Mic Concluido

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia


1º Ano

Ciência e Construção do Conhecimento

Sidney Caldino Ernesto Jorge


Código: 71230568

Quelimane
2023
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia


1º Ano

Trabalho de campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Geografia.
Tutor:

Sidney Caldino Ernesto Jorge


Código: 71230568

Quelimane
2023

1
Índice

1. Introdução ..................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos .............................................................................................................. 3
1.2. Objectivo Geral: ........................................................................................................ 3
1.3. Objectivos Específicos: ............................................................................................. 3
1.4. Metodologias ............................................................................................................. 3
2.Ciência e Construção de Conhecimento ........................................................................ 4
2.1. Os primeiros e os atuais saberes ................................................................................ 4
2.2. Classificação da ciência segundo Freixo ................................................................... 5
2.3. Tipos de conhecimentos ............................................................................................ 6
2.3.1. Senso Comum ......................................................................................................... 6
2.3.2. Conhecimentos religiosos ....................................................................................... 7
2.3.3. Conhecimentos filosófico ....................................................................................... 8
2.3.4. Conhecimentos científico ....................................................................................... 8
2.4. Escola, conhecimento e divulgação ........................................................................... 8
2.5. Professor, professora: protagonista do saber científico ............................................. 9
3. Conclusão ................................................................................................................... 11
4. Referencias Bibliográficas .......................................................................................... 12

2
1. Introdução

Ciência pode ser definida como um com junto de conhecimentos racionais, certos
ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematiza dos e verificáveis que fazem referência
a objectos de uma mesma natureza. Elas podem ser classificadas em quatro grupos, a
saber: Ciências Matemáticas, Ciências Naturais, Ciências Humanas ou Sociais e Ciências
Aplicadas.

1.1.Objectivos

1.2. Objectivo Geral:


❖ Compreender a ciência e a construção do conhecimento

1.3. Objectivos Específicos:


❖ Saber a classificação do conhecimento;
❖ Saber os tipos de conhecimento;
❖ Compreender os conceitos relacionados a construção do conhecimento.

1.4. Metodologias
Para a elaboração do trabalho, recorreu-se a conhecimentos e informações tendo
como fontes, de acordo com o critério de origem de dados e informações, destacam-se:
consultas bibliográficas, consultas de websites e informações disponíveis na internet.

3
2. Ciência e Construção de Conhecimento

A palavra ciência deriva do latim scire que significa «saber», oferecendo o mesmo
conteúdo etimológico que conhecimento, do latim cognosci, que significa «conhecer»
(Vaz Freixo, 2011).

O autor define ciência como um conhecimento racional, sistemático e verificável.


Ele reconhece que o conceito de ciência foi se reconstruindo ao longo dos tempos e
sistematiza as principais definições dadas por diferentes autores (Idem, p.32):

❖ Ciência como a acumulação de conhecimentos sistemáticos;


❖ Ciência é a atividade que propõe demostrar a verdade dos factos experimentais e
as suas aplicações práticas;
❖ Ciência caracteriza-se pelo conhecimento racional, sistemático exato, verificável
e, por conseguinte, fiável;
❖ Ciência como conhecimento certo do real pelas suas causas;
❖ Ciência é conhecimento sistemático dos fenómenos da natureza e das leis que o
regem, obtido pela investigação, pelo raciocínio e pela experiência intensiva;
❖ Ciência como o conjunto de enunciados lógicos e dedutivamente justificada por
outros enunciados;

A esta síntese de conceitos e formulações, o autor citando Ander -Egg, conclui que
«ciência constitui um com junto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos
metodicamente, sistematizados e verificáveis que fazem referência a objectos de uma
mesma natureza».

2.1. Os primeiros e os atuais saberes

Voltamos a tratar do conhecimento desde os primórdios da existência da espécie


humana; a observação é a base da construção do conhecimento e, como tal, é a primeira
forma de análise que o ser humano primitivo adotou para entender os fenômenos da
natureza (Córdula; Nascimento, 2013). Assim passou desvelar seus segredos e perpetuar
ao longo das gerações pela demonstração, até que surgisse a linguagem, depois as línguas
e, por fim, a escrita (Córdula, 2011a).

A partir da observação, somam-se a criação inventiva e a percepção do sujeito que


irá analisar, interpretar e extrapolar o que observa, gerando mais perguntas e,
consequentemente, respostas de forma intuitiva, que serão incitadoras e motivadoras para
4
continuar até obter respostas concretas para o que o motivou a buscar o entendimento
(Córdula, 2011c; 2014a).

