PDM Guarapari
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Guarapari
Outubro / 2016
ESTADO DO ESPIRITO SANTO
PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPARI
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PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPARI
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PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPARI
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LEI COMPLEMENTAR:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
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TÍTULO II
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E ORDENAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS
SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
alcançados, garantindo o uso racional dos recursos naturais para que estes estejam
disponíveis às presentes e futuras gerações;
V - diversificação da economia considerando as diferentes escalas territoriais e a
promoção da organização territorial no sentido de criar economias de aglomeração tanto
do ponto de vista do consumidor como do produtor;
VI – promoção da justiça social mediante ações que visem à erradicação da pobreza
e da exclusão social, da redução das desigualdades sociais e da segregação sócio-
espacial;
VII - entendimento do meio ambiente como bem de uso comum do povo, garantindo a
proteção dos ecossistemas e recursos ambientais existentes, a preservação, recuperação
e o uso adequado do ambiente natural e construído, garantindo a todos os habitantes a
vida em um meio ecologicamente equilibrado;
VIII - proteção, valorização e preservação dos principais marcos da paisagem urbana
e rural, da cultura e memória social;
SEÇÃO II
DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS
pelas populações de baixa renda, onde for adequado sob o ponto de vista ambiental;
XVII - racionalizar custos operacionais com transporte, energia e tempo de
deslocamento na cidade, aproximando as pessoas dos locais de trabalho, serviços,
comércio, escolas e centros de lazer, através da melhoria das condições de acessibilidade
e de uma política de distribuição espacial conveniente, das diversas atividades;
XVIII - melhorar a eficiência da rede viária e dos serviços de transporte assegurando
acesso satisfatório dos cidadãos aos diversos pontos do território municipal, principalmente
aos núcleos urbanos adensados e núcleos rurais, viabilizando a promoção da
acessibilidade universal;
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CAPÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
CAPÍTULO III
DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO LOCAL
SEÇÃO II
DAS DIRETRIZES DO DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE BENS NATURAIS E CULTURAIS
Art. 15 - A Política de Proteção de Bens Naturais e Culturais tem por objetivo garantir e
disciplinar as ações necessárias para a preservação, conservação e recuperação do
ambiente natural, bem como do patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico,
segundo as suas especificidades, mediante o atendimento dos objetivos estabelecidos
nesta Lei.
Art. 16 – As ações voltadas para a proteção dos bens naturais têm a finalidade de
valorizar, proteger, preservar e divulgar o patrimônio natural local, assegurando a
manutenção da biodiversidade, dos ecossistemas terrestres e marinhos, das formações
naturais singulares que compõem as paisagens notáveis da região, entre outros recursos
oferecidos pela natureza.
Art. 17 – As ações voltadas para a proteção dos bens culturais têm a finalidade de
assegurar a proteção das expressões material e imaterial da sociedade, tomadas
individualmente ou em conjunto, quando façam referência à identidade, à ação, ou a
memória dos diferentes grupos que a compõem.
§ 1o - Patrimônio material são todas as expressões e transformações de cunho
histórico, artístico, arquitetônico, arqueológico paisagístico, urbanístico, científico e
tecnológico, incluindo as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
destinados às manifestações artístico-culturais.
§ 2o - Patrimônio imaterial são todos os conhecimentos e modos de criar, fazer e viver
identificados como elementos pertencentes à cultura comunitária, tais como as festas,
danças, o entretenimento, bem como as manifestações literárias, musicais, plásticas,
cênicas, lúdicas, religiosas, entre outras práticas da vida social.
SEÇÃO I
DA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS
SEÇÃO II
DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, CULTURAL E PAISAGÍSTICO
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que possibilitem o seu uso e ocupação efetiva, diretamente ou em parceria com a iniciativa
privada, condicionada sempre à preservação e proteção do local.
VIII – compatibilizar a localização das atividades e o uso do solo com a proteção do
patrimônio histórico, cultural e paisagístico;
IX - disciplinar o uso da comunicação visual nos bens de patrimônio e locais
considerados de interesse cultural;
X - considerar a paisagem urbana e os elementos naturais como referências para a
estruturação do território e regulamentação dos critérios de ocupação do solo;
XI – Preservar visuais significativos dos monumentos e as paisagens notáveis,
estabelecendo restrições para as construções edilícias e localização de engenhos de
publicidade, bem como incentivos voltados para as ações de proteção e preservação
da paisagem natural e construída;
CAPÍTULO V
DO SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO
Art. 24 - Para fins desta lei entende-se por saneamento ambiental os serviços de:
I – abastecimento d’água;
II – esgotamento sanitário;
III – recolhimento de resíduos sólidos;
IV – drenagem pluvial.
Art. 25 - A política de saneamento ambiental integrado tem como objetivo manter o meio
ambiente equilibrado, alcançando níveis crescentes de salubridade, por meio da gestão
ambiental, do abastecimento de água potável, da coleta e tratamento do esgoto sanitário,
da drenagem das águas pluviais, do manejo dos resíduos sólidos e da reutilização das
águas, do incentivo às construções sustentáveis e universalmente acessíveis no processo
de desenvolvimento e ocupação do território do Município.
Parágrafo único - as edificações em que sejam implantados telhados verdes e/ou sistemas
de coleta seletiva de resíduos sólidos receberão incentivos fiscais de acordo com o previsto
nesta lei.
CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
físico-ambiental.
SEÇÃO I
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA HABITACIONAL
III - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, que constituem áreas delimitadas do
território municipal com destinação específica e normas próprias de uso e ocupação do
solo, destinada primordialmente à implantação de programas e projetos habitacionais de
interesse social, cujos objetivos principais são: recuperar áreas degradadas, corrigir
situações de risco ocasionadas por ocupações de forma irregular, estabelecendo
condições mínimas de habitabilidade; induzir a ocupação dos vazios urbanos de modo a
ampliar a oferta de terra para a moradia; incorporar à cidade os assentamentos
habitacionais de baixa renda já existentes; fixar a população residente, criando
mecanismos que impeçam processos de expulsão indireta decorrente da valorização
jurídica e urbanística;
IV – Operações Urbanas Consorciadas.
CAPÍTULO VII
DA MOBILIDADE URBANA E ACESSIBILIDADE
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Público e pela iniciativa privada deverão buscar, entre outros aspectos, a inserção regional
do município de Guarapari, a integração entre as partes das áreas rural e urbana do seu
território, a articulação entre suas frações urbanas, a garantia da circulação pelos diversos
meios, a comodidade dos pedestres e a qualidade dos transportes públicos e dos
espaços de permanência, respeitando, desse modo, as necessidades decorrentes do
processo de desenvolvimento das atividades econômicas e sociais locais e, sobretudo, o
direito do cidadão à mobilidade e acessibilidade universal.
Art. 31 - O Sistema Viário Básico Municipal será composto por vias segundo a seguinte
hierarquia de operação:
I - rodovia federal;
II - rodovias estaduais;
III - estradas municipais;
IV - vias arteriais;
V - vias principais;
VI - vias coletoras; e
VII - vias locais.
§ 1o - A hierarquização das vias existentes ou a construir é aquela constante no
Anexo 02 – Sistema Viário Básico de Guarapari, parte integrante desta Lei.
§ 2o – As características estruturais e o perfil transversal das diversas categorias
hierárquicas são aqueles constantes no Anexo 03 – Características Físicas da Rede Viária
Básica e Anexo 04 – Seções Transversais das Vias, partes integrantes desta Lei.
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TÍTULO III
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO TERRITÓRIO E DO SISTEMA MUNICIPAL DE
PLANEJAMENTO
CAPÍTULO I
DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DEMOCRÁTICA DO PLANO
DIRETOR MUNICIPAL
SEÇÃO I
DA GESTÃO TERRITORIAL PARTICIPATIVA
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SUBSEÇÃO I
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS ORGÃOS COLEGIADOS
SUBSEÇÃO II
DA INICIATIVA POPULAR NA ELABORAÇÃO DE LEIS, PLANOS, PROGRAMAS E
PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO URBANO.
Art. 36 – Nos termos do parágrafo primeiro do Art. 12 da Lei Orgânica Municipal, fica
assegurada a iniciativa popular na elaboração de leis, planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano.
SUBSEÇÃO III
DA AUDIÊNCIA, DEBATES E CONSULTA PÚBLICA
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SUBSEÇÃO IV
DO PLEBISCITO E REFERENDO POPULAR
CAPÍTULO II
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
SEÇÃO I
DO CONSELHO MUNICIPAL DO PLANO DIRETOR DE GUARAPARI
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h) Agronegócio.
