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SUMÁRIO
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IDENTIDADE E SABERES
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de muitos profissionais fica a desejar. Ele é “[...] acima de tudo, uma intervenção na
realidade, como processo de participação social e de construção de uma nova
ordem social. [...] a partir e em função de uma ideia que quer atingir, vai, aos poucos,
interferindo na transformação e reconstrução da micro sociedade” (DALMÁS, 1994,
p. 36).
As participações conscientes e ativas dos educadores tornam o processo
educativo mais eficaz e democrático, dando a cada indivíduo a liberdade e
responsabilidade das ações e atos perante o meio em que está participando, visto
que A participação do maior número, no máximo de responsabilidade, não é
somente uma garantia de eficácia; ela é também uma condição de felicidade
individual, uma tomada de poder cotidiano sobre a sociedade e sobre as coisas,
uma forma de influir livremente sobre o destino.
Não se trata mais para o cidadão delegar seus poderes, mas de exercê-los,
em todos os níveis da vida social e em todas as etapas da vida (FAURE, 1997,
Apud DALMÁS, 1994, p. 19).
No planejamento, devemos ter um apoio pedagógico, que busque ajudar os
demais profissionais a entenderem sua importância e relevância na elaboração do
mesmo, pois, essa tarefa não cabe apenas ao gestor e ao coordenador da escola.
Como salienta Gandin (2004), ao coordenador pedagógico compete à
proposta da metodologia do planejamento, à apresentação de um esquema de
trabalho que facilite a mediação entre os indivíduos. Não cabe ao coordenador
tomar as decisões, mas o grupo em si buscar os melhores caminhos quanto ao
conteúdo a ao método de sua ação, isto é, de seus planos.
Na construção de um planejamento na escola, Vianna (1986,p. 31) aponta
dois riscos, a que esse tipo de planejamento está sujeito, e os quais se deve estar
atento: “O primeiro refere-se à assessoria, que poderia, antes, durante e após o
processo, agir em função da vivência pessoal, manipulando os interesses da
maioria comunitária determinando o que fazer, como, quando, e por que decidir
agir”
Já o segundo, que a coordenação utiliza, muitas vezes, a informação e
comunicação para manipular os demais participantes, convencendo-os de aceitar
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seus projetos, criando assim uma falsa participação dos demais profissionais da
escola (VIANNA, 1986).
Infelizmente, essa realidade se faz presente no nosso contexto escolar. Muito
se fala da participação de todos no planejamento, mas na hora da prática isso ainda
não acontece, na maioria das vezes esse planejamento é feito apenas pelo
coordenador pedagógico e gestor da escola, e só depois de pronto, é repassado
para os professores.
As atitudes vivenciadas nos contextos escolares devem ser mudadas, pois
só assim teremos uma escola politicamente democrática e participativa, onde todos
têm direito de falar, de expor suas ideias e necessidades para a construção desse
planejamento pedagógico.
Frente ao exposto, evidenciamos que o planejamento deve ser realizado de
forma conjunta buscando um compartilhamento de todos os profissionais
envolvidos, não cabendo apenas à gestão ou à coordenação fazê-lo. A cooperação
e a autonomia profissional contribuem muito para o desenvolvimento global de
todas as práticas pedagógicas dos professores.
Para contribuir com a formação dos professores, o coordenador não pode
adotar uma postura autoritária, e sim respeitar a individualidade de cada um, bem
como a diversidade de posicionamentos. Através de imposições, ele nada
conseguirá, por isso, é muito importante que o cenário escolar seja palco da
dialogicidade. Além da sua atualização, capacitação e formação permanente, o
coordenador precisa estar ciente que a escola é um todo, e somente através do
trabalho coletivo é que realmente se efetivará um ensino de qualidade.
Para desenvolver um trabalho neste contexto de totalidade e coletividade,
não há receitas prontas, mas sim, um caminho centrado na ação-reflexão-ação,
problematizando as práticas pedagógicas, tendo como recorrência
• O conhecimento e a experiência pedagógica dos professores;
• O princípio da “construção coletiva”, sem mascarar as diferenças e
tensões existentes entre todos aqueles que convivem na instituição, considerando
que as situações vividas nela se inscrevem num tempo de longa duração bem como
as histórias de vida de cada professor.
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isoladas como cálculo, letras, artes, latim, grego e retórica, ministrado por leigos,
padres e capelães.
