Plano Diretor Jundiai
Plano Diretor Jundiai
Plano Diretor Jundiai
ÍNDICE**
TÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS.............................................................................6
TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS.....................................................................7
TÍTULO III – DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
TERRITORIAL. ..........................................................................................................................10
CAPÍTULO I – DOS INSTRUMENTOS DO SISTEMA................................................10
CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DO SISTEMA.......................................................11
CAPÍTULO III – DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PROCESSO DE
PLANEJAMENTO E GESTÃO.......................................................................................13
..........Seção I – Da Conferência Municipal da Cidade.........................................................13
..........Seção II – Do Conselho Municipal de Política Territorial – CMPT...........................14
..........Seção III – dos Conselhos Regionais de Participação – CRP.....................................18
..........Seção IV – Das Audiências Públicas..........................................................................18
..........Seção V – Da Iniciativa Popular de Planos, Programas e Projetos.............................19
Seção VI – Da Iniciativa Popular de Projetos de Lei, do Plebiscito e Referendo.......19
..........Seção VII – Das Assembleias Territoriais de Política Territorial...............................20
..........Seção VIII – Dos Instrumentos de Promoção da Cidadania.......................................20
..........Seção IX – Do Fórum Anual de Avaliação do Plano Diretor.....................................21
CAPÍTULO IV – DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL.................................................................................................................21
..........Seção I – Da Destinação de Recursos do FMDT........................................................23
..........Seção II – Da Administração do FMDT.....................................................................23
CAPÍTULO V – DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES, MONITORAMENTO
E AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR........................................................................25
TÍTULO IV – DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, DOS PLANOS E INSTRUMENTOS DE
GESTÃO. . ....................................................................................................................................27
CAPÍTULO I – DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
SUSTENTÁVEL................................................................................................................27
*
Esta compilação foi elaborada pela Câmara Municipal de Jundiaí com a finalidade de facilitar a consulta
por munícipes e demais interessados. Ela não substitui as leis publicadas na Imprensa Oficial do
Município.
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Índice inexistente na lei original. Adicionado nesta compilação para facilitar as consultas.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 2)
1
Houve um erro de redação, com repetição dessa numeração.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 6)
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1o. Esta Lei institui o Plano Diretor do Município de Jundiaí, instrumento básico da
política de desenvolvimento urbano, conforme as diretrizes da Constituição Federal de 1988 e
da Lei Federal n.º 10.257, de 10 de julho de 2001 – denominada de Estatuto da Cidade e dos
arts. 135 a 139 da Lei Orgânica de Jundiaí.
Art. 2o. Este Plano Diretor abrange o território do Município e dispõe sobre:
I – os princípios orientadores da Política de Desenvolvimento Urbano e Rural;
II – as articulações do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Territorial;
III – as diretrizes para Políticas Públicas, Planos e Instrumentos de Gestão;
IV – o ordenamento territorial;
V – o parcelamento do solo para fins urbanos;
VI – a regularização fundiária de assentamentos urbanos;
VII – as infrações e penalidades.
Art. 3o. O Plano Diretor servirá de referência, durante sua vigência, para a elaboração:
I – dos Planos Plurianuais – PPA;
II – das Leis de Diretrizes Orçamentárias – LDO;
III – das Leis Orçamentárias Anuais – LOA;
IV – dos Programas de Metas;
*
Esta compilação foi elaborada pela Câmara Municipal de Jundiaí com a finalidade de facilitar a consulta
por munícipes e demais interessados. Ela não substitui as leis publicadas na Imprensa Oficial do
Município.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 7)
TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS
TÍTULO III
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL
Art. 6o. Fica criado o Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Territorial – SMPGT,
mediante a instituição de estruturas e processos democráticos e participativos que visam ao
desenvolvimento contínuo e dinâmico do planejamento e gestão da Política Urbana e Rural.
Parágrafo único. O SMPGT será coordenado pela Unidade de Gestão de Planejamento
Urbano e Meio Ambiente, em articulação com outros sistemas municipais e com os demais
órgãos públicos e a participação dos Conselhos Municipais.
CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS DO SISTEMA
Art. 7o. São instrumentos do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, além
do Plano Diretor:
I – Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e Lei Orçamentária
Anual – LOA;
II – Planos Setoriais de políticas urbano-ambientais;
III – Código de Obras e Edificações;
IV – Código de Posturas Municipais;
V – Planos de Bairros.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 11)
§ 1o. O PPA, bem como o Anexo do Plano de Metas de Governo, previsto no art. 73-A da Lei
Orgânica do Município, a LDO e LOA são instrumentos administrados pela Unidade de
Gestão de Governo e Finanças – UGGF.
§ 2o. A legislação e os planos citados neste artigo deverão incorporar os objetivos e ações
prioritárias estabelecidas nesta Lei, respeitadas as restrições legais, técnicas, orçamentárias e
financeiras.
§ 3o. A partir da data de aprovação desta Lei, deverão ser desenvolvidos os Planos de Bairro
pela Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente – UGPUMA, em
articulação com os demais órgãos públicos e com a participação do Conselho Municipal de
Política Territorial, dos Conselhos Regionais e da população local, a fim de proceder ao
levantamento de dados, à identificação das prioridades da região e à avaliação das propostas.
§ 4o. Cada Plano de Bairro deverá ser elaborado em até 12 (doze) meses e instituído por
legislação municipal, que definirá diretrizes para o sistema de mobilidade urbana e parâmetros
específicos de uso e ocupação do solo.
§ 5o. A elaboração das leis de planejamento e orçamento serão precedidos da realização de
debates, audiências e consultas públicas, nos termos da alínea “f” do inciso III do art. 4o e art.
44 da Lei Federal n.º 10.257, de 10 de julho de 2001, visando incorporar as diretrizes, os
objetivos e as metas definidos nesta Lei.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS DO SISTEMA
meio dos órgãos públicos da Administração Direta e Indireta, das instâncias de participação
popular e do Sistema Integrado de Informações Municipais.
CAPÍTULO III
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PROCESSO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Art. 9o. Fica assegurada a participação direta da população em todas as fases do processo de
planejamento e gestão da Política de Desenvolvimento Territorial de Jundiaí, mediante as
seguintes instâncias de participação:
I – Conferência Municipal da Cidade;
II – Conselho Municipal de Política Territorial – CMPT;
III – Conselhos Regionais de Participação – CRP;
IV – Audiências públicas;
V – Iniciativa popular na proposição de planos, programas e projetos urbanos e rurais;
VI – Iniciativa popular na proposição de Projetos de Lei, do Plebiscito e Referendo;
VII – Assembleias Territoriais de Política Territorial;
VIII – Instrumentos de Promoção da Cidadania;
IX – Fórum Anual de Avaliação do Plano Diretor.
Parágrafo único. A participação dos munícipes em todo processo de planejamento e gestão
da cidade será baseada na informação plena, disponibilizada pelo Município com a devida
antecedência, garantindo o acesso público, a transparência, e os preceitos da gestão
democrática, ressalvadas as informações protegidas pelo sigilo nos moldes da lei.
Seção I
Da Conferência Municipal da Cidade
Art. 10. A Conferência Municipal da Cidade de Jundiaí será convocada pelo Executivo e
realizada observando as diretrizes dos Governos Federal e Estadual.
§ 1o. Compete à Conferência Municipal da Cidade:
I – discutir as pautas nacional, estadual e regional propostas para a Política de
Desenvolvimento Urbano;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 14)
Seção II
Do Conselho Municipal de Política Territorial – CMPT
Art. 11. O Conselho Municipal de Política Territorial – CMPT é o órgão colegiado de caráter
consultivo e deliberativo em matéria de política urbana e rural, e nas questões relacionadas à
sua organização e funcionamento, vinculado à estrutura da UGPUMA, e que tem por
finalidade a formulação, o estabelecimento, o acompanhamento, o controle e a avaliação da
Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural, conforme dispõe a Lei Federal n.º
10.257, de 10 de julho de 2001.
Art. 12. O CMPT terá composição tripartite, contando com 36 (trinta e seis) membros
titulares e respectivos suplentes, representantes do Poder Público e da sociedade civil na
seguinte conformidade:
I – 12 (doze) membros representantes de órgãos do Poder Público indicados pelo Prefeito,
devendo contemplar, no mínimo, representantes dos seguintes órgãos:
a) Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente – UGPUMA;
b) Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos – UGISP;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 15)
Seção III
Dos Conselhos Regionais de Participação – CRP
Art. 15. Os Conselhos Regionais de Participação – CRP serão criados e organizados pelo
Conselho Municipal de Política Territorial – CMPT, e serão reconhecidos por ato do
Executivo, com base na regionalização definida no Mapa 9 do Anexo I desta Lei.
§ 1o. Cada um dos CRP será composto por, no mínimo, 5 (cinco) e, no máximo,
12 (doze) membros titulares, além dos suplentes, com a condição de que sejam moradores das
respectivas regiões e eleitos pelos próprios moradores.
§ 2o. O CRP deliberará sobre assuntos referentes à sua região e poderá propor ao CMPT
alterações no Plano Diretor no que tange às demandas regionais.
Seção IV
Das Audiências Públicas
Art. 16. O Executivo realizará audiência pública visando à discussão de projetos e ações de
política urbana, rural e ambiental, bem como a gestão orçamentária participativa, devendo ser
previamente divulgada, da forma mais ampla possível, com informações sobre o tema, a data,
o horário e o local de sua realização.
§ 1o. O Executivo terá representantes em audiências públicas com a incumbência de expressar
os interesses do Município, por ocasião do processo de licenciamento de empreendimentos e
atividades públicas e privadas de impacto urbanístico ou ambiental para os quais sejam
exigidos estudos e relatórios de impacto ambiental.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 19)
§ 2o. O procedimento para realização das audiências públicas de que trata este artigo será
regulamentada por decreto do Poder Executivo.
§ 3o. Todos os documentos relativos ao tema da audiência pública, tais como estudos, plantas,
planilhas e projetos, serão colocados à disposição de qualquer interessado para exame e
extração de cópias, inclusive por meio eletrônico e em formato aberto, na forma do
regulamento.
§ 4o. As atas produzidas em audiência pública deverão ser registradas para acesso e
divulgação públicos em até 30 (trinta) dias da sua realização e deverão constar no respectivo
processo administrativo, no qual o Poder Executivo indicará as medidas adotadas em função
das opiniões e manifestações colhidas junto à população.
Seção V
Da Iniciativa Popular de Planos, Programas e Projetos
Seção VI
Da Iniciativa Popular de Projetos de Lei, do Plebiscito e Referendo
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 20)
Art. 18. A iniciativa popular de projetos de lei, o plebiscito e o referendo ocorrerão nos
termos da legislação federal pertinente, da Lei Orgânica do Município e demais legislações
pertinentes.
Seção VII
Das Assembleias Territoriais de Política Territorial
Seção VIII
Dos Instrumentos de Promoção da Cidadania
Art. 20. O Poder Executivo promoverá atividades de formação para os munícipes, por meio
de palestras, cursos, seminários e oficinas, com o objetivo de ampliar a troca de informação
sobre as políticas de desenvolvimento urbano e rural, favorecendo seu contínuo
aperfeiçoamento.
§ 1o. As atividades de formação serão planejadas em conjunto com os representantes dos
conselhos setoriais e deverão ser organizadas, no mínimo, uma vez por ano,
preferencialmente, antecedendo a discussão do orçamento municipal e o Fórum Anual de
Avaliação do Plano Diretor.
§ 2o. O Poder Executivo implantará um Programa de Formação Continuada em Políticas
Públicas, destinado a promover a capacitação de servidores e membros dos Conselhos
Municipais.
§ 3o. O Poder Executivo deverá organizar um cadastro de munícipes atuantes nas instâncias de
participação social, a partir das listas de presença dos eventos, que poderá ser utilizado para
divulgação das atividades da comunidade nos diferentes momentos do processo de
planejamento e gestão das políticas urbanas.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 21)
Seção IX
Do Fórum Anual de Avaliação do Plano Diretor
Art. 21. O Conselho Municipal de Política Territorial, com apoio da Unidade de Gestão de
Planejamento Urbano e Meio Ambiente, organizará anualmente o Fórum de Avaliação do
Plano Diretor, aberto à participação de todos os cidadãos.
§ 1o. O Fórum indicará a necessidade de ajustes no Sistema Municipal de Planejamento e
Gestão Territorial – SMPGT e no próprio Plano Diretor.
§ 2o. O Fórum não será organizado no ano em que houver a Conferência da Cidade.
§ 3o. As indicações do Fórum do Plano Diretor serão encaminhadas para a UGPUMA, que as
apresentará no processo de elaboração da LDO e da LOA.
CAPÍTULO IV
DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Art. 22. O Fundo Municipal de Desenvolvimento Territorial – FMDT – criado pela Lei n.º
8.683, de 7 de julho de 2016, passa a ser regido nos termos desta lei, sendo constituído de
recursos provenientes de:
I – dotações orçamentárias e créditos adicionais suplementares a ele destinados;
II – repasses ou dotações de origem orçamentária da União ou do Estado;
III – transferências de instituições privadas;
IV – contribuições ou doações do exterior;
V – contribuições ou doações de pessoa física;
VI – receitas provenientes da utilização de bens públicos, previstas em legislação específica,
tais como edificações, solo, subsolo, e espaço aéreo, desde que não afetados a programas
Habitacionais de Interesse Social;
VII – receitas provenientes da Concessão do Direito Real de Uso de áreas Públicas, exceto
nas Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS;
VIII – receitas provenientes da conversão de pagamento em pecúnia de Área de Equipamento
Urbano Comunitário – AEUC, em projetos de parcelamento do solo;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 22)
Seção I
Da Destinação de Recursos do FMDT
Art. 23. Os recursos do FMDT serão aplicados com base nas diretrizes, nos objetivos,
programas e projetos urbanísticos e ambientais integrantes ou decorrentes desta Lei, e terão
como referências o PPA e as leis orçamentárias, de acordo com as seguintes prioridades:
I – execução de programas e projetos de habitação de interesse social, incluindo a
regularização fundiária e a aquisição de imóveis para constituição de reserva fundiária;
II – ordenamento e direcionamento da expansão urbana, incluindo infraestrutura;
III – sistema de transporte coletivo público, sistema cicloviário e sistema de circulação de
pedestres;
IV – requalificação de eixos ou polos de centralidade;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários, mobiliários urbanos e espaços
públicos de lazer e áreas verdes e ações decorrentes da implementação da Política da Criança;
VI – proteção e recuperação de bens e áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico,
incluindo o financiamento de obras em imóveis públicos;
VII – criação de unidades de conservação, implantação de parques lineares ou proteção de
outras áreas de interesse ambiental;
VIII – aquisição de áreas de interesse especial para a preservação e conservação dos recursos
naturais;
IX – investimentos em infraestrutura urbana e equipamentos urbanos e comunitários
decorrentes de projetos de regularização fundiária de interesse social;
X – complementação do SIIM, através da implementação de ferramentas de
geoprocessamento;
XI – investimentos referentes às medidas mitigadoras ou compensatórias previstas no Estudo
de Impacto de Vizinhança e no Relatório de Impacto de Trânsito, conforme esta Lei.
§ 1o. É vedada a aplicação dos recursos financeiros do FMDT em despesas de custeio e
projetos, ressalvadas aquelas relacionadas com a elaboração de projetos destinados a
execução das obras e intervenções de que trata o caput.
§ 2o. Despesas com gerenciamento de obras ou elaboração de projetos ficam limitadas no
máximo ao valor de 10% (dez por cento) do destinado pelo FMDT para cada obra ou projeto.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 24)
Seção II
Da Administração do FMDT
Art. 24. O FMDT terá como agente operador a Unidade de Gestão de Governo e Finanças –
UGGF, à qual caberá:
I – abrir e manter uma ou mais contas bancárias específicas em instituição financeira pública;
II – efetuar e controlar as liquidações financeiras de entradas e saídas dos recursos do Fundo;
III – manter aplicados os recursos em fundo de investimento de carteira predominantemente
constituída por ativos derivados da emissão de títulos públicos, ou outro fundo com perfil de
risco mais baixo;
IV – elaborar os relatórios contábeis de prestação de contas;
V – elaborar regulamento de uso dos recursos e prestar toda e qualquer informação solicitada
pelo CMPT, pelo agente executor e pelos órgãos fiscalizadores pertinentes, tal como o
Tribunal de Contas do Estado ou equivalente.
Art. 25. O FMDT terá como agente executor a Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e
Meio Ambiente – UGPUMA, à qual caberá:
I – executar periodicamente as ações integrantes do PPA e das leis orçamentárias;
II – acompanhar o controle dos recursos junto ao gestor operacional;
III – prestar quaisquer esclarecimentos pertinentes ao FMDT;
IV – elaborar o plano de aplicação de recursos financeiros do FMDT, que deverá ser
apreciado pelo CMPT.
§ 1o. O FMDT contará com o apoio técnico e operacional da Secretaria Executiva do CMPT,
se necessário.
§ 2o. Além do plano anual de aplicação de recursos, a Secretaria Executiva deverá encaminhar
ao CMPT, anualmente, relatório detalhado dos recursos e das respectivas aplicações
realizadas no período.
§ 3o. O CMPT deverá analisar e emitir parecer, anualmente, sobre a prestação de contas do
exercício anterior, garantindo sua publicação no sítio eletrônico oficial da Prefeitura.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 25)
CAPÍTULO V
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO
PLANO DIRETOR
Art. 26. O Poder Executivo deverá implementar e manter o Sistema Integrado de Informações
Municipais – SIIM de forma unificada, mantendo-o atualizado permanentemente com
informações sociais, culturais, econômicas, financeiras, patrimoniais, administrativas, físico-
territoriais, inclusive cartográficas e geológicas, ambientais, imobiliárias e outras de relevante
interesse para o Município, necessariamente georreferenciadas em meio digital.
Parágrafo único. O SIIM deverá atender aos princípios da simplificação, economicidade,
eficácia, clareza, precisão e segurança, evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para
fins idênticos, bem como da democratização, publicização e disponibilização das
informações, em especial as relativas ao processo de implementação, controle e avaliação do
Plano Diretor.
Art. 27. O SIIM adotará como unidade territorial básica o lote ou a gleba.
§ 1o. Poderão ser realizados agrupamentos das unidades territoriais básicas referidas no caput,
gerando áreas maiores de acordo com a necessidade de cada análise e seus produtos.
§ 2o. O SIIM será disponibilizado pela rede municipal de internet, de acesso livre e público.
§ 3o. O SIIM consistirá na integração de cadastros públicos para a consolidação de um
cadastro territorial multifinalitário, em ambiente corporativo e com a utilização de recursos
tecnológicos adequados, articulando o acesso às informações de natureza imobiliária,
tributária, judicial, patrimonial, ambiental e outras de interesse para a gestão municipal,
inclusive pela atualização dos planos, programas e projetos pelos órgãos e entidades da
Administração Indireta.
§ 4o. O SIIM deverá contar com ferramentas para o gerenciamento das atividades do
Município, e oferecer indicadores de qualidade dos serviços públicos, da infraestrutura
instalada e dos demais temas pertinentes a serem atualizados e publicados anualmente
gerando Redes Municipais específicas, visando potencializar a abrangência e resultados de
sua ação.
§ 5o. O SIIM buscará, progressivamente, permitir:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 26)
TÍTULO IV
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, DOS PLANOS E INSTRUMENTOS DE GESTÃO
CAPÍTULO I
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 28)
Seção I
Da Ciência, Tecnologia e Emprego
Seção II
Da Economia Criativa
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL, ABASTECIMENTO E
TURISMO
I – Planos:
a) Plano Municipal de Turismo;
b) Plano Municipal de Desenvolvimento Rural - PMDR;
c) Plano Municipal de Abastecimento e Segurança Alimentar;
d) Plano Municipal de Recursos Hídricos e Mananciais;
II – Programas de execução continuada:
a) Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais;
b) Programa Municipal de Apoio ao Agronegócio de Jundiaí;
c) Programa Municipal de Saneamento Rural;
d) Programa Municipal Campo Limpo;
e) Programa Municipal de Monitoramento da Fertilidade e Conservação do Solo;
III – Instrumentos de gestão ambiental:
a) IPTU Verde;
b) Termo de Compromisso e de Adequação Ambiental - TCAA;
c) Subvenção de seguro agrícola;
d) Serviço de Inspeção Municipal.
Seção I
Dos Planos
Subseção I
Do Plano Municipal de Turismo
Art. 40. O Plano Municipal de Turismo, aprovado pela Lei n.º 8.569, de 28 de dezembro de
2015, reúne diretrizes, metas e programas estabelecidos para o desenvolvimento integral do
turismo regional.
Parágrafo único. A principal diretriz do Plano é converter Jundiaí em uma referência em
turismo de maneira sustentável, posicionando a cidade como um destino turístico consolidado
e sustentável, com qualidade e diversidade de infraestrutura, atrativos e produtos capazes de
garantir a competitividade da cidade dentro dos padrões internacionais, ampliando, com isso,
o fluxo turístico local, por meio da valorização da cultura, tradições, patrimônio natural e rural
do município.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 33)
Subseção II
Do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural
Art. 44. O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural – PMDR tem por objetivo
diagnosticar o meio rural e delinear as diretrizes de trabalho para promover o
desenvolvimento rural sustentável do Município e deverá conter, no mínimo:
I – diagnóstico socioambiental, econômico e cultural da área rural do Município, com
espacialização dos usos agrícolas e não agrícolas;
II – caracterização das cadeias produtivas existentes e identificação de cadeias produtivas
potenciais, bem como as necessidades para a promoção de seu desenvolvimento;
III – orientações para a destinação de recursos do FMDT e a celebração de parcerias para
garantir o desenvolvimento rural.
§ 1o. O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural deverá orientar todas as ações e
programas voltados ao agronegócio fomentados pela Administração Municipal, demais
órgãos públicos e outras instituições envolvidas neste contexto.
§ 2o. O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural será elaborado de forma participativa pela
Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo, com o acompanhamento do
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, no prazo de 12 (doze) meses da data da
publicação desta Lei.
Subseção III
Do Plano Municipal de Abastecimento e Segurança Alimentar
Art. 45. O Plano Municipal de Abastecimento e Segurança Alimentar será elaborado pela
Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo com base no Plano Municipal
de Desenvolvimento Rural, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses da data de publicação deste
Plano.
§ 1o. O Plano Municipal de Abastecimento e Segurança Alimentar deverá conter o Programa
Municipal de Alimentação Escolar - PMAE, tornando prioritária a aquisição de alimentos dos
agricultores locais e/ou de suas respectivas organizações para a merenda escolar.
§ 2o. O Município promoverá ampla divulgação do PMAE, de forma a incentivar os
agricultores locais a participar das chamadas públicas para fornecimento de alimentos.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 35)
Seção II
Dos Programas de Prestação Continuada
Subseção I
Do Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais
Art. 46. O Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais, criado pela Lei n.º
9.116, de 14 de dezembro de 2018, visa à conservação e recuperação dos mananciais do
Município e o incremento dos serviços ambientais relacionados com a disponibilidade e
qualidade da água, recuperação e conservação de paisagens naturais, proteção da
biodiversidade e manutenção da qualidade ambiental do Município.
§ 1o. O pagamento por serviços ambientais consiste em retribuição, monetária ou não, aos
proprietários ou legítimos possuidores com justo título que utilizam imóveis inseridos em
ecossistemas provedores de serviços ambientais, de modo a manter, estabelecer ou recuperar
esses ecossistemas provedores de tais serviços, de acordo com a disponibilidade orçamentária.
§ 2o. Os critérios para a seleção dos beneficiários do programa de pagamento por serviços
ambientais, bem como para a avaliação do montante a ser pago a cada propriedade e a forma
de pagamento são os estabelecidos em lei específica.
§ 3o. O pagamento por serviços ambientais ocorrerá de acordo com a disponibilidade
orçamentária.
Subseção II
Dos Demais Programas de Execução Continuada
Art. 47. Com o objetivo de proteger a qualidade do solo e das águas, serão desenvolvidos os
demais programas de execução continuada:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 36)
Seção III
Dos Instrumentos de Gestão Ambiental
Subseção I
Do IPTU Verde
Art. 48. O IPTU verde consiste na concessão de benefícios fiscais, definidos em legislação
específica, para imóveis que adotem as seguintes práticas:
I – sistema de captação de água da chuva para reuso;
II – sistemas de reuso de água;
III – sistemas hidráulico solar, elétrico solar e de energia eólica;
IV – utilização de material sustentável em construções;
V – manutenção de altos índices de permeabilidade e de área verde no imóvel;
VI – calçadas arborizadas;
VII – horta urbana;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 37)
Subseção II
Do Termo de Compromisso e de Adequação Ambiental – TCAA
Subseção III
Da Subvenção de Seguro Agrícola
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 38)
Art. 50. O Município poderá instituir, por meio de legislação específica, subvenção de seguro
agrosilvopastoril para produtores rurais com a finalidade de fomentar essa atividade e
minimizar eventuais perdas do capital investido na produção de culturas protegidas.
Subseção IV
Do Serviço de Inspeção Municipal – SIM
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA AMBIENTAL E DO SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 39)
Seção I
Da Política Ambiental
Art. 55. Os instrumentos de gestão ambiental do Município são aqueles previstos nas
legislações federal, estadual e municipal de acordo com as peculiaridades locais.
Seção II
Do Plano Municipal Ambiental
Art. 56. O Plano Municipal Ambiental deverá ser elaborado pela Unidade de Gestão de
Planejamento Urbano e Meio Ambiente no prazo de 18 (dezoito) meses da data da publicação
desta Lei, e estabelecerá as diretrizes para a atuação do governo municipal orientadas para o
alcance dos seguintes objetivos:
I – promover a arborização urbana;
II – implementar a gestão de mananciais e de bacias hidrográficas;
III – buscar a conservação e recuperação de remanescentes florestais da Mata Atlântica e do
Cerrado;
IV – prevenir e combater incêndios florestais;
V – avaliar periodicamente o Plano de Manejo da Reserva Biológica Municipal da Serra do
Japi, criada pela Lei n.º 3.672, de 10 de janeiro de 1991, com alterações posteriores;
VI – articular com Municípios e órgãos estaduais visando à criação de Corredores Ecológicos
para interligar áreas de conservação e ilhas de habitat e à elaboração de um plano regional de
preservação da Serra do Japi.
Seção III
Do Sistema de Áreas Protegidas, Espaços Livres e Áreas Verdes
Art. 57. O Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres é constituído pelo
conjunto de áreas públicas e privadas não ocupadas por edificações cobertas, que cumprem
função ecológica, social, paisagística, produtiva ou de infraestrutura urbana, e podem se
enquadrar nas diversas categorias protegidas pela legislação ambiental e diferentes tipologias
de parques, ou prestar relevantes funções ambientais, ecológicas, urbanas e sociais.
