defesa do consumidor;
○ Ambos os casos fica evidente que não precisa de poder de mercado para
desrespeitar uma lei;
○ Casos de cartel não são punidos apenas pela lei antitruste, mas pelo âmbito
penal também;
● Conceitos básicos da análise antitruste:
○ Poder de mercado: como está em Bain, o poder de mercado significa poder
aumentar o preço sem perder mercado (atrair entrante). É condição
necessária, mas não suficiente para aplicação da lei.
○ Posição dominante= poder de mercado;
○ Quando uma empresa utiliza da sua posição dominante para cometer algum
abuso, está burlando a lei de concorrência;
○ Delimitação do mercado: MERCADO RELEVANTE, quais são as condições
de mercado? (concentração, barreiras à entrada, etc)
○ Punição ocorre quando há efeito competitivo líquido (quando já ocorreu);
■ Esse efeito pode ser potencial (quando ainda pode ocorrer);
○ Mercado relevante:
■ Define com o caso concreto;
■ Como delimitar? Existe um teste famoso, chamado teste do
monopolista hipotético, que consiste em estimar se o empresário tem
poder para aumentar preço sem ser retaliado;
■ Estipular onde as empresas estão exercendo seu poder de mercado.
○ Lembra Baumol quando fala concentração é condição necessária, mas não
suficiente para surgir poder de mercado;
■ Ex dos supermercados de itaguaçú;
■ A concentração ajuda a dizer se tem poder de mercado;
○ Lembra Bain a Labini quando diz que, sem barreira à entrada, não dá pra
exercer poder de mercado;
■ pois pode entrar uma nova empresa a qualquer momento;
○ Por fim, poder de mercado não implica em ato ilícito. Se não há efeitos
anticompetitivos líquidos (abusos), há punição.
○ Ter poder de mercado não é ilícito, apenas comete ato ilícito quem abusa
desse poder, ou posição dominante.
○ Condutas anticompetitivas podem ser de duas naturezas:
■ Horizontais:
■ Verticais: ao longo de uma cadeia produtiva
○ Preço predatório=dumping

DÚVIDAS SOBRE A LISTA/PROVA


comenta os manuais neoclássicos e faz um rompimento com essa forma de fazer ciência;
Nessa forma de concorrência, ela se dá apenas via preço;
No modelo dela ela fala que a concorrência é multidimensional, ocorre por várias vias
(inovação, assistência técnica, prazo de entrega, etc)
1- Teoria dos mercados contestados:Resultado vai ser concorrência perfeita, por isso
quando o mercado é perfeitamente contestável o lucro é zero. Segundo Baumol essa teoria
é uma junção da micro de OI, com micro neoclássica.