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e III devem ser indicados pelas r espect ivas associações e ent idades, bem
com o seus respect ivos suplent es.
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SEÇÃO II
DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO
SEÇÃO III
DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES TERRITORIAIS
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TÍTULO IV
DO PLANEJAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO I
DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
SEÇÃO I
DOS LIMITES DISTRITAIS E DO PERÍMETRO URBANO
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Art. 56 - O Perímetro Urbano configura-se pelo polígono que separa a área do Município
destinada às atividades urbanas, chamada de Área Urbana, da área destinada às
atividades rurais, chamada de Área Rural, cujo formato é demarcado entre os limites
municipais e a faixa costeira, conforme Mapa Anexo 01 desta Lei.
Parágrafo Único - Os limites dos Bairros nos Perímetros Urbanos do município de
Guarapari são definidos em Lei Específica com Mapa e respectivo memorial descritivo
georreferenciado.
SEÇÃO II
DO MACROZONEAMENTO
Art. 57 - Para o planejamento do uso e ocupação do solo, o território do Município fica
dividido em:
I - Macrozona Urbana
II - Macrozona de Transição;
III - Macrozona de Proteção Natural;
Parágrafo Único - Os limites das macrozonas referidas neste artigo estão delimitadas
nos mapas constantes do Anexo 05 – Macrozoneamento do Município de Guarapari, que
são partes integrantes desta Lei.
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CAPÍTULO II
DO ZONEAMENTO DA ÁREA RURAL
condomínios por unidades autônomas, constituídos por sítios de recreio, na forma como
dispõe o Capítulo III e IV do Título V, desta Lei.
Art. 64 - As Zonas Ocupação Turística – ZOT, definidas com perímetros urbanos no interior
da Macrozona Rural, são constituídas pelas áreas localizadas no interior do perímetro
da zona rural cuja vocação é predominantemente voltada para finalidades de turismo, lazer
e outras atividades que configuram o uso extensivo do solo. Estas zonas estão localizadas
nas localidades de Buenos Aires, Cachoeirinha, Boa Esperança (Rota da Ferradura)
Iguape, Todos os Santos, Santa Rita e Santa Luzia, São Miguel, Cabeça Quebrada, Rio
Calçado e São Felix.
CAPÍTULO III
DO ZONEAMENTO DA ÀREA URBANA
Art. 66 - Para fins de regulamentação do uso e ocupação do solo urbano as zonas urbanas
classificam-se em:
I - Zonas de Proteção Ambiental – ZPA;
II - Zonas de Uso Residencial - ZUR;
III – Zonas de Uso Turístico - ZUT;
IV - Zona Central - ZC;
V– Zona de Uso Industrial e Logística – ZUIL;
VI – Zona de Ocupação Turística – ZOT;
VII – Zona Especial Interesse Turístico– ZEIT;
VIII – Zona de Equipamentos Especiais -ZEE;
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Art. 67 - Para efeito de implantação de atividades, nos casos em que a via de circulação
for o limite entre zonas de uso, os imóveis que fazem frente para esta via poderão se
enquadrar em qualquer dessas zonas, prevalecendo, em qualquer caso, os índices de
controle urbanístico estabelecidos para a zona de uso na qual o imóvel estiver inserido.
SEÇÃO I
DAS ZONAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - ZPA
§ 3o - Nos Parques Naturais Municipais, além dos usos definidos pela ZPA 0 1 ,
é permitida a recreação orientada em áreas previamente destinadas e aquelas identificadas
nos respectivos planos de manejo.
§ 4o - Nas ZPA 02 somente serão permitidas a instalação de equipamentos e
estruturas permanentes ou a ampliação daqueles já existentes, quando tiverem o objetivo
de dar suporte às atividades de recreação, turismo e lazer, sendo que quaisquer outros
usos ou intervenções deverão ser submetidos à análise e autorização prévia do órgão
ambiental competente e consulta ao Conselho Municipal do Plano Diretor de Guarapari -
CMPDG.
f) Ilha da Pesca;
g) Ilha Acaeira;
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Pescaria.
VI – As praias, as falésias, as áreas de Mangue, alagados e remanescentes florestais
identificados como de interesse de preservação.
§ 1o - Os acidentes geográficos mencionados neste artigo não poderão sofrer qualquer
tipo de destruição ou descaracterização sendo vedado a colocação ou construção de
quaisquer obstáculos nas vias de acesso aos mesmos, conforme estabelece o Art. 267 da
Lei Orgânica do Município.
§ 2o - As áreas que integram a Zona de Proteção Ambiental compreendidas pela
descrição acima estão em parte representadas no mapa que integra Anexo 06 –
Zoneamento Urbanístico de Guarapari, parte integrante desta Lei.
SEÇÃO II
DAS ZONAS DE USO RESIDENCIAL - ZUR
SEÇÃO III
DAS ZONAS DE USO TURÍSTICO - ZUT
Art. 77 - As Zonas de Uso Turístico - ZUT, definidas no âmbito da Macrozona Urbana, são
compostas pelas áreas situadas próximas aos elementos naturais que funcionam como
atrativos turísticos, especialmente as praias, sendo definidas onde se busca incentivar o
incremento de equipamentos e serviços de apoio ao desenvolvimento do turismo, em
detrimento da atividade exclusivamente residencial, unifamiliar ou multifamiliar.
SEÇÃO V
DAS ZONA CENTRAL - ZC
pelas áreas localizadas na região central da cidade, totalmente infra- estruturadas com
redes de fornecimento de energia, comunicações e saneamento básico, cujo uso está
predominantemente voltado para as atividades de natureza central no que se refere à
prestação de serviços e tipologia de comércio, mesclado com o uso residencial e misto,
residencial e não residencial, com grau elevado de adensamento e impacto sobre o
sistema local de transporte e tráfego de veículos.
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SEÇÃO VII
DAS ZONAS ESPECIAIS
Art. 83 – As Zonas Especiais podem estar situadas no âmbito de qualquer umas das
Macrozonas definidas para a área urbana e, para efeitos de regulamentação quanto à sua
finalidade, subdividem-se em Zona Especial de Interesse Turístico - ZEIT, Zona Especial
de Interesse Social – ZEIS, Zona Especial de Equipamentos - ZEE e Zona Ocupação
Turística – ZOT.
SUBSEÇÃO I
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE TURÍSTICO - ZEIT
Art. 84 – As Zonas Especiais de Interesse Turístico – ZEIT são definidas pelas áreas
livres ou apenas parcialmente ocupadas, cuja localização apresenta relevante interesse
para a implantação de empreendimentos voltados para apoio e/ou exploração turística de
natureza variada, conforme parâmetros urbanísticos estabelecidos no Anexo 08.
SUBSEÇÃO II
DAS ZONAS ESPECIAIS DE EQUIPAMENTOS - ZEE
Art. 85 – As Zonas Especiais de Equipamentos – ZEE são definidas pelas áreas de uso
público ou particular onde se pretende a realização de projeto de intervenção urbana
visando a implantação de equipamentos públicos de abrangência municipal, a recuperação
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SUBSEÇÃO III
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS
Art. 86 – As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS são definidas pelas áreas onde
deverá ser promovida a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos
habitacionais de baixa renda existentes e consolidados e o desenvolvimento de programas
habitacionais de interesse social nas áreas não utilizadas ou subutilizadas.
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Art. 91 - Para cada Zona Especial de Interesse Social - ZEIS 01 será elaborado pelo Poder
Público, com a participação dos ocupantes da área, um Plano de Desenvolvimento Local
contemplando um conjunto de ações integradas que visam o desenvolvimento global do
local ocupado, abrangendo aspectos urbanísticos, socioconômicos, de regularização
fundiária, de infraestrutura, jurídicos, ambientais e de mobilidade e acessibilidade urbana.
Art. - 97 - Os projetos para regularização fundiária nas ZEIS 01 e 02, poderão ser
dispensados das exigências urbanísticas para loteamento estabelecidas nesta lei, devendo
ser devidamente aprovados pelo órgão técnico municipal competente.
TÍTULO V
DO USO, OCUPAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO
CAPÍTULO I
DO USO DO SOLO URBANO
porte.