Art. 58. São componentes do Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e
Espaços Livres:
I – Unidades de Conservação que compõem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 42)
III – delimitar áreas prioritárias, visando a criação de corredores ecológicos; de acordo com o
projeto “Biota Fapesp” e de acordo com o Plano Diretor de Recomposição Florestal dos
Comitês das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí;
IV – criar instrumentos legais destinados a estimular parcerias entre os setores públicos e
privado para implantação e manutenção de espaços livres e áreas verdes;
V – recuperar espaços livres e áreas verdes degradadas de importância paisagístico-ambiental;
VI – proteger e recuperar as APPs;
VII – promover ações de recuperação ambiental e de ampliação de áreas permeáveis e
vegetadas nas áreas de fundos de vale e em cabeceiras de drenagem e planícies aluviais;
VIII – apoiar a regularização das áreas de Reserva Legal nas propriedades rurais;
IX – incentivar e apoiar a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN
municipal;
X – adotar mecanismos de compensação ambiental para aquisição de imóveis destinados a
implantação de áreas verdes públicas e de ampliação das áreas permeáveis;
XI – conservar áreas permeáveis, com vegetação significativa em imóveis urbanos e rurais;
XII – apoiar e incentivar a agricultura urbana nos espaços livres;
XIII – renaturalizar e/ou recuperar margens de rios e córregos;
XIV – priorizar o uso de espécies nativas na arborização urbana;
XV – sistematizar e qualificar as áreas livres públicas conformando uma rede bem distribuída
no território, aumentando o bem estar da sociedade através da ampliação das áreas de uso
social e da mobilidade ativa e da minimização dos efeitos negativos da urbanização, como as
enchentes e alagamentos, a poluição do ar, o aumento de temperatura, entre outros;
XVI – proteger os espaços vazios intersticiais, não construídos, de modo a garantir a fruição
da paisagem, construída ou não.
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE SANEAMENTO BÁSICO
Art. 61. Considera-se saneamento o conjunto de ações voltadas para saúde pública e proteção
ao meio ambiente, compreendendo:
I – o abastecimento de água em quantidade suficiente para assegurar a higiene adequada e o
conforto e com qualidade compatível com os padrões de potabilidade;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 44)
Seção I
Do Sistema de Abastecimento de Água
Seção II
Do Sistema de Esgotamento Sanitário
Seção III
Do Sistema de Drenagem
V – implementar a fiscalização do uso do solo nas faixas sanitárias, várzeas e fundos de vale e
nas áreas destinadas à futura construção de reservatórios;
VI – definir mecanismos de fomento para usos do solo compatíveis com áreas de interesse
para drenagem, tais como parques lineares, área de recreação e lazer, hortas e manutenção da
vegetação nativa;
VII – desenvolver projetos de drenagem que considerem, entre outros aspectos, o
amortecimento de vazões de cheia, a mobilidade de pedestres e portadores de deficiência
física, a paisagem urbana e o uso para atividades de lazer;
VIII – adotar critérios urbanísticos e paisagísticos que possibilitem a integração harmônica
das infraestruturas com o meio ambiente urbano;
IX – promover a participação social da população no planejamento, implantação e operação
das ações de drenagem e de manejo das águas pluviais, em especial na minoração das
inundações e alagamentos;
X – promover a participação da iniciativa privada na implementação das ações propostas,
desde que compatível com o interesse público.
Seção IV
Do Sistema de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana
Art. 68. São diretrizes específicas do Sistema de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e
Limpeza Urbana:
I – seguir as diretrizes e determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída
pela legislação federal;
II – garantir o direito de toda a população, inclusive dos assentamentos não urbanizados, à
equidade na prestação dos serviços regulares de coleta de lixo;
III – promover ações que visem minorar a geração de resíduos;
IV – estimular a população, por meio da educação, conscientização e informação, para a
participação na minimização dos resíduos, gestão e controle dos serviços;
V – garantir metas e procedimentos de reintrodução crescente no ciclo produtivo dos resíduos
recicláveis, tais como metais, papéis e plásticos, e a compostagem de resíduos orgânicos;
VI – promover a inclusão socioeconômica dos catadores de material reciclável e dar subsídios
à sua ação;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 48)
CAPÍTULO V
DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE MOBILIDADE
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 49)
Art. 69. Entende-se por Sistema de Mobilidade Urbana a articulação e integração dos
componentes estruturadores da mobilidade, modos de transporte, serviços, equipamentos,
infraestruturas e instalações operacionais, de forma a assegurar ampla mobilidade às pessoas e
transporte de cargas pelo território, bem como a qualidade dos serviços, a segurança e a
proteção à saúde de todos os usuários e a melhor relação custo-benefício social e ambiental.
Parágrafo único. O sistema de mobilidade urbana será definido no Plano Municipal de
Mobilidade, a ser elaborado no prazo máximo de 18 (dezoito) meses, a partir da publicação
desta Lei.
Art. 70. São objetivos da Política de Mobilidade:
I – melhoria das condições de mobilidade da população, com conforto, segurança e
modicidade, garantindo a acessibilidade plena às pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida em todo o sistema de circulação de pedestres;
II – garantia de prioridade para a acessibilidade, circulação de pedestres e ciclistas, pessoas
com necessidades especiais e mobilidade reduzida sobre o transporte motorizado, exceto nas
vias de desenvolvimento regional;
III – aumento da participação do transporte público coletivo e não motorizado na divisão
modal;
IV – garantia de prioridade do transporte coletivo sobre o individual;
V – estímulo à substituição gradual da frota de veículos, especialmente aqueles utilizados no
transporte coletivo, por novos menos poluentes ou movidos por fontes de energias limpas e
renováveis;
VI – promoção da integração do sistema de transporte coletivo municipal com os outros
modais;
VII – estímulo aos deslocamentos de curta distância e mais rápidos;
VIII – melhoria das condições de mobilidade na zona rural, com sistema cicloviário e ciclável
rural, adequando sempre que possível às condições de acessibilidade de pedestres;
IX – implantação de suportes para transporte de bicicletas em pontos de estacionamento e
aluguel de bicicletas próximos dos terminais de ônibus;
X – melhoria das condições de circulação das cargas no Município, com definição de horários
e caracterização de veículos e tipos de carga;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 50)
VIII – induzir uma política para qualificar o aeroporto e a ferrovia situados no Município, que
se consubstancie num Plano Aeroportuário e Ferroportuário Regional, buscando integração
com o transporte coletivo local;
IX – promover ampla participação de setores da sociedade civil em todas as fases do
planejamento e gestão da mobilidade urbana.
Art. 72. São componentes do Sistema de Mobilidade:
I – Sistema de circulação de pedestres;
II – Sistema viário, cicloviário e ciclável rural;
III – Sistema de transporte coletivo público;
IV – Sistema de transporte coletivo privado;
V – Sistema de logística e transporte de carga.
Seção I
Do Sistema de Circulação de Pedestres
Art. 73. O Sistema de Circulação de Pedestres é definido como o conjunto de vias e estruturas
físicas destinadas à circulação de pedestres, sendo composto por:
I – calçadas;
II – vias de pedestres (calçadões);
III – faixas de pedestres e lombofaixas;
IV – transposições e passarelas;
V – sinalização específica.
Parágrafo único. O Sistema de Circulação de Pedestres visa garantir os deslocamentos das
pessoas pela cidade por meio da mobilidade a pé, devendo ser contínuo, acessível, seguro,
confortável, e ter conectividade com o sistema de transporte público coletivo para viabilizar o
acesso dos cidadãos à toda a infraestrutura urbana.
Seção II
Do Sistema Viário, Cicloviário e Ciclável Rural
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 52)
Art. 74. O Sistema Viário, Cicloviário e o Ciclável Rural é definido como o conjunto de vias
e estruturas físicas destinadas à circulação veículos motorizados, bicicletas e outros modos de
transporte não motorizado, sendo composto por:
I – vias destinadas ao trânsito de veículos motorizados e de pedestres, podendo incluir
ciclovias e/ou ciclofaixas;
II – ciclovias: via ou parte da via destinadas exclusivamente à circulação de bicicletas e
totalmente segregada da circulação de veículos automotores;
III – ciclofaixas: constituídas faixa da via destinada exclusivamente à circulação de bicicletas
e veículos não motorizados;
IV – ciclorrotas: vias sinalizadas indicando os melhores caminhos para se trafegar de
bicicleta, podendo passar por trechos com infraestrutura cicloviária ou não;
V – vias acalmadas: vias onde a velocidade máxima permitida é de 30 km/h, possibilitando o
compartilhamento do espaço de circulação por bicicletas e veículos automotores;
VI – estradas parque;
VII – transposições e passarelas;
VIII – sinalização específica;
IX – bicicletários e paraciclos.
§ 1o. Os eixos prioritários para implantação de infraestrutura cicloviária estão demarcados no
Mapa 8 do Anexo I desta Lei.
§ 2o. Ciclorrotas poderão ser implantadas em quaisquer vias, baseadas em estudos e demandas
de ciclistas, independente da classificação viária, e possuirão sinalização e regramentos
específicos, enfatizando a prioridade prevista na Lei Federal n.º 9.503, de 23 de setembro de
1997, para todas as vias urbanas.
Art. 75. As estradas parque são destinadas à preservação das características ambientais do
território onde estão inseridas e a assegurar o controle da circulação de veículos, de acordo
com o potencial e característica de cada região.
Parágrafo único. As estradas parque serão objeto de projetos específicos, elaborados ou
coordenados pela UGPUMA e pelo Grupo Técnico de Mobilidade.
Seção III
Do Sistema de Transporte Coletivo
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 53)
fontes de energias renováveis ou combustíveis menos poluentes, tais como gás natural
veicular, híbridos ou energia elétrica;
XIII – substituir gradualmente os veículos por novos, movidos por energia limpa e renovável;
XIV – articular e adequar o mobiliário urbano existente à rede de transporte público coletivo.
Seção IV
Do Sistema de Logística e Transporte de Cargas
Seção V
Do Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável – DOTS
I – densidades adequadas para intensificar o adensamento e o uso do solo ao longo dos eixos
de transporte coletivo;
II – uso misto do solo para combater a ociosidade do uso do solo em áreas com oferta de
transporte coletivo e promover a criação de policentralidades;
III – diversidade de renda para diversificar o padrão de moradia na mesma área;
IV – centralidades e fachadas ativas para integrar o espaço privado ao espaço público em
favor do pedestre;
V – espaços públicos e infraestrutura verde para promover espaços públicos de permanência e
áreas verdes estratégicas;
VI – gestão do uso do automóvel para desestimular a utilização do automóvel;
VII – transporte coletivo de qualidade para articular e conectar os equipamentos sociais à rede
do transporte coletivo;
VIII – transporte ativo priorizado para fomentar espaços de suporte ao transporte cicloviário.
Parágrafo único. O DOTS será adotado como referência para elaboração de Planos de
Bairros, Planos Urbanísticos das ZEIS, emissão de Diretrizes Urbanísticas e análise de Estudo
de Impacto de Vizinhança.
CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA URBANA E INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS
Seção I
Dos imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados
Art. 82. São considerados imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados, nos termos
deste Plano Diretor, somente aqueles com acesso à infraestrutura básica, assim definida pela
legislação federal de parcelamento do solo e abrangidas pelas situações previstas nos
parágrafos abaixo.
§ 1o. São considerados imóveis não edificados as glebas, os lotes, ou os lotes contíguos de um
mesmo proprietário cujas áreas somadas possuam coeficiente de aproveitamento utilizado
igual a 0 (zero) e perfaçam área igual ou superior a:
I – 3.000m² (três mil metros quadrados), quando localizados na Zona de Reabilitação Central,
Zona de Desenvolvimento Urbano e na Zona Especial de Interesse Social 2;
II – 5.000m² (cinco mil metros quadrados), quando localizados na Zona de Qualificação dos
Bairros e na Zona de Preservação dos Bairros.
§ 2o. São considerados imóveis subutilizados as glebas, os lotes, ou os lotes contíguos de um
mesmo proprietário, com coeficiente de aproveitamento utilizado inferior a 10% (dez por
cento) do previsto para a respectiva zona de uso do solo, e cujas áreas somadas perfaçam área
igual ou superior a:
I – 3.000m² (três mil metros quadrados), quando localizados na Zona de Reabilitação Central,
Zona de Desenvolvimento Urbano e na Zona Especial de Interesse Social 2;
II – 5.000m² (cinco mil metros quadrados), quando localizados na Zona de Qualificação dos
Bairros e na Zona de Preservação dos Bairros.
§ 3o. Considera-se imóvel urbano não utilizado todo tipo de edificação que esteja
comprovadamente desocupada há mais de 5 (cinco) anos, ressalvados os casos dos imóveis
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 57)
Seção II
Do parcelamento, edificação e utilização compulsória
Art. 84. Os imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados estão sujeitos ao
parcelamento, edificação e utilização compulsória.
§ 1o. O Município deverá notificar os proprietários dos imóveis não edificados, subutilizados
ou não utilizados, que terão o prazo máximo de 1 (um) ano, a contar do recebimento da
notificação, para protocolar junto ao(s) órgão(s) competente(s) um pedido de aprovação e
execução de projeto de parcelamento ou edificação daqueles imóveis.
§ 2o. Os proprietários de imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados notificados
nos termos do § 1o deste artigo deverão iniciar a execução do projeto de parcelamento ou
edificação desses imóveis no prazo máximo de 2 (dois) anos, a contar da expedição do alvará
de execução do projeto.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 58)
§ 3o. Os proprietários de imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados terão prazo
de até 5 (cinco) anos, a contar da expedição do alvará de execução do projeto mencionado no
§ 2o deste artigo, para concluir as obras licenciadas.
§ 4o. A transmissão do imóvel não edificado, subutilizado ou não utilizado posterior à data da
notificação prevista no § 1o deste artigo transfere as obrigações relativas ao parcelamento,
utilização e edificação compulsória sem interrupção de quaisquer prazos.
§ 5o. Os imóveis referidos no caput deverão atender os parâmetros de parcelamento, uso e
ocupação do solo definidos nesta Lei.
Art. 85. A notificação prevista no § 1º do art. 84 desta Lei será feita por:
I – funcionário de órgão competente do Município ao proprietário do imóvel não edificado,
subutilizado ou não utilizado, ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de
gerência geral ou administrativa;
II – carta registrada com aviso de recebimento quando o proprietário for residente ou tiver sua
sede fora do território do Município;
III – edital, quando as tentativas de notificação nas formas previstas nos incisos anteriores
forem frustradas.
§ 1o. A notificação a que se refere o caput deste artigo deverá ser averbada pelo Município na
matrícula do imóvel não edificado, subutilizado ou não utilizado, no Cartório de Registro de
Imóveis.
§ 2o. Uma vez promovido o adequado aproveitamento, com a finalização das obras de
parcelamento ou edificação do imóvel não edificado, subutilizado ou não utilizado, caberá ao
Município cancelar a averbação mencionada no parágrafo anterior.
§ 3o. Constará expressamente no cadastro imobiliário, no GeoJundiaí e no carnê do IPTU dos
imóveis considerados não edificados, subutilizados ou não utilizados a informação referente à
aplicação do parcelamento, edificação e utilização compulsória.
Seção III
Do IPTU progressivo no tempo
Art. 86. Os proprietários dos imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados que não
cumprirem as obrigações relativas ao parcelamento, edificação e utilização compulsória nos
prazos estipulados, conforme o caso, deverão arcar com alíquotas progressivas de IPTU,
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 59)
majoradas anualmente pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos, até atingir a alíquota
máxima de 15% (quinze por cento).
§ 1o. O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano deverá ser o dobro do valor da alíquota
aplicada no ano anterior.
§ 2o. Na hipótese de a alíquota superar 15% (quinze por cento) pela progressividade
mencionada no § 1o deste artigo, antes do prazo de 5 (cinco) anos, será mantida a alíquota
máxima até que se cumpra as obrigações de parcelar, edificar, utilizar o imóvel não edificado,
subutilizado ou não utilizado, conforme o caso, ou até que ocorra sua desapropriação pelo
Município.
Art. 87. É vedada a concessão de isenções, anistias, incentivos ou outros benefícios fiscais
relativos ao IPTU progressivo no tempo.
§ 1o. Quando os proprietários de imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados
receberem a notificação prevista nesta Lei relativa ao parcelamento, edificação e utilização
compulsória, conforme o caso, serão suspensas quaisquer isenções prévias relativas à
cobrança de IPTU incidentes nesses imóveis.
§ 2o. Uma vez comprovado o cumprimento das obrigações relativas ao parcelamento,
edificação e utilização compulsória do imóvel não edificado, subutilizado ou não utilizado,
conforme o caso, a cobrança do IPTU no exercício seguinte será feita segundo as alíquotas
vigentes no ano anterior ao início da progressividade mencionada nesta Lei.
Art. 88. Cabe ao proprietário dos imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados
comunicar ao Município a data de ocupação dos imóveis que tenham sido edificados e
passaram a ser utilizados ou a data de início das obras em imóveis parcelados ou que
receberam empreendimentos de grande porte, conforme o caso.
Art. 89. Lei Complementar a ser elaborada pela Unidade de Gestão de Planejamento Urbano
e Meio Ambiente e pela Unidade de Gestão de Governo e Finanças disciplinará os
procedimentos para a aplicação do IPTU progressivo no tempo.
Seção IV
Da desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública
Art. 90. Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo sem
que os proprietários de imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados tenham
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 60)
Seção V
Da divulgação de dados sobre imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados
Seção VI
Do consórcio imobiliário
Seção VII
Do direito de preempção
Art. 96. O Município poderá exercer o direito de preempção para aquisição de imóveis
urbanos objeto de alienação onerosa localizados na Macrozona Urbana, com o propósito de
contribuir para a efetivação dos princípios e realização dos objetivos deste Plano Diretor.
Parágrafo único. O direito de preempção será exercido sempre que o Município necessitar de
áreas para:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 63)
Seção VIII
Da outorga onerosa do direito de construir
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 66)
Art. 103. O Município poderá outorgar onerosamente, mediante contrapartida financeira a ser
paga pelos beneficiários, o direito de construir com base no potencial construtivo adicional
definido a partir do coeficiente de aproveitamento básico.
§ 1o. Os empreendimentos imobiliários que estarão sujeitos à outorga onerosa do direito de
construir deverão se localizar na Macrozona Urbana.
§ 2o. O potencial construtivo adicional será calculado pela diferença entre a área de
construção correspondente ao coeficiente de aproveitamento utilizado no projeto, limitado ao
coeficiente máximo permitido no local, e a área do terreno.
§ 3o. Os coeficientes de aproveitamento máximos estabelecidos nesta Lei poderão ser
substituídos por aqueles que vierem a ser definidos em leis de operações urbanas consorciadas
com base em projetos de intervenções urbanas.
§ 4o. O potencial construtivo adicional é bem público dominical de titularidade do Município
com funções urbanísticas e socioambientais.
Art. 104. A contrapartida financeira referente à outorga onerosa do direito de construir
utilizando o potencial construtivo adicional, a ser paga pelo beneficiário, será calculada a
partir da seguinte fórmula:
C = At x (CAu - CAb) x V x Fs, sendo:
C = contrapartida financeira referente ao potencial construtivo adicional;
At = área de terreno em metros quadrados;
CAu = coeficiente de aproveitamento utilizado;
CAb = coeficiente de aproveitamento básico;
V = valor venal do metro quadrado do terreno;
Fs = fator social, conforme Quadro 1, a seguir:
Quadro 1 – Fator social segundo uso do imóvel
Usos Fator Social
Habitação de Interesse Social 0,0
Edifício de habitação com área de até 50 m2 por unidade 0,6
Edifício de habitação situado na ZRC e ZDU com até 100 m 2 por 0,6
unidade 0,8
Edifício de habitação com área entre 50 m2 e 80 m2 1,0
Edifício de habitação com área maior que 80 m2
Institucional: equipamentos sociais públicos 0,0
Entidades mantenedoras sem fins lucrativos
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 67)
Seção IX
Da transferência do direito de construir
imóvel cedente fica obrigado a cumprir todas as exigências relativas à sua conservação e
recuperação.
§ 3o. As exigências relativas à conservação e recuperação dos imóveis cedentes cuja
transferência de potencial construtivo foi autorizada pelo Município devem ser estabelecidas
na Declaração de Potencial Construtivo Passível de Transferência e na Certidão de
Transferência de Potencial Construtivo.
Art. 108. A expedição da Certidão de Transferência de Potencial Construtivo de imóveis
cedentes inseridos em Zonas Especiais de Interesse Histórico Cultural fica condicionada à
comprovação do estado de conservação desses imóveis cedentes, mediante manifestação do
proprietário e anuência da Unidade de Gestão da Cultura, e manifestação favorável do
COMPAC.
§ 1o. Quando os imóveis cedentes mencionados no caput deste artigo apresentarem estado de
conservação inadequado ou insatisfatório, segundo avaliação da Unidade de Gestão da
Cultura e do COMPAC, medidas de restauro, que implicam em projeto e obra, deverão ser
exigidas dos respectivos proprietários, devendo as mesmas ser aprovadas pelo COMPAC e
demais órgãos competentes.
§ 2o. Nos casos em que os imóveis cedentes mencionados no caput deste artigo tenham sido
restaurados, a expedição da Certidão de Transferência de Potencial Construtivo fica
condicionada à verificação das condições de preservação e conservação desses imóveis pela
Unidade de Gestão da Cultura e manifestação favorável do COMPAC.
§ 3o. A manutenção do bem, ao longo dos anos, tem que ser executada e fiscalizada, sob pena
da perda de benefícios e até devolução dos valores resultantes do uso do instrumento
urbanístico.
Art. 109. Além da emissão da Declaração de Potencial Construtivo Passível de Transferência
e da Certidão de Transferência de Potencial Construtivo pelo Município, a transferência de
potencial construtivo de imóveis cedentes possuidores de remanescentes de vegetação de
Cerrado e/ou Mata Atlântica localizados na Macrozona Urbana ficará condicionada à
celebração de Termo de Compromisso Ambiental, que deverá ser averbado na matrícula
desses imóveis.
Parágrafo único. No Termo de Compromisso Ambiental mencionado neste artigo, os
proprietários de imóveis possuidores de remanescentes de vegetação de Cerrado e/ou Mata
Atlântica assumem as obrigações relativas à preservação das características ambientais desses
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 70)
imóveis e estarão sujeitos a sanções cabíveis previstas pela legislação ambiental nos casos de
descumprimento das obrigações assumidas.
Art. 110. A Declaração de Potencial Construtivo Passível de Transferência deverá conter, no
mínimo:
I – a quantidade, em metros quadrados, do potencial construtivo passível de transferência;
II – a data de solicitação da Declaração de Potencial Construtivo Passível de Transferência;
III – a informação de que o potencial construtivo passível de transferência foi originado sem
doação de terreno;
IV – as exigências relativas ao imóvel cedente previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Atendido ao disposto nos artigos 108 e 110 desta Lei, a Declaração de
Potencial Construtivo Passível de Transferência terá validade por prazo indeterminado, desde
que confirmada na emissão da Certidão de Transferência de Potencial Construtivo a
manutenção das condições do imóvel que deram origem ao direito e respeitadas as legislações
vigentes.
Art. 111. O potencial construtivo passível de transferência de imóveis cedentes não doados ou
desapropriados amigavelmente será calculado segundo a fórmula a seguir:
PCpt = (Atc x Fe) - Ac
Sendo:
PCpt = potencial construtivo passível de transferência;
Atc = área do terreno cedente passível de transferência;
Fe= fator de estímulo conforme descrito no § 1o do art. 112;
Ac = área construída ou passível de ocupação.
Art. 112. O potencial construtivo passível de transferência de imóveis doados ou
desapropriados amigavelmente mediante autorização de transferência de potencial construtivo
será calculado segundo a fórmula a seguir:
PCpt = Atc x Fe x Fr
Onde:
PCpt= potencial construtivo passível de transferência;
Atc= área cedente do terreno do imóvel doado ou desapropriado amigavelmente;
Fe= fator de estímulo conforme descrito no § 1o deste artigo;
Fr= fator remanescente conforme descrito no § 2o deste artigo.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 71)
§ 1o. O fator estímulo será determinado em função da zona de uso do solo e da classificação
da via onde está situado o imóvel, conforme exposto no Quadro 2, a seguir:
Quadro 2 – Fator de estímulo segundo zona e via
Fator de Estímulo
Classificação Zona de Uso do Solo
ZRC ZQB ZPB - ZCA ZDU ZUI
Da Via Lote Gleba Lote Gleba Lote Gleba Lote Gleba Lote Gleba
Acesso ao lote 1,50 1,00 1,20 1,00 1,50 1,00 1,50 1,00
§ 2o. O fator remanescente será determinado em função da área remanescente do terreno que
foi total ou parcialmente doado ao Município, conforme Quadro 3, a seguir:
Quadro 3 – Fator remanescente para lote e gleba
Fator Remanescente
Condição da Área Remanescente Lote Gleba
Área remanescente inferior a 10 vezes o lote mínimo 3,00 2,50
Área remanescente entre 10 a 25 vezes o lote mínimo 3,00 2,00
Área remanescente superior a 25 vezes o lote mínimo 3,00 1,50
Seção X
Da operação urbana consorciada
Art. 114. O Município poderá realizar operações urbanas consorciadas para implementar
projetos de intervenção urbana estrutural que promovam melhorias nas condições de vida
urbanas, sociais, ambientais e econômicas.
Parágrafo único. O projeto de intervenção urbana estrutural é parte constituinte da operação
urbana consorciada e deve ser formulado e implementado sob coordenação do Município.
Art. 115. As operações urbanas consorciadas têm por finalidade:
I – reestruturar espaços urbanos estratégicos de modo a otimizar o aproveitamento da terra
urbana com novos padrões de parcelamento, uso e ocupação do solo;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 73)
Seção XI
Do direito de superfície
Art. 118. O Município poderá receber em concessão, por meio de órgãos da administração
pública direta ou indireta, nos termos da legislação federal, o direito de superfície de bens e
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 75)
imóveis, inclusive seus espaços aéreos e subterrâneos, a fim de realizar os objetivos deste
Plano Diretor.
Parágrafo único. O direito de superfície consiste no exercício do direito de utilizar,
temporariamente ou por prazo indeterminado, o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao
terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.
Art. 119. O Município poderá ceder gratuita ou onerosamente, mediante contrapartida de
interesse público, o direito de superfície de bens e imóveis públicos, inclusive seus espaços
aéreos e subterrâneos, a fim de realizar os objetivos deste Plano Diretor e para instalar
galerias subterrâneas compartilhadas de serviços públicos.
Art. 120. O Município poderá utilizar o instrumento direito de superfície:
I – em áreas particulares onde haja carência de equipamentos públicos e comunitários;
II – para remoção temporária de moradores de núcleos urbanos informais, pelo tempo que
durar as obras de urbanização;
III – nas áreas públicas que integram seu patrimônio e que sejam objeto de interesse por parte
das concessionárias de serviços públicos, de forma onerosa ou gratuita, desde que não esteja
prevista a sua cessão em contrato.
Parágrafo único. O instrumento poderá ser utilizado onerosamente pelo Município também
em imóveis integrantes dos bens dominiais do patrimônio público, destinados à
implementação das diretrizes desta Lei.