Em 1799, Portugal autorizou ao Vice-rei o direito de “nomear anualmente um
professor para visitar as aulas e informar-lhe sobre o estado da instrução”
(AZEVEDO, 1964, p. 542). Esses professores fiscalizavam o funcionamento das
escolas, os métodos de ensino, o comportamento dos professores e o
aproveitamento dos alunos. Percebe-se a presença do pensamento fiscalizador, no
momento em que, pela primeira vez na história, o governo assume os encargos da
educação no Brasil.
Em 1808, a Coroa Portuguesa, fugindo da ocupação francesa, instalou-se no
Brasil, sob regência de Dom João VI. Com o objetivo de atender as necessidades
culturais e educacionais da nobreza que compunha a corte, Dom João VI implantou
várias medidas no âmbito educacional e cultural.
Nenhuma medida foi tomada para beneficiar as condições culturais, sociais
e econômicas da população. Assim, as aulas régias mantiveram-se durante todo
período.
A primeira lei para instrução pública, promulgada em 1827, determinava a
criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades vilas e vilarejos e
propunha um método de ensino mútuo, de origem inglesa. Nesse método, os alunos
mais adiantados, sob supervisão de professores, instruíam os demais colegas.
Percebe-se, neste período histórico que caracteriza o Primeiro Império, a
função fiscalizadora exercida pelo professor.
Em 1854, o governo imperial, estabeleceu mecanismo de controle e inspeção
em todas as escolas, colégios, e instituições de ensino, através da criação da
Inspetoria Geral de Instrução Pública Primária e Secundária da Corte, administrada
por um Inspetor Geral, a quem cabia a fiscalização e padronização das rotinas
escolares e vigilância sobre os professores. Cabia-lhe, também, informar,
anualmente, ao governo a situação da instrução primária e secundária, nas
províncias.
Considerando que o município onde se localizava a Corte servia de modelo,
cada província organizou também mecanismos próprios de fiscalização das escolas
e dos professores.
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O PARADIGMA DA COMPLEXIDADE
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consciência de pertencer à espécie humana” (op. cit., p. 17). Com esta afirmação,
Morin aponta para as três unidades que compõem a condição humana:
indivíduo/sociedade/espécie.
Assim, prioritariamente, cabe à educação educar para a construção de uma
sociedade-mundo, constituída por “cidadãos protagonistas, envolvidos de forma
consciente e crítica na construção de uma civilização planetária” (MORIN; MOTTA;
CIURANA, 2003, p. 107).
À luz desses sete saberes, Contreras (2006) propõe incorporar as seguintes
finalidades à educação, as quais ampliamos às escolas em geral:
Educar para a era planetária no sentido formar cidadãos comprometidos com
a construção de uma civilização viável a longo prazo, solidária em sua diversidade,
com uma consciência de superação do “enclaustramento local, das suas culturas,
das suas etnias e das suas nações” (MORIN, 2003, p. 96). Religar saberes no
sentido de situar os conhecimentos nos contextos que dão luz ao seu sentido,
situando-os na realidade global da qual fazem parte, o que demanda competência
para contextualizar, globalizar e antecipar esses acontecimentos.
Formar para a vida no sentido de desenvolver a sensibilidade, o sentimento
de pertencimento, o gozo de viver a vida, superando uma concepção de educação
fundamentada somente para o treinamento e profissões demandas pelo mercado.
Todo o conhecimento, mesmo o utilitarista deve ser permeado pela estética,
as artes, a filosofia, a ética, a poesia.
Promover a democracia cognitiva no sentido da escola desenvolver meios e
estratégias para a socialização e a difusão dos conhecimentos, fora dos
mecanismos de mercado e promover que os conhecimentos científicos, sobretudo
aqueles que têm especial incidência na qualidade de vida das sociedades, sejam
patrimônio da humanidade. Percebe-se que na sociedade atual, há concentração
dos conhecimentos científicos e tecnológicos em restritos setores, principalmente
nas grandes corporações industriais. Percebe-se ainda, o alargamento da distância
entre os que têm acesso à educação e os que não têm. Cabe à escola desenvolver
meios para que os conhecimentos sobre os problemas transcendentais da
humanidade sejam socializados, principalmente aqueles que têm especial
incidência sobre a qualidade de vida das sociedades.
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Na década de 70 as instituições de
ensino sofreram violentas críticas
sociológicas e passaram a ser identificadas
como reprodutoras da desigualdade social,
e o diploma, tanto almejado e por poucos
alcançado, deixava de ser o mito da
ascensão social. Tudo isso contribuiu muito
para desestabilizar os educadores, pois o
papel da escola já não estava mais tão
evidente e sua função social deveria ser redefinida.
