Howard Anton Cálculo 1 - 8 Ed-Ocr PDF
Howard Anton Cálculo 1 - 8 Ed-Ocr PDF
Howard Anton Cálculo 1 - 8 Ed-Ocr PDF
FUNÇOES
LIMITES E CONTINUIDADE
A DERIVADA
FUNÇOESEXPONENCIAIS, ,LOGARITMICAS E ,TRIGONOMETRICASINVERSAS
A DERIVADA EM ,GRAFICOS E ,..,APLICAÇOES
INTEGRAÇAO
APLICAÇOES DAINTEGRAL DEFINIDANA GEOMETRIA, ,..NAS CIENCIAS E
NAENGENHARIA
Howard Anton • lrl Bivens • Stephen Davis
A634c Anton. Howard
Cálcu.lo I Howard Anton. Jrl Bivens, Stcphen Davis; trmlução Claus
Ivo Doering. - 8. ed. - Pono Alegre : Bookman, 2007.
680 p.: il. : 28 em.
ISBN 978-85-60031-63-4
CDU 51-3
Tradução:
Reimpressão
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Boo an®
2007
Obra originalmente publicada sob o título
Calculus: Early Transcendentais Single and Multivariab/e, 8th Edition
SÃO PAULO
Av. Angélica, 1.091 - Higienópolis
O1227.J 00 São Paulo SP
Fone (l i) 3665-1100 Fax ( li ) 3667-1333
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZ/L
SOBRE HOWARD ANTON Howard Anton é Bacharel em Matemática pela Lehigh University, Mestre em Matemá-
tica pela University of Illinois c Doutor em Matemática pela Polytechnic University of
BrookJyn. No início da década de 1960 trabalhou na Burroughs Corporation e na Avco Cor-
poration em Cabo Canaveral, na Flórida, onde esteve envolvido com o programa espacial
tripulado. Em 1968 entrou para o Departamento de Matemática da Drexel Uni versity, onde
lecionou em tempo integral até 1983. Desde então<! professor adj unto da Drexel e dedica
a maior pane de seu tempo a escrever livros didáticos c a atividades j unto a associações
matemáticas. Foi presidente da seção do leste do estado da Pcnsi lvâ nia e do estado de De-
laware da Mathematical Association of America (MAA), foi membro do conselho diretor
daquela organização e orientou a criação das subdivisões estudantis da MAA. Publicou vá-
rios trabalhos de pesquisa em Análise Funcional, Teoria da Aproximação e Topologia, bem
como artigos pedagógicos. E' especialmente conhecido por seus livros did<iticos em Mate-
mática, que estão entre os mais utilizados no mundo. Existem, atualmente, mais de uma
centena de versões de seus livros, inclusive trad uções para o espanhol, árabe, ponuguês,
italiano, indonésio, francês, japonês, chinês, hebraico e alemão.
SOBRE IRL BIVENS l.rl C. Bivens, agraciado com a Medalha George Polya e o Prêmio Merten M. Hasse de Tex-
to Did;ítico de Matemática, é Bacharel em Matemática pelo Pfeifl'e r College e Doutor em
Matemática pela University of North Carolina, em Chapcl Hill. Desde 1982 leciona no Da-
vidson College, onde atualmente ocupa a posição de professor de Matemática. Em um ano
acadêmico típico, leciona Cálculo, Topologia c Geometria. Também é apreciador de história
da Matemática e seu seminário anual de História da Matemática é um dos mais concorridos
entre os formandos de Matemática de Davidson. Publicou vários artigos sobre Matemática do
Ensino Superior, bem como trabalhos de pesquisa em sua área de especialização, a Geometria
Diferencial. Atualmente é membro do comitê editorial da série de livros de problemas mate-
máticos da MAA e consultor do Mathematical Reviews.
SOBRE STEPHEN DAVIS Stephen L. Da vis é Bacharel em Matemática pelo Lindenwood College e Doutor em Matemá-
tica pela Rutgers University. Tendo lecionado m1 Rutgcrs Univcrsity c na Ohio State Universi-
ty, chegou ao Davidson College em 198 1, onde atualmente é professor de Matemática. Lccio-
, '
na regularmente disciplinas de Cálculo, Algebra Linear. Algcbra Abstrata c Computação. No
ano letivo de 1995-1996 foi professor associado visitante no Swarthmore College. Publicou
vários artigos sobre o ensino e a avaliação do Cálculo, bem como trabalhos de pesquisa em
sua área de especialização, a Teoria de Grupos Finitos. Ocupou vários postos, inclusive de
presidente c tesoureiro, na seção sudeste da Mathematical Association of America (MAA).
Atualmente é professor consultor do Serviço de Avaliação Educacional de Cálculo Avança-
do, membro da diretoria da Associação da Carolina do Norte de Professores de Matemática
Avançada e ativamente envolvido no treinamento, no Clube de Matemática de Charlolle, de
estudantes matematicamente talentosos do Ensino Médio. Foi diretor estadual da Carolina do
Norte da MAA.
Para
Minha esposa, Pat
Meus filhos, Brian, David e Lauren
Em memória de
Minha mãe, Shirley
Meu pai, Benjamin
Albert Herr, estimado colega
Stephen Girard (1750-1831 ), filantropo
-H. A.
Para
Meu filho, Robert
-1.8.
Para
Minha esposa, Elisabeth
Meus filhos, Laura, Anne e James
-S. D.
,
PREFACIO
Exposição Revisada Cada página, cada explicação c cada exemplo foram criticamente
rccxaminados c tiveram sua exposição refeita, onde necessário, para levar os estudantes di-
reto ao cerne das questões. Além disso, os Apêndices A , B, C e D da edição anterior foram
deslocados para o site que acompanha este texto. Os módulos Expandindo o Horizonte do
Cálculo agora estão no site e os estudanlcs são dirigidos a eles em parágrafos introdutórios
aos mesmos, com o endereço na internet ao final dos capítulos apropriados no texto.
...
VIII Prefácio
Notas Marginais Comentários marginais gerais chamam a atenção para idéias no texto ou
fornecem idéias adicionais. Esses comcmários gerais c os denominados Domfnio da Tecno-
logia substituem os comentários intitulados Para o Leitor da edição anterior.
Análise de Funções O material tradicional sobre "esboço de curvas" aparece como parte
da Análise de Funções (Seções 5.1-5.3). A Seçiio 5.3 foi revisada para obter um equilíbrio
melhor cmrc os métodos do Cálculo c o uso de recursos computacionais no gráfico de fun-
ções. A seção sobre movimento retilíneo foi transferida para o final do capítulo para facilitar
a transição da discussão de gráficos para o tópico de máximos c mínimos de funções. A<>sim,
podemos tratar de aplicações mais cedo nesse capítulo.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS
Flexibílidade Esta edi ção foi feita com uma flexibi lidade planejada para servir a um amplo
espectro de filosofias do C<'íleulo, desde a mais tradicional até a mais inovadora. Os recursos
computacionais podem ser enfatizados, ou não, e a ordem de muitos tópicos pode ser permu-
tada livremente para acomodar as necessidades específicas do professor.
Notas Históricas Nesta edição foram mantidas as notas históricas e as biografias que, des-
de sua primeira edição, são uma marca deste livro. Todo o material biográfico foi destilado de
Prefácio ix
Rigor O desafio de escrever um bom livro de Cálculo está em obter o equilíbrio correto
entre o rigor c a clareza. Nosso objetivo é apresentar uma Matemática rigorosa na maior
extensão possível em um tratamento introdutório. Quando a clareza e o rigor colidem,
escolhemos a clareza; contudo, acreditamos que é importante o estudante entender a dife-
rença entre uma demonstração precisa e um argumento informal, de modo que tentamos
tornar claro quando os argumentos apresentados são informais ou para motivação. A teoria
envolvendo argumentos de €-o aparece em seções separadas, podendo ser estudada ou não,
de acordo com a preferência do professor.
Nível Matemático Este texto foi escrito em um nível matcm<ítico que permita a preparação
do estudante para as mais variadas profissões que requeiram uma sólida formação matemáti-
ca, incluindo a Engenharia, várias ciências c a Administração.
Computação Gráfica Nesta edição fazemos uso extensivo da moderna computação grá-
fica para esclarecer conceitos e desenvolver a habilidade do estudante de visualizar objetos
matemáticos, particularmente os do espaço tridimensional. Para aqueles que trabalham com
recursos computacionais, há vários exercícios que foram projetados especialmente para de-
senvolver a habilidade de gerar e analisar curvas c superfícies matemáticas.
Regra dos Quatro A ··regra dos quatro" diz respeito à apresentação dos conceitos dos
pontos de vista verbal, algébrico, visual e numérico. De acordo com a filosofia pedagógica
atual, sempre que indicado, utilizamos essa abordagem.
SUPLEMENTOS
OUTROS RECURSOS
eGrade Plus é uma ferramenta on-line poderosa que disponibiliza, tanto para professores
quanto para estudantes, uma coleção integrada de recursos de ensino e aprendizado num si te
fácil de utilizar (em inglês). O eGrade Plus está organizado em torno das atividades essenciais
executadas pelo professor e pelo aluno em sala de aula:
Para Professores
• Prepare e Apresente: Crie apresentações de aulas utilizando todos os recursos oferecidos
pela Wiley, tais como versões on-line do livro, apresentações em PowerPoim e simulações
interativas, tornando mais eficiente seu tempo de preparo de aula. Esses conteúdos podem
ser fadlmente adaptados, personalizados e completados para atender as demandas de sua
disciplina.
• Crie Trabalhos de Casa: Automatize a elaboração c a correção de trabalhos de casa e de
testes utilizando bancos de testes fornecidos pela Wiley ou escrevendo seu próprio banco.
Os trabalhos de casa dos alunos serão automaticamente avaliados e as notas lançadas em
sua planilha de notas. eGrade Plus pode estabelecer vínculos entre os problemas passados
para casa e as seções on-line do livro, disponibilizando um assessoramento contexlllaliza-
do para os alunos.
• Registre o Progresso dos Alunos: Mantenha um registro do progresso de seus alunos
através de uma planilha das notas, que lhe permitirá analisar resullados individuais c glo-
bais da classe para determinar seu progresso c nível de entendimento.
• Administre sua Disciplina: cGrade Plus pode ser facilmente integrado com outros sis-
temas de administração de cla~se, planilhas de notas ou outros recursos que possam estar
sendo utilizados em sua disciplina, fornecendo flexibilidade para construir sua própria
disciplina, com seu próprio estilo.
..
XII Suplementos
Para Estudantes
O eGrade Plus da Wiley fornece retorno instantâneo aos trabalhos de casa e um tesouro de
material de apoio. Essa ferramenta poderosa vai ajudar seus alunos a desenvolver a com-
preensão conceitual do material de aula e aumentar sua habilidade de resolver problemas.
• Study&Practice: a área " Estude e Pratique" (em inglês) está vinculada diretamente ao
conteúdo do livro, permitindo aos estudantes revisar o texto enquanto estudam c elaboram
os trabalhos de casa. Esse pacote inclui os seguintes:
• Soluções de Cálculo utilizando JustAsk! (Marca Registrada) (em inglês) inclui pro-
blemas que se relacionam com material dos capítulos, tutoriais interativos, soluções e
respostas detalhadas e orientações para soluções.
• Explorações do Cálculo (em inglês) consiste numa s6rie de aplicativos interativos
Java que permitem ao estudante explorar o significado geométrico de muitos conceitos
centrais do Cálculo 1.
'
• Revisão de Algebra e Trigonometria (em inglês) 6 uma revisão orientada, com ritmo
'
ditado pelo usuário, de tópicos centrais da Algebra c Trigonometria que são essenciais
ao domínio do Cálculo.
• O Manual de Soluções para o Estudante (em inglês) contém soluções detalhadas
para exercícios selecionados do livro.
• O Guia de Estudos para o Estudante (em inglês) oferece sugestões e dicas de estudo,
idéias e conceitos centrais e amostras de testes e provas.
• Testes On-Line de Cálculo (em inglês) oferece oportunidades para auto-avaliação de
estudantes.
• Assignment: a área "Trabalho de Casa" (em inglês) mantém num mesmo lugar todos
os trabalhos que você quer que seus alunos completem, facilitando-lhes manter-se em dia.
Os estudantes terão acesso a uma variedade de ferramen tas interativas de resolução de
problemas, bem como outros recursos para aumentar sua confiança e entendimento. Além
disso, muitos trabalhos de casa contém um link para as seções correspondentes do livro
multimídia, fornecendo aos estudantes auxílio contextualizado do assun to estudado que os
ajuda a ve ncer os obstáculos na resolução de problemas à medida que aparecerem.
• Gradebook: uma Planilha Pessoal de Notas (em inglês) permite que cada aluno confira
suas notas de trabalhos anteriores a qualquer momento.
Por favor, visite o site www.wiley.com/collegc/anton (em inglês) ou confira uma demonstra-
ção on-line em www.wiley.com/college/egradeplus. Aq ui podem ser encontradas informa-
ções adicionais (em inglês) sobre as características e vanwgens de eGrade Plus, como solici-
tar um test drive de eGrade Plus para este livro e como adaptá-lo para uso em classe.
The Faculty Resource Network A Rede de Recursos para o Corpo Doceme (em in-
glês) é uma rede para o uso de professores, mantida por professores do Ensino Superior
dedicados ao efetivo uso de tecnologia em sala de aula. Esse grupo pode ajudá-lo a aplicar
t<!cnicas inovadoras em sala de aula, implementar pacotes específicos de aplicativos e adaptar
a utilização de recursos às necessidades específicas de cada turma. Solicite mais informaçt>eS
ao seu representante local da Wiley.
AGRADECIMENTOS
Tivemos a sorte de contar com a or ientação e o apoio de muita gente talentosa, cujos co-
nhecimento e habilidade enriqueceram este livro de muitas formas. Por sua valiosa ajuda,
agradecemos a:
Joan K Bel!. Nnrthea.<lcm Oklulumw Suu~ Kcn Ounn. Dalhóttsie Uni,·ersity Tommie Ann Hiii -Nauer. Pmirir Vicll' II&M
Unkersity Shcldon Dyck, IValer/OQ Maple SofiWtlre Unh•(•r,, if)'
Harry N. Bixlcr. Bamc/r C<>ll<'g~. CUNY Hugh B. E>slcr, College of\Villiam mui Mary· i'lolly ll irst, IIJJ[Jtlladri<m SIIIIC U11i•·ersiry
Kbenesh Bl~)•neh. Flnridu II&M Uni•w>iry Scon Ecken. CII)'Omaca College Edwin Hoefer. Roc/1<'.</er ln.<lil11te ofTeclmolog)'
Marilyn Blcx:kus. Sim Jose Suue Uni•·cr>ily Joscph M. Egar. C/el'(<ifllul Stme Uni•·ersity Loois F. Hocltlr. B11cks Co11lll)' Com1111mity
Roy Bcx:rsmo. From Rmrgc Comnnmi1y Collcgc s...
Judith Elkins. eel Brio r College Ct>lle~e
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B:ul»ro Bohonnon. lltif.ttm Uni•·enil)' Breu Elliou. Sonllreastem Oklahomfl Sm1e Robc'rt Homolka. Ktmsas Swte u,;..~nity-Salill<l
Oa,id Bolen. Vif):iniu A1ilíWf)'IIIMÍillte Uni•·ersiry Hcnry Honon. Uni•·usily ojll'es/ F/oritf11
Daniel Bonar. Dcuiscm Uniw~rsily William O. Emerson. Melmpo/ium Suue College Joc llowe. SI. Clwrles Ctmmy Ú)JUIIumi~,.
GeorgeW. 8001h. Brookf.m Colf<'l/c G:uret J. Etgcn. Uui•·enilr of Nous1011 Collq:e
Phyllis Boutilier. Michígmr Ted11wlogiml Bcnny E\ 31\S. Okl<tllOma Stme Unil't'rsily
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Shirlcy HufTman. Slmllm·esr Mi.um~ri S1ate
Uni,•ersity Philip Fanner. Dial>lo \t11/ey Col/ege Uui,·enity
Linda Bridge. Lmrg 8t!adr Ci1y Colle~:e Victor F~ser. Unil·ersity <ift\1aryfmul Hugl> E. Hullllcy. Uuiver.<ily of Mídrigm1
Mark Bridge r. Nortile1Wem Uni•-ersit,\' Iris Brann Fctta. C/emson Um\·er:íity F~tcnah lssn, l..ti)'Oitr Unil·cr.>ily of ClritYII:O
J udith Broadwin. Jeridw lii Rir Sclwol James H. Fífe. E(/ucmional Testin,ç Service Gnry S. ltzkowitz. Rowa11 Unh·er:rif)'
John Brochers. lmHmw Uniw:I'Sit.r Sally E. Físchbeck. Rodre.wrlnslilllle 1Jj F.mmeu John~<m. GmmMing Swte Unh·el'$ity
Stcphcn L. Bm\\'11, OJi,•et Nottli'é!tt~ Uni,·ersif.\' Teduwlogy Jcrry Johnson. Unil'er.fily cif Ncl'lrda-Rcno
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Robert C. Bucker. We.çtei'JI K(•ntuck)' University Bárbara Aajnik, Virgínia J\-liliuu')" ln'ítitttte Wclls R. Johnson. llowdoin Colle8e
Robcrt Bumcro t, lloJ.~Im Uni•·•·•·.<il,l' Dtmiel Flath, Uuiversiry ofSoutlr ;\lalmma Kcnnclh K:1lm:mson. J\lonu:hlir State Uuh•er.tity
Chrislophcr Butler. C11:o:e H~stem Re.ft:I'W! Ernesto Franco, California State Hcl'bCrt Kasubc. l)rmlle\'' Uuh·ersitr
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Carlos E. Caballcro. IWmhrop Uni•·cr:<lty Nichohts E. Frangos. Nojsrra Uni~>ersíty Drwíd Kcllct•, Kirk.woml Community Co/lege
Cheryl Cantwell. Sl'lninole Cmmmmity C{)l/ctJ;f! Katherine Frm•klin. L<>S Angeles Pie1~:e Col/etw M nurCCt) Kt.:lh:y. N(lrt/wrn lfssex Comuumi~,.
Jamc-s Cal'isti . VaiJXIraiso UuiW!I'.\'ity Marc Frantz. huliana Univer.tiry-Punlue Colhrt.:<'
Judith Cartcr, Nortlr Slrore C!IIIIIIIIIIIÍI)' Coll•ge Uuiversitr at hulitmapolis Dom Kcmp. Soutft Dakota Srme Univer:iity
SHm R. Chttdic~. Nnnhwe.m<m Suue IJninu';\·ity Michacl Framz.. u,Ji,·ersity of Ltt \'l•nw HarvC)' B. Kcynes. Uuh·e,.sity ofA'fimutJota
Hongwei Chcn. Chri.wop!Jer Nt~WfJOrt Uni ,·ersity Susan L. Friedman. Bermur.l t\1. Baruch College, L.ynn Kiacr. Ro.w.:·lfulnum ln.witme t~(Tec•lmolog.'·
Chris Christcnsen. Nonhent Kt~muck~· Uni\·e,·s;l.\' CUNY Vcsnn Kilibard:t. lmlimm Uniwmrity Nonlrwest
Robe11 D. Cismowski. Smr Oernarrlilw \trile:-· William R. Fuller. P11rrl11e Uni••ersily Cecilia Knoll. F/nridtt butitufe ofTeclmo/(Jgy
College Bcvcrly Fusficld Holly A. Kresch. Dlal>/(ll'tlllt•y Cnllege
Patricia Clark. RacheS/a lrwiwle afTeclmolog)' Daniel B. Gallup, Pa.tfldentl Cily Coll<11e Rich:\rd Krikori:.n. n~.\tc·llrMer COIIIJIIIIIIÍT)'
H:lilnah Clavncr. Drexel Uuii'CT$il)' Bradlcy E. 0Jmcr, /JQise State un;\'Cf'Sit)' Colle~e
Ted Clinkenbe:lrd. Des Moine.~ A reli CtHJtmmlity Carrie G>mer John Kubicck. S.mllm·e.<l Missoul'i Su11e
College Susan Gerstein Uni\'trSÍI)1
David Clydesdak. Sauk \11111!)' Ctmllmlltil)' Mahmood Ghamsary. Lt>11g Bem:/• Cily Collcgc Paul Kumpel. SUNY. Sumy Brook
Collq:e Rob Gilchrist. U.S. Air Force ;\c(l(/emy Theodore Lai. 1/tulstm Cou111y ümummit~·
Dovid Cohen, Uuil'el'$11)' ofCalifonria, ws G. S. Gill. Briglwm Young U11il'er.Iil)· ColkJie
llug<'les Michael Gilpin. Michiga11 Tedmological Fat C. l.am. Gallmulel Uni•·el'$íly
Michacl Cohen. 1/oj>lm Uni•·enily Unh·ersit.r- Lc..'O Lamponc. Qumuic~ Ct,rponuion
Pasquolc Condo. Uui••ersil)' of /,q•re/1 Kaplana Godbole. Micl<igan Tedmologict~l James F. Lanahan. Uni•·enit)·ojDe~roir-Men.")·
Roben Conley. f'redsit>ll Vi.<utrl.r lnstituw BnK'C L3..11dmnn. Unil·crsity of North Curolüw til
Mary Ann Connors. 1/.S. Miliwry Al'lulemy 111 S. B. Gokhale. \Vestem 11/iuois Unil•er.<ily Gm•1ulmro
IVes1 Poilll Monon Goldberg. Bro()lne Commrmily Col/tge Jcud LaTorrc. Clenutm Unil·er:~it)'
Ceci I J. Coone. Suue 'feclmh.'itlln~titute <If Mardcchai Goodman. Rosary· College Kucn Uung Lcc, 1<~.5 ilullclc.r Trmlc:-Teclmolog•·
Memphis Sid Graham. J.\'fichigan "'éc:lmologica/ University Colle11e
Nonnan Cornish. Uuil•er.f íly oj'Oetro/1 Bob Grant. A1e:w Commrmity Col/ege Mnrshnll J. Leitman, Case \Ve.vtern Re.\·crve
Fieldcn Cox. Centemrial Calle~e Raymond Gr1.-crl\\:cJ J., lfoj~·tm Unh•er.'íity Ullin!r~·íty
Terrnncc Cremcans. Ookltuul Cmmmmity Colh!;;e Dixic Griffin, Jr., Lottisimw Teclt University llcnj:unin t.evy. l.<•xingtonii.S., l.exington, M.tl.o;J'.
Gary Crown~ Wiclu'tn SUl/() Unlw:r,\'ity Gt~J)' Grüues~ :\11. Hood Communiry College l) nrryl A. l.indc, NortluraMem Oklcrhom11 S1111e
Lawrcncc Cusick. Califnrnlfl Stmc David Gross. Unil,er:ríty (>f Crumec:th;ut Uuh'4JI',\'it.r
Unil•ersity- Ft'(fSIIO J::mc Grossman . University of Lowe/1 Phil l,.ockc. Unil't:r.fily 1>/Maiue, 0 111110
Michacl Dagg. Numerh:<tl Solutions, lm;. MichaeJGrossman. University c?f [..owe/1 Lcland 6. L.ong. MIIS<'tllille Communily College
Art Davis, Stm Jost• Stll/(' Uniw•rsiry Dcnnís Hadah, SadtlleiJack Cnmmwtity College JOhll IAIC8$,Un;\'C!l'Sity <~f'Wisc'tnlsin-O.,·hl:osll
A. L.. D~nl. Vil'fiillill Mili/110' ln.</Ítnle Diane Hag,glund. \\1-uer/{o~O 1\1<tple Software Stnnley M . Lukawccki. Clemsmt Universiry
Charlcs Dcnlingcr, A1illc~l'.n'ill<' Unit•ersity Oouglas W. Hall. Miclrigan Suue Unil-ersity l'hO<:bé Lutt. l).tw College
William H. Dcnt. Mary•l'ilf<• Co/ll•gc Nancy A. Harrington, Uuirersiry of Lowe/1 Nicholas Mncri . 1i:mplc u,;,·cl~it,r
Blaise DcSesn. 111/emmwr Co/lese a/SI. Frrml'i.• Kent Harris. \Vestern Jllim>is Unh·ersiry Michnl!1 Mngill. Purtlue Utli\1('l'Sif.r
de Sa/(•,f Karl Havlak. Angelo Suue Unil:er.rity Emest M:~nl'l·cd. U.S. C1111.<1 Gruml Auulem•·
Blaise DeSesa. Drt!.<el Uni••er>ily J. Denick He.1d. Unh,ersity ofMiunesma-,·\1orris Mclvin J. Maron. Uni•·er.#/)'11/I..QIIi.<rille
Debbie A. l:>esrcx:hcrs, Nllf>ll Val/;•y College Jim HefTcrson, Sr. Mic/111el College Mauricio Marmquin. Lns llnsele.< l'alley Col/ege
De.nnis DeTurek. l)ni,·ersiry ü/ Penns_,·lt'tmia Albcn Herr. Dn:xel Uuiw!l'$/ty ThomM W. M:ISon. Flarícla ii<~M Ullil'er:<in·
Jacqueline Dewar. ú'·' ·nla ~\1arymmmt Unú·c~Nity Peter Herron. S11ffolk Cowuy Cam1111111i1y College Majid Masso. Brr11>kda/c CtiiiiiiiiiiiÍI)' College
Presaon Dinkins. Somhem Uni\·t'r~ity Warland R. Hersey. Nonlt Shore Commwrily Larry Mntthcws. Co11conlia Co/kge
Gloria S. Dion. E<luctllinnal Te>ling Sen·it·e College Thomos McEIIigou. U11i•·ersíl.'' ojtoll'dl
lr"ing Drooyan. l.ns llngeles Plerce Colltge Konrad J. Heul'e.rs. Mic/rigtw Tec/wologica/ Phillip McOill. llli11ois Cmlml Collegc
Tom Drouet. E<tsll.ns Angeles College Uni••ersit_\· Judith McKinney. C~tlifomiu Suu" l'ol.wcdmic
Clydc Dubbs. Nt!W J\l~xiru ln.ttitme ojJ\Iining l)eon Hickcrson Uuil·ersit,Y. Pvmont.1
mui Tt-dmo/oR_\" Roben Higg.ins~ Qmmrics Corpormimt Joscph Mcicr. Millemille U11i•-eniry
Della Duncan, Calijomitl Slllle Uni•·eníf.•·-Fn:sno Rebecca Hill. Roclzesrer flutitwe ofTedmolot:Y Rot>en Mei11.. Ari:.mw Sltlte! Unin!rsiry
Agradecimentos xv
Laurie H:L~kdl Mcssino. Uui•·e rsityofOkla/1(/111<1 Richard Remzowski, Bn>ome Comm1111ity Colftoge Raja Iakshm i Srir-am. Okaloo.m · IVai1<111
Ailcen Mithods. /h>f<rm Uui•·enlity Guanshcn Rcn. College ofSaim Sclwla.<tir" C.mmumity Colle1:e
J:lnet S. Millon. Radfmr/Uni•·n •iry \Villiam H. Ric-hardson, Wir.hita State Uni\•ersity Nonon Srarr. Jlmlterst College
Roben Mirchell. Rmwm CttllrJ;c tifNt•w Jrrsey John Ric.kert. Rose·Hulmnu lnstitme n.f Mark Sre,·enson. Oaklmul Commmtil)• C<>llese
Morilyn Molloy. O" r Úll~\· oftltc 1-<tl.e Uui•·ersit~· Teclmology Gary S. Sroudr. Uni1·enity <if flldialltl <>/
Ron Moorc. R.•-.rsnu Polyt<dmiettllmtifllte David Robbins. Tri11il)' College PemU.''I\'tmia
B:ub:lrn Moses. Boll"lill/1 Grre11 Smre Uuil"ersiry Li la F. Robens. Georgia Somhem Uni•·ersiry John A. Suvok. Memorial U11i1"Crsity of
Eric Murphy. U.S. Air Force Jlrtulemy David Rollins. Unil"ef'llil)' of Cemml Floritlu Nt!nfamullaml
Da•·id Nash. VI' Reuun·ll. Jluwfarts. Inc. Naomi Rose. J\lerce.r Cmmty Comuumit)' Col/e,.:e P. Nornyana Swamy. Somlrentii/Ífwis Uui,·ersily
Doug Nelson. Cmtml Oreyon Commnnit)' Sharon Ross. DeKalb College Rich:trd B.TI10tnpson. Tlte Uni1•ersity ofJlri~mKt
Col/ege David Rycbum. Simon Fraser Uui,·ersity Skip Thompson. Rtu/fonl Uni•·ersi~,.
Lawrence J. Newbeny. Glemlale College David Sandell. U.S. Coosr Grwnl AC(Idemy Jose r S. Torok. Rodtester lnstitule tifTedmology
Kylene Nonnan. Clark Stllle C"mmwtity College A\'in3Sh Sathaye. Unil'ersity ''f Kemucky \Villiam f. Tn.:nch. Trinit)' Uui, ,er:rity
Roxic Novàk. Rmlfonl Uuirersity Ned \V, Sc:hillow. úhifth Cmmty Conmumii,Y Wahcr \V. Tumcr. \Ve,ttem Alichi;;:au Uui,·en·it)·
Richard Nowakowski, Dt~lhmuie Unil-'ctrsily CtJIIt•ge Thornas Vandcn Eynden. 'flwmas ,l/ore Col/ege
SroHIC)' Ocken. City Col/ege-<:UNY Dennis Sthncidcr. K1wx Ct11/ege P~ul Vcscc. U11fn:rsit.'' ofA1i.J:;uuri- Kansas City
Ralph Okojie. Eli:Jthetlt Cit.r Swte Unilw.<ity George W. Schul!z. St. Petet-,/mrg J11nior College Rich:u·d C. Vilc. (J(Istem Michigan Unircrsity
A1111 Osrberg Dan Ser h~ Morehead Swte Uuiversity Dnvid Voss, \Vcrsrernllllnoi$ Unil·ersity
J udir h Palagallo. 7111' Uui•·e~:<ity o/Aknm Richa.rd B. Shad) Florida Cmmmmity Ronald Wagoncr. Califtmria Suue
Donald Passman. Uniw.tr.,·it)' oflVi.w:mr.du Colf<:ge-Jacksolll'ille UuI\ 'l' r,f lty - Fres110
David Paucrson. IIÍ'.<1 '/~.rus J\,Ç,\1 George Shapiro, Bmoklyn College Shirlcy Wnkin, Unil·crsity ufNcw flt ii'CII
\Valter M. Pattcrson. Lmuler Uni\·er~\'ÍI,\" Parashu R. Shanna, Grambling Stme Universi~· Jamcs E. Ward. Bowtl<~ill Cvllexc
Sleven E. Pav, 11/fnul Uuivel".<ft)' Michael D. Shaw. Florida l11stitute ofTeclmo/og.'· J~uncs \Varncr. Prc~âsiou Visuols
Edward Peirer. Ul.rter Cowuy Ctnnn11mity Colh•se Donald R. Sherbert. Univer.<ity of 11/inoi.< Pé1cr \V:tlcnnnn. Northem 1/Unoi.~· Uni,lel*$ity
Gary L. Pcrcrson. Jame.f A1mlison Un;w:rsily Howard Sherwood. Uni\~ersity {.i f Central Florhla EI'Ciyn Wcinsrock . Classboro Sltrte Co/lege
t.cfldos Pc(cv1s. Kitkwood Cmmmmiry C:ollt:8<' Mary Margarct Shoaf·Grubbs. Col/ege o f"''"" Brucc: R. W!!nnCI', Uui.-eniity of Missouri-Ktmsa.t,·
Rohen Phillips. UlliiW.fity ofSowlt Camlina 111 Ht>cltel/e Clf.\,
Aiken 8hagat Singh. Uni•·er•iryofiVisconsin Cewers Cundicc A. Wcs10n. Uni1w.~i1.1" of!..<>11'el/
Mark A. Pinsk)•. NorJlut<utem Uniw:r.\Íf." Ann Sitomer. Pottlwul Conmumit;r Col/ege Bmcc F. \Vhitc. úmder Uui\·en.·it,\'
Cmherine H. Pini . Nortlttru E.t.tex Commuu;ty Manha Sklar. U>s Ange/es City Col/ege Ncil WigiC)'. Uui•·ersityuf\Vimú·ór·
Col/ege Hcnry Smith. Southeasren1 Lôlti.timw Unit·erJity Tcd Wilcox. Rt11·11t'.<ter ln.ttitllle t~fTedmolog~·
ThornasW. Polaski . 1Vimhm11 Unil·er.<ity Jeanne Smith. Satldleback Community College Gaf)' L. Wood. A~"·'" Patiftt· Unin:rsity
Pall1tr Bemard Portz. Creighwn Uni,·ef'llity John L. Smilh~ Rancho Samiago Couummity Yihrcn Wu. //(lf.llm u,;,·er.<it.''
lrwin Pressman. Carletou Ulli\'ei'SÍt)' Col/ege Rich:lrd Yuskaiti~. l'recüio11 Vi.mab
Douglos Quinncy. Uni•·cr•it~· •1Keele \Volfe Snow, Brook(n1 Co/lege Michàel7.eidler. Milll"mtkee """' Teclmiml
David Randall. Oaklmul Comm11nity Co/l~>e lan Sparz. Brookfy11 College Cttlkge
8. David Roornan. Jr.. Delw College Jean Springer. Mo11111 Royal College Michacl L. Zwillin~. Mo11111 Union College
lnngard Redman. Delw Coflege
As seguintes pessoas leram vários estágios da oitava edição em busca de precisão matemática
e pedagógica e/ou ajudaram na tarefa criticamente importante de preparar as respostas dos
' .
exerc!C!OS:
Volume I
capítulo um FUNÇÕES 1
1.1 Funções .................................................................................................................. 1
1.2 Gráficos de Funções Utilizando Calculadoras e Recursos Computacionais 16
1.3 Funções Novas a Partir de Antigas ....... .... .... .... .. .... .. .... ...... ............................. 27
1.4 Famílias de Funções ............................... ........ ...... .... .. .... .. ...... ...... ..................... 40
1.5 Funções Inversas; Funções Trigonométricas Inversas................................... 51
1.6 Funções Exponenciais e Logarítmicas ...... ...................................................... 65
1.7 Modelos Matemáticos .. .. ... . ... .. . .. .. ... .. . ... . .. ... . ... . .. .. .. .. .. .. .. .. .. ... . .. .. .. .. . .. ... .. . ... .. . ... . . 76
1.8 Equações Paramétricas .. .. .. .. .. .. .. .. .. ... ................. .... . .. .. .... ..... .. .. ..... .. .. .. .. ....... ..... 86
Volume 11
MODELAGEM MATEMÁTICA COM EQUAÇÕES
capítulo nove DIFERENCIAIS 582
9.1 Equações Diferenciais de Primeira Ordem e Aplicações ............................... 582
9.2 Campos de Direções; Método de Euler ............................................................ 596
9.3 Modelando com Equações Diferenciais de Primeira Ordem .......................... 603
9.4 Equações Diferenciais Lineares Homogêneas de Segunda Ordem;
a Mola Vibrante ................................................................................................... 612
ÍNDICE 1-1
,..,
FUNÇOES
Esta jóia do pensamenlo m dos temas mais important&& do Cálculo é a análise das relações entre quantidades
m(llemálico moderno, a físicas ou matemáticas. Tais relações podem ser descritas em termos de gráficos,
noçlio de flmçlio. fórmulas, dados numéricos ou palavras. Neste capitulo, desenvolveremos o conceito
de "função", que é a idéia básica subjacente a quase todas as relações matemáticas e físicas,
- Th om11S J. McCormuck
não importando como são expressas. Estudaremos as propriedades de algumas das funções
E11safs1a e
maia básicas que ocorrem no Cálculo, incluindo as funções polinomiais, trigonométricas,
Tradwor Ci emfjico
trigonométricas inversas, exponenciais e logarítmicas. Para os leitores que gostariam de
estudar as aplicações mais a fundo, fornecemoa uma seção opcional que Introduz o uso de
curvas de regr&Ssão para modelar dados do mundo real. Concluímos o capítulo com uma
discussão de curvas do plano que são melhor descritas utilizando um par de funções. (Esse
material relativo a " curvas paramétricas" pode ser adiado até mala Ilude, se for conveniente.)
- -
O desenvolvimento do Cálculo 110s séculos XVII e XV/li foi motivado pela necessidade de entender fenômenos físicos como
Foto:
as marés, as fases da Lua, a 11atureza da luz e a gravidade.
1 .1 FUNÇÕES
Nesta seção definiremos e desenvolveremos o conceito de "função", que é o objeto matemático
bâsico utilizado por cientistas e matemáticos para descrever relações entre quantidades
variáveis. As funções desempenham um papel central no Cálculo e em suas aplicações.
1.1.1 OHINlÇÃO Se uma variável y depende de uma variável x de tal modo que cada
valor de x determina exatamente um valor de y, então dizemos que y é uma ju11ção de x.
Ta bela 1.1.1 O método de representação muitas vezes depende de como surgiu a função. Por exemplo:
VELOCII)AOES DE QUALIFICAÇÃO
NAS 500 MILHAS OE INDIANÁPOLIS • A Tabela 1.1.1 mostra a velocidade de qualificação S para a pole na corrida de 500
VliUX.11)111>E S milhas de lndianápolis como uma função do ano r. Há exalamente um valor de S para
.r\N'O I
(mithaslhom) cada valor de r.
1987 215.390
• AFigura l. l. l é um registro gráfico de um Jerremoto feito por um sismógrafo. O grá-
t988 2t9.t98
fico descreve a deflexào D da agulha do sismógrafo corno urna função do tempo T de-
t989 223.885
corrido desde o instante em que o abalo deixou o epicen tro do terremoto. Há exata-
1990 225.301
mente um valor de D para cada valor de T.
1991 224, 113
1992 232.482 • Algumas das mais conhecidas funções surgem de fórmulas; por exemplo, a fórmula
1993 223.967 C= 2 nr expressa o comprimento da circunferência C de um círculo como uma fun-
1994 228.011 ção do raio r do círculo. Há exatamente um valor de C para cada valor de r.
t995 23 1.604
• Algumas vezes, as funções são descritas em palavras. Por exemplo, a Lei da Gravi-
1996 233.100
1997 2 18,263
tação Universal de lsaac Newton é, freqüentemente, enunciada da seguinte forma: A
1998 223503
força gravitacional de atração entre dois corpos no Universo é diretamente propor-
1999 225.179 cion ai ao produto de suas massas e inversmnente proporcional ao quadrado da dis-
2000 223.47 1 tância entre eles. Esta é a descrição verbal da fórmul a:
200 1 226,037 F=Gm1m2
2002 23t ,:\42 r2
2003 231.725 na qual F é a força de atração, m1 e m.2 são as massas, r é a distância entre os corpos
2004 222.024 e G é uma constanre. Se as massas silo constan tes, então a descrição verbal define F
corno uma função de r. Há exatamente um valor de F para cada valor de r.
Tempo em minutos
O tO 20 30 40 50 60 70 80 T
Figura 1.1.1
-"'
125
g tOO
&. 15
::·J, • •
• •
• •••
• • •
entrada. Se a entrada for denotada por x, então a saída é denotada por f(x) (leia-se "f
de x").
50 • •• •
tO tS 20 25 30 Nessa definiç.ão, o termo tínica significa '·exatamente uma''. Assim, uma função não
Idade A !anos> pode produzir duas saídas diferentes com a mesma entrada. Por exemplo, a Figura 1.1.3
Figura 1.1.3 mostra um gráfico de dispersão de pesos versus idade para uma amostra aleatória de 100
Capítulo 1 I Funções 3
estudantes universitários. Esse gráfico de dispersão lll10 descreve o peso W corn o urna fun-
ção da idade A, pois há alguns valores de A com mais de um valor correspondente de W.
Isso é esperado, uma vez que duas pessoas com a mesma idade não têm, necessariamente,
o mesmo peso.
Leon hard F:uler (1707-1783) Euler foi, provavel- vezes) e acredita-se que muito de seu trabalho tenha sido per-
mente, o mais prolílico de todos os matemáticos. Foi dido. É particularmente espantoso que nos últimos 17 anos
dito que "Euler fazia matemática tão facilmente quan- de sua vida, quando mais produziu, estava cego! A memória
to a maioria dos homens respira". Ele nasceu em Ba- impecável de Euler era fenomenal. Mais cedo em sua vida,
se I, Sufça. e era filho de um ministro protestante, o memorizou a Eneida de Virgílio e, com 70 anos, era capaz
qua l, por sua vez, já estudara Matemática. O gênio de de recitar a obra inteira. Alérn disso, podia dar a primeira e
Euler se desenvo lveu cedo. Ele freqüentou a Uni versidade de a última sentença de cada pági na do livro memorizado. Sua
Basel c, aos 16 an os. obteve si multaneamente os títu los de habilidade em resolver problemas de cabeça era inacreditável.
Racharei em Artes e Mestre em Filosofia. Enquanto estava em El.e solucionava de cabeça grandes problemas do movimento
Base!, teve a sorte de ser orientado um dia por semana pelo lunar que frustravam lsaac Newton e, em certa ocasião, fez
notável matemático Johann 13ernoulli. Sob a pressão do pai, um complicado cálculo de cabeça para encerrar uma discus-
começou a estudar Teologia. Contudo, o fascínio pela Mate- são entre dois estudantes, cuj os cálculos diferiam na qüinqua-
mática era muito grande e. aos 18 anos. começou a pesquisar. gésima casa decimal.
Não obstante. a innuência do pai era muito fone e seus estu- A partir de 1-cibniz e Newton, os resultados em Mate-
dos teológicos persistüam, e assim por toda a vida Euler foi mática se desenvolveram rápida e desordenadamente. O gênio
profundamente religioso e simples. Em períodos diferentes. de Euler deu uma coerência à paisagem Matemática. Ele foi
lecionou na Academia de Ciências de São Petersburgo (Rús- o primeiro matemático a trazer toda a força do Cálculo para
sia), na Universidade de Base! c na Academia de Ciêncjas de resolver problemas da Física. Ele fez contribuições importan-
Berlim. A energia c a capacidade de trabalho de Euler eram tes a virtualmente todos os ramos da Matemática bem como à
praticamente ilimitadas. Seus trabalhos acumulados formam teoria da óptica. dos movimentos planetários, da eletricidade,
mais de 100 volumes in-quarto (folha de papel dobrada duas do magnetismo e da mecânica geral.
4 Cálculo
• GRÁFICOS DE FUNÇÕES
Se f for uma função de uma va ri ável real a valores reais, então o gráfico de f no plano
xy é definido como sendo o gráfico da equação y = f(x). Por exempl o, o gráfico da fun-
ção f(x)= x é o gráfico da equação y = x que aparece na Figura 1.1.4. Essa figura também
mostra os gráficos de algumas outras funções básicas, possivelmente conhecidos. Na
próxima seção, vamos discutir técnicas para a construção de gráficos de funções usando
computadores e calculadoras.
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. . . .
.... .... .... ....'
gráfico de y = ..(i na região em que - 4 : .... : .... : .... : .... ...................
.t <o. - x - li - 4 - 2 <J 2 4 6 s
Figura 1.1.4
Os gráficos podem fornecer informação vi sual importante sobre uma função. Por exemplo,
como o gráfico de uma função f no plano xy é o gráfico da equação y = j{x), os pontos do gráfico
.1' são da forma (x,j(x)), ou seja, tt coordenttda y de 11111 ponto do gráfico de f é o valor de f na co-
ordenada x correspondente (Figura 1.1.5). Os valores de x para os quais.ft:x) = Osão as coorde-
nadas x dos pontos nos quais o gráfico def intersecta o eixo x (Figura I. J .6). Esses val ores são
(x.f(x)) denominados zeros def, raízes dej{x) =O ou pontos de corte de y = j(x) com o eixox.
f(x)
.1' = f(x)
,T
• O TESTE DA RETA VERTICAL
Nem toda curva no plano xy é o gráfico de uma função. Por exemplo, considere a curva oa
Figura 1.1.5 A coordenada y de um
Figura 1.1.7, que é cortada em dois pontos distintos (a, b) e (a, c) por uma reta vertical. Essa
=
ponto no gráfico de y j(x) é o ,'3Jor
curva não pode ser o gráfico de y = f(x). qualquer que seja a função/; pois senão teríamos
def na coordenada x com.--spondcntc.
f(a)=b e f(a)= c
Capítulo 1 I Funções 5
\'
o que é impossível, uma vez que f não pode atribuir dois valores diferentes para a. Assim,
não existe uma f unção f cujo gráfico seja a curva dada. Isso ilustra o seguinte resultado geral,
denominado teste da reta vertical.
1.1.3 TE.'iTE DA IU."TA \ 'ERTICAL Uma curva 110 plano ,\)' é o gr6fico de algumaftmção
f se e someme se nenhuma reta ve11ical i11tersecta a ctuva mais de uma ve::.
Figura 1.1.6 j 1cm zeros em x,. O.
xl e .r~.
~ Exemplo 3 O gráfico da equação
2 ,
y X + y· = 25 ( I)
45 um círculo de raio 5, centrado na origem, c assim existem retas verticais que cortam o grá-
fi co mais de uma vez. Isso também pode ser visto algebricamente resolvendo (3) para y em
termos de x :
(a. c)
y = ±}25 - x 2
(ti. 11)
Essa equação não define y como uma função de x, pois o lado direito tem " valores múltiplos"
.< no sentido de que um valor de x no intervalo (- 5, 5) produz dois valores correspondentes de
«
y. Por exemplo, se x = 4, então y = ± 3, assim (4, 3) e (4, -3) são dois pontos do círculo na
Figura 1.1.7 Esta curva não pode
mesma reta verLical (Figura 1.1.8). Entretanto, se considerarmos o círculo como a união dos
ser o gráfico de uma funçiio.
dois semicírcul os:
y = J 25 - x 2 e y = - }25 - x2
Veja no Apêndice G da inlernel uma
revisão sobre circulos. cada um dos quais define y como uma função de x (Figura 1. 1.9). ..,.
6 6 y = -~25 - x 2
-6 -6 6
-6 -6 -6
l' igura 1.1.8 Figura l.l.9 A uniào dos scmicfrculos é o cfrculo completo.
x ;::; O
lxl = { x,
-X , x <O
Símbolos lais como +x e - x são enga·
nosos, uma vez que é 1en1ador con·
O efeito de considerar o valor absoluto de um número é tirar fora o sinal menos, se o número
cluir ser +.r positÍVO e -.,. negalivo. Po·
rém, isso não precisa ser assim. pois for negativo, ou deixá-lo como está, se for não-negativo. Assim,
x pode ser positivo ou negativo. Por
exemplo. se x for negativo. digamos .< 151 = 5, 1- ~ 1=~. 101= 0
= =
-3. então -.r = 3 é positivo e +.r -3
é negativo. Uma discusão mais detalhada das propriedades de valor absoluto é dada no Apêndice
E da internet. Porém, por conveniência, vamos dar o resumo a seguir de suas propriedades
algébricas.
6 Cálculo
(b) jabl = la llbl O ,-aJorabsolutodc um produto é igual oo produto dos "olores absolut~.
Y I' = 1-<1
5 ····;···· .... .•.. .•.. . .••.. ····:····:···
4 • • •• • • •• • • ••• • •• • ••• • • ..........! "..... ·:
O gráfico da função f (x) = lxl pode ser obtido represen tando separadamente as duas
partes da equação
3
2 ....:.... :.... ...................
.:.....:....: .
: : : : . . . . X, x:::,O
1 •• •• : ••••: .... : .... .........: .... ; .... : .. ··:
. . . . .,.\' y=
o .' .. .. ..' .. .. .. .. .. .'
{ -X , X< 0
o • • • •
Para x>O, o gráfico de y = x é o raio de inclinação I com seu ponto final na origem e, para
_.,-.: .... : .... : .... : ....:....... :....: ....: ....: .... :
x <O, o gráfico de y = -x é o raio de inclinação - I também com seu ponto final na origem.
- 3 :....:' .... :' .....:.....:.... ...:......:.....:.....:.....:
:: :: : : : :: :
~
Combinando as duas partes, obtemos o gráfico em forma de V da Figura I. 1. 1O.
Figura 1.1.1O Valores absolutos guardam relações importantes com rafzes quadradas. Para ver isso,
lembre-se de que, pela Álgebra, todo número real positivo x tem duas raízes quadradas, uma
positiva c a outra negativa. Por definição, o símbolo JX denota a rai z quadrada positiva de
x. Para denotar a raiz quadrada negativa, precisamos escrever - ./X. Por exempl o, a raiz qua-
drada positiva de 9 é ./9 = 3, enquanto a raiz quadrada negativa é - ../9 = -3. (Não cometa
o erro de escrever ./9 = ±3.)
Ao simplificar as expressões da forma .JXf é necessário cuidado, pois nem sempre é
verdade que .J7i = x. Essa equação é correta se x for não-negativo, porém falsa para x nega-
Livo. Por exemplo, se x = -4, então
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
.J7i = J(-4)2 = Ji6 = 4 :f: X
Uma afim1ação que é correta para todos os valores reais de x é
Verifrque (2) usando uma calculadora
gráfica para mostrar que as equações
(2)
y = .fXi e y = l.rl têm o mesmo
gráfico.
.,.. Exempl o 4 Esboce o gnHico da função definida por partes pela fórmula
O, X !: - I
f(x)= .J1 - x 2 , - l < x <
X, x:::, l
Na Figura 1.1. 11, no ponto de mudança x; 1, a bola sólida está na reta enquanto a bola vazia está no se·
micírculo, enfatizando que o ponto está na reta e não no semiclrculo. Não há ambigOidade no ponto x ; -1 ,
pois as duas partes do gráfico juntam-se continuamente ar.
~ Exemplo 5 Aumentando a velocidade na qual o ar passa sobre a pele de uma pessoa, au-
menta também a taxa de evaporação da umidade da pele, produzindo uma sensação de resfria-
mento. (Por isso utilizamos ventiladores no verão.) O í11dice de se11sação térmica em um dado
instante (definido pelo Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA) é a temperatura em graus
Fahrenheit a uma velocidade de vento de 3 milhas por hora que produziria a mesma sensação de
resfriamento sobre a pele exposta que a combinação de temperatura do ar e velocidade do vento
no dado instante. Uma fórmula empírica, isto é, !lascada em dados experimentais, para o índice
de sensação térmica W a 32°F com uma velocidade do vento de v milhas por hora é
--,..
u.
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35
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J()
25
...-E 2015
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5
o
o 5 I 0 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75
Velocidade v (milhas/h)
• DOMÍNIO E IMAGEM
Se x e y estão relacionados pela equação y = j(x), então o conjunto de todas as entradas permi-
tidas (os valores de x) é denominado domínio def, e o conjunto de todas as saídas (os valores
de y) que resultam quando xvaria sobre o domínio é denominado imagem def Por exemplo,
se fé a função definida pela tabela no Exemplo I , então o domínio é o conjunto {O, I, 2, 3} e
a imagem é o conjunto {3, 4, -1, 6} .
•
As vezes, considerações físicas ou geoméJricas impõem restrições sobre as entradas
permissíveis de uma função. Por exemplo, se y denota a área de um quadrado de lado x, en-
tão essas variáveis estrio relacionadas pela equação y = x2• Embora essa equação produza um
único valor de y para cada número real x, o fato de que os comprimentos devem ser números
não-negativos impõe a exigência que x ~O.
Poder·se·ia argumentar que um qua· Quando uma função está delinida por uma fórmu la matemática, a fórmula em si pode
drado físico não pode ter um tado de
comprimento nulo. Contudo. multas im1xw l.'eSJrições sobre as entmdas permissíveis. Por exemplo, se y = llx, então x =O não é uma
vezes é matematicamente conve· entrada válida, pois divisão por zero não está definida, c se y = ..(X, então valores negativos de
niente permitir comprimentos Iguais a x não são entradas válidas, pois produzem valores imaginários de y c havíamos concordado em
zero. e assim o faremos neste texto. considerar somente funções reais de variável real. Em geral, temos a seguinte definição.
1.1.5 uEFtNJÇ,\0 Se uma função de variável real a valores reais for definida por uma
fórmula e se não houver um domínio explicitado, então deve ser entendido que o domínio
consiste em todos os números reais para os quais a fórmula dê lugar a um valor real. Isso
é denominado domínio natural da função.
8 Cálculo
,.
O domínio e a imagem de uma funçãof podem ser identificados projetando o gráfico de
y = f(x) sobre os eixos coordenados, como mos1ra a Figura I. 1.13.
Solução (b) A função f tem valores reais para todo x real , exceto x = I ex= 3, onde ocor-
rem divisões por zero. Dessa forma, o domínio nawral ~
(x : X :f= I e x :f= 3) = ( -oo, I ) U ( I , 3) U (3. +«>)
Solução (c) Uma vez que f(x) = tg x = sen x I cos x, a função f tem valores reais exceto
onde cos x =O, e isso ocorre quando x for um múllipl o inteiro ímpar de n/2. Assim, o domínio
natural consiste enüodos os números reais, ex ceio
Veja no Apêndice A uma revisão so-
bre trigonometria.
)' = xl
Solução (d) A função f tem valores reai s, exceto quando a expressão dentro do radical for
negativa. Assim, o domínio natural consiste em todos os números reais x tais que
x 2 - 5x + 6 = (x - 3)(x - 2) ::: O
X Essa desigualdade é satisfei1a se x < 2 ou x > 3 (verifique), de modo que o domínio natural
de fé
( -:x:. 2] U [3. +x) ~
,\'
Como o lado direiJO de (4) tem um valor de/(2) = 4, mas./{2) não está definido em (3),
vemos que a simplificação algébrica alterou a função. Geometricamente, o gráfico de (4) é
a reta da Figura 1.1.15a, enquanto o gráfico de (3) é a mesma reta, mas com um buraco em
x = 2, já que a função não está definida nesse ponto (Figura 1. 1. 15b). Resumindo, o efeito
geométrico do cancelamemo algébrico foi eliminar um buraco do gráfico original. ~
I 2 3 ~ 5
As alterações no domínio de uma função que resultam de simplificações algébricas são,
(n) às vezes, irrel evantes para o problema que es1amos lratando, podendo ser ignoradas. Contu-
,. do, se o domínio deve ser preservado, devemos impor cxplicilamente as restrições sobre a
6 função simplificada. Por exemplo, se quisermos preservar o domínio da função no Exemplo
7, devemos expressar a forma simpli ficada da função como
f(x) = X + 2, X ;é 2
X
I 2 l 4 ~
.,.. Exemplo 8 Enconlre o domínio e a imagem de
(b) (a) f(x) = 2 + .Jx- I (h) f(x) = (x + 1)/(x- I)
Figura 1.1.15
Solução (a) Como nenhum domínio foi explicitado, o domínio de f é o domínio na-
tural [I,+ oo). À medida que x varia sobre o intervalo [ I,+ N ), o valor de .Jx - l varia
•\' +
sobre o intervalo [0, + oo); assim, o valor de f(x) = 2 .Jx - I varia sobre o intervalo
y = 2+{.;:1 (2, + oo), que é a imagem de f. O domínio e a imagem es1ão destacados nos eixos x e y
5
4 da Figura 1.1.16.
3
2
Solução (b) A função f dada está definida para lodos os x reai s, exce1o x = 1; assim, o do-
X mínio natural de f é
I 2 3 4 S 6 7 X 9 10
{x : x ;é I} = ( -~. I) U ( I ,+~)
Figura 1.1.16
Para dCJerminar a imagem, é conveniente introduzir uma variável dependente
y x+l
X+ I )'= (5)
5
y ::
x- J
x- I
4
Embora o conjunto de valores possíveis de y não seja imediatamente evidente dessa equação,
3
o gráfico de (5), que aparece na Figura I . I .I7, sugere que a imagem de f consiste em todos y,
2
exceto o~ y reais= I . Para ver i sso, vamos resolver (5) para x em JCrmos de y:
I
T---------· X
- 3 -2 - I
- I
2 3 ~ s 6 (x- l)y = X+ I
-2 xy- y = x + I
xy- X= y +I
F igura l.l .J 7 x(y- I) = y +I
y+ I
X = ;.._---:-
y- 1
Agora fica evidente pelo segundo membro da equação que y = I não eslá na imagem; caso
conlrário, teríamos uma divisão por zero. Nenhum oulro valor de y é excluído por essa equa-
ção; dessa forma, a imagem da função .f é {y : y ;é I) = ( - oo, I ) U (I. +o:)., que está de
acordo com o resultado obtido graficamente. ~
.,. Exemplo 9 Uma caixinha aberta é feita de pedaços de papelão com 16 por 30 em, cor-
tando fora quadrados do mesmo tamanho dos quatro cantos c dobrando para cima os lados
(Figura l.l.l8a).
(a) Seja V o volume da caixa que resulta quando os quadrados tiverem lados de compri-
mento x. Detennine uma fórmula para V como uma função de x.
(b) Encontre o domínio de V.
Solução (a) Conforme mosu·a a Figura 1. 1.18b, a caixa resultante tem dimensões 16 - 2r
por 30- 2x por x, logo o volume V(x) é dado por
Solução (c) A partir do gráfico de V versus x na Figura 1. 1.18c, estimamos que os valores
de V na imaQem sati sfazem
~
Solução (d) O gráfico nos mostra que a caixa com vol ume máximo ocorre para um valor
3
de x entre 3 e 4 em e que o vo lume máximo é de aproximadamente 725 cm . Além disso, o
volume decresce em direção a zero quando x se aproxima de Oou 8. ~
-
r xt---------- ·:x
16cm I I
- 2x
~
E
~
.~
..::.::!
800
700
!\()()
SO(l
l ~~------------~
"O 400
300
X X ~ 200
-, 30cm I l- - - 30 - 2x---> ~" 100
ll I 2 l 4 5 6 7 I 9
Lado .< do quadrado cortado (em)
(b) (c)
Figura 1.1.18
Nas aplicações que envolvem tempo, as fórmulas para as funções são, freqüentemente,
expressas emtennos de uma variável t, cujo valor inicial é considerado como sendo t =O.
'
.,. Exemplo 10 As 8h05min da manhã, um carro é detectado a urna velocidade de 30 m/s
por um radar que está posicionado no acostamento de uma estrada reta. Supondo que o carro
mantenha uma velocidade constante entre 8h05min c 8h06rnin da manhã, determine uma fun-
ção D(t) que expresse a distância percorrida pelo carro durante esse intervalo de tempo, como
uma função do tempo t.
Capítulo 1 I Funções 11
Rastreamento pelo radar Solução Seria incômodo usar como variável to tempo em horas; assim, vamos medir o
- 1800
S ISO() tempo decorrido em segundos, começando com r= Oàs 8h05min c terminando com 1 = 60 às
~ 1200 1-~--< 8h06min. Em cada instante, a distância percorrida (em metros)<! igual à velocidade do carro
-~ 900
c
~ 600 (em metros por segundo) multiplicada pelo tempo decorrido (em segundos). Então,
~
õ 300
D(t)=30t. O < t ::; 60
~'--'--'---'L....JL-J
o
10 20 30 40 50 60
SbOSmin Tempo t (S) 8h06min O gráfico de D versus 1 está na Figura 1.1.19. <111
Figura 1.1.19
• QUESTÕES DE ESCALAS E DE UNIDADES
Em problemas geomélricos nos quais desejamos preservar a ''verdadeira'' forma de um grá-
fico, é necessário usar unidades de igual comprimento em ambos os eixos. Por exemplo, fa-
.v zendo o gráfico de um círculo em um sistema de coordenadas em que a unidade no eixo dos
y é menor do que a unjdade no eixo dos x, o círculo será achatado verticalmente, resultando
em uma el ipse (Figura 1.1.20) . Também devemos usar unidades iguais quando aplicamos a
fórmula da distância:
O círculo está achatado porque 1
unidade no eixo ,v é menor do que
d = J<xz- x 1)2 + (yz - )'1) 2
1 unidade no eixo x. para calcular a distância entre os pontos (x 1, y 1) e (x2, y 2) no plano xy.
Porém, há situações nas quais é inconvenien te ou impossível apresentar um gráfico
Figura 1.1.20 usando unidades de igual comprimento. Por exemplo, consideremos a equação
y= x2
Se quisermos mostrar a parte do gráfico no intervalo -3 Sx $3, então não há problemas em usar
unidades iguais, pois y varia somente entre O e 9 naquele intervalo. Entretant.o, se quisermos
mostrar a parte do gráfico sobre o intervalo -I O$ x $ 10, então ocon·e um problema em manter
unidades de igual comprimento, uma vez que os valores de y variam entre Oe I 00. Nesse caso,
Nas aplicações em que as variáveis
a única maneim razoável de mostrar todo o gráfico sobre o intervalo -lO < x < I Oé comprimir
sobre os dois eixos têm unidades
não-relacionadas (p.ex.. centímetros a unidade de comprimento ao longo do eixo y, conforme ilus!f'ado na Figura 1.1.21.
sobre o eixo y e segundos sobre o
eixo >), então nada se obtém reque-
rendo que as unidades tenham igual A. ." )'
comprimento; escolha os comprimen-
9
tos que tornem o gráfico tão claro 100
quanto possível.
8
7
X(l
6
5 C\(1
40
- 3 -2 - 1 I 2 3 - 10 - 5 5 iO
Figura 1.1.21
(b) Se o eixo y é perpendicular à letra I. quais das letras repre- SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
scmam o gráfico de y = j(x) para alguma função f?
MÁXIMA ,-
- :l 21 15 19 23
3. Use o gráfico de y = j(x) em anexo para completar cada item. MÍNIMA 16 18 14 15 16
(a) O domínio de fé _ _ __
(b) A imagem de/é _ _ __ (a) Suponha que x e y denotem. respectivamente. as previsões
de temperaturas máxima c mínima para cada um dos cinco
(c) j(-3)= _ __
dias. Será y uma função de ,r'! Se for. dê o domínio c a ima-
(d>JW=--- gem dessa função.
<e> As soluçõcsdcj(x)=-~ sãox= _ _ __ e (b) Suponha que x c y denotem. respectivamente, as previ sões
x= _ _ __
de temperaturas mínima c máxima para cada um dos cinco
,1' dias. Será y uma função de x? Se for. dê o domínio e a ima-
gem dessa função.
I. Use o gráfico abai xo para responder as seguintes questões. fa- 3. Em cada parte da figura abaixo. determine se o gráfico define y
zendo aproximações razoáveis onde for necessário. como urna função de x.
(a) Para quais valores de x vale y = I?
(b) Pam quais valores de x vale y = 3? \' )'
(c) Para quais valores de y valcx = 3?
(d) Para quais valores de x vale y <O?
;r X
(c) Quais são os valores máximo c mínimo de y e em quais
val ores de x eles ocorrem?
·"
(a) (b)
2 . . . . ... . . . .. . ........ .... ... )"
I .. . .. . . . .... . . . . . .. . .. . .•
.r
- I . . .. ......... ..
ENFOCANDO CONCEITOS (b) Quando a renda média mingiu seu valor míni mo e qual
foi a renda rn6dia quando isso ocon-cu'!
5. Use o gráfico do consumo de cigarros na figura abai xo para
responder as seguintes questões. fazendo aproximações ra· (c) A renda média estava diminuindo durante os dois anos
zoávcis onde for necessário. do período entre 1999 e 2001. Ela estava diminui ndo
mais rapidamente durante o primeiro ou o segundo ano
(a) Quando o consumo anual de cigarros atingiu 3 mil por daquele período? Explique seu raciocínio.
adulto pela primeira ve-t.?
(b) Quando o consumo anual de cigarros por adulto atingiu
Renda Familiar Média nos EUA em
seu ponto m:1is alto c qual seu valor '! Milhares de Dólares Constantes de 200 1
(c) A panir do gráfico. podt:·se saber quantos cigarros foram
consu midos em um dado ano"! Se não. quais i nfom1ações
adicionais você precisaria para fazer essa detem1inação?
(d) Quais os fa10rcs provávei s do aumento do consumo
anual de cigarros por adulto?
(c) Quais os fatores prováveis do declínio no consumo
anunl de cigarros por adulto?
I
4.000 8. Use o gráfico da renda média do Exercício 7 para respon-
e 3.ooo ! r
Relatórios
~ma raçllo
der as segui ntes questões. fazendo aproximações razoáveis
onde for necessdrio.
(a) Qual foi o crescimento anual médio da renda média cn·
.~
<.>
Grande iniciais Não·lumantes
depressão vinculando começam a tre 1993 c 1999?
2.000 o cógarro ao exigir direijos
f! câncer
Primeiro relatório
AdVertências
(b) A renda média cresceu durante o período de seis anos
cmre 1993 c 1999. A renda média cresceu mais rapida-
do Depanamento alternadas
t.OOO
deSaúde nosmaços
memc durante os três primeiros anos ou durante os últi-
o~~~~~~~~~~~~~~~~~ mos três anos desse período? Explique seu raciocínio.
1925 19301935 I'NO I'NS t9SO 19SS t960 19651970 197S 19501985 2000
(c) Considere a alim1ação: ·'Depois de anos de declínio. a
Fonte: U.S. Dcf}'lnmcnt of ~lcahh and Human Serviccs.
renda média deste ano foi finalmente maior do que a do
Figura Ex-5 ano passado··. Em que ano essa afirmação estaria correta?
~'
zoáveis onde for necessário. x >3
(a) Quando o consumo anual de cigarros caiu para 3 mi l (a) f (x) = 3x2 -2 (b) f(x) = (
por adulto? 2r . X < 3
(h) Entre o ano do primeiro rdatório do Departamento de 10. Encontreg(3),g(- l). g(JT).g(- l , l) e g(t 2 - l ).
Satíde c o ano de 1970, quando foi atingido o mínimo
do consumo anual de cigarros por adulto? (a) g (x) =
x +l (b) g(x) = { v"x+ l , x > l
X - I 3. X < 1
(c) O que foi mai or. a wxa de crescimento do consumo per
capiw de cigarros durante a Segunda Guerra ou a taxa
de crescimento entre o lim da Segunda Guerra e o co· 11 -14 Determine o domínio natural da função algebdcameme e
meço da Guerra da Coréia? confirme seu resultado com o gráfico produ7-ido por seus recursos
(d) Há i ndícios de que o consumo per catJita de cigarros vá de fazer gráficos. !Nota: Ajuste seu recurso gráfico para radianos
acabar caindo aos nlveis anteriores da Segunda Guerra? quando se tratar de fu nções trigonométricas.!
r
das fracas. De repente é atingido por uma onda grande e X X
afunda. Esboce um gráfico aproximado da altu ra do bote x: ----------- 1.\'
acima do fundo do mar como uma função do tempo.
18. U m copo com café quente está sobre a mesa. Você despeja
8clm i
I
i
I
leite frio nele e espera por uma hora. Esboce um gráfico
X
------------ X
X X
aproximado da temperatura do café como uma função do I 15cm
tempo.
2
19. Use a equação y = x - 6x + 8 pam responder as questões.
(a) Para quais valores dex vale y =O?
Figura Ex-25
(b) Para quais valores de x vale y =-l O?
(c) Para quais valores de x vale y ~ O? 8 26. Repita o Exercício 25 supondo que a ca ixa seja construída ela
(d) ·terá y um valor mínimo? Um valor máximo? Se assim for. mesma maneira a partir de uma folha quadrada de metal com
determine-os. 6 em de lado.
Capítulo 1 I Funções 15
8 27. Uma finna de construções acrescentou uma área retangular de seguir. O campo de futebol tem 108 metros de comprimento
mil metros quadrados à sua sede. Três lados da área estão cer- (incluindo as zonas finais) por 48 metros de largum. A pista
cados. O lado da sede que é adjacente à área mede I00 me- consta de duas retas c dois semicírculos.
tros e uma parte desse lado é utilizada como o quarto lado da (a) M ostre que é possível construir a pi sw de um quano de
área acrescentada. Sejam x e y !lS dimensões da área retangular, mi lha em torno do campo de futebol . [Sugesuio: Encontre
onde x é medido paralelamente à sede. e L o comprimento da a menor pista que pode ser construída em tomo do campo
cerca necessária para essas dimensões. de futebol.)
(a) E ncontre uma fórmula para L em rermos de x c y. (h) Seja L o comprimento de uma das pa11cs retas (em metros)
(b) Encomre uma fórmula que expresse D somente em termos c x uma distfUlcia (em metros) emre a lateral do campo e a
de .r. pane reta da pista. Faça um gráfico de L l'ersus x.
(c) Qual é o domínio da função em (b)? (c) Use o gráfico para estimar o valor de x que produz a parte
(d) Esboce o gráfico da função em (b) c estime as dimensões reta mais curta e então ache exatamente esse valor.
da área retangular que minimizem a quantidade de cerca (d) Use o gráfico para estimar o comprimento da maior parte
necessária. reta possível c encontre exatamente esse comprimento.
+
foguete.
(a) Expresse a altura x como urna função do ângu l o de ele-
vação.
u •
I" • 11· )''( 111 ,111
108m
I~ ~ . l] I"!
'
I
I
l
(b) Determine o domínio da função em (a).
Figura ~!x-30
(c) Gere o gráfico da função em (a) c use-o para estimar a
altura do foguete. quando seu ângulo de elevação for rr/4
""' 0.7854 radianos. Compare essa estimati va com a altura 31..:32 (i) Explique por que a função f tem um ou mais buracos
exata. [SugesUio: Numa calculadora gráfica. use as carac- em seu gráfico e estabeleça os valores de x nos quai s esses buracos
terísticas trace e zoom. que são úteis. I ocorrem. (i i) Determine uma função g cujo gráfico seja idêntico ao
de f, mas sem buracos.
2
Foguete
Jl. f(x) = (x + 2)(x - I) x2 + lx l
32. f (x) = ---:--:'---'-
(x + 2)(x - l) 1xl
ser fabricada. (Sugestão: Expresse o custo C em termos onde T é a tcml)eratura crn • F. v é a velocidade do vento em
de r.] milhas por hora e WCT é a temperatura equivalente em °F. En-
contre o índice de sensação 1érmica até o grau mais próximo se
(b) Suponha que a tampa e a base de l"'dio r sào tiradas de fo-
T=25°Fe
lhas quadradas. cujos lados têm comprimento 2r. e os reta-
(a) t1 = 3 milhas/hora (b) v = 15 milhas/hora
lhos são descartados. Levando em conta o custo das folhas
(c) v= 46 milhas/hora
quadmclas. você esperaria que o custo da lata de menor
custo seja maior ou menor do que em (a)? Expl ique. Fonte: Adnpl:tdo de UMAP Module 6.58. \Vimlcili/1. de W. Bosch e L.
Coob. COMAP. i\rlington. MA.
(c) Estime o raio, a altura c o custo da luta em (b) c determine
se sua conjectura estava certa. 34-36 Use o fórmu la para o índice. de sensação térmica descrita
no Exercício 33.
8 JO. U m construtor de dependências esporti vas quer colocar uma
pista ele corrida de um quarto de milha - ~96 metros - em tor- 34. Encontre a temperatura do ar até o grau mais próximo se o W CT
no de um campo de futebol americano. conforme a figura a
for de -60"F e a velocidade do vento for de 48 milhas/h.
16 Cálculo
35. Encontre a temperatura do ar até o grau mais próximo se o wcr 36. Encontre a velocidade do vento até a milha por hora mais próxima
for de -I O"F c a velocidade do vento for de 48 milhasfh. se o wcr for de S"F com uma tcrnpcnnum do ar de 20"E
1. (a)[-1.+00) (b)6 (c)ltl+4 (d)S (c)[4. +00) 2. (a) M (b) l 3. (a)(-<X>.3] (b) (-2.2( (c)-1 (d) I (c)-~ :
4. (a) sim: domínio: jl5. 19. 21. 23. 25}: imagem: { 14. 15. 16. 18 }(b) não 5. (a) c= 2/ (b) A = à2 (c) I = .../Afi.
4 4
3
2 y 2 f
l
\ j
-3 -2
\. - I
~
3 ·3 -2 -1
-2 "-. ,;
-3l
-4 ·4
Gerado pelo M(llhematico Gerado pelo Mfltlle Gerado flOr co/cu/adoro
Figum 1.2.1
• Mwhemmi('a é um produro da Wotfram Reseateh. Inc.; Mtíplt é um produ10 d.1 Waterloo M:tple Software. Inc.: e Deri'·~ é um
prodUIO <1.1 Sofl Warebouse. loc.
Capítulo 1 I Funções 17
os gráficos da função f(x) = x• - x 3 - 2x2 produzidos com vários recursos gráficos; os dois
primeiros foram gerados com os programas Mathematica e Maple, c o terceiro com uma
calculadora gráfica. As calculadoras gráficas produzem gráficos mais grosseiros do que a
maioria dos programas de computador, mas têm a vantagem de ser compactas e portáteis.
• JANELAS DE INSPEÇÃO
( ll, d ) (IJ. d ) Os recursos gráficos podem mostrar somente uma pane do plano xy em sua tela; assim, o pri·
meiro passo ao fazer o gráfico de uma equação é determinar qual região retangular do plano
T
I<·. c/[
xy desejamos ver exposta. Essa região é denominadajane/a de i11speção (ou retângulo de i11s·
peção). Por exemplo, na Figura 1.2.1, a janela de inspeção estende-se sobre o intervalo [-3, 3]
na direção x e (- 4, 4) na direção y. Assim, dizemos que a janela de inspeção é [- 3, 3] x [- 4, 4)
(a, c) (1>. c)
1 (leia ·'[-3, 3) por [- 4, 4]"). Em geral, se a janela de inspeção for [a, b] x [c, d), então ela se es-
tende entre x =a ex= b na direção x e entre y =c c y = d na direção y. Dizemos que [a, b] é o
intervalo x da janela e que (c, d) é o intervalo y da janela (Figura 1.2.2).
I [<l, b) ·I Recursos gráficos diferentes denotam as janelas de inspeção de formas distintas. Por
I A janela [n. b] x [c. til
I exemplo, os dois primeiros gráficos na Figura 1.2. 1 foram produzidos pelos comandos
lligura 1.2.2 Plot [xA4- x"3 -2*x"2, {x, -3 , 3L PlotRange -> {-4, 4}]
(Mathematica)
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
plot (xA4- xA3 -2 *xA 2, x = -3 .. 3, y = -4 .. 4);
(Maple)
Use seu próprio recurso computaclo·
naI para gerar o grálico da funçAo e o último gráfico foi produzido em uma calculadora gráfica, pressionando a tecla GRAPH,
depois dando os seguintes valores às variáveis que determinam os intervalos x e y:
Jt.•)=.l'' - ..:'- 2.?-
na janela 1- 3. 31 x f-4, ~]. xMin =-3, xMax =3, yMin =-4, yMax = 4
. 'I : . sinais sobre as escalas nas direções x e y, respecti vamente. Por exemplo, na terceira parte da
. . .
'
'
. .
\: ~,/
. . Figura 1.2.1, a janela e os sinais sobre as escalas foram especificados pelos ajustes
xMin =-3 xMax =3
.
.
. .
'
.
\ ........,/. '
.
. yMin =-4 yMax =4
. . . . xScl = I yScl = I
Gt•md(J fH>r i'fllt:ullUloru ~rdfica
A maioria dos recursos gráficos permite variações na disposição e na localização desses si·
Figura 1.2.3 nais. Por exemplo, a Figura 1.2.3 mostra duas variações dos gráficos da Figura 1.2.1; a pri·
meira foi gerada em um computador usando uma opção de colocar sinais e números sobre os
lados da janela, e a segunda foi gerada em uma calculadora usando uma opção de desenhar
uma grade de retas simulando papel gráfico.
18 Cálculo
.,. Exemplo 1 A Figura L.2.4 mostra a janela l-5, 5J x [-5, 5] com os sinais sobre a escala
espaçados em 0,5 unidade na direção x e I O unidades na d ireção y. Note que não há sinais
visíveis na direç-ão y, pois o sinal da origem está coberto pelo eixo x e os demais na direção x
caem fora da janela. ~
.,. Exemplo 2 A Figura 1.2.5 mostra a janela [-10, 101 x [-10, l O] com os sinais sobre
[-5. 5) X (-5. 5)
a escal a espaçados em 0, 1 unidade nas direções x e y. Nesse caso, os sinais es tão tão próxi -
.tScl =0.5: yScl =lO
mos que criam um efeito de retas mais grossas sobre os eixos cooordenados. Quando isso
Figura 1.2.4
ocotTe, em geral aumentamos os fatores de escal a para reduzir o número de sinais e torná-los
legíveis. ~
OOMfNIO DA
Calculadoras com recursos gráficos têm valores por dafau/1 para a janela e para os fatores de escala.
TECNOLOGIA
Por exemplo, uma calculadora tem uma janela defaultde (- 10. 10.1 x (-10. l O] e fatores de escala de·
fault de xScl ~1 e yScl = 1. Verifique o manual para determinar os valores default de sua calculadora e
como restaurar essa configuração. Se estiver usando um programa de computador, verifique o tutorial
3 do mesmo para determinar os comandos que especificam o espaçamento entre os sinais sobre as
escalas.
-3 l..ogx
• COMO ESCOLHER UMA JANELA DE INSPEÇÃO
Figura 1.2.5
Quando o gráfico de uma função se estende indefinidamente em alguma direção, nenhu-
ma janela pode mostrá-lo todo. Em tais casos, a escolha da janela de inspeção pode afetar
nossa percepção do gráfico. Por exemplo, a Figura 1.2.6 moSira um gráfico gerado em
computador de y = 9 - .>?,e a Figum 1.2.7 mostra quatro vistas desse gráfico geradas em
uma calculadora.
lO
• Na parte (a), o gráfico cai completamente fora da janela; assim, ela aparece em bran-
co (exceto por eixos e sinais).
• Na parte (b), o gráfico está quebrado em duas partes, pois sai e entra na janela.
• Na pane (c), o gráfico parece uma linha reta, pois focalizamos em um pequeno seg-
mento da curva.
• N a parte (d), temos uma visão mais completa da forma do grátlco, pois a janela com-
•••
preende todos os pontos imponantes; isto é, o ponto mais alto e as intersecções com
-5 - I
5 .
O e .I XO X.
Para uma função cujo gráfico não se estenda i ndef1nidamente em ambas as direções x e
l' igura 1.2.6 y, n domínio e a imagem da função podem ser usados para obter uma boa janela de inspeção,
corno mostramos no exemplo seguinte.
.,. Exemplo 3 Use o domínio c a imagem da função f(x) = J 12- ~x 2 para determinar
urna janela que contenha todo o gráfico.
Solução O domínio natural de .f é [-2, 2] e a imagem é [0. Ji2J (verifi que). Dessa fom1a,
todo o gráfico está contido na janela de inspeção (-2, 2] x [0. JT2J. Por clareza, é preferível
usar uma janela um pouco maior para evitar ter o gráfico muito próximo dos lados da mesma.
Por exemplo, a janela (- 3, 3] x [-1, 4] dá o gráfico da Figura 1.2.8. ~
Capítulo 1 I Funções 19
r
I \
t L
(-2. 2) X (- 2. 2) (- 4. 4] X 1- 2. 5)
.rScl = I. ySCI = I =
.rSei I. yScl I =
(a) (b)
\ .. .... I
I ~\
-.....,
(2.5: 3,5 ] X (- 1. I]
'
(- 4. 4) X( - :\, 10) ..
'\
,_ _..__,_!.___.
xScl = 0,1; rSc l = I
(c)
Figura 1.2.7 Quatro vistas de y =9 - x'
xScl = 1. )•Sei = I
(d)
(-3, 3] X (- I, 4]
xScl =I. ySc l =I
Figura 1.2.8 '
As vezes será impossível encontrar uma única janela de inspeção que exiba todas as
características importantes de um gráfico, caso em que precisaremos decidir o que é mais
importante para o problema à mão e escolher a janela de acordo.
2
• Exemplo 4 Faça o gráfico da equação y =i - 12x + 18 nas seguintes janelas, discutin-
do as vantagens e desvantagens de cada uma.
~ ~
Solução (a) A janel a na Figura I .2.9a cortou fora a parte do gráfico que intersecla o ei xo
y e mostra somente duas das três raízes reais possíveis para o polinômio cúbico dado. Para
contornar esse problema, preci samos alargar a j anela em ambas as direções x e y.
Solução (c) A janela na Figura 1.2.9c mostra todos os principais aspectos do gráfico. Po-
rém, ternos algum espaço desperdiçado na dir~io x. Podemos melhorar a figura diminuindo
a janela apropriadamente nessa direção.
20 Cálculo
Solução (d) A janela na Figura 1.2.9d mostra todos os principais aspectos do gráfico sem
muito desperdício de espaço. E ntretanto, não oferece uma visão clara das raízes. Para obter
uma visão mais próxima das raízes, precisamos abandonar a idéia de mostrar todos os princi-
pais aspectos do gráfico e escolher as janelas que focalizem as rafzes.
Solução (e) A janela l.2.9e expõe muito pouco do gráfico, porém mostra claramente que a
raiz no intervalo [I, 2] é aproximadamente 1,3. ~
i Ii ..•I. . ... . ..
·~ Jlt
.~ , ~ \ -~
~ \ I
/
d.
(-10, 10) X (- 10, 10) [- 20. 20] X ( - 20, 20)
!
\/
/[\'\
I 1 .\_//
[-5. 15) X (-300, 20) [1.2)xJ - I.IJ
xScl = t. yScl = 20 xSct =O.I:ySct =0.1
(d) (e)
Figura 1.2.9
DOMÍNIO DA
TECNOLOGIA Há situações nas quais queremos determinar a janela de inspeção. escolhendo o intervalo x para a ja-
nela e permitindo que o recurso gráfico determine um intervalo y, o qual compreende os valores máximo
e mfnimo da função sobre o intervalo .<. A maioria dos recursos gráficos lornece algum método para
fazer isso, assim, verifique nas instruções para descobrir como fazê-lo. Permitir que o recurso gráfico
determine o intervalo y da janela elimina muito da adivinhação do problema , como aquela na parte (b)
do exemplo precedente .
• FAZENDO ZOOM
O processo de aumentar ou diminuir o tamanho da janela de inspeção é denominado fazer
o zoom.. Ao reduzir o tamanho da janela, vemos menos do gráfico como um todo, mas mui-
tos detalhes da parte mostrada; isso é denominado fa zer o zo()m para dentro . Ao contrário,
aumentando o tamanho da janela, mais vemos o gráfico como um todo, porém, com menos
detalhes da parte mostr ada; isso é denominado fazer o zoom para fora. Muitas calc ulado-
ras fome.cem um menu para os dois tipos de zoom por fatores fixo. Por exemplo, em algumas
delas o efei to total de ampliação ou redução é controlado atribuindo-se valores a dois fatores
de zoom, xFact e yFact. Se
xFact = I O c yFact = 5
então, cada vez que um comando de zoom é executado, a janela de inspeção é ampliada ou
reduzida por um fator de I O na direção x c um fator de 5 na direção y. Com programas de
computador, como o Marhemarica e o Maple, o zoom é controlado ajustando-se diretamente
os intervalos x e y; contudo, há maneiras de automatizar isso através de programação.
Capítulo 1 I Funções 21
• COMPRESSÃO
Solução Para gerar os quatro gráficos, inicialmente devemos colocar o recurso gráfico no
modo radiano.* Como as janelas de partes sucessivas do exemplo são de tamanho decrescen-
te, com fator de 10, os leitores que utilizarem calculadoras podem fixar o fator de zoom em 10
unidades em ambas as direções x e y.
(a) Na Figura L2.J la, o gráfico parece ser uma reta, pois a compressão vertical escon-
de as pequenas oscilações senoidais (sua amplitude é apenas 0,0 I ).
(b) Na Figura 1.2.11 b, começam a aparecer pequenos altos e baixos na reta, pois há
menos compressão vertical.
(c) Na Figura 1.2.11 c, as oscilações começam a ficar evidentes, pois a escala vertical é
mais compatível com a amplitude das oscilações
(d) Na Figura 1.2.1 ld, o gráfico parece ser uma reta, pois vemos o zoom de uma porção
muito pequena da curva. ...
I
/
I
1-10. 10] X f- 10. 10] [-1. I] x (- 1. I] [-0, 1; 0.1] X [- Q. I; 0.1] 1- 0.01: 0.01] X (-0.01: 0.01]
xScl = I. yScl = I xScl =O, I; yScl =O, I .tScl = 0,0 I; yScl = 0.0 I xScl =0.001: yScl = 0.001
(a) (b) (c) (d )
Figu ra 1.2. I I
• ~c lhro seguimos a cxm,·cnção de que ângulos são nk--didos em r:ldianos. :a não ser que a medida em graus esteja especificada.
22 Cálculo
• ERRO DE AMOSTRAGEM
A janela de inspeção de um recurso grálico é composta de uma grade retangular de pequenos
blocos retangulares denominados pixels. Para imagens em preto e branco, cada pixel tem dois
estados, um ativo (ou escuro) e o outro desativado (ou claro). Um gráfico é formado ativando
63
pixels pixels apropriados para exibir a forma da curva. Em uma certa calculadora bem conhecida, a
~~..._.al
grade de pixels consiste em 63 linhas de 127 pixels cada (Figura 1.2.13), caso em que dize-
mos que a janela tem uma r esolução de 127 x 63 (pixels por linha vezes o número de linhas).
1---121 pixels- -- Uma resolução típica em tela de computador é de I 024 x 768. Quanto maior a resolução,
mais lisos parecem ser os gráficos na tela.
uma janela de Inspeção
de 63 linhas de 127 pixels
O procedimento utilizado por um recurso grálico para gerar um grálico é semelbante
ao de esboçar uma curva à mão: quando digitamos uma equação e escolhemos uma janela, o
Figura 1.2.13 recurso gráfico seleciona as coordenadas x de certos pixels (sendo que essa escolha depet1cle
da janela que está sendo usada) e calcula as corresponden tes coordenadas y. Em seguida, o
recurso ativa os pixels cujas coordenadas mais se aproximam dos pontos calculados e utiliza
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA um algoritmo predeterminado para ativar pixels intermediários adicionais para criar o forma-
Se o leitor dispuser de uma calcula· to da curva. Esse processo não é perfeito e é possível que alguma janela produza uma falsa
dora gráfica, tela o manual para das· impressão a respeito da fonna do gráfico, em geral por caractcrfsticas importantes do gráfico
cobrir sua resolução. estarem ocorrendo entre os pontos calculados. Isso é denominado erro de amostragem. Por
exemplo, a Figura 1.2. 14 mostra o gráfico de y = cos( I 01rx) gerado por uma cena calculadora
bem conhecida em quatro janelas d istin1as. (A calculadora do leitor pode produzir resultados
diferentes.) O gráfico da parte (a) tem o formato correto, mas os outros três não, devido a erros
de amostragem:
• Na parte (b), ocorre que os pixels exibidos caem justamente nos picos da curva do
cosseno, dando a impressão falsa de que o gráfico é uma reta horizontal.
• Na parte (c), os pixe/s exibidos caem em pontos sucessivamente mais elevados do
gráfico.
• Na parte (d), os pixels exibidos caem em um certo padrão regular que cria mais uma
impressão falsa da forma do grálico.
Capítulo 1 I Funções 23
-
v·
I .,...~
I A Figura 1.2.14 sugere que, para os gráficos trigonométricos com oscilações rápidas, restringir o intervalo x
a poucos períodos provavelmente irá produzir representações mais precisas da forma do gráfico.
• LACUNAS FALSAS
A lgumas vezes, gráficos contínuos aparentam ter lacunas qu ando gerados em urna calcula-
dora. Essas lacunas falsas costumam surgir quando o gráfico aumen ta tão rapidamente que o
espaço vertical se abre entre pixels sucessivos.
I
(-5. 5] X (-5, 5) 1- 6.3; 6.3] X 1- 5, 5]
l- 10. 10] X [- 10. IOJ xScl = I. \'SCI = I xScl = I. yScl = I
=
xScl I. yScl I = Figura 1.2.15 (a)
'
(b)
Iy = ll(x- 1) oom segmentos de retas falsos I
(a) • SEGMENTOS DE RETA FAL SOS
Além de criar lacunas fa lsas em gráficos contínuos, as calculadoras podem errar na direção
oposta colocando segmentos de reta falsos nas lacunns de curvas descontfnuas .
.,. Exemplo 7 A Figura 1.2.16a mostra o gráfico de y = 1/(x- I) na j anela default de uma
X
calculadora. Embora o gráfico aparente conter segmentos de reta verticais próximos de x = I ,
estes não deviam est.ar Já. Realmente, há uma lacuna na curva em x = I , uma vez, que uma di-
Lb_4 visão por z.ero ocorre nesse ponto (Figura 1.2. I 6b). ~
poentes fracionários. Por exemplo, uma calculadora faz o gráfico de y = i'.l como o da Figura
1.2.17a, quando o gráfico real é o da Figura 1.2. 17b. (Para uma maneira de contornar isso,
veja a discussão que precede o Exercício 29.)
.r
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA l -4 - 3 -2 - 1 I 2 3 4
Determine se seu recurso gráfico pro· [ - 4 . 4) X [- L, 4J
duz o gráfico completo de)'= .~''para =
xScl I, yScl I =
valores positivos e negativos de .<. Figu ra 1.2.17 (a) (b)
1. Use um recurso computacional para gernr o gráfico da equação 2. Use o domínio c a imagem de f parncncontrarumajanelade ins·
y = 0,4x' + sen(3') peção que exiba todo o gráfico de f(x) = 2 - ../I - 2Sx2.
nas janelas de inspeção dadas e discuta as vantagens de cada 3. Explique como ficaria o gráfico de y =lxl se ajanela de inspe-
janela. çao [-0,0 I: 0.0 1] x [- 1O, IO] fosse visualizada num quadrado.
(a) (-6, 6"1X [-30. 50) (b) (- 4. 4) X (- 25, 25)
4. Explique como ficaria o gráfico de y =IA·I se a janela de inspe-
(c) [ 1,2: 1.4] x [0: 0.21 (d) [5,99: 6,0 1) X (84, 88) ção (- 10, lO] x (- 0.0 1: 0.01) fosse visuali zada num quadrado.
1-4 Use um recurso computacional para gcr.tro gnífico def nas ja-
E32. f(x) = .1''- x'
nelas de inspeção dadas c especifique qual j anela, e m seu opinião. (a) [ - 50. 50) x (-50. 50) (b) ( -5. 5] X ( -5. 5)
melhor descreve o grállco. (c) [ -2. 2) x ( -2. 2] (d) (-2,2]x[-l, I)
(e) [ - 1,5; 1.5) x [ -{),5: 0.5)
f3 1. f(x) =x" -.I
,
(a) (-50. 501X ( -50. 50] (b) L-5.5 1X [ -5, 5) f3 3. f(x) =x· + 12
(C) [ -2. 2) X [ -2. 2) (d) [-2,2]x[-l.l ) (a) [-l.l]x[l3.15] (b) l -2.2]x[II.I5J
(e) [ - I .5: 1.5) X [ -{).5: 0.5) (c) [ -4. 41 x l 10. 28] (d) Uma janela de sua escolha
Capítulo 1 I Funções 25
27. Esboce o gráfico de 8 31. Ern cada pane. faça o gráfico da função para vários valores de
}./x - 2. x~2 c e descreva crn um ou dois parágrafos como as mudanças em
f(x) = c afetam o gráfico em cada caso.
{ x 3 - 2I- 4. X>2
(a) y=cx~ (b) y=f+ cx
'
(c) y=x'"+x+c
28. Esboce o gráfico de
.3- ,.2 8 32. O gráfico de uma equação da forma/= x(x- a)(x -b) (onde
•' "'" . x<l
O< a< b) é denominado cúbica bipartida. A figura abaixo
f(x) = I -X.
l<x<4 mostra um gráfico típico dessa equação.
x 2 cos ./i. l
(a) Faça o gráfico da cúbica bipartida = .1~x- I )(x- 2) re-
solvendo para y em termos de x e. então. fazendo os gráfi-
cos das duas funções resultantes.
29·30 Observamos no tex to que. em se tratando de funções en- (b) Encomre os co11es no eixo x da cúbica bipartida
volvendo expoentes fracionais (ou radicais). os recursos gráficos
i= x(x - a)(x - b)
=
omitem partes do gráfico. Scj(x) x 14q. ondeplq é uma fração po-
sitiva.j6 simplifimda. o problema da omissão pode ser contornado c faça uma conjectura sobre corno uma mudança nos valo-
da seguinte forma: res de o e b afetaria o gráfico. Teste sua conjectura através
do gráfico da ctíbica bipa11ida para vários valores de a e b.
• Se p for par e 'I ímpar. então faça o gráfico de g (x) =lxl'"q
em vez de j(.r). ,.
• Se p e q forem (mpares. então faça o gnífico de g (x) =
(lxl I x) lxl'"'' em vez. dej(x).
Explicaremos por que isso funciona nos exercícios da próxima
seção.
8 30. Os gráficos de y = (i - 4)71! e y =[(i- 4)2)"-' deveriam ser os 8 34. Como será o gráfico de y =sen ( 1/x)? Teste sua conclusão usan-
mesmos. Seu recurso gráfico produz o mesmo gráfico para am- do um recurso gráfico. [Sugesll1o: Examine o gráfico em uma
bas? Se não. o que deve estar acontecendo? sucessão de intervalos cada vez menores centrados em x =O.]
1. (a) 50 O gráfico é semel hante a uma cú- (b) 20 O zero perto de x = -I está mais evi-
bica. com alguma vari ação perto dente e existe um possível zero ime-
<la origem. diatamente à direita de x = I .
-41''--'-:7-'-i-~'--'--'1 4
- 30 - 20
(c) 0.2 A função não tem um zero à (d) O termo scn(3') produz urna rá-
direita dex= I. pida oscilação no gráfico quando
x cresce. O termo (0.4)x3 provoca
um crescimento forte do gráfico
para valores maiores de x. ocul-
5.99~=========:11 6.0t
8-1 tando essa oscilação na parte (a).
2. (-o.2: 0.2] X (I. 2] 3. O gráfico ficaria indistinguível do eixo x.
4. O gráfico ficaria indistinguível do eixo não-negativo y.
Capítulo 1 I Funções 27
f(x) = l + Jx - 2 c g(x) = x- 3
E ncontre o domínio e a fórmula das funções .f+ g, f- g,fg,.fI g e ?f
Solução Primeiro, determinaremos as fórm ulas para as funções e, depois, os domúüos. As
fórmulas são:
J+.Jx -2
(f/g)(x)=f(x)/g(x)= x- (5)
3
(7/)(x) = 7f(x) = 7 + 7.Jx- 2 (6)
28 Cálculo
Os dominios def e g são [2, +oo) e (-oo, -toe), respectivamente (os domínios naturais). Assim,
segue da Definição 1.3.1 que os domínios de f+ g,J - g efg são a intersecção desses domí-
nios, a saber:
[2, +>O) n (-x, +x) = [2. +"") (7)
Além disso, como g(x) = O se x = 3, o domínio de/I g é (7) com x = 3 removido, ou seja:
[2. 3) U (3. +x)
Nesse último exemplo ocorreu que os domínios das funções f+ g,f- g,fg cf I g foram
os domínios naturais resultantes das fórmulas obtidas para essas funções. Isso nem sempre
ocorre, c aqui temos um exemplo .
.,. Exemplo 2 Mostre que se f(x) = JX, g(x) = .fi. e h(x) = x, então o domínio defg
não é igual ao domínio natural de h.
110 domínio defg. o domínio de ambas/c g é ro. +<X>), ele modo que o domínio defg é
[0, +<X>) n [0, +oo) = ro. +oo)
pela Definição 1.3.l. Corno os domínios defg e h são diferentes, não é correto escrever (fg)(x)
= x sem incluir a restrição de que essa fórmula só vale para x <!:O. .,.
• COMPOSIÇÃO DE FUNÇÕES
Vamos considerar agora uma operação sobre funções, denominada composição, que não tem
análogo direto em aritmética usual. Informalmente, a operação de composição é executada
substituindo-se em uma dada função a variável independente por alguma função. Por exem-
plo, suponha que
?
f(x)=x· e g(x)=x+ I
Se substituirmos x por g(x) na fórmula def, obtemos uma nova função:
f(g(x)) =(g(x)) =(x + I)2
2
Embora à primeira vista o domínio de 1.3.2 DEFINIÇÃO Dadas as funções f e g, a composição de f c g, denotada por f og, é
f o g possa parecer complicado, intul· a função definida por
tivamente faz sentido: para computar
f(ll(x)), necessita-se de x no domínio (/o g)(x) = f(g(x))
de g para computar 1/(.t) e. depois,
g(x) no domínio de f para computar
Por definição, o domínio de f og consiste em todox no domínio deg para o qual g(x) está
f(g(x)). no domínio de f.
Capítulo 1 I Funções 29
2
.,.. Exemplo 3 Sejaj\x) = x + 3 c g(x) = ./X. Encontre
(a) (fog)(x) (b) (go f)(x)
g (f(x)) = J f(x) = Jx 2 + 3
Como o domínio def é (-oo, +cv) e o de g é [0, +w), o domínio de g o f consiste em todo x em
2
(-N, +N), de modoquej\x) =x + 3 está em [0, +w). Assim, o domínio de go f é (-N,+ov) .
Note que no Exemplo 3 as funções Logo,
f os e gof não são a mesma. As·
sim, a ordem na qual as funções são (g o f) (x) = Jx 2 + 3
compostas pode fazer (e geralmente
Não há necessidade de indicar que o domínio é (-oo, +ro), poi s este é o domJnio natural de
fará) diferença no resultado final.
~x 2 + 3. -.
As composições também podem ser definidas para três ou mais funções; por exemplo,
(f ogoh)(x) é computada como
(fogoh)(x) = f(g(h(x)))
Em outras palavras, primeiro encontramos h(x), depois g(h(x)) c, finalmente, f(g(h(x))) .
Solução
h(x) = (x + I ) 2
Para calcular /t(x) para um dado valor de x, computaríamos primeiro x + 1 e, então, o quadra-
do do resultado. Essas duas operações são executadas pelas funções
,
g(x) = x + I e j{x) = x·
Podemos expressar h em termos de f e g escrevendo
' [g(x)r' = j{g(x))
h(x) = (x + I)'=
assim, conseguimos expressar h como a composição h= f og.
30 Cálculo
• Pense sobre como poderíamos calcular h(x) para um valor específico de x, tentando
dividir os cálculos em dois passos execu tados sucessivamente.
..,. Exemplo 5 Expresse h(x) = (x- 4); como a composição de duas funções.
Solução Para computar h(x) para um dado valor, calcularíamos prímeiro x- 4 e, então, ele-
varíamos o resultado à quinta potência. Logo, a função de dentro (primeira operação) é
g(x)=x-4
e a função de fora (segunda operação) é
f(x)=i
logo, fl(x) = f(g(x)). Como verificação,
5 5
f(g(x)) = (g(x)] = (x- 4) = h(x) •
'Iltbela 1.3.1
g(x) J(x)
FUJ<Ç.\() DI~ DENTRO DE FORA <.XIMI'O~I(,\()
Sempre há mais de uma maneira de expressar uma função como uma composição. Por exemplo, aqui es-
tão duas maneiras de expressar (x' + 1) 10 como composições diferentes daquela da Tabela 1.3.1:
1 10 1
(x + 1) = [(.1' + I)')' = ./{g(.r)) I g(.r) = <..-' + ll' e f(x) = >' I
10
(f+ 1) = [(x' + I)'J'"'' =j{g(x)) l g(.r> =(x2 +1l1 e /(.r) =x- I
\' \'
,fX + llx
• TRANSLAÇÕES
Na Tabela 1.3.2 ilustramos o efeito geométrico sobre o gráfico de y = f(x) de somar a f ou
à sua variável independente x uma constan te positiva c, bem como o efei to de subtrair essa
constante de f ou de x. Por exemplo, o primeiro resu ltado na tabela ilustra que somando uma
constante positiva c à fu nção f soma c a cada coordenada y de seu gráfico, com isso transla-
dando o gráfico c unidades para cima. A nalogamente, sub1raindo c de .f translada o gráfico c
unidades para baixo. Por outro lado, se uma constante positiva c é somada a x, então o valor
de y = f(x +c) em x - c é f(x); e como o ponto x- c está c unidades à esquerda dex no eixo x,
o gráfico de y = f(x +c) necessariamente é o de y = f (x) transladado c unidades para a esquer-
da. Analogamente, subtraindo c de x translada o gráfico c unidades para a direita.
Antes de passar aos próximos exemplos, é conveniente rever os gráficos das Figuras
1.1.4 e 1. 1. 10.
32 Cálculo
Tabela 1.3.2
OPERAÇ;\0 ~:~1 Somar uma constante Subt.rair uma constante Somar uma constante Subtrair uma constante
Y =ftr) t><>sith•a c aft.x) positiv-a c de ft..r) positiva c a .r positiva c de x
\ )' X
\ ) ly=x2+2
y=x·' y=x2 \
/.r=x
lXlx
2 \ I \
\ 2 \ I Y _ r2 _ 'J
I -. - I \
EXEMI'LO
\
\ /
I
.t \\ i / X /
I
X
\
~
\ l/
-2 2
)'
Solução O gráfico pode ser obtido com duas translações: primeiro tran sladamos 3 uni-
3 dades para a direita o gráfico de y = lxl para obter o gráfico de y =~r- 31, depois translada-
rnos esse gráfico 2 unidades para cima para obter o gráfico de y = lx- 31 + 2 (Figura 1.3.4).
X
Se for desejado, o mesmo resu ltado pode ser obtido efetuando as translações em ordem
3 12
inversa: primeiro transladamos 2 unidades para cima o gráfico de lxl para obter o gráfico de
y = lxl + 2, depois transladamos esse gráfico 3 unidades para a direita para obter o gráfico
lydx-31 de y = lx- 31+ 2. ""'
y
3
,. ,. )'
•f
-3 6
lyd.r+3 1 X X
.figura 1.3.3 I
Figura 1.3.4
y = (x2 - 4x + 4) - 4 + 5 = (x - 2) 2 + I
Capítulo 1 I Funções 33
(ver o Apêndice G da internet para uma revisão dessa técnica). Dessa forma, vemos que o
gráfico pode ser obtido transladando 2 unidades para a direita o gráfico de y =.i devido ao
(x- 2) e I unidade para cima devido ao+ I (Figura 1.3.5). ~
• REFLEXÕES
=
O gráfico de y f(-x) é a reflexão do gráfico de y f(x) pelo eixo y porque o ponto =
(x, y) do gráfico de f(x) é substituído por ( -x. y). Analogamente, o gráfico de y =- f(x)
X
é a reflexão do gráfico de y = f(x) pelo eixo x porque o ponto (x, y) do gráfico de f(x) é
substituído por (x, - y) [a equação y =-f(x) é equivalente a -y = f(x)l. I sso está resumido
y = x·• - 4x+ 5 na Tabela 1.3.3 .
Figura 1.3.5
Tabela 1.3••~
n ' EI'fO Rellete o gráfico <I e y =Kr) pelo Reflete o gráfico de y =A1") pelo
GEm1ÉTRICO eixo y cixox
,1'
3 )'=..r;
~
-6 -6
r
-3 -3
)'= - {i
Solu ção O gráfico pode ser obtido por uma reflexão e por uma translação: primeiro refle-
tir o gráfico de y = Yx
pelo eixo y para obter o gráfico de y = Fx.
então transladá-lo 2
unidades para a direi ta para obter o gráfico da equaçiío y - (x - 2) =V
V2 - x (Figura =
1.3.6). ~
)' \'
6 6 6
.1'
- I lO lO () - lO
-6 -6 -6
ly=\17 1
Figura 1.3.6
,. ,. ,.
X .r
-6 -6
-8 -8 -8
• ALONGAMENTOS E COMPRESSÕES
Multiplicar f(x) por uma constante positiva c tem o efeito geométrico de alongar o gráfico de
y = f(x) na direção y por um fator de c se c> I e de comprimi-lo na direção y por um fator de
I!c se O< c < I. Por exemplo, multiplicar f(x) por 2 dobra cada coordenada y, portanto alonga
Descreva o efeilo geométrico de mui·
tiplicar uma funçàoj por uma constan-
o gráfico vertical mente por um fator de 2, enquanto multiplicar por corta cada coordenada i
te negativa em termos de reflexões, y pela metade, portanto comprime o gráfico vcrticalrnente por um fator de 2. Analogamente,
alongamentos e compressões. Qual multiplicar x por urna constante positiva c tem o efei to geométrico de compri mir o gráfico
é o efeito geométrico de multiplicar a de y = J(.r) na direção x por um fator de c se c> I e de alongá-lo na direção x por um fator de
variável independeme de uma função
1/c se O< c < I. [Se isso parece um pouco ao contrário, pense assim: o valor de 2x varia duas
f por uma constante negativa?
vezes mais rápido do que x, de modo que um pon to que se move ao longo do eixo x a partir
da origem só precisa viajar a metade da distância para que y = f(2x) tenha o mesmo valor que
y = f(x) , com isso criando uma compressão horizontal do grMico.] Thdo isso está resumido
na Tabela 1.3.4.
Tabela 1.3.4
OPERAÇÃO E~l Multiplicarj(x) por c Multiplicarj(x) por c Muhiplicarx por c Multiplicar x por c
Y =f{x) (c> I) (O<c< I) (c> I) (O< c < I)
Alongn o gráfico de y = j'(x) Comprime o gcáfico de y =J(x) Comprime o gráfico de y • j{.r) Alonga o grofico de y =Jtr)
EFEITO
vcrticnlmcntc por Ulll vei1icithnente por um horizontalmcnlc por um horizontalnwnte por um
GEO.\ I~:·rRICO
tluor de c làtor de l lc nuor de c f.1to•· de l /c
)' )' y )'
2 y = 2cos.r y =cosx
./ y=4cos x
X
~:XF:MI'I.O
y = cosx
• SIMETRIA
A Figura I .3.8 ilustra três tipos de simetria<;: simetria em relação ao eixo x , simetria em rela-
ção ao eixo y e simetria em relação à origem. Como mostra a figura, a curva é simétrica em
relação ao ei xo x se, para cada ponto (x, y) do gráfico, o ponto (x, - y) também está no gráfico,
e é simétrica em relação ao eixo y se, para cada ponto (x, y) do gráfico, o ponto (-x, y) tam-
Capítulo 1 I Funções 35
bém está no gráfico. Uma curva é simétrica em relação à origem se, para cada ponto (x, y) do
gráfico, o ponto (- x, - y) também está no gráfico. (Equivalentemente, a curva é simétrica em
relação à origem se pem1anecer inalterada por uma rotação de 180" em torno da origem. I sso
sugere o teste de simetria a seguir.)
Simetria pelo .,.. Exemplo 13 Use o Teorema I .3.3 para identificar simetrias no gráfico de x = /.
eixo."
Solução Substituindo y por - y dá x = (-y) 2, que simplifica para a equação original x = / .
A ssim, o gráfico é simétrico em relação ao eixo x . O gráfi co não é simétri co em relação
(,t. .") ao ei xo y pois substituindo x por -x dá - x =/, que não é equivalente à equação original
x = / . Analogamente, o gráfico não é simétrico em relação à origem pois substituindo x
X 2
por -x e y por -y dá - x = (-y) , que simpli fica para -x = ).l, que de novo não é equivalente
///
/
l
à equação original. Esses resultados são consistentes com o gráfico de x = mostrado na
(- x, - y)
Figura 1.3.9. ~
Simetria pela
origem • FUNÇÕES PARES E ÍMPARES
Dizemos que uma função f é umafim ção par se
Figura 1.3.8
f(-x)=f(x) (8)
)'
x=r• c umafwr ção ímpar se
f( -x) =-f(x) (9)
X
Geometricamente, os gráficos de funções pares são simétri cos em relação ao eixo y, por-
q ue substituindo x por - x na equação y = f(x) dá y = /( -x), q ue é equival ente à equação
ori ginal y = f(x) por (8) (ver Figura 1.3. 10) . Anal ogamente, segue de (9) que os gráfi-
cos de funções ímpares são simétricos em relação à ori gem ( ver Fi gura 1.3.1 I). Alguns
Figura U.9 2 4
exemplos de funções pares são x , x , i ' ecos x ; al guns exemplos de funções ímpares são
'
K, x 5 , x 1 e scn x.
,, I'
1. Sejam f(x) = 3,fi- 2 c g(x) = lxl. Em cada pane. dê a fór- 3. O gráfico de y = I + (x - 2l pode ser obtido transladando
mula para a função c o correspondente domínio. o gráfico de y =i para a (esquerda/direita) por
(a) f+ g: Domínio: _ _ __ _ _ _ _ unidadc(s) c depois tr.lnsladando o novo gráfico
para (cima/baixo) por unidade(s).
(b) f- g: Domínio: _ _ __
(c) fg: _ _ _ _ Domínio: _ __ _ 4. Seja
(d) f/ g: Domínio: _ __ _ lx + 11. - 2 !: X !: 0
f(x) = {
2. Sejam f(x) = 2- x 2 c g(x) = JX. Em cada pane, dê a fór- lx- 11. 0<.t!:2
mula para a composição e o correspondente domínio.
(a) A letra do al fabeto que mais se parece com o gráfico de f é
(a) fog: Domínio: _ _ __
(b) go f: Domínio: _ _ __
(b) f~ uma função p:1r'!
ENFOCANDO CONCEITOS 5·10 Esboce o gráfico da equação por translação, reflexão, com-
J. O gráfico de urna função f está na ligura abaixo. Esboce os pressão e alongamento do gráfico de y =i de maneira apropriada
gráficos das seguintes equações: c, então. use um recurso gráfico para confirmar que seu esboço
está correto.
(a) y = f(x) - I (b) y = .f(x - I)
(c) y = !/(.r) (d) y =f (-!x)
f3 5. y = -2(x + 1)2 - 3 636. y= !<x- J>2 + 2
- 8 7. y = x 2 + 6x a s. y=x 2 +6x- 10
+ 2r - F3 JO. y = ~(x 2 - 2x + 3)
) 8 9. y = I x2
2. Use o gráfico do Exercício I para esboç:•r os gráficos das B 11. y = 3 - Jx + I B 12. y= l + ·Jx - 4
seguintes equações:
B 13. )' = ! .fi + I B 14. .v= -.JJX
(a) y = - /(- x) (b) y=/(2 - x)
(c) y = I - /(2 - x) (d) y = !J<2x) 15-18 Esboce o gráfico da equação por translação. reflexão, com-
3. O gráfico de uma função f está na figum abaixo. Esboce os pressão e alongamento do gráfico de y =llx de maneira apropliada
gráficos das seguintes equações: c, então. use um recurso gráfico para confirmar que seu esboço
está correto.
(a) y = f(x + I) (b) y = f(2x)
(c) y = 1/(x)l (d) y = I -1/(x)l I
f3 15. y = 3 8 16. )' = - -X
\' X- 1
t - I
I
/ j
[ .\'
8 t7. y = 2- -"7
x+ l
I
B ts. y = -x-
x-1
EJ 21. y = 12x - li+ 1 E3 22. y = Jxí - 4x + 4 39-40 Encontre uma fórmula para f ogoh.
f=l 25. )" = 2 + ~X+ 1 Ej 26. )' + ~X- 2 = 0 41·44 Expresse f como uma composição de duas fu nções; isto é,
EJ 27. (a} Esboce o gráfico de y = x +~ri adicionando as correspon- encontre 8 e h tais que f = goh. [Nota: Cada exercício tem mais
dentes coordenadas y nos gráficos de y = x e y = ~4 de uma solução.]
37. f(x) = 1I +x
-x
. x
g(x) = - -
l -x
X I
38. f(x) = 2' g(x)= -: Figura Ex-49
I+ X .\
38 Cálculo
53·56 cncomrc
L.
f(w)- f(x) f(x + h) - f(x)
c
w-x
e simplifique tamo quamo possível. "
53. f(x) =31 - 5 54. J(x) = x·' - 6x
55. f(x) = I /.r 56. f(x) =l/..1~' Figura Ex-61
57. Classifique em pares, ímpares ou nenhuma dessas as funções
cujos vlllores eslão dados na tabela a seguir. 62. Em cada pane das figuras abaixo, determine se o grálico é si-
métrico em relação ao eixo x , ao eixo y. à origem ou nenhum
Tabela Ex-57 desses casos.
X -3 -2 -I o I 2 3 ~- \'
f(x) 5 3 2 3 I -3 5
g(x) 4 I -2 o 2 -I -4 .(
h(x) 2 -5 8 -2 8 -5 2
1;1bela Ex-58 .( ,(
X - 3 -2 -I o I 2 3
f(x) I -I o -5
(c) (d)
59. A flgura abaixo mostra uma pane de um gráfico. Complete o Figura Kx-62
gráfico de forma que todo ele seja sim(5trico em relação
(a) ao eixo x (b) ao eixo y (c) à origem
6.1. Em cu da parte, classi tique a função como par. ímpar ou ne-
60. A figura abaixo mostra uma parte do gráfico de uma função f. nhum desses casos.
Complete o gráfico supondo que (a) f(x) =i (b) f(x) =J
(a) f (5 uma função par (b) f é uma função ímpar (c) f(x) = ~tl (d) f(x)=x+ I
,. x 5 -x
(e) f(x) = (I) f(x) = 2
,. 1 +x 2
68-69 (i) Use um recurso com putacional para fazer o gráfico da 72·73 Use o método descrito no Exercício 7 I.
equação no primeiro quad rante. LNota: Para isso, resolva a equa-
ção para y em termos de x.l ( i i ) Use a simetria para fazer um
72. Esboce o gráfico de y = 11 - .il.
esboço à mão de todo o gráfico. (i i i) Conlirme o que foi feito ge-
rando o gráfico da equação nos demais quadrantes . 73. Esboce o gráfico de
(a) f (.r) = lcos .li (b) J(.r) =c os x + lcos xl
8 68. 9i = 4/ = 36 1
EJ69.4x = 16/ = 16
74. A jwtçt7o maior inteírt). l.rl, 6 definida como sendo o maior
8 70. O gráfico da equação i'· + l'J = I. que aparece na figura abai-
1
inteiro que é menor do que ou igual a x. Por exemplo: 12.7] = 2,
xo, 6 denominado hipocicl6iáe quaáricúspüle. I- 2.3J= - 3 e 141= 4. Esboce o gráfico de y = f (x).
(a) Use o Teorema I .3.3 para confirmar que esse gráfico é si- (a) f(x)= lxl (b) f(x)= IX2l
métrico em relação ao eixo x, ao eixo y e à origem. (c) f (x )= lxl 1 (d) f (x)= [sen xl
(b) Encontre um a função f c ujo gráfico coincide no primei-
ro quadrante com a hipociclóide quadricúspide e use um 75. É alguma vez verdade que .fo g = g o f se f e g forem fun-
recurso computacional gráfico para confirmar o que foi ções não-constantes? Se não, prove: se afirmativo. dê alguns
exemplos para os quais é verdade.
feito.
(c) Repita (b) pam os demais quadrantes. 76. Na discussão que precede o Exercício 29 da Seção 1.2. foi dado
um procedimento para gerar o gráfico completo de f(v) = .\P•, no
qual sugerimos fazer o gráfico da função g(x)= lxl~ em vez de
f(x) quando p for pare q ímpar. e o gráfico dcg(x)= (lxl!.tJix~
se p c q forem ímpares. Mostre que em ambos os casos f(x) =
g(~) se x > Oou x <O. [Sttgesuio: Mostre que f(~) 6 uma fun-
ção par se p for par c q for ímpar c que f(x) 6 uma função ímpar
se p c q forem ímpares. I
X
Hipooiclóide quadricúsplde
Figun1 Ex-70
I . (a) (f+ g)(x) = 3.jX- 2 + x; x ~ O (b) (f - g)(x) = 3.jX - 2 - x; x > O (c) (fg)(x) = 3x31l - 2x; x ~O
3 ./.i:' - 2
(d) (f/g)(.r) =
X
; x >O 2. (a) (fog)(x) =2 - x ; x > O (b) (gof)(x) = J2 -x2: -h~ x <h
3. direita: 2: cima: I 4. (a) W (b) sim
40 Cálculo
1 .4 FAMÍLIAS DE FUNÇÕES
• FAMÍLIAS DE CURVAS
O gráfico de uma função constante f(x) =c é o gráfico da equação y =c, que é a reta hori-
.1' zontal mostrada na Figura 1.4.la. Se variarmos c, obteremos um conjunto ou umafmm1ia de
retas horizontais tais como as da Figura 1.4. 1b.
As constantes que variamos para produzir uma famflia de curvas são denominadas parâ·
(O. e) Y =c metros. Por exemplo, lembre que uma equação da forma y = mx + b representa uma reta de in-
clinação me corte com o eixo y em b. Se mantivermos b fixo c tratarmos m como um parâmetro,
------1-------" obteremos uma família de retas cujos membros têm, todos, o mesmo corte em b com o eixo y
(Figura 1.4.2a), e se mantivermos m tlxo c tratarmos b como um panl.rnetro, obteremos urna fa-
mília de retas paralelas cujos membros têm, todos, a mesma declividade m (Figura 1.4.2b).
.,.