Alguns sujeitos possuem maior ou menor grau desses elementos, o que os faz se
destacar perante os grupos, tornando-se especialistas e detentores do saber, comumente e
popularmente chamados de sábios, mais velhos, anciãos etc. (Medeiros; Albuquerque,
2012; Córdula, 2013).

Etnoconhecimento é o conjunto de saberes e práticas das comunidades, repassados


entre as gerações de forma direta ou indireta, pela oralidade, nos contos e cânticos, pelo
ensino e pelo exemplo, em que os mais jovens ouvem, assimilam, replicam e aprendem
(Córdula, 2013; Córdula; Nascimento, 2014a). Essa gama de conhecimentos possui as
estruturas sociais e familiares, culturais e folclóricas, espirituais e místicas e as práticas
de sobrevivência da comunidade na exploração dos recursos naturais – animais e vegetais,
silvestres ou domésticos (Nascimento et al., 2016).

Por essa razão, todo conhecimento necessita ser registrado para não correr o risco
de se perder ao longo do tempo. Esse registro por sua vez, se dá em acervos privados e
públicos, em diversos formatos: áudio, textual, pictórico, vídeo, fotográfico etc. O
registro textual pode ocorrer de formas diversas, como: artigos, livros, cartas, diários,
trabalhos acadêmicos

2.2. Classificação da ciência segundo Freixo

Segundo o autor classifica a ciência em quatro grupos, a saber

❖ Ciências Matemáticas (ou lógico-matemáticas) incluem a aritmética, geometria,


álgebra, trigonometria, lógica, física pura, astronomia pura, etc.
❖ Ciências Naturais que incluem a física, química, biologia, astronomia, geografia
física e paleontologia, etc.
❖ Ciências Humanas ou Sociais – inclui a psicologia, sociologia, antropologia,
geografia humana, economia, linguística, psicanálise.
❖ Ciências Aplicadas – são todas as ciências que conduzem a invenção de
tecnologias para intervir na natureza, na vida humana e nas sociedades, como por
exemplo, direito, engenharia, medicina, arquitectura, informática etc.

Conhecimento pode ser entendido como o processo pelo qual se determina a relação
entre o sujeito e o objeto.

5
Edgar Morin (2003) afirma que o conhecimento opera por selecção de dados
significativos: separa (distingue ou desune) e une (associa, identifica); hierarquiza (o
principal, o secundário) e centraliza (em função de um núcleo de noções mestras). Estas
operações, que utilizam a lógica, são de facto comandadas por princípios de organização
do pensamento ou paradigmas, princípios ocultos que governam a nossa visão das coisas
e do mundo sem que disso tenhamos consciência.

Para Serrano e Fialho (2005), o conhecimento é um recurso intangível, que possui


a característica de dinamismo e que mediante a formação contínua das pessoas e a
aprendizagem se renova e adapta a novas situações. Estes autores, citando NonaKa
(1994); definem conhecimento como uma crença justificadamente verdadeira.

O conhecimento representa um recurso valioso para a s pessoas, para as


organizações e para a economia em geral, na medida em que é praticamente ilimitado o
potencial para emergirem novas e novo conhecimento a partir daquele que já existe. O
conhecimento cresce quando partilhado e não se deprecia com o uso. Enquanto os
recursos materiais decrescem à medida que são utilizados, os recursos do conhecimento
aumentam com o seu uso: ideias geram novas ideias e o conhecimento partilhado
permanece com o transmissor, ao mesmo tempo que enriquece o receptor (Davenport e
Prusak, 1998 citados por Serrano e Fialho, 2005).

2.3. Tipos de conhecimentos

Segundo http://pt.wikiversity.org, entre as principais formas de conhecimento


humano podemos destacar os seguintes: o senso comum, o conhecimento religioso, o
conhecimento filosófico, o conhecimento empírico e o conhecimento científico. Este site
explica cada um destes tipos de conhecimentos da seguinte maneira:

2.3.1. Senso Comum

O senso comum é o nome dado ao tipo de conhecimento humano que descreve


crenças e proposições que uma pessoa acha correta, sem, no entanto obtê-la de um
conhecimento esotérico, investigação ou estudo.