II – Comércio e Serviços tipo 2 (CS2): atividades de médio porte compatível com o uso
residencial, que não atraem tráfego pesado e não causam poluição ambiental, quando
adotadas as medidas adequadas para o seu controle;
III – Comércio e Serviços tipo 3 (CS3): atividades de grande porte, não compatíveis com o
uso residencial e que atraem tráfego pesado ou intenso;
IV – Comércio e Serviços Especial (CSE): atividades urbanas peculiares que, pelo seu
grande porte, escala de operação ou função desempenhada, são geradoras, em potencial,
de impactos nas zonas de sua implantação.
II – Indústrias de grande porte, classificadas como Indústria tipo 3 (I3), são aquelas
compatíveis com os usos especializados de comércio e de serviços em edificações de
pequeno e médio porte que só eventualmente poderá ser tolerada junto ao uso residencial.
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III – Indústrias especiais (IE) são aquelas não compatíveis com o uso residencial,
instaladas em edificações de pequeno, médio e grande porte, e que exigem rigoroso
controle ambiental.
Art. 102 – O agrupamento das atividades urbanas não residenciais segundo as categorias
de uso, natureza e porte das atividades, na forma estabelecida neste capítulo, é o
apresentado pelo Anexo 07 – Classificação das Atividades por Categoria de Uso, parte
integrante desta Lei.
Parágrafo Único – As atividades que não constam da listagem integrante do Anexo
07, deverão ser enquadradas nas categorias de uso e porte, conforme os critérios
estabelecidos nos artigos precedentes, mediante decreto do Poder Executivo Municipal,
ouvido o Conselho Municipal do Plano Diretor de Guarapari – CMPDG.
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Art. 105 – Para que se possa verificar a adequação dos projetos de construção, adaptação
ou reforma de edificações para as diferentes finalidades com relação à zona de uso onde
estiverem localizados, por ocasião do requerimento de aprovação do projeto pela
Prefeitura ou solicitação do licenciamento para localização de atividade, deverá ser
indicada a classificação de uso da edificação e sua atividade.
Parágrafo Único – A ausência de indicação ou mudança do uso ou atividade indicada,
que venha a funcionar por qualquer período, não gera qualquer direito à implantação do
novo uso pretendido, salvo se passível de adequação, conforme os termos fixados nesta
Lei.
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CAPÍTULO II
DA OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO
SEÇÃO I
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS DA OCUPAÇÃO DO SOLO
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PC = AT x CA, onde:
PC é o potencial construtivo;
AT - é a área do terreno;
CA - é o coeficiente de aproveitamento do terreno fixado nas Zonas
Urbanas para cada conjunto de modalidades de uso do solo.
Art. 110 - No Potencial Construtivo obtido pela fórmula de cálculo do artigo anterior, que
indica a área privativa de construção, não serão computadas:
I - subsolo, quando utilizado para o uso comum, inclusive como garagem;
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referidas no inciso III, não poderão ter suas finalidades alteradas ou descaracterizadas
por modificação dos projetos após sua aprovação.
§ 2o – Toda e qualquer área que constitua unidade de uso privativo exclusivo, mesmo
que sob a forma de sótão ou pavimento de cobertura, cujas áreas não possam ser
enquadradas nas situações previstas nos incisos deste artigo serão computáveis no cálculo
do Potencial Construtivo – PC.
Art. 113 – Afastamento Frontal é a distância mínima entre a edificação e a divisa frontal
do terreno, definida pelo seu alinhamento com a via ou logradouro público, sendo permito
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balanços.
§ 1o - Fica vedada a construção em áreas de afastamento de frente, excetuados:
a) Muros de arrimo decorrentes dos desníveis naturais do terreno;
b) Vedações nos alinhamentos ou nas divisas laterais;
c) Escadarias ou rampas de acesso;
d) Guaritas de segurança, com no máximo de 3,00m2 (três metros quadrados);
e) marquises, avançando, no máximo, 50% (cinqüenta por cento) do valor do
afastamento frontal;
f) balcões, varandas e sacadas, no máximo, 50% (cinqüenta por cento) do valor do
afastamento frontal;
g) Central de gás.
§ 2o - Nos terrenos que apresentaram declividade superior a 25% (vinte e cinco por cento),
consultado o setor técnico municipal competente, será permitido no afastamento frontal a
construção de garagem coberta, desde que não esteja projetado alargamento para a via
que dá acesso ao lote.
§ 3o - Nos lotes de esquina, nos casos de implantação de edificações com até 03 (três)
pavimentos ou 9,00 (nove) metros de altura, serão exigidos integralmente o afastamento
frontal em uma das testadas, facultado o uso do afastamento lateral na outra testada,
conforme Tabela Anexo 12.
Art. 114 – O valor do afastamento de frente poderá ser alterado, em algumas ruas, através
de Decreto, por proposta da SEMPRAD, ouvido o CMPDG, em função de:
a) existência de mais de 50% (cinquenta por cento) dos lotes já ocupados na quadra
com edificações que não atendam ao afastamento estabelecido nesta Lei;
Art. 115 – O Afastamento Lateral é a distância mínima a ser mantida entre a edificação e
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§ 2o – Os três primeiros pavimentos de pilotis e/ou garagens poderão ocupar toda a área
remanescente do terreno, respeitando-se o afastamento frontal, a taxa de permeabilidade,
a ventilação e iluminação dos respectivos pavimentos.
§ 3o – Os três primeiros pavimentos de garagens e/ou pilotis são contados a partir da laje
do teto do pavimento térreo.
Art. 116 - Gabarito é o número máximo de pavimentos que pode alcançar a construção
do edifício.
Art. 117. A altura máxima da edificação será a cota entre o nível da calçada frontal à
construção e a laje do último pavimento habitável, excluindo-se a platibanda e todas as
outras construções de compartimentos técnicos.
§ 1o – Em vias com calçadas em declive deve-se adotar a média entre os limites da frente
do terreno.
§ 2o – No caso de terrenos com divisa para duas vias, deverá ser indicado no projeto a via
e seu respectivo nível que será considerado para cálculo da altura máxima.
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Art. 118 – A altura máxima das edificações acima daquela estabelecida no Anexo
08, na área de abrangência do cone de aproximação do Aeroporto Municipal de Guarapari
na Praia do Morro, fica sujeita às normas estabelecidas na Lei Federal n° 7.565/86 (Código
Brasileiro de Aeronáutica) e legislações correlatas, sendo permitida altura maior do que a
estabelecida neste PDM, desde que autorizada pelo órgão competente.
Art. 119 - O valor e o local de ocorrência dos afastamentos de frente, laterais e de fundos
poderão ser alterados, mediante solicitação dos interessados, por resolução do CMPDG,
desde que mantida a equivalência das áreas livres do imóvel, com vistas a:
Art. 122 - A disposição das vagas no interior das garagens deverá permitir movimentação e
estacionamento independente para cada veículo, de acordo com o estabelecido no Código
de Edificações.
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Art. 123 - Os parâmetros urbanísticos fixados para as zonas urbanas, de acordo com as
diferentes modalidades de uso do solo, são discriminados nas tabelas constantes do
Anexo 08 – Tabelas de Controle Urbanístico, que integra a presente Lei.
CAPÍTULO III
DO PARCELAMENTO URBANO
Art. 125 - Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas
de perímetro urbano, de urbanização específica, definidas por este Plano Diretor ou
aprovadas por lei municipal.
§1º. As áreas não atingidas pelo perímetro urbano, em áreas das comunidades rurais e
que estão próximas destes núcleos de urbanização descontínuos, serão consideradas
urbanas após análise e parecer técnico da SEMPRAD, com apreciação e Resolução do
Conselho do Plano Diretor Municipal de Guarapari - CMPDG, resguardando os casos em
que mereçam parecer contrário por parte do Instituto Nacional de Colonização (INCRA).
§2º. Ato do executivo, após Resolução do CMPDG, delimitará estas áreas no perímetro
urbano mais próximo.
Art. 126 - O parcelamento do solo para fins urbanos poderá ser efetivado sob a forma de
loteamento, de desmembramento, de desdobramento, de fracionamento ou de
remembramento, e deverá atender às disposições desta Lei, observados ainda aos
requisitos da Lei Federal no 6.766 / 1979 e alterações, da Lei Federal nº 4.591 / 1964 e
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SEÇÃO I
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS DO PARCELAMENTO DO SOLO
Art. 129 - Será obrigatória a reserva de uma faixa “non aedificandi” de 15,00 m (quinze
metros) de cada lado ao longo das faixas de domínio público das rodovias, ferrovias,
linha de transmissão de energia elétrica de alta tensão e dutos de transporte de gás e
líquidos, salvo maiores exigências de legislação específica.