(a)
,.
c=4
X X
c=3
c=2
(' = I
c=O .r
r= - I
,. = - 2
,. = - 3
t· :-4S A famfliay = 11<r+ b A lamnia r = "" + b
(li fixo e m variando) (m lixo e h variando)
• A FAMÍLIA y = xn
Uma função da forma f(x) = xv, onde pé constante, é denominada/unção potê11cia.. Por en-
quanto, vamos considerar o ca~o em que pé um inteiro positivo, digamos p =< n. Os gráficos das
curvas y = x" para n = I , 2, 3, 4 e 5 estão na Figura 1.4.3. O primeiro gráfico é o da reta y = x,
cuja inclinação é I c passa pela origem, c o segundo é uma parábola que se abre para cima e tem
seu vértice na origem (ver Apêndice G da internet).
X X X
-I
-I -I -I
Figura 1.4.3
Capítulo 1 I Funções 41
Para 11 > 2, o formato da curva y =i' depende de 11 ser par ou ímpar (Figura 1.4.4):
• Para valores pares de 11, as funções f(x) = x• são pares, portanto seus gráficos são
simétricos em relação ao eixo J. Os gráficos têm todos o formato geral da parábo-
la y = .l (embora não sejam real mente parábolas se 11 > 2) e cada gráfico passa pe-
los pontos (-1 , L) e (1, 1). À medida que 11 cresce, os gráficos fica m mais e mais
achatados no imervalo -I < x < I c mais c mais próximos da vertical nos intcrva-
losx> 1 ex< - 1.
• Para valores ímpares de 11, as funções f(x) = x" são ímpares, portanto seus gráficos
são siméuicos em relação à origem. Os gráficos têm todos o formato geral da cúbica
3
y = x e cada gráfico passa pelos pontos ( I, I ) c (- I , - I ). À medida que 11 cresce, os
gráficos ficam mais c mais achatados no interval o - I < x < I e mais c mais próximos
da vertical nos i nter val os x > I ex< -I.
• v= x6
v
•)'= X&
"' .}' =.\.4 •
•
\' = X2 •
X
t.
- t
F igura 1.4.4
Os efeitos de achatar e de aproximar a vertical podem ser entendidos considerando o que ocorre quando
um número x é elevado a potências mais e mais elevadas: se - I < x < I , então o valor absoluto de i' de-
cresce com 11 crescente, fazendo com que os gráficos nesse intervalo sejam achatados com n crescente
(tente elevar ~ ou- ! a potências cada vez mais elevadas). Por outro lado, se x > I ou se .t < -l , então o
valor absolutõ de :t cresce com 11 crescente, fazendo com que os gráficos nesses intervalos se aproximem
da vertical com" crescente (tente elevar 2 ou -2 a potências cada vez mais elevadas) .
• A FAMÍLIA y= x-n
Se pé um inteiro negativo, digamos p = -11, então as funções potência f(x) =:tJ' tomam a forma
f(x) = x-" = 1/J/'. A Figura 1.4.5 mostra os gráficos de y= llx c y= lli. O gráfico de y = llx é
denominado uma hipérbol.e eqiiilát.era (por razões que serão discutidas adiante).
Como mostra a Figura 1.4.5, o formato da curva y = 1/x" depende de 11 ser par ou
'
unpar:
• Para valores pares de 11, as funções f(x) = llx" são pares, portanto seus gráficos são si-
2
métricos em relação ao eixo y. Os gráficos têm todos o formato geral da curva y= llx
e cada gráfico passa pelos pontos (-1 , I) c (I, I ). À medida que 11 cresce, os gráficos
licam mais e mais próximos da vertical nos intervalos -I < x <O e O< x < .I e mais e
mais achatados nos intervalos x > I c x <-I.
42 Cálculo
• Para valores ímpares de n, as funções f(x) = 1/l' são ímpares, portanto seus gráficos
são simétricos em relação à origem. Os gráficos têm todos o formato geral da curva
. que 11 cresce, os
y = 1/x e cada gráfico passa pelos pontos ( I , I ) e (- 1, -1 ). A' medtda
Considerando os valOres de 111' para
um x fixado com n crescenle. explique gráficos ficam mais e mais próximos da vertical nos intervalos -I < x <O e O< x < I
por que os gráficos ficam mais acha· c mai s e mais achatados nos intervalos x > I c x <-I.
tados ou próximos da vertical parava-
lores crescentes de n, conforme des- • Tanto para valores pares quantO ímpares de 11 o gráfico y = llx" tem uma quebra na
crito no texto. origem (denominada desco11filluidade), que ocorre por não ser penni tido dividir por
zero.
)'
I' y y = llx 2 •
t.l'y = llx'·
I' =
'
llx y = llx 4 • •y = llx y = llx;•
)' = 1fx6•
( I. I)
,I'
(-1. - 1)
(- t. t) ( I. I)
.r
Figura 1.4.5
• PROPORÇÕESINVERSAS
Lembre-se de que uma variável y diz-se i11versame11le proporcio11al a uma variável x se hou-
ver uma constante positiva k, denominada collsfallte de proporcionalidade, tal que
k
\' =- ( I)
' X
Uma vez que se supõe k positiva, o gráfico dessa equação tem a mesma forma básica que
y = llx, mas é comprimido ou alongado na direção elo eixo y. Também deveri a ser eviden-
te por ( I ) que duplicando x multipliclimos y por ~· e triplicando x multiplicamos y por 5·
e assim por diante.
A equação (I) pode ser expressa corno xy = k, que nos diz que o produto de grandezas
inversamente proporcionais é uma constante positiva. Essa é uma forma útil ele identificar
proporcionalidade inversa em dados experimentais.
Solução Para cada ponto dos dados, temos xy = 5, portanto y 6 inversamente proporcional a
x e y = 5/x. O gráfico dessa equação com os pontos dados está na Figura I .4.6. ~
As proporções inversas surgem em várias leis da Física. Por exemplo, a lei de Boyle
afirma que se 11111a quantidade fixa de um gás idetll é mantida a uma temperamra constante,
Capítulo 1 I Funções 43
.r emào é consranre o produro da press,io P exercida pelo gás e o volume V que ele ocupa, ou
y = ,[; seja:
PV =k
X
Isso implica que as variáveis P e V são inversamenle proporcionais uma à oulra. A Figura
1.4.7 mostra um lípico gráfico de volume versus pressão sob as condições da lei de Boyle.
Observe como, dobrando a pressão, reduzimos o volume à melade, como era de se esperar.
(a)
)'
lO
y= ~X
y=~ 9
X
( I . I) X 7
6 Lei de Boyle ( P = k!V)
5
4
""o
3
·~
(b) 2 ~
0..
,.\ '
I 2 3 4 5 ó 7 8 9 10 o Volume v
)' = ,[;
Figura 1.4.6 Figura 1.4.7
DOMÍNIO DA
TECNOLOGIA
I Leia a nola que precede o Exercício 29 da Seção 1.2 e use um recurso gráfico para gerar gráficos de
f(x) = ~e de f(x) = x- 1/s que exibam todas as suas caracterfsticas significativas.
• POLINÔMIOS
Um polinômio em x é uma função expressa como uma soma finita de termos da forma ex",
onde c é uma constante e n é um inleiro não-negalivo. Alguns exemplos de polinômios são:
2x +I , 3x 2 + 5x -
v3
•• • ../2,5x 1 - x~+3
2 3
A função (x - 4) é também um polinômio, pois pode ser expandida pela fórmula binomjal
(veja no verso da capa) e expressa, então, como uma soma de lermos da forma ex":
Um polinômio geral pode ser escrito em qualquer uma das formas a seguir, dependendo
Uma revisão mais detalhada sobre
se quisermos as potências de x em ordem crescente ou decrescente:
pollnOmlos é apresentada no Apên·
dice B.
Co+ CtX + C2X 2 + · · · + C X 11
11
,. y \'
.t
Figura 1.4.1 O
• FUNÇÕES RACIONAIS ·
Uma função que pode ser expressa como uma razão de dois polinômios é denominadafrmção
racional. Se P(x) c Q(x) forem polinômios, então o domínio ela função racional
P(x)
f (x) = -:-'--'-
Q(x)
consiste em todos os valores de x tais que Q(x) ':/: O. Por exemplo, o domínio da função
racional
f(x) = x2+2x
x2 - I
consiste em todos os valores de x, exceto x = I ex= -I. Seu gráfico está na Figura 1.4.ll,
junto com os gráficos de duas outras funções racionais típicas.
Os gráficos das funções racionais com denominadores não-constantes diferem dos grá-
ficos dos polinômios de algumas formas essenciais:
Capítulo 1 I Funções 45
• Diferentemente dos polinômios, cujos gráficos são curvas con tínuas (não-quebra-
das), os gráficos das funções racionais têm descontinuidades nos pontos onde o de-
nominador é zero.
• Diferentememe dos polinômios, as funções racionais podem ter números nos quais
não estão definidas. Perto desses pontos, muitas funções racionais têm gráficos que
se aproximam bastamede uma reta vertical, denominada assíntota vertical. Na Figu-
ra 1.4.11, essas assíntotas estão representadas por linhas tracejadas.
• Diferentemente dos grMicos dos polinômios não-constantes, os quais começam c ter-
minam subindo ou descendo indefinidamente, os gráficos de muitas funções racionais
podem começar ou terminar cada vez mais perto de urna reta horizontal, denonúnada
assfntota horizontal, quando se percorre a curva em qualquer um dos sentidos. As as-
síntotas estão representadas pelas linhas tracejadas hori zontais nas duas primeiras par-
tes da Figura 1.4.11. Na terceira parte da figura, urna assíntota horizontal é o eixo x.
Y. ,. \"
14 I
I 4 . I
I I
I I
- I
---;------~.
-5 I -~
.
• • •
7 -4 4
I
I
I -3 -
I
4
x1 - I
)" =x·-2.r-3
'
Figura 1.4.11
• FUNÇÕES ALGÉBRICAS
As funções que podem ser construídas com polinômios, aplicando-se um número finito de
operações algébricas (adição, subtração, divisão e extração de raízes), são denorninaclasjim-
ções algébricas. Alguns exemplos são:
.r
4
,.
3
5 15
4 2
10
3
5
2
•••
2
-5 -4 -3 -2 -1
-5 -~ -3 -2 - 1 I 2 3 ~ 5
Figura 1.4.12
46 Cálculo
y =2scn4x
Figurn 1.4.13
, d , d
IAj
ampI1.tu e= r , peno o = I2Tr
8 I , j" ... , 181
rcquenc1a = 7t
2
lfi>o- Exemplo 2 Faça um esboço dos seguintes gráficos que mostre o período c a ampli-
tude.
(a) y = 3 sen 2rrx (b) y = -3 cos 0,5x (c)y = I + scn x
Solução (a) A equação é do tipo y =A sen 8x com A = 3 c 8 = 2rr, ponanto o gráfico tem
a forma de uma função seno, mas com amplitude A = 3 e período 2rr/B = 2rr/2rr = I (Figura
1.4.14a).
Capítulo 1 I Funções 47
Solução (b) A equação é do tipo y =A cos Bx com A= -3 c B = 0,5, portanto o gráfico tem
a forma de uma função cosseno que foi refletida em torno do eixo x (pois A = -3 é negativa),
mas com amplitude IAI = 3 c período 2n/B = 2rr/0,5 = 4rr (Figura 1.4. 14b).
Solução (c) O gráfico tem a forma de uma função seno que foi transladada uma unidade
para cima (Figura 1.4. 14c). ~
\'
Amplitude "
3
)'
11 --"' --- Amplitude ------r
X X - - - _(mplitude
I 4JT
X
v ~ v., v 2JT
Perfoclo Período
(a) (b) (c)
Figura 1.4.14
,.
Amplitude = A
,\'
----f-4r--~~T---~~~--~~--~
y =A scn(/Jx - C)
y=AscnBx
Figura 1.4.15
y = 3 cos ( 2x + ~)
c determine como deveria ser transladado o gráfico de y = 3 cos 2x para produzir o gráfico
dessa equação. Confirme seu resultado fazendo o gráfico da equação em uma calculadora ou
computador.
48 Cálculo
,1'
___ 71___ Solução A equação pode ser recscrila como
" /1
1-
t-
y = 3cos [ 2x - (- ;) ] = 3 cos [ 2 (x - ( -~))]
X
• que é do tipo
2 - J!
4
J!
4 2R
Figura 1.4.16 com A= 3, 8 = 2 e C/8 = - n/4. Segue-se que a amplitude é A= 3, o período é 2n/8 = n e
o gráfico é obtido transladando o gráfico de y = 3 cos 2x para a esquerda por iC/ 81= n/4
unidades (Figura 1.4.16). ~
1. Considere a famll ia de funções y = x", onde 11 é um inteiro. 4. Classifique cada equação como polinomial. racional. algébrica
Os gráficos de y = .111 são simétricos em relação ao eixo y se ou não uma função algébrica:
11 for . Esses grálicos são simétri cos em relação à (a) l' = ..fi + 2 (b) y = .J3x4 - x + I
ori gem se 11 for . O eixo y é urna assíntota verti cal
desses gráficos se n for _____ (c) l' = 5x3 + cos 4x (d) Y = x2 + 5
2x - 7
2. Qual é o domínio natural de um polinômio?
(c) y = 3x 2 + 4x - 2
3. Considere a família de funções y = x"". onde 11 é um inteiro
5. O gráfico de y =A scn Bx tem amplitude----- e é
não-nulo. Encontre o domínio natur;1l dessas funções se 11 for periódico de período _ _ _ __
(a) posi tivo c par (b) positivo e ímpar
(c) negativo e par (d) negativo e ímpar.
4. Encontre urna equação para: 9-10 Estabeleça uma propriedade geométrica comum a todas as
retas da família e esboce cinco das retas.
(a) a família de retas passando pela origem.
(b) a família de retas com corte no eixox igual a a= I. 9. (a) a famíliay=-x+b
(c) a família de retas que passam pelo ponto (1. -2). (b) a família y = mx- I
(d) a família de retas paralelas a 2r + 4y = I.
(c) a família y = m(x + 4) + 2
5. Encontre uma equação para a farnllia de retas tangentes ao cír- (d) a família x- J.y = I
culo com centro na origem e raio 3.
Capítulo 1 I Funções 49
a amí ia y- I = m x + I
... ,\' X
8 18. a y = 1- Jx + 2 h y = 1 - ~X +2
5
c y = -;-:--...,:-:;- 2
v = -;-:-- --:-:;-4
_,y
(1 - ' (4 + x)
11
8 19. a y = Vx + 1 b y = 1- .Jx- 2
)' x+ 1
c y = (x - 1) 5 + 2 y= - -
X
1 I
X 8 20. a y = 1 + b r= .,....---::---=
x- 2 · 1 + 2x + x2
2
c y=-- y=x 2 +2x
IV v VI . x'
Figur a Ex-11 21. E b cc
zen
- . = x·' + 2r c m etan
gráfic c)'
a tmn rmaçõc a r ria a n gnífic
ua m c a
c y =i
12. tabe a abai á a re a r ima e trê unçõe : uma 22. a e gráfic c y = ,fi ara a u ar a e b çar gráfic
a rma k:l. u1ra a rma "-' I. •• \ c a 1crcc1ra
• a rma .:..·
' · - "•' e y = .JIXT.
emiti uc ca a uma c e time kcrn ca aca b c gráfic c .r = }/X ara a u ar a e b çar gráfic
c)'= MXf.
Ta bela Ex-12
23. n rmc i cuti nc ta cçii . a ci c c e tabc ecc uc.
X 0,25 0.37 2. 1 4.0 5.8 6.2 7.9 9.3 a uma tem cratura c n tantc. a rc ã P c erci a r um gá
f (x) 640 197 1.08 0.156 0.05 13 0.0420 0.0203 0.0124
c tá rc ac:i na a a u me V c a c uaçà PV k =
a Enc ntre a uni a c a r ria a ara a c n tan tc k e a
g(x) 0.0312 0.0684 2.20 8.00 16.8 19,2 31.2 43,2
re ã uc é rça r uni a ê e área r em ne 1 n
ll(x) 0.250 0.450 6.09 16.0 27.9 30.9 44,4 56,7 r metr ua ra /m"' e ume em metr cúbic
rn3
31. Em Cltda parte. encontre uma equação para o gráfico que 33-34 Enconirc a amplilude c o período c esboce pelo menos dois
tenha a forma y =Yn +A sen (Bx- C). períodos do gráfico à mão. Confira seu trabalho com um recurso
,. ,. gráfico.
(a) (b)
(c) y = -4 sen( ·; + 2JT)
,. 8 35. Equações da forma
+ A 2 COS W I
X = A 1 sen W I
3 surgem no estudo de vibrações c de outros movimentos pe•ió-
dicos.
(a) Use a identidade trigonométrica para sen (a+ {3) para
mostrar que a equação pode ser escrita na forma
- I
x = Asen(wt + 8)
(c) (b) Estabeleça as fórmulas que expressam A e Oem termos elas
Figura Ex-31 constantes A,. A 2 c w.
(c) Expresse a equação
32. Nos EUA, as tomadas cl!!tricas padrão fomcccm uma corrente X = 5.J3 SCII 27rl + ~ COS 2m
elétrica senoidal com uma voltagem máxima de V= 120J2 na forma x = A scn(wt +8 ). c use um recurso gráfico
volts ( V). a urna frcqlli3ncia de 60 hem. (Hz). Escreva uma para confirmar que ambas as cquaçf>es têm o mesmo gráfico.
equação que expresse V como uma função do tempo t, supon- 8 36. Detennine o número de soluções dex= 2 sen x. e use um recur-
do que V = O se t =O. INota: I Hz = I ciclo por segundo.] so computacional ou gráfico para obter um valor aproximado
dessas soluções.
I. par: ímpar: negativo 2. (-ov, +<'>) 3. (a)[O, +<><>) (b)(-oo, +<><>) (c) (0, +<><>) (d)(~. 0) U (0, +N) 4. (a) algébrica (b) polinomial
(c) não-algébrica (d) raci onal (e) racional S. IA I; 2rr/IBI
• FUNÇÕESINVERSAS
A idéia de resolver uma equação y = f(x) para x como uma função de y, digamos x = g (y), é
•
uma das idéias mais jmportantes na Matemática. As vezes, resolver essa equação é um pro-
cesso simples; por exemplo, usando álgebra básica, a equação
)'=~+I b·aft.<) l
52 Cálculo
Pode ser mostrado (Exercício 34) que se uma função f tem urna inversa, então essa in-
ADVERTÊNCIA
versa é única. Assim, se uma função f tem uma inversa, temos o direito de falar "da" inversa
Se fé uma função. enlãoo -I no sím· de f, e passamos a denotá-la pelo símbolo f -•.
bolor' sempre denota a inversa e
nunca um expoente, ou seja:
I
r 'cx) nunca significa f(x) .,.. Exemplo 1 As contas feitas em ( I ) mostram que g(y) = ~J I é a inversa de f (x) =
i+ I. Assim, podemos escrever g em notação de inversa como
r' Cy) = ;;J - 1
e podemos escrever as equações na Definição 1.5. 1 como
y = x 3 + I e )' = ~X - I
Capítulo 1 I Funções 53
Adiante nesta seção voltaremos a tratar de funções inversas, mas para referência futura
apresentamos a seguinte refommlação das equações do cancelamento de (2) usando x como a
vari ável independente de ambas f e f -I:
1
F {f(x)) =x para Cada X nO domíniO def
(3)
f(j -1(x)) =x para cada y no domínio dcF1
(b) A inversadef(x) = x
3
ér 1 113
(x)=x •
Solução (a )
r '(f(x)) =ri(2x) = 4(2x) = X
O resultado no Exemplo 2 deve la·
zer senlido lntullivamente para vo<:é, J<r (x)) = f(~x) = 2(4x) = x
1
~ Exemplo 3 Sabendo que a função f tem uma inversa e que f(3) = 5, encontre f -\5).
Em geral, se f tem uma inversa e
f<"> = b. então o procedimento no Solução Aplicando f · I a ambos os lados da equação f(3) = 5, obtemos
Exemplo 3 mostra que " =f '(b);
r'
ou seja. leva cada salda de f de
f - l(/(3)) =f -1(5)
volta para a enrrada correspondente e agora aplicamos a primeira das equações de (3) para concluir que f -1(5) = 3. •
(Figura 1.5.2).
Uma maneira de mostrar que esses dois conjuntos são iguai s é mostrar que cada um está
f igu ra 1.5.2 Se .f lcv~ n para b. en- co ntido no outro . Assim, podemos estabelecer a primeira i gualdade em (4) mostrando que
tão.{'' lev:\ b de voha para (1. o domínio de f -t é um subconjunto da imagem de f c que a imagem de f é um subconjunto
do domínio de f -•. Isso pode ser feito da seguinte maneira: a primeira equação em (3) im-
pl ica que f · I está definido em f(x) para todos os va lores de x do domíni o de f, e isso impli-
1
ca que a imagem de f é um subconj unto do domínio de f - • Reciprocamente, se x está no
domínio de f ·t, então a segunda equação em (3) implica que x está na imagem de f , por ser
1
a imagem de f - (x). Assim, o domínio de f -I é um subconjunto da imagem de :f. Deixamos
a prova da segunda equação de (4) como um exercício .
1.5.2 TOORL\lA Se uma equação y = f{x) pode ser resolvida para x como uma fimção
de y. digamos x = g(y). então f tem uma inversa, a qual é g(y) =} 1()').
54 Cálculo
o•:MONSTRAÇÃO = = =
Substituindo y f(x) em x g(y) dá x g(f(x)), que confirma a primeira
= = =
equação da Definição 1.5.1, e substiluindo x g(y) em y f(x) dá y f(g(y)), que confirma a
segunda equação da Definição 1.5.1 . •
O Teorema 1.5.2 nos dá o seguinte procedimenro para encontrar a inversa de uma função.
Passo 3. A equação resulrante será x = f - '(y), que fornece uma fórmula para f - com va-
1
Uma maneira alternativa de obter
uma fórmula para r ' (ic) com .< como riável independente y.
variável independente é invefler os
papéis de x e de .'· logo no Inicio e en· Passo 4. Se y for aceitável como variável independente da função inversa, estamos leitos;
tão resolver a equação x ; f (y) para y se quisermos ter x como variável independente, precisamos trocar x com y na
como função de .r. equação X= r'(y) para Obter y = r'(x).
.,.. Exemplo 4 Encontre uma fórmula para a inversa de f(x) = -/3x - 2 com variável in-
dependente x c dê o domínio de f ·l .
y = -/3x -2
Em seguida, resolvemos essa equação para x como função de y:
i=3x - 2
X= *(y2 +2)
Como queremos que a variável indcpendenre seja x, trocamos x e y na última equação para
obter a fórmula
(5)
Sabemos de (4) que o domínio de f -' é a imagem de f. Em geral, isso não precisa ser igual
ao domínio natural da fórmu la para f -'. De fato, nesse exemplo, o domínio natural de ( 5) é
dado por (-oo, +oo), enquanto a imagem de f(x) = J3x - 2 é [0, +N). A ssim, se quisermos
especificar o domínio de r''
devemos dá-lo explicitamenre reescrevendo (5) corno
Uma função que associa saídas distimas a entradas distimas é denominada injetora ou,
então, invertível. Pelo que acabamos de discutir, se uma função tem uma inversa, então ela
deve ser injetora. A recíproca também é verdadeira, e estabelecemos o seguinte teorema:
1.5.3 TEORE:\t A Uma função tem uma inversa se, e somente se, f é injetortl.
Algebricamente, isso significa que uma função é injetora se, e somente se, f(x 1) f(x.J *
*
sempre que x, Xú geometricamente, uma função é injetora se, e somente se, o gráfico de
y = f(x) é cortado, no máximo, uma única vez por qualquer reta horizontal (Figura 1.5.3).
Essa última afirmação, junto com o Teorema 1.5.3, produz o seguinte teste geométrico para
determinar se uma função tem uma inversa.
y = f(x)
.r X
Figur a 1.5.3
1.5.4 T EOREMA (O Teste da Reta Horizontal) Umafimçtio tem uma inversa se, e so-
meme se. seu gráfico é co11ado, 110 máximo, uma tínica vez por qualquer reta horizontal.
11>Exemplo 5 Use o teste da reta horizontal para mostrar que f(x) = ..? não tem uma inver-
sa, mas que f(x) = x" tem.
Solução A Figura 1.5.4 mostra uma reta horizontal que corta o gráfico de y = / mais ele
2
uma vez, ele modo que f(x) = x não é invertível. A Figura 1.5.5 mostra que o gráfico ele y =
x~ é co•'tado, no máximo, uma única vez por qualquer reta horizontal, de modo que f(x) = x3 é
invertível. [Lembre do ExemphY2 que a inversa ele f(x) =i
é f -•(x) = x. 10.] ..,.
\'
)' ' •
v= .r·
y= '
x~
-I
X
L
X
-
I
·'' .,.. Exemplo 6 Explique por que a função cujo gráfico está na Figurai .5.6 tem uma inversa
e obtenha F (3).
1
Solução A função f tem uma inversa uma vez que seu gráfico passa pelo teste da reta hori-
1
zontal. Para calcular F (3), consideramos r '(3) como aquele número X para o qual f (x) = 3.
X A partir do gráfico, vemos que f(2) 3; logo, F (3) 2. •
1
= =
-3 -2 - 1 O I 2 3 4 5 6
Figura 1..5.6
• FUNÇÕES CRESCENTES OU DECRESCENTES SÃO INVERTÍVEIS
Uma função cujo gráfico está sempre crescendo quando percorrido da esquerda para a direita
A função./(.<) =x' na Figura 1.5.5 é um
é dcnominadafimção crescente e uma função cujo gráfico está sempre decrescendo quando
exemplo de uma função crescente.
Dê um exemplo de uma função de· percorrido da esquerda para a direita é dcnorninadafunção decrescente. Se x 1 c ..11 são pontos
crescente e calcule sua Inversa. do domínio de f, então f é crescente se
f(x 1) < f(x 2) sempre que x 1 < x 2
e f é decrescente se
f(x 1) > f(x2) sempre que x 1 < x 2
(Figura 1.5.7). É geometricamente evidente que funções crescentes e decrescentes passam no
teste da reta horizontal c, portanto, são invertíveis.
.\' ,.
Crescente Decrescente
I
I
I /(.<2)
I I
I I I
I I I
I I I
f(x1) I I X l f(xz) x
)'
.r, ·'2
Figura 1..5.7
"r -- -
b
1! - b _ , . • GRÁFICO DAS FUNÇÕES INVERSAS
t -- - ll - - --1
Nosso próximo objetivo é explorar a relação entre os gráficos de f e Com esse propósito, r'.
Os pontos (a. b) e (b. a) são será desejável usar x como a variável independente para 11mbas as funções, para podermos
reflexões por ,1' x = comparar os gráficos de y = f (x) e y = r'(x).
fligura 1.5.8 Se (a, b) for um pomo no gráfico y = f(x), então IJ = f(a). Isso é equivalente à afirmativa
de que a= r '<b), a qual significa que (b, a) é um ponto no gráfico de y = r'(x). Em resumo,
inverter as coordenadas de um ponto no gráfico de .f produz um ponto no gráfico de Analo- r '.
/ /
/ .,.=.r
/
gamente, inverter as coordenadas de um ponto no gráfico de r'
produz um ponto no gráfico de f
(IJ, u) / (verifique). Contudo, o efeito geométrico de inverrcr as coordenadas de um ponto é refletir aque-
' ')< /
/ le ponto pela reta y =X (Figura 1.5.8), portanto os gráficos de y f (x) c y =
(x) são rcllcxües =r'
y = f(x)
/
/
/ '' um do outro em relação a essa reta (Figura 1.5.9). Em resumo, temos o seguinte resultado:
//
/
/
/
1.5.5 Té"'REMA Se f tiver 1111/(/ inversa, então os grtificos de)'= f (x) e)' = r' (x) são
/
/ .r reflexões 11111 do owro em relação à reta y = x; isto é, cada 11m é a imagem espelhada do
0111ro em relaç{iOàquela reta.
Figura 1..5.9
Capítulo 1 I Funções 57
.,. Exemplo7
Exemplos 2 e 4 . .. A Figura 1.5.1 O mostra os gráficos das funções inversas discu tidas nos
.\' y = 2x
••
Figura 1.5.10
4
J
3
2
-3 -2 2 3 4 5
-2
.r= - ;{X
Figura 1.5.11 Figura 15.12
desse ti po envolvem o cálculo de ·'funções arco", tais como are sen x, are cos x e assim por
diante. Vamos terminar esta seção estudando essas funções arco do ponto de vista de funções
. .
rnversas gerars.
As seis funções trigonométricas básicas não têm inversas pois seus gráficos se repetem
periodicamente e, portanto, não passam no teste da reta horizontal. Para evitar esse problema,
restringimos os donúnios das funções trigonomérricas para obrer funções injetoras e depois
definir as "funções trigonomélricas inversas" corno as inversas dessas funções restritas. A
Se o leilor enconrrar diliculdades
para visualizar a correspondência pane superior da Figura J.5.13 mostra como impor essas rcsrriçõcs a scn x, cos x, lg x e sec x,
entre as partes superior e inferior e a parte inferior mostra o gráfico correspondente das funções inversas
da Figura t .S.t3, deve lembrar que
uma reflexão pela reta y =·'
transfor-
are sen x, are cos x, are rg x, are sec x
ma retas verticais em raras horlzon- (que também poderiam ser denotadas por sen-'x, cos-'x, tg- 1x, scc- 1x, prática que não será
lals e vice·versa, converlendo cortes
adotada aq ui). As inversas de cotg x e de cossec x são de menor importância e não serão con-
com o eixo x em corres com o eixo y
e vice-versa. sideradas nos exercícios.
\' .,. .r
i\
I 1
X
- ·, - Ir _!L
rn f
I I
-I
I I
y
lr
= scn .\'
lr
)' =cosx y =tg .r y=sccx
OSxS lr lr lr Ir
-2 S X S 2 --<X<-
2 2 0S X S Ir. X .. 2
,. ... ,.
Ir
2 11
------~
X X
------ 211
X
X
-I
-I
Figura 1.5.13
1.5.6 DEFINIÇÃO A função arco seno, denotada por are scn, é definida como sendo a
inversa da função seno restrita
sen x, -Ir/2 ::; x ::; n /2
1.5.7 DEFINIÇÃO A função arco cosseno, denotada por are cos, é delinida como sendo
a inversa da função cosseno restrita
COSX, Q::; X< Ir
Capítulo 1 I Funções 59
1.5.8 DEFINIÇÃO A função arco tangente, denotada por are tg, é definida como sendo
a inversa da função tangente restrita
tg X, -n/2 < X < 1r/2
1.5.9 DH INIÇÃO* A funç.ãoarco secante, denotada por are sec, é definida como sendo
a inversa da função secante restrita
sec x, O < x ~ n com x :/:: 1r/2
Tabcht 1.5.1
DOMfNIO IMA(iEM IU:I..A(:C)I:..'\ HM\I('AS
al'c sen [- I , I J [- 7T/2. 7T/2] ~rc scn(sen x) = x se - 7T/2 ::; x ::; 7T/2
scn(arc senx) =x se - I :s; x :s; I
arccos [-1,1] [0,7T] arccos(cosx)=xse O ::;x::;7T
cos(nrc cos x) =x se - I :s; x :s; 1
are tg (-oo, +oo) (- 7T/2. 1TI2) are tg(tg x) = x se -7T/2 < x < 7T/2
tg(arc tg x) = x se -00 < x <-i«>
are sec (-oo. -I] U [I. +oo) [0. 7T/2) U (7r/2, 7T] are sec(scc x) =x se O ::; x :s; r.. x ~ r./2
scc(nrc scc x) =x se ~·i~ I
.f sen x =~ (6)
" e, mais geralmente, para um dado valor de y no intervalo - I S y S l podemos querer resolver
a equação
sen x=y (7)
Figura 1.5.14
Como sen x repete-se periodicamente, tais equações têm uma infinidade de soluções para x;
entretanto, se resolvermos essa equação como
x= are sen y
então isolamos a solução específica que está no intervalo [-n/2, n'/2], uma vez que essa é a
variação da inversa do seno. Por exemplo, a Figura 1.5. 14 mostra quatro soluções da Equação
(6), isto é,- I l1r/6, -77r/6, n/6 e Sn/6. Uma delas, 1r/6, é a solução no intervalo (-lf/2, n:/2),
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA logo
Solução (a) Como are sen (11 J2) > O, podemos ver x= are sen (li J2 )como aquele ângu-
lo no primeiro quadrante tal que sen 19 = =
I f.J2. Assim, are sen ( I I J2) 1CI4. Podemos con-
firmar isso com um recurso computacional, moslrando que are sen (I I J2) : : : 0,785 :::::: 1CI4.
Se x = are cos .r for visto como um ân·
guio medido em radianos cujo cosseno Solução (b) Como are sen (-I)< O, podemos ver x =are sen (-J) como aquele ângulo
é y, em qual quadrante pode estar .< ? no quarto quadrante (ou um eixo adjacente) tal que sen x =- I . A ssim, are scn (-1 ) = - 1CI2.
Responda a mesma questão para
Podemos confirmar isso com um recurso computacional, mostrando que are sen (-1) ::::::
x =are tg y e x = :.rc S~'C y.
- I ,57 :::::: -1C/2. ~
OOMfNIO DA
TECNOLOGIA A maioria das calculadoras não !em um método direto para calcular a inversa da secante. Em tal situação,
a identidade
are sec x =are cos ( 1/x) (9)
é útil (Exercício 50). Use es:sa fórmula para moslrar que
are sec (2.25) ~::: 1.1 I e are see (-2.25) "" 2.03
Se você tiver um recurso computacional (tal como um CAS) que possa achar are scc x diretamente, use-o
para conferir esses valores .
are tg .f
I
(a) (b) (c) (ti)
Figura 1.5.15
A técnica do triângulo nem sempre produz a forma mais geral de uma lden!ldade. Por exemplo, no Exercfcio 62 pedi-
mos para o leitor deduzir a seguinte extensão da Fórmula (15) que é válida tanto para x s- I quanto para x:! I:
/xlxl
2- I
sen(arcsecx)= (lx l ~ l ) (16)
A partir da Figura 1.5.1 3, observe que as inversas do seno e da tangente são funções
ímpares; isto é:
.,. Exemplo 9 A Figura 1.5.16 mostra um gráfico gerado por computador da função
y =are sen (sen x). Poder-se-ia pensar que esse gráfico deva ser a reta y = x, uma vez que
are sen (sen x) = x. Por que isso não acontece?
Solução A relação are sen (sen x) = x é válida no intervalo -Jr/2 :5 x :5 Jr/2; logo, podemos di-
zer, com certeza, que os gráficos de y = are sen (scn x) c y = x coincidem nesse intervalo (o que
é confim1ado pela Figura 1.5.16). Contudo, fora desse intervalo, a relação are scn (scn x) = x
não precisa ser válida. Por exemplo, se x estiver no intervalo Jr/2 < x :5 3Jr/2, então a quantidade
x- Jr estará no intervalo - Jr/2 < x < Jr/2. Assim:
are sen [scn (x- Jr)] = x- Jr
Dessa forma, usando a identidade sen (x- n) =- sen x e o fato de que are sen é uma função
ímpar, podemos expressar are sen (sen x) como
are sen (sen x) =are sen[-sen(x- n)] =-are senj"sen(x- rr)] = -(x- n)
I sso mostra que no intervalo rr/2 < x < 3rr/2, o gráfico de y =are scn (scn x) coincide com a reta
y =- (x- rr), que tem inclinação - 1 e um corte no eixo x em x = rr, o que está de acordo com
a Figura 1.5.16. ~
1C
Figura 1.5.16
62 Cálculo
I. Em cada parte. dc1erminc se a função f é injeLora. 4. Em cada par1e. determine o valor exato sem utilizar recursos
(a) f (r) é o número de pessoas na fila de um cinema no insLan· computacionais.
Ie de lempo /. (a) arcsen (-1 )= _ _ __
(b) f (.r) é a ICmpcralllra máxima medida (arredondada a1é o (b) are 1g (I ) = _ _ __
ocmais próximo) em uma cidade nox-ésimo dia do ano. (c) arcsenaJJ)= _ _ __
(c) f( u) é o peso de u cemímc1ros cúbicos de chumbo.
(d) are cos m=- - - -
2. Um esllldame digila um número em uma calculadora. 1oma (e) arcsec(-2) = _ _ __
o dobro. soma 8 ao resu llado. divide por 2. subtrai 3 do quo-
S. Em cada parte, de1errninc o valor exalo sem utilizar recursos
c iente c cnlfio 1oma o cubo da di ferença. Se o número resul -
computacionais.
lanlc for x. cn1iio o número orig inal digitado pel o es1Udan1e
foi _ _ _ _ (a) are sen (sen rr/7) = _ _ __
(h) are sen (sen 5rr/7) = _ _ __
3. Se (3. -2) é um pon1o no grá fico de uma função f ímpar inver-
lível . então e são pon1os no grálico (c) are tg (tg 13rr/6) = _ _ __
de r '. (d) are cos (cos 12rr/7) = _ _ __
=
(b) f(x) 3x + I . g(x) =3.1' - I (b) Como é afetada sua resposta a (a) se f deve ser uma
função i nvertível ?
(c) f(x) = ~x - 2 , g(x) = x3 + 2
(c) Como são afetadas suas respostas a ( a) e (b) se foi a
(d) f(x) = .I'J , g(x) = $
ponta do pomeiro dos minutos que parou no gráfico de
E32. Verifique suas respostas para o Exercício 1 com um recurso f?
gráfico computacional. determinando se os gráficos de f e g
7. (a) A figura abaixo mostra o gráfico de uma função f sobre
são rcncxõcs um do outro em rclaçfto à reta y = x.
seu domínio -8 :!0 x :!0 8. Explique por que f tem uma
3. Em cada parte. use o leste da reta horizontal para determinar se inversa c use o gráfico pam encontrar r '(2) . r '(- 1) e
a função f é injetora. r' co>.
(a) f (x) = 3x + 2 (b) f(x) = .Jx - I (b) Encomrc o domfn io c a imagem de r'.
(c) f(x) =~I (d) f(x) = .t'
I
(c) Esboce o gráfico de r'.
(c) f(x) = xz- 2x+2 (f) f(x) =sen x .•..·................ .............
.
E34. Em cada parte. gere o gráfico da função f com um recurso grá- . . . . . . . . .
...... "........ ............
. .
. . ...
'
I .... ,.............. ··;" ";···
fico computaci onal. e determine se }' é injetora.
. .. . . .. .. . .. ., . . • . • .• X
'
' ' ' '
ENFOCANDO CONCEITOS
-2
. ... ~ - : ' ::t:'' -.:c·
................. ........ ........ .. . : : :..............
. .......................
' '
;. : :
' h
'
S. Em cada pa1tc, determ ine se a função f definida pela tabela - 8- 7- 6- 5- 4- 3 - 2 - 1 O I 2 3 4 5 6 7 8
é injetora. Figura Ex-7
(a)
X I 2 :l 4 5 6 8. (a) Explique por que a função f. cujo gráfico es1á na figura
abaixo. não tem inversa em seu domínio - 3 s; x s; 4.
f(x) -2 - I o I 2 3
(b) Subdivida o domínio em I rês intervalos adjacentes so-
(b) bre cada um dos quais a função f tem uma inversa.
X I 2 3 4 5 6
\'
f (x ) 4 -7 6 -3 I 4
X
6. A face de um relógio quebrado caiu inteira no plan0.-1)' com -3
o centro do rel ógi o na origem c as 3 horas na direção do
eixo x positivo. Quando o relógio quebrou. a ponta do pon-
teiro das horas p<trou no gráfico de y = f (x), onde f é uma Figura Ex-8
funçao que sati sfaz f (O) = O.
Capítulo 1 I Funções 63
44-46 Use um recurso computacional para aproximar a solução 49. (a) Esboce os gráficos de are cotg x e are cossec x.
da equação. Quando forem usados radianos. expresse sua res- (b) Obtenha o domínio e a imagem de are cotg .r e de are
posta com quatro casas decimais; quando forem usados graus. cossecx.
expresse-a ate! o décimo de grau mais próximo. [Nota: Em cada
50. Mostre que
parte, a solução não está na i magem da função tri gonométrica
inversa pertinente.) are tg ( 1/x). sex > O
(a) are eotg x =
{ ;r+ are tg (I /x), scx <o
44. (a) scn x =0,37. rr/2 < x < 11 I
(h) scn0=-0.61. 180° <0<270° (b) are scc x =are eos - , se [x[ > I
X
45. (a) COS X= - 0.85, <X < 371/2
7r I
(c) are cossec x =are sen - , se lxl :;:: I
(b) coso= o.23. -9o· <o< o· X
(a) o número máximo de horas de claridade em Fairbanks com quando a base do míssil estiver b pés acima das lentes da câme-
uma casa decimal: ra o ângulo Osubentendido nas lentes pelo míssil é
X X
(b) o número mínimo de horas de claridade em Fairbanks com B = are cot - are cot -
uma casa decimal. a+b b
T
Fonte: E.~1e problema foi adaplado de TEAM. A Path 10 Apptied Mmhettl<t- <I
tics.'Jbe Malhcrnalical Association of Amcrica. Washing1on. D.C.. 1985. .L
54. A lei dos cosseuos afirma que
2
c =a +b2 2
- 2ab cos e
l
b
T
3.000pés
are tg x + are tg y = are tg r+y)
( I -X)'
desde que -rr/2 <are tg x +are tg y < rr/2. [Sugesuio: Use uma
identidade para tg (a+ fl). I
p Figura Ex-55 61. Use o resultado do Exercício 60 para mostrar que
56. Um~ câmera está posicionada a x pés da base de uma ram- t
(a) are tg +are tg ~ = rr/4
pa de lançamento de mísseis (ver figura a seguir). Se o míssil (b) 2 arctg! + arctg 4= rr/4
de comprimento a pés for lançado verticalmente, mostre que
62. Use as identidades (9) c ( 12) para obter a identidade (16).
l. (a) nãoé injctOra (b) nãoéinjctora(e)é injctora 2. $ - 1 3.(-2,3);(2. -3) 4.(a) -n/2 (ll) n/4 (c) rr/3 (d) rr/3 (e) 2n/3
S. (a) rr/7 (b) 2rr/7 (c) rr/6 (d) 2rr/7
• EXPOENTES IRRACIONAIS
Lembre-se da Álgebra, em que as potências inteiras não-nulas de um dado número real não-
nulo IJ são definidas por
t.n 1. 1.. b 1.- 11 __ _
I
V = vXvX .. ·X C v
11 f.11ores /J''
0
e IJ = I se 11 =O. Além disso, se plq é um número racional positivo dado em forma irredutível,
então
b - p/q = I
b'''"
Se IJ é negativo, então algumas potências fracionárias de IJ terão valores imaginários, como,
por exemplo, a quantidade ( -2) 112 = R. Para evitar essa complicação, passamos a supor
em toda esta seção que h > O, mesmo se isso não for explicilado.
Existem vários métodos para definir potências irracionais, tais como
211'. 3J2. 1T-./i
Tabela 1.6.1 Uma abordagem consiste em definir as potências irracionais de b por meio de aproximações
sucessivas usando potências racionais de b. Por exemplo, para definir 2", considere a repre-
X 2'
sentação decimal de rr:
3 8.000000
3, 14 15926...
3, I 8.574188
A partir dessa decimal podemos formar uma seqüência de racionais que fica cada vez mais
3.14 8.8 15241 próxima de rr, a saber:
3. 14 1 8.82 1353 3, 1; 3, 14; 3, 14 1; 3,14 15; 3, 14 159
3.14 15 8.824411
e dessa seqüência podemos formar uma seqüência de potências racionais de 2:
3.14159 8.824962 ?3.1. 2 3.1•. 2 3.1• 1. 2~.1.1$, 23.1.159
- ' 1 , '
3,141592 8.824974
Como os expoentes dos termos dessa seqüência se aproximam cada vez mais de rr, parece
3,1415926 8.824977 razoável que os próprios termos também se aproximem sucessivamente de algum número. É
esse o número que definimos como sendo 2". rsso está ilustrado na Tabela 1.6.1, que construí-
mos usando uma calculadora. A tabela sugere que, até a quarta casa decimal, o valor de 2·• é
-2 -1 2
Figura 1.6.1 l~igura 1.6.2 A f:unflia y =1
/ (b >O)
Se b > O, então f(x) = b' está bem definida c tem um valor real para cada valor real de
x, de modo que o domínio natural de cada função exponencial é (-N, +<:v). Se b >O e b «:O,
então, como vimos anteriormente, o gráfico de y = ll cresce sem parar à medida que o per-
corremos em um sentido e decresce em direção a zero, sem nunca atingi-lo, à medida que o
percorremos no outro sentido. Isso implica que a imagem de f(x) = b' é (0, +oo).*
~ Exemplo 1 Esboce o gráfico da função f(x) = I - 2' c encontre seu domínio e imagem.
Solução Comece com o gráfico de y = 2.._ Reflita esse gráfico no eixo x para obter o gráfi-
co de y =-2·', depois translade o gráfico obtido urna unidade para cima para obter o gráfico
de y = I - 2' (Figura 1.6.3). A reta tracejada na terceira parte da Figura I .6.3 é uma assínto-
ta horizontal do gráfico. Deve ficar claro a partir do grálico que o domínio de f é (-oo, +<>o)
eaimagemé(-oo,l). ~
)' J
X y : t
===::::--r----· -------- -------·
X
Figura 1.6.3
Essa base é imponanle no Cálculo porque, comt) veremos adiante, b =e é a única base para a
qual a inclinação da reta tangente* à curva y = bx em qualquer ponto P da curva é igual à co-
lnclíNiçAO a 1 ordenada y do ponto P. Assim, por exemplo, a reta tangenlc a y =ex em (0, I) tem inclinação
igual a 1 (Figura 1.6.4).
A função f (x) = ex é denominadajimção exponencial natura/. Como o número e está
entre 2 e 3, o gráfico de y = e-" se encaixa entre os gráficos de y = 2' e de y = 3.., como mostra
a Figura 1.6.5. Para simplificar a tipografia, a função exponencial natural também é dada por
- e.<o+-<> =exoex•- deve ser expressa por
exp (x ) , caso em que a reIaçao
Figura 1.6.4 A reta tangente ao
gráfico de y =t em (0. I ) tem incli- cxp(x 1 + x2) = exp(x1) cxp(x2)
nação I.
DOMÍNIO DA
O recurso computacional do leitor deve ter comandos ou teclas para aproximar e e traçar o gráfico da função
TECNOLOGIA
exponencial natural. Leia seu manual para ver como fazer Isso e use o recurso para confirmar (2) e gerar os
gráficos da Figura 1.6.5.
y = ( I+ X
I ).r (3)
Como mos1ramos na Figura 1.6.6, y =e é uma assfnlola horizonlal desse grálico. Disso de-
corre que o valor de e pode ser aproximado com a precisão desejada calculando (3) para x
suficientemente grande em valor absolulo (Tabela 1.6.2).
Figura 1.6.5
Tabela
1.6 .2
APROXIMAÇÕES DE<' POR (1 + li.<)' PARA
VALORES CRESCENTES DE x
6
5
4 I 2 ~2.000000
• FUNÇÕES LOGARÍTMICAS
'
Lembre-se da Algebra, em que um logaritmo é um cxpocnle. Mais precisamenle, se b > Oe b :;z:: I,
para um valor posilivo de x a expressão
log,,x
(que se lê: "o Iogarilmo de x na base b") dcnola aquele expoente ao qual devemos elevar b
Os logaritmos com base 1os.!lo dano·
para obter x. Assim, por exemplo:
minados logaritmos comuns e. mui·
tas vezes, são escritos sem referên· log10 100 = 2, log10(1/J OOO) = - 3, log2 16 = 4, Jog,I =O, e., = I
loo.b
cia alguma à base. Assim, o sfmbolo
log x em geral slgnlflca log 1.,r.
j 1o' = 100 I I to·' = lllOOO I I 2' . t6 I I 0
b =I b' =h
• A dcfiniç!lo pn.~S3 de rc1a l.'lng<.'nle será dísculida :ldian1e. Por enquanto. ba$1a a inluiçi\o do leitO<.
Capítulo 1 I Funções 69
As funções logarítmicas também podem ser i nterpretadas como inversas das funções
exponenciais. Para ver isso, observe na Figura 1.6. I que, se b > Oe b :;z: I , então o gráfico de
f(x) = b'' passa no teste da reta horizontal, de modo que b·' tem uma inversa. Podemos encon-
trar uma fórmul a para essa inversa com variável independente x resolvendo a equação
y=b'
para y como uma função de x. Mas essa equação afirma que y é o logaritmo de x na base b, de
modo que podemos reescrevê-la como
y = logbx
)' )' = ,,.. Assim, estabelecemos o seguinte resultado:
Segue desse teorema que os gráficos de y = li' c y = log1,x são reflexões um do outro
pela reta y = x (ver Figura ·1.6.7 para o caso em que b > I). A Figura I .6.8 mostra o gráfico
de y = log,,x para vários valores ele b. Observe que todos esses gráficos passam pelo ponto
(I , 0).
O logaritmo mais importante nas aplicações é o de base e, que é denominado logarit-
mo natural, já que a função log.x é a inversa da função exponencial natural e'. É comum
Figura 1.6.7 denotar o logaritmo natural de x por In x (que costuma ser lido como "ele ene de xis'') em
vez de log. x. Por exemplo:
Em geral,
I y =In x se, e somente se, x =e'
Como mostramos na Tabela 1.6.:1, a relação inversa entre bx e logbx dá uma correspon-
dência entre algumas propriedades básicas dessas funções.
làbela 1.6.3
Figura 1.6.8 A famni a CORRESPONDÊNCIA ENTRE AS PROPRIF.I)AOES OAS
y = log..db > I ). FUNÇÕES LOGA RÍTMICAS E EXPONENCIAIS
PROPRI EDADE DE I>' PROI' Ri t::DADE DI:: log•.<
b
0
=I
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
b' = b log,b = 1
Use seu recurso gráfico para gerar os Imagem é (0, +oo) Domfnio 6 (0. +oo)
gráficos de .1' = In .r e de .1' = log x.
Dominio é (-v"X), +oo) Imagem é (-ro. +N )
Também segue das propriedades de cancelamento de funções inversas [ver (3) na Seção
1.5] que
1ogb(/!) = x para todos os valores reais de x
(4)
b1" gb x =x para x >O
Em outras palavras, as funções b' e logbx cancelam o efeito uma da outra quando compostas
em qualquer ordem ; por exemplo:
log lO' =x, e""' =1T
Essas propriedades são freqüentemente usadas para expandir um único logaritmo em somas,
As expressões da forma log,(u + u) e em diferenças e em múltiplos de outros logaritmos c, inversamente, para condensar sornas,
log.(u - 11) nao têm nenhuma slmplifl·
diferenças e múltiplos de logaritmos em um único logaritmo. Por exemplo:
cação útil em termos de log.u e log. u.
Em particular, xys
= logx + 51og y- ~ log z
5 5 112
log r: = logxy - log..,fi = logx + log y - log z
logJ u + u)"' log. (11) + log. (u) v (. -
log.<u- v)"' log. (11) - log. (u) 32 . 3
5 log 2 + log 3 - log 8 = log 32 + log 3 - log 8 = l og = l og 12
8
1
-3
? ?
In x -ln(x- - 1) + 21n(x + 3) =In x 1/3 -ln(x- - I )+ ln(x + 3) 2 = In --::,.---,---
Yx<x+3)2
. x2 - I
As relações inversas entre as funções logarítmicas e exponenciais fornecem os seguintes
resultados útei s para resolver equações que envolvam a exponencial c o l ogaritmo natural:
Urna equação da forma log1,x = k pode ser resolvida para x reescrevendo-a na forma
x = bk, e uma equação da forma bx = k pode ser resolvida reescrevendo-a na forma x = log,,k.
A ltemati vamente, a equação bx = k pode ser resolvida tomando um l ogari tmo qualquer de
ambos lados (mas geralmente log ou In) e aplicando a parte (c) do Teorema 1.6.2. Essas
idéi as estão ilustradas no exemplo a seguir .
X = J0./2 ~ 25,95
Solução (b) Convertendo a equação para a forma exponencial, obtém-se
x+ I =e,. ou x=e·' - I ~ 147,4 1
Capítulo 1 I Funções 71
• Exemplo 3 Um satélite que requer 7 watts de potência para operar em plena capacidade
está equipado com uma fonte de potência de radioisótopos cuja saída em watts é dada pela
equação
P = 75e"'11 2j
onde t é o tempo em dias que a fonte é usada. Por quanto tempo o sa télite pode operar na ca-
pacidade máxima?
Solução A potência P decairá para 7 waus quando
7 = 75e"'' 1 2 ~
A solução para l é como segue:
7/75 = e"'1125
In (7175) = ln(e"''m)
In (7175) = -t/ 125
t=- 125 1n (7/75) ::::: 296,4
logo, o satélite pode operar na capacidade máxima por cerca de 296 dias. ~
tr - e-x
• Exemplo4 Resolva = I para x.
2
Solução Multiplicando ambos os lados da equação por 2, temos
eX -e-x = 2
ou, de forma equivalente,
I
é - - =2
eX
Multiplicando ambos os lados por e', temos
l' - L= 2e' ou ez' - 2i - I =O
lsto é, de fato, uma equação quadrática disfarçada, como pode ser visto reescrevendo-a na
forma
In x
logbx = - (8)
In b
Podemos deduzir esse resultado fazendo y = logl>x, do qual temos b ' = x. Tomando o l o-
garitmo natural de ambos os lados dessa equação, obtemos y In b = In x, a partir do que
segue-se (8) .
.,.. Exemplo 5 U se uma calculadora para calcular l og 2 5 expressando esse l ogari tmo em
termos de l ogaritmos naturais.
In 5
log2 5 = In ~ 2,32 1928 ~
2
y= l ogx
então, aumentando x por um fator de I O, adiciona-se I unidade a y, uma vez que
Os físicos e os engenheiros aproveitam as vantagens dessa propri edade para medir a intensi-
dade em termos do nível do som {3, o qual é definido por
{3 = IO log(l //0)
12
onde / 0 = 10- W/nl é a intensidade de refcrênci11 próxi ma ao limiar da audição humana. A
unidade de {3 é o decibel (dB), assim denotada em homenagem ao inventor do telefoneAlexan-
der Graham Bell. Com essa escala de medida, multiplicando a intensidade I por um fator de
I O, adicionam-se 10 dB ao nível de som {3 (verifique). Isso resulta em uma escala mais tratável
do que a intensidade para medir a altura do som (Tabela I .6.4). A lgumas outras escalas logarít-
micas familiares são a escala Richter, usada para medir a intensidade de tctTcmotos, e a escala
pH, usada para medir a acidez na Química; ambas serão discutidas nos exercícios.
Pete Townshend. do grupo The Who,
sofreu permanente redução da audi-
ção. devido ao alto nível de decibéis .,. Exemplo 6 Em 1976, o grupo de rock The Who estabeleceu um recorde para a intensi-
da música de sua banda. dade de som de um show: 120 dB. Por comparação, um martelo pneumático posicionado no
Capítulo 1 I Funções 73
mesmo lugar do The Who poderia ter produzido um som de 92 dB. Qual é a razão da intensi-
dade do som do The Who em relação à intensidade de som de um martelo pneumático?
Solução Sejam / 1 e /3 1 (= 120 dB) a inlensidade e o nível do som do The Who, e 12 e /32 (=
92 dB ) a intensidade e o nível de som do martelo. Então,
/ 1 112 = (/1 / /0 )(/2 / /0)
y= M y=M y= ln x
X ...
IoM
1·2 Simplifique a expressão sem usar uma calculadora. 13·15 Reescreva a ex pressão como um único logaritmo.
9 ·10 Use as propriedades de logaritmos do Teorema 1.6.2 para 32-33 Reescreva a equação dada como um a equação quadrática
reescrever a expressão cmtcnmls de r, s c 1 onde r = In a, s = In b emu, onde u = l : então resolva para x.
cr. = ln c.
32. c?' -e'= 6 33. e ! l' - 3c X = -2
9. (a) ln a 2$c b
(b) In - ENFOCANDO CONCEITOS
a 3c
34-36 Esboce o gráfico da equação sem usar um recurso gráfico
10. (a)
$:
In -
ab
(b) In fgc
computacional.
SUBSTÂNCIA [Hl
ENFOCANDO CONCEITOS
(a) Sangue anerial 3.9 X I0.. moiiL
Ej43. (a) A curva na figura anexa é o gráfico de uma função ex- 6.3 x 10.; moVL
(b) Tomn1cs
ponencial? Explique seu raciocínio.
(c) Leite 4,0 X 10' 1 moi/L
(b) Encontre a equação de uma função exponencial que (d) Café 1.2 x 10-+ moVL
passe pel o ponto (4, 2).
(c) Encontre a equação de uma função exponencial que
passe pelo ponto (2. *). 50. Use a definição de pH do Exercício49 para encontrar a [H+] da
solução que tem pH igual a
(d) Use um recurso computacional para gerar o gráfico de
(a) 2, 44 (b) 8, 06
uma função exponencial que passe pelo ponto (2, 5).
51. A altura percebida fj de um som em decibéis (dl3) está relacio-
'
nada com sua intensidade I em waus/metro quadrado (W/m")
pela equação
f3 = lO log (///0)
X o·'
onde /0 = I 2W/m2 • Os danos ao ouvido médio ocorrem a par-
tir de 90 dB ou mais. Encontre o nível de decibéis de cada um
Figura Ex-43
dos seguintes sons e estabeleça se causará dano à audição.
Ej 44. (a) Faça uma conjectura sobre a forma geral do gráfico de
y = log(Jog .r) e esboce o gráfico dessa equação e de y = SOM I
log x no mesmo sistema de coordenadas. (a) Avmo a jato (a 150m de distância) J.Ox I 0"' Wtm·'
1
(b) Confira seu trabalho em (a) co m um recurso gráfico (b) Música de rot·k amplificada 1.0Wfm
computacional. (c) Liquidificador 1.0 X I ()~' W/m1
54. Suponha que o nível de decibéis de um eco é ~ do nível de (a) Encomre a energia E do terremoto de San Francisco de
decibéis do som original. Se cada eco resulta em outro eco. 1906. que registrou M = 8.2 na escala Richter.
quantos ecos serão ouvidos a partir de um som de 120 dB. (b) Se a energia liberada de um terremoto for lO vezes a de
dado que o ouvido humano médio pode ouvi r até no mínimo outro. quamo maior será a sua magnitude na escala Ri-
IOdB? chter?
55. Na escala Ricllter. a magnitude M de um terremoto está rela- 56. Suponha que as magnitudes de dois terremotos difiram por I
cionada com a energia liberada E. em joules (J). pela equação unidade na escala Richtcr. Encontre a razão entre as ener!!ias
liberadas pelo terremoto maior em relação ao menor. [Now:
-
log E= 4.4 + 1.5 M Ver o Exercício 55 para a terminologia.]
1 .7 MODELOS MATEMÁTICOS
Nesta. seção discutiremos a idéia de "modelagem matemática". que é o procedimento que os
matemáticos e os cientistas utilizam para descrevermatemaricamente os fenômenos físicos. Em
particular, explicaremos o método dos "mínimos quadrados", que é wna récnica matemática
usada para obter asfimções que melhor descrevem um conjunro de dados de observação.
• MODELOS MATEMÁTICOS
Um modelo matemático de uma lei física é uma descrição dessa lei na linguagem da Mate-
mática. Tais modelos tornam possível a utilização de m~todos matemáticos para dedução de
resultados sobre o mundo físico que não sejam evidentes ou que nunca tenham sido observa-
dos. Por exemplo, a possibilidade de colocar um sat~li tc artificial em órbita ao redor da Terra
foi deduzida matematicamente a partir do modelo de Mecânica formulado por l saac Newton,
praticamente 200 anos antes do lançamento do Spurnik, c Alben Einstcin ( 1879-1955) for-
mulou, em 1915, um modelo relati vístico da Mecânica que explicou o avanço no periélio do
planeta Mercúrio, que não foi confirmado por medições físicas até 1967.
Em uma situação de modelagem típica, um cientista deseja obter uma relação matemá-
tica entre duas variáveis x e y usando um conjunto de n pares ordenados de medições
(x1, y), (x2, y2 ), (x3, y3), ••• , (x,, y,.) (I)
que estabelecem uma relação entre valores correspondentes das variáveis. Distinguimos entre
dois tipos de fenômenos físicos: osfenômmos determinfstiClM , em que cada valor de x deter-
mina um valor de y, e os fenômenos probabilísticos, em que não é determinado de maneira
única o valor de y associado a um valor específico de x. Por exemplo, se y é a quantidade de
alongamento que uma força x provoca em uma mola, enlão cada valor de x determina um úni-
co y c, portanto, constitui um modelo dcterminíst ico. Por outro lado, se y é o peso de uma pes-
soa cuja altura é x, então y não está determinado de maneira única por x, já que pessoas com
mesma altura podem ter pesos diferentes. Mesmo assim, existe uma "correlação" entre peso e
altura, que faz com que seja mais prov;1vcl que uma pessoa alta pese mais, portanto, isso é um
fenômeno probabilístico. Vamos nos ocupar unicamente de fenômenos determinísticos.
Em um modelo detenninístico, a variável y ~ uma função da variável x, e o objetivo é
encontrar uma fórmula y = f(x) que melhor descreva os dados. Uma maneira de modelar um
conjunto de dados determinísticos é procurar uma função f , denominada/unção interpolado-
ra, cujo gráfico passe por todos os pontos de dados. Embora as funções interpoladoras sejam
apropriadas em certas situações, elas não dão conta de maneira adequada de erros de medi-
Capítulo 1 I Funções 77
ção. Por exemplo, suponha que a relação entrex e y seja sabidamente linear, mas que os dados
obtidos por instrumentos de medição com limitações de precisão c por variações aleatórias
nas condições experimentais sejam os fornecidos na Figura 1.7.1a. Poderíamos usar um apli-
cativo para encontrar um polinômio de grau I Ocujo gráfico passa precisamente por todos os
pontos de dados (Figura I.7.I b). Contudo, um tal modelo polinomial não consegue transmiúr
a relação de linearidade subjacente aos dados. Uma abordagem melhor é procurar uma equa-
ção linear y = mx + b cujo gráfico descreva melhor a relação linear entre os dados, mesmo que
esse gráfico não passe por todos (ou qualquer um) dos pontos de dados (Figura I .7. I c).
y y y
••
50 50 50
40
•• 40 40
30 •• 30 30
20 •• 20 20
lO • lO lU
•• X X
'<
2 3 4 5 2 3 4 5 2 3 4 5
• MODELOS LINEARES
\'
Os métodos mais importantes para obter modelos lineares são bac;cados na seguinte idéia: dado
qualquer modelo linear y = mx + b proposto, trace um segmento de reta vertical conectando
cada ponto de dados (y1, y 1) com a reta proposta e considere as diferenças y1 - y (Figura I .7.2).
mx +h
)'; }--- -
Resíduo
-------
. Essas diferenças, denominadas resíduos, podem ser interpretadas como os "erros" que resultam
ao utilizar a reta para modelar os dados. Pontos acima da reta apresentam erros posiúvos, pontos
abaixo apresentam erros negativos e pontos na reta não têm erro.
'
Uma maneira de escolher um modelo linear é procurar aquela reta y = mx + b para a
qual a soma dos resíduos é nula, a justificativa sendo que assim os erros positivos c negati-
vos se cancelam. Contudo, não é difícil construir modelos em que esse procedimento produz
Figura 1.7.2 model.os inaceitavelmente pobres, de modo que, por razões que não podemos discutir aqui, o
método mais comum de encontrar um modelo linear é procurar aquela reta y = mx + b para a
qual a soma dos quadrados dos resfduos é a menor possível. Essa reta é denominada reta de
regressiío ou reta de melhor ajuste de mínimos qrwdrados, ou simplesmente reta de míni-
mos quadrados.
A maioria das calculadoras gráficas.
E' poss1vel
' calcular uma reta de regressão mesmo nos casos em que os dados não pos-
dos sistemas computacionais slmbó· suam urn padrão linear aparente. Desse modo, é import ante ter um método quantitativo para
licos e dos programas de planilhas determinar se um modelo linear é apropriado para os dados. A medida de linearidade de da-
fornece métodos para obter retas dos mais comum é o coeficümte de correlação, que, seguindo a tradição, é denotado por r.
de regressão. Para acompanhar os
Embora uma discussão detalhada de coeficientes de correlação esteja além do alcance deste
exemplos desta seção será neces·
sário que o leitor disponha de algum
livro, aqui temos alguns fatos básicos:
desses recursos computacionais.
• Os valores de r estão no intervalo -I <r~ I , onde r tem o mesmo sinal da inclinação
da reta de regressão.
• Se r é igual a 1 ou a -I, então os pontos de dados estão todos sobre uma reta, de
modo que um modelo linear é um ajuste perfeito para os dados.
• Se r = O, então os pontos de dados não exibem tendência linear alguma e um modelo
linear é inapropriado para os dados.
78 Cálculo
Quanto mais próximo r estiver de I ou de -1, mais próximos ficam os pontos de dados da
reta de regressão e mais apropriada é a reta de regressão como um modelo para esses dados.
Quanto mais próximo r estiver de O, mais dispersos estão os pontos de dados e menos apro-
priada é a reta de regressão como um modelo para esses dados (Figura 1.7.3).
... r ,. .,.
•
•• •
• •
•• • •• • ••
• •• • • •
• •
•• ••
• .r • X •• .f • • X
r= -t r=t r = O. 7 r=O
Figura 1.7.3
E nunci ado de maneira menos precisa, podemos dizer que o valor de ? é uma medida
da percentagem dos pontos de dados que caem em uma " faixa linear mais estrei ta" . Assim, r
= 0,5 signi fica que 25% dos pontos de dados caem em uma fai xa linear mai s estreita e r = 0,9
signi fica que 81% dos pontos caem em uma faixa linear mais estreita. (Uma explicação preci-
sa do que significa "faixa linear mais estreita" requer idéias da Estatística.)
Tabela 1.7.1 ll> Exemplo 1 A Tabela 1.7.1 fornece um conjunto de pontos de dados que relacionam a
TEMPERATURA PRESSÃOp pressão p em atmosferas (atm) e a temperatura T (em 0 C) de uma quantidade fixa de dióxido
T (°C) (ntm) de carbono em um cilindro fechado. O gráfico associado na Figura I. 7.4a sugere que existe
o 2.54 uma relação linear entre a pressão e a temperatura.
50 3.06
(a) Use um recurso computacional para encontrar a reta de mínimos quadrados. Se o
tOO 3.46
recurso fornecer o coeficiente de correl ação, encontre-o.
t50 4.00
200 4.4t (b) Use o modelo obtido em (a) para prever a pressão quando a temperatura for de
250 °C.
(c) Use o modelo obtido em (a) para prever a temperatura na qual a pressão do gás
será nula.
Solução (a) A reta de mini mos quadrados é dada por p = 0,009367' + 2,558 (Figura 1.7.41J)
com coeficiente de correlação r = 0,998979.
4.50 4.50
•
4.00 • 4.00
-..
~ ~
~ ~
::: :::
-"',
o
3.50 •
~
o"-
3,50
~ • ~
"'e 3.00 "'e 3.00
0.. 0..
2.50 2.50
Nem sempre é conveniente (ou necessário) obter uma reta de mínimos quadrados para
criar um modelo de um fenômeno linear. Em alguns casos, são suficientes métodos mais ele-
mentares. Aqui temos um exemplo.
(a) Use o gn1!1co transmitido pela Magellan para encontrar um modelo linear de tem-
peratura versus altitude na atmosfera de Vênus que seja válido entre 35 e 60 km de
altitude.
(b) Use o modelo obtido em (a) para estimar a temperatura na superrfcie de Vênus e
discuta as hipóteses feitas para obter a estimativa.
(2)
O gráfico passa aproximadamente pelo ponto (60, 250), assim vamos tomar lt1 ~ 60 e T, ~
250. Na Figura 1.7.5b, esboçamos uma reta que aproxima a parte linear dos dados. Usando a
intersecção da reta com os lados da malha, estimamos a inclinação em
100-490 390
m ~ 78- 30 = - 48 = - 8.125 K/km
í2
~ 350 ~-!---'\~--+-~--r---1--- :s 350
!-.. !-..
~ ~
~ 300 1- ~ 300
~
E 250
:E j 250
200 200 1
150 150
Tabela 1.7.2 .,.. Exemplo 3 Para estudar as equações do movimenlo de um corpo em queda, um estu-
TEMPOt(s) At.:fURA h (em) dante de um laboratório de Física colhe os dados da Tabela 1.7.2, que mostra a altura de um
corpo em vários instantes de tempo ao longo de um intervalo de O, 15 segundo. Se a res istên-
0.008333 98.4
cia do ar for ignorada, c se a aceleração da gntvidade for considerada constante, então leis co-
0.025 96.9
nhecidas da Física afirmam que a aiLUra h deveria ser uma função quadrática do tempo r. Isso
0.04167 95.1 é consistente com a Figura I .7.6a, em que os pon tos de dados esboçados sugerem a forma de
0,05833 92.9 uma parábola invertida.
0.075 90.8
(a) Determine a curva quadrática de recessão para os dados na Tabela 1.7.2.
0.09167 88. 1
(b) De acordo com o modelo obtido em (a), quando o objeto atinge o solo?
0.10833 85.3
0, 125 82. 1 Solução (a) Usando a rotina de regressão quadrática de uma calculadora, obtemos que a
0.14167 78.6 curva quadrática que melhor aj usta os dados da Tabela 1.7 .2 tem equação
0.15833 74.9 h= 99,02 -73,2Jr- 499, 13r2
A Figura 1.7.6b mostra os pomos de dados e o gráfico dessa função quadi"ática no mesmo sis-
tema de eixos. Parece que temos um ajuste excelente entre os dados e a nossa curva.
Solução (h) Resol vendo a equação O= h = 99,02 - 73,2 1t - 499, 1312 , vemos que o objeto
atingirá o solo em t «::: 0,38 s. ..,.
100
95
90
~
"" 85
!!
" 80
;fi
75
.,. Exemplo 4 A Figura 1.7.7a fornece uma tabela c um grMico dos dados de temperatura
registrados em um período de 24 horas na cidade de Filadél fi a, EUA.* Encontre uma função
que modele os dados e faça um gráfico conjunto dos dados c da função.
Solução O padrão dos dados sugere que a relação entre a temperatura Te o tempo t pode
ser modelada por uma função senoidal que foi transladada horizontal e verticalmente, de
modo que procuramos por uma equação do tipo
Uma vez que a temperatura mais alta é de 95°F c a mais baixa ó de 75°F, tomamos 2A = 20,
ou A= I O. O ponto médio emre as temperaturas mais alta c mais baixa é 85°F, portanto temos
um deslocamento vertical de D = 85. O período parece ser da ordem de 24, logo 2'/'( I B = 24
ou 8 = 1'(/ 12. O deslocamento horizontal parece ser cerca de 10 (veritlquc), portanto C/B =
lO. Substi tuindo esses valores em (4), resulta a equação
TH 11'ERATURAS EM FlLAOáFl A
DE I DA M ANHÃ AT~A MEIA-NOITE EM 27 DE AGOSTO DE 1993
(I = HORAS APóS A MEIA-NOITE E T = TEMPERATURA EM
GRAUS FAHRENHEtn
I
.,. I 1'
I :00 I 78° 13 91 °
••
• •
•
•
.. .•
•
2:00 2 77° 14 93° •
• •• • •
3:00
4:00
3
4
77°
76°
15
16
94°
95°
.. .. • .
•
•
•
•
•
.Figura 1.7.7
• este CJ<c'mplo foi biucado 110 :vtigo ··E,\!rybody TalksAboul h!- Wcoth..T ,.,...,;~ations", pot' Gloria S. Dion and lris Bmnn r·cua.
n., Mculrematics Trochrr. Vol. 89. N" 2. February 1996. p. 160-165.
82 Cálculo
DOM ÍNIO DA
Observe que a Equação (5) neste exemplo nlio !o/obtida minimizando a soma dos quadrados dos resí·
TECNOLOGIA
duos; em vez disso, usamos o recurso gráfico da calculadora para ver que o modelo proposto deu um
ajuste razoável dos dados. Usando um aplicativo especifico, podemos mostrar que a curva da forma
T= D + A sen (Bt - C) que minimiza a soma dos quadrados dos resfduos para os dados na Figura 1.7.7
é dada por
y = 84.2037 + 9.5964 sen (0.2849r - 2.9300)
Use seu recurso computacional para comparar o gráfico dessa curva com o gráfico de (5).
1. Em cada parte. dê um modelo apropri ado (linear. quadrático. 3. Suponha que um conjunto de dados tenha um modelo linear
tri gonométrico) para uma coleção de pontos de dados (x. y) com coeficiente de correlação 0.5 c que um segundo conjunto
para os quais se aplica a situação dada. de dados tenha um modelo linear com coeficiente de correla-
(a) y é a distância percorrida no tempo x por um automóvel ção -0.75. Qual dos dois modelos parece ser mais apropriado
acelerando a uma taxa constante: - - - - - para aju star o conjunto de cl<~dos correspondente?
(b) y é a velocidade no tempo x de um automóvel acelerando a 4. Considere um conjunto de dados que consiste nos pontos (0, - I)
uma taxa constante: _____ e (0, I). Seja L a reta y mx + b. =
(c) y é a altura de um homem com x centímetros de altura: (a) A soma dos quadrados dos resíduos dos dois pontos a L é
(d) y é a fraçno da Lua ilumi nada x dias depois do início do (b) Se L minimiza a soma dos quadrados dos resíduos dos dois
ano: pontos. então b = _ _ __
----
2. Para o conjunto de dados { (- 1. O). (0, 0). ( I, 2), (3. 3) ) e a reta
y =x + I. a soma dos quadrados dos resíduos é _ _ _ __
4 2 4 6 8 10 t 2 14
(a) (b)
3
2
2 3 ~ s 6 7
·'
Figura Ex- I
150 6.49 (b) Use o modelo obtido em (a) para prever a temperatura à
qual a resistividade do cobre será nula.
200 7.26
(b) Use o modelo obtido em (a) para determinar o peso neces- E:J 12. A tabela abaixo fornece a altura (em pés e polegadas) e o peso
sário para distender a mola por 8 em. (em libras) dos jogadores da equipe de basquete masculino do
Davidson Collegc. nos EUA. na temporada de 2002-2003.
Tabela Ex-9 (a) Encontre a reta de mínimos quadrndos desses dados. Se
PESO(kgf) DISTENSÃO (em) seu recurso computacional fornecer coeficiente de correla-
o () ção, encontre-o.
2 0,99 (b) !Zsbocc a reta de mínimos quadrados em um gráfico dos
4 '2.0 I pontos de dados.
6 '2.99 (c) Use esse modelo para prever o peso do novo jogador de
8 4,00 7'00" de alrura dessa equipe.
lO 5.03
12 6.01 Tabela Ex-12
ALTURA PESO ALTURA PESO
E:J l O. A tabela abaixo fornece a medida em centímetros da distensão
de uma mola por vários pesos nela pendurados. 6'2" I 85 6'5" 210
(a) Use regressão linear para expressar a medida da distensão 6'6'' ?- 1-
:> 6'4'' 185
da mola em função do peso pendurado. 6' I " 175 6'5" 190
(b) Suponha que a mola tenha sido distendida por uma certa 6' I H 180 6'3" 180
medida por um peso tal que, adicionando mais 5 kgf ao
6'6" 2 10 6'8" 235
peso, dobre a medida da distensão da mola. Use o modelo
obtido em (a) para determinar a medida da distensão origi- 5' 10'' 175 6'8, 2 15
nal da mola. 6'9" 210 6' I O" 235
6' I" 180
Tabela Ex-10
PESO(kgf) DISTENSÃO (em)
o o , ENFOCANDO CONCEITOS
I 0.73
13. Um conjunto de dados consiste nos três pontos (0, 0). (I. 0)
2 1,50 c( J, I ).
3 2.24
(a) Para esse conjunto de dados e a reta y =x + b. expresse
4 3,02
a soma dos quadrados dos resíduos como uma função
5 3,77 do parilmetro b.
E:Jll. A tabela abaixo fornece a altura (em pés c polegadas) e o nú- (b) Usando a resposta de (a). encontre a reta de inclinação
mero de rcbotes por minuto das j ogadoras da equipe de bas- I para a qual a soma dos quadrados dos resíduos é um
quete remi nino do Davidson Collcgc. nos EUA. que jogaram mínimo.
mais de I 00 minutos durante a temporada de 2002-2003. (Na 14. Um conjunto de dados consiste em dois pomos distintos com
medida de comprimento de pés e polegadas. padrão nos EUA. a mesma coordenada x. Explique por que há uma infinidade
12 polegadas correspondem a I pé.) de retas de regressão para esse conjunto de dados. Todas es-
(a) Encontre a reta de mínimos quadrados desses dados. Se sas retas de regressão têm algo em comum. O que é?
seu recurso computacional fornecer coeficiente de correla-
15. Um conjunto de dados consiste em três pontos distintos,
ção, encontre-o.
dois dos quais têm a mesma coordenada .>1. Explique como
(b) Esboce a reta de mínimos quadrados em um gráfico dos usar sua resposta ao Exercício 14 para encontrar <1 reta de
pontos de dados. regressão para esse conjunto de dados.
(c) A reta de mínimos quadrados 6 um bom modelo para esses
16. Um conjunto de dados consiste em quatro pontos que consti-
dados? Explique.
tuem os vértices de um trapézio com dois lados paralelos ao
ei xo y. Explique corno usar sua resposta ao Exercício 14 para
Tabela Ex-11
encontrar a reta de regressão para esse conjumo de dados.
ALTURA REBOTES POR MINUTO
6'0" 0.132
17. (A Idade do Universo) No começo do sécul o XX. o astrôno-
6'0" 0.252
mo Edwin P. Hubble ( 1889-1 953) notou urna relação incspc-
5'6" 0.126
r.tda entre a velocidade radial de uma g:~l áxia c sua distância
5'J0u O. t39
d de um ponto de referência (por exemplo. a Terra). Essa
6'2.. 0.227 relação. conhecida agora como lei de Httbllle, estabelece que
6'3" 0,299 as galáxias estão se afastando com uma vel ocidade u dire-
6'0" 0.170 tamente proporcional à distância d. Isso se expressa geral-
5; 5'' 0.071 menle como u = Hd, onde H, conhecida como constante de
6'2" 0.222 1/u/Jble. é a co nstante de proporcionalidade. Na aplicação
Capítulo 1 I Funções 85
dessa fórmula é usual expressar v em quilômetros por segun- 8 19. A tabela abaixo fornece o número de minutos com luz do dia
do (km/s) c d em milhões de anos-luz (Miy): dessa forma. H com incrementos de IOdias. previstos para a cidade de David-
tem unidades de km/s/Miy. A figura abai~eo mostra uma plo- sou. na Carolina do None. EUA. durante o ano de 2000. Encon-
tagem original obtida por Hubblc c seu colaborador Mil!on tre uma função que modele os dados dessa tabela e faça o esboço
L. Humason (1891-1972) da direção geral da reta da relação do gráfico dessa função junto com os pontos de dados.
velocidade-distância.
(a) Use a direção geral da reta na plotagem para estimar a Tabel a Ex-19
constante de Hubble. DIA LUZ DO DIA (min) DIA LUZ DO DIA ( mio)
(b} Uma estimativa da idade do Universo pode ser obtida su- lO 716 190 986
pondo que as galáxias movem-se com uma velocidade 20 727 200 975
constante v. caso em que v e d estão relacionadas por d = vt. 30 744 210 961
Supondo que o Uni verso começou com um "big-bang·•, 40 762 22(1 944
após o qual iniciou sua expansão. mostre que o Uni verso 50 783 230 926
tem aproximadamente 1.5 x IO"' anos ele idade. (Use a con- 60 804 240 905
versão I Mly ~ 9,04 x l O'" km e torne H = 20 kmls/Miy, o 70 826 25() 883
que está de acordo com as estimati vas correntes de H, que
80 848 260 861
o colocam entre 15 c 27 km/s/Miy. (Observe que as estima-
90 872 270 839
ti vas atuais s~o significativamente menores do que as que
100 894 280 817
resultam dos dados de Hubble).J
110 915 290 795
(c) Em um modelo mais realístico do Uni verso, a velocidade
120 935 300 774
v deveria decrescer com o tempo. Qual é o eleito disso em
130 954 310 755
sua estimativa em (b)?
140 969 320 738
20.000 150 982 :no 723
~
gráfico da di stânci;l como função do tempo e dê um palpite (b) Use o modelo obtido em (a) para estimar o raio orbital
sobre uma função tipo raiz quadrada que forneça um modelo da lua Enccladus. dado que seu tempo de órbita é de 1 ~
razoável para 1 em termos de d. Use um recurso gráfico para 1.370 dia.
confirn1ar que seu palpite foi razoável. (c) Use o modelo obtido em (a) para estimar o tempo de
órbita da lua Tethys. dado que seu raio orbi tal é de r :::<
Tabela Ex-21 2.9467 X I Os km.
d
(metros)
o 2.5 5 lO 15 20 ?-=>
'
Tabela Ex-22
I LUA RAIO ÓRBITA
(segundos)
o 0.7 1.0 1.4 1.7 2 2,3
( 100.000 km) (d i(JS)
1980528 1.3767 0.602
E322. (a) A tabela a seguir fornece dados de cinco luas do planeta Sa- 1980527 1.3935 0.6 13
turno. Nela. RA IO indica o raio orbital da lua, ou seja, a 1980526 1.4170
' 0.629
distância m~di a r entre a lua c Saturno, c ORBITA indica o
tempo tle órbita da lua. ou seja. o tempo 1 em dias que a lua 198053 1.5 142 0.694
leva para uma órbi ta completa em torno de Satu(no. Para 1980$ 1 I. 5147 0.695
cada par de dados. calcule /1.-:lll e use seu resultado para ob-
ter um modelo ra~oávcl para r como uma função de 1.
1. (a) quadrática (b) linear (c) linear (d) trigonométrica 2. 2 3. O modelo com coeficiente de correlação -0.75 4. (a) 2b2 + 2 (b) O
1 .8 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS
Até aqui, nosso eswdo tem focalizado grfificos de funções. Porém. como tais grfificos devem
passar pelo teste da reta ve11ical, isso exclui cwvas com auto-illlersecções e até mesmo
algumas curvas básicas como os círculos. Nesta seçtio, vamos estudar um método alternativo
de descrição algébrica de cw vas que lllio está sujeito a uma restrição tão severa como o teste
da rew vertical.
Este material est<\ colocado aqui como uma opção paramétrica adiantada. Ele pode, porém,
ser adiado até o Capítulo J 1, se a preferência for essa.
• EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS
Suponha que uma partícula move-se ao longo de urna curva C no plano xy, de tal modo que
suas coordenadas x e y , como funções do tempo, são
X= f(t), )' = g(t)
Dizemos que estas são as equaçi'ies paramétricas do movimento da partícula c nos referimos
.r
a C como a trajet6ria da partícula ou o gráfico das equações (Figura 1.8. I ). A variável t é de-
nominada parâmetro das equações.
Solução Uma forma de esboçar a trajetória é escolher uma sucessão representati va de ins-
tantes, marcar os pontos com as coordenadas correspondentes (x, y) e, depois, conectá-los por
Capítulo 1 I Funções 87
uma curva lisa. A trajetória na Figura 1.8.2 foi obtida dessa forma a partir da Tabela 1.8.J,
na qual as coordenadas aproximadas da partícula são dadas em incrementos de I unidade no
tempo. Observe que na figura não há um eixo r; os valores de 1 aparecem somente como le-
genda nos pontos plotados e, mesmo assim, são geralmente omitidos, a não ser que seja parti-
cularmente importame enfatizar a localização da partícula em instantes específicos. ~
Tabela 1.8.1
I X )'
o 0.0 1.0
I - 1.5 2,4
2 -ü.7 5.2
1=3 1=9
3 2.6 7,0
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA I= 10 4 6,3 6.0
Leia o manual de seu recurso gráfico 5 7.9 3. 1
para a,prender como fazer gráficos de I = 5
6 6,8 I, J
equações paramétricas e. então. gere I = I
a trajetória do Exemplo 1. Explore o I = 0 7 5,0 J. 7
X
comportamento da partfcula além do 8 5,0 4,4
-2 2 4 6 8 lO 12
instante 1= 10.
9 7,8 6.7
Figura 1.8.2 lO I J.6 6.5
x =cos 1. y = sen 1 do círculo variando o intervalo no qual varia o parâmetro. Por exemplo:
(0 S I S 27r)
X= COS I, y = sen I (0 s;, I S: 1T) (3)
Figura 1.8.3
representa simplesmente o semicírculo superior na Figura I .8.3. ~
• ORIENTAÇÃO
O sentido segundo o qual o gráfico de um par de equações paramétricas é percorrido à medida
que o parâmetro cresce é denominado sentido do parâmetro crescente, ou, então, orientação
88 Cálculo
imposta à curva pelas equações. Dessa forma, fazemos uma distinção en1re uma curva, que é
um conj unto de pontos, e uma curva paramétrica, que é uma curva com uma orientação que
lhe é imposta por um conjunto de equações paramétricas. Por exemplo, vimos no Exemplo
2 que o círculo representado paramctricamen1e por (2) é percorrido no sentido anti-horário à
(1. 0) medida que t cresce; logo, tem oriemação ami-hon:íria. Conforme pode ser visto nas Figuras
1.8.2 e 1.8.3, a orientação de uma curva pode ser indicada por setas.
Para obter equações paramétricas para o círculo unitário com orientação horária, po-
demos substi tuir t por-tem (2) e usar as identidades cos(-t) = cos 1e sen(-1) =- sen t. Isso
dá lugar a
x = cos 1, y = -sen 1 (O< t < 2rr)
x = cos(- 1). y = s.:n(- 1) Agora, o círculo é percorrido no sentido horMi o por um ponto que começa em ( I, 0) quando
(0 S I S 2r.)
1= O e completa urna revolução inteira quando 1 = 2rr (Figura 1.8.4).
Figu ra 1.8.4
DOMÍNIO DA
Quando se usa uma calculadora para fazer os gráficos de equações paramétricas, a orientação pode, fre-
TECNOLOGIA
qüentemente, ser determinada observando o sentido em que o gráfico é traçado na tela. Entretanto, muitos
computadores fazem isso tão rapidamente que fica muito diffcil discernir a orientação. Veja se o seu recurso
gráfico permite confirmar que (3) tem uma orientação anti-horária.
t =m +3) (x
y = m +6 (x 3) - 7
•
y = 3x +2
Assim, o gráfico é uma reta com inclinação 3 e corte no eixo y em 2. Para encontrar a orien-
tação, devemos olhar as equações originais; o sentido de 1crescen te pode ser deduzida obser-
I.r = 21 - 3. y =61 - 1j vando que x cresce quando 1cresce, ou observando que y cresce quando 1 cresce. Qualquer
Figura 1.8.5
das duas informações nos diz que a reta é percorrida da esquerda para a direita, conforme
indicado na Figura 1.8.5. ~
~
.r
(- 1. I) ( I. I) Nem todas as equações paramétricas produzem curvas com orientações definidas; se as equações forem
malcomportadas, então o ponto, ao percorrer a curva, pode pular esporadicamente ou mover-se para fren-
te e para trás, sem determinar um sentido definido. Por exemplo, se
x=scn 1, y= scn 1
,
X
então o ponto (x, y) move-se ao longo da parábola .1' =.r'. Porém, o valor de x varia periodicamente entre
- I e I, e portanto o ponto (x, y) também vai para frente e para trás, ao longo da parábola entre os pontos
(- 1. t) e (I, I) (conforme mostra a Figura 1.8.6). Mais adiante no livro vamos discutir restrições que elimi-
Figur a 1.8.6 nam esse comportamento estranho, mas por ora simplesmente evilatemos tais complicações.
(Figura I .8.7).
Capítulo 1 I Funções 89
,\ '
I= -21i I= 21T
-7 1
I= - 1T
Figura 1.8.7
..\ ' .,.. Exemplo 4 Use um recurso computacional para fazer o grállco da equação
2 ,.,~
x= ·'Y - 5yJ + I .
- '~ - 4 - :1 ? - I- 1
. - .. Solução Se r= y é o parâmetro, então a equação pode ser escrita na forma paramétrica
-2 como
X= 3f' - 513 + I , y = I
X: 3t~ - 5t 3 + I. ) ' : I
- 1,5 SI S 1.5 A Figura 1.8.8 mostra o gráfico dessas equações para - 1,5 s: t s: 1,5. •
Figura 1.8.8
Algumas curvas paramétricas são tão complexas que é praticamente impossível visuali-
zá-las sem algum tipo de recurso gráfico. A Figura 1.8.9 mostra Irês dessas curvas.
\' \'
X X
Figura 1.8.7
)'
f
e sabemOS que 0 gráfiCO de r'
pode Ser ObtidO ITOCandO X COm J, já que iSSO reftele 0 gráfiCO
1
de f pela reta y = x. Assim, por (4). o gráfico de f - pode ser representado paramctricamente
por
X= f(t), )' = t (5)
I .X
Por exemplo, a Figura I .8. IO mostra o gráfico de f (x) =I + x + I c o de sua inversa gerados
com um recurso gráfico. O gráfico de f foi gerado com as equações paramétricas
X= t, )' = ,s + t + I
e o gráfico de f_, foi gerado com as equações paramétricas
x = r' + t + I , y= r
Figura 1.8.1 O
• TRANSLAÇÃO
Se urna curva paramétrica C é dada pelas equações x = f(t) , y = g(t), então a adição de urna
constante a f(t) translada a curva C na direção x, e a adição de uma constante a g(l) translada a
curva na direção y. Assim, um círculo de raio r, com centro em (x0 , y11), pode ser representado
pararnetricamente por
x = x0 + r cos t, y = y 0 + r sen t (O !:> t !> 2JT) (6)
(Figura 1..8.ll ). Se for o caso, podemos eliminar o parâmetro dessas equações notando que
~ ? ~ 2 l
(x - x 0t + (y - Yot =(r cos t)" +(r sen t) = r
Assim, obtivemos a conhecida equação em coordenadas retangulares para um círculo de raio
X= Xo+ r C.OS I r e centro em (x0, y0 ):
y=.10 +r sen1
(0 :S: 1 :S: 2w) (x - xi+(y- Yi =/· (7)
Figuro 1.8.11
• MUDANDO AS ESCALAS
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA Se uma curva paramétrica C é dada pelas equações x = /(1), y = g(t), então a multiplicação de
f(t) por uma constante alonga ou comprime C na direção x, enquanto a multiplicação de g(t)
Use a capacidade pata métrica de seu
recurso gráfico computacional para
por uma constante alonga ou comprime C na direção y. Por exemplo, é de se esperar que as
gerar um circulo de ralo 5 e centro em equações paramétricas
(3. - 2).
x = 3 cos t, y = 2 sen t (0 !:> t s:. 2JT)
representem uma elipse com centro na origem, uma vez que o gráfico dessas equações resulta
do alongamento do círculo unitário
x = cos t, y = sen t. (O s:. t s:. 2JT)
por um fator de 3 na direção x e um fator de 2 na direção y. Em geral, se a e b forem constan-
tes positivas, então as equações paramétricas
x = a cos 1, y = b sen r (0 s:. 1 !:> 2n) (8)
- (I
represenlam uma elipse, centrada na origem, e que se estende entre -a e a no eixo x e en-
_,, tre -b c b no eixo y (Figura 1.8.12). Os números a c b são os semi-eix()S da elipse. Se for
o caso, podemC>s eliminar o parâmelro t em (8) e reescrever as equações em coordenadas
retangulares como
x = a cos 1. )" = /1 scn 1
(0 :S: I :S: 2r.)
(9)
Figura 1.8.12
DOMÍNIO DA
Use a capacidade paramétrica de seu recurso para gerar uma elipse centrada na origem e se estendendo
TECNOLOGIA
entre -4 e 4 na direção x e entre -3 e 3 na direção y. Gere uma elipse com as mesmas dimensões, porém
transladada de tal forma que seu cenlro esteja no ponto (2, 3).
Capítulo 1 I Funções 91
• CURVAS DE LISSAJOUS
Em meados da década de 1850, o físico francês Jules Antoine Lissajous (1822-1880) ficou
interessado em equações paramétricas da forma
y =sen ar, y =sen bt (lO)
ao estudar vibrações que combinam dois movimemos senoidais perpendiculares. A primeira
equação em ( I 0) descreve uma oscilação senoidal na direção x com freqüência al21r, enquan-
to a segunda descreve uma oscilação senoidal na direção y com freqüência bl21r. Se a/h for
um número racional, então o efeito combinado das oscilações<! um movimento periódico ao
longo de uma trajetória denominada curva de Lissajous. A Figura 1.8.13 mostra algumas
curvas de Lissajous representativas.
_,. \"
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
X .r
Com seu recurso gráfico. gere algu- - I - I - I
mas curvas de Lissajous e veja tam-
bém se é possrvel determinar quan-
do cada uma das curvas na Figura
1.8.13 começa a se repetir.
lu= l. b=2J
Figura 1.8.13
• CICLÓIDES
Se uma roda rola em linha reta ao longo de uma estrada plana, então um ponto na beirada da
roda irá descrever uma curva chamada ciclóide (Figura 1.8. 14). Essa curva tem uma história
fascinante que vamos comentar daqui a pouco; mas, primeiro, vamos mostrar como obter as
equações paramétricas para ela. Para isso, vamos supor que a roda tenha um raio a c que irá
rolar ao longo do eixo x positivo de um sistema de cordenadas. Seja P(x, y) o pomo da beirada
que irá descrever a ciclóide, c vamos supor P inicialmente na origem. Vamos considerar como
nosso parâmetro
,
o ângulo O varrido pela reta radial até P, à medida que a roda rola (Figura
1.8.14). E padrão aqui considerar Opositivo, mesmo que gerado por uma rotação horária.
O movimento de Pé uma combinação do movimento do centro da roda, paralelo ao
'
eixo x, e a rotação de P em torno do centro. A medida que a reta radial varre um ângulo, o
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA ponto P percorre um arco de comprimento aO, e a roda move-se por urna distância aO ao lon-
go do eixo x (por quê?). Assim, conforme sugere a Figura 1.8. 15, o centro move-se para o
Use seu recurso gráfico para gerar
dois •arcos• da ciclóide descrita por
ponto (aO, a) e as coordenadas de P(x, y) são
um ponto na beirada de uma roda de x =aO - a sen (), y =a - a cos () (11 )
raio 1.
Essas são equações da ciclóide em termos do parâmetro O.
.
\"
,
"I1\I
I I
1\
I I
I I
.....
\
I
I t
y = t1-acosO
T
11
v v I
p 11<1
~
2tta
<.,'
3>W
/ .f
l X
I Uma cictóide I aO
figura 1.8.14 Figura 1.8.15
92 Cálculo
Bernoulli Urna surpreendente família suíça, que inclui deram grandes contribuições ao desenvolvimento do Cálculo.
várias gerações de destacados matemáticos e cientistas. Além de seu trabalho em Cálculo, Jakob ajudou a estabelecer
Nikolaus Bernoulli (1623-1708). um farmacêutico. fu- os princípios fundamen tais em Probabilidade, inclusive a Lei
giu de Antuérpia para escapar de perseguição religiosa. dos Grandes Números. que é urna pedra fundamental da teoria
estabelecendo-se em Basel, na Suíça. Lá, teve três fi- moderna da Probabilidade.
lhos: Jakob I (também chamado Jacques ou James). Ni- Emre os outros membros da famflia Bernoulli, Daniel. fi -
kolaus e Johann I (também chamado Jean ou John). Os lho de Johann I, é o mais famoso. Ele foi professor de Matemáti·
algarismos romanos são usados para distinguir os vários mem- cana Academia de S. Petersburgo. na Rússia. e. posteriormente.
bros da família com o mesmo nome (veja a árvore da família professor de Anatomia e. mais tarde. de Física. em Basel. Ele
ao fim do quadro). Depois de Newton e de Leibniz. os irmãos trabalhou com Cálculo e Probabilidade. mas é mais conhecido
Bernoulli. Jakob I e Johann I são considerados por alguns como por seu trabalho em Ffsica. Uma lei básica do fluxo de fluidos,
os mais importantes fundadores do Cálculo. Jakob l era autodi- chamada de princípio de Bemoull i.tem seu nome em sua home-
data em Matemática. Seu pai o queria estudando Teologia. mas nagem. Ele ganhou por IO vezes o prêmio anual da Academia
ele se voltou para a Matemática e, em 1686, tornou-se profes- Francesa por seus trabalhos sobre cordas vibrantes. marés e te-
sor na Universidade de Basel. Quando começou a trabalhar em oria cinética dos gases.
Matemática. nada sabia a respeito dos trabalhos de Newton e Johann 11 sucedeu seu pai como professor de Maternáti·
de Leibniz. Posteriormente, passou a conhecer os resultados de caem Basel. Suas pesquisas enfocaram a teoria do calor e do
Newton, mas urna vez que muito pouco do trabalho de Leibniz som. Nikolaus I foi matemático e erudito em leis, tendo traba-
foi publicado. muitos de seus resultados foram duplicados por lhado em Probabilidade c em séries. Recomendado por Leib·
Jakob. niz. foi nomeado professor de Matemática em Pádua e depois
O irmão mais novo de Jakob. Johann T. foi incentivado seguiu para Base! corno professor de Lógica e. posteriormente.
por seu pai a entrar para o comércio. Porém, voltou -se para de Direi to. Nikolaus 11 foi professor de Jurisprudência na Su-
a Medicina e estudou Matemática sob a orientação do irmão íça e, mais tarde. professor de Matemática na Acadenúa de S.
mais vel ho. Mais tarde. tornou-se professor de Matemática em Pete1·sburgo. Johann I11 foi professor de Matemática c Astro-
Groningen, na Holanda, c, então. com a morte do irmão em nomia em Berlim; c Jakob 11 sucedeu seu tio Daniel como pro-
1705. sucedeu-lhe como professor de Matemática em Basel. fessor de Matemática na Academia de S. Petcrsburgo. Real-
Durante suas vidas. os irmãos Jakob I e Johann I cultivaram mente, uma família incrível!
uma paixão mútua por criticar o trabalho um do outro. o que.
freqíientemente, virava disputas feias. Leibniz tentou mediar Nikolnus BenlOulli
essas dicussões, mas Jakob. melindrado com o intelecto supe- (1623-1708)
rior de Leibniz. acusava-o de tomar partido de Johann e. as-
si m, acabava por constranger Leibniz nas brigas. Os irmãos.
I
Jakob I
I
Nikolnus
I
Johonn I
(16~·1705) (1667· 1748)
com freqüência, trabalhavam no mesmo problema colocado (Jacques. James) (Jean. John)
como desafio mútuo. Johann. interessado em gan har fama, I
usava. muitas vezes. meios inescrupulosos para aparecer corno I I
Níkolaus l Nikolaus 11 Oanicl Jobann 11
o criador dos resultados do irmão. Jakob. ocasionalmente. re- (1687· 1759) (1695· 1726) (1700· 1782) ( 1710-1790)
I
vidava. Dessa forma, é. muitas veU!S, difícil dete.nninar quem I I
merece os créditos por muitos resultados. Entretanto. ambos JohMn lU Jakob 11
( 1744·1807) ( 1759·1789)
Capítulo 1 I Funções 93
I. Encontre equações paramétri cas de um círculo de raio 2 cen- 4. Suponha que uma curva paramétrica C é dada pelas equações
u·ado em (3. 5). x = f(l), y = g(1) para O $ 1 $ I . Encontre equações paramétri-
cas para C que invc11am o sentido de percurso da curva percor-
2. Encontre equações paramétricas da elipse
rida quando o parâmetro cresce de O a I .
x2 y2
- +'- = I 5. Se f(.r) é urna função injetora. então equações paramétricas da
a2 b2
curva y = f - '(x) são dadas por x = e y = 1.
3. O gráfico da curva dc.:scrita pc.:las equações paramétricas x =
41-1 . y = 31 + 2 é uma reta com inclinação e cor-
te no eixo y dado por _ _ __
4. X= I - 3. y =31- 7 (0 SI S 3) 8 19. (a) Use seu recurso gráfico para gerar a trajetória de uma par-
tícula cujas equações do movimento no intervalo de tempo
5. X= 2 COS I. )' = 5 scn I (0 $ I S 2;r) 0<1<5são
6. X= Jr, )' = 21 +4 X= 6I - 21 •
I 3
94 Cál culo
Y = YO + (Yt - yo) r
(0 !:: I !:: I )
L não tem uma orientação definida.
e que R(x,y) é o ponto no segmento de reta correspondente
a um val or especificado de r (ver a figura a seguir). Mostre
<)ue 1 =rfq, onde ré a distância de PaR c q é a distância de EJ 30. (a) Nas partes (a) e (b) do Exercício 25. obtivemos equações
Pa Q. paramétricas para um segmento de reta no qual o parâme-
tro varia de 1 = Oa r = I . Às vezes, é desejável ter equações
(h) Que valor de 1 representa o ponto médio entre P e Q?
paramétricas para um segmento de reta nas quais o parâ-
(c) Que valor de r representa o ponto que está a 3/4 do cami - metro vari<• em algum outro intervalo. digamos 10 s; r s; r,.
nho de P a Q? Use as idéias do Exercício 23 para mostrar que o segmento
Capítulo 1 I Funções 95
e reta igan nt XcrYo e x,.y, e erre re EJ39. a Enc ntre a e uaçõe aramétrica a e i e centra a na
cnta aramctricamcmc r rigcm c c m c rte n e• a r 4. O . -4, O .
r- to 0.3 c 0.-3
x = xo + (x1 - xo) .
t 1 - to b ênc ntrc a c uaçõc aramétri ca a c i c ue rc u ta
tran a an a e i e e a . e nna ue eu ccntr e te a
r- r0 em - 1,2
Y = Yo + (Yt - Yo) _ __;:_
,I- to c nlirmc cu rc u ta e a c b u an um recur
b De ue nna cgmem c t<í ricma gráfic
c Enc ntrc a e uaçõe ara métrica ara cgmenl c 40. rem 111 trar mai a i ante n 1 r
. ue e um r éti é i
reta traça e 3, - I a I. 4 uan t aria e I até 2 e ara a ní e , c m uma e ci a e inicia e 110 me
c nfira cure u ta c m um rccur gráfic tr r cgun . a um ângu oc c m a h riz llla . e en
e reza a a re 1 tencia ar. entã ua içã a 6 r egun
3 1. a P r c iminaçã arâmetr . rn tre uc c a c c nã rem
ançamcnt . em re açã a i tema c c r ena a a
amb nu . entã gráfic a e uaçõc aramétrica
figura abai é:
x=at + b. y=tt+d r0 StSr,
x = (~~ocosa)t, y = (vosena)l- !gt 2
é um egment e reta
>
b E b cc a cur a aramétrica n eg ~ . mt·
X = 2r - I , y = I ·t- I I StS2 a trc uc a tra ctória é uma aráb a at ra é a c i mina
c in ue ua rientaçà ça• arâmetr
b E b cc a tra etória uan o:= 30° e 110 = I 000 m/
32. a uc cê e i zer bre a reta E crcíci 3 1 e a u
c ma nã amb rem nu ·''
b uc re re entam a e uaçõc uan ac c rem amb
nu
uáll
(_!2• _!)
2
(!2 • _!)
2
Figura Ex-38 a /1 c k ii fi • ma a e b ari am
96 Cálculo
." Almofada
de •
polimento
x'
Braços '- ·
robolizados"
~
I :.·:.
1.. • . ..
Figura Ex-44
- I' X < -5
f(x) = ./25 - x2, -5 < x < 5
X - 5, x>5
.v= Yo + y, cn a1 + b ara m e , u n uei=Oc rre uai c n içõc c em e tar ati ci ta arJ ue f tenha
n a à meia n i te uma in cr a DI! a gun c em c unçõc ue nií têm
111 cr a
8 36. Um pacote de suprimentos médicos cai de um helicóptero di- tragcm e transladar a reta de regressão para que passe pelo
retamente para bai xo de pára-qucdas em uma área remota. A ponto do gráfico y = f(x) correspondente ao va lor x. Conside-
velocidade u do pacote 1 segundos após começar a cair é dada re f(x) = ,,.: sen x.
em pés por segundo por u = 24.6 1( I - e- r.J'). (a) Faça uma tabela dos valores de (..r. f(.r)) para x = 1.9: 1.92;
(a) Faça o gráfico de v versus 1. 1.94: ... ; 2, L.
(b) Mostre que.o gráfico tem uma ;~ssíntota horizontal u =c. (b) Encontre uma reta de regressão dos dados de (a).
(c) A constante c é denominada velocidade termitwl. Expli- (c) Encontre a equação da reta que passa pelo ponto (2. /(2))
que qual o sentido prático dela. c que é paralela à reta de regressão.
(d) O pacote pode realmente atingir sua velocidade terminal ? (d) Usando um recurso computacional c uma janela que con-
Explique. tenha o ponto (2. /(2)). trace o gráfico de y = f(x) e da reta
(e) Quanto tempo leva para o pacote atingir 98% de sua velo- obtida em (c). Como se componam os dois gráficos quan-
cidade tem1inal? do usar um :.oom na vizinhança do ponto (2. /(2))?
8 37. Um grupo de 20 ovelhas é solto para reprodução em uma [Now: A melhor aproximação linear de y = .l
sen x na vizi-
área preservada no Colorado. Espera-se que. com um contro- nhança dt: x = 2 é dada por y ""< 1.9726x- 0.3080 I 5. Adiante
le cuidadoso, o número N de ovelhas após r anos seja dado veremos como utilizar as ferramentas do Cálculo para obter
essa resposta.]
pela fórmula
??O 8 42. U ma ex tensão do problema da aproximação linear é encontrar
N= --
1+ I0 (0,83') uma boa aproximação polinomial de uma função H <) peno de
um valor x par1icuJar. Uma abordagem possfvel (não a melhor) é
c que a população de ovel has seja capaz de manter-se sem su- obter amostras dos valores da função peno do valor .r especifica-
pervisão, depois de atingido o número de 80 ovinos. do. aplicar regressão polinomial a essa amostragem e transladar a
(a) Faça o gráfico de N versus t. curva de regressão para que passe pelo ponto do gráfico y = f(x)
(b) Por quantos anos o estado do Colorado deverá manter o correspondente ao dado valor .r. Considere f(x) = cos x.
comrole sobre os ovinos'> (a) Faça uma tabela dos valores de (.r, f (x )) para .r= -o. I; -o,08;
(c) O ambiente da área supona quantos ovinos? [Sugestão: -<>.06:...: O. I.
Examine o gráfico de N versus t para valores grandes de 1.] (b) Use regressão quadrática para modelar os dados de (a)
com um polinômio quadrático.
38. Um forno é pr6-aquecido c, então. mantém uma temperatura
constante. Uma batata é col ocada nele para ass<~r. Suponha (c) Transl ade a função do modelo quadráti co de (b) para
que a temperatura T (em ° F) da batata 1 minutos após é dada obter uma função quadrática que passe pelo ponto
por T = 400 - 325(0,97'). A batata scá considerada assada (0, /(0)) .
quando sua temperatura esti ver entre 260°F e 280°F. (d) Usando um recurso computacional e uma janela que conte-
(a) Durante qual intervalo de tempo a hatata será considerada nha o ponto (0, .f(O)). trace o gráfico de y = .f(x) e do poli-
como assada? nôm io obtido em (c). Como se componum os dois gráficos
quando usar um zoom na vizinhança do ponto (0. f(O))?
(b) Quanto tempo leva para a temperatura da batata atingir
95% da temperatura do fomo? [Nota: A melhor aproximação quadrática de y = cos x na vizi-
nhança de x = Oé dada por y ""< -o.sx: + I. No Capítulo 1Ove-
(b) Quanto tempo leva para a diferença entre as temperaturas
remos como utilizar as ferramentas do Cálculo para obter essa
da batata c do fomo cair para a metade?
resposta.]
8 39. (a) Mostre que os gráficos de y = In x c y = ,l ·2 se cruzam.
8 43. A Tabela Ex-43 (ver p. I 00) dá o nível de água (em metros aci-
2
(h) Aproxi me a(s) solução(ões) da equação x = x"· com três ma do nível médio mínimo) no Cabo Haueras. na Carolina do
casas decimais. Norte, EUA, medido a cada duas horas, começa ndo à mc.i a-
8 40. (a) Mostre que para x >O e k "" O as equações noite de 1° de julho de 1999. Por que deveríamos c;spcrar um
<ti ustc ele uma função rrigonométrica a esses dados? Encont re
k , In x I
x =e e ----;- = k uma função que modele esses dados e faça o grático dessa fun-
ção junto com um diagrama dos dados.
têm as mesmas soluções.
8 44. Um professor quer usar as notas das provas parciais de área
(b) Use o gráfico de y = (In x) I x para determinar os valores de como uma previsão das notas finais em uma pequena turma
k para os quais a equação x l =e' tem duas soluções positi- de estudos avançados para a qual leciona uma vez por ano. As
vas distintas. notas parciais c as nota finais da runna do ano passado estão
(c) Aproxime as soluções positivas de xs =e'. Iistadas na Tabela Ex -44.
8 41. Um problema impon antc que é resol vido com Cálculo é o de (a) Encontre o modelo de regressão linear que expressa a nota
encontrar uma boa aproximação linear de uma função f(x) fi nal em termos da nota parcial.
perto de um valor x particular. U ma abordagem possível (não (b) Suponha que um aluno deste ano tenha obtido uma nota
a melhor) é obter amostras elos valores da função perto do va- parcial 8.8. Use o modelo obtido em (a) para prever a nota
lor .r especificado, enéontrar a reta de regressão dessa amos- final desse aluno.
1 00 Cálc u lo
Tabela Ex-44
NOTA PARCIAL NOTA FINAL
7.8 7.8
9.4 9.1
7.8 7,6
8,4 8.2
9.5 9.2
9,6 9.3
7,7 7.5
Umlimile é uma ron('epção desenvolvimento do Cálculo no século XVII por Newton e Lelbniz forneceu
peculiar e jimdame/1/al, cujo cientistas seu primeiro entendimento real do que significa uma ' 'taxa de
uso 11a prova de proposi- variação instantânea", tal como a velocidade ou a aceleração. Uma vez entendida
ções da Geometria Superior conceitualmente essa idé.ia, seguiram-se métodos computacionais e ficientes e a Ciência
não pode ser suplo11tado por deu um salto quãntico para frente. A pedra fundamental sobre a qual se apóia a Idéia de taxa
qualquer outra combi11ação de variação é o conceito de " limite", uma Idéia ti o Importante que agora todos os demais
de hipóteses e deji11ições. conceitos do Cálculo se baseiam nela.
-William Whewell Neste capitulo desenvolveremos o conceito de limite em etapas, procedendo de uma
Filósofo da Ciê11cia noção informal e lntuítlva para uma definição matemática preclaa. Também desenvolveremos
teoremas e procedimentos para calcular limites e concluiremos o capítulo usa ndo o s limites
Foto: A resistência do ar impede que a ve/{)cidade do pára-quedista aumente indefinidamente. A velocidade tende a
uma velocidade limite, chamada "velocidade terminal".
.r Muitas das i déias básicas do Cálculo tiveram sua origem nos dois problemas geométricos
Tangente em I' seguintes.
>' "'j(x)
O t•ROBLEMA l>A RETA TANGENTE Dada uma função f C um ponto P(x0, )'0) em seu gráfi-
CO, encontre uma equação da reta que é tangente ao gráfico em P (Figura 2.1.1 ).
-lf------------+·' o PROBLEMA DA ÁREA Dada uma função f, encontre a área entre o gráfico de f e um
intervalo [a, b] no eixox (Figura 2.1.2).
Figura 2. 1.1
J Cálculo Integral. Contudo, veremos mais adiante que o problema da reta tangente e o da área
estão tão estreitamente relacionados que a distinção entre o Cálculo Diferencial e Integral é
Y :j(x)
bastante artificial.
(C)
Figura 2.1.3
\'
Reta
tangente
Reta
tangente
.r
(a) (b)
Figura 2.1.4
.,.. Exemplo 1 Encontre uma equação para a reta tan gente à parábola y = x 2 no ponto
P( l, 1).
Soluçt1o Se conseguirmos encontrar a incli nação m,~ da reta tangente em P, então podere-
mos usar o ponto P e a fórmul a ponto-inclinação de uma reta (Apêndice F da internet) para
escrever a equação da reta tangente como
y - I = m,, (x- I) ( I)
Para encontrar a inclinação m,s• considere a reta secante por P e um ponto Q(x, i) na parábola
que é distinto de P. A inclinação m,.,c dessa secante é
x2 - I
Por que estamos exigindo que P e Q lll soc = (2)
sejam distintos? x-l
A Figura 2. I .4a sugere que se, agora, permitirmos que Q se mova sobre a parábola e se
aproxime mais e mais de P, então a posição limite da reta sccantc por P c Q coincidirá com
a reta tangente em P. Isso, por sua vez, sugere que o valor de m-.,.,
irá se aproximar mais c
mai s do valor de m11 à medida que Q se move em direção a P sobre a curva. Contudo, dizer
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 103
I'
que Q(x, x2) se aproxima mais e mais de P( I , I) é algebricamente equivaleme a dizer que x se
aproxima mais c mais de I. Assim, o problema de encon trar 111,1 se reduz a encontrar o "valor
'
y = ..- ~
limite" de m..., na Fórmula (2) à medida que x se aproxima mais e mais de I (mas sempre com
3 x x I para garantir quePe Q permaneçam distintos).
Já que x x I, podemos reescrever (2) corno
x2 I- (x - l)(x + I)
m_, = = = x +I
x- I (x - I)
.< a partir do qual é evidente que m,.,"' se aproxima mais c mais de 2 quando x se aproxima mais
-2 -1 2 e mais de I. Assim, m 11 = 2 e ( I) implica que a equação da reta tangente é
y - 1 =2(x - I) ou, equivalentemente, y =2r- I
A Figura 2.1 .5 mostra o gráfico de y =i c dessa reta tangente. ..,.
Figura 2.1.5
• ÁREAS E LIMITES
Assim como a noção geral de reta tangente leva ao conceito de limite, o mesmo acontece com
a noção geral de área. Para regiões planas, com contomos formados por linhas retas, as áreas
podem muitas vezes ser calculadas subdividindo-se a regi ão em retângulos ou triângulos, e so-
Figura 2.1.6 mando-se as áreas das partes constituin tes (Figura 2. 1.6). Todavia, para regiões cujo contorno
é curvo, corno a da Figura 2.1 .?a, é necessária uma abordagem mais geral. Uma dessas abor-
dagens é começar aproximando a <írea da região com um cert o número de retângulos inscritos
de larguras iguais sob a curva, e somar as áreas desses retângulos (Pigura 2.1.7b). A intuição
sugere que, se repelirmos esse processo de aproximação com cada vez mais retângulos, então
eles tenderão a preencher os vazios sob a curva c a aproximação ficará cada vez mais próxima
da área exata sob a curva (Figura 2.1 .7c). Isso sugere que podemos definir a área sob a curva
como sendo o valor limite dessas aproximações. Essa idéia será considerada com mais deta-
lhes adiante, mas aqui queremos ressaltar mais uma vez o papel do conceito de limite.
,1' y
I/
11 b
X
{I b (I
,, X
na qual os pontos indicam que o dígito 3 se repete indefinidamente. Embora o leitor possa
nunca ter pensado em decimais dessa maneira, podemos escrever (3) corno
I
3 = 0,33333 ... = 0.3 + 0.03 + 0.003 + 0.0003 + 0.00003 +... (4)
que é urna sorna de " infinitas" parcelas. Conforme será discutido com maiores detalhes mais
adiante, interpretamos (4) como signi ficando que a sucessão de sornas finitas
0,3, 0,3 + 0,03, 0,3 + 0,03 + 0,003, 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003, ...
104 Cálculo
se aproxima mais e mais de um valor limite de ~, à medida que incluímos mais e mais par-
celas. Assim, os limites ocorrem até no eontex'to familiar das representações decimais de
..
nu' meros reats
• LIMITES
Agora que já vimos como os limites aparecem em várias situações, vamos nos concentrar no
conceito de limite.
O uso mais básico de limites é descrever como uma função se comporta quando a va-
riável independente tende a um dado val or. Por exemplo, examinemos o comportamento da
função
quando x está cada vez mai s próximo de 2. Fi ca evidente, a partir do gráfico e da tabel a na
Figura 2.1 .8, que os valores de f(x) ficam cada vez mai s próximos de 3 à medida que esco-
lhermos os valores de x cada vez mais próx imos de 2, por qualquer um dos lados, esquerdo
2
ou direito. Descrevemos isso dizendo que o " limite de x - x + I é 3 quando x tende a 2 por
qualquer um dos l ados", e escrevemos
lim (x - x
.r - 2
2
+ I) = 3 (5)
,.
f(x)
i
f(x)
x+ 2+ x
X 1.0 1.5 t .9 1.95 1.99 1.995 t.999 2 2.00t 2.005 2.01 2.05 2. 1 2.5 3.0
f(x) 1.000000 t.750000 2,710000 2.852500 2,970100 2,985025 2.997001 3.003001 3.015025 3.030100 3. 152500 3.3 10000 4,750000 7,000000
lligu{a 2.1 .8
definida em " · O limite descreve o que deve ser lido como '"o limite de f(x) quando x tende a a é L", ou '"f(x) tende a L quan-
comportamento de f perto de a. mas
do x tende a a". A expressão (6) também pode ser escrita como
não ema.
f(x) ~ L quando x ~ a (7)
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 105
lim Jx ~-I
...... , . X - I = 2
Isso é consistente com o gráfico de f, mostrad o na Figura 2. 1.9. Na próxima seção mostrare-
mos como obter esse resultado algebricamente. •
Tabela 2.1.l
X 0.99 0.999 0.9999 0.99999 o 1.0000 I 1.0001 1.001 1.01
f(x ) 1.994987 1.999500 1,999950 1,999995 2,000005 2,000050 2.000500 2,004988
LadO esquerdO
.. .. .