AULA 26/04 - MATÉRIA DA


SEGUNDA PROVA
● Vamos estudar micro de OI ortodoxa, com o manual do Tirole;
● Temos duas ondas de interesse em OI:
○ Bain e Mason: “Tradição de Harvard”
■ Apesar de o Mason não ter formalizado.
○ É uma visão empírica, baseada no paradigma ECD
■ o que o autor quis dizer com empírica?
■ Lucratividade e desempenho que depende da conduta e estrutura;
■ os elos são correlações e não causalidades;
● É feita uma crítica, que correlação não implica causalidade;
● Ao tentar explicar os temas, a teoria dos jogos tinha uma agenda de pesquisa pronta
para que os outros pesquisadores continuassem;
○ Não deve se descartar, mas melhorar.
● Apesar de mencionar Bain, não menciona Labini;
● A análise empírica da primeira onda constitui histórias informais, isso é importante
para a segunda onda;
● Existe uma dicotomia entre Harvard e Chicago;
○ Harvard admite com mais simpatia a intervenção do estado;
● EUA ainda é a principal economia do mundo, por isso em termos acadêmicos o
mainstream da teoria econômica é de lá;
● A segunda onda é mais teórica e começou nos anos 70;
● Três fatores levaram ao surgimento dessa onda:
○ Insatisfação em relação a análise empírica até ali;
○ OI era considerada pouco elegante (não formalizada);
○ Teoria dos jogos não cooperativos passou a dominar o instrumental teórico
para entender o conflito estratégico;
■ Não cooperativos pelo contexto de concorrência;
● Método e foco dos autores da 2ª
○ Agentes econômicos com racionalidade otimizadora (fala pouco sobre
racionalidade limitada);
○ Por isso a metodologia é neoclássica;
○ Se dedica ao oligopólio e acaba deixando a firma de lado, que também é
importante;
○ Nesse manuel não se fala de concorrência perfeita, o livro trata mercado, e
nesse caso é oligopólio;
○ O autor fala que a firma é objeto básico da análise, mas ele fala pouco sobre
a firma;
● Pré-requisitos para entender esse manual:
○ manuais básicos da graduação;
○ ler o Sherer;
■ Alguns falam que o Tirole é o Sherer formalizado;
○ Ler o Porter e sobre política antitruste;
○ Matemática: modelo de otimização sem restrição;
○ Teoria dos jogos;
● Definição de mercado, equilíbrio parcial e critério de bem-estar;
○ Dividir a micro como um todo em 3 áreas:
■ Micro neoclássica de manual: concorrência perfeita, com agentes
otimizadores;
■ Micro de OI neoclássica: mais complexa que nos métodos
tradicionais, mas o método de análise é igual ao anterior (foco em
oligopólio); Aqui consumidor ainda é tratado da mesma forma que na
micro neoclássica de manual!
■ Micro de OI heterodoxa: firma mais complexa, vão surgir novos
modelos para analisar a firma, e também oligopólio. Tudo de maneira
mais profunda. Não utiliza nada do modelo neoclássico.
● Micro de OI neoclássica:
○ Professor Cláudio Lucinda;
○ O que é a micro de OI hoje? O foco não é mais oligopólio;
■ Fala-se de tudo!
○ Qual a diferença da micro de manual?
■ Os dados tratados de forma empírica! Utiliza muita econometria.
Revisão da Teoria dos Jogos
● Como a micro de OI vai para realidade?
● Como usa Cournot e Bertrand na micro de OI;
● Teoria dos Jogos - REVISÃO VARIAN
○ Modelo de Bertrand: é focado em preço! Cada empresa forma seu preço de
acordo com que ela espera que outra empresa cobre;
○ Modelo de Cournot: empresa fixa quantidade que vai produzir;
○ Comparação entre os modelos:
○ Por que é confusa a maneira que o autor descreve a teoria: Ele fala que é
uma análise geral sobre estratégia, mas se é geral no sentido que serve para
vários temas, isso procede, mas se o autor quer dizer que a teoria explica
tudo sobre estratégia, então isso é falso, pois tem vários outros modelos que
analisam estratégia;
○ A teoria dos Jogos é apenas UMA da várias visões sobre estratégia;
● Estratégia dominante: ocorre quando o agente toma decisão e não se importa com a
decisão do outro agente;
● Equilíbrio de Nash: agente toma a decisão, dada a decisão de outro agente;
● É mais fácil ocorrer equilíbrio de Nash que Estratégia dominante;
● Equilíbrio de Nash se aplica a cournot e bertrand;
○ São casos especiais de Nash;
● É mais geral que outros equilíbrios;
● Um jogo pode ter vários equilíbrios de Nash, ou nenhum.
○ Quando não tem equilíbrio de Nash, pode-se utilizar estratégia mista.
● Dilema do prisioneiro: dois criminosos são interrogados separadamente;
○ ajuda a entender estratégia empresarial!
● Jogos simultâneos: todos jogam ao mesmo tempo;

AULA 17/05
VARIAN CAP. 36 - ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO
● Seleção adversa
● Ex. dos planos de saúde, se aumenta o número de segurados, reduz o risco de
seleção adversa;
● Seguro demais, não resolve pq os agentes vão tomar muito cuidado;
● As companhia não vão oferecer um seguro completo, um parte do risco vai para o
consumidor;
○ Por isso tem franquia;
○ Seguradora vai incentivar os comportamentos que reduzem risco;
● Ex do plano de saúde participativo: para que o consumidor não vá ao médico sem
motivo. Incentiva as pessoas a usarem menos o plano;
● Risco moral (ex -post);
● Seleção adversa (ex-ante);
● Política pública pode ser importante para diminuir risco moral;
○ Prof discorda do Varian;
● Informação oculta, o governo pode atuar?
○ Muito difícil, as iniciativas do setor privado são mais eficazes.
● Varian é radical e acha que o governo não pode atuar pra corrigir assimetria de
informação;
● Informação privilegiada é diferente de informação assimétrica;
● Nas falhas de mercado (todas elas) o governo deve atuar;


● Exemplo da China, regula mercado de forma que os outros países não conseguem
fazer;
○ Para incentivar carro com energia limpa, o registro do carro sai mais rápido;
● Marco do saneamento básico:
○ apenas acrescenta que o setor privado pode fazer;
O.I.- AZEVEDO
● Sessão 4- Teorias alternativas numa firma Complexa
● Aqui a firma é mais complexa que no Varian e no Pindyck
● A firma enquanto função de produção, ou firma da caixa preta. Esse é o modelo
neoclássico;
● Aborda 4 visões de firma:
○ Behaviorista: não dá pra resolver os problemas com racionalidade
otimizadora, procura soluções satisfatórias;
■ Pq o agente não consegue otimizar? Forte incerteza quanto às
variáveis relevantes (não tem base de cálculo);
■ Ex de lançamento de um produto novo.
○ Teoria da agência
○ Economia dos custos de transação
○ Teoria Evolucionista
● O professor fala que tem mais teorias da firma;
● Penrose fala sobre a teoria Gerencialista;
○ Visão baseada em recursos.
● Behaviorista
● O que o economista precisa saber sobre firma:
○ tipos de mercado no qual a firma atua (através de modelos e teorias)
○ dimensão produtiva/inovativa;
○ dimensão gerencial/contratual (relações contratuais das cadeias de produção
por ex); => Teoria dos Custos de Transação
● Esses elementos se conectam com três teorias de visão da firma:
○ Agência, Custos de transação e evolucionista;
● De acordo com o S. Winter duas teoria da firma são consideradas neoclássicas
(racionalidade otimizadora), e as outras são alternativas (racionalidade limitada);