O senso comum é uma forma de conhecimento informal, espontâneo, adquirido do


contato direto com o mundo, geralmente obt ido por tentativa ou erro. No senso comum
são realizadas ações que achamos que produzem um resultado eficiente, mas não temos
como descrever a cadeia de eventos que levam a este resultado. Esta forma de
6
conhecimento é a primeira do ser humano, e acaba sendo utilizada pela grande maioria
das pessoas nas atividades mais corriqueiras da vida cotidiana. Porém pelo fato de ser
simples e superficial, o senso comum acaba sendo insuficiente, pois é um conhecimento
que depende dos sentidos humanos, que são limitados e não podem contemplar a
realidade verdadeira das coisas.

Mattar (2008) afirma que o senso comum é também denominado conhecimento


popular ou empírico e define-o como todo aquele que todo ser humano desenvolve no
contacto directo e diário com a realidade e é utilizado, em geral, para objectivos práticos.

2.3.2. Conhecimentos religiosos

A religião pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo
que a humanidade considera como metafísico, sobrenatural, divino, sagrado e
transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas
crenças.

O conhecimento religioso implica na crença de verdades obtidas de forma divina


ou sobrenatural, e desta forma são geralmente infalíveis e cujas evidências não podem ser
comprovadas, sendo geralmente relegadas à fé ou crença pessoal. Desta forma, o
conhecimento religioso se baseia em dogmas que não podem ser refutadas nem
submetidas à análise científica.

O conhecimento religioso ou teológico apoia-se na fé e tem sua origem nas


revelações do sobrenatural. Na compreensão humana essas manifestações são divinas e
trazem a mensagem de um ser superior. Quantas autoridades divinas e invisíveis já são
nomeadas por nós, exemplos: Buda, Maomé, Jeová e Jesus Cristo. O conhecimento
Teológico parte do princípio de que as manifestações, verdades e evidências sobrenaturais
não são verificáveis e, por serem obra do criador divino e conterem uma atitude implícita
de fé, são infalíveis e indiscutíveis. Não é preciso ver para crer, e a crença ocorre mesmo
que as evidências apontem no sentido contrário. As verdades religiosas são registradas
em livros sagrados ou são reveladas por seres espirituais, por meio de alguns iluminados,
santos ou profetas. Essas verdades são quase sempre definidas e não permitem revisões
mediante reflexão ou experimentos. Portanto o conhecimento religioso é um
conhecimento mítico, dogmático ou ainda espiritual, apoia-se em doutrinas que contem
proposição sagradas. Não pode por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da
formação moral das crenças de cada indivíduo.
7
2.3.3. Conhecimentos filosófico

Filosofia modernamente é uma disciplina, ou uma área de estudos, que a


investigação, análise, discussão, formação e reflexão de ideias (ou visões de mundo) em
uma situação geral, abstrata o u fundamental.

O conhecimento filosófico é aquele que é obtido pelo ato de filosofar, isto é, através
de uma análise mental em busca de respostas para certas interrogações. O conhecimento
filosófico diferencia -se do conhecimento científico pelo fato de aba rcar ideias, relações
conceituais e raciocínios lógicos que por vezes não podem ser observados, nem
mensurados e nem reproduzidos.

2.3.4. Conhecimentos científico

O conhecimento científico envolve uma descrição, interpretação, explicação, ou


uma verificação mais precisa de um conhecimento já existente, a partir de um fluxo
circular contínuo entre realidade empírica e a teoria.

2.4. Escola, conhecimento e divulgação

Os que buscam o saber, que questionam, utilizam a problematização, a criticidade


e a autonomia no processo de aprendizado, de ensino e de forma geral para entender os
fenômenos e problemas que os cercam, tentam alcançar o esclarecimento das suas
questões para encontrar uma resposta às suas inquietações (Pozo, 1998; Freire, 1996).
Essa busca é que move a humanidade e que a transforma ao longo do tempo.

As comunidades, os grupos sociais, as organizações não governamentais e os


sujeitos que precisam de solução para suas dificuldades são movidos por processos de
investigação, de busca pelo saber pelo entendimento dessas questões, para propor
soluções e, muitas vezes, produzir respostas que se tornam teorias e tecnologias (Córdula,
2015), como a escrita, que possibilitou o registro físico do conhecimento humano; em
seguida o papel que, como tecnologia, permitiu o acumulo desses registros pela sua leveza
e praticidade de uso; e, por fim e não menos importante, o lápis, que substitui o bastão de
desenho, o carvão e a pena, conferindo maior habilidade para ter maior definição e
suavidade na sua execução (Córdula, 2011d).

Portanto, as tecnologias podem ser das coisas mais simples que utilizamos às mais
complexas, como os eletrônicos. Nas escolas, as gerações jovens aprendem, preparam-se

8
e são movidas pelas inquietações de sua geração, ou seja, as escolas tornam-se centro
geradores do saber, na medida em que cada nova geração se diferencia da anterior e, ao
mesmo tempo, refletem em seu interior todos os problemas e virtudes da sociedade
(Córdula, 2010).