Lado dlre•to
Solução Com a ajuda de uma calculadora ajustada para o modo radianos, obtemos a Tabela
2.1 .2. Os dados da tabela sugerem que
. sen x
ltm = I ( I I)
.r X -> 0 X
X l ""' .r2 3 O resultado é consistente com o gráfico de f(x) = (sen x)lx, mostrado na Figura 2 .1.10.
Figura 2.1.9 Adiante, neste capítulo, daremos um argumento geométrico para provar a validade de nossa
conjectura. ~
_,.
+I ,O 0.84147
Quando x tende a Opela esquerda
+0.9 0,87036 ou pela direita, f(x) tende a I.
Figura 2.1.10
+0.8 0.89670
±0.7 0.9203 1
+0.6 0.94 107
±0.5 0.95885 • ARMADILHAS DE AMOSTRAGEM
+0.4 0.97355 A evidência numérica pode, às vezes, levar a conclusões erradas sobre os limites, por causa
±0.3 0.98507 de erros de arredondamento ou porque os valores amostrais escolhidos não revelam o verda-
+0,2 0.99335 deiro comportamento do limite. Por exemplo, poderíamos concluir erroneamente da Tabela
±O. I 0.99833 2.1 .3 que
+0,01 0.99998 lim
,r-+0
sen(~)
X
106 Cálculo
é zero. O fato de que isso não está COITeto é evidenciado pelo gráli co de f dado na Figura
Use uma evidência numérica para
2.1. 11. O gráfico revela que os valores de f oscilam en tre - I e I, com velocidade crescente
determinar se o limite em (11) muda
quando x é medido em graus. à medida que x ~O e, portanto, não se aproximam de um limi te. Os dados na tabela nos
iludiram porque ocorre que os valores selecionados de x são todos pontos de corte do eixo x
com o gráfico de f. Isso chama a atenção para o fmo de que é necessário dispor de métodos
alternativos para corroborar limites conjecturados a partir de evidências numéricas.
Tabela 2.1.3
X -7r C)
f(x) = seo x .'' y=sen(~)
X
• LIMITES LATERAIS
Costuma-se dizer que (6) é o limite bilateral, porque requer que os val ores de f(x) fiquem
cada vez mais próximos de L quando x tende a a por qualquer um dos dois lados. Contudo,
,1' al gumas funções exibem diferentes comportamentos em cada um dos lados de um ponto a, c
nesse caso é necessário distinguir se x está próximo de a do lado esquerdo ou do lado direito,
para fins de examinar o comportamento no limite. Por exemplo, considere a função
Com essa notação, o índice superior "+" indica um I imite à direita e o índice superior ·'-"
indica um limite à esquerda.
I sso leva à idéia geral de limites laterais .
2.1.2 t~UTES tATEJV.\TS (PONTO DE VIS'Ii\ INFORMAl.) Se OS val ores de f(x) puderem
Assim como ocorre com os llmlles blla· ser tomados tão próximos de L quanto queiramos desde que tomemos os valores de x sufi-
terais, os limites laterais em (1 4) e (15)
cientemente próximos de a (mas maiores do que a), então escrevemos
também podem ser escritos como
f (x)-+ /, com x-+ a' lim j (x) = L ( 14)
x~a<t
e
e se os valores de f(x) puderem ser tomados tão próximos de L quanto queiramos desde
JÇr) -+ L com x-+ a
que tomemos os valores de x suficientemente próximos de a (mas menores do que a),
respectivamente.
então escrevemos
lim f(x) = L (15)
x .... a-
A expressão ( 14) é lida como ''L é o limite de J(x) quando x tende a a pela direita" ou " f(x)
tende a L quando x tende a a pela direi ta". Analogamente, a expressão ( 15) é lida como ''L
é o limite de f(x) quando x tende a a pela esquerda" ou "f(x) tende a L quando x tende a a
pel a esquerda".
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 107
2.1.3 A RF.LAÇÃO €NTRE UMITF.S LATERAIS I~ llli .ATJo:RAIS 0 limite bi lateral de uma
função f(x) existe em um ponto a se, c somente se, existirem os limites laterais naquele
ponto e tiverem o mesmo val or ; isto é,
lim f(x) = L
.\' -+ IJ
se, e somente se, lim f(x)
X-+ a -
=L = X--.
lim f(x)
o+
. lxl
lnn -
.. -o x
não existe.
Solução Quando x tende a O, os valores de f(x) = ~llx tendem a - I pela esquerda e a I pela
direita [ ver (13)]. Assim, os limites laterais em O não são iguais. •
.,. Exemplo 5 Para as funções na Figura 2.1.13, encontre os limites laterais e bilaterais em
x = a se eles existirem.
Solução As funções nas três figuras têm os mesmos limites laterais quando x ~a, uma vez
que as funções são idênticas, exceto em x =a. Esses limites são:
Em todos os três casos, o l imite bilateral não existe quandox --7 a, pois os limites laterais não
são iguais. <111
,1'
3
0 ---- 3
0
----
2 2
X X
F.igura 2.1.13
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 109
Solução (a) Na Figura 2. 1.16a, a função cresce sem cota quando x tende a a pela direita, e
decresce sem cota quando x tende a a pela esquerda. Emão,
I
lim = +oo C Ii m - - =-oo
x-+a+ X - a ,r-. (1 - x - a
Solução (b) Na Figura 2.1.16b, a função cresce sem cora quando x tende a a pela direita e
pela esquerda. Então,
I . I I
lim , = hm ----::- = lim = +oo
x - a (x - a)- x-a+ (x - a)2 ..... " (x - a)2
Solução (c) Na Figura 2.l.l6c, a função decresce sem cota quando x tende a a pela direita,
e cresce sem cota quando x tende a a pela esquerda. Então,
- I - I
lim
.t -+a+ X - a
= - oc e lim
x -+ a- X - (I
=+::o
Solução (d) Na Figura 2.1 .16d, a função decresce sem cota quando x tende a a pela esquer-
da e pela direita. Então,
- I - 1 - 1
lim ----::- li m , = lim = -oo ~
-' .... " (x - a)2 x-+a+ (x - a)- .<-+ a - (x - a)2
,. ,.
I I
i/(.<) =:r:u
I -1 I
1 f(x)
I
=
-1
?
(x - a)-
I x 1 X
a la
I
I
I
f(.r ) = x=<i I / (.<) = I ?
! (x-a)-
Figura 2.1.16
110 Cálculo
• ASSÍNTOTAS VERTICAIS
A Figura 2.1.17 ilustra geometricamente o que acontece quando ocorre uma das seguintes
situações:
lim f(x) = +x,
X_,.fl -
lim f(x)
X~tl +
= +x. lim f(x)
X-(1
= -oc, lim f(x)
X-+CI "'-
= -oo
Em cada caso, o gráfico de y = f(x) ou sobe ou desce sem cota, ajustando-se mais e mais à reta
vertical x =a à medida que x tende a a pelo lado indicado no limite. A reta x =a é denominada
assíntota vertical da curva y = f(x). (O termo assíntota deriva do grego asymptotos, que sig-
nifica ·'que não pode coincidir".)
,1' ... r y
I
I
I
I
X
I X .< X
(l ai a
I I
I I
I I
I I
I I
I I
lim f(x) =+oo lim fÇ~) = +oo lim j'(.r) = -oo lim f(x) = -oo
x~a+
•.: oo+ll - ,'(-? (t- .--~~~·
Figura 2.1.17
.,. Exemplo 8 Em referência à Figura 1.6.8, vemos que o eixo y é urna assíntota vertical de
y = log11 x se h > I, já que
lim log1, x = -:.c
.t-+o+
Encontre as expressões dOs limiles e, em referência à Figura 1.4.11, vemos que x = -I e x = I são assíntotas verticais do
à esquerda e à dlreíla em cada uma gráfico de
das duas asslntolas da função dada x2 +2x
em (16). f(x) = ~ (16)
X2 - I
y y =F(x) A }. y =g(x)
X
~
Figura Ex-1
••
,. y= X
)'
)' = f.•
( )
r-·
', ~
. I
~
t-
4· I - N=! : :4-
1
li r-·.,..lt: J. :-
t- j.
-
:-
v -j
~-
,-r I I I I I ,r
-'-
'I
YH X
If t ...
1
1- T I '
I
1- I l l<'igura Ex-2 .X I I t-
3
j
Fig unl Ex-6
(c) lim f(x) (d) /(3) 7·12 Esboce um gráfico possível de urna função f com as proprie-
.t -to 3
dades especificadas. (São possíveis muitas soluções diferentes.)
•
,. )' =/(x)
7. (i) odo míniodefé(-1, I]
(i i ) f(-1) = /(0) = f(l) =O
X (iii) lim f(x) = lim /(x) = lirn f(x) = I
s-.- 1• x~o .r-+ 1-
8. (i) o domínio de fé [- 2. I]
(i i) f(-2) = f(O) =f(l) = O
(i i i) lim f(x) = 2. lim f(x) =O, c
Figura Ex-3 .r- - 2· x~o
lirn <_ ,_ f(x) = I
4. Para a função f cujo gráfico está na figura abaixo. obtenha: 9. (i) o domínio de f é (-oo, O]
(a) lim f(x) (b) lirn /(x) (i i) f(-2) = f(O) = I
·' - o- .\' ..,. o+
(c) lim f(x) (d) f (O)
(i i i) lirn f(x) =+co
.r- -2
x-o
10. (i) o domínio de f é (0, +00)
y y = f(x) (ii) f( i)= O
+/ i-+ (iii) o e ixo y é uma assínrota venical do gráfico de f
(i\1) f(x) <OseO<x < I
X
11. (i) !H) = f(O) = /(2) = O
.J ' I
(i i) lim f(x) = +x c lim f(x) = -oo
-2 ++ ---1--!- x- - 2- .t-,.-2+
I
-c
c
.[lo~----.!.1,.:=~/~(u~)-
ê
8
11
-t-----------_.--~
Velocidade
-o. 1 -0 , 0005 0 , 0005 0 , 001
Figura Ex-25
Grftj7m [:Crado JIC/o Mmhcnt/llíctt
Figura Ex-23
111
111 = m(tr)
u
c
Velocidade
Figura Ex-24
2 .2 CALCULANDO LIMITES
Nesta seção discutiremos técnicas algébricas para calcular limites de IIUtitas funções. Esses
resultados serc1o baseados no desenvolvimemo informal do conceito de limite discutido na
seçclo precedente. Uma dedução mais formal desses resultados será possível depois da
Seção 2.4 .
Começamos com o seguinte resultado básico, que está ilusu-ado na Figura 2.2.1.
\'
y=x \' \'
I I
f(x) =x )' = -X y =-
X
r
y= k X X
k
I
X
•\
. X
X .,.. fl _ X
X - (1 ~ X
. I
tim k = k
;t: -HI
lim x = u
;r ~a
j tim -: = - oo
X -40"' .\
I1m ---: = +oo
.t ~o· ,\
Figura 2.2.1
.,. Exemplo 1 Se f(x) = k é uma função constante, então os va lores de f(x) permanecem
fixos enquanto k ex variam, o que explica por que f(x) -+ k quando x-+ a para todos os valo-
res de a. Por exemplo:
.,. Exemplo 2 Se f(x) = x, então quando x -+ a, também deve valer que f(x) -+ a. Por
exemplo:
Não confunda o tamanho algébrico
de um n~mero com sua proximtda· lim x =O, lim x = - 2. lirn x= 1r ~
de de zero. Para números posilivos. :t -t O x- - 2 .\' -;. ;r
'l.'abcla 2.2.1
VALORES CONCLUSÃO
X -I -Q.I -Q.OI -Q.OOI -Q.OOOI ... Quando X -+ 0' O \':IIOr de 1/.r
llx -I - lO -1 00 -1 000 -1 0.000 ... dccn...~cc sem cota.
O seguinte teorema, parte do qual está provado no Apêndice C do Volume 2, será nossa
ferramenta básica para determinar algebricamente os limites.
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 115
lim f(x)
.r-,. u
= L, c lim g(x)
:r-+tl
= L2
Ou seja, os limites existem e têm valores L, e L2 • respecti••amente. Então:
(a) lim [f(x)
.t-+d
+ g(x)] = lim f(x)
.T ~a
+ :c...,.
lim g(x) =
a
L, + L2
(b) lim [f(x)- g(x)] = lim f(x)- lim g(x) = Lt - L2
x -.a .t' -.. a ;r .... a
Além. disso. essas afirmações também valem para os limites laterais quando x --? c( ou.
+
x--?a.
No caso especial da parte (c), em que f(x) = k é uma função constante, temos
lim (kg(x))
x-\a
= lim k · lim g(x) = k
.\' ~ tt ,\' 4 a
lim g(x)
,\' - . a
(1)
e analogamente para limites l aterai s. Esse resul tado pode ser refonnulado assim:
Embora as partes (a) e (c) do Teorema 2.2.2 tenham sido enunciadas para duas fun -
ções, os resultados valem para um número finito qualquer de funções. Além disso, as várias
panes do teorema podem ser usadas combi nadas para reformular expressões que envolvam
limites.
116 Cálculo
.,.. Exemplo 4
lim [/(x)- g(x) + 2h (x)) = lim f(x)- lim g(x) +2 lim h (x)
.r-(' x~o A~a x-d
lim
.r~a
x" = ( lim
x~a
x)" = a" Aplique o rc$ullodo orucrior com /(.r) =x ...
Solução
lim (x 2 - 4x
x-. 5
+ 3) = lim x 2
x-,.5
- lim 4x + lim 3
...--5 x-.5
To'Orcma 2.2.2(ll). (b)
DEMONSTRAÇÃO
Lembre que uma função racional é um quociente de dois polinômios. O próximo exem-
pl o ilustra como os Teoremas 2.2.2(d) e 2.2.3 podem, às vezes, ser usados em combinação
para calcular limites de funções racionais.
5x 3 +4
• Exemplo7 Encontre lim .
.t-2 X - 3
Solução
5x 3 +4
lim --~ 1 tOI"Cil13 2.2.2(cf)
X--+2 X- 3 lim (x - 3)
~" -> 2
5. 23 + 4
--,-....,.-- = - 44 "lcore111a 2.2.3 ~
2-3
O método utilizado no último exemplo não funciona com funções racionais em que o
limi te do denominador é nulo, porque o Teorema 2.2.2(d) não é aplicável. Há dois casos a
considerar: aquele em que o limite do denominador é zero c o do numerador não é zero, c
aquele em que ambos os limites, o do denominador c o do numerador, são iguais a zero. Se o
limite do denominador é zero mas o limite do numerador não é, podemos provar que o limite
da função racional não exi ste e que ocorre uma das seguintes si tuações:
A Figura 2.2.2 ilustra essas três possibilidades graficamente para funções racionais da forma
1/(x-a), 1/(x -a)2 e 1/(x - a). 2
I
y= X-ã
X X
la la
I I
I I
I I
I I
I I
I I
. I . I
I1m = +oo I 1m - ; -oo
.<-+a (X -11)2 x-+u (.r-at'
Figura 2.2.2
118 Cálculo
Figura 2.2.3 Solução Em todas as três partes, o limite do numerador é -2 e o do denominador, O; logo,
o limite da razão não existe. Para sermos mais específicos. necessitamos analisar o sinal
da razão, o qual é dado na Figura 2.2.3 e é determinado pelos sinais de 2- x, x- 4 ex+ 2.
(O método do ponto de teste, discutido no Apêndi ce D da internet, fornece uma maneira
simples de obter o sinal da razão.) Segue a partir da figura que, quando x se aproxima de 4
pela direita, a razão é sempre negativa; quando x se aproxima de 4 pela esquerda, a razão
acaba sendo positiva. Assim,
2-x 2-x
lim = -oo e lim -;---:-:-:---:-::-:- = +"'-'
.r-4+ (x - 4)(x + 2) .\' ....... .. (x- 4)(x +2)
Como os limites laterais têm sinais opostos, só podemos concluir que o limite bilateral não
existe. ~
No caso em que p(x)lq(x) é uma fu nção racional para a qual p(a) =O e q(a) = O, o mnne-
rador c o denominador necessariamente possuem um ou mais fatores comuns de x - a. Nesse
caso, o limite de p(x)lq(x) quando x ~a pode ser encontrado cancelando todos os fatores co-
muns de x - a c usando um dos métodos considerados an teriormen te para encontrar o l imite
da função simplificada. Aqui temos alguns exemplos.
x2 - 4
.,.. Exemplo 9 Encontre lim - --
....... 2 X -2
No Exemplo 9, a lunção sJmplilicada
x + 2 está definida em x = 2. mas não Solução Como 2 é um zero tan to do numerador como do denominador, ambos comparti-
a função original. Contudo. Isso não
tem eleito sobre o limite quando .r se
lham um fator comum x - 2. O limite pode ser obtido da seguinte maneira:
aproxima de 2, já que as duas lun· 2
x - 4 . (x - 2)(x + 2) . ( )
ções são idênticas para x "' 2. lim = x-2
1tm = 1tm x + 2 = 4 ~
x-+2 x-2 x-2 x->2
.
hm
x2 - 6x +9 . (x - 3) 2 .
= lnn -'---.,.-- = hm (x - 3) =O
x_,.3 x - 3 .t-+3 x -.3 .r-3
Solução (b) O numerador e o denominador lêm um zero em x = -4; logo, há um fator co-
mum de x- (-4) =x + 4. Então
. 2x + 8 . 2(x + 4) 2
hm = hm
x-+ - 4x2+x - 12 x-+ - 4(x+4)(x -3)
= .r-...-lx-3
lim = --72
Solução (c) O numerador c o denominador têm um zero em x = 5; logo, há um fator co-
mum de x- 5. Então
. x2 - 3x - lO (x - 5)(x + 2) . x +2
I 1111
x-+S x2 - 10x+25
= x1.tm = 1ltll ---::-
.... s(x-5)(x-5) ·• -5X-5
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 119
+ + • 0- - - - - - - - Contudo,
-2 5 lim (x
x-5
+ 2) = 7 FO c lim (x - 5) =O
x-s
Sonal de x+ 2 portanto
.f - 5
. x 2 - 3x - I O
. x+2
I rm = hm -~
Figura 2.2.4 x-5x2 - IOx+25 x- sx-5
não existe. M ai s precisamente, a análise de sinai s na Figura 2.2.4 implica que
. x2 3x - lO
- . x +2
hm , = hm = +oo
_._;+x- - 10x+ 25 x-s• x-5
c
. x 2 -3x-l0 x+2
hm 2 = lim = -oo .,.
x-. s- x - IOx + 25 .r-s- x- 5
f(x ) = p(x)
q (x)
uma jw1çüo racional e a um número real qualque1:
x-1
.,. Exemplo 11 Encontre 1i m .
X->1 .jX- I
Portanto,
x - l
lim
x --> I .,fi- I
=x~
lim JX + I = 2
I
..,.
f(x)=x-' -5
Assim,
I
lim f(x) = lim = -oo
x -+-2- x-+ - 2- X+ 2
lim f(x) = lim (x2 - 5) = (-2) 2 - 5 = -I
.r~ - z+ .t~ -2+
lim f(x) =4
.r- 3
Observamos que os cálculos dos limites em (a), (b) c (c) são consistentes com o gráfico de f
na Figura 2.2.5 . ..,.
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 121
EXERCÍCIOS 2.2
ENFOCANDO CONCEITOS
.,. ,.
)' = f(,r) )' = g(x)
t. Dado que
lim f(x)
x-a
= 2. lim g(x)
x~a
= -4, lim h(x) =O
x-a
encontre os limites que existirem. Se o limite não existe, X X
explique por quê.
(a) lim [/(x) + 2g(x)]
.\-ioél
(e) lim
.r_.."
{/6 + f(x) 3-30 Encontre os limites .
2
(I) lim 3. lim x(x - I )(x + I ) 4. lim x 3 - 3x 2 + 9x
.r-+11 g(x) x -.2 .-:~3
x 2- 2x 6x -9
(g) lim 3/(x) - 8g(x) 5. lim 6. Ii111
.<-+11 h (x) K -+ 3 x+l x- •0 x3- 12x + 3
1g(x)
x4 - I 13 + 8
(h) lim
7. li lll 8. Ii 111
.r -+ J+ X - I ~~-2 f +2
.r-11 2/(x) + g(x)
x 2 + 6x + 5 x 2 - 4x +4
9. lim lO. lim 2
2. Use os gráficos de f c g na ligum a seguir para encontrar os x-- tx2-3x- 4 .. -2 x +x - 6
limites que existam. Se o limite não existir. ex plique por quê.
2r 2 + x - I 3x 2 - x- 2
(a) lim [f(x) + g(x)] (b) lim [/(x) + g(x)] 11. lim 12. lim 2
x~2 x-0 .r~ -I x+ l A' - I 2x +X- 3
(c) lim L/(x) + g(x)] (d) lim [f(x ) + g(x )j 13 + 3t 2 - 121 + 4 t 3 + t 2 - 51+ 3
x-o· x-o- 13. lim 14. lim
1~'2 t 3 - 41 t-1 13- 31 + 2
f(x) . I + g(x) X X
(e) lim (f) h 111 -..,-:'-.,.-- 15. lim 16. lim
x->2 I + g(x) >-2 f(x) x-J• x-3 >-J- X - 3
lim .jf(x)
X X
(g)
0 ..
(h)
x-o..
.j f(x)
lim 17. lim 18. Ii111
.1' - x -3 X - 1
. x-2· x 2 - 4
122 Cálculo
lim --=-·-
\" X 34. Seja
19• 2 20. lim
.r -+2- x - 4 .• - 2x 2 -4 x2 - 9
X ;6 -3
21.
.
I101
y+6 li 111
y+6 f(x ) = x +3·
, 22.
)' -+6• .r-- 36 ) ' -+ 6 - y 2 - 36 k. X= -3
r >' +6 3-x (a) Determine k de modo que f (-3) = lim,_,_J (x)
23. lnl , "6 24. lim
, .... 6 y- - ·' .r-. J - x2 - 2x - 8 (b) Com k tomando o valor lim, _ _J (x). mostre que f (x)
3 3-x pode ser expresso como um polinômio.
25. lim - x 26. lim 2
.v -. J - x 2 - 2r - 8 .r-+ J x - 2r - 8 35. (a) Explique por que os seguintes cálculos estão incorretos.
I I . ( -I
I10\ I ) = 1•llll -I 1.1111 I
27. lim 28. lim - - -
x ~O,J. x1
-
.v ... 2+ 12 - xl x -+ 3- lx - 31 x-0• X xl ,\'....,.()"' X
f(x) = { ·~ -
3.\ -
l.
7,
·~X >< 33 36. Encont re li rn
x .... o-
(~X + ~
X2
).
Encontre
(a) lim f(x) (b) li m /(x) (c) lim f(x)
.\'~ )- x..,. 3+ ... - 3
37-38 Primeiro racionali1.c o numerador c depois encontre o limite.
32. Seja
12, 1 2:; 0 . .Jx + 4 -
37. I11 1 1 - - - -
2
38•
•
.
I1111
Jx 2 +4 - 2
-----
g(t) = {f - 2. f < o x-.0 X ....... 0 X
Encon1rc 39. Sejam p(x) c q(x) polinômios. c suponha q(x0) =O. Discuta o
(a) lim g(r) (b) lim g(t) (c) lim g(r) comportamento do gráfico de y =p(x)fq(x) na vizinhança do
, _,.o- , ... o.. 1-+ 0 ponto x =x<l. Dê exemplos que apóiem suas conclusões.
ENFOCANDO CONCEITOS 40. Seja
33. Seja f (x ) = (a + b)x + (a - b)lxl
x3 - I 2r
f(x) = --:- Supondo que a e b sejam constantes. encontre
x - 1
(a) lim f (x) (b) lim f (x)
(a) Encontre lim, .., ,f(x). .r-o- .r-~
(b) Esboce o grálico de y = j'(x). (c) todos os valores de a c b. tais que lim f(x) exista.
·"-o
1. (a) 7 (b) 36 (c) - I (d) I (c) +oo 2. (a) 7 (b) -3 (c) I (d) não existe 3. (a) - I (b) O (c) +oo (d) 8
4. (a) 2 (b) O (c) não existe
Até aqui estivemos ocupados com limites que descrevem o comportamento de umaftmção f(x)
quando x tende a algum número real a. Nesw seção vamos nos ocupar com o comportamelllo
de f(x) quando x cresce ou decresce sem parar.
_.. X
lirn
x-+ -tO
~X =O c
I
lim - = O
x- +:c X
( 1-2)
-I
X
estão ilustrados numericamente na Tabela 2.3. 1 c geometricamente na Figura 2.3.1 .
Tabela 2.3.1
lim .!. = O VALORES CONCLUSÃO
x-+-.., X
X _..
lim .!. = O 2.3.1 U MITES NO INFINITO (PONTO DE VISTA INFORMAl.) Se OS valores de f(x) ficam
.t-++ee .l"
tão próximos quallto queiramos de um número L à medida que x cresce sem parar, então
Figura 2.3.1 escrevemos
lim f(x) = L ou f(x ) ~ L quando x ~ +oo (3)
x -~
y =L Assíntota horizontal
·' 11>Exemplo 1 Segue de ( I ) e de (2) que y = Oé uma assrn1o1a horizontal do gráfico de f(x)
= llx tanto no sentido positivo quanto no negativo. Isso é consistente com o gráflco de y = 1/x
lim f(x) • L mostrado na Fi2ura 2.3.1 . ~
.-·--- ~
Figura 2.3.2
11>Exemplo 2 A Figura 2.3.3 mostra o gráfico de f (x) =are tg x. Como sugere esse gráfi-
co, temos
. lf . lf
hm arc tg x = -
...... ~ 2
c hm arc tg
x-+-><
x = - -2 (5-6)
124 Cálculo
de modo que a retay= rr/2 é uma assíntota horizontal para f no sentido positivo e a retay = -rr/2
Ir
é uma assíntota horizontal para f no sentido negativo. •
-------2
,T
~ Exemplo 3 A Figura 2.3.4 mostra o gráfico de f(x) = (I + 1/x)'. Como sugere esse grá-
fico, temos
lim
:c~+x
(1 + ~)x X
= e e lirn
x-. -~ (I+-I)·' =e X
(7-8)
I y =are •g .r
Figura 2.3.3 de modo que a reta y =e é uma assíntota horizontal para f tanto no sentido positivo quanto
no negativo. •
6
5
• REGRAS DE LIMITES PARA LIMITES NO INFINITO
Pode ser mostrado que as leis de limite do Teorema 2.2.2 passam sem modificações para li-
mites em +oo e -oo. A lém disso, segue pel os mesmos 11rgumcntos desenvolvi dos na Seção 2.2
que, se n é um inteiro posi ti vo, então
-5-4-3-2-1 I 2 3 4 5
Figura 2.3.4
desde que existam os limites indicados de f(x). Também segue que constantes podem ser
tiradas para fora do símbolo de limite para limites no infinito:
~ Exemplo4
(a) Segue de (l), (2), (9) e (LO) que, se 11 é um inteiro positivo, então
lim -
.t....,) +x x"
L= ( fim+x -I)" =O
X -lo X
e lim -
X -+ -:»
I= (
X 11
lim -
.l'- -~
L)"=O
X
lim
1
(1 +-2x )x= lim [(I+~) .] 2 1 12
~) ']
2 112
= [ x-++oo
lim (1 + 2x = e112 = .fé •
2.3.2 UI\IITF.S INFINITOS NO li'\ FINITO (UM PONTO D~: VISTA INFORMAl.) Se OS valores de
f(x) crescem sem cota quando x --7 +ro ou x --7 - " '· então escrevemos
lim f(x)
x-+!C
= +:lO ou lim f(x)
:r--x.
= +x
conforme o caso. Se os valores de f(x) decrescem sem cola quando x --7 +ro ou x --7 -oo,
então escrevemos
x~
lim f(x)
+x
= -~ ou lim f(x)
.r-• --x.
= -<>0
conforme o caso .
,.
·''
8
.r
•• .r
-4 4 4 -4 4
-8 -8 -8
. •
.....-
fim x = +oo I1m x·· = +oo
.w:-t+oo
lim x' = +oo
·-~
lim x = -oo lim x 2 = +oo fim .r·'= +oo
Jt~-- ,r-Jo-oo
Figu rn 2.3.5
A multiplicação de x" por um número real positivo não afeta os limites (15) c ( 16), mas
a multiplicação por um número real negat.ivo inverte os sinais.
.,. ExemploS
lim
....... _ - 7x 6 = -oo., lim -7x 6 =-oo _.
.r -+-~
X~
lim- oc (co + c 1x + · · · + c,x") = X_.,
lim-'XI c,x" (17)
Podemos motivar esses resultados colocando em evidência o x de potência mais alta do poli-
nômio e examinando o limite da expressão fatorada. Assim,
Quando x ~ -oo ou x ~ +co, segue a partir de (I) c (2) que todos os tcm1os com potência po-
sitiva de x no denominador aproximam-se de O; logo, ( 17) c ( 18) são, certamente, plausíveis.
.,.. Exemplo6
3x+5
.,.. Exemplo7 Encontre lim .
X -+ +:c. 6X - 8
Solução Divida o numerador e o denominador pela polência mais alta de x que aparece no
denominador, isto é, x1 = x. Obtemos
5
. 3x +5 = . 3+ -
Illll 11111 x
Oividn eóld:l lermo por~r
.<->+« 6x- 8 _. .... +"" _ ~
6
X
5
lim (3+ X )
.r~+~
- 8
O limüc de un1 quociente
é o c1uocicmc <lo~ limites
lim (6 -
.r -1- +-X~ X
)
3 + 5 lim ~ 3 +0 I
.t ~+~ x Um:t oonstnmc sai Jl'lt:l f0t:1 de um
I 6+ 0 2 limite: fcSnnol•s (2) c ( 13) ~
6-8 lim -
X-+ +?O X
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 127
4x 2 -x
.- Exemplo S Encontre I i m .
.r- -x 2x 3 - 5
Solução Divida cada termo no numerador e no denominador pela maior potência de x que
ocorre 110 denominador, a saber, .../. Obtemos
4 I
4x 2 - x
lim
..... _.,. 2x3 - 5
4 --
lim ( -
x~-oo x x2
J)
O linlitc de um quociente
. ( 5)
hm
.r~ - cr.
?--
- x3
é o quocie-nte dos lin'litc:s
4 I
lim li m
,, r;. - oo X X~ - oo X2 O limite de Ulnn difcrcnçn é
5 n difcrcnçn d0$ 1inlhC$
lim 2- lim 1
X -l> - .oo. X -l> -~ .X ~
I I
4 lim - - lim -
x~ -~ x x~-~ x2 0-0 Uma con :a:tnt~ pode ser tirada
. I
- -o
2- 0 -
par.\ fortl do símbolo de limilc:
l'óm1Uia ( 14) c Exemplo 4
....
2 - 5 X-?
hm -
-oo x3
5x 3 - 2x 2 + I
.- Exemplo 9 Encontre lim
.<->+oo I - 3x
Solução Divida cada tenno no numerador e no denominador pela maior potência de x que
ocorre no denominador, a saber, x' = x. Obtemos
I
5x-- 2x + -
?
. 5x3 - 2x 2 + I X
hm ---:--::--- = lim (19)
x-.+oc I - 3x .r-+oc I
--3
X
Nesse caso não podemos argumentar que o limite do quociente é o quociente dos limites por-
que o limite do numerador não existe. Contudo, temos
(~X -
2 . I
lim 5x - 2x =
.r -l> +r.c.
+:o, hm - = O. lim 3) = -3
.r-++x. X .r-++~
Assim, o numerador do lado d.i reito de ( l9) tende a +<XJ e o denominador tem um li.mite nega-
tivo finito. Concluímos disso que o quociente tende a -oo; ou seja,
- 2x + ~
2
5x3 -
+ I 5x
2x 2 X
lim - - - -- - = lim ---;---...:::... = -oo ~
x->+"' l-3x x-> +oc I
--3
X
.,.. Exemplo 10 Use a observação precedente para ca lcular os limites dos Exemplos 7, 8
e 9.
Solução
. 3x+5
. 3x . I
Illll
x~~6x-8
= 1llll - = 1llll - =
x-~6x .r-+oe2
-
2
4r 2 - X 4x 2 2
Ii m - ·. . .,::---:-
' lim - = lim - = O
.r~ -?C2.x 3 - 5 .t -,. -x. 2x3 .r - -x X
5x3 - 2x 2 + I 3
lim .
= I1m 5x 5 2) =
= 1.1m ( --x -oo ~
... _. +..J!I I - 3X .r--t® (-3x) ..... +.. 3
.,.. Exemplo 11
Solução
. 13x + 5 =
hm
3 .
11m 3x + 5 = ! fI·
-
O limite de unm rai:t enésim:• é a
rui7. cnésima do limj(e
x-H-«> 6x - 8 .r-+ +<~> 6x - 8 2
()
a
.
I1m
Jx 2 + 2 (b) lim
J ~2 +2
--=-·-::-
x - +x 3x- 6 .r .... _,., 3x - 6
Em ambos os casos, seria prático manipular a função de forma que as potências de x setor-
nassem potências de 1/x. Isso pode ser obtido dividindo-se o numerador e o denominador por
~I c usando o fato de que ....(;2 = ~ri .
Solução (a) Quando x ~ +co, os valores de x tornam-se posi tivos; logo, podemos substituir
~I por x onde for conveniente. Obtemos
Jx2 + 2 Jx 2 +2
Jx 2 +2
lim
x-+ +«> 3x -6
lim
.X-+ +oo
lxl
3x - 6 - .\'-Ii m+oc. 3xv?-
- 6
lx l X
/r+; hm .
.\' ......
~
+~X ..
+oo \ I
-- lim
(:~ -~)
X~+::<; 6
3-- lim
X X-++~ X
lim
..-~+~
(r+ 2, ) X ""
( lim
.\_.+X~
r) + ( 2 lim
x-+ +x X 2
...!... )
.w:~
lim
+x.
(3- ~) X
lim
( .r- +?r;
3)- ( 6 lim+"' ...!...)
X_. X
} 1+(2·0) I
3 - (6. 0) 3
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 129
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA Solução (b) Quando x ~ - oo, os valores de x tornam-se negativos; logo, podemos substi -
tuir lxl por- x onde for conven ien te. Obtemos
Segue do ExemplO 12 que a funçao
f(x) = Jx2 +2 J x2 +2 Jx 2 +2
3x-6 J x2 +2 lxl .Jii
tem uma assíntota dada por y = t lim
x--x 3x- 6
lim
,t'_,. -~ 3x -6 - x_,.lim
-~ 3x - 6
no sentido positivo e uma assíntota
lxl (-x)
dada por y = -!
no sentido nega-
R
tivo. Confirme Isso usando algum re-
curso gráfico.
I
= lim = -- ....
-3+ ~
.t' ~ - oe
3
X
,\'
(a) lim
X-> +w
<Jx6 + 5- x 3)
Solução Os gráficos das f unções f (x) = .JxO + 5 - xJ e g (x) = .Jx6 + 5x3 - x3 para
• x > O aparecem na Figura 2 .3.6. A partir deles, podemos conjeclurar que os limites soli-
-2 - 1 2 3 4
- I ci tados são Oe trespectivamente. Para confirmar isso, tratamos cada função com o uma
fração com um denominador igual a I e racionalizamos o numerador.
Y= -J/i + 5 - x31
(a)
3 5
h- jl ,~.~6
x3
= lim
.r
+ +I
- I 2 3 4 o
- I - = 0
.JI+O+ l
(b)
Figura 2.3.6
I +--,+
x·
I
aplicadas aos símbolos +CV e -<>V. A
parte (b) do Exemplo 13 Ilustra este
fato: os termos J x6 + sx3 e x' ten-
dem a +CV quando x-+ +">. mas sua
diferença não tende a zero.
-" y. scn x específico. Em geral, as funções trigonométricas deixam de possuir limites quando x __. +oo
c x __. - oo, por causa da periodicidade. Não existe notação para denotar esse tipo específico
Hc+-t-lf-++H+H++-1'+~... de comportamento.
Na Seção 1.6 mostramos que ambas as funções e' c In x crescem sem cota quando
x __. ~(Figuras 1.6.9 e 1.6.1 0). Assim, na notação de limite, temos
Para referência futura, também listamos os seguintes limites, que são consistentes com
Figura 2.3.7 os gráficos das Figuras 2.3.8:
)' =M y = In x
lim
.r-.. -x
e-• = +oo (24-25)
3h (x) + 4 6/(x)
(g) fim (h) lirn
x-+~ .r2 .<->+» S f(x ) + 3g (x)
2. Para a função S3 do gráfico abai xo, encontre: 6. Dado que
(a) tj>(x) (b) lim tj>(x) li m f(x) = 7 e li m g(x) = -6
,._li m -~
.r--~
x- -"» x- -~
encontre os l i mi tes que existirem. Se o li mite não existir.
expl ique por quê.
,. J = </>~t)
(a) fi m [2/(x) - g(x)]
x- --x.
(b) Iim [6f(x)
I(-.,. --:1;
+ 7g(x))
(c) fim [x 2 g(x)]
,{ - -'OÇ
+ (d) fi m
:r- -':oC
Lx2g(x)]
g(x)
.r (e) fim ~ f(x)g(x) (f) fi m
.c --~ x- -x f(x)
. xf(x)
(h) hm
A-+~ (2x + 3)g(x )
Figura Ex-2
23.
.
hm
.J:.x~ + x
24. li m ':h~ + ..
_v_.,·--=-
A
Encontre
x2 - 8 (a) lim g(l) (b) lim g(t)
.r- _., x-+>< x 2 - 8 ( _, -'X- , - •:c
7 - 6x 5 5 - 2r 3
25. lim 26. lim
.r-+'>' X+ 3 +I
, .... _,.,. r 2 33-36 Encontre os limites.
ENFOCANDO CONCEITOS
35.
x-- lim ( Jx2 + ax - x)
29. Suponha que uma partícula esteja sendo acelerada por uma
força constante. A s duas curvas v= 11(1) c u = e(l) da figura 37. Discura os limites dep(.r) =(I -x)" quandox ~ +OO ex ~ -oo
abaixo fornecem as curvas de velocidade instantânea versus para valores ímciros positivos de 11.
tempo para a partícula conforme previstas, respectivamente,
38. Sej amp(x) =(I - x)" c q(x) = ( I - x)"'. Discuta os li mites de
pela Física cl(lssica c pela Teoria da Relati vidade Especial.
p(x)lq(x) quando x ~ +00 c x ~-<">O para valores inteiros posi-
O parâmetro c representa a velocidade da luz. Usando a lin-
tivos de m c 11.
guagem de li mi tes. descreva as dife renças nas previsões a
longo prazo das duas teori as. 39. St<ia p(x) um polinômio de grnu 11 . Discuta os limites de p(x )h!"
v quando x ~ +oo c x - ) -"'-> para valores inteiros positivos de m.
40. Em cada parte. encontre exemplos de polinômios p (x) e
q(x) que sati sfaçam a condição dada c tais que p(x) ~ +oo c
v= e(l) q(x) ~ +N quando x ~ +N .
(Relatividade)
. p(x) • p(x)
(a) Iun
x- +"' q(x)
1 (b) lun=
A-> +w q (.r)
O =
I
. p(x)
Tempo
(c ) I 1111 = +oe (d) lim [p(.r) - q(.r)] = 3
Figura Ex-29 x- +» q (x) x-+~
r denota a temperatura ambiente. [Sugesfiio: A resposta d.:penderá dos casos 111 < 11. m = 11 o u
(a) Qual é o significado físico de lim,_ 0• /(I)? 111 > 11.)
(b) Qual é o signifi cado físico de lim,~..,. f(t)? 42. Encontre
r co +c,x + · · · +c,x"
lim
•- +'.. do+ d,x + · · · + d111 x"'
2 1<
ENFOCANDO CONCEITOS
ljm
.c.....PQ.-
f(.!.)?
.\'
lim [f(x) - g(x)] =
.t ~ -~
lim
.x- -:~e X -
2
1
=O
I y =J(x)
O que pode ser dito sobre o limite 20 I
I
....... o- f
lim (.!.)?
x
15
lO
I
I
I 7
~
~
I 7
5
I
I /
= g(x)>''Y
..../ X
63-70 Encontre os limites.
-~ -3 2 3 ~
-5
. (x + W
Iun
63. .\ ...... 64. -tO
+.., xx
I) ( I)
( -x - .r
65. lim 1-- 66. lim I - - Nesses exercícios. determine uma função g(x) mais simples. tal que
s..., +~ X ·"_,. -~ X y = .f(.r) seja assintótica a y= g(x) quando x ~+<X> ou x ~ -oo. Use
.lx - li·' um recurso gráfico para gerar os grátkos de y f(x) c de y = g(x) c =
67. 68. hrn identifique todas as assíntotas vc1.1icais.
.\'-.. -..o lxl·r
134 Cálculo
x2 - 2 f980. f(x) = x3 - x +3 I
f979. f(x) = - -
x -2
f9 83. f(x) = sen x + ---,-
X x-1
f9 81. f(x) = -x3 + 3x2 + x- I x3 -x 2 + 2
.r-3 f3 84. f(x) =
.r - I
I. (a) -3 (b)- - (c) -I (d) O (e) +00 (t) 5 (g) O 2. (a)~ (b) não existe (c) i 3. (a) 9 (b) - ~ (c) não existe (d) 4
4. e'. e-' . 2' c (0.5)' têm. cada uma. uma assíntota horizontal
\'
Y =f(x) ,\'
.l' =f(x)
,.
· )' = f(x)
L+€ L+€ -------- -~---
t I
I
f(x) I
L L I. - - - - - l
I l
t I
I L-€ --- 1.-t; - - -
I
I
I X l ... I x
_.,. a..- xo (/ XI --t---::...-0 - 'a:-·_.. ,\'I
na Figura 2.4. l c; quando i sso ocorrer, o valor de f(x) cai rá entre L- E e L+ E, que determi-
nam um intervalo destacado com cor na figura. Assi m, podemos concl uir:
Se f(x ) ~L quando x ~a, então para qualquer mímero positivo E podemos encolllrar
um inten•alo aberto (x0 • xt) no eixo x que contém o ponto a e que tem a propriedade de
que, para cada x nesse intervalo (exceto possivelmente para x =a), o valor de f(x) está
entre L- E e L + E.
O que é importante sobre esse resultado é que ele é válido i ndependentemente de
quão pequeno se tornar E. Contudo, tornando t: cada vez menor força f(x) a fi car cada vez
mais próximo de L, que é precisamente o conceilo que estávamos tcnlando captar matema-
ticamente.
,. )' =/(.<) Observe que na Figura 2.4.1 c o inler valo (x0 , x 1) se eslende mais par a o lado direito de
a do que para o lado esquerdo. Con!Uclo, muitas vezes é pre fer ível dispor de um i nter valo
que se estenda a mesma distânci a para ambos os lados de a. Para isso, escolhamos qualquer
o
número positivo que seja menor do que ambos x1 -a e a- x0 e consideremos o inter valo
.r (a - 8, a+ o). Esse intervalo se estende à mesma distânci a ô de ambos os lados de a e está
dentro do intervalo (x0, x 1) (Figura 2.4.2). A lém disso, a co ndição L - E< f(x) <L+ E vale
para cada x desse intervalo (exceto, possivelmente, x =a), j á que essa co ndição val e no
interval.o maior (x0 , x, ).
i+ll-+1<-<'i ....i Como a condição L- E< J(x) < L +~: pode ser expreSS!I como
( ' '- t-:-----7-
(- ' ,\'
Essa definição, que é atribuída ao rnatemálico al emão K arl Wei crstrass c é conhecida
como a definição " épsilon-delta" de limite bil ateral, estabelece a transição de um conceilo in-
formal de limite para uma definição precisa. Especifica mente, à frase informal " tão próximo
quanto queiramos de L" atribuímos um sentido quantitati vo pela nossa habilidade de escolher
arbitrariamente o número positivo E, e a frase "suficientemente próxim o de a" é quantificada
pelo número positivo 8.
N a seção precedente, ilusttamos vários métodos numéricos e gráficos pard adi vitJhar lüni-
tcs. Agora que lemos uma definição preci sa para trabalhar, podemos confirmar, de falo, a vali-
dade daqueles palpites com prova matemática. Aqui está um exemplo típico de uma tal prova.
.,.. Exempl o 1 Use a D efinição 2.4.1 para provar que lim (3x - 5) = I.
x....,.'2
Solução Devemos mostrar que, dado qualquer número positivo E, podemos encontrar um
número posi tivo ô tal que
Há duas coisas a fazer. Primeiro, devemos descobrir um valor de õ que sustente essa afirma-
ção c, e ntão, provar que a afirmação é válida para aquele ô. Para a primeira parte, começamos
por simplificar e escrever (I) como
13x - 61 < ~ se O < lx - 21 < ô
A seguir, vamos reescrever essa afirmação em uma forma que irá facilitar a descoberta de um
ô apropriado:
31x - 21 < E se O < lx - 21 < ô
(2)
lx - 21 < €/3 se O < lx - 21 < ô
Deveria ser evidente por si só que essa última afirmação está assegurada quando ô = E/3, a
qual completa a parte da descoberta de nosso trabalho. Agora, precisamos provar que (1) é
vá lida para essa escolha de ô. Porém, a afirmativa ( I) é equivalente à (2), c (2) se verifica com
ô = E/3, portanto, (J) se verifica também com ô = EI'J.lsso prova que lim (3x- S) = I . ..,..
.\' ~ 2
Este exemplo ilustra a forma geral da prova de um limite: Admitimos que nos é dado um número positivo E,
e tentamos provar ser possível encontrar um número positivo IJ, tal que
lf(x) - l-1 < < se O < lx-ai < ~ (3)
Isso é feito em primeiro lugar descobrindo-se ll, e então provando que o 8 descoberlo funciona. Uma vez
que o argumento tem de ser bastante geral a fim de valer para todos os valores de é positivos, a quanti·
dade õdeve ser expressa como uma função de €. No Exemplo 1, encontramos a função ll = d3 por ai·
guma álgebra simples; contudo, a maioria das provas de limite requer um pouco mais de engenhosidade
lógica e algébrica. Logo, se o leitor achar nossa discussão resultante das provas ·•·8' desafiadora, não
venha a se desencorajar; os conceitos e as técnicas têm dificuldades intrfnsecas. Com efeito, o entendi·
mente exato de limites iludiu as melhores mentes matemáticas por mais de 150 anos após a descoberta
dos conceitos básicos de Cálculo.
Solução Observe que o domínio de .JX é O< x, portanto é vál ido d iscutir o limite com
x ~ u·. Devemos mostrar que, dado E > O, existe urn ô > O tal que
i.JX- 01 < E se O < x < O+ ô
ou, si mplificando:
Karl Weierstrass (1815-1897) Weierstrass, filho de Weierstrass foi ignorado, pois era um professor de ensino mé-
um oficial a lfandegário, nasceu em Ostenfelde, Ale- dio, e não universitário. Então, em 1854, ele publicou um ar·
manha. Quando jovem, Weierstrass mostrou notável tigo da maior importância, causando sensação no mundo ma-
habi li dade em Hnguas c Matemática. Porém, pressio· temático e dando-lhe da noite para o dia fama internacional.
nado pelo pa i dominador. entrou em um programa de Ele recebeu imediatamente um doutorado honorário na Uni-
leis e comércio da Universidade de Bonn. Para des- versidade de K<Snigsberg e começou uma nova carrei ra uni-
gosto da famflia, o teimoso jovem concentrou-se em esgri- versitária, lecionando na Universidade de Berlim, em 1856.
mar c beber cerveja. Quatro anos mais tarde, voltou para Em 1859, o esforço dispendido nas pesquisas matemáticas
casa sem nenhum títul o. Em 1839, entrou na Academia de causou-lhe um colapso nervoso temporário c levou-o a sur-
Mlinster para obter um título em ensino médio e aí conheceu tos de vertigens que o acompanharam pelo resto de sua vida.
e estudou sob a orien tação de um excelente matemático. cha- Weierstrass era um professor brilhante. c suas aulas ficavam
mado Christof Guderrnann. As idéias desse matemático tive- sempre lotadas. Apesar de s ua fama. ele nunca perdeu seus
ram grande innuencia no trabalho de Weierstrass. Após receber hábitos de bebedor de cerveja, estando sempre na companhia
seu diploma de licenciatura. ele passou os 15 anos seguintes de esrudantes. brilhantes ou não. Weierstrass foi reconhecido
lecionando alemão. Geografia e Matemática em uma escola como um grande nome mundial em Análise Matemática. Ele
de ensino médio. Além disso. ensinava caligrafia para crian- e seus estudantes abriram caminho para as escolas modemas
ças. Durante esse período. muito do trabalho matemático de de Análise Matemática.
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 137
Solução Devemos mostrar que, dado qualquer número positivo, conseguimos encontrar
um número posilivo ô tal que
?
lx- - 91< E se O < lx - 31 < 8 (6)
Como lx- 31 ocorre no lado direito dessa "afirmativa se", será úti l fatorar o lado esquerdo
para introduzir um fator ~r - 31. Isso resulla na seguinte forma alternativa de (6):
lx + 311x - 31 < E se O < lx - 31 < 8 (7)
Queremos limitar o fator lx + 31. Se soubéssemos, por exemplo, que ô < l, então teríamos
-1 < x- 3 < 1, portanto, 5 < x + 3 < 7 e, conscqiicntcmente, lx + 31 < 7. Assim, se ô < 1 e
Caso o leitor se pergunte como foi O< lx -31 < ô, então
obtida a restrição 8 S I , em vez de lx + 311x - 31 < 78
ll s 5 ou ll s4, por exemplo, a res-
posta é simples: I é somente uma Segue que (7) estará satisfeita por qualquer ô positivo tal que ô :s; I c 7ô <E. Isso pode
escolha conveniente. pois qualquer ser obtido tomando ô como o mínimo dos números I c € /7, que costumamos denotar por
restôçâo da forma 8 S t· teria funcio·
nado igualmente bem.
ô=min(l, E/7). Isso prova que lim x 2 = 9. <111
.\' .... 3
2.4.2 J>P.FINIÇ..\o Seja f(x) definida em Iodo x de algum intervalo aberto infinito, o qual
se estende no sentido positivo do eixo x. Escreveremos
lim f(x) =L
x~ +?O
se, dado qualquer número f > O. houver um correspondente número positivo N, tal que
2.4.3 DEFINIÇÃO Seja f(x) definida para todo x de algum intervalo aberto infinito, o
qual se estende no sentido negativo do eixo x. Escreveremos
lim f(x) = L
,\'- - x.
se, dado qualquer número E > O, houver um correspondente número negativo N, tal que
Para ver como essas definições se relacionam com os nossos conceitos informais desses
limites, suponha que f(x) ~L quando x ~+oo, e para um dado f seja No número positivo
descrito na Defi nição 2.4.2 . Se for perrnitid() x crescer sem parar, então x irá entrar no inter-
val o (N, +oo), o qual está marcado mais cl aro na Figura 2.4.4a; quando isso acon tecer, os
valores de f(x) cairão entre L - f e L + €, marcado mais escuro na figura. Uma vez que isso
é válido para todos os valores de f ( não importa quão pequeno), podemos forçar os valores
de f(x) a ficar tão perto de L quanto quisermos, fazendo N suficientemente grande. Isso está
de acordo com o nosso conceito informal desse limite. Analogamente, a Figura 2.4.4b ilustra
a Definição 2.4.3.
\'
~+E - - -, - -- - - - - -
f(x) ~-+-+---ilf-"7"~
-----------
r""rT--
~+E
t--1r--i Lf(,•>
, ____- J
L I
L-E ~o--- -
X
--~----------~~--..------~
N X- N
Soluçá() Aplicando-se a Definição 2.4.2 com f(x) = llx cL=O, devemos mostrar que, dado
f > O, conseguimos encontrar um número N >O tal que
I
-- 0 <€ se x>N (8)
X
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 139
Corno x--7 +00, podemos supor que x> O. Logo, podemos eliminar os valores absolutos nessa
afim1ação e a reescrever como
I
-<E se x>N
X
É evidente por si só que N = 1/ E satisfaz essa exigência, c como (9) é equivalen te a (8) para
x > O, a prova está compl eta. ~
,.
• LIMITES INFINITOS
N a Seção 2.1, discutimos do ponto de vi sla intuiti vo os seguinte lipos de limites:
ljm f (x )
X-'!>a
=+co. lim f(x)
X -'lo li
= -o:: ( 10)
lim f(x)
x -.l> a+
= +oo, lim f(x)
x~a +
= -oo (I I )
lim f(x ) =
x--.n -
+oo. lim f(x)
.t'-+ u-
= -oo ( 12)
(I
Lembre que cada uma dessas expressões descreve uma maneira particular na qual o limi te
lf(x) > Mse O< ix-ai < SI
não existe. O +00 indica que o limite não existe porque .f(x) cresce sem cora, e - oo indica que
(a) o limite não existe porque f(x) decresce sem cota. Essas idéias estão captadas mais precisa-
men te nas definições a seguir e ilustradas na Figura 2.4.5.
M 2.4.4 OEFIMÇÃO Seja f(r) definida em todo x de algum intervalo aberto contendo a,
exceto que f (x) não precisa estar definida em a. Escreveremos
lim f(x) =
x-.tl
+oc
se, dado um número positivo M qualquer, pudermos encontrar um número 8 >O, tal que
f (x) satisfaz
f(x)>M se O< lx-al<8
jf<x) < Mse O < ix - ttl < SI
(b)
Figura 2.4.5 2.4.5 DEFrNIÇÃO Sej a f(x) definida para todo x de algum inrervalo aberto contendo a,
com a exceção de que f (x) não precisa esrar defi nida em a. Escreveremos
lim .f(x) = -oo
.r-.. a
se, dado um número negativo M qualquer, pudermos encontrar um número 8 > O, tal que
f (x) satisfaz
f (x) <M se O< lx-al<ó
Para ver como essas definições se rel acionam com os nossos concei tos informais
desses limi tes, suponha que f(x) --7 +OO quando x ~ a, e que para um dado M seja 8
Como o leilor deliniria:
o número positivo correspondente, descrito na Definição 2.4.4. A seguir, imagine que x
=
lim f(x ) +» lim f(x ) =-oc
x -. a+ x-a• aproxima-se cada vez mais de a (por qualquer lado). Então, x entrará no inter va lo (a - 5,
lim f(x ) = +oo lim f(x) = -oo
x- a- .l'"-o- a+ 5), o qual está marcado mais claro na Figura 2.4.5a; quando i sso acontecer, os valores
Jim /(.r)= +oo Jim f(x) = -oo de f (x ) serão maiores do queM, marcado mais escuro. Uma vez que isso é válido para
x- +x. x-+-~
lim f(x) = +oo X·Jim f(x ) = -oc qualquer valor positivo M (não i mporta quão grande), podemos forçar os valores de f (x )
.T- -x • ·'X
para que sejam tão grandes quanto quisermos, fa7.cndo-se x suficientemente próximo de a.
140 Cálculo
Isso está de acordo com o nosso conceito informal desse limite. Analogamente, a Figura
2.4.5b ilustra a Definição 2.4.5.
. I
.,. Exemplo 5 Prove que hm -:; = +x.
x-ox-
2
Solução Aplicando a Definição 2.4.4 com f(x) = llx c a= O, devemos mostrar que, dado
um número M >O, conseguimos encontrar um número 8 > O, tal que
I
->M se O<lx-01<8 (13)
x2
1. A definição de limite bilateral afirma: lim,_,. f(x) =L se, dado 3. Suponha que E seja
um número positivo qualquer. Encontre o
qualquer número • existir um número _ _ __ maior ''alor de õ, tal que l5x- I OI < E se O< ~f- 21 < o.
tal que IJ(x) - LI< E se _ __ _
4. A definição de li mite em +N afirma: lim, ·~ f(x) = L se. dado
2. Encontre o maior intervalo abeno centrado em x = I. tal que, qualquer número • existir um número positivo _
para cada .f no intervalo. f(x) está a menos de li unidades de _ _ _ . tal que lf(x)- LI< € se _ _ __
f( I)= 5.
5. Encontre o menor número positivo N. tal que. para cad<t x > N.
(a) f(x) = x + 4, € = 0,0 1
o valor de f(x) = II fi está a menos de E unidades de O.
(b) f(x) = 5x. € = 0.02
(a) E =0.1 (b) E =0.01 (c) E =0.001
(c) f(x) = 3x 2 +2. € = 0.1212
4. (a) Encomre os valores dex,,ex, na figura abaixo. 18. Suponha que f(.r) c g(x) sejam funções c que. para qualquer
(b) Encomrc um número posilivo ô, 1al que I< 1/x) - li <O, I se € >O dado. as condições seguintes valham:
O<l,l·-11<6. (i) Se O< ~r- 31 <é. cn1ão lf(x)- 71 <E.
\'
(ii) Se O< ~r- 31 < min( 112.1:/8). enlào lg(x)- SI <li.
{a) Quais são os limi1cs descritos por essas duas afinna-
I - ?
)' =-
.r çocs.
(b) Encomrc um valor de ô. tal que O< ~r- 31 < ô garama
que 13f(x) - 211 < 0.03.
19. Suponha que f(.r) seja a função do Exercício 17. Encon-
lrc um valor de ô. 1al que O < lx - 41 < ô garanta que
110/(x) + 21·- 381 < 0.0 1. !Sugestão: Pela desigua ldade
lriangular,
Nt1o reiJre.~PIIItldu em escllla
1( 10/(x) - 30) + (2x - 8)1
Figura Ex-4
::; I IOJ(x) - 301 + 12r- 81 J
a s. Gere o gráfico de f(x) = x'- 4x + 5 com um recurso gráfi-
20. Suponha que f(x) c g(x) scj111ll as funções do Exercício 18.
co co mpu1aciona l c use-o para encontrar um número ô, 1al
Encomrc um valor de li. taI que O< lx - 31 < õ garama que
que lf(x) - 21 < 0.05 se O < lx- 11 < <~ . [Sugestão : Moslrc
que a desigualdade lf(x) - 21 < 0,05 pode ser reescrita como l3f(x) + g(x) - 261 < 0,06. [Sugestão: Pela desigualdade
triangular.
I,95 < xJ- 4x + 5 < 2.05 e es1ime os va lores de x para os
quais x)- 4x + 5 = I ,95 c i - 4x + 5 =2,05.] 1(3/(x)- 2 1) + (g(x)- 5)1
a 6. Use o rné1odo do Excrcfcio 5 para enconlrar um número ó. 1al :S 13 f(x) - 2 1I + lg(x) - 51 ]
que I.J5x + I - 41 < 0,5 se O< lx- 31< ó.
a 1. Seja f(x) = x + .JX com L = lim,~ 1 f(x) e 1ome E =0,2. 21-26 Use a Definiçilo 2.4.1 para provar que o limile dado está
Use u111 recurso gráfico e sua opt:ração de 1raçar re1as para
correio.
encon1rar um número posilivo ll. 1al que lf(x)- LI <fi se
O< lx- 11 < ô. 21. Jjm 3x = 15 22. lim (7x + 5) = - 2
a s. Seja f(x) =(scn 2x)lx c use urn recurso gráfico para conjecturar .r~s
2x 2 +x
x-. -I
x 2 -9
o valor de L= lim, _, 0 f(x). Agora 1ome E = 0.1 e use o recurso 23. lim = I 24. lim = -6
gráfico c sua operação de lraçar rclas para encomrar 11111 númc- .r-o x •- - J.r+3
roposilivoô.lalquclf(x)- L I< E se O< ~rl <ô.
25. lirn f(x) = 3, onde f(x) =
_,_I {·r1·0+. 2 · x =f:
X
1
= I
... .fi=
34. l im
~
2
9 -2x X< 2
34. lim f(x) = 5, onde/(x) = { _ ' X>2
x-2 3X 1.
35. (a) Encontrar o menor número positi\'0 N, tal que. para cada
2 Figura Ex-38
pelllo x no intervalo (N. -tN). o valor da função f(x ) =llx
não esteja mai s longe do que 0.1 unidade de L= O.
(b) Encontrar o menor número positivo N, tal que. para cada 39-42 São dados um número pOSitivo € c o limite L de uma função
ponto x no intervalo (N. -+<"'). o valor da função f(x) = f em +00. Encontre um número pOSitivo N, tal que lf(x) - LI < €
xl(x+ I) não esteja mais longe do que 0.0 I unidade de L = I. scx>N.
(c) Encontrar o maior número negati\'0 N, tal que, para cada
ponto x no illlervalo (-ro. N). o val or da função f(r) 11x" = 39. lim -
.t'-+ +~ x2
1
= O; ~; = 0,01
não estej a mais longe do que 0,00 I unidade de L = O.
(d) Encomrar o maior mlmcro negativo N, tal que, para cada . I
40. hm = O; € = 0 ,005
ponto x no intervalo (-"". N), o valor da função f(x) = •<->+"- X + 2
xl(x + I) não esteja mai s longe do que 0,0 I unidade de L = I.
41. Jim X = l ; é = 0 . 00 1
36. Em cada parte. encontre o menor número positivo N, tal que. .r->+» .r+ l
para cada ponto x no intervalo (N, +=), a função f(x) = LI.? 4,r - l
não esteja mais longe do que ~; unidades do número L = O. 42. lim
x-+» 2x + 5
= 2; ~; =0.1
(a) ~; = 0.1 (b) E= 0.01 (c) € = 0.00 1
37. (a) Encontrar os val ores de x, c x 2 na figura a seguir. 43-46 São dados um mímero posi ti vo~; c o limite L de uma função
(b) Encontrar um número posi ti vo N. tal que f em -oo . Encontre um número negativo N. tal que lf(x) - LI< €
,.2 sex<N.
.• - 1 <€
I +x 2 . I
43. hm =O; é = 0.005
parax > N. .r- _,. X+ 2
(c) Encontrar um número negativo N. tal que . I
x2 44. hm - 2 = 0: f = 0. 0 1
:r - --:c -t
-:---;; - I < é
I + x2 4x- I
45• lim = 2: € = O. I
para .r< N. .... -x 2x+5
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 143
46. lim X
= I; E = 0,00 1 63. lim
x~~~
.Jx - 4 =O 64. lim ...;:::; = O
x-o..
x -->-oo x +I
x>2
65. lim f(x) = 2, onde f(x) = {·f'
•••- 2"'* 3• •\" . X< 2
47·52 Use a Definição 2.4.2 ou a 2.4.3 para provar que o limite
dado está correto. X>2
66. lim j(x ) = 6, onde f(x) = {·r.
x ~z- .3.r. X <2
.• !!.~,. ;2 =o
1
47. 48. lim =O
.r--> +z X + 2
67-70 Escreva por extenso as definições dos limites dados ao lado
4x - I X da Definição 2.4.5 (página 139) e use sua definição para provar
49. lim
.r- -" 2x + 5
- ? -- 50. lim
.<- -» x +I
= I que o limite dado está correto.
2../X . I I
51. lim = 2 52. li 111 2'' = o
_,._-:;c 67. (a) hm = - oo (b) lim = + ::<l
x--> ~ ..[i- I X-+ • • I -X .r- t· 1 -x
. I . I
53. (a) Encontre o maior intervalo aberto centrado na origem do 68. (a) hm - = +:;<) (b) ltm - = - oc
..:~o+ x :r-J. o- x
eixo x. tal que. para cada po nto x no interva lo. diferente do
69. (a) lim (x + I)= +ex: (b) lim (x + i)= -oo
centro. o valor de f(x) = l/i é maior do que I00. .\' ...... +ÇQ ·" ...... _.,..
(b) Encontre o muior intervalo aberto, centrado no ponto x = 70. (a) lim (x 2 - 3) = +oo (b) li m (x 3 + 5) = -oo
X -+ +«:~ X-+ -00
1. tal que. para Clldu ponto x do intervalo, diferente. de 1. o
valor da função f(~) = '*-
li é maior do que l.OOO. 71. Prove o resultíido do Exemplo 3 sob a hipótese de que o:S 2 em
vez de o:S I.
(c) Encontre o maior interv;llO aberto. centrado no ponto x =
3. tal que, para cada ponto x do intervalo, dilerente de 3, o 72. (a) Na Definição 2.4. 1. há uma condição requerendo que f(x)
valor da função f(x) = - 1/(x- 3l é menor do que - 1.000. esteja definida em todo x de algu m intervalo aberto que
contenha a. com a exceçao possivelmente em a. Qual é a
(d) Encontre o maior intervalo aberto. centrado na origem do finalidade dessa exigência?
eixo x. tal que. para cada ponto x do intervalo. di fercnte de
(b) Por que lim, - o ..[i= O é uma afi rmativa incorreta?
zero. o valor de f(x) = - 1/x• é menor do que - 10.000.
(c) A afirmativa lim..--o.ot ..fi= O, I está correta?
54. Em cada parte. encontre o maior intervalo aberto, centrado no
73. De acordo com a lei de Ohm. quando uma voltagem de V
pomo x = I. tal que. para cada ponto x do intervalo diferente do
volts é aplicada através de um resistor com uma resistência de
=
centro. o valor de f(x) 1/(x - 1)2 é maior do queM. R ohms. uma corrente de I= VIR ampercs circula através do
(a) M= 10 (b) M = 1.000 (c)M = 100.000 resistor.
(a) Quanta corrente circula se uma voltagem de 3.0 vol ts é
55-60 Use a Definição 2.4.4 ou 2.4.5 para provar que o limite aplicada através de uma resistt:ncia de 7.5 ohrns?
dado está correto. (b) Se a resistência varia em± 0. 1 ohm c a voltagem perma-
nece constante em 3.0 volts. qual é <I variação dos valores
I -I para a corrente?
55. lirn
x-3 (x- 3)2
= +oo 56. lirn =- 00
x- 3(x - 3) 2 (c) Se a variação da temperatura fi zer a resistência variar em
. I . I ±o de seu va lor de 7.5 ohms c a voltagem perman.ecer
57. hm - = +oc
..-o lxl
58. hm
_, .... t lx - 11 = +oc· constante e m 3.0 volts. quai s serão os possíveis valores
para a corrente::'?
59. lim (
.r-> o
-~)
x4
= - oo 60. ...r1111 -
..,. o x4
I = + :;<) (d) Se a corrente não pode variar mais do que € = +0,001 am-
l>trcs a urna voltagem de ~.O volts. qual a variação de +S a
partir do valor de 7.5 ohms que é permitida?
(c) Certas ligas tornam -se SIIJiercoudutores quando suas tem-
61 -66 Use a observação ao lado da Defini ção 2.4.1 (página 135) peraturas se aproximam do zero absoluto (-273°C). signi -
para provar que o limite dado está correto. ficando que suas resistências tendem a zero. Se a voltagem
permanecer constante, o que acontece com a corrente em
61. lim (x + I) = 3 62. lim (3x + 2) = 5
um supercondutor quando R ~ O' ?
·'·~ 2• X -+ t-
I. € > 0: ll> 0: 0 <~f - ai < /) 2. (a)(0.99: I,OI) (b)(0.996; 1.004)(c)(0.98; 1.02) 3. 6 = ~:15 4. € > 0: N: x > N
5. (a) N = I00 (b) N = I0.000 (c) N = 1.000.000
144 Cálculo
2 .5 CONTINUIDADE
Uma bola de beisebol não pode desaparecer em algum ponto para reaparecer em owro
e continuar seu movimento. Assim, percebemos a tmjetória da bola como uma curva
sem interrupções. Nesta seção vamos transladar as "curvas sem interrupções " para
uma fommlaçtio matemática precisa chamada continuidade e desenvolver algumas das
propriedadesfimdamentais das curvas comímws.
• DEFINIÇÃO DE CONTINUIDADE
Intuitivamente, o gráfico de uma função pode ser descrito como uma curva contínua se não
apresentar quebras ou buracos. Para tornar essa idéia mais precisa, precisamos entender quais
propriedades de uma função podem causar quebras ou buracos. Com referência à Figura
2.5. 1, podemos ver que o gráfico de uma função tem uma quebra ou buraco se ocorrer alguma
das seguintes condições:
• O limite de f(x) não existe quando x tende a c (Figura 2.5.lb, Fi gura 2.5. 1c).
."
,. ... ,\ '
y =/(.r) I
I
.r= f(x) I
I
•
I
I
I
I
.r X I .r X
•
c c c c
(a) (b) (c) (d)
Figura 2.5.1
A terceira condlçAo da DefinlçAo 2.5.1 J>EfiNlç,\o Dizemos que uma função f é contfnua em x =c se as seguintes con -
2.5.1 na realidade Implica as primei· dições estiverem satisfeitas:
ras duas, pois fica subentendido na
afirmação 1. f( c) está definida.
lim f(x) = /(c) 2. lim f(x) existe.
.r- c
·"~c
que esse limite existe e que a funçAo
está definida em c. Assim, quando 3. lim f(x) =.f(c).
X4 ("
quisermos mostrar a continuidade em
c. em geral verificamos apenas a ter·
ceira oondíçào. Se falhar uma ou mais das condições dessa definição, emão dizemos que f tem uma des-
continuidade em x =c. Cada função esboçada na Figura 2.5.1 ilustra uma descontinuidade
em x =c. Na Figura 2.5.la, a função não está definida em c, v iolando a primeira condição
da Definição 2.5.1. Nas Figuras 2.5.lb e 2.5. Jc, o limite lim, ... , f (x) não existe, vi olando
a segunda condição da Definição 2.5.1. Na Figura 2.5.ld, a função está definida em c e
existe lim_.. ... , f(x), mas esses dois valores não são iguais, violando a terceira condição da
Definição 2.5.1.
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 145
x2 - 4 x 2 -4
x2-4 x-:f:-2 X -:f:-2
f(x) = X - 2.
g(x) = X -2' h(x) = X- 2.
3, X = 2. 4. x = 2
y =f(x)
X X X
• •
2 2 2
(a) (b) (c)
Figura 2.5.2
• CONTINUIDADE EM APLICAÇÕES
Nas aplicações, as descontinuidades sinali zam, m uitas vezes, a ocorrência de importantes
fenômenos ffsicos. Por exemplo, a Figura 2.5.3a é um gráfico da voltagem versus o tempo
para um cabo subterrâneo que é acidentalmente cortado por uma equipe de trabalho no ins-
tante 1 = 10. ( A voltagem caiu para zero quando a linha fo i COitada.) A Figura 2.5.3b mostra
o grMlco de unidades em estoque versus tempo para uma companhia que reabastece o esto-
que com y 1 unidades quando o estoque cai para y0 unidades. A s descontinuidades ocorrem
nos momentos em que acontece o reabastecimen to.
Yo
I
I I I I
Corte / to
na linha
'\ \ I____.-
Pontos de 1eabastecimento
(a) (b)
Figura 2.5.3
146 Cálculo
,. • CONTINUIDADE EM UM INTERVALO
Se uma função f
for contínua em cada ponto do intervalo aberto (a, b), então dizemos
que f é contínua em (a, b). Essa definição se aplica para intervalos abenos infinitos da forma
(a, +co),(--=, b) e (-oo, +co). Quando f for contínua em (--cv,+">), dizemos que f é coutínua
em toda parte.
(I b Como a Definição 2.5.1 envolve limite bilateral, ela geralmente não se aplica aos extre-
Figura 2..5.4 mos de um inter valo fechado [a, b] ou aos pontos ex tremos de um intervalo da forma [a, b).
(a, b], (-<'O, b] ou [a,+'»). Para contornar esse problema, concordaremos que uma função é
contínua nos pontos extremos de um interval o, se o val or no ponto extremo for igual ao limi-
te lateral adequado naquele ponto. Por exemplo, a função cujo gráfico está na Figura 2.5.4 é
contínua no ponto extremo à direi ta do intervalo [a, b] porque
.,. Exemplo 2 O que pode ser dito sobre a cont inuidade da função f(x) = }9 - x2?
Solução Como o domínio natural dessa função é o inter val o fechado [-3, 3], precisamos
investigar a continuidade de f no intervalo aberto (-3, 3) c nos doi s pontos ex tremos. Se c
for um ponto qualquer do intervalo (-3, 3), então segue do Teorema 2.2.2 (e ) que
lim
X-+-J+
f(x) = lim
.C-l--3-t-
J9 - x2 = lim (9 - x 2) = O= f(- 3)
.\'4- - J+
I>KMONSTRAçAo Consideremos primeiro o caso em que g(c) =O. N esse caso, f( c) I g(c) está
indefinida, logo a função f I g tem uma descontinuidade em c.
A seguir, consideremos o caso em que g(c);.; O. Para provar que f I g é contínua em c,
devemos mostrar que
lirn f(x) = f(c) ( I)
.-~c g(x) g(c)
lim f(x)
x~c
= f(c) c lim g(x)
x~c
= g(c)
Logo, pelo Teorema 2.2.2(d),
Isso mostra que os polinômios são contínuos em toda parte. Além disso, como as funções
racionais são quocientes de polinômios, segue da parte (d) do Teorema 2.5.3 que as funções
racionais são contínuas nos pontos em que o denominador não se anula c que nesses zeros
têm descontinuidades. Assim, temos o seguinte resultado:
2.5.4 TEORE~l-\
(a) Um polinômio é comínuo em toda parte.
(b) Uma função racional é contínua em cada pomo em que o denominador não se
anula e tem descominuidades nos pontos em que o denominador é zero.
148 Cálculo
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
.,.. Exemplo 3 Para quais valores de x há um buraco ou urna interrupção no gráfico de
Se o leitor dispuser de um recurso
computacional para gerar o gráfico da
- x2- 9 'I
equação do Exemplo 3, enlllo é bem Y - x2 - Sx + 6 ·
possível que possa ser vista a descon·
tinuidade emx=2. mas naoemx= 3. Solução A f unção cujo gráfico estamos fazendo é uma função racional, c portanto é contí-
Tente isso e explique o que deve estar nua em toda parte, exceto nos pontos em que o denominador é zero. Resolvendo a equação
acontecendo.
•
x·-sx+6=0
obtêm-se dois pontos de descontinuidade, x = 2 c x = 3. ~
.,.. Exemplo 4 M ostre que lxl é contínua em toda parte (Figura 1.1.1 0).
Solução Podemos escrever ~ri como
x se x > O
lxl = O se x = O
- x se x < O
logo, lxl é o mesmo que o polinômio x no intervalo (0,-rro) eo mesmo que o polinômio -x no
intervalo (-co, 0). Mas, como polinômios são funções con tínuas, então x =O é o único ponto
de desconti.nuidade possível para lxl- Nesse ponto, ternos 101= O; logo, para provar a continui-
dade em x =O, devemos mostrar que
Como a fórmula para ~ri muda no O, será útil considerar os limites laterais em O, em vez. do
limite bilateral. Obtemos
lim lx l = lim x =0 e lim lxl = lim (-x) =0
x_.O+ x.-..()+- :c-0'"' .r-o-
L ogo, (2) é válido c lxl é contínua em x =O. ~
• CONTINUIDADE DE COMPOSIÇÕES
O teorema seguinte, cuja prova está dada no ApÇndice C do Volume 2, será útil para calcular
o limite da composição de funções.
No caso especial desse teorema, em que f(x) = lxl por ser lxl contínua em toda parte,
podemos escrever
2.5.6 TEORE~L\
OE~10NSTKAÇÃO Provaremos apenas a parte (a); a prova da parte (b) pode ser obtida apli-
cando-se a parte (a) em um ponto arbitrário c. Para provar que f o g é contínua em c, devemos
mostrar que o valor foge o valor de seu limite são os mesmos em x =c. De fato, é isso que
acontece uma vez que podemos escrever
·' Por exemplo, o polinômio g(x) = 4- i é contín uo em toda parte; logo, podemos concl uir que
-4-3-2 - 1 2 3 4 a função 14 - 1
2
x é também contínua em toda parte (Figura 2.5.5).
Figura 2.5.5
f(a)
exemplo, o polinômio p(x) =i- x + 3 tem o valor 3 em x = I e o valor 33 em x = 2. Logo,
tem-se, a partir da continuidade de p, que a equação/- x + 3 = k tem, no mínimo, uma so-
X
lução no intervalo [ I , 2] para todo valor de k entre 3 c 33. Essa idéia está mais precisamente
a x h
formulada no seguinte teorema:
Figura 2.5.6
2.5.8 TEOREMA Se f for liiiiG/UIIÇliO COIIIÍIIttG em [CI. b]. e Se f(a) e f(b)forem dife-
rellleS de zero com sinais opostos, enrcio existe, no mínimo, uma solução para a equação
f(x) =O no intervalo (a, b).
Esse resultado, ilustrado na Figura 2.5.7, pode ser provado como segue.
J(a) >O nEMONSTRAç,\o Como .f(a) e J(b) têm sinais opostos, Oeslá entre f(a) e f(b). Dessa forma,
pelo Teorema do Valor Intermediário, existe no mínimo um número x no intervalo [a, b], tal
que f(x) =O. Contudo, f(a) e f(b) são diferentes de zero, logo x deve estar situado entre (a, b),
o que completa a prova. •
f(b) <o
Figura 2.5.7 Antes de ilustrarmos como esse teorema pode ser usado para aproximar raízes, é útil
discutir a tenninologia padrão para descrever erros de aproximações. Se x é uma aproximação
para uma quantidade x0, então dizemos que
lx- xol E=
Tabela 2.5.1
ERRO DESCRIÇÃO
lx- x0 1~ 0.1 x aproxima.r0 com um erro de no mdxirno 0.1
lx- ,11>1 ~ 0.0 l x aproximax0 com um erro de no máximo 0.01
Ix- -~> I ~ 0,00 l x aproxima x0 com um en·o de no máximo 0.00I
I.r- x0 1 ~ 0,0001 x aproximax0 comum CITO de no máximo 0.0001
Ix- x0 I ~ 0,5 x aprox.ima .r0 alé o inleiro mais próximo
I.r- .r0 1 ~ 0,05 x aproxima.r0 acé a primeira casa decimal (i.c .. alé o dédmo mais próximo)
I'
lx- x.,l ~ 0,005 x aproximax0 acé a sc~unda casa decimal (i.c, mé o ccnlésimo mais próximo)
lx- x0 1 ~ 0,0005 x aproxima x0 alé a terceira casa decimal (i. e.. até o mi lési mo mais próximo)
2
Solução Nosso objelivo é aproximar a raiz desconhecida .r0 com um erro de, no máximo,
0,005. Isso significa que, se encontrarmos um intervalo de tamanho 0,01, o qual contenha
a raiz, então o ponto médio desse intervalo aproximará a raiz com um erro de, no máximo,
0,0 l/2 = 0,005, o qual atinge a precisão desejada.
Sabemos que a raiz .r0 está situada no intervalo [I, 2]. Contudo, esse intervalo tem ta-
manho I, o qual é muito grande. Podemos apontar com maior precisão a localização da raiz
dividindo o intervalo [I, 21 em lO partes iguais c calculando p nos pontos da subdivisão,
usando um recurso computacional (Tabela 2.5.2). Nessa tabela, p( I,3) c p(l ,4) têm sinais
opostos, assim sabemos que a raiz está situada no intervalo li ,3; 1.4]. Esse intervalo tem
tamanho O, I, e é ainda muito grande, portanto repetimos o processo dividindo o intervalo
[I ,3; I ,4] em I Opartes e calculando p nos pomos da subdivisão; isso dá lugar à Tabela 2.5.3,
a qual nos diz que a raiz está situada em [I ,32; I ,33] (Figura 2.5.9). Como o intervalo tem
tamanho 0,0 I, seu ponto médio I ,325 aproximará a raiz com um erro de, no máximo, 0,005.
Logo, .r0 ::::::: I ,325 com uma precisão de duas casas decimais . ..,.
Tabela 2.5.2
X I 1.1 I ,2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
0,02
p(x) -I -0,77 -0,47 -0, 10 0,34 0.88 I ,50 2,2 1 3,03 3,96 5
0.0 1
- 0.01
Tabela 2.5.3
-{).02
X 1.3 1.31 l ,32 I ,33 1.34 1.35 I ,36 1.37 1.38 1.39 1,4
Figura 2.5.9 p(x) -0.103 -0.062 - 0.020 0.023 0.066 0.110 0. 155 0.201 0.248 0.296 0.344
I I
/
;{:l
,f
' ' ' L~
v
f '
f
!
I l
(-5. 5) X (-5. 5) [ 1.2) X(-I. I) (1.3; 1,4) X (-0.1; 0.1)
xScl = I. yScl = 1 xScl = O.l.yScl 0. 1= =
xScl 0.0 I. yScl 0.01 =
(a) (b) (c)
Figura 2.5.10
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
Dizer que x aproxima x0 com uma precisão de N casas decimais não significa que as primeiras N casas
Use um recurso grállco computa· decimais de x e x0 serão as mesmas, quando os números são arredondados para N casas decimais. Por
cional para mostrar que a raiz .<0 no =
exemplo, x 1.084 aproxima ·to=
1,087 com duas casas decimais porque lx - .r0 1 0.003 (< 0.005). En· =
Exemplo 5 pode ser aproximada lrelanlo, se arredondarmos esses valores para duas casas decimais, enlão oblemosx "' 1.08 cx0 " ' 1.09.
como x0 "' I ,3245 com uma precisão Assim, para aproximar um número até N casas decimais, devemos apresentar a aproximação até N + 1
de três casas decimais. casas decimais pelo menos, para preservar a aproximação da enéslma casa.
1. A função f é contínua em x =r se estiver definida f( c). e.xis1ir 3. Para quais valores de x. se hou,•er. é a função
lim f(x)e _ _ __
x2 - 16
.f" - ('
f( X) = --:;---;:----:--:
2. Considere as funções x 2 - 5x +4
descontínua?
f(x) = { I.
- 1.
·-~~ i:
4
-4 C
4x - LO.
g (X ) = { - Ó. 4. Suponha que a função f seja con1ínua em !oda par!e e que
f(-2) = 3. f(- I) = - I. f(O) = -4. f( I )= I e f(2) = 5. O
Em cada pane. é a função dad:• contínua em x = 4? Teorema do Valor Intermediário garante que f tem raiz nos
(a) f(x) (b) g(x) (c) -g(x) (d) lf(x)l intervalos a seguir?
(e) f(x)g(x) (f) g(f(x)) (g) g(x)- 6f(x) (a) [ - 2. -1] (b) [ - I. O] (C) ( - 1.1] (d) [O, 2]
7. Em cada parte. esboce o gráfico de urna funç.'io f que satis- /(. x ) = {7x I
kx2.- 2.
X<
faça as condições propostas.
23. (a)
x> l
(a) f é contínua em toda parte, exceto em x = 3. onde é kxl. x<2
contínua à direita. (b) /(x)= { 2x+ k . .t>2
(b) f
tem um limite bilateral em x = 3. mas não é contínua
naquele pomo. 24. (a) f(x) = { ~;x( X ;::
X <
-3
- 3
(c) f não é contínua em x =3. mas se seu valor em x =3 for
mudado de f(3) = I para f(3) = O. torna-se contínua em 9 - x 2, x>O
(b) f(x) = {kfx2 , x <O
x=3.
(d) f é contínua no interval o [0. 3) e está definida no inter- 25. Encontre valores das constantes k em. se possível. que façam a
valo fechado [O. 3]: mas f não é contínua no intervalo
função f ficar contínua em toda parte.
[0. 3).
).'2 +5 x>2
8. Obtenha fórmulas para algumas funções que sejam contí- f(x) = m (x + ' I)+ k. -1 <.r ~ 2
nuas nos intervalos {-N. 0) e (0. +<'>), mas não no imer-
valo (--ru, + cv).
1
2x3+ x +1, -
.r < - 1
26. Em qual dos seguintes intervalos
9. Um estacionamento para estudantes em uma universidade
I
cobra $2.00 para a primeira meia hora (ou para qualquer f (x) = ---r===;;
fraçílo) e $ 1.00 para cada meia hora subseqüente (ou para Jx -2
qualquer fração) até uma diária máxima de $ 10,00. é contínua?
(a) Esboce o gráfico do custo corno função do tempo de (a) [2. -1<'0) (b) (-oo. +00) (c) (2. +N) (d) [I. 2)
estaci onamento.
(b) Discuta o significado da dcscontinuidade no gráfico 27-30 Diz-se que uma função f
tem uma descontinuidade re-
para um estudante que utiliza o estacionamento. movível em x = c se lim,_, f(x) existe. mas f não é contínua em
x =c. ou porque f não está definida em c ou porque f( r) difere
10. Em cada parte. determine se a função é contínua ou não e
do valor do limite. Essa terminologia será necessária nestes exer-
explique seu raciocínio.
cícios.
(a) A população da Terra corno uma função do tempo.
(b) Sua estatura exata como uma função do tempo. 27. (a) Esboce o gráfico de uma função com uma descontinuidade
(c) O custo de uma corrida de táx i em sua cidade como removível em x =c pam a qual f( c) niitl est<í definida.
uma função da distância percorri<la. (b) Esboce o gráfico de uma função com uma descontinuidade
(d) O volume de um cubo de gelo derretendo como uma removível em x =c para a qual f (c) estr. definida.
função do tempo.
28. (a) A terminologia descontinuidade removfvel é aprop1iada
porque uma descontinuidade removível de uma fu nção f
em um pomo x = c pode ser "remo,•ida" redefinindo o valor
11-22 Encontre os pontos x. se houver. nos quais f não é con-
de f apropriadamente em x =c. Que valor para f(c) remove
tínua.
a descontinuidade?
11. f(x) = 5x~-3x+1 12. f(x) = ~x- 8 (b) M ostre que as seguintes funções têm uma descontinuidade
x+2 X +2 removível em x = I e esboce seus gráficos.
13. f (r• ) = -:;----,-
X2 + 4
14. f(x) = - 2=---
.t -4 I. X > I
x2 - I
X 2x + I f (x ) = - - e g(x) =
x - 1
O. x = I
15. f(x) = ,- -:2:----- 16. f(x) = 4x2 + 4x + 5 I. x < I
_x +x
3
J7. f (x) = - + '
X
X - J
X .. -
I 18. f(x) = ;x5:_ + x+
2x
4
(c) Quais va lores para f(l) e g( l) removem as descontinui -
dades?
x 2 + 6x+9 8
19. f(x)= 20 f( x) = 4- --.---1 29-30 Encontre os valores de x (se existi rem) nos quais f não é
lxl+3 · 4 x +x contínua e determine se cada um desses valores é uma desconti-
2r + 3. X <4 nuidade removível.
21. f(x) = 16
7+ -,. . x>4 lxl x 2 +3x
29. (a) f(x) = - (b) f(x) = --=-
" X x+3
3 (-?
X =/= I
22. /(.t) = x- I' (c) /(x) = l:rl--2
3, x= l x 2 -4
30. (a) f(x) = x 3 _
8
(b) f (x) = {;~,- 3' X ~2
x >2
23-24 Encontre um valor para a constante k. se possível , que faça
= g:~
2
E]31. (a) Use um recurso gráfico computacional para gerar o gráfico 44. Prove que. se p(x) é um polinômio de grau ímpar. então a equa-
2
da função f(x) = (x + 3) I (2r + 5x- 3). e então use o grá- ção p(x) =O tem. no mínimo. um número real como solução.
fico para fazer uma conjectura sobre o número c a localiza-
ção de todas as descontinuidades.
=
45. A figura abaixo mostra o gráfico de y x" +.r- I. Use o méto-
do do Exemplo 5 p:1ra aproximar os cortes com o eixo ,r com
(b) Veri fique sua conj ectura fatorando o denominador. Ulll CITO de. 110 nl<ÍXimo. 0.05.
E]J2. (a) Use um recurso computacional para gerar o gráfico da fun-
3 r
ção f(x) = x I (x - x + 2), c então uso; o gráfico para fazer
uma conjectu ra sobre o número c a localização de todas as
descontinuidades.
(b) Use o Teorema do Valor Intermediário para localizar apro-
\
1
/
ximadamente todos os pomos de descontinuidade com \ .....- v
duas casas decimais de precisão.
33. Prove que f(x) = .r315 é contínua em toda pane. justificando cui- [- 5. 4) X (-3, 6)
dadosamente cada passo. xScl = l ,yScl =I figura Ex-45
34. Prove que f(x) = 1I J'x-:-
4 _+_7-.""'r2:-+-
l é contínua em toda par-
te,justilicando cuidadosamente cada passo. E]46. U~e o wom de um recurso gráfico eomput:1cional para resolver
o problema do Exercício 45.
35. Sejam f e g descontínuas em c. Dê exemplos para mostrar que
47. A ligum Hbaixo mostra o gráfico de y = 5- x- x4 • Use o método
(a) f+ g pode ser comínua ou descontínua em c.
do Exemplo 5 para aproximar as mízes da equação 5- x- ./ = O
(b) fg pode ser contínua ou descontínua em c. com uma precisão de duas casas decimais.
36. Prove a pane (b) do Teorema 2.5.4.
37. Prove: /
-Jr-••
(a) a pane (a) do Teorema 2.5.3.
(b) a parte (b) do Teorema 2.5.3
(c) a parte (c) do Teorema 2.5.3.
1\ I
38. Prove: Se j' c g são contínuas em [a. b) c f(a) > g(a), J(b) <g(b), f \
então existe no mínimo uma solução pa111a equação J(x) = g(x) [-5. 4) X [-3. 6)
em (a, b). [Sugestão: Considere J'(r) - g(x).) xScl = l ,yScl = I Figura Ex-47
39. Dê um exemplo de uma função que está definida em todo 49. Use o fato de que é ./5 uma solução de J-- 5 =O para aproxi-
pomo de um intervalo fechado. c cujos valores nos pon- mar ./5 com um erro de. no máximo. 0.005.
tos extremos têm sinais opostos. mas para a qual a equação
50. Prove que. se a e b forem positivos. então a equação
f(x) =O não tem solução no intervalo.
43. Mostre que a equação 1 + /- 2r = I tem, no mfnimo, uma 52. Um monge começou a caminhar em uma estrada de uma
solução no intervalo [-1 , I]. montanha ao mcio·dia ( 12h) c alcançou o topo à meia-noite
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 155
(Oh). Ele medilou e descansou alé o meio-dia do dia seguinte, 54. Suponha que f seja conlínua no inlervalo [0. I] e que Os; f(x) s; I
quando começou a descer pela mesma eslrada. alcançando a para lodo x desse imcrvalo.
base à mcia-noilc. Mos1rc que há. no mínjmo, um ponlo do (a) Esboce o gráfico de y = x junlo com um gráfico possível de
caminho que ele alcançou no mesmo inslame do dia. 1amo na f sobre o inlcrval o [0. 1].
subida quanto na descida.
(b) Use o Teorema do Valor lmermediário para ajudar a provar
53. Seja f
definida em c. Prove que f é comínua em c se. dado que exisle pelo menos um número c no inlervalo [0. I], lal
€ >O, exis1e um I) > Ola I que 1/(x) - / (c)l < € se Ix-c I < 1>. que / (c) = c.
l .limf(x) = f(c) 2.(a)não (b)não (c)não (d)sim (e)sim (f)não (g)sim 3.x = l.4
x -,c
4. (a) sim (b) não (c) sim (d) sim
. . sen x scn c
hmrgx = hm = = tgc
X-> <: X-> C C0$X CO$('
O Teorema 2.6.1 implica que as seis 2.6.1 TEORE:\lA Se c é um niÍmero no domínio natural dafunçcio trigonométrica emm-
funções lrigonomélrlcas básicas sao ciada, emão
continuas em seus domínios. Em par-
ticular, senx e cos x sao continuas em lim sen x = sen c lim cosx = cos e lim tg x = tg c
x-r
10<1a pa.rte.
I i m cossec x = cossec c lim sccx = scec lim corg x = corg c
:c_,. c .c~c
•-c
156 Cálculo
lim cos
.f-+ I
(-x-
2
X - I
1
--....,.... )
Solução Como a função cosseno é contínua em toda pane. segue do Teorema 2.5.5 que
Resumindo, o Teorema 2.6.2 afirma: 2.6.2 TEOREJIL\ Se .f é umafimçiio injetora q11e é contín11a em cada ponto de seu domí-
1
a inversa de uma funçllo continua 9 nio, entiio f - é contínua em cada ponto de seu domínio; ou seja, f -1 é contínua em cada
contínua. ponto da imagem de f .
.,.. Exemplo 2
(a) Suponha que lf seja contínua em toda parte c use o Teorema 2.6.2 para provar que
a função logl>x é contínua em todos os números reais positivos.
(b) Use o Teorema 2.6.2 para provar que are scn x é contínua no interval o [-1, 1].
Solução (a) O domínio e a imagem de b·' são os intervalos (-o.>, + ) e {0, +oo), respec-
tivamente, e logbx é a inversa de b·' . Como lf é contínua em (-oo, + oo), segue pelo Teorema
2.6.2 que log0 é contínua em (0, +oo). Assi m, log/Jx é contínua em todos os números reais
positivos.
Soluçti.o (b) Lembre que are sen x é a função inversa da função seno restrita, cujo domínio
é o intervalo [-rr/2, rr/2] e cuja imagem é o intervalo [- 1, I ) (Definição I .5.6 c Figura 1.5. 13).
Como sen x é contínua no intervalo [-rr/2, 7T/2], o Teorema 2.6.2 implica que are sen x é con-
tí nua no intervalo [- 1, 1]. ..,.
are tg x + In x
.,.. Exemplo 3 Em quais pontos a função f(x) = x2 _ é con tínua?
4
Soluçá(} O quociente será uma função contínua em todos os pontos onde o numerador e o
denominador são ambos funções contínuas c o denominador não~ zero. Como are tgx é con-
tínua em toda parte e In x é contínua em x >O, o numerador é contínuo se x >O. O denomina-
Capítulo 2 I Limites e Co ntinuidade 157
dor, sendo um polinômjo, é contínuo em toda parte, de modo que o quociente é contínuo em
todos os pontos tais que x >O c o denominador é não-nulo. Assim, f é contínua nos intervalos
(0, 2) e (2, +--""' ). ~
~ Comudo, não é fácil determinar esse limite com precisão. O limite é uma forma indetermina-
L da do tipo 0/0, e não existem operações algébricas simples que nos permitam obtê-lo. Adiante
L,! I .r
no texto, desenvolveremos métodos gerais para obter limites de formas indeterminadas, mas
aqui utilizaremos uma técnica chamada de confronto.
I O método do confronto é usado para concluir que f(x) ~ L quando x ~ c através do
"confronto" de .f com duas outras funções, g e h, cujos limites quando x ~c já são conheci-
Figura 2.6.2 dos como sendo L. Como ilustra a Figura 2.6.2, isso força J a tamhém ter o limite L. Essa é a
idéia subjacente ao teorema seguinte, que enunciamos sem prova.
2.6.4 TEORF.MA
lim ~;;; 1
....... o .\' . senx . I - cosx
(a) hm = J (b) Iun - - - - = 0
.r->0 X ,\._, 0 X
)'
."=1- cosx
r X
-2" 2" OEMONSTRAÇÃO (a ) Nesta prova, interpretaremos x como um ângulo medido em radianos,
e vamos supor, para começar, que O< x < n/2. Como ilustrado na Figura 2.6.4, a área do setor
lim 1- cos.r = O de raio I e ângulo central x si tua-se en tre as áreas de dois triângulos, um com a área ~ tg x e o
X-+0 ,\'
1 x.
outro com a área sen Como a área do setor é de !x
(ver nota marginal), segue qüe
Figura 2.6.3 I I I
tg x > x ~ scn x
2 2 2
Multiplicando todos os membros por 2/(sen x) e usando que sen x > O para O < x < n/2,
obtemos
I X
-- > > I
cosx senx
158 Cálculo
que prende a função (sen x)lx emre as funções cos x e I. Embora lenhamos derivado essas
desigualdades supondo que O < x < lf/2, elas 1arnbém são válidas para -lf/2 < x <O [já
que (3) pennanece inalterada trocando x por - x, usando as identidades sen(-x) = -sen x e
Lembre que a área A de um setor de cos(-x) = cos x). Finalmente, como
raio r e ângulO oé
tim cos x =I e lim I =I
A = I '
2
,-o x~o x-+0
o Teorema do Confronto implica que
Isso pode ser obtido da relação
A 0 sen x
lim = I
Jrr 2 = 2rr x--.0 X
que afirma que a área do setor está
para a área do circulo assim como o nRMONSTRAÇÃO (b ) Para esta prova, usaremos o limite da parte (a), a continuidade da fun-
ângulo central do setor está para o 1 1
ção seno e a identidade trigonométrica sen x = I - cos x. Obtemos
ângulo central do circulo.
I - cos X .
Ii m - -- - = ltm
[I - COS X
.
I + COS X] = li.m -:-:--:----::-
2
sen X
.r-.0 x x-.o x I + cosx .r-+0 ( I + cosx)x
o
_ (lim sen x) (lim
- x -> O X .r-> O I
sen x
+ COS X
) _ ( I) (
-
O ) _ 0
J+ l - •
r
( l,tgx)
:.-r (cos x. sen x)
\ I \ tgx
\ I \
\ ( 1,0) X
'--v--' I
I Área do triângulo <!: Área do setor ~ Área do triângulO
~
X
2 ~ -scnx
2
Figura 2.6.4
Solução (b) O truque é multiplicar e dividir por 2, o que fará o denominador igual ao argu-
mento da função seno [como no Teorema 2. 6.4(a)] :
. sen 29 . sen 29 sen 20
hm = hm 2 · () = 2 lim ()
Q-.o 9 o-.o 2 Q-+ O 2
Faça agora a substituição x = 29 e use o fato de que x ~ Oquando 8 ~ O. Segue-se
sen 28 . sen 28 sen x
lim =2hm =2 1irn =2( 1) =2
o.... o 6 11~ 0 28 x-o x
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 159
x 2 - 3scn x
1-8 Encontre os pomos de descontinuidade. se existirem. 35. lim
X""""+O•
sen(~)
X
36. lirn - -- -
"_,.o x
l. f(x) = sen(x 2 - 2) 2. f(x) = cos( x ) . 2- cos3x- cos4x
x-n: 37. Jrm - - - -- - -
x-0 .-\"
3. f(x) = I cotg xl 4. /(.r)= sec.r
38. lim
tg :lx '- + scn·' 5x
I x-o x2
S. f(x) = cossccx 6. /(x) = 2
I+ sen x . tg (IX
I
39. lrm , (a :f:: O, b :f:: O)
x -+ 0 sen bx
7. f(x) = ? 8. f(x) = h+tg2 x
1 - _senx . se n·(kx)
?
33. lim
ez 34.
I - cos:lh 49. Nas panes (a) a (c). encontre o limite fazendo a substi tuição
Ii rn --::-::-----:-
o-o I - cosO ,_0 cos 2 5h- I indicada.
Capítulo 2 I Limites e Continuidade 161
c .
1m
:rr-x
t =:rr-x E3 6S.E b ce grátic ey= l-x2.y=c xey=f x. n ef
x- :r cnx é uma unçã ua uer ue ati az a e tgua a e
c (:rr/x) 1- •..-lSfxSc x
50. Enc ntre i m ---'--""'
x- 2 X- 2
[sugestão: Se a 1 = ~2 - ~X .] ara l x n i ntcr a - :rr/2. rr/2 ue cê e izer
bre imite e f x . uan x ~ O E 1 ue eu ract
cn(:rrx) . tg x - I
5 J. Enc ntrc i m _....:...___: 52. Enc ntre 1m - . cíni
.. .... I X- I ...... rr/ 4 x -rr/ 4
E3 66. E b CC gráfic cy= 1/x.y=-1/xcy=f x em um
c x- en x i tema c c r cna a • n c f é uma unçã ua uer <l
53. Enc ntre im
X ""' 1r/~ X -:rr/4 ti azcn a c igua a c
I I
54. Su nha uc f c a uma unçã in ertí e . ta ue f O = O, f -- S f(x) S-
X X
c a c ntínua em Oc e i Ut im, ~ 0 f x lx Saben uc L=
i m, .., 0 f x lx. m trc uc
ara t x n inter a I . +ro uc cê c izcr
bre imite cfx uan x ~ +oo E uc eu ra
.
ttn X
= L ci cíni
,,..,o J- 1(x)
SttgiJS((iO: uc e rema 2 55 à c m içã /t o g, n e 67. Enc mrc ónnu a ara a unçõc g c h, iai uc g x -7 O
e h x ~ O uan x ~ +N e
h(x) = { {~x)/x, ~: cl ~ sen x
g(x) S S h(x)
-1 .r
cg X= f X
ara a rc i li ex. uc cê e •zcr brc
imite
55-58 uc 1-c u ta E ercíci 54, e nece ári . ara
sen 1·
enc mrar
55. 1m - - - -
imite
X
56. I 111
are tg x
_ __:::...._
E ue cu rnci cíni
lim
,,_..+)':) X
-?
I
x ->0 are cn x x -0 X 68. Faça e enh aná g a a Figura 2 2 ue i u trem
are en 5x are en (x - 1) e rema n r nt ara imite a nna im,.,.~ f x
57. 1111 58. ttn --..,,..-.:.__...;
... ~o X x-1 x2- I
59-62 iantc erá r a ue 69-70 cmbrc uc. a men c mcnçã c íci ta em c ntrári . a
e·r- I ariá c x em unçõc trig n m6trica tai c m cn x c c x é
im = I
.\' - 0 X me i a em ra ian imite e rema 2 4 ã ba ea
ee ere uta arn cnc nu·ar imite ne a u içã E te e crcíci c ram ue ac ntece na ue
e imite ex r me i em grau
• e3x - I
59. l m - --
x~o X 69. a trc ue. c x c tá em gnm • cntã
n( l +x) . S\lll X 1r
60. lnl Sugest(io: er E ercíci 54 hm =180
-
.r-+0 X , _,.o X
c (x 2) - I n(l + 5x) b nfirme ue imite em a c tá em c n rmi a e c m
61. lnl 62. 1111
.\' -;. o X x ~o X re u l'a r uzi r um recur c m utaci na ,
rc r graman ara gnm , c ca cu c cn x lx ara a gun
ENFOCANDO CONCEITOS
a rc ex uc c a r imam ca a ez mai c O
a 63. c c rema n r nt ara m trar ue
70. ua é imite e I - c x lx uan x ~ O ex e tá em
I.un xcos-
.--.o
5011'
x
=o grnu
c i u Ire rincí i cn , u an um rccur gráfic 71. Segue a arte a c rema 2 4 ue. e 8 é e uen
c m u1aci na arn a7..cr gráfic e y = ~~. y = - We ró im a zcr c me em ra ian . entã criam
y = x c 50rrlx na me ma te a a ane a -I. I x -I , I e erar uc
72. (a) Use a aproximação de sen ()que é dada no Exercício 71. (b) Mostre graficamente que há exatamente uma solução no
junto com a identidade eos 2a = 1- 2 sen2 a com a= on, intervalo.
para mostrar que. se Oé pequeno (próximo a zero) e medi- (c) Aproxime a solução com três casas decimais de prccis.'io.
do em radianos. então poderíamos esperar que
76. (a) Use o Teorema do Valor lntennediário para mostrar que
coso :::. 1 - lo2
2 a equação .r+ sen x = I tem pelo menos uma solução no
seja uma boa aproximação. intervalo [0. rr/6].
(b) Encontre cos 10° usando um recurso computacional. (b ) Mostre graficamente que existe exatamente uma solução
no intervalo.
(c) Calcule cos 10° usando a aproximação acima.
(c) Aproxime a solução com três c<~sas decimais de precisão.
73. Tcm·sc. a partir da parte (a) do Exemplo 4. que, se Oé pequeno
(próximo a zero) c medido em radianos. então poderíamos es- Ej77. No estudo da queda de objetos próximos à superfície da Terra,
perar que a t1celeração g devida à grt~vidatle 6 usualmente tomada como
sendo a constante 9,8 m/s1• Entretanto. a forma elíptica da Ter-
tg o::::; o
ra e outros fatores causam variações nesse valor que dependem
seja uma boa aproximação. da lati tude. A seguinte fórmula. conhecida como Fórmula da
(a) Encontre tg 5° usando um recurso computacional. Gravidade Elipsoidal do Sistema Geodésico Mundial de 1984
(WGS 84). é usada para prever o valor de g na lati tude de t/>
(b) Calcule tg s• usando a aproximação acima.
graus (tanto ao 11011e quanto ao sul do Equador):
74. Com referência à figura abaixo. suponha que o ângulo de ele- 2
g := _ I+ 0.00193 1852646 1sen <P m/s2
vaçiio do IOpo de um prédio medido de um ponto a L metros de 9 7803253359
sua base seja a gnllls. J
I - 0,006694379990 I sen2 </J
=
(a) Use a relação h L tg a pnra calcular a alt-ura do prédio (a) Use um recurso grMico para traçar a curva y = g(,P) para
para a qual L= 500 Me a= 6°. O" s; 4> s; 90". O que os valores de g em 4> =o• e em 4> =900
dizem sobre o modelo elipsoidal WGS 84 da Terra?
(b) Mostre que, se L é grande comparado com a altura do pré- ,
dio h. então se poderia esperar bons resultados na aproxi- (b) Mostre que temos g = 9.8 nvs· em algum lugar entre as
mação de h por h :::. ;r L a /180. latitudes 38° c 39°.
(c) Use o resultado de (b) para aproximar a altura do prédio 78. Seja
h de (a).
{I se x 6 um número racional
.~-------- ---,---Ir ''',,,
cr
f(·) _
.r - O se x 6 um número irracional
L- - - --1 (a) Faça uma conjectura sobre o limite de J(,r) quando x ~O.
Fígurd Ex-74
(b) Faça uma conjectura sobre o limite de xf(.r) quandox ~O.
75. (a) Use o Teorema do Valor Intermediário para mostrar que a
(c) Prove suas conjecturas.
equação x = cos x tem. pelo menos, uma solução no inter-
valo (0. rr/2].
12. Em cada parte, encontre lim, .... f(x). se existir, tomando a se O< lxl < 8. Estime o maior desses 8.
igual a o. s•; - 5"; - 5,5: -<)O e +00.
27. Em cada pane são dados um uúmero positi vo € c o limite L de
(a) f(x) = .Js - x
uma função f em a. Encontre um número l3 tal que lf(t)- LI <
(b) f(x) = { ~~ - 5)/lx - 51. .qé 5 é se O< ~r - ai <ô.
X = 5
(a) lim (4x - 7) = I; E = 0,0 1
x->2
113-20 Encontre os limites. (b) hm
. 4x 2 - 9
= 6: E = 0.05
x-.J/2 2x - 3
. sen 3x . x scnx
13. Iun --:-- 14. hm - - - (c) lim x 2 = 16; f = 0,001
.r-o tg3x x-o I - cosx x- ~
. 3x - sen(kx) 28. Use a Defi nição 2.4.1 para provar que os limites dados estão
15. hm , k =!=O
x-rO X çorretos.
I -cose ) . 4.r 2 -9
16>. 11l ...
im tg (
o e (a) lim (4x - 7) = I (b) hm = 6
x-~ 2 x->312 2x-3
17. li m e'&' 18. lim ln(sen 28) -ln(tg 8)
I ... IT/2• v... o•
164 Cálculo
29. Suponha que f seja contínua em x 0 e que f(x0 ) > O. Dê uma 33. Suponha que
prova f-Ô ou um argumento verbal convincente para mostrar - x4 + 3, X< 2
que deve existir um intervalo aberto. co ntendo x0 • no qual /(.r)= { x2 + 9, X>2
f(x) >O.
f~ contínua em toda parte? Justifique sutt conclusão.
8 30. (a) Seja
f(x) = scnx - scn I 34. Um dicionário descreve uma funçilo contínua como " aquela
X - I cuj os valores em cada pon.to estão aprox imados de peno pelos
Aproxime lim, _, , f(x) traçando o gráfico de f e calculando valores dos pontos vizinhos".
valores para algumas e.5colhas aprop1iadas de x. (a) Como você explicaria o significado dos termos "pontos
(b) Use a identidade vizin hos" e '·aproxi mados de perto" para um não-mate-
mático'?
a-/3 a+/3
sen a - sen /3 = 2 sen
2
cos - --=-
2 (b) Escreva um parágrafo que explique por que a definição do
para encontrar o valor exato de lim f(x). dicionário está em conformidade com a dclinição dada no
x ... l livro.
31. Encontre os valores de x, se houver. nos quais a função dada
não~ contínua. 35. Mostre que a conclusão do Teorema do Valor Intermediário
X pode ser i'alsa, se f não é contínua no intervalo [a, b].
(a) f(x) = ---,0 , - - - -
.r·- l 36. Suponha que f seja contínua no intervalo [0, I]. que f(O) = 2
X +3
(c) f(x) = --=-- - c que f níio tenha zeros no intervalo. Prove que f(x) > Opara
lx2 + 3xl todo .r em [0. 1).
32. Determine onde f é contínua.
37. Mostre que a equação / + si+ 5x- I =O tem, no mínimo.
(a) /(x) = lxt - 3
(b) /(.r)= are cos C) duas soluções reais no intervalo [-6. 2].
(c) f(x) = e1"-'
_____.___ r___e~~~~s~
A DERIVADA
O Cálculo é o melhor auxflio uitos fenômenos físicos envolvem grandezas que variam, como a velocidade de
de que dispomos par(J um foguete, a Inflação de uma moeda, o número de bactérias em uma cultura,
apreciar a verdcule flsica r::;....;;)a intensidade do tremor de um terremoto, a voltagem de um sinal elétrico,
no mais amplo semido da e assim por diante. Neste capítulo desenvolveremos o conceito de "derivada'', que é a
palavra. ferramenta matemática para estudar a taxa segundo a qual varia uma quantidade em
- William Fogg Osgood relação a oU1ra. O estudo de taxas de variação está bastante relacionado com o conceito
Matemático geométrico de uma reta tangente a uma curva, portanto, também discutiremos a definição
geral de reta tangente e os métodos para encontrar sua inclinação e equação. Por fim,
mostraremos como as derivadas podem ser usadas para aproximar funções não-lineares
- por funções lineares.
Foto: O coroamento das realizações do Cálculo é sua lzahilidade em capturar matematicamente o movimento contí-
nuo, permitindo que seja analisado instante a imtante.
• RETAS TANGENTES
No Exemplo I da Seção 2.1 mostramos como a noção de limite pode ser utilizada para encon-
trar uma equação para a reta tangente a uma curva. Naquele estágio não tínhamos definições
precisas de retas tangentes nem de limites para utilizar c, portanto, nossos argumentos foram
intuitivos e informais. Contudo, agora que os limites foram detl nidos com precisão, estamos
em condições de dar uma deflnição matemática de reta tangente a uma curva y = f(x) num
ponto P(x0.f(x0 )) da curva. Como ilustramos na Figura 3.1. 1, considere um ponto Q(x,f(x)) na
curva que seja distinto de P e calcule a inclinação mPQ da reta secante por P e Q:
f(x)- f(xo)
111 PQ =
x -xo
Quando x tende a x., então o ponto Q caminha na curva e se aproxima do ponto P. Se a reta
sccante por P e Q atingir alguma posição limite quando x ~ x0 , então consideraremos essa
posição como a posição da reta tangente em P. Dito de outra maneira, se a inclinação mrQ da
166 Cálculo
reta secante por P e Q tender a um limite quando x--+ x0 , então consideraremos esse limite
como a inclinação m'll da reta tangente em P. Assim, temos a definição seguinte.
I
JV:.,)P7
-L ::-::-v--- -1
X-XO
Figura 3.1.1
3.1.1 DEHNIÇÃO Suponha quex0 seja um ponto do domfnio da função f A reta tallgen-
te à curva y = f(x) no ponto P(x0 .j(x0)) é a reta de equação
y - _f(x0) = m~~;(x - x0)
onde
. f(x) - f(xo)
m1g = Iun (I)
·'' .-\. .t'fl X - Xo
sempre que existir o limite. Para simplificar, também dizemos que essa reta é a reta tan-
gente a y = j{x) em .x0 .
.,.. Exemplo 1 Use a D efinição 3.I.I para encontrar uma equação para a reta tangente à pa-
rábola .r= i no ponto P( I, I) e confi rme que o resultado confere com o obtido no Exemplo I da
Seção 2.I.
2
SoluçiW Aplicando a Fórmula (I) comj{x) =x c x0 = I , temos
. f(x) - /( 1)
m 1• = h m ::....:c...:.._:....:...:..
o x~l X- I
x2 - I
= lim ---:-
.<-+1 X - I
. (x - I )(x + I )
=hm = lim (x+ l) =2
x -+ 1 X - I x .... l
então, a afirmação de que x--+ x0 é equivalente à afinnação de que h --+ O; portanto, podemos
reescrever (1) em termos de x0 e de h como
=
r f(xo +h) - f(xo)
.;...._ _.,.h_..;...._
Tllrg h~O (2)
Capítulo 3 I A Derivada 167
Embora essa fótmula seja diferente de (I), realmente é apenas uma outra maneira de
expressar a inclinação de uma reta tangente como um limite de inclinações de secantes (Fi-
gura 3.1.2)
I
J<xo> Í-:tc=::;::-:.-
~1
.\' = JÇr)
.r
l ' i gu r a 3.1.2
..,. Exemplo 3 Encontre uma equação para a reta tangente à curva y = 2/x no ponto (2, I)
dessa curva.
3 -h I
= lim = - lim ::--:-
II ~ OIJ(2 + 1J) h-+ 02 + 11
I
= --
2
i"""': : : : - --x A ssim, uma equação da reta tangente em (2, I ) é
--~--~~--~~~·
y- I = -~ (x- 2) ou, equi valentemente, y = -~x +2
Figura 3.1.3 (ver Figura 3.1.3) . ..,.
168 Cálculo
Solução Poderíamos calcular cada uma dessas inclinações, mas é mais cficienle encontrar
a inclinação para um valor arbitrário de x0 e depois substituir os valores numéricos específicos
dados. Dessa forma, obtemos
. xo +h -xo
I
= 1111 ~-r=~~-~~
,,_.o h(../xo + h + ..fiõ)
h
= Ii m -;-;-r=~=--:--~~
il~o h(.../x0 +h+ ...fiõ)
1 I
= li m
11 -> 0 ../x0 +h+ Fo
-=--=
2...fiõ
=
,.
4
3
1111$ = t
y = {X
2 I
I
I
I x
liigura3.1.4 I 2 3 4 5 6 7 8 9 LO
• MOVIMENTO RETILÍNEO
Um dos temas importantes do Cálculo é o estudo do movimento. Para descrever completa-
mente o movimento de um objeto é necess1írio especificar sua velocidade, a direção e o sen-
tido em que está se movendo. Por exemplo, saber que um avião tem urna velocidade de 800
km/h nos diz quão rápido ele é, mas não para onde está indo. Por outro lado, saber que sua
velocidade é de 800 km/h em direção ao Sul esclarece não apenas o quão rápido ele é como
também a direção e o sentido de seu movimento.
Adiante estudaremos o movimenlo de objetos que se movem ao longo de curvas nos
espaços bi e tridimensional, mas por enquanto consideraremos apenas o movimento ao longo
de uma reta, o que constitui o movime11to retilí11eo. Alguns exemplos disso são um pistão
Capítulo 3 I A Derivada 169
movendo-se em um cili ndro, um carro de corrida em uma pista reta, um objeto largado dire-
tamente para baixo do alto de um prédio, uma bola que, jogada verticalmente para cima, volta
vert icalmente para baixo, e assim por diante.
Para fins computacionais, vamos supor que uma partícula em movimento retilíneo
move-se ao longo de uma reta de coordenadas, como o eixo x ou o eixo y. Em discussões
gerais, em que não há necessidade de sermos muito específicos, vamos considerar a reta de
coordenadas como sendo um eixos. Uma descri~io gráfica do movimento ret ilíneo ao longo
do eixos pode ser obtida com um gráfico da coordenada s da partícula versus o tempo decor-
rido 1 desde o tempo inicial/= O. Esse gráfico é a curva posíção ver sus tempo da partícula. A
Figura 3. 1.5 mostra duas dessas curvas típicas. A primeira c! para um carro que partiu da ori-
gem e se move somente no sentido positivo do eixos. Nesse caso, s cresce com 1 crescente. A
segunda é para uma bola que é jogada verticalmente para cima no sentido positivo de um ei xo
s a partir de uma altura inicial s0 e, então, cai vertica lmente para baixo no sentido negativo.
Nesse caso, s cresce quando a bola sobe e decresce quando a bola desce.
O carro move-se somente no sentido positivo Curva posição versus tempo Curva posição versus tempo
Figura 3.1.5
Se uma partícula em movimento retilíneo percorre o eixos de tal modo que a função da
coordenada da posição em tem1os do tempo 1 decorrido é
s = ft.t) (3)
então f é denominadajimção posição da partícula; o gráfico de (3) é a curva posição versus
tempo .