Art. 130 - Nos projetos de parcelamento nas áreas lindeiras ao litoral e aos lagos, o
sistema de circulação deve assegurar livre acesso e o domínio predominante do pedestre
junto à orla, observando provimento de área para estacionamento de veículos quando
possível e restrição de vias que possam promover tráfego intenso de veículos nesses
locais.
Art. 131 - As vias resultantes do parcelamento deverão estar articuladas com as vias
adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e integradas de maneira harmônica com a
topografia do sítio de implantação.
Parágrafo Único - A execução do arruamento, pela abertura das vias de comunicação
e demais logradouros públicos, vinculados à circulação urbana e rede viária básica do
Município, obedecerá às diretrizes das vias estruturais projetadas quanto ao traçado e às
características físicas, geométricas, infra-estruturais e paisagísticas, estabelecidas no
Anexo 03 e Anexo 04 desta Lei.
Art. 132 – Os lotes de terreno para uso urbano terão as dimensões mínimas de testada
e de área de acordo com os parâmetros mínimos de parcelamento estabelecidos para
cada zona de uso, conforme o Anexo 08 e demais disposições desta Lei.
§ 1o – Nos lotes de terreno de esquina, em qualquer zona de uso, a testada mínima
deverá ser de 15,00m (quinze metros).
§ 2o – Em todas as formas de parcelamento do solo para fins urbanos, os lotes de
terreno deverão necessariamente confrontar-se com logradouro público, não podendo
resultar lote encravado sem saída para via pública.
Art. 133 – Excetua-se das exigências definidas no Anexo 08 o loteamento que se destinar
à implantação de programas habitacionais de interesse social, cujos parâmetros mínimos
serão estabelecidos por meio de legislação específica, observada a Lei Estadual e Federal,
ficando os projetos de Loteamentos de Interesse Social - LIS sujeitos à aprovação e a
anuência do CMPDG.
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SEÇÃO II
DO LOTEAMENTO INDUSTRIAL
Art. 137. Os loteamentos destinados a uso industrial deverão ser localizados nas zonas
destinadas a esse fim, e devem compatibilizar as atividades industriais com a proteção
ambiental e a vizinhança urbana já estabelecida.
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§2º. A porcentagem de áreas públicas poderá ser inferior a 35% (trinta e cinco
por cento) da gleba útil parcelável, mantidas as proporções de reduções entre os percentuais
para o sistema viário, para os equipamentos comunitários e para as áreas livres de uso
público, após ouvido o Conselho Municipal do Plano Diretor Municipal de Guarapari -
CMPDG, que deverá apreciar a matéria com base em parecer técnico emitido pela
SEMPRAD.
§3º. As áreas definidas como ZPA 02, na gleba do parcelamento, poderão ser
repassadas à municipalidade e incluídas no percentual de equipamentos urbanos e
comunitários públicos para fins de implantação de parques urbanos municipais
Art. 142. A aprovação, registro e implantação dos loteamentos industriais deverão respeitar
os procedimentos indicados para loteamentos, conforme este Capítulo.
SEÇÃO III
Art. 143. A infraestrutura básica dos loteamentos para habitação de interesse social deverá
observar, no mínimo, os seguintes requisitos:
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§1º. Os lotes terão uma área mínima de 125,00 m²(cento e vinte e cinco
metros quadrados), com testada mínima de 5,00 m² (cinco metros quadrados), conforme lei
federal nº 6766/79.
Art. 144. As obras de urbanização nos loteamentos para habitação de interesse social, a
partir do disposto nas Leis Federais Nº 6.766/ 79 e alterações e nesta Lei, serão determinadas
e especificadas pelos órgãos municipais competentes.
Art. 145. Os requisitos previstos na Lei Federal Nº 6.766/ 79 poderão ser flexibilizados de
acordo com a conveniência e oportunidade, devidamente fundamentados no processo de
aprovação, e observados os requisitos da regularização fundiária, previsto na Lei Federal Nº
11.977 / 2009 e na legislação municipal, que trata de regularização fundiária nas Zonas
Especiais de Interesse Social.
Art. 146. O processo de aprovação dos loteamentos para habitação de interesse social será
simplificado e de responsabilidade da SEMPRAD, que fixará as diretrizes para elaboração
do projeto.
SEÇÃO IV
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Art. 148 – Uma vez que tenha sido protocolado o pedido de diretrizes para o projeto de
parcelamento do solo, instruído com toda documentação necessária, a Prefeitura
Municipal definirá as diretrizes urbanísticas para a área a ser parcelada contendo no
mínimo as seguintes indicações:
§2o – As diretrizes expedidas pela Prefeitura vigorarão pelo prazo máximo de três
anos.
Art. 150 - Para a expedição das diretrizes urbanísticas poderão ser consultados, a critério
da SEMPRAD, outros órgãos municipais competentes.
§1º. No momento da análise para emissão das diretrizes urbanísticas deverá ser identificada
a necessidade ou não, de elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).
§2º. Para expedição das diretrizes de que trata este artigo, o órgão municipal competente
terá o prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados da apresentação da documentação
completa e julgadas satisfatórias, pelo interessado.
§3º. Caso seja necessário proceder consulta a órgãos estaduais, federais, entidades técnicas
e/ou concessionárias de serviços públicos, o prazo para a concessão das diretrizes
urbanísticas, poderá ser estendido, com justificativa do órgão municipal competente.
§4º. As diretrizes de que trata este artigo vigorarão pelo prazo de 02 (dois) anos, a contar da
data de sua expedição, prorrogável por mais 02 (dois) anos, durante o qual o requerente
deverá apresentar o projeto definitivo.
§5º. Caso a legislação pertinente se altere no prazo de vigência das diretrizes urbanísticas
ou haja interesse público justificado, as diretrizes urbanísticas deverão ser alteradas,
adequando-se a nova legislação.
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§6º. Se após a realização da 3º (terceira) análise do projeto, o mesmo não atender aos
requisitos mínimos desta Lei, implicará na negativa e arquivamento da solicitação e para o
desarquivamento da solicitação, deve o requerente realizar novo requerimento e pagar novas
taxas referente a análise e emissão das diretrizes urbanísticas.
Art. 151. Com as diretrizes urbanísticas o empreendedor poderá iniciar processo com o
pedido de aprovação do parcelamento do solo, com apresentação do projeto e dos
documentos necessários a sua aprovação.
SEÇÃO V
DA APROVAÇÃO, REGISTRO E EXECUÇÃO DOS PARCELAMENTOS DO SOLO NA
FORMA DE LOTEAMENTOS, DESMEMBRAMENTOS, FRACIONAMENTOS,
DESDOBROS E REMEMBRAMENTOS
Loteamento
SUBSEÇÃO I
Art. 153 – Para a aprovação do projeto do loteamento o interessado deverá dar entrada
no pedido de aprovação do parcelamento junto à Prefeitura Municipal de Guarapari,
dentro do prazo de validade das diretrizes, formalizado com os seguintes documentos:
I - requerimento do interessado ou representante legal;
II - procuração firmada se representante legal;
III - titulo de propriedade;
IV - comprovante de pagamento dos tributos
municipais;
V - projeto completo de parcelamento;
VI - memorial descritivo do empreendimento;
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Art. 154 - O projeto urbanístico a ser apresentado à Prefeitura Municipal, para aprovação,
deverá ser elaborado com base nas diretrizes urbanísticas oficiais e deverá conter:
I – a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração;
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SUBSEÇÃO II
DESMEMBRAMENTO, DESDOBRO E REMEMBRAMENTO
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SUBSEÇÃO III
DOS FRACIONAMENTOS E CONDOMÍNIOS POR UNIDADES AUTÔNOMAS
Art. 164 – Nos casos em que o parcelamento for situado em áreas limítrofes ou cortadas
por rodovias, ferrovias, linhas de transmissão de energia elétrica de alta tensão e dutos
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serão obrigatórios a reserva de uma faixa “non aedificandi” de 15,00 m (quinze metros)
de cada lado, ao longo das faixas de domínio exclusivo, salvo maiores exigências da
legislação específica.
Art. 165 - Onde os muros dos condomínios fizerem frente para os logradouros ou vias de
circulação urbana e tiverem extensão superior a 100,00 m (cem metros) deverá ser
prevista uma faixa de terras “non aedificandi” de no mínimo 5,00m (cinco metros) de
largura, para arborização e ajardinamento.