Seção XII
Da arrecadação de imóveis abandonados
Art. 121. O Município poderá arrecadar, como bens vagos, imóveis abandonados pelos seus
respectivos proprietários, independentemente de indenização, na forma dos art. 1.275 e 1.276
da Lei Federal n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
§ 1o. Será considerado imóvel abandonado aquele cujo proprietário o abandonou e não mais o
conservou, desde que não esteja na posse de outrem.
§ 2o. Presume-se a intenção do proprietário de não mais conservar o imóvel em seu
patrimônio quando, de modo absoluto, além de cessados os atos de posse, deixar o mesmo de
satisfazer os ônus fiscais.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 76)
Art. 122. O imóvel que for incorporado ao patrimônio público do Município em razão do seu
abandono deve ser utilizado diretamente pelo Município para a implementação de programas
e projetos habitacionais de interesse social, espaços culturais, regularização fundiária,
provisão de serviços, equipamentos e infraestruturas públicas ou quaisquer outras finalidades
relacionadas com os princípios e objetivos deste Plano Diretor.
§ 1o. Não sendo possível, por qualquer razão, a utilização do imóvel abandonado para os usos
mencionados no caput, o Município deverá aliená-lo e o valor arrecadado com essa alienação
deverá ser destinado ao FMDT.
§ 2o. Os procedimentos para arrecadação de bens imóveis abandonados observarão as
disposições previstas na Lei Complementar n.º 482, de 18 de novembro de 2009.
Seção XIII
Do Estudo e Relatório de Impacto de Vizinhança – EIV/RIV
Art. 128. O EIV/RIV será analisado pelo Grupo Técnico do EIV, formado por:
I – 2 (dois) servidores da UGPUMA;
II – 1 (um) servidor da UGMT;
III – 1 (um) servidor da UGISP.
§ 1o. O Grupo Técnico do EIV emitirá parecer sobre os impactos da atividade e/ou do
empreendimento, a ser encaminhado aos Gestores Municipais envolvidos em até 90 (noventa)
dias, descontados os dias em que os processos permanecerem em “comunique-se”.
§ 2o. O processo que não tiver o “comunique-se” justificado ou atendido no prazo máximo de
180 (cento e oitenta) dias será arquivado.
§ 3o. O parecer do Grupo Técnico do EIV, revisado e/ou validado pelos Gestores das
Unidades envolvidas nos estudos específicos, deverá conter as sugestões de medidas
compatibilizadoras, compensatórias, mitigadoras e/ou potencializadoras relativas aos
impactos decorrentes da implantação da atividade ou empreendimento, como condição para
expedição da licença ou autorização solicitada.
§ 4o. As medidas referidas no § 3o deste artigo, somadas, não poderão gerar ao empreendedor
gastos superiores a 5% (cinco por cento) do valor total da obra ou do investimento para o
funcionamento da atividade, exceto nos casos de ações ofertadas pelo empreendedor.
§ 5o. O limite estabelecido no § 4o deste artigo não contempla as medidas relativas às
condições de viabilidade para instalação do empreendimento e/ou atividade.
§ 6o. Enquanto o EIV/RIV não for apreciado pelo Grupo Técnico do EIV e devidamente
aprovado pelo órgão competente, não poderá ocorrer a aprovação do projeto ou o
licenciamento da atividade, e nenhuma providência de implementação ou execução do
empreendimento, mesmo que preliminar, poderá ter início.
Art. 129. A aprovação final do EIV/RIV caberá ao Gestor da UGPUMA, após ser exarado
parecer do Grupo Técnico do EIV e, quando for o caso, ouvidos os Gestores Municipais
envolvidos nos estudos específicos.
§ 1o. A autorização da UGPUMA para licenciamento de construção ou ampliação estará
condicionada à formalização do Termo de Compromisso firmado pelo proprietário e
responsável pelo empreendimento, se houver, ou pelos seus representantes legais e pelo
Município, responsabilizando-se pela realização de todas as medidas previstas no parecer
conclusivo mencionado nesta Lei.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 80)
§ 2o. O parecer conclusivo do Grupo Técnico do EIV, revisado e validado pelos Gestores das
Unidades envolvidas, será publicado por meio de edital na Imprensa Oficial do Município.
Art. 131. Após a publicação de edital na Imprensa Oficial do Município, para conhecimento
público, o parecer conclusivo e a autorização podem ser contestados no período de 15
(quinze) dias, de forma justificada e identificada junto à UGPUMA.
§ 1o. Os interessados poderão apresentar pedido de reconsideração dirigido ao Gestor
Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da decisão administrativa relativa à
contestação de que trata o caput deste artigo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da
ciência ou da publicação da decisão recorrida na Imprensa Oficial do Município.
§ 2o. O pedido de reconsideração de que trata o § 1 o deste artigo terá apenas efeito devolutivo,
salvo se o Gestor de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, em decisão fundamentada,
conceder efeito suspensivo até o seu julgamento.
§ 3o. Nos casos de relevante interesse público e repercussão social, a critério da UGPUMA,
poderá ser ouvido o CMPT, ou convocada audiência pública para discussão da matéria.
§ 4o. A decisão do Gestor Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente sobre o
pedido de reconsideração, baseada na análise do Grupo Técnico do EIV e com parecer da
Unidade de Gestão de Negócios Jurídicos e Cidadania, quando necessário, encerra a via
administrativa.
Art. 132. É de responsabilidade do interessado a implementação das medidas
compatibilizadoras, mitigadoras, compensatórias e/ou potencializadoras conforme Termo de
Compromisso estabelecido nesta Lei.
§ 1o. Será aceito pagamento em pecúnia de valores referentes às medidas previstas nesta Lei,
mediante análise da UGPUMA, e quando houver interesse público do Município em assumir
a execução.
§ 2o. O valor do pagamento em pecúnia referido no § 1o deste artigo será calculado com base
nos parâmetros oficiais municipais adotados nos procedimentos licitatórios somado aos custos
da execução das medidas compatibilizadoras, mitigadoras, compensatórias e/ou
potencializadoras, que ficarão a cargo do Município.
§ 3o. Os recursos oriundos do pagamento em pecúnia mencionado no § 1o desde artigo serão
destinados ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Territorial – FMDT, com dotação
específica, respeitando o disposto no art. 22 desta Lei.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 82)
Seção XIV
Do Estudo e Relatório de Impacto de Trânsito – RIT
Art. 137. A elaboração do RIT deverá permitir a avaliação dos impactos positivos e negativos
do empreendimento ou da atividade na vizinhança, e será feito com base no Termo de
Referência definido pelo Poder Público.
§ 1o. O RIT deverá ser elaborado por profissional devidamente habilitado ou equipe de
profissionais, contratados às expensas e sob a responsabilidade do interessado.
§ 2o. O responsável deverá fornecer o número de exemplares solicitados pelo Município e a
versão digital dos documentos que o compõem, com vistas à sua disponibilização no sítio
eletrônico da Prefeitura do Município de Jundiaí, bem como quaisquer documentos, cópias e
materiais gráficos exigidos à elucidação do projeto.
§ 3o. O Termo de Referência mencionado no caput deste artigo será regulamentado por meio
de decreto, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da publicação desta Lei.
Art. 138. Poderão ser dispensados da elaboração de RIT:
I – os projetos de alteração de imóveis que já foram objeto de RIT e que não gerem aumento
da área construída superior a 20% (vinte por cento), desde que não impliquem aumento da
capacidade de produção, ou da oferta de serviços;
II – o licenciamento de atividade já exercida no local, de forma regular, quando se tratar
apenas de troca do proprietário do imóvel ou da razão social da atividade, desde que não haja
alteração do uso, nem ampliação da área construída;
III – o licenciamento de construção, ampliação e renovação de alvará de funcionamento de
templos religiosos.
§ 1o. Nos casos de ampliação da atividade em área construída regular, as medidas mitigadoras
e compensatórias corresponderão apenas aos impactos decorrentes do acréscimo das
instalações ou da atividade exercida no local.
§ 2o. Nos casos de transformação de uso em que a nova atividade apresente maior grau de
incomodidade, conforme Quadro I do Anexo II desta Lei, as medidas mitigadoras e
compensatórias corresponderão apenas ao acréscimo da incomodidade gerada pela nova
atividade.
Art. 139. Os empreendimentos com diferentes categorias de uso, que tenham condições de
implantação, construção e funcionamento totalmente autônomos, serão considerados
separadamente para os efeitos de enquadramento nos parâmetros estabelecidos nesta Lei.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 85)
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica às hipóteses que possam
causar impactos cumulativos, cabendo ao Município, nesses casos, exigir dos interessados a
elaboração de RIT.
Art. 140. O RIT será analisado pela equipe técnica da UGMT, que emitirá um parecer sobre
os impactos da atividade e/ou do empreendimento, a ser encaminhado ao Gestor da UGMT
em até 60 (sessenta) dias, descontados os dias em que os processos permanecerem em
“comunique-se”.
§ 1o. Para os casos em que o RIT integrar o EIV/RIV, o parecer conclusivo deverá ser
encaminhado à UGPUMA, respeitados os mesmos prazos indicados no caput deste artigo.
§ 2o. O processo que não tiver o “comunique-se” justificado ou atendido no prazo máximo de
60 (sessenta) dias será arquivado.
§ 3o. O RIT, revisado e/ou validado pelo Gestor da UGMT, deverá conter as sugestões de
medidas compatibilizadoras, compensatórias, mitigadoras e/ou potencializadoras relativas aos
impactos decorrentes da implantação da atividade ou empreendimento, como condição para
expedição da licença ou autorização solicitada.
§ 4o. As medidas referidas no § 3o deste artigo, somadas com aquelas indicadas pelo EIV/RIV,
quando existir, não poderão gerar ao empreendedor gastos superiores a 5% (cinco por cento)
do valor total da obra ou do investimento para o funcionamento da atividade, exceto nos casos
de ações ofertadas pelo empreendedor.
§ 5o. O limite estabelecido no § 4o deste artigo não contempla as medidas relativas às
condições de viabilidade para instalação do empreendimento e/ou atividade.
§ 6o. Enquanto o RIT não for devidamente aprovado pelo órgão competente, não poderá
ocorrer a aprovação do projeto ou o licenciamento da atividade, e nenhuma providência de
implementação ou execução do empreendimento, mesmo que preliminar, poderá ter início.
Art. 141. A aprovação final do RIT caberá ao Gestor da UGMT, ouvidos os Gestores
Municipais envolvidos nos estudos específicos, quando for o caso.
§ 1o. A autorização para licenciamento de construção, ampliação ou alvará de funcionamento
estará condicionada à formalização do Termo de Compromisso firmado pelo proprietário e
responsável pelo empreendimento, se houver, ou pelos seus representantes legais e pelo
Município, responsabilizando-se pela realização de todas as medidas previstas no parecer
conclusivo mencionado nesta Lei.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 86)
§ 2o. O parecer conclusivo do RIT, revisado e validado pelo Gestor da UGMT, será publicado
por meio de edital na Imprensa Oficial do Município.
Art. 143. Após a publicação de edital na Imprensa Oficial do Município, para conhecimento
público, o parecer conclusivo e a autorização podem ser contestados no período de 15
(quinze) dias, de forma justificada e identificada junto à UGMT.
§ 1o. Os interessados poderão apresentar pedido de reconsideração dirigido ao Gestor da
UGMT da decisão administrativa relativa à contestação de que trata o caput deste artigo, no
prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da ciência ou da publicação da decisão recorrida na
Imprensa Oficial do Município.
§ 2o. O pedido de reconsideração de que trata o § 1 o deste artigo terá apenas efeito devolutivo,
salvo se o Gestor da UGMT, em decisão fundamentada, conceder efeito suspensivo até o seu
julgamento.
§ 3o. Nos casos de relevante interesse público e repercussão social, a critério da UGMT,
poderá ser ouvido o CMPT, ou convocada audiência pública para discussão da matéria.
§ 4o. A decisão do Gestor da UGMT sobre o pedido de reconsideração, baseada na análise da
equipe técnica e com parecer da Unidade de Gestão de Negócios Jurídicos e Cidadania,
quando necessário, encerra a via administrativa.
Art. 144. É de responsabilidade do interessado a implementação das medidas
compatibilizadoras, mitigadoras, compensatórias e/ou potencializadoras conforme Termo de
Compromisso estabelecido nesta Lei.
§ 1o. Será aceito pagamento em pecúnia de valores referentes às medidas previstas nesta Lei,
mediante análise da UGMT, e quando houver interesse público do Município em assumir a
execução.
§ 2o. O valor do pagamento em pecúnia referido no § 1o deste artigo será calculado com base
nos parâmetros oficiais municipais adotados nos procedimentos licitatórios somado aos custos
da execução das medidas compatibilizadoras, mitigadoras, compensatórias e/ou
potencializadoras, que ficarão a cargo do Município.
§ 3o. Os recursos oriundos do pagamento em pecúnia mencionado no § 1o desde artigo serão
destinados ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Territorial – FMDT, com dotação
específica, respeitando o disposto no art. 22 desta Lei.
§ 4o. É de responsabilidade de cada órgão específico a fiscalização referente ao cumprimento
das medidas previstas constantes do Termo de Compromisso mencionado nesta Lei.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 88)
Art. 145. Constatado o não cumprimento das medidas constantes do Termo de Compromisso,
bem como das medidas de publicização das características do empreendimento e/ou atividade
e dos números dos respectivos processos protocolados para as análises do RIT, serão adotadas
as penalidades previstas no art. 133 desta Lei.
Art. 146. Para as análises relativas ao RIT, emissão de parecer e fiscalização das ações
compatibilizadoras, mitigadoras, compensatórias e/ou potencializadoras haverá a cobrança de
preço público, na forma da regulamentação específica.
CAPÍTULO VII
DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO E INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO E INSTRUMENTOS DE
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
(Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Art. 148. São diretrizes para os programas, ações e investimentos, públicos e privados, na
Habitação de Interesse Social:
I – promover o acesso à terra para viabilizar Programas Habitacionais de Interesse Social, por
meio do emprego de instrumentos que assegurem a utilização adequada das áreas vazias e
subutilizadas;
II – priorizar o atendimento da população de baixa renda, nos termos definidos neste Plano,
da população residente em imóveis ou áreas insalubres, áreas de risco e APP;
III – assegurar que os empreendimentos habitacionais de interesse social sejam produzidos
com qualidade e conforto em áreas dotadas de infraestrutura e transportes coletivos;
IV – desenvolver projetos habitacionais que considerem as características da população local,
suas formas de organização, condições físicas e econômicas;
V – garantir recursos financeiros para Habitação de Interesse Social – HIS, no âmbito do
Município, para aquisição de terra e produção habitacional;
VI – promover a urbanização e regularização urbanística, jurídica, fundiária e ambiental dos
núcleos urbanos informais, inclusive com o reconhecimento e regularização das atividades
comerciais e de serviço existentes nos locais;
VII – implementar programas de reabilitação física e ambiental nas áreas degradadas e de
risco, de modo a garantir a integridade física, o direito à moradia e a recuperação da qualidade
ambiental dessas áreas;
VIII – inibir a ocupação irregular de novas áreas mediante a aplicação de normas e de
instrumentos urbanísticos e de fiscalização, e inibir o adensamento e a ampliação dos núcleos
habitacionais de baixa renda, urbanizados ou não;
IX – recuperar ambientalmente as áreas legalmente protegidas que foram ocupadas por
moradias, coibindo novas ocupações;
X – estabelecer parâmetros físicos de moradia social, índices urbanísticos e de procedimentos
de aprovação de projetos, de forma a facilitar a produção habitacional pela iniciativa privada;
XI – incentivar e apoiar a formação de agentes promotores e financeiros não estatais, a
exemplo das cooperativas e associações comunitárias autogestionárias, na execução de
programas habitacionais, como medida para o barateamento dos custos habitacionais e de
infraestrutura, além da produção cooperativada;
XII – incentivar a adoção de tecnologias socioambientais de projeto, construção e
manutenção dos empreendimentos habitacionais de interesse social, em especial as
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 90)
relacionadas ao uso de energia solar, gás natural, manejo da água e dos resíduos sólidos e
agricultura urbana;
XIII – promover serviços de assessoria técnica, jurídica, ambiental, social e urbanística
gratuita a indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos na área de habitação de
interesse social, visando a inclusão social desta população;
XIV – garantir informação atualizada sobre a situação habitacional do Município,
especialmente em relação ao déficit e às necessidades habitacionais;
XV – promover, no caso de necessidade de remoção de área de risco ou de redução do
adensamento, o atendimento habitacional das famílias a serem removidas preferencialmente
na mesma região ou, na impossibilidade, em outro local com a consulta prévia das famílias
atingidas;
XVI – promover ações de pós-ocupação e acompanhamento das famílias nos novos
assentamentos habitacionais;
XVII – estimular a participação e o controle social na definição das políticas e prioridades da
produção habitacional;
XVIII – fortalecer os mecanismos e instâncias de participação com representantes do poder
público, dos usuários e do setor produtivo na formulação e deliberação das políticas, na
definição das prioridades e na implementação dos programas;
XIX – fortalecer e aprimorar os canais de participação já instituídos, como o Conselho
Municipal de Habitação.
Parágrafo único. Para efeito desta Lei, considera-se Habitação de Interesse Social (HIS) as
unidades construídas ou os lotes destinados à população com renda familiar mensal de até 6
(seis) salários-mínimos.
Parágrafo único. Para efeito desta Lei, considera-se Habitação de Interesse Social – HIS as
unidades construídas ou os lotes destinados à população de baixa renda, definida assim nos
termos da Lei. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Seção I
Da Destinação de Áreas para Habitação de Interesse Social
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 91)
Art. 149. Nas áreas vazias já demarcadas como Zona Especial de Interesse Social 2 nesta Lei,
a destinação das unidades necessárias aos reassentamentos definidos no Plano Local de
Habitação de Interesse Social – PLHIS, deve visar:
Art. 149. Nas áreas vazias já demarcadas como Zona Especial de Interesse Social 2 – ZEIS 2
nesta Lei e naquelas que vierem a ser assim consideradas, a destinação das unidades
necessárias aos reassentamentos definidos no Plano Local de Habitação de Interesse Social –
PLHIS, deve visar: (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
I – à promoção de Habitação de Interesse Social;
II – à inclusão de equipamentos e espaços públicos;
III – à destinação ao reassentamento de famílias, preferencialmente decorrentes da execução
do Plano de Urbanização da própria Zona Especial de Interesse Social 1.
Art. 150. A população que habita áreas onde a regularização fundiária for inviável terá o
acesso à moradia promovido na forma do Plano de Reassentamento, cuja definição terá
participação do Conselho Municipal de Habitação.
Parágrafo único. O Plano de Reassentamento é instrumento elaborado pelo Município com
base no Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS, que define:
I – as etapas necessárias ao reassentamento da população para áreas próximas ao
assentamento original, garantindo às famílias relocadas a manutenção dos vínculos sociais,
econômicos e culturais com o seu território;
II – participação dos reassentados no processo de planejamento e de implementação da
intervenção, assim como os valores necessários e as respectivas fontes de recurso;
III – as medidas a serem adotadas para a recuperação do ambiente desocupado.
Seção II
Do Plano Urbanístico das Zonas Especiais de Interesse Social
Art. 151. Cada Zona Especial de Interesse Social 2 (ZEIS 2) terá seu Plano Urbanístico
submetido a parâmetros especiais definidos para o parcelamento do solo e para novas
edificações.
Art. 151. Cada empreendimento, horizontal ou vertical, ou loteamento de interesse social, na
ZEIS 2, terá seu Plano Urbanístico submetido a parâmetros especiais definidos para o
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 92)
parcelamento do solo e para novas edificações. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto
de 2022)
§ 1o. Os parâmetros de dimensionamento dos ambientes e compartimentos das edificações
deverão seguir as determinações estipuladas pelos programas habitacionais do governo
federal, estadual ou municipal ao qual estejam vinculados.
§ 1o. Os parâmetros de dimensionamento dos ambientes e compartimentos das edificações,
assim como os parcelamentos de solo, deverão seguir as determinações estipuladas pelos
programas habitacionais do governo federal, estadual ou municipal ao qual estejam
vinculadas. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 2o. Os Planos Urbanísticos poderão ser elaborados diretamente pela FUMAS ou, nos casos
em que for de responsabilidade da iniciativa privada, esses deverão ser elaborados em
parceria com a FUMAS quanto, no mínimo, aos incisos II e III do art. 152.
Art. 152. O Plano Urbanístico das ZEIS 2 deverá conter:
I – memorial descritivo da área;
II – planejamento econômico financeiro do empreendimento, com a previsão orçamentária
dos custos, valor de comercialização das unidades e prazos de execução;
III – as avaliações, os laudos e licenciamentos para implantação da urbanização, bem como
os projetos complementares de infraestrutura urbana, de acordo com as exigências aplicáveis
aos loteamentos e projetos de urbanização e construção de conjuntos habitacionais não
classificados como de interesse social.
Art. 153. A aprovação dos projetos para a implantação dos empreendimentos de interesse
social em ZEIS 2 será realizada pelos órgãos licenciadores após tramitação por meio do
procedimento especial denominado de “Linha Rápida de Habitação de Interesse Social”, na
forma do regulamento municipal, devendo atender a todas as exigências de diretrizes
urbanísticas e viárias.
Parágrafo único. A adequação do solo e a implantação da infraestrutura é condição prévia à
implantação de parcelamento do solo e construção de novas unidades habitacionais.
Art. 154. Nas Zonas Especiais de Interesse Social 2, fica dispensada a apresentação de Estudo
de Impacto de Vizinhança para a construção de empreendimentos de Habitação de Interesse
Social.
Art. 155. Nas áreas de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) incluídas no perímetro de
operação urbana, será permitida a utilização de terrenos acima do coeficiente de
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 93)
Seção III
Da Utilização de Recursos para Habitação de Interesse Social
Seção IV
Da Regularização Fundiária Urbana – REURB
organizações da sociedade civil de interesse público ou outras associações civis que tenham
por finalidade atividades nas áreas de desenvolvimento urbano ou regularização fundiária
urbana;
III – os proprietários de imóveis ou de terrenos loteadores ou incorporadores;
IV – a Defensoria Pública, em nome dos beneficiários hipossuficientes; e
V – o Ministério Público.
§ 2o. Nos casos de parcelamento do solo, de conjunto habitacional ou de condomínio
informal, empreendidos por particular, a conclusão da REURB confere direito de regresso
àqueles que suportarem os seus custos e obrigações contra os responsáveis pela implantação
dos núcleos urbanos informais.
§ 3o. O requerimento de instauração da REURB por proprietários de terreno, loteadores e
incorporadores que tenham dado causa à formação de núcleos urbanos informais, ou os seus
sucessores, não os eximirá de responsabilidade administrativa, civil ou criminal.
Art. 158. As áreas sujeitas à regularização terão parâmetros especiais de parcelamento e de
uso e ocupação do solo, em razão das suas características e tipicidades, com o objetivo de
viabilizar a conclusão dos processos do ponto de vista urbanístico, ambiental e jurídico.
§ 1o. A Regularização Fundiária Urbana de Interesse Social – REURB-S abrange:
I – as áreas do Município cadastradas como Zonas Especiais de Interesse Social 1 – ZEIS 1;
II – as áreas das Zonas Especiais de Regularização Fundiária – ZERF nas quais pelo menos
80% das famílias sejam de baixa renda;
II – as áreas das Zonas Especiais de Regularização Fundiária – ZERF nas quais a maioria
simples das famílias sejam de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Lei n.º 9.806,
de 18 de agosto de 2022)
III – outras áreas que possam existir e que não são de conhecimento público, desde que
declaradas por ato do Poder Executivo municipal, atendam aos requisitos desta Lei e sejam
ocupadas predominantemente pela população de baixa renda.
§ 2o. Considera-se de baixa renda a família cuja renda mensal seja de, no máximo, 3 (três)
salários-mínimos.
§ 2o. A definição de baixa renda, para o fim de regularização fundiária de interesse social,
encontra-se definida na Lei n.º 7.016, de 27 de fevereiro de 2008, ou outra que vier a
substituí-la. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 95)
Seção V
Dos Instrumentos para Regularização Fundiária
Parágrafo único. Para fins de regularização dos núcleos urbanos informais, o Município
promoverá a articulação com os diversos agentes envolvidos no respectivo procedimento,
inclusive com órgãos e instituições locais e dos demais entes da Federação, além dos grupos
sociais interessados.
Art. 160. Na regularização fundiária de interesse social (REURB-S) em áreas públicas, será
outorgada, preferencialmente, a concessão de direito real de uso à alienação, conforme
art. 110 da Lei Orgânica do Município, além da concessão de uso especial para fins de
moradia e legitimação fundiária.
Art. 161. As ações de regularização fundiária de interesse social (REURB-S) terão como
beneficiários preferenciais da titulação em áreas de propriedade municipal:
I – as mulheres;
II – os idosos;
III – os portadores de necessidades especiais.
Seção VI
Da Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia
Art. 162. O Município poderá outorgar àquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuía
como seu imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas, utilizando
para sua moradia ou de sua família, de até 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados),
por 05 (cinco) anos, ininterruptamente e sem oposição, título de concessão de uso especial
para fins de moradia, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de
outro imóvel urbano ou rural.
Art. 163. Nos imóveis com mais de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados)
ocupados até 22 de dezembro de 2016, por população de baixa renda para sua moradia, por 05
(cinco) anos, ininterruptamente e sem oposição, cuja área total dividida pelo número de
possuidores seja inferior a 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) por possuidor, a
concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma coletiva, desde que os
possuidores não sejam proprietários ou concessionários, a qualquer título, de outro imóvel
urbano ou rural.
Art. 164. O Município assegurará o exercício do direito de concessão de uso especial para fim
de moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou esse direito,
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 97)
nas hipóteses de a moradia estar localizada em área de risco cuja condição não possa ser
equacionada e resolvida por obras e outras intervenções.
§ 1o. Além do caso previsto no caput deste artigo, o Município poderá assegurar o exercício
do direito de concessão de uso especial para fins de moradia, individual ou coletivamente, em
local diferente daquele que gerou esse direito, nas hipóteses de a área ocupada ser
considerada:
I – de uso comum do povo;
II – de comprovado interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e da proteção dos
ecossistemas naturais;
III – necessária ao desadensamento por motivo de projeto e obra de urbanização;
IV – reservada à construção de represas e obras congêneres;
V – situada em via de comunicação.
§ 2o. A concessão de uso especial para fins de moradia poderá ser solicitada de forma
individual ou coletiva.
Art. 165. Para atendimento do direito previsto nos artigos 163 e 164, a moradia deverá estar
localizada, preferencialmente, próxima ao local que deu origem ao benefício tratado neste
artigo.
Art. 166. O direito à concessão de uso especial para fins de moradia extingue-se no caso de:
I – o concessionário dar ao imóvel destinação diversa da moradia para si ou para sua família;
II – o concessionário adquirir a propriedade ou a concessão de uso de outro imóvel urbano ou
rural.