Deslocamento positivo
s s
f 'o
Figura 3.1.6
.,_ Exemplo 5 Suponha que s = j(l) = I+ 31- 2t2 seja a função posição de uma partícula,
onde s está em metros e r em segundos. Encontre o deslocamento e a velocidade média da
partícula nos intervalos de tempo (a) [0, 1] c (b) [I, 3].
• VELOCIDADE INSTANTÂNEA
A ve locidade média descreve o comportamento de uma partícula em movimento retilíneo
em um inletvalo de tempo. Estamos interessados na "velocidade instantânea" da partícu la,
que descreve seu comportamento em um insran1e de tempo específico. A Fórmula (5) não é
diretamente aplicável para calcular a velocidade instantânea, pois o " tempo decorrido" em um
instante específico é zero, fazendo com que (5) se torne indefinida. Uma maneira de contornar
esse problema é calcular velocidades médias para intervalos de tempo pequenos entre t = t 0 e
r= 10 +h. Essas velocidades médias podem ser vistas como aproximações da "velocidade ins-
tantânea" da partícula no instante t0 . Se essas velocidades médias tiverem um limite quando
h tender a zero, então podemos tomar esse limite como sendo a "velocidade instantânea" da
partícula no instante 10. Vejamos um exemplo.
Capítulo 3 I A Derivada 171
.,. Exemplo 6 Suponha que um objeto seja largado do repouso (ou seja, com velocidade
inicial nula) desde o alto do Empire Stalc Building, em Nova York, EUA, de uma altura de
1250 1.250 pés acima do nível da rua. Mostra-se na Física que, com hipóteses simplificadoras ade-
quadas, a altura s do objeto (em pés) acima do nível da rua , t segundos depois de ser largado,
pode ser modelada pela função posição
1 s = f(t) = 1250- 16t 2
(ver Figura 3. 1.7). Verifique que o objeto não alcançou o nfvel da rua aos r= 5 segundos e
encontre sua velocidade instantânea nesse instante.
Solução Inicialmente, observe que f(5) = 1250- 400 = 850 pés. de modo que o objeto
o ainda está caindo 5 s depois de largado. Como uma primeira aproximação de sua velocidade
Figura 3.1.7 instantânea no instante t = 5 s, calculemos a velocidade média no intervalo de tempo de r= 5
até r= 6. Segue de (5), com t 0 = 5 c h = I, que
IIm= f(r 0 +h)- /(to) = /(6) - /(5) = 674 - 850 = _ 176 pés/s
Observe os valores negativos para a
velocidade no Exemplo 6. Isso é con· h I I
sistente com o lato de que o objeto Para mel horar essa aproximação i nici al , calc ulemos a velocidade médi a em uma suces-
está se movendo no sentido negativo são de interval os de tempo cada vez menores. Deixamos a cargo do leitor verificar os
ao longo do eixo .t. resultados da Tabela 3 .1.1 . As vel ocidades médias nessa tabela parecem se aproximar de
um limite de -160 pés/s, fornecendo evidência forte de que a velocidade instantânea no
instante r= 5 é de - 160 pés/s. Para confirmar isso analit.icamente, começamos calculando
a velocidade média do objeto em um intervalo de tempo genérico, entre t = 5 e r= 5 +h,
Tabela 3.l.J
usando a Fórmula (5) :
INTERVALO DE VELOCIDADE
TEMPO M~OIA (pés/s) /(5 +h) - /(5) [1250 - 16(5 + h) 2 ] - 850
Um=
5.0 S rS 6,0 - 176
S.OSISS.I - 161.6 "
A velocidade ins1antânea do objeto no instante de tempo t "= 5 é calcu lada como um limite
5.0 SI S 5.01 -160.16 quando h ~ 0:
5.0 SI S 5.001 - 160.016
. . • . [1250 - 16(5 + h) 2 ) - 850
)-o< <- 0001
, -I-:>. - 160.0016 velocidade mstantanea = hm .:__ __ ....:....,_ __;__;___ _
h-+0 h
. 400-16(25 + 10h + h 2 )
= hm - ---'--:------"
h -. 0 h
- 16(1 0/t + /r 2 )
= l im = lim - 16(10+ h) = -160
h-+0 li lr .... o
Isso confirma nossa conjectura numérica de que a velocidade instantânea depois de 5 segun-
dos é de - 160 pés/s. <11
Considere uma partícula em movimento retilíneo com função posição s = f(t). Motivados
pelo Exemplo 6, definimos a velocidade instantiinea 11; da partícula no instante 10 como o li-
mite, quando h ~ O, das vel ocidades médias u, nos imervalos de tempo entre t t0 e t t0 +h. = =
Assim, a partir de (5), obtemos
Isso nos diz quão rápido está se movendo a partícula no instame r= r0 , mas não fornece seu
sentido. Assim, no Exemplo 6, a velocidade escalar instantânea do obj eto no instante r= 5 s
é l-1 601= 160 pés/s, ao passo que sua velocidade instantânea naquele instante é de - 160
pés/s.
.!% +h)
Figura 3.1.8
• Um biólogo pode estar interessado na taxa com que a quantidade de bactérias de uma
colônia muda com o tempo.
.,. • Um engenheiro pode estar interessado na taxa com que o comprimen to de um cano
de metal muda com a temperatura.
• Um economista pode estar interessado na taxa com que os custos de produção mu-
dam com a quantidade do produto que está sendo produzido.
• Um médico pode estar interessado na taxa com que o raio de uma artéria muda com
a concentração de álcool na corrente sangüínea.
••
Nosso próximo objetivo é definir precisamente o que se entende por " taxa de variação
de y em relação a x" quando y é uma função de x. No caso em que y é uma função linear de x,
Uma unidade de aumento em
x produz sempre m unidades digamos y = mx + b, a inclinação m é uma medida natural da taxa de variação de y ern relação
de variaçao em ·''· a x. Como ilustramos na Figura 3. 1.9, cada aumento de I unidade em x em qualquer lugar ao
longo da reta produz uma variação de m unidades de y, de modo que vemos que y muda a uma
Figura 3.1.9
taxa constante em relação a x ao longo da reta c que é m que mede essa taxa de variação.
o 40
(a)
~ Exemplo 1 Considere uma barra uniforme de 40 em (0,4 m) de comprimento, termi-
camente isolada em sua superfície lateral c com as extremidades mantidas a temperaturas
constantes de 25• e s•c, respectivamente (Figura 3.1 . 1Oa). Mostra-se em Física que, sob con -
dições apropri adas, o gráfico da temperatura T versus a distância x da extremidade esquerda
da barra é uma linha reta. As partes (b) c (c) da Figura 3. 1.1O mostram dois desses gráficos:
um com x medido em centímetros e o outro em metros. As inclinações em ambos os casos
o 10 20 30 40 são:
Distância .r (em)
5 - 25 - 20
(b) 111 = ..,.,.-.,. 0 = - 0,5
- 4.,- (8)
40-0
5 - 25 - 20
m= = =-50 (9)
0.4- o 0.4
A inclinação de (8) indica que a temperatura decresce a uma taxa de 0,5°C por cen-
tfmetro de distância da extremidade esquerda da barra, c a de (9) indica que a tempe-
ratura decresce a uma taxa de so•c
por metro de distância da extremidade esquerda da
o 0.1 0.2 0.3 0.4 barra. Embora arnbas as inclinações sejam diferentes, os dois resultados são fisicamente
Distancia .r (m)
equivalentes. ~
(c)
Figura 3.J.J O
Muito embora a taxa de variação de y em relação a x seja constante ao longo ele uma
)'
= =
reta não-vertical y mx + b, isso não é válido para uma curva qualquer y ft.x). Por exemplo,
na Figura 3.1.11, a variação em y que resulta de um aumento de I unidade em x tende a ter
magnitude maior nas regiões em que a curva cresce ou decresce mais rapidamente do que
em regiões em que a curva cresce ou decresce mais lentamente. A ssim como fizemos com a
velocidade, vamos distinguir entre a taxa de variação média sobre um intervalo e a taxa de
variação instantânea em um ponto específico.
Se y = ft.x), então definimos a taxa de variação média de y em relação a x 110 intervalo
[x0, x 1] como
rm = ( lO)
X1 - Xo
Figura 3.1.1 I
e dizemos que a taxa de variação instantânea de y em relação tl x é
I
J<xo> P7c-=:v----)
Figura 3.1.12
2
.,. Exemplo 9 Seja y = x + I.
(a) Encontre a taxa de variação média de y em relação a x no inter valo [3, 51.
(b) Encontre a taxa de variação instantânea de y em relação a x quando x = -4.
Teste de esforço no
.,. Exemplo 10 O fator limitante na resistência atlética é o desempenho cardíaco, isto é, o
levantamento de pes..:..
o_,
25 volume de sangue que o coração pode bombear por unidade de tempo durante uma competi-
ção atlética. A Figura 3.1.13 mostra um gráfico de teste de esforço de desempenho cardíaco V
em litros (L) de sangue versus a quantidade de trabalho que está sendo feita W em quilogra-
mas-metros (kg · m) durante I minUio de levantamento de peso. O gráfico ilustra o conhecido
fato médico de que o desempenho cardíaco aumenta com a quantidade de trabalho, mas,
depois de atingir um valor de pico, começa a cair.
o 300 600 900 1200 1500
Trabalho que está sendo feito IV (kg·m) (a) Use a retasecantequeaparccena Figura 3. 1. 14a para estimar a taxa média de desempe-
Figura 3.1 .13
nho cardíaco em relação ao trabalho a ser executado quando este aumenta de 300 para
1200 kg · m.
(b) Use a reta tangente da Figura 3. 1.14b para estimar a taxa de variação instantânea
do desempenho cardíaco em relação ao traba lho que está sendo executado no ponto
onde ele é de 300 kg · m.
Solução (a) Usando os pontos estimados (300, 13) e ( 1200, 19), a inclinação da reta secan-
300 600 900 1200 1~00 te da Figura 3.1. 14a é
Trabalho que está sendo feito w(kg·ml
(a)
19- 13 L
1"m ~ ~ 0,0067,...--
1200- 300 kg· m
o:::; 20 Isso significa que, em média, o aumento de I unidade no trabalho que está sendo executado
.t::. ~
c::;,. produz um aumento de 0,0067 L no desempenho cardíaco no intervalo.
~o 15
~ J§ lO
~~ Solução (b) Estimamos a inclinação da curva de desempenho cardíaco em W = 300 traçan-
o 3 5
do uma reta que parece encontrar a curva em W = 300 com inclinação igual à da curva (Figura
300 600 900 1200 1500 3.1.14b). Estimando os pontos (0, 7) e (900, 25) nessa reta, obtemos
Trabalho que está sendo feito IV (kg·m) 25-7 L
(b) n ~ = 0,02 ~
Figura 3.1.14 900 - O kg·rn
I . A inclinação m,~ da reta tangente à curva y = j(x) no ponto verte o sentido. percorrendo uma distância de _ _ __
P(xü. J(.~0)) <!dada po1· m durante o período de 5 s restante.
m1g = lim - - - - = lim _ _ _ (b) A velocidade média da partícula no período de 5 segundos
,\ -+- ·''o J; -+ O
é _ _ __
2. A reta tangente à cu rva y = (x - I )2 no ponto (-I, 4) tem equa- (c) A velocidade escalar média da partícula no período ele 5
ção 4x + y = O. Assim. o valor do limite segu ndos é _ _ __
. x 2 - 2x- 3 4. Sejas=./(1) a equação de urna curva posição versus tempo para
I 1111
.r - - 1 x+l uma part ícula em mov imento retilíneo, onde s está em metros
é _ _ __ e 1 em segundos. Suponha que s =- I quando t = 2 e que a
velocidade instantânea da partícula nesse instante é de 3 m/s.
3. Uma partícula se move ao longo de um eixos. onde s está em A equação da reta tangente à curva posição versus tempo no
metros. Durante os primeiros 5 segundos do movimento, a po- instante t = 2 é - - - -
sição da partícula é dada por
o 5. Suponha que y = x·' + x.
S = 10 - (3 - 1)", () 5 I < 5
(a) A taxa de variação média de y em rdação a x no intervalo
Use essa função posição pam completar cada parte. 2 $X$ 5 é - - - -
(a) lnicialmeme. a partícula avança uma distância de _ __ (b) A taxa de variação instant;1nea de .r em relação a x em x =
111 no sentido (positivo/negativo): depois re- Oé - - -
176 Cálculo
EXERCÍCIOS 3.1
ENFOCANDO CONCEITOS
4. A figura abaixo mostra a curva de posição versus tempo
I. A figura abaixo mostra a curva de posição versus tempo para uma cena panícula se movendo ao longo de uma linha
para um elevador que se move para cima até 60 me. então. reta. A panir do gráfico. estime as seguintes quantidades:
descarrega seus passageiros. (a) a velocidade média no intervalo OSt S 3.
(a) Estime a velocidade instantânea do elevador em 1 = I Os. (b) os valores de 1 nos quais a velocidade instantânea é
zero.
(b) Esboce uma curva de velocidade •·ersus tempo para o movi -
mento do elevador no imervalo O< 1 < 20. (c) os valores de 1 nos quais a ''clocidade instantânea é má-
xima ou mínima.
70 (d) a velocidade instantânea quando 1 = 3 s.
--
E 50
60
20
"'
<.> 40
.,c 30
- -
.!a 20
o
lO
-"'
E 15
(.)
(.) lO
""-
c:
o 5 lO 15 20 o"' 5
Tempo (sJ Figura Ex-l
o 2 3 4 5 6 7 8
2. A figura abaixo mostm a curva posição vemts tempo de um Tempo (s) Figura ~x-4
automóvel dumnte um período de l Os. Use os segmemos de
reta mostrados na figura para estimar a velocidade instantâ- S. A tigura abaixo mostra a curva de posição versus tempo
nea do automóvel nos instantes 1 = 4 se 1 = 8 s. para certa partícula movendo-se: sobre uma linha reta.
(a) Onde a partícul a se move mais rapidamente. em 10 ou
140
12·>• ExpI.tque.
- 100
E
120
(b) Na origem. a tangente é horizomal. Que infonnação
sobre a velocidade inicial da panícula isso nos dá?
"' 80
-...
<.>
c
60 (c) A panícula está aumentando ou diminuindo sua veloci-
.!a 40
o dade escalar em (10 .td? Explique.
20
(d) E no intervalo (1 1• t2 (. sua velocidade escalar está au-
o 2 4 6 mentando ou diminuindo? Explique.
Tempo (s)
Figur-.t Ex-2
.f
80
I
70 -·
I I I I
o
-
...._
~
60 -
- - .L
'-"!
9. .v = 2x 2 : x0 = O, = I c . . . • • • . . . ... . . . . . . . . ..
x1 ·'
10. y = x3 ; xo = I, x, =2
11. )' = 1/x; xo = 2, Xt = 3
-
E
;;; 3
~
12. y= l /x 2; xo = I, x, =2 •
100
mente linear. E sti me a taxa segundo a qual a tempera·
tur.l está aumentando durante esse período. -"'
~
::>
C( 50
(c) Estime o tempo no qual a temperatura decresce mais
rapidamente. Estime a taxa de variação instantânea da o 5 10 15 20
temperatura em relação ao tempo naquele instante. Idade t (anos) Figura l~x- 19
178 Cálc ulo
20. Uma pedra cai de uma altura de 170 m em direção ao solo. (c) Qual é a velocidade média do foguete durante os primeiros
Em, 1 segundos. a distância percorrida pela pedra é de s = 135 mdc vôo?
161" m. (d) Qual é a velocidade instantfinea ao fim dos 40 segundos?
(a) Quantos segundos após o início da queda a pedra atinge o
solo?
2.2. Um automóvel é conduzido ao longo de uma estrada reta de
tal fonna que. decorridos OS 1 S 12 segundos. está as= 4.5l
(b) Qual é a velocidade média da pedra durante a queda? metros de sua posição iniciaL
(c) Qual é a velocidade média da pedra nos 3 primeiros segun- (a) Encontre a velocidade média do carro no intervalo [0. 121.
dos?
(b) Encontre a velocidade instantânea do carro aos 1 = 6 s.
(d) Qual é a velocidade instantânea da pedra quando ela atinge
o solo? 23. Uma panícula move-se no sentido posit ivo de um eixo de tal
4
forma que. após 1 minutos, sua distância és = 6t centímetros
21. Durante os 40 segundos iniciais de vôo. um foguete é d ispam- da origem.
do diretamente para cima. de forma que a altura atingida em t.
(a) Encontre a velocidade média da partícu la no interva lo
segundos é de s = 1:1I JTõ
m.
[2. 4].
(a) Qual é a altura ati ngida em 40 s?
(b) Encontre a velocidade instantânea em t = 2 .
(b) Qual é a velocidade méd ia do foguete durante os primei -
ros 40 s'?
,
j(x + h) - j(x)
!
'(X ) = . f(x +h)- f(x)
11m .:.....-----:----'---
h-+0 h
(2)
que aparece em (2) é comumente cha·
mada de •quociente de diferenças·. é denominada derivada de f em relação a x . O domínio de f' consiste em todos os x do
domínio de f para os quais existe o limite.
Capítulo 3 I A Derivada 179
O termo "derivada" é usado porque a função f' deriva da função f por meio de um
limite.
2
.,. Exemplo 1 Encontre a derivada em relação a x de f(x) = x + I e use-a para encontrar a
2
equação da reta tangente a y = x + I em x = 2 .
=2
Assim, a inclinação da reta 1angen1e a y x + I em x =2 é /'(2) = 4. Como >' = 5 p<u·a x = 2,
y=4x - 3 a fórmula ponto-inclinação da reta tangente é
.I'
2 y - 5= 4(x- 2)
Figura 3.2.1 que podemos reescrever no formato inclinação-corte como y = 4x + 3 (Figura 3.2. 1). ~
Podemos pensar em f' como uma função "que produ~ inclinações", no sentido de que o
valor de f' (x) em x = x0 é a inclinação da reta tangenle ao gráfico de f em x = x0. Esse aspecto
2
da derivada está ilustrado na Figura 3.2.2, que mostra os gráficos de f(x) = x + I c de sua
derivada f '(x) = 2x (obtida no Exemplo 1). A figura ilustra que os valores de ! '(x) = 2x em
=
x -2, O e 2 correspondem às inclinações das retas tangentes ao gráfico de f(x) x 2 + I nes- =
ses val ores de x.
)'
4 y = f'(.r) = 2r
3
2
X
5
Inclinação = - 4 Inclinação = 4 - 4 - 3 -2 - 1 3 4
I
I
I
I
I -~
X
'---4
-2 2
figura 3.2.2
(3)
180 Cálculo
.,. Exemplo 2
Solução (a)
Solução (b) Uma vez que / '(x) pode ser interpretada como a inclinação da reta tangente
-2
ao gráfico de y =f(x) no ponto x, a derivada /'(x) é posi ti va onde a reta tangente y =f(x) tem
inclinação positiva, é negativa onde a inclinação é negati va, c é zero onde a reta tangente é
Figura 3.2..3 horizontal. Deixamos para o leitor a verificação de que i sso está em conformidade com os
gráficos de f(x)=i - x e /'(x) =3x2 - I mostrados na Figura 3.2.3. •
.,. Exemplo 3 Em cada ponto x, a tangente à reta y = mx + b coincide com a própria reta
(Figura 3.2.4) e, portanto, todas as retas tangentes têm inclinação m. Isso sugere geometrica-
mente que, se f(x) = nu + b, então f '(x) = 111 para todo x. Isso é confirmado pelos segui ntes
.f
cálculos:
Solução (a ) Lembre que no Exemplo 4 da Seção 3. 1 obti vemos a inclinação da reta tangen-
te a y = ../X em x = x0 como sendo m,~ = 11(2JXõ ). Assim, / '(x) = I (2../X).
Solução (h) A inclinação da reta tangente em x = 9 é / '(9); logo, a panir de (a), essa incli-
nação é / ' (9) = 1/(2./9) = k·
Capítulo 3 I A Derivada 181
\'
Solução (c) gráfic e f x = ..fi e e f' x = 11 2../X ã m tra na Figura 3 2 5
3 b er e ue f' x >O ex> O, ue ignifica uc t a a reta tangente a gráfic e y =...fi
2 têm inc inaçõe iti a em t nt e e inter a 111
I
.r
. I . I
I 2 3 ~ 5 7 hm
x- o+ 2../X = +"" e hm ..;; = O
x-+oo 2 X
gráfic c t rna ca a ez rna1 ertica uan x-? o• c ca a ez mai h riz nta uan
X-?+oo ~
3
2
• USANDO DERIVADAS PARA CALCULAR VELOCIDADE INSTANTÂNEA
.r Segue a Fúrmu a a Seçã 3 I ub ti tu in 10 r 1 ue, c s =f t é a unçã içã
1 2345 7 c urna artícu a crn rn iment rcti ínc , cntã a c ci a c in tantânca em um in tante
arbitrári t é a a r
I,. = ,. ·• = ~I . f(t + 1!) - /(1)
V; = I Il1l .:....__----;-_.;;.._;._
Figura 3.2.5 ~~ ~o h
m a
.
1rett e a e uaçã é a cn a a a unçã f c m ari á e 111 e cn ente t em
ez e x , egue ue, e f t é a unçã içã e uma artfcu a em m iment reti íne ,
entã a unçã
Resolvendo para o valor positivo de T1, concluímos que a função velocidade é válida até o
instante
Solução (c) Para encontrar a velocidade do objeto quando atinge o solo, substituímos o
valor de 11 obtido em (b) na função velocidade v(r) = -32r. Assim, obtemos
fT2Sõ
V(lt) = -32ft = -32y J6 ~ - 282,8 pésk ~
• DIFERENCIABILIDADE
É possível que o limite que define a derivada de uma função/ não exista em certos pontos do
domínio de f. Nesses pontos, a derivada não está definida. Para levar em conta essa possibili-
,1'
dade, introduzimos a seguinte terminologia.
3.2.2 DEFINIÇÃO Dizemos que urna função .fé diferenciável ou derivável em x 11 se exis-
te o limite
.r '(xo ) = . f(xo + li) - f (xo)
1un :.....:...;:._--:--___.:._;,;,_
.f 11 -+ 0 h
(5)
Bico Se.fé diferenciável em cada ponto do intervalo aberto (a, b), então dizemos que a função é
diferenciável em (a, b) e, analogamente, em intervalos abertos da fonna (a,+=).(-=. b)
e ( -oo, +<X>). Nesse último caso, dizemos quef é diferenciável em toda parte.
)' = /(.r)
I
I
I Geometricamente, uma função .f é diferenciável em x 0 se o gráfico de f possuir uma
reta tangente em xw Assim,/ não é derivável em cada ponto x0 em que as retas secantes pelos
pontos P(x0 , f(x0)) e Q(x,f(x)) distintos de P não tenderem a uma única posição limite 11(/o-
.r verrica/ quando x ~ x0 . A Figura 3.2.6 exibe duas situações comuns nas quais uma função
que é contínua em x0 pode deixar de ser derivável em x0. Essas situações podem ser descritas
informalmente como
Ponto de
tangência vertical
• pontos com bico
Figura 3.2.6
• pontos de tangência vertical
Em um bico, as inclinações das retas secantes têm limites distintos pela esquerda e pela direita
c, portanto, o ljm_itc {Jilateral que define a derivada não existe (Figura 3.2.7). Em um ponto de
tangência vertical, as inclinações das retas secantcs tendem a +oo ou - = pela esquerda e pela
direita (Figura 3.2.8), portanto, novamente o limite que define a deri vada não existe.
X
X
.r .r .ro ~ .r .r
Figura 3.2.7 Figura 3.2.8
Capftulo 3 I A Derivada 183
Como ilustr a a Figura 3.2.9, a diferenciabilidade em x0 também pode ser descrita in-
Existem outras circunstanclas menos
formalmente em termos do comportamento do gráfico def sob ampliações cada vez maiores
óbvias sob as quais uma função pode
deixar de ser diferenciável. (Ver. por
no ponto P(x0 , f(x0 )). Sefé derivável em x 0, então com ampliações suficien temen te grandes
exemplo, o Exerclcio 45.) em P o gráfico parece ser uma reta não-vertical (a reta tangente); se ocorrer um bico em
x 0, então esse bico persistirá em qualquer ampliação, por maior que seja, c o gráfico nunca
parecerá uma reta não-vertical; finalmente, se ocorrer uma tangência vertica l em x 0 , en tão o
gráfico de/parecerá uma reta vertical com ampliações suficientemente grandes em P.
\'
.
\'
.1'
Figura 3.2.9
..,. Exemplo 6 O gráfico de y = lxl na Figura 3.2. 10 sugere que há um bico em x =O, e isso
implica que .f(x) = lxl não é diferenci;\vel naquele ponto.
(a) Prove que f(x) = lxl não é diferenciável em x =O, mostrando que o limite na Defini-
ção 3.2.2 não existe naquele ponto.
X
(b) Encontre urna fórmula para /'(x).
o
l.l' =lxl ] Solução (a) Da Fórmula (5) com x0 =O, o val or de / '(0), se existisse, seria dado por
Figura 3.2.1O / '(O)= lim /(O+ h)- /(O) = lim /(h)- /(O) = lim Ih I - IOI = lim ~ (6)
11-. o h ,,_o h 11 -. 0 h ,_o h
Mas,
~= { 1, h >O
h - I, h < o
portanto
1111 . Ih I
lim - = -1 c ltm - = I
, .... o- h , .... o• h
Como esses limites não são iguais, o limite bilateral em (5) não existe e, conseqüentemente,
f(x) = lxl não é diterenciável em x =O.
.r
Solução (b) Uma fórmula para a derivada de .f(x) = lxl pode ser obtida escrevendo-se lxl por
partes e lratando-se os casos x > O ex< O separadamente. Se x > O, então f(x) = x e f' (x) = I;
e se x <O, então f(x) = -x e / '(x) =-I. Logo,
=
.
llll
[ f(xo + 11) - f(xo)] · .
1111 1I
..... o " ..... o
= f' (xo) · O = O •
ADVERTÊNCIA
re açã entre a c ntinui a e e a i crcnciabi i a c tc e <>ran e i unifica h i tó
A reciproca do Teorema 3.2.3 é falsa.
nc n e en iment á cu iníci écu X X, "' matemátic"' acre ita
ou seja, uma função pode ser contf·
nua em um ponto sem ser diferenci·
am ue, e urna unçã c ntínua ti e e muit nt e nã i erenciabi i a e, e e
ável nele. Isso ocorre. por exemplo. nt , c m ente e um err te, e criam e tar e ara un utr e 1ga
em bicos de funções continuas. Por r egment c cur a i a Figura 3 2 12 E e e uí c i erruba r uma érie
exemplo, f x = lxl é continua em e e c berta ue c meçaram em I 34 a uc c an , um a re, fi 6 e matemátic
x = O. mas não é diferenciável nesse
a êmia, chama ernhar zan , c c briu uma rma c c n truir uma unçã
ponto (Exemplo 6).
c ntínua ue nã e i erenciá e em nenhum nt ai tar e, em 1 O, gran e
rnatcmátic a emã ar eier rra bi grafia 13 a rc cnt u a ri mcira órmu a ara
uma ta unçã E e gráfic ã im í ei c er traça bic ã tã numer
ue t a am iaçã e um egment a cu r a re e a mai bic e c bcrta e a
unçõe at ógica 1 1111 rtante, à rne i a ue l rn u matcmálic e c nfia e
ua intuiçã gc métrica e c igente e r a matemáti<:a rect a ecen temcntc, tai
unçõe a aram a e em enhar um a e un amcnta n c tu e b ct ge métri
c en mjna fractais ractai rc e aram uma r em ara enômen natura i ue
eram e carta anteri rmente c m en a eatóri c caótic
\'
Figura 3.2,12
Capítulo 3 I A Derivada 185
Se uma variável w muda de um valor inicial w0 para algum valor linal w , então o valor
1
final menos o inicial é chamado de incremento em w, denotado por
(8)
Os incrementos podem ser positivos ou negativos, dependendo de o valor final ser maior ou
menor do que o valor inicial. O símbolo do incremento em (8) não deveria ser interpretado
como um produto; em vez disso, tl w deveria ser considerado como um só símbolo, que repre-
senta a variação no valor de w.
Bernlmrd llol zano (1781-1848) Bolzano. filho de um no e discursou sobre o absurdo da guerra e do militarismo. Seus
comerciante de anes. nasceu em Praga, Boêmia (Repú- pontos de vista acabaram por provocar o Imperador Franz I da
blica Tcheca). Foi educado na Universidade de Praga e Áustria, o qual pressionou o Arcebispo de Praga para obter uma
acabou por ganhar fama matemática suficiente para ser retratação de Bolzano. Recusando-se a faz.ê-la. Bolzano foi força-
recomendado para uma cadeira naquela universidade. do a aposentar-se em 1824 com uma pequena pensão. Sua grande
Porém. ordenou-se padre católico romano c, em 1805, contribuição 1\ Matemática foi filosófica. Seu trabalho aj udou a
foi designado para uma cadeira de Filosofia na Universidade de convencer os matemáticos de que a Matemática confiável deve
Praga. Bolzano foi um homem de grande compaixão humana; se apoiar primordialmente em provas rigoros.1s. em vez de no uso
defendeu abenamcnte uma refonna educ.aciooal. proclamou os da intuição. Além de Matemática. Bolzano pesquisou problemas
direitos da consciência individual sobre as exigências do gover- ligados ao espaço. à força e à propagação de ondas.
186 Cálculo
f
'( )
x = 1tm
. f(x + Llx)- f(x) ( lO)
t.x-+ 0 Llx
Além disso, se y = j{x), então o numerador em ( I 0) pode ser considerado como o incremento
dy .
I tm -
Lly .
= 1un
f(x + 6x) - .f(x)
dx t.x -+ 0 6x t.x-+0 6x ( 12)
I
1,- - - - - - - -.AI
I v 1 Y = f(;r)
I A.t I IIJ- X y =f(x)
X
.r
X -c- x+tlx
1/y I" Ay •m
11 /( 111) - f (,r)
- == lffi - /'1-<l =
dx 1\x .... o Ax tv--+." w- x
Figur a 3.2.14 Figura 3.2.15
v(t) = -
ds . 6s
= 1tm - = hm
. f(t + 6/) - f(t )
dt ót-+0 Lll Ót -+ 0 61
(14)
Capftulo 3 I A Derivada 187
I. (a) A funç;1o f'(x) é definida pela fónnula 3. Suponha que a reta 2x + 3y = 5 seja tangente ao gráfico de y =
f'(x) = lim _ _ _ j{x) em x = I. O valor defi: I) é e o valor de f' ( I)
h~O
é _ __
(b} Suponha que f(2 +Ir)= 3/r cos h - I para todo h. O valor 4. Qual é o teorema que nos garante que se
de f'(2) é _ _ __ . f(xo + Ir ) - f(xo)
Iun .:....:-=----:----'--'-'"'"
2. Um ponto do gráfico de y = ..jX no qual a reta tangenle tem h-+0 "
inclinação igual à coordenada y do ponto é _ _ __ existir. então lim f(x) = f(xo)'?
.r-xo
ENFOCANDO CONCEITOS
4. Dado que a reta tangente a y = .f'(x) no ponto ( I. 2) passa
1. Use o gráfico de y = f(x) na figura abaixo para estimar o pelo ponto (- 1. - I), erlC(lntrc f '( I ).
valor de /'( 1), f'(3). !'(5) e .f'(6). 5. Esboce o gráfico de uma função f para a qual /(0) =-I,
f' (0) =O. f' (.x) < Ose x < Oc f' (x) > Ose x >O.
.... .. .. ... ..... ... ....... 6. Esboce o gráfico de uma função f para a qual [(0) = O.
)'
I 2 3 ~ 5 6 Figurd Ex-1 9-14 Use a Definição 3.2.1 para encontrar /'(x). e emão eocomre
a reta tangeme ao gráfico de y = j{x) em x =a.
2. Para a função cujo grálico está na figura abaixo, arranje os nú- 9. /(x) = 2r 2; a= I l O. /(x) = l/x 2 ; a= -I
meros O. f'(-3). f'(O). f'(2)c f'(4)cmordemcrescente.
11. f(x) = x 3 ; ti =O 12. f(x) = 2x 3 +I; a= -1
13. f(x) = .Jx + I; <I= 8 14. f(x) = .J1x + I; a = 4
.r......:-···:····:····:
;····:-···:····:····· 5·
..... :....:....:....:....
,,;,.,,:.... : .... :....:
! : I ; : .... ..l,...J,.... l, . .J,. 15-20 Use a Fórmula ( 12) para encontrar dy I dx.
:''":
.''" =.
..;.....;....;......;...:
·· : .. ...
.
: : : : : I
''": ···: "':'": .\'
.c:i :• :• :• .•
15. "=-X
'
14.
y= x+ l.
-J ! i : l ;
":""!''"::' ·:··· :
i::::~::: :i:::: r:: :~:::: ·+ 17. y = x 2 -x 16. y = x4
t ...L...L... L...L... . ..·!""~"
. . l"··i
.................
" ' ''
;
I I
; : : : :
;.... ; ...; .... ; ...; .... :
. :. :.· , • 19. y = - 18. y=
............
··:..··r-..~·...1 · ·~
: : 5 ............. ..·•· ...
' ' : ..·-··-.' ~ .~ ~ ..rx .Jx- I
Figura Ex-2
21-22 Use a Definição 3.2. 1 (com a mudança apropriada na nota-
ção) para obter a derivada pedidn.
3. (a) Se for dada urna equação da rcla tangen te no ponto
(a. J(a)) ern urna curva y = f(x) . como poderíamos
21. Encontre f'(t) se f(l) = 4r1 + t.
calcular f '(a)'?
(b) Dado que a equação da reta tangente ao gráfico de y =
22. EncontredV/drse V= jm·3.
f(x) no ponto (2. 5) é y = ~r- I. determine f' (2). ENFOCANDO CONCEITOS
(c) Para a cquaç<io y = f(x) em (b). qual é a taxa de varia- 23. Combine o gráfico das funções mostradas em (a)a(f) com
ção instantânea de y em relação a x em x = 2? os de suas deri vadas em (A)a(F).
1
188 Cálculo
X .r X
29. Encontre dylcLrl,. ,, sabendo que y = I -i.
30. Encontre <ly l dxj,__2 , sabendo que y =v·+ 2)1x.
Ej33. Seja /(x) = 2'. Estime f '(l ) pelos segui n1cs mélodos:
(a) Usando um recurso gráfico para fa?.cr um wom em um
(A) (B) (C) ponto apropriado do gráfico alé que ele se pareça a uma
v .r rc1a c. elllão, eslimando a inclinação.
X X
...
l_, (b) Usando um recurso gráfico para eslimar o limile nit fórmu-
la ( 13). fazendo uma tabela para uma sucessão de valmes
de w tendendo a I.
qual resiste uma força F0 com lO libras de magnitude para onde k é a constante de proporcionalidade c T0 • a tempe-
uma certa corda c um certo ci lindro. ratura do meio ambiente (constante. por hipótese). Use os
(a) Estime os valores de F c de dF/dO quando (J for de lO resuhados de (a) para estimar o valor de k.
radianos.
200 ••...•......•............... .
(b) Pode ser mosmtdo que a força F satisfaz a equação
dF/dO= JIF. onde a constante Jl é denominada coefi-
ciente de atrito . Use os resu hados de (a) para estimar
-
l>'- 150 ........................... .
o valor de 11·
-j 600
500
.... .... .... .... .... .... .
• •
. .. .. .. .. .. ..
• o • •
•••• o. • • • • • • • • • • • . . . . • • • • • • • • • • • •
.
. . . .. . . . . .. . . . . .. . . . .... . . . .. . . . . .. . . ...
o • • • • • •
"'
"-
400 • •
. •
. . .
....... .......................... ... .......
. • • • f
'
. to 20 30 ~o so 60
"'o- 300 .. .. .. .. .. .. .. Tempo 1 (min) Figura Ex-39
.............. ... . .... .. ...... . . . . .. ... ....
.
~
~ 200 . .. ..
.. ..
'
• • • • •
. ......... . •
. .. ...
i
40. Escreva um parágrafo que explique qual o significado de
100 . .. .. .
"
'
• • • t
uma função ser di fcrénciável. Inclua alguns exemplos de
oo 2 4 6 8 10 12 14 funções não-diferenciáveis c explique a relação entre dife-
, ..1)
Ângulo O(radianos) renciabilidadc e continuidade.
Figura Ex-37
41. Mostre que f(x) = :yi <! comínua em x =O. mas não-dife-
38. A figura abaixo mostra a curva velocidade versus tempo renciável em x = O. Esboce o gráfico de f.
para um foguete no espaço extraterrestre. onde a única for- 42. Mostre que j(x) = {/(x - 2)2 é contínua em x = 2. mas não-
ça atuando sobre o foguete é a de seus motores. .Pode ser diferenciável em x = 2. Esboce o gráfico de f.
mostrado que a massa M(t) do foguete no instante 1 (em
segundos) satisfaz a equação 43. M ostre que
T x< l
M(t) = dv/dt X> I
onde T é o empuxo (em libras) dos motores do foguete eu é é contínua c di ferenciávcl em x = I. Esboce o gráfico de f.
a velocidade (em JX,'sls) do foguete. O empuxo do primeiro
44. Mostre que
estágio do foguete Sawmo V é de T= 7.680.9821ibras. Use
esse valor de Te o segmento de reta na ligura para estimar a
massa do foguete no instante 1 = I 00 s.
f(x) = {x2X++22.. x::; l
X> I
:0 20.000 .............
.. . , •• .. •. . .... ....... é contínua. mas não-diferenciável em x = 1. Esboce o gráfico
~ . . . . . de f.
.9- I 5.000 .. .
... ... . .. .... ..
..
" 45. Mostre que
~ 10.000 ·:· ·
~ f(x) = {xsen( l/x), x;éO
-~~ 5.000L~::::i·~c:_j__;__ 0, X= 0
39. De acordo com a l. ei tio Resfriamento de Newto11. a taxa 46. Mosrrc que
f(x) = { ~~ sen(l/ x),
de variação da temperatura de um objeto é proporcional à x ;é O
di fercnça entre a sua temperatura e a do meio ambiente. A x= O
figura a seguir mostra o gráfico da temperatura T (em graus
Fahrcnhcit) I'Crstts o tempo 1 (em minutos) para urna .dcara é contínua c diferenciável em x =O. Esboce o gráfico de f na
de café inicial mente a 200°F. deixada para esfriar em uma vizi nhança de x =O.
sala com uma temperatura constante de 75°F.
ENFOCANDO CONCEITOS
(a) Estime T c dT/dt quando t =1O min.
(b) A Lei do Resfriamento de Newton pode ser expressa 47. Suponha que uma função/seja diferenciável em x0 e que
por f ' (x0 ) >O. Prove que existe um intervalo aberto contendo
dT x0• tal que. se x , c x2 são dois pontos quaisquer nesse imer-
- =k(T - To) valo. com x, < x0 < x 2• então f(x ,) < f(xc)J < f(x2).
dt
190 Cálculo
49. Su nha uc urna unçã f e a i erenciá e em x =O c m 50. Su nha uc uma unçã f c a i crcnciá c em x0 1
f O = f ' O =O c c a y = 111x. 111 =O. uma reta e a rigem li uc argumcnt E crcíci 4 ara r ar uc a reta
e inc inaçã nã nu a tangente a grálic cfn nt P x0 • f x0 mece a me
h r a r i maçã incar cf em P Sugestão: Su nha ue
a Pr e ue c i te um inter a abert c oten O, ta
y=fx0 +mx - x0 éumarct:l u:1 uer ue a e e n
ue. araca axne e inter a , a half(x)l < J~mxJ.
Suges!(io: me é = ~ lml c a i ue a Definiçã 2 4 I t P x0• f x0 c m inc inaç~ 111 = f' x0 i uc a Defini
a 5 c m x0 = 0 - çã 2 41 a 5 c mx = x0 +ilcE = 41f'(xo) -ml.)
b nc ua. u an a arte a e a c igua a e triangu ar.
uc c i te u m inter a abert c nten O. ta ue I/ x I
<li x - mxl ara ca a x ne e inter a
3 .3 TÉCNICAS DE DIFERENCIAÇÃO
Na tÍltima seção definimos a derivada de umafimçcio f como 11m limite e usamos esse limite
para calcular algumas derivadas simples. Vamos desenvolver agora alguns teoremas
importames, que nos possibilitarão calcular derivadas de forma mais eficieme.
Figura 3.3.1
3.3.1 TEOREMA eti a a e uma unçã c n tante é O t é, c c r um m1rncr
rea ua uer, entã
d
- [c] = 0 I
dx
.- Exemplo 1
d d d d
-
dx
[1] =O, - [- 3] =o. - (IT) = 0. -[-./2] = 0 .
dx 1
tX dx
Capítulo 3 I A Derivada 191
d
-[x] = I (2)
dx
Essa fórmula é um caso especial do resultado mais geral seguinte.
Verifique que a Fórmula (2) é um caso DEMONSTRAÇÃO Seja f(x) = x". Então, a partir da definição de derivada e do teorema do
especial de (3) em que 11 = I.
binômio para a expansão de expressões do tipo (x +h)", obtemos
d .
-[x"] = f ,(x) = . f(x
hm
+ h) - f(x) = hm
. (x + lt)" - x"
,;__ ....;.,._ _
dx •~o h h- o 1t
•
Em palavras, a derivada de x elevada a uma potência inteira é o prodwo do expoente in-
teiro por x elevado à potência inteira subtraída de uma unidade.
.,. Exemplo2
d . '1 = 2x.
-[x· -d [ x·3·j = 3x-,
?
dx dx
d
-[x"] = IIXn- 1 (4)
dx
192 Cálculo
o~~IONSTRAÇÃO O caso n >O já foi estabelecido. Se 11 <O, então seja m = -11; portamo:
x"'
Então
I I
(x + h)"' - ~ = lt. m x"'
-d [x n ) = -d [ - 1 ] = lt.m ,!;,;_...:..._~-"-- __ - (x + h)"'
.:...,__..:.._
dx dx x m h~ O h 11-0 (x + h)"'x"'h
. (x
= - I1m
+ h)"' - x"' . I
· ltm - - -- -
/t-;.0 h !t-O (x + h)"'x"'
I
=j
-mx"'-
--'
1
·-
x lm
= - mx-m-l
Pdtt pro\~' (.)o
Teoren" 3.3.2
-d [X -9] 9 -9-1 = - X
=-X 9 - 10
dx
-d -
dx x
[I] = -d fx -I ] = (-l)x - 1- 1 = - x -2 = - -
dx x2
I
!!__ [
dw
1
wiOO
J= !!__[w-looJ
dw
= -loow- 101 =- 100
wiOI
~
Revisando, vemos que a Fórmula (4) também é válida para 11 = ~. pois no Exemplo 4
da Seção 3.2 mostramos que
A Fórmula (6) também pode ser ex- 3.3.4 TEOREMA (Regra do Mtíltiplo Constante) Se f for diferenciável em x e c for
pressa em notação funcional por wnn!Ímero real qualque1; então cf também é diferenciável em x e
(c/)'= cf'
d d
-d [cf(x)l = c-d [f(x)] (6)
X X
Capítulo 3 I A Derivada 193
I>EI\IOJ'(STKAÇÃO
d
= c- [f(x)]
1
tx •
Em palavras, um fator constante pode ser movido pam fora do sinal da derivada.
.,. Exemplo4
A Fórmula (8) pode ser provada ele maneira análoga ou, alternativamente, escrevendo f(x)- g(x)
como f(x) + (-l)g(x) e, então, aplicando as Fórmulas (6) e (7). •
Em palavras, a derivada de uma soma é igual à soma das derivadas, e a derivada de uma
diferença é igual à diferença das derivadas.
194 Cálculo
.,._ Exemplo 5
d d d
-[2x 6 + x- 9 )
dx
= -dx [2x6 ] + - [x-9 ]
dx
= 12x5 + (-9)x- 10 = 12x 5 - 9x - 10
-d ( 1 - 2./X)
dx
= -dx
d( ! ) - -[2./X)
d
dx
=o - 2 (') = --
2Ji
I
.)X
I Ver Fóm1uL1 (5) I <111
Embora as Fórmulas (7) e (8) tenham sido enunciadas para somas c diferenças de duas
fun ções, podemos estendê-las a um número finito qualquer de funções. Por exemplo, agru-
pando as funções e aplicando a Fórmula (7) duas vezes, obtemos
Solução
3
7 y= .r 3 - 3.r+4 .,._ Exemplo 7 Em quais pontos, se em algum, o gráfico de y = x - 3x + 4 tem uma reta
L
tangente horizontal?
Solução Retas tangentes horizontais têm inclinação zero; portanto, devemos encontrar
aqueles valores de x para os quais y'(x) =O. Derivando, obtemos
.,.. Exemplo 8 Encontre a área do triângulo formado pelos eixos coordenados e a reLa tan-
gente à curva y = x- I - x no ponto ( 1, 0).
5 y=r 1 - x
4 Solução Como a derivada de y em relação a x é
3 d ' d d
y'(x) = -[x- 1 - x] = -(x- 1J - - lx] = - x - 2 - 1
dx dx dx
a inclinação da reta tangente no ponto ( I, 0) é y'( I )= -2. Assim, a equação da reta tangente
I nesse ponto é
f'. f " = (!' )', f "' = (J")', / (4) = (/111)'. f (S) = (/(4))' ....
Se y "'ft.x), então as derivada~ sucessivas também podem ser denotadas por
dy d
y' = dx = dx [f(x)J
2 2
d y d [ d ] d
y'' = - l2 = -d -d · (f(.~)l = d ·2 (f(x))
C. X X X X
y'" =d-
dx3
3
y =d- [ -l.f(x)]
d
dx dx2
cP
= -lf(x)]
dx 3
2
J
•
Essas derivadas em sucessão são chamadas de derivada primeira, derivada segunda., deri-
vada terceira, e assim por diante. O número de vezes que f for diferenciável é chamado de
ordem da derivada. Uma derivada de enésima ordem geral pode ser denotada por
(9)
c o valor de uma derivada de enésima ordem geral calculada em um ponto específico x"' x0
pode ser denotado por
d"
= t <n>(xo) = - lf(x)J (10)
dx" x=.<o dx"
3 ,
.3. A rcla y =9x- 5 é tangente à curva y =x + 3x· no ponto
x 2 +I I
7. y=-t<x 1
+2x- 9) 8. .\" = - : 5- 25. f(x ) = x 3 - 3x + I 26. f(x) = - 2
X
9-16 Encontre f ' (x). 27-28 Use um recurso gráfico para esti mar o valor de /'( 1) fa-
zendo um zoam no gráfico def: depois. compare sua estimativa ao
I
9. f(x) = x
-3
+ -I7 10. f(x) = JX + - valor exato obtido por deri vação.
X X
15. f(x) = ax 3 + bx 2 +ex + d (a. b , c . d constantes) 29-32 Encontre a deri vada i ndicada.
16. f (x ) = :
1
(x + ~ +c)
2
x (a. b , c constantes) dC
30. -dr . onde C = 2rrr
d
17-18 Encontre y'( l ). 31. V ' (r ), onde V = m· 3 32. da(2a- ' +a)
1 2
37. (a) y = 7x - 5x + x (b) )' = 12.i- 2x+ 3 53. Seja L a reta tangente ao gráfico da equação cúbica y = {,/ + bx
X+ I , l em x = x0• Encontre a coordenada x do pomo onde L intersecta
(c) .\' = (d) y = (5x' - 3)(7x + x)
X o gráfico uma segunda vez .
38. (a) y = 4x7 - s.r' + 2x (b) y= 3x + 2 54. Mostre que o segmento de reta tangente ao gráfico de y = 1/x
3x -2 que é cortado fora pelos eixos coordenados é bissectado pelo
(c) J= '
(d) y =(.r - 5)(2.r + 3) ponto de tangência.
5x
55. Mostre que o triângulo formado por qualquer reta tangente ao
39-40 Encontre y"'. gráfico de y = 1/x, x > O. c pelos eixos coordenados tem uma
área de 2unidadcs quadradas.
39. (a) y=x '+1 (b) )'= llx
56. Encontre condições em o, IJ. c e d para que o gráfico do polinô·
(c) y =ar'+ bx +r (o, b, c constantes)
mio f(x) =ai+ bi +ex+ d tenha
40. (a) y=5i-4x+7 (b) y=3x-2 + 4x-' +x (a) exatamente duas tangentes horizontais:
(c) y = w·J + bi' + c (a, IJ, c constantes) (b) exatamente uma tangente horizonwl:
41. Encontre (c) não tenha tangentes horizontais.
(a) f '" (2). onde J(x) = 3.i- 2 57. A Lei da Gravidade Universal de Newton afirma que a magni-
cf2y < , tude F da força exercida por um ponto com massa M sobre um
(b) , onde y = ().1' - 4A~
dx 2 ,,·= I ponto com massa m é
GmM
(c) t f4 .-3 F =-::--
dxJ [.t J ,.z
,\'• 1
onde G é uma constante c r, a distância entre os pontos. Supon-
42. Encontn: do os pontos em movimento. encontre uma fórmula para a taxa
(a) y"'(O). onde y = 4xJ + 2t'1 + .3 de varição instantânea de F em relação a r.
d4y 6 58. No intervalo de temperatura entre o•c c 700"C. a resistência
(b) -dxJ ,\'• I
. onde y =-
X~ R [em ohms (Q)] de um certo tennômctro de resistência de
pl atina é dada por
43. Mostre que y =i+ 3x + I satisfaz y'" + X)J' - 2)J = O.
R= lO+ o.04124T- 1.779 x ro-sT2
44. Mostre que. se x oo O, então y = 1/.f satisfaz a equação x 3y'' + onde T é a temperatura variando entre o•c e 700"C. Quando,
x 2 y'-xy=0. no intervalo de variação da temperatura. a resistência é mais e
menos scnsí\'cl à variação de T? [Sugestiio: Considere o tama-
45-46 Use um recurso gráfico para estimar a localização das li-
nho de dR/dTno intervalo OS t S 700.]
nhas tangentes horizontais. Depois. encontre a localização exata
por diferenciação.
59·60 Use um recurso gráfico para fazer estimativas grosseiras
x 2 +9 dos intervalos nos quais f '(x) >O c os encontre exatamente por
E:j46. y = - - diferenciação.
X
1
2
E:j 59.f(x) = x - - E:j60. f(x) = x 3 - 3x
47. Encontre uma função y = ax + bx +c cujo gráfico corte o X
eixo x no ponto I. o eixo y cm -2 c que tenha uma reta um-
gente de inclinação - I no ponto de cone com o eixo y. 61 ·64 Nestes exercícios. determine se a função dada é diferen-
, =
ciável em um valOr x x,. sendo quef está definida por fórmulas
48. Encontre k se a curva y = x' + k é tangente à reta y = 2t·.
difere.ntes em lados diferentes de x6 • Para isso. pode ser usado o
49. Encontre a coordenada x do ponto no gráfico de y = x2 no resultado seguinte, que é uma conscqiiência elo Teorema elo Valor
qual a reta tangente é paral ela à reta secante que corta a Médio (a ser discutido na Seção 5.7). Teorema: Seja f uma fimçâo
curva em x = - I c x = 2. comínua em ·'i. e suponho que exisw fim,...,,. f'(x). Enulo f é dife-
50. Encontrc.: a coordenada x do ponto no gráfico de y = .jX renciável em x0 • c f' (.r0) = li m, , ..., f' (x).
no qual a reta tangente é paralela i'l reta secante que cona a
curvacrnx= I cx=4.
61. Mostre que
51. Encontre as coordenadas de todos os pontos no gráfico de y = x<f
I -?nos quais a reta tangente passa pelo ponto (2. 0). X> f
52. Mostre que qualquer par de retas tangentes à parábola y =
é contínua em .r= I. Detem1inescfédifcrcnciável em .r= I. Se
(L>?. a oo O. intersccta um ponto que está em uma reta verti- for. encontre o valor da derivada nesse ponto. Esboce o gráfico
cal passando pelo ponto médio dos pontos de tangência.
def
198 Cálculo
I lm .:.....;'--'--~_;.
Se for. encontre o ' 'alor da derivada nesse ponto. ··-2 w- 2
63. Seja 69. (a) Encomre / '"(x) se f(x) =x". 11 =I. 2. 3.. ..
f(x) = {x2.
..[i.
X< I
X> I
(b) Encontre / "'(x) se f(x)
positivo.
=i c 11 > k. onde k é um inteiro
66. Em cada item, calcule f', f " e /"' e. emão. estabeleça uma
fórmula para/"'.
72. f(x) = (2x + 3)2 73. f(x) = (3x - 1)3
2
(a) f (x ) = I!.r (b) f(x) = llx
74-77 Use o resu ltado do Exercfcio 71 para calcular a derivada da
[Suges1ão: A expressão (- 1)" tem valor I se n for par c -I se n função ./{.r) dada.
for ímpar. Use essa expressão em sua resposta.]
3
67. (a) Prove: 74. f(x) = X -I I 75.
f(:x) = (2x + 1)2
d2 d2
- 2 [cf(x)l = c -2 [f(x)]
1
lX 1
lX X 2r 2 + 4x + 3
76. f(x) = x+l 77. f(x) = x 2 + 2x +I
• DERIVADA DE UM PRODUTO
Poderíamos conjecturar que a derivada do produto de duas funções seja o produto de suas
deri vadas. Contudo, um exemplo simples nos mostra que i sso é falso. Considere as funções
I)EMONSTRAÇÃO Enquanto as prov11S das regras de derivação da seção anterior eram apl i-
cações diretas da definição de derivada, esta prova util .i ~.a um passo crucial que envolve
somar e subtrair a quantidade.ftx + h )g(x) ao numerador na defi nição el a derivada. Assim,
temos:
. f (x + I1)
= Inn ·
I'1m g (x + h) - g (x) + I'1m g (x ) · I'1m .:...f.;,.(x_+_l-'-
1)--'f'-'(...;.
x)
h-O "-o 11 h-.o •- o h
d d
= f(x) - [g(x)] + g (x) - [f(x)]
C.1X C1X
[Nota: No último passo, f (x +h) -7 f(x) quando h -7 O, pois f é contínua em x pelo Teo-
rema 3.2.3, e g(x) -7 g(x) quando h -7 O, pois g(x) não envolve h e, portanto, permanece
constante.] •
Solu ção Pode-se usar dois métodos para encontrar dy I dx. Podemos tanto usar a regra do
produto quanto efetuar as multiplicações indicadas na fórmula de y c, então, diferenciar. Va-
mos utilizar ambos os métodos.
200 Cálculo
dy d ?
- = - [(4;c - 1)(7x3 + x)]
dx dx
? d 3 3 d ,
= (4x- -J ) - [7x-+x]+(7x +x)-[4x-- l ]
dx dx
dy d
- = -[28x 5 - 3x3 - x] = 140xA - 9x 2 - I
dx dx
ds d
- = - [( 1 +f) ../i]
dt dr
d d
=(I+ f)-df [../i]+ .fi-dI li+
,
t]
I +f
-= +vt =
r. I + 3r ..,.
2../i 2./i
• DERIVADA DE UM QUOCIENTE
Assim como a derivada de um produto não é, em geral, o produto das derivadas, também a
derivada de um quociente não é, em geral, o quociente das derivadas. A relação correta é dada
no teorema seguinte.
OE:>IONSTRAÇÃO
d [ f(x) ] . j(x +h)- g(x) - f(x)- g(x) - /(x)- g(x +h)+ f(x) · g(x)
-- = hm ~----~~--~~~~~~~~------~--~~-
dx g(x) h-+O h- g(x) · g(x +h)
(b) Por diferenciação, encontre a localização exata das retas tangentes horizontais.
Solução (a) A Figura 3.4.1 mostra o gráfico de y = f(x) na janela [ -2,5; 2,5] x [-I , I]. Esse
Figura 3.4.1 gráfico sugere que as retas tangentes horizontais ocorrem em x =O, x ~ I ,5 c x ~ -I ,5.
202 Cálculo
( ,~)' =-"jiit:'
d
- lci = O (f + g)' = f ' + g' (f . g )' = f . !/ + g . f'
dx
(c.f)' = cf' (f - g)' = f' - g' (L)'=g
g ·f'-
[( 2
f· g' ~(x" I =
dx
nx"- 1 (num inteiro)
d
1. (a)- [X+ I] = - - - 2. Encontre F'( I) sabendo que f( I )= - I, / '(I )= 2. g( I )= 3 e
g'(l )= -1.
dx x- I
(a) F(x) = 2/(x) - 3g(x)
(b) ~[(4 - x 3 )(x 2 +x- 1)1 = - - -
(b) F(x) = [J(x)l 2
dx
(c) F(x) = f(x)g(x)
(d) F (x) = f(x)/g(x)
Capítulo 3 I A Derivada 203
3. e uaçã a reta tangente a gráfic e 4. Su n uef e a ua eze eri á e , enc ntre uma órmu a
3x + 4 ara a cri a a egu n a c g x = f x 1 em term e f. f ' c
y = X 2+ I f"
emx=2é _ _ __
I. f(x) =(.r+ 1)(2x- I ) 2. f(x) = (3x 2 - I )(x 2 + 2) 23·28 Enc ntre 1 a re ex n uai a reta tangente à
3. f(x) = (x 2 + l )(x 2 - I) cur a a a ati az. a r ric a e enuncia a
2x + 5
9. f (x) = (x - 2)(x 2 + 2x + 4) 28. )' = --:-;:- c na ci ycm 2
x +2
10. f(x) = (.r 2 + x)(:r 2 - x)
(r-I)
ai x- I c y = .l- 2.r + I e inter ectam em ângu ret
15. y = (3x X+ 2) (x- s + I) 16. y = (2.r7 -x2) ._ -
31. Enc ntrc a ómlU a gera ara F" x e F x = xf x e f e
x+ l
f ' ã i crcnci á c i em x
17· 18 c um rccur grMlc ara e tirnar a r e f ' I u an 32. Su nha ue a unçn f c a i crcnciá c em t a anc e
urn zoom n grátic e f e. entã • c m are ua e timati a a uc F x = xf x
a r e at bli r cri açã
a E re c 'F"' x em t..;:rm e .x c a eri a a ef
x2 - I b Para 11 <: 2, c n ccture urna órmu a ara F" x
8 17. f(x) = x 8 18. f(x) = -::2-
x2 + I x + I
19. Enc ntre g' 4 . a ue f 4 = 3 e f' 4 =-5 33. i ue ua cze a regra r ut e rema 3 4 l ara
f(x) m trar ue e f, g c h rem i crenciá ei . entã f· g · h erá
(a) g(x) = fi f (x) (b) g(x) = .::....:......:
i crenciá e c
X
20. Enc ntrc g' 3 . a ue f 3 = - 2 e f' 3 = 4 (f . g . " )' = ! ' . g . " + f . g' . " + f . g . h'
+l
(a) g(x) = 3x 2 - S.f(x) (b) g(x) = 2x.f(x) 34. rn ba e n rc u ta E ercíci 33, aça urna c n ectura
bre uma órmu a ara i crenciar um r ut e n unçõe
21. Enc ntrc F' 2 , a ue f 2 =-I. f' 2 = 4, g 2 = I e
g' 2 = -5 35. e a órmu a bti a n E ercíci 33 ara enc ntrar:
(a) F (x) = Sf(x ) + 2g(x)
(c) F (x ) = f(x)g(x)
(b) F (x ) = f(x)- 3g(x)
(d) F (x) = f(x)/ g(x) (a) ;Í; [(2I + I)(I + .: ) (x- 3 + 7)J
22. Enc mre F' ;r . a uc f Jr = I 0. f' 7r = -I. g iT = - 3 e (b) ~[(x 7 +2r-3) 3 ]
g'Jr=2 dx
204 Cálculo
36. Use a fórmu la obtida no Exercício 34 para encomrar: 39 Use a regra do q uocieme (Teorema 3.4.2) para deduzir a
(a) ~[x- 5 (x 2 + 2x)(4- 3x)(2x9 + 1)] fórmula para a derivada de f(x) = x .... onde 11 é um inteiro
positivo.
dx
(b) ~[(.1'2 + 1)50] 40. Supondo que lr(x) =j{x)/g~r) seja derivável. use a regra do pro·
dx duto para deduzir a Fórmula (2). [Sugestão: Derive ambos os
37. Sabendo que f é uma função derivável e que 11 é um inteiro lados da equação /r(x) · g(x) = f(x) c resolva em h' (x). )
positivo. use o resultado do Exercício 34 para determinar uma
fórmula para a derivada de g(x) = (f(x))".
2 3 2 2 2x - 3x 2 5
1. (a) - (x _ l ) 2 (b) (4 - .r )(2x + I) + (x + x - l)(-3x ) (c) (x 3 _ x l )l 2. (a) 7 (h) - 4 (c) 7 (d) Cj
3. y = - x + 4 4. 2/'2 + 2f.f"
Nesta seção vamos supor que a variável independeme x das funções trigonométricas sen x,
cos x, tg x, cotg x, sec x e cossec x seja medida em radianos. Também vamos precisar dos I imi-
tes no Teorema 2.6.4, reescritos com h em vez de x como a variável, como segue:
sen h . I -cosh
lim = I e I1111 = 0 ( 1-2)
h~O h h-O h
Comecemos com o problema de derivar j{x) = sen x. Usando a definição de derivada,
obtemos
. f(x +h) - f(x)
f'( X ) = II Jl1 .;_- - , . . . - - - ' - -
it-'>0 h
= hm. _ (x + h)_
sen_:__...,..: sen_ x
- _
h -> 0 h
sen x cos h + cos x sen h - sen x
= lim ----------~-----------
"..,.o h
Pcln fónnulo dn ndiçlo do seno
= h->0
lim cosx = cosx COS.l' nã()Cft\OhC 3 \·ariá\'CIIIC. portnniO. pOde .ser
untOOo C'011l0 unu consrantc no c~lc-ulo do limite
Capítulo 3 I A Derivada 205
senx
• Exemplo2 Encontre dy I dx se y = -:-:----
1 +cosx
Solução Usando a regra do quociente junto com as Fórmulas (3) c (4), obtemos
d d
d)' (l+cosx)· - [scnx]-senx·-[l+cosx)
dx dx
- = - - -- =--:-:-----:-:;:--...::.::----
dx ( I+ cosx) 2
(I +cosx)(cosx)- (senx)(-senx)
(l+cosx)2
cosx + cos2 x + sen2 x cosx + I
~
(1 + cosx) 2 =(I + cosx) 2 - I +cosx
.,.. Exemplo 4 Suponha que o Sol nasc.ente passe diretamente sobre um prédio de 30 me-
tros de altura e seja (}o ângul o de elevaçiio do Sol (Figura 3. 5.1) . E ncontre a taxa segundo
,,,,,,,
,,,,,,,
T
30 lll
,,,,,,
,,,,,,
,,,,,,,
,,,,,,,,
,,,,,,,
,,,,,,
,,,,,,
,,,,,,
a qual o comprimento x da sombra do prédio está variando em relação a O, quando O= 45" .
E xpresse a resposta em metros/graus.
Solução As variáveis x e(} estão relacionadas por tg 8 = 30/x, ou, de forma equivalente,
,,,,,
,,,,,, x = 30 cotg O
, ,, ,, (9)
.· Se(} for medido em radianos, então a Fórmula (7) é aplicável, resultando em
Figura 3.5.1
dx
de = -30 cosscc 2 ()
Figura 3.5.2
.,.. Exemplo 5 Conforme ilustra a Figura 3.5.2, suponha que uma massa presa na ponta
de uma mola seja espichada 3 em além de seu ponto de repouso c l argada no instante t =O.
Supondo que a função posição do topo da massa presa à mola seja
.)' = - 3 COS I (JO)
v
3
onde s está em centímetros e Tem segundos, encontre a função velocidade e discuta o movi-
2 mento dessa massa.
move para cima (o sentido positivo de s) quando v é positiva, para baixo quando v é negativa
O topo da massa atinge sua vek>ci·
e está no ponto máximo ou mínimo quando v= O. Assim, por exemplo, o topo da massa se
dade escalar máxima quando passa
pelo ponto de repouso. Por quê? Qual move para cima do tempo t =O até o tempo t = 1r, quando atinge o ponto máximos= 3 e, então,
é essa velOcidade escalar máxima? se move para baixo até o tempo t = 2JT, quando atinge o ponto mínimos= -3. O movimento
então se repete pcriod icamente. ~
I. Encontre dyl tLr. 3. Use uma derivada para calcular cada limite.
(a) y = sen x (b) y=cosx sen( ~ +h) - I
(a) l im -...:...:.·- - ' --
(c) y= tgx (d) )' =secx 11->0 "
2. Encontre f'(x) c f '(rr/3) se/(x) =sen x cos x. (b) lim cosscc(x + h) - cossccx
11 ~0 "
2
1 19·24 Encontre d y ttfi_._ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
33. Um holofote lança um facho de luz sobre urna parede distante (c) f(x) = tg x (d) f(x) =cotg x
50 m dele. conforme a figura abaixo. Encontre a taxa segundo a (c) f(.f) = sec x (I) f(x) = cossec .r
<1ual a distância D está variando com Oquando O= 45°. Expres- I I
se sua resposta em metros/grau. (g) f(x) = - : - - - (h) f(x) = ---
1 + cosx sen x cosx
(i) f(x) = cosx
2 - senx
40. (a) Deduza a Fórmula (4) usando <t definição de derivada.
(b) Use as Fórmulas (3) e (4) para obter (7).
(c) Use a Fórmula (4) para obter (6).
(d) Use a Fórmula (3) para obter (8).
"-~----
" SOm 41. Use a Fórmula (I). o formato alternativo para a definição de
Figura Ex-33 derivada dado na Fórmula ( 13) da Seção 3.2. ou seja.
em radianos. Usando os resultados dos Exercícios 69 e 70 da 48. Vamos chamar as funções cos x. cotg x c cossec x de cofun-
Seção 2.6. prove que, se x for medido em graus . então ções de scn .1~ tg x c scc x, rcspcctivamcmc. Convença-se de
d 7T que a dcrivad;1 de qualquer cofunção pode ser obtida a panir
(a) dx [scn x] = ISO cosx da derivada da função correspondente pela introdução de um
sinal de menos c substituindo cada função na derivada por sua
(/ 7T
(b) ;&[cosx] =- scn x cofunção. Memori ze as derivad:lS de sen x. tg x e sec x e use a
180 observação acima para deduzir as derivad;ls das cofunções.
I
L (a) cos x (b) -scn x (c) sce2 x (d) sccxtgx 2. f'(x)=cos2 x - scn2 x,f'(7r/3)=-
2
ti d
3. (a) -[sen xl = O (b) - [cossec x] = - cossec x c.oto x
dx x~rr/2 dx · ""
Nesta seçt7o deduziremos uma fórmula que expresse a derivada de uma composiç(io f ogem.
termos das derivadas de f e de g. Essa f6rmula11os permitirá derivarflmções complicadas
usando derivadas de funções mais simples.
• DERIVADAS DE COMPOSIÇÕES
Considere o problema de calcular a derivada de
dy desconhecida. A i ntuição sugere que as taxas se multiplicam. Por exemplo, se y varia 4 vezes
r -= 4 ti!!.= 2
dll d.r mais rápido do que u e 11 varia 2 vezes mais rápido do que x, então y varia 4 x 2 = 8 vezes mais
,. .!!. .r) rápido do que x (Figura 3.6.1). Isso sugere que
dy dy dy du ?
-=4 · 2= 8
df - = -du · -dx = 100u
dx
99
· 2x = IOO(x- + 1)99 · 2x = 200x(x2 + 1)99
As taxas de variaçao
se multiplícam: Observe que esse processo é mais eficiente para calcular a derivada em (I) do que recorrer à
12:. = 12:. . tlll enfadonha expansão binomial.
df tfll df O teorema segui me, cuja prova é dada no Apêndice C, fom1aliza as idéias precedentes.
Figura 3.6. I
3.6.1 n:OREJ\IA (Regra da cadeia ) Se gfor diferenciável no ponto x e f for diferenci-
O nome "regra da cadela" é apropMa· ável no pomo g(x), então a composição f o g é diferenciável no ponto x. Além disso, se
do porque a derivada procurada é ob·
tida com dois elos de uma "cadela" de y =f(g(x)) c u =g(x)
derivadas mais simples.
então y = f (u) e
dy dy du
- = -·- (4)
dx du dx
d
-d (f(g(x))J = f ' (g(x)) · g' (x)
X .._,____.. '-v-'
= - sen(x3) · 3x 2 = - 3x 2sen(x 3)
que confere com o resultado obtido no Exemplo I . ..,.
.,. Exemplo4
d 2 d 2 2 2
- [(tgx) ]=(2tgx)·(sec x) = 2tgxscc x
-[tg x]=d
dx x ' - v - ' ...._,_..,
d du
- [f(u)] = f '(u)- (6)
dx dx
Esse resultado, denominadofómm/a generalizada da derivada def, fornece uma maneira de
usar a derivada dej{x) para produzir derivadas deftu), quando 11 é uma função dex. A Tabela
3.6.1 dá alguns exemplos de aplicação dessa fórmula.
212 Cálculo
Tabela 3.6.1
~r Jx3 + cossecx]
d d o
(a) -[scn(2x)] (b) -[tg(x- + I)] (c)
dx dx dx
(d) d [ I ]
(e) d; x3 + 2x - 3
d d dtt d
-[sen(2x)) = - [sen u) = cos tt -
dx dx dx
= cos2x · - [2x]
dx
= cos2x · 2 = 2cos2x
d d du
-[tg(x- + l)] = -[tgu) = sec-u-
? ?
dx dx dx
= 2x sec 2 (x 2 + I)
d 1 3 d du
I d .
- Lvx +cossecx] = - [.jil] = - = · - [x-1 +cossecx]
dx dx 2JÜ dx 2Jx.l + cosseex dx
I 3x2 - cos~ec x cot" x
,
- · (3x-- cossecx cotgx) = "'
3
2../x + cossecx 2../x3 + cossecx
d
= -8(1 +x 5 cotgx)-9 ·-:;-LI +x 5 cotgx]
lcX
'
vezes, precisamos fazer ajustes na nol!lção ou aplicar mais de uma vez a regra da
As
cadeia para calcular uma derivada .
senxcos(.J I +cosx)
= - 1 ::;:+=c=os=x=--....;,
--:2;:;-../ :;=1
Solução (b)
DOMiNIO DA TECNOLOGIA
.!!_ [<x 2 + 1) 10 scn3 (.jX)] (7)
dx Jt + cossecx
Se o leitor dispuser de um CAS, use-o
para efetuar a derivação em (7). à mão, esse cálculo é suficientemente complexo, a ponto de ser mais eficiente (e menos sujei-
to a erro) usar um sistema algébrico computacional.
214 Cálculo
I
7·26 Encontre j'(x). @]41. .r= [x sen 2r + tg~ (x )] 5 7
56. ), = (
au + b) 6
d)..
d ; encontre- (a. b. c. d constantes) l y=ACOSwt l
cu + du
Figura Ex-61
d , 2
57. -r
dw
a cos· 1rw + b sen 1rw] (a. b constantes) 62. Encontre o valor da constante A de forma que y =A sen 3r sa-
tisfaça a equação
58. x = cosscc
2(IT3 - y ); encontre dx
dy.
d2y
+2y=4scn 3t
2dt
Ej59. (a) Use um recurso computacional para obter o gráfico da
função f(x) = x../4- x2.
ENFOCANDO CONCEITOS
(b) Use o gráfico de (a) para fazer um esboço do gráfico de
63. Considere a função f cujo gráfico está na figura abaixo.
f '. Ca lc ule
(c) Encontre .f'~r) c verifique seu trabalho em (b) usando o
recurso computacional para obter o gráfico de f'.
(d) Encontre a equação da reta t:lngcnte ao gráfico de f em x =1
!!...
dx
[.Jx+ f(x) ]
.l' • - 1
c faça o gráfico de f junto com o da reta tangente.
Ej60. (a) Use um recu rso computacional para obter o gráfico da fun-
........ .. ... •!
ção f(x) = scn i cos x no intervalo [- IT/2, 1rl2].
.
"
....
(b) Use o gráfico de (a) para fazer um esboço do gráfico de f' •
no intervalo.
(c) Encontre f'(x) c verifique seu trabalho em (b) usando . . 2
o recurso computacional para obter o gráfico de f' no .. . . .... :·· I
intervalo.
. X
-
216 Cálculo
-!
65. A figura abaixo moSira o gráfico da pressão atmosférica p (li- 69. Seja
bras/pol~ versus a allitudc h (milhas) acima do nível do mar.
(a) A pm1ir do gnífico c da reta tangente em h= 2 mostrados f( X ) -
x scn ..\~. x :fi. O
no gráfico. estime os valores dep e dpldh a uma altitude 0, X =0
de 2 milhas.
(a) Mostre que f é contínua em x = O.
(b) Se a altitude de um veículo espacial aumenta a uma taxa
de 0.3 milhas/s quando ele está 2 milhas acima do mar. (b) Use a Definição 3.2.1 para mostrar que j'(O) não existe.
com que rapidez a pressão ''ariará em relação ao tempo (c) Encontre f'(x) p:1ra x =O.
neste instante? (d) Determine se lim f'(x) existe.
.r ~ o
.................................
6::' 15 . . . . . .. .' 70. Seja
8. 2 I
UI
~ 10
x sen -. x f= O
f(x) = X
•
-,_
D •
. . 0. X= 0
·~ 5
(a) M ostre que f é contínua em x = O.
~ o~~-'---'-L.....J.->1 (b) Use a Definição 3.2. 1 para encontrar f '(O).
0 1 2345 7
(c) Encontre f'(x) para x = O.
Al titude h {milhas) Figura Ex-65
(d) Mostre que f' não é contínua ern x = O.
66. A força F (quilogra rno.s) agindo em um ângulo Ocom a ho·
rizontal necessária para arrastar. ao longo de uma superfície 71. Dada a Tabela abaixo, encontre as derivadas indicadas em (a)
horizonwl c a urna ''clocidade constante. um caixote que pesa e (b).
IV quilos é dada por X f(x) f'(x)
i.tW 2 I 7
F = --:-'-------:
COS 9 + /J.Sen 9 8 5 -3
onde J1 é uma constante denominada coeficiente de atrito (a) g'(2), onde g(x) = ff(x)J'
de escorregamento entre o caixote e a superffcie (ver figura
(b) 11'(2). onde il(x) = f(x')
abaixo). Suponha o caixote com 70 kg e J1 = 0,3.
(a) Encontre a tiF/ tiO quando O= 30°. Expresse sua re.sposm 72. Dado que J'(x) =J3x + 4 c g(x) =./·- I. encontre F'(x) se
em kg/grau. F(x) = f(g(x)).
(b) Encontre dF I dt quando O= Jo•. se O está diminuindo a \"
73. Dado que f'(x) = ; cg(x) = J3x - I. encontre F'(x) se
uma taxa de o.s•ts nesse instamc. F(x) = f(g(x)). x- + I
2
74. Encontre f '(x) ti 1 l
se - (ftx )] = x .
tlx
d d
75. Encontre -[/(x)] se -l/(3x)) =6-r.
dx dx
l'igura Ex-66 76. Lembre que uma função J é par se f (-x) f(x) e ímpar se =
f(- x) = - f(x) pam todo x no domínio de f. Supondo que f é
67. Lembre que di fcrcnciávcl. prove que:
-d (lx l) = { _
1
'
X>0 (a) f ' é ímpar se f for par.
(.1..\: 1 I X< 0 (b) f' é par se .f for ímpar.
Use esse resultado e a regra da cadeia para encontrar
77. Faça alguns esboços para ilustrar os resultados do Exercício 76
d c escreva um parágrafo. dando uma explicação informal sobre
-(lsenxl) o porquê de os resultados serem verdadeiros.
dx
paraxdifcrcntedc zero no intel'\•alo (-rr, rr). 78. Sejam y =Uu). 11 =.f2(u). v= J.,(w) c w =J,(x). Expresse dyldx
em lermos de f~)•/tlu, dwldx, du/du c dvldw.
68. Use a fórmu la da derivada de scn x e a identidade
79. Encontre uma fórmula para
cosx = sen (i- x) d
d; (f(g(h(x))))
para obter a fómlllla da derivada de cos x.
Capftulo 3 I A Derivada 217
dr du , 3
1. dcfora;dcdcntro:dcdcnlro 2. d
-=-- · - 3. (a) IO(r2 +5)9 ·2l·=20.r(.r-+5)9 (b) ·6 = r.=:='T
1
u ex 2JI+6x Jl+6x
4. (a) 3cos(3x+2) · , , ,
(b) 4(.r"tg x) (2rtgx +x·secr) (I ) I
5. (a) g' (/(2))/'(2) = -20 (b) / ' 3g(3) · g' (3) = 20
-3
3
3 .7 TAXAS RELACIONADAS
v
T instante essas variáveis estão relacionadas pela equação
" V = -r·h
:rr '
l 3
Se estivéssemos interessados em en.contrar a taxa de variação do volume Vem relação ao tempo
r, poderíamos começar diferenciando ambos os lados dessa equação em relação a t para obter
.,.. Exemplo 1 Suponha que x e y sejam funções diferenciáveis de 1 relacionadas pela equa-
ção y =i. Encontre dyl dt no instante t = I se x =2 c dx I dr =4 no instante t = I.
Solução Usando a regra da cadeia para derivar ambos os lados da equação y = xJ em rela-
ção a r, obtemos
dy = . ,_ (2)2 d
·'
_x
= 12 · 4 =4
8 ~
dt t= l dt t= l
(Figura 3.7 .2). Sabemos a taxa segundo a qual o raio está crescendo e queremos encontrar
óleo aquela na qual a área está crescendo no instante em que r= 60; isto é, queremos encontrar
espalhado
dA dr
dado que - = 2 pés/s
dt r: 60 dt
'\ mn >
\ Isso sugere que procuremos uma equação relacionando A a r que possamos derivar em rela-
ção a t para obter uma relação entre dA I dt c dr I dt. Mas A é a área de um círculo de raio r,
portanto
?
A = ]'(,.- (I)
Figura 3.7.2 Derivando ambos os lados de (I) em relação a r, obtemos
dA = hrti!:_ (2)
dt dt
Assim, quando r = 60, a área do derramamento está crescendo à taxa de
dA
Com vari ações mínimas, o métOdo usado no Exemplo 2 pode ser uti.litado para resol-
ver uma variedade de problemas de taxas relacionadas. O método consiste em cinco passos,
especificados a seguir.
.,.. Exemplo 3 Uma quadra de beisebol é um quadrado cujos lados medem 90 pés (Figura
3. 7.3). Suponha que um j ogador correndo da segunda para a terceira base tenha uma veloci-
dade de 30 pésls no instante em que está a 20 pés da terceira base. Qual é a taxa de variação
da distância do jogador à base do batedor naquele instante?
Solução É dada uma velocidade constante com a que o jogador se aproxima da terceira
base, e queremos encontrar a taxa de variação da distância entre o jogador e a base do batedor
em um dado instante. Assim, tomamos
1= segundos decorridos desde que o jogador deixou a segunda base
Base do batedOt' x =distância do jogador até a terceira base (em pés)
Figura 3.7.3 y =distância do jogador até a base do batedor (em pés)
Capftulo 3 I A Derivada 219
dx
dy dx
sabendo que = -30 pés/s
dt •=20 dt x=20 dt .... w
é negativa potque x é dectescente em Conforme sugere a Figura 3.7.4, uma equação relacionando as variáveis x e y pode ser obtida
relação a t.
a partir do Teorema de Pitágoras:
(3)
dx dy
2x - =2y -
dt dt
do que segue
dy xdx
- = -- (4)
dt )' dt
dy 20 60
- - = (-30) = - ~ - 6,5 1 pés/s
dt x= 20 10..!85 J85
O sinal negativo na resposta nos diz que y é decrescente, o que fisicamente faz sentido a partir
da Figura 3.7.4. ~
.,. Exemplo 4 Na Figura 3.7.5 mostramos uma câmera montada em um ponto a 3.000
pés da base de uma plataforma de lançamento de um foguete. Se o foguete estiver subindo
venicalmente a 880 pés/s quando estiver 4.000 pés acima da plataforma de lançamento, quão
rápido deve mudar o ângulo de elevação da câmera naquele instante para que se mantenha
• apontada para o foguete?
Foguete
Solução Sejam
1 =segundos decorridosa partir do instante do lançamento
li> = ângulo de elevação da câmera em radianos, upós t segundos
h= altura do foguete em pés, após t segundos
(Figura 3.7.6). Em cada instante, a taxa segundo a qual o ângulo de elevação da câmera deve
~-- 3000 pés -
Câmera
-
Rampa de
variar é d(b!dt, e a taxa segundo a qual o foguete está subindo é dltldt. Queremos encontrar
lançamento d4> dh
dado que = 880 pés/s
Figura 3.7.5 dt 1•=4000 dt 11 = 4000
A partir da Figura 3.7.6, vemos que
Foguete
h
tg4> = 3000 (5)
" (sec24>)d4> =
dt
I C!.!!.
3000 dt
(6)
Quando h = 4000, segue que
~~-- 3000 pés-
Câmera
- 5000 5
(sec 4>)11=4000 = 3000 =3
Figura 3.7.6
220 Cálculo
1 . 880 = 22
4000 3000 75
22 9 66
= -75 ·-25 = -625 ~ 0,11 rad/ s ~ 6.05 graus /s ~
3000
J dt h=4000
Figura 3.7.7
.,. Exemplo 5 Suponha que um líquido deva ser puri ficado por decantação, através de
um fi ltro cônico com 16 em de altura c raio de 4 em no topo (Figura 3.7.8). Suponha tam-
3
_...- 4cm bém que o líquido seja forçado a escoar para fo ra do cone a uma taxa constante de 2 cm /
m m.
I -/ I
I f I r (a) A profundidade do líquido irá decrescer a uma taxa constante? D ê um argumento
I filtro f ~~L.~
I f
'· 116 em informal que justifique sua conclusão.
l
I f
I f
I f ( b) Encontre uma fórmula que expresse a taxa de vari ação da profundidade do líqui-
I f I
·~
>" do em termos de profundidade c use-a para determinar se sua conclusão em (a)
\f Funil que
~ segura o filtro eStá correta.
Figura 3.7.8 (c) Com que taxa está variando a profundidade do líquido no instante em que a profun-
didade for de 8 em?
À ::l Solução (a) Para que o volume do líquido decresça por uma quantidade fixa, requer-se
-- ,---- ....
--
... ...
-
um maior decréscimo em profundidade quando o cone está quase vazio do que quando está
quase cheio (Figura 3.7.9). Isso sugere que, para o volume decrescer a uma taxa constante, a
profundidade deve decrescer a uma taxa crescente.
•
Solução (b) Sejam
t = tempo decorrido a partir da observação inicial (min)
v v V = volume do líquido no cone no instante de tempo t (cm 3)
O mesmo volume foi drenado, mas a y = profundidade do líquido no cone no instante de tempo t (em)
variação em altura é maior próxima
r = raio da superfície do líqui do no instante t (em).
da base do que próxima do topo.
(Figura 3.7.8). Em cada i nstante, a taxa segundo a qual o volume de líquido está variando é
Figur113.7.9
dV I dt, c a taxa segundo a qual a profundi dade está vari ando é dy I dt. Q ueremos expressar
d)ldt em termos de y, dado que dV I dt tem um val or constante de dV I dt = -2. (D evemos usar
o sinal menos aqui porque V decresce quando t cresce.)
A pa11ir da fórmula para o vol ume de um cone, o volume V, o raio r e a profundidade y
estão relaci onados por
(7)
Se di ferenciarmos ambos os lados de (7) em rel ação a 1, o lado direito irá envol ver a quanti-
dade drl dt. U ma vez que não temos uma inform ação direta sobre d rl dt, é desejável eliminar
r de (7) antes de diferenciar. Isso pode ser feito usando semelhanças de triângulos. A partir da
Figura 3.7.8, vemos que
,. 4 I
,. = - y
y = í6 ou 4
v= !!_y> (8)
48
D i ferenciando ambos os lados de (8) em relação a t, obtemos
Capítulo 3 I A Derivada 221
ou
dy = ~ dV = ~(- 2) = _ 32 (9)
dt JTy2 dt JTy2 1TJ2
a qual expressa dy I dt em tenuos de y. O sinal de menos nos diz que y decresce com o tempo,
c
dy 32
dt JTy2
nos diz o quão rápido y decresce. A partir dessa fórmula, vemos que ldy I dtl cresce quando y
decresce, o que confirma nossa conjectura em (a) de que a profundidade do líquido decresce
a uma taxa crescente quando ele escoa através do filt ro.
Solução (c) A taxa segundo a qual a profundidade está variando quando for de 8 em pode
ser obtida de (9) com y = 8:
dv
'
32
= --...,-- = -
I
- ~
I
- 0,16 em rnin ~
dt y=S IT(82 ) 2Jr
EXERCÍCIOS 3.7
(b) Dado que dyldt = 8. encontre dxldt quando 6. Em (a) a (d). seja A a área de um círculo de raio r e suponha
(...,. \') -- (Ij. - iJ.)
~ ,. 9 •
que r cresça com o tempo 1•
(a) Faça uma figura do círculo colocando A e r apropriada-
mente.
4. Equação: f+/= 2x + 4y.
(b) Escreva uma equação que relacione A e r.
(a) Dado que dxldr =-5. encontre dyldt quando (.r. y) = (3. I).
222 Cálculo
15. Um balão esférico é esvaziado de tal forma que seu raio de-
(c) Use a equação de (b) para encontrar uma equação que
cresce a uma taxa constante de I 5 cm/min. Com que taxa o ar
relacione dNdt c drldt.
estaní sendo removido quando o raio for de 9 em?
(d) Em ceno instante, o raio é 5 em e está crescendo a uma
taxa de 2 cm/s. Com que rapidez. a área está crescendo 16. Uma escada de 1.7 m está apoiada em uma parede. Se sua base
naquele instante? for puxada ao longo do chão. afastando-se da parede a uma
taxa constante de 0.5 m/s. com que rapidez o topo da escada
7. Seja V o volume de um cilindro de altura h e raio r. e supo-
estará se movendo para haixo na parede quando estiver 0.8 m
nha que h c r variem com o tempo.
acima do solo?
(a) Como estão relacionadas dV/dt. dhldt c drldt?
(b) Em ccno instante. a altura é de 6 em e está crescendo a 17. Uma escada de 1.3 m está apoiada em uma parede. Se seu topo
I cm/s. enquanto o rai o~ de I O em c está decrescendo desliza sobre a parede para baixo a uma taxa de 0.2 rnls, com
a I cm/s. Com que rapide-z o volume está variando na- que rapidez a base da escada estará se afastando da parede
quele instante? O volume está crescendo ou decrescen- quando o topo estiver 0.5 m acima do chão?
do naquele instante? 18. Uma prancha de 10m está apoiada em uma parede. Se. em um
8. Seja I o comprimen10 da diagonal de um retângulo cujos certo instante, sua base está a 2 m da parede e sendo empurrada
lados têm comprimentos x e y. e suponha que x e y variem em direção :1 esta a uma taxa de 0.5 1n!s, com que rapidez estará
com o tempo. crescendo o ângulo agudo que a prancha faz com o solo?
(a) Como estão relacionadas dlldt, d.1ldt c dyldt'? 19. Uma quadra de softba/1 é um quadrado cujos lados medem 60 pés
(b) Se x está crescendo a uma taxa constante de l cm/s e y de comprimento. Suponha que um j ogador correndo da primeira
! 2
está decrescendo a uma taxa constante de cm/s, com para a segunda b<lSC tenha uma velocidade de 25 pés/s no instante
que rapidez o comprimento da diagonal estará variando em que cst:í a lO pés da segunda base. Com que taxa estaní va-
= =
quando x 3 em e y 4 em? A diagonal está crescendo riando a distância do j ogador à base do batedor naquele instante'?
ou está decrescendo naquele instante?
20. Um foguete subindo verticalmente é acompanhado por uma
9. Seja O(em radianos) um ângulo agudo de um triângul o re- estação de radar no solo a 5 km da rampa de lançamento. Com
tâgulo, e sejam x e y. respectivamente. os comprimentos dos que rapidez o foguete estará subindo quando sua altura for de 4
lados adjacente c oposto a O. Suponha. também. que x e y km c sua distância da cstaç1ío do radar estiver crescendo a uma
variem com o tempo. taxa de 2000 km/h?
(a) Como se relacionam dO/dt, dxldt e dyldt? 21. Para a câmera c o foguete da Figura 3.7.5. a que taxa estará
(b) Em um ceno instante. .r= 2 unidades c está crescendo I va.riando a distância entre câmera c foguete. quando ele estiver
unidadcls. enquanto y = 2 unidades e está decrescendo a 4.000 pés de altura c subindo venicalmentc a 880 pt.is/s?
i unidadc/s. Com que rapidez Oestará variando naque-
le instante? O está crescendo ou decrescendo naquele 22. Para a câmera c o foguete da Figura 3.7.5. a que taxa estará
instante'? subindo o foguete quando o ângulo de elevação for de rr/4 ra-
dianos e se estiver crescendo a uma taxa de 0.2 rad/s?
23. Um satélite está em uma órbita elíptica em torno da Terra. A
10. Suponha que z = x'l. onde x c y estão variando com o tempo.
sua distância r (em milhas) do centro da Terra é dada por
= =
Em um ccno instante. quando x I c y 2, x está decrescendo
a uma taxa de 2 unidndes/s e y está crescendo a uma taxa de J 4995
r = .,.----,,....,-,--.,.
unidades/s. Com que rapidel testará variando naquele instan- I + 0.12cosB
te? z é crescente ou decrescente?
onde Oé o ângulo medido do ponto da órbita mais próximo da
11 . O ponteiro dos minutos de um rel ógio tem 4 em de compri· superfície da Terra (veja a llgura abaixo).
mento. Começando do momento em que está apontando dire- (a) Encontre a altitude do satélite no perigeu (ponto mais pró-
tamente para cima. com que rapidez estará variando a área do ximo ela superf!cie ela Terra) e no (lp ogeu (ponto mais dis-
setor que ~ varrido por ele durante uma revolução? tante da supcriTcic da Terra), usando 3.960 milhas como o
12. Uma pedra jogada em um lago produz uma onda circular, cujo raio da Terra.
raio cresce a uma taxa constante de I m/s. Com que rapidez (b) No instante em que O for 120°. o ângul o Oestá crescendo
estad variando a área englobada pela onda crescente ao final a uma taxa de 2.7°/rnin. Encontre a altitude do satélite e
de lO segundos? a taxa segundo a qual a altitude estará variando naquele
instante. Expresse a taxa em unidades de milhas/min.
13. Pela n1ptura de um navio-tanque. uma mancha de óleo espalha·
se ern forma de um cfrculo cuja área cresce a uma taxa cons·
tante de 6 km1/h. Com que rapidez estará crescendo o raio da
mancha quando a área for de 9 km2?
14. Um balão esférico é inOado de tal forma que seu volume cresce
a uma taxa de 3 cm'/min. Com que rapidez o diâmetro do balão Apogeu
estará crescendo quando o raio for de I em?
Figura Ex-23
Capítulo 3 I A Derivada 223
24. Um avião está voando horizomal mente a uma altitude cons- (a) A que taxa está variando o compri mento da sombra?
tante de 4.000 pés acima de um pomo de observação fixo (ver (b) Com que rapidez está se movendo a extremidade de sua
figura abaixo). Em um cena instante. o ângulo de elevação Oé sombra?
de 30• c está dt:cresccndo. enquanto a velocidade do avião é de
300 milhas/h.
(a) Com que velocidade estará Odecrescendo naquele instan-
te'? Expresse o resultado em graus por segundo.
(b) Com que rapidez estará variando a distância entre o avião e
o ponto de observação naquele instante? Expresse o resul-
tado em pés/s. Use I milha= 5.280 pés.
Figura Ex-32
33. Um farol faz uma revolução a cada IOs e está locali zado em
4.000pés um navio. ancorado a 4 km de uma praia reta. Com que rapidez
o facho de luz do farol estará se movendo ao longo da praia,
(]$ / o quando fi zer com ela um ângulo de 45°?
Figura Ex·24 34. U m avião está voando a uma altitude constante e com uma ve-
locidade constante de 600 km/h. Um míssil anti aéreo é dispa-
25. Um tanque de água cônico com o vértice para baixo tem um rado em uma linha reta perpendicular à trajetória de vôo do
raio de I O m no topo e uma altura de 24 m. Se a água lluir
avião. de l'al forma que irá atingi -lo em um ponto P (ver figura
dentro do tanque a uma taxa de 20 m3/min, com que velocidade
abaixo). No instante em que o avi ão está a 2 km do ponto de
sua profundidade estará crescendo quando ela ti ver 16 m de impacto. o míssil está a 4 km dele e voando a 1.200 kmlh. Na-
profundidade?
quele instame. com que rapidez estará decrescendo a distância
26. Grãos caem de uma calha de escoamento a uma taxa de 8 m3/min. enrre o míssil c o avião?
fonmmdo uma pilha cônica cuja altura é sempre o dobro de seu p
raio. Com que rapidez a altura da pilha estará crescendo no mo-
---
mento em que sua altura for de 6 m?
27. Areia cai de uma calha de escoamento formando uma pilha cô-
nica cuja altura é sempre igual ao diâmetro. Se a altura crescer Figur.t Ex-34
a uma taxa constante de 5 pés/min. a que taxa a areia estará 35. Resolva o Exercício 34 considerando a hipótese de que o ân-
escoando quando a pilha tiver lO pés de altura? gulo entre as duas trajetórias de vôo seja de 1200, em vez de
28. Trigo está saindo através de urna calha de escoamento a uma taxa perpendicular. [Suges((io: Use a lei dos cossenos.]
3
de 10 pés /rnin c caindo em urna pilha cônica cuj o raio da base é 36. Um helicóptero está voando em direção ao none a lOO km/h
sempre a metade da altura. Com que rapidez estará aumentando a e a uma altitude constante de 0.5 km. Abaixo. um carro viaja
circun ferência da base quando a altura da pil ha for de 8 pés'> para o oeste em uma estrada a 75 km/h. No momento em que o
29. Um avião está subindo a um ângulo de 30° com a horizontal. helicóptero cruza a estrada. o carro está 2 km a leste del e.
Com que rapidez o avi no estará ganhando altura se sua veloci- (a) Com que vel oci dade estará mudando a distância entre o
dade for de 500 mi Ihas por hora? carro e o helicóptero. no momento em que o helicóptero
cruza a estrada?
30. Um bote é pu xado para uma doca por meio de uma corda ligada
(b) Naquele momento. n distância entre o carro e o helicóptero
a uma polia na doca (ver figura abaixo). A corda está ligada à
estará crescendo ou decrescendo?
proa do bote em um ponto I O pés abai xo da polia. Se a corda
for puxada através da polia a uma taxa de 20 pés/min, com que 37. Uma partícula move-se no longo de uma curva cuja equação é
taxa estará o bote se aproximando da doca quando restarem
xy) 8
125 pés de corda?
I + y2 = 5
Polia
rt==:=s
Suponha que a coordenada x esteja crescendo a uma taxa de
6 unidades por segundo, quando a partícu la estiver no ponto
( I , 2).
Doca Figura Ex-30 (a) Com que taxa estará variando a coordenada y do ponto na-
31. Para o bote do Exercício 30. com que rapidez deve a corda ser quele instante?
puxada se quisermos que o bote se aproxime da doca a uma taxa (b) Naquele instante. a panícula estará subindo ou descendo·?
de 12 pés/min. no instante em que restarem 125 pés de corda? 38. Um ponto P move-se ao longo de uma curva cuja equação é
32. Um homem com seis pés de altura está caminhando a uma taxa y = -Jxl + 17. Quando P está em (2. 5). y está crescendo a
de 3 pés por segundo em direção a um poste de iluminação. uma taxa de 2 unidades por segundo. Com que rapidez x está
com 18 pés de altura (ver figura a seguir). variando?
224 Cálculo
39. Um ponto P está movendo-se ao longo de urna reta cuja equa- move em direção a ela a uma taxa de 2 cm/s. Com que rapidez
ção é)' = 2x. Com que rJpidcz estará variando a distância entre estará variando a distância da imagem. no instante em que o
P c o ponto (3, 0) no instante em que P estiver em (3. 6) se objeto estiver a lO em da lente'/ A imagem cstaní afastando-se
x estiver decrescendo a uma taxa de 2 unidades por segundo. ou aproximando-se da lente'?
naquele instante?
44. Água está sendo armazenada em um reservatório cônico ( vérti-
40. Um ponto P move-se ao longo de uma curva cuja equação é ce para baixo). Supondo que a água evapora a uma taxa propor-
y = ../X. Suponha que x esteja crescendo a uma taxa de 4 uni- cional à área ela superfície exposta ao ar. mostre que sua pro-
dades por segundo quando x = 3. fundidade irá decrescer a uma taxa constante que não depende
(a) Com que rapidez estará variando a distância entre P e o das dimensões do reservatório.
ponto (2. 0) naquele instante? 45. Urn meteorito entra na atmosfera da Terra c queima a uma taxa
(b) Com que rapidez estará variando o ângulo de inclinação elo que. em cada instante. é proporcion:1l à área de sua superfície.
segmento de reta ele P a (2. O) na<1ucle instante? Supondo que o meteorito é sempre esférico. mostre que o raio
41. Uma panícula move-se ao longo da curva y =.r/(/+ 1). Encon- decresce a uma tnxa constante.
tre todos os valores de x nos quais a taxa de variação de x em 46. Ern um relógio. o ponteiro dos minutos tem 4 em de compri-
relação ao tempo é u·ê.s vezes a de y. [Suponha que dxl dtnunca mento e o das horas. 3. Com que rapidez estará variando a dis-
é nula.] tância entre as extremidades do ponteiro às 9 horas?
42. Uma partícula move-se no longo da curva l 6x2 + 9/ = 144. 47. Café está sendo derramado a uma taxa uniforme de 20 cm)/s
Encontre todos os pontos (x, y) nos quais ns taxas de variação em uma xícara em forma ele cone truncado (ver figura abaixo).
de x e de y em relação ao tempo são iguais. [Suponha que dx! dr Se os raios superior c inferior da xícara forem ele 4 e 2 em e a
c dyl dr nunca silo nulas no mesmo ponto.) altura for de 6 em, com que rapidez estaní subindo o nível de
43. A eqtwçtío t111s lentes fitws em Física é café quando ele esti ver na metade da xícara? [Sugestão: Esten-
I I I da a xícara para baixo para formar um cone.j
-+-=-
s s f
onde sé a dist:1ncia do objeto à lente, Sé a distância da imagem
à lente c f é a distância focal da lente. Suponha que uma certa
lente tenha um comprimento focal de 6 em e que um objeto se Figura Ex-47
Lembre, da Seção 3.2, que se uma função f for diferenciável em x0 , então uma porção suficien-
temente ampliada do gráfico de/centrada no ponto P(x0 ,fl.x0 )) tem a aparência de um segmento
de reta. Isso é ilustrado na Figura 3.8. I em vários pontos do gráfico de y =i+ I . Por essa razão,
costuma-se dizer que uma função diferenciável em x0 é localmente linear em x0•
A reta que melhor aproxima o gráfico de f na vizinhança de P(x(1,ftx0)) é a reta tangente
ao gráfico de f em x0 , dada pela equação
y = f(xo) + f'(xo)(x - xo)
[ver Fórmula (3) da Seção 3.2]. Assim, para valores dex próximos de x 0 , podemos aproximar
os valores deftx) por
f(x) ~ f(xo) + J'(xo)(x - xo) (I)
Capftulo 3 I A Derivada 225
Isso é denominado aproximação linear local de f em x 0 • Essa fórmu la também pode ser ex-
pressa em termos do incremento 6.x = x- x0 como
fr ~ Exemplo 1
f(xo + D.x) ~ f(xo) + f'(xo)D.x (2)
4
Os gráficos de y = .fi e da aproximação linc1tr local y = I + (x- I) aparecem na Figura
.,. 3.8.2.
2,5
2
Solução (b) Aplicando (3) com x = I,1, obtemos
.1' =/(.r) = { i
.JT;I 1':j I+ 4( 1,1 - I) = 1,05
.G:.-f----'L----!L----!,..--..i,..-_.. Como a reta tangente y = I + 4(x- I ) na Figura 3.8.2 está acima do gráfico de ftx) = ./X,
2 3 poderíamos esperar que essa a2roximação é um pouco grande demais. Essa expectativa é
Figura 3.8.2 confirmada pela aproximação ,JJJ' ~ I ,0488 1 dada pela calculadora. ~
segue por (4) que scn 2• ~ 0,0349066. Comparando os dois gráficos na Figura 3.8.3, pode-
Figura 3.8.3
ríamos esperar que essa aproximação é um pouco maior do que o valor exato. A aproximação
sen 2° ~ 0,0348995 dada pela calculadora mostra que isso realmente ocorre. ~
226 Cálculo
• DIFERENCIAIS
Quando Newton e Leibniz publicaram suas descobertas de Cálculo, utilizaram notações distin-
tas c, assim, acabaram criando urna grande divisão notacional entre a Grã-Bretanha c o conti-
nente europeu, que durou mais de 50 anos. A notação de Leibniz, a saber, dyldx, acabou preva-
lecendo por naturalmente sugerir fórmulas corretas, como, por exemplo, a regra da cadeia:
dy dy du
-=-·-
dx du dx
Até este ponto, sempre interpretamos dyldx como urna única en tidade, representando a
derivada de y em relação a x; os símbolos "dy" c "dx", que são denominados diferenciais, não
tinham sentido algum associado. Nosso próximo objetivo é definir esses sfmbolos de tal modo
que dyldx possa ser tratado como uma autên tica razão. Para isso, vamos considerar que f seja
diferenciável em um ponto x , definir dx como variável independente que possa ter qualquer
valor real e vamos definir dy pela fórmula
dy = f '(x) dx (5)
I Assim, alcançamos nosso objetivo de definir dy c dx de tal forma que sua razão seja f'(x) .
1Elevaçao = dy Dizemos que a Fórmula (5) expressa (6) emforma diferencial .
.--""::,.--.....,..,1j_ Para interpretar (5) geometricamente, observe que f'(x) é a inclinação da reta tangente
1.,.. Avanço = dx r•
.r ao gráfico def em x . As diferenciais dy c dx podem ser vistas como uma correspondente ele-
x .l' +dr vação e avanço dessa reta tangente (Figura 3.8.5).
l~igura 3.8.5
-3 2
X
= =
Isso significa que, se percorrem10s a reta tangente à curva y x 2 em x I, então uma variação
3
de dx unidades em x produz uma variação de 2 dx unidades em y. Assim, por exemplo, um
avanço de dx = 2 unidades produz urna elevação de dy = 4 unidades ao longo da reta tangente
Figura 3.8.6 (Figura 3.8.6). ..,.
Capftulo 3 I A Derivada 227
X+ÕX
(,r+ tlx) ~ Exemplo 4 Seja y =fi. Encontre dy c ôy em x = 4 com dx = ôx = 3. Faça, então, um
Figura 3.8.7 esboço de y = fi, mostrando dy e ôy na figura.
1.6y .. 0.65 dy I I I 3
I dx = 2 .JX'
aSSim dy = ./Xdx = J4(3) = - = 0,75
I 2 X 2 4 4
I
--f---L---'--L...L-'----'-L..JL....J.---l.....J.._;: A Fi gura 3.8.8 mostra a curva y = ..fi junto com dy c ôy. ~
4 7
Figura 3.8.8
• APROXIMAÇÃO LINEAR LOCAL DO PONTO DE VISTA DIFERENCIAL
M esmo que ôy edy sej am geralmente diferentes, a diferencial dy é uma boa aproximação de
õy no caso em que dx = ôx esteja próximo de O. Para isso, lembre da Seção 3.2 que
f '( x=
) ,.u nôy-
.0.> -+0 ÔX
Segue que, se ôx estiver peno de O, então teremos f '(x) ~ ôylôx ou, equivalentemente,
ôy ~ f '(x)ôx
ôy ~ f'(x) dx = dy (7)
Em palavras, isso afirma que, para valores de dx próximos de zero, a diferencial dy aproxima
muito bem o incremento ô y (Figura 3.8.7). E' cl aro que i sso deve ser esperado, pois o gráfico
da reta tangente é a aprmdmação linear l ocal do gnHico def
Segue de (7), trocando x por x0 , que o erro propagado tly pode ser aproximado por
Observe que o erro de medição será
positivo se o valor medido for maior tly ~ dy = f '(xo) dx (8)
do que o valOr exato. e negativo se for
menor do que o valOr exato. O sinal Infelizmente, há uma dificuldade prática na aplicação dessa fórmula, já que é desconhecido
do erro propagado transmite uma in·
o valor de x0 . (Lembre que o pesquisador someme conhece o valor medido x.) Por causa
formação semelhante.
disso, é prática comum na pesquisa usar o valor medido x em vez de x0 em (8) e usar a apro-
ximação
dy = 20dx ( 10)
2
Assim, estimamos o erro propagado no valor calculado da área entre ± I cm • <11(
.,.. Exemplo 6 O raio ele uma esfera é medido com um erro percentual entre ±0,04%. Esti-
me o erro percentual no volume da e.sfera calculado com o raio medido.
d (c]= O
dx
d[c] =O
d [cj] = c df d[cf] =c df
dx dx
d [f+ g] = df + dg d [.f + g] = <~( + dg
dx dx dx
d - dg df
,txlfg] - f dr + 8;J; d [fgl =Jdg +gdf
df _dg
d [IJ=
dx g
8
(E - !tE
g2
d[LJ= gdf-fdc
g g2
Por exemplo,
1. A aproximação linear local de f em x~ usa a reta _ _ __ 4. A imensidade de luz de uma fome luminosa é urna função I =
ao gráfico de y = / (x) em x = x(l para aproximar os valores de f{x) da di stância x da fonte luminosa. Suponha qu.: a distância
_ _ _ _ por valores de x próximos de _ _ __ de uma pequena pedm até a fonte seja de 1.0 m,j{l 0) =0,2 W/m2
e .f'( l O) = - 0,04 W/m3• Se a distância x = IO rn foi obtida com
2. Encontre uma equação para a aproximação linear local de
um erro de medição dentro de ±0.05, estime o erro percentual
y = 5 - J em x0 = 2.
na intensidade da fome luminosa calculada na pedra.
3. Seja y = 5 - }. Encontre dy e tJ.y em x = 2 com d .r = tJ..x =O, I.
2. (a) Use a Fórmula ( I) para obter a aproximação linear local de (b) Corno deve ser escolhido x0 para aproximar sen 44°?
lixem x0 = 2. (c) Aproxime scn 44° c compare a aproximação ao resultado
(b) Use a Fórmula (2) para reescrever a aproximação obtida produzido diret:Jmente por seu recurso computacional.
em (a) em termos de ó.x.
18. (a) Use a aproximação linear local de tg x em x0 =O para apro-
(c) Use o resultado obtido em (a) para aproximar 1/2.05 e ximar tg 2Q e compare a aproximação ao resultado produzi-
confirme que a fórmula obtida em (b) produz o mesmo do diretamente por seu recurso computacional.
resultado.
(b) Como de\'e ser escolhido x0 para aproximar tg 61 "?
17. (a) Use a aproximação linear local de sen x em x0 =O obtida 37. (a) y =4.1"- 1:1 (b) y=xcosx
no Exemplo 2 para aproximar sen I Qe compare a aproxi- 38. (a) y = 1/.r (b) y = 5tgx
mação ao resultado produzido diretamente por seu recurso
computacional. 39. (a) r= xJl - x (b) y={ l +xr"
Capítulo 3 I A Derivada 231
41 -44 Use :• di ferencial dy para aproximar L\y de acordo com as 54. O volume de urna esfera é computado a partir do valor medido
mudnnças de x. de seu raio. Estime o máxi mo erro percentual possível na me-
dida se o erro percentual no volume deve ser mantido em não
mais de ±3% ( V= ~ m· 3 é o vol ume de uma esfera de raio r).
41. y=J3x-2; dex =2 parax=2,03
55. A área de um círculo é computada a pm1ir do valor medido de
42 • .r= Jx2 + 8; de x = I para x = 0.97 seu diâmetro. Estime o erro percentual máximo permitido na
X medida se o erro percentual na lkea deve ser mantido em não
43. .1' = 2 : de x = 2 para x = 1,96
X+I mais de ±I%.
44. y = x Jsx + I • de x =3 para x =3.05 56. Um cubo de aço com I em de lado é cobcno com 0.0 I em de
cobre. Use diferenciais para estimar o volume de cobre na co-
45. O lado de urn quadrado mede aproximadamente I O m. com
bertura. [Susesuio: Seja L\V a variação no vol ume do cubo.]
erro possível de ±0.1 m.
(a) Use di ferenciais para estimar o erro na área calculada. 57. Uma barra de metal medindo 15 em de comprimento e 5 em de
diâmetro está coberta, exceto nas ponrns. por uma camada de
(b) Estime o erro percentual no l ado c na área.
isolante com uma espessura de O. I em. Use diferenciais para
46. O lado de um cubo mede aproximadamente 25 em. com erro estimar o volume do i sol.ante. [Suges1ão: Seja L\ V a variação no
possível de + I em volume da barra.]
(a) Use di ferenciais para estimar o erro no volume calculado. 58. O tempo necessário para uma oscilação completa de um pên-
(b) Estime os erros percentuais no lado c no volume. dulo é denominado período. Se o comprimento L do pêndulo
c a oscil~ forem pequenos. então o período será dado por
47. A hipotenusa de um triângulo retângulo mede exatamente I O
P = 211' J L/ g , onde g é a aceleração constante devida à gravi-
em, e urn dos ângulos agudos mede 30°. com erro possível de
dade. Use diferenciais para mostrar que o erro percentual em
±I •.
Pé aproximadamente a metade do erro percentual em L
(a) Use diferenci ais para estimar os erros nos lados oposto e
adjacente ao ângulo medido. 59. Se a tempermum T de uma ban-a de metal medindo L de com-
pri mento variar por urna quantidade L\T, então o comprimento
(b) Esti me os erros percemuais nos lados.
i rá variur por uma quantidade óL =a LL\.T, onde a é <!~nomina
48. Um l ado de um triângulo retângulo mede exatamente 25 em. do coeficiente de expansiío li11ear. Para variações moderadas
O ângulo oposto a este lado mede 60°. com erro possível de na temperatura. a pode ser considerado constante.
±o.s•. (a) Suponha que a barra tem 40 em de compri rnento a 20° C
(a) Use di ferenciais para esti mar o erro no lado adjacente e na e. quando a temperatura passa a ser 30°C. o comprimento
hipotenusa. encontrado é de 40,006 em. Encontre a.
(b) Estime os erros percentuais no lado adjacente e na hipote- (b) Se um poste de alumínio 1em um comprimento de 180 em
nusa. a IS"C. qual será seu comprimento se a temperatura for
elevada para 40°C? [Tome a= 2.3 X w-~rc.]
=
49. A resistência elétrica R de um fio é dada por R k//. onde k é
urna constante e r, o raio do fio. Supondo que o raio tenha um 60. Se a temperatura T de um sólido ou líquido com volume V for
erro possível de ±5%. use di ferenci:1is pam estimar o eiTO per- alterada por uma quantidade L\.7; então o volume irá variar por
centual em R (supondo k exato). urna quantidade L\.V= {3VL\.T, onde fJ é denominado coeficiente
tle expansão volumétrica. Para variações mo<lt: radas na tem-
50. Uma escada com 12 m está apoiada em uma parede e faz um
peratura, fi pode ser considerado constante. Suponha que um
ângulo Ocom o chão. Se o topo da escada está a uma altura de
caminhão-tanque carregue 4.000 galões de álcool etílico a uma
h m na parede, expresse h em termos de O e. então, use lih para
temperatura de 35°C e entregue sua carga, mais tarde. a uma
esti mar a variação em h se Ovariar de 60° a 59°.
tcmpemtura de I 5°C. Usando {3 = 7.5 x I O""t•c para o álcool
51. A área de um triângulo rctân?ulo com uma hipot.cnusa H é etílico. encontre o número de galões entregues.
calcu lada pela fórmula A = ~ H 2 scn 20. onde O é um dos
ângulos agudos. Use di ferenciais para aproximar o erro no
= =
cálculo de: A se H 4 em (exatamente) e O 30° com erro
possível de ±15' .
Es1ime a velocidade ins1a n1ânea do carro em 1 = I , onde o lern- 12. Esboce o gr:1fico de uma função f tal queJtO) = l , f '(O) =O,
po cs1á ern segundos e a dislância em pés. f '(x) >O se x < O. c f'(x) < Ose x >O.
8 6. Urna pára-quedista pula de um avião. Suponha que a distância B. De acordo com o Bureau elo Censo elos EUA. a população
que ele cai duramo os prímeiros 1 segundos antes de abrir o mundial N (em bilhões) estim ada c projetada para os meados
pára-quedas é de s(1) = 976((0.835)'- I) + 1761, onde s está dos anos de 1950. 1975. 2000. 2025 c 2050 é. respectivamen te.
em pés. Faça o gráfico de s versus 1 para O:S 1 :S 20 e use-o para 2.555; 4.088; 6.080; 7,841 c 9. 104. Embora o crcscimcnlo po-
c.~limar a velocidade ins1an1ilnca em 1 = 15. pulacional n~o sc.ia uma função contínua elo 1empo 1, podemos
apl icar a idéia de derivada desenvolvida na Seção 3.2 se con-
7. Uma p::trlícula move-se sobre uma linha reta de tal modo que, cordanno~ em aproximar o gráfico de N versus 1 por uma curva
depois de 1 horas. eslá as = 312 + 1 km de sua posição inicial. contínua, como a da figura a seguir.
(a) Encomre a velocidade média da pa11ícula sobre o intervalo (a) Use a rela langcme em 1 = 2000 mostrada na ligura para
[1. 3). aproximar o valor de dNI d1 nesse ponto. lntcrprcle o resul-
(b) Encomre a velocidade inslantànea em 1 = l . lado corno urna 1axa de variação.
8. Dê a definição de derivada c duas i merpre1ações para ela. (b) A taxa de crescimento i nslarllilnea é definida por
Use a resposta de (a) para aproximar a taxa de cresci mento ins- 24. Suponha que f tenha a propriedade f(x + y) f(x )f(y) para =
tantânea no início do ano 2000. Expresse o resultado como uma =
todos os valores de x c y c que f(O) /'(0) I. Mostre quef=
percentagem c inclua as unidades apropriadas. é diferenciável c /'(.r)= f(.r). !Sugestão: Comece expressando
f '(x) corno um limite.]
-.8 109 .--- 25. Encontre as equações de todas as retas que passam pela origem
~
e<:. 8 =
- tangentes à curva y X"'-9.tê' - I ux.
que sao "
7 26. Encontre todos os valores de x para os quais a reta tangente a
.~ 6 3
y = 2r - .rl é perpendicular à reta x + 4y = 10.
"'c 5
" 4
E 27. Seja f(x) =i. Mostre que. para todos os valores distintos de a
..&
o
~3
2
c b, a inclinação da reta tangente a y = f(x) em .r= ~ (a + b) é
igual i\ i nclinação da reta sccantc que passa pelos pontos (a. (h
2
~ I e (b, b ) . Faça uma figura para ilustmr esse resultado.
0~~--~--~~~~
1950 1975 2000 2025 2050 28. Em cada pa11c. calcu le a expressão. dado que f (I)= I. g(l) = - 2.
Tempo 1 (anos) /'(1) = 3e g'(l )=-1.
Fig ura Ex-13
Ej l4. Use um recurso computacional para fazer o gráfico da função d
(a) dx [f(x)g(x)] (b) !!..._ [ f(x) ]
dx g(x) x= l
f (x) = lx' -
1
x - 11- x
X• I
15-18 (a) Use um CAS para encontrar f'(x) usando a Definição 29--30 Encontre f',(x).
3.2. 11: (b) confira o resultado encontrando a derivada à mão; (c)
use um CAS para encontmr f"(x).
29. (a) f(x) =.é- 3../X + 5x - 3
@J 15. f(x ) = x 2 scn x @JJ6. f(x) = .fi + cos2 x (b) f(x ) = (2r + 1) 101(5x 2 - 7)
2x 2 - x +5 tgx
(c) f(x) = ~3x + l (x- 1) 2
@Jn . f(x) = 3x +2 @J IS.f(x)= I
+x2 3
19. A quantid:tde de água em um tanque 1 minutos após ele come- 3x +I )
(d) /(.r)= ( xl
2
çar a ser esvaziado é dada por IV= I 00(1- 15) 1itros.
(a) Com que taxa a água está fluindo no final de 5 minutos? 30. (a) f(x) = sen x + 2cos3 x
(b) Qual é a taxa média segundo a qual a água flu i durante os 5
(b) f(x) = (I + secx)(x 2 - tgx)
primeiros minutos'!
20. Use a fórmula V= I ' pam o volume de um cubo de lado I para cosscc2x )
(c) f(x) = cotg ( xl +
encontrar 5
(a) a taxa média segundo a qual o volume do cubo varia com/ I
quandt~ I cresce de 2 para 4. (d) f(x) = ~--:;-
2x 3
+ sen x
(b) a taxa de variação instantânea segundo a qual o volume de
um cubo vari a com I quando I = 5.