Art. 166 - Nos empreendimentos condominiais situados nas áreas adjacentes ao litoral e
aos lagos, o projeto urbanístico deve sempre assegurar livre acesso e o domínio
predominante do pedestre junto à orla, prevendo acessos com intervalos de no máximo
1.500,00 m (mil e quinhentos metros).
Art. 167 - Nos condomínios por unidades autônomas, em glebas não loteadas, a
porcentagem de áreas comuns destinadas ao sistema de vias de circulação interna, à
implantação de equipamentos condominiais, bem como às áreas livres de uso
condominial não poderá ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da gleba útil
parcelável.
§ 1o – Consideram-se áreas livres de uso comum c o n d o m i n i a i s àquelas que,
por sua natureza, se destinam ao uso comum, inclusive os acessos, não passíveis
de apropriação individualizada.
§ 2o – Quando o percentual de vias internas condominiais for menor que 25% (vinte
cinco por cento) o percentual que falta destas vias deverá ser repassado à municipalidade,
em terrenos com acesso à via pública, para implantação de equipamentos urbanos e
comunitários públicos.
§ 3o – As áreas definidas como ZPA 02, na gleba do parcelamento, poderão ser
repassadas à municipalidade e incluídas no percentual de equipamentos urbanos e
comunitários públicos para fins de implantação de parques urbanos municipais.
Art. 168 – Na instituição dos condomínios por unidades autônomas deverão ser
implantados, no mínimo, os seguintes equipamentos urbanos:
I - sistema de coleta, tratamento e disposição de esgoto sanitário;
II - sistema de escoamento das águas pluviais;
III - sistema de abastecimento de água potável;
IV - rede de energia elétrica;
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V - vias de circulação;
VI -áreas de recreação.
Parágrafo Único - Não será permitida a disposição de esgotos sanitários, lixo e resíduos
nas praias, nos canais, nos manguezais e na orla dos corpos d’água.
II – O percentual de áreas livres e de uso comum não poderá ser inferior a 35% (trinta
e cinco por cento) da gleba útil parcelável.
Art. 172 - O processo de aprovação dos projetos urbanísticos dos condomínios horizontais
por unidades autônomas seguirá os requisitos, diretrizes e trâmites da aprovação dos
parcelamentos do solo urbano, conforme as disposições constantes do Capítulo III desta
Lei, devendo também informar os quantitativos e situar em planta:
I - as áreas de uso exclusivo dos terrenos, taxas de ocupação das
edificações das unidades e características;
II - os modelos de assentamento dentro de cada unidade de terreno,
compatível com esta Lei;
III - as áreas de uso comum dos condôminos;
IV - as áreas edificadas de uso comum;
V - as áreas de circulação e as de instalações técnicas do condomínio.
Parágrafo Único - A solicitação de aprovação dos projetos de condomínios será
condicionada à apresentação dos projetos técnicos relativos a incêndio, às redes internas
de infra-estrutura, ao acondicionamento de lixo e gás, os quais deverão ser aprovados
previamente pelos órgãos competentes.
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Art. 175 - Conforme o Art. 182 da Constituição Federal e dos Art. 5o e 6o da Lei no
10.257/2001, são passiveis de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios os
imóveis não utilizados, não edificados ou subutilizados nas condições estipuladas por
esta Lei.
§ 1o - Considera-se imóvel urbano não edificado os terrenos e glebas com área igual
ou superior a 1.500 m2 (mil e quinhentos metros quadrados) localizados na Macrozona
Urbana, ociosos há mais de 5 (cinco) anos, que não seja o único bem do proprietário.
§ 2o - Considera-se imóvel urbano subutilizado as edificações não ocupadas
integralmente, bem como os terrenos e glebas com área igual ou superior a 1.500 m2 (mil
e quinhentos metros quadrados) localizados na Macrozona Urbana, cuja ocupação perfaça
coeficiente de aproveitamento inferior a 0,1 (um décimo), assim mantidos por mais de cinco
anos e que não seja o único bem do proprietário.
§ 3o - Ficam excluídos dos preceitos estabelecidos neste artigo os imóveis:
I - que estejam desocupados em virtude de litígio judicial;
II - de interesse do patrimônio ambiental, cultural, desportivo ou recreacional;
III - que abriguem atividades econômicas ou sociais que não necessitam de
edificações para o seu exercício;
IV - que abriguem atividades institucionais do Poder Publico.
Art. 176 - Lei municipal específica elaborada em conformidade com o Art. 5o da Lei no
10.257/2001 definirá o cumprimento das obrigações de que trata este Capítulo, fixando
as condições e prazos para a sua implementação.
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Art. 180 - A transmissão do imóvel, posterior à data da notificação por ato inter vivos ou
causa mortis, transfere as obrigações incidentes sobre o imóvel, de que trata este Capítulo,
sem interrupção dos prazos.
Art. 181 - Fica facultado ao proprietário notificado nos termos do Art. 177 deste Capítulo
propor ao Executivo Municipal o estabelecimento de consórcio imobiliário, conforme
disposições no Art. 46 da Lei no 10.257/2001.
Parágrafo Único - mediante acordo entre as partes e com aprovação da Câmara
Municipal, poderá o Poder Executivo Municipal estabelecer Consórcio Imobiliário para a
viabilização do aproveitamento do imóvel.
CAPÍTULO II
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
Art. 183 – O valor total das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário
corresponderá ao valor do imóvel aferido antes da execução das obras, tomando como
referência o valor base para o cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em
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CAPÍTULO III
DO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO PROGRESSIVO NO TEMPO
Art. 186 - Em caso de descumprimento das etapas e prazos estabelecidos na lei específica
prevista, o Poder Executivo aplicará nestas propriedades alíquotas progressivas do
Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbano - IPTU, majoradas anualmente
pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos até que o proprietário cumpra a obrigação de
parcelar, edificar ou utilizar.
§ 1o - Lei específica determinará o valor da alíquota a ser aplicado a cada ano, nos
termos do § 1o do Art. 7o da Lei no 10.257/2001.
CAPÍTULO IV
DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO MEDIANTE TÍTULOS DA DÍVIDA
PÚBLICA
Art. 187 - Decorridos os 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU sem que o proprietário tenha
cumprido a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel, o Município poderá proceder
à desapropriação do mesmo com pagamento em Títulos da Dívida Pública, nos termos do
Art. 8 o da Lei no 10.257/2001.
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CAPÍTULO V
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE
Art. 188 – O Município, ouvido o CMPDG, poderá receber e conceder diretamente, ou por
meio de seus órgãos, empresas ou autarquias, o Direito de Superfície, nos termos do Art.
21 da Lei 10.257/01 – Estatuto da Cidade, para viabilizar as finalidades precípuas desta
Lei.
Art. 189 – O Direito de Superfície poderá ser utilizado para a realização de consórcios
imobiliários, operações urbanas consorciadas e na implantação de redes de equipamentos
de infra-estrutura urbana instalados no solo, subsolo, ou espaço aéreo de logradouros e
bens públicos.
Art. 190. O Poder Público poderá conceder onerosamente o direito de superfície do solo,
subsolo ou espaço aéreo nas áreas públicas integrantes do seu patrimônio, para
exploração por parte das concessionárias de serviços públicos.
Art. 191. O proprietário de terreno poderá conceder ao Município, por meio de sua
Administração Direta ou Indireta, o direito de superfície, nos termos da legislação
em vigor, objetivando a implementação de diretrizes constantes desta lei.
Art. 192 - As pessoas físicas ou jurídicas que utilizam o solo, subsolo ou espaço aéreo de
logradouros ou bens públicos, ficam obrigadas a apresentar ao órgão competente da
municipalidade relatórios e projetos contendo as descrições, especificações, quantidades,
dimensões e localização dos equipamentos e redes físicas sob sua responsabilidade.
Art. 193 - Regulamentação a ser estabelecida por ato do Poder Executivo definirá as
condições necessárias para concessão do direito de superfície e as exigências cabíveis
em cada caso.
CAPÍTULO VI
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR
Art. 195 - A transferência de potencial construtivo não utilizado para outro imóvel será
exercida observando-se o coeficiente de aproveitamento máximo permitido na zona para
onde ele for transferido, que não poderá superar o coeficiente básico estabelecido em
mais do que 50% (cinqüenta por cento).