§ 1o. Buscar-se-á respeitar as atividades econômicas locais promovidas pelo próprio morador,
vinculadas à moradia, como pequenas atividades comerciais, indústria doméstica, artesanato,
oficinas de serviços e outros similares, observados os parâmetros legais de uso do solo.
§ 2o. A extinção da concessão de uso para fins de moradia será declarada por ato do Poder
Executivo e devidamente averbada junto ao Oficial de Registro de Imóveis competente.
Art. 167. Os núcleos urbanos informais, cuja posse dos moradores foi regularizada por meio
da concessão de uso especial para fins de moradia deverão ser urbanizados, a fim de que seja
efetivado o processo de regularização fundiária.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 98)
Seção VII
Da Concessão de Direito Real de Uso
Art. 168. Fica o Município autorizado a celebrar ato de concessão de direito real de uso para
fins de urbanização e de regularização fundiária de interesse social, com força de instrumento
público, dispensada a licitação, pelo prazo de 10 (dez) anos, podendo ser prorrogada por igual
período, em imóveis públicos de até 500 m² (quinhentos metros quadrados), com uso
residencial, uso misto, uso institucional ou comercial, na forma da Lei Orgânica do
Município, Decreto-Lei Federal n.º 271, de 28 de fevereiro de 1967, Lei Federal n.º 8.666, de
21 de junho de 1993 e Lei Federal n.º 10.257, de 10 de julho de 2001 e, quando for o caso, do
art. 180 da Constituição do Estado de São Paulo.
Parágrafo único. A concessão de direito real de uso poderá ser renovada desde que
cumpridas as condições originais pactuadas quanto às condições de uso e ocupação do solo.
Seção VIII
Da Usucapião
Art. 169. As áreas urbanas com mais de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados),
ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por 05 (cinco) anos,
ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por
cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores
não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural, na forma do art. 10 da Lei Federal
n.º 10.257, de 10 de julho de 2001.
§ 1o. A FUMAS poderá promover a assistência técnica, social e jurídica nas ações de
usucapião especial coletivo dos núcleos urbanos informais para fins de Regularização
Fundiária de Interesse Social, observadas as prioridades definidas nesta Lei.
§ 2o. Após concluída a ação de usucapião coletiva, a FUMAS executará o respectivo Projeto
de Regularização Fundiária de Interesse Social, bem como todas as medidas necessárias para
a individualização dos imóveis aos usucapidos.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 99)
CAPÍTULO VIII
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Seção I
Do Sistema de Equipamentos Sociais Básicos
Seção II
Do Sistema de Infraestrutura
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 101)
Seção III
Do Uso de Imóveis Públicos
Art. 176. O uso dos imóveis públicos deverá atender os seguintes objetivos:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 103)
I – implantação dos equipamentos sociais de acordo com a demanda atual e projetada e com a
infraestrutura, o acesso, o transporte e demais critérios pertinentes;
II – elaboração de plano de ocupação, reorganização e revitalização de áreas de médio e
grande porte, de forma a evitar a ocupação desordenada por vários equipamentos sociais
dissociados urbanisticamente e em relação aos seus usos;
III – estabelecimento de parcerias com a iniciativa privada e com associações de moradores
na gestão dos espaços públicos;
IV – integração dos espaços públicos com o entorno, promovendo, junto aos órgãos
competentes, os tratamentos urbanísticos e de infraestrutura adequados;
V – otimização do uso de áreas públicas para cumprimento da função social da cidade;
VI – criação de espaços destinados às atividades de associações de cultura popular.
Art. 177. A gestão e o uso dos imóveis públicos dar-se-á mediante as seguintes diretrizes:
I – fortalecer as instâncias de participação e de controle da sociedade civil sobre as políticas
sociais e a cogestão nos equipamentos públicos;
II – implantar, em cogestão do poder público e comunidade local, Centros de Políticas
Públicas Integradas Regionais de forma descentralizada, sobretudo em territórios
configurados como ZEIS 1 e ZEIS 2, de forma a integrar em um mesmo espaço público
diversas políticas, como, educação, saúde, esporte e lazer, cultura, assistência social,
abastecimento e segurança alimentar;
III – promover, quando prevista em programas habitacionais, a regularização fundiária e a
urbanização das áreas públicas ocupadas que cumprirem função social, garantindo o
reassentamento das famílias removidas por estarem em situação de risco ou por necessidade
da obra de regularização;
IV – destinar prioritariamente os bens públicos dominiais não utilizados para assentamento da
população de baixa renda e para áreas livres de uso público e instalação de equipamentos
públicos e comunitários;
V – implantar praças e equipamentos sociais com a participação dos beneficiados pelas
operações;
VI – garantir destinação a todos os imóveis públicos, de forma a otimizar ao máximo suas
potencialidades;
VII – implantar um sistema de banco de dados de áreas públicas, garantindo informações
atualizadas acerca da origem, do uso e da regularidade perante o registro público de imóveis;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 104)
VIII – estabelecer efetivo controle sobre os bens imóveis públicos, quando necessário, com o
apoio da comunidade do entorno de cada área;
IX – estabelecer critérios para a utilização de imóveis públicos por terceiros, com fiscalização
permanente da adequação do uso aos termos da cessão.
Art. 178. A outorga de uso de áreas públicas para terceiros, a título precário, na forma do art.
113 da Lei Orgânica, é um instrumento que tem como objetivos:
I – incentivar o cuidado com o espaço público compartilhado entre cidadão e Município,
possibilitando a organização coletiva da sociedade em benefício de áreas de uso comum;
II – promover a criação de espaços públicos com mais vitalidade e diversidade, ampliando as
possibilidades de uso e ocupação do solo, a instalação de mobiliário urbano, e a geração de
mais segurança na cidade;
III – melhorar a qualidade ambiental e paisagística da cidade, com o incentivo ao uso
sustentável de praças e parques, o plantio de jardins e hortas urbanas em terrenos públicos;
IV – apoiar a população local de baixa renda na realização de atividades econômicas, por
tempo determinado e por meio de processo licitatório, até possa se estabelecer em imóvel
particular e dar oportunidade a outros.
Parágrafo único. São áreas públicas passíveis de outorga de uso:
I – vielas: para conservação, limpeza e segurança pública;
II – ruas: utilização temporária para feiras, varejões, comércio e serviço em veículos
adaptados, fechamento para atividades de esporte e lazer;
III – calçadas e via de pedestres: para colocação de mesas e cadeiras como extensão do
espaço de restaurantes, lanchonetes, bares, livrarias e atividades de convívio, desde que
respeitada a área para livre circulação de pedestres;
IV – praças e parques: para apoio na manutenção das áreas ou para realização de eventos
coletivos de lazer;
V – jardins: para manutenção, plantio de flores ornamentais e criação de hortas comunitárias;
VI – logradouros ou terrenos: para organização de atividades de esporte e lazer da
comunidade, campos de futebol, quadras, brinquedos para crianças, mediante compromisso de
limpeza e conservação da área;
VII – Área Livre de Uso Público – ALUP: definida nos processos de parcelamento do solo e
que inclui áreas de lazer e áreas verdes, sendo possível a outorga de uso a terceiros
exclusivamente nas áreas de lazer e para atividades compatíveis com essa destinação;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 105)
VIII – Área Institucional para Equipamento Urbano Comunitário – AIEUC: para instalação e
manutenção de equipamento para atendimento social, desde que não haja mudança na
destinação da área.
CAPÍTULO IX
DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
Art. 179. Constitui o patrimônio histórico e cultural o conjunto de bens materiais e imateriais,
como áreas, edificações, imóveis, lugares, paisagens, monumentos e manifestações culturais –
existentes no Município, de domínio público ou privado, cuja proteção ou preservação sejam
de interesse comum, quer por sua vinculação cultural ou histórica, quer por seu valor natural,
urbano, paisagístico, arquitetônico, arqueológico, artístico, etnográfico e genético.
Art. 180. São objetivos da Política Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural:
I – preservação, proteção, conservação, restauração e valorização dos bens tangíveis, naturais
ou construídos, assim como dos bens intangíveis, considerados patrimônios ou referências
históricas e culturais no âmbito do Município;
II – preservação da identidade de bairros e áreas de interesse histórico e cultural;
III – identificação de bens e manifestações culturais visando seu registro, valorização e
possível proteção;
IV – incentivo à participação social na pesquisa, identificação, proteção e valorização do
patrimônio histórico e cultural;
V – desenvolvimento de infraestrutura de turismo nas áreas de interesse histórico e cultural;
VI – proteção e documentação do patrimônio imaterial;
VII – desenvolvimento e aplicação de programa de educação patrimonial.
Art. 181. São diretrizes para a política relativa ao Patrimônio Histórico e Cultural:
I – desenvolver um plano de identificação e valorização de bens culturais, obras de arte
urbanas e monumentos da cidade;
II – elaborar normas para a preservação de bens de valor histórico, cultural, natural e
arquitetônico;
III – revitalizar áreas públicas de interesse do patrimônio histórico e cultural;
IV – preservar a identidade dos bairros, valorizando as características de sua história e
cultura;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 106)
CAPÍTULO X
DA POLÍTICA DA CRIANÇA NA CIDADE
Seção I
Da Garantia dos Direitos da Criança no Espaço Urbano
III – criar condições para a ocupação da cidade pela criança, com segurança, acessibilidade e
autonomia, possibilitando que desenvolva suas habilidades cognitivas, psicológicas,
emocionais e sociais por meio do encontro com diferentes crianças e suas famílias no espaço
público;
IV – ampliar os canais de escuta da criança e considerar as manifestações infantis nos planos
e projetos a serem realizados pelo poder público;
V – implantar um programa de qualificação técnica dos servidores públicos, para sensibilizá-
los em relação às necessidades da criança na cidade e no uso dos espaços públicos;
VI – estabelecer parcerias com universidades, órgãos do terceiro setor e institutos de pesquisa
e proteção da infância, que possam ajudar a produzir territórios educativos na cidade;
VII – trabalhar em conjunto com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente – CMDCA, assegurando que sejam cumpridas as medidas que se referem ao
território da cidade;
VIII – participar de redes nacionais e internacionais de Cidades das Crianças, reafirmando o
compromisso municipal com as ações para o pleno desenvolvimento da infância no espaço
urbano e possibilitando a troca de experiências com os demais membros da Rede.
Art. 183. São diretrizes da Política da Criança na Cidade:
I – considerar o Plano Municipal Decenal dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente
de Jundiaí (2018 – 2028), elaborado pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da
Criança e do Adolescente – CMDCA, como referência para as ações urbanísticas a serem
planejadas e executadas no âmbito do Município;
II – adotar o conceito internacional de Cidade das Crianças como referência para as ações
urbanísticas, ampliando a troca de experiências que favoreçam a criação de espaços mais
humanizados e lúdicos;
III – aprimorar os processos de escuta à criança, com a criação de comitês formados por elas,
de modo que as necessidades da infância possam ser mais facilmente identificadas pelos
adultos e contempladas nos planos, projetos e ações na cidade;
IV – organizar as manifestações e os pedidos das crianças durante as apresentações
municipais, em que crianças são recebidas pelo chefe do Executivo no intuito de ouvir suas
impressões sobre a cidade, para que elas possam servir como indicadores de planejamento
urbano;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 108)
V – ampliar a instalação de equipamentos para brincar nas áreas de uso público (parques,
praças, calçadas);
VI – instituir programa, que possibilite a restrição do tráfego de veículos em determinadas
vias, em determinados horários, mediante concordância de 75% (setenta e cinco por cento)
dos moradores locais;
VII – aprimorar e ampliar o programa de visitação à Serra do Japi por crianças e suas
famílias, possibilitando maior contato com a natureza exuberante do Município;
VIII – criar centro de estudos, memórias e pesquisas da infância no Município;
IX – realizar pesquisas para identificar onde ocorre o maior número de deslocamentos a pé de
crianças no trajeto entre a casa e a escola, priorizando melhorias nesses pontos;
X – prever, nos planos e projetos, a criação de rotas seguras e espaços lúdicos que propiciem
o bem-estar, o brincar e o exercício da criatividade em locais públicos e privados onde haja
circulação de criança, bem como a fruição de ambientes livres e seguros em suas
comunidades, conforme assegura o Marco Legal da Primeira Infância.
§ 1o. Fica criado o Grupo de Trabalho Criança na Cidade, com o objetivo de:
I – implementar as diretrizes definidas no caput deste artigo; e
II – integrar, consolidar e agilizar as ações pela criança no território urbano.
§ 2o. O Grupo de Trabalho Criança na Cidade é formado por representantes do Conselho
Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente e das seguintes Unidades de Gestão:
I – Planejamento Urbano e Meio Ambiente;
II – Cultura;
III – Educação;
IV – Esporte e Lazer;
V – Saúde;
VI – Assistência Social;
VII – Mobilidade e Transporte;
VIII – Serviços Públicos;
IX – Abastecimento, Agronegócio e Turismo.
Seção II
Do Programa de Qualificação Urbanística no entorno das Escolas
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 109)
Art. 184. O Programa tem como objetivo a qualificação urbanística no entorno das escolas
públicas municipais e nos trajetos dos alunos, com a criação de caminhos mais lúdicos,
acessíveis e seguros, que favoreçam o uso de espaços públicos pelas crianças, o
desenvolvimento de habilidades físicas, sociais e seu contato com a natureza.
Parágrafo único. O Programa é desenvolvido pela Unidade de Gestão de Planejamento
Urbano e Meio Ambiente, com o apoio do Grupo de Trabalho pela Criança na Cidade.
Seção III
Da Criação de Rotas Seguras
Art. 185. As rotas seguras para a circulação de crianças serão implementadas nos caminhos
que ligam as escolas aos espaços públicos.
§ 1o. O desenho das rotas deve ocorrer a partir das escolas.
§ 2o. Para criação das rotas seguras devem-se aplicar estratégias de comunicação visual
específicas para a compreensão de crianças e demais transeuntes, indicando a prioridade da
circulação das crianças.
§ 3o. As rotas seguras deverão promover:
I – o desenho universal para o dimensionamento adequado das calçadas;
II – intervenções lúdicas no trajeto;
III – mobiliários urbanos a partir da perspectiva e das necessidades das crianças;
IV – comunicação visual lúdica, a partir da perspectiva da criança;
V – arborização urbana em calçada, canteiros e jardins, garantindo o contato com a natureza e
conforto do percurso.
TÍTULO V
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO
CAPÍTULO II
DA MACROZONA RURAL
Art. 189. A Macrozona Rural se divide nas 03 (três) zonas descritas a seguir e delimitadas no
Mapa 1 do Anexo I desta Lei:
I – Zona de Proteção Hídrica e Desenvolvimento Rural;
II – Zona de Proteção da Serra dos Cristais;
III – Território de Gestão da Serra do Japi.
Seção I
Da Zona de Proteção Hídrica e Desenvolvimento Rural
Art. 190. A Zona de Proteção Hídrica e Desenvolvimento Rural caracteriza-se pela relevância
dos recursos hídricos, pela existência de fragmentos significativos de vegetação nativa,
entremeados por grande número de núcleos urbanos informais e de áreas de produção
agrícola, bem como áreas de mineração em atividade ou abandonadas.
Parágrafo único. A Zona de Proteção Hídrica e Desenvolvimento Rural tem a finalidade de
garantir a proteção dos mananciais de abastecimento do Município, a preservação dos
recursos naturais e a promoção do desenvolvimento rural e da produção agrícola, mediante a
valorização da atividade rural e o incentivo às atividades de turismo e ecoturismo nas
propriedades rurais.
Seção II
Da Zona de Proteção da Serra dos Cristais
Art. 191. A Zona de Proteção da Serra dos Cristais, situada ao sul do Município, na porção
leste da Rodovia Anhanguera, é formada pela Serra dos Cristais e Castanho, e caracteriza-se
pela existência de sistemas ambientais cujos elementos e processos ainda conservam
características naturais.
Parágrafo único. São objetivos específicos da Zona de Proteção da Serra dos Cristais:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 112)
I – manutenção das condições naturais dos elementos e processos que compõem os sistemas
ambientais;
II – proteção das espécies vegetais e animais, especialmente as ameaçadas de extinção;
III – respeito às fragilidades geológico-geotécnicas e de relevo dos seus terrenos;
IV – promoção de atividades ligadas à pesquisa, ao ecoturismo e à educação ambiental;
V – preservação de fragmentos de Mata Atlântica e proteção de nascentes e corpos hídricos da
bacia do Rio Jundiaí;
VI – desenvolvimento de atividades econômicas compatíveis com o desenvolvimento
sustentável;
VII – produção de água com potencial para o abastecimento público;
VIII – garantia da proteção e preservação dos fragmentos florestais de Cerrado e da Mata
Atlântica, sendo que a preservação dos estágios médio e avançado de regeneração se dará na
forma do art. 280 desta Lei e sua caracterização será feita pelo órgão licenciador competente.
Seção III
Do Território de Gestão da Serra do Japi
Art. 192. O Território de Gestão da Serra do Japi compreende as áreas da Serra do Japi e seu
entorno imediato, com seus limites definidos pela Lei Complementar n.º 417, de 29 de
dezembro de 2004.
§ 1o. O Território de Gestão da Serra do Japi é formado por:
I – Reserva Biológica da Serra do Japi;
II – Zona de Preservação, Restauração e Recuperação Ambiental;
III – Zona de Conservação Ambiental da Ermida;
IV – Zona de Conservação Ambiental da Malota;
V – Zona de Conservação Ambiental da Terra Nova.
§ 2o. São objetivos específicos do Território de Gestão da Serra do Japi:
I – manutenção do zoneamento estabelecido pela Lei Complementar n.º 417, de 29 de
dezembro de 2004;
II – manutenção e proteção da diversidade biológica e conservação das fisionomias dos
ecossistemas presentes no território;
III – desenvolvimento de estudos, da pesquisa científica e da educação ambiental;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 113)
CAPÍTULO III
DA MACROZONA URBANA
Art. 193. Para orientar o desenvolvimento urbano e dirigir a aplicação dos instrumentos
urbanísticos e jurídicos para atingir seus objetivos, a Macrozona Urbana se subdivide em 6
(seis) zonas de uso do solo e 4 (quatro) zonas especiais, descritas a seguir e delimitadas no
Mapa 2 do Anexo I desta Lei:
I – Zona de Reabilitação Central – ZRC;
II – Zona de Qualificação dos Bairros – ZQB;
III – Zona de Preservação dos Bairros – ZPB;
IV – Zona de Desenvolvimento Urbano – ZDU;
V – Zona de Uso Industrial – ZUI;
VI – Zona de Conservação Ambiental – ZCA.
Seção I
Da Zona de Reabilitação Central – ZRC
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 114)
Art. 194. A Zona de Reabilitação Central, situada no centro e de ocupação mais antiga do
Município, caracteriza-se pela alta taxa de urbanização, significativa saturação viária elevada
concentração de empregos, serviços e equipamentos e pelo caráter de centralidade do
município, com a concentração de áreas e edificações que integram o patrimônio histórico e
cultural.
Parágrafo único. São objetivos específicos da Zona de Reabilitação Central:
I – fortalecimento do caráter de centralidade municipal, respeitando o patrimônio histórico e
cultural, otimizando a oferta de infraestrutura existente, renovando os padrões de uso e
ocupação e fortalecendo a base econômica local;
II – valorização das áreas de patrimônio cultural com a proteção e recuperação de imóveis e
locais de referência da população da cidade, estimulando usos e atividades compatíveis com a
preservação e sua inserção na área central;
III – incentivo ao desenvolvimento de atividade turística, visando a valorização do
patrimônio, bem como a sua preservação;
IV – melhoria e complementação do sistema de mobilidade urbana, com integração entre os
sistemas de transporte coletivo, viário, cicloviário e de circulação de pedestres, dotando-o de
condições de acessibilidade universal e sinalizações adequadas;
V – garantia de prioridade para a acessibilidade de pedestres, ciclistas, pessoas com
necessidades especiais e mobilidade reduzida em detrimento da circulação de veículos
particulares;
VI – estímulo à provisão habitacional de interesse social para a população de baixa renda de
modo a aproximar a moradia do emprego;
VII – redefinição dos parâmetros de uso e ocupação do solo para qualificação dos espaços
públicos e da paisagem urbana e promoção da proximidade de diferentes tipologias
residenciais para grupos de baixa, média e alta renda;
VIII – regulação da produção imobiliária para captura, pelo Município, da valorização
imobiliária decorrente de investimentos públicos, para financiamento de melhorias e
benefícios públicos;
IX – estímulo ao desenvolvimento de polos de economia criativa;
X – ampliação, integração e valorização dos espaços livres de uso público.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 115)
Seção II
Da Zona de Qualificação dos Bairros – ZQB
Art. 195. A Zona de Qualificação dos Bairros abrange, predominantemente, os bairros mais
antigos, com alta taxa de urbanização e uso misto.
Parágrafo único. São objetivos específicos da Zona de Qualificação dos Bairros:
I – melhoria das condições urbanísticas e ambientais dos bairros existentes, com oferta
adequada de comércio, serviços, equipamentos comunitários e infraestruturas para formação e
consolidação das centralidades;
II – permissão de atividades não residenciais compatíveis com o uso residencial, na
perspectiva de garantir a manutenção da qualidade urbana dos bairros tradicionais e reduzir
sobrecargas no sistema viário local;
III – estímulo ao adensamento populacional nas áreas vazias, com diversidade social, a fim de
aproveitar melhor a infraestrutura instalada e equilibrar a relação entre oferta de empregos e
moradias;
IV – melhoria e complementação do sistema de mobilidade urbana, com integração entre os
sistemas de transporte coletivo, cicloviário, de circulação de pedestres e viário, dotando-o de
condições de acessibilidade universal e sinalização de acordo com as normas vigentes;
V – regulação da produção imobiliária para captura, pelo Município, da valorização
imobiliária decorrente de investimentos públicos, para financiamento de melhorias e
benefícios públicos;
VI – redefinição dos parâmetros de uso e ocupação do solo para qualificação dos espaços
públicos e da paisagem urbana e que promovam a proximidade de diferentes tipologias
residenciais;
VII – manutenção da população moradora, inclusive mediante promoção da urbanização e
regularização fundiária de assentamentos habitacionais irregulares existentes, com oferta de
serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas que atendam à demanda;
VIII – estímulo à provisão habitacional de interesse social para a população de baixa renda,
de forma a contribuir para a redução do déficit habitacional existente;
IX – garantia da proteção e preservação dos fragmentos florestais de Cerrado e da Mata
Atlântica como os já demarcados no Mapa 4 do Anexo I desta Lei, sendo que a preservação
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 116)
dos estágios médio e avançado de regeneração se dará na forma do art. 280 desta Lei e sua
caracterização será feita pelo órgão licenciador competente.
X – estímulo ao desenvolvimento de polos de economia criativa;
XI – estímulo à arborização urbana e à agricultura urbana;
XII – respeito ao patrimônio histórico cultural.
Seção III
Da Zona de Preservação dos Bairros – ZPB
Art. 196. A Zona de Preservação dos Bairros caracteriza-se pela ocupação por áreas com
menor densidade habitacional ou adjacentes às áreas de urbanização consolidada.
Parágrafo único. São objetivos específicos da Zona de Preservação dos Bairros:
I – manutenção da qualidade urbanística e ambiental dos bairros existentes, com
características predominantemente residenciais e baixa densidade habitacional;
II – formação de novos bairros com padrão de parcelamento em lotes de 500m² (quinhentos
metros quadrados), menor densidade habitacional e predominância do uso habitacional;
III – ocupação adequada dos vazios existentes de forma a garantir a qualificação do território;
IV – permissão de usos compatíveis com a ocupação residencial, com pequena oferta de
comércio e serviços para atendimento das demandas locais;
V – estímulo à arborização urbana e à agricultura urbana;
VI – respeito ao patrimônio histórico cultural.
Seção IV
Da Zona de Desenvolvimento Urbano – ZDU
Art. 197. A Zona de Desenvolvimento Urbano corresponde às áreas ao longo dos principais
eixos viários da cidade, destinadas à implantação de usos residenciais e atividades comerciais
e de serviços que, por sua natureza, gerem tráfego pesado ou intenso e de atendimento à
demanda de atividades necessárias.
§ 1o. São objetivos da Zona de Desenvolvimento Urbano:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 117)
Seção V
Da Zona de Uso Industrial – ZUI
Art. 198. A Zona de Uso Industrial abrange as áreas ao longo das Rodovias Anhanguera,
Prof. Hermenegildo Tonolli, Dom Gabriel Paulino Bueno Couto e Presidente Tancredo
Neves, e demais áreas indicadas no Mapa 2 do Anexo I, que articulam diferentes municípios e
polos de emprego regional, onde se verificam processos de transformação econômica e dos
padrões de uso e ocupação do solo.
Parágrafo único. São objetivos da Zona de Uso Industrial:
I – promoção da atividade econômico-industrial, de grandes empreendimentos de comércio,
serviços e logística de escala regional;
II – estímulo à atividade de geração de energias alternativas de forma coletiva;
III – incentivo à geração coletiva de energia elétrica e a reciclagem industrial.
Seção VI
Da Zona de Conservação Ambiental – ZCA
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 118)
Art. 199. A Zona de Conservação Ambiental compreende áreas que estabelecem a transição
entre os usos urbano e rural, ou constituem vazios urbanos cuja localização inviabiliza os usos
rurais, mas possuem atributos ambientais importantes que devem ser conservados e
protegidos, sobretudo mananciais de abastecimento de água.
Parágrafo único. São objetivos da Zona de Conservação Ambiental:
I – proteção e conservação dos mananciais;
II – redução e o controle do adensamento construtivo e demográfico nas áreas próximas às
áreas ambientalmente frágeis e de abastecimento hídrico, gerando uma região de
amortecimento para áreas de proteção;
III – apoio à manutenção das atividades rurais existentes.
CAPÍTULO IV
DO ZONEAMENTO ESPECIAL
Art. 200. As Zonas Especiais são porções do território com diferentes características ou
destinação específica, e requerem normas próprias de uso e ocupação do solo que prevalecem
sobre as demais:
I – Zona Especial de Regularização Fundiária – ZERF;
II – Zona Especial de Interesse Social – ZEIS;
III – Zona Especial de Interesse Histórico Cultural – ZEIC;
IV – Zona Especial de Proteção Ambiental – ZEPAM.
Seção I
Da Zona Especial de Regularização Fundiária – ZERF
Art. 201. A Zona Especial de Regularização Fundiária – ZERF é constituída pelas áreas dos
núcleos urbanos informais, ocupados ou não por população de baixa renda, na forma prevista
nesta Lei.