31 -32 Encontre os valores de x nos quais a curva y = Jt.i.) tem uma
21 -22 Faça um zoom do gráfi co def em um intervalo contendo reta tangente horizontal.
x = x0 at6 que o grálico pareça uma linha reta. Estime a incli na-
ção dessa reta c, então, ver i li que sua resposl!l, encontrando o (x- 3)4
valor exato de /'(x\1)
32. f(x) =
X2 + 2X
33. Encontre todas as retas que são simultaneamente tangentes ao
8 21. (a) .f(x) = x 2 - I , xo = I ,8 gráfico de y =i+ I c ao grático de y = -xz - I .
x2
(b) f(x) = • xo = 3,5 34. (a) Seja 11um número i nteiro positivo par. Generalize o re.sul-
x- 2
tado do Exercício 33 encontrando todas as retas que são
8 22. (a) f(x) = x 3 - x 2 + I , xo = 2,3
simultaneamente tangentes ao gráfico de y = x• + 11 - I e ao
(b) f(x) = X
, xo = - 0 ,5 gráfico de y =- x·- 11 + I.
X 2
+1
(b) Seja IIUill número inteiro positivo fmpar. Existem retas que
23. Suponha que uma função f seja diferenciável em .r= I e slio simultaneamente tangentes ao gráfico de y = .-." + n - I
c ao gráfico de y =-i'- 11 + I'? Explique.
lim /( I +h) = 5
,_0 " 35. Encontre todos os valores de x para os quais a reta que é tan-
Encontre f( I ) c f' ( I). gente ay = 3x- tgxé paralela à reta y - x = 2.
234 Cálculo
E:j 36. Aproxime os valores de x nos quais a reta tangente ao gráfico minuto. a que taxa estará diminuindo a área da mancha quando
de y = .l - sen x é horizontal. essa rtrea tiver um diiimetro de I00 m?
=
37. Supon ha quef(x) M sen x + N cos x para cenas constantes M 42. A hipotenu sa de um triângulo retângulo cresce a uma taxa
c N. Se/(Tr/4) = 3 e f'(Tr/4) = I. encontre uma equação para a constante de a centímetros por segu ndo e um cateto decresce a
reta tangente a y =f(x) em x = 3Trl4. urna taxa constante de ¢.í metros por segu ndo. Qual é a taxa
de variação do ângulo formado pela hipotenusa c o outro cateto
38. Suponha quc .f(x) = M tg x + N scc x para certas constantes M
no instante em que ambos os catetos medem I em?
c N. Sc/(Tr/4) = 2 e /'(n/4), encontre uma equação para a reta
tangente a y =f(x) em x = O. 43. Em cada pm1e. use a informação dada para encontrar t:..x. t:..v e
dy.
39. Suponha que /'(x) 2x · f(x) ej(2) = 5.
(a) Encontre g'(Tr/3) se g(x) = f(scc x).
(a) y = 1/(x- I); x decresce de 2 para 1.5.
(b) y =tg x: x cresce de - n/4 para O.
(b} Encontre h '(2) se h(,>:)= (f(x)l(x- I)]'.
(c) .r= J25 - x 2 : x cresce de Opara 3.
40. Sob certas condições. o período T do pêndulo de um relógio
(isto~. o tempo necessário para urn movimento de ida e volta) é 44. Use uma aproximação linear local adequada para estimar o va-
dado em termos de seu comprimento L por T = 2n-./i]g. onde l or de cotg 46° e compare sua resposta com o valor obtido com
8 ~ a constante gravitacional. um recurso computacional.
(a) Supondo que o comprimento do pêndulo possa variar 45. A base da Grande Pirâmide de Gi za é um quadrado com 230m
(por exe mplo, devido a vari ações na temperatura), en- de lado.
contre a taxa de variaçào do pcrfodo Tem relação ao (a) Conforme ilustrado na figura abai xo, suponha que um ar-
comprimento L. queólogo em pé no centro de um lado mede o ângulo de
(b) Se L estiver em metros c Tem segundos. quais são as uni- elevação do ápice de 9 = 51°. com um erro de +o.s•. O
dades para a taxa de variação em (a)'? que é razoável que o arqueólogo diga sobre a altura da
(c) Se o pêndulo esth·er atrasando. seu comprimento deve ser pirâmide?
aumentado ou diminuído para corrigir o problema? (b) Use diferenciais para estimar o erro permitido no ângulo
(d) A constante g decresce com a altitude. Se mudannos o de elevação que resultará em um erro na altura de. no má-
relógio a panir do nível do mar para altitudes maiores. o ximo. ±5 m.
pêndulo andará mais rápido ou mais devagar?
(e) Supondo que o comprimento do pêndulo seja constante,
encontre a taxa de variação do período Tem relação a g.
(I) Supondo que Testá ~m segundos c g em metros por segun-
do por segundo (m/s-), encontre as unidades para a taxa de
variação em (e).
41. Uma mancha de óleo em um lago est~ cercada por uma barreira
de contenção circular fluruamc. A' medida que a barreira é en-
colhida. a área circular da mancha diminui por bombeamento.
Se a barreira está sendo encolhida a urna taxa de 5 metros por Figurd Ex-45
Não seria o máximo se dispuséssemos de um robô que executasse todas as nossas tare-
fas e obrigações básicas mas enfadonhas, de modo que pudéssemos nos concentrar em
estudar? Quão fácil seria projetar um tal robô? Para aprender mais sobre a matemática
da robótica, c também aplicar o que foi aprendido neste capítulo, visite
www.bookman.com.br
~--------------------~c~~ª~~P~~í__tL-~·~J--~I~o~___q __ u r_~o~...-
a_ -'t_ ....
I
,..,
FUNÇOES
EXPONENCIAIS,
,
LOGARITMICAS
,
E
TRIGONOMETRICAS
INVERSAS
Quem I UiOjiCOll/1/(lf'(lVi /ilado este capítulo discutiremos funções determinadas por equações em x e y que são difF
ao aprender que a fimçcio cela ou Impossíveis de resolver algebricamente para y em termos de x. Mostraremos
y =e', como umafênix como derivar essas funções usando uma equação em vez de alguma fórmula explícl·
renascendo dos cinws, é ta para a própria função. Também voltaremos ao estudo de funções Inversas, com o objetivo
sua pr611ria derivada? de estabeleeer uma relação entre a derivada de uma funçiio e a derivada de sua Inversa. Esaa
- François te Lionnais conexão nos permitirá desenvolver algumas novas fórmulas de derivadas, que Incluem as
Ensafsta Ciemfjico e derivadas de funções logarítmicas, exponenciais e trigonométricas Inversas. Por fim, discuti·
Mest~ de Xcu/~z remos s regra de t:Hôpital, uma poderosa ferramenta para calcular limites .
Foto: O crescimento e o declfnio de populações animais e recursos naturais podem ser modelados usando ju11ções es-
tudadas no Cálculo.
4 .1 DERIVAÇÃO IMPLÍCITA
Até aqui estivemos ocupados comfimções diferenciáveis que eram dadas por equações da
forma y = f(x). Nesta seção consideraremos métodos para diferenciarfimções para as quais
é inconveniente ou impossível a expressão dessa forma .
Uma equação em x e y pode implicitamente definir mais de uma função de x. I sso pode
ocorrer quando o gráfico da equação não passa no teste da reta vertical, c portanto não é o
gráfico de uma função. Por exemplo, se resolvem1os a equação do círculo
.t , ?
x· + y- = I (2)
J
para y em termos de x, obtemos y = ± 1 - x 2; assim, encontramos duas funções que estão
definidas implicitamente por (2), isto é:
.r 4.1.1 J)EFJNIÇÃO Dizemos que uma dada equação em x e y define a função f implicita-
meflte se o gráfico de y = f(x) coincidir com alguma porção do gráfico da equação.
,. ,.
2 2
X .r
- 3 -2 2 3 2 3 -3 - 2 2 ·''
-2 -2
-3 -3 -3
-4 -4 -4
(a) (b) (c)
Figura 4.1.3
Capítulo 4 I Funções Exponenciais, Logarítmicas e Trigonométricas Inversas 237
• DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA
E m geral, não é necessário resolver uma equação de y em termos de x a fim de diferenciar
as funções definidas implicitamente por ela. Para ilustrar isso, consi deremos a equação
simples
xy =I (5)
Contudo, há uma outra maneira de obter essa derivada. Podemos diferenciar ambos os lados
de (5) antes de resol ver para y em termos de x, tratando y como uma função (por enquanto
não-especificada) diferenciável de x. Com essa abordagem, obtemos
d d
-[xy ] = - [ 1]
dx dx
d d
x dx[y j + ydxlx.l = O
dy
xd-
X
+y =O
dy )'
- =--
dx x
o que está de acordo com (7). Esse método para obter derivadas é denominado difere11ciação
ou derivação implícita.
dx dx
5 dv
2y~
)
( dx + dy
(cosy)- = 2x A 1'tgrn dn c:tdcin foi usada aqui
t>orquc y 6 umn funçüo de .~
dx
dv dy
IOy - ' +(cosy) - = 2x
dx dx
René Descartes (I596-1650) Descartes, um aristocrata Levava uma vida despreocupada, raramente levantando-se an-
francês, era fi lho de um oficial do governo. Graduou- tes das li horas da manhã c dedicando-se amadoristicamente à
se em Direito na Universidade de Poitiers aos 20 anos. Fisiologia humana. à Filosofia. às geleiras. aos meteoros e aos
Após experimentar brevemente os prazeres de Paris. tor- arco-íris. Posteriormente. mudou-se para a Holanda. onde pu-
nou-se engenheiro militar. primeiro para o Príncipe de blicou o Discurso sobre o Método. e finalmente para a Suécia,
Nassau c, depois. para o Duque da Bavária. Foi durante onde morreu enquanto trabalhava como professor panicular da
seu serviço como soldado que Descartes começou a dedicar-se Rainha Cristina. Descanes é considerado um gênio de primeira
seriamente à Matemática e a desenvolver sua Geometria Analí- grandeza. Al<!m da grande contribuição para a Matemática e a
tica. Após as guerras. retomou a Paris. onde se exibia e"centri- Filosofia. é considerado, junto com William Harvey, o fundador
camente com uma espada na cinlUra e um chapéu emplumado. da Fisiologia moderna.
238 Cálculo
dy 2x
-= (8)
dx IOy+cosy
Note que essa fórmul a envolve ambos x e y. A fim de obter uma fórmula para d)ldx que envol-
va apenas x, teríamos de resolver a equação original para y em termos de x e, então, substituir
em (8). Entretanto, isso é impossível de ser feito; assim, somos forçados a deixar a fórmula
d)ldx em termos de x e y. ~
.,. Exempl o 3
2
Use a di ferenci ação implícita para encontrar d yldi se 4i- 2/= 9.
Solução Diferenciando am bos os lados de 4x
2
- 2/= 9 implicitamente, obtém-se
dy
8x-4y-=0
dx
de onde obtemos
dy 2x
-=- (9)
dx y
Diferenciando ambos os lados de (9) implicitamente, obtém-se
(y)(2)- (2x)(dyjdx)
(10)
y2
Substitu indo (9) dentro de ( I O) e simplificando, usando a equação original, obtemos
.,. Exemplo 4 Encontre as .inclinações das retas tangen tes nos ponto~ (2, -l) c (2, I ) da
curva/- x + I = O.
J Solução Poder íamos proceder resol vendo a equação para y em termos de x e, então, cal -
culando a deri vada de y = .J x - I em (2, I ) c a dcri vad11de y = -.Jx - 1 em (2, - I) ( Figura
4. 1.4). Entretanto, a diferenciação implícita é mai s eficiente, urna vez que dá as inclinações de
ambas as retas tangentes. Di ferenciando implicitamente, resul ta
d ? d .
- [y- - X+ I ) = -1 0]
dx dx
.::_lll-
dx
..::_[x) + ..::_[ IJ = ..::_101
dx dx dx
Figura 4.1.4
dy
2y-- l =0
dx
dy I
-=-
dx 2y
Em (2, -I) temos y = - 1 e, em (2, I), y =I; logo, as inclinações das retas tangentes naqueles
pontos são
dy dy I
=-- e =-
dx ,=-1
~' 2 dx ,.,
~ 1 2
Capítulo 4 I Funções Exponenciais, l ogarítmicas e Trigonométricas Inversas 239
.,.. ExemploS
(a) Use a diferenciação implícita para encontrar dyldx para o Fó lio de Descartes
,\;J + / = 3xy.
(b) Encontre uma equação para a reta tangente ao Fólio de Descartes no ponto n.D·
(c) Em quais pomos do primeiro quadrante 6 a reta tangente ao Fólio de Descartes
hori zontal?
d d
- [x 3 + y 3] = - [3xy]
dx dx
? ?dy dy
3x- + 3y-- = 3x- + 3y
dx dx
2 dy dy
x2 + y - = x - +y
dx dx
') dy
(y-- x)- = y- x 2
dx
dy y -x 2
-= 2 (l i)
dx y - x
2 dy (3/ 2) - (3/ 2) 2
m~g = dx ··'12 = (3/ 2)2 - (3/2) = - I
)=lll • -
I'
'
x~ + (.r 2 ) 3 = 3x3
x6 - 2x3 = O
x\x 3 - 2) = O
111
cujas soluções são x =O ex= 2 ' . Por ( 12), as soluções x =O c x = 2''3 fornecem os pontos
-3 -2 -1 2 3
(0, O) e (if.l, 2 213 ), respectivamente. Desses dois, apenas (2' 11, i u3) está no primeiro quadrante.
-I
Substituindox = 2''' c y =i '-' em ( li ), obiCmos
-2
dy o =o
-3 -d •=''ll =
X t'=21/J
2 4/ 3 - 2 2/ 3
d
-[x- 7
7/8] = - -x<-118)-1 7
= --x-15/8
dx 8 8
d d l ?f I
- [ $ ] = -[xl131 = -x-- 3 = 3 ~
dx dx 3 3Tx2"
Seu for uma função diferenciável de x e r for um número racional, então a regra da
cadeia dá lugar à seguinte generalização de ( 15):
d du
- [u' ) = ru' - 1 · - ( l7)
dx dx
~ Exemplo7
~[x 2 - x + 2]314 = 3
(x2 - x + 2)- 114 · ~[x 2 - x + 2]
dx 4 dx
3
= (x 2 - x + 2)- 1/ 4 (2x- I)
4
~ [(sectrx)-
dx ·
415 ] = -~(sectrx)-915 · ~lsecJrx l
5 dx
l. Encomre dyMx. (b) Confinne que o resultado em (a) confere com o resul tado
I obtido resolvendo a equação dada para y como uma função
(a) J = x'~~' (b) y= Yi4 de x c então derivando.
3. Encomre dyldx por derivação implícita.
(C) y=~4x- I (d) y = (tg' .r)
415
1-8 Encontre dy/dx. 11 -20 Encontre clyldx por deri vação implícita.
.l - \ x 2 - 5 1 I
15. r.:
...,x
+
v>'
r.:. = I 16 .. .2 --
~
_x_+"-y
~2x- J x -y
' , + I}...v.
S. y=x·(sx- 6. .)' = - - - , ,
X 17. sen(x')'") =x 18. cos(xl) = y
7. y ={scn (3/.r)]m s. >' = !cos (r') rl/1 20. -:---'--
xy3
= 1 + 1.4
l+secy '
9-10 (a) Encontre dyldx por derivação implícita. (b) Resolva a
equação para y corno uma função de x e obtenha dy/dx dessa equa- 2
21-26 Encontre d\ldr por derivação implícita.
ção. (c) Confirme que os dois resultados são consistentes expres-
sando a derivada de (a) como uma função somente de x. • y·• 1
21. 2r2 -3/=4 22. X+ =
9. x+ .l)•-2r•=2 10. ~- sen x = 2 23. xY-4=0 24• .1)' + l =2
Capítulo 4 I Funções Exponenciais, Logarítmicas e Trigonométricas Inversas 243
4. y=2-x
lim (I
. ... o
+ v) 11" =e (1)
Esse limite pode ser obtido dos limites (7) e (8) da Seção 2.3 fazendo a substituição v = llx
e usando o fato de que v ~o+ quando X ~ + 00 e v ~ o- quando X ~ - oo. Isso produz dois
limites laterais que, juntos, implicam ( 1) (ver Exercícios 7 1 c 72 da Seção 2.3).
d ] ln(x+h)-lnx
-[lnx = lim - - -'----
dx 11-+0 h
. -l In
= hm (X +h) i\ propriedade do quocicouc dos
logorilmos no Teorema 1.6.2
h-+Oh X
= lim - In (1
h-'>0 11
1
+X h)
. I Seja v = 11/x c no1c qw
= hn1 - ln (l +v)
. ... o vx v~ Oquando lt -! O
I
= -lne
X
I
= -
X
I Pois In e • I
Assim,
d I
- [ln x]=-, x>O (2)
dx x
Uma fórmula da derivada da função logaritmo geral 1ogb x pode ser obtida de (2) usando a
Fórmula (8) da Seção 1.6 para escrever
'
d
-(log"xJ = -d [ln
- x] =- d
I -LinxJ
dx dx In b In b dx
Segue disso que
d
- [log11 x ] = b, x >O (3)
dX X 111
\' Observe que, dentre todas as possíveis bases, a base b =e é a que produz a fórmula mais
simples para a derivada de log,, x. Essa é uma elas razões pelas quais o logarilmo natural é
X
preferido aos outros em Cálculo.
.j s 6
- I .,.. Exemplo 1
(a) A Figura 4.2. I mostra o gráfico de y = In x e suas retas tangentes nos pontos x = 4,
y = ln x com re1as 1angemes I, 3 e 5. Encontre as inclinações dessas retas tangentes.
Figura 4.2.1 (b) O gráfico de y = In x tem alguma reta tangente horizontal? Use a derivada de In x
para justificar sua resposta.
Capítulo 4 I Funções Exponenciais, l ogarítmicas e Trigonométricas Inversas 245
Solução (a) A partir de (2), as inclinações das retas tangentes nos pontos x = 4• I, 3 e 5 são
k·
Ilx = 2, 1, ~ c rcspectivamemc, o que está de acordo com a Figura 4. 2. I.
Solução (b) A partir do gráfico de y = In x, não parece haver qualquer reta tangente hori-
zontal. Isso é confirmado pelo fato de que dy/dx == llx não é igual a zero para qualquer valor
real dex. ~
Se 11 for uma função diferenciável de x e se 11(x) >O, então a aplicação da regra da cadeia
em (2) e (3) produz as seguintes fórmulas generalizadas da derivada:
d L du d I d11
-[In 11] = - · - e -d [1ogb 11] = I b (4-5)
dx u dx x 11 n dx
d ?
.,.. Exemplo2 Encontre dx [l n(x- + I)].
Solução A partir de (4) com 11 == i+ I, obtemos
d , I d ? I 2x
-[ln(x- + l )] = -,~-:- · -[x- + I] = ~--:- · 2x = ~
dx x- + I dx · x2 + I x2 + I
Quando possível, as propriedades dos logaritmos do Teorema 1.6.2 devem ser usadas
para converter produtos, quocientes e expoen tes em somas, diferenças e múltiplos de cons-
tantes, antes de diferenciar uma função envol vendo logaritmos .
.,.. Exemplo 3
!!_ [In
dx
(x x)] = !!_
2
scn
~ I +x dx
[21n x+ ln(sen x)- ~ ln(l + x)]
2
2 cosx I
= -+--
X senx 2(1 +x)
2 I
=- +cotox- ~
x "' 2+2x
A Figura 4.2.2 mostra o gráfico de.ftx) = In lxl. Essa função é importante por " estender"
o domínio da função logaritmo natural no sentido de os valores de In lxl c In x serem os mes-
mos para x >O, mas In ~ti está de.f inido pam todos os valores não-nul.os de x , enquanto In x só
está definido para val ores positivos de x.
,.
Fig11ra 4.4.2
246 Cálculo
A derivada de In Jxl para x ;.o Opode ser obtida considerando os casos x >O c x <O se-
paradamente.
• DIFERENCIAÇÃO LOGARÍTMICA
Consideremos agora uma téc1úca chamada diferenciação (ou derivação ) logarítmica, que é
útil para derivar funções compostas de produtos, quocientes e potências .
(7)
dy x 2 ~1x-14 [2 I 8x ]
-dx -- -+
(I + x 2) 4 x 3x - 6
- I +x 2
~
Como In y está definida somente para y > O, os cálculos no Exemplo 5 são válidos somente para x > 2
(verifique). Contudo, como a derivada de In y é igual à de In bl. e como In bIestá definida tanto para y <O
como para y >o, segue que a fórmula obtida para d)1<lr é válida tanto para .r < 2 como para x > 2. Em geral,
sempre que obtivermos uma derivada dyi<Lr por derivação logaritmica, a fórmula da derivada que resultar
será vá.lida para todos valores de x para os quais )'7 o. Nesses pontos também poderá ser válida, mas isso
não pode ser garantido.
Capítulo 4 I Funções Exponenciais, logarítmicas e Trigonométricas Inversas 247
d
- [x' ] = rx' - 1 (8)
tlx
é válida para valores racionais de r. Agora usaremos a di ferenciação logarítmica para mostrar
que essa fórmula é válida se r for qualquer número real (racional ou irracional). Em nossos
cálculos, vamos supor que x' é uma fu nção diferenciável c que as leis conhecidas dos expoen-
tes são válidas para os expoentes reais.
Seja y = x' , onde r é um número real. A derivada dyldx pode ser obtida por diferencia-
ção logarítmica como segue:
d d
- (In IYIJ = - [r In lxiJ
dx dx
1 dy r
-- = -
ydx x
dy r __
_ _ -y r .r _ .Xr- J
dx
- X
- X
"1 - 1 '
.,. ExemploS
-
d [x") = lfX"
- I,
dx
I. A equação da reta tangcmc ao gráfico de y =In x em x =e 2 3. Use derivação logarítmica para encontrar a derivada de
é _ _ __
v'x + I
2. Encontre dyldx. /(.t) = J3t===;
~X - I
(a) y = x.D (b) y = In 3x
(c) y= lnfi (d) y= log( l/lxl) . In( I + h)
4. hm =---
~~ ~o "
EXERCÍCIOS 4.2
S. y= In 1
-l- li 23. y = cos(ln x) 24. y = sen1(1n x)
6. y = In ~·- 1x 2
- 31
25. y = log(scn 2 x) 26. y =log( I - sen2 x)
l +x
7. y = In X ) 8. y = In _·_;__
(
I + x2 1 -.t 27-30 Use o mé1odo do Exemplo 3 para ajudar a efe1uar a deriva-
9. y = In f 10. y=(lnxt ' ção indicada.
dy
35. Encontre j'(x) se f(x) = x ' 36. Encontre - se y = ---,~ 47. Veaifiquc que y = In (x +e) satisfaz dyldx =e·-'. com y = I quan-
dx xv'iõ
dox=O.
37. Encontre
d d 48. Veri fique que y =-In(i - x) sntisfaz dylllx =e'. com y = - 2
(a) - [logx e) (b) ~ [logx 2) quando x = O.
dx
49. Encontre uma função f tal que y = j(x) satisfaz dyld.x =e·-'. com
38. Encontre
y = Oquando x = O.
d
(a) h [logCI /.n eJ 50. Encontre uma função/tal que y =./(x) satisfaz dyldx =e'. com
y = -In 2 quando)."= O.
39-42 Encontre a equação da reta tangente ao gráfico de y = j(x)
c m x=xn· 51-52 Encontre o li mite dado interpretando a expressão como
uma derivada apropriada.
39. ./(x) = In .r: .x0 =e"' 40. ./(x) = logx;x0 = lO
4 1. j(x) = ln(-x); x0 =-e 42 • ./(x) = l n~YI; x0 = - 2 . ln(e 2 + óx) - 2 . In w
51. ( a) I1m (b) hm ----:'
a.r .... o óx .,.... I W- 1
ENFOCANDO CONCEITOS
43. Encontre a equação de uma reta pela origem que seja tan·
• ., ln(cosx)
;,_, (a) lim -'--'-- (b) lim ( I + h) Ji - I
gente ao gráfico de y =In x.
x-o X h-0 h
53. Modifique a dedução da Equação (2) para obter outra prova da
Equação (3).
~=; ~ = 2~r ~ = - x In l O
X d)' "'
1. y = - 2 + I 2. (a) -d = J3xvJ-I (b) (c) (d)
e .\'
3• .Jx + I [ I I ] 4• I
4'x - I 2(x + I) 3(x - I)
Nosso primeiro objetivo nesta seção é estabelecer condições sob as quais a inversa de uma
função injetora diferenciável também será di ferenciável. Geometricamente, uma função é
diferenciável naqueles pontos em que seu gráfico tem uma reta tangeme não-vertical e, como
Capítulo 4 I Funções Exponenciais, logarítmicas e Trigonométricas Inversas 249
,. o gráfico de)'=r'(x) é a reflexão do gráfico de)'=j(x) pela reta y = x, decorre que os pomos
1
em quef- não é diferenciável são reflexões dos pontos em que o gráfico def tem uma reta
tangente horizontal (Figura 4.3.1 ) . Enunciado algebricamen te, r ' deixa de ser diferenciável
em um ponto (b, a) de seu gráfico se f'(a) =O.
Supondo que f seja diferenciável no ponto (a, b) c que f '(a) "'" O, tentemos encontrar
uma relação entre a inclinação da reta tangente no ponto (a, b) do gráfico def e a inclinação
da reta tangente no ponto (b, a) do gráfico der'. Sabemos que a equação da reta tangente ao
gráfico def no ponto (a, b) é
y- b = f'(a)(x- a)
Uma equação da reflexão dessa reta pela reta y = x pode ser obtida pela troca de x por y, por-
tanto, segue que a reta tangente ao gráfico der ' no ponto (b, a) é
Retas horizontais se
refletem em retas verticais x - b = f '(a)(y - a)
Figura 4.3.1 que pode ser reescrita como
I
y- a = f'(a) (x - b)
inclinação =1/t'(a) Essa equação diz que a inclinação <F')'(b) da reta tangente ao gráfico deF ' no ponto (b, a) é
y=.r-'(x) J /".~ = .r - 1 I I ou, equivalentemente,
I
(b. a)
/
i~clinaçao =f'(a)
(f ) (b) = f'(a) cr'>'<b> = ru-'<b>>
' // ( (Figura 4.3.2). Resumindo, temos o resultado seguinte.
/
/X, ~>' =.r<x>
// (ti,/))
/
/
/ X 4.3.1 TEOREMA (Diferenciabilidade da Função Inversa) Suponha que o domínio de
/ uma função f seja um illfervalo abe11o I e que f seja diferenciável e injelora nesse i/lierva-
/ 1
/ lo. Então, f - é diferenciável em qualquer ponto da imagem de f no qual f '(f-'(x)) ;.o O e
Figura 4.3.2 sua derivada é
d _, I
dx [f (x)l = ru-I(x)) (I)
A Fórmula (I) pode ser expressa de uma forma menos imponente introduzindo a vari-
ável dependente)'=r'(x) e reescrevendo essa equação como X= .f(y). Os dois lados de (I)
podem então ser escritos como
I
~ tr'Cx)J = dy c
I I
dx dx ru-I(x)) f'(y) - dx/dy
Assim, obtemos a seguinte versão alternativa da Fórmula ( 1):
dy I
dx = dx/dy (2)
Solução Mostramos na Seção 1.5 que, resolvendo y = f(x) = x.l + I para x em termos de y,
obtemos X=r•(y) = ~y - (.Assim,
dy - d 3 2 dx d ~ d I I 21
- - - [x +I]= 3x e - = - [ ,Jy- I)= -[(y- 1) 1 3J = - (y - 1)- -'
dx dx dy dy dy 3
250 Cálculo
Solução (b) Corno fé um polinômio de grau ímpar, sua imagem é (-oo, +oo). (Porquê?)
Assim, segue pelo Teorema 4.3.2 quer' é diferenciável no intervalo (-oo, +oo).
(5)
(6)
Na Seção 1.6 afirmamos que 1> = • é
a única base para a qual a Inclinação
da reta tangente à curva >' = I>' em Al<!m disso, seu for uma função diferenciável de x, então tem-se a partir de (5) c (6) que
qualquer ponto P da curva é a coor·
danada >' de P (ver página 68). Verill·
que essa afirmação.
~[b"] = b"ln f>· du c
d
-[e"]
du
= e" · - (7-8)
dx dx dx dx
252 Cálculo
Funções da forma.f\x) =c/, em que 11 e v são funções ncio conslantes de x, não são nem
funções exponenciais nem funções potências. Funções dessa forma podem ser derivadas com
derivação logarítmica.
d
~ Exemplo4 Use derivaç·ão lo<>arítmiea para encontrar - l(x 2 + I )sc•u' ].
"' dx
dy
- = y
[2x, sen x + (cosx) ln(x- + I) ? ]
dx x- + I
~ . . ,.[2x sen x +(cosx) ln(x
= (x • + J )~•• 2 + I) ] ~
X2 + I
Uma derivada para are sen x em (-I , I ) pode ser obtida usando a Fórmula ( l ) ou (2)
Observe Que nrc sen x só é diferenci-
ou, então, derivando implicitamente a equação y =are sen x. Utilizaremos esse método. Re-
ável no intervalo (-1. 1). mesmo que
seu domfnlo seja (- 1. lj. lsso ocorre escrevendo a equação y =are sen x como x = sen y e derivando implicitamente em relação a
porque o gráfico de y = scn r tem re· x, obtemos
1as 1angentes hOnzonlals nos pontos
(lT/2, I) e (- R/2. - I ), de modo que o
d d
- [x ) = - [scn y]
gráfiCO de ano sen x tem retas tangen· dx dx
tes verticais em .r= :tt.
dy
l=cosy·-
dx
dy I
-=
dx cos y cos(arc scn x)
Até este ponto, fomos bem -sucedidos em obter a derivada; porém, essa fórmul a de derivada
pode ser simplificada aplicando-se a identidade indicada na Figura 4.3.4, resultando:
dy
- = -;=:===::::;;:
dx J 1-/!
Assim, mostramos que
cos (are scn x) = VI - x'l d
- [are sen xj = r.=::;; ( - l <x< l)
Figura 4.3.4 dx .J I - x2
Mais geralmente, seu for uma função diferenciável de x, então a regra da cadeia produz a
seguinte versão generalizada dessa fórmula:
d I (i tl
-(are sen u] = - (- l < u < l)
dx J l - u2dx
O método usado para obter essa fórmula pode também ser usado para obter fórmulas genera-
lizadas de derivadas das demais funções trigonométricas inversas. A seguir, apresentamos a
lista completa dessas fórmulas, cada uma das quais válida no domínio natural da função que
multiplica dul<k
d J du d I du
-[are sen u) = - - [are cos 11] = - - (9- lO)
dx .Jt - 11 2 dx dx JI - 11 2 dx
d I d11 d I du
dx [are tg u] = -[are cotg u] =- - ( 11-12)
1 + u2 dx dx 1 + 11 2 dx
d I du d du
-[are sec u) = - - [are eossee u] = - :-;-;:.::;;==: (13-14)
dx lui.Ju2 - I dx dx lu i.Juí - 1 dx
dy I ? 3x 2
-dx = -;==~
j J _ (x3)2
(3x-) = -::;::::===,:
J 1- x6
1. Suponha que uma função injetora f tenha uma reta tangente 3. Calcule a derivada
y = Sx + 3 no ponto (I. 8). Calcule (f"1)'(8).
(a) ~fe'"l (b) ~[7...1
2. Em cada caso. usando a dada derivada. determine se a função f dx dx
é invenível.
(c) -
d
[cos(ex + l )l (d) ~[e3x-2]
(a) f '(x) =f+ I (b) j'(x) =f- I dx dx
(c) j'(x) =scn x (d) f I (x) =-
jf
+are tg x 4. Scja}tx) = é'·•. Use j'(x) para verificar sefé injetora.
2
11. y =e
,. 12. y=e-s•>
49. (a) Use o Teorema 4.3.1 para provar que
(b) Use a pane (a) ante.rior. a parte (a) do Exercício 50 na Se- 60. Mostre que, para quaisquer constantes A e k. as funções _r = Ai'
ção 1.5 c a regra da cadeia para mostrar que satisfazem a equação dyldt = ky.
d I
61. Mostre que. para quaisquer constantes A e 8. a função
-:[are cotg x) = - .2
d.\ I + .t
y = Aelx + Be~"
para -oo <x <+o..>.
(c) Conclua da parte (b) que satisfaz a equação
d I du y"+2y'-8y=0
- (are cotg 11) =- ,-
dx I+ u- dx
62. M ostre que
para - N < u < -+=. (a) y = xe·• satisfaz a equação xy' = ( I - x)y.
50. (a) Use a parte (c) do Exercício 50 na Seção 1.5 c a regra da (b) y=xe·x'n sati sfaz a equação xy' =(I -i)y.
cadeia parn mostrar que
63. Mostre que a taxa de v:triação de y = IOOe-u.:~x um relação a x é
d I
- [are cossec x] = -:-:-r:::;;=====7 proporcional a y.
dx 1x1v'.12- I
64. Mostre que a taxa de variação dl) y = 3tl>• 'l4t·»ll em rel ação a x
para I <~ri. é proporcional a y.
(b) Conclua da parte (a) que
65. M ostre que
d I du
- [are cosscc 11] = - - 60
dx lulv'u2 - 1 dx y= 5+7e-1
. .
sallsl az
dy
d = r (1- K
}' )
y
1
para I < Juj.
para certas constantes r c K, c determine o valor dessas cons-
taanes.
51-52 Encontre dyldx por diferenciação logarítmica.
Ej66. Suponha que a população de bactérias aeróbicas em um peque-
-1• •r \ +xarc tg y=e•
!> 52. are sen (o~y) =are cos (x _ y) no lago ~eja modelada pela equação
ENFOCANDO CONCEITOS
60
P (t)- -=---~
- 5 +?e-r
53. (a) Mostre que fl.x) = x' - 3.1 + 2l" não é injetora em
(-oo. +oo). onde P(t) é a população (em bilhões) 1 dias depois da observa-
(b) Encontre o maior \'lllor de k. tal quefé injetora no in- ção inicial no tempo 1 =0.
tervalo (-k. k). (a) Use um recurso computacional para fazer o gráfico da
função P(t).
54. (a) Mostre quefl..r) =x'- 21'' não é injetora em (-oo, +oo).
(b) Descreva o que acontece com a população no decorrer do
(b) Encontre o menor valor de k. tal que/é injetora no in-
tempo. Verifique sua conclusão encontrando lim,_,~~ P( r).
tervalo [k. ffio).
(c) Descreva o que acontece com a taxa de crescimento po-
55. Seja./{x) =i+ i+ I , Os x s 2. pulacional no decotTCr do tempo. Verifique sua conclusão
(a) Mostre que/é inj etora. fazendo o gráfico de P'(t).
(b) Seja g(x) = F1
(x) c defina F(x) = fl.2g(x)) . Encontre urna
ENFOCANDO CONCEITOS
equação para a reta tangente a y = F(x) em x = 3.
67-72 Encontre o limite dado interpretando a expressão como
. fl. ) exp(4 - x 2 )
56. Seja X = . X> 0. uma derivada apropriada.
X
(a) Mostre quef é injetora.
67. I i m -..,--
lO'' - I . are tg(l + li) - :rr/4
=F 68 I1111 -----"------,-
(b) Seja g(x)
1
(x) u defina F(x) = .f{[g(x)]\ Encontre , .... o li
o
,_0 li
---
F'(D.
57. Sejam f(x) =/'c g(x)= e .... Encontre
(a) /"1(x) (b) glPl(x) 69. lim
Ax_,. O
9 [are scn ( !f+ 6x)
6x
r- 2
:rr
Nesta seção disc/ltiremos 11111 método geral de usar derivadas para obter limites. Esse método
irá nos capacitar a estabelecei; com certeza, limites que até aqui fomos capazes apenas de
conjecturar, usando evidências tutmérictJS ou gráficas. O método que discutiremos nesta
seção é uma ferramenta muito poderosa, usada intemamente por diversos programas de
computador para calcular vários tipos de fim ires.
. f(x)
I tm "--:-7 (I)
x -+ a g(x)
em que.f(x)-> Oe g(x)-> O quando x -> a é denominado forma indetermi11ada do tipo 0/0.
Alguns exemplos vistos anteriormente são:
Como estamos supondo que f' c g' são contínuas em x =a, temos
lim j '(x)
x-+a
= f'(a) e lim g'(x)
x- n
= g'(a)
c como a diferenciabilidade def e g em x =a implica a continuidade def e g em x =a, resulta
Além disso. essa afirmação também vale no caso de um limite quando x --+ a· , x ..... a+,
X -+ - 00, 0/.1 X --+ +oo
x2 - 4 -Lx· -4j . 2x
lirn - - : - dx
li m "'-".---- = lt m - =4
x -4 2 X -2 x --.2 d ,r -+ 2 I
- [x- 21
dx
o limlle no Exemplo 1 pode ser Inter· c n ere c m CéÍ cu
prelado como o llmlle de uma certa
. x2 - 4 . (x - 2)(x + 2)
derivada. Use essa derivada para cal·
cular o limite.
ltm = ltm
.•·... z x -2 x- 2 x-2
= lim (x
... - .2
+ 2) = 4 ~
Guillaume François Antoine de L'Hôpital (1661- I regra e ' ô ita a areccu e a rimeira ez ne
1704) atemátic rancê ' ô ita na ceu e ai e 1r a cr a e. tant a regra e ' ô ita c m a mai r
a a ta n breza rance a e tinha tím e ar uê e arte materia i r bre á cu eram e aut ria e
Sainte e me mte · utrement em ce m rr u hn ern u i, ue i r e r e ô ita · õ ita e
ta ent matemátic c. a 15 an . re eu um i íci 1 tm e eu an e um i r brecá cu integra uan
r b ema c ca r Pa ca bre cic ói e uan eibniz in rm u he ue também iria e cre er bre a UD
em. cr iu bre emente c m fiei a a ca a aria. ma e 1 L ' ô i ta era a arentcmcntc gencr e bem a e a , e
tiu r cr mf c anh u ama em eu tem c m aut r eu mú ti c ntat c m 1m rtantc matemátic mece
rimcir i r ub ica brc á cu Di erencia, L'Analyse ramum cícu ara i cminaçã a gran e c c bena
des lnjinimeme Perirs pour l'Intelligence des Lignes Courbes á cu r t a a Eur a
258 Cálculo
.,.. Exemplo 2 Em cada parte, confirme que o limite é uma forma indeterminada do tipo
010, e calcule-o usando a regra de L' Hôpital
sen2x I - sen x e·r- I
(a) lim (b) lim (c) lim
.t-O X ,r-, lfl 2 cosx X -> 0 x3
(O X I - cos:r x - 4/ 3
(d) lim "' (e) lim (f) lim
:c-o- x2 .r.-.0 x2 .r- +« sen(J/ x)
Solução (a) O numerador e o denominador tem limite zero, de modo que o limite é uma
indeterminação do tipo 0/0. Aplicando a regra de L' Hôpital, obtemos
d
- [sen2:r]
sen2x 2cos2x
lim - - Iim _,d"'x'-
· .--- lim -...,--- = 2
.r-o x x .... o d [ l x-o I
{i; .x
Observe que esse resultado concorda com o obtido por substituição no Exemplo 4(b) da Se-
ção 2.6.
ADVERTÊNCIA Solução (h) O numerador e o denominador têm limite zero, de modo que o limite é uma
indeterminação do tipo 0/0. Aplicando a regra de L' Hôpital, obtemos
Podemos obter resultados Incorretos
se aplicarmos a regra de t:HOpitat a d
limites que não são formas Indetermi- I - sen x . d x [ 1 - scn x l - cos x O
nadas. Por exemplo, a conta l im = ltm = 7 -- - = lim = - =O
x-rr/2 cosx x-+:r/2 d [ ] x-:r/ 2 -senx - I
d -d cosx
X
<+ 6 -lx+61
lim • = li m _,d.:;-x- -
x-0 .< + 2 x-o ~lx+ 2 l
tlx Solução (c) O numerador e o denominador têm limite zero, de modo que o limite é uma
. I indeterminação do tipo 0/0. Aplicando a regra de L' Hôpi tal, obtemos
= hm- = I
.r .. . o I
tgx . scc2 x
I tm = -oo
,,_,.o- 2x
Solução (e) O numerador e o denominador têm limite zero, de modo que o limite é urna
indeterminação do tipo 0/0. A plicando a regra de L' Hôpital, obtémos
. I - cos x . sen x
I tm = 1tm ~-
. ... o 2 x .. ... o 2x
Já que o novo limite é outra forma indeterminada do tipo 0/0, aplicamos novamente a regra
de L ' Hôpilal:
lim f(x)
x-o-
=x si~nifica
~
x~a
lim f(x)
..
= +oo ou lim f(x) =
.x-u•
-'lO
lim f(x)
.t-. +:e
= oo significa lim f(x)
.t~+~
= +oo ou lirn f(x) = -oo
x-.+>o
lim f(x)
.T~ll
= oc significa lim f(x)
x......,a-+
= ±:xJ e lirn f(x) =
x-a ·
±oo
O limite da razão f(x)Jg(x), no qual o numerador tem limite oo e o denominador tem
limite oo, é chamado deforma indeterminada do tipo ooloo. A versão seguinte da regra de
L' Hôpital, que enunciamos sem prova, pode freqüentemente ser usada para calcular limites
desse tipo.
Além disso, essa afirmação também vale 110 caso de um limite quando x ~a-, x ~ a•,
X ~ - OO 011 X ~ +oo.
..,. Exemplo 3 Em cada parte, confirme que o limite é urna forma indeterminada do tipo
oo/oo e aplique a regra de L' Hôpital.
. X ln x
a
( ) hm - (b) lim
.. .... +« eX x .... o+ cossec x
Solução (a) O numerador e o denominador têm limite +oo; logo, temos uma forma inde-
terminada do tipo oo/oo. Aplicando a regra de L ' Hôpital, obtemos
X I
lim - = lim - =O
:r ~ +r.ç e·r ,\· ~ +oo e-r
Soluçtio (b) O numerador tem limite - oo c o denominador tem limite +oo; logo, temos
uma forma indeterminada do ti po oo/oo. Aplicando a regra de L'Hôpital, obtemos
In x 1/x (4)
lim = lim
x-.o+ cossecx .r-+O• -cossecxcotgx
Esse último limite é outra vez uma forma indeterminada do tipo oo/oo. Além disso, qualquer
aplicação adicional da regra de L'Hôpital resultará em potências de 1/x no numerador e ex-
pressões envolvendo cossec x c cotg x no denominador; assim, aplicações repelidas da regra
simplesmente produzem novas formas indeterminadas. Portanto, devemos tentar outra coisa.
O último limite em (4) pode ser reescrito como
senx ) senx
lim
x-o+- (
-
X
tg x = - x-o·
lim
x
· lim
x .... ()+
tg x = -( I )(0) = O
260 Cálculo
y Assim,
.t~ In x
20 y=- lim = O ~
~' .r - o+ c.ossec x
15
lO
• ANALISANDO O CRESCIMENTO DAS FUNÇÕES EXPONENCIAIS USANDO
5 A REGRA DE L'HÕPITAL
.r Se 11 for qualquer inteiro positivo, então x~ ~ +ooquando x ~ +oo. Tais potências inteiras de
5 lO 15 20 x são, às vezes, usadas como "padrão de medida" para descrever o quão rapidamente outras
(a) funções crescem. Por exemplo, sabemos que e' ~ +co quando x ~+oo e que o crescimento de
)'
e' é muito rápido (Tabela L6.5); enlretanto, o crescimento de x" é também rápido quando n for
grande; logo, é razoável perguntar se altas potências de x crescem mais ou menos rapidamente
lO e'
y= - do que t!. Uma maneira de investigar isso é veri ficar o comportamento da razão x"!e' quando
X~
8 x~+oo . Por exemplo, a Figura 4.4.1 a mostra o gráfico de y =iN'. Esse gráfico sugere que
6 xs!t/ ~O quando x ~ +oo, e isso implica que o crcscimcntv da função e' é suficientemente
4 rápido para que os seus valores alcancem aqueles de .l e forcem a razão em direção a zero.
2
Enunciado informalmente, "e' cresce mais rapidamente do que/". A mesma conclusão pode-
ria ter sido alcançada colocando e"' em cima e examinando o comportamento ele é'!x~ quando
5 lO 15 20
·...' x~ +oo (Fi gura 4.4. l b). Nesse caso, os valores de tl alcançam os de/ e forçam a razão em
(b) direção a +oo. Mais geralmente, podemos usar a regra ele L' Hôpital para mostrar que e' cresce
F igura 4.4.1 mais rapidamente do que qualquer potência inteira positivc1 de x, isto é:
x" . eX
lim -
,,....... +:c. ex
=0 e I un - = +oo (5-6)
_.._,. +oo X"
Ambos limites são formas indeterminadas do tipo I que podem ser calculadas usando a regra
de L' Hôpital. Por exemplo, para estabelecer (5), necessitaremos aplicar a regra de L' Hôpital n
vezes. Pam isso, observe que as diferenciações sucessivas de x• reduzem o expoente em 1 a cada
vez, produzindo, assim, urna constante na enésima derivada. Por exemplo, as sucessivas deriva-
das de .l são 3i, 6.x e 6. Em geral, a enésima derivada ele x" é a constante n(11- I )(11- 2) .. · I = 11!
(verifique).* Assim, aplicando a regra de L'Hôpital11 vezes a (5), obtemos
x" 111
lim - = lim _:. = O
X~ +x (!-\" ;t _,. +x eX
é uma forma indetermi11ada do tipo O· oo, pois o limite do primeiro fator é O e o do se-
gundo é - oo, sendo que ambos exercem influências confli tantes sobre o produto. Por outro
lado, o Limite
não é uma forma indeterminada, pois o primeiro fator tem o limite +oo e o segundo, -oo, sen-
do que essas influências trabalham juntas para produzir um limite -oo para o produto.
• L<mbre·sede que. p.'lto n ~ I. a e:<preosão n! é lida como fatorial tltn c denota o prodUto dos primeiros n inteiros positi,-os.
Capítulo 4 I Funções Exponenciais, Logarítmicas e Trigonométricas Inversas 261
ADVERTÊNCIA
.,.. Exemplo 4 Calcule
~ tentador argumentar que uma lo< ma
indeterminada do tipo O. "" tem o valor
(a) lim x ln x (b) lim ( I - tgx)sec2x
x~o+ x- ;r/ -4
o. uma vez que •zero vezes qualquer
coisa é zero•. Contudo, Isso é engano-
so. uma vez que O· oo não é produto
Solução (a ) O fator x tem um limite Oe o fator In x tem o limite - oo; logo, o problema
de números: em vez disso, é uma aflr· dado é uma forma indeterminada do tipo O· oo. Existem duas possíveis abordagens: podemos
mação sobre limites. Por exemplo, os escrever o Iimite como
limites seguintes são O . • mas não . In x X
são zero: I lm - ou lim
..... o+ 1/x .v-o+ 1/ ln x
IIm
X-4>0
(.r ·~) = lim I = I
X ,t-"'0
a primeira sendo uma forma indelerminada do tipo oo/oo e a segunda, uma forma indetermi-
nada do tipo 0/0. Contudo, a primeira forma será a escolha preferida, pois a derivada de 1/x é
lim
x -. 0+-
(.;x .~)
X
= li m (
x - 0~
~)
v .t'
menos complicada elo que a derivada ele l/In x. A partir dessa escolha, obtemos
. lnx
= +oo lim x .I nx = IIm -
..... o•
= 1.1111
. ... o• I 1X x-o•
1/x . ( )
I~= 11111 - x = 0
- 1 x• ,, ... o+
Solução (b) O problema dado é uma forma indelcnninada do lipo O· oo. Vamos convertê-
la para uma forma indeterminada do tipo 0/0:
. ( ) . 1 - lgx . 1 - lgx
I1m 1 - tgx sec 2x = 11m = 11m
x-+n/4 .<-+n/~
t/sec2x .<-+n/ 4 cos2x
,
- sec- r -2
= lim • = -= 1 ~
x-lf/4 - 2scn2x -2
Solução Ambos os termos têm limite +oo; logo, o problema dado é uma forma indetermi-
nada do tipo oo - oo. Combinando os dois lermos, obremos
I I ) senx- x
lim ( - - = lim
x~O+ x scnx ...... o• xsenx
262 Cálculo
que é uma forma indeterminada do tipo 0/0. A plicando a regra de L'H ôpital duas vezes, ob-
temos
sen x - x) . cosx- I
lim = hm
.r-+o+ ( X sen X x-+o+ SCn X+ X COSX
-sen x O
= lim = - =O ~
.r-o• cosx + cosx - x scn x 2
00
• FORMAS INDETERMINADAS DO TIPO 0°, o<:l , 1
Os limites da forma
lim f(x)g(x)
lim (I + x) 11-'
x~ o+
cujo valor sabemos ser e [veja a Fórmula (I.) da Seção 4.2], é uma forma indeterminada do
00
tipo 1 • É indeterminada porque as expressões I+ x e 1/x exercem duas inOuências conflitan-
tes: a primeira tende a l, o que leva a expressão em direção a J, e a segunda tende a +oo, o que
leva a expressão em direção a + oo.
00
As formas indeterminadas dos tipos 0°, oo0 e I podem, às vezes, ser calculadas intr o-
duzindo primeiro uma variável dependente
Y= f(x)~(x>
o limite de In y será uma forma indetem1inada do tipo O· oo(vcrifique), que pode ser calcu-
l ada pelos métodos que j á desenvolvemos. Uma vez conheci do o limite de I n y. o limite de
y = f(xf''1 geralmente pode ser obti do com faci lidade, conforme ilustraremos no próx imo
exemplo.
y = (I + x) l/.r
c tornando o logaritmo narural em ambos os lados
In y = ln ( l + x) 1/.' = _!. ln ( l + x) = _
ln_(_l _+_x_
')
X X
A ssim,
. . In( I x)
hm In y = hm _ _ _.:..
+
.r-+0 x-+0 X
o que é urna forma indeterminada do tipo 0/0; logo, pela regra de L' Hôpital:
li m ( l + x ) 11x =e ~
x~o
Capítulo 4 I Funções Exponenciais, Logarítmicas e Trigonométricas Inversas 263
1. Em cada pane, verifique se a regra de L'Hôpital é aplicável ao 2. Calcule cada um dos limites do Exercício I.
limite dado.
3. Usando a regra de L' Hôpital. li m e ' = _____
2r -2 . cosx r-+,. 500x2
(a) Ii m -.3::-------:- (b) Il lll - -
· ' - t .l +X - 2 .\-0 X
e:!.t - I
(c) lim - -
x-o tgx
1-2 Calcule o limite dado sem usar a regra de L'Hôpi tal c depois
25. lim ( I - 3/x)·' 26. lirn (I + 2x)- J/x
.t -4 +QÇ x-o
use-a para conferir sua resposta.
27. lim (e-' + x) 11.r 28. lim ( I + a/ x )ó·•
,{.....,.o x-+~
x2 - 4 2x - 5 1
1. (a) lim (h) lim 29. lim (2 - x)tgf(rr/l).rl 30. lim [cos(2/x)Y
.r-.2 x2 + 2~ - 8 .r -++» 3x + 7 X _. 1 X..,.+._.,
scn x x2 - I . (-
I - cos 3x)
-·
')
(a) li 111
;(- o 1gx
(h) lim
x - 1 x3 - I
31. lim (cos~cc x - I /x) 32. lun
.c
.\' -0 .•·-+ O x2 x2
3-4 Dados as funçõcs.Jtx) c g(x) e o ponto especificado a : (a) Ve- 33. lim+QÇ
;(-+
cJx2 +x- .r) 34. hm
..... o
- -
x
I )
ex - 1
rifique que lim,..,. Jtx)lg(x) é uma forma indeterminada do tipo
010. (b) Encontre as aproxi mações lineares locais ~~r) e T, (x) das 35. lim fx - ln(x2
.'f- +x.
+ 1) 1 36. lim [In x- ln(l + x)]
x- +<e>
funçõcs.Jtx) c g(x). respectivamente. em x =a. (c) Sem usar a regra
de L'Hôpital. verifique que @]37. Use um CAS para veri ficar as respostas obtidas nos Exercícios
3 1 a 36.
• /(x) . T1 (x)
I1m = 11m -::::-.;...;. 38. Mostre que. para todo 11 inteiro positivo:
x-a g(x) x-a T8 (x)
In r r•
(a) lim _:_
x-+ +'X- .x
11
= O (b) lim -· -
.. _,. ~ In x
= +x
3. f(x) = x 2 - I. g(x) = x 2 - x - 2, a = -I
ENFOCANDO CONCEITOS
4. f(x) = cosx, g(x) = cotgx, a= JC/ 2
39. (a) Encontre o erro no seguinte cálculo:
5-36 Encontre o limite.
. x3 - x2 + x - I . 3x2 - 2x + I
hm - --::---:-- = hm ---::----
e" - I scn2t ...... 1 x3 - x2 .r-+ 1 3x2- 2x
S. .\li_,.o
111 6. lim
senx .r-+0 scn 5x . 6x -2
= hm = I
8. lim te'
tg 8 .r-> 1 6x- 2
7. li ll1
0 --+0 8 r--+0 I - e'
(b) Encontre a n:spoStil correta.
senx senx
9. lim 10. Iim 40. (a) Encontre <J erro no seguinte cálculo:
.... ~,.., X - 1T x .-.0... x2
In x e3.t'
11.
X-t
lim
+:lO
- X
12. lim -
:r-++;..; x 2
.
lun
eJx' - 12.r+ l2
- hm
. (6x _ 12)elr'- t2.r+l2
= O
.<-> 2 x4 - I6 .r-.2 4xJ
cotg .r I - lnx
13. li rn 14. lim
.\'-0+ In x x~o+ e 1/.•· (b) Encontre a resposta correra.
xiOO ln(senx)
15. lim
.\'~ +~
-e" 16. lim
x~o+ ln(tg x) 41 -44 Faça uma conjectura sol)re o limite traçando o gráfico da
are sen 21' x-are tg x função envolvida com um recurso computacional: verifique sua
17. lim 18. lim oonjecrura usando a regra de L' Hôpital.
x-,0 X .r-+0 x3
19. lim .r e- :.· 20. lim (x - Jr) tg ! x
X-+ +<o .\~;r
t::'1 ln(ln .r)
0 41. Iim r.:
1C .'f~~ vx
21. lim xsen - 22. lim tg x In x
x-;. +~ X x~o<
t::'1 I' 4 tg X
Ej 43. lim (scn x)3' 1
" ·' t.::l 44• 1111
23. lim sec3xcos5.r 24. lim (x - JC) cotgx x-<tt- X ..... (:r/2)- I + scc X
X-+ lt/2" .\~ ;r
264 Cálculo
R
45-48 Faça uma conjectu ra sobre as equações das assíntotas ho- A, AAA
vvv
rizontai s, se houver. atrav~s do gráfico da equação obtida por um
recurso computacional: verifique sua resposta usando a regra de
L' Hôpital. v -- d•
8 45. y = In x - e' 8 46. y =x-In (I + U) Figura Ex-55
8 47. y =(In x)'~< 8 48. \' = (
X+ I )x 56. (a) Mostre que lim (7r/2 - x) tg x = I.
- x+2 r-rr/2
49. Limites do tipo (b) Mostre que
0/<&. oo/0. O... o:: . 00~
+oo + (+oo),
lim (
1
- tgx)=o
+x- (-x), -oo + (-oo). - oo - (+ oo) x~:r/2 7f 12- X
não são formas indeterminadas. Encootre por inspeção os se- (c) Segue de (b) que a aproximação
guintes limites: I
tgx ~ I
X ~·3 2-x 7f
(a) lim - (b) lim ~ deve ser boa para valores de x próximos de n/2. Use uma
x-+ 0' ln x .t ... +e.Q e-·'
(c) lim (eos x)'V (d) lim (lnx)cotgx calculadora para encontrar tg x c 1/(n/2 - .r) para x = 1.57:
X -+ (rr/2)" x-.O t compare os resultados.
(c) lim
..t -t 0.,
(~X - In x) (f ) lirn (x
.r-+ -~»
+ x') @]57. (a) Use um CAS para mostrar que, se k for uma constante po·
sitiva. então
50. Há um mito que ci rcu la entre os que começam estudar Cálculo lim x(k 11x- l ) = lnk
de que todas as formas indeterminadas dos tipos 0°, 0 e 1"" ·'· -+~
são iguais a I . pois "qualquer coisa elevada a zero é I '' e "I (b) Confirme esse resu ltado usando a regra de L' Hôpital.
a qualquer potência é I··. O engano está em que 0°. oo0 e I ~ [Sugestão: Expresse o limite em termos de 1 = 1/x.]
não são potências de números. mas descrições de limites. Os (c) Se n for um inteiro positivo. então segue por (a) com x = 11
seguintes exemplos. que foram sugeridos pelo Prof. Jack Staib, que a aproximação
da Drexel Universi ty. mostram que tais formas indeterminadas 11( ifk - I )~ lnk
podem assumir qualquer valor real positivo.
deve ser boa para 11 grande. Use esse resultado c a teclada raiz
(a) lim rx<tna)/(l+tn>)l =a (tipo o0)
x-. 0• quadrada de uma calcu ladora para aproximar os valores de
(b) lim [x<tn a)/(l +tn> )J =(I (tipo x 0) In 0.3 e In 2 com 11 = I024. e então compare os valores obtidos
X-"' +'X: com aqueles do logaritmo gerados diretamente da calculado-
(c) lim [(.r+ l )ttn a)/x] =a (tipo!"') ra. [Sugesuio: Cada raiz cn~si ma na qual11 é uma potência de
.r _;,. O
dois pode ser obtida como succssivJs raízes quadradas.]
Verifique esses resu !lados. 58. Encomre todos os valores de k c/, tais que
. k + coslx
51-54 Verilique que a regra de L' Hôpital não ajuda a encontrar o I 1111 2 = -4
,, _,. o x
limite: se ele existir. encontre-o por outro método.
ENFOCANDO CONCEITOS
. x + sen 2x . 2x- senx 8 59. Seja J (,r) = x2 sen( l/x).
51. I 1111 52. I tlll
.\'~ +w X ., ... +'..o 3x + sen x
(a) Os limites I i m,_,(l+ f Çr) e Ii m, ...,, J(x) siio formas inde-
. x(2 + sen 2x) . x(2+senx) t·cnninadas'?
53. hm 54. hm
.r-++., x + l x- +.. x2 + I (b) Use um recurso computacional pnra gerar o gráf-ico de
55. O diagrama esquemático apresentado representa um circuito I c use o grál1co para fazer conjecturas sobre os li mi-
elétrico, o qual consiste em urna força elctrornotriz que produz tes em (a).
uma voltagem V. um rcsistor com resistência R c um indutor (c) Use o Teorema do Confronto (2.6.3) para confirmar
com indutância L. A teoria dos circuitos elétricos mostra que se que suas conjcctm11Sem (b) estão corretas.
uma voltagem for aplicada no instante 1 = O, então a corrente I
60. (a) Explique por que a regra de L' Hôpital não se aplica ao
que percorre o circuito no i nstante 1 é dada por problema
. x 2 sen( l / x)
11111 _ __:_.....;.
.•·- o senx
(b) Encontre o limite.
Qual é o efeito sobre a corrente em um dado tempo 1 fixo. se a
resistência tender a zero (i sto é. R ~O')? . xsen(l/x) ..
61. Encontre hm . se ex tsur.
• ... o• sen x
Capítulo 4 I Funções Exponenciais, Logarítmicas e Trigonométricas Inversas 265
1. a im b nã c im 2. a 4 b nã e i te c 2 3. +oo
1-4 Enc ntre dyldx 19·20 Enc ntre dy!tlx u an rimcir r ric a e a géblica a
unçã garitm natura
1. y = .V6x - 5
3. y = c-ly/2
2. y =
4. ,, =
.iYx2 +x
(3- 2x)4/3 I 9. y = n (
·
(x + l)(x + 2)2 )
(x + 3)3(x + 4) 4
..fi.Vx +
20. .l•= n ( sen x sec x
I)
x+2 •'
x2
21 -38 Enc mrc dyldx
5-6 a Enc ntrc dyldx u an cri açã im feita b e aa
e uaçã ara y c rn uma unçã ex e enc ntre dyldx a anir 21. y = In 2x 22. y = (In x) 2
e a e uaçã c nfirrnc ue i 1-e u ta ã c n i ten
te e rc an a cri a a c a c m uma unçã ó ex 23. y = .Vtnx + I 24. y = ln(.iYx +I)
1 + logx
S.
l
.r +.I)' - 2r =I 6. A)'= X-)' 25. y = log(ln x) 26. y=
1 - logx
7-10 Enc ntrc dyldx u an cri açã im ícíta
27. y = ln(x 312.J t + _,·~) 28. )' = In ( JXcosx)
9.
I
7. -+-= I
)'
CC A)'
I
X
= )' I
8. x·• - )' •
o. X 2 =
= ..\}'
cotg ,.
-,--..:::~-"'-'-
29. y = ' )
elncx·+l
·
30. y = In c 1 + x2
+ e-< +
I - e3x
e2<)
I + cossec y 31. y = 2xe./X 32. y=
a
I + be-x
11-12 Enc ntrc Jlyltl~ u an eri açã im feita 1
33. y =-are tg 2x 34. )' = 2arc "'" x
:n:
11. 3x"' - 4y"' = 7 12. 2ty-/=3 35. 36. y=( l +x) 11"
13. e cri açã im ícita ara enc ntrar a inc inaçã a reta tan 37. y = are scc (2x + 1) 38. y = .Jarc cos x2
gente à cu r a y =x tJ :rry/2 • x >O. y >O a quadratriz de Hip-
.
pws n nt ( ~I , 2I 39-40 Enc Jllre dyldx u an cri açã garítmica
14. Ern ua i nl <5 a reta tangente à cu r a l = 2/ er en
icu ar à rclll 4x - 3y + I =O x3 3 x2- I
15. Pr e ue, c P c Q 1i i nt 1 unt na e i e gira a 39. y = r=r.'7 40. y = -:~,---...,-
.Jx'í + I . X" + 1
i+ .1)' + / = 4. tai uc P, Q e a rigern à c ineare , e.mã
a reta wngcntc à c i c crn P c Q ã ara e a Ej41. a Faça urna c n cctura bre a nna gráfic e y = 4x
- n x e trace um e b ç n• irnentar e e
16. Enc ntrc a c r cna a nt n rimeir ua rante em
1
ue a reta 1angcnte ll cu r a .1.' - ·\}' + / =Oé ara e a a ei x b nfira ua c n ectura traçan gráfic a e uaçã n
inter a O< x < 5 u an um rccur gráfic
17. Enc mrc a c r cna a nl n rimei r ua ra11te em
ue a reta tangente à cu r a ,lJ - xy + / =Oé ara e a a ei y
c Ire uc a inc inaçõe a reta tangente à cur a n
111 x = I ex= e têm inai t
18. c cri açã i,rn ícita aram trar uc a c uaçã a reta tan
uc a arte c im ica brc a c i tência e urna reta
gente à cu r a y· = kx em x0• y0 é
tangente h riz nta 11 cu r a E i ue
YoY = 4k(x + xo) e Enc mrc a c r cna a x c ata c t a a reta tangcn
te h riz ntai a c a cu r a
266 Cálculo
42. Lembre que na Seção 1.6 foi visto que a i ntensidade {3 de um 53. Mostre que a fu nção y =e"' sen bx satisfaz
som em decibéis (dB) é dada por /3 = lO log(l//0) . onde I é a
2
intensidade do som em watts por metro quadrado (W/ m ) c 10 é
y"- 2ny' + (n 2 + b2)y = O
uma constante que é aproximadamente a intensidade do som no para todas as constantes reais n e b.
limiar da capacidade auditiva do ser humano. Encontre a taxa
de variação de fi em relação a I no ponto em que
54. Mostre que a função y =are tg.r satisfaz
(a) ///0 =10 (b) ///0 =100 (c) 1110 = 1000 y" = - 2 sen y cos3y
43. Uma panícu la está em movimento ao longo da curvay =x In x. EJ55. Suponha que a popu lação de cervos em uma ilha seja modelada
Encontre todos os valores de x nos quais a taxa de variação de pela equação
y em relação ao tempo é três vezes a de x. [Suponha que dxldt
não se anule.) P(t )- 95
- 5 - 4e -tl~
o
44. Encontre a equação d:~ reta tangente ao gráfico de y = ln(5- X") onde P( r) é o número de cervos. 1 se manas depois da observa-
emx=2. ção inicial no instante r = O.
45. Encontre o valor de b tal que a reta y = x é tangente ao grál1co (a) Use um recurso computacional para fazer o gráfico da fun-
de y = log, x. Conlinne seu resultado fazendo os dois gráficos ção P(r).
no mes mo sistema de coordenadas.
(b) Descreva o que acontece à população no decorrer do tem-
46. Em cada parte, encontre o valor de k para o qual os gráficos po. Verifique sua conclusão calculando li m, ... +"' P(r) .
=
de y f(x) c y = In x comparti lham uma tangente comum em (c) Descreva que acontece com a taxa de crescimeJJto popu-
seu ponto de intersecção. Confirme seu resultado fazendo os lacional no decorrer do tempo. Verilique sua conclusão fa-
grállcos de y = f (x) o y = In x no mesmo sistema de coorde- zendo o grá fico de P' (1).
nadas.
56. Em cada pane encontre o limite dado interpretando a expressão
(a) j(x) = .,fi + k (b) j(x) = k .,fi como uma derivada apropriada.
47. Se f c g são funções inversas uma da outra e se fé diferenciável (I +h}"- I 1 - lnx
(a) Li m (b) Jj m -:---:-:--
em seu domínio. então g também deve ser diferenciável em seu 11-o h x-•
(x-e) In x
domínio? Dê um argumento razoável informal para corroborar
57. Suponha que lim f(x) = ± e lim g(x) = +oo. Em cada um
sua resposta.
dos quatro casos possíveis. estabeleça se lim[J(x)- g(x)) é uma
48. Em cada pane, encontre (f ')'(x) us:mdo a Fórmula ( l) da Se- forma indeterminada e dê um argumento razoável informal que
ção 4.3 e v.:rilique seu resultado direrenciando diretamente r'. sustente sua resposta.
(a) /(.r) =3/(x + I) (b) j(x) =# 58. (a) Sob quais cond ições um limite da forma
49. Encontre um ponto no gráfico de y =e'' no qual a reta tangente
lim [f(x)/g(x)]
passa pela origem. x ... n
q(T-7o> )
k = koexp ( - ToT 2 59. lim (e·' - x 2 )
,( ~+'"A
60. hm . mnx
.<-+ 1 x4 - I
onde k.,, q e 7~ são constantes. Encontre a taxa de variação de k
em relação a 1'. (I X - J
61. 62. lim - - . a >O
A'--+ 0 X
•
c l _.~.
n.._~c
~ ......o,___
A DERIVADA
,
EM
GRAFICOS
,..,
E
APLICAÇOES
No outono de 1972, o presi- éste capitulo estudaremos várias aplicações da derivada. Por exemplo, utilizaremos mé-
dente norte-americano Ri- todos do Cálculo para analisar funções e seus gráficos. Nesse processo, mostraremos
e/um/ Nixon tllll/1/Ciou que a como o Cálculo e os recursos gráficos computacionais, Juntos, conseguem fornecer a
tc~t(J de crescimento da injla- maioria das informações importantes sobre o comportamento de funções. Uma outra aplicação
çtio dos EUA estava decres- importante da derivada será a solução de problemas de otimização. Por exemplo, se a principal
cendo. Foi a primeira vez que consideração num problema for o tempo, podemos querer encontrar a maneira mais rápida de
wn presidente em exercfcio executar uma tarefa, e se a principal consideração for o custo, podemos querer encontrar a ma-
daquele país usou a derivadtJ
terceira para justificar sua
reeleição.
neira mais econômica de executar uma tarefa. Matematicamente, os problemas de otimização
podem ser reduzidos à obtenção do maior ou menor valor de uma função em algum intervalo e à
determinação de onde esses valores ocorrem. Usando a derivada, desenvolveremos as ferramen-
-
- Hugo Rossi tas matemáticas necessárias para a solução desses problemas. Também utilizaremos a derivada
Matemático para estudar o movimento de uma particula ao longo de uma reta e mo straremos como a derivada
pode ajudar na aproximação de soluções de equações.
Foto: As derivadas podem ajudar a encontrar a localização mais eficaz, quanto ao custo, de uma plataf orma submari-
na de petróleo.
I
I
-·
I
I
Crescente Decrescente Crescente I Constante x
Figur a 5.1.1
1
o 2 4 •
268 Cálculo
Crescente A definição seguinte, ilustrada na Figura 5.1.2, expressa essas idéias intuitivas com
precisão.
I
I
I
I /(x, )
I • 5.1.1 mmNIÇÃO Seja f definida em um intervalo c sejam x, c x2 pontos do i ntervalo.
I
(a) f é cresce11te no intervalo se f(x,) < f (x2) para x, < x2•
(b) f é decresce11te no intervalo se f (x ,) > f(x2) para x, < x2•
(c) f é co11stante no intervalo se f(x 1) = f(x2) para todos os pontos x, e x2•
(a)
A Figura 5..1.3 sugere que uma função diferenciável f é crescente em qualquer intervalo
Decrescente
onde cada reta tangente ao gráfico tenha inclinação positiva, decrescente em qualquer inter-
I valo onde cada reta tangente ao grá fico tenha inclinação negativa e constante em qualquer
I
I intervalo onde cada reta tangente ao gnífico tenha inclinação zero. Essa observação intuitiva
f(x,) I I
I sugere o seguinte teorema importante, o qual será provado na Seção 5.7.
I f(,rz) J
I I
I I
t
t I • • • I
I I I
(b) t I I
I I I
I I I
I I I
Constante I I I I
I
X I x X
I I
I I
I I
/(.<,) I ,f(.r2)
I Cada reta tangente tem Cada reta tangente tem Cada reta tangente tem
I inclinação positiva inclinação negat iva inclinação zero
Figura 5.1.3
f(x 1) = /(x2 ) para todos .r 1 ex2
(c)
Figura 5.1.2 5.1.2 TeORE:I1A Seja f umafimção comínua em 11111 inte1valofechado [a, bJ e diferen·
ciávelno intervalo abe11o (a, b).
(a) Se /'(x) >O para todo valor de x em (a, b). entcio f é crescente em [a, b).
(b) Se /'(x) < Opara todo valor de x em (a, b), então f é decrescente em.[a, b].
(c) Se f'(x) =O para todo valor de x em (a, h), entcio f é constai/te em [a, b].
Embora o teorema tenha sído enunciado para um intervalo [a, b), ele é aplicável a qual-
Observe que as condições sobre a quer interval o I no qual f é contínua e dentro do qual é diferenciável. Por exemplo, se f for con-
derivada no Teorema 5.1.2 precisam
ser verificadas somen1e no Interior do
tínua em [a, +oo) e /'(x) >O para todo x no intervalo (a, +oo), então f é crescente em [a, +oo);
intervalo [a. h]. mesmo que as con· se for contínua em (- oo, +oo) e /'(x) < Oem (- , + ), então f é decrescente em (-oo, +oo)
clusões do teorema sejam válidas no
intervalo inteiro.
.,.. Exemplo 1 Encontre os intervalos nos quais f(x) =i- 4x + 3 é crescente c os interva-
los nos quais é decrescente.
Solução O gráfico de f na Figura 5.1.4 sugere que f seja decrescente para x < 2 c crescente
para x > 2. Para confirmar isso, vamos analisar o sinal de f'. A derivada de f é
f '(x) = 2t - 4 = 2(x- 2)
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 269
Tem-se que
f é decrescente em (- oo, 2]
f é cresccn1e em [2, +oo)
Essas conclusões eslâo em conformidade com o grMlco de f na Figura 5.1.4. ..,.
-I
4 f'(x)>O se x< O
.f'(x)> O se O<x
Uma vez que f é contínua em toda parte,
X f é crescente em (- oo, 0]
3 f é crescente em [0, +oo)
Comofé crescente nos intervalos concatenados (-oo, 01 c ro. +oo), segue que.fé crescente na
união (-oo, +oo) desses intervalos (Exercício 59). ..,.
-4
~ Exemplo3
I f(.r) = .r' I (a) Use o gráfico de f(x) = 3x• + 4i- 12x + 2 na Figura 5.1.6 para fazer uma conjec-
2
-3 3
f '(x) = 12x + 12i - 24x = 12x (i+ x - 2) = 12x (x + 2)(x- I)
A análise do sinal de f ' na Tabela 5.1.1 pode ser obtida usando o método dos pontos-teste,
discutido no Apêndice D da internet. As conclusões da labela confirmam a conjectura da
parte (a). ..,.
I/(x) = 3x + 4.r·
4 1
- 12.r1 + 21 Tabela 5.1.1
Figura 5.1.6
L"'TERVALO ( 12x) (x + 2)(x- I) /'(x) CO~CLUSÃO
• CONCAVIDADE
Embora o sinal da derivada def revele onde o gráfico de fé crescente ou decrescente, ele não
COncava revela a direção da cmvarura do gráfico. Por exemplo, o gráfico está crescendo de ambos os
para cima
'mantém lados do ponto na Figura 5.1.7, mas à esquerda está curvado para cim a ("segura água") e à
água· direita, para baixo ("derrama água"). Nos intervalos em que o gráfico deftiver uma curvatura
para cima diremos que f é côncava para cima, e nos intervalos em que o gráfico tiver uma
COncava
para ba1xo curvatura para baixo diremos que f é côncava para baixo.
'derrama A Figura 5.1.8 sugere duas maneiras de caracterizar a concavidade de uma função dife-
água' renciável f em um intervalo aberto:
• fé côncava para cima em um intervalo abeno se as retas tangentes ao gráfico de f têm
Figuru S. I.7 inclinações crescentes no intervalo, c côncava para baixo se têm inclinações decres-
centes.
• f é côncava para cima em um imervalo aberto se o gráfico está sempre acima de suas
•r
Concavidade retas tangentes no intervalo, e côncava para baixo se o gráfico está sempre abaixo de
para cima suas retas tangentes.
Nossa definição formal de "côncava para cima" e ''côncava para baixo" corresponde à primei-
-' ra dessas caracterizações.
~r------------+
lnclinaçao crescente
5.1.3 DEFINIÇÃO Sef é diferenciável em um intervalo aberto /, então dizemos que f é
)' côncava para cima em I se f' é crescente em I e côncava para baixo em I se f' é decres-
cente em/.
Concavidade
para baixo
.r Como as inclinações das retas tangentes ao gráfico de uma função diferenciável f são os
valores da função derivada f ' def, segue do Teorema 5. 1.2 (aplicado a f' no lugar de}) que
lnclinaç:!o decrescente f' será crescente em intervalos nos quais f" é posi tiva c decrcsccmc em intervalos nos quais
F igura 5.1.8 f " é negativa. Assim, temos o teorema seguinte.
.,. Exemplo 4 A Figura 5.1 .4 sugere que a funçãoftx) =i- 4x + 3 é côncava para cima no
intervalo (-oo, +oo). Isso é consistenlc com o Teorema 5. 1.4, poi s f '(x) = 2x - 4 e f"(x) = 2,
de modo que
f"(x) >O no intervalo (-oo, +oo)
Também, a Figura 5.1.5 sugere quej(x) =i é côncava para bai xo no intervalo (- <x>, 0) e côn-
cava para cima no intervalo (0, +oo ). Isso está de acordo com o Teorema 5. 1.4, pois f'(x) = 3x2
e f"(x) = 6x, portanto,
• PONTOS DE INFLEXÃO
Vimos no Exemplo 4 e na Figura 5.1 .5 que o gráfico de j{x) =i muda de côncavo para baixo
para côncavo para cima em x =O. Os pontos em que uma curva muda de côncavo para cima
para côncavo para baixo ou vice-versa são de interesse especial, portanto, existe urna termi-
nologia associada.
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 271
Ponto de inflexao
5. 1.5 UEFI NIÇÃO Se f é contínua em um intervalo aberto contendo o ponto x 0 e muda
Concavidade
para cima
! Concavodade
de concavidade no ponto {,1:0,j{x0)), então dizemos que o ponto x 0 do domínio, ou o ponto
(x 0,j{x0)) do gráfico, é um ponto de inflexão def (Figura 5. I.9).
para baoxo
xo
• Exemplo 5 A Figura 5.1. I O mostra o gráfico da função f{x) = x 3 - 3x2 + I. Use as
Ponto de onflexao
derivadas primeira e segunda de f para determinar os intervalos nos quais fé crescente, de-
I
Concavidade ' Concavidade
crescente, côncava para cima e côncava para baixo. Localize todos os pontos de inflexão e
para baixo confirme que suas conclusões são consistentes com o gráfico.
Xo
Solução Calculando as derivadas primeira e segunda def, obtemos
Figura 5.1.9 f'(x)= 3x2 - 6x = 3x(x - 2)
f"(x) = 6x- 6 = 6(x - I)
A análise de sinais dessas derivadas é mostrada nas tabelas seguintes:
y
Poderíamos ter adivinhado, a partir da Fi gura 5.1.1 O, que a fu nção j(x) +I =i- 3i
tem um ponto de inflexão em x = I sem preci sar calcular as derivadas. Contudo, às vezes, as
mudanças de concavidade são tão sutis que as contas são essenci ais para confirmar sua exis-
tência e identificar sua localização. Aqui temos um exemplo.
• Exemplo 6 A Figura 5.1.11 sugere que a função f(x) = xe~' tem um ponto de inflexão,
2
mas sua localização exata não é evidente a partir dessa figura. Use as derivadas primeira e
segunda de f para determ.inar os intervalos nos quais fé crescente, decrescente, côncava para
2 3 4 cima e côncava para baixo. Localize todos os pontos de inflexão.
Lembrando que e-x é positiva para todo x, a análise de sinais dessas derivadas é facilmente
determinada:
co:-;ct.wo
=
.,.. Exemplo 7 A Figura 5.1.12 mostra o gráfico da função j{x) x + 2 scn x no intervalo
[0, 2nj. Use as derivadas primeira e segunda de f para determinar onde f é crescente, de-
6 crescente, côncava para cima c côncava para baixo. Localize todos os pontos de inflexão e
5 confirme que suas conclusões são consistentes com o gráfico.
4 Solução Calculando as derivadas primeira c segunda de_{, obtemos
3
2
f ' (x) =I+ 2cosx
f"(x) = -2scnx
!!
Como f' é uma função contínua, ela só pode mudar de sinal no intervalo (0, 27r) em pontos
2 2 em que / '(x) =O (por quê?). Esses valores são soluções da equação
I /(x) = x + 2 scn x j I + 2 cos x = O ou, equivalentemente, cos x =- ~
Figura 5.1.12 Há duas soluções dessa equação no intervalo (0, 27r), a saber, x = 27r/3 ex= 47r/3 (verifique).
Analogamente, f" é uma função contínua, logo suas mudanças de sinal no intervalo (0, 2n)
só podem ocorrer nos valores de x em que f"(x) =O. Esses valores são soluções da equação
- 2sen x=O
Há uma única solução dessa equação no intervalo (0, 27r), a saber, x = n. Com o auxílio desses
"pontos de transição de sinal", obtemos a análise ele sinais mostrada nas tabelas seguintes:
A segunda tabela mostra que há um ponto de inflexão em x = JT, poisf muda de côncava para
baixo para côncava para cima nesse ponto. Todas essas conclusões são consistentes com o
gráfico def <111
\' Nos exemplos precedentes, os pontos de inflexão de f ocorreram nos pontos em que
f"(x) =O. Contudo, isso nem sempre é o caso. Aqui temos um exemplo específico.
4
.,.. Exemplo 8 Encontre os pomos de inflexão, se houver, dcftx) = x •
f ' (x) = 4x 3
X f"(x) = 12x 2
-2 2
Como f "(x) é positivo para x <O c para x >O, a função f é côncava para cima nos intervalos
(-oo, 0) e (0, +oo). Assim, não M uma mudança de concavidade e, portanto, nenhum ponto
f(.r) = x'1 de inflexão em x =O, embora tenhamos .f"(O) = O(Figura 5. 1.13). <111
Figur a 5.1.13
\'
y = J(x) Os pontos de inflexão marcam os lugares da curva y = ftx) em que a taxa de variação de y
Inclinação em relação a x muda de crescente para decrescem e. ou vice-versa.
decreS<:ente
Inclinação
crescente
Essa é uma idéia sutil, já que estamos lidando com uma taxa de va(iação de uma taxa de
variação. Pode ser que ajude a entender essa idéia observar que pontos de inllexão podem ter
interpretações em contextos mais fami liares. Por exemplo, considere a afirmação: " O preço
da gasolina subiu bastante durante a primeira metade do ano, mas desde então tem subido
\'
.l' =j(,r) menos" . Se o preço da gasolina for esboçado como uma função do tempo, essa afirmação su-
Inclinação gere a existência de um ponto de inflexão no gráfico perto do meio do ano. (Por quê?) Para ter
crescente um exemplo mais visual, considere o frasco mostrado na Figura 5. 1.15. Suponha que esteja
sendo colocada água nele, de tal modo que o volume cresça a uma taxa constante em relação
I ao tempo t. Examinemos a taxa pela qual o nível y de água sobe em relação r. Inicialmente,
Inclinação : o nível y cresce lentamente por cau sa da base larga. Contudo, à medida que o diâmetro do
decrescente X frasco estreitar, a taxa pela qual o nível de água sobe irá aumentar até atingir o ponto mais es-
treito do gargalo. Desse ponto em diante, a taxa pela qual o nível de água sobe irá diminuir à
Figura 5.1.14
medida que o o oaroalo
e alar<>ar
o cada vez mais. Assim ' o ponto mais estreito do o
oar"alo
o é aquele
em que a taxa de variação de y em relação a r passa de crescente para decrescente.
274 Cálculo
y (Profundidade da ~gual
-+:==::::.....__________.1<tempo)
l'igur:. 5.1.15
• CURVAS LOGÍSTICAS
Quando uma população cresce em um ambiente no qual o espaço ou o alimento é limitado, o
gráfico da população versus tempo tem uma forma típi ca de S, conforme a Figura 5.1.16. O
cenário descrito por tal curva é o de uma população crescendo êl princípio vagarosamente e,
en tão, cada vez mais rápido à medida que cresce o número de indivíduos capazes de produzir
descendentes. Porém, em um certo momen to do tempo (onde ocorre o ponto de inflexão), os
fatores ambientais começam a mostrar seu efeito e a taxa de crescimento começa a declinar
I
uniformemente. Em um período prolongado de tempo, a população tende a um valor limite
que representa o limite superior do número de indivíduos que o espaço ou o alimelllo pode
sustentar. As curvas de crescimento populacional desse tipo são chamadas de curvas de cres-
Curva de crescimento logístico cimeuto logístico.
Figura 5.1.16
.,. Exemplo 9 Iremos mostrar em um capítulo posterior que as curvas do crescimento lo-
gístico surgem de equações da fom1a
\' L
)' = -----:- ( 1)
L ------------- 1 + Ae-kt
Uma vez que k >O, y >O e L - y >O, tem-se a partir de (2) que dyldl >O para todo 1. Assim, y
é crescente, não havendo pontos estacionários, o que está de acordo com a Figura 5.1.17.
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 275
I In A
t = -k In A = -:--
k
(4)
1. (a) Uma função f é crcscemc em (a. b) se sempre (d) _ _ _ _ é um ponto de inflexão do gráfico def
que a< x, < x 2 < b.
3. Considere uma f unção,/(x) c uja derivada é dada por f' (x) =
(b) Uma função.fédccrcsccnte em (a, b) se sem- (x - 4) 2e -..n.
pre que a< x, < x2 < b.
(a) A função/é crcscellle no(s) i rllervalo(s) _ _ __
(c) Uma função fé côncava para cima em (a, b) se f' é _ _
_ _ em (a. b). (b) A função fé côncava para cima no(s) interval o(s) _ __
2. Sejaj{x) = 0.1 (.I'' - 3.~ - 9x). 4. Considere a afirmação: ·•o aumento do custo de vida desace-
(a) As soluções de f'(x)=Osãox= _ _ __ lerou durame a primeira metade do ano" . Fazendo um gráfico
(b) A função fé cresceme no(s) intervalo(s) _ _ __ do custo de vida versus tempo para a primeira metade daquele
ano. como isso será refletido no gráfico?
(c) A função fé côncava para bai xo no(s) imervalo(s) _ _
ENFOCANDO CONCEITOS
(c) f é decrescente e m (-oo,+oo). tem um ponto de infle-
l. Em cada parte. esboce o grático de urna função f com as xão na ori gem c é côncava para cima em (0, +oo).
propriedades indicadas e discuta os sinais de f' e de f ". (d) f é decrescente ern (-oo,+oo). tern urn ponto de intle-
(a) A função f é côncava para cima e crescente no imerva· xão na origem c é côncava para baixo crn (0. +oo).
lo (-ao,+ · ).
3. Use o gráfico da equação y = f(x) na figura abaixo para en-
(b) A função f é côncava para baixo e crescente no interv<'i- 2 2
contrar os sinais de dyltlx e c/ y/ch nos pontos A. B e C.
lo(- ,+ ).
(c) A função f é côncava para cima c decrescente no inrcr-
valo (-oo, +oo ).
(d) A função f é côncava para baixo e decrescente no inter-
valo (-co, +oo ).
2. Em cada parte. esboce o gráfico de urna função f com as
propriedades indicadas.
(a) f é crescente em ( , +oo), tem um pOnto de i11flex.ão Figura Ex-3
na origem c é côncava para cima em (0. +oo).
(b) f é crescente em (-<'O,+oo). tem um palllo de inflexão 4. Use o gráfico da equação y = f'(x) na Figura Ex-4 para
na origem c é côncava para baixo ern (0. +oo). encontrar os sinais de dyldxed\ld:1 nos pantosA. B c C.
276 Cálculo
S. Use o gráfico de y = f"(~) na Figura Ex-5 para delerminar 9·10 E' dada uma labcla de sinais para as derivadas primeira e se-
as coordenadas x de todos os pomos de inflexão de f. Expli- gunda de uma função f Supondo que fé comínua em 1oda pane,
que seu raciocínio. encontre: (a) os i nlervalos em quefé crescente, (b) os inlervalos
em que fé decrescen1e. (c) os i ntervalos abe110s em que fé côn-
cava para cima. (d) os imcrvalos abertos em que.fé côncava para
baixo e (c) as coordenadas x de todos os pomos de inf1cxão.
=
Y f"(x)
9.
X INTERVALO SINAL OEj'(X) SINAL OEj"(x)
X x<l +
-2 3 l<x<2 + +
2<x<3 +
Figura Ex-4 Figura Ex-5
3<x<4
4<x +
6. Use o gráfico de y = j'(x) na figura abaixo para subs1i1uir a
i merrogação por<. = ou >, conforme apropriado. Explique
seu raciocínio.
10.
INTI;RVAL,O SINAL OEj'(x) SINAL OEj"(x)
(a) f(O)? f ( l ) (b) f(l ) ? f(2) (c) f ' (O)? O
(e) f"(O)? O (f) J"(2)? o
x< l + +
(d) f'( I) ?O
l <X< 3 +
3< X + +
·'·
11-28 Encomrc: (a) os imervalos nos quais f é crcsccruc. (b) os
y =/'(.r) intervalos nos quais f é decrescente. (c) os intervalos abertos nos
quais f é côncava para cima. (d) os intervalos abcnos nos quais f
é côncava para baixo e (e) as coordenadas x de todos os pomos de
i nllexão.
Figura Ex-6 ,
11. f(x) = ..1.2 - 3x + 8 12. f(x) = 5 - 4x -X'
7. Em cada pane. use o gráfico de y = f (x) na figura abaixo 13. f (x) = (2x + I )~ 14. f(x) = 5+ 12x - x'
1>ara cncomrar a informação rcquisilada. 15. f(x) = 3x"' - 4.>) 16. f(x) =i - 5x' + 9i
(a) Encornre os imerval os nos quais f ó crcsccrne. X -2 X
(b) Encomre os inlervalos nos quais J ó decrescc:nle. + J)2 18. f(x) = ,
17. f(x) = (x2- x x- +2
(c) Encon1re os inlervalos abenos nos quais J é côncava
19. f(x)= ~x 2 +x + l 20. f(x) =in- x'n
para cima.
(d) Encon1re os intervalos abenos nos quais f é côncava 21. f(x) =(i'' - I)2 22. f(x) =.r,,-x
-•~n
para baixo. 23. /(~)=e 24. f(x) =xe
(c) Encomre lodos os valores de x nos quais f 1cm um pon-
lo de inflexão.
25. f(x) = In Jx2 +4 26. f(x) =i tn x
, 'll
27. J(x) = are tg (x· - I ) 28. f(x) = are sen x'
.r
40. Suponha quef seja umu função crescente em [a, b] c que x,, seja 53. (a) Se J e g forem crescentes em um intervalo. então f+ g
um ponto de [a, b). Use a delinição de f'(x0) para provar que se também o é.
f for diferenciável em x0 , então f'(x11) C! O. (b) Se f e g forem crescentes em um intervalo, então f· g
também o é.
41 -46 Se f for crescente em um inten•alo (0. b). tem- se então. a
paltir da Definição 5.1.1. que f(O) < f(x) para todo x do intervalo 54. (a) Se f e g forem côncavas para cima em um intervalo.
então f+ g também o é.
(0. b). Use esses resultados nesses exercícios.
(h) Se f c g forem côncavas para ci ma em um intervalo,
Ej4J. Mostre que .&' 1 + x < l +:i x se x> Oe confirme a desigualda- então f · g também o é.
de com algum recurso gráfico computacional. [Sllgestão: Mos- 55. Em cada parte. encontre funções f e g que sejam crescen-
trequej{x)= I +:\x-.Y t +x écrescenteem[O. + ).] tes em (-oo. +oo) e para as quai s f- g tem a propriedade
Ej42. Mostre que x < tg x se O < x < n/2 e confirme a desigualdade indicada.
com algum recurso gráfico computacional. [Sugestão: Mostre (a) f- g é decrescente em (-oo. +ro).
que a função f(x) = tg x - x é crescente em [0. ;r/2).) (b) f- g é constante em (--oo. +oo).
(c) f - g é crescente em (-N. +oo).
278 Cálculo
56. Em cada parte. encontre funções f e g que sejam positivas e 65. \'
66. ,.
crescentes em (- oo. +oo) e para as quais f/ g tem a proprie· 4
dadc indicada.
(a) fi g é decrescente em (-co. +oo).
3
(b) f ! 8 é constante em (-co, +oo).
(c) f i 8 é crescente em (-oo, +oo). 2
63-66 Suponha que água esteja lluindo a uma taxa constante para 70. Supondo que A . k e L sej am constantes positivas. verifique que
dentro dos frascos mostrados. Faça um esboço grosseiro do gráfico o gráfico de y = U(l + Ae-h) tem um pon to de i nllcxão em
do nível de água y versus tempo f . A ssegure-se de que o esboço (t In A, !L).
mostre onde o gní ftco é côncavo para baixo c para ci ma, e desta-
que ns coordenadas y dos pontos de inllexão.
)'
63. 64. \'
I
JC
-
> ~ :>.
\
ç 2 .l
\ I
I
r-t
\---õ f----..:) --õ --~
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 279
1. (a)j(x1)<j(x1) (b)j(x1)>j(.r1 ) (c)crescente (d)=O 2. (a) -1 ,3 (b) (-oo,-l]e[3. +oo) (c)(- .I) (d) (l: -1 ,1)
3. (a) (- , +oo) (b) (4. 8) (c) (-oo, 4). (8, +oo) 4. O gráfico é crescente e côncavo pam baixo.
\' y
6 6
y
5
4 \'
•'
3
2
X X X X
- 3 - 2-1 1 I 2 3 - 3- 2 -3 -I I 2 3
-2
-3
-4
Figura 5.2.2
280 Cálculo
Os extremos t"elativos das quatro funções do Exemplo I ocorrem em pontos nos quais
os gráficos das funções têm retas tangentes horizontais. A Figura 5.2.3 ilustra que um extremo
relativo também pode ocorrer em um ponto onde a função não é diferenciável. Em geral, defi-
nimos um ponto crítico de uma função f como um ponto do domínio de f em que o gráfico de f
tem uma reta tangente horizontal ou f não é diferenciável. Para distinguir en tre os dois tipos de
pontos críticos, dizemos que x é um ponto estacionário def se f '(:r) =O. O teorema a seguir,
cuja prova aparece no Apêndice C, afirma que os pontos críticos de urna função consti tuem a
coleção completa dos candidatos a extremos relativos do interi or do domínio da função.
,. Ponto de
nao-diferenciabi !idade
•
I
f
I
I I
Ponto de
nao-diferenciabi 1idade
I X
X
l
5.2.2 TEORD1A Suponha quef seja uma fimçtio definida em um inrervalo aberto con·
rendo o ponro x0 • Se f rem um extremo relativo em :r= x0 • enuio x = x0 é 11111 ponto crítico de
f; assim, ou f'(x0) = Oou f não é diferenciável em x11•
-I 2 Solução A função f por ser um polinômio, é diferenciável em toda parte, portanto, seus
pontos críticos são todos estacionátios. Para encontrar esses pontos, devemos resolver a equa-
ção f'(x) =O. Como
I =... - 1~ I
y 3 +I
f'(x) = 3x 2 - 3 = 3(x + l )(x- I )
concluímos que os pomos críticos ocotTem em x =-I c x = I . Isso é consistente com o gráfico
Figura 5.2.4
def na Figura 5.2.4. ...
DOMÍNIO DA
Conforme discutimos às páginas 23 e 24, alguns recursos gráficos podem ter dificuldades em produZir
TECNOLOGIA
partes do gráfico da Figura 5.2.5 por causa dos expoentes fracionários. Use a observação que precede o
Exercício 29 da Seção 1.2 para ajudar a gerar o gráfteo nessa figura.
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 281
Uma função f tem um extremo relativo naqueles pontos crfticos em que f' troca de sinaL
I)' = 3x~IJ - 15,r2'31
Figura 5.2.5
\' .r .r
.t ,\' X
·'·o
Ponto crítico Ponto critico Ponto critico Ponto critico
Ponto estacionário Ponto não-eslacionário Ponto eslacionário Ponto não-estacionário
Máximo relativo Máximo relativo Minimo relativo Mínimo relativo
\' \'
X X .f X
Figura 5.2.6
Podemos, de fato, levar i sso um passo adi ante. Nos dois máximos relati vos da Figura
5.2.6, a deri vada é positiva à esquerda c negaliva à dircira, c nos dois mínimos relativos, a
derivada é negativa à esquerda e positiva à direila. Isso ludo está resu mido mais precisamente
no teorema seguinte.
OE.\IONSTRAÇÃO Provaremos (a), deixando (b) c (c) como exercícios. Estamos supondo que
f'(x) >O no intervalo (a, x0 ) e que f'(x) <O no intervalo (x0 , b), e queremos mostrar que
para todo x no intervalo (a, b). Contudo, as duas hipóteses, j unto com o Teorema 5.1.2e a nota
marginal, implicam que f é crescente no intervalo (a, x0 ] c decrescente no intervalo [x0, b).
Assim,j(xo) > j(x) para cada x em (a, b), com igualdade valendo somente no ponto x0• •
3
• Exemplo 4 M ostramos no Exemplo 3 que a função j(x) = 3il.l - 15i ' tem pontos crí-
ticos em x =O e em x = 2 . A Figura 5.2.5 sugere que /tem um máximo relativo em x =O e um
mínimo relativo em x = 2. Confirme isso usando o teste da derivada primeira.
Tabela 5.2.1 Solução Mostramos no Exemplo 3 que
Máximo Mlnimo 5.2.4 TEOREMA (Teste da Derivada Segunda ) Suponha que f seja duas vezes dife-
relativo relativo
renciável em um ponto x0•
Figura 5.2.7
(a) Se f'(x0) =O e f'' (x0 ) >O, então f tem um mínimo relativo em x0 .
(b) Se f'(xo) =O e f " (xo) <O, então f tem um máximo rel ati vo em x 0•
(c) Se f'(x0) =O e f"(x0) =O, então o teste é inconclusivo, isto é, f pode ter um máximo
ou mínimo relativo ou nenhum dos dois em x,.
DEMONSTRAÇÃO (a) Estamos supondo que f ' (x0) = Oc que .f" (x0) > O, c queremos mostrar
que f tem um mínimo relativo em x0 . Expressando .f"(x.,) como um limite e usando as duas
condições dadas, obtemos
Isso implica que, para x suficientemente próx imo mas di fcrcntc de x 0, temos
f'(x) >O (1 )
x -xo
Assim, eJtistem um interval o aberto que se estende à esquerda de x0 e um intervalo aberto que
se estende à direita de x0 em que ( I) é válido. No intervalo aberto que se estende à esquerda,
o denominador em (1) é negativo, portanto, f'(x) <O; c no intervalo aberto que se estende à
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 283
direita, o denominador é positivo, portanto, f'(x) > O. Agora, segue da parte (b) do teste da
derivada primeira (Teorema 5.2.3) que/tem um mínimo relati vo em x 0 •
OEMOl'\&'TRAÇÃO (c) Para provar essa parte do teorema, basta fornecer funções para as
quais / '(x0 ) = O e f " (;-.:0) = O em algum ponto x0 , mas com uma delas tendo um mínjmo relati-
vo em x 0, uma outra tendo um máximo relativo em x0 c uma última sem máximo nem núnimo
4
relativo em x0 . Deixamos a cargo do l eitor mostrar que três tais funções são.f{x) = x (mínimo
relativo em x = 0),./{x) = - / (máximo relativo em x =O) e.f{x) =x·' (nem máximo relati vo nem
mínimo relativo em x = 0). •
O teste é inconclusivo em x =O, portanto, tentemos o teste da derivada primeira nesse pomo.
Uma análise de sinai s de f' é dada na tabela seguinte:
Como não há mudança de sinal de f' em x =O, não ocorre nem um máximo relativo nem um
mfnimo relativo nesse ponto. Tudo isso é consistente com o gráfico de f mostrado na Figura
I y =3x~ - 5x' I 5.2.8. ~
Figura 5.2.8
5.2.5 IMPU CAÇÕES GEO~t.:;TRICAS I>A 1\IULTIPI.ICIOAUt: Suponha que p(x) seja um po-
linômio comwna raiz de multiplicidade m em x = 1:
(a) Se m é par, então o gráfico de y = p(x) é tangente ao eixo x em x = 1; mas não cruza o
eixo x nesse pomo nem tem um pomo de inflexão nesse pomo.
(b) Sem é ímpar e maior do que I. então o gráfico é tangente ao eixo x em x = 1; cruza o
eixo x nesse ponto e temw11 po11to de i11jfexão nesse pomo.
(c) Sem= I (de modo que a raiz é simples), então o gráfico ncio é tangeme ao eixo x em
x = r, cmza o eixo x nesse pomo e pode ouncio ter um po11to de inflexão nesse pomo.
I
Raizes com multiplicidade par I Raizes com multiplicidade lmpar (>I) I
Raizes simples I
Figura 5.2.9
5 Solução Os cortes com o eixo x ocorrem em x =O, x = j c x = -2. A raiz x =O tem multiplj-
cidadc 3, que é ímpar; assim, naquele ponto, o gráfico deve ser tangente ao eixo x, cnn<í.- lo e
ter um ponto de inflexão. A rruz x = -2 tem multiplicidade 2, que é par; assim, o gráfico deve
-3 -2 -1 2 3 ser tangente ao eixo x, mas não deve cruzá-lo. A raizx = j é simples, logo a curva deve cruzar
o eixo x sem ser tangente. Tudo i sso está de acordo com o gráfico da Figura 5.2. 1O. <li
-5
• ANÁLISE DE POLINÔMIOS
- lO
Historicamente, a expressão "esboçar urna curva" significava usar o Cálculo para ajudar a
desenhar o gráfico de uma função à mão: ()objetivo era o gráfico em si. Como agora os grá-
ficos podem ser produzidos com grande precisão por meio de ca lcu ladoras e computadores,
Figura 5.2.10
mudou o propósi to de esboçar uma curva. Atualmente, já começamos muitas vezes com um
grállco produzido por algum recurso gráfico, e só então passamos a "esboçar a curva" para
identi ficar as características importantes do gráfico que o recurso possa ter omitido. Assim,
o obj etivo de esboçar curvas não é mais o gráfico em si, mas a informação que ele revela
sobre a função.
Dentre as funções mais simples a serem esboçadas e analisadas estão os polinômios.
Suas características significativas são a simetria, os cortes com os eixos, os extremos relativos,
os pontos de inflexão e o comportamento final , ou seja, quando x-+ +oo c quando x-+ - oo.
A Figura 5.2.11 mostra os gráficos de quatro polinômios em x típicos. Os gráficos na Figura
5.2.11 têm propriedades que são comuns a todos os polinômios:
• Os polinômios são diferenciáveis em toda pane, de modo que seus gráficos não têm
Para cada um dos gráficos na Figu-
bicos ou retas tangentes verticais.
ra 5.2.11 , conte o número de cortes
com o eixo .r. os extremos relativos e • O gráfico de um polinômio não-constante sempre cresce ou decresce sem cota quan-
os pontos de inllexAo e confirme se
do x -7 +oo e quando x -t - oo. Isso ocorre porque o limite de um polinômio não-
sua conta é consistente oom o grau
do polinômio. constante quando x -7 +oo ou quando x -7 -oo é sempre ±oo, dependendo do sinal
do termo de maior grau e se o polinômio é de grau par ou ímpar [ver Fórmulas ( 17) e
( 18) da Seção 2.3 e a discussão a esse respcilo].
• O gráfico de um polinômio de grau n (> 2) 1cm no máximo 11 cortes com ocixox, no má-
ximo n- I extremos relmivos c no máximo 11-2 pontos de inncxão. Isso ocorre porque
os cortes com o eixo x, os extremos relalivos c os ponlos ele inflexão de um polinômio
p(x) es1ão entre as soluções reais das equações p(x) =O, p'(x) =O e p" (x) =O, e os poli-
nômios dessas equações têm grau 11, 11 - I e n - 2, respeclivamente. Assim, por exemplo,
o gráfico de um polinômio quadrálico lcm no máximo dois corlcs com o eixo x, um
exlremo relativo e nenhum ponto de inflexão; e o gráfico de um polinômio cúbico tem
no máximo três cot1es com o eixo x, dois extremos relativos c um ponto de inflexão.
)' I"
• .
I'
Figura 5.2.1 1
lim (x 3
x~--x
- 3x + 2) = x-.lim--x, x 3 = -:.o
de modo que o gráfico cresce sem cota quando x ~ +oo e decresce sem cota quando
x~-oo.
• Derivadas:
dy 2
- = 3x -3 =3(x- l )(x+ l )
dx
d2y
-=6x
2
dx
• Cresce, decresce, ex/remos relalivos, pomos de iriflextio: Na Figura 5.2. 13 lemos uma
análise de sinais das derivadas primeira c segunda c uma indicação ele seu significado
geométrico. Ternos pontos estacionários em x =-I ex= I. Corno o sinal ele dyldx muda
de+ para - em x =-I, ocorre um máximo relativo em x = - l , c como muda de- para+
em x- I , ocorre um mínimo relativo em x = I . O sinal de d 2yldi troca de - para + em
x =O, portanto x = Oé um ponto de inflexão.
• Esboço fina/: A Figura 5.2.1 4 mostra o esboço linal, identificando as coordenadas dos
cones com os eixos, os ex tremos relativos e os ponto. de inflexão. ~
(-1.4)
-I
X
------~--------------~----~
+++++ 0 - - - - - - - - - - - - --0 ++++ .. dy/dx=3(.r-tXx+l)
Crescente Decrescente Crescente y
o X
--------------~------------~
- - - - - - - - - - - - 0 ++++++++++++ cPy!cfx2 =6x
Côncavo para baixo Côncavo para cima
(I. 0)
(- 2. 0) X
2
Esboço simplificado de
y=x 3 -3x+2
I y = x> - 3x + 21
Figura 5.2.13 Figura 5.2.14
I. Urna função f tem um máximo relativo em .1·0 se existir um in- 3. Suponha que f esteja definida em toda pane c que x = -2 c
tervalo abcno contendo .r0 em que./{.r) é ./{xu) para x =I sejam pontos críticos de f Se .f"(x) = 2r + I. então f tem
cada x no intervalo. um relativo em x =-2 e um em x = l.
2. Suponha que festeja definida em toda pane e que x = 2, 3. 5 •
4. ScJaj{x) >
= (x·I - 4)". Então .f'(r)= 4x(x2 - 4) c .f"(x) =4(3x2 -4).
e 7 sejam pontos críticos de f Se /'(,r)~ positiva nos interva- Identifique a localização (a) dos máximos relativos. (b) dos míni-
los (-co, 2) c (5. 7) e é negativa nos intervalos (2, 3). (3, 5) e mos relativos c (c) dos pontos de innexão do gráfico def
(7. +oo), então f tem máximos relativos em x = - - - - -
e mínimos relativos em x = _ _ __
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 287
33. j(x) = i(x + 1)2 34. j(x)=i(x+ I)' E3 66.j(x)=scn ~xcosx. - rr/2$;x<rr/2
35. j(x) = 2x + 3xm 36. J(x) =2x + 3x'fl
,
x+3 X'"" 67·70 Use um CAS para fazer os gráficos de Use esses f' c f".
37. J(x) = ___..:..~
x-2 38. j(x) =.~4 + 16 gráficos para fazer uma conjectura sobre a localização c a natureza
das coordenadas x dos extremos relativos de f e verifiq ue-a pelo
39. j(x) = ln((2 + x1 40. j(x) = 1nl2 + x)l
gráfico de f.
41. J(x) = e2 ' - t!' 42. j(.r) =(xd)
r 2
3 2
43. J(x) = l3x- i l 44 • .ff.x) = 11 + ~~ @] 67.j(x) = 10x - 3 @] 6S.j(x) =are tg (x - x)
3x2 - 5x + 8 x 2 +4
45·54 Dê um gráfico do polinômio e identifique ;1s coordenadas @]69.J(x) = Jx 4 + cos2 x @]70.J(x) =}(i"- e' )
dos cones com os eixos. dos pontos estacionários e dos pontos de
inflexão. Confira as respostas com um recurso gráfico. 71. Em cada pane. encontre k de tal forma que f tenha um extremo
relativo em x = 3.
• 3x- 4
E3 45. p(x) = x·- E346.p(x) = I + 8x- x' X
(a) J(x) = ,,~' +-
k (b) j(x) = -:;---:-
E347. p{x) = 2('- 3x1 - 36x+ 5 X .r2 +k
E3 48.p(x) = 2 - x + 2t2 -x.) @]72. (a) Use um CAS para fazer o gráfico da função
E349.p(x) = (x + 1i(2.1· -.~) x4 + I
1 f(x) = x2 +I
E350. p(x) = .1' - 6x2 + 5
E351.p(x)=.i' -2x)+ 2x-1 E352.p(x)= 4}-9/ e use o gráfico para estimar as coordenadas x dos extremos
relativos.
E3 53.p(x)=x(x
2
-li E3S4.p(x)=.r(/ -1)
3
: : : : : : -
~'
...•.....• ·)·.: :.:.
.. . - ·,'<·,:)·:.. . :
.l' .. ..: ...........................
.
. . . . ...:
. . .
.: ..:
61·64 Use um recurso gráfico para fazer uma conJectura sobre os .. .. .. .. .
extremos relativos de f e então confira sua conjectura usando o
.. . ....................
.: .: .: .......
.. .. . .
···:....: ... .····:····:····:
;
I. menor do que ou igual a 2. 2. 7: 5 3. máximo: mínimo 4. (a) (0.16) (b) (-2.0)c(2,0) (c) (-2/./3.64/9)c(21../3.6419)
Nesta seção discwiremos procedimemos para obter o gráfico de funções racionais e outros
tipos de curvas. Também discutiremos a interação entre o Cálculo e os recursos tecnológicos
para traçar grâficos.
• simetrias • periodicidade
• cortes IH) eixo x • cortes no eixo y
• extremos relativos • pontos de inflexão
• intervalos de cresc.imento e decrescimento • concavidade
• assíntotas • comportamento no infinito
Algumas dessas propriedades podem não ser relevantes em certos casos; por exemplo, assín-
totas são características de funções racionais mas não de polinômios, c a periodicidade é ca-
racterística de funções trigonométricas mas não de polinômi os ou funções racionais. Assim,
quando analisamos o gráfico de uma função f, é útil saber algo a respeito das propriedades
gerais da família à qual a função pencncc.
Em alguns problemas, geralmente ternos um objetivo definido para a amílise do gráfico.
Por exemplo, podemos estar interessados em mostrar todas as características irnponantes da
290 Cálculo
Como Traçar o Gráfico de uma Fu11ção Racional/(x) = P(x)IQ(x) em que P(x) e Q(x)
Não Têm Fatores Comuns
Passo 1 Determine se há simetria em relação ao eixo y ou à ori gem.
Passo 2 Enconu·e os cortes com os eixos coordenados.
Passo 3 Encontre os valores de x para os quais Q(x) = O. O gráfico tem uma assíntota
vertical em cada um desses valores.
Passo 4 Determine o comportamento final do gráfico calculando os limites de.f{x) quan-
do x ~ +oo e quando x ~ -oo. Se um desses limites tem um valor finito L, então
a reta y =L é uma assíntota horizontal.
Passo 5 Os únicos lugares em que.f{x) pode trocar de sinal estão nos pontos de corte com
o eixo x e nas assíntotas verticais. Marque esses pontos no eixo x e calcule um
valor amostrai de.f{x) em cada um dos intervalos abertos determinados por esses
pontos. Isso nos diz se ftx) é positivo ou negativo nesse intervalo.
Passo 6 Use f'(x) e f"(x) para determinar os intervalos em que.f{x) é crescente, decres-
cente, côncava para cima e côncava para baixo. Determine a localização dos
pomos estacionários, dos extremos relativos c dos pontos de innexão.
lim Z.: 2 -
8 lim 2 - (S/ x 2) = 2
x-H·,.. x - - 16 x -++>o I - ( 16/ x2)
. 2x 2 - 8 . 2 -(8/ x 2)
I1111 2 = 1tm = 2
x ~ -" x - 16 .r - -"' I - ( 16/x 2)
Tabela 5.3.1
2
PQ;>;TO· y= , - 8
2x
t:<TERVA 1.0 n:sn: x--- 16 SINt\L O~)'
--4 --2 o 2 4 X I
.r I
8
++++ ~ -- 0 +++++ 0 -- ~ ++ ++ Sinal de y I I
I I
I 4 I
o 4 X -j
I I
- - j - - - -X
+ + + + oo + + + + + 0 - - - - - oo - - - - Sinal de dy/dr :t
Cresc Cresc Decr Decr y --8 --4 1 I 8
-~ ~ I I
I I
4
X
I I -4
I 2..-2- 8
I y= 2
++-t + oo - - - - - - - - - - oo ++++ Sinal de d 2y/dx 2 I I --8 I
l
x - 16
COncava COncava COncava J I I
para cima para baixo para coma
(-oo.-1) -2 3 Na Tabela 5.3.2 utilizamos o método dos pontos de teste para obter o sinal de y em
-8 cada um desses intervalos.
I
(-I , O) 2 6 +
• Assíntotas horizontais: Os limite.~
(0. I ) l -6
2
x2
(I. +oo) 2 ,I
8 + fim
x~+x X3
- I
= fim
.r->+"
(2.x - .2_\
xi)
= O
Conclusões:
• A análise de sinais de y na Figura 5.3.2a revela o comportamento do gráfico na vizi-
nhança da assíntota vcnical x = 0: o gráfico cresce sem cota quando x ~ o- e decresce
sem cota quando X --7 o~ (Figura 5.3.2b).
• A análise de sinais de dy!dx na Figura 5.3.2a mostra que existe um mínimo relativo
em x = -J3 e um máximo relativo em x = J3.
2 2
• A análise de sinais de d yldx na Figura 5.3.2a mostra que o gráfico muda a concavi-
dade na assíntota vertical x =O e que há pontos de inflexão em x = -.J6 ex= .,/6.
O gráfico é mostrado na Figura 5.3.2c. Para produzir um esboço um pouco mais preciso, utili-
zamos um recurso gráfico para esboçar os cxrrcmos rclarivos c os pontos de inncxão. O leitor
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 293
deve conferir que as coordenadas aproximadas dos pontos de innexão são (-2,45; -0,34) e
(2,45; 0,34) e que as coordenadas aproximadas dos pontos de mínimo relativo e máximo re-
lativo são(- I ,73; -0,38) e ( 1,73; 0,38), respectivamente. ~
- I o X
\'
o X
X
- - - - - 0 + + + + + .. + + + + + O - - - - Sinal de dyldx -I 2 3
Oecr Cresc Cresc Oecr y
- I
--16 o X -2
- - - O+ + + + + + .. - - - - - - o + + + Sinal de ti2y!tlr2
Concavidade Concavidade Concavidade Concavidade y
para baixo para cima para baixo para cima
\'
• FUNÇÕES RACIONAIS COM ASSfNTOTAS OBLfOUAS OU CURVILfNEAS
4 Nas funções racionais dos Exemplos I e 2, o grau do numerador não excedeu o do deno-
J minador, e as assíntotas eram ou verticais ou horizomais. Outros tipos de "assíntotas" são
2 possíveis se o numerador de uma função racional 1em grau maior do que o denominador. Por
exemplo, considere as funções r'dcionais
?
-1 -3 -2 I 2 3 J
f(x.) = x- + l x3 - x 2 - 8
e g(x) = ---:---- (I)
X x - 1
Usando divisão, podemos reescrevê-las como
I
f(x) = x +- = x-' - --:-
e8 g(x)
X x- 1
' I
y = x-+ Como ambas as segundas parcelas tendem a Oquando x -7 +oo ou x -7 -oo, segue que
X
(f(x) - x)--+ O quando x--+ + oo ou quando x--+ - :-10
Figura 5.3.3
(g(x)- x 2 ) - . O quando x-. + oc ou quando x--+ -oc
Geometricamente, isso significa que o gráfico de y = j(x) acaba ficando cada vez mais pró-
y
IX= I ximo da reta y = x quando x--+ +oo ou quando x--+ - oo. A reta y = x é, então, denominada
25
20
I
I
I
.r=x)!.
I
"" assíntota oblíqua ou inclinada def Analogamente, o gráfico de y = g(x) acaba ficando cada
2
vel. mais próximo da parábola y = x quando x --+ +oo ou quando x --+ -oo. A parábola é,
I I
15 I I então, denominada assíntota cur vilí11ea de g. Os gnll1cos das funções em (l) aparecem nas
I I
lO I / Figuras 5.3.3 .e 5.3.4.
/
I / Em geral, se ftx) = P(x)IQ(x) é uma função racional, podemos obter polinômios quo-
1,... / X
cien te q(x) c resto r(x) tais que
-3 - 2 4 5
-5 r(x)
- lO f(x) = q(x) + Q(x)
- 15
sendo o grau de r(x) menor do que o de Q(x). Então r(x)/Q(x) --+O quando x--+ +oo e quando
x---+ - oo, de modo que y = q(x) é uma assíntota def Essa assfn tota será uma reta oblíqua se o
grau de P(x) for um a mais do que o de Q(x), e será uma assíntota curvilínea se o grau de P(x)
exceder o de Q(x) por dois ou mais. Problemas envolvendo esse tipo de assín101as são dados
Figura 5.3.4 nos Exercícios 17 e 18.
294 Cálculo
• Derivadas
dy
dx
= f'(x) = 32 (x- 4) - 1/ 3 = 2
737(x--_---:-
4):-:1-;::
/3
Conclusões:
• A função j{x) =(x - 4l =((x -3
4) i
113
é não-negativa para cada x. Existe um zero de
f em x= 4.
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 295
• Existe um ponto crítico em x = 4, pois f não é diferenciável nesse ponto. Foi visto
anteriormente que nesse ponto ocorre uma cúspide. A análise de sinais de dyldx na
Figura 5.3.6a e o teste da derivada primeira mostram que nessa cúspide ocorre um
mínimo relativo, já que f'(x) <O se x < 4 c f'(x) >O se x > 4.
• A análise de sinais de d\Mr na Figura 5.3.6a mostra que o gráfico é côncavo para
baixo em ambos lados da cúspide.
O gráfico está dado na Figura 5.3.6b . ..,..
.•·
4 5
4 X
--------~---------+
- - - - - - - - - + + + + + + + + Sinal de dy/dx
Decrescente Crescente y X
-2 2 6 8 10
4 X -I
----------~-----------. 2 2
-------- ~ -------- Sinal de d y/d.r
Côncava para baixo Côncava para baixo r
(a) (b)
Figura 5.3.6
• Retas tangentes verticais: Exislc uma reta tangente vcr1ical em x =O, pois fé contí-
nua nesse ponto c
, 2(2x+ I )
lim f (x)
:r~ O'i
= lim
.t~ 0.,. X 213
= +x;
. , . 2(2x + I)
hm
x~o-
f (x) = .thm
->0" X 213•
= +x
Isso e a mudança da concavidade em x = O implicam que (0, O) é um ponto de infle-
xão do tipo dado na Figura 5.3.5a.