Art. 196 - O proprietário que não exercer a transferência do seu direito de construir em
nome próprio poderá alienar, total ou parcialmente, o seu direito de transferência.
será calculado tomando como referência a base de cálculo do IPTU incidente sobre a
construção realizada com o respectivo benefício;
§ 2o – Em casos de deterioração, desmoronamentos, incêndio ou danos à construção
por quaisquer outros fatos, ainda que fortuitos, a reforma, restauro ou reconstrução da
edificação deverá obedecer à área e volume originais.
§ 3o – para certificar-se do cumprimento da exigência prevista no caput deste artigo,
caberá ao Poder Executivo Municipal realizar vistorias periódicas nos imóveis objetos de
preservação, encaminhando cópia dos respectivos relatórios ao CMPDG.
Art. 199 - Lei Municipal específica que regulamentar a transferência do direito de construir
estabelecerá as zonas receptoras de índices e a fórmula de cálculo para determinação do
potencial construtivo a ser transferido e demais condições necessárias ao cumprimento
do estabelecido nesta lei.
CAPÍTULO VII
Art. 201 - As áreas passíveis da outorga onerosa são aquelas onde o direito de construir
poderá ser exercido com valores acima dos coeficientes de aproveitamento básicos
estabelecidos para a zona identificada como passível de aplicação deste instrumento ou
onde se admitir a localização de atividades diferenciadas daquela permitidas
originalmente, que serão autorizados mediante contrapartida previamente ajustada entre
o Poder Público e o proprietário do imóvel sobre o qual possa incidir o benefício.
Art. 202 - A outorga onerosa do direito de construir poderá ser exercida acima do
coreficiente básico até atingir o coeficiente máximo nas Zonas Urbanísticas, de acordo com
o Anexo 08 - Tabelas de índices urbanísticos, e regulamentação em lei específica.
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Art. 203 - A contrapartida relativa à outorga onerosa poderá ser exercida através de:
I – pagamento em dinheiro;
Art. 204 - Os recursos financeiros auferidos com a outorga onerosa serão recolhidos ao
Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano para o atendimento das finalidades
relacionadas ao atendimento dos seguintes objetivos:
a) regularização fundiária;
b) execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
c) constituição de reserva fundiária;
d) ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
e) implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
f) criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
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Art. 205 - Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas para a
outorga onerosa do direito de construir, determinando:
I - o valor do coeficiente de aproveitamento autorizado a acrescentar ao estabelecido
por esta Lei;
II - a fórmula de cálculo para a cobrança da contrapartida;
III - os casos passíveis de isenção da contrapartida;
IV - as formas de pagamento da contrapartida;
V - o prazo para a utilização do coeficiente outorgado;
CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
Art. 206 - O direito de preempção é instrumento que confere, ao Poder Público Municipal,
preferência para a compra de imóvel urbano, no caso de alienação onerosa entre
particulares, conforme as regras definidas nos Art. 25, 26 e 27 da Lei no 10.257/2001.
Art. 207 - Lei municipal, baseada neste Plano Diretor, delimitará as áreas em que incidirá
o direito de preempção e fixará prazos de vigência, não superior a cinco anos, quando
necessitar de áreas destinadas a:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;
Art. 208 – Para exercício do direito de preempção, o Poder Executivo Municipal deverá
notificar o proprietário do imóvel no prazo de 30 (trinta) dias a partir da vigência da lei
municipal específica que vier a identificar as áreas passíveis de aplicação deste
instrumento.
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Art. 209 - Os proprietários de imóveis situados nas áreas definidas, quando colocados à
venda deverão necessariamente notificar ao Poder Público Municipal sua intenção de
alienar o imóvel, e este terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para manifestar por escrito
seu interesse em adquiri-lo.
§ 1o - À notificação mencionada no caput deverão ser anexados:
I - proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, na
qual deverá constar preço, condições de pagamento e prazo de validade;
II - o endereço do proprietário;
III - certidão de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida pelo Cartório de Registro
de Imóveis da circunscrição imobiliária competente;
IV - declaração assinada pelo proprietário, sob as penas da lei, de que não incidem
quaisquer encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza real, tributária ou
executória.
§ 2o - O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou
regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida, nos termos do
caput, e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
§ 3o - Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o proprietário
autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada.
§ 4o - Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao
Município, no prazo de 30 (trinta) dias, cópia do instrumento público de alienação do
imóvel.
§ 5o - A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é nula
de pleno direito.
§ 6o - Ocorrida a hipótese prevista no § 5o, o Município poderá adquirir o imóvel pelo
valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este
for inferior àquele.
CAPÍTULO IX
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
Art. 211 - As Operações Urbanas Consorciadas atenderão a uma ou mais das seguintes
finalidades:
I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano,
econômico, social e turístico;
II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte;
III - implantação de espaços públicos, recreacionais e turísticos;
IV - aproveitamento de áreas consideradas subtilizadas;
V - implementação de programas habitacionais de interesse social;
VI - regularização urbanística e fundiária;
VII - ampliação e melhoria da rede estrutural de transporte;
VIII - melhoria e ampliação da infra-estrutura urbana e rede viária estrutural
IX - valorização de espaços significativos do patrimônio turístico, ambiental,
histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico.
Art. 212 - Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei específica, cujo projeto
será previamente apreciado pelo Conselho Municipal do Plano Diretor de Guarapari –
CMPDG que, de acordo com as disposições dos Art. 32 a 34 do Estatuto da Cidade,
conterá, no mínimo:
I - finalidade da operação;
II - delimitação do perímetro da área de abrangência;
III - programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;
IV- Estudo Prévio de Impacto Ambiental EIA e de Vizinhança - EIV;
V - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores
privados em função dos benefícios recebidos;
VI - programa de atendimento habitacional, econômico e social para a população
diretamente afetada pela operação;
VII - garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor cultural
e ambiental, protegidos por tombamento ou lei;
VIII - forma compartilhada participativa de controle e monitoramento da operação;
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Art. 213 - Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras
medidas:
I – a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do
solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto
ambiental delas decorrente;
II – a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em
desacordo com a legislação vigente.
Art. 214 - A lei específica que aprovar a Operação Urbana Consorciada poderá prever a
emissão pelo Município de quantidade determinada de Certificados de Potencial Adicional
de Construção - CPAC, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no
pagamento das obras necessárias à própria operação.
§ 1o - Os Certificados de Potencial Adicional de Construção serão livremente
negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da
operação.
§ 2o - Apresentado pedido de licença para construir, o Certificado de Potencial Adicional
de Construção será utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrões
estabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite máximo fixado pela
lei específica que aprovar a operação urbana consorciada.
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CAPÍTULO X
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
Art. 215 - Sem prejuízo do cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação
urbanística, os empreendimentos definidos no Anexo 13 desta Lei, terão sua aprovação
condicionada à elaboração e aprovação de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV)
a ser apreciado pelo Conselho Municipal do Plano Diretor de Guarapari - CMPDG e
SEMPRAD.
§ 1o - Poderão ser previstos, por sugestão da SEMPRAD, outros
empreendimentos e atividades condicionadas à aprovação de EIV e com a prévia anuência
do CMPDG.
§ 2o - A realização do EIV não desobriga os empreendimentos da elaboração e da
aprovação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), exigido nos termos da legislação
ambiental.
Art. 216 - O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos
das edificações, usos ou atividades objeto desta exigência ao espaço natural e construído,
à economia, às relações sociais e à qualidade de vida da população residente na área e
nas suas proximidades influenciadas por suas decorrências, exigindo-se a análise, no
que couber, das seguintes questões:
I – mudanças no uso e ocupação do solo;
II – esvaziamento ou adensamento populacional;
III - impacto socioeconômico na população residente ou atuante no entorno.
IV – possibilidades de valorização e/ou desvalorização imobiliária;
V – pressão sobre os equipamentos urbanos e comunitários;
VI – impactos sobre a infra-estrutura urbana;
VII – geração de tráfego e demanda por transporte público;
VIII – interferências na ventilação e iluminação, poluição sonora, atmosférica e
hídrica;
IX – influência sobre as áreas de interesse turístico, ambiental, paisagístico, histórico
e cultural;
X – geração de vibração, riscos ambientais, produção de resíduos sólidos, atividades
de alta periculosidade, etc.