§ 1o. As áreas que constituem a ZERF correspondem aos núcleos urbanos informais
consolidados, indicados nos Mapas 2 e 5 do Anexo I desta Lei e aqueles que constam nas
ortofotos oriundas do levantamento aerofotogramétrico realizado em 2012.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 119)
Seção II
Da Zona Especial de Interesse Social – ZEIS
§ 1o. As áreas que já constituem a ZEIS estão indicadas nos Mapas 2 e 6 desta Lei. (Acrescido
pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 2o. A utilização como ZEIS 2 dos imóveis situados na Zona de Preservação de Bairros –
ZPB ou na Zona de Conservação Ambiental – ZCA deverá observar as seguintes condições:
(Acrescido pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
I – áreas de até 50.000 m2 poderão ser totalmente parceladas como ZEIS 2;
II – áreas maiores que 50.000 m2 e até 100.000 m2 poderão integrar a ZEIS 2, a fração de
áreas com até 50.000 m2, devendo o restante continuar no Zoneamento de origem, ZPB ou
ZCA;
III – áreas superiores a 100.000 m2 só 50% poderá integrar a ZEIS 2 e os outros 50% deverão
ser utilizados nos Zoneamentos que se encontram, isto é, ZPB ou ZCA.
§ 3o. Nas Zonas de Uso Industrial – ZUI as áreas a serem requeridas como ZEIS 2 deverão ser
adjacentes às áreas de zoneamento habitacional com ocupação consolidada. (Acrescido pela Lei
n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Art. 203. São objetivos das ZEIS:
I – integração dos programas voltados à Habitação de Interesse Social com as demais
políticas públicas;
II – garantia de programas de urbanização e de construção de moradias com características de
adaptabilidade às condições de acessibilidade universal;
III – inibição de ocupações em áreas ambientalmente sensíveis, de risco e non aedificandi;
IV – adequação das normas e fixação de parâmetros urbanísticos específicos para Habitação
de Interesse Social;
V – oferta de serviços de assistência técnica e jurídica nos processos de regularização
urbanística e fundiária diretamente ou mediante convênios e parcerias;
VI – remoção de famílias nos casos de premente necessidade e sua relocação
preferencialmente no entorno.
Art. 204. A indicação de toda a demanda para as unidades produzidas nas ZEIS 2 será
regulamentada pelo Poder Executivo, ouvida a Fundação Municipal de Ação Social –
FUMAS e observadas as normas federais e estaduais dos respectivos programas destinados à
produção habitacional, dando prioridade ao atendimento de famílias em área de risco, às
remoções necessárias, aos cadastrados que possuam pessoas idosas ou com deficiências na
família.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 121)
Seção III
Da Zona Especial de Interesse Histórico Cultural – ZEIC
Art. 207. A Zona Especial de Interesse Histórico Cultural – ZEIC compreende porções do
território do Município e tem por finalidade a preservação e valorização do seu patrimônio
histórico e cultural, subdivididas em 02 (duas) categorias:
I – ZEIC 1: composta pelos imóveis ou áreas tombadas por legislação municipal, estadual ou
federal e aqueles que se encontram na fase de estudo de tombamento, bem como os imóveis
pertencentes ao Inventário de Proteção do Patrimônio Artístico e Cultural de Jundiaí –
IPPAC;
II – ZEIC 2: composta por conjunto de imóveis, de domínio público ou privado, cuja proteção
ou preservação sejam de interesse comum, quer por sua vinculação histórica, quer por seu
valor cultural, arquitetônico, arqueológico, artístico, paisagístico ou urbano.
§ 1o. São objetivos específicos das ZEIC:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 123)
Seção IV
Da Zona Especial de Proteção Ambiental – ZEPAM
Art. 210. As Zonas Especiais de Proteção Ambiental – ZEPAM são porções do território do
Município destinadas à preservação e proteção de patrimônio ambiental, que têm como
principais atributos fragmentos de Mata Atlântica e de Cerrado, arborização de relevância
ambiental, alto índice de permeabilidade e existência de nascentes e outros corpos d’água,
áreas que prestam relevantes serviços ambientais, entre os quais a conservação da
biodiversidade, controle de processos erosivos e de inundação, produção de água e regulação
microclimática e a consolidação da Zona de Vida Silvestre, como estabelecido pela Área de
Proteção Ambiental de Jundiaí, com base no art. 4o da Lei Estadual n.º 4.095, de 12 de junho
de 1984, e no art. 16 do Decreto Estadual n.º 43.284, de 3 de julho de 1998.
§ 1o. A ZEPAM poderá ser ampliada em razão do interesse público, desde que a inclusão de
novas áreas seja acompanhada de parecer emitido pelo Departamento de Meio Ambiente da
UGPUMA, ouvidos o Conselho Municipal de Política Territorial – CMPT e o Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA.
§ 2o. O conjunto de áreas protegidas referidos no caput deste artigo é considerado de interesse
público para o cumprimento de funcionalidades preservacionistas, ecológicas, paisagísticas,
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 127)
III – estejam situadas a uma distância igual ou superior a 100 (cem) metros do eixo do canal
do Rio Jundiaí.
§ 3o. Quando as áreas da ZEPAM ao longo do Rio Jundiaí à jusante à Rodovia dos
Bandeirantes forem doadas ao município a largura da faixa medida a partir do eixo do canal
do curso d’água poderá ser reduzida para 100 (cem) metros, com a consequente ampliação da
zona de uso do solo adjacente.
Art. 212. São objetivos da ZEPAM:
I – conservação da biodiversidade;
II – conservação de áreas objeto de prestação de serviços ambientais;
III – proteção e recuperação da cobertura florestal;
IV – qualificação das áreas verdes públicas;
V – incentivo à conservação das áreas verdes;
VI – implantação de corredores ecológicos;
VII – garantia da disponibilidade e qualidade da água;
VIII – regulação do microclima;
IX – garantia da proteção e preservação dos fragmentos florestais de Cerrado e da Mata
Atlântica como os já demarcados no Mapa 4 do Anexo I desta Lei, sendo que a preservação
dos estágios médio e avançado de regeneração se dará na forma do art. 280 desta Lei e sua
caracterização será feita pelo órgão licenciador competente;
X – garantia da obediência do previsto para Zona de Vida Silvestre estabelecida pela Área de
Proteção Ambiental de Jundiaí, conforme art. 4o da Lei Estadual n.º 4.095, de 12 de junho de
1984, e o art. 16 do Decreto Estadual n.º 43.284, de 3 de julho de 1998.
Art. 213. São diretrizes da ZEPAM:
I – ampliar a oferta de áreas verdes públicas;
II – recuperar os espaços livres e as áreas verdes degradadas, incluindo solos e cobertura
vegetal;
III – promover interligação entre espaços livres e áreas verdes de importância ambiental;
IV – compatibilizar a proteção e recuperação das áreas verdes com o desenvolvimento
socioambiental e com atividades econômicas, especialmente as de utilidade pública.
Art. 214. Com o objetivo de promover e incentivar a preservação das áreas definidas como de
Proteção Ambiental poderá ser aplicado na ZEPAM, especialmente, o instrumento de
Pagamento por Serviços Ambientais – PSA, conforme definido nesta Lei.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 129)
Art. 215. São permitidos na ZEPAM os seguintes usos, desde que não impliquem a supressão
de vegetação em estágio médio ou avançado de regeneração, ressalvadas as hipóteses legais, e
sem prejuízo das restrições previstas em legislação federal e estadual específicas:
I – pesquisa e desenvolvimento tecnológico;
II – educação ambiental;
III – lazer e ecoturismo;
IV – comércio e serviços de pequeno porte relacionados aos usos mencionados nos incisos
anteriores;
V – atividades, obras e serviços envolvidos com o abastecimento público de água e sua
manutenção;
VI – implantação de áreas verdes do Município;
VII – atividades, obras e serviços envolvidos com a implantação e manutenção do serviço
público municipal;
VIII – compensação ambiental;
IX – atividades públicas de cultura, esporte e educação.
§ 1o. Os usos regularmente existentes na ZEPAM poderão ser tolerados.
§ 2o. Nas áreas de ZEPAM ao longo do Rio Jundiaí e à jusante da Rodovia dos Bandeirantes,
será permitida a atividade de mineração.
CAPÍTULO V
DO SISTEMA VIÁRIO
Art. 216. O sistema viário do Município é constituído pelas vias existentes e projetadas, quer
sejam municipais, estaduais ou federais, indicadas no Mapa 2 do Anexo 1, que faz parte
integrante desta Lei.
Art. 217. As vias públicas integrantes do sistema viário do Município são classificadas de
acordo com suas funções urbanísticas, subdividindo-se nas seguintes categorias:
I – vias de desenvolvimento regional: compreendem as rodovias e avenidas marginais e se
destinam a atividades vinculadas à indústria, logística e grandes serviços, promovendo o
desenvolvimento do território;
II – vias de organização do território:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 130)
Seção I
Do Grupo Técnico de Mobilidade
Seção II
Das Vias Existentes
Art. 220. As vias existentes e em uso público por mais de dez anos, sem oposição, serão
consideradas oficiais e poderão ter suas dimensões ajustadas conforme as diretrizes viárias
emitidas pela Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, consultadas as
Unidades de Gestão de Mobilidade e Transporte e de Infraestrutura e Serviços Públicos.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 132)
§ 1o. A classificação das vias existentes, quando não identificada nesta Lei, será realizada
mediante decreto do Executivo, ouvidas as Unidades de Planejamento Urbano e Meio
Ambiente (UGPUMA) e de Mobilidade e Transporte (UGMT), com base na manifestação do
Grupo Técnico de Mobilidade.
§ 2o. As vias projetadas serão implantadas de acordo com as diretrizes viárias, pelo poder
público ou pela iniciativa privada, em parceria com o Município ou em projetos de novas
urbanizações ou loteamentos.
§ 3o. As vias existentes nos parcelamentos irregulares não serão consideradas oficiais, até que
seja concluído o processo de regularização fundiária, com a devida classificação das vias.
Seção III
Da Abertura de Novas Vias
Art. 221. A abertura de novas vias deverá obedecer às diretrizes definidas pelo Município
quanto ao traçado, aos alinhamentos, às larguras mínimas e aos raios das curvas de
concordância, observadas as condições mínimas estabelecidas nesta Lei.
§ 1o. As larguras mínimas das novas vias, com exceção das situadas em ZEIS ou ZERF, são as
estabelecidas no Quadro 4, a seguir:
Quadro 4 – Larguras mínimas de novas vias
§ 6o. Nas concordâncias dos alinhamentos de vias com classificações diferentes, prevalecerão
os raios mínimos especificados para as vias de menor importância de acordo com a
classificação para fins de uso do solo.
§ 7o. Nas esquinas contrárias ao fluxo de veículos, o raio mínimo poderá ser menor, a critério
da UGPUMA, de acordo com o projeto geométrico da via.
§ 8o. Nos empreendimentos com frente exclusiva para rodovias, o acesso deverá ser realizado
por avenida marginal municipal com largura mínima de 15m (quinze metros) ao longo das
faixas de domínio público das rodovias, implantada a expensas do interessado, de acordo com
as diretrizes expedidas pelo Município e exigências das concessionárias pertinentes.
§ 9o. A implantação de vias marginais às rodovias para viabilizar o acesso aos terrenos
lindeiros poderá ser autorizada mediante a aprovação de projeto específico,
independentemente do parcelamento do solo.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 134)
§ 10. Quando as vias projetadas servirem de acesso ou de frente para lotes dos projetos de
loteamentos ou de conjuntos de edificações, além da doação das áreas, deverá ser implantada
a via, ou trecho dela, a expensas do empreendedor.
§ 11. Ao longo das áreas destinadas às linhas de transmissão, deverá ser reservada faixa não
edificante com largura mínima de 15m (quinze metros), que poderá servir para implantação
de avenida marginal dependendo das diretrizes definidas pelo Município.
§ 12. As larguras e características das vias dos parcelamentos e projetos habitacionais nas
ZEIS 1 e ZERF atenderão aos parâmetros específicos previstos para estas áreas.
Art. 222. As novas vias oriundas de loteamentos ou parcelamentos regulares de solo serão
classificadas pela Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, na análise
do projeto.
§ 1o. No caso de continuidade de via existente, a classificação viária será determinada na
emissão das diretrizes.
§ 2o. Registrado o loteamento, a classificação será efetivada mediante ato do Executivo.
§ 3o. Nas vias não originárias de loteamentos ou parcelamentos regulares de solo, a
classificação será efetivada após conclusão do processo administrativo específico e expedição
de decreto.
§ 4o. Nos casos de aprovação de projetos de parcelamento do solo, mediante loteamento ou
desmembramento, e nos empreendimentos de utilização de glebas para conjuntos de
edificações, as áreas atingidas pelas diretrizes viárias deverão ser doadas ao Município.
§ 5o. Nos empreendimentos enquadrados em EIV/RIV ou RIT atingidos por diretrizes viárias,
é obrigatória, além da doação definida no caput, a implantação da via projetada no trecho
correspondente ao projeto em análise.
§ 6o. Em caso de alteração do viário existente, não será admitido diminuir a largura da
calçada.
Art. 223. Para a oficialização, a nova via deverá estar aberta, devidamente implantada e
classificada por meio da expedição de decreto de acordo com diretrizes ou projetos aprovados
pela Prefeitura, assim como integrar o patrimônio público municipal.
CAPÍTULO VI
DO USO DO SOLO
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 135)
Art. 224. Os usos urbanos e rurais instalados ou pretendidos no Município são classificados
nas cinco categorias apresentadas a seguir:
I – Habitacional (Hab);
II – Comercial e Serviços (Com);
III – Industrial (Ind);
IV – Rural (Rur);
V – Extração mineral (Ext).
Art. 225. O enquadramento das atividades nas categorias e subcategorias de uso propostas
nesta Lei tem como base a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE,
instrumento de padronização nacional dos códigos de atividades econômicas do país,
apresentado no Quadro I do Anexo II desta Lei.
Parágrafo único. O enquadramento das atividades apresentado nesta Lei poderá ser revisto
mediante solicitação justificada do requerente, com a descrição detalhada da atividade
pretendida, que será analisada pela equipe técnica da Unidade de Gestão de Planejamento
Urbano e Meio Ambiente e pelo Grupo Técnico de Uso e Ocupação do Solo – GTUOS,
considerando o grau de incomodidade causado à vizinhança.
Art. 226. Para efeito de simplificação dos procedimentos de concessão de alvará de
funcionamento, as atividades econômicas são também classificadas de acordo com o grau de
risco, compreendido como o nível de perigo potencial de ocorrência de danos à integridade
física, à saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio, em decorrência do seu exercício,
em consonância com o disposto na Resolução CGSIM n.º 22, de junho de 2010, do Comitê
para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas
e Negócios, alterada pela Resolução CGSIM n.º 24, de 10 de maio de 2011.
§ 1o. A classificação das atividades de acordo com o grau de risco será regulamentada por
decreto no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da data da aprovação desta Lei.
§ 2o. Os procedimentos para simplificação do licenciamento das atividades classificadas como
de baixo risco serão definidos pela UGGF, em parceria com a UGPUMA, no prazo de até 12
(doze) meses a partir da publicação desta Lei.
Art. 227. Para seu devido licenciamento, as atividades deverão ser realizadas em imóveis
situados em via oficial ou servidão registrada.
Parágrafo único. Para efeito de uso do solo, as servidões de passagem registradas serão
consideradas como vias de acesso ao lote.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 136)
Seção I
Dos Usos Habitacionais (Hab)
Parágrafo único. O projeto da habitação multifamiliar deverá prever a arborização de, pelo
menos, 30% (trinta por cento) das áreas permeáveis exigidas nas respectivas zonas de uso do
solo, observando a definição de áreas permeáveis desta Lei.
Art. 230. Os projetos de habitação multifamiliar horizontal deverão atender os parâmetros
urbanísticos previstos para a zona em que esteja inserido e a Norma Brasileira de
Acessibilidade.
§ 1o. Nas habitações multifamiliares horizontais ou verticais, as vias particulares de circulação
de veículos deverão possuir faixa de rolamento com largura mínima de 6,00m (seis metros),
quando utilizadas nos dois sentidos, e 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) quando
utilizadas com uma única mão de direção.
§ 2o. Nas habitações multifamiliares horizontais ou verticais com mais de 100 unidades,
deverão ser implantadas vias de circulação para pedestres com largura mínima de 1,20m (um
metro e vinte centímetros), podendo ou não estar integradas à via de circulação de veículos na
forma de passeios.
Art. 231. Os parâmetros de vaga de veículos por unidade habitacional deverão obedecer ao
disposto no Quadro III do Anexo II desta Lei, podendo estar situada na própria unidade, em
bolsão de estacionamento ou em subsolo, inclusive as vagas de visitantes.
Art. 232. Para a aprovação do projeto de conjunto multifamiliar horizontal ou vertical
deverão ser apresentados os seguintes documentos:
I – projeto de implantação, contendo a locação das unidades autônomas, as áreas comuns, vias
particulares e seções das vias;
II – projeto arquitetônico básico das unidades autônomas e áreas comuns;
III – projeto de drenagem das águas pluviais;
IV – projeto de terraplenagem, acompanhado de levantamento planialtimétrico cadastral
georreferenciado.
Parágrafo único. No caso de empreendimento de interesse social, será necessário firmar
Termo de Compromisso com a FUMAS, de acordo com a legislação pertinente.
Parágrafo único. No caso de empreendimento de interesse social, os projetos descritos neste
artigo deverão ser protocolados na FUMAS e serão analisados após firmar o Termo de
Compromisso, de acordo com a legislação vigente. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de
agosto de 2022)
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 138)
Art. 233. Para o caso de habitação multifamiliar vertical com mais de 200 (duzentas)
unidades habitacionais localizadas na Zona de Desenvolvimento Urbano, ou nas vias de
concentração ou estruturais de qualquer zona de uso do solo, será exigida a implantação de
via exclusiva para acesso ao empreendimento com largura total de 8,50m (oito metros e
cinquenta centímetros) e passeio lindeiro ao imóvel com largura de 3,50m (três metros e
cinquenta centímetros).
§ 1o. O disposto no caput deste artigo será dispensado em lotes com testada inferior a 30m
(trinta metros) e em casos de comprovada inviabilidade técnica.
§ 2o. A via de acesso ao empreendimento descrita no caput poderá situar-se no recuo frontal
das edificações.
Seção II
Dos Usos de Comércio e Serviço (Com)
Art. 234. A categoria de comércio e serviço está distribuída nos Grupos 2 a 7 segundo o tipo
de incômodo potencial da atividade, descritos a seguir:
I – Grupo 2: Comércio e serviço com fluxo ocasional de pessoas e veículos leves, que se
subdivide em 03 (três) subcategorias:
a) Com.2.1 – Uso familiar: atividades realizadas na própria moradia do empreendedor,
ocupando até 50 m2 (cinquenta metros quadrados) de área, desenvolvida pelo próprio morador
com dois funcionários no máximo e anúncio de pequeno porte indicativo, desde que não haja
estocagem e ou manuseio de materiais explosivos, radioativos, tóxicos ou inflamáveis
diferentes daqueles usados no cotidiano de uma residência; não gere vibração aos imóveis
vizinhos; não emita ruídos acima de 50 dB (cinquenta decibéis) e utilize equipamento para
controle de odores, se for o caso, para não gerar incômodos à vizinhança;
b) Com.2.2 – Uso estabelecido: escritórios e consultórios realizados em imóvel licenciado
para comércio/serviço;
c) Com.2.3 – Uso estabelecido: demais atividades de comércio e serviço realizadas em imóvel
licenciado para comércio/serviço;
II – Grupo 3: Comércio e serviço com fluxo concentrado de pessoas e veículos leves;
III – Grupo 4: Comércio e serviço com ruído diurno produzido por máquinas e equipamentos
utilizados;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 139)
IV – Grupo 5: Comércio e serviço com ruído noturno, após às 22h (vinte e duas horas),
causado pela reunião de pessoas, animais ou equipamentos utilizados;
V – Grupo 6: Comércio e serviço com fluxo de veículos pesados;
VI – Grupo 7: Comércio e serviço com características especiais, que podem gerar impactos
específicos e devem ser analisadas individualmente.
Parágrafo único. A instalação de atividades de oficina mecânica, troca de óleo e lavagem de
carros nas áreas objeto da Lei n.º 2.405, de 10 de junho de 1980, dependerá da análise e
autorização da concessionária dos serviços de abastecimento de água do município, bem
como do atendimento das condições que ela determinar.
Art. 235. As atividades do Grupo 2 poderão ser exercidas de forma ambulante ou provisória,
em bancas, barracas ou veículos móveis, observados os seguintes critérios:
I – a atividade seja permitida no local, conforme o Quadro I do Anexo II desta Lei;
II – sejam respeitados os parâmetros de utilização do terreno;
III – sejam cumpridas as exigências sanitárias e demais condições relativas à atividade a ser
desenvolvida.
§ 1o. As atividades de comércio e serviço ambulante poderão ser realizadas em imóveis
particulares ou públicos, a título precário, mediante licenciamento pelo órgão municipal
competente.
§ 2o. As condições para realização de atividades de comércio e serviço ambulante em áreas
públicas serão definidas pela UGPUMA em legislação específica, que indicará:
I – os locais passíveis de instalação de ambulantes;
II – o processo de seleção dos interessados;
III – as obrigações dos usuários e as restrições de uso;
IV – os prazos da cessão de uso do espaço público;
V – os modelos de bancas e unidades comerciais a serem adotados pelos comerciantes.
§ 3o. Quando a atividade ambulante for realizada em imóvel particular, o requerente deverá
apresentar comprovação de posse do imóvel ou um instrumento legal de cessão do direito de
uso, caso não seja o proprietário do imóvel, e a Certidão de Uso do Solo com a permissão da
atividade no local.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 140)
Seção III
Dos Usos Industriais (Ind)
Art. 236. A categoria indústria está contida no Grupo 8 e se subdivide, segundo o grau de
complexidade (W) adotado pela CETESB, nas 05 (cinco) subcategorias seguintes:
I – Ind.1: Baixo potencial poluidor (BPP): são as indústrias que não realizam operações de
tratamento térmico, tratamento superficial e fundição de metais; não realizam operações de
lavagem e/ou desinfecção de material plástico para recuperação; sejam instalados em imóveis
Rurais com Reserva Legal averbada e/ou cadastrados no sistema SICAR-SP ou em imóveis
Urbanos; tenham capacidade de armazenamento de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP inferior
a 4.000 kg (quatro mil quilos); não realizem queima de combustíveis e; não excedam os
critérios de porte da tabela SILIS da CETESB, podendo ser realizadas na condição de uso
familiar;
II – Ind.2: Impacto desprezível: indústrias com W entre 1 e 1,5;
III – Ind.3: Impacto leve: indústrias com W entre 2 e 3;
IV – Ind.4: Impacto moderado: indústrias com W entre 3,5 e 4;
V – Ind.5: Impacto alto: indústrias com W entre 4,5 e 5.
Parágrafo único. Nos imóveis situados na Zona de Uso Industrial, limítrofes às Zonas de
Qualificação dos Bairros, Preservação dos Bairros e de Conservação Ambiental, somente
serão permitidas atividades industriais da categoria Ind.5 quando houver separação entre as
duas zonas por uma via, um rio ou córrego ou por uma barreira de vegetação com altura
mínima de 2m (dois metros) e largura mínima de 20% (vinte por cento) da profundidade ou
20m (vinte metros), a critério do requerente.
Seção IV
Dos Conjuntos de Comércio, Serviço e Indústria
Art. 237. O conjunto de comércio e serviço e o conjunto industrial poderão ser implantados
em lotes cuja área máxima seja igual à dimensão máxima definida nesta Lei para a quadra da
respectiva zona de uso do solo.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 141)
§ 1o. Deverão ser gravadas no projeto as subcategorias comerciais e/ou industriais horizontais
autorizadas para o respectivo imóvel, de acordo com os parâmetros contemplados na
aprovação.
§ 2o. Deverá ser prevista a arborização das áreas permeáveis, tal como definidas nesta Lei.
Art. 238. Os parâmetros de vaga de veículos por unidade de comércio, serviço e indústria
deverão obedecer ao disposto no Quadro III do Anexo II desta Lei, podendo estar situada na
própria unidade, em bolsão de estacionamento ou em subsolo, inclusive as vagas de visitantes.
Art. 239. O acesso a cada unidade de comércio, serviço e indústria poderá ser feito através de
via particular de circulação de veículos ou de pedestres internas ao conjunto.
§ 1o. A via particular de circulação de veículos interna ao conjunto, quando houver, deverá ter
largura mínima, no caso de único acesso, de 10m (dez metros) para usos de comércio e
serviços e de 15m (quinze metros) para uso industrial.
§ 2o. Para empreendimentos com dois acessos, a largura mínima da via particular poderá ser
de 5m (cinco metros) para usos de comércio e serviços e 7,50m (sete metros e cinquenta
centímetros) para uso industrial.
§ 3o. Os passeios da via particular deverão ter largura mínima de 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros) e declividade máxima de acordo com a NBR 9050 ou outra que vier a
substituí-la.
§ 4o. No caso de acesso às unidades de comércio, serviço e indústria por via de pedestres, a
largura mínima deve ser de 4m (quatro metros) e declividade máxima de acordo com a NBR
9050 ou outra que vier a substituí-la.
Art. 240. As edificações do empreendimento deverão respeitar os recuos de frente com
relação aos logradouros públicos oficiais, bem como os laterais e de fundo com relação às
divisas do lote, conforme o zoneamento definido nesta Lei.
Art. 241. Para a aprovação do projeto de conjunto de comércio e serviço horizontal ou
vertical e de conjunto industrial horizontal ou vertical deverão ser apresentados os seguintes
documentos:
I – projeto de implantação, contendo a locação das unidades autônomas ou dos edifícios, as
áreas comuns, vias particulares e seções das vias se houver;
II – projeto arquitetônico básico das unidades autônomas e áreas comuns;
III – projeto de drenagem das águas pluviais;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 142)
Seção V
Dos Usos Rurais (Rur)
Art. 243. A categoria rural está contida no Grupo 9 e se subdivide em 7 (sete) grupos de
atividades:
I – Rur.1: agricultura, compreendendo as atividades de cultivo com a produção de alimentos e
de outros produtos vegetais;
II – Rur.2: pecuária, compreendendo as atividades de criação e tratamento de animais;
III – Rur.3: silvicultura, compreendendo as atividades ligadas ao cultivo de árvores e
florestas;
IV – Rur.4: aquicultura, compreendendo o cultivo animal em meio aquático, tal como o
cultivo de peixes, crustáceos, rãs e outros;
V – Rur.5: recreação e turismo rural, compreendendo as atividades desenvolvidas no meio
rural e vinculadas às funções rurais, comprometidas com a produção agrosilvopastoril,
agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e
natural da comunidade e contribuindo para sua manutenção, tais como atividades realizadas
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 143)
Seção VI
Da Extração Mineral (Ext)
Art. 244. A categoria extração mineral está contida no Grupo 10 e se subdivide em 3 (três)
grupos de atividades:
I – Ext.1: água;
II – Ext.2: areia, cascalho, argila, pedra;
III – Ext.3: folhelho argiloso.
§ 1o. As atividades minerárias, para serem realizadas, deverão possuir documento que autorize
a exploração mineral, emitido pelo DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, ou
pela ANM – Agência Nacional de Mineração, além da autorização do Município.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 144)
§ 2o. Serão permitidas novas extrações de areia, cascalho e argila ao longo da margem do Rio
Jundiaí, a jusante da Rodovia Anhanguera.