296 Cálculo
Conclusões:
• Pela análise de sinais de J na Figura 5.3. 7a, o gráfico está abaixo do eixo x emre os
cones x = - 2 ex= O do eixo x c acima do eixo x se x < -2 ou x >O.
-2 o X
--
I
2 o ...
- - - - - - - - - - - O+ + + ~ + + + + + + + + + + + + Sinal de dyld.r
Decrescente Cresc Crescente y
I
2 o 2
X
------------~--~------~----+ -5
++++++++++++++ • - - - - - -0 +++++ Sinal de d 1y!dx2
Côncava Côncava Côncava )'
para cima para baixo para cima
(a ) (b)
Figura 5.3.7
.,.. Exemplo 5 Esboce o gráfico de y = e-·''12 c identifique a l ocalização ele todos os ex tre-
O.lOS relati vos e dos pontos de inflexão.
Solução
• Simetrias: Substitui.n do x por -x não muda a equação, de modo que o gráfico é simé-
t-rico em relação ao eixo y.
012
• Cortes com o eixo x: Fazendo y =O, obtemos a equação e-' =O, que não possui
solução, pois todas as potências de e têm valores positivos. Assim, não existe corte
com OCIXOX.
Conclusões:
• A análise de sinais de y na Figura 5.3.8a foi baseada no li ato de que e-·''12 >O para todo
x. Isso mostra que o gráfico está sempre acima do eixo x.
• A análise de sinais de dyldx na Figura 5.3.8a roi baseada no rato de que dyldx = -x
e-"'12 tem o mesmo sinal que -x. Essa am11ise e o teste da derivada primeira mostram
que há um ponto estacionário em x =O, no qual ocorre um máximo relativo. O valor
0
de y no m<íximo relativo é y = e = I .
• A análise de sinais de d yldx na Figura 5.3.8a foi baseada no l~llo de que d\tdi =
1 2
(i- I )e-.,>.n tem o mesmo sinal que x2 - I . Essa análise mostra que há po111os de in-
flexão em x = -1 e em x = I. O gráfico troca de côncavo para cima para côncavo para
baixo em x =-I e de côncavo para baixo para côncavo para cima em x = I . As coor-
denadas dos pontos de innexão são (-1, e- a) ~ (-1, 0,61) e ( 1, e- 112) ~ ( I , 0,61).
1
o X )'
Sinal de y
o X
..,. Exemplo 6 Use um recurso gráfico para gerar o gráfico dcft:x) =(In x)lx, c discuta o que
esse gráfico diz sobre extremos relativos, pontos de innexão, assíntotas e comportamento final.
Use o Ccilculo para encontrar a localização de todas as características essenciais do gráfico.
298 Cálculo
Solução A Figura 5.3.9 mostra um gráfico defproduzido por um recurso gráfico. Esse
gráfico sugere que há um corte com o eixo x perto de x = I, um máximo relativo em algum
lugar entre x = Oex = 5, um pomo de inHexào perto de x = 5, uma assíntota vertical em x = Oe
possivelmente um assíntota horizontal y =O. Para uma análise mais precisa dessa infom1ação,
temos de considerar as derivadas
x C ) - (tnx)(l)
1-1, 25J X 1-0.5: 0,5( I -In X
xScl = 5. )'Sei = 0.2 f' (x) = ---'-'----::---
x2
de modo que y =O é uma assíntota hori zontal. Também há uma assíntota vertical em
x=O, pois
In X
lim -=-:c
x~O .. X
(por quê?).
• Cortes com os eixos: Fazendoftx) =O, olHemos (In x)/x =O. A única solução real
dessa equação é x = l , de modo que nesse ponto existe um corte com o eixo x . ..,.
8 13. x2 + x 8 14.
x2
3
~
1 - x2 1- x
8 15. Em cada parte. faça um esboço aproximado do gráfico usando 111 I' IV
,.
assíntotas c limites apropriados. mas não deri vadas. Compare
seu esboço ao gerado por um recurso gráfico computacional.
-I
·'
(a) r= 3x2- 8 (b) r= x2 + 2x
· x2 - 4 · x2 - I
2x- x 2 x2
(c) r= (d) y = -2: : - - -
. x2 + x - 2 .r - x - 2 v ,. VI
16. (a) Esboce o gráfico de
I X
)' = .,.-------,- -t
. (x-a)(x-b)
supondo (I = b.
(b) Prove que. se a= b. então a função Figur;t Ex-25
1
f (x) = -:-----:--:---:-:-
(.r- a)(x- b) 26. Esboce n forma gemi do gráfi co de y =x"" c descreva o que
é si rnétrica em relação à reta x = (cr + b)/ 2. acontece com ela quando 11 cresce se
(a) for inteiro positivo par:
17. Mostr e que y =x + 3 é uma assíntota oblíqua do gráfico de.ftx) = 11
i t(x - 3). Esboce o gráfico de y = .ftx) , mostrando esse compor- (b) 11 for inteiro positivo frnpar.
tamento assintótico.
18. Mostre que y =3- i é urna assíntota curvilínea do gráfico de
Jtx) = (2 + 3x- .r))lx . Esboce o gráfico de y = Jtx). mostrando 27-34 Obtenha um gráfico da função c identifique a localização
esse comportamcmo assintótico. de todos os pontos críticos c de inflexão. Confira seu trabal ho com
urn recurso gráfico.
19-24 Esboce um gráfico da fu nção racional dada e identifique
as coordenadas dos pontos estacionários c de i nflexão. Mostre as 8 27. J 4x 2 - I 8 28. ~x2 -4
assíntotas horizontais. verticais. oblíquas e curvi líneas e dê suas
equações. Identifique (se houver) os pontos em que o gráfico cruza 8 29. 2x + 3x213 8 30. 2t2 - 3x~/3
urna assíntota. Confira seu trabalho com um recurso gráfico. 8 31. 4x 113 - x~13 8 32. 5x 213 + x 513
r.::J 1 1 8 33. 8+x r.::J 8(,JX' - I)
~ 1 9. x-- ~34. ---
x 2+ {IX x
300 Cálculo
35-40 Obtenha um gráfico da função e idem i fique a localização 8 59. (a) Determine se os limites a seguir existem e. em caso a!ir-
de todos os pomos de cxrrcmos relativos c de inflexão. Confira seu rnat ivo. encontre-os.
trabalho com um recurso gráfico.
I.rm e,X cosx, lim e·<cos x
x.- +«~ X-+-~
8 41 ../{x) = xl Ej 42.fix) =xe·x 61 . A tigura em anexo mostra o gráfico da derivadt1 de uma fun-
t.:J 44..ftr) =x·e ção h que está definida e é contínua no intervalo (-oo. + ).
c:'1 ., !:r
8 43../{x) = x2e"2'
Suponha que o gráfico de lz' tenha uma assíntota vertical em
8 45../{x) = Je-_.1 Ej46.fix) =e· ".>
x=3 c que
e""
8 47../{x) =..,..---
1-x
8 48../{x) = .l"é' li' (x) -l> 0+ quando X -7 -oç
.... ...
extremos relativos, os pomos de inflexão e as assíntotas (con forme .. . . . . .. . . . . .. . . . . ..
o caso). Confira seu trabalho com um recurso gráfico. .; .. 2 . . . . .
: y = !J'(x): :
: .. I . . ........
. . .
8 51../{.r) =x In x 8 52../{x) =i In x . .'. X
8 53../{x) = ~; ln(2r) 8 54../t.r) = ln(l +I) ..
-t 3
. ...4..' ' .......
8 55../{x) = xm In x Ej 56.fix) =x· "~ In x
:. - I
.. . .
.. .. . . .
ENFOCANDO CONCEITOS ..: · - 2 ·········
. . ····· . . . .. .. .... .... ..
. ....
. . . . . . . .. .. .....
1
.·-) ....... ~ ~
Figun1 Ex-61
E] 57. Considere a família de curvas y = xe " (b > 0).
(a) Use um recurso gráfico computacional para gerar al - 62. Scja./{x) =(I - 2r)h(x), onde hGt) é a função dada no Exercí-
guns membros dessa família. cio 61. Suponha que x = 5 seja um ponto crítico de fi,t).
(b) Discuta o efeito da variação de b na forma do gráfico (a) Estime lr(5).
c a localização tanto dos extremos relativos como dos (b) Use o teste da derivada segunda para determinar se./{x)
pontos de inflexão. tem um máximo ou um mínimo relativo em x 5. =
8 58. Considere a família de curvas y =e~" (b > 0).
(a) Use um recurso gráfico computacional para gerar al- 63. Um lote retangular deve ser cercado de forma que a área
2
guns membros dessa família. i nterna seja de 400 r.n . Sejam L o comprimento da cerca
necessária c x o comprimento de um lado do retângulo;
(b) Di scuta o efeito da variação de b na forma do gráfico
c a localização tanto dos extremos relati vos como dos mostr.: qu<.: L = 2~: + 800/x para x > O c esboce o gráfi..:o de
pontos de inflexão. L ve1:ms x para x > O.
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 301
64. Urna caixa com base quadrada e sem tampa deve ser feita a par- [-ü,2: 0,2]. Mostre que a escolha da escala vertical faz com que
tir de uma folha de metal, de forma que seu volume seja de 500 o computador perca aspectos importantes do gráfico. Encontre
em'. Sejam S a área da superfície da caixa c x o comprimento os aspectos omitidos c faça seu próprio esboço moSirando-os.
de um lado da base quadrada. Mostre que S = x·• + 2000/x para
5 0,2
x >O c esboce o gráfico de S •-ers11s x para x >O. 4
0,1
65. A Figura Ex-65 mostra o gráfico do polinômio y = O. lx~ (x - I) 3
2
gerado em computador usando uma janela de [-2: 2.5] x [-1. 5]. 1
-2 -1 1
Mostrc que a escolha da escala vertical faz com que o computa- -0,1
-2 -1 1 2
dor perca aspectos importantes do gráfico. Encontre os aspectos -1 -0 , 2
omitidos e faça seu próprio esboço mostrando-os. Gerado pelt> M{llllemmica Gerado iJelo Marllemarica
66. A Figura Ex-66 rnostr:1 o gr(tfico do polinômio y = O.lx5 (x + I )2 Figura Ex-65 Figu rd Ex-66
gerado em computador usando uma janela de [- 2: 1,5] x
I. (a) (-1,0),(3. 0). (0, ~ ) (b) x=-2ex= 4 (c) y =3 (d) (- oo . -2),(- 1,3)e(4,+oo) (c)(- . - 2)e(- 2, I ]
(I)(- . -2)c(4, +oo) (g) ( 1, n 2. (a) (- 2, 0),(2, 0) (b) x= O (c) y = O (d) (- ,-2)c(2,+oo) (c) (-oo, - 4] e(0, 4]
(I) (-oo. - 4J II / 5)e(4J II /5.+oo) (g) +4J II / 5 "" +5,93 3. (a)y = O(quandox--7 - ) (h) (-oo, 2)e(2.-t·oo)
(c) (-oo, -21cj2. + · ) (d) (-oo, -2- 2J2) e (-2 + 2 .J2, +oo) (e) (2, O) (f) (-2. 16l' 1
) "" (-2; 5.89) (g) -2± M)
• EXTREMOS ABSOLUTOS
Vamos co meçar por alguma termi nologia para descrever o maior e o menor valor de uma
função em um intervalo.
5.4.1 DEFINIÇÃO Seja I um intervalo no dom fnio de uma função f Dizemos que f
tem um máximo absoluto em l em um ponto x., se j'(x) ~ f(x.J para todo x em/, e que f
tem um mínimo absoluto em x0 se f (,\'0 ) ::; f(x) para todo x em / . Se f tiver em x0 qual-
quer um dos dois, máximo absoluto ou mínimo absolulo, di zemos que f tem em x 0 um
extremo absoluto.
,.
.r .r X
/ tem um mfnimo f não tem extremos fiem um máximo f não tem extremos f tem um mínimo
absoluto mas nao absolutos em e um m ínimo absolutos em (tr. b) e um máximo
um máxomo absoluto (-oo. +oo) absolutos em absolutos em [a. b]
em (-oo. +oo) (-oo. +oo)
As hipóteses do Teorema do Valor Ex· 5.4.2 TEOREJ\-L\ (Teorema do Valor Extremo ) Se uma fu nçlio f fo r contínua em
tremo são essenciais. Ou seja. se o um intervalo fechado finito [a, b ), então f tem um mtíximo e um mínimo absolutos em
intervalo não for fechado ou se f não La. b].
é continua no intervalo. então f não
precisa ter extremos absolutos no in·
tervalo (Exercícios 4 a 6).
Embora a prova desse teorema seja muito difícil para ser incluída aqui, o leitor deve se convencer de sua validade
com alguns exemplos - tente lazer o grálico de diversas funções contínuas em (0. 11 e se convença de que não há
como evitar um ponto mais ano e um mais baixo no grálico. Em uma analogia física. se o leitor imaginar o gráfico
como os trilhOs de uma montanha-russa, começando em x = O e acabando emx2 1. então a montanha-russa deve
passar por um ponto mais alto e um mais baixo em seu trajeto.
então, certamente, f(x0 ) será o maior valor de f em uma vizinhança próxima ele x 0. Assi m, x 0
é um ponto crítico de f pelo Teorema 5.2.2. A demonstração no caso de mínimo absoluto é
semelhante. •
X Segue desse teorema que, se f for contínua no intervalo finito fechado [a, b), então
(I b os extremos absolutos ocorrem ou nos pontos extremos ou em pontos críticos do intervalo
(Figura 5.4.2). Dessa forma, podemos usar o seguinte procedimento para encontrar os ex-
(a) trcmos absolutos de uma função contínua em um intervalo finito fechado [a, b ].
,.
Procedimento para Encontrar os Extremos Absolutos de uma Função Contínua f em
um ltrtervalo Finito Fechado [a, b]
.r Passo 1 Encontre os pontos críticos de f em (a, b).
li Xo b Passo 2 Encontre o valor de f em todos os pontos críticos c nos extremos a e b.
(b) Passo 3 O maior entre os valores elo Passo 2 é o valor máximo absoluto de .f em [a, b], e
,. o menor valor é o mínimo absoluto.
Figura 5.4.3
Solução Observe que f é contínua em toda par1e e que, portanto, o Teorema do Valor Ex-
tremo garan te quef tem um valor máximo e um valor mínimo no intervalo 1-l, I]. Diferen-
ciando, obtemos
&x- I
f'(x) = 8xll3- x -2/3 = x -21\&x- I)= I
Tabela 5.4.1 x2 3
X -I o ! I Assim, f '(x) =O em x =§e f '(x) não está definida em x =O. Calculando o valor de f nesses
8
pontos críticos c nos extremos, obtemos a Tabela 5.4.1, da qual concluímos que um valor
/ (x) 9 o -89 3 mínimo absoluto de - ~ ocorre em x = i,
enquanto um valor máximo absoluto de 9 ocorre
em x =-I. ~
304 Cálc ulo
Ta bela 5.4.2
lim f(x)
:r - ) - oo
= +oo lim J(x) =-oo lim f(x)
.t' _,-00
=-oo lim f(x) =+oo
.t~-00 .r~ - oo
LIMITES
lim f(x) =+oo lim f(x) = - oo lim f(x) =+oo lim f(x) =-oo
x-++oo X-7+oo ;t-)+co .t-++oo
CONCL.USÓF$ SIZ f tem um mini mo absoluto. f tem um máximo absolu to. f não tem m~ximo f não tem nJ<1ximo
f fOR CON'l"INUA mas nenhum máximo mas nenhum mínimo absoluto. nem mínimo absoluto, nem mínimo
EM TODA Pi\Rl't: absol uto em("""". +oo) absoluto em (-oo, +oo) absoluto em (-oo. +oo) absoluto em (-oo. +oo)
y y y
GRÁFICOS
~v .r ~ X L ;r 1'1. X
/
\ r J 1-'
.,.. Exemplo 3 O que pode ser dito sobre a existência de extremos absolutos de polinômios
em (- oo, +oo)?
têm sinais opostos (um é +oo e o outro, - oo), não havendo, assim, extremos absolutos. Por
outro lado, se p(x) tiver grau par, então os limites em ( I ) têm o mesmo sinal (ou ambos +oo,
ou ambos - oo). Se o coeficiente dominante for posi tivo, ambos os limites são +oo e há um
mínimo absoluto, mas não um máximo absoluto; se o coeficiente dominante for negativo,
então ambos os limites são - oo e há um máximo absoluto, mas não um mínimo absoluto. ..,.
3 Solução Como p(x) tem grau par e o coeficiente dominante é positivo, p(x) -?+oo quando
x -?±oo. Dessa forma, ha um mínimo absoluto, mas nenhum máximo absoluto. A partir do
Teorema 5.4.3 [aplicado ao intervalo (-oo, +oo)], o mínimo absoluto deve ocorrer em um
ponto crítico de p. Como pé diferenciável em toda pane, podemos encon trar todos os pontos
críticos resolvendo a equação p'(x) =O. Essa equação é
Figura 5.4.4 Assim, concluímos que p tem um mínimo absoluto de -I em x =-I (Figura 5.4.4). ~
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 305
Tabela 5.4.3
lim f(x) = +co l im f(x) = -co lim f(x) = - co lim f(x) = +co
1.1.\IITF.S
.\ -:}(t . ,'( - )(1 + .f - ) (1 . x-•a•
lim f(x) = +co lim f(x) = - co lim /(x) = +co lim f(x) = -co
.r-+b .r-'f!J .r -'f h x~h
CONCI.USÜF.S SF. f tem um mínimo absoluto, /tem um máximo absoluto /não tem nem máximo. f não tem nem máximo.
f FOR CONTINUA mas nenhum máximo mas nenhum mínimo nem mínimo absolutos nem mínimo absol utos
EM (a, h) absoluto em (a, b) absolutO em (a, b) em (a , b) em (a, b)
!\
!I
) i ! i\ I
I
.\'
I
I
_,) ! ~~
I
I
GR,\ I' ICO
a: v j ll
X
(l i( \ !b l !_L
I
I"
I
I
X
11 1
I
I
~tb
I X
1 1
lim f(x)
x-+o+
= x-+limo+ x--x
? = • lim
- O• x(x- 1)
=-co
I I
y lim f (x)
x-+1 -
= x lim -:;-- = lim --:----:-:- = -co
-+ 1- x2 -x .r - 1- x(x- I)
X
I I ~
a função f tem um máximo absoluto, mas nenhum mínimo absoluto em (0, I ). Pelo Teorema
4 I 4 5.4.3, o máximo absoluto deve ocorrer em um pont.o crítico de f no intervalo (0, I). Temos que
-5
'(X)= 2x - I
f - ----::
- lO (x2- ..r)2
- 15 logo, a única solução da equação / '(x) = Oé x =~·Em bora .fnão sej a diferenciável em x =O ou
em x = I , esses valores são duplamente desqualíli cados por não pertencerem nem ao domínio
de.f nem ao intervalo {0, I ). Assim, o máximo absoluto ocorre em x = c esse valor máximo 4·
absoluto é
y= , (0 <.r< I)
x- - x
= -4
Figur a 5.4..5
(Figura 5.4.5). ~
gráfico de f deve fazer uma virada para c ima em algum ponto de I para subir acima de f(.r0) .
Entretanto, i sso não pode acontecer, pois o processo de fazer a virada para cima produziria
um segundo extremo relativo em I (Figura 5.4.6). Assim, f(xo) deve ser o máximo absoluto,
além de ser um máximo relalivo. Essa idéia está presente no teorema a seguir, o qual enun-
cmm os sem prova.
Xo
Um segundo 5.4.4 TEOREMA Suponha que f é contínua e tem exatamente 11111 extremo relativo em
extremo
relat1vo 11111 intervalo I. digamos em Xo-
Figura 5.4.6 (a) Se f tiver um mínimo relativo em x0, então f(x0) é o va/ormíni111o absolllto de f em I.
(b) Se f til'er rmr máximo relativo em x0, emão J(x0) é o valormáxi1110 absoluto de f em/.
Esse teorema é, muitas vezes, útil onde outros métodos silo enfadonhos ou difíceis de aplicar.
..,. Exemplo 6 Encomre os extremos absolutos, se houver, da funçãofi:x) =i·-· -~,'> no inter-
va lo (0, +oo).
)'
2
Solução Temos lim,..,...,f(x) = +oo (verifique), portanto,fnão tem um máximo absoluto no
intervalo (0, +oo). Contudo, a continuidade def, junto com o fato de que lim, ...o.fi:x) = e0 =I é
finito, permite a possibilidade def ter um mínimo absoluto em (0, +oo). Se f tiver um tal míni-
mo, deve ocorrer em um ponto crítico, pot1amo, consideramos
2 3
X
f'(x ) = e<-•~- 3x'\h 2 - 6x) = 3x(x - 2)é' '-~·•'>
Como i <'- ·'"l
>O para todos os valores de x, vemos que x =O ex= 2 são os únicos pontos
críticos de f D esses, somente x = 2 está no intervalo (0, +oo), de modo que nesse ponto f
/(x) = é •' .\.~) poderia ter um m ínimo absoluto. Para verificar se isso ocorre. podemos aplicar a parte (a) do
Teorema 5.4.4. Como
Figura 5.4.7
temos
/"(2) = (O+ 6)e-~ = 6e-~ > O
A função do Exemplo 6 tem um mfni· e, ponanto, pelo teste da derivada segunda, x = 2 é um ponto de mínimo relativo de f.
mo absoluto no Intervalo(-«>. +oo)?
A ssim,fi:x ) tem um valor m ínimo absoluto em x = 2, c esse mínimo éfi:2) =e-o~~ 0,0 183
(Figura 5.4.7). ,.
1. Use a ligura abaixo para encontrar as coordenadas x dos extre- 2. Verdadeiro ou falso:
mos relati vos c absolutos de.fern[O, 6]. (a) Se uma função/é continua ern[a. bl. entãoftcm utn máxi-
y mo absoluto em l a, /.1'1.
5 . ... ... . . .. .. .
•
..
. .' .. (h) Se uma função fé contínua em (a. b). então.ftem um míni-
4 .. mo absoluto em (a. /.1).
3 ... . .. . ....
) ' =/(X)
(c) Se uma função f tem um valor mínimo absoluto em (a. b) .
.
. .. . . ..' então f tem um ponto crítico em (a. b) .
2
(d) Se uma função fé contínua cm[a. b) e f não tem valores
. .. . extremos relativos em (a. b). então o valor máximo absolu-
·• x
to defexistec ocorre ou em x=a ou cmx= b.
2 3 -1 s 6 Figur.t Ex- I
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 307
3. Suponha que uma função f seja contínua em [-4, 4] e tenha 4. Scja.ftx)=.I.J-3i-9x+25. Use a derivada f'(x)=3(x+ I )(x-3)
pontos críticos em x = -3. O. 2. Use a tabela para dctcm1inar para determinar os valores absolutos máximo e mínimo. se
os valores absolutos máximo e mínimo. se houver. para f nos houver. pamfem cada um dos intervalos indicados.
intervalos indicados.
(a) [0.41 (b) 1-2. 4) (C) )-4. 21
(a) [1.41 (b) [-2. 21 (c) [-4. 4] (d) (-4. 4)
(d) [-5. 10] (c) (-5. 4)
X -4 -3 -2 -I o I 2 3 4
ENFOCANDO CONCEITOS
7-16 Encontre os va lores máx imo e mínimo absolutos de f nos
1-2 Use o gráfico para cncont rar as co~>rdcnadas x dos extremos intervalos fechados dados c indique onde ocorrem esses valores.
absolutos e relativos dcfcm 10. 71
7. f(x) = 4x2 - 12x+ lO; [ I. 2]
2.
.. .. .. .. .... .......
. ..................... 8. f(x) = 8x- .1) ; [0, 6.1
].
.. .. ... ..
' " ! " ' ..... : · " : '":· "
' . .
... .
9. J(x) =(x-2)3; 11.41
10. f(x) =2r~ + 3,\) - 12..r: r-:t 2]
.
.. ...." ..... ... . . . ..
. .. ...... .... ... . .......
.
.: ' ... 3x
...... ... . ........
:.
.
:.
. ........... ' ............
. . .:x. 11. J(x) =J :[-I. II
'X ! : . : : 4x 2 + I
12. f(x) = (x2 + .d": [-2. 3]
3. Em cada parte. esboce o gráfico de uma função contínua f
com as propriedades indicadas no intervalo [0. 10]. 13. f(x) =x- 2 scn .r: [-rr/4,rr/2]
(a) f
tem mínimo e máximo absolutos em x =O ex = 10, 14. f(x) = scn x- cosx: [O.rr]
respectivamente.
15. f(.r)=l+l9-il:l-5.11
(b) f tem mínimo e máximo absolutos em x = 2 ex = 7,
respectivamente. 16. f(x) = 16- 4xj: [-3. 3]
(c) f tem mínimos relativos em x = I ex = 8. máximos
relativos em x = 3 c x = 7 c mínimo e máximo absolutos 17·24 Encontre os val ores máximo c mínimo absolutos. se hou-
=
em x = 5 c x I O. respectivamente. ver, nos intervalos dados e i ndique onde esses valores ocorrem.
Ej26.f(x)=(x-lf(x+2)2 : (- ,+oo) 46. (a) Mostre que fl,x) = sec .r + cossec x tem um valor mínimo
mas nenhum valor máximo no intervalo (0. rr/2).
Ej 27.f(x) =i"(20-x): [-1. 20]
(b) Encontre o valor mínimo da parte (a).
~ .f
CJ 28.f(x) = : [- 1. 41 @)47. Mostre que o valor mínimo absoluto de
X2 +2
I , ..
,.2
Ej 29. f(x) = I +-: (0. +oo) /(x) = x· + (8- x)2 • x>8
X
2x 2 3x + 3
- ocorre em x = lO usando um CAS para encontrar / '(x) e para
Ej 30.f(x) = :[I. +co) rcsol ver f' (x) = O.
x 2 -2x+2
2- cosx Ej 48. A concentração C(1) de uma droga na corrente sangüínea 1
Ej31.f(x) = : [rr/4. 3;r/4j horas após ter sido injcwda é usualmente modelada por uma
senx
equação da forn1<1
Ej32. f(x) = sen2 x + cos x; [-rr. rr I
K (e- 1" - e- 01 )
C(l) =
Ej33. f(x) =i e - 2': [I, 4'1 (/- b
em[~. n \'
L
40. Seja f(x) =i + r>x + q. Encontre os valores de p e q tais que Distancia
f( I)= 3 é um valor extremo de f em [0. 21. Esse valor é máxi- perpendicular
mo ou mínimo'?
(a) Quais são os pontos mais alto e mais baixo do vôo? 53. Seja f(x) =ai + bx + c. onde a > O. Prove que f(x) ;e: O para
2
(b) A que distância à esquerda c à direita da origem ela voa? todo x se. c somente se. b - 4ac s; O. (Sugestão: Encontre o
mínimo de f (x).J
\'
.~
Figur.t Ex-52
Nesta seção mostraremos como os métodos discutidos na seção amerior podem ser usados
para resolver vários problemas de orimiz(lçt1o.
• Problemas que se redu zem a maximi zar ou minimizar uma função contínua em um
intervalo infinito ou finito, mas não fechado.
Para os problemas do primeiJO tipo, o Teorema do Valor Extremo (5.4.2) garante que o pro-
blema tem solução e sabemos que essa solução pode ser obtida examinando os valores da
função nos pontos críticos e nos extremos do inter valo. J(l os problemas do segundo tipo
podem ou não ter solução. Se a função for contínua c tiver exatamente um extremo re lativo
no intervalo, então o Teorema 5.4.4 garante a existência de uma solução e fornece um método
para encon tn1-la. Nos casos em que o teorema não se aplica, uma certa engenhosidade pode
ser necessária para resolver o problema.
.,.. Exemplo 1 Devemos projetar um jardim de área retangular e protegido por uma cerca.
Qual é a maior área possível de tal j ardim se dispusermos de apenas I 00 m lineares de cerca?
Solução Sejam
x = comprimento do retângulo (m)
y = largura do retângulo (m)
A = área do retângulo (m2)
Então
A = xy (1)
Como o perímetro do retângulo é de I 00 m, as variáveis x c y estão relacionadas pela equação
2-f +2y= 100 ou y = 50 - x (2)
X
(ver Figura 5.5.1) . Substituindo (2 ) em ( I ). obtemos
Pierre de Fermat (1601-1665) Fermat, filho de um bem- o primeiro matemático. após o grego Diofante. a dar contri -
sucedido comerei ame de couros francês. era um advogado buições substanciais a esse campo. Infelizmente. nenhum dos
que praticava a Matemática como passatempo. Ele rece- contemporâneos de Fermat apreciou seu trabalho nessa área. o
beu o grau de Bacharel em DireitO Civil da Universidade que acabou empurrando-o para o isolamento e para a obscuri-
de Orlcans. em 163 1, c posteriormente ocupou várias po- dade, no final da vida. A l<!m de seu trabalho em Cál culo e em
sições governamentais, inclusive um posto de consultor do teoria dos números. Fermat foi um dos fundadores da teoria da
parlamento de Toulouse. Embom aparentemente bem-sucedido. Probabilidade e deu grandes contri buições à teoria da Óptica.
documentos confidenciais da época indicam que seu desempenho Al ém da Matemática, foi um erudito de cena importância, era
oficial como advogado foi fraco. tal vez devido ao grande tempo lluente em francês, italiano, espanhol, latim e grego e escreveu
dedicado à Matemáti ca. Ao longo de toda a vida, não poupou es- uma quantidade razoável de poemas em latim.
forços para impedir a publicação de seus resultados matemáticos. Um dos grandes mi stéri os da Matemática está em um
Ele tinha o infeliz hábito de rabiscar seus trabalhos nas margens traba lho de Fermat em teoria dos nt1meros. Na margem de um
de livros e, freqüentemente. ehviava os resultados para amigos livro de Diofante. ele rabi scou que, para valores de n maiores
sem manter uma cópia para si. Como conseqüência, nunca lhe do que 2, a equaçãox"+l= i' não tem soluções x, y e z inteiras
foi dado o crédito por muitas de suas maiores reahzações, até que não-nulas. Ele afi rmou: '·descobri uma prova verdadeiramente
seu nome saiu da obscuridade na metade do século XIX. Sabe-se maravilhosa para isso. a qual. porém. não cabe nesta margem" .
agora que Fermat. simultânea c independentemente de D escar- Esse resultado. que licou conhecido como "o último teorema
tes, desenvolveu a Geometria Analítica. Infelizmente, Descanes e de Fermat", parecia ser verdadeiro. mas escapou dos maiores
Fermat discutiram asperamente sobre vários problemas, sem que gênios matemáticos por 300 anos. at<! que o professor Andrew
tenha havido qualquer cooperação real entre ambos. Wiles. da Universidade de Pri nceton, apresentou uma prova
Fermat resolveu muitos problemas fundamen tais do em junho de 1993 em uma série dramática de três conferên-
Cálcul o. Ele obteve o primeiro procedimento para diferenciar cias, que chamou a atenção da mfdia mundial (New York 7imes,
polinômios c resolveu muitos problemas importantes de maxi - 27 de junho de 1993). Ocorre que aquela prova tinha uma la-
mização. minimização. área e tangência. Seu trabalho serviu cuna séria. que foi preenchida e publicada por Wiles e Richard
de inspiração a lsaac Newton. Fermat é mais conhecido por Taylor em 1995. Um prêmio de 100 mil marcos alemães fora
seu traba lho sobre a teoria dos mímeros. pelo estudo de pro- oferecido em 1908 para a solução desse problema. porém seu
priedades c pelas relações entre os números inteiros. Ele foi valor foi consumido pela inflação.
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplícações 311
X o 25 50 X = 0. X = 25. X = 50
A o 625 o A substituição desses valores em (3) resulta na Tabela 5.5.1, a qual nos diz que a área máxima
2
de 625 m ocorre em x = 25, o que está de acordo com o gráfico de (3) na Figura 5.5.2. A
partir de (2), resulta que y = 25, de modo que o retângulo de perímetro I00 m com maior área
é um quadrado com lados medindo 25m de comprimento. •
A (m2)
700
600
500 O Exemplo l ilustra o seguinte procedimento de ci nco passos que pode ser usado para
400 resolver muitos problemas de máximos e mínimos em apl icações.
300
200
100 x(m)
~~~~~-L~~~
5 lO 15 202~ 3035404550 Procedimentos para Resolver Problemas de Máximos e Mf11imos em Aplicações
Figura 5.5.2 Passo 1 Faça uma figura apropr iada e identifique as qualllidades relevantes ao problema.
Passo 2 Obtenha uma fórmula para a quantidade a ser maximi zada ou minimizada.
Passo 3 U sando as condições dadas no problema para elim inar var iáveis, expresse a
No Exemplo 1, incluimos x = Oex = so quantidade a ser maxirnizada ou minimi zada como função de uma vari ável.
como valores possiveis de .r, mesmo
que nesse caso tenhamos retângulos Passo 4 Encontre o i.nter val o de valores possíveis para essa variável a partir das restrições
com dOis lados de comprimento zero.
físicas do problema.
Se virmos Isso como um problema
puramenle matemático. não haverá Passo 5 Se aplicável, use as técnicas da seção anterior para obter o máximo ou o mí-
nada de errado em permitir ladOs de
mmo.
.
comprimento zero. Porém. se virmos
isso como um problema concre1o no
qual o retângulo será formado com
algum material, então esses valores
.,.. Exemplo 2 Uma caixa aberta deve ser feita de uma folha de papelão medindo 16 por 30
devem ser excluídOs.
em, destacando-se quadrados iguais dos quatro cantos e dobrando-se os lados (Figura 5.5.3).
Qual é o tamanho dos quadrados para se obter uma caixa com o maior volume?
rrx[---------- XIX
16lcm ~L_-----------~~
.t X
-~ 30cm I r- - - 30 - 2x--->
Figu r a 5.5.3 (a) (b)
Solução Para enfatizar, vamos listar explici tamente os cinco passos do procedimento dado
acima como um modelo para resol ver esse problema. (Em exemplos posteriores, seguiremos
esse model o sem listar os passos.)
• Passo I : N a Figura 5.5.3a ternos a folha de papelão com os quadrados removidos dos
cantos. Sejam
• Passo 2: Como estamos removendo quadrados de lados x de cada canto, a caixa resul-
tante terá dimensões 16- 2x por 30 - 2:r por x (Figura 5.5.3b). Como o volume de uma
caixa é o produto de suas dimensões, temos
• Passo 4: A variável x em (5) está sujeita a certas restrições. Como x representa um com-
primento, não pode ser negativo e, como a largura do papelão é de 16 em, não podemos
conar quadrados com lados maiores do que 8 em de comprimento. Assim, a variável x em
(5) deve satisfazer
Tabela 5.5.2
X o -lO3 8
c, dessa forma, reduzimos nosso problema ao de encontrar o valor (ou valores) de x no
intervalo [0, 8) para o(s) qual(is) (5) é um máximo.
v o 19600 .. 726
27 o
• Passo 5: A partir de (5), obtemos
-dV
dx
= ,
480- 184x + 12x- = 4(120 - 46x + 3x2 )
= 4(x - 12)(3x- 10)
&00
700 Equacionando-se dV/dx =O, obtemos
600
500
400
x=lj! c x= l2
300
200 Como x = 12 cai fora do intervalo [0, 8], o valor máximo de V ocorre ou no ponto crítico
100 x (em) x = 1~ ou em um dos extremos x =O, x = 8. Substituindo em (5) esses valores, obtemos a
I 2 3 ~ 5 6 7 S Tabela 5.5.2, a qual nos diz que o maior volume possível V= 19Jf1 3
cm ~ 726 cm ocorre
3
Figura 5.5.4 1
°
quando cortamos quadrados com 3 em de lado. Isso está de acordo com o gráfico ele (5)
mostrado na Figura 5.5.4. •
.· .· t
·
·x . : ·
. 8km
8-.r--;
...-~
tubulação?
Solução Sejam
.... ..
x =a distância (em km) entre A e P
Figura 5.5.5
c= o custo (em milhões de dólares) para tod<t a tubulação
A partir da Figura 5.5.5, o comprimento da tubu lação sob a água é a distância entre W e P.
Pelo Teorema de Pitágoras, esse comprimento é
(6)
Também a partir da Figura 5.5.5, o comprimento da tubul ação em terra é a distânci a entre P
e B, que é
8- x (7)
De (6) e (7), tem-se que o custo total c (em milhões de dólares) para a tubu lação é
c= L(/:r2 + 25) + !<8- x) = Jxi + 25 + !<8- x) (8)
Como a distância entre A e 8 é de 8 km, a distância x entre A e P deve satisfazer
O::;x ::;8
Reduzimos, assim, nosso problema ao de encontrar o valor (ou valores) de x no intervalo [0, 8)
pam o(s) qual(is) c atinge um núnimo. Como c é uma função contínua de x no intervalo fechado
[0, 8], podemos usar os métodos desenvolvidos na seção anterior para encontrar o mínimo.
A partir de (8), obtemos
de x I
- = --
dx Jx2 +25 2
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 3 13
(9)
I 2
x = -(x + 25)
2
4
5
x=±-
,fj
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA O número - 5/J3 não é uma solução de (9) c deve ser dcscarrado, rcsrando x = 51J3 como
único ponto crítico. Como esse ponto está no interval o [0, 8j, o mínimo deve ocorrer em um
Se o lettor dispuser de um CAS. use-o
para verificar os cálculos no Exemplo dos pontos
3. Especificamenle, diferencie cem re· x=O, x=5f.,f3. x= 8
fação a.<. resolva a equação dcld.tc Oe
execute todos os cálculos numéricos. Substituindo esses valores em ( 8), teremos a Tabel a 5.5.3, que nos diz que o menor custo pos-
sível da tubu lação é c =$ 8.330. 127 até o dól ar mais próximo, c isso ocorre quando o ponto P
estiver localizado a uma distância de 5/.,fj :::::: 2,89 km de A . .,.
Tabela 5.5.3
5
X o -.!5 8
.,. Exemplo 4 Encontre o raio e a altura do cili ndro circular reto ele maior volume que
pode ser inscrito em um cone circular reto com lO em de altura e 6 em de raio (Figura
5.5.6a).
Solução Sejam
r = raio do cilindro (em em)
h = al tura do cilindro (em em)
1
V = volume do cilindro (em cnr )
I I
I
tOem
A fórmula para o volume do cilindro inscri to é
( I O)
l
Para eliminar um a das vari áveis em ( 10), prec isamos de uma relação entre r c h. Usando se-
.... --~ __I -
I " Ir--"' melhança de triângulos (Figura 5.5.6/J), obtemos
r r
----- 'J
l-6em-l
10 - h
- - =-
,.
10
6
5
ou h = lO - - r
3
(l i)
T
lO- "
V = m--' ( 10- -r
5 ) = IOnr? - -rrr
3
53
3
(1 2)
j_, que expressa V só em termos de r . Como r representa um raio, e este não pode ser negativo, e
tOem
l como o raio do cilindro inscri to não pode exceder o raio do cone, a variável r deve satisfazer
l" ~ l O<r<6
Assim, reduzimos o problema a encontrar o valor (ou valores) de rem [0, 6] para o(s) qual(is)
(b)
( 12) é um máximo. Como V é uma função contínua de r em [0, 6], podemos aplicar os méto-
Figura 5.5.6 dos desenvolvidos na seção precedente.
314 Cálculo
Ta bela 5.5.4 r = O, r = 4. r =6
Substituindo esses valores em (12), obtemos a Tabela 5.5.4, que nos diz que o volume máxi-
,. o 4 6 mo V= ~ :rr ~ 168 cm ocorre quando o cilindro inscri to tiver raio de 4 em. Quando r = 4,
1 3
tem-se a partir de ( li ) que h= ~·Assim, o ci lindro inscrito com o maior volume tem raio
v o 1601T
o r= 4 em c altura h = ~ em. ~
~ 1
.,.. Exemplo 5 Uma lata cilíndrica fechada deve con ter I litro (1.000 cm 3) de líquido.
Como poderíamos escolher a altura e o raio para minimi zar a quantidade de material usado na
C()nfccção da lata?
Solução Sejam
h= altura da lata (em em)
r= raio da lata (em em)
S =área da superfície da lata (em cm 2)
Supondo não haver perda nem superposição, a quantidade de material necessária para a confec-
ção será igual à área da superfície da lata. Como a lata consiste em dois discos circulares de raio
r e uma folha retangular com dimensões h por 2JTr (Figura 5.5.7), a área da superfície será
S = 2m· 2 + 2nrh (13)
Corno S depende de duas variáveis, r e h, vamos procurar por al guma condição no problema
que permi ta expressar uma delas em termos da outra. Para isso, observe que o volume da lata
3
é de 1.000 cm ; assim, a partir da fórmula V= m.lh para o volume do cilindro, tem-se que
1000
ou h = ? (14-1 5)
JTr-
Substituindo ( 15) em ( 13), obtemos
o 2000
S = 2rrr- + - - (16)
r
Assim, reduzimos o problema a ehcontrar um valor de r no intervalo (0, +oo) para o qual Sé
mínimo. Como Sé uma função contínua de r no intervalo (0, +oo) e
hm
• (
2m··? + 2000) = +x e .
hm ( 2m· 2 + 2000) = +oo
r~o+ r r~+~ r
a análise da Tabela 5.4.3 implica em S ter um mínimo no intervalo (0, +oo). Como esse míni-
mo deve ocorrer em um ponto crítico, calculamos
dS 2000 (17)
- = 4JTr - --::-
dr r2
Equacionando dS/dr =O. obtemos
10
r= 3= ~ 5.4 ( 18)
v~JT
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 315
Como ( 18) é o único ponto crítico no intervalo (0, + oo), esse val or de r dá lugar ao valor mí-
nimo de S. A partir de (J 5), o valor de h correspondente a esse r é
1000 20
h= = =2r
JT(!O/ Y2JT)2 Y2JT
Não é acidental nesse problema que o m ínimo ocorra quando a altura da lata é igual ao diâ-
metro de sua base (Exercício 27).
_ ,_.,
1
I
I
1
1
I
I
•- r ~
Figura 5.5.8 Terceira solução Uma maneira alternativa de justificar que o ponto crítico r= LO!-Y21T
corresponde a um minimo de Sé olhar para o gráfico de S versus r (Figura 5.5.8). ..,.
Como não há restri ções sobre x, o problema se redu ;r, a encon1rar um valor de x em ( -oo, +oo)
,. 1
para o qual ( 19) é m ín.ima. A distância L e seu quadrado L são minimizados no mesmo ponto
(v~ja o Exercício 62). Assim, o valor mínimo de L em ( 19) c o valor mínimo de
(20)
o que mostra que em x = 2 ocorre um mínimo relativo. Uma vez que x = 2 é o único extremo
relativo para L, tem-se a partir do Teorema 5.4.4 que em x = 2 também ocorre um valor míni-
mo absoluto de L. Assim, o ponto sobre a curva y =i mais próximo de ( 18, O) é
~
(x.y)=(x,x-) =(2.4) ~
O custo total C (x) da produção de x unidades pode ser expresso como uma soma
C(x) = a + M(x) (24)
onde a é uma constante denominada despesas gerais e M (x) é uma função representando o
cus({' de manufatura. As despesas gerais, as quais incluem custos lixos como aluguel e se-
guro, não dependem de x; devem ser pagas mesmo que não haja produção. Por outro lado, o
custo de manufaturaM (x), o qual inclui itens como custo do material e do trabalho, depende
do número de artigos manufaturados. Mos1ra-se em Economia que, corn hipóteses simplifica-
doras adequadas, M (x) pode ser expresso na forma
M(x) = bx + cx 2
onde b e c são constantes. Substituindo isso em (24), obtemos
C(x) =a +bx + cx 2 (25)
Se uma indústria puder vender todos os artigos produzidos por p dólares cada, então sua
receita total R (x) (em dólares) será
R(x) = px (26)
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 317
Ao determinar o valor (ou valores) de x em [0,/ ] que maximiza(m) (27), a firma pode deter-
minar quantas unidades de seu produto devem ser fabricadas e vendidas para obter o maior
lucro. Isso está ilustrado no exemplo numérico a seguir.
.,.. Exemplo 7 Uma forma líquida de penicilina fabricada por urna firma farmacêutica é
vendida a granel a um preço de $200 por unidade. Se o custo total de produção (em dólares)
para x unidades for
C (x) = 500.000 + 80x + 0,003i
e se a capacidade de produção da firma for de, no máximo, ~0.000 unidades em um tempo
especificado, quantas unidades de penicilina devem ser fabricadas e vendidas naquele tempo
para maximizar o lucro?
Solução Como a receita total da venda de x unidades é R (x) = 200x, o lucro P (x) sobre x
unidades será
P (x) =R (x) - C (x) = 200x - (500.000 + 80x + 0,003i) (28)
Como a capacidade de produção é de, no máximo, 30.000 unidades, x deve estar no intervalo
[0, 30.000]. A partir de (28),
dP
--;[; = 200- (80 + 0,006x) = 120 - 0.006x
Substituindo esses valores em (28), obtemos a Tabela 5.5.5, que mostra que o lucro máximo
P = $700.000 ocorre quando x = 20.000 unidades forem fabricadas e vendidas no tempo
especificado. <11
Tnhcln 5.5.5
X o 20.000 30,000
• ANÁLISE MARGINAL
Os economistas chamam P'(x), R'(x) e C '(x) de lucro marginal, receita marginal e cu$tO
marginal, respectivamente, e interpretam essas quantidades como o lucro, a receita e os cus-
tos adicionais que resultam da produção c da venda de uma unidade adicional do produto,
quando o nível de produção e de ve ndas deste é de x unidades. Essas interpretações seguem
da aproximação linear local das fu nções lucro, receita c custo. Por exemplo, tem-se a partir da
318 Cálculo
Fórmul a (2) da Seção 3.8 que, quando os níveis de produção e de vendas são de x unidades, a
aproximação linear local da função lucro é
1. Um número positivo ~ somado com seu recíproco. O menor 4. Um retângulo é inscrito em um triângulo cujos vértices estão na
valor possível dessa soma ~ _ _ __ origem, no ponto (0. 2) c no ponto ( I. 0). Se cada lado do retân-
gulo é paralelo ou coincidente com um dos eixos coordenados.
2. Se a soma de dois números positivos é 10, então o valor máxi-
então a maior ár.:a possível do retângulo é _ _ __
mo do produto desses dois números é _ _ __
EXERCÍCIOS 5.5
1. Encontre um número no intervalo[!.~ ] tal que a soma do nú- limitando os dois ca tetos do campo. Encontre as dimensões
mero com seu recíproco é do campo de mai or área que pode ser cercado com 1.000 m
(a) a menor possível lineares de cerca.
(b) a maior possível S. Um terreno retangular deve ser cercado de duas formas. Dois
2. Como escolher dois mlmcros não-negativos tais que sua soma lados opostos devem receber uma cerca reforçada que custa $3
é I e a sorna de seus quadrados é o metro, enquanto os dois lados restantes recebem uma cerca-
(a) a maior possível ? padrão de $2 o metro. Quais são as dimensões do terreno de
(b) a menor possível'? maior área que pode ser cercado com $6.000?
3. Um campo retangular está limi tado por uma cerca em três de 6. Um retângulo deve ser inscrito em um triângulo retângulo com
seus lados c por um córrego reto no quarto lado. Encontre as lados de comprimento 6. 8 e lO em. Encontre as dimensões do
dimensões do campo com área máxima que pode ser cercado retângu lo com a maior área. supondo que ele está posicionado
com 1.000 rn de cerca. confom1c a figura a seguir.
4. Um campo de,·c ter o formato de um triângulo retângulo. 7. Resolva o Exercício 6 supondo o retângulo posicionado confor-
com a hipotenusa ao longo de um rio reto e uma cerca de- me a figura a s.:guir.
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 319
12. Mostre que. dentre lodos os retângulos com perímetro p. o qua- 26. Mostre que o cilindro circular reto ele maior volume que pode
drado é o que tem áre:1 máxim:t ser inscrito em um cone circular reto tem um volume que é ~
do volume do cone (Figura Ex-26).
.13. Mostre que, dentre todos os retângulos com área A, o quadrado
tem o perímetro mínimo.
14. Um fio com 12 em pode ser curvado formando um círculo.
dobrado formando um quadrado ou cortado em duas partes
formando um círculo e um quadrado. Quanto do fio deve
~ -----
ser usado no círcu lo para que a área total englobada pela(s) 1
figura(s) seja:
-L----
(a) máxima? (b) mínima?
15. Suponha que o número de bactérias em uma cultura no instante
1-----
c..
- Figurn •:x-26
1120
1 seja dado por N = 5000(25 + te ).
27. Uma lata cilíndrica fechada deve ter um volume de V unidades
(a) Encontre o maior e o menor número de bactérias no inter- cúbicas. Mostre que uma lata com área superficial mínima é
valo de tempo O S 1 S I 00. obtida quando a altura for igual ao diâmetro da base.
(b) Em que momo:mo. no intervalo de tempo de (a). o número
de bactérias decresce mais rapidamente? 28. Uma lata cilíndrica fechada deve ter urna área superficial de S
unidades quadradas. Mostre que uma l ata com volume máximo
16. A janel:1 de uma igreja consisto: o:m um retângulo com semi - é obtida quando a altura ror igual ao diâmetro da base.
círculo em cima c deve ter um perímetro I'· Encontre o raio do
semicírculo para que a área da janela seja máxima. 29. Uma lata ci líndrica abc11a em cima deve conter 500 cm3 de lí-
quido. Encontre a altura e o raio que minimizam a quantidade
17. Urna caixa ele base quadrada é mais alta do que larga. Para po- de material necessário para confeccioná-la.
der mandá-la pelo correio dos EUA. sua altura e o perímetro
da base devem somar não mais do que I 08 polegadas. Qual é o 30. Uma lata de sopa com forma de cilindro circular reto, raio r e
volume máximo dessa caixa? altura li deve ter um volume V. A tampa c a base são cortadas
de quadrados. conforme a Figura Ex-30 a seguir. Se os cantos
18. Uma caixa de base quadmda é mais larga do que alta. Para po- sombreados forem os únicos refugos. encontre a razão r/li para
der mandá-la pel o correio dos EUA, sua largura c o perímetro a lata que requer menos material (incluindo o refugo).
de um dos lados (nfio quadrado) devem somar não mais do que
I 08 polegadas. Qual é o volume máximo dessa caixa'? 31. Uma armação em arame consiste em dois quadrados idênticos.
cujos vértices estão ligados por quatro fios retos de mesmo
19. Uma caixa aberta deve ser feita com uma fol ha de metal de 3 comprimento (Figura Ex-3 1 a seguir). Se a armação for feita
por 8 em. cortando-se quadrados iguai s dos quatro cantos e do- com um único fio de arame de cornpri rnento L. quais devem ser
brando-se os lados. Encontre o volume máximo que uma caixa as dimensões para obter uma caixa com o maior volume?
dessas pode ter.
320 Cálculo
Figurn Ex-30
QO
Figura Ex-31
mente proporcional ao quadrado da distância I da fonte de luz
(Figura Ex-40). I
41. Urna prancha é usada para escorar um muro c deve passar por
cima de urna cerca de 8 pés de altura e a 1 pé do muro (Figura
32. Suponha que a soma das áreas das superfícies de uma esfera e Ex-4 1). Qual é o comprimento da menor escora que pode ser
de um cubo seja constante. usada? [Sugestão: Expresse o comprimento da escora em ter-
(a) M ostre que a soma dos volumes é mínima quando o diâ- e
mos do ângulo mostrado na figura].
metro da esfera for igual ao com pri memo de uma aresta
do cubo.
Fonte
(b) Quando será máxi ma a soma dos volumes'! de luz
33. Encoru re a allura.: o raio de um cone com allura inclinada L I
cuj o volume é o maior possível.
--- I
/
C(x) = 3000 + 20x
(a) Encontre a funçuo recei ta R (x).
I
I (b) Encontre a função lucro P (x).
o (c) Supondo que a capacidade máxi ma de produção é de 500
1-- 2 unidades por dia. determine quantas unidades a companhia
Figura Ex-38 deve produzir c vender por dia para maximizar seu lucro.
Figura Ex-39
(d) Encontre o lucro máximo.
40. Urna 11irnpada é suspensa acima do centro de uma mesa circu- (c) Qual é o preço unitário a ser cobrado para obter o lucro
lar com raio r. A que altura acima da mesa ela deve ser colo- máximo?
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 321
45. Em um ceno processo de fabricação química. o peso diário y de 56. Encontre a coordenada x do ponto P na parábola
produção defeituosa depende do peso x de toda a produção. de
y = I - x2 (O < x < I)
acordo com a fórmula empírica
de modo que o triângu lo formado pela reta tangente em P e os
y = O,Oix + 0,00003.r 2 eixos coordenados tenha a menor área.
onde x c y estão em quilos. Se o lucro for $ 100 por kg do produto 57. Onde. na curva y =(I +ir'. a reta tangente tem a maior incli-
químico sem defeito e a perda for de $20 por kg de produto quí- nação'?
mico defeituoso produzido. quantos quilos do produto devem ser
produzidos diariamente para maximizar o lucro diário total ? 58. Unt homem está sentado em um barco a I km da margem (reta)
de um lago. Uma cidade está locali zada nessa margem a I km
46. Um motorista de cam inhão autônomo cobra de um cliente $15 do ponto da margem do lago que está mais próximo do homem.
por hora dirigida, acrescido do custo do combustível. Dirigin- Ele pretende remar em linha reta até um ponto f> na margem
do a uma velocidade de u quilômetros por hora. o caminhão oposta e depois caminhar o restante ao longo da margem (Figu-
consegue fazer 10- 0.07v krn por litro de combustível. Se o ra Ex-58). Para que ponto ele deve remar a fim de chegar a seu
combustível custa $1.50 por litro. qual é a velocidade v que destino no menor tempo se ele
minimizao custo para o cliente?
(a) pode andar a 8 kmlh e remar a 5 km/h?
47. Duas partículas A e 8 estão em movimento no plano .\y. Suas (b) pode andar a 8 km/h e remar a 6 krnlh '?
coordenadas em cada instante do tempo 1(1 <! O) são dadas por
59. Um cano com diâmetro desprezível deve ser carregado hori-
= = = =
x,, 1, y" 21, x11 l - I c y0 1. Encontre a distância mínima
w ntalmente, em tomo de um canto li gando duas passagens
entre A e /J.
com 2.40 m c I .20 m de largura (Figura Ex-59). Qual é o com-
' x11 = 21 e
48. Siga as instruções do Exercício 47. com xA = 1. y,,= r. primento máximo que o cano pode ter?
>'11 = 2.
Fonte: Umn discussão interessante dest~ problema. na qual o diâmetro do
49. Prove que o ponto da curva i+/= I mais próximo de (2. O) é cano n:lo é dcsprczí~el. foi feita por Nom>an Millcr no Ameríl'l lll Mmlrwur·
(I. 0). IÍCIII Momltly, Vol. 56. l 9-19. p. l 17-l 79.
(b) Dê uma explicação geométrica sobre por que os pontos que é a soma dos quadrados dos desvios entre a estimativa .i' e
encontrados em (a) são aqueles da elipse que estão mais os vnlorcs medidos. MostTc que a estimativ:. resultante do prin-
próximos, ou mais afastados. da origem. cípio dos mínimos quadrados é
54. Usando a derivada, explique por que os pontos encontrados - I
no Exercício 53(a) são aqueles da elipse que estão mais pró- x= -(Xt +x2 + ··· + xn)
1/
ximos. ou mais atàstados. da origem.
isto é• .i: é a média aritmética dos valores observados.
55. Encontre as coordenadas do ponto P na curva 61. Suponha que a int.ensidade de uma fonte pontual de luz seja
diretamente proporcional à potência da fonte c inversamente
I
y =- (x > O) proporcional à distância da fonte. Dois pontos de luz com po-
x2
tências S c 8S estão separados por uma distância de 90 em.
Onde. no segmento ele reta entre as duas fontes. a intensidade é
de modo que o segmento da reta tangente em /~ determinado
pelos eixos coordenados. tenha o menor comprimento. mfnima?
322 Cálculo
65. Princí i c Fcrmm bi grafia à ágina 31 O na ó tica e ta n e v, é a c ci a c a uz n rimeir mei . u2• n egun
bc ece uc a uz. ia an c um nt ara utr , egue a ue e e O, e 02 ã ângu m tra na Figura E tre
caminh ara ua tem t ta n crcur é mínim Em ue i cguc a hi ótc c c uc caminh c tem mí11im
um mci uni rmc, ca minh c utcm mfnim n e e ~~me. c rrc uan tltld.r = O
n r i tância'' êm a cr iguai a im, a uz. c nã b truí a,
67. m azcn ci r c c a caminhar a uma ta a c n tantc e eu
ia a em inha rct;) Su nha uc tenham uma 11tc e uz,
e t<íbu até um ri rct • encher um ba e c c ar ara ca a n
um c e h an c um b er a r em um mei uni rme Se
mcn rh~ m
um rai c uz ci a a 1110, bate em um e e h e ai até
b cr a r. cntü ua tra ctória c 11 i te em cgment c a E i uc c m c te r b ema e re aci na c m rincí i
reta. c n rmc m tra a Figura E 5 De ac r c m rincí e Fennat e r b ema a rene ã a uz E ercíci 5
1 c Fermat. a Ira etória é ta ue tem t ga t 11 ercur b e re u ta E ercfci 5 ara e cre er ge metri
é mínim u. c m mei é uni rme, a tra etória erá ta ue camente ua me h r caminh ara azen eir egui r
a i 1ância t la crc rri a c 1\ a P a B erá a men r í e c e a arte b ara cterm inar n e azen e1r e erá
Su n uc mínim c rre uan dtldx =O. m trc ue encher ba e c a ca a c c tábu e ti erem ca JZa
ra1 c uz irá atingir e e h em um nt P, ta ue ''ângu ta c m na Figura E 7
c i nci ência" 01 erá igua a "ângu
Fonte A
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rai c uz uc a a entre ar e água c i11c ina re raçã
magi11c i mci uni rmc c 111 água e ar e um rai e Figura Ex-66 Figura Ex-67
J. 2 2. 25 3. ~ 4. ~
Willebrord van Roijcn Sncll (1591-1626) atemát:ic h era i nc rretamente en a a c m en O,tv, = 9.ju2 ei e
an ê Snc ucc cu a cu a1 n t e r e r e a Sne i ub ica a r De carte em I 3 . em ar e 1
temática na ni cri a c e ei en em I 13 e é mai am cré it a Sne E e também e c briu um mét e etermi
c rc u ta brc rc raçã a uz uc c a eu n me Em naçã c i tância r triangu açã uc eu iníci à m erna
b ra cnômcn tenha i e tu a e e a récia antiga técnica e c n ccçã c ma a
c m a trôn m Pt meu. até traba h e Sne a re açã
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 323
Na Seçc1o 2.5 mostramos como aproximar as raízes de uma equaçc1o f (x) = O usando o
Teorema do Valor Intermediário e também fa zendo um zoom no corte do eixo x de y = f(x)
com um recurso gráfico compwacional. Nesta seção estudaremos uma técnica denominada
Método de Newton, que, em geral, é mais eficiente do que qualquer wna das outras duas. O
Método de Newton é a técnica usada por muitos progmmas de compwadores comerciais e
científicos para encontrar raíz.es.
• MÉTODO DE NEWTON
'
Em Algebra elementar, aprende-se que a solução de uma equação de primeiro grau ax + b =O
é dada pela fórmula x = -bla e que as soluções da equação de segundo grau
ax-
?
+ bx + c = O
são dadas pela fórm ula quadrática. Existem fórmulas também para soluções de equações de
terce iro e quarto grau, embora muito complicadas para uso prático. E m 1826, foi mostra-
do pelo matemático norueguês N iels Hemik Abel que é impossível construir urna fórmula
semelhante p;u·a soluções de uma equação geral de quinto ou maior grau. A ssim, para uma
equação polinomial específica de quinto grau, tal corno
x5 - 9x 4 + 2x3 - 5x 2 + 17x - 8= O
pode ser difícil ou impossível encontrar valores exatos para todas as soluções. Dificuldades
análogas ocorrem com equações não-polinomiais, tais como
X - COS X = 0
Para essas equações, as soluções são geralmente aproximadas de alguma forma, freqüente-
mente pelo método que vamos expor a seguir.
N i els H enrik Abel ( 1802-1829) Matemático norue- ao grande matemático alemão Gauss, que negligentemente o
guês. Abel era filho de um pobre ministro luterano e declarou uma monstruosidade. colocando-o de lado. Porém,
de uma mãe extraordinariamente bela. de quem herdou em 1826. o artigo de Abel sobre equações de quinto grau e ou-
sua surpreendente beleza. Em sua breve vida de 26 tros trabalhos foram publicados na primeira edição de um novo
anos, ele viveu em pobreza e sofreu uma sucessão de jorn al , fundado por seu amigo Leopold Crelle. No verão de
adversidades; ainda assim. conseguiu provar resultados 1826, ele completou \lm trabalho histórico sobre funções trans-
importantes que al teraram para sem pre o panorama da Mate- cendentes, que submeteu à Academia de Ciência da França, na
máti ca. Aos 13 anos. foi mandado para longe de casa, para uma esperança de se consolidar como um grande matemático. pois
escola c ujos melhores dias j á tinham passado. Por \l m golpe muitos j ovens ganharam rápida di stinção ao ter seus trabalhos
de sorte, a escola acabara de contratar o professor B ernt M i- aceitos pela Academia. No entanto, Abel esperou em vão, pois
chacl Hohnboc. o qual rapidmnente descobriu a extraordi nária o artigo ou foi ignorado ou perdido por um dos jurados e não
habi lidade de Abel para a Matemática. Juntos, eles esn•daram apareceu de novo, senão dois anos após sua morte. Esse artigo
os livros de Cálc ulo de Eu ler, os trabalhos de Newton e os foi posteriormente descrito I>Or um grande matemático como
dos matemáticos franceses da época. Quando de sua forma- " ... a descoberta matemática do século ... ". Após submeter seu
tura. Abel já estava a par da maior pane da grande literatura artigo. Abel voltou à Noruega. com tuberculose e uma pesada
matemática. Em 1820, seu pai morreu. deixando a família em dívida. Enquanto ganhava a vida com dificuldade como protes-
um terrível aperto financeiro. Abel somente conseguiu entrar sor particular, continuava a produzir grandes trabalhos, e sua
na Universidade de Chrisliania, em Oslo, porque ganhou um fama se espalhou. Logo. grandes esforços foram feitos para
quarto de graça e vários professores o sustentaram com seus obter para ele uma posição matemática adequada. Temendo
próprios salários. A universidade não tinha cursos avançados que seu grande trabalho tivesse sido perdido pela Academia.
em Matemática: assim. Abel recebeu um grau preliminar em enviou uma prova do resultado principal para Crelle, em janei-
1822 e continuou sozinho seus estudos de Matemática. Em ro de 1829. Em abril. sofreu uma violenta hemorragia e mor-
1824, publicou por coma própria a prova da impossibilidade da reu. Dois dias após, Crclle escreveu informando-o de que uma
solução alg.~brica de uma equação polinomial geral de.quinto nomeação estava assegurada para ele em Berlim e que seus
grau. Com esperança de que o levaria ao recoohecimento e à dias de pobreza tinham acabado ! O grande artigo de Abel foi,
aceitação pela comunidade matemática. Abel enviou o artigo finalmente. publicado pela Academia 12 anos após sua morte.
324 Cálculo
,.
• Vamos supor que estejamos tentando encontrar uma raiz r da equação fi.\)= O, e que por
algum método, como gerando o gráfico de y = f(x) c examinado seu corte com o eixo x, tenha-
.l' = f(x) mos obtido uma aproximação inicial x1 rudimentar de r. Sej(x1) =O, então r= x 1• Seftx1) =O,
então entendemos que é mais fácil resolver uma equação linear do que a equação proposta. A
melhor aproximação linear de y =ftx) perto de x =x 1 é dada pela reta tangente ao gráfico def
I
em x 1; portanto, deve ser razoável esperar que o corte dessa reta com o eixox forneça uma me-
x lhor aproximação de r. Denotemos esse cone por xz (Figura 5.6.1). Agora podemos tratar x2 da
-t-::7~--'"---4--<,____ mesma maneira que tratamosx 1• Seftx;) =O, então r =x2• Sej(x;) = O, então construímos a reta
tangente ao gráfico def em.~ e tomamosxl como sendo o cone dessa reta com o eixox. Conti-
Figura 5.6.1
nuando dessa maneira, podemos gerar uma sucessão de valores x 1, x2, x 3, x.~ ... que geralmente
converge para r. Esse procedimento para aproximar r é denominado Método de Newto11.
Para implementar analiticamente o M étodo de Newton, precisamos obter uma fórmula
que nos diga como calcular cada aproximação melhorada a partir da aproximação precedente.
Para tanto, observamos que a forma ponto-inclinação da reta tangente a y = f(x), na aproxi-
mação inicial x 1, é
(l)
Se f' (x 1) = O, então essa reta não é paralela ao eixo x e, conseqlientemente, corta-o em algum
ponto (x2 , 0). Substituindo as coordenadas desse ponto em ( I ), obtemos
desde que f '(x2 ) =O. Em geral, se x, é a enésima aproximação, então é evidente, a partir do
padrão em (2) e (3), que a aproximação melhorada x_. 1 é dada por
Métod(} de Newton
f(x,.) (4)
Xn+l = X, - f'(Xn), n = I , 2, 3, ...
x3 - X- I = 0
A partir do gráfico de f oa Figura 5.6.2, vemos que a equação dada tem uma só raiz, real. Essa
solução está entre I e 2, pois f( I) = -1 <O e f (2) = 5 >O. Vamos usar como primeira aproxi-
(- 2, 4] X J- 3. 3] mação x 1 = 1,5 (x1 = I ou x 1 = 2 também seriam escolhas razoáveis).
.rScl = 1. yScl 1= Fazendo 11 = I em (5) e substituindo x 1= 1,5, obtemos
(Usamos uma calculadora que exibe 9 dígitos.) A seguir, fa7.endo , = 2 em (5) e substituindo
x 2, obtemos
X~ - X 2 - I
XJ = X2 - - 2 ~ I ,32520040 (7)
3x2 - I
Se continuarmos esse processo até que sejam geradas duas aproximações sucessivas iguais,
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
obteremos
Xt = 1,5
Muitas calculadoras e programas de
computador calculam internamente X2 ::::: I ,34782609
com mais casas decimais do que con-
seguem expor. Sempre que possfvel,
XJ ::::: I ,32520040
devemos utilizar os valores estocados X4 ~ I ,32471817
calculados em contas anteriores, em
vez dos valores exibidos na tela do
x5 ~ I ,32471796
recurso computacional. Assim, no X6::::: 1,32471796
Exemplo t, o valor de .•, utilizado em
(7) deveria ser o valor estocado de .r, Neste ponto, não há necessidade de continuar mais adiante, pois atingimos o limite de preci-
e não o valor exibido em (6). são de nossa calculadora e todas as aproximações subseqUentes geradas por ela provavelmen-
te serão iguais. Assim, a solução é aproximadamente x ~ I ,32471796. ..,.
.,.. Exemplo 2 Fica evidente, a partir da Figura 5.6.3, que se x estiver em radianos, então a
equação
COSX =X
'<...
..._ ___
_..v• tem uma solução entre Oe I . Use o Método de Newton para aproximá-la.
y=cosx
Solução Reescreva a equação como
[0. 5] X 1- 2. 2] =0
X - COSX
=
xScl I. yScl I = e aplique (4) com f(x) = x- cos x. Como f '(x) = I + sen x, (4) fica
Figura 5.6.3 x. - cosx,
Xn+ I = Xn - -:-'----"- (8)
1 + scn x,
A partir da Figura 5.6.3, a solução parece mais próxima de x = I do que de x =O; logo,
vamos usar x 1 = l (em radianos) como aproximação inicial. Fazendo 11 = L em (8) e substi-
tuindo x 1 = I , obtemos
I - cos I
X> = I - ::::: 0,750363868
- I + scn I
A seguir, vamos fazer n = 2 em (8) e, substituindo o valor de x 2 acima, obteremos
X2 - COSX? .
X3 = X2 - - ::::: 0, 7391 1289 1
I+ sen x2
Se continuarmos esse processo até que sejam geradas duas aproximações sucessivas iguais,
obteremos
Xt = I
X2 ~ 0,750363868
x, ~ 0,7391 1289 1
X4 ~
0,739085133
xs ~ O,739085 133
Assim, no limite da precisão de nossa calculadora, a solução da equação cos x = x é
X ~ 0,739085133. ~
.r isso pode ser previsto, pois a reta tangente a y = f(x) é paralela ao eixo x quando f'(x.) = O, ou
seja, ela não cruza o eixo x para gerar a próxima aproximação (Figura 5.6.4).
O Método de Newton também pode falhar por ou tras razões; às vezes, ele pode ig-
norar a raiz que tentamos encontrar e convergir para outra; e, às vezes, também pode não
convergir de todo. Por exemplo, considere a equação
xl/ .l =O
X
cuja única solução é x =O. Vamos tentar aproximar essa solução pelo Método de Newton
10
= =
I
x3 nao pode ser gerado I começando com x0 I. Tornando f(x) x , a Fórmula (4) fica
(x,) t/ 3
Figura 5.6.4 ' -2/3 = x, - 3x, = - 2.x,
3(x,.)
X t = I' X2 = - 2, X3 = 4, X4 = - 8, ...
que, obviamente, não converge para x =O. A Figura 5.6.5 ilustm o que está acontecendo geo-
metricamente nessa si tuação.
-2
1 .<
-8 y 4
Figura 5.6.5
12
=
2. Suponha quef( I) 2 c que f' (I)= 4. Se o Método de Newton
. .. ... .• '
for apl icado a y =.f{x) com x, = I. então x2 = ___ _ IO ···:···· :· ···,"· ····:
8
.
.. .:
. ..
.. . . ' . .. . . .. . . . .;
..
3. Suponha qucj(O) =3 c que Xz = 3 quando o Método de Newton
~
4. Qual equação devemos usar para aproximar a raiz enésima de a para deduzir essa aprox imação.
pelo Método de Newton? (b) Use a fórmula para aproximar f?.
23. Use o Método de Newton para aproximar o mínimo absoluto de
5·8 A equação dada tem uma solucão real. Aproxime-a pelo Mé-
todo de Newton. f(x) = ~x 4 +x 2 - 5x
5. xJ - 2x - 2 = 0 6. x·' +x- I =O 24. Use o Método de Newton para aprox imar o máximo absoluto
4
7. -l''+x -5=0 8. i-3x+3= 0 de f(.r) = x scn x no intcrvalo lO. rr].
25. Use o Método de Newton para aproximar. com duas casas deci -
9·14 Use um recurso gráfico computacional para determinar mais. as coordenadas x dos pontos de inflexão da função
quantas soluções tem a equação e. então. use o Método de Newton
e-•·
para aproximar a solução que satisfaça a condição dada. f (x) = ..,....-...,
I + x2
8 9. x +A~- 4=0:x<O
4
ex, é qualquer aproximação positiva de ./ã. 30. Um segme11to de um círculo é a região compreendida por um
arco e sua corda (ver flgura a seguir). Se r for o raio do círculo
(a) Aplique o Mc:!todo de Newton a c O o ângulo subemcndido no centro do círculo. então pode-se
/(.r) = .\'2- (/ mostrar que a área A do segmento é A = 4/(0- scn 0). onde O
está em radianos. Encontre o ''alor de O pam o qual a área do
para deduzir a regra mecânica. segmento é um quarto da área do círculo. Dê o valor de Oat(! o
(b) Use-a para aproximar .Jiõ. grau mais próximo.
328 Cálculo
e use-o para explicar o que acontece se aplicamos o 38. Quais são os elementos importantes no argumento sugerido
Método de Newton com o valor inicial de x , = 2. Verifi- pelo Exercício 37'? É possfvcl estender esse argumento a
que sua concl usão computando x1 • x,. x, ex5• urna coleção mai(lr de funções?
Nesta seção vamos discutir um resultado chamado Teorema do Valor Médio. Esse teorema
tem tantas conseqüências importantes que é considerado 11111 dos gmndes princípios do
Cálculo.
• TEOREMA DE ROLLE
Vamos começar com um caso especi al do Teorema do Valor M <!dio, chamado Teorema de
Rolle em homenagem ao matemático Michel Rolle. Esse teorema afirma o fato geometri-
camente óbvi o segundo o qual se o gráfico de uma função diferenciável cruza o eixo x em
doi s pontos, a c b, então entre eles deve exi stir pelo menos um ponto onde a reta tangente é
hori zontal (Figura 5.7.1 ) . O enunciado preci so do teorema é o que segue:
y = f(.r)
b 5.7.1 n :o RiiMA (Teorema de Rol/e) Seja f diferenciável !lo i11tervalo aberto (a, b) e
contínua no i11tervalo fechado [a, b]. Se
f(a) = O e f (b) = O,
Figura 5.7.1
em ão há pelo menos um. ponto c em (a, b), tal que f'(c) = O.
CASO 1 Sef(x) = Opara todo x em (a, b), então f'(c) =O em cada c de (a, b), pois fé uma
função constante nesse intervalo.
CASO 2 Suponhamos queftx) >O para algum x em (a, b). Como fé contínua em (a, b], se-
gue pelo Teorema do Valor Extremo (5.4.2) quef tem um máximo absoluto em [a, b]. O má-
ximo absoluto não pode ocorrer nas extremidades de [a, bl porqucfta) = j{b) =O e estamos
supondo quej{x) > Opara algum ponto de (a, b). Assim, o máximo absoluto precisa ocorrer
em algum ponto c de (a, b). Segue do Teorema 5.4.3 que este ponto c é necessariamente um
pon to crítico de f e, com o fé diferenci ável em (a, b), esse ponto crítico é estaci onári o, ou
seja, f'(c) =O.
M i chel Rolle (1652-17 19) M atemático francês. Rolle, filho de Á lgebra de eq uações, intitulado Trairé d'algebre. publ icado
um lojista. freqUentou somente o Ensino Fundamental. Casou- em I 690. Nesse livro, Rolle estabeleceu firmemente a notação
se cedo e trabalhou duro para sustentar a família com um magro :yã [antes escrita como J®(IJ para raiz enésima de a e pro-
salário de escrivão para tabeliões e advogados. Mesmo ·c om seus vou uma versão para polinômi os do teorema que hoje leva seu
problemns financeiros c sua pouca instrução, Rolle estudou por nome. (O nome Teorema de Ro llc fo i dado por Gi.usto Bellavi-
si próprio Álgebra c Análise diofantina (um ramo da teoria dos tis, em 1846.) Ironi camente, Rollc foi um elos mais eloqüentes
números). Sua sorte mudou drasticamente em 1682, quando pu- antagonistas iniciais do Cá lculo. E le esforçou-se i ntensamente
blicou um a elegante sol ução de um difícil c não-resolvido pro- para demonstrar que o Cá lculo dava resultados errados e base-
blema em A nálise diofantina. O reconhecimento publico levou-o ava-se em raciocínios falsos. Suas discussões sobre o assunto
a ser amparado com um emprego de professor de escol a funda- eram tão acaloradas que várias vezes a Academia de C iências
mental c. depois. com um posto administrati vo no M inistério teve de i ntervir. Entre suas várias realizações. Rolle ajudou
da Guerra. Em 1685. entrou para a Academia de C iências em a avançar a ordem hoje aceita para os números negati vos.
uma posição inferior pela qual não recebeu salários regulares até D escartes, por exemplo. via - 2 como menor do que -5. Rolle
1699. Nela permaneceu até a morte em 1719. por apoplexia. amecipou-se à maioria de seus contemporâneos adotando a
E mbora o forte de Rollc sempre tenha sido a Aná)jse convenção atual em 169 1.
diofantina. seu trabalho mais importante foi um livro sobre a
330 Cálculo
CASO 3 Suponhamos que.f(x) <O para algum x em (a, b). A prova nesse caso é análoga à do
Caso 2 e será omitida. •
~ Exemplo 1 2
Encontre os dois pontos do corte do gráfico da funçãoftx) =x - 5x+4 com
o eixo x e confinne que f'(c) =O em algum ponto c entre esses dois pontos de corte.
2 x2 - 5x +4 = (x - I)(x - 4)
de modo que os pontos de corte com o eixo xsãox = I c x= 4. Como o polinômio fé contínuo
e diferenciável em toda parte, estão satisfei tas as hipóteses do Teorema de Rolle no intervalo
[ l, 4]. Assim, podemos ter certeza de que existe pelo menos um ponto c no interval o ( I, 4), tal
-I que f '(c) =O. De•ivandof, obtemos
-2 f '(x) = 2x- 5
f"( f)=o ReMI vendo a equação f'(x) =O, obtemos x =~.de modo que c=~ é um ponto no intervalo
(l, 4) no qual /'(c)= O (Figur a 5.7.2). ~
I )' = x2 - 5x + 41
Figura 5.7.2 ~ Exemplo 2 A exigência de diferenciabilidade no Teorema de Rolle é crítica. Se/dei -
xa de ser diferenciável, mesmo em um único ponto do intervalo (a, b), então a conclusão
do teorema pode não valer. Por exemplo, a função ftx) = lxl - I mostrada na Figura 5.7 .3
tem raízes em x = - I ex = I, mas não existe reta tangente horizontal ao gráfico de f no
I'
•
.r =lxl - I intervalo (-1 , 1). ~
.1'
Observe que a inclinação da reta secantc que passa por A(a,fta)) c B(b,j{b)) é dada por
f(b)- f(tl)
b-a
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 331
MOTIVAÇÃO f>ARA A DEMONSTJ{AÇ,\0 DO TEOREMA 5.7.2 A Figura 5.7.6 sugere que ( I ) será
válida (isto é, a reta tangente será paralel a à reta secantc) em um pomo c no qual a distância
entre a curva e a re.ta secante for máxima. Assim, para provar o teorema, é natural começar
por uma fórmu la para a distância vertical v( ) entre a cur va y =f( ) e a reta secante ligando
os pontos (a, f( a)) e (b, f(b)).
OEI\IONSTRAç,\o no TEOREMA 5.7.2 Como a equação da reta secantc que passa por (a, f(a))
e (b, f(b)) é
A reta tangente é paralela à reta secante f(b) - f(a)
onde é máxima a distancia vertical •·< ) y- /(a) = (x - a)
entre a reta secante e o g~áfico de f. b-a
Figura 5.7.6 ou, de forma equivalente,
f(b)- f(a)
y= (x - a)+f(a)
b-a
a diferença v( ) entre a altura do gráfico de f e a da reta secante é
v(a) =O c v(b) = O
l ogo, v( ) satisfaz as hipóteses do Teorema de Rolle no intervalo [a, b]. Portanto, existe um
ponto c em (a, b) tal que v'(c) =O. Mas, a partir da Equação (2),
.,. Exemplo 5 Um motorista está dirigindo em uma estrada rela com o linúte de velocida-
de de 80 krn/h. Às 08 horas e 05 minutos da manhã, um controlador cronomctra a velocidade
do carro como sendo de 75 kmlh e, 5 minutos depois, um segundo controlador, 10 km adiante
na estrada, cronometra a velocidade do carro como sendo de 80 km/h. Explique por que o
motori sta poderia receber urna multa por excesso de velocidade.
Solução O motorista percorreu 10 km em 5 minutos(= 1/12 h); logo, sua velocidade média
foi de 120 kmlh. O Teorema do Valor Médio garante que, pelo menos uma vez ao longo dos
I Okrn, o motorista dirigiu a 120 krn/h. ..,.
t>t::MONS1'RAÇÃO (a ) Sejam x 1 c x1 pontos em [a, b], sendo x 1 < x2 . Precisamos mostrar que
f (x 1) < f (x2 ) . Como as hipóteses do Teorema do Valor Médio estão satisfeitas em todo o in-
tervalo [a, b), também estão no subintervalo {x 1, x2 ]. Assim, há algum ponto c no intervalo
aberto (x1, x1 ) , tal que
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 333
ne~IOJ\STKAÇÃO Sejam x 1 e x 2 dois pontos quaisquer de /tais que x 1 < x2 • Como as funções
f c g são diferenciáveis em / , elas são contínuas em /. Como [x1, x 2] é um subintervalo de / ,
segue que f e g são contínuas em [x.. x2] e diferenciáveis em (x1, x 2) . Al ém disso, segue das
propriedades básicas de derivada e continuidade que o mesmo é verdadeiro para a função
F (x) = f(x)- g(x)
Como F'(x) = f'(x) - g'(x) =O, segue da parte (c) do Teorema 5.1.2 que F(x) = flx) - g(x) é
constante no intervalo [x1, x2 ]. Isso significa quej{x)- g(x) tem o mesmo valor nos dois pon-
tos x 1 e x 2 de/. Como esses dois pomos são arbitrários, segue quef- g é constante em/. •
--+--------------------~ Geometricamente, o Teorema da Diferença Constante nos diz que. sef e g têm a mesma
derivada em um intervalo, então, nesse intervalo, os gráfi cos de f e g são translações verticais
=
Se /'(x) g'(.r) em um intervalo, um do outro (Figura 5. 7.8).
então os gráficos de f e g são
translações verticais um do
outro. .,. Exemplo 6 A parte (c) do Teorema 5.1.2 pode ser útil para estabelecer identidades. Por
Figura 5.7.8
exemplo, embora não necessitemos do Cálculo para provar a identidade
71'
are sen x + are cos x = 2' (- I :::; x :::; I) (4)
isso pode ser feito tomando f(x) = are sen x + are cos x. Segue das Fórmulas (9) e ( IO) da
Seção 4.3 que
1 d d
f (x) = --[are sen x] + --d [are cos x] = r.~=;r
dx x ../I - x2
de modo quef(x) =are sen x +are eos x é const:ame no intervalo l- 1, 1]. Essa constante pode
ser encontrada calculando o valor de .fem qualquer ponto conveniente desse intervalo. Por
exemplo, usando x =O, obtemos
71' 71'
f(O) = are sen O+ are cos O = O + - = -
2 2
provando (4) . ..,.
334 Cálculo
: . ; : : : :. : : :
: : : :
. . ..'
3 ......................................
: :
.. .. .. :: !
l .................. ! • •t . . . .
o : :l :: :: 2 ": ······••••"··:· .. ·:····""';'"':'"';"'"
: .::::::!
1 ··;······· .. ;.. .. ;.... :.... :....; .••. ; .•.. ; .... :
. . . . . . . . J~
O~LL-L~~~~~~
O I 2 :l 4 5 6 7 ~ 9 10 Figura Ex·4
(b) Dê alguns exemplos que ilustrem isso. l f(x)- f(y)l < M lx - .YI
33. Use o Teorema do Valor Médio para provar que f'(.ro) = lim / ' (x)
X- .1 (1
X
----,, < are tg x < x (x > O)
I + x- [Sugestão: A derivada f '(x0 ) é dada por
'( ) . f (x ) - f(xo)
34. (a) Mostre que. se f c g forem funções para as quais f xo = 11111
"--'• x-xo
f ' (x) = g(x) c g' (x) = f(x)
desde que exista esse limite. I
para todo x. então f(x )- i<x) é uma constante.
(b) Mostrequeasfunções./{x)= ~ (e' +e-' )eg(x)= ~ (e' -e-')
têm essa propriedade. ,
3x-. X!': )
I (b) Dê uma interpretação geométrica do resultado em (a) . 43. Use o Teorema do Valor Médio para provar o resultado seguin-
te: O gráfico de uma funçãoftem uma reta tangente venical em
39. (a) Prove a pane (b) do Teorema 5.1.2. (x0 .ftxo)) se f é contínua em x0 e f '(x) tende ou a +o<> ou a -oo
(b) Prove a pane (c) do Teorema 5.1.2. quando x ~ x~ e quando x ~ x~.
5 .8 MOVIMENTO RETILÍNEO
• REVISÃO DE TERMINOLOGIA
Conforme vimos na Seção 3.1, urna partícula que pode se mover em qualquer sentido ao lon-
go de uma reta coordenada é dita em movimento retilíneo. A reta pode ser um eixo x, um eixo
y ou qualquer reta coordenada inclinada. Em discussões gerais, utilizaremos um eixos como
a reta do movimento. Vamos supor que foram escolhidas unidades para medir a distância e o
tempo e que iniciamos a observação do movimento no instante t =O. Quando a partícula se
move ao longo do eixos, sua coordenadas é alguma função do tempo, digamos s = s (r). Dize-
Capítulo 5 I A Derivada em Gráfico s e Aplicações 337
mos que s(t) é a fun ção posição da partícula* e que o gráfico de s versus t é a curva posição
versus tempo. Se a coordenada de uma partícula no instante t1 é s(t 1) c a coordenada em um
tempo t2 posterior é s(tJ, então s(tJ- (t 1) é chamado de deslocamento da partícula sobre o
intervalo de tempo [t1, t2]. O deslocamento descreve a varia~o na posição da partícula.
A Figura 5.8.1 mostra uma curva posição versus tempo típica para uma partícula em
r movimento retilíneo. Podemos observar, a partir do gráfico, que a coordenada da partícula no
A partlcula est~ no instante 1 =O é s0 e deduzir, a partir do sinal de s, quando a partícula está do lado negativo ou
lado negaltvo
positivo da origem durante sua trajetória ao longo da reta coordenada.
da or•gem
ICurva posiçao versus temPQ I .,.. Exemplo 1 A Figura 5.8.2a mostra a curva posição versus tempo para uma partícula
em movimento em um eixos. Descreva em palavras como vt~ria a posição da partícula em
Figura 5.8.1
relação ao tempo.
Solução A partícula está na posição s = - 3 no instan te 1 = O. Ela se move no sentido positivo
até o instante t = 4, j á que s está crescendo. No instante t = 4, a partícula está na posição s = 3.
Nesse instante, a partícula troca de sentido de movimento c se move no sentido negati vo até o
instante t =7, pois sé decrescente. No instante t =7, a partícula está na posição t =- 1; dali em
diante, ela permanece estacionada, pois s é constante para 1 > 7. Isso está ilustrado esquemati-
camente na Figura 5.8.2b. ,.
I~ 7
• ) t=4
··--------------~·~--------
s
345678910 -3 -I 3
(a) (b)
- 8·-.,
F.•gurn ::>.
• Ao .:scrc,'\!r s = .s(1) em ,·ez da expressão mais familiar .s;;;: j(.1). est.1mos usnndo n lctr3 ~ Ut;nto plVtl a ,"3fió,~l ck.""J)Cndcntc quanto
paro o nome da função. o que \-ettt a ser prática comum 0:1 En$CilhtU"ia e n:t ffsfc:n.
338 Cálculo
s se move no sentido negativo. Se v(t) =O, então a partícula está momentaneamente parada.
40
A função velocidade escalar, que é sempre não-negativa, diz quão rápido a partícula está se
, movendo, mas não informa o sentido do movimento.
---+~~--L-~~-8~-+
1
-40 .,. Exemplo 2 Seja s(t) = P- 6t a função posição de uma partícula movendo-se ao longo
de um eixos, onde s está em metros, enquanto t é dado em segundos. Encontre as funções ve-
IPosição versus tempo I locidade e velocidade escalar e mostre os gráficos da posição, da velocidade e da velocidade
escalar versus tempo.
v
Solução A partir de ( t) e (2), a velocidade instantânea c a velocidade escalar são dadas por
I
8 ds ?
v(t) = dt = 3r-- 12t c lv(l)l = 13t 2 - 12fl
- 40
Os gráficos pedidos estão na Figura 5.8.3. Observe que a velocidade c a velocidade esca-
IVelocidade versus tempo I lar têm por unidades metros por segundo (m/s), pois s está em metros (m) e o tempo, em
segundos (s). ~
40
Os grátlcos da Figura 5.8.3 fornecem uma importante informação visual sobre o movi-
I
mento da partícula. Por exemplo, a curva posição versus tempo nos diz que a partícula está do
2 8
lado negativo da origem para O< 1 < 6, do lado positivo da origem para f> 6 e está na origem
-40 nos instantes I= Oe t = 6. A curva velocidade versus tempo nos diz que a partícula move-se
na direção negativa se O< r< 4, na direção positiva se f> 4 e está momentaneamente parada
!velocidade escalar versus tempo!
nos instantes t =O e f= 4 (a velocidade é zero). A curva velocidade escalar versus tempo nos
Figura 5.8.3 diz que a velocidade escalar da partícula é crescente para O < I < 2, decrescente para 2 < 1 < 4
c novamente crescente para f> 4.
• ACELERAÇÃO
No movimento retilíneo, a taxa segundo a qual a velocidade instantânea de uma partícula
varia em relação ao tempo é denominada aceleração iflstallfâllea ou, simplesmente, acelera-
ção. Assim, se urna partícula em movimento retilíneo tem urna função velocidade t!(t), então
definimos afunção aceleração da partícula por
, dv
a(t) =v (r)= df (3)
Alternativamente, podemos usar o fato de que v(l) = s'(f) para expressar a função aceleração
em termos da função posição por
d 2 í•
a(t) = s" (t) = _:_2· (4)
df
.,. Exemplo 3 S.ej a s(t) =f- 6t1 a função posição de uma partícula movendo-se ao longo
de um eixos, onde s está em metros c f , em segundos. Encontre a funçãn aceleração instantâ-
nea a(t) e mostre o gráfico da aceleração versus o tempo.
(I
40
Solução Pelo Exemplo 2, a velocidade instantânea da partfcula é v(t) = 3t 2 - 12t; logo, a
--i--:::::-!'.::::...-'----':----::---+' ace Icração instantânea é
dv
-40
a(f) = - = 6t- 12
df
IAceleração versus tempo I c a curva da aceleração versus tempo é a reta na Figura 5.8.4. Note que, nesse exemplo, a
aceleração tem unidades de m/s1, uma vez que tJ está em metros por segundo (m/s) e o tempo,
Figura 5.8.4 em segundos (s). ~
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 339
=
Se t•(t) Oao longo de um ceno In· INTERJ>RETAÇÃO DO SINAL DA ACEL.:RAÇÀO Uma partícula em movimento retilíneo está
lervalo, o que isso Implica quanto ao aumentando sua velocidade quando a velocidade e a aceleraçcio tiveren1 o mesmo sinal, e
movimento da panicula durante esse diminuindo sua velocidade quando tiverem sinais opostos.
intervalo?
.,. Exemplo 4 Nos Exemplos 2 e 3, encontramos as curvas velocidade versus tempo e ace-
2
leração versus tempo para uma partícula com função posição s(r) = r .\- 6t • Use essas curvas
para determinar quando a partícula está aumentando e diminuindo sua velocidade, e confirme
se seus resultados estão consistentes com a curva da velocidade escalar versus tempo obtida
no Exemplo 2.
Solução No intervalo de tempo O< r< 2, a velocidade c a aceleração são negativas; logo,
a partícula está aumentando a velocidade. I sso está de acordo com a curva da velocidade
escalar versus tempo, pois nesse intervalo a ve locidade escalar é crescente. No intervalo
2 < r < 4, a vel ocidade é negati va c a acel eração é positi va; assim, a partícula está dimi-
nuindo a velocidade. I sso também está de acordo com a curva velocidade escalar versus
tempo, poi s nesse interval o a velocidade escalar é decrescente. Por fim, no intervalo t > 4,
a velocidade e a aceleração são positivas, desse modo a partícu la está aumentando a velo-
cidade, o que de novo está de acordo com a curva veloc idade escal ar versus tempo . ..,.
aceleração instantânea; Jogo, nos intervalos onde a curva posição versus tempo for côncava
para cima, a partícula terá aceleração positiva, c onde for côncava para baixo, a aceleração
será negativa.
A Tabela 5.8.1 resume nossas obsctvações sobre a curva posição versus tempo.
Tabela 5.8.1
!T\ I
• Curva com inclinação
zero
• Curva côncava
• Partícula momentaneamente parada
• Velocidade decrescente
lo para baixo
.,. Exemplo 5 Use a curva posição versus tempo da Figura 5.8.2 para determinar quando a
partícula do Exemplo I está aumentando c quando está diminuindo a velocidade.
.,. Exemplo 6 Suponha que s(l) = 2tl- 211~ + 601 + 3 seja a função posição de uma partícu-
la movendo-se ao longo do eixos. Analise o movimento da partícula para 1;:: O.
o 2 5 I
• Variação nt1 velocidade escalar: A Figura 5.8.6 mostra urna comparação dos sinais
das funções velocidade e aceleração. Como a partícula está aumentando a veloci-
dade quando os sinais são iguais e diminuindo quando são opostos, vemos que a
partícula está diminuindo a velocidade no intervalo de tempo O$ t < 2 e então pára
momentaneamente no instante t = 2. Em seguida, ela acelera ao longo do intervalo
de tempo 2 < t <~-A aceleração instantânea no instante t = ~ é zero, de modo que
a partícula não está nem aumentando nem diminuindo a velocidade. Ao longo elo
intervalo de tempo~< t < 5, a partícuh1 está diminuindo a velocidade e então pára
momentaneamente iío instante r= 5. Daí em diante, aumenta a velocidade.
7
o 2 2 5 I
I = 5~ I : 1
2
jt =2
I : 0
·'
o 3 28 41,5 55
Figura So8o7
1. As funções velocidade ~{1) e posição s(l) de uma panícula em 2o Suponha que uma panícula se mova ao longo do eixo s com
2
movimento retilíneo estão relacionadas pela equação e função posição s(1) = 71 - 21 • No instante 1 = 3o a posiç.io da
as funções aceleração a(l) e velocidade u(1) estão relacionadas panícula é sua velocidade é
o sua ve- o
3. Uma partícula em movimento retilfneo está aumemando a veloci- 4. Suponha que urna partícula se mova ao longo do ei xos com
4
dade se os sinais de sua velocidade e acelcraç.ão são ---~ =
função posição s(1) 1 - 24l ao longo do i mcrvalo 1 ~O. A
c diminuindo a velocidade se os sinais são ____ partícula desacclcra no(s) inten!lllo(s) de tempo_ _ __
ENFOCANDO CONCEITOS
s $
1. Abaixo estão os gráficos de três funções posição. Em cada
caso. determine o sinal da velocidade e o da aceleração e,
emão. se a partícula está aumentando ou diminuindo a velo-
cidade.
l i I I
s s
(a) (b) (c)
11 11 v
(a)
I
(b)
I
(c)
I
I I
"-I
Figura Ex- I
( I) ( li ) (111)
Figura Ex-4
I
o 2 3 ~ 5 6 7 Figura &x·6
Figurd Ex-3 7. A figura a seguir mostra o gráfico velocidade vers11s tempO,
para uma partícula movendo-se ao longo de um eixo co-
4. Para os gráficos a seguir. associe as funções pOsição com as ordenado. Faça um esboço dos gráficos velocidade escalar
funções velocidade correspandentes. l"erslls tempo c aceleração 1"ers11s tcmpa.
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 343
60
' 8)e-tfl, f>
17. s(t) =(r+ o
.,
::.
-....
~
~
100
80
valos onde a panícula está aumentando c diminuindo sua
velocidade c depois encontre esses intervalos.
~
E 60 8 20. Scj:~ s(t) = 1 I<" a função posição de uma panícula movendo-se
.," ao l ongo de um eixo coordenado, onde s está em metros e 1 em
'O
40
segundos. Use um recurso gráfico computacional para gerar os
.'"'
2 20
g gráficos de s(l), u(t) c (I(L) para t ;::: Oe use os gr:í11cos onde for
a; necessário a seguir.
> o 5 10 15 20 25
Tempo t (s) Figura Ex-1 O
344 Cálculo
25
ração quando s 5. =
25. s = 16te·(r'll<) 26. s = t+ 35. Suponha que as funções posição de duas pm1ículas P, e P2 , mo·
t+2
vendo-se ao longo de urna mesma reta, sejam
27.
s= {COSI,
1•
0< I
, > 2JT
< 2JT St = !12 - f+ 3 e s = -±r
2
2
+I+ 1
respectivamente. para t ~O.
l. (a) Se x, < x2• que relação deve existir entre f(x,) e f(.r2) para f ser 2. (a) Qual condição sobre/' garante que. em um intervalo aber-
crescente em um intervalo contendo .r, ex2? E decrescente? E lo. f seja: côncava para cima. côncava para baixo?
constante?
(b) Qual condição sobre f" garante que. em um intervalo
(b) Qual condição sobre / 'garante que f seja crescente em um aberto, f seja: côncava para cima. côncava para baixo?
intervalo [a. b)? E decrescente? E constante? (c) Descreva o que é um ponto de inllexão de f.
Capítulo 5 I A Derivada em Gráficos e Aplicações 345
15. Em cada pa11e. esboce uma curva contínuay =f(x) com as pro- 22. Determine se a allrmaçao é verdadeira ou falsa. Se for làlsa. dê
priedades indicadas: um exemplo para o qual ela fal ha.
= =
(a) f(2) 4. / '(2) I. J"(x) <O para x < 2. (a) Se f tem um máximo relativo em x0 • então./{x) é o maior
J"(x) >O pard x > 2 valor que./{x) pode ter.
(b) J(2) = 4. f"(x) >O para x < 2. /"(x) <O para x > 2. (b) Se o maior valor para f no intervalo (a. b) ocorre em x0 •
entãoftcmum máximo relativo em x0•
lim f'(x) = +oo, lim !'(x) = +oo
x ~ 2- A- 2• (c) Uma função tem um extremo relativo em cada um de seus
(c) f(2) = 4. J"(x) <O para x = 2. lim J'(x) = I. pomos críticos.
x -..2-
lim f '(x) = - I 23. (a) De acordo com o teste da derivada primeira. quais condi-
_..._. 2 *"
ções garantem quef tem um máximo relativo em x0 ? E um
8 16. Em (a) a (d), é dado o gráfico completo de um polinômio com mínimo relativo?
grau no máximo 6. Encontre equações para polinômios que (b) De acordo com o teste da derivada segunda. quais condi-
produzam gráficos com esses aspectos e verifique suas respos- ções garantem queftemummáximo relativo em x 0? E um
tas com um recurso gn11ico computacional. mínimo relativo?
(a) ,. (b) ,.
24-26 Locali ze os pontos críticos e idcmifique quais deles corres-
r ondem a pontos estacionários.
.\.
24. (a) f(x) = .l + 3i- 9x+ I
(b) f(x) = .,:•- 6xz - 3
X . x2 - 3
25. (a) f(x) = -;;2---:- (b) j(.r) = 2 I
(c) (d) ,. x +2 X +
113 413 113
26. (a) f(x) =x (x-4) (b) f(x) = x -6x
27. Em cada pane. cncont rc todos os pontos críticos e use o teste
da derivada primeira para classificá-los em máximos ou míni-
mos relativos. ou nenhum dos dois.
113
(a) f(x) = x (x - 7)2
17. Encontre condições crn a. b e c que garantam que o polinômio (b) /(:r) =2senx - cos2x. O~x~2;r
f(x) = ax 2 + bx +c (a i= 0)
seja sempre crescente ou sempre decrescente em (0. +oo).
346 Cálculo
28. Em cada pane. encontre todos os pontos críticos e use o teste EJ47. (a) Use um recurso gráfico computacional para gerar os gráfi-
da derivada segunda (quando possível) para classificá-los em cos dcy=xe ~·=(x-'- 8)1(x1 +!)juntos no intervalo [-5. 5]
máximos ou mínimos relativos. ou em nenhum dos dois. c faça uma conjectura sobre a relação emre eles.
(a) f(x)=x
111
+~x 1 12 (b) Confirme sua conjectura em (a).
(b) f(x) = x·' + 8/.r 48. Use diferenciação implícita para mostrar (Juc a função definida
(c) f(x) = ser? x- cos x , OSx $ 2;r implicitamente por sen x + cos y = 2y tem pontos crft icos. scm-
pn: que cos x =O. Use. cmão, o teste da derivada primeira ou se-
29·36 Faç:r um gráfico completo de f. indique os limites quando gunda pam classificá-los como máximos ou mínimos relativos.
x ~±co c localize todos os extremos relath,os. os pontos de infle-
49. Seja
xão c as assíntotas (quando apropriado).
2t 3 + x2 - 15x +7
/(r ) = - - - - - : : - -- -
29. f(x) =i- 31 + 3.l + I - (2r -1)(3x2 +x- 1)
30. f(x) =.rs - 4x4 + 4x> Faça o gráfico de y = f(x) e encontre as equações de todas as
assímotas horizontais e verticais. Explique por que não há as-
3 ). f(x) = tg(x·' + I)
síntota vertical em x =~-mesmo que o denominador de f tenha
32. f(X) =X - COS X um zero nesse ponto.
x·1 25- 9x 2
33. f(x) = -,,...--::-----:-
2
34. f(x) =-..,-- @] 50. Seja
x +2x +5 x3
x:;sO
35.
x>O (a) Use um CAS para fatOrar o numerador c o denominador de
f c use os resultados para determinar a localização de todas
as assíntotas venicais.
37-44 Use qualquer méuxlo para encontrar os extremos relativos (b) Confirme que sua resposta está de acordo com o gráfico
da funçãof dada. de/.
4 2 51. (a) Que desigualdade f(x) precisa satisfazer para que f tenha
37. f(x) =.l" + 5x- 2 38. f(x) = x - 2x + 7 um máximo absoluto em um intervalo I em um ponto x0'!
39. f(x) =x 415 40. f(x) =2x +i'·' (b) Que desigualdade f(x) precisa satisfazer para que .f tenha
x2 X um mínimo absoluto em um intervalo I em um ponto A(,?
41.• f(x) =-:x-=---
1
+ I
42. f(x) =
x+ 2 (c) Qual é a diferença emre um extremo absoluto e um relati vo?
2
43. f(x) = ln(l + x ) 44. f(x) = )?e' 52. De acordo com o Teorema elo Valor Extremo. quais condições
sobre uma função f e um interval o I garantem que f irá ter um
45-46 Usando um recurso gráfico computacional. aspectos impor-
máximo c um mínimo absolutos em I?
Hmtcs de um gráfico podem se perder se a janela escolhida não for
apropriada. Isso está ilustrado nos Exercícios 45 c 46. 53. Em cada parte. determine se a afirmativa<! verdadeira ou falsa c
justifique sua resposta.
EJ 45. (a) Gere o gráfico dej{x) = ~x 3 - ~x no intervalo [-5, 5] (a) Se f for diferenciável no intervalo aberto (a. b) c tiver aí
c faça uma conjectura sobre a nature7.a c a locali7.ação de um extremo absoluto. então este de,'e ocorrer em um ponto
todos os pontos críticos. estacionário de f.
(b) Encontre a localização exata de todos os pontos críticos (b) Se f for contínua no intervalo aberto (a. b) e ti ver aí um
e classifique-os como máximos ou mínimos relativos. ou extremo absoluto, então este deve ocorrer em um ponto es-
nenhum dos do L~. tacionário ele f.
(c) Confirme os resultados de (b) fazendo o gráfico ele f em
um intervalo apropriado. 54·56 Em cada parte. encontre o mínimo absoluto me o máximo
absoluto M de f no intervalo dado (se existirem) e indique onde
EJ46. (a) Gere o grMico de ocorrem os extremos absolutos.
f(x) = ~x 5 - ~x 4 + tx 3 + ~x 2 - 6x
54. (a) f(x) =llx: [-2. -I]
no intervalo [- 5. 5Je faça uma conjectura sobre a localiza-
-1. ~]
4
(b) f(x) =:r' - x : [
ção e a natureza de todos os pontos críticos.
(b) Encontre a localização exata de todos os pontos críticos (c) f(x) =x- tgx: [- rrl4. Hl4]
c classifique-os como máximos ou mínimos relativos, ou (d) f(x)=-li-2xi;LI,3)
nenhum dos dois. 2
55. (a) .f(x)=x - 3x- I ; (-oo,+oo)
(c) Confirme os resuhaclos de (b) fazendo gráficos de partes de
(b) f(x) =l-:tr- 2: (-oo.+oo)
f em intervalos apropriados. [Nota: Não é possível encon-
tmr uma tlnicajanela na qual sejam diferenciados todos os (c) f(x) = e'ti: (0. +oo)
pontos críticos.] (d) f(x) = x·': (0. +oo)
Capítulo 5 I A Derivada em Gráfícos e Aplicações 347
= X~X ++ 2I
'( ) do de Newton. sem usar fórmulas.
j X 4
65. Use o Método de Newton para aproximar todas as três soluções
1
de .r - 4x + 1 = O.
(a) Gere o gráfico de y =f(x) c use-o para fazer estimativas das
coordenadas dos extremos absolutos. 66. Use o Método de Newton para aproxi mar a menor solução po-
sitiva de scn x + cos x = O.
(b) Use um CAS para resolver a equação f'(x) =O e, então.
para fazer aproximações mais precisas das coordenadas EJ67. Use um recurso gráfico parn determinar o número de vezes que
de (a). a curva y = x' intcrsccta a curva y =(x/2)- I. Então aplique o
Método de Newton para aproximar as coordenadas x de todas
60. A janela de uma igreja consiste em uma secção semicircular
as intersecções.
no topo de um retângulo. conforme mostra a Figura Ex-60. O
vidro azul deixa passar metade da luz por unidade de área. En- 68. De acordo com a l.ei de Kepler. os planetas no nosso sistema
contre o raio r da janela que admite maior luz se o perímetro de solar movem-se em órbitas elípticas em tomo do Sol. Se a po-
toda a janela for de P metros. sição do planeta mais próximo do Sol ocorrer no instante 1 =O.
então a distância r do centro do planeta até o centro do sol em
61. Encontre as dimensões do retângulo com área máxima que um instante 1 posterior pode ser determinada pela equação
2
pode ser inscrito na elipse (.114) + (yt3f = I (Figura Ex-61 ).
r = a( I - ecostf>)
onde a é a distância média entre os centros. e é uma constante
positiva que mede o achatamento da órbita elíptica e q, é a solu-
Azul ção da equação de Kepler
1--· ,. 2m
T =</> - e scn </>
Claro ~h
na qual T é o tempo levóido para uma órbita completa do pl aneta.
-.
=
Estime a distflncia da Terra ao Sol quando 1 90 dias. [Primeiro,
Figuru Ex-60 Figurn Ex-61 ache tjJ da equação de Kcpler c. então, use esse valor para encon-
6
trar a distância. Use (I= 150 x l 0 km. e= 0.0167 e T = 365 dias.)
@ 62. Conforme mostra a figura a seguir, suponha que um barco en- 69. Usando as fórmu las do Exercício 68. encontre a distância de
tre em um rio no ponto (I. 0) c mantenha sua direção voltada Marte ao Sol quando 1 = l ano. Para Marte, use a = 228 x I 0
6
pma a origem. Como resultado da forte corrente, ele segue a km. e =0.0934 c T = 1.88 ano.
trajetória
70. SupOnha que f seja contínua no intervalo fechado [a. b] e di-
xi0/3 _ 1
ferenciável no intervalo aberto (a. b): além disso. suponha que
y= ' falso ou verdadei ro que f deve ter pelo menos um
2.x2/ 3 f(a) = f(b). E
ponto estacionário em (a. b)'! Justifique sua resposta.
onde x e y estão em quilômetros.
71. Em cada parte. d.:tennine se todas as hipóteses do Teorema de
(a) Faça o gráfico da trajetória seguida pelo barco. RoUe estão verificadas no intervalo indic;ldO. Caso não .:stiverem,
(b) O barco pode atingir a origem? Se não. discuta seu destino indique qual é a hipótese que está falhando: se esti verem, encon-
e descubra quão próximo estará dela. tre todos os valores de c garnntidos na concluSilo do teorema.
348 Cálculo
para most rnr <JliC a equação 6.l- 4x + I = O tem pelo menos (c) Use o gráfico apropri ado para fazer uma estimati va do ins-
uma solução no intervalo (0, I). tante em que a part ícula está mais longe da origem e sua
di stância até n origem nesse i nstante.
74. Sej a g(x) =x'- 4x + 6. Encontre f(x). tal que f'(x) = g'(x) e (d) Use o grMico apropri ado para fazer uma estimativa do i n-
f( l) = 2.
tervalo de tempo durante o <1ual a part ícula se move na di-
75. (a) Um objeto em movimento reti líneo pode reverter sua situa- reção positiva.
ção se a aceleração for constante? Justifique sua resposta (e) Use o gráfico apropriado para fa:wr estimativas dos i nter-
usando uma curva velocidade 1·ersus tempo. valos de tempo durante os quais a partícula está aumen-
(b) Um objeto em movimento retilíneo pode ter velocidade rando sua velocidade e dos intervalos de tempo durante os
escalar crescente c aceleração decrescente? Justifique sua quais está diminuindo.
resposta usando urna curva velocidade 1·ersus tempo. (I) Use o gráfico apropriado para fazer uma estimativa da
8 76. Suponha que a função de posição de urna panícula em movimen- velocidade máxima da pnnícula c do instante em que ela
to retilíneo seja dada pela fónnula s(1) = t/(21 + 8) para 1 ~ O. ocorre.
(a) Use um recurso gráfico computacional para gerar as curvas 78. É falso ou verdadeiro que uma panícula em movimento reti-
posição. vclocidttde e aceleração versus tempo. líneo está aumentando sua velocidade quando sua velocidade
(b) Use urn gráfico apropriado para fazer uma esti mativa do estiver aumentando. c diminuindo a velocidade quando a velo-
instante em que a panícula revene sua direção e então en- cidade estiver diminuindo? Justifique sua resposta.
contre esse tempo.
,_
INTEGRAÇAO
Dai-lllll l/111 ponto de apoio este capítulo começaremos com uma visão geral do problema de encontrar área11:
que eu moverei o mundo. discutiremos o s ignificado do termo " área" e delinearemos duas abordagens para
definir e calcular áreas. Em seguida, analisaremos o Teorema Fundamental do
- Arquimedes
Cientista grego da 1\ntigiiitla- Cálculo, que é o teorema que relaciona oa problemas de encontrar retas tangentes e áreas,
tle e Matemático e discutiremos técnicas de calcular áreas. Por fim, utilizaremos as Idéias desenvolvidas
neste capítulo para continuar nosso estudo de movimento retilíneo, examinar algumas
conseqüências da regra da cadeia no Cálculo Integral e reanallsar o conceito da função
- logaritmo natural.
Foto: Se for conhecida a velocidade de um carro de corrida durante um cerW intervalo de tempo, então é possível en-
contrar a distância percorrida nesse intervalo de tempo usando as técnicas que serão estudadas neste capítulo.
• O PROBLEMA DA ÁREA
Muitas civilizações primitivas conheciam as fórmu las para a área de polígonos como qua-
drados, retângulos, triângulos e trapézios. Contudo, os mate máticos primiiivos se deparavam
com muitas dificuldades para encontrar fórmulas para a área de regiões com contornos curvi-
líneos, elas quais o círculo é o exemplo mais simples.
O primeiro progresso real no trato com o problema geral da <hea foi obtido pelo
matemático grego Arquimedes, que obteve áreas de regiões dcl imitadas por arcos ele círculos,
parábolas, espirais e vários outros tipos ele curvas, usando um procedimento genial mais tarde
denominado método de exaustão. Esse método, quando aplicado ao círculo, consiste na in-
scrição de uma sucessão de polígonos regulares no círculo, permitindo que o número de lados
dos polígonos cresça indefinidamente (Figura 6.1.1 ). À medida que cresce o número ele lados,
os polígonos tendem a "exaurir" a região do círculo e suas áreas se aproximam cada vez mais
da área exata do círculo.
350 Cálculo
Para ver como isso funciona numericamente, denote por A(n) a área de um polígono
regular de 11 lados inscrito em um círculo de raio I. A Tabela 6.1.1 mostra os valores de A(11)
para várias escolhas de 11. Observe que, para valores grandes de 11, como é de esperar, a área
/ .......
I 1\
\ v
ARQlJIMEl>ES (287 u.C.-212 a.C.) Matemático e posições de equilíbrio para vários corpos flutuantes. Ele lançou
cientista grego. Nascido em Siracusa, na Sicllia, era fi- os postulados fundamentais da Mecânica. descobriu as leis das
lho do astrônomo Fídcas e possivelmente aparentado de alavancas e calculou centros de gravidade de várias superfícies
Heiron 11. rei de Siracusa. A maioria dos fatos sobre sua planas e sólidos. Na agitação da descobena das leis matemáti-
vida vem do biógrafo romano Plutarco. que inseriu algu- cas da alavanca, atribuiu-se a ele a frase: "Dai-me um ponto de
mas páginas provocadoras sobre ele na vasta biografia apoio que eu moverei o mundo".
do soldado romano M arcelo. Nas palavras de um escri- Embora Arquimedes estivesse mais interessado na Mate·
tor. "o relato sobre Arquirnedes é marcante como uma finíssima mática pura do que em suas aplicações. ele era um gênio em
fatia de presunto em um enorme sanduíche''. Engenharia. Durante a segu nda guerra Púnica. quando Sira-
Arquimedes é considerado. juntamente com Newton e cusa foi atacada pela frota romana sob o comando de Marce-
Gauss. como um dos três grandes matemáticos da História e. lo. foi regi strado por Plutarco que as invenções militares de
cenamcntc. o maior da antigUidade. Seu trabalho é tão moderno Arquimcdcs mantiveram a frota afastada por três anos. Ele
em espírito c técnica que é difícil distingui-lo dos trabalbos dos inventou supcrcatapultas que faziam chover pedras pesando
matemáticos do século XVII. mesmo que feito sem os benefí- um quarto de tonelada ou mais sobre os romanos e aterrori-
cios da Álgebra ou de um si stema numérico conveniente. Entre zantes engenhos mecânicos de ferro com "bicos e garras"', os
suas realizações matemáticas. desenvolveu um método geral quais, por cima das paredes da cidade. agarravam os navios e
(exaustão) para calcular áreas e volumes. tendo utilizado-o para os jogavam contra as pedras. Após o primeiro revés, Marcelo
encontrar áreas limitadas por parábolas e espirais e volumes de chamou Arquimedes de um "Briareus geométrico (monstro
cilindros. parabolóides c segmentos de esferas. Elaborou um mitológico com cem braços) que usava nossos navios como
procedimento para aproximar 1T limitando seu valor entre 3~~ xícaras para ti rar água do oceano".
e 3~- Apesar das limitações do sistema numérico grego, criou Finalmente. o ex6rcito romano foi vitorioso e, contrariando
métodos para encontrar rafzes quadradas e um método baseado ordens específicas de Marcelo. Arquimedes. então com 75 anos,
no mirfade grego ( 10.000) para representar números tão grnndes foi morto por um soldado romano. De acordo com um registro
como I seguido por 80 bilhões de milhões de zeros. do incidente, o soldado fez sombra sobre a areia onde Arquime-
Dentre todos os seus tr'dbal hos, o que mais orgulhava A r- des trabalhava em um problema matemático. Irritado, Arqu ime-
quimcdcs era o método para encontrar o volume de urna esfe- des gritou: " nílo perturbe os meus cfrculos". O soldado, em um
ra- ele mostrou que o volume de uma esfera é 2/3 do volume acesso de raiva. matou o velho.
do menor cilindro que a contém. Satisfazendo a um pedido Embora não exista representação ou estátua desse grande
seu, a figura de uma esfera e de um cil indro foi gravada na bomem , nove trabalhos de Arquirnedes sobreviveram até os
lápide de seu túmulo. dias de hoje. De especia l importância é o tratado O Método
Além de Matemática. Arquimedes trabalhou extellsivamen- dos Teoremas Mecanicos. que era parte de um palimpsesto
tc em M ecânica e Hidrostática. Quase todo estudante colegial que foi encontrado em 1906 em Constantinopla. Nesse trata-
conhece Arquimcdes como um cientista distraído que. desco- do, Arquimedes explica corno fez algumas de suas descober-
brindo que um objeto. ao boiar. desloca seu peso do líquido. tas. milizando um raciocínio que antecipa as idéias do Cálculo
pulou da banheira e saiu correndo nu pelas ruas de Siracusa gri- Integral. Esse doeu rncnto permaneceu perdido até 1998. quan-
tando: " Eureka. eureka!" ("eu descobri!"). Arquiruedes. na rea- do foi adquirido por um colecionar panicular anônimo por 2
lidade, criou a disciplina de Hidrostática e usou-a para encontrar milhões de dólares.
Capítulo 6 I Integração 351
Tabela 6.1.1 A(n) parece estar próxima de rr (unidades de área). Tsso sugere que, para um círculo de raio I,
o método da exaustão é equivalente a uma equação da forma
11 A(n)
lim A(n) = rr
100 3.13952597647 lt - . 00
200 3.14107590781 Como os matemáti.cos gregos suspeitavam muito do conceito de " infinito", eles evita-
300 3. 14136298250 vam seu uso em argumentos matemáticos. Desse modo, o cálculo de áreas pelo método de
400 3. 14146346236 exaustão era um procedimento muito complicado. Acabou ficando para Newton e Leibniz a
500 3. 14150997084 descoberta de um método geral de obtenção de áreas que utilizasse explicitamente a noção de
1000 3. 14 157198278 limite. Discutiremos o método desses matemáticos no contexto do problema seguinte.