Art. 217 – Para elaboração do EIV o empreendedor deverá solicitar ao órgão competente
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Art. 219 - O Poder Executivo Municipal, ouvido o CMPDG, poderá solicitar, como condição
para a aprovação do projeto do empreendimento, alterações e complementações para a
sua execução, bem como outras medidas visando eliminar ou minimizar impactos
negativos a serem gerados pelo mesmo.
§ 1o - A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo de
Contrato de Execução de Compensação pelo interessado, onde o mesmo deve atestar a
sua concordância em arcar com as medidas mitigadoras e/ou compensatórias, dos
impactos decorrentes da implantação do empreendimento e demais exigências apontadas
pelo Poder Executivo Municipal antes da operacionalização do empreendimento.
§ 2o – A execução das medidas mitigadoras e/ou compensatórias poderá ser efetuada
diretamente pelo empreendedor ou o valor correspondente às despesas dela decorrentes
poderá ser encaminhado para depósito no Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano -
FMDU, para que sejam executadas sob responsabilidade direta da Municipalidade.
§ 3o – Caso o empreendedor não deposite o valor correspondente às despesas
decorrentes das medidas mitigadoras e/ou compensatórias no FMDU, deverá apresentar
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CAPÍTULO XI
DO USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO
Art. 222 - O Usucapião Especial de Imóvel Urbano poderá ser exercido em todo o território
urbano do Município de Guarapari, nos termos dos Art. 9o, 10, 11, 12, 13 e 14 da Lei Federal
no 10.257 de 2001, nos terrenos com áreas até 250,00 m2 (duzentos e cinqüenta metros
quadrados) ocupados para moradia de uma família ou acima de 250,00 m2 (duzentos e
cinqüenta metros quadrados), ocupados para moradia de mais de uma família de baixa
renda por 5 (cinco) anos ininterruptamente sem oposição, para a concessão do domínio
individual ou coletivo por sentença judicial com interveniência do Ministério Público.
CAPÍTULO XII
DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA
Art. 223 - O Poder Público Municipal de Guarapari poderá conceder aos ocupantes
moradores até 30 de julho de 2001 em imóveis regularmente inscritos de até 250,00
m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados) sob seu domínio, que estejam situados
em área urbana, a Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia, nos termos da
Medida Provisória no 2.220, de 04 de setembro de 2001, podendo, em caso das ressalvas
previstas nos Art. 4o e 5o da mesma, ser assegurado o exercício deste direito em outro
local.
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Parágrafo único - É facultado ao Poder Público Municipal dar autorização de uso para
fins comerciais, nas condições explicitadas no Art. 9o da mesma Medida Provisória.
CAPITULO XIII
DOS INCENTIVOS FINANCEIROS E FISCAIS
CAPÍTULO XIV
DO TOMBAMENTO E DA IDENTIFICAÇÃO DOS IMÓVEIS E MONUMENTOS
NATURAIS DE INTERESSE PARA PRESERVAÇÃO
Art. 225 - O patrimônio histórico, cultural, paisagístico e turístico de Guarapari, que seja
de interesse público proteger, preservar e conservar, é passível de identificação como de
interesse de preservação ou tombamento.
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Art. 226 - O tombamento constitui regulação administrativa a que estão sujeitos os bens
integrantes do patrimônio histórico, cultural e paisagístico do Município, cuja conservação
e proteção sejam fundamentais ao atendimento do interesse público, no sentido de
preservar a ambiência urbana e natural, proteger a memória histórica, bem como os
valores afetivos e as realizações culturais mais significativas do Município, considerando
a sua importância a nível local, regional ou nacional.
Art. 227 - A identificação de edificações, obras e monumentos naturais de interesse de
preservação constitui regulação administrativa a que estão sujeitos os bens integrantes
do patrimônio histórico, cultural e paisagístico do Município, cuja conservação e proteção
sejam relevantes ao atendimento do interesse público, visando proteger a cultura, a
ambiência e a identidade local.
Art. 228 - Compete ao Conselho Municipal do Plano Diretor de Guarapari - CMPDG, decidir
sobre os atos de tombamento e identificação de edificações de interesse de
preservação e ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Guarapari -
COMDEMAG, quando se tratar de monumentos naturais, conforme o disposto nesta lei, e
a ambos os conselhos quando se tratar de monumentos naturais de interesse turístico.
Parágrafo Único - A identificação e o tombamento das edificações e dos monumentos
naturais de interesse de preservação serão realizados mediante estudos técnicos
considerando a importância dos bens de acordo com os critérios de historicidade,
representatividade, caracterização arquitetônica, valor cultural, valor paisagístico, valor
ecológico, e valor turístico.
Art. 229 - As edificações e obras que fazem parte do patrimônio histórico e cultural e os
monumentos naturais integrantes do patrimônio paisagístico e turístico serão identificadas
por lei específica, que instituirá o Plano de Preservação do Patrimônio Cultural de
Guarapari, onde serão definidos os graus de proteção e providencias de amparo e
subsídios aos bens protegidos, definindo critérios específicos para sua manutenção,
restauro ou recuperação, após estudos técnicos apreciados pelo Conselho Municipal do
Plano Diretor de Guarapari - CMPDG.
§ 1o - A mesma lei específica definirá o processo administrativo da identificação e
tombamento, compulsório ou voluntário, a notificação, a certificação, os recursos, os
prazos, os procedimentos, os efeitos, as afetações, as obrigações e direitos do proprietário,
bem como as penalidades cabíveis.
§ 2o - As intervenções a que se refere este artigo deverão ser submetidas
previamente ao exame do órgão municipal competente para parecer técnico.
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Art. 230 - As limitações de ocupação e uso incidentes em imóveis localizados nas áreas
de preservação do patrimônio histórico e cultural, bem como nas áreas de proteção dos
monumentos naturais integrantes do patrimônio paisagístico e turístico, instituídas nas
formas previstas por esta Lei, serão compensadas de acordo com os seguintes
mecanismos:
I - isenção de imposto predial e territorial, nos termos estabelecidos no § 3o do Art.
225 da Lei Orgânica do Município;
II - transferência do direito de construir nos termos que dispõe o Art. 227 da Lei
Orgânica do Município e esta Lei.
Parágrafo Único - A obtenção dos benefícios de que trata o caput deste artigo, deverá
ser requerida pelo interessado ao órgão municipal de planejamento e desenvolvimento
urbano, e submetida à aprovação do Conselho Municipal do Plano Diretor.
Art. 231 - Nas áreas estratégicas para a visão panorâmica de paisagem, em virtude de
sua localização, seja decorrente da sua localização em altura privilegiada ou de outros
fatores que possibilitem apreciação das belezas paisagísticas, não serão permitidas
edificações que venham constituir barreiras ou comprometer os ângulos visuais naturais,
ou ainda contribuir para a descaracterização do ambiente em questão, afetando o
patrimônio paisagístico local, conforme lei específica.
§ 1o - Os proprietários de imóveis situados nas áreas onde incidem os ângulos de
proteção das paisagens notáveis terão direito a benefícios e incentivos de isenção de
imposto predial e territorial e transferência do direito de construir, nos termos previstos
por esta Lei.
§ 2o - A obtenção dos benefícios de que trata o parágrafo anterior, deverá ser requerida
pelo interessado ao órgão municipal de planejamento e desenvolvimento urbano, e
submetido à aprovação do Conselho Municipal do Plano Diretor de Guarapari - CMPDG.
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Art. 232 - Os bens tombados, não poderão ser demolidos e somente poderão sofrer
qualquer ação pública ou particular como pintura, reforma ou restauração, no todo ou em
parte, mediante licença prévia especial.
§ 2o – O disposto no “caput” deste artigo deverá ser regulamentado por lei específica.
Art. 234 - Quando houver infração do que dispõe esta Lei quanto à proteção do patrimônio
histórico e cultural e dos monumentos naturais integrantes do patrimônio paisagístico e
turístico, a aplicação de multas não isentará o infrator da reconstituição da situação anterior
à infração.
TÍTULO VII
Art. 235 - Ficam regulamentados os critérios, penalidades e valores das multas referentes
às infrações constantes nos dispositivos desta Lei.
§ 1° - Pelas infrações às disposições desta Lei e seus regulamentos serão aplicados multas.
III - Req. – requerimento titular do processo, qualquer que seja sua qualidade;
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§ 3° - Por ocupação de imóveis com atividade irregular, proibida ou com projeto aprovado
em descordo com zoneamento: Ao Prop. = 150 I.R.M.G. / m2 de edificação irregular;
Art. 236 - As infrações a esta Lei serão punidas, alternativas ou cumulativamente, com as
penalidades seguintes:
I- notificação;
II - multa;
IV - interdição do prédio.
