Capítulo Ii: 2.1. Direito de Sindicalização Do Servidor Público
Capítulo Ii: 2.1. Direito de Sindicalização Do Servidor Público
Capítulo Ii: 2.1. Direito de Sindicalização Do Servidor Público
Carlos Henrique Bezerra Leite (2001 apud Moraes M., 2012, p. 135)
também conclui que “[...] enquanto não for editada a referida lei específica para
regular o exercício do direito de greve do servidor público, mostra-se perfeitamente
aplicável, por analogia, a atual Lei (específica) de Greve (Lei 7.783/89)”. Ademais,
não há distinção formal entre lei ordinária e lei específica, inclusive no que tange aos
trâmites legislativos para aprovação destas modalidades normativas, já que a
expressão “lei específica” sequer está prevista no artigo 59 da Constituição, que
dispõe sobre a elaboração do processo legislativo.
Segundo Carvalho (2005, p. 86), enquanto não sobrevier a
regulamentação do inciso VII do art. 37 da Constituição, o direito de greve no serviço
público poderá ser exercido nos termos da Lei 7783/89.
Sayão Romita (1993 apud Carvalho, 2005, pp. 85-86) também
entende que, enquanto a lei não for promulgada, o direito de greve deve ser
exercido, por analogia, nos termos da Lei 7783/89, principalmente em relação aos
serviços essenciais para suprir as necessidades inadiáveis da comunidade.
Canotilho, examinando essa questão, assim leciona:
[...] o direito de greve dos servidores é um princípio-garantia, pois objetiva
instituir direta e imediatamente uma garantia dos servidores, assim, atribui-
se uma densidade de autêntica norma jurídica e uma força determinante a
este princípio-garantia, positiva (dimensão deôntica) e negativa (em termos
amplos, a capacidade de derrogar normas infraconstitucionais que
conflitam com a mesma). (CANOTILHO, 1996 apud MORAES M., 2012, p.
131)