A partir dos anos 80, ocorrem algumas mudanças em torno da função social
da escola, passando a ser vista como um importante espaço na concretização das
políticas educacionais, deixando de ser a continuidade da mantenedora, ou seja, já
começa a dar alguns passos rumo à autonomia.
Canário (1992) coloca que com este espaço a escola passa a ser
reconhecida como uma organização social, inserida num contexto local, com uma
identidade e cultura próprias, um espaço de autonomia a construir e descobrir,
susceptível de se materializar num projeto educativo.
Atualmente a sociedade vive uma grande transformação de valores, como o
consumismo exagerado, a lei do mais esperto, mais forte, a política do descartável,
que atingem diretamente a educação, refletindo na família, que procura compensar
suas faltas com materialismo ou exagerando nas atividades extracurriculares de
seus filhos, muitas vezes deixando de transmitir valores e dar limites.
Como consequência, podemos observar a desresponsabilização social que
ocorre, pois, a família e a sociedade delegam à escola a função de educar e cobram
dela todos os fracassos sociais que por ventura venham ocorrer, porém é ilusão
acreditar que somente a escola dará conta da formação integral do indivíduo.
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O PROJETO
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E a escola?
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3. Proposição de objetivos
4. Definição de metas
5. Delineamento de método, estratégias e procedimentos
6. Especificação de cronograma
7. Identificação de recursos e custos
8. Proposição de monitoramento e avaliação (LUCK, 2003, p. 92).
Sugestão de elementos para compor um Projeto de Formação Contínua de
Professores:
1. Identificação do Projeto
- visa apresentar as informações básicas para a caracterização do projeto:
título, escola, setor, responsáveis pela execução, clientela, duração.
2. Justificativa
- consiste na descrição da realidade específica, através da caracterização de
das situações que demandam ação de inovação, de melhoria ou de transformação
na escola.
3. Proposição de objetivos
- determina os resultados que se pretende alcançar com a realização do
projeto, alcançáveis no tempo previsto.
4. Definição de metas
- consiste na especificação quantitativa do projeto.
5. Fontes que subsidiaram a elaboração do projeto
- identificam a procedência do projeto, tais como: Plano Global da Escola,
Projeto Político Pedagógico, demandas expressas pelos professores, pelos alunos,
pela comunidade escolar em geral, estudos teórico, outros.
6. Referências teóricas que sustentam o projeto
- referem-se aos fundamentos teóricos que sustentam o projeto.
7. Princípios que norteiam o Projeto
- expressam aos princípios que fundamentam o projeto, tais como: realismo,
coerência, flexibilidade, viabilidade, articulação teoria e prática, outros.
8. Etapas
- consiste na descrição das etapas de elaboração do projeto, tais como:
- levantamento as necessidades de formação contínua dos
professores, delineamento do projeto,
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muitas frentes, tendo que desempenhar várias funções. Qual seria sua efetiva
identidade profissional? A sensação que se têm, com frequência é de que são
‘bombeiros’ a apagar os diferentes focos de ‘incêndio’ na escola, e no final do dia
vem o amargo sabor de que não se fez nada de muito relevante [...] Sentem ainda
o distanciamento em relação aos professores, a desconfiança, a competição, a
disputa de influência e de poder (VASCONCELLOS, 2007, p. 85).
Considerando o tradicional distanciamento na formação e na prática dos
pedagogos, não se tem mediação adequada entre as diferentes linguagens
produzidas nesses diversos âmbitos de atuação do Pedagogo.
É necessária a busca por sua identidade, para que possa dar um novo
significado em sua prática, tentando superar as dificuldades encontradas neste
campo de trabalho, as quais, muitas vezes decorrentes de limitações próprias e/ou,
dificuldades em traduzir em suas práticas a riqueza de seus conhecimentos.
Portanto, devemos analisar as causas de tais atitudes, nos localizando no
movimento da história, a fim de entender como chegamos ao descrédito da prática
pedagógica. Devemos reconhecer que as propostas de mudança, muitas vezes
foram implantadas de cima para baixo, sob o amparo do tecnicismo, num contexto
de desqualificação da formação e desvalorização profissional.
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PLANEJAMENTO
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ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Acompanhamento e avaliação. Petrópolis, RJ: vozes, 1994.
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FREIRE, Paulo. Educação: Sonho possível. In: BRANDÃO, Carlos R. (Org.). O
educador: vida e morte. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1982.
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