§ 3o. Não serão permitidas novas poligonais para extração de argila vermelha e folhelho
argiloso na bacia do Rio Jundiaí Mirim.
Seção VII
Das Atividades de Economia Criativa
Art. 245. São consideradas atividades de economia criativa aquelas que abrangem os ciclos
de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade, cultura e capital
intelectual como insumos primários, tais como:
I – arquitetura e design;
II – artes performáticas, visuais, plásticas e escrita;
III – audiovisual, edição e impressão;
IV – ensino e cultura;
V – entretenimento;
VI – gastronomia;
VII – informática;
VIII – patrimônio histórico;
IX – pesquisa e desenvolvimento;
X – publicidade e propaganda;
XI – turismo.
§ 1o. As atividades passíveis de enquadramento como economia criativa e seus respectivos
códigos CNAE são apresentados no Quadro II do Anexo II desta Lei.
§ 2o. Caberá à Unidade de Gestão de Cultura – UGC, em conjunto com a Unidade de Gestão
de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia – UGDECT e com a UGPUMA, a
criação de uma certificação para caracterizar as empresas criativas no Município de Jundiaí e
os incentivos a serem concedidos, no prazo de até 12 (doze) meses a partir da publicação
desta Lei.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 145)
Seção VIII
Do Porte das Atividades
Art. 246. As atividades urbanas e rurais instaladas no Município são classificadas nas
seguintes categorias de porte:
I – até 50 m² ou 20% da área construída, o que for maior, na própria moradia do
empreendedor;
II – até 300 m² de área construída;
III – até 750 m² de área construída;
IV – até 1.500 m² de área construída;
V – até 3.000 m² de área construída;
VI – porte livre, sujeito aos parâmetros urbanísticos da via e da zona de uso do solo.
Parágrafo único. Nas edificações existentes ou com projeto aprovado até a data da entrada
em vigor desta Lei, o porte dos usos permitidos ou tolerados não será inferior à área
construída no terreno.
Art. 247. Será permitida a combinação de atividades de mesma categoria ou a instalação de
mais de uma categoria ou subcategoria de uso no mesmo imóvel ou edificação, desde que:
I – sejam respeitados os portes individuais para as respectivas categorias de atividades;
II – a soma do porte de todas as atividades pretendidas não ultrapasse o maior porte previsto
para a via e a zona de uso do solo em que o imóvel estiver inserido, conforme o Quadro I do
Anexo II desta Lei.
§ 1o. Será permitido o aumento do porte previsto no Quadro I do Anexo II, desde que seja
possível realizar o desdobro do imóvel nos termos desta Lei, de forma que a cada novo lote,
que poderia ser gerado, corresponda o acréscimo do porte equivalente para a via e zona em
que ele estiver inserido.
§ 2o. Nas vias de circulação, a condição prevista no § 1o deste artigo poderá ser aplicada
somente até o dobro do porte especificado.
Seção IX
Das Condições de Permissibilidade
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 146)
Parágrafo único. Poderão ser consideradas toleradas, mediante análise técnica da UGPUMA
e do CMPT, as atividades com características diferentes das anteriormente realizadas no
mesmo local, mas que utilize as edificações e a infraestrutura existentes no imóvel.
Art. 250. Os usos de solo tolerados serão reconhecidos desde que verificada uma das
seguintes hipóteses:
I – a existência de projeto aprovado para o imóvel, na categoria de uso equivalente à
pretendida ou de maior grau de incomodidade, com base na classificação apresentada nesta
Lei;
II – o registro, no Relatório de Atividades do Sistema Integrado de Informações Municipais,
de uso anterior de igual ou maior grau de incomodidade, em relação às condições previstas
nesta Lei;
III – a comprovação do atendimento ao disposto no inciso III do art. 249 desta Lei.
Parágrafo único. Os usos do solo tolerados poderão ser ampliados ou alterados, desde que
sejam atendidos todos os seguintes requisitos:
I – as novas atividades sejam de igual ou menor grau de incomodidade àquelas exercidas ou
licenciadas no local, em relação às condições de permissibilidade previstas nesta Lei;
II – os usos fiquem restritos ao terreno existente anteriormente à vigência desta Lei e a
ampliação não implique na anexação de outros imóveis, devendo respeitar os parâmetros de
ocupação do solo definidos nesta Lei;
III – a ampliação não exceda 20% (vinte por cento) das instalações existentes e consideradas
toleradas;
IV – a atividade absorva todos os impactos gerados, inclusive vagas de veículos.
Art. 251. Os estabelecimentos de prestação de serviços exclusivamente públicos de educação,
saúde, segurança, lazer, esportes, transportes, saneamento básico e outros poderão se localizar
em qualquer zona dos perímetros urbano e rural, sem que se configure no imóvel o direito ao
uso tolerado, quando atividade pública deixar de existir no local.
Parágrafo único. A instalação dos usos previstos no caput deverá ser avaliada pela
UGPUMA, respeitando a destinação original das áreas.
Art. 252. O imóvel com frente para mais de uma via com classificações distintas terá o
benefício dos usos permitidos para a via de maior importância de acordo com a classificação
viária, desde que:
I – a dimensão da testada seja igual ou superior ao valor mínimo para a zona de uso do solo;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 148)
II – o acesso de veículos, entrada e saída, deverá ser realizado pela via que permite a
atividade de uso pretendida, exceto nos usos habitacionais.
Art. 253. Nas áreas urbanas ou rurais contidas em uma faixa de 300m (trezentos metros) de
largura medidos a partir dos limites das faixas de domínio das rodovias Anhanguera, dos
Bandeirantes e Dom Gabriel Paulino Couto, de um ou de ambos os lados, denominada
Corredor de Desenvolvimento Regional, conforme indicado no Mapa 2 do Anexo I desta Lei,
serão permitidos os mesmos usos e atividades estabelecidos para a Zona de Uso Industrial,
exceto categorias Ind 4 e Ind 5, mantidos os parâmetros de ocupação do solo correspondentes
ao zoneamento definido no mesmo Mapa 2 do Anexo I.
Parágrafo único. A instalação de atividades previstas no caput deste artigo será permitida
desde que:
I – seja garantida a manutenção ou o plantio de vegetação arbórea em área com largura
mínima de 30m (trinta metros), situada no interior da faixa ao longo do seu limite de fundo;
II – o acesso ao empreendimento seja realizado exclusivamente a partir das vias marginais
das rodovias, sem que atravesse áreas situadas fora da referida faixa;
III – a atividade pretendida não possua grau de complexidade Cetesb (W) superior a 3.
Art. 254. Os imóveis inseridos na Bacia do Rio Jundiaí-Mirim e Bacia do Córrego Estiva,
conforme Lei n.º 2.405, de 10 de junho de 1980, Bacia do Rio Capivari e demais áreas
abrangidas pela Zona de Conservação Hídrica do Decreto Estadual n.º 43.284, de 3 de julho
de 1998, estarão sujeitos à avaliação da DAE S/A – Água e Esgoto e da UGPUMA quanto aos
usos a serem realizados nas áreas de mananciais.
Parágrafo único. Nos imóveis urbanos situados nas áreas descritas no caput deste artigo com
extensão igual ou superior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados), será permitido o
desenvolvimento de atividades agrícolas.
Art. 255. A permissibilidade das atividades no Município será informada por meio da
Certidão de Uso do Solo, a ser solicitada no sítio oficial eletrônico do Município, para
imóveis urbanos, e na Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, para
imóveis rurais.
CAPÍTULO VII
DA OCUPAÇÃO DO SOLO
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 149)
Seção I
Dos Parâmetros de Ocupação do Solo
Art. 256. A utilização dos terrenos em todo o Município observará os seguintes parâmetros de
ocupação do solo:
I – coeficiente de aproveitamento básico (CA bas) igual a 1,0 (um) para todos os terrenos da
Macrozona Urbana;
II – coeficientes de aproveitamento mínimo (CA min) e máximo (CA max);
III – taxa de ocupação máxima (TO);
IV – gabarito de altura máxima;
V – recuos mínimos;
VI – quota mínima de terreno por unidade habitacional (QTmin/UH);
VII – taxa mínima de permeabilidade do solo (TP);
VIII – vagas para veículos.
§ 1o. Para efeito de aplicação dos parâmetros de ocupação do solo, os terrenos ficam
classificados em lotes e glebas.
§ 2o. São considerados lotes os terrenos com área de até 10.000 m2 (dez mil metros quadrados)
e aqueles que, possuindo área maior, foram objeto de parcelamento regular do solo com a
destinação de áreas públicas de sistema de lazer e equipamentos urbanos comunitários.
§ 3o. São considerados glebas os terrenos com área superior a 10.000 m 2 (dez mil metros
quadrados) e que não resultaram de parcelamento do solo regular que tenha destinado áreas
públicas de sistema de lazer e equipamentos urbanos comunitários.
§ 4o. A aprovação de projetos para utilização de terrenos, lotes ou glebas, com área superior a
10.000 m² (dez mil metros quadrados), deverá ser precedida da emissão de diretrizes
urbanísticas.
§ 5o. As diretrizes para a utilização dos terrenos, exceto nos casos de loteamentos ou de
construção de conjuntos de edificações em glebas, poderão ser fornecidas no mesmo processo
que trata da aprovação do projeto, independentemente de solicitação do interessado.
§ 6o. As diretrizes para a construção de conjuntos de edificações em glebas deverão ser
solicitadas conforme definido no art. 295 desta Lei.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 150)
§ 2o. Nos lotes com área inferior a 1.000 m 2 (mil metros quadrados), situados na Zona de
Conservação Ambiental, serão adotadas as taxas de ocupação máxima e de permeabilidade
mínima indicadas no Quadro 8 a seguir, mantidos os índices de aproveitamento especificados
neste artigo:
Quadro 8 – Parâmetros para lotes da Zona de Conservação Ambiental
Taxas (%)
Faixa Área do Lote (m ) 2 Taxa de Ocupação
Permeabilidade mín.
máx.
1 menor que 250 60 20
2 250 ≤ área < 500 55 25
3 500 ≤ área < 1.000 50 35
§ 4o. Em cada faixa de lotes com áreas inferiores ao padrão mínimo definido para cada zona
de uso do solo, conforme descrito nos parágrafos 1o, 2o e 3o deste artigo, a área máxima de
ocupação de um determinado lote não poderá ser superior à área de ocupação do menor lote
da faixa seguinte.
§ 5o. Nas glebas serão adotadas taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento iguais a
70% (setenta por cento) dos valores estabelecidos para os lotes situados na mesma zona.
§ 6o. A redução da área de ocupação dos terrenos considerados glebas, conforme definido no
§ 5o, deverá ser acrescida à área permeável.
§ 7o. Fica assegurado ao lote e à gleba, na Macrozona Urbana, parcialmente atingidos por
diretrizes viárias, o direito de aplicação do coeficiente de aproveitamento sobre a área original
do imóvel.
§ 8o. Nos terrenos da Macrozona Urbana, a área permeável deverá ter largura mínima de 1,00
m (um metro) e estar preferencialmente no recuo frontal.
§ 9o. Na Zona de Proteção Hídrica e Desenvolvimento Rural, em áreas menores de 20.000m²
(vinte mil metros quadrados) provenientes de parcelamentos do solo regulares, a taxa mínima
de permeabilidade é de 50% (cinquenta por cento).
Art. 259. Não serão computadas na taxa de ocupação:
I – as piscinas descobertas;
II – a casa de máquinas dos elevadores e das piscinas e barriletes;
III – os beirais ou marquises com largura máxima de 1m (um metro);
IV – os subsolos utilizados para estacionamento de veículos, observadas as condicionantes
desta Lei, em especial o § 6o do art. 261 desta Lei;
V – a área ocupada por garagens de edificação em lotes com área de até 500m², limitada em
10% da área do terreno.
Parágrafo único. As edificações acessórias destinadas às atividades agrosilvopastoris
localizadas na Zona de Proteção da Serra dos Cristais e na Zona de Proteção Hídrica e
Desenvolvimento Rural não serão computadas na taxa de ocupação, respeitada a taxa de
permeabilidade mínima exigida para a respectiva zona de uso do solo.
Art. 260. São consideradas áreas não computáveis para o cálculo do coeficiente de
aproveitamento:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 154)
I – nos usos habitacionais, desde que observada a cota de garagem máxima igual a 32 m²
(trinta e dois metros quadrados) por vaga:
a) as vagas de garagem exigidas de acordo com o Quadro III do Anexo II desta Lei;
b) até 2 (duas) vagas de garagem para unidades habitacionais a partir de 70m² (setenta metros
quadrados);
II – nos usos de comércio e serviço, as vagas de garagem exigidas de acordo com o Quadro
III do Anexo II desta Lei, desde que observada a cota de garagem máxima igual a 32 m²
(trinta e dois metros quadrados) por vaga;
III – as áreas ocupadas por vagas especiais destinadas a pessoas com deficiência ou
mobilidade reduzida e a idosos, vagas de motocicletas e vagas para carga e descarga, até o
limite exigido nesta Lei;
IV – a casa de máquinas dos elevadores e das piscinas e barriletes;
V – os beirais ou marquises com largura máxima de 1,00m (um metro);
VI – a área interna destinada ao uso público na forma de galerias e espaços cobertos, com
largura não inferior a 4,00 m (quatro metros), que esteja situada no nível do passeio ou nos
pisos adjacentes, a eles interligada por rampas ou escadas, e que permaneça aberta no horário
comercial;
VII – as áreas construídas no nível da rua com fachada ativa mínima de 25% (vinte e cinco
por cento) de cada testada, destinada a usos não residenciais, até o limite de:
a) 50% (cinquenta por cento) da área do lote na Zona de Reabilitação Central e Zona de
Desenvolvimento Urbano;
b) 20% (vinte por cento) da área do lote nas demais zonas;
VIII – as áreas construídas no nível da rua com fachada ativa mínima de 25% (vinte e cinco
por cento) de cada testada e com fruição pública, destinadas a teatros, cinemas, galerias de
artes e museus e centros culturais, até o limite de 20% (vinte por cento) da área do lote;
IX – Coberturas de postos de abastecimento de combustíveis com pé direito igual ou superior
a 4,50 metros.
§ 1o. Para efeito de cálculo das áreas não computáveis previstas nos incisos I e II do caput
deste artigo, em edifícios de uso misto deverá ser considerada a área construída utilizada para
cada subcategoria de uso.
§ 2o. A somatória de áreas construídas não computáveis referidas do caput deste artigo não
poderá ultrapassar o valor correspondente à área construída computável da edificação.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 155)
§ 3o. Os benefícios previstos nos incisos VII e VIII deste artigo não poderão ser aplicados
cumulativamente.
Art. 261. São recuos mínimos da edificação em relação ao perímetro do imóvel:
I – recuo frontal, medido a partir do alinhamento viário projetado, se houver;
II – recuo lateral, medido em relação às divisas laterais do imóvel;
III – recuo de fundo, medido em relação à divisa de fundo do imóvel.
§ 1o. Os recuos frontal, laterais e de fundo são determinados em função da localização do
terreno e da altura da edificação, conforme exposto no Quadro 10, a seguir:
Quadro 10 – Recuos mínimos das edificações
Recuos (m)
Zona de Uso do Solo
Frontal Laterais Fundos
Reabilitação Central 0 (polígono)
*sem redução na esquina 2 (restante) 0 (h ≤ 7m)
Qualificação dos Bairros 2 (7 < h ≤ 12m)
0 (h ≤ 7m)
Preservação dos Bairros um lado
2 (7 < h ≤ 12m)
H/6 (h > 12m)
Desenvolvimento Urbano 4 H/6 (h > 12m)
soma dos recuos
Conservação Ambiental laterais
Especial Interesse Social 2
Uso Industrial H/6
4* H/6
* área administrativa mínimo de 2m
8 ** mínimo de 2m
* área operacional de cada lado
Desenvolvimento Rural
10 - -
Proteção da Serra dos Cristais
Especial Interesse Social 1
Especial Regularização Fundiária - - -
Especial Proteção Ambiental
§ 2o. Os beirais com largura máxima de 1m (um metro) e as sacadas descobertas em balanço
máximo de 2m (dois metros) poderão ocupar os recuos frontais definidos neste artigo.
§ 3o. O recuo frontal poderá ser ocupado por cabines de abastecimento de energia, sistema de
distribuição de água, abrigo de lixo, abrigo de gás, portaria ou guarita, respeitados o
alinhamento existente e projetado, e o limite máximo de ocupação de 16m² (dezesseis metros
quadrados) de área.
§ 4o. O recuo frontal poderá ser ocupado por garagem descoberta que ocupe até 50%
(cinquenta por cento) da testada.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 156)
§ 5o. Nos terrenos de esquina, com exceção dos imóveis situados na Zona de Reabilitação
Central, o recuo frontal em relação à via de menor importância poderá ser reduzido a, no
máximo, 50% (cinquenta por cento) daquele definido no § 1o deste artigo.
§ 6o. As garagens de subsolo destinadas ao parqueamento de veículos nas edificações poderão
ocupar as faixas de recuo frontal, desde que não aflorem acima do nível da calçada em todo o
perímetro confrontante com vias públicas, respeitados os alinhamentos projetados e a taxa de
permeabilidade mínima.
§ 7o. Deverá ser respeitado o recuo entre corpos edificados no mesmo terreno de, no mínimo,
1/8 (um oitavo) de sua altura, quando houver aberturas de portas ou janelas.
Art. 262. As alturas máximas das edificações, medidas a partir do nível da rua no ponto
médio da testada até o ponto de apoio da laje de cobertura do pavimento mais alto serão
limitadas conforme indicado no Quadro 11, a seguir:
Quadro 11 – Altura máxima das edificações
Zona de Uso do Solo Altura Máxima (m)
Zona de Reabilitação Central – ZRC
Polígono do Patrimônio 5 pavimentos – 17,50m
Via de Acesso ao Lote 3 pavimentos – 10,50m
Via de Circulação 8 pavimentos – 28,00m
Via de Concentração 8 pavimentos – 28,00m
Via Estrutural 12 pavimentos – 42,00m
Zona de Qualificação dos Bairros – ZQB
(*) À jusante da Rodovia dos Bandeirantes, a altura máxima
permitida será de 8 pavimentos, 24m.
Acesso ao lote 3 pavimentos – 10,50m
Via de Circulação 4 pavimentos – 14,00m
Via de Indução 8 pavimentos – 28,00m
Via de Concentração 12 pavimentos – 42,00m
Via Estrutural 16 pavimentos – 56,00m
Zona de Preservação dos Bairros – ZPB
Acesso ao lote 3 pavimentos – 10,50m
Via de Circulação 3 pavimentos – 10,50m
Via de Indução 4 pavimentos – 14,00m
Via de Concentração 8 pavimentos – 28,00m
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 157)
§ 1o. Os limites definidos no caput deste artigo não incluem as instalações de caixa d’água,
casa de máquinas de elevadores e platibanda, devendo ser atendidos em qualquer ponto do
perfil natural do terreno.
§ 2o. Em função das normas instituídas pelo Comando da Aeronáutica, qualquer iniciativa de
uso e ocupação do solo deverá atender às restrições relativas à proteção dos aeródromos, rotas
de helicópteros, heliporto e helipontos.
§ 3o. O limite de 12 (doze) pavimentos ou 42 (quarenta e dois) metros de altura máxima nas
ZEIS 2 poderá ser superado, quando esta altura for permitida nos imóveis adjacentes.
§ 4o. Sem prejuízo dos limites definidos no Quadro 11 deste artigo as alturas máximas das
edificações não poderão superar a largura da via para a qual o imóvel tem frente somada com
o dobro da medida do recuo frontal.
§ 5o. Para efeito de atendimento ao disposto no parágrafo 4 o deste artigo será admitido o
escalonamento da edificação de tal forma que seja obedecido o limite de altura em cada
pavimento da edificação.
§ 6o. Nos terrenos de esquina ou com mais de uma frente aplica-se o disposto neste artigo para
todas as vias.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 158)
§ 7o. A altura máxima das edificações nos imóveis com frente para vias de concentração ou
estruturais na Zona de Reabilitação Central, excetuado o Polígono de Proteção do Patrimônio
Histórico, Zona de Desenvolvimento Urbano e Zona de Qualificação dos Bairros poderá ser
ampliada mediante a redução da taxa de ocupação, de acordo com a seguinte fórmula:
Hmax = Hn + TOmax – TOp
2
Onde:
Hmax = altura ampliada, limitada a 84 metros;
Hn = altura prevista no Quadro 11;
TOmax = taxa de ocupação prevista no Quadro 6 do art. 258, expressa em percentual (%);
TOp = taxa de ocupação utilizada no projeto, expressa em percentual (%).
§ 8o. No caso de ampliação da altura máxima da edificação, a diferença entre a área de
ocupação máxima e a área de ocupação utilizada no projeto deverá ser mantida permeável,
com tratamento paisagístico, e localizada preferencialmente ao longo da testada do terreno.
Art. 263. A quota mínima (QTmin) de terreno por unidade habitacional fica estabelecida em
função da zona de uso do solo e da classificação da via para a qual o imóvel tem frente
conforme indicado no Quadro 12, a seguir:
Quadro 12 – Quota de terreno mínima por unidade habitacional
Zona de Uso do Solo QTmin (m2/unid.)
Horizontal Vertical
Zona de Reabilitação Central – ZRC 25
125
(exceto acesso ao lote)
Zona de Qualificação dos Bairros – ZQB 125 25
(exceto acesso ao lote)
Zona de Preservação dos Bairros – ZPB 30
250
(exceto acesso ao lote)
Zona de Desenvolvimento Urbano – ZDU 25 (acesso lote,
circulação, indução
125
20 (concentração,
estrutural)
Zona de Uso Industrial – ZUI - -
Zona de Conservação Ambiental – ZCA 1.000 -
Zona Especial de Interesse Social 1 – ZEIS 1 - -
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 159)
§ 1o. Na Zona de Preservação dos Bairros, a cota mínima de terreno para Habitação
Multifamiliar Horizontal implantada em lotes com área igual ou inferior a 2.000 m² (dois mil
metros quadrados) será admitida de 150 m2 (cento e cinquenta metros quadrados).
§ 2o. O uso habitacional em glebas ou o parcelamento do solo na Zona de Conservação
Ambiental deverá assegurar a cota mínima de 2.500 m2 (dois mil e quinhentos metros
quadrados) por unidade ou lote residencial.
§ 3o. Nas ZERF contidas em áreas de mananciais ou limitadas por áreas rurais em todo o
perímetro, a cota mínima por unidade habitacional será de 1.000 m2 (mil metros quadrados).
Art. 264. A utilização dos terrenos deverá incluir a destinação de vagas de veículos, conforme
especificado abaixo, de acordo com a categoria de uso e com a área total de aproveitamento:
I – número de vagas para estacionamento;
II – número de vagas especiais;
III – espaço para carga e descarga;
IV – área de embarque e desembarque de pessoas.
§ 1o. Os parâmetros de que trata o caput deste artigo constam do Quadro III do Anexo II desta
Lei.
§ 2o. Serão permitidas edificações de uso residencial nas Zonas de Reabilitação Central e de
Desenvolvimento Urbano sem a necessidade de destinação das vagas para estacionamento
previstas no inciso I do caput deste artigo.
§ 3o. Os espaços necessários ao parqueamento de veículos, embarque e desembarque, carga e
descarga e vagas especiais deverão estar contidos nos limites do terreno onde será implantado
o empreendimento e em local próximo aos acessos às edificações.
§ 4o. Os espaços para carga e descarga compreendem as áreas de espera com acessos
conjugados à via pública.
§ 5o. As dimensões mínimas das vagas de veículos serão de 2,40m (dois metros e quarenta
centímetros) x 5,00m (cinco metros), sendo as vagas especiais para Pessoas Com Deficiência
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 160)
- PCD de 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) x 5,00m (cinco metros), idoso 2,40m
(dois metros e quarenta centímetros) x 5,00m (cinco metros) e gestante 2,40m (dois metros e
quarenta centímetros) x 5,00m (cinco metros).
§ 6o. Uma vaga de veículo deverá ser destinada a automóveis ou utilitários e ter dimensão
mínima de 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) x 5,00m (cinco metros), nos casos de
edificações destinadas aos usos não residenciais com metragem inferior ao mínimo
estabelecido no Quadro III do Anexo II desta Lei ou; nos casos de a proporção resultar em
uma única vaga de veículo, podendo inclusive ser utilizada para vagas especiais (PCD, idoso
e gestante).
§ 7o. As edificações destinadas aos usos não residenciais deverão possuir vagas destinadas a
motocicletas ou bicicletas, na proporção de 1 (uma) vaga para cada 3 (três) vagas obrigatórias
de automóveis, com dimensões mínimas de 1,00m (um metro) x 2,40m (dois metros e
quarenta centímetros).
§ 8o. As edificações destinadas aos usos residenciais multifamiliares verticais deverão possuir
bicicletários ou paraciclos para atender a proporção de 1 (uma) vaga para cada unidade
habitacional.
§ 9o. Nas edificações destinadas ao uso religioso, o espaço reservado ao culto (nave) deverá
ser descontado da área de aproveitamento para determinar o número de vagas de automóveis.
Art. 265. Excluem-se da aplicação das exigências descritas no art. 264:
I – as edificações constantes do aerofotogramétrico de 1969, desde que tecnicamente inviável;
II – as edificações com área de terreno ou de construção de até 300 m² (trezentos metros
quadrados);
III – as edificações implantadas ou projetadas em imóveis com frente exclusiva para via de
pedestre ou calçadão, desde que não possuam acesso por outras vias;
IV – as edificações existentes e aprovadas com base em legislações anteriores cuja reforma ou
ampliação implique demolição que descaracterize a edificação, ou implique interferência
estrutural do imóvel.
Art. 266. O acesso de veículos nos imóveis observará os seguintes critérios:
I – em lotes com testada superior a 8m (oito metros) será permitido o rebaixamento de guia no
máximo de 45% (quarenta e cinco por cento) da testada do imóvel, com largura máxima de
cada rebaixamento de 7m (sete metros), respeitando a distância mínima entre eles de 6m (seis
metros);
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 161)
II – em lotes com testada de até 8m (oito metros), o rebaixamento terá largura máxima de
3,50 m (três metros e cinquenta centímetros).
Art. 267. São considerados Polos Geradores de Tráfego – PGT e estão sujeitos à análise
técnica da UGMT os seguintes usos e atividades:
I – uso residencial multifamiliar com mais de 100 (cem) unidades;
II – usos de comércio, serviço ou indústria com área construída superior a 500 m2 (quinhentos
metros quadrados).
Parágrafo único. O enquadramento definitivo dos usos e atividades considerados Polos
Geradores de Tráfego será realizado de acordo com regulamentação a ser elaborada pela
Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte, no prazo de até 12 (doze) meses da
publicação desta Lei, ouvido o Conselho Municipal de Política Territorial.