§ 1° - Para efeito desta Lei, considera-se infração toda ação contrária às prescrições deste
PDM ou de outras leis correlatas, decretos, resoluções e atos baixados pela Administração
Municipal no exercício de seu poder de polícia.
§ 2° - A aplicação de uma das penalidades previstas neste artigo não prejudica a aplicação
de outra, se cabível.
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III - suspensão da expedição de alvará de instalação para nova obra, pelo prazo
de 60 (sessenta) dias, contado da data da infração, e de 120 (cento e vinte) dias, na hipótese
de reincidência.
Art. 237 - As penalidades, impostas com base nesta Lei, não isenta o infrator da obrigação
de reparar o dano resultante da infração, na forma do Código Civil.
Art. 238 - Verificando-se infração à lei ou regulamento municipal, e sempre que se constate
não implicar em prejuízo iminente para a comunidade, será expedida contra o infrator
notificação, fixando-se um prazo para que este regularize a situação.
Parágrafo Único - O prazo para regularização da situação não deverá exceder a 120 (cento
e vinte) dias e será fixado pelo agente fiscal no ato da notificação.
Seção I
Das Multas
Art. 239 - Julgada improcedente pelo Conselho de Recursos, a defesa apresentada pelo
infrator, quanto à notificação, será imposta multa correspondente à infração, sendo o infrator
intimado a pagá-la, dentro do prazo de 05 (cinco) dias úteis.
Art. 241 -Imposta a multa, será dado conhecimento desta ao infrator, no local da infração ou
em sua residência, mediante a entrega da primeira via do auto de infração, do qual deverá
constar o despacho da autoridade competente que o aplicou.
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§ 1º - Nos casos em que o infrator não resida no Município, o contato deverá ser feito através
de via postal com Aviso de Recebimento (AR).
§ 2º - O infrator terá o prazo de 30 (trinta) dias para efetuar o pagamento ou interpor recurso
a partir da data da imposição da multa.
Art. 242 - A partir da data da efetivação da multa, o infrator terá o prazo de 120 (cento e vinte)
dias para legalizar a obra ou sua modificação, sob a pena de ser considerado reincidente.
Seção II
Do Embargo
Art. 243 - Qualquer edificação ou obra parcial em execução ou concluída poderá ser
embargada, sem prejuízo das multas, quando:
Art. 244 - O embargo será feito através de auto de infração que automaticamente, pelos
dispositivos infringidos, determinará a aplicação da multa de acordo com os valores
estabelecidos nesta Lei.
Art. 245 - A suspensão do embargo, dar-se-à somente quando sanados os fatos que a
motivaram, e pagas as multas estabelecidas.
Seção III
Da Interdição
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Art. 247 - Até cessarem os motivos da interdição será proibida a ocupação, permanente ou
provisória sob qualquer título da edificação, podendo a obra ficar sob vigilância do órgão
investido do poder de polícia.
Art. 248 - Não atendida a interdição, não realizada a intervenção ou indeferido o respectivo
recurso, terá início a competente ação judicial.
Seção IV
Dos Recursos
Art. 249 - Das penalidades impostas nos termos desta Lei, o autuado, terá o prazo de 30
(trinta) dias para interpor recurso, contados da hora e dia do recebimento da notificação ou
do auto de infração.
Parágrafo Único - Findo o prazo para defesa sem que esta seja apresentada, ou seja julgada
improcedente, será imposta multa ao infrator, que, cientificado através de ofício, procederá o
recolhimento da multa no prazo de 30 (trinta) dias, ficando sujeito a outras penalidades, caso
não cumpra o prazo determinado.
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 250 – O Poder Executivo Municipal poderá executar diretamente, indiretamente, por
contratação de serviços especializados, ou em parceria com demais níveis de governo e
concessionárias, estudos, planos e projetos setoriais integrados, destinados a subsidiar a
aplicação desta Lei ou as normas que lhe são complementares:
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CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
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Art. 252 – Para a implementação deste Plano Diretor Municipal, o Poder Executivo
Municipal encaminhará à Câmara Municipal projetos de lei referentes a:
I - Criação do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão
II - Institucionalização da Política Municipal de Habitação;
III – Institucionalização do Conselho Municipal de Habitação e do Fundo Municipal de
Habitação;
IV – Criação e delimitação de Zonas Especiais de Interesse Social;
V – Concessão de uso especial para fins de moradia;
VI – Concessão de usucapião especial de imóvel urbano;
VII - Institucionalização do Sistema Municipal de Mobilidade e Acessibilidade;
VIII - Classificação das vias do Sistema Viário Básico;
IX - Parcelamento e edificação compulsória em terrenos sub-utilizados;
X - Aplicação do IPTU progressivo no tempo e valor anual da alíquota;
XI – Regulamentação do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano;
XII - Concessão de benefícios tributários para investimentos de interesse municipal;
XIII – Cobrança de contribuição de melhoria sobre imóveis valorizados por obras
públicas;
XIV – Regulamentação e delimitação de áreas de Direito de Preempção;
XV – Aplicação do direito de superfície e transferência ou alienação do direito de
construir;
XVI – Condições a serem observadas na aplicação da outorga onerosa do direito de
construir;
XVII - Criação dos consórcios imobiliários de empreendimentos mistos e emissão de
certificados de potencial adicional de construção;
XVIII - Identificação, tombamento e classificação de elementos e conjuntos edificados
e naturais de interesse para preservação;
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Art. 253 - Consideram-se como partes integrantes desta Lei as plantas e tabelas que a
acompanham, sob a forma de Anexos, numerados de 01 (um) a 13 (treze), com o
seguinte conteúdo:
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
SEÇÃO I
DOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS E EXECUÇÃO DE OBRAS
Art. 255 - Os projetos de arquitetura já aprovados antes da vigência desta Lei e sem
Alvará de Execução concedido, terão um prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses para
requerer o Alvará de Execução, a contar da data de promulgação desta Lei, sob pena de
caducidade, vedada a revalidação do Alvará de Aprovação do Projeto.
Art. 257 - Os Projetos aprovados após a data de promulgação desta Lei, instituindo a
r e v i s ã o d o Plano Diretor do Município de Guarapari, terão 12 (doze) meses de validade,
contados a partir da data de sua aprovação, renováveis uma única vez.
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Parágrafo Único - Considera-se obra iniciada, aquela que estiver com os trabalhos de
fundação em execução.
Art. 260 – Os prazos referidos nos artigos anteriores poderão ser prorrogados se os
trabalhos de execução da fundação tiverem sofrido interrupção ou retardamento,
ocasionados por problemas de natureza técnica, relativos à qualidade do subsolo, desde
que devidamente comprovada ao órgão técnico municipal competente através da análise
de laudo técnico apresentado pelo empreendedor.
Art. 261 - Poderão revalidar o Alvará de Execução, tantas vezes quantas forem
necessárias, as obras cujo início tenham sido retardadas em decorrência de ação judicial
para retomada de imóvel ou para a sua regularização jurídica, até que termine o
impedimento judicial e desde que o pedido de revalidação seja apresentado nos prazos
devidos, dentro dos quais deveriam ser iniciadas, sob pena de caducidade do Alvará de
Execução.
SEÇÃO II
DOS PROJETOS DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO
Art. 263 - Os projetos de parcelamento já aprovados antes da vigência desta Lei e sem
Alvará de Execução concedido, terão um prazo máximo de 06 (seis) meses para requerê-
lo, a contar da data de promulgação desta Lei, sob pena de caducidade.
Art. 264 - A partir da data de emissão do Alvará de Execução, os requerentes terão um
prazo de máximo de 5 (cinco) anos para a execução completa do empreendimento, findo
o qual deverá requerer Termo de Verificação à divisão de fiscalização.
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SEÇÃO III
DOS ALVARÁS DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
DE ATIVIDADES NÃO-RESIDENCIAIS
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Art. 270 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação ficando revogadas
t o d a s as disposições em contrário, especialmente as constantes na Lei no 1690/97, Lei
no 1699/97, Lei no 2021/00, Lei no 2510/05, Lei Complementar no 001/06, Lei no 2564/06,
Lei Complementar no 007/07, Lei Complementar 014/2008 e Lei Complementar
nº.009/2008, Lei no 3054/09, Lei nº 3449/12, e suas regulamentações.
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