AULA 31/05
● Continuação Azevedo
● Teoria da Agência
○ É de matriz teórica neoclássica;
○ Racionalidade otimizadora
○ Surgiu dentro do âmbito da micro de OI neoclássica;
○ O que diferencia da micro dos manuais?
■ que a informação não é completa!
○ Sempre supondo agentes auto interessados;
○ A informação tem custo;
○ Não vai ter ótimo de pareto;
○ Apenas alternativas para minorar os efeitos da assimetria de informação;
○ Muito fechada apenas na assimetria de informação (por isso a teoria dos
custos de transação é melhor, pq abrange mais);
○ É mais um modelo que uma teoria;
○ Tem muita utilidade na realidade, basta que tenha um agente mais informado
que o outro;
○ Dois atores:
■ Agente:transaciona com o principal e tem mais informações;
■ Principal: depende da informação do agente;
○ É diferente de informação privilegiada.
○ Risco Moral: informação oculta; (ex paciente e médico)
■ ação oculta: seguradora vs. segurado;
○ Seleção adversa: o problema ocorre antes da assinatura do contrato, e isso é
ruim pq tira os bons produtos do mercado;
■ Existem soluções como incentivo, garantia, etc; (são sinalizações)
● Economia dos Custos de Transação:
○ Williamson avança mais em relação à Coase;
■ focado em entender o que acontece dentro de uma organização;
○ Método de análise alternativo à teoria neoclássica;
○ O que determina o surgimento dos Custos de Transação?
○ E a partir do momento que ele existe, como medir?
○ Dois pressupostos comportamentais:
■ Oportunismo dos agentes: uma busca pelo auto interesse do agente,
que vai além, podendo o agente mentir ou enganar para atingir tal
objetivo; (uma situação limite)
■ Racionalidade limitada: o agente não consegue otimizar, e acaba
adotando soluções satisfatórias (busca esse conceito do Simon). A
racionalidade é limitada pq existe incerteza.
○ A firma é uma coleção de contratos;
○ Ex do atrito entre seres humanos;
○ Renegociação é constante, pq existe incerteza;
○ É uma abordagem contratual, e os contratos são incompletos;
○ O tamanho é variável e depende de três fatores:
■ Frequência: quanto maior menor será o CT;
■ Incerteza (tanto organizacional quanto macroeconômica): quanto
maior a incerteza, maior o CT;
■ Especificidade dos ativos: quanto maior, e quanto mais específico,
maior os CT;
○ Especificidade dos ativos: é decisivo na continuidade das transações. Ou
seja, depende do investimento específico para essa atividade. É uma
atividade relacional.
○ Ex de ativo específico: localização da Aracruz Imetame;
○ Ativo específico gera competitividade;
○ Se a produção é complexa gera desenvolvimento;
○ É diferente de sunk cost, pq ativos específicos tem relacionamento;
○ Willianson não fala de estratégia, mas a estratégia é fundamental para
entender sua obra, pois está implícita;
○ Existem três modos de efetivar uma transação:
■ Mercado: compra no mercado; (aumenta a eficiência, mas diminui o
controle)
■ Forma híbrida: contrato de longo prazo;
■ Firma (hierarquia): produz internamente; (reduz a eficiência, mas
aumenta o controle)
○ Quatro observações:
■ Instituições podem diminuir os CT; (Douglas North)
■ Para North, as regras do jogo são importantes para diminuir os CT;
■ Instituições importam (NEI)
■ Faltam estudos nessa área para o ES.
● Teoria Evolucionista
○ Schumpeter não era crítico da concentração de mercado, o autor aponta que
a fase inicial do capitalismo não era de concorrência perfeita;
○ Concentração gera escala, e escala produz com custo menor para a
sociedade e tem maior volume para inovação;
○ O progresso das massas depende da concentração, de acordo com
Schumpeter.
○ Evolução não quer dizer progresso;
○ Capitalismo nunca está estacionário, mudança constante;
○ O movimento da máquina capitalista para Schumpeter é devido à inovação;

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