Art. 268. Não se aplicam os parâmetros de ocupação estabelecidos nesta Lei, em reformas e
alterações de uso de edificações existentes devidamente aprovadas, nos seguintes casos:
I – compartimentos não reformados que mantenham a mesma utilização ou cujo novo uso seja
compatível com o tipo de construção existente;
II – serviços ou obras necessários à conservação da edificação que não alterem suas
características;
III – substituição de esquadrias, portas e janelas;
IV – subdivisões internas e que atendam às demais restrições da presente Lei e do Código de
Obras do Município.
§ 1o. As alterações de uso habitacional, comercial, serviço ou industrial deverão ser
precedidas de projeto, respeitadas as restrições relativas ao novo uso.
§ 2o. As características da edificação deverão ser comprovadas por fotografias no ato do
protocolo da solicitação de autorização de reforma, ampliação ou alteração de uso.
§ 3o. As ampliações deverão respeitar os parâmetros de ocupação do solo estabelecidos nesta
Lei.
Seção II
Dos Parâmetros Qualificadores da Ocupação
I – fruição pública;
II – fachada ativa;
III – permeabilidade visual do alinhamento do terreno;
IV – destinação de área para alargamento do passeio público a partir do alinhamento existente
ou projetado, se houver.
Art. 270. A área de fruição pública:
I – não poderá ser fechada à circulação de pedestres, nem ter controle de acesso antes das 22
horas;
II – deverá ter largura mínima de 4m (quatro metros), tratamento paisagístico que atenda às
normas técnicas pertinentes à acessibilidade universal e, nas áreas de circulação pública,
adotar o mesmo tipo de pavimentação da calçada defronte ao lote.
Parágrafo único. Após a aprovação do projeto, as áreas destinadas à fruição pública deverão
ser lançadas no sistema georreferenciado da Municipalidade para fiscalização municipal de
posturas e acompanhamento das demais unidades de gestão e da sociedade civil.
Art. 271. A fachada ativa, ocupada por uso não habitacional localizada no nível do
logradouro, deverá:
I – estar contida na faixa de 5m (cinco metros) a partir do alinhamento do lote, medida em
projeção ortogonal da extensão horizontal;
II – ter aberturas para o logradouro público, tais como portas, janelas e vitrines, com
permeabilidade visual de 60% (sessenta por cento), com no mínimo 1 (um) acesso direto ao
logradouro a cada 20m (vinte metros) de testada.
Parágrafo único. O recuo entre a fachada ativa e o logradouro público deve estar fisicamente
integrado ao passeio público, com acesso irrestrito, não podendo ser fechado com muros ou
grades ao longo de toda a sua extensão, nem ser ocupado por vagas de garagem ou usado para
manobra de veículos, carga e descarga e embarque e desembarque de passageiros.
Art. 272. Para contribuir com a segurança nos passeios públicos fica estabelecida, nos
terrenos com testada superior a 20 metros, a permeabilidade visual, que corresponde à fração
mínima de 50% (cinquenta por cento) do fechamento na divisa frontal do imóvel, a ser
mantida ou executada com elementos transparentes e/ou vazados.
§ 1o. Nos terrenos com testada superior a 40 metros a permeabilidade visual deverá ser
assegurada a cada 20 metros.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 163)
§ 2o. Excetuam-se do disposto neste artigo as reformas de edificações existentes que não
incluam demolições e alterações do projeto nas dependências que confrontam com a via
pública.
Art. 273. Nas edificações novas e reformas que envolverem a demolição das dependências
frontais será exigido o alargamento do passeio público, mediante a incorporação de, pelo
menos, 50% (cinquenta por cento) do recuo frontal obrigatório, nas seguintes hipóteses:
I – na Zona de Reabilitação Central, nos imóveis inseridos e fronteiriços ao Polígono de
Proteção do Patrimônio Histórico, demarcado no Mapa 2 do Anexo II desta Lei;
II – nos terrenos maiores que 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) situados na
Zona de Reabilitação Central e Zona de Desenvolvimento Urbano.
§ 1o. No alargamento do passeio público são vedados o fechamento das divisas à circulação de
pedestres, o controle de acesso em qualquer horário e a ocupação por vagas de garagem.
§ 2o. O recuo frontal será reduzido do percentual destinado para alargamento do passeio
público.
§ 3o. Os pavimentos superiores das edificações poderão avançar no recuo frontal destinado ao
alargamento do passeio público.
§ 4o. A área de alargamento do passeio público não será computada na área de fruição pública.
§ 5o. O coeficiente de aproveitamento básico da edificação poderá ser aumentado em 1% (um
por cento) para cada 5% (cinco por cento) da largura do recuo frontal incorporada ao passeio
público, e a altura da edificação poderá ser acrescida de 3,50 m (três metros e cinquenta
centímetros) acima do gabarito máximo, sem cobrança de outorga onerosa, desde que
observado o potencial construtivo máximo.
Art. 274. Para fins do disposto nesta Lei, o nível de acesso do imóvel não poderá exceder a
cota de 1m (um metro) acima do nível médio entre as cotas das extremidades da testada do
lote.
Seção III
Da Ocupação Incentivada ou Condicionada
(cinquenta por cento) da área construída total, que inclua as dependências frontais, com o
objetivo de qualificar o espaço urbano e integrar os espaços públicos e privados, utilizando os
parâmetros qualificadores definidos nesta Lei, conforme proporções indicadas no Quadro 13,
a seguir:
Quadro 13 – Parâmetros Qualificadores
Lotes da Zona de
Lotes da Zona de Reabilitação
Desenvolvimento Urbano (ZDU)
Parâmetro Central com área igual ou
com área igual ou superior a
superior a 1.000 m2
5.000 m2
Permeabilidade
50% da largura da fachada 50% da largura da fachada
Visual
II – em área permeável, quando situada no recuo frontal do imóvel, podendo ser acrescida à
área de aproveitamento sem a incidência da outorga onerosa.
Art. 276. Não será cobrada outorga onerosa correspondente à área destinada à fruição
pública, desde que atendidas simultaneamente as seguintes condições:
I – a área destinada à fruição pública tenha, no mínimo:
a) 25 m2 (vinte e cinco metros quadrados) para terrenos com área de até 500 m 2 (quinhentos
metros quadrados);
b) 5% da área do terreno, para imóveis com área superior a 500 m2 (quinhentos metros
quadrados);
II – esteja localizada junto ao alinhamento da via, ao nível do passeio público, sem
fechamento e não ocupada por estacionamento de veículos;
III – seja mantida permanentemente aberta à circulação de pedestres.
Seção IV
Do Grupo Técnico de Uso e Ocupação do Solo
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 165)
Art. 277. O Grupo Técnico de Uso e Ocupação do Solo – GTUOS, formado por
representantes das Unidades de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente; de
Governo e Finanças; de Agronegócio, Abastecimento e Turismo; de Desenvolvimento
Econômico, Ciência e Tecnologia e de Mobilidade e Transporte é responsável pela análise e
deliberação de processos que exijam análise multidisciplinar, considerando os princípios e
objetivos deste Plano Diretor.
Art. 278. Compete ao GTUOS a análise e manifestação, sempre que consultado, nos
seguintes casos:
I – certidões de uso tolerado, em caso de alteração da atividade ou porte;
II – diretriz urbanística de parcelamentos do solo ou de utilização de glebas;
III – Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV;
IV – Estudo de Impacto de Trânsito – RIT;
V – reenquadramento de atividades, conforme descrição da forma de funcionamento;
VI – recursos administrativos interpostos por munícipes acerca dos casos omissos ou
contradições desta Lei;
VII – avaliação e monitoramento permanente da dinâmica urbana e das novas demandas da
cidade, informando o Gestor da Unidade de Planejamento Urbano e Meio Ambiente sobre os
ajustes necessários no Plano Diretor.
§ 1o. As matérias discutidas pelo GTUOS constarão sempre em atas das respectivas reuniões,
as quais serão apreciadas e votadas ao final da reunião, com o recolhimento de assinaturas ou
rubricas dos membros.
§ 2o. As deliberações do GTUOS serão tomadas por maioria de votos dos presentes e
comunicadas ao Departamento de Urbanismo da UGPUMA, para avaliação e
encaminhamento.
§ 3o. As manifestações do GTUOS deverão ocorrer no prazo máximo de 15 (quinze) dias da
data de formalização dos pedidos de análise.
TÍTULO VI
DO PARCELAMENTO DO SOLO
§ 5o. Será permitida também a supressão especificada no caput deste artigo para pequenas
áreas a fim de viabilizar o acesso ao interior da propriedade com possibilidade de uso e desde
que não haja outras alternativas locacionais.
§ 6o. Para fins deste artigo, considera-se:
I – de utilidade pública:
a) as atividades de segurança nacional, de segurança pública e de proteção sanitária;
b) as obras essenciais de infraestrutura destinadas aos serviços públicos de saúde, de
comunicação, de transporte, de saneamento, de energia e de mobilidade;
c) a pesquisa arqueológica;
d) as obras públicas para implantação de instalações necessárias à captação e condução de
água e de efluentes tratados;
II – de interesse social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa,
compreendidas a prevenção, o combate e o controle do fogo, o controle da erosão, a
erradicação de plantas invasoras e a proteção de plantios com espécies nativas, de acordo com
o estabelecido pelo órgão competente;
b) o manejo agroflorestal, ambientalmente sustentável, praticado na pequena propriedade ou
posse rural familiar, desde que não descaracterize a cobertura vegetal nativa ou impeça sua
recuperação, além de não prejudicar a função ecológica da área.
CAPÍTULO I
DAS CONDIÇÕES E PARÂMETROS DE PARCELAMENTO
Art. 281. O parcelamento do solo para fins urbanos somente será permitido na Macrozona
Urbana na forma definida por este Plano Diretor.
Art. 282. É vedado o parcelamento do solo:
I – em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para
assegurar o escoamento das águas;
II – em áreas de brejos naturais, exceto quando for obtido o devido licenciamento junto ao
órgão ambiental competente;
III – em áreas com potencial ou suspeitas de contaminação e em áreas contaminadas, sem que
sejam reabilitadas para o uso seguro, atestado pelo órgão ambiental competente;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 168)
IV – em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas as exigências específicas das autoridades competentes, e observadas as disposições
da Lei Federal n.º 12.651, de 25 de maio de 2012;
V – em terrenos onde a incidência de processos geológicos-geotécnicos não aconselhe a
edificação;
VI – em áreas utilizadas para deposição de resíduos sólidos;
VII – em áreas onde a poluição, em suas diversas formas, impeça condições sanitárias
suportáveis, até a sua correção;
VIII – em porções de terrenos ocupadas por Mata Atlântica ou Cerrado, em estágio médio ou
avançado de regeneração natural, excetuados as situações previstas no artigo 280 desta lei;
IX – em áreas sem frente para via pública oficial, exceto a divisão de áreas na Macrozona
Rural;
X – na Zona Especial de Proteção Ambiental.
§ 1o. Nas hipóteses previstas nos incisos VIII e X deste artigo, o parcelamento do solo será
admitido quando:
I – as áreas protegidas forem apenas parte dos lotes gerados no parcelamento;
II – a impossibilidade de supressão da vegetação for gravada nos lotes gerados.
§ 2o. Para permitir a utilização dos terrenos ou viabilizar a implantação do sistema viário será
admitida a execução de terraplenagem em áreas com declividade entre 30% e 45% desde que:
I – as obras não impliquem na remoção de manchas de mata nativa secundárias, de Cerrado e
de Mata Atlântica, em estágio médio, exceto nas situações previstas no artigo 280 desta lei;
II – não resultem em desníveis acentuados, definidos por taludes ou arrimos, em relação aos
terrenos adjacentes e;
III – Sejam realizadas de acordo com projeto desenvolvido por profissional habilitado.
Art. 283. Quando da existência de edificações nas áreas objeto de parcelamento do solo, os
parâmetros de uso e ocupação do solo definidos nesta Lei deverão ser respeitados para os
lotes resultantes.
Art. 284. Os terrenos situados fora da Macrozona Urbana, com áreas inferiores ao módulo
rural de 20.000 m2 (vinte mil metros quadrados) são indivisíveis, para fins de parcelamento do
solo e devem atender aos parâmetros de uso e ocupação do solo da Zona de Conservação
Ambiental – ZCA, exceto quanto à cota horizontal mínima de terreno por unidade
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 169)
habitacional (QT/UH), que deverá ser de 2.500m²/UH (dois mil e quinhentos metros
quadrados por unidade habitacional).
Art. 285. São modalidades de parcelamento do solo:
I – loteamento;
II – desmembramento;
III – anexação;
IV – desdobro;
V – divisão de área.
§ 1o. Para efeitos desta Lei, consideram-se:
I – loteamento: a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação, com abertura de
novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou
ampliação das vias existentes, exceto a doação de área para alargamentos de vias oficiais
definidos em diretrizes viárias;
II – desmembramento: a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação, com
aproveitamento do sistema viário público existente, desde que não implique a abertura de
novas vias e logradouros públicos, nem o prolongamento, modificação ou ampliação dos já
existentes, exceto as doações de área para alargamentos definidos em diretrizes viárias;
III – anexação: o reagrupamento de glebas ou lotes até o limite das dimensões máximas
estabelecidas para as quadras, desde que a operação não interfira com o sistema viário
existente, nem imponha qualquer outra modificação nos logradouros já existentes;
IV – desdobro: a subdivisão de lote sem abertura de via;
V – divisão de área: compreende o parcelamento de glebas em áreas iguais ou superiores a
20.000 m² (vinte mil metros quadrados) sem a necessidade de doação de áreas públicas.
§ 2o. Será admitido o desdobro de lotes vinculados a edificações que comprovadamente
ocorreram até data anterior à vigência desta lei, independentemente do atendimento aos
parâmetros de parcelamento do solo nela previstos.
§ 3o. A comprovação deverá ser feita por meio de documento público ou de demonstração de
consumo de serviço público vinculado ao imóvel.
Art. 286. O parcelamento do solo deverá ser precedido de aprovação do Município, atendidas,
pelo menos, as seguintes condições:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 170)
I – articulação das vias, quando exigidas, com as vias adjacentes oficiais, existentes ou
projetadas, integrando-as com o sistema viário da região e harmonizando-as com a topografia
local;
II – manutenção das florestas e demais formas de vegetação situadas em encostas com
declividade superior a 25° (vinte e cinco graus), de acordo com os termos previstos nos arts.
4o e 11 da Lei Federal n.º 12.651, de 25 de maio de 2012;
III – garantia de imunidade de supressão, visando à proteção e preservação dos fragmentos
florestais de Cerrado e da Mata Atlântica, como os já demarcados no Mapa 4 do Anexo 1
desta Lei, nos estágios médio e avançado de regeneração, na forma definida pelo órgão
licenciador competente, exceto nas situações previstas no artigo 280 desta lei;
IV – reserva das faixas referentes às APPs ao longo dos cursos d’água naturais perenes e
intermitentes, áreas no entorno de nascentes e olhos d’água, e das planícies de inundação
(brejo), priorizando a vegetação nativa existente no local, conforme Lei Federal n.º 12.651, de
25 de maio de 2012;
V – nas margens de lagos naturais ou artificiais maiores de 1.000 m² (mil metros quadrados)
de espelho d’água, proveniente de barramento de curso d'água, dentro da Macrozona Urbana,
será obrigatória a reserva de uma faixa não edificante de 15m (quinze metros) de largura,
medida em projeção horizontal a partir da margem de maior vazão e que devem ser
revegetadas conforme projeto específico a ser analisado e aprovado pela Unidade de Gestão
de Planejamento Urbano e Meio Ambiente - UGPUMA;
VI – reserva de faixa não edificante com largura mínima de 15m (quinze metros) ao longo de
cada lado de talvegue ou eixo de vales secos, cuja encosta tenha declividade superior a 40%
(quarenta por cento);
VII – destinação de faixa não edificante ou de avenida marginal com largura mínima de 15m
(quinze metros) acrescida das áreas para taludes, quando necessário, a partir do limite da faixa
de domínio das rodovias e ferrovias, e ao longo das faixas de transmissão.
Art. 287. Não poderá ser alterado, retificado ou desviado nenhum corpo d’água (córregos,
nascentes, lagos e brejos) sem anuência da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e
Meio Ambiente – UGPUMA e autorização do órgão ambiental estadual competente.
Art. 288. A destinação das faixas não edificantes e a implantação de avenidas marginais serão
analisadas pelo Grupo Técnico de Mobilidade, especialmente quando os imóveis estiverem
localizados em regiões com ocupação consolidada ou quando não for possível a conexão da
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 171)
avenida marginal com o sistema viário municipal, respeitando o disposto na Lei Federal n.º
6.766, de 19 de dezembro de 1979.
Art. 289. Os projetos de parcelamento do solo deverão atender os seguintes parâmetros:
I – lote mínimo;
II – testada mínima;
III – comprimento máximo das quadras;
IV – áreas públicas, devendo perfazer 30% (trinta por cento) da área total a ser parcelada,
observados os seguintes mínimos:
a) Áreas livres de uso público – ALUP, compreendendo as áreas verdes e o sistema de lazer,
no percentual de 20% (vinte por cento) da área total a ser parcelada, dos quais no mínimo 5%
(cinco por cento) deverão ser destinados ao sistema de lazer;
b) Áreas de Equipamento Urbano e Comunitário – AEUC, no percentual de 5% (cinco por
cento) da área total da área a ser parcelada;
V – sistema viário, no caso de loteamentos, sendo que as vias a serem implantadas deverão ter
as dimensões estabelecidas nas diretrizes expedidas pela Unidade de Gestão de Planejamento
Urbano e Meio Ambiente, sem prejuízos dos valores mínimos especificados nesta Lei;
VI – as calçadas devem ser implantadas concomitantemente ao leito carroçável, observando
ainda as seguintes condições:
a) propiciar condições adequadas de acessibilidade, acompanhando a declividade da via e
atendendo, no que for pertinente, as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas;
b) ter a largura mínima indicada no Quadro 4 desta Lei, de acordo com a zona de uso do solo
e a classificação viária;
c) ter no mínimo 30% (trinta por cento) de superfícies permeáveis;
d) garantir uma faixa destinada a equipamentos junto ao limite da faixa de tráfego, chamada
faixa de serviço, com largura mínima de 75 cm (setenta e cinco centímetros), devendo ser
mantida preferencialmente em grama, exceto nas áreas de acessos de veículos ocupadas por
equipamentos e nas travessias de pedestres;
e) ter arborização implantada, obedecendo a projeto técnico específico aprovado pelo órgão
municipal competente;
VII – dimensões das quadras, sendo que os limites máximos das testadas e das áreas dos lotes
corresponderão, em cada zona de uso do solo, respectivamente, ao comprimento máximo e à
área máxima das quadras, conforme Quadro 14, a seguir:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 172)
§ 11. O disposto no § 10 deste artigo poderá, a critério do requerente, ser aplicado também
aos loteamentos de interesse social protocolados na vigência da Lei n.º 7.858, de 18 de maio
de 2012.
§ 11. O disposto nos §§ 9o e 10 deste artigo, serão definidos pela FUMAS e poderá, a critério
do requerente, ser aplicado também aos loteamentos de interesse social protocolados na
vigência da Lei n.º 7.858, de 18 de maio de 2012. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de
agosto de 2022)
§ 12. Nas ZEIS 2, serão admitidas quadras habitacionais com até 150m (cento e cinquenta
metros) de comprimento, lotes de 100 m² (cem metros quadrados) de área e 5m (cinco metros)
de testada, delimitadas por vias de tráfego seletivo com largura mínima de 8m (oito metros)
no sentido do comprimento, e vias de circulação com largura mínima de 15m (quinze metros)
no sentido transversal.
§ 12. Os valores do pagamento em pecúnia ou das obras de construção de habitações de
interesse social, referidos no § 10, serão calculados pela FUMAS e corresponderão a soma do
valor de avaliação da gleba, mais o custo de produção das obras de infraestrutura, acrescido
de uma remuneração máxima de 20% (vinte por cento). (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18
de agosto de 2022)
Art. 290. O Município poderá aceitar projeto especial de parcelamento em lotes com
dimensões inferiores às mínimas definidas para Zona de Conservação Ambiental e Zona de
Preservação dos Bairros, desde que a solução proposta assegure que as áreas desvinculadas
dos lotes sejam acrescidas às áreas verdes públicas.
§ 1o. A medida tratada no caput deste artigo não deve permitir que os lotes resultantes tenham
área inferior a 500m² (quinhentos metros quadrados), quando situados na Zona de
Conservação Ambiental; e 250m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados), quando situados
na Zona de Preservação dos Bairros.
§ 2o. O projeto especial de que trata o caput deste artigo deve ser fundamentado pelo seu
proponente, em memorial justificativo, que será objeto de análise por parte do órgão
municipal competente.
Art. 291. As ALUPs deverão atender às seguintes disposições:
I – ter frente mínima de 10 m (dez metros) para a via pública oficial, exceto para vias
estruturais quando a frente mínima deverá ser de 20m (vinte metros);
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 175)
II – a localização preferencial das ALUPs será definida pelo órgão municipal licenciador na
emissão das diretrizes do parcelamento do solo.
§ 1o. As ALUPs não impermeabilizadas deverão corresponder a, no mínimo, 20% (vinte por
cento) da área da gleba objeto do parcelamento.
§ 2o. As áreas inseridas dentro dos polígonos da Zona de Conservação Hídrica e Zona de
Restrição Moderada à jusante da área urbanizada definidas, respectivamente, nos artigos 24 e
27 do Decreto n.º 43.284, de 3 de julho de 1998, poderão computar, para efeitos de
permeabilidade, as áreas descritas no § 1o deste artigo.
§ 3o. No desmembramento de glebas com testada inferior a 60 m (sessenta metros) para as
vias estruturais, a frente mínima para ALUP, quando adjacente à AEUC, poderá ser reduzida
para 10% (dez por cento) da testada da gleba, observado o mínimo de 5 m (cinco metros).
Art. 292. As AEUCs deverão atender às seguintes disposições:
I – ter frente mínima de 10m (dez metros) para a via pública oficial de circulação e
preferencialmente estar contidas em um único perímetro, sendo que, quando fizerem frente
para via estrutural, deverão possuir frente mínima de 20m (vinte metros);
II – estar situadas em área com declividade de até 30% (trinta por cento) com pelo menos
metade da extensão em área com declividade de até 20% (vinte por cento);
III – a localização preferencial das áreas de equipamento urbano e comunitário será definida
pelo órgão municipal licenciador no ato de emissão das diretrizes do parcelamento do solo.
CAPÍTULO II
DOS PROJETOS DE LOTEAMENTO E DESMEMBRAMENTO
Seção I
Das Definições Gerais
Seção II
Das Diretrizes Urbanísticas
Art. 294. As diretrizes urbanísticas para o projeto serão emitidas pelo Departamento de
Urbanismo da Unidade de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, com o objetivo de indicar,
de forma preliminar e integrada entre os setores afins, se o projeto tem condições de ser
aprovado, considerando os seguintes aspectos:
I – a situação pretendida com o parcelamento do solo, com as futuras edificações e os usos a
serem realizados no local;
II – a localização das áreas livres de uso público e das áreas de equipamento urbano
comunitário, e sua distribuição em relação às demais áreas públicas existentes na região,
considerando, preliminarmente, as informações contidas no Mapa 2 do Anexo I desta Lei;
III – a continuidade do sistema viário e sua interligação com a malha urbana, considerando,
preliminarmente, as informações contidas no Mapa 2 do Anexo I desta Lei;
IV – a proteção dos recursos naturais existentes no imóvel, considerando, preliminarmente, as
informações contidas nos Mapas 1 e 4 do Anexo I desta Lei;
V – a previsão de passagem de animais sob ou sobre ferrovias, rodovias ou avenidas, sempre
que o loteamento estiver situado entre áreas com vegetação que constitua habitat da fauna.
Art. 295. O processo de diretriz urbanística deverá ser instruído com os seguintes
documentos:
I – requerimento com identificação do interessado, informação completa da situação
pretendida com o parcelamento do solo, a ser assinado por pelo menos um proprietário ou seu
representante legal, com apresentação de procuração válida ou documento equivalente;
II – cópia atualizada da matricula do imóvel não superior a 180 (cento e oitenta) dias;
III – levantamento planialtimétrico cadastral georreferenciado, contendo curvas de nível a
cada um metro, amarradas com as coordenadas e altitudes da base cartográfica municipal; os
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 177)
Seção III
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 178)
Da Aprovação do Projeto
Seção III2
Do Alvará de Execução do Loteamento
Art. 300. Para obter o alvará de execução do loteamento, o interessado deverá firmar termo
de compromisso, no qual se obrigue a:
I – transferir ao domínio público no momento do registro do loteamento, sem quaisquer ônus
para o Município e conforme as disposições desta Lei, as vias de circulação, as ALUPs e as
AEUCs;
II – executar às próprias expensas as obras e serviços seguintes, em obediência ao
cronograma aprovado, podendo este prever conclusões por etapas:
a) locação topográfica completa;
b) implantação de vias e passeios;
c) iluminação das vias de veículos, vias de pedestres e vielas;
d) sinalização vertical e horizontal dos sistemas viário e cicloviário;
e) movimento de terra projetado;
f) pavimentação das vias públicas;
2
Houve um erro de redação, com repetição dessa numeração.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 180)
Seção IV
Da Aprovação Final do Loteamento
Art. 304. Após as vistorias dos órgãos competentes e o recebimento das obras de
infraestrutura, a aprovação final do loteamento será feita por certidão, da qual constarão:
I – zoneamento e classificação do sistema viário;
II – descrição perimétrica dos lotes e das áreas que passarão a constituir bens do domínio
público, sem ônus para o Município.
§ 1o. O responsável pelo loteamento deverá providenciar o envio das certidões e plantas para
registro em cartório, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da aprovação.
§ 2o. As certidões e plantas referidas no § 1o deste artigo poderão ser revalidadas,
justificadamente, por iguais períodos.
§ 3o. Após o registro do loteamento em cartório, o Município dará publicidade à classificação
das novas vias públicas por ato do Poder Executivo.