2000 3. 14158748588
3000 3,141 59035683
4000 3. 14159136166
6.1.1 o I'ROBtEt\JA »A ÁREA Dada uma funçãojcontfnua e não-negativa em um i n-
5000 3,14 159182676
tervalo [a, b], encontre a área da região entre o gráfico de f c o intervalo [a, b] no eixo x
10000 3, 14 159244688
(Figura 6.1.2) .
)' : /(X)
Y =!v> y = ~~~>
••• u b
Figura 6.1.3 .F igura 6.1.4
Para ilustrar essa idéia, vamos usar o método dos retângu los para aproximar a área
2
sob a curva y = x acima do intervalo [0, I] (Figura 6. 1.5). Para começar, vamos subdividir o
intervalo [0, l] em" subintervalos iguais, cada um, portanto, com compri mento de 1/n; os
extremos dos subinterval os ocorrem em
I 2 3 11-1
o. 11 11 11
' ... ~
11
'
352 Cálculo
_,. (Figura 6.1.6). Queremos construir um retângulo acima de cada um desses intervalos, cuja
altura seja o valor da função f (x) =i em algum ponto no intervalo. Para sermos mais especí-
ficos, vamos usar os extremos direitos; assim, as alturas dos retângu los serão
e corno cada retângulo tem uma base de comprimento 1/n, a área total A. de cada um dos 11
retângulos será
o ( I)
Figura 6.1.5
Por exemplo, se n = 4, então a área total dos quatro retângulos será
Largura= -
l A4 = [(41)2+ (2)2
4 + (:41)2 + I2] (41) = 32
IS = 0,46875
1- · 1 1/
I I
A Tabela 6.l.2 mostra o resultado de calcular ( I) em um computador para alguns valores
o -
1/
~
11
1
11
... !!..:.!
/1
l
crescentes de n. Esses cálculos sugerem que a área exata está próxima de Adiante ne.ste t·
Subdivísao de [0, l i em 11 SUb·
intervalos de igual comprimento
capítulo provaremos que essa área é exatamente *· mostrando que
lirn A 11 = •~
IJ ..... ~
Figur a 6.1.6
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
Tabela 6.1.2
Use um recurso computacional para
calcular o valordeA 10 na Tabela 6. 1.2. n 4 lO 100 1000 10.000 100.000
Alguns recursos computacionais têm
comandos especiais para calcular An 0,468750 0,385000 0,338350 0.333834 0.333383 0.333338
somas oomo a de (1) para qualquer
valor específiCO de n. Se o leitor dis·
puser de um recurso assim, utilize-o
também para calcular A,""
• O MÉTODO DA ANTIDERIVADA PARA ENCONTRAR ÁREAS
Embora o método dos retângulos seja intuitivamente atraente, os li mites que dele resultam
somente podem ser calculados em certos casos. Por esse motivo, o progresso no problema
da área ficou em um nível rudimentar até a segunda metade do século XVII, quando Jsaac
)' = f (;<)
Newton e Gottfried Leibniz: independentemente descobriram uma relação fundamental entre
áreas c derivadas. Em resumo, eles mostraram que, se f é uma função contínua não-negativa
no intervalo [a, b) e se A(x) denota a área sob o gráfico def acima do intervalo [a, x), ondex é
um ponto qualquer do intervalo [a, b] (Figura 6. 1.7), então
.,.. Exemplo 1 Para cada uma das funções .f. encontre a área A(x) entre o gráfico def c o
intervalo [a, x ] = [- 1, x], e encontre a derivada A'(x) dessa função área.
(a ) Solução (c) Lembre que a fómmla para a área de um trapézio é A = ~ (b + b' )h, onde b e
b' deno1am os comprimentos dos l ados paralelos do trapézio, e a altura h denota a distância
entre os lados paral el os. Pela Fi gura 6. 1.8c, vemos que
(b)
,. A Fórmula (2) é importante porque relaciona a função área A com a função f que
y = 2x + ~
~ - delimita a região. Embora a fórmula para A(x) possa ser difícil de ser obtida diretamente,
3
T
2.r + 3
sua derivadafi:x) é dada. Se soubennos recuperar uma fórmula para A(x) a partir da fórmula
dada de A'(x), então p oderemos obter a área sob o gráfico de f acima do interval o [a, b ]
calculando A(b).
I X O processo de encontrar uma função a partir de sua derivada é denominado antideriva-
.r I 2 3 4 ção, c um procedimento para encontrar áreas a1ravés da anlidcrivação é denominado método
de a11tiderivação. Para ilustrar esse método, vamos rever o problema de encontrar a área na
x+ l Figura 6.1.5.
(r·)
Figura 6.1.8 .,. Exemplo 2 Use o método da antidcrivada para encontrar a área sob o gráfico de y = x2
acima do intervalo [0, I].
Solução Sejam x um ponto qualquer do intervalo [0, I ] e A(x) a área sob o gráfico def(x) = .l
acima do intervalo (0, x]. Segue de (2) que
A(O) = C (5)
M as, se x = O, então o intervalo [0, x] se reduz a um único I>Onto. Se concordarmos em con-
vencionar que a área acima de um só ponto deveria ser considerada nula, então A(O) =O e (5)
implica que C = O. Assim, segue de (4) que
Corno ilustra o E)(emplo 2. a antideri·
A(x) = tx~
vação é, essencialmente. um proces·
so de adivinhação em que tentamos é a função área procurada. I sso implica que a área sob o gráfico de y = x 2 aci ma do interval o
"desfazer" uma diferenciação. Um dos
[0, I] é
objetivos deste capftuiO é deserwolver
procedimentos efiCientes de antideri· A( l) = = t(l') t
vação.
Isso é consistente com o resultado obtido numericamente acima. .,..
354 Cálc ulo
I . Seja R a regi ~o aba ixo do gnífico de f(x) = .J I - x 2 e acima 2. Suponh a que apliquemos o mo5todo do retângul o com 11 re-
do interv~l o (- 1, 1(. tângulos ao gráfico de uma função f acima do i ntervalo [a, b).
(a) Use um argumento geométrico para encontrar a área de 1?. Se, para cada inteiro positi vo n, resultar a aproximação A(n) =
2 + (2/n ), cnllio a área entre o griífico de f e o intervalo [a, b]
(b) Quais são as estimativas que se obtêm se a área de R for é _ _ __
aprox imada pela área total dentro dos retângulos da figura
abaixo'? 3. A área sob o gráfico de y =i acima do i ntervalo [0, 3] é
·'
4. Encomre a área A(x) entre o gráfico da funçãoj(x) ::x e o inter-
í \ X
valo [0. x) c verifique se A '(x):: f(x).
EXERCÍCIOS 6.1
1-1 2 Dê uma estimativa para a área entre o gráfico da função 12. f(x) =are tg x; [a. b] = [0. lj
f e o intervalo [a. b]. Use um esquema de aproximação com"
retângulos, análogo ao desenvolvido nesta seção para a função 13·18 Use fórmulas de área simples da Geometria para encon-
2
f(x) = x • Se seu recurso computacional efetuar somatórios au- trar a função área A(x) que dá a área emre o gráfico da função
tomaticamente. estime a área especificada usando 11 = 10. 50 e f especificada e o interval o (a. x(. Contlrme que A'(x) = f(x) em
100 retângu los. Caso contrário. estime a área usando 11 = 2. 5 e cada caso.
I O retângu los.
13. f(x)=3; [a,.rl = [ l. x
1. f(x) = .JX; [a,b] = [0. I ) 14. f(x) = 5; [cu] = [2. x (
I
2. /(x) = x+ l ; [a , lJ] = [0 , 1] 15. f(x) = 2x +2; [a,x] = [O,xl
3• .f(x) = scn x; (a. b] = (0, n:] 16. / (x)=3x - 3; ra,x l = fl.xl
4. f(x)=cosx; (a.bJ = (O.n:/2] 17. f(x) = 2x + 2; l,a,xj =[ I. x]
I
5. f(x) = -; [a, b) = [ I, 2) 18. f(x ) = 3x- 3; [a. x] = [2. xj
X
6. f(x) = cosx; [a. b] =[-1T/2.1T/2] 19. Qual é a relaçilo cmrc as funções área dos Exercícios 15 e 17'?
Explique seu raciocínio.
7. f(x) = J 1 - x2; [a. b] = [0. I]
20. Sejaf(x) uma função linear que é não-negativa no intervalo
8. f(x) = ..J1 -x2; [a.b) = [-I. I) [a. b]. Para cada valor de .rem [a, bJ, definaA(x) como a área
9. f(x)=e'; [a.b] =(- 1.1) entre o gráfico def e o intervalo (a. x).
(a) Prove que A(x) = !lf(a) + f(x)J(x- a).
10. f(x) = In x; [a. b) = [I. 2]
(b) Use (a) para conferir que A'(x) = f(x).
11. f(x} =are scn x; [a. bj = [0. I)
Capítulo 6 I Integração 355
ENFOCANDO CONCEITOS
24. A(x)=i-x
I
21. Explique como usar a fónnula encontrada para A(x) na so-
lução do Exercício 2 para determinar a área entre o gráfico
25. Sejam A a área entre o gráfico de f(x) = .JXc o intcn•a-
lo [0. I ] c 8 a área entre o gráfico def(x) =i e o intervalo
de y = _,:z c o intervalo [3. 6).
[0, I). Explique geometricamente por que A + 8 I. =
22. Modifique a solução do Exemplo 2 para encontrar a área
2 26. Sejam A a área entre o gráfico def(x) = 1/x e o intervalo
entre o gráfico de y = x c o intervalo [-3. 9).
[I. 21 e 8 a árca entre o gráfico de f e o intervalo [4. 1].
Explique geometricamente por que A = 8.
23-24 É dada a área A(x) sob o gráfico def e acima do intervalo
[a. x]. Encontre a função f e o valor de a.
JC ../3 x2 2x
I. (a) 2 (b) I + T 2.2 3. 9 4. A(x) = - ; A'(x) = - = x = f(x)
2 2
5. e'+ I
• ANTIDERIVADAS
6.2.1 UEFJNI ÇÃO Dizemos que uma função F é uma antiderivada de uma função f em
um dado imervalo se F'(x) = f(x) para cada x do irllcrvalo.
Por exemplo, a função F(x) = ~x 3 é uma antiderivada dcf(x) =i no interval o (- oo, +oo)
porque, para cada x nesse iniervalo, temos
I 3
jX •
I .3
j •\ + 2' ~x 3 - 5.
2
são todas antiderivadas da fu nçãof(x) =x •
E' razoável perguntar se existem anridcrivadas de uma função f que não podem ser
obtidas adicionando-se constantes a uma aniiderivada F conhecida. A resposla é não- uma
vez conhecida uma única antiderivada de f em um inicrval o /, Iodas as outras antideriva-
das naquele intervalo podem ser obtidas adici onando-se consi antes àquela antiderivada. Isso
acontece devi do ao Teorema 5.7.3, o qual nos diz que, se duas funções diferenciáveis em um
356 Cálculo
intervalo aberto I têm a mesma derivada em /,então elas diferem por uma constante em /. O
teorema a seguir resume essas observações.
• A INTEGRAL INDEFINIDA
O processo de encontrar antíderivadas é denominado antiderivação , antidiferencüição ou,
ainda, integração. Assim, se
~(F(x)] = f(x) ( I)
dx
então, integrando ou antiderivando a funçãoj(x), obtemos uma antiderivada da forma F(x) +C.
Para enfatizar esse processo, reescrevemos a equação ( I) usando a notação integral
onde C deve ser interpretado como uma constante arhitrilria. É importante observar que (I) c
(2) são lão-soment.e notações diferentes que expressam o mesmo fato. Por exemplo,
é equivalente a
~ [f f (x ) dx] = f (x ) (3)
Tn.'Cho do manuscrito de Lcibnit. dat:ldo
de 29 de outubro de 1675. no qual apan.'Ccu A expressão f f(x) dx é denominada integral indefinida. O adjetivo indefinida enfatiza
pela primeiro \ "CZ o sinal de integro!. que o resultado da amiderivação é uma função '·genérica", descrita só a menos de um termo
constante. O sinal de "s espichado" que aparece no lado esquerdo de (2) é denominado sinal
de integral,* a funçãoftx) é denominada integrando c a constante C é denominada constallte
de i11tegração. A Equação (2) deve ser lida como segue.
O sinal de integral e a diferencial ser·
vem como delimitadores. cercando o
A imegral deftx) em relação a x é igual a F(x) mais uma constante.
integrando. Em particular, não deve·
mos escrever f dx f(,<) quando que·
f
remos dizer f(.r) d.<.
~[] c / l ] dx
dx
serve para identificar a variável independente. Se for utilizada uma outra variável independen-
te em vez de x, digamos t, então a notação deve ser ajustada de acordo. Assim,
dr[F(t)]
d = f(t) e f f(t) dt = F(t) +C
• Ess:::t no1;1çttO foi inventada por Lc.ibni:t. Nos artigos iniciais. Lcibniz usou a n<Nação ··ornn"' (uma ~lbrt,'i:tturn d~l pala,Ta latina
"omncs") "''"' dcn()(:lr integração. Emiio. em 29 de outubro de 1675. ele escreveu "ser.! útil escrever f si&nificar omn..
p:lr.l
assim J I por omn. / .. ."'. Duas ou uês semanas depois. ele aperfeiçoou oind3 mais 3 nOt:.ção c dc-rc,cu fl ) Jx em vez de s6
f. Ess3 notação é tão útil e poderosa que seu de-sen,·olvimemo por l.eibniz dc,·e ser' isto como um grande mal'C'O na história
da Ma~en1.'1ti<'a e da Ciénda.
Capítulo 6 I Integração 357
f ÓRMULA FÓRMULA DE
DE DERIVADA INTEGR.\("ÃO EQUI VAJ.ENTE
di (tg 1] = sec2 1
(/
fscc 2 1 til = tg 1 +C
.!L.[11312] = ;!11 112
du 2
f~~~112 du = 113/2 +C
f ~
x-
dx pode ser escri ta como
• FÓRMULAS DE INTEGRAÇÃO
i ntegração é essencialmente um trabalho de dar palpites- dada a derivada/de uma função F,
tenta-se adivinhar qual é a função F. Porém, muitas fórmu las básicas de integração podem ser
obtidas diretamente de suas fórmulas de di fcrcnciação corresponden tes. Algumas das mais
importantes estão na Tabela 6.2. 1.
Tabela 6.2.1
fÓR~IUI.A DE DIFERENCIAÇÃO FÓRMUI. A DE INTEGRAÇÃO FÓR~IIJJ...\ DE 1:-iTr-GRAÇÃO
I. dd [x) = I
X
ftlx =x + C 8. :f_t [-cossce x) =eosscc x eotg x f cosscc x cotg.r dx =-cosscc x + C
1
=x'
2. ti [xr+l ]
dx r+ I
(r ;e - 1)
f x' dx = x'+ + C (r ;t - I)
r+ I
9. .!L
dx
[e"] =e.r f e·r tlx =ex+ C
3. d_d [scn x)
X
=cos x f cos x tlx =sen x + C 10. .!L [ b·r ] =b'
dx lnb
(O<b,b ~ l) f b·' dx = b x +C (O<b,b "' I)
In b
4. dd [-cos x) = scn x
X
f scn x dx =- cosx + C 11. :f.r[ln lxiJ =; f ;dx = In lxl +C
5. dl [tg
tX
x] = scc2 x f sec2 x dx = tg x +C 12. dd· [are tg x]
.1
=l+1x2 f 1
l+x2
dx =are tg x + C
6. ..!'..1 [- cot<>o xJ =cossec2 x
1
l X f cossec2 x dx = -cotg x + C 1
l [are sen x] =
13. .!...
tX
1
'1/ 1- x2
f 1
.,j l -J.:J.
dx =are sen x + C
7. .!L )sec xl =scc x l-i! x
dx
f SCC X lg X dx = SCC X + C 14 . .!L [are sec 141=
dx ·
1
,~.,j,~:l - 1
f.I,.,J.r'J -
1
l
dx = are scc l.rl+ C
Ver Exercício 64 para uma discussão .,. Exemplo 1 A segunda fórmula de integração na Tabela 6.2. J será fácil de lembrar se
da Fórmula 14 da Tabela 6.2.1 . for expressa em palavra~:
.
Para imegrar uma potência em x (difereme de -l ), some I ao expoeme e divida pela nova
.
potencta.
358 Cálculo
f X
1
J.r = In I.< I + C
f cj(x)dx = cF(x) +C
f h(x)dx = H (x) +C
Aqui, F(x) e G(x) são antiderivadas def(x) e g(x), respectivamente; porlanto, sabemos que
d . d
- [F(x)] = f(x) e -d IG(x)] = g(x)
dx X
Assim,
d d
dx [c F(x)] =cdx [F(x)] = cj(x)
d d d
dx [F(x) + G(x)] = dx [F(x)] + dx [G(x)] = f(x) + g(x)
d d d
- [F(x) - G(x)]
dx
= -dx [F(x)]- -[G(x)] = f(x)- g(x)
dx
o que prova as três afirmações do teorema.
•
Capítulo 6 I Integração 359
Contudo, essas equações devem ser aplicadas cuidadosamente para evitar erros e complicações
desnecessárias provocadas pelas constantes de integração. Por exemplo, se utilizarmos (4) para
f f
integrar Ox igualando, erradamente, Ox dx com O x dx = O, en tão erradamente perderemos
uma constante de integração (onde?). Se tHilizarmos (4) para integrar 2r escrevendo
~~
2
f 2x dx = 2 f x dx = 2 ( +C) = x 2 + 2C
obteremos duas constantes de integração onde bastava uma. Esses três tipos de problemas
são causados pela introdução demasiado cedo das constantes de integração c podem ser
evitados colocando uma constante de integração somente no resultado c não em contas in-
termediárias.
• Exemplo 2 Calcule
(a) f 4cosxdx
Solução (a) Como F(x) = sen x é uma antidcrivada de ftx) = cos x (Tabela 6.2. 1), ob-
temos
f 4cosxdx = 4 f cosxdx = 4scnx +C
B
Solução (b) Pela Tabela 6.2.1, obtemos
.,. Exemplo 3
f (3x 6
- 2x
2
+ 7x + I) dx = 3 f xdx- 2 f xdx + 7 f xdx +f I dx
6 2
7 3 2
=---+
3x
7
2x
3
-+x
7x
2
+C..,.
•
As vezes, é muito útil reescrever o integrando de forma diferente antes de efetuar a
integração.
t 2 - 2t~ x2
(a)
f
cosx
,
sen- x
dx (b)
f 14 dt (c)
f x2 + I dx
Solução (a)
f sen
cosx
-.......-
2
dx =
f r cosx dx =
f cosscc x cotg x dx = - cossecx +C
x sen x sen x
FórmulaS~" Tabeln 6.2. t
Solução (b)
I~ 21~ dt = f ('f2I - 2) dt = f (t - 2 - 2) dt
2
f t -
r' 1
= - - 21 +c=--- 2t +c
-1 I
f x 2
x2
+l
dx = f (x2x ++ I - x +I
2 I 2 I
) dx
• CURVAS INTEGRAIS
Os gráficos das antideJivadas de uma fu nção f são denominados curvas integrais de f . Sabe-
mos a partir do Teorema 6.2.2 que, se y = F(x) for uma curva integral de f(x), as demais curvas
integrais são translações dessa curva, uma vez que têm equações da forma y = F (x) + C. Por
exemplo, y = ~x 3 é uma curva integral de f(x) = ./, p<lrtanto, as demais têm equações da
forma y = ~x~ +C; reciprocamente, o gráfico de qualquer equação dessa forma é uma curva
integral (Figura 6.2. 1).
Figura 6.2.1 Em muitos problemas, estamos interessados em encontrar uma função cuja derivada sa-
tisfaça condições específica~. O exemplo a seguir ilustra um problema geométrico desse tipo.
.,. Exemplo 5 Suponha que um ponto movimente-se ao longo de uma curva desconhecida
No Exemplo 5, a exigência de que o )' = f(x) no plano xy, de tal forma que, em cada ponto (x, y) da curva, a reta tangente tem in-
2
gráfico de f passe pelo ponlo (2. 1) clinação x . Encontre uma equação dessa curva sabendo-se que ela passa pelo ponto (2, 1).
seleciona a única curva integral
y = jx3 - i da famQia de curvas Solução Sabemos que dyldx = x·' , logo
y = ~xJ +C (Figura 6.2.2).
J =f xdx = ~x3 +C
2
Capítulo 6 I Integração 361
)' Como a curva passa por (2, I ), pode-se encontrar um valor específico para C usando o fato de
4
que y = I se x = 2. Substituindo esses valores na equação anterior, obtemos
C -- _á3
dy 2
-=X (9)
dx
são
y =f 2
x dx = ::+C
3
A equação (8) é chamada de equação diferencial, pois envolve a derivada de urna
função desconhecida. As equações diferenciais diferem dos tipos de equação encontrados
ató agora, pois a incógnita é umafimçlio e não um mímero, corno em uma equação do tipo
x1 + 5x - 6 =0.
'
As vezes, não estamos interessados em encontrar todas as soluções de (8), mas somente
em uma cuja curva integral passe por um pon to especificado (x00 y0). Por exemplo, no Exem-
plo 5, resolvemos (9) para a curva integral que passa pelo ponto (2, I).
Para simplificar, é comum no estudo das equações diferenciais denotar uma solução
de dyldx = f(x) como y(x) em vez de F(x), como anteriormente. Com essa notação, o pro-
blema de encontrar urna função y(x), cuja derivada ó f(x) c cuja curva integral passa pelo
ponto (x& y0) , é expresso como
dy
-dx = f(x) , y(xo) = Jo (lO)
Esse problema é denominado probiJJma de valor inicial e a exigência y(x0) = y0 é uma colldi-
ção inicial para ele.
• CAMPOS DE DIREÇÕES
Se inter retarm d)ldx c m a inc inaçã a reta tangente, entã em um nt x, y e uma
cur a integra a e uaç.'í dyldx =f x a inc inaçã a reta tangente é igua a f x in tere
ante bre i é ue a i nc inaçõe a reta tangente a cur a integrai em er bti a
em rea mente re era e uaçã i erencia P r c em , c
dy
dx
entã , em re er a e uaçã , abem uc n nt x = I a inc inaçã a reta tangente a
uma cur a integra é J2 + I = ,;2; mai gera mente, em x =a, a reta tangente a uma cur a
J
integra tem inc inaçã Ja 2 + I
ma e criçã ge métrica a cur a integrai e uma e uaçã i erenci a dyldx =f x
e er bti a e c hen e uma gra c rctangu ar c nt n an xy, ca cu an ea
inc inaçõc a reta tangente à cur a integrai n nt a gra c c c cnhan c e
ucna rçõe a reta tangente na uc e nt figurare u tante, cn mina a campo
de direções u campo de inclinaçíJes, m tra a" ircçã " a cur a integra n nt a gra
e m um núrner raz a e mente gran e e nt na gra e, muita ezc é í e i ua
izar a ró ria cur a integrai r e em , a Figura 2 3a m tra um cam e ireçõe
2
ara a e uaçã i erencia dyldx =x , e a Figura 2 3b m tra me rn carn c 111 a cur a
i ntegmi bre ta - uant mai nt na gra e rem u a , mat c m etamente
cam e ireçõe re e a a rma a cur a integrai P rém, a uanti a e c cá cu e
er c n erá e uan rem nece ári muit nt na gra e, c r 1 gera mente ã
uti iza c m uta re
r .
,' '' , - --,, '' ,'
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I I I I I I I I I I I I I I
I I I I I
' I I I I I I I I I I I I
Campo de direções para dyld.r = ·'J Campo de direções com curvas integrais
Fi~m.,. 6.2.3 (/ b
l. ma unç~F 6 uma anti cri a a e uma unçã f em um in 4. grMic cy =.1~ + x 6 uma cur
a integra a unçã f x =
ter a I c _____ ara 1 x em I Se (i 6 uma unçã cu gráfic também é uma
c ur a integra e f, e e G I = 5. entã G x = _____
2. E cre a uma ónnu a e integraçã e ui a ente ara ca a 6r
mu a c cri açã
d I d S. m cam c ircçõc ara a e uaçã i erencia
,r [ JX] =
a d- 2../i ~r
b - Lsenx ] = cos x
ex
1 dy 2r
-dx =.,
x -- 4
c
3. a cu c a integrai tem um cgmem ereta e inc inaçã e nt
a f ++ [x
3
x 5) dx
2
b j 1sec x- cossecxcotgxjdx
0.5 e um egmcnt c reta e inc inaçà
111 -4. I
e
d X
(a) - LJ I + x J = -;:;=::===;r
dx
2
~i +x2 19.
- '-l
f x~+2x-
~ dx 20. f I -r32r dt
3
X
d . <
(b) -[xe'l = (x + l)e·
dx
2. Em cada parte. confirme que a fórmu la está correta por dife-
21. f G+3er] dx 22. f [~I - he'] dt
renciação.
(a) f x scn x dx = scn x - x cos x + C 23. f [3 scn 2 s.:c
x - 2x] dx 24. f [coss.:c r - sec t tg t) dt
2
(b} f dx
( I - x2)V2 -
_
~I
x
- x2
+C 25. f secx(secx+ tgx)dx 26. j cossecx(sen + cotg
x x) dx
S. ~ [Jx 3 +51
dx
34.
f[ 4
---;:=r===;: +
x~x2- t
I +x +x3 ]
l+x 2 dX
9. (a) f x8dx (b) f dx XS/7 (c) f x.JXdx3 36. Use a fórmula do ângulo duplo cos 2x = 2 cos: x- I para cal-
cular a integral
f .(1;2 dx f ~ dx f x - dx118
lO. (a) (b)
X
(c)
f I+ cos2x
dx
16. f (2 + y2) dy
2
reta tangente tem inclinação (.r+ I)2• Encontre uma equação da
curva. sabendo que ela passa pelo ponto (-2. 8).
364 Cálculo
YG) ~
cly
(b) - = scn 1 + 1. 53·56 Os campos de direções dados corresp\)ndem a urna das
dl =
equações diferenciais abaixo. Identifique a equação diferencial
dy x+ l que combina com a figura e esboce curvas soluções pelos pontos
(c) - = -fi ' y( l) = o
dx \' destac:1dos.
dy dy dy
I
42. (a) - = (2x)3' y(l) =O (a) - = 2 (b) dx- - \"
· --
dx dx
dy ? dy x/3
dy (c) - = x- -4 (d) - =e
(b) -
dt
?
= sec· 1 - sen r. YG) = I dx dx
dy
(c) - = x2 H, y(O) = O 53. )'
,,,,,1 54. ___ ..,.,.. 6 ,I'
dx tI I I I 6
,,,,,, ___ ,,,4 I I I I I I
43. (a) -
dy .
= 4e·' , y(O) = I (b)
dy
-=-,
1
) (- 1)= 5
11111/
t I I I I ~
,,,,,,
,,,,,,
____ ,
___ , , , !///li
I I I I I I
dx dt I .
1
1/111/
I I I f I 2 ,,,,,,
,,,,,,
___ , . 2
_
.... .,...,..,/
· I I I J I I
I I I I I I
(JJ) =
I I I • I I .r
d)' = 3
(/ //1/ .{
~
-411!
2 ~
..
44. (a) ...:..
dt Jt - t2
, )' -
. 2
O -4 - 2 /
11111 - 2
,,,,,,
,21416
,,,,,,
-6__-4, ...- ,.2 _2
............... ,..,
I I I
I I I I I I
dy x2 - 1 1r
I t I I I /
I I I I t....a ,,,,,,
,,,,,, --
---..-.--4
.......,.,.-6
,,..
I I I I I f
I I I I I I
I I I I I I
I I I I I / ___
(b) J; = x2 + 1 , y(l) = 2 f f I I 1-6 ' '
\ \ \ \
I I I I I I
45. Encontre a forma geral de uma função cuja derivada segunda 55. )' 56. J
J/1116 111111
<!-/X. (Sugesuio: Resolva a equação f"(x) =-fi para f(x). f
I ''
I I
' - \6
I •
\ -
\ -
I I
I I '' '' ,,, . ,.J
//II/I J I I I I I
I I I I- J I - I f I I I I I I
integrando ambos os lados duas vezes.) f f f I- I \ -
f '
I I f f 1111/1 I I I I I I
f f f I- 2 I- I f f f 111112 111111
46. Encontre uma função f tal que /"(x) x + cos x c. além disso.= f f f f- I ~' - • r f f .< I I I I I I 1 . 1111 ~
61. f 2
tg x tfx 62. f cotg2 x tfx 66. Suponha que uma barra de metal unifonne tenha 50 crn de com-
primento e esteja isolada lateralmente. enquanto as temperaturas
63. Use as identidades cos 20 = I - 2 scnzO= 2 cos2 0- I para aju- nos extremos sejam mamidas a 25 e ss•c. respectivamente. Su-
dar a calcular as integrais ponha que o eixo x seja escolhido confotme a figura abaixo e que
(a) f sen\x /2) tfx (b) f cos2 (x /2) dx
a temperatura T(x) em cada ponto x satislitÇ<t a equação
I. F'(x) = f(x) 2. (a) f 2 ~dx = .JX +C (b) f cosxdx = senx +C (c) f 4e4' dx =é'+ C
3. (a)~x 4 +!x 2 +5x+C (b)tgx+cossecx+C (c)3ex+4 1nlxi+ C (d)~x 312-~scn- 1 x+C 4. 2r + l: ., 2 +x+3
5. O; -~
• SUBSTITUIÇÃO u
O método da substituição pode ser motivado exami nando-se a regra da cadeia do ponto de
vista da antidi fcrenciação. Com esse propósi to, suponhamos que F sej a uma antiderivada de
f e que g seja uma função diferenciável. A derivada de F(g(x)) pode, pela regra da cadeia, ser
expressa como
d
- [F(g(x))) = F'(g(x))g'(x)
dx
c, em forma integral, ser escrita como
f F'(g(x))g'(x)dx = F(g(x)) +C ( I)
Para nossos propósitos, será úlil tomar u =g(x) c escrever duldx = g'(x) na fom1a diferencial
du = g'(x) dx. Com essa notação, (2) pode ser expressa como
O processo de calcular uma integral da forma (2) convertida na forma (3) com a substituição
, _
f (x· + 1)' 2x dx =
0
·
f 11
50
d11
11 s1
= -+C=
(x2 + 1)s 1
+C ..,.
51 51
f 2x senx~dx
pois a substituição dá lugar à integral
f 2
sen 11 d11
Passo 2 Se o Passo 1 tiver sido completado com sucesso, tente calcular a integral resul-
tante em termos de u. Novamente, isso pode ou não ser possível.
Passo 3 Se o Passo 2 tiver sido completado com sucesso, substitua 11 por g(x) para ex-
pressar a resposta final em termos de x.
Capftulo 6 I Integração 367
• Exemplo 2
du = I · tl.r. = t/.1:
, 11 24 (x _ 8) 24
f (x- 8) dx = 23
I f 3
tr du = - + C =
24 24
+C •
u=x -8
du = I · dx = dx
Uma outra substituição u simples ocorre quando o integrando é a derivada de uma fun-
ção conhecida, exceto por uma constante que multiplica ou divide a variável independente. O
exemplo a seguir il.ustra duas maneiras de calcular tais integrais.
Solução altemativa Há uma variação do procedimento anterior que é preferida por al-
guns. A substituição 11 = 5x requer d11 = 5 dx. Se houvesse um fator 5 no integrando, então
poderíamos agrupar 5 c o dx para formar o du requerido pel a substi tuição. Como não há tal
fator, vamos inserir um fator 5 e compensar pondo na frente da integral um fator de ~·Os
cálcul os são os seguin tes:
u= !x - 8
d11 = j dx ou dx = 3(/u
368 Cálculo
dx
.,. Exemplo 5 Calcule
f I +3
,.
. x-
Solução Substituindo
u=.J?.x, du=fidx
obtemos
f dx I
, = r-:;
1+3x- -v3
f du
l+u-
?
I
= v3"' I tz
are tg u + C = r-:; are tg (v 3x) + C
v3
..,.
Às vezes, com a ajuda do Teorema 6.2.3, podemos calcular uma integral complicada
ex pressando-a como uma soma de integrais mais simples .
.,. ExemploS
li = iTX
I
4111 • :rtiJ.' ou tl:r =- tlu
:r
I I
= ln lxl+- tgu+C= In lxl+ - tgrrx+C ..,.
1T 1T
Solução
f 4
-
2~ f ~du = - 215 f u 13
1 {/3- 5t5dt -
.'---------------1I,,,
1
' du
u =3 -St'
= -2St' dt ou -g du = t' d~ I
I u413 3 4/3
= -25 4/3 +C=- 100 (3 - 5ts) . + C <111
e-'
.,. Exemplo 10 Calcule
f .JJ _ eir
dx .
Solução Substituindo
u =e-', du =e·' dx
obtemos
f .Ji e·'
- e2.r
dx =f Jldu- u2 =are sen 11 +C = are sen (e-')+ C <111
11 = x- I, logo du = dx (4)
Da primeira igualdade em (4),
o o 2
x· = (11 + I)"= 11 + 2tt + I
logo,
3 3 2 2
COS X= (COSX) C COS X = (COSX)
2
Contudo, nem a substituição u = cos x nem a substituição u = cos x funcionam (verifique).
Nesse caso, não há substituiç.'ío apropriada que seja sugerida pela composição contida no
370 Cálculo
integrando. Por outro lado, note que, na Equação (2), a derivada g'(.x) aparece como um fator
do integrando. Isso sugere que escrevamos
j cos 3
xd.x = j cos 2
x cos xdx
u3 I
= 11- - +C= scnx-- scn 3 x + C <111
3 3
dx
.,. Exemplo 13 Calcule
f ?
a- +x-
? d x, onde a = Oé uma constante.
Solução Uma manipulação algébrica simples e uma substituição u apropriada nos permitem
usar a Fórmula 12 na Tabela 6.2.1.
f dx
0 2 + x2
I f
=;:; I+
dx/a
(x/a)2~ ;:;
I. f I
dtl
+ 112
I I
= - are tg 11 + C = - are tg -
a a a
x
+C <111
u = .t / n
d, = dx /(1
du I u
f +
-=--~ = -
a2 u2 a
are to - + C
o li
(5)
du
f Jaz_
11
r=:====: = are sen - +C (6)
11 2 li
du I
f
11
-r=::==::: = - are scc +C (7)
uJu1 - a2 a a
dx
.,. Exemplo 14 Calcule
fJ 2
_ x •
2
pender de um CAS para integrar uma função simples como f(x) = x 2 • Assim, mesmo que
tenhamos um CAS, é desejável que desenvolvamos um nível razoável de competência no
cálculo de integrais básicas. Além disso, as técnicas matemáticas introduzidas no cálculo
de integrais básicas são precisamente as mesmas que os CAS utilizam para computar as
integrais mais complicada~.
(a) f 3x 2( I + x 3) 25 dx = f u25 c/u se u = _ _ __ 3. Obtenha o integrando que falta na integral da direita e que cor·
responda à substituição u indicada.
cdu = _ _ __
(a) f 5(5x - 3)- 113 dx = f du; 11 = 5x- 3
(b) f 2xscn.r 2 dx = f scnt1du
edu = _ _ __
seu= _ _ __
(b) f (3 - tgx) sec x dx =
2
f d11;
u =3- tgx
18
(c) f
9
x 2 dx = f ~du
l +x
edu= _ _ __
u
seu=
---- (c) f V&+...;;.fi dx =f dt1; 11 = 8 +.fi
(d)
f 3
I + 9x 2
dx = f I
I
+ 112
du seu= - - - -
(d) f 1
e ' dx = f d11: t1 = 3x
(d) f 2
(2x + 7)(x + 7x + 3) 415
dx ; u = x2 + 7x + 3
6. (a)
f
x. 2 dx
..,..-----,. ; 11
I +x6
= x3
ENFOCANDO CONCEITOS
9. f (4x- 3)9 dx 10. f x 3 J5+ x~dx 51·54 Calcule cada integral modificando. inicialmente. o formato
do integrando e então fazendo uma substituiçào apropriada.
21. f 6 dx 22.
f x2 + I
dx
56. (a)
f e'
4+e'
2: dx (b) f J9 dx
-4x2
(c)
f d ~\'
yj5yL 3
( I - 2x)3 /r 3 + 3x
f 57·59 Calcule as integrais supondo que" é um inteiro positivo e
23. x3
dr 24. f sen(l{x) dx
(5.~4 + 2)3 . . 3x que b "" O.
25. f escnx c os x dx 26. f x3e·' ' dx 57. f (a+ bx)" dx 58. f !Ya+bxdx
29. f e• 2x dx
I +e ·
30. f ~ t dt @]60. Use um CAS para verificar as respostas obtidas nos Exercí-
t + I cios 57 a 59. Se a resposta produzida pelo CAS não estiver de
f f scc~ dx
scn(5/x) acordo com a sua, mostre que elas são equivalentes. [Sugestão:
31. dx 32.
X2 Usuários do Matlzematica podem achar mu ito útil aplicar o co-
mando "'Simplify'' à resposta.]
33. f cos4 3t sen 3t dt 34. f c os 2t sen 5 2t dt
ENFOCANDO CONCEITOS
35. f X St:C
2
(x 2) dx 36. f cos 40 dB 61. (a) Calcular a integral f sen x cosx d x por doi s méto-
(I + 2sen 40) 4
dos: primeiro fazendo u =sen x c. depois. 11 =cos x.
37. f cos40J2 - sen4Bd0 38. f tg 3 5x st:e 2 5x dx (b) Expl ique por que as duas respostas aparentemente dife-
rentes de (a) são realmente equivalentes.
2
39. f sec xdx 40. f sen O dO 62. (a) Calcule a integral f (5x - I)2 dx por dois métodos:
J 1-tg2 X cos 2 O+ I primeiro eleva ndo ao quadrado e integrando e, de-
pois. fazendo u =5x- I.
41 . f scc3 2x tg 2x dx 42. f [sen (scn 8 )] cos 8 dO (b) Explique por que as duas respostas aparentemente dife-
43. f dx
e·-:
44. f # dx
rentes em (a) são rca.lmente ec1ui valcntcs.
Capítulo 6 I Integração 373
63-66 Resolva os problemas de valor inicial. 8 68. (a) Calcule Jrx/(x 2 + I)]dx.
(b) Use um recurso gráfico para gerar algumas curvas integrais
63. tlly = Jsx + 1, y(3) = -2 típicas de f(x) = xt(i + I) sobre o intervalo (- 5, 5).
tX
69. Encontre uma função f tal que a inclinação da reta tangente em
dy
64. - = 2 + sen 3x, y(;r/3) =O um ponto (x. y) da curva y = f(x) é J3x + I. e a curva passa
dx pelo ponto (0, I).
dy
65. dt = -e2t . y(O) =6 70. Suponha que uma população fi de rãs em um lago está estimada
no começo de 2005 em 100.000 e que o modelo de crescimen-
66 d y
" dt
I ( 5) ;r
= 25 + 9r2' Y -3 = 30
to para a população p(t) supõe que a taxa de crescimento (em
milhares) após t anos será de p'(t) = (3 + 0.12t)m. Estime a
população projetada para o começo do ano 20 IO.
E:J67. (a) Calcule j[x / Jxi + lldx.
(b) Use um recurso gráfico para gerar algumas curvas integrais 71. Deduza a Fórmula (6) de integração.
típicas de f(x) = x I J x 2 + I sobre o intervalo (-5. 5). 72. Deduza a Fórmula (7) de integração.
I. (a) I +x\ 3x 2 dx (b) x 2; 2ulx (c) I + 9x2 ; I8xdx (d) 3x; 3dx 2. {a) ~( I +x3)26 +C (b) - cosx2 + C
(c) ln( l + 9x 2 ) +C (d) are tg 3x +C 3. (a) u- 1/ 3 (b) -11 (c) 2Vt; (d) !e" 4. (a) ~(5x- 3) 21·1 +C
(b) - ~(3 - tg.r) 2 + C (c) i<&+ JX)4/ 3 +C (d) !e1 ' +C
Nosso objetivo principal nesta seção é usar o método do retdngulo para obtermos uma
definiçcio matematicamente precisa da "área sob tmw curva •·. Para simplificar nossos
cálculos, começaremos disclllindo uma notação rítil para expressar somas extensas em um
formato compacto.
• A NOTAÇÃO SIGMA
A notação a ser discutida nesta seção é denominada notaçl10 sigma ou notação de somatório,
pois utiliza-se da letra grega maiúscula L (sigma). Para ilustrar como essa notação funciona,
considere a soma
2 2 2
1 +i+3 +4 +5 2
na qual cada teimO é da forma e.
onde k é um dos inteiros de I a 5. Com a notação sigma,
essa soma pode ser escrita como
5
L: e
k= l
2
a qual se lê "somatório de k , para k variando de I a 5". A notação nos diz para formar asso-
Valor 2
mas dos termos que resultam quando substituímos k por inteiros sucessivos na expressão k ,
n+
final de k
começando com k = I e acabando com k = 5.
Isso nos diz -
parasomar
• "'
~
f(k) Em gerdl, se f(k) for uma função de k c sem c 11 forem tais quem < 11, en tão
k =111
11
Valor
inicial de /.: t :L J<k> (I)
Figura 6.4.1
denota a soma dos termos que res ulta quando substitufmos k por inteiros sucessivos, come-
çando com k = m e acabando com k = n (Figura 6.4.1 ).
374 Cálculo
1111> Exemplo 1
8
I: k3 = 43 + s3 + 63 + 73 + sJ
.1:-4
5
L 2k = 2. I + 2. 2 + 2. 3 + 2. 4 + 2. 5 = 2 + 4 + 6 + 8 + lO
k= l
5
L (2k +I)= I+ 3 + 5 + 7 + 9 +li
k=O
5
L (- 1)k (2k + 1) = I - 3 + 5 - 7 + 9 - II
k=O
I
L k 3 = (-3) 3 + (-2) 3 + (- 1)3 + 03 + 13 = - 27 - 8 - I+ o+ I
k=- 3
~ k sen -
L.- (kn) = sen rr- + 2 sen -2rr + 3 sen -3rr .,..
k= l 5 5 5 5
Os números me nem (1) são chamados, rcspcct ivamcnte, de limites inferior e superior
do somatlÍrio; a leu·a k é chamada de índice do somatório. Não é essencial o uso de k como
índice de somatóri o; qualquer outra letra pode ser usada. Por exemplo,
6 I 6 I 6 I
~i ' f;1 e ~;;
todos denotam a soma
I I I I I
1+- +-+-+-+-
2 3 4 5 6
Se os limites inferior e superior do somatório forem iguais, então a ·'soma" em (l ) se
reduz a um ún.ico termo. Por exemplo,
2
I
I:k3 =23 e = -
k=2
1 +2 3
Nas somas
5 2
L2 e Lx 3
i= l i =O
a expressão à direita ele L não envolve o índice do somatório. Em tal caso, tornamos todos os
termos da soma como sendo iguais, um para cada valor admissível do índice do somatório.
Assim,
5 2
L2=2 +2+2+2+2 e I:x 3 = x 3 + x 3 + x 3
i= l i =O
Às vezes queremos mudar a notação sigma de uma dada soma para ouLra, com diferentes
limites no somatório.
com a notação de somatório de fom1a que o limite inferior seja Oem vez de 3.
Solução
7
L 5k- 2 = 51 + 52 + 53 + 54 + 5s
k- 3
4 4
= L 5i+ l = LSH I ~
j=O kc O
• PROPRIEDADES DE SOMAS
Muitas vezes é conveniente, ao enunciar propriedades gerais de somas, utilizar uma letra
subscrita como a* em vez da notação funcional f(k). Por exemplo,
5 s 3
L ak = a1 + a2 + a3 + a4 +as = L ai = L (IH2
k=l j= l k= - 1
n " ~r-2
L ak = a1 + a2 + · · · + Gn = L ai = L ak+2
k=l i= l k= - 1
6.4.1 TEORt:MA
il /t
DEMOl'iSTRAÇÀO (a)
n n
L cak = ca1 + ca2 + · · · + ca. = c(a1 + a2 + ···+a.) = c L ak
k= l k= l
376 Cálculo
IH:.MONSTRAÇÃO (b)
"
L (ak + bk) = (a; + bt ) + (a2 + b2) + ···+(a,.+ bn)
k=l
n n
= (ai + 0 2 + · · · + On) + (bt + b2 + · · · + b,.) = L Ot + L bt •
t~ l k=l
• FÓRMULAS DE SOMATÓRIOS
O teorema a seguir enumera algumas fórmulas úteis de sornas de potências de inteiros. As
deduções dessas fórmulas podem ser encontradas no Apêndice C, no Volume 2.
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
6.4.2 TEOREMA
Os CAS fornecem meios para en· ..ç.... n(11 + I)
contrar fórmulas fechadas como as (a) L k= I + 2 + · · · + 11 = 2
do Teorema 6.4.2. Use um CAS para k= l
confirmar as fórmulas daquele teo·
• k- = 1- + 2- + · · · + 1r = -11.(11-+- -1)(2n
? ? ? , +- -
I)
rema e, então, encontre fórmulas fe·
chadaspara
(b)
L
k=l
6
: -
2
(c) ..ç....
L k3 = 13 + 23 + ... + 113 = [11(11+
2 1)]
k= l
3Q
11(11 + I)
ou I + 2 + · · · + 11 = --::---'-
2
o lado esquerdo da igualdade é chamado de uma soma em forma aberta, enquanto o lado
direito é chamado deforma fechada; a forma aberta indica os term os a serem somados, en-
quanto a fechada é uma fónnula explícita para a soma.
Capítulo 6 I Integração 377
11
Solução
n
,L)3 +k)2 = 4 2 + 52 + ··· + (3 + n) 2
k=l
)' = /(.t )
Figura 6.4.2
• A DEFINIÇÃO DE ÁREA
,. Passamos, agora, ao problema de dar uma definição precisa do que significa a "área sob uma
curva". Especificamente, suponha que a funçãofsc><ja cont fnua e não-negativa no intervalo
I l a, b] c que R denote a região delimitada in feriormen te pelo ei xo x, lateralmente pelas retas
/ 1'\ verticais x =a ex= b e superiormente pela curva y = ft..x) (Figura 6.4.2). Usando o método
I/ f\ )
X
dos retângulos da Seção 6. I, podemos moti var a definição da área de R como segue.
Figura 6.4.3
(Figura 6.4.3). Cada um desses subintervalos tem comprimento (b- a)/11, que costu-
ma ser denotado por
b-a
ôx=--
1/
X *I ' "'2
,... · ... ,~·
tA"
,(
axt t"
' 2 .r~ /) denotam os pontos selecionados nos subinterval os, então os retângulos têm alturas
f<xn. f(x?.), ... , f(x~) c áreas
Q
~
~
<ê
~
.;::~
'B (Figura 6.4.4 ).
"' • A união dos retângulos forma uma região R,, cuja área pode ser considerada como
I
T
f(x;)
I
I
I
uma aproximação da área A da região R; ou seja,
I
A= área (R)~ área (Rn) = f(x~)ôx + f(xi)t>x + · · · + f(-<)t>x
I
I
Area f~"k>~x=
(Figura 6.4.5). Isso pode ser expresso mais compactamente na notação sigma como
'
y
.r•
I
n
1+-á.<-f
A~ L f(x;)t>x
Figura 6.4.4
k=l
378 Cálculo
~· • Repetimos o processo usando cada vez mais subintervalos e definimos a área R como
o " limite" das aproximações dadas pelas áreas das regiões R. quando 11 cresce sem
parar. Assim, definimos a área A por
n
A = lim " ' f(x;)ôx
n-+x L-,
k= l
Os valores de x~, xi, ... , x,~ em (2) podem ser escolhidos arbitrariamente, portanto é
concebível que escolhas distintas desses valores possam produzir valores distintos de A. Se
isso fosse possível, então a Definição 6.4.3 não seria uma definição aceitável de área. Feliz-
mente, isso não ocorre; prova-se em disciplinas avançadas que, se f for contínua (como esta-
mos supondo), então resulta o mesmo valor de A, independentemente da escolha dos pontos
x;. Na prática, esses pontos são escolhidos de alguma forma sistemática: algumas escolhas
comuns consistem em tomar sempre
Para sermos mais específicos, suponha que o intervalo [a, b] tenha sido dividido em n
partes iguais de comprimento t:>x = (b- a)/n pelos pontos X1, x2, ...• x 11 _ 1e sejam x0 =a e
x" = b (Figura 6.4.6). Ernão,
xk = a+ ktu para k = O, I. 2, ... , 11
A ssim, as escolhas do extremo esquerdo, do extremo d ireito c do ponto médio para
xj, xi, .. . , x~ são dadas por
x; = Xk-1 =a+ (k- l)!:>x EKitcrno C.Sqlu...rdo (3)
,-:----~----'
x; = xk = a + k ó.x Exucrno direito (4)
IPonto médio I (5)
j.-óx-ifc-óx + óx--j . ..
Figura 6.4.6 .ro
Capftulo 6 I Integração 379
Sempre que for aplicável, escolheremos o método da antiderivada para encontrar áreas.
Contudo, os exempl os a seguir ajudam a reforçar as idéias que acabamos de discutir.
b -a 1-0
D.x = - - --=-
11 11 11
de modo que segue por (4) que
x; =a + k D.x = -11k
I I I
= -+-+-
3 211 611 2
Observe que i sso é consisteme com os resultados na Tabela 6.1.2 c a discussão a respeito na
Seção 6. I. ~
6.4.4 TEOREMA
11
(a) l im
u~+~
-L
I
n
"
J= l (b) lim -
11--> +.o 112
l
"'k
L..-
= -
2
I
k= l k= l
11
I " I I I
(c) l im --:; " ' k2 = - (d) lim - "'k 3 = -
11-+ +., ~~~ L..- 3 11 -> +oc n4 L-- 4
k=l k= l
b-a 3- o 3
D.x = - - --=-
11 11 11
380 Cálculo
27 27 ? 27 27
= - - -3k- + -3k - - 3
11 11 11 411
"
A = lim " f(xZ)ó.x
IJ -4> +» ~
k=i
11
11 11
= ,_ +» 27 [ 11
lim " I - -1 " k
-l "L. 11 3 L.
2
+ 11-1 ( -n12 "k
" ) - - 1 (I- " I
L. 411 2 n L.
)]
k=i k= i ks i k= i
= 27 [I - ~ + O· ~ - O · I] = 18 ITeorcnu 6.4.4 ) ~
não mais representa a área entre a curva y = f(x) c o intervalo [a, bj no eixo x; o limite repre-
senta agora urna diferença de áreas- a área acima ele (a, b] c abaixo da curva y = f(x) menos
a área abaixo de [a, b) e acima da curva y = f(x). Chamamos isso de área líquida com si11al
entre o gráfico de y = f(x) e o intervalo [a, b]. Por exemplo, na Figura 6.4.7a, a área líquida
com sinal entre a curva y = .f(x) e o intervalo [a, b) é
(A, + A 111) - A 11 = [área acima ele [a, bll - [área abaixo de [a, b]]
(a)
Para explicar por que o limite em (6) representa essa área líquida com sinal, vamos subdividir
o intervalo [a, b] ela Figura 6.4.7a em n subintervalos iguais e examinar os termos ela soma
11
L f(x;)t.x (7)
(I b k=i
Se f(xk) for positivo, então o produto f(x'j)lll representa a área do retângulo com altura f(x'j)
(b) e base I:Jx (os retângulos azul escuro na Figura 6.4.7b). Porém, se f(x;) for negativo, então o
Figura 6.4.7 produto f(x;)I:Jx é o negativo da área do retângulo com altura lf<x;)l c base I:Jx (os retângulos
atul claro na Figura 6.4.7b). Assim, (7) representa a área total retângulos azul escuro menos
a área total dos retângulos azul claro. À medida que 11 cresce, os retângulos azul escuro pre-
Capftulo 6 I Integração 381
enchem as regiões com áreas A1 e A111 e os azul claro, com A 11 , o que explica por que o limite
em (6) representa a área total com sinal entre y = f(x) c [a, b]. Formalizamos isso na definição
seguinte.
'
6.4.5 DEH MÇÃO (Area liquida com Sinal) Se a funçãof for contínua em [a, b], en-
tão a área líquida com sinal A entre a curva y = ftx) c o intervalo [a, b] é definida por
Assim como na Definição 6.4.3, pode
ser provado que sempre existe o limi- n
te em (8) e que o mesmo valor de A A = n ..-lim+~ " ' f(x;)ôx
.L_,
(8)
resuna, independentememe da esco-
k= l
lha dos pontos nos subintervalos.
~ Exemplo 7 x;
Use a Definição 6.4.5, com dado pelo extremo esquerdo de cada subinterva-
= =
lo, para encontrar a área líquida com sinal entre o gráfico de y ftx) x - I c o intervalo [0, 2].
Solução O comprimento de cada subintervalo é
b- a 2- 0 2
Ó.X = =-
11 11 11
x; =a + (k - I )ôx = (k - I) C)
Assim,
k- t
[ (k - I) (2) J(2)
;; - I
11
ITcoreu<J 6.4.-1 I
Como a área líquida com sinal é nula, a área A 1 abaixo do gráfico def e acima do intervalo
Figura 6.4.8 [0, 2] deve ser igual à área A2 acima do gráfico de/c abaixo do intervalo [0,2]. Essa conclu-
são está de acordo com o grático def mostrado na Figura 6.4.8. ~
é urna boa aproximação da área A. Se uma das Fórmulas (3), (4) ou (5) for usada para es-
colher os p ontos x; em (9), então dizemos que o resultado é a aprox imação pelo extremo
esquerdo, a aprox imação pelo extremo direito ou a aproximação pelo ponto médw da área
A, respectivamente (Figura 6.4.9).
382 Cálculo
y ,. y
~
\ / \ I\
' v
I ' "\ f:
[\.. \.. r\
"
I
[\ \ I I i"I \
I /
'
I
I
I I
I
I
I
:
I
I
I
I
I
{I b
X
a b
.r
11
I
I : I
l
I
I
I
I
b
X
IAproximaçao pelo extremo esquerdo I Aproximação pelo extremo direito I Aproxomaçao pelo ponto médio I
(a) (b) (c)
Figura 6.4.9
,,
.,.. Exemplo 8 Encontre as aproximações pelo extremo esquerdo, pelo extremo direito e
pelo ponto médio da área abaixo da curva y = 9- x 2 acima do intervalo [0, 3j, com n = 10,
11 = 20 c 11 =50 (Figura 6.4. I 0). Compare a precisão desses três métodos.
Solução Os detalhes dos cálculos para o caso 11 = IOestão exibidos com seis casas decimais
na Tabela 6.4. I , e os resultados de todos os cálculos estão dados na Tabela 6.4.2. No Exemplo
6, mostramos que a área exata é I 8 (ou seja, I 8 unidades de área), de modo que, nesse caso,
a aproximação pelo ponto médio é mais precisa do que as aproximações pelos extremos. Isso
X
também é evidente geometricamente a partir da Figura 6.4. 11 . Nessa figura, também pode-
o mos ver que a aproximação pelo extremo esquerdo superestima a área c a aproximação pelo
Figura 6.4.10 extremo direito a subestima. Adiante neste texto, investigaremos o erro que resulta quando a
área é aproximada pela regra do ponto médio. ..,.
Tabela 6.4.1
11 = 10. óx =(b- a)/11 =(3- 0)/10 =0.3
APROXJMAÇÃO M•ROX IMAÇ,\() AI'ROXIMAÇÃO
I'ELU EXTREMO ESQUERDO l'lii.O EXTREMO OIRF.! Tl) ,,;to 1'0!\TO ~UiDIO
k *
xk 9- (x~)2 ·*
xk 9- c/:>2 ·'J·*: 9- <xZ>2
I 0.0 9,000000 0,3 8.9 10000 O, I5 8.977500
2 0,3 8,910000 0,6 8,640000 0.45 8,797500
3 0,6 8,640000 0,9 8,190000 0.75 8,437500
4 0,9 8,190000 1,2 7,560000 1,05 7,897500
5 I,2 7,560000 1.5 6.750000 1.:15 7' 177500
6 1.5 6,750000 I,8 5,760000 1,65 6,277500
7 I ,8 5,760000 2, I 4.590000 1.95 5. 197500
8 2.1 4,590000 2.4 3.240000 2,25 3,937500
9 2,4 3,240000 2.7 1.7 10000 2,55 2,497500
lO 2.7 1.710000 3,0 0.000000 2.85 0.877500
64,350000 55.350000 60.075000
11
(0.3)(64.350000) (0.3)(55.350000) (0.3)(60.075000)
ãx,LJ<x:) = 19.305000 = 16,605000 =18.022500
k=J
Capítulo 6 I Integração 383
Tabela 6.4.2
AI'ROXIMAÇÃO l'f'J.<l i\I'I<OXIMA(,\0 ,,, ,,() ;\I'~OXIMA(M>
11 I'XTRF.MO F.SQUFJUXl FXTRHIO llllthiTO l'I·W 1'0:-'TO MfJliO
,. ,.
9
""
~ ~
~ 1\
l-
I\
'
X .r
o 3 o o 3
Figura 6.4.11
I. Calcule 2. Calcule
3 ú I 4
br
s 20
(a) L k3 (b) L (3j- I) (c) L u2- i) (a) L k sen
2
(b) L (-J)i (c) L 1T2
k=l i =2 i = -~ k= l j=O i=1
5 ~ 6 5 6 lO
(d) LI (e) L (-2)* (I) L sennn (d) L 2"'+' (e) L Jii (I) L oosk1T
•=0 k-0 n=l m=3 m• l k=O
384 Cálculo
(c) •
a:r + ... +a,,\
a0 ·~ a, .~+
'2 !1
L ,, ( 3)
2 + k· .:...
11
3
.:...
11
k
(d) tl + (1 b + a"b2 + a2b~ + ab·' + b~
4
-·
Explique por que essa soma dá a aproximação pelo
11 ·16 U$e o Teorema 6.4.2 para calcular as somas e verifique suas extremo direito da área sob a curvay =./acima do
respostas usando um recurso computacional. intervalo 12. 5[.
(b) Mostre que uma mudança adequada na variação do ín-
100 100
11. I>
k=l
12. _L)7k + I)
dice do somatório de (a) pode fomecer a aproximação
pel o extremo esquerdo da área sob a curva y =x acima
do i ntervalo [2. 5].
4
20 30
t4. :L) 2
15. L k(k - 2)(k + 2) 30. Para uma funçãof que é contínua em [a. b). a Deliniçiio 6.4.5
diz que a ;írea líquida com sinal A entre y f(x) e o intervalo =
k=4 k=l
6 [li. bl é
16. ~)k- k 3) n
k=l A = , ....
lim
+~
L f(xZ)t:J.x
A.: • l
17·20 Expresse as somas em formas fechadas.
Dê interpretações geométricas para os símbolos 11 , x; e Ax.
Explique como interpretar o limite dessa definição.
17. 18.
20. t (5 -
k= l
11
2k)
11
31·34 Divida o intervalo especi ficado em 11 = 4 subintervalos de
igual tamanho e então calcule
4
@]21. Para cada uma das somas obtidas nos Excrcfcios 17 a 20, use
um CAS para verificar suas respostas. Se a resposta produzida L f(xk) t:J.x
k• l
pelo CAS não estiver de acordo com a sua, mostre que ambas
são equivalentes. tomando x; como (a) o extremo esquerdo de cada subintervalo,
(b) o ponto médio de cada subinterva lo e (c) o extremo direito de
22. Resolva a equação L" k = 465. cada subintervalo. Ilustre cada parte com um gráfico de f que in-
k= l clui os retângulos cujas áreas estão representadas na soma.
23·26 Expresse a função de 11 em forma fechada e então encontre 31. f(x) =3x + I; [2. 6] 32. /(x) = 1/x; [I , 9]
o limite. ,
33. f(x) = cos x; I O. 11' I 34. ./{x) = 2.x-x·; [-1 , 3]
. 1 +2+3+· .. + 11
23. hm 35-38 Use um recurso computacional com capacidade para tratar
lt-+ +x. 11 2
de somatórios ou um CAS para obter um valor aproximado da área
. 12+22+32+ .. · + 112 entre a curvay=/(x) e o intervalo especificado com 11 = 10. 20e 50
24. Iun
~~~ +>< /13 subintervalos usando :1 aproximação (a) pelo extremo esquerdo,
11
5k (b) pelo ponto médio c (c) pelo extremo direito.
25. lim 26.
, ... +>' "
~ " -112
! =I @135. f(x) = 1/.t~ [I. 2]
Capítulo 6 I Integração 385
@] 37. f(x) = v'X: [0. 4] @138. f(x) = sen x: [0. rrn] esferas de um lado e 30 esferas do outro. Então. cria cama-
das sucessivas colando esferas no sulco da camada precedente.
39-44 Use a Definição 6.4.3 tomando x; como o extremo direiro Quantas esferas irá ter a escultura?
de cada subintervalo para encontrar a área sob a curva y = j{x) aci-
mu do intervalo especificado. 63-66 Considere a soma
4
39. f(x) = x/2; [I. 4] 40. f(x) = 5 - x: [0, 5] L)(k + I )·1 - k3) = [53 -+ (43 - 33 )
4 3)
41. f(x) = 9 - x·•: [O. 3) 42. f(x) = 4 - ~x 2 ; [0. 3) k• l + [33- 23] + [23 - 13]
43. f(x) = .?: [2, 6) l = 53 - 13 = 124
44. f(x)= 1 -t'; [-3.-1]
Para simplificar. listamos as parcelas em ordem invertida. Observe
45-48 Use a Definiç.io 6.4.3 tomando x; como o extremo esquer- como o cancelamento possibilitou que a soma se retraísse como
um telescópio. Dizemos que uma soma é telescópica quando uma
do de cada subintervalo para encontrar a área sob a curva y =j{x)
acima do intervalo especificado. parte de cada parcela cancela outra de alguma parcela vizinha.
deixando so meme partes da primeira e da última parcelas sem
cancelar. C.ll cule as somas telescópicas nos exercícios.
45. f(,~) =x/2: [ I. 4] 46. f(x) = 5- x: [0. 5]
47. f~)= 9 - x1 : [0, 3] 48. f(,~)= 4 - tx 2: [0, 3]
63.
17
:L(3k- 3k - l > so
64."' - - - (I 1)
49·52 Use a Defi nição 6.4.3 tomando x; como o pomo médio de
k=5 8 k k+ I
100
cada subintervalo para encontrar a área sob a curva y = j{x) acima 20 ( 1 I ) :L<2k+l - 2k)
do intervalo cspecilicado. 6s. :L
ka 2
k2 - (k - nz 66.
53. f(x) =x; f- 1. 1). Confira sua resposta eon1um argumento geo- " I
Ii 111 " ' -;::-:,...----:-:--:-::-:---:-:-
m~trico simplcs. " '""+"- L- (2k - I )(2k + I )
k=l
54. f(x) =x: [-1 , 2]. Confira sua resposta com um argu mento geo-
68. (a) Mostre que
mc!trico simples.
I I I I 11
55. / (,r)= x 2 - I: [0. 2] 56. f(x) =K': [-1 , I] -+-+-+ · ·· + = --
1·2 2·3 3·4 11(11+ I ) 11 + I
57. Use a Definição 6.4.3 tomando x; como o extremo esquerdo
de cada subintervalo para encontrar a área abaixo do gráfico de [Sugesuio: 11(11+ 1)
1
= ~-
11 n +l
1
.]
y = 11~r e acima do intervalo [a. b]. onde m >O e a~ O.
58. Use a Dclinição 6.4.5 tomando x; como o extremo direito de (b) Use o resultado de (a) para encontrar
cada subintervalo para encontrar a área lfquida com sinal emre " I
o gráfico de y =mx e o intervalo (t1, b]. li m " ' ----.-
~~ -+~ L-k (k + I)
59. (a) Mo~trc que a área abaixo do gnílico de y =x' c acima do k=l
intervalo [0, b] é b'1/4. 69. Seja -~ a média aritmética de n números x1, x1,_. .. x,.. Use o Teo-
(b) Encomrc uma fórmula para a área abaixo de y = x-' c acima rema 6.4. 1 para pro\lar que
do intervalo (a. bj, onde a~ O. 11
L (x; - .\')=O
60. Encontre a área entre o gráfico de y = .jX e o intervalo [0, I].
i= I
(Sugcsllio: Use o resultado do Exercício 25 da Seção 6. 1.]
70. Seja
6 1. Uma artista deseja criar urna fonna n1dimentar de triângulo, n
usando ladrilhos quadrados unifonncs colados pelas arestas. Ela S= :Lark
coloca 11ladrilhos em fila para fonnar a base do triângulo c. então. k =()
(a)
n
L:a;b; = L: a;
i=l
n
Lb'
n
n
(b) { ; ~=
n I
t;a; ~b;
n
't,aJ= (ta;)
2
mente o limite.
(c)
lim "
(b) n -++(.1:
" ( 3
~' -4
)k i= l ,. _ ,
s
1. (a) -
I
·
2k' 2(j + I)
I
(b) L 10 4 2. (a) 11(11 +I) (b) 3n(n+ I) +n (c) n(n
2
+ J)(2n +
6
I) 3. (a) 0.5 (b) 1; 1.5: 2: 2,5
k• l
3n 2 + 4n
(c) 1,25; 1.75; 2.25:2.75 (d) 1.5:2:2,5:3 4. 6.75 S. lim = 3
n-+ +-~ 11 2
6 .5 A INTEGRAL DEFINIDA
Nesta seção introduziremos aiiOÇiio de "integral definida ", que relaciona o conceito de ârea
a outros conceitos importames, tais como comprimento. 1'0/ume, densidade, probabilidade
e trabalho.
/
v que dividem o intervalo [a, b] emn subintervalos de comprimentos
' 11 11 X
Dizemos que a partição é regular se os subintervalos têm, todos, o mesmo comprimento
a /)
Figura 6.5.2
b-a
AXt = t:..x = - -
11
Capítulo 6 I Integração 387
No caso de uma partição regular, as larguras dos retãngulos da aproximação tendem a zero
quando 11 cresce. Como isso não precisa ser o caso para toda partição, precisamos medir o "ta-
manho" dessas larguras de alguma maneira. Uma abordagem é denotar o maior comprimento
de um subintervalo por max Ll.rt. A magnitude max t:u·t é denominada 1/0mUI da partição. Por
exemplo, a Figura 6.5.3 mostra uma partição do imcrvalo [0, 6] em quatro subintervalos de
norma igual a 2.
o )
2
5
2
6
Também devemos trocar a expressão 11 ~ +oo por alguma que garanta que os comprimentos
Alguns autores usam o sfmbolo liAli de todos os intervalos tendam a zero. Para isso, utilizaremos a expressão max ôxt ~O. Utili-
em vez de max à <, para a norma da zando nosso conceito intuitivo de área, esperamos que a área líquida com sinal entre o gráfico
partição, caso em que max <~-<, -t o de.fe o intervalo [a, b) deva satisfazer a equação
deve ser trocado por liA 11 -> O.
•
A =
lll3X
lim
â.rt ....,. O
L .f(x;>ôx~:
k~ l
(Daqui a pouco veremos que isso ocorre.) O limite que aparece nessa expressão é um dos
conceitos fundamentais do Cálculo Imegral c constitui a base da definição seguinte.
6.5.1 DF.fi NIÇÃO Dizemos que uma função f é illfegrável em um intervalo fechado Ii-
niio [a, b] se o linúte
existir e não depender da .escolha das partições ou da escolha dos pontos x; nos subinter-
valos. Nesse caso, denotamos o limite pelo símbolo
nida é realmente o limite de um somatório quando 6..\"1 --+ O. A soma que aparece na Definição
6.5. 1 é chamada de soma de R ieman11 c a integral definida é, às vezes, denom inada integral
de Riemarm , para homenagear o matemático alemão Bemhard Riemann, que formulou mui-
tos dos conceitos básicos do Cálculo Integral. (A razão para a semelhança entre as notações
de integral definida e integral indefinida será esclarecida na próxima seção, onde estabelece-
remos uma relação entre os dois tipos de '·integração".)
O li mite que aparece na Definição 6.5. 1 é um pouco diferente dos tipos de limite discu-
tidos no Capítulo 2. Falando um tanto vagamente, a intenção da expressão
11
lim
lnâ.'\ .t.\.l',t ~ o
L f(x; )6.xk = L
k~ l
é transmitir a idéia de que podemos forçar as somas de Ricmann a ficarem tão próximas quan-
to quisermos de L, independentemente da escolha dos valores de x;,
tomando a norma da par-
tição suficientemente pequena. Embora seja possível dar uma defin ição formal desse limite,
simplesmente vamos usar argumentos intuitivos sempre que aplicarmos a Definição 6.5. I.
Embora a função não precise ser contínua em um intervalo para poder ser integrável
nesse intervalo (Exercício 35), estaremos interessados basicamente em integrais definidas de
funções contínuas. O teorema a seguir, que enunciamos sem prova, diz que, se uma função é
contínua em um intervalo fechado finito, então essa função é integrável nesse intervalo, e sua
integral definida é a área líquida com sinal entre o gráfico da função e o intervalo.
A= 1b f(x)dx ( I)
Georg Friedrich Bcrnhard Riemann (1826-1866) a Gauss. Gauss surpreendeu Riemann. escolhendo o que ele
Matemático alemão. Bernhard Riemann, como é comu- menos gostava. os fundamentos da Geometria. A aula parecia
mente conhecido, era filho de um ministro protestante. uma cena de fi I me. O vcl ho c cnfraquecido Gauss. um gigante
Recebeu de seu pai u educação elementar c com pouca em seu tempo, observando intensamente seu jovem brilhante
idade mostrou talento em Aritmética. Em 1846, entrou protegido juntar as partes de seu trabalho em um sistema belo
na Universidade de Oõttingen paw estudar Teologia e completo. Dizem que Gauss ficou ofegante de prazer quando
e Filosofia. mas logo transferiu -se para a Matemática. Estu- a au la chegava ao flrn c voltou para a casa maravilhado cotn o
dou física com W. E. Weber e Matemática com Carl Friedrich talento de seu estudante. Gauss morreu pouco depois. Os resul-
Gauss, considerado por alguns o maior matemático de todos os tados apresentados por Ricmann naquele dia acabaram sendo
tempos. Ern 185 1. recebeu seu Ph.D sob a orientação de Gauss a ferramenta fundamental, usada por Einstein cerca de 50 anos
e permaneceu em G6ttingen para lecionar. Em 1862, um mês depois, para desenvolver a teoria da Relatividade.
após seu casamento. sofreu um ataque de pleurisia e permane- Além de seu trabalho em Geometria. Riemann fez grandes
ceu extremamente doente pelo restante da vida. Finalmente. contribuições à teoria das funções complexas e à Física Mate-
sucumbi u à lllbcrculoseem 1866. com 39 anos. mática. A noção de integral definida, presente na maioria de
O trabal ho de Riemann em Geometria está cercado de cursos de Cálculo, é a ele devida. Sua morte prematura foi uma
uma história interessante. Para sua aula introdutória, antes de grande perda para a Matemática. uma vez que seu trabalho era
tomar-se professor assistente. submeteu três tópicos possíveis brilhante c de importância fundamental.
Capftulo 6 I Integração 389
A Fórmula (1) segue da integrabilidade de J, que nos permite utilizar qualquer partição para calcular a inte-
gral. Em particular, se utilizarmos partições regulares de (a. h], então
h- a
t!.xt = t!.x = - -
11
para cada valor de k. Isso implica que max ãt, = (b -a)In, do que segue que max ru, --.O se, e somente se,
11 --. +oo. Assim,
Nos casos mais simp les, podemos calcular integrais definidas de funções contínuas
usando fórmulas da Geometria plana para calcular áreas co m sinal.
.,. Exemplo 1 Esboce a região cuja área está represenwda pela integral definida e calcule
a integral usando uma fórmu la apropriada ele Geometria.
(a) J. 4
2dx (b) 1~ (x+2) dx
Solução (a) O gráfico do integrando é a reta horizontal y = 2; portanto, a regi ão é um retân-
gulo de altura 2, estendendo-se sobre o inter valo de I até 4 (Figura 6.5.4a). Assim ,
4
1 2dx = (árcado rctângulo)=2(3)=6
~(I + 4)(3) =
2
1
-1
(x + 2)dx = (área do trapézio) =
2
15
2
rlo /
I 1- x 2 dx =(área do quarto de CÍrCUlO) = ~1r( 12 ) = ~ ~
4 4
, y ,. ..\ '
y= x +2
4
)' =2
X X
• • •
2 3 5 -2 -1 2 3
\'
.,. Exemplo 2 Calcule
.c
Solução O gráfico de y = x- I está na Figura 6.5.5, e deixamos a cargo do l eitor veri-
ficar que ambas as regiões triangulares têm área i·
No imervalo [0, 2], a área líquida com
sinal é A 1 - A 2 = 4- 4
=O e, no interval o [0, 1], a área líquida com sinal é -A 2 = -4·
Assim,
Figura 6.5.5
fo\x- l) dx =O c { <x- l)dx =-i
(Lembre que no Exemplo 7 da Seção 6.4 utiliza mos a Definição 6.4.5 para mostrar que é nula
a área líq uida com sinal entre o gráfico de y = x- I e o intervalo (0, 2].) <111
6.5.3 I>EflNIÇJ\.0
(a) Se a estiver no domínio de f . definimos
1a f(x )dx = O
lb
a f(x) dx = -1b 11
f(x) dx
A área entre
y =f (,r) e a é zero .,. ExemploS
Figura 6.5.6
(a) 1 1
x 2 dx = 0
(b) 1°I
J 1 -x 2 dx = -1' O
J 1 - x 2 dx = _ :!,
4
~
(;xemplo 1 (c)
Capítulo 6 I Integração 391
Uma vez que as integrais definidas são dadas por um limite, elas herdam muitas das pro-
priedades dos limites. Por exemplo, sabemos que constantes podem ser movidas através do sinal
de limite e que o limite de uma soma ou diferença é a sorna ou diferença dos limites. Assim, o
lei tor não deve se supreender com o teorema a seguir, enunciado sem prova formal.
(b) "
/) lf(x) + g(x)]dx = 1(s" f(x)dx + 1a " g(x )dx
1
A parte (b) desse teorema pode ser estendida a mais do que duas funções. Mais precisamente,
,. Algumas das propriedades das integrais definidas podem ser motivadas inte•prctando-
Y =/(x) se a integral corno uma área. Por exemplo, se f for contínua c não-negativa no intervalo [a, b]
e se c for um ponto entre a e b, então a área sob y = f(x) c acima do intervalo [a, b] pode ser
---.,....--/ dividida em duas partes e expressa como a área sob o gráfico de a a c mais a área sob o gráfico
de c a b (Figura 6.5. 7), isto é,
X
u
Figura 6.5.7
(' b
1 á
b f(x)dx = 1(' tl
f(x)dx + 1"
(.'
f(x)dx
Esse é um caso especial do teorema a seguir sobre integrais dcNnidas, o qual enunciaremos
sem prova.
1 ll
b f(x)dx = 1c 11
f(x)dx + f"f(x)dx
('
O teorema a seguir, que enunciaremos sem prova, tambdm pode ser motivado interpre-
tando as integrais definidas como áreas.
392 Cálculo
6.5.6 TWRRMA
(a) Se f for imegrável em [a, b] e f(x) >O para todo x em [a. b]. emão
A parte (b) do Teorema 6.5.6 afirma
que é possível integrar ambos os la·
dos de uma desigualdade /CXl ~ gtrl.
sem alterar o sentido da mesma.
1b f(x) dx ;:: O
Caso b >a, ambas as partes do teo· (b) Se f e gforem imegrâveis em (a. b] e f(x) 2: g(x) para todo x em (a. b(. emão
rema continuam válidas se trocarmos
2 por s, >ou <em toda parte.
1 (I
b f(x)dx;:: 1b
(I
g(x)dx
.r G eometricamente, a parte (a) desse teorema es tabelece o fato óbvio de que, se f for não-
y = /(.t) negativa em [a, b], então a área líquida com sinal entre o gráfico de f c o intervalo [a, b] é
também não-negativa (Figura 6.5.8) . A pane (b) tem uma interpretação simples quando f e
g forem não-negativas em [a, b], afirmando que, se o gráfico de l não passa por baixo do ele
g, então a área sob o gráfico de f é pelo menos tão grande quanto aquela sob o gráfico ele g
.t
(Figura 6.5.9).
a
)'
)' =.f'<.~) Solução A partir das partes (a) e (c) do Teorema 6.5.4, podemos escrever
1 1 1 1 1
Y = g(x)
fo (5 - 3,/J - x 2
)dx= fo 5dx -fo 3J J -x2dx= fo 5dx- 3 fo J I- x 2 dx
X
A primeira integral dessa diferença pode ser interpretada como a área de um retângulo de
a b
altura 5 e base l; portanto, seu valor é 5 e, pelo Exemplo I , o valor da segunda integral é n/4.
IArea sob f'<:. área sob .11 I Assim,
{' (5 - (7f) =5- 3n
4 ~
Figura 6.5.9
lo 3J I - x 2) dx =5 - 3
4
• DESCONTINUIDADES E INTEGRABILIDADE
O problema de determ.inar precisamente quais funções são integrávei s é bem complexo e foge
do contexto deste livro. Porém, existem alguns resultados básicos sobre integrabilidade que é
importante conhecer; começaremos com uma definição.
y= - 111
Por exemplo, uma função contínua f é limitada em qualquer intervalo finito fechado, pois o
Ifé limitada em (a. bl
Teorema do Valor Extremo (5.4.2) impõe que f tenha um máximo e um mínimo absolutos
no intervalo; l ogo, seu gráfico está entre as retas y = -M e y = M, desde queM seja grande o
Fig ura 6.5.10 su ficiente (Figura 6.5.1 0). Ao contrário, uma função que tem uma assíntota vertical dentro de
Capítulo 6 I Integração 393
f um interval o não é limitada nesse intervalo, pois seu gráfico dentro dele não pode ser força-
do a ficar entre as retas y = - Me y = M, não importando quão grande fizermos o valor de M
y=M
(Figura 6.5.11 ).
O teorema a seguir, enunciado sem prova, lista alguns fatos sobre a integrabilidade de
(/
fu nções com descominuidadcs.
I b
I
y=-M II 6.5.8 Tt:OREMA Seja f umafimção definida em 11m imervalofinitofechado [a, b].
I
I
I
(a) Se f tiver um niÍmero finito de descontinuidades em [a, bJ, mas for limitada em [a, b],
I emão é imegrável em (a, b].
If nao é limitada em [o. /.>1 I (b) Se f não fo r limitada em [a, b), então não é integrável em [a, bj.
Figura 6.5.11
l. Em cada parte, use a partição ele (2, 7] ela l.inha abaixo. 3. (a) Esboce a região cuja área com sinal é representada por
2 3 4.5 6.5 7
(a) Qual é o número 11 de subi ntervalos nessa partição?
(b) x11 =____ ." f I = :x2= (b) Use fórmu las apropriadas de Geometria para calcular a
integral.
x3 = - - - - :x,. =
(c) t..r1 =____: t..r2 = : t..r3 = .. 4. Suponha que g(x) seja uma função para a qual
t..rJ = - - - -
(d) A norma dessa panição é _ _ __ l~ g(x)dx = 5 e i 2
g(x)dx = - 2
2. Seja j{x) = 4x- 12. Use a panição de (2. 7) do Exercício I Use essa inform~Ç<io e fónnulas apropriadas de Geome1ria para
acima c as escolhas x~ = 2, xi = 4, x; = 5 e x1 = 7 pa.ra calcular as integrais definidas. ,
calcular a soma de Ricmann
4
(a) 1· ?
5g(x)dx (b)
1-
-2
g(x)dx
L f(x;)ôxt
4• 1 (b) 1'-2
[4 - 3g(x)] dx (b)
1-2
2
[g(x) + J4 - x 2 ]dx
EXERCÍCIOS 6.5
4. f(x) = x-'; a= - 3, b = 3; 11 = 4:
1. f(x) = X+ I; a = 0, b = 4; 11 = 3; ÔXJ = 2, AX2 = I , A .I"J = I, ÔX~ = 2;
Ax1 = I , Ax2 = I , ÔX3 = 2; ••I -- - 2 ' •.•2 -- o' .\..•
A • A 3 -
- o' •,.• -2
-l -
• _
XI -
I ,.• _ 3 ,.• _ 3
J " ' 2 - Í · "'3 -
S-8 Use os valores dados de a c b para expressar os limites seguin-
2. f(x) = cosx; a = O. b = 2~r; n = 4; tes como integrais. (Não calcule as integrais.)
e.x, = ~r/2, Ax2 = 3rr/4, A.r3 = rr/2. Ax~ = 1C/ 4; n
xf = 1C/ 4. x;_ = 1r..r3 = 3rr/2. x; = 7~r/4 s. lim " cx;)2
Axt; ti= - 1. b = 2
nux l\X1-- O~
k~ l
394 Cálculo
6. lirn
"
" <xk) 3 .C.xt; a = 1, b = 2
ENFOCANDO CONCEITOS
nu.~ â.t 4 _,. OL., 17-18. Use as áreas mostradas nas figuras para encontrar
k• l
7. lim
nw A.t't-. OW
"
t- 1
11
8. lim
max b.tt .- OL...,
"
n
t• l
<scn2 x;>.c.xk; a =O. b = n/ 2 (c) [ f(x)dx (d) 1d f(x) dx
9. (a) i 2
2t dx (b) t
]0 x
x
+I
dx
{f b
-:r/2
(I + cosx ) dx
Area =9~
11-14 Esboce a região cuja área com sinal é representada pela in-
tegral definida e calcule a lmegralusando uma fórmula apropri ada
19. Obtenha 1 - I
2
(J(x) + 2g(x).l dx se
de Geometria onde for necessário.
1-l 1 -
•
f(x)dx = 5 e
1
2
g(x) dx = -3
11. (a)
f0
x dx (b)
-2
xdx
- I
i \3/(x) - g (x)]dx
- I
(c) 1- I
•
4
xdx (d)
t -5
xdx
20. Obtenha se
i
f (1- H
4 4
12. (a)
o - dx (b) {
-I
(1 - 4x) dx i f(x)dx = 2 c g(x) dx = lO
13. (a) 1 5
2 dx (b) 1~ cosxdx
0 1 1
f(x)dx = -2 e 1 5
f(x)dx = I
1 2
1 JI 1
3
f(x)dx = 2 e = -6
(c) 1 3
1x- 2idx (d) 1J4-
2
x 2dx
{
-2
/. f(x) d x
15. Em cada parte. calcu le <t integral, sabendo que 23-26 Use o Teorema 6.5.4 c fórmulas apropriadas de Geometria
para calcular as integrai s.
f(x) = {~:";{, ·
1 X 2:; 0
X< 0
1:
-2 -2
(c) 1 6
f(x)dx (d) f(x) d x
26. 1° + j9 -
-3
(2 x 2 ) dx
f(x) = {21'
2
,·
X<
X > f
I é positivo ou negativo.
I
.JX
- X
dx (b)
1
4
o 3- cosx
x2
dx
(C) [o
1
f(x) dx (d) t 1/2
f(x)dx 28. (a)
1 J3- .\'
-3
-t x4
dx (b)
1 -2
2 x3 - 9
lxl + I
dx
Capítulo 6 I Integração 395
37. Encontre o maior c o menor valor que pode ter a soma de Rie-
29-30 Calcule as integrais completando o quadrado e aplicando
mano
fórmulas apropriadas de Geometria. 3
L f(xt}Llxt
29.
f 'o J IOx -
lo x 2 dx
(• I
no intervalo 10. JT) para a função j{x) = scn x. com 6r1 = tr/4.
31-32 Calcule o limite expressando-o como uma imcgral defi- 6x2 = 7JT/12 c 6xJ = tr/6.
nida no intervalo (a. b] c aplicando uma fórmula apropriada de 38. Encontre o menor c o maior valor que a soma de Riemann
Geometria.
3
n L f<xt)6xk
31. lim " c:~x; + 1)6x*; a = O, b = 1 k• t
ma.x â.fJ: ~ OL
k• l
n pode ter no intervalo 10. 41 se fCr) =i- 3x+ 4 e 6x1 =I. õx2 =2
32. lim " 4- (x;>2 6xk; a = -2, b = 2 e6x,=l.
tn3X ~.\J. ..,. o L
k• l
39. A funçíio f(x) = .JX é contínua em [0. 4] e. portanto. integrá-
velne~se intervalo. Calcule
ENFOCANDO CONCEITOS
1(I
j(x)dx = C(b- a) rentes dados pela partição
o< 4(1 ) 2/ 112 < 4(2)2/ 112 < ... < 4(11 - 1)2 /11 2 < 4
(b) M ostre que o valor de qualquer soma de Riemann para
j{x) sobre [a. b) é C(b- a). Use a Definição 6.5.1 para e tome x; como sendo o ex tremo direito do k-ésimo subin-
mostrar que
, tervalo.
ENFOCANDO CONCEITOS
10
f(x)dx = C(b- a)
40. Suponha quefesteja definida no intervalo [a. b} equej{.r) =O
para a< x $ b. Use a Definição 6.5.1 para provar que
34. Em cada pane. use os Teoremas 6.5.2 e 6.5.8 para detemlinar
se a função f é integrnvelno intervalo [- 1. I}.
(a) f(x) = cos x 1"" f(x)dx = O
(b) f(x) = { ~:lxl. 41. Suponha que g seja uma função contínua no intervalo [a, b} e
quef seja uma função definida em [ti. b]. de modo que j{x) =
(c) j(x) = { ~:x2 . x;60 g(x) para a < x $ b. Prove que
x= O
(d) f(x) = { sen 1/ x, x ;6 O 1bn
f(x)dx = 1b
"
g(x) dx
0, X = 0
iSugesuio: Escreva
1/} 1"
35. Defina a funçilojcm (0. I] por
f(x) dx = l'(f(.r) - g(x)) + g(x)l dx
f(x) = { ~: O< x :;; l
x=O
U (I
x=O
Segue pelo Teorema 6.5.8(b) qucjnão é integr:\vel no interva-
I se x for racional lo [0, I]. Aplique a Definição 6.5.1 para provar que isso real-
f(x) = { O se x for irracional mente ocorre. ISugestão: Argumente que. independentemen-
te de quão pequena seja a nonna de urna panição de )0, IJ.
ser intcgr:\vcl em um intervalo fechado (a. b}? Explique seu sempre haver:\ alguma escolha de xj que tome a soma de
raciocínio. Riemann da Definição 6.5.1 tão grande quanto queiramos.} 1
Capftulo 6 I Integração 397
Embora esse resultado tenha sido obtido sujeito à hipótese de que f é não-negativa em [a, b],
essa hipótese não é essencial.
OEMONSTRAÇÃO Sejam x 1, x2, ••• , x,,..1 pontos quaisquer em [a, b], tais que
Por hipl)tese, F'(x) = f(x) para todo x em [a, b]; logo, F satisfat as hipóteses do Teorema
do Valor M édio (5.7.2) em cada subintervalo em (3). Portanto, podemos encontrar pontos
x *1 , x 2• , • •. , X 11* nos respectivos
. sub.tnterva Ios em (3) . que
. , tats
Vamos agora aumentar 11 de tal forma que max óxc -t O. Como se supõe f contínua, o lado
direito de (4) tende aJ:f (x) dx , pelo Teorema 6.5.2 e pela Definição 6.5. 1. Porém, o lado
esquerdo de (4) é independente de n; ou seja, o lado esquerdo ele (4) perm anece constante
quando 11 aumenta. Assim,
F (b) - F(a) = lim
lll:lX ~XJ: -4 Ú
L f (x'k)t!.xk = 1"f(x ) dx
11
(I •
k= l
Por exemplo, usando a primeira dessas notações, podemos expressar (2) como
'
1 a
b f(x)dx = F(x) ]''
a (5)
As vezes escrevemos
.,. Exemplo 2 N o Exemplo 6 da Seção 6.4 usamos a definição de área para mostrar que a
área sob o gráfico de y = 9- .l e acima do intervalo (0. 3) é de 18 (unidades de área). Agora
podemos resol ver esse problema com muito mais facilidade usando o Teorema Fundamental
do Cálculo:
3
3(9- x ) dx =9x- ::.._3] = (27 -
A=
1 o
2
3 o
-27 ) - O= 18 ~
3
.,. Exemplo3
(a) E ncontre a área sob a curva y = cos x no intervalo [0, JT/2] (Figura 6.6.3).
(b) Faça uma conject.ura sobre o valor da integral
["
lo cosx dx
Figura 6.6.3 e a confirme usando o Teorema Fundamental do Cálculo.
Solução (a) Como cos x;:: Ono intervalo [0, JT/2], a área A sob a curva é
]'"2
A=
1o1112
cosxdx=senx
o
JT
= sen - - senO = I
2
Solução (b) A área dada pode ser interpretada como a área com sinal entre o gráfico de
y = cos x c o intervalo [0, JT]. O gráfico na Figura 6.6.3 sugere que a parte da área acima do
eixo x é igual à parte abaixo dele; logo, a conjectura é de que a área com sinal é zero. Isso
implica que o valor da integral é zero, o que é confirmado pelos c:ílculos
[" ]11
lo cosx dx = sen x = senn - senO = O ~
0
lb f (x ) dx =f f (x) d x I (6)
• Exemplo4
1
9
x 2 Jxdx= 14
9
x 512 dx=-.~·
7 4 7
9
2 187 - 128) = 4 118 = S88-
2 112] =-(2
7
2
7
12
2
(rr) - J
10
;rf senx cosx]"
s dx = - s
I [
= -s cos
0 2 cosO =- sr0 - 11 = s
I I
1n3 ] ln3
10
Sé dx = se•
0
= 5[e1" 3 - e0 ] = 5[3- I) = lO
l ]-1
1
- l
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
-_dx= ln lx l =lnl-1 1- lnl -ei=O- l =- l
-~ X -e
Consulte os manuais de seu CAS a
respeito do cálculo de lnlegrais dali·
(~) ~)
112
1 112
nidas e conlira os resultados obUCios
no Exemplo 5.
1 - 112 .Jl - x2
dx =are sen x]
_ 1; 2
=are sen
2
- are sen ( -
2
= :: -
6)
(- ::) = :: ..,.
6 3
ADVERTÊNCIA
As exigências do Teorema F-undamental do Cálculo de que f seja continua em [a. b] e que P seja uma
antiderivada para .f em todo intervalo (a. />] não podem ser esquecidas. A desconsideração dessas hi·
póteses quase certamente levará a resultados incorretos. Por exemplo, a função ft.x) = l / f deixa de ser
contínua em x =o por dois motivos:Jtx) não está definida em x = Oe não existe tim,....f(x). Assim, o Teorema
Fundamental do Cálculo não deveria ser usado para Integrarf em qualquer intervalo que contenha x =O.
Contudo, se ignorarmos isso e cegamente aplicarmos a Fórmula (2) no intervalo (- 1. I], então poderemos
calcular incorretamente a integral f~ 1( I I x 2 ) tomando os valores da antiderivada -1/.r nos extremos e
obtendo a resposta
1
-- ] ] = -11-(-1) 1=-2
.\" -1
Como Jtx) = 11.1 é uma função não-negativa, é impossível obter um valor negativo para essa integral
definida.
400 Cálculo
.. ExemploS
1• ' I x- dx =3
x3]I
I
I
= 3 - J =0
I
° = ~]o = ~ - ~ = - 8
1 4
x dx
2 4 2 2
O último resultado está de acordo com o que teria sido obtido revertendo-se os limites de
integração, conforme a Definição 6.5.3(b):
1 o x dx = -lor x dx = - ~
~2]
4
[16 0 ]
=- 2 - 2 =- 8 <111
4 0
Para integrar uma função contínua que é definida por partes no intervalo [a, b], divida o
intervalo em subintervalos nos pontos em que a função é descomínua e integre separadamente
em cada intervalo de acordo com o Teorema 6.5.5.
.. Exemplo 7 Calcule 1 6
f(x) dx se
f (x) = {~2,-
.>X
2
,
x < 22
X >
1 6
f(x)dx = 1 +i2
f(x)dx
6
f(x)dx
= 1\ 1 2
dx +
6
(3x - 2)dx
2 6
= -x3] + [3x2
- - 2x] = (8- - O) + (42- 2) = -128 <111
3 o 2 2 3 3
como a área total entre a curva y = ft.x) c o intervalo [a, b] (Figura 6.6.4). Para calcular a área
total usando a Fórmula (7), começamos dividindo o intervalo de integração em subintervalos
nos quaisft.x) não troca de sinal. Nos subintervalos em que O~f(x), trocamos lf{x)l por j(x); c
nos subintervalos em quej(x) <O, trocamos lf{x)l por - j(x). A soma das integrais assim obtidas
Figura 6.6.4
é a área total.
Capítulo 6 I Integração 401
-I
-2
= [x _ x3] I_[x _::]2
-3 3 0 3 I
Figura 6.6.5
= ~-
3
(- 34) = 2 •
• VARIÁVEIS MUDAS
Para o cálculo de uma integral definida, usando o Teorema Fundamental do Cálculo, é ne-
cessário encontrar uma antiderivada do integrando; assim, é importante saber que tipos de
função têm antiderivadas. É nosso próximo objetivo mostrar que toda função contínua tem
antiderivadas, mas para fazer isso precisamos antes de alguns resul tados preliminares.
A Fórmula (6) mostra que há uma estreita relação entre as integrais
13
e
f 2
t dt =-+c
3
Por outro l ado, a variável de integração de uma integral definida não é transmitida ao resul-
tado final , já que este é um número. Assim, integrando uma função de x sobre um intervalo e
integrando a mesma função de t sobre o mesmo intervalo de integração produz o mesmo valor
da integral. Por exemplo,
1 3x2dx = X
1
_'3 ]3
3 .t= l
= 27-- = 26
3 3 3
e
13 I
t 2dt = ~]3
3 fe l
= 27 -
3
~=
3
2
_6
3
Contudo, esse último resultado não deveria ser surpreendente, pois a área sob o gráfico da
curva y = f(x) sobre um i ntervalo [a, b] do eixo x é igual à área sob o gráfico da curva y = f(t)
sobre um intervalo [a, b] do eixo 1 (Figura 6.6.6).
Uma vez que a variável de integração em uma integral dellnida não desempenha ne-
nhum papel, ela é usualmente chamada de variável muda. Em suma:
Sempre que for convenieme mudar a letra usada para a variável de integração em uma
integral definida. issopode ser feito sem alterar o valor da integral.
402 Cálculo
I' )'
a b (I b
1//(1)
J dl
Figura 6.6.6
A =
i a
b
/(X) dx =
"
Figura 6.6.7
b
A=
1 (/
f(x)dx
sob y = f(x) é, pelo menos, tão grande quanto a área do retângul o de altura 111 c não maior do
que a área do retângulo de altura M . É, portanto, razoável supor que exista um retângulo sobre
o intervalo [a, b] com alguma altura apropriada f(x*) entre 111 c M , cuja área é preci samente
)' = /(.t) . (
A ; IStO c,
I
1b f(x) dx = f(x*)(b- a)
1/(x')
1 (Figura 6.6.8). Este é um caso especi al do seguinte resultado.
(I b
Figura 6.6.8 6.6.2 T EOREMA (Teorema do Valor Médio para Integrais) Se f fo r contínua em. um
intetvalo fechado [a, b], emão existe pelo menos um po111o x• em [a, b J tal que
1(I
b f(x) dx = f(x*)(b - a) (8)
1a
b mdx ;:: 1''
a
f(x)dx ;:: 1b a
Mdx
ou
m(b- a) ;:: 1b
(I
f(x) dx < M(b - a) (9)
Capítulo 6 I Integração 403
ou
m < I
b- a ,
1" f(x)dx ~ M
a "
b _I 1" f(x)dx (lO)
é um número entrem eM, c como f(x) assume todos os valores entrem c M em [a, b], tem-se
a partir do Teorema do Valor Intermediário (2.5.7) que f(x) deve tornar o valor ( IO) em algum
ponto x• de [a, bl; isto é,
1
b- a a
1" f(x)dx = f(x*) ou
1
(j
1>
f(x)dx = f(x*)(b- a)
•
.,. Exemplo 9 Já que f(x) =i é contínua no intervalo [I, 4], o Teorema do Valor Médio
para Integrais garante existir um ponto x• em [ I, 4), tal que
j\ 2
dx = f(x*)(4 - I)= (x*) 2(4- I)= 3(x*) 2
Mas
x3]4
1I
4 ?
x-dx = - =2 1
3 I
logo,
3(x*)2 = 21 ou (x*) 2 = 7 ou x• = ±./7
Portanto, x• = fi:::: 2,65 é o número em [ I, 4), cuja existência está garantida pelo Teorema
do Valor Médio para Integrais. ~
A(x) = lA
11
f(t} dt
(onde usamos t como variável de integração para evitar confusão com o x que aparece no
extremo superior da integração). Dessa forma, a relação A'(x) = f(x) pode ser expressa como
Este é um caso especial do resultado seguinte mais geral, o qual se aplica mesmo que f assu-
ma valores negativos.
F(x) = 1-'
(I
f(t} dt
m:MOI'i~'TRAÇ,\0 Vamos mostrar primeiro que F(x) está definida em cada pontox do inter-
val o I. Se x >a ex estiver em I, então o Teorema 6.5.2 aplicado no intervalo [a, x] e a conti-
nuidade de f em I asseguram que F(x) está definida; e se x estiver no intervalo I ex< a, então
a Definição 6.5.3, combinada com o Teorema 6.5.2, garante que F(x) está definida. Assim,
F(x) está definida para todo x em I .
A seguir, mostraremos que F'(x) = f(x) para cada x no intervalo I. Se x não for um ex-
tremo de I , então tem-se, a partir da definição de derivada, que
= lim- 1
11-->0 h
[1x+lt f(t)dr + 1"f(t)d t ] .r
11
I l .r·H
•f(t)dt
= lim - Toorcn~• 6.5.5 ( 12)
11 -> 0h X
onde r* é algum número entre xex + h. Como t• está cercado cntrexex+ h, segue que t•- x
quando 11-0. Assim, a continuidade de .f em x implica que f(l*)-+ f(x) quando h--+0.
Portanto, segue de (12) e (13) que
Se uma integral definida tiver um limite superior de integraç<io variável, um limite inferior
de integração constame e um integrando continuo, então a derivada da integral em rela-
ção ao seu/imite superior é igual ao integrando cCilculCido no limite superior .
!!___
dx
[l x
1
t 3 dt]
!!___
dx
[lx dt] =
1
r3 x3
14]-< x4
f.
I
x
t
3
dt = -
4 t=l
=---
4 4'
de modo que coincidem os dois métodos para derivar a integral. <111
Capftulo 6 I Integração 405
1 I
x f' (1) dt = f(x) - f(a)
o que significa que, se o val or de f(a) for conhecido, então a função f pode ser obtida a partir
de sua derivada f ' por integração. Reciprocamente, a Part e 2 do Teorema Fundamental do
Cálculo (6.6.3) afirma que
o que significa que a função f pode ser obtida a partir de sua integral por diferenciação. Dessa
fonna, a diferenciação e a integração podem ser encaradas como processos inversos.
E' comum tratar as Partes I e 2 do Teorema Fundamental do Cálcul o como um único
teorema, e nos referimos a esses resultados como o Teorema Fundamental do Cálculo. Esse
teorema ocupa o posto de uma das maiores descobertas da história da Ci€ncia, e sua formula-
ção por Newton e Leibniz é vista, geralmente, corno sendo "a descoberta do Cálculo" .
• INTEGRANDOTAXAS DE VARIAÇÃO
y =F(.r) O Teorema Fundamental do Cálculo
\
-------,-
I
lnclinaçao =F'(.xl]>i.-..,..r
i F(b) - F(a)
1"" f(x)dx = F(b) - F(a) ( 14)
tem urna interpretação muito útil que pode ser vista reescrevendo-o em uma forma ligeira-
mente diferente. Como F é uma antiderivada de f no intervalo [a, b], podemos usar a relação
(I b
F'(x) = f(x) para reescrever ( 14) como
Integrando a inclinaçao de /)
y = F(x) no intervalo ta. b].
obtemos a variaçao F(b) - F(a)
no valor de F(x).
1a F' (x)dx = F(h) - F(a) (15)
Nessa fórmula, podemos interpretar F '(x) como a taxa de variação de F(x) em relação a x,
Figura 6.6.9
e F(b)- F(a) como a variação no valor de F(x) quando x cresce de a até b (Figura 6.6.9).
Assim, resulta o seguinte princípio bastante útil.
,
taxa segundo a qual a população está variando no instante 1, e
,.
segundo a qual a área do derramamento varia no instante 1, c
L"•••
P'(x)d.x = P(x2) - P(x,)
(b) 1b F'(x) dx = _ __
(d) 1''2
-1/ 2
I
J1 -x2
dx =
---
3. A área total entre o gráfico de y = 2x + 2 c o intervalo [-4, 2]
é _ _ __
(c) -d .[1''
d.\ "
]
j(1)d1 = _ __
4. O ponto .r • garantido pelo 'teorema do Valor Médio para a f un·
ção./{x) = lixe o intervalo [I. e) é _ _ __
2. (a) j\r 2 - 2x) dx = ___
S. A área de um vazamento de óleo, 1 segundos depois do início do
rr/4 vazamento, est:l crescendo a uma taxa de 25 n?/s. Entre os tem-
(b)
1 rr/6
cosxdx = - - - pos 1 = 2 c t = 4, a área do vazamento aumentou nt
I. Em cada parte, use uma integral definida para encontrar a área 2. Em cada parte. use urna imegral definida para encontrar a área
da região e verifique sua resposta usando uma fónnula apro- sob a curva y = f (x) acima do intervalo dado e verifique sua
priada de Geometria. resposta usando uma fórmula apropriada de Geometria.
(a) f(x) = x; (0, 5]
a b c
,. ,. (b) f(x)=5; 13.9]
(c) f(x)=x+3: [- 1.2)
y=2
2
3-8 Enoomrc a área sob a curva y = f(x) acima do intervalo dado.
X .r
_\
3. f(x) =x; [2. 3]
..
4. f(x) = x : [- 1. I]
2 -t o 3 S. f(x) = 3.jX: (I. 41 6. f(x) = x-w ; [I. 27]
Capít ulo 6 I Integração 407
9.1 -2
1
2
(x -6x+ l2)dx lO. 1 - I
2
4x( I - x 2 ) tlx
Use o Teorema 6.5.5 para conferir a resposta à mão.
(b) Encomre uma fórmula pam uma antiderivada F de f no
intervalo [0. 2] e verifique que
11. J.
1
4
~ dx
X
12. !. ~dx
I
2
13. 1 9
2x../Xtlx 14. !. 1
4
x.jX
1
dx @]34. (a) Use um CAS pam calcular
15.
1
;r/2
-rr/2
e
sen d8 16. lo
["'4
sec
2
ed f) 1 4
f(x)dx. onde f(x) = { ffx\ o < X<
- .
x>l
I
19.
1.
ln2
3
5e·' dx 20. !. 112
1
-
2x
1
dx
f f(x)dx = F(4) - F(O)
tlx
1+
1
21. 35·38 Use um recurso compu tacion<~l para encontrar a aproxima-
- I I x2
=
- 21-13 dx
ção pelo ponto médio da integral usando 11 20 subintervalos, e
então encontre o valor exato da integral usando a Pa11e I do Teo·
23.
1 -./i xJx 2 - I
rema Fundamental do Cálculo.
3 ("'2
25. 35.
!.I
1
.;. dx
X
36. lo senxdx
3 1
26. 37.
1-I
sec2 xdx 38.
!.1 .X
- dx
29·32 Use o Teorem:\ 6.5.5 para calcu lar as integrais dadas. 43·48 Esboce a curva c encontre a área total en tre a curva c o
intervalo dado elo eixo x.
29. (a) 1 1
- I
12x - li dx
r3"'
(b) lo
4 lcosxl dx 43. y = x
2 - x; LO. 2J 44. Y = sen x; LO, 3rr/2]
I (I ]
1
x2 -
2 ["'2 45. y = 2./x +I- 3; (0. 3'1 46. y = x2 ; 2' 2
30. (a) J2 + lxl dx (b) lo 1 ~-cosx ldx
- I x-2
47. y = e"' - I ; (- I , I] 48. y = ; [I. 3]
31. (a) 1 -I
1
le-'- l ldx (b)
!.
4
12 - xl
x dx 49. Um aluno quer encontrar a área delimitada pelos gráficos de
.r = II J I - x2 . y =O. x =O c x"' 0.8.
X
3 15
32. (a)
1 _3
x 2
- I- ,
x· + I
dx
(a) Mostre que a área exata é are scn 0.8.
(b) O aluno usa uma calculadora para aproximar o resultado
da pane (a) até a segunda casa decimal e obtém a resposta
-13/2 I
(b)
1 o ./J-xZ
-h
-
dx incorreta de 53.13. Qual foi o erro dele? Encomre a aproxi-
mação correta.
408 Cálculo
56. (a) -
d 1)i dt d
(b) dx J. A'
In r dt
8 50. (a) Use um recurso gráfico computacional para gerar o dx o I + -Ji
gráfico de
I 57. .!!_lO
dx
I SCCf dt [S11gestõo: Use a Definição 6.5.3(b).)
f(x) = IOO (x + 2)(x + l )(x- 3)(x- 5) .<
1
5
-2
f(x)dx 59. Seja F(x) = lx J12 + 9 dl. Encontre
(b) Verifique sua conjectura calculando a integral. (a) F(4) (b) F'(4) (c) F"(4)
51. (a) Seja f uma função ímpar. isto é, J(-x) =-J(x). Invente
um teorema que faça urna afirmati va sobre o valor de 60. Seja F(x) = j' are
.j'j
tg 1 dt. Encontre
urna intcgml da f'orrna
(a) F( ../3) (b) F '(.J'J)
L:. f(x)dx
(c) F"(.J'J)
3 . I - ~., d
x dx c sen x dx =
- 1 -;r/2
(c) Seja f uma função par. isto é. f(- x) = f(x). Invente um
61. SCJa F(x)
1 0 I2+7
1 para -oo <x < +oo.
1"
-ti
f(x)dx e {"
lo f(x)dx
ou somente decrescente.
(c) Encontre os intervalos abe110s nos qur1is F é somente
côncava para cima ou somente côncava para baixo.
(d) Confirme que seu teorema funciona para as integrais
@]62. Use a geração de gráficos e a integração numérica de um
1
- 1 12
x dx e
12
- :./2
1"
cosx dx CAS para gerar o gráfico da função F do Exercício 61, no
imervalo -20 S x S 20. c confirme que o gráfico está de
@]52. Use o teorema inventado no Exercício 51 (a) para calcular a acordo com os resu ltados obtidos naquele exercício.
integral
63. (a) Em qual intervalo abcno a fórmula
< dl
F(x) =
1' . cos2tdt
TT/4
f(x) = x2- 9?
Consumo de água
tO
68. Enc ntre a rc c m cMtai ucmS:x cnx5M ara05xSrr, ~
c
e u c ara enc ntrl\1' imitaçõe bre a r a integra
~ 7
~
fo"x scn x dx -
~ 4
3
5
'- 2
69. Pr e: I
a [c F (x)JZ = c[F(x)J~; o lO 20 ~o ~o 50 o
h Tempo (minl IOh Figuro Ex-73
b [F(x) + G(x)Jt = F(.r)lZ + G (x)J~
c [ F(x) - G(x)Jt = F(x)l~- G(x))~
74. ma engenheira e trá cg m nit ra trân i 1
urante uma
ENFOCANDO CONCEITOS h ra h riíri c ic a tar c artir e eu a
e a e ti ma ue. entre a 4h30min c a Sh30min a tar e.
70. E uc r IIC c rema F11n amenta ácu e a ta a R 1 cgun a 11a carr entram em uma certa
cr a ica em rn ificaçõc a integrai cfini a em 11e
ia e rc a é a a c a órmu a R 1 = I 00 I - 0.0001/
imite c intcgraçã in cri r é mai r 11e u tgua a
I imite c integraçií u eri r
carr r minut . n e 1 é tem em minut e ea
4h30min a tar c
71. a Se h ' 1 r a ta a c ariaçã a atura e uma cnan a uan c rrc ic c nu c trân it ara cntr
ça em centímetr r an . ue re re enta a integra a ia e rc a
Jd0
h' (l) dt. c uai ã ua uni a c ~ b E Li me nú mcr c carr ue entram na ia e re a
b Se r' 1 r a ta a c ariaçã ra1 e um ba ã urante a h ra m nit ra a
c éri c me i a em ccntímctr r cgun ue
2 1
J
rc rc cnta a integra 1 r (1) dl. e um ã ua 11111
a e
75·76 a cu e ca a imite inter retan c m uma ma e
c Se H 1 r a ta :1 c ariaçã a e ci a e m
iemann em ue inter 11 11 i i em n ubinter a
em rc açã à tem cratura me i a em m/ r• ue
e igua c m riment
re re ellla a integra f3~ H (1) dt , c uai ã
00
ua
uni a e
Se v 1 r a e c i a c c uma artícu a em m imen 75. [o.~)
1 reti ínc me i a em em/h. ue re re enta a integra
fs:'u(1) d1.c uai ã uu uni a c
. I:
"
72. a Su nha uc c te a azan ama ara entr e um n
76. hm
"-+ +"' 112
1/
+k2 '
· ro. 11
k= l
a uma ta a c V t ga õe r minut , c meçan em
um in tantc 1 = O E crc a uma integra ue re re ente 77. Pr c c •·ema a r é i ara ntcgrai c rema 2
~
umc 1 ta c ama 11c aza ara cntr n , 11 a ic-an c rema a r é i 57 2 a uma anti eri a
rante a rimcira h rn aF ef
b Su nha uc a reta tangente à cur a y =f x tenha in
c inaçã m x n nt x ue rc re ema a integra
J;:' m(x)dx
410 Cálculo
t. (a) F(b)- F(a) (b) F(b)- F(a) (c)j(x) 2. (a)6 (b) .,fi- 1 (c) .J5 - I (d) -rr 3. 18 4. e - I S. 150
2 3
Segue dessas fórmulas que s(t) é uma anliderivada de u(t) e que u(t) é uma antiderivada de
a(t), ou seja,
Pela Fórmula (l), se conhecermos a função velocidade v(t) de urna panícula em movirnemo
retilíneo, então a integração de v(t) produz uma família de funções posição com aquela fun-
, ção velocidade. Se, além disso, soubermos a posição s0 da partícula em algum instante 10, en-
-t-----.,0_____
,. tão teremos informação suficiente para encontrar a constante de integração e determinar uma
única função posição (Figura 6.7.1). Analogamente, se conhecermos a função aceleração a(t)
Há uma única funçao
da partícula, então a integração de a(t) produz uma família de funções velocidade com aquela
posição tal que .1(10) =0
.f
função aceleração. Se, além disso, soubermos a velocidade u0 da partícula em algum instante
Figura 6.7.1 t0 , então teremos informação suficiente para encontrar a constante de integração e determinar
uma única função velocidade (Figura 6.7.2).
.,. Exemplo 1 Uma partícula move-se com velocidade u(t) = cos rrt ao longo de um eixo
coordenado. Sabendo que a partícula tem a coordenadas= 4 no in~tante t =O, encontre sua
função posição.
Solução A função posição é
I
s(t) =f v(t)dt =f cosmdt = -}; scnrrt +C
Há uma única função Como s = 4 quando t =O, tem-se que
velocidade tal que v(to) = u0
posição da partícula for s(t), enl.ào seu deslocamento ao longo do intervalo de tempo (t0 , t 1] é
s(t,) - s(t0 ). Isso pode ser escrito em forma integral como
1' 1'
Interprete a Fórmula (3) como um
caso especial da Fórmula (15) da Se·
ção 6.6. .deslocameoto
aolongodo ] = v(t)dt = s'(t)dt = s(tt) - s(to) (3)
[ lniOOnlo [1• • 11] li) I<)
No entanto, para encontrar a distância percorrida pela partícula ao longo do intervalo de tempo
[t0 , t 1] (ou seja, o total da distância percorrida no sentido positivo mais a distância percorrida
no sentido negativo), precisamos integrar o valor absoluto da função velocidade, ou seja,
.,. Exemplo 2 Uma partícula move-se ao longo de um eixo coordenado de tal forma que
sua velocidade no instante t é v(t) = l - 2t m/s.
111
b f( .r )dx
A 1 - A1+A3 =deslocamento
A 1 +A 2 +A 3 = distancia percorrida ~ Exemplo 3 A Figura 6.7.4 mostra três curvas velocidade versus tempo para uma panícu-
la em movimento retilíneo, ao longo de um eixo horizontal com sentido positivo para a direita.
Figura 6. 7.3
Em cada caso, encontre o deslocamento e a distância percorrida pela partícul a no intervalo de
tempo O< r< 4 e explique o que essas informações revelam sobre o movimento da partícula.
Solução (a) Na parte (a) da figura, a área c a área líquida com sinal acima do intervalo são
ambas iguais a 2. Assim, no final do período de tempo, a partícula está 2 unidades à direita do
ponto in.icial c percorreu uma distância de 2 unidades.
Solução (b) Na parte (b) da figura, a área líquida com sinal é -2 e a área total é 2. Assim,
no final do período de tempo, a partícula está 2 unidades à esquerda do ponto inicial e percor-
reu uma distância de 2 unidades.
Solução (c) Na parte (c) da figura, a área líquida com sinal é O e a área total é 2. Assim,
no final do período de tempo, a partícula está de volta ao ponto inicial e percorreu uma dis-
tância de 2 unidades. Mais especificamente, percorreu I unidade para a direita ao longo do
intervalo de tempo O< t < I e, depois, l unidade para a esquerda ao longo do intervalo de
tempo l < 1 < 2 (por quê?). ~
v v v
I I r
4 4
-1 -I
a(t) =a (5)
e que
s=s0 quando r=O (6)
v= v0 quando r=O (7)
onde s0 e v0 são conhecidos. Chamamos (6) e (7) de condições iniciais do movimento.
Capftulo 6 I Integração 413
Tomando (5) como ponto de partida, podemos integrar a(t) para obter v(r) e, por sua
vez, integrar li(r) para obter s(r), usando em cada caso as condições iniciais para determinar a
constante de integração. Os cálculos são os seguintes:
Para determinar a constante de integração C,. aplicamos a condição inicial (7) a essa equação
para obter
v0 = v(O) =a · O+ C, = C,
Para determinar a constante C2 , aplicamos a condição inicial (6) a essa equação para obter
s(t) = so + vot + ~a t 2
Resumindo, temos o seguinle resullado.
6. 7.2 J>.IOVOt ENTO Ul\'TFOR.\In1F.NTE ACELF.RAT>O Se uma parlícula se move com uma
aceleração constante a ao longo de um eixos, e se s0 c v0 forem, respectivamente, a posição
Como podemos deduzir. a panir do e a velocidade no instante t =O, então as funções posição c velocidade da parlícula são
gráfico da curva velocidade versus
te~. se uma panicula moven<Jo.se s(r) = so + Vot + ~(1( 2 (10)
ao longo de uma reta tem movimento
uniformemente acelerado?
11(1) = Vo + ( I ( ( li)
.,. Exemplo 4 Suponha que uma nave espacial inlergaláctica use uma vela e o "ventoso-
2
lar" para produzir uma aceleração constante de 0,032 m/s • Supondo que a velocidade da nave
seja de 10.000 m/s quando a veJa é desfraldada pela primeira vez, quão longe a nave viajará
em uma hora e qual será sua velocidade ao fina l dessa hora?
Solução Nesse problema, a escolha de um eixo de coordenadas está a nosso cri tério; logo,
vamos escolhê-lo de forma a tornar os cálculos tão simples quanto possível. Conseqüente-
mente, vamos introduzir um eixo s cujo sentido posilivo eslá na direção do movimento e
escolher a origem coincidente com a posição da nave em t =O quando a vela é desfraldada.
Assim, as Fórmulas (10) e ( 11) para omovimenlo uniformemente acelerado podem ser apli-
cadas com
s0 = s(O) = O, v0 = v(O) = I 0.000 c a= 0,032
Como 1 hora corresponde a 3.600 segundos, tem -se a par! ir de (I 0) que em I hora a nave
percorre a distância de
.,. Exemplo 5 Um ônibus párn para receber passageiros e uma mulher tenta alcançá-lo cor-
rendo a uma velocidade constante de 5 mls. Quando ela está a li m da porta dianteira, o ônibus
parle com uma aceleração conslante de I m/s·. ' A partir daí, quanlo tempo ela levará para chegar
até a porta, se continuar a correr com a velocidade de 5 m/s?