Nesse sentido, os professores da Educação Básica são pesquisadores de sua


própria prática, observando na vivência diária os fenômenos sociais, comportamentais,
psicocognitivos e pedagógicos que ocorrem cotidianamente na comunidade escolar
(Córdula, 2010) e das dificuldades, adversidades e problemas que surgem no exercício da
atividade pedagógica; por fim, quando o educador vai além de suas atribuições
profissionais no magistério, quando se permite ser um facilitador da busca pelo saber,
construindo projetos pedagógicos e pesquisa junto com seu educando e extrapolando a
sala de aula e os muros da escola (Córdula, 2014b; Baffi, 2002; Monfredini, 2002).

Essas experiências, esses relatos e toda essa vivência no dia a dia devem ser
sistematizados, estruturados, ordenados, agrupados e redigidos para perpetuação e
divulgação do fazer pedagógico na educação, principalmente na básica, para que a
comunidade, não só científica, mas também, a sociedade, saibam como é a realidade dos
fatos, para que entendam a necessidade das suas presenças na Educação e na escola e
compreendam toda a complexidade da atuação do profissional do magistério (Moreira,
1988; Zeichner, 1998; Borba, 2001; Nunes, 2008).

2.5. Professor, professora: protagonista do saber científico

Especificamente, quanto às questões educacionais, o professor tem a autonomia e


as competências para ser pesquisador de suas próprias práticas, para produzir respostas
concretas às questões que se refletem por seu alunado (Córdula; Nascimento; Abílio,
2016).

A sala de aula torna-se um momento ímpar não só para a formação intelectual do


futuro cidadão proativo, crítico e transformador da sociedade; é também, um
microambiente que reflete todas as dificuldades, os desafios e necessidades que se
apresentam no próprio ato de ensinar (Córdula; Nascimento; Abílio, 2016). Esse fato
amplia o entendimento de como as famílias estão se estruturando e o seu papel na
formação das novas gerações e, além disso, do nível de capacidade de percepção do ser
humano sobre si mesmo, sobre a sociedade e o planeta (Córdula; Nascimento, 2014b).

9
Essas pesquisas participantes e protagonistas de suas práticas escolares conseguem
trazer à tona uma realidade que outros estudos, realizados por pesquisadores não
pertencentes à realidade do estudante, geralmente não conseguem captar e coletar dados
em toda sua magnitude, apenas facetas ou fragmentos do universo que compõe a
comunidade escolar (Córdula, 2010). E o professor passa a ser pesquisador, trazendo à
tona todo o universo real e concreto de sua atuação, com contribuições valorosas para a
Pedagogia e outras áreas da ciência (Borba, 2001).

10
3. Conclusão

Chegando a esse ponto é de concluir que o conhecimento pode ser entendido como
o processo pelo qual se determina a relação entre o sujeito e o objeto. Entre as principais
formas de conhecimento humano podemos destacar os seguintes: o senso comum, o
conhecimento religioso, o conhecimento filosófico, o conhecimento empírico e o
conhecimento científico.

11
4. Referencias Bibliográficas

AGUIAR JÚNIOR, O.; SARAIVA, J. F. (1999). Modelos de ensino para mudanças


cognitivas: fundamentação e diretrizes de pesquisa. In: Ensaio- Pesq. Educ. Ciênc. 1 (1),
47-67.

ANDRÉ, Marli E. D. A de. (2000). Etnografia da prática escolar. 4. ed.


Campinas/BRA: Papirus. (Série prática pedagógica).

BAFFI, Maria Adelia Teixeira. Projeto pedagógico: um estudo


introdutório. Pedagogia em Foco, Petrópolis, 2002.

BATTISTI, César Augusto. A natureza do mecanismo cartesiano. Peri, v. 2, n. 2,


p. 28-46, 2010.

BORBA, Sérgio da Costa. Multirreferencialidade na formação do professor-


pesquisador: da conformidade à complexidade. Maceió: EdUFAL, 2001.

BRASIL. Lei n. 5.250, de 9 de fevereiro de 1967. Regula a liberdade de


manifestação do pensamento e de informação. Brasília: Casa Civil, 1967.

CHARTIER, Roger. “Cultura Popular”: revisando um conceito


historiográfico. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 8, n. 16, p. 179-192, 1995.

12

Você também pode gostar