Art. 305. Os loteamentos serão entregues com infraestrutura urbana implantada, constituída
pelos equipamentos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento
sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar, e sistema
viário, incluindo a pavimentação do leito carroçável, ciclovias, vias de pedestres e calçadas,
com os requisitos de acessibilidade e devidamente sinalizados.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 182)
Seção V
Da Garantia Substitutiva
Art. 306. A garantia substitutiva tem por finalidade permitir a alienação de qualquer unidade
do empreendimento por meio de escritura pública definitiva de lotes antes da conclusão das
obras e serviços discriminados nesta Lei, desde que cumpridas as seguintes exigências,
cumulativa ou isoladamente, conforme o caso:
I – a título de garantia real de execução das obras e serviços previstos no caput deste artigo
poderá ser concedida uma parte do loteamento, de valor superior ao dobro do custo previsto
de todas as obras de infraestrutura, e contendo no mínimo 50% (cinquenta por cento) da soma
das áreas dos lotes gerados, desde que seja objeto de única, primeira e especial hipoteca em
favor do Município;
II – a área a ser hipotecada ao Município deverá estar livre e desembaraçada de qualquer
gravame que impeça o livre exercício dos direitos decorrentes da hipoteca;
III – atendidas as demais condições estabelecidas nesta Lei e firmado o instrumento de
hipoteca, o projeto será aprovado e o Município expedirá o alvará para a execução das obras e
fornecerá os documentos necessários para a inscrição do loteamento no Cartório de Registro
de Imóveis, com a averbação da hipoteca das áreas por ela atingidas;
IV – certificada a conclusão das obras e dos serviços previstos no projeto aprovado, será
expedido pelo Município o documento hábil para liberação da hipoteca;
V – a critério do Município, a hipoteca poderá ser objeto de liberação parcial a qualquer
momento, em função do adiantamento das obras previstas, desde que proporcionalmente ao
valor das obras executadas;
VI – competirá ao Município promover a execução das obras não concluídas até o final do
prazo previsto no cronograma, cabendo-lhe o direito de rever o projeto, caso em que será
providenciada a incorporação no todo ou em parte das áreas hipotecadas, mediante a execução
sumária do contrato de hipoteca para fins de ressarcimento de todas as despesas geradas pelo
loteamento, às quais será somada, a título de multa, importância equivalente a 30% (trinta por
cento) do total despendido.
§ 1o. A critério do Município poderão ser aceitas hipotecas de imóveis no Município não
incluídos no loteamento ou depósito de caução.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 183)
§ 2o. No caso de garantia sob forma de hipoteca de imóveis, estes deverão ser indicados
mediante comprovação de propriedade, registrada na serventia imobiliária competente, livre e
desembaraçada de qualquer ônus que impeça o pleno exercício dos direitos decorrentes da
hipoteca.
§ 3o. Constará da escritura da hipoteca que o proprietário deverá comunicar ao Município, no
prazo de 30 (trinta) dias de seu registro, qualquer ônus real posterior que venha a recair sobre
o bem, podendo o Município:
I – requerer reforço ou substituição da garantia;
II – determinar o vencimento antecipado da dívida com a consequente execução da garantia;
III – adotar medidas administrativas e/ou judiciais para assegurar o cumprimento das
obrigações constantes no termo de compromisso definido nesta Lei.
§ 4o. Poderá ser aceita como garantia a fiança bancária desde que o proprietário se
comprometa, em termo próprio, a providenciar a sua renovação sempre que for necessário.
§ 5o. As alternativas de que trata o presente artigo poderão ser aplicadas ao empreendimento
já iniciado, desde que o valor da garantia sempre seja igual ou superior ao dobro do custo das
obras a serem concluídas.
§ 6o. Todas as despesas decorrentes de aplicação deste artigo serão de responsabilidade do
proprietário do loteamento.
§ 7o. A execução das garantias previstas neste artigo não exime o proprietário das demais
responsabilidades legais.
§ 8o. Nos loteamentos em execução com garantia substitutiva será admitida a aprovação dos
projetos de edificações nos lotes, ficando o habite-se condicionado ao recebimento total ou
parcial das obras de infraestrutura.
CAPÍTULO III
DOS PROJETOS DE DIVISÃO E ANEXAÇÃO
Seção I
Das Definições Gerais
Art. 307. A divisão de glebas não caracteriza o parcelamento do solo para fins urbanos, não
exige a destinação de áreas públicas e deve observar as seguintes condições:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 184)
I – as partes resultantes da divisão sejam consideradas glebas para os efeitos desta lei e
possuam área mínima de 20.000 m2, exceto quando situadas no Território de Gestão da Serra
do Japi, que deverão seguir critérios da Lei Complementar n.º 417, de 29 de dezembro de
2004;
II – as glebas resultantes da divisão, quando situadas na Macrozona Urbana, possuam frente
mínima de 40,00 (quarenta) metros para via oficial;
III – as glebas resultantes da divisão, quando situadas na Macrozona Rural, poderão ter
acesso por meio de servidão de passagem registrada.
Parágrafo único. Para glebas seccionadas por vias oficiais e integrantes do patrimônio
público, é permitida que as áreas geradas por esses seccionamentos sejam menores que
20.000m² (vinte mil metros quadrados).
Art. 308. A utilização de glebas na Macrozona Urbana dependerá da solicitação de diretrizes
com o propósito de assegurar a continuidade da infraestrutura de mobilidade e evitar a
inviabilização do parcelamento que atenda à condição de quadra e lotes máximos prevista
para cada zona de uso do solo.
Seção II
Da Divisão e Anexação de Áreas Rurais
Art. 309. Para a Divisão e Anexação de Áreas Rurais o interessado deverá requerer diretrizes,
apresentando no ato os seguintes documentos:
I – requerimento com identificação do interessado, especificando a divisão ou anexação de
áreas pretendida ou o motivo da solicitação e assinatura do proprietário ou seu representante
legal, com apresentação de procuração válida ou documento equivalente;
II – cópia atualizada da matrícula do imóvel não superior a 180 (cento e oitenta) dias;
III – cópia do último exercício do ITR e Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR;
IV – croqui da localização do imóvel com indicação dos contornos, de forma a permitir a
identificação dos seus limites e a sua localização sobre a planta aerofotogramétrica da cidade;
V – levantamento planialtimétrico cadastral georreferenciado, contendo os limites do imóvel e
as indicações dos cursos d’água existentes com as respectivas Áreas de Proteção Ambiental e
a locação das edificações existentes;
VI – indicação das APPs e Reserva Legal, vegetação e recursos hídricos existentes;
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 185)
Seção III
Da Divisão, Desdobro e Anexação de Áreas Urbanas
TÍTULO VII
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Art. 314. São objetivos da regularização fundiária prevista no art. 157 desta Lei:
I – ampliação do acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, com prioridade
para sua permanência na área ocupada, assegurados o nível adequado de habitabilidade e a
melhoria das condições de sustentabilidade urbanística, social e ambiental;
II – articulação com as políticas setoriais de habitação, de meio ambiente, de saneamento
básico, de mobilidade urbana e de desenvolvimento econômico, voltadas à integração social e
à geração de emprego e renda;
III – participação dos interessados em todas as etapas do processo de regularização;
IV – estímulo à resolução extrajudicial de conflitos;
V – concessão do título, preferencialmente em nome da mulher.
CAPÍTULO IV
DAS CONDIÇÕES E PARÂMETROS PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Art. 315. As áreas sujeitas à regularização terão parâmetros especiais de parcelamento, uso e
ocupação do solo em razão das suas características e tipicidades, com o objetivo de viabilizar
a conclusão dos processos do ponto de vista social, urbanístico, ambiental e jurídico, e
compreendem:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 188)
CAPÍTULO V
DOS PROJETOS DE REGULARIZAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: REURB-S
Seção I
Dos Requisitos
permanente consistirá na distância entre o nível máximo operativo normal e a cota máxima
“maximorum”. (Acrescido pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 4o. Os estudos técnicos ambientais previstos no caput deverão ser elaborados por
profissional legalmente habilitado, compatibilizar-se com o projeto de regularização fundiária
e conter, conforme o caso, os elementos dos artigos 64 ou 65 da Lei Federal n.º 12.651, de
2012. (Acrescido pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Art. 320. Na Regularização Fundiária de Interesse Social (REURB-S), a implantação de
sistema viário e da infraestrutura básica será realizada pelo Município ou pela FUMAS,
diretamente ou por meio de seus contratados, ou ainda através de concessionários ou
permissionários de serviços públicos.
Parágrafo único. A regularização fundiária poderá ser executada por etapas e a realização de
obras de implantação de infraestrutura básica e de equipamentos comunitários, bem como sua
manutenção, poderão ser realizadas mesmo antes de concluída a regularização jurídica das
situações dominiais dos imóveis.
Seção II
Dos Procedimentos para Regularização
Seção III
Das Responsabilidades e do Registro de Imóveis
Art. 322. A regularização fundiária será promovida pelo poder público e também por:
I – beneficiários, individual ou coletivamente;
II – cooperativas habitacionais;
III – associações de moradores;
IV – fundações;
V – organizações sociais, organizações da sociedade civil de interesse público ou outras
associações civis que tenham por finalidade atividades nas áreas de desenvolvimento urbano
ou regularização fundiária.
§ 1o. O poder público poderá promover todos os atos necessários à REURB-S, inclusive os
atos destinados aos registros imobiliários e notariais, sempre que julgar necessário.
§ 2o. A REURB-S em área pública será veiculada, preferencialmente, por meio da concessão
de direito real de uso à alienação, conforme art. 110 da Lei Orgânica, além da concessão de
uso especial para fins de moradia.
§ 3o. Na hipótese a que se refere o § 2o deste artigo serão encaminhados para registro perante
o Oficial de Registro de Imóveis competente, o instrumento indicativo do direito real
constituído, a listagem dos ocupantes que serão beneficiados pela REURB e respectivas
qualificações e unidades, ficando dispensadas a apresentação de título cartorial
individualizado e as cópias da documentação referente à qualificação de cada beneficiário.
CAPÍTULO VI
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 193)
Art. 323. A Regularização Fundiária de Interesse Específico (Reurb-E) tem por objeto os
núcleos urbanos informais não ocupados predominantemente por população de baixa renda.
§ 1o. Os parcelamentos de solo indicados no Mapa 3 do Anexo I e os consolidados como
núcleo urbano informal que constam nas Ortofotos oriundas do levantamento
aerofotogramétrico realizado em 2012 são considerados de interesse específico para fins de
regularização fundiária e integram a Zona de Regularização Fundiária – ZERF.
§ 2o. Serão considerados núcleos urbanos informais passíveis de regularização aqueles nos
quais a cota de terreno por unidade habitacional seja inferior a 2.500m² (dois mil e quinhentos
metros quadrados).
§ 2o. Os parcelamentos do solo consolidados, cuja comercialização e ocupação ocorreu
comprovadamente pelo registro imobiliário, por escrituras públicas ou contratos de compra e
venda com reconhecimento de firma até a data da promulgação desta Lei. (Redação dada pela
Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Art. 324. A Regularização Fundiária de Interesse Específico limitar-se-á:
I – à parte do imóvel efetivamente ocupada por edificações inseridas em núcleos urbanos
informais; ou
II – à parte do parcelamento do solo consolidado e não edificado, cuja comercialização de
frações efetivamente ocorreu anteriormente à data das ortofotos oriundas do levantamento
aerofotogramétrico realizado em 2012, comprovada pelo registro imobiliário, por escrituras
públicas ou contratos de compra e venda com reconhecimento de firma, excluído o
remanescente de área não ocupada.3
Parágrafo único. Entende-se por remanescente as áreas que não se enquadram no disposto
nos incisos I e II deste artigo, que permanecerá na condição de gleba.
Seção I
Dos Requisitos
3
Art. 2o da Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022: “O marco temporal fixado no inciso II do art. 324 da Lei n o
9.321, de 2019, passa a ser a data da promulgação desta Lei.”
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 194)
Art. 325. As dimensões mínimas das áreas destinadas à implantação de AEUC e ALUP serão,
respectivamente, de 5% (cinco por cento) e 10% (dez por cento) da área total loteada ou
desmembrada, neste caso, em mais de 5 (cinco) lotes.
Art. 325. A aprovação da REURB-E obedecerá aos critérios urbanísticos e ambientais
definidos na Lei Municipal. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 1o. Quando necessário para permitir a regularização do parcelamento e a critério do
Município, as áreas destinadas à implantação de AEUC e ALUP poderão possuir apenas uma
frente para logradouro público oficial. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 2o. Caso a área disponível para a implantação de AEUC e ALUP no imóvel objeto da
regularização seja inferior a 15% (quinze por cento), os interessados poderão ressarcir o
Município em pecúnia ou em áreas equivalentes ao dobro da diferença entre o total das áreas
públicas exigidas e as efetivamente destinadas no local do parcelamento, em locais próximos
ou em regiões de interesse do Município, a critério deste. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de
agosto de 2022)
§ 3o. Na hipótese do ressarcimento em pecúnia, os recursos auferidos serão destinados ao
Fundo Municipal de Desenvolvimento Territorial. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto
de 2022)
§ 4o. As áreas destinadas à implantação de AEUC e ALUP, referidas no caput deste artigo,
não incidirão sobre a parte das glebas parceladas, cuja área dos lotes resultantes seja superior
a 20.000m2 (vinte mil metros quadrados). (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Art. 326. O sistema de circulação dos loteamentos deverá atender aos seguintes requisitos:
Art. 326. Na REURB-E o sistema de circulação dos parcelamentos do solo a serem
regularizados deverão atender aos requisitos da Lei Municipal. (Redação dada pela Lei n.º
9.806, de 18 de agosto de 2022)
I – articular-se com o sistema viário do Município, assegurando a continuidade das vias
principais, existentes ou projetadas, de acordo com diretrizes específicas definidas pelo
Município; (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
II – as larguras mínimas das vias principais que, de acordo com as diretrizes estabelecidas
pelo Município, deverão se articular com o sistema viário do Município; (Revogado pela Lei n.º
9.806, de 18 de agosto de 2022)
III – as larguras das demais ruas internas serão definidas a partir das condições de ocupação
do loteamento, observadas as seguintes dimensões mínimas: (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18
de agosto de 2022)
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 195)
projeto de parcelamento, serão os previstos para a zona de uso do solo na qual o imóvel esteja
inserido, definidos de acordo com as dimensões dos lotes nesta Lei.
§ 2o. Quando o parcelamento a ser regularizado estiver situado fora da Macrozona Urbana,
deverão ser adotados os usos e parâmetros previstos para a Zona de Conservação Ambiental.
Art. 328. Os lotes resultantes de loteamentos ou desmembramentos objeto de regularização
terão as dimensões determinadas pela situação fática constatada no local e pela documentação
de comprovação da posse apresentada.
§ 1o. Nas áreas das bacias dos cursos d´água considerados mananciais de abastecimento do
Município, atuais ou projetados, e nas REURB-E delimitadas por áreas rurais em todo o seu
perímetro, deverá ser assegurada a permeabilidade de 50% (cinquenta por cento) da área
objeto da regularização. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 2o. Para atender ao disposto no § 1o deste artigo, os interessados poderão oferecer áreas
livres de uso público, que serão consideradas no cálculo da densidade demográfica, situadas
na mesma bacia hidrográfica do manancial considerado, ou em locais de interesse do
Município. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Art. 328. Os lotes resultantes de loteamentos ou desmembramentos em REURB, terão as
dimensões determinadas pela situação fática constatada no local e pela documentação de
comprovação da posse apresentada. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Parágrafo único. Os índices de permeabilidade deverão atender aos requisitos da Lei
Municipal. (Acrescido pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Art. 329. Os lotes resultantes dos parcelamentos regularizados e delimitados por áreas rurais
em todo o seu perímetro, quaisquer que sejam as suas dimensões, não poderão ser
desdobrados no futuro, nem sofrer qualquer outro tipo de fracionamento que implique no
aumento do número de unidades do parcelamento.
Parágrafo único. Nos casos previstos no caput deste artigo, deverão ser adotados os usos e
parâmetros definidos para a Zona de Conservação Ambiental.
Art. 330. A infraestrutura básica dos parcelamentos a serem regularizados consistirá, no
mínimo, de:
Art. 330. A infraestrutura básica dos parcelamentos a serem regularizados deverão atender
aos requisitos da Lei Municipal. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
I – vias de circulação, com guias e sarjetas; (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de
2022)
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 197)
II – sistema de escoamento de águas pluviais; (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de
2022)
III – sistema de abastecimento de água potável; (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de
2022)
IV – coleta e destinação adequada dos esgotos sanitários; (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de
agosto de 2022)
V – energia elétrica domiciliar. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Seção II
Dos Projetos para Regularização
providências relativas à aprovação final da regularização. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de
agosto de 2022)
Art. 332. O Município emitirá as diretrizes com base na legislação vigente e no planejamento
municipal, de forma a orientar e facilitar a elaboração correta dos projetos necessários à
aprovação da regularização.
§ 1o. A diretriz será consolidada em documento oficial emitido por servidor técnico
municipal, no prazo máximo de 90 (noventa) dias úteis a contar da data de protocolo, ou do
atendimento de eventual “comunique-se” para complementação de documentos ou
informações.
§ 2o. O não atendimento ao “comunique-se” no prazo de 90 (noventa) dias ensejará o
indeferimento do pedido e o arquivamento do processo.
§ 3o. As diretrizes emitidas pelo Município indicarão, claramente, qual a parte do imóvel cujo
parcelamento pode ser regularizado, nos termos previstos nesta Lei.
§ 4o. No caso de apresentação do traçado do projeto pretendido, juntamente com o pedido de
diretrizes urbanísticas, o Município limitar-se-á à análise e à indicação exclusiva daquelas não
atendidas pela proposta, além de fornecer informações para a elaboração dos projetos
complementares.
§ 5o. No caso de parcelamentos situados na Zona de Conservação da Vida Silvestre, as
diretrizes indicarão as áreas que não poderão ser objeto de regularização, em virtude do
disposto no inciso V do art. 19 do Decreto Estadual n.º 43.284, de 3 de julho de 1998.
Art. 333. Com base nas diretrizes emitidas, o interessado apresentará o projeto de
parcelamento para ser analisado pelo Município.
§ 1o. Para evitar a necessidade de reapresentação de toda a documentação, o projeto de
parcelamento poderá ser anexado no mesmo processo que tratou das diretrizes urbanísticas.
§ 2o. Caso a análise conclua pela impossibilidade de aprovação, ou quando o interessado não
atender as exigências feitas, o Município indeferirá o pedido e notificará o interessado para
que sejam tomadas as providências necessárias ao restabelecimento da situação inicial do
imóvel.
Art. 334. A aprovação do projeto de desmembramento far-se-á por certidão, acompanhada
das plantas aprovadas e dos demais documentos necessários ao registro junto ao Cartório de
Registro de Imóveis.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 199)
f) da planta de situação;
g) do cronograma de execução das obras;
II – 05 (cinco) vias dos perfis longitudinais das vias e áreas públicas;
III – descrições perimétricas dos lotes, e das áreas públicas, inclusive sistema viário;
IV – certidão expedida pela DAE S/A – Água e Esgoto, assegurando a existência de projetos
aprovados dos sistemas de abastecimento de água e de coleta e destinação final dos esgotos
ou, a existência dos referidos sistemas devidamente implantados, com a relação dos lotes
eventualmente gravados com faixas de servidão;
V – projeto do sistema de galerias para águas pluviais devidamente aprovado, ou certidão do
setor competente da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos – UGISP,
assegurando que existe solução implantada para o escoamento das águas;
VI – quando for o caso, projeto de pavimentação aprovado ou certidão expedida pelo setor
competente da UGISP, atestando que as obras foram executadas;
VII – licenciamento por parte dos órgãos competentes do Estado.
§ 4o. Poderão ser aprovados projetos sem a execução de pavimentação das vias públicas,
desde que o proprietário e os adquirentes de lotes firmem Termo de Compromisso a fim de se
obrigarem a realizar as obras não terminadas conforme cronograma de execução, e a suportar
as despesas com as referidas obras. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 5o. Nas áreas de ZERF constituídas por parcelamentos com até 20 (vinte) unidades
habitacionais, adjacentes às áreas rurais ou Zonas de Conservação Ambiental servidas pelos
sistemas públicos de abastecimento de água e de coleta de esgotos, poderão ser regularizados
loteamentos sem a necessidade da elaboração de projetos complementares e de execução de
obras de infraestrutura, desde que: (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
I – as unidades tenham acesso à via aberta, em uso público, oficial, com condições
satisfatórias de escoamento de águas pluviais;
II – a extensão das vias do loteamento seja inferior a 300m (trezentos metros);
III – os interessados declarem não ter interesse na pavimentação da via.
Art. 336. Poderá ser adotado o procedimento previsto no art. 335 desta Lei para a aprovação
de loteamentos irregulares antes da conclusão das obras de infraestrutura desde que os
interessados firmem o Termo de Compromisso que contenha:
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 201)
Art. 336. Poderá ser adotado o procedimento para a aprovação de loteamentos irregulares,
antes da conclusão das obras de infraestrutura, desde que atendam as condições definidas na
Lei Municipal. (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
I – as obras e os serviços relativos ao sistema viário e infraestrutura básica necessários à
regularização, a cargo do interessado; (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
II – o orçamento e o cronograma físico-financeiro para implantação das respectivas obras;
(Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
III – as medidas de mitigação e de compensação urbanística exigidas; (Revogado pela Lei n.º
9.806, de 18 de agosto de 2022)
IV – indicação e comprovação da garantia real, livre e desembaraçada de quaisquer ônus, no
valor correspondente ao custo das obras, assim como as condições para a sua reserva prévia
ao início do processo de regularização fundiária de interesse específico; (Revogado pela Lei n.º
9.806, de 18 de agosto de 2022)
V – os responsáveis pelas obrigações definidas, na proporção da responsabilidade
compartilhada, quando o caso, entre o loteador, proprietário da gleba e beneficiários da
regularização. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 1o. A definição do custo das obras e serviços e o valor da garantia previstos,
respectivamente, nos incisos I e IV deste artigo observarão os parâmetros de procedimento
licitatório municipal. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 2o. Caso o interessado não comprove o atendimento da exigência de apresentação da
garantia real, o Município indeferirá a solicitação de regularização. (Revogado pela Lei n.º
9.806, de 18 de agosto de 2022)
§ 3o. Se as obras e serviços de infraestrutura e outras previstas no Termo de Compromisso não
forem concluídas no prazo determinado e nem realizadas de forma adequada no que se refere
à qualidade, o Município poderá implementá-las e executar a garantia real de que trata o
inciso IV deste artigo. (Revogado pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
Seção III
Das Responsabilidades e do Registro de Imóveis
TÍTULO VII
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 342. Os agentes que derem causa à infração das disposições previstas nesta Lei,
independentemente da aplicação de penalidades fundadas em normas especiais ou correlatas
sujeitar-se-ão à imputação das seguintes penalidades:
I – Multa de 50 (cinquenta) a 200 (duzentas) Unidades Fiscais do Município;
II – interdição da atividade;
III – cassação e/ou cancelamento das licenças concedidas ou dos projetos aprovados;
IV – embargo de canteiro de obras ou de imóvel;
V – demolição da parte executada em desacordo com o projeto aprovado;
VI – apreensão de máquinas e equipamentos utilizados para obras sem o respectivo projeto
aprovado;
VI – apreensão de máquinas, equipamentos e materiais de construção utilizados para obras
sem o respectivo projeto aprovado; (Redação dada pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022)
VII – demolição das edificações e restauração do terreno ao “status quo” no caso de
parcelamento do solo irregular.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 204)
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Dos Prazos de Validade dos Documentos Oficiais
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 205)
Art. 344. Os documentos oficiais emitidos pela UGPMA terão os seguintes prazos de
validade a partir da data de emissão:
Documento Validade
Certidão de uso do solo mudança da Lei
Diretriz Urbanística e Diretriz Viária 1 ano
Estudo de Impacto de Vizinhança, Relatório de Impacto de Trânsito 2 anos
Projeto de parcelamento aprovado, sem início da execução 2 anos
Alvará de execução, sem início de obra 2 anos
Projeto de construção ou reforma aprovado, sem início da execução 2 anos
Projeto de construção ou reforma aprovado, com execução não 10 anos
concluída
Projeto de parcelamento aprovado, com execução não concluída 10 anos
§ 1o. Os prazos indicados no quadro acima poderão ser renovados desde que não tenha havido
mudança na legislação pertinente.
§ 2o. A Certidão de Uso do Solo terá validade até a mudança da legislação que define o
zoneamento e uso do solo do Município.
§ 3o. A emissão do alvará de execução é indispensável para execução de terraplenagem, muro
de arrimo, edificação nova, demolição, reforma, ampliação e transformação de uso, devendo
se restringir à licença concedida.
§ 4o. Cessa a prescrição do alvará de execução a conclusão das fundações, profundas ou rasas,
e da infraestrutura da edificação, comprovada por vistoria da UGPUMA.
Seção II
Dos Prazos de Validade dos Processos na Mudança na Lei
Art. 345. Será assegurado para todos os processos em trâmite o direito à aplicação da
legislação vigente à época do protocolo, desde que respeitadas as respectivas regras de
transição.
Parágrafo único. Nos processos em trâmite na data de publicação desta Lei, o interessado
poderá optar pela análise integral nos termos da legislação vigente.
Art. 346. Os projetos de parcelamento do solo, regularização, construção e reforma em
trâmite na data de publicação desta Lei poderão ser alterados, desde que as novas condições
sejam caracterizadas pela inexistência de modificações desfavoráveis dos parâmetros de
utilização do terreno superiores a 10% dos valores do projeto em trâmite com base na
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 206)
Registrada na Unidade de Gestão da Casa Civil do Município de Jundiaí, aos onze dias do
mês de novembro do ano de dois mil e dezenove, e publicada na Imprensa Oficial do
Município.
\scpo
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 208)
ANEXO I – MAPAS
(links)
4
Mapas alterados pela Lei n.º 9.806, de 18 de agosto de 2022.
(Texto compilado da Lei no 9.321/2019 – Plano Diretor – pág. 209)
ANEXO II – QUADROS
(links)
Polo Gerador de Tráfego: são construções urbanas ou atividades que atraem grande
quantidade de deslocamentos de pessoas ou cargas (escolas, conjuntos de escritórios,
shopping centers) e que necessitam ser controlados por instrumentos legais e técnicos, como
forma de minimizar ou eliminar os impactos indesejáveis que possam ter sobre o transporte e
o trânsito da sua área de influência.
Quadra: é a área resultante de loteamento, delimitada por vias oficiais de circulação ou
demais logradouros públicos.
Recuo: é a distância horizontal, perpendicular à divisa do terreno, entre o limite externo da
edificação e a divisa do terreno.
Sacada: é o piso saliente do corpo da edificação sem apoio com a função de terraço aberto,
circundado por peitoril ou grade.
Sistema de Lazer: é a área livre, de uso coletivo, destinada ao lazer, e que faz parte da Área
Livre de Uso Público.
Subsolo: é a garagem destinada ao parqueamento de veículos nas edificações que não aflora
acima do nível da calçada em todo o perímetro confrontante com vias públicas, respeitados os
alinhamentos projetados e a taxa de permeabilidade mínima.
Taxa de ocupação: é a relação entre a área ocupada ou projetada horizontalmente da
edificação ou conjunto de edificações e a área de terreno a ela vinculada.
Taxa de permeabilidade do solo: é a relação entre a área total destinada a permeabilidade de
águas pluviais (águas da chuva) e a área do terreno a ela vinculada.
Terreno: é a porção de terra definida como lote ou gleba.
Unidade autônoma: é a fração privativa de lote e/ou edificação inserida dentro dos limites da
parte privativa do empreendimento.
Urbanização: é o processo de passagem do rural para o urbano, dotando ou não uma área
com infraestrutura e equipamentos urbanos (redes de água e esgoto, abertura e pavimentação
de via, parques, jardins etc).
Via pública oficial: é a via existente e em uso público por mais de dez anos, sem oposição.