Onobus ':=::!. s Solução Conforme mostra a Figura 6.7.5, escolha o eixo s de tal fonna que o ônibus e
a Jl a mulher se movimentem no sentido positivo e a poria dianleira esleja na origem em t =O,
Mulher O quando ele começa a se movimentar. Para pegar o ônibus depois de algum tempo t, a mulher
terá de percorrer uma distâncias,. (r) que é igual a I I melros mais a dislância sh (t) percorrida
1-11 m-1 pelo ônibus; isto é, ela irá alcançar o ônibus quando
Figura 6.7.5
( 12)
Como a mulher tem uma velocidade conslante de 5 m/s, a distância percorrida por ela em 1
segundos é s".(t) = 5t. Assim, podemos escrever ( 12) como
( 13)
2
Como o ônibus tem uma aceleração cons1an1e de a= I m/s e como s0 = u0 = Oem t =O (por
quê?), tem-se a partir de (I O) que
s1,(t) = ! 12
~ 12 - 5t + 11 =O ou 2
1 - lOt + 22 = O
Resolvendo essa equação através da fórmula quadrálica, oblemos duas soluções:
• De modo preciso. a eonslanre g \'3riacoma latitudee3 disaânria:aocemrodaTtrm.. Porém. para mo\imtnro.semum31aliu.tde fixa
c próximos à superfície da Tc:rrn. a hipótese de um:t g ('On.stnnle é s:uisfntória pam mujuas aplic.açQcs.
Capftulo 6 I Integração 415
Lembre que uma partícula está aumentando a velocidade quando sua velocidade e ace-
leração têm o mesmo sinal, e diminuindo quando têm sinais opostos. Assim, por termos es-
colhido o sentido positivo para cima, segue que a aceleração a(t) de uma partícula em queda
livre é negativa para cada valor de t. De fato, observe que uma partícula em movimento para
cima (velocidade positiva) está diminuindo sua velocidade, portanto, sua aceleração deve ser
negativa; e uma partícula em movimento para baixo (velocidade negativa) está aumentando
sua velocidade, portamo, sua aceleração também deve ser negativa. Assim, concluímos que
a(t) = -g
( 14)
Segue disso e das Fórmulas ( l O) e (li) do movimento uniformemente acelerado que as fun -
ções posição e velocidade de uma partícula em movimento de queda livre são
Como seriam alteradas as Fórmulas
(14). (15) e (16) se escolhêssemos o
sentidO positivo do eixo s como sendo s(t) = so + vot - tcr 2 ( 15)
para baixo?
u(t) = uo - gt ( 16)
METS .,.. Exemplo 6 Um dos lançadores de beisebol mais rápidos de todos os tempos foi Nolan
Ryan, que era capaz de atirar uma bola a 150 pés/s (mais de 164 km/h). Duran te sua carreira,
ele teve a oportunidade de lançar no est:ídio Houston Astrodome (em Houston, no Texas,
EUA), que foi a sede do Houston Astros de 1965 a 1999. O teto desse csHídio coberto estava
a 208 pés (cerca de 64 m) acima do campo. Teria sido possível para Nolan Ryan atingi-lo
lançando uma bola de beisebol verticalmente com uma velocidade inicial de 100 pés/s a partir
de uma altura de 7 pés?
Solução Como a distância está em pés, tomamos g = 32 pés/s 2• Inicialmente, temos s0 = 7 pés
e u0 = I 00 pésls, de modo que por { 15) c ( 16) temos
PITCBER A bola subirá até u(t) = O, ou seja, até I 00- 32r =O. Resol vendo essa equação, vemos que
a bola atinge sua altura máxima no instante r = 1t-
Pam encontrar sua altura nesse instante,
Cartão de beisebol de Nolan Ryan substituímos esse valor de r na função posição c obtemos
o que significa que faltam aproxi madameme 45 pés (cerca de 14 rn) para atingir o teto. ~
A bota no Exemplo 6 sobe quan-
do a velocidade é positiva o desce .,.. Exemplo 7 U ma moeda é largada a partir do repouso de um ponto pr6ximo ao topo do
quando é negativa. de mOdo que faz
senlldo físico que a velocidade seja Empire State Building a uma altura de 1.250 pés do solo (Figura 6.7.7). Supondo que o mo-
zero quando a bota allnge sua anura delo de queda livre seja aplicável, quanto tempo ela levará para atingir o solo e qual será sua
máxima. velocidade no momento do impacto'?
Solução Como a distância está em pés, tomamos g = 32 pés/s2• 'Inicialmente, temos s~ = 1.250
e u0 =O; assim, a partir de (15)
' 1250
s(t)=-16!"+ ( 17)
O impacto ocorre quando s(r) =O. Resolvendo a equação em t, obtemos
+ 1250 = o
2
-161
? 1250 625
r- - -
- 16 --g
25
I = ± J8 ~ ±8,8 S
416 Cálculo
s Como t >O, podemos descartar a solução negativa c conc luir que leva 251./8 ~ 8,8 s para
a moeda atingir o solo. Para encomar a velocidade no momento do impacto, substituímos
1.250 t = 251./8, v0 =O e g = 32 em (16) para obter
1. Suponha que um a partícula esteja em movi mento ao longo de va velocidade versus tempo é uma reta. O des locamento da
um eixos com velocidade v(t) = 21 + I. Se no instante t = O partícula entre os instantes t =O c t = 3 é ,ea
a partícula est ~ na posição s = 2. então sua função posição é distânc ia percorrida pela part fcu ln ao longo desse interval o
s(l)= _ __ _ de tempo é _ __ __
2. Seja v(t) a função velocidade de uma panícu la que está em mo- 4. Segundo o modelo de queda-livre, de que altura deve ser larga-
vimento ao longo de um eixos com aceleração constante a = - 2. da uma moeda para atingir o solo com uma velocidade escalar
Se v( I)= 4, então v(t) = _ _ __ de 48 pés/s?
5 lO (cigura Ex·3
5t. O!:t<l
v(t) = I
Figura Ex-4 6../i- -.
f
I < I
sejam s = s(1) e u = v(1), e deduza as seguintes variações daquelas mento em que está a I 00 m da linha de chegada. com o desa-
fórmulas. liante I S m atr;ís. o líder está remando a 8 m/s. mas começa a
v2 - 112 acelerar constantemente a 0.5 m/s". • Quem vencerá a prova?
(a) a= o (b) 1 = 2(s - so)
2(s- so) vo +v
37-46 Supon ha que o modelo de queda livre se aplique. Re-
(c) s = so + vt - ~at [Notccomocstadifcrcdc(IO).]
2
solva estes exercícios aplicando as Fórmu las ( I S) e ( 16) ou,
quando apropriado, use aque las do Exe rcício 28 com a = -g.
, . ., l
29-36 Nestes exercícios, suponha que o objeto move-se no sem ido Nestes exerci CIOS. tome g = 32 pésts· ou 9.8 m/s , dependen do
positivo de um eixo. Aplique as Fórmulas ( lO) c ( l i). ou aquelas das unid ades.
do Exercício 28, conforme for apropriado. Em alguns dos proble-
=
mas. você necessitará da relação 88 pés/s 60 mi/h. 37. Um proj<!til <!lançado venicalmente para cima a panir do solo
com uma velocidade inicial de 112 pés/s.
29. (a) Um automóvel viajando em uma estrada reta desacelera (a) Encontre a velocidade em 1 = 3 s c 1 = 5 s.
uniformemente de 55 para 40 mi/h em lOs. Encontre sua
(b) Qual é a altura máxima atingida pelo projétil?
aceleração em pés/s 2•
(c) Encontre a velocidade do projétil quando ele atingir o solo.
(b) Um cicl ista percorrendo um caminho reto acelera unifor-
memente do repouso para 30 km/h em I minuto. Encomre 38. Um projétil lançado para baixo de uma altura de 11 2 pés atin-
2
sua aceleração em km/s . gi u o solo em 2 s. Qual é a sua velocidade inicia l?
30. Um carro percorrendo uma estrada reta a 60 mi/h clesacclera a 39. Um projétil é lançado verticalmente para cima a pmtir do solo,
uma taxa constante ele I I pés/s2• com uma velocidade inicial de 16 pés/s.
(a) Quanto tempo irá levar para a velocidade ser de 45 mi/h? (a) Quanlo tempo irá levar para o projétil atingir o solo?
(b) Qual é a distância que o ca1TO irá percorrer antes de parar'? (b) Por quanto tempo o projétil estará se movendo para cima?
31. Avistando a polícia. um motorista freia seu carro novo parare- 40. Em 1939. Joe Sprinz do Seals Baseball Club. de San Fran-
duzir a velocidade de 90 para 60 milh. a uma taxa constante ao cisco. EUA. tentou pegar uma bola largada de um dirigível a
longo de uma distância de 200 ~s. uma a ltura de 800 pés (com a intenção de quebrar um recor-
de anterior).
(a) Encontre a aceleração em pés/s2.
(b) Quanto tempo irá levar )>ara reduzir a velocidade a 55 mi/h? (a) Quanto tempo levou para a bola cair os 800 p6s?
(c) Com a aceleração obtida em (a). quanlo tempo levaria para (b) Qual era a velocidade da bola em milhas por hora após os
pamr completamenle o carro partindo das 90 mi/h? 800 pés (88 pés I s = 60 milh)'?
32. Uma parlícula movendo-se ao longo c.Jc uma reta eslá sen- rNota: Na prática. não é possível ignorar a rcsislência do ar
do acelerada a uma taxa constante de 5 m/s2• Encontre sua neste problema: porém, mesmo com o arno1tcci mento devido
velocidade inicial se ela percorre 60 metros nos primeiros 4 à resistência do ar. o impacto da bola fez com que a luva de
segundos. Sprinz batesse em seu rosto, fraturando o maxilar superior em
12 lugares. quebrando 5 demes e fazendo-o cair inconsciente.
33. Um motociclista, partindo do repouso. aumenta sua velocidade deixando a bola cair da luva.j
com uma aceleração constante de 2.6 nlls2• Após ter percorrido
120m. ele diminui a velocidade com uma aceleração constante 41. Um projétil é lançado venicalmente para cima a panir do chão
2
de -1 .5 m/s até atingir a velocidade de 12 m/s. Qual é a distân- com uma velocidade in icial de 60 m/s.
cia perconida pelo motociclista até esse instante? (a) Quanto tempo leva para o projétil atingir o se u ponto
34. Um corredor c.Jos lOO m arranca com uma acderaçào de 4,0 m/s2, mais al to?
a qual manlém por 2 segundos. Sua aceleração, então, cai para (b) A que altura chega o projélil?
zero pelo restante ela prova. (c) Quanto tempo leva o projélil para cair no chão a pari ir do
(a) Qual foi o seu tempo de COJTida'? ponto mais alto'?
(b) Faça um gráfico da distância a panir da arrancada versus (d) Qual é a velocidade escalar do projétil ao atingir o chão?
tempo. 42. (a) Use os resu ltados do Exercício 41 para fazer uma conjectu-
35. Um carro. após ter parado no guichí: do pedágio. saiu com uma ra sobre a relação entre as velocidades inicial c final de um
2
aceleração constante de 4 pés/s • No inst;mtc em que deixa o projétil que é lançado venicalmcntc para cima a panir do
guichê. está a 2.500 ~s de um caminhiio viajando a uma ve- nível do chão e retoma para o chão.
locidade constante de 50 pés/s. Quanto tempo o carro irá levar (b) Prove sua conjectura.
para alcançar o caminhão, e qual será a distância percorrida
43. Um projéti l é disparado verticalmente para cima com uma
desde o guichê atl1 esse instante?
velocidade ini cial de 49 m/s, do a lto de urna torre com ISO m
36. Na etapa fi nal de uma corrida de barcos a re mo, o desafiante de altura.
está remando a uma velocidade constamc de 12 nlls. No mo- (a) Quanto tempo irá levar para ele a1ingir a altura máxima?
Capítulo 6 I Integração 419
(h) Qual é a ahu ra máxima? (h) o homem ouv ir o som da pedra batendo na água depois
(c) Quanto tempo o proj~til irá l evar para passar pelo ponto de de 4 s"! [Considere a velocidade do som como sendo de
panida na descida'! 340 m/s.j
(d) Qual será a velocidade quando ele passar pelo pomo de 45. No Exemplo 6. qual é a velocidade corn a qual Nolan Ryan
panida na descida? deveria lançar uma bola para cima a panir de uma altura de 7
(e) Quanto tempo o projétil irá levar para atingir o solo? pés para alcançar o teto do Astrodome'?
(f) Qual será a sua velocidade no impacto? 46. Uma pedra jogada venical mente para baixo com uma velocida-
de inicial desconhecida a partir de uma altura de 300m alcança
44. Um homem em urna ponte deixa cair uma pedra. Qual é a ahu·
o solo em 5 segundos. Obtenha a velocidade com que ela atinge
ra da ponte se:
o solo.
(a) a pedra atinge a água 4 segundos depois de largada?
2
1. 1 + t + 2 2. 6 - 21 J. i; ~ 4. 36 pés
f f(g(x))g'(x)dx
f f(u) du
l {I
b f(g(x))g'(x )dx
Método 1
Determinar primeiro a integral indefinida
f f(g(x))g'(x) dx
Método2
Fazer a substituição (l) diretamente na integral definida e, emão, usar a relação LI= g(x) para
substituir os limites em x, x = a ex = b, pelos correspondentes limites em 11, LI= g(a) eu =
g(b). I sso produz uma nova integral definida
g(b)
l g(a)
/(11) d11
2
.,. Exemplo 1 Use os doi s métodos acima para calcu lar fo x(x 2 + 1)3 dx.
Solução pelo Método 1 Pondo
2
11 = x + I, de modo que du = 2x dx (2)
obtemos
f x(x 2 + 1)3 dx = -
2
1 f 3
u du
114
= - +C=
8
(x2 + 1)4 +C
8
Assi m,
u= I se x=O
11=5 se x=2
Logo,
J.s11 du
1O
2
x(x2 + 1)3 dx =-1
2 1
3
u4]s = 625 - ~ = 78
= 8 11 = 1 8 8
o que está de acordo com o resultado obtido pel o M étodo I . ~
O teorema a seguir estabelece as condições precisas sob as quais pode ser usado o
M étodo 2.
6.8.1 TEOREMA Se g' for contínua em fa, bl e .f for contínua em um illtervalo comendo
os valores de g(x) para a <x < b, então
b l~(b)
1a
f(g(x))g'(x) dx =
g(o)
/(11)d11
Capftulo 6 I Integração 42 1
l a
bf(g(x))g'(x)dx = F(g (x)) ]b= F(g(b)) -
«
F(g(a)) = 1'00
g~)
f(u)du
•
A escolha do método para determinação de uma integral delinida por substituição é,
geralmente, uma questão de gosto, mas nos exemplos a seguir usaremos o segundo método,
por ser uma idéia nova.
1~ (2x -
["18
(a) Jo sen 5 2xcos2xdx (b) 5)(x - 3)9 dx
1 "6]l/../2 I [ l ] l
=2 6 o 11=0 =2 6(.J2)6 - o = 96
Solução (b) Seja
u = x- 3, ponanto du = cL~
Desse modo, falta resolver o fator 2x + 5 no integrando. Contudo,
x = u + 3, portanto 2r - 5 = 2(11 + 3) - 5 = 211 + I
Com essa substituição,
u=2-3 =-l se x =2
u=S-3=2 se x=5
c então
1 5
(2x- 5) (x - 3)9 dx = j_~ (211 + l)119 d11 = j_~ (211 10 + u 9
) du
= [2" 11
11 +
ulo]2
lO ; _1
= ( 212
11 +
210) -
10
(-2. + ~)
11 10
11
52.233 8 ..
--:-::-::- :;:,: 47 4. ~
110
422 Cálculo
(a) ( 3/ 4 dx
lo I- X
u = I + e0 = 2, 11 = I + e 1" 3 = I + 3 = 4
Assim, obtemos
I. Suponha que g' S«ia continua em [a, b] e quef seja contínua em '
1 e,fX
um intervalo que contém os valores de g(x) para a!> x s b. Se F (c) r.: dx; 1.1 = ,jX
O yX
for uma antidcl"ivada de}: então
3. Calcule a integral fnendo uma substituição apropriada.
[ ' /(g(x))g'(x)dx = _ __
(a) j_: sen(3x- ;r) d x = ___
2 r
(b)
1 Js
o
•
-x2
dx; 11 =5 - x2
Capítulo 6 I Integração 423
1-4 Expresse a inlegml em 1ennos da variável li. mas não a calcule. 19·22 Calcule a imegral definida expressando-a em tennos de 11 e
calculando a imcgral rcsullanlc. usando uma fórmula de Geometria.
3
I. (a) /. (2x - 1) 3 dx: 11 = 2x- I 513
(b) k 4
3x ./25 - x2 dx; 11 = 25 - x 2
19.
1 - S/ 3
./25 - 9x2dx; 11 = 3x
1/2 20. 1 2
x./16- x 4 dx; 11 = x2
(c)
1 - 1/ 2
cos(rrB) d8; 11 = rr(}
tr/2
(d) k 1
(x + 2)(x + I ) 5
dx ; 11 =x +I
21.
l rr/3
senB./1 -4cos2 6 d8: 11 = 2cosB
./9-
2. (a) 1 - I
4
(5- 2.t) 8 dx; u = 5- 2x
22.
l f -l
e' (In .x)2
-'---'-.....:- dx;
X
11 = In x
2n/3 scn x 23. Encolllre a árc:1sob a curva y = sen ITX acima do irllervalo [0. 1].
(b)
1 - rr/3
f"/4
.../2 + COS X
dx ; tt = 2+cosx
24. Encontre a área sob a curva y = 3 cos 2x acima do in terva lo
[0, ~r/8].
(c) lo 1g
2
x s.:c2 x dx ; 11 = 1g x
25. Encontre a área sob a curva y =9/(;r + 2)2 acima do intervalo
(d) 1 1
x 3 ./x2 + 3dx; 11 = x2 + 3
[- 1, 1].
.J;
I+ x2
dx
dx; 11 = are 1g x
29-48 Calcule as integrais por qualquer m<!todo.
(b)
f.1 x./l-(ln x)2
11 = In x
29.
rs
l 1 .J2x- I
dx 2
30. /. .J5x- 1 dx
5·18 Calcule a i nlegral definida de duas formas: primeiro com 1
x 2 dx
uma subslilUição 11 na inlegml definida e, depoi s. com uma substi-
tuição 11 na inlegral indefinida.
31.
1 .../x +
- I 3 9
32.1'' 6sen x(cosx + 1) 5 dx
rr/ 2
[ 2
3
5. 1 1
(2.x + 1) 3 dx 6. /.
2
(4x - 2) 3 dx
33.
! .../x +
1
x+2
-;.::::;;::::==:==:
2 4x +7
d~
•
34.
11
dx
x 2- 6x+9
("'4 t'/4
7. k 1
(2.\· - 1)3 dx 8. /.
2
(4 - 3x)8 dx
35. lo 4sen x cosx dx 36. lo .../igX sec2 x dx
r' 4
13.
1
-1
- 2 (x2
X
-,--;;-~
+ 2)3 dr
.
14. { +"
1- ;r
sec 2 Gx- i) dx 41.
lo ./4- Jy
/ dy
42.
1 - 1
xdx
.J5 + x
1n3 e·• foln5e·• (3 - r
15.
1-ln3 ex + 4
dx 16.
0
4e"') dx 43.
lo 2x +e
dx
44.
3
dx 1nt 2/,/3 ) e- x dx i X
r
17.
!. JX
1 (x + I )
18.
1ln2 ./J-e- 2x
45.
foo --,===dr
./4 - 3x4 ·
46. r=-;1;:;=== dx
2
l1 JX.../4- X
424 Cálculo
@] 49. a
l
0
cum
..,...---~
I + x<
~ dx
a rc
11 3 +x
at
X
~ dx
a integra
b cri fi uc ua rc
mente c mum s
ta em a ca cu an imite ircta
ENFOCANDO CONCEITOS
r r/ 6 4 3
lo scn x cos x dx 60. trc uc. e f c g rem unçõc c ntínua . cntã
b nfirmc
Sugeslrio:
a r e at ca cu an à rnã
l'
c a i cnti a c c x = I - f /(1-x)g(x)dx =f f(x) g(t - x)dx
1
.~1~ 11
f(x)
b nfirme
-:rH
tg~ xdx
a r e at ca cu an à mã
I =
trc uc / = a/2
1o f(x)+f(a-x)
dx
2 2
Sugesuio: e a i enti a e I + tg x = cc x
Sugesuio: Faça u =a - x. e entã c rc c intcgran
Enc ntrefn .f(3x + l)dx se l~f(x)dx=5.
1
c m a rna c ua raçõc
51. a
b c re u ta e a ara enc ntrar
{3 {9
lo f(3x)dx se l o f(x)dx = 3 .JX
1
b Enc ntre 5.
-;::--'-r.;;=== d ~
o .JX+-J3-x ·
c Enc ntre 1-z° xf(x 2 ) dx se { f(x) dx = I.
lo
4
c e rc uta e a ara enc ntrar
.
hm L....-
11 ~+~
~ scn(k7r/n)
11
b fo"scn x cos x dx.
8 5
Na Seção 1.6 definimos afimção logaritmo natural In x como sendo a inversa de e'. Embora
isso tenha sido conveniente e nos tenha permitido deduzir muitas propriedades de In x,
seu fundamento matemático não foi muito sólido, já que aceitamos a continuidade de e·'
e de todas as jimções exponenciais sem demonstraçc1o (ver nota de 1vdapé à página 67).
Nesta seção mostraremos que In x pode ser definido como uma certa integral e utilizaremos
essa nova definição para provar que as funções exponenciais selo contínuas. Essa definição
integral também é importante nas aplicações, p ois fomece uma maneira de reconhecer
quando as integmis que aparecem como soluções de problemas podem ser expressas como
.r logaritmos naturais.
I
"= -I
..
~
i I
r-
1
dr = ln(e" )
~ dt =
Figura 6.9.1
(b)
Nlio rewesemada em c•scala l 1
.r
r
ln x
Nossa estratégia para dar um fundamento matemático sólido para as funções logarítmi-
cas e exponenciais é usar ( I) como um ponto de partida e, então, definir ex como a inversa de
In x. Isso é o oposto exato de nossa abordagem anterior, na qual definimos In x como sendo a
inversa de [ Conn1do, enquanto anteriormente tivemos de supor que e' era contínua, agora a
426 Cálculo
conti nuidade de t! decorrerá de nossa definição como um teorema. Nosso primeiro desafio é
Nenhuma das propriedades de In .r
demonstrar que as propriedades de In x que resultam da Definição 6.9. 1 são consi stentes com
obtidas nesta seção deveriam ser no-
vídade, mas agora, pela primeira vez. aquelas obtidas anteri om1ente. Para começar, obser ve que a Parte 2 do Teorema Fundamental
elas têm uma base matemática sólida. do Cálculo (Teorema 6.6.3) implica que In x é diferenciável c que
-d [lnx] = -d
dx dx
[!.·'
1
-I dr ] =-I
r x
(x > 0) (2)
)'
I sso é consi stente com a fórmula da deri vada de In x que obti vemos anteriormente. Além
disso, como diferenciabilidade implica continuidade, segue que I n x é uma função contínua
no intervalo (0, +oo).
Outras propriedades de In x podem ser obtidas interpretando geometr icamente a inte-
gral em ( 1): no caso em que x > I , essa integral representa a área sob a curva y = llt desde
Al"- - r t = I até t = x (Figura 6.9.2a); no caso em que O< x < I , a integral representa o negativo
da área sob a curva y = llt desde t = x até t = I ( Fi gura 6.9.2/J); e no caso em que x = I , a
X
int.egraltem val or Oporque coincidem seus limites de integração in ferior e superior. Essas
observações geométricas implicam que
<
ln x =
f,·f til = A I n x> O se x> l
In x < O se O<x< l
(tr)
In X= 0 se x= l
)'
Também , como llx é positivo para x > O, segue de (2) que In x é uma função crescente no
I interval o (0, +oo) . Tudo isso é consistente com o gráfico de In x na Figura 6.9.3.
)'= -
I
• PROPRIEDADES ALGÉBRICAS DE In x
Podemos usar ( I ) para mostrar que a Definição 6.9. 1 produz as propriedades algébricas pa-
,, I
drão dos logaritmos.
OEMONSTRAÇÃO (a) Tratando a como uma cons!ante, considere a função j{x) = In (ax) . Então
, I d I I
f (x) = - · -(ax) = - ·a = -
ax dx ax x
y= lru Assim, In ax e In x têm a mesma derivada em (0, +oo), de modo que, nesse intervalo, essas
funções devem diferir por uma constante. Logo, existe uma constante k tal que
In ax- ln x =k (3)
em (0, +oo) . Substitu indo x = I nessa equação, concluímos que In a = k (verifique). Assim,
podemos escrever (3) como
In ax- In x = In a
Figur a 6.9.3
Tomando x =c estabelece que
ln ac - ln c =ln a ou ln ac= ln a + ln c
OEMOI'STRAÇÕES (b) E (c) A parte (b) segue imediatamente da parte (a), substituindo a
por 1/c (veri fique) . Então (c) decorre de (a) c (b):
In -a = In ( a · -
c
I)
c
= In t i + In - Ic = In a - In c
Capftulo 6 I Integração 427
ut:.\ tO:-iSTRAÇÃO (d) Inicialmen te, vamos mostrar que a parte (d) é satisfeita se r for um nú-
mero inteiro não-negativo qualquer. Se r= I, então evidentemente vale (d ); se r= O, então (d)
segue do fato de que In I = O. Vamos supor que (d) seja válida para r igual a algum número
inteiro 11. Então, segue da parte (a) que
= r lna
o que mostra que (d) é válida para qualquer inteiro r negativo. Combinando esse resultado
com nossa conc lusão anterior de que (d) é satisfeita se r for um número inteiro não-negativo,
temos que (d) é válida para qualquer inteiro r.
Por fim, vamos supor que r= m I n seja um número racional qualquer, onde m ""' O c
11 :c O são inteiros. Então
ln 2 = ! ~dt
1
2
A regra do ponto médio está dada nas Fórmulas ( 5) e (9) da Seção 6.4. Em termos de t,
aquela fóm1ula é
1 o
h
J<r) dt : : : ; ó.t
n
L: J<t:>
k= l
onde !lJ é o comprimento comum dos subimcrvalos c tj, ti . . .. • t,; são os pontos médios.
Nesse caso, temos I O subintervalos; logo, 6t = (2- I )li O= O, I . Os cálculos com sei s casas
4 28 Cálculo
Tabel a 6.9.1 decimais estão na Tabela 6.9. 1. A título de comparação, uma calculadora ajustada para dispor
seis casas decimais dá In 2 ;::::; 0,693147, de modo que o tamanho do erro na aproximação do
11 = 10
61 =(b- a)/n = (2- I )/1 O =0.1 ponto médio é de cerca de 0,000311. Maior precisão na aproximação do ponto médio pode
ser obtida aumentando-se 11. Por exemplo: com 11 = I 00, obtém-se In 2 ;::::; 0,693144, a qual está
k * ltlt correta até a quinta casa decimal. ~
'*
1.05 0.952381
2 1.15 0.869565 • DOMÍNIO, IMAGEM E COMPORTAMENTO FINAL DE In x
3 1.25 0.800000
4 1.35 0.74074 1
5 1.45 0.689655 6.9.3 TEORE~IA
6 1.55 0.645 16 1 (a) O domínio de In x é (0. +oo).
7 1.65 0.60606 1
8 1.75 0,57 1429 (b) lim In x = -oo e lim In x = +oc:
x-, o+ x- +:f.;
9 1.85 0.54054 1
(c) A imagem de In x é (-oo, +oo).
lO 1.95 0.51282 1
6.928355
11
DEMONSTRAÇÃO (a) E (b) Já mostramos que In x estt'í definida c é crescente no intervalo
lll I: J(lt) .. <o. t)(6.928355) (0, +oo). Para provar que In x ~ +cc quando x __.+~.devemos mostrar que, dado qualquer
k= I "' 0.692836
número M > O, o valor de In x excedeM para valores suficientemente grandes de x. Para
mostrar isso, seja N um imeiro qualquer. Se x > 2"', então
segue que N In 2 pode ser feito arbitrariamente grande, bastando escolher N suficientemente
grande. Em particular, podemos escolher N de tal modo que N In 2 > M. Agora, segue de (4)
que, se x > 2.v, então In x > M, e isso prova que
lim In x =
+oc
:C-"'
+oc
Além disso, observando que v = I I X~ +oc quando X__. o+. podemos usar o limite prece-
dente e o Teorema 6.9.2(b) para concluir que
I
lim lnx = lim In- = lim (- In v)= -oo
x~o·"' v-r+-..o u v-+-x.
• DEFINIÇÃO DE ~
No Capítulo I definimos In x como a inversa da função exponencial natural e'. Agora que
dispomos de uma definição formal de In x em termos de uma integral, definiremos a função
exponencial natural como a inversa de In x.
Como In x é crescente e contínua em (0, +oo), com imagem dada por ( - oo, +oo), exjste
exatamente uma solução (positiva) da equação In x = I. Agora definimos e como a única solu-
ção de In x = 1, de modo que
In c= I (5)
Além disso, se x for um número real qualquer, existe uma única solução positiva y de
In y = x, de modo que para valores irracionais de x definimos e' como sendo essa solução.
Assim, quando x for irracional, definimos e' por
ln e" =x (6)
Capítulo 6 I Integração 429
Observe que para valores racionais dex também temos In I =x In e =x pelo Teorema 6.9.2(d).
Também segue i mediatamente que e1" ·' = x para qualquer x >O. Assim, (6) define a f unção
exponencial para quai squer valores reais de x como a inversa da função logaritmo natural.
6.9.4 DEFII\IÇÃO A inversa da função logaritmo natural In x é denotada por e' e dcno-
minadaftmção exponencial natural.
~[e"] = e"
dx
6.9.5 TEOREMA A f unçlío e.~ponencial natu ra/ 1!' é diferenciável, e pol'talltO contínua,
em (-.?O, +oo) e sua derivada é
d
- [e" ] =
dx · ·
e·'
d I
- [ln x) =->O
dx x
1
para cada x em (0, +oo), segue do Teorema 4.3.1, comftx) = In x ej- (x) =,/,que e'.é di feren-
ciável em ( - oo, +oo) e que sua der ivada é
d
-
dx-
le·'J
t·'<-•>
l/ex
'--.....-'
•
/'(/ '<·•»
• EXPOENTES IRRACIONAIS
Lembre que no Teorema 6. 9.2(d) vimos que, se a > Oe se r é um número racional, então
I n a'= r In a. Segue que a'= e ina' =e''"" val e para quai squer valores positivos de a e
q ualquer número racional r. M as essa expressão e''"" faz sentido para qualquer número
real r, tanto racional quanto irraci onal, de modo que é um bom candidato para dar senti do
a a' para qualquer número real r.
Use a Definição 6.9.6 para provar 6.9.6 D~FINIÇlo Se a> Oc r é um número real, então definimos a' por
que, se '' > O e r é um número real,
então Jn tf = r In a.
ar = e' In a (7)
Com essa definição, podemos mostrar que as propriedades alg<!bricas padrão de expo-
en tes, tais como
a~>
aq = at'-q, (al')q = aiJ<t. (a'')(//') = (ab)l'
valem para quaisquer valores reais de a, b, p e q, onde a e b são positivos. Além disso, usando
(7) para um expoente real r, podemos definir a função potência x,
cujo domínio consiste em
todos os números reais positivos; e, para uma base b positiva qualquer, podemos definir a
fun ção exponencial b" de base b, cujo domínio consiste em todos os números reais.
430 Cálculo
6.9.7 TEORE~IA
(a ) Para qualquer mímero real r. afimçào potência .l é diferenciável em (0. +oo) e sua derimda é
d
-[x' l = rx' - 1
dx
(b) Paro b >O e b :z: I. a fimçiio exponencial b' de base b é lliferenciál•el em (-oo. +oo) e s11a
deri1•ada é
d
- [b"' J = lf' In b
dx
DEMONST RAÇÃO A difercnciabilidadc de x' = e' 1" ·' c de b" =e""'' em seus domínios se-
gue da dife renciabilidade de In x em (0, +oo) e de e' em (-oo, +oo):
6.9.8 Tt:ORK\IA
(a ) lim ( I + x) 1/.r
x-+ 0
=e (b) lim
x-+x.
(t + ~)x =e X
(c) lim
x- -x
(t + ~)x =e
X
DEMONSTRAÇÃO Provaremos a parte (a); as provas das panes (b) e (c) seguem desse li mire
e são deixadas como exercício. Primeiro observamos que
d I
- [ln(x + I ) ] - --,. · 1 = I
dx x=O x+l .... o
Contudo, usando a definição da derivada, obtemos
ln(O+Ir+ l)-ln(O+ l)
1= -d( ln(x + 1)] .
= hm --''-----:-----'-
dx x=O 11 --> 0 h
= lim [~ · ln ( l + lz)]
11 --> 0 "
ou, equivalentemente,
. I
hm - ·In(!
x ~ox
+ x) = I (8)
Assim,
lim ( l + x) 11x = lim e ~ ·ln( l +x)
.\' -. o .t' _. o IDefinição 6.9.6 I
= e llim,_o f ·ln(l+x)l ITeonm>a l .S.S I
=e' IEquaçtoo I (8)
=e •
Capítulo 6 I Integração 431
• LOGARITMOS GERAIS
Observamos que, para b > Oe b ;e: I, a função b• é injetora, portanto, possui uma função inver-
sa. Usando a definição de ll, podemos resolver y = b' para x como uma função de y:
y = bx = exlnb
In .r = ln(e.< In f>) = x In b
In y
- =x
In b
Assim, a função inversa de li' é (In x)J(In b).
6.9.9 t>EFINIÇÃO Para b >O e b..:: I, definimos a função logaritmo de base b, denotada
por logb x, por
ln x
logl>x = -
In b (9)
Segue imediatamente dessa defini ção que logbx é a funçfio inversa de bx e que satisfaz
as propri edades da Tabel a 1.6.3. Além disso, log"x é d iferenciável, e portanto contínua, em
(0, +oo), sendo sua derivada dada por
d I
- [log1,x] = b
dX X 1n
Como uma última observação de consistência, observamos que log, x =In x .
No Exemplo 6 da Seção 6.2 e na discussão que o precede, vimos que o métOdo básico
para resolver ( I O) é integrar j(x) e emão usar a condição inicial para determinar a constante
de integração. Pode-se provar que, se f for contínua, então ( I 0) tem uma única solução, que
é a obti da com esse procedimento. Há, porém, uma ou tra abordagem: em vez de resolver
individualmemc cada problema de valor inicial, podemos encontrar uma fórmula geral para
a soluçfio de ( I O) e, então, aplicá-la na solução de problemas específicos. Vamos mostrar
agora que
y(x) = Yo + (' f(t) dt (I I)
J.to
é uma fórmula para a solução de {lO). Para confirmar, precisamos mostrar que dyldx = f(x) e
que y(x0 ) = y0 • Os cálculos são os seguintes:
d\'
- ' = -d [ Jo+
dx dx ....,
1·'
f(t)dt ] = O+f(x) = f(x)
y(xo) = Yo +L'"
.'l)
f(t) dt = Yo +O = Yo
432 Cálculo
dy
- =e · ,
-r' y(O) = I
dx
é
y(x) = I + lr
e_,z dt
Entretanto, pode ser mostrado que é impossível expressar a integral nessa sol ução em ter-
mos de funções elementares. Assim, encontramos uma nova função, que consideramos estar
definida pela i ntegral. Um parente próximo dessa função, conhecido como f unção erro,
desempenha um papel i mportante em Probabilidade e Estatística; ele é denotado por erf (x)
c é definido por
erf(x) =
2
.fii r .
lo e_,. dt (J2)
Realmente, muitas das funções mais importantes nas ciências e na Engenharia estão definidas
como integrais e têm nomes e notações especiais associados a elas. Por exemplo, as funções
definidas por
S(x) =
r
lo sen (rr/2
T ) dt c C(x) = lo (m2)
r cos T dt (13-14)
t sen (rrr2)
se I) = lo T dt ~ 0,438259, C{ I) = t cos (rr/2
lo T ) dt ~ 0,779893
Para gerar os gráficos de fu nções definidas por integrais, os programas de computador
escolhem um conjunto de valores de x no domínio, aproximam a integral para cada um desses
valores e, então, fazem o gráfico com os pontos resultantes. Assim, há muito cálculo envolvido
na geração de tais gráficos, uma vez que cada ponto requer a aproximação de uma integral. Os
gráficos das funções de Fresnel da Figura 6.9.4 foram gerados dessa forma, usando um CAS.
Capftulo 6 I Integração 433
Embora as funções de Fresnel exijam uma quantidade razoável de cálculo para gerar os gráficos, as derivadas
de S(x) e C(x) são fáceis de obter usando a Parte 2 do Teorema Fundamental do Cálculo (6.6.3); elas são
Essas derivadas podem ser usadas para determinar a localização dos extremos relativos e de pontos de
inflexão, bem como de outras propriedades de S(.r) e C(x).
,. ,.
0,5
X
-4 -3 -2 2 3 4
-I -1
figura 6.9.4
[~dt. "
1 ~nx Jt3+ I dt. dt
x· 1. I n '' t7 - 8
Vamos completar esta seção mostrando como diferenciar integrais da fom1a
1 {I
}1(.<) f(t)dt
onde a é uma constante. Derivadas de outros tipos de integrai s com funções por limite de
( 17)
F(x) = 1x (I
f(t) dt
-
d [1 .~(.<)
f(t)dt
] =d- [F(g(x))J = F'(g(x)) g'(x) = f(g(x))g'(x)
dx a dx
Assim,
d
dx
[1g(x)f(t)dt ] = f(g(x))g' (x)
a ( 18)
Em mais palavras:
Para diferenciar uma imegral com um limite inferior constame e 11111 limite superior igual
a uma função, substitua o limite superior no integrando e multiplique pela derivada do
limite superi01:
434 Cálculo
.,. Exemplo 3
(a) 1a< ~ dt
1 I
(b) 1•1< ~ dt
I f
11· 12 Encontre os limites fa7..cndo uma substituição apropriada
nos limites dados pelo Teorema 6.9.8.
(c)
1""'
1
-I dt
f
(d) 1 ~dt
I
a'
(a) 1./ã ~
I I
dt (b) 12tt ~ dt
1 f
12. (a) l im
X_. +x ( j)·'
I + .:...\" (b) lim ( I + x) 11<lrl
.r_,. O
(c)
11
2/ tt I
- d1
I
(d)
1"
2
I
- dt
I
13·14 Encontre g'(x) usando a Pa1te 2 do Teorema Fundamental
do Cálculo e velifique sua resposta calcu lando a integral e depois
S. Aproxime In 5 usando a n:gra do ponto médio comn = lO e diferenciando.
estime a magnitude do erro comparnndo sua resposta com a
produzida diretamente por um recurso computacional.
(e) exp(3 In x)
(g) In (e•- ~)
(f) ln(xe')
(h) e'-'"' 16. (a) -1
d r'
Jt + 1 dt d
(b) -
dx
11/• sen1d1
dx -• :r
8. (a) Sejaf(x) =e z... Encontre o valor exato mais simples de
/(In 3). 17. Seja F(x) =
1' o
sen t
t2 + I
t/1. Encontre
(b) Sejaf(.r) =e'+ 3e-•. Encontre o val or exato mais simples
def(ln 2). (a) F(O) (b) F'(O) (c) F "(O)
Capítu lo 6 I Integração 435
,.
18. Seja F (x) = 1~ JJ12 + I d1. Encontre 5 ·· ···• .....~ ....=····r··· ...... ;·~··r········:
.
(a) F(2) (b) F'(2) (c) F "(2)
... . .....
l
~
f
dx
!.''
1
1J I + 1d1
o
..... ' .. ........
(b} Use um CAS para calcular a integral e diferenciar a função
" .. ..
resultante. . . . . . . .
5
- , ••• ••• ••' •••••• ••••· '''' •' • • •n••••••••• ooooooo Figura Ex-27
(c) Use o comando de simplificação doCAS . se necessário,
para confirmar que as ~~postas de (a) e (b) são iguais. 28. Determine o(s) ponto(s) de inflexão do gráfico de F do
20. Mostre que Exercício 27.
(a) ~
d .t
[1"
..
/(1) d1] = - f(x)
29·30 Expresse F(x) por partes. de forma que não envolva uma
(b) --:-
d
d .t
[1"
gtr)
.((1)d1 ] =- j(g(x))g'(x) integral.
21·22 Use os rcsuhados do Excrcfcio 20 para encontrar a derivada. 29. F(x ) = 1'"itl
- I
d1
21. (a) -d
d X .r
1"
cos(1 3 ) d 1 (b) -
d 1.3
dx 1g.r
12
I +1 2
dt 30. F(x) =[ /(1) d1 , onde f (x) = g: 0 ;5 .r < 2
X > 2
d
22. (a) dx ·'
10 I
(12 + I )2 dl (b) -d !."
dx t/x
cos3 I dt 31·34 Use a Fórmula ( li ) para resolver o problema de ''alor inicial.
23. Encont rc
d
dx
[r'
13.<
I
I -
12 + I dt
]
dy
31. -
dx
= 2x 2 +
x
I
' y( l} =2 dy
32.- =
dx
X+
.jX '
I
y(l) =o
escrevendo 33. dy
-dx = scc2 x - scn x, y (;rI 4) =I
r ·' 2 I - I dl = f
o
I - I dl + r ·, 2 I dl
I - dy
34. - =
I
. y(e) = I
13x 1 +I J1, 12 + I Jo 1 +I dx x ln x
24. Use o Exercício 20 (b) c a idéia do Exercício 23 para mostrar que 35. Suponha que. em 1 =O. /'0 pessoas tenham a doença X. e
d 18(.\' ) que urn certo modelo para a transmi ssão dela prediga que a
- /(l )dl = f(g(x})g'(x)- f(h(x))h'(x) taxa de transmissão é de r( I) pessoas por dia. Escreva uma
dx hC.<I
fórmula para o mírncro de pessoas que terão a doença X após
25. Use o resultado obtido no Exercício 24 para efetuar as seguin- x dias.
tes diferenciações:
36. Suponha que v(I) seja a função velocidade de uma partícula
(b) Verifique sua conjecwra calculando a integral e depOis (a) Em que pontos C(x) tem mínimos relativos? E máx imos
encontrando o limite. (Suge.1·tão: Interprete o limite como relativos?
a definição da derivada de uma função expanencial.} (b) Onde ocorrem os pOntos de inflexão de C(x)?
39. Seja F(x ) = Jt f(r) dt. onde f é a função cujo gráfico é (c) Confirme que suas respOstas em (a) e (b) estão em confor-
midade com o gráfico de C(x).
mostrado abaixo.
42. Encontre o limite
(a) Onde ocorrem os mínimos relativos de F?
(b) Onde ocorrem os máximos relativos de F ? lim -
I l ;c+hlntdt
h-0 /t ,
(c) No interval o (0. 5 ]. onde ocorre o máximo absoluto
de F? 43. Encontre uma função f c um número a tais que
(d) No intervalo [0. 5). onde ocorre o mínimo absoluto
de F? 4 +L' f( t )dt = e 2'
(c) Onde F~ cônca,•a para cima e onde é côncava para
ENFOCANDO CONCEITOS
baixo?
44. (a) Dê um argumento geométrico para mostrar que
(f) Esboce o gráfico de F.
I
----.,.<
l .r+l I I
- dt <-. x >O
2 X + I ,, I X
(b) Use o resultado de (a) para provar que
t
@) 40. Os programas CAS têm comandos para tmbalhar com a maioria e. ponanto. que
+~)"'=e
das funções não-elementares impanantcs. Verifique seu manual
para informações sobre a função erro erf (x) [veja a Fórmula lim (1
r- +~ X
( 12)], e então faça o seguinte.
(d) Use a desigualdade em (c) para provar que
(a) Gere o gráfico de erf (x).
(b) Use o gráfico para fazer urna conjectum sobre a existência
c a localização de possíveis máximos c mínimos relativos
(1 +;)"' <e < (I +.:r+ I x> 0
de crf (x). Ej4S. Use um recurso gráfico computacional pam gemr o gráfico
(c) Verifique sua conjectura em (b). usando a derivada de de
erf (x).
(d) Use o gráfico para fazer uma conj ectura sobre a existência
y= (I + ~r+· -(I+ ~r
e a localização de passívei s pontos de inllexão de erf (x).
najanel a 1O. I 001 x [ 0: 0.21. Use esse gráfico e a pan e (d) do
(e) Verifique sua conjectura em (d) usando a derivada segunda Exercício 44 para fazer uma estimativa grosseira do en·o na
de erf (x). aproximação
e~ (l +~)
(f) Use o grá fico para fazer uma conj ectura sobre a existência 50
1. Escreva um pan'igrafo que descreva o mé1odo dos relâ11gu/os 13. (a) Mostre que as substituições 11 = scc x c 11 = tg x produzem
para a área abaixo da curva y =j(x) c acima do intervalo [a, b]. valores diferentes para a integral
2. (a) Esquematize um procedimento para encontrar as estimati-
vas da área da região na figura abaixo por falta c por cxccs-
so(cm em\
f scc2 x tgxdx
(b) Use seu procedimento para encontrar estimativas por fal ta (b) Explique por que ambos estão corretos.
c por excesso da área. 14. Use as duas substituições no Exercício 13 para estimar a inte-
(c) Apri more :ts estimativas obtidas em (b). gral definida
r"''4soc2 x tg x dx
lo
e confirme que os resultados sào iguais.
Figura Ex-2
15. Calcule a integral
3·10 Calcule 11s imegrais.
3. f [2.:. +4fi] 3 dx 4. 3
f[u -2u + ?]du
fazendo a substitui ção 11 =i- I .
f Jl +r213dx
7. f 213
[x- - Se'] dx 8. f [d: - sec
2
x] dx
fazendo a substituiçãO li= I +).)Jl.
9' f [I ~ + ./1 ~ x2] x2 dx 17·20 Calcule à mão as imegrais c verifique suas respostas com
um CAS. se disponível.
4
10.
f [.rJ_:.;- + I
I - x ]
l +x 2
dx
cos3x
11. Resolva o problema de valor inicial
17.
f r.:========:= dx
.../S + 2sen3x
18.
f )3+ fid
.,fi X
(a) dy = I - x
dx JX ' )
·( I)= O
19.
f
2
-;--:;-x--:-:co d x
(ax 3 + b)2 20. f x sec2 (ax 2 ) dx
dv
· = cosx- Se·' , y(O) =O
(b) - · 21. Em cada pmtc. confirme a igu:tldadc dada.
dx
12. A figura abaixo mostra o campo de direções para uma equação (a) 1·2+2·3+ ... +11(11 + I)= 1n(n + 1)(11 +2)
di ferencial (~)>/dx = f(x). Qual das seguimes funções tem mai s
chances de ser f(x)? (b) lim
(9
II- I
n-++Z~ L::
k )
---
, "2
k= l
2
1-J { f(x)dx = 4. [ f(x)dx = ~.
~
4
...
r~
lo f(x)dx = - 1, 1' g(x) dx = 2
11
Figura tx-23 Em cada parte. use essa informação para calcular a integral
dada. se poss ível. Se não houver i nformaçiio sulicicme para
24. Deduza o resu ltado do Exercício 23 escrevendo calcu lar a integral , então diga isso.
I + 3 + 5 + ... + (211- I ) =
k~l
n
L (2k- I) (a) f ?
'
I' (a) { f.f(x) + g(x)l dx (b) 1' f(x)g(x)dx
(2, 3)
(5. 2)
(c)
1 o
1
f(x)
g(x)
dx (d) 1' [4g(x)- 3f(x)] dx
2 3 4 5
Figura Ex-25 (a) 1 - I
1
( 1 +JI-x2 )dx
27. Encontre a área sob o gráfico defix) 4x - x aci ma do interva- = 2 (c) 1' xJ I - x 4 dx
loro. 4] usando a Definição 6.4.3. tomando x; como sendo o
extremo direito de cada subintervalo. 36. Calcule a imegral Jd
12x - l i dx e faça um esboço da região
cuja área ela representa.
28. Encontre a área sob o gráfico defix) = 5x- i acima do interva-
lo [0. 5]usando a Definição 6.4.3. tomando x; como sendo o 37. Um dos números rr.rr/2. 35rr/128. I -rr é o valor correto da
extremo esquerdo de cada subimervalo. intcgml
10
f(x)dx = nl3.' lim
â .t.._ - O
L
k= l
f(x;>t.xk
X
Figura Ex-37
Explique o significado dos vários símbolos do lado direilo
dessa equação. Em cada purtc. encontre o limite irllerprclando-o como o limite
de uma soma de Ricmann, na qual o intervalo [0. I] está dividi-
32. DG um argumento geomélrico convinccnle para moslrar que do ern 11 subintervalos de mesmo comprirne111o.
(b)
.
hm
1 ~+2~+3~+···+ n 4 43. f(x) = Jx; (I. 9] 44. f(x) = x - 315; [ I. 4J
tj~ +"X li '5 I
45. f(x)= tr; [1,3) 46. f(x) = - ; [l,e3]
eiln + e2ln + ell• + ... + e•' • X
(c) lim
11_. +x 11
47-54 Calcule as integrais usando o Teorema Fundamental do
39. (a) Expresse a equação Cálculo e (se for necessário) propriedades da illlegral definida.
x( l + x 3 ) dx
=
l "
b ft(x)dx + lb
a
h(x)dx + ·· · + 1/'
(t
f,,(x)dx
49.
-3
r)~dx 50.
- I
Js (5x 213 - 4x - 2) dx
}i .\
na notação de som~tóri o.
1
(b) Se c 1• c 2..... c, forem constantes e/,. / 2, .... f . forem funções 51. 1 (x - secxtgx)dx
integráveis em [a, b]. é sempre verdadeiro que
52. (
f~ ~- s.Ji - r - 312) dr
2 ["'2
Explique seu raciocínio. 53. fo 12x - 3[ dx 54. lo I ~- sen x l dx
40. Expresse o limite
55. Encontre a área que cst~1 acima do eixo x mas abaixo da curva
y = ( I - x)(x - 2). Faça um cshoço dessa região.
@] 56. Use um CAS para aproximar a área da região do primeiro qua-
corno uma integral dclinida sobre (0. I] e então calcu le o limite
. a abatxo
drantc que se Situ " da curva y x + x·? - xJ e acnna
. do =
calcu lando a integral . eiXO X.
41. Encontre uma fórmula (dclinida por partes) para o contorno su- 57. Defina F(x) por
perior do trapézio mostrado abaixo e então integre essa função
para deduzir a fórmu la para a área do trapézio dada na capa F(x) =f' (1
3
+ l )dt
interna frontal deste livro.
,. (a) Use a Pane 2 do Teorema Fundamental do Cálculo para
cncontmr F' (x).
(-a-1 (b) Confira o resul tado de (a) primeiro integrando e depois
I derivando.
Ih
t
t
b Figura Ex-41
58. Defina F(x) por
F(x) =
1" I
~ y, dt
42. (a) Divida o intervalo [I. 2 1 e m 5 subintervalos de mesmo
(a) Use a Parte 2 do ·rcorcma Fundamental do Cálculo para
comprimento e use uma soma de Riemann apropriada para
encontrar F'(x).
mostrar que
(b) Confira o resultado de (a) primeiro integrando e depois
o,2(n + f.i + t; + ts + toJ< 1112 derivando.
< o.2 [to + -0 + ~~4 + ~~6 + tsJ 59-64 Use a Pmtc 2 do Teorema Fundamental do C<\leulo e (quan-
(b) Mostre que se o intervalo f I , 2] for dividido em n subinter- do for necessário) a Fórmul a ( 18) da Scçiío 6.9 para encontrar as
valos de mesmo comprimento. então derivadas.
, I I
11 - 1
~ < In 2 < ~ ------,- 59. 60. !!.... [ r , 2 dt]
L...-1/ +k
k= i
L-n + k
k~
dx lo COSI
(c) M ostre <1ue a diferença emrc as duas somas em (b) é l/(2n),
e use esse resultado para mostrar que a soma da pane (a)
61. !!....
dx lo
[f',,- l l dt] 62. !!.... [1_
dx ,
,.cos .Ji dt]
aproxima In 2 com erro de. no máximo, 0.1.
(d) Quão grande deve ser " para garantir que a soma da parte 63. -d
dx
[1..,,. +
2 I
I
r3
dt J 64. ~
d .\
[i.
'
;; {In t)
2
dt]
(b) aproxime In 2 com trí!s casas decimais?
65. Enuncie as duas panes do Teorema Fundamemal do Cálculo e
43-46 Encontre a área sob a curva y = j{x) acima do intervalo explique qual o significado da frase "diferenciação c integração
dado. -
sao processos .mversos . ..
440 Cálcul o
= ·
' 75·78 Urna partícula move-se ao longo de um eixos. Use a infor-
F(x )
1 l
1
t2 - 9
dt'? mação dada para encontrar a função posição da partfcula.
(a) F(x) =
J l
x
?
f•
1
4
+3
d1 (b) F(x) = lx
-I
J 4- f 2 d f
78. a(f)=cosf-21: v(0) = 0.s(0) =0
1J" x senx 2
dx
desacelerando a uma taxa constame de I m/s-.
o +I
1 0
(a) Quanto tempo leva para a velocidade chegar a 54 kmlh?
(b) Qual a distância que o carro percorrerá até parar? 97. 1 2
sen (1TX) COS(lTX) dx 98. r·
,
,
dx
x lnx
90. Uma partícula em rnovimemo ao longo de uma reta está acele-
2
rando a urna taxa constante de 3 m/s • Obtenha sua velocidade
inicial se ela avançou 40 m nos primeiros 4 segundos.
99. fo R
dx 100.
121./3
o
I
4 +9x 2
dx
(a) lim ( I + -I
x~+x X
r, (b) .,~1~!b (, + )~\'r
o modelo de queda livre. 102. Resolva os problemas de va lor inicial.
92. Uma pedra, largada de uma altura desconhecida. bate no chão (a) dy = $. y( l ) =2
com uma velocidade de 24 m/s. Encontre a altura da qual ela dx
foi largada.
(b) -
dx
dy '
= xe" , y(O)
O =
93·100 Calcule as integrais fazendo uma substiwição apropriada. 103. Encontre uma função f e um número atai s que
APLICAÇOES DA
INTEGRAL DEFINIDA
NA GEOMETRIA,
,..
NAS CIENCIAS E NA
ENGENHARIA
Em gemi. t i verifi<'açao o capítulo anterior, introduzimos a integral definida como o limite de somas de
experimenltll de uma teoria Rlemann, no contexto de encontrar áreas. No entanto, as somas de Riemann e as
acerca de um fenômeno integrais definidas têm aplicações que se estendem muito além doa problemas de
natural qualquer depende área. Neste capítulo, mostraremos como as somas de Rlemann e as integrais definidas sur-
do resultado ele uma inte- gem em problemas tais como obter o volume e a superfície de um sólido, o comprimento de
graçc1o. uma curva plana, calcular o trabalho leito por uma força, a pressão e a força exercidas por
- J. W. Mellor um fluido sobre um objeto submerso, e encontrar as propriedades de cabos suspensos.
Químko Embora esses problemas sejam diversos, todos os cálculos requeridos podem ser
abordados pelo mesmo procedimento utilizado para encontrar áreas, ou sej a, quebrando
os cálculos em " partes pequenas", fazendo uma aproximação boa porque a parte é peque-
na, somando as aproximações das partes e obtendo uma soma de Rlemann que aproxime
a quantidade toda a ser calculada, para então tomar o limite da soma de Riemann e obter
- um resultado exato.
Foto: O Cálculo é essen cial nas contas que devem ser f eitas para pousar um astronauta 11a Lua.
• Dividir o intervalo [a, b] em n subimcrvalos e usá-los para dividir a região sob a cur-
va J = f(x) em n faixas.
• Supondo ser 6.x1 a largura da k-ésima faixa, aproximar a área daquela faixa pela área
f(xk)t!.x~.; de um reUlngulo com largura 6.x4 e altura /(x;), onde x; é um ponto do
k-ésimo intervalo.
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 443
y y= /(X) • Somar as áreas aproximadas das faixas para aproximar toda a área A pela soma de
â .r* ..... Riemann:
~ / 11
f------ ~ A ~ L f(x;)t:.xt
f
T
(xt) /
/ k=l
• Tomar o limite das somas de Riemann, quando o número de subintervalos crescer
"- /
c suas amplitudes tenderem a zero. lsso faz com que o erro na aproximação tenda a
1 X
(I ...
•4 b zero e prodw..a a seg_uinte integral definida para a área exata A:
Figura 7. 1.1
n A Figura 7.1.2 ilustra o efeito do processo de tornar o limite sobre as várias partes da
L J(x't) ó.xk soma de Riemann:
k=l
• A quantidade x; na soma de Riemann torna-se a variável x na integral definida.
1 l 1 • O comprimento de interval.o t:.xk na soma de Riemann toma-se o dx na integJ"al definida.
• O intervalo [à, b], que é a união dos subintervalos de comprimentos t:.x 1, t:.x2, ... ,
l raab f(x) dx t:.x,. não aparece explicitameme na soma de Riernann, mas 6 representado pelos limi-
tes de integração inferior e superior na integral definid a.
O efeito do processo de limite
sobre a soma de Riemann
Figura 7.1.2
• ÁREA ENTRE Y= f{x) E y= g(x)
Vamos considerar, agora, a seguinte extensão do problema da área.
[Isso significa que a curva y = f(x) está acima da curva y = g (x) c que a~ duas podem se
tocar, mas não se cruzam.] Encontre a área A da região delimitada acima por y = f(x),
abaixo por y = g (x) e nas laterais pelas retas x =a c x = b (Figura 7 .1.3a).
•
\' .
\'
)' =f(N)
_______->J óxk )' = /(.r)
,.. ~ r-
f<xt> -
T
Jl(xt
_,r-
X
/ v .<
.i r-.1!~ --- - ).:1< .• /)
·' k
Y = g(x) )' = !l•(X)
Figura 7.1.3 (a) (b)
Para resolver esse problema, dividimos o intervalo [a, bj cm11 subintervalos, o que tem
o efeito de subdividir a região em 11 faixas (Figura 7.1.3b). Supondo que a largura da k-ésima
faixa seja 6x4, então a área da faixa pode ser aproximada pela do retângulo com a mesma lar-
gura c altura f(xk) - g(xk), onde x; é um ponto qualquer do k-6simo subintervalo. Somando
essas aproximações, a soma de Ri emann a seguir aproxima a área A:
( I)
\'
'
y=x+6
.,.. Exemplo 1 Encontre a área da região limitada acima por y = x + 6, abaixo por y =i e
nas laterais por x =O ex= 2.
Solução A região e a secção transversal eslão na Figura 7. 1.4. A secção transversal se es-
X
tende de g(x) = x 2 na base até f(x) = x + 6 no topo. Movendo-se a secção transversal através
o X 2
da região, a posição mais à esquerda será x =O c a mais à direita, x = 2. Assim, de (I)
Figura 7.1.4
A=
1
o 2 3 o
34
- =.:._
3
34
- 0==-
3
<1111
,. y
Y = /(x) J =/(x)
...----...::.._
~ J
I J = g(x) I
X
----~y· = g(x) i .r
(/ b (I b
II
y =x+6
.,.. Exemplo 2 Encontre a área da região englobada pelas cur vas y = x 2 c y = x +6.
10 \
9 - (3.9)
s Solução O esboço da região (Figura 7.1 .6) mostra que o contorno inferior é y =i e o su-
perior, y = x + 6. Nos extremos da região. os contornos têm as mesmas coordenadas y; assim,
para encontrar os extremos, equacionamos
y=i e y=x+6 (2)
rsso fornece
X
. '
x·=x+6 ou x·-x-6=0 ou (x+2)(x-3)=0
- 3 -2 - 1 I 2 3 J a partir do que obtemos
Figura 7.1.6 x=-2 c x=3
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 445
Embora as coordenadas y dos extremos não sejam essenciais à nossa solução, elas podem ser
obtidas a partir de (2) substituindo x = -2 ex= 3 em qualquer urna das equações. Disso resul-
ta y = 4 e y = 9; logo, as intersecções superior e inferior dos contornos são (-2, 4) e (3, 9).
A partir de ( I ), com f(x) = x + 6, g(x) = i, a= -2 e b = 3, obtemos a área
3
A=
3
-2 1 ? [x2 xJ
[(x+6) - x-]dx= ?+6x--
-
]
3 -2
=27
2
- - ( -22
-) = -125
3 6
~
A=
l
(1
b [f(x)- g(x))dx = lb
(I
f(x)dx - lb
fl
g(x)dx
estabelece que a área A entre as curvas pode ser obtida subtraindo a árcil abaixo de y = g (x)
da área abaixo de y = f~t) (Figura 7 .1 .7).
y Y =/(x) Y = f(x)
A I
I
- - - -\-y = fi(X) I X X
b a a
"
Figura 7.1.7
I>
Carro 2 .,. Exemplo 3 A Figura 7. 1.8 mostra as curvas velocidade versus tempo para dois carros
de corrida movendo-se em uma pista reta, partindo do repouso no mesmo instante. O que
Carro 1 representa a área A entre as curvas c acima do intervalo OS t S T?
A
I
11 =v1(1) I Solução A partir de ( I)
o T
Figura 7.1.8
A = 1r [v2(t)- 1.11 (r)] dr = 1 7
1.12(1) dr -1 7
1.11 (r) dr
Como O=:; 1.11 (r) $ 1.12(r) em [0, T], segue da Fórmula (4) da Seção 6.7 que a integral de 1.12 é a
distância percorrida pelo carro 2 durante o intervalo de tempo, e a integral de u1 é a distância
percorrida pelo carro I. Assim, A é a distância pelo qu<~l o c01rro 2 está à frente do carro I no
instante T. ~
A lgumas regiões podem dar algum rrabalho para cnconrrar o inregranclo e os limites de
integração em ( I). A seguir, esboçamos um procedimento sistemático que pode ser seguido
na obtenção dessa fórmula.
•f X
a .f b a b
(a) (b) (c)
Figura 7.1.9
Olhando para o segmento de reta vertical como uma "seção transve1:ml" da região pelo
ponto x, então a Fórmula ( I ) afirma que a área emre as curvas é obtida integrando o com-
primento da seçtio transversal ao longo do intervalo [a, bJ.
É possível que os contornos superior e inferior de uma região consi stam em duas ou
mai s curvas, caso em que será conveniente subdi vidir a região em pedaços menores, e só
então aplicar a Fórmula (I ). I sso está ilustrado no exemplo seguinte.
o 3 3
x A partir de ( I ), com f(x) = JX.g(x) = x - 2, a= I c b = 4, obtemos
-!---::oiL---'---'---
-I A2 =
(b) = [ x
2 312
- ~x 2 + 2x]~ = (~ - 8 + s)- (2 - ~ + 2) = ~
Figura 7.1.10
3 2 13 32 6
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 447
4 19 9
A= A,+ A2 =- +- =- ~
3 6 2
d
,( ='" (y)
7. 1.3 SEGU!I.'DO PROB LEM A DE ÁREA Suponha qu<.: w c li sejam funções contínuas de y
no interval.o fechado [c, d] e que
7.1.4 fÓRMULA PARA A ÁREA Se w e v forem funções contínuas e w(y) >li()') para todo
y em [c, d], então a área da região limitada à esquerda por x = v(y), à direita por x = w(y),
acima por y =de abaixo por y =c é
A= [ d[w(y)-v(y)]dy (4)
.,. Exemplo 5 Encontre a área da região englobada pelas c urvas x =/c y = x - 2, inte-
grando em relação a y .
Figura 7.I.I2
Solução A partir da Figura 7. 1.10, vemos que o contorno esquerdo éx =/.o direito é
y = x- 2 e a região se estende acima do intervalo -I < y S 2. Porém, para aplicar (4), as
A escolha entre as Fórmulas ( 1) e
(4) é, geralmente. ditada peta forma equações dos contornos devem ser dadas explici tamenre como funções de y. Assim, rees-
da região e pela fórmula que requer crevemos y = x- 2 como x = y + 2. Segue de ( 4) que
a menor quantidade de subdivisões.
1. Uma expressão integral para a área da região situada entre as (c) Expressa como urna integral definida em relação a y. __
curvas y = 20- 3J e y =<''c limitada lateralmente por x = Oe ___ dá a área da regifto descrita em (b).
x =2é . O valor dessa integral é _ _ __ (d) Utili7_nndo fórmulas apropriadas de Geometria. a área da
2. Uma expressão integral para a área do paralelogramo delimi- região descrita em (b) é _ _ __
tado por y= 2r+ S.y= 2f- 3.x=- I ex= 5 é _ _ __ 4. A área da região englobada pelas curvas y = .l c y = -~ é
O valor dessa integral é _ _ __
3. (a) Os pontos de intersecção do círculo i + / = 4 e da reta
y=x+2 são c _ _ __ _
(b) Expressa como uma integral dcrinida em relação a x, _
_ _ _ dá a área da região dentro do círculo}+/ = 4
e aci ma da 1'cta y =x + 2.
9. y = cos 2.r, y = O. x = ;r/4, x = ;r/2 31. Encont re uma reta horiw ntal y = k que divida a área englobada
pelas curvas y =}e y = 9 em duas partes iguais.
10. y = sec-' x. y = 2. x = -;r/4. x = ;r/4
32. Encontre uma reta vertical x = k que div ida a área eoglobada
11. x = scn y. x =O. y = ;r/4. y = 3;r/4 pelas curvas x = h· x = 2 c)'= Oem duas partes iguais.
12. x-' =y.x =y -2 33. (a) Encontre a área da região englobada pela parábola y = 2r- xz
e o eixox.
l3. )' = e'.)'= e:.. X= 0. X= In 2
(b) Encontre o valor de m de tal forma que a reta y = ntr divida
14. x= 1/y.x=O.y= l. y=e a região de (a) em duas regiões de mesma área.
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometr ia, nas Ciências e na Engenharia 449
@) 40. Com referência à figura abaixo, encontre o valor de k de forma 44. Seja t\(11) a área do primeiro quadrante englobada pelas cur-
que as áreas sombreadas sejam iguais.
vas y = -~ c y x. =
Font8: Este exercício~ baseado no Problema A I da 54' Compétição Mate· (a) Considerando como varia o grálico de y = !IX quan-
mátic:t Anu:•l \Villimn L.owcll Putmun.
do 11 cresce, faça uma conjectum sobre o limitcdeA(11)
quando 11 ~ +oo.
(b) Confirme sua conj ectura calculando o limite.
112
45. Encontre a área da região envolvida pela curva x + y 112 = aw. e
Figu.-.1 Ex-40 os eixos coordenados.
46. Mostre que a área da elipse da figura abaixo é rrab. [Sugestão:
Use uma fórmula de Geometria.}
ENFOCANDO CONCEITOS
41. Dois carros de corrida. lado a lado em uma pista reta. mo-
vem-se com funções velocidade 111 (I) m/s e 111(t) m!s,
respecti vamente. Suponha que ambos estejam alinhados no
instante 1 =60s. Interprete o valor da integral
1 60
[112(1) - ll t (l)]dt
(I
42. A figura a seguir mostra as curvas aceleração versus tempo 47. Um retângulo com os lados paralelos aos eixos coordenados tem
para dois carros movendo-se ao longo de uma pista reta, um vértice na origem e o vértic..: diagonalmente oposto na curva
começando alinhados e acelerando a partir do repouso. O =
y Jd" no ponto em que x = b (b > O, k > O, 111 ;:: 0). Mostre que a
que representa a área A entre as curvas acima do intervalo fração da área do retângulo compreendida entre a curva e o eixo
Os 1 < T? Justifique sua resposta. x depende de 111, mas nilo de k ou b.
1.
lo
2
f \(20- 3x ) -c' ] dx ; 33- i 2. 1-•
5
[(2t
0
+ 8) - (2x - 3)) dx; 66 3. (a)(-2,0): (0.2) (b) j [/4-x2-(x+2)]dx
-2
5
(c) fo\c.r-2)+/4 - y2]dy (d)rr-2 4.
12
450 Cálculo
Na seção amerior mostramos que a área de uma regiao plana delimitada por duas curvas
pode ser obtida imegra11do-se o comprimemo de uma seç(iO tranversal genérica sobre um
imervalo apropriado. Nesta seção veremos que o mesmo princípio básico pode ser usado
para obter os volumes de cenos sólidos tridimensionais.
»
t'igUI"d 7.2.1
O que faz funcionar esse método é o fato de que uma fatia .fina tem seções transversais
que não variam mui to nem em tamanho nem em forma, o que, como veremos, f az com que
fique fácil aproximar seus volumes (Figura 7 .2.2). Além disso, quanto mais fina a fatia, menor
a variação em suas seções transversais e melhor a aproximação. Assim, uma vez aproximados
os vol umes das fati as, podemos formar uma soma de Riemann cujo limite é o volume de todo
o sólido. D aremos brevemente os detalhes, mas primeiro precisamos discutir como encontrar
o vol ume de um sól ido cujas seções transversais não v11riem nem em tamanho nem em forma
( isto é, são congruentes).
Um dos exemplos mais simples de um sólido com seções transversais congruentes
é um ci lindro circu.l ar reto de raio r, uma vez que todas as seções transversais tomadas
perpendiculares ao eixo central são regiões circulares de raio r. O volume V de um ci lindro
circular de raio r e altura h pode ser dado em termos da altura c da área de uma seção trans-
versal como
Em uma fatia fina, as seções nao ?
variam muito na forma e no tamanho V= m·-h =[área ele uma seção transversall x [al tura) (I)
fligura 7.2.2 Esse é um caso especial de urna fórmula mais geral que se aplica a sólidos denominados cilin-
dros retos. Um cilindro reto é um sólido que é gerado quando uma região plana é transladada
ao longo de uma reta ou eixo que é perpendicular a ela (Figura 7.2.3).
' I
I
\
''
I
I ,> ---·--~
'
I
Alguns cilindros retos I
Figura 7.2.3
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 451
Se um cilindro reto for gerado pela translação de uma região de área A ao longo de uma
distância h, então dizemos que h é a altura (ou a extensão) do cilindro e o volume V deste é
AreaA
definido por
\
I V = A ·h= [área de uma seção transversal] x [altura] (2)
___ , '
,~-----
~
(Figura 7.2.4). Observe que isso está de acordo com a Fórmula ( 1) para o volume do cilindro
circular reto.
lVolume = A· h I Agora temos todas as ferramentas necessárias à resolução do seguinte problema.
Figura 7.2.4
7.2.1 PROBLEMA SejaS um sólido que se estende ao longo do eixo xeque é limitado
à esquerda e à direita, respectivamente, pelos planos perpendiculares ao eixo x em x =a e
x = b (Figura 7.2.5a). Encontre o volume V do sólido, supondo que sua seção transversal
tenha área A(x), conhecida em cada pon to x do intervalo la, b,l.
Seção transversal
s
·
Para resolver esse problema, dividimos o intervalo la, bJ em 11 subintervalos, o que tem o
efeito de dividir o sólido em n fatias, como mos1ra o lado esquerdo da Figura 7.2.6. Se admi ti-
mos que a extensão do k-ésimo subinterval.o é 6x*, então o volume da fatia pode ser aproximado
pelo volume de um cilindro reto com extensão (altura) 6xk c seção transversal com área A(xt),
{I X onde x; é um ponto qualquer do k-ésimo intervalo (ver o lado direito da Figura 7.2.6).
Área da seçl!o transversal = A(x)
Figura 7 .2.5
A
seç3o
transversal
aqui tem
área '''
I
A(xt)
:st
,,""
/ X
Figura 7.2.6
Tomando o limite quando n cresce e as extensões dos subintervalos tendem a zero, obtemos a
integral dellnida
7.2.2 FÓRMULA PARA o VOLUME SejaS um sólido delimitado por dois planos perpen-
diculares ao eixo x em x = a ex= b. Se, para cada x em [a, b], a área da seção transversal
de S perpendicular ao eixo x for A(x), então o volume do sólido é
V= 1b A(x)dx (3)
7.2.3 FÓRMULA PARA o VOLUME SejaS um sólido delimitado por dois planos perpen-
diculares ao ei xo y em y = c e y = d. Se, para cada y em [c, d), a área da seção transversal
aS perpendicular ao eixo y for A(y), então o volume do sólido é
V= ld A (y)dy (4)
O volume de um sólido pode ser obtido integrando. se a área da. seção transversal de um
extremo ao outro do sólido.
.,. Exemplo 1 Obtenha a fórmula para o volume de uma pirâmide reta com altura h e cuja
base é um quadrado com lados de comprimento a.
ls h- y a
L= ___,:-=- ou s =-(h - y)
la h h
2
eixo .r
Assim, a área A(y) da seção transversal em y é
(a)
h- y
e por (4) o volume é
" V=
1o, A(y)dy= 1'o ' a2
-:;(h - y)2 dy =-:; a21"
(h -y) 2 dy
y~.........,----l h- ,_ o
o !2 a C
= ~
!z2
[-~(h
3
- y) 3
]" =~
fl2
[o
y=()
+ ~~~
3
3 ] = ~a 2 h
3
(b)
Figur-.1 7.2.7 Isto é, o volume é 1da área da base vezes a altura. _.
• SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO
Um sólido de revolução é um sólido gerado pela rotação de uma região plana em torno de
uma rela que está no mesmo plano da região; a reta é denominada eixo de revolução. Muitos
sólidos conhecidos são desse tipo (Figura 7.2.8).
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 453
Eoxo da revolução G G
7.2.4 PROBLEMA Seja f contínua e não-negativa em (a, b) e seja R a região que é limi-
tada acima por y = f(x), abaixo pelo eixo x e nas laterais pelas retas x = a ex= b (Figura
7.2.9a). Encontre o volume do sólido de revolução gerado pela rotação da região R em
tomo do eixo x.
X
b
Podemos resolver esse problema por fatiamento. Para isso, observamos que a seção
transversal do sólido tomada perpendicularmente ao eixo x no ponto x é um disco de raio f(x)
(Figura 7.2.9b). A área dessa região é
2
A(x) = .7r[f(x))
Assim, por (3), o volume de sólido é
)'
(5)
4 Como as secções !Iansversais têm a forma de disco, a aplicação dessa fórmula é chamada de
métotúJ dos discos.
.,.. Exemplo 2 Encontre o volume do sólido obtido quando a região sob a curva y = ../X e
Figura 7.2.10 acima do intervalo [I, 4] é girada em tomo do eixo x (Figura 7.2.10).
454 Cálculo
Solução Conforme indicado na Figura 7.2. 11 , uma esfera de raio r pode ser gerada giran-
do-se o disco semicircular superior que está entre o eixo x c
.x2 +y-=r·
' •
F igura 7.2.11
Podemos resolver esse problema por fatiamento. Para i sso, observe que a seção trans-
versal do sólido perpendicular ao eixo x é a região anular ou "em forma de arruel a" com raio
interior g(.x) e raio exterior f(.x) (Figura 7.2.12b); l ogo, sua área é
(a)
') ., ., 2
\' A(x) = iT[f(x)]"- if(g(.x)]" = if((f(.x)]"- [g(x)l )
/ (.r)
Assim, por (3), o volume do sólido é
'
.,..1
.. ,---
:ri::::.: ~
\t---
' g(x)
}--
-- --
.r (6)
, r----.. I
b
Como as secções transversais têm forma de arruelas, a aplicação dessa fórmula é chamada de
método das arruelas.
(b)
.,.. Exemplo 4 Encontre o volume do sólido gerado quando a região entre os gráficos
Figura 7.2.12
das equações f(x) = ~ + x 2 e g(x) = x que está acima do intervalo [0, 2) é girada em tor-
no do eixo x (Figura 7.2. 13).
.r
5
4
3
2
I -
--
------ 2
....
V = ld JT[u(y)f dy V = [
1
JT([w(y))2 - [v(y)f)dy (7-8)
Oiscos Amlelas
.,,
c, p ."
ti
."
I x = v()') I
I
I
I I
I I
I
X = 11()') ll(y) .r = w(y) I I
1 w(y)
."
R
.... ----.r • - - ."
R
,-'kn"--
' I _ I_ V()')
lII
I LI
c '1!'.:1 ~
·· t-- ' X X X
I Arruelas I
Figura 7.2.14 FigUI'll 7 .2.1 s
.,. Exemplo 5 Encontre o volume do sólido gerado quando a regi ão limitada por
y = ..;;. y = 2 ex = Oé girada em tomo do ei xo y (Figura 7.2. 16).
V =
lc
d ,
n[u(y )]· d y =12
o
rr/ dy = -n ys ]2=
5 o
32n
-
5
~
456 Cálculo
- --
2 r-----:::::::- '
.- ?
,.
X
o
Figur a 7.2.16
=
1. Um sólidoS se estende ao longo do eixo x de x I mé x = 3. (a) Para x emre c . a área da seção
Para x entre I c 3. a área da seção transversal de S perpendicu- tran sversal de Sem x. perpendicular ao eixo x, é A(x) =
lar ao eixo x é Ji. Uma expressão integral para o volume de S
é . O valor dessa integral é _ _ __ (b) Uma expressão integral parn o volume de Sé _____
2. Urn sólidoS é gerado fazendo girar em torno do eixo x a região (c) O valor da integral em (b) é _ _ __
delimitada pelo eixo x c a curva y = Jsen x (O < x < n).
4. Um sólidoS é gcmdo fncndo girar em torno do eixo y a região
(a) Para x entre O e 7r. a área da seção transversal de Sem x. delimitada pela reta y = x + I c a curva y = .l + I.
perpendicular ao eixo x. é A(x) = _ _ __
(a) Para y en tre e . a área da seção
(b) Uma expressão integral para o volume de Sé - - - - - transversal de Sem y. perpendicular ao eixo y. é A{y) =
(c) O valor da integral em (b) é _ _ __
3. Um sólidoS é gerado fazendo girar em tomo do eixo x a região (b) Uma expressão imegral para o volume de Sé _____
delimitada pela reta y= 2x+ I c a curva y=x2 + 1. (c) O valor da imcgral em (b) 6 _ _ __
transversais. tomadas perpendicularmente ao eixo y, são qua- (a) Faça uma conjectura sobre qual é maior: o volume des-
drados. se sólido ou o volume do sólido do Exercício I. Expli-
que seu raciocínio.
18. Encontre o volume do sólido cuja base é a região delimitada
•
pela curva x = I - )'" e o eixo y c cujas seções transversais. (b) Confira sua conjectura calculando esse volume e com-
tOmadas perpendicularmente ao eixo y, são quadrados. parando-o com o volume obtido no Exercício I.
34. Considctc o sólido que resulta quando a região sombreada
19-26 Encontre o volume do sólido que resulta quando a região
do Exercício 4 gira em torno da rcw x = 2.5.
delimitada pelas curvas dadas gira em torno do eixo y.
(a) Faça uma conjectura sobre qual é maior: o volume des-
se sólido ou o volume do sólido do Exercício 4. Expli-
19. x= ./1 + y,x =O. y =3 que seu raciocínio.
20. y=i- Lx=2. y = O
21. x = cossec y, y = rr/4, y = 3rr/4, x =O
(b) Conlim sua conjectura calculando esse volume e com-
parando-o com o volume obtido no Exercício 4. I
22. y =x1• x= i 23. x= l. x= y+ 2
35. Encontre o volume do sólido que resulta quando a região de-
24. x= l - /, x=2+/,y=-l.y= I
limitada por y = ./X. y =O ex = 9 gira em torno da reta
25. y = lnx.x=O.y=O.y= I .. - 9.
·"'-
~
36. Encontre o volume do sólido que resulta quando a região do
26. y= (x>0).x = 0,y=O,y=2 Exercício 35 gira em tomo da reta y = 3.
27. Encontre o volume do sólido que resulta quando a região acima 37. Encontre o volume do sólido que resulta quando a região deli-
do eixo x e abaixo da elipse mitada por x = l ex= y gira em tomo da reta y =- 1.
x2 y2 38. Encontre o volume do sólido que resulta quando a região do
b2
ã2 + = I (a > O. b > 0) Exercício 37 gira em torno da reta x = -I.
gira em torno do eixo x.
39. A ponta cônica de reenu:ada de um veículo espacial é dese-
28. Seja V o volume do sólido que resulta quando a região delimi- nhada de tal forma que urna seção transversal tomada x pés da
=
tada por y llx, y =O, x = 2 c x = b (0 < b < 2) gira em torno do ponta c perpendicular ao eixo de simetria é um círculo com raio
eixo x. Encontre o valor de b para o qual V = 3. de ~x 2 pés. Encontre o volume da ponta cônica s:abcndo que
seu comprimento é de 20 pés.
29. Encontre o volume do sólido gerado quando a região delimita-
da por y = J x + I , y = .f2i e y = O gira em torno do eixo x. 40. Um certo sólido tem uma altura de I me uma seção transversal,
[Sugcsu1o: Divida o sólido em duas partes.) tomada x metros acima da base do sólido, é uma região anular
de raio interno •.? m e raio externo ./X rn. Encontre o volume
30. Encontre o ''olume do sólido gerado quando a região delimita- do sólido.
da por y =-/X, y = 6- x e y =O gira em torno do eixo x. (Suges-
tão: Divida o sólido em duas panes.) 41. Encontre o volume do sólido cuja base é a região delimitada
1
pelas curvas y = x e y =x cujas seções tr.msvcrsais perpendicu-
lares :10 eixo x são quadrados.
3 1. Suponha quef seja uma função contínua em [(1. b] e seja R 42. A base de um ceno sólido é a região delimitada por y = ./X.
a região delimitada pela curva y = }l:x) e a reta y = k de x= a y = O c x = 4. Cada seção transversal perpendicular ao eixo x
até x = b. Usando o método dos discos. deduza e explique é um semicírcul o, com diâmetro de um lado a outro da base.
uma fórmula para o volume do sólido que resulta quando Encontre o volume do sólido.
a região R é feita girar em torno da rclll y = k. Enuncie c 43. Nas partes (a) a (c), encontre o volume do sólido cuja base é o
explique as hipóteses adicionais sobre}'; se as houver, que interior do círculo x + l = I e cujas seções transversais toma-
2
são necessárias para a va lidade da fórmula obtida. das perpendicularmente à base são
32. Suponha que v c w sejam funções eonúnuas em (c, d] e (a) semicírculos (b) quadrados
seja R a região delimitada pelas curvas x = 11(\') ex= w(y)
de y = c até y = d. Usando o método das arruelas. dedut..a
e explique uma fórmula para o volume do sólido que re-
sulta quando a região R é feita girar em tomo da reta x = k.
Enuncie c explique as hipóteses adicionais sobre v c w. se
as houver, que são necessárias para a validade da fórmula
obtida.
33. Considere o sólido que resulta quando a região sombreada
do Exercício I gira em tOI'Il\) da reta y = 2.
458 Cálculo
Figura Ex-5 I
45·48 Use urn CAS para eslimar o volume do sólido que resulta
quando a região delimitada pe las curvas gira em torno dos eixos
indicados.
Figura Ex-53
r.::1 •
L!:..l45• .r= sen x. y = lr!Jr. x =O..r= rr/2: eixo x
@]46. y = rr scn .r cos' x. y = 41. x =O, x = rr/4: eixo x
2
54. Encontre o volume do toro que resulta quando a região inte-
rior ao círculo de raio r com centro em um ponto (h. 0), h> r.
@]47. y= e' . x= I. y= 1: eixo y
gira em torno do eixo y. [Sugestão: Use fórmulas apropria-
@]48. y = x Jarc tg x. y =x: eixo x das de Geometria plana para ajudar no cálculo da integral
definida.]
49. A figura abaixo mostra uma calota e~férica de raio p e altura
h cortada de uma esfera de raio r. Mostre que o volume V da 55. Uma fatia em forma de cunha é cortada de um cilindro circular
calota pode ser expresso como reto de raio r por dois planos: um perpendicular ao eixo doei-
lindroe o nutro fazendo urn ângulo Bcom o primeiro. Encontre
(a) V = ~rrh 2 (3r- h) (b) V = ~rrh(3p2 + 112 )
o 1•olume da fatia por fmiamemo perpendicular ao eixo y. con-
forme a figura abaixo.
Figura Ex-49
(a) Use fórmulas de Geometria para f:v~r uma primeira estima- 57. Dois cilindros circulares retos de raio r têm eixos que se in-
tiva do volume englobado pela parte de vidro da lâmpada. tersectam em ângulos retos. Encontre o volume do sólido co-
(b) Use a aproximação das nu~dias nos pontos extremos à es- mum a ambos. [Sugestão: Um oitavo do sólido está esboçado
querda c à direita para aproxjmar o volume. na Figura Ex-57 .1
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 459
1. lr3
t 3x2 dx; 26 r
2. (a)rrscnx (b) lo nscnxdx (c) 2rr 3. (a) O; 2; rr((2x + 1)2 - (x 2 + 1)2 ] = rrl-x4 +2r 2 +4x]
(b) f \r-x4 +2r 2 +4x]dx (c)Wrr 4. (a) I; 2; n[(y - 1)-(y- 1)2 ]=nf -y 2 +3y-2] (b) f \ r-l+3y-2] dy
lo · lt
Jr
(c) -
6
Os métodos para os cálculos de volume discutidos até o mamemo dependem de nossa habilidade
em computar a área da seção tmnsversal de 11111 sólido e integrá-la através dele. Nesta seção
vamos desenvolver um outro método para encontrar volumes que pode ser aplicado quando a
área da seção transversal não puder ser encomrada ou a integmção for muito difícil.
• CAMADAS CILÍNDRICAS
Nesta seção estaremos interessados no seguinte problema:
Y = f(x)
r----
R
X
(/
•·igura 7.3.1
' vezes, problemas desse tipo podem ser resolvidos pelos métodos dos discos ou das
As
arruelas perpendiculares ao eixo y, mas quando tai s métodos não são aplicáveis ou a integral
é difícil, o método das camadas cilíndricas, também denominado método das cascas, que
d iscutiremos a seguir, frcqücmcmcme funciona.
460 Cálculo
Uma camada cilíndrica é um sólido envolvido por dois cilindros retos concên tricos
(Figura 7.3.2). O volume V de uma camada cilíndrica com raio interno r 1, raio externo r 2 e
altura h pode ser escrito como
Vamos mostrar agora como essa fórmula pode ser usada para resolver o Problema 7.3.1.
A idéia subjacente é dividir o intervalo (a, b] em n subinterval os c, desse modo, subdividir a
região R em 11 faixas, R., R2, ... , R, (Figura 7.3.3a). Quando a região R gira em torno do eixo y,
essas fai xas geram os sólidos S., S2 , ... , S, em "forma de tubo", alinhados um dentro do outro,
e que, j untos, formam todo o sólidoS (Figura 7 .3.3b). Assim, o volume V do sólido pode ser
obtido somando os volumes elos tu bos; i sto é,
,.
~ I~
Y = f(x)
r'-- r----
IR R2 ... Rn
X
á b
Como regra, os tubos terão superfícies superiores curvas; portanto, não haverá uma
fórmula simples para seus volumes. Porém, se as faixas forem li nas, então podemos apro-
ximar cada uma por um retângul o (Fi gura 7 .3.4a). Esses retângulos, quando giram em
torno do eixo y, produzem camadas cilíndricas cujos volumes se aproximam bastante dos
volumes gerados pelas faixas originais (Figura 7.3.4b). Vamos mostrar que, somando os
volumes das camadas cilíndricas, podemos obter uma soma de Riemann que aproxima o
volume V e, tomando o limi te das somas de Riernann, podemos obter uma integral para o
volume exato V.
."
r' ~
['..... t-'-" - -:..::::t_- --- .?
I
I Si,
X .,.- ~--.L--~~
- -t- - -~ X
....._-- ....
----r--
___ r ___ --""
\' Para implementar essa idéia, vamos supor que a k-<!sima faixa se estenda do ponto xt- 1
ao ponto xt c que a extensão dessa faixa seja
ó.xt = xt- xt~l
f<xt> Se x; for o ponto médin do intervalo fxt-l. xd c se construirmos um retângulo de altura f(x; )
acima desse intervalo, então, fazendo esse retângulo girar em torno do eixo y, obtemos urna
camada cilíndrica de altura f(x; ), raio médio x; e espessura A-r• (Figura 7 .3.5). A partir de (I),
o volume Vt dessa camada cilíndrica é
F igura 7.3.5 Vt = 2rrxkf(xk)Axt
Somando os vol umes das n camadas cilíndrica~. obtemos a seguinte soma de Riemann que
aproxima o volume V:
"
V ~L 2rrx; f(x;)t:.Xt
k= l
Tomando o limite quando n cresce e a extensão dos subintervalos tende a zero, obtemos a
integral definida
V= lim
max ó..x, ---)O
"
L 2rrx;J(x;}6xk =
1/) ,
2rrxf(x)dx
k: l
7.3.2 VOLUME POR CAMADAS CILÍSDRICAS E:11 TORNO DO f:tXO y Sejam f uma função
contínua não-negativa em [a, b] (O< a< b) e R a região limitada acima por y = f(x), abaixo
pelo eixo x e nas laterais pelas retas x =a ex= b. Então, o volume \1 do sólido de revolução
gerado pela rotação da região R em torno do eixo y <!dado por
11
X V =
1 0
2rrxf(x) dx (2)
~ Exemplo 1 Use camadas cilíndricas para encontrar o volume do sólido gerado pela
rotação em torno do eixo y da região envolvida por y = fi, x = I, x = 4 e o eixo x (Figura
7.3.6).
2rrxf(x)
(Figura 7.3.7c), que é o integrando em (2). Assim, a Fórmula (2) pode ser vista informalmente
da seguinte maneira
r-.,.:>
:'_= f(x) :
R
X
a x b
Os seguintes exemplos ilustram como aplicar esse resultado nas si tuações em que a
Fórmula (2) não é aplicáve l:
.,._ Exemplo 2 Use camadas cilíndricas para encontrar o volume do sólido gerado pela
2
rotação em torno do eixo y da região R delimitada por y = x e y = x do primeiro quadrante
(Figura 7.3.8).
( I. I )
.r - x2 { -~:-l==::?f
x- -
Figura 7 .3.8
o volume do sólido é
.,. Exemplo 3 Use camadas cilíndricas para encontrar o volume do sólido gerado pela
rotação em torno da reta y = -I da região R abaixo de y = x~ e acima do intervalo [0, 2]
(Figura 7 .3.9).
Solução Em cada y no intervalo O< y < 4, a seção transversal de R paralela ao eixo x gera
uma super fície cilíndrica de al tura 2 - .JY e raio y + I . Como a área dessa super fície é
). .''
4
)' = .("'
o y \
y = -1 - 1-- I
f
f
\ j
I• •I
2-,ry
Figura 7.3.9
I. Seja R a região entre o eixo x e a curva y = I + .J.i. para {b) Usando camadas cilíndricas. uma expressão integral para o
I <X < 4. volume do sólido gerado I>Ci a rotação da região R em tomo
do eixo y é _ _ __
(a) Para x e111re I c 4. a área da superfície cilíndrica gerada
pela rotação em tomo do eixo y da S(..'Çào transversal veni- (c) O valor da integral de (b) é _ __ _
caldcRemxé _ _ __
464 Cálc ulo
3. ,. 4. \' y =x
ENFOCANDO CONCEITOS
X= 2y- 2y·' 20. Sejam R, e R2 regiões com a forma mostrada abaixo. Use
camadas cilíndricas para encontrar o volume do sólido que
.r
resulta quando
(a) a região R1 gira em torno do eixo y;
(b) a região R2 gira em torno do eixo x.
5-12 Use camadas cilíndricas para encontrar o volume do sólido ,.
que resulta quando a região englobada pelas curvas gira em torno
y = /(.t) (/
do eixo y.
X= /(y)
S. y=x'. x= l.y=O
6. y = ../X.x= 4,x= 9, y = O )' = ~(X) c ____ =
.r g(y)...__ _ _,.
7. y= 1/x,y=O.x= l. x =3 .\'
a
8. y = cos(J) . .r= O. x =~ .fi. y = O
Figura Ex-20
9. y=2x- l ,y=-2x+:l.x =2
' y=0 21. (a) U$e camadas cilíndricas para encontrar o volume do só-
tO. y=2x-x·.
lido que é gerado quando a região sob a curva
I
,_
1 1. ·'- x 2 + I , •• - ··-o· ··- I · ·~·-C>
~- - y=x·' -3x2 +2x
12. y= e',, .x = I . .x = .J"5. y = O
c acima de [0. I J gira em torno do eixo y.
13-16 Use camadas ci líndricas para encomrar o volume do sólido (b) Para esse problema. o método das camadas cilíndricas é
que resulta quando a região englobada pelas curvas gira em torno mais fáci l ou mais difícil do que o método do fatiamen-
doeixox. to. discutido na última seção? Explique.
3. 1 4
2ny[4 - (y - 2)2 ]dy: ljªrr
• COMPRIMENTO DE ARCO
\'
Nosso primeiro obj eti vo é definir o que se entende por comprime11to de arco, ou simplesmen-
te comprimento, de uma curva plana y = f(x) acima de um intervalo [a, bJ (Figura 7.4.1 ). Uma
vez alcançado isso, poderemos nos concentrar no problema de calcular comprimentos de
arco. Para evitar complicações desnecess;hias, impomos a exigência de que f ' seja contínua
em La, b J, caso em que dizemos que y = f(x) é uma curva lisa em [a, b], ou então quef é uma
função lisa, ou suave, em [a, b]. Assim. passamos a nos ocupar do problema seguinte.
X
--t-~a----------------~b--1~
.Figura 7.4.1 7.4.1 PROBLEMA 1>0 COMPRIMENTO DE ARCO Suponha que y = f{x) seja uma curva lisa
no intervalo [a, b]. Defina e obtenha uma fórmula para o comprimento de arco L da curva
y = f(x) acima do intervalo [a, b].
melhores da curva, à medida que aumenta o número de segmentos utilizados. Quando o nú-
mero de segmentos aumenta, as sornas de Ricmann correspondentes tendem a uma integral
definida cujo valor será tomado como sendo o comprimento de arco L da curva.
Figura 7.4.2
y p Para impl ementar nossa idéi a de resolução do Problema 7.4. 1, d ivi dimos o inter valo
•
p
1 "·;.._ p, [a, b) em n subinter va los inserindo os pontos x 1• x 2 • • . . • x,_, entre a = x 0 e b = x,.. Corno
/~) / . /I mostra a parte superior da Figura 7.4.3, sejam Po, P,, . . . , P" os pontos da curva com coor-
"- denadas x iguai s a a = =
x 0 , x, , x 2 , .. . , x, _1 , b x,; agora, liguemos esses pontos por seg-
mentos de reta. Esses segmentos de reta formam um cami11/w polig onal que pode ser con-
siderado como urna aproximação da curva y = j{x). Como indica a pUJ1c inferi or da Figura
••• 7.4.3, o comprimento L* do k-ésimo segmen to do cam inho pol igonal é
x, ,\'l ,\'3 . . . ).:,_1
a= -'"o (1)
Para colocar i sso na forma de uma soma de Riemann, vamos aplicar o Teorema do Valor M é-
__,_~------~~-+
x di o (5.7.2). Esse teorema implica que exi ste um ponto en tre x.t-1 c 4 tal que x; x
-"k- 1 ·'".t
Figura 7.4.3
11
L~ L .1 + ff'(x;)J2 6 xk
bd
E~pllque por que a aproxlmaçao em
(2) não pode ser maior do que L. Assim, tomando o li mite quando n cresce e as ex tensões dos subinter val os tendem a zero,
obtemos a integral seguinte que define o comprimento de arco L:
L= lirn
max ó.x~: ....;. O
L
I!
k= l
1 + [f' (xk>J2 6xk = " "
1 + j 1 [f'(x)J2 d x
7.4.2 DEFINIÇÃO Se y = f(x ) for uma curva lisa no intervalo [a, b], então o comprimen-
to de arco L dessa curva sobre [a, b] é definido por
L= 1b +J 1 ff'(x)J2 dx (3)
"
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 467
Esse resultado fornece tanto uma definição quanto uma fórmula para o cálculo do com-
primento de arcos. Quando for conveniente, (3) pode ser expressa como
L=
l ah J l + f!'(x )]2 dx = 1" a I + ( dx
dy ) 2
dx (4)
Além disso, para uma curva expressa na forma x = g(y), em que g' é contínua em Lc, d], o
comprimento de arco L de y = c até y = d pode ser expresso como
L= 1dJJ+
c
[g' (j')F d y = 1d I + ( -dx )
c dy
2
dy (5)
11 = I + ~x, du = ~ dx
=
zzm - 13m
~209
27 '
Solução (b) Para aplicar a Fórmula (5), precisamos primeiro reescrever a equação y = x312
de tal forma que x seja expresso como uma função de y. Isso fornece x = /'3 e
dx 2 _
- = -y 111.
dy 3
Como a curva se estende de y = J até y = 2.J2, usando (5) obtemos
L= -
I8
I 122
13
u 112
d11 = - I 11312]
27
22
13
= -27I[(22)312 - (13)312 1 = 22../22- 13JT3
27
.
468 Cálculo
Esse resultado está de acordo com a parte ( a); porém, a integração aqui é mais enfadonha.
O arco desde o ponto <1. I) ao pon·
N os probl emas em que houver uma escolha entre (4) ou (5), é usual o caso em que uma das
to (2. 2.J2) na Figura 7.4.4 é quase
reto, de modo que o comprimento de fórmulas leva a cálculos mais simples do que a outra. -4
arco deveria ser somente um pouco
maior do que a distAncia em tinha reta
entres esses dois pontos. Mostre que
isso realmente ocorre.
• ENCONTRANDO O COMPRIMENTO DE ARCO POR MÉTODOS NUMÉRICOS
N o próximo capítulo desenvolveremos algumas técnicas de integração que nos permitirão
encontrar valores exatos de outras integrai s encontráveis no cá lculo de comprimento de
arco; contudo, falando vagamente, a maioria dessas integrais é impossível de ser calcula-
da em termos de funções elementares. Nesses casos, geralmente aproximamos a integral
utilizando algum método numérico, como a aproximação pelo ponto médi o di scutida na
Seção 6.4.
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA ..,. Exemplo 2 A partir de (4), o comprimento de arco de y =sen x de x = O a x = 1r é dado
pela integral
Se seu recurso computacional dispu·
ser de um comando para integração
numérica, use-o para confirmar que
o comprimento de arco 1.. no Exemplo
2 é, aproximadamente, 1.. ,. 3.8202. Essa integral não pode ser calculada em termos de funções elementares; porém, usando um recur-
so computacional capaz de fazer integração numérica. obtemos a aproximação L ::;::: 3,8202. -4
As Fórmulas (4) e (5) podem ser llis· 7.4.3 t'ÓRMULA 00 COi\ll'RL\IJ'; NTO OE ARCO PARA CURVAS P,\ RAI\l i TRICAS Se nenhum
tas como casos especiais de (6). Por segmento da curva representada pelas equações paramétricas
exemplO, a Fórmula (4) pode ser obtl·
da a partir de (6) escrevendo_,. = N> x = x(f), y = y(f) (tis f s b)
para metricamente como
for traçado mais de uma vez, quando t cresce de a para b, c se dxldf c d)ldf forem funções
x=r. y=fl.l) contínuas em a < t < b, então o comprimento de arco L da curva é dado por
e a Fórmula (5) pode ser obtida escre·
vendo x = g(y) parametricamente como
X= g(i), )' = I L--1" (dx)2+ (dy
0
- )
\ -
dt dt
2
dt (6)
(ver Exercfcio 18).
.,.. Exemplo 3 Use (6) para encontrar a circunferênci a de um círculo de raio a a partir das
equações paramétricas
Solução
]2,' = 2mr
1
2,~
= a dt = at -4
0 0
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometr ia, nas Ciências e na Engenharia 469
1. Use o Teorema de Pitágoras para encontrar o comprimento do (b) Explique por que n Fórmula (4) não pode ser usada
segmento de reta de y = 2x entre ( l . 2) e (2, 4). e confirme que o para encontrar o comprimento de arco da curva esbo-
valor está de acordo com o comprimento calculado usando a: çada em (a).
(a) Fórmula (4) (b) Fórmula (5) (c) Encontre o comprimento de arco da curva esboçada
em (a).
2. Use o Teorema de Pitágoras para encontrar o compri mento
do segmento de reta x = 1. y = 5t (O< 1 < 1). e conli rme que o 18. Deduza as Pónnulas (4) c (5) da Fórmula (6). escolhendo
va lor está de acord o com o comprimento calculado usando a uma parametri:taçiio apropriada das curvas.
Fórmula (6). 19. Considere os segmentos ele curva y =.~~ de x = ~ até x =2
e o segmento de curva y = -JX de x = ~ até x = 4.
3--8 Encontre o comprimento de arco exato das curvas aci ma dos
intervalos dados. (a) Faça o gráfico dos dois segmentos de curva e utilize-
os para explicar por que os comprimentos desses dois
segmentos deveriam ser iguais.
"'
3. )' = 3.r -- I de x =0 até x = I
(b) Monte integrais que dêem os compri mentos de arco dos
4. X = J(y2 + 2)312 de)' =0 até)'= I dois segmentos de curva. com integração em relação
=
5. )' .\JI' de x =I até X =8 a x. Demonstre com uma substituição que essas duas
6
integrais são iguais.
6. y = (x + 8)1(16.1) de x = 2 até x = 3
(c) Monte integrais que dêem os comprimentos de arco dos
7. 24xy = l + 48 de y = 2 :ué y = 4 dois segmentos de curva. com integração em relação a y.
8. X = ~ yJ + ~ y- 2 de)'= I até y = 4 (d) Aproxime o comprimento de arco de cada segmento de
curva usando a Fórmula (2) com 11 = I O subi ntervalos
9-14 Encontre o comprimento de arco exato das curvas paramétri- aguaas.
cas dadas sem eliminar o parâmetro. (c) Qual das duas aproxi mações em (d) é mais preci sa?
Explique.
9. X = tr3• y = !t2 (0 S I S I) (I) Use a aproximação pelo ponto m~dio co mu = IOsubin-
10. X=
2
=( I + d (0 S I S I)
( I + 1) • )' tervalos para aproximar cada integral de comprimento
de arco em (d), até qu;mo casas decimais.
11. x = cos 21. y =scn 21(0 S 1 S ;r/2)
(g) Use uma calculadora com integração numérica para
12. X= COS I + I sen I .)' = sen I - I COS I (0 S I S JT) aproximar cada integral de comprimento de arco em (b),
até quatro casas decimais.
13. x = e' cos 1, y = e' scn 1 (0 S 1 S n/2)
20. Siga as instruções do Exercício 19 para os segmentos de
14. x =e'(scnt +COS I). y=e'(cos t -sent) ( l < t < 4) curva y = x ! de x"' I o·•até x = I e para o segmento de
81
23. Use o resultado do Exercício 22 para mostrar que o compri- onde x é a distância horizontal em jardas (I jarda= O, 91 rn)
=
mento de arco L de y sec x acima do intervalo O< x <1113 desde o ponto onde a bola é :uingida, c y é a distância verti-
satisfaz cal em jardas acima da parte plana do campo de golfe entre
:;r :;r r.:: os bumcos. Use um CASou uma calculadom com integração
-<L<
3- - -v
3 13 numérica para encontrar a distância percorrida pela bola desde
o momento da tacada até atingir a grama. Suponha que a parte
plana do campo entre os buracos e a grama está no mesmo nível
@) 24. Um jogador de basquete converte uma cesta. Suponha que a e arredonde sua resposta para duas casas decimais.
trajetória da bola a partir do momenio em que é lançada até @) 28. (a) Na Seção 1.8 vimos que uma ciclóide é o caminho traça-
entrar no arco seja descrita por do por um ponto na borda de uma roda que rola ao longo
de uma reta (Figura 1.8. 14). Use as equações paramétricas
'
y = 2, 15 + 2,09x- 0,4 1x-, O <x <4,6 na Fórmula ( li) daquela seção para mostrar que o compri-
mento L de um arco de urna ciclóide é dado pela integral
onde x é a distância horizontal (em metros) desde o pomo em
que é lançada c y é a distância ve11ical (em metros) acima do 2
chão. Use um CAS ou uma calculadora científica com integra- L =a fo " j2( I - cos f)) dO
ção numérica para aproximar a distância perco1Tida pe.la bola.
desde o momento em que é lançada até entrar no arco. A rredon- (b) Use um CAS para mostmr que L é 8 vezes o raio da roda
de o resultado para duas casas decimais. (veja a tiguru abaixo).
X
(b) Use um CASou uma calcu ladora científica com integração
numérica para aproximar o comprimento de arco de (a).
Arredonde su;J resposw para duas casas decimais.
,( = 192 .Figura Ex-26 (c) Suponha que as equações paramétricas de (a) descrevam a
trajetória de uma partícula movendo-se no plano ·9'· onde t
@) 27. Um golfista dá uma tacada com sucesso. Suponha que a tra- está em segundos c x c y em centímetros. Use um CAS ou
jetória da bola do momento da tacada até atingir a grama seja uma calculadora científica com integração numérica para
descri ta por
aproximar adistância percorrida pela partícula de t = I .5 s até
y = 12,54x- 0,41x2 1 = 4.8 s. Am.'<londe sua resposta para duas casas decimais.
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 471
I. contínua 2. 1h
J 1 + [f'(x)]2dx 3. J(e- 1)2 + I 4. (a) J.' J 1 + (l/x)2dx (b) fo' J 1 + e2Y dy
Nesta seção consideraremos o pmblema de encontrar a área de uma superfície gerada pela
rotação de uma curva plana em tomo de uma reta .
• ÁREA DE SUPERFÍCIE
Uma superfície de revolução é uma superfície gerada pela rotação de uma curva plana em
torno de um eixo que se situa no mesmo plano da curva. Por exemplo, a superfície de urna es-
fera pode ser gerada ao se fazer girar um semicírculo em torno de seu diâmetro, e a superfície
l ateral de um cilindro circular reto pode ser gerada pela rotação de um segmento de reta em
torno de um eixo paralelo a ele (Figura 7.5.1 ).
-3------0
~,
I ,~--
--,------+---;- - - T - - - - - -+-- 1-
I .._1
/
7.5.1 PROBJ.E!IIA DA ÁREA DE SUPERFÍCIE Suponha que f seja uma função lisa e não-
negativa em [a, b] e que uma superfície de revolução seja gerada pela rotação da pane da
curva y = f(x) entre x =a ex= bem torno do eixo x (Figura 7 .5.2). Defina o que podemos
entender por áreaS da superfície e encontre uma fórmula para calculá-la.
X
(/ ,,
Para motivar uma definição apropriada de áreaS de uma superfície de revolução, vamos
decompor a superfície em pequenas seções cujas áreas possam ser aproximadas por fórmulas
elementares. Somando as aproximações das áreas das seções, obtemos uma soma de Rie-
\ s
mann que aproximaS, e tomando o limite da soma de Riemann, obtemos uma integral para
- ...a iI
~ --------- -- o valor exato de S.
I Para implementar essa idéia, vamos dividir o in tervalo [a, bj emn subintervalos, inse-
.) rindo os pontos x 1, x1 , ... , x._, entre a= x0 c b = x •. Conforme ilustrado na Figura 7.5.3a, os
pontos correspondentes do gráfico def definem um caminho poligonal que aproxima a curva
Figura 7.5.2 y = f(x) acima do intervalo [a. b]. Quando esse camin ho poligonal gira em torno do ei xo x,
472 Cálculo
gera uma superfície que consiste em 11 partes, cada uma delas sendo um tronco de cone circu-
lar reto (Figura 7.5.3b). Assim, a área de cada pane da superfície aproximante pode ser obtida
pela fórmula
(J)
para a área lateral S de um tronco de cone de altura inclinada I e raios das bases r 1 e r2 (Figura
7.5.4). Conforme sugerido pela Figura 7.5.5, o k-ésimo tronco de cone tem raios f~r1_ 1 ) c f(x1)
e altura t.x1. Sua alwra incljnada é o comprimento L1 do k-ésimo segmento de reta da poligo-
nal, o qual. pela Fórmula ( I ) da Seção 7.4, é
Para colocar isso na forma de uma soma de Riernann, vamos aplicar o Teorema do Valor Mé-
dio (5.7.2). Esse teorema implica a existência de um pon1o x;: entre xk- r e xt, tal que
No entanto, isso ainda não é uma soma de Riemann, pois envolve as variáveis xH e x1. Para
eliminar essas variáveis da expressão, observe que o valor médio dos números f(x~;- 1 ) e f(x1)
está emre esses números. Dessa forma, a continuidade de f e o Teorema do Valor Intermediá-
rio (2.5. 7) implicam a existência de um ponto x;" entre x~;- 1 c x,, de tal modo que
Embora essa expressão esteja próxima à forma de uma soma de Ricmann, ela não é uma soma
de Riemann verdadeira, pois envolve duas variáveis xZ e x;*, em vez de somente x;. Entre-
tanto, prova-se em Cálculo avançado que isso não tem nenhum efeito sobre o limile, devido à
x,_. f
11 =- .r,.
conlinuidade de f. Desse modo, podemos supor que x;- = x; ao 1omar o limile, o que sugere
que S possa ser definida com o
7.5.2 DEFIMÇÃO Se f for uma função lisa c não-negaliva em [a, b], cnlão a área da
super fíci e de revolução gerada pela rotação da pan e da curva y = f (x) entre x =a c x = b
em torno do eixo x é definida por
Figura 7.5.5
Esse resul tado fornece tanto uma defi nição quan1o uma fórmul a para o cálculo de áreas de
superfícies. Quando for convenienle, essa fórmula lmnbém pode ser expressa como
Além disso. se g for não-negativa c x = g{y) for uma curva lisa em [c, dj, então a área da
superfície gerada quando a parte da curva x = g(y) emre y = c e y = d gira em torno do eixo y
pode ser expressa como
S=
lcd 27rg(y)}l + [g' (y)]2dy= 1'1
c 21TX I + ( -dy
d x)
2
dy (5)
.r .,.. Exemplo 1 Encontre a área da superfície gerada pela rotação da pari e da curva y = x3
entre x = O ex = I em tomo do ei xo x ( Figura 7 .5.6).
( I. I)
3 2
Solução Como y =x , temos dyldx = 3x e, portanto, a partir de (4) , a áreaS da superfície é
(dy)2
G ..
.r S=
1o
1
2ny I+ - dx
dx
Figura 7.5.6
rt = I +9., 4
clu :;;; Jóxl dx
474 Cálculo
.I'
..,. Exemplo 2 Encontre a área da super fície gerada pela rotação da parte da cu rva y =i
entre x = I ex= 2 em torno do eixo y (Figura 7 .5. 7).
Solução Como a curva gira em torno do eixo y, vamos aplicar a Fórmula (5). Com essa
(2. 4) 2
final idade, vamos reescrever y = x como x = fi e observar que os valores de y correspon-
dentes a x = I ex = 2 são y = I c y = 4. Uma vez que x =
Jj, temos dx/ dy 1/(2../Y) e, =
ponanto, a partir de (5), a área da superfície é
' -- -- I dr)
+ (...:....
dy
2
dy
= 1r i 4
j 4y + I dy
=-
1r 111u 112
du
1f ;;; 4y+ l
clu = 4tly
4 5
1. Se/for uma função li sa e não-negativa em [a, b], então a área do eixo x é _ _ _ _ . O valor dessa integr.ll é _ _ __
de supcrlicie S da superfície de revolução que é gerada quan-
4. Urna expres.~ão integral para a área da superfície que é gerada
do a parte da curva y = ftx) entrex =li ex= b gira em tomo do
eixoxé _ _ __ quando o segmcmo de reta que liga (3. I) a (6. 2) gira em tomo
do eixo y é . O valor dessa integral é _ _ __
2. A área lateral do tronco de cone de Rltura inclinada v'IO e
=
raios de base r 1 I c r 2 2 é _ _ __ =
3. Uma c,.; pressão integral para a área da superfície que é gerada
quando o sc:gmcnto de reta que liga (3. I) a (6, 2) gira em torno
1-4 Encontre a área da super!'fcie gerada quando a curva dada gira 6. X= y3, 0 .5 y .5 I
em torno do ei xo x. 7. X= .j9 - y 2 , -2 ,5 )',52
2. y = ,.fi, I .5 x < 4 9-12 Use um CAS para encontrar a área exata da superfície gera-
3. y = ./4 -x2, - I .::: x .:::: I da quando a curva dada gira em tomo do eixo dado.
S ~ } ).TC[X(Ik- 1) + X(lt)J
/,; e l
x J"[~,'·(-1t~)--x"7(,-t--•-;-:;>)::;-
2 -:-+'[,...y(-;-rt-:-
·)-y--:(;-
1k-- -;:1)-:;;]2 )
=
23. Suponha que y Jt.r) seja uma curva suave no intervalo
[a. b1 c qucft.r) ~O para cad:1 a Sx S b. Deduza uma fórmula
S = 1b 2.TCX(t))(x'(I)IZ + (y'(l)lldl
476 Cálculo
29. Encontre a área da superfície gerada quando a curva paramétri- 34. As equações
ca X= r.)'= 2t (0 $I$ 4) gira CmtOrnO dO eiXO.\". x = a </J - a sen </J, y = a - a eos !/) (O < r/> < 2n:)
@]30. Use um CAS para encontrar a área da su perfície gerada quando representam o arco de uma ciclóide. M ostre que a área da
a curva paramétrica superfície gerada quando essa curva gira em torno do eixo x é
, 2
S = 64Jra 13. [S11gesttio: Use as identidades
x = cos· r, y = 5 sen 1 (0 < 1 < rr/2)
t/> I - cos t/> 2
gira em tomo do eixo .x. sen 2" = --:::---'- c
2
sen3 r/> = ( I - cos if>) sen if>,
2
31. Encontre a área da superiTcie gerada quando a curva paramétri- para ajudar na integração.)
ca x = 1. y = 21z (0 S 1 S I ) gira em torno do eixo y. @]35. Use um CAS para encontrar a área da superfície gerada quando
32. Encontre a :lren da superfície gerada quando as equações a curva paramétrica .x =c' cos 1. y =e' sent (O St S ;r/2) gira em
.x =cosz 1, y =scn2 1 (0 S 1 S Jr/2) giram em torno do eixo y. torno do eixo x .
33. Fazendo girar o semicírculo 36. Deduza as Fórmul ns (4) c (5) das Fórmulas (A) e (B) dos Exer-
cícios 27 c 28, escolhendo urna paramctrização apropriada para
x = r cos 1, y = r scn 1 (0 S: I S: rr) as curvas y = f(,f) c .r = g (v).
I.
10
" 2rrj(x)JI + (f'(x)]2 dx 2. 3.
{6
13
(2rr)
3
(x) V9'dx
(10 = [ 6 2-!IOrr xdx; 3v'iõJr
13 9
4. i 2
(2rr)(3y)Mdy; 9Jiõrr
Nesta seçiio definiremos a noçiio de "valor médio " de uma fimçcio e apresentaremos várias
aplicações dessa idéia.
1
a = - (a1 + a2 +··· +a,) =
}/.
I "
ak -L
11 k= l
Vamos mostrar agora como ampliar esse conceito de tal forma que possamos calcular
não somente a média aritmética de um número finito de valores da função, mas também uma
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometr ia, nas Ciências e na Engenharia 477
média de rodos os valores de f (x) quando x varia em um intervalo fechado [a, b]. Com esse
propósito, lembre-se do Teorema do Valor M édio para Integrais (6.6.2), que afi rma que, se f
for contínua no inter valo [a, b], então há pelo menos um ponto x• nesse intervalo, tal que
1 I)
h f (x) dx = f (x• )(b - (1)
A quantidade
f(x*) =
b- a
1 1hf(x) dx
11
será nossa candidata a valor médi o de f acima do interva lo (a. b]. Para explicar o que motiva
i sso, vamos di vidir o intervalo [a, b) em n subinter val os de igual compri mento
b- a
t:.x = - - (1)
11
c, nos sucessi vos subinter valos, vamos escolher pontos arbitrári os xr ,xi , ... , x,;. E ntão, a
médi a aritmética dos números f(xn , f(x2), .. . , j(x,~) é
I
média= - [f(x7)
11
+ f(x;)- + · · · + f(x~)]
ou, por ( I),
,,
, . I I
medJa = b -a (f(x~)t:.x + f(xi)t~.. x + · · · + f (x,:)c.xJ = " ' f(xk)t:.x
b-a ~
k= l
lim
, _ +x b - a
1
L
n
f(xk)t:.x =
I
b - (1
1b f (x ) dx
11
hd
Como essa equação descreve o que acontece quando calculamos a média " com cada vez
mai s" valores de f (x), somos levados à defini ção seguinte.
7.6.1 OEFINJÇ,\0 Se f for contínua em [a, b], então o valor médio de f em [a, b] é
Observe que o Teorema do Valor Mé·
definido por
dio para Integrais, quando expresso
na forma (2), garante haver pelo me·
nos um ponto x• em [fi, b] no qual o fm = I 11> f(x)dx (2)
b- a 11
valor de f é igual ao seu valor médio
no intervalo.
)' =f (x) Se f for não-negativa em [li. b], a quantidade 1mtem uma interpretação geométrica simples, que pode ser
vista escrevendo (2) como
f ,. · (b - a) = 1~ f(x) d.r
O lado esquerdo dessa equação é a área de um retângulo com uma altura f. e comprimento da base b- a,
e o lado direito é a área sob .'·= f (x) e acima de [ti, b). Assim, f • é a altura de um retângulo constnufdo sobre
b
" o intervalo [a. b), cuja área é a mesma que aquela sob o gráfico de f naquele intervalo (Figura 7.6.1).
Figura 7.6.1
478 Cálculo
.,.. Exemplo 1 Encontre o valor médio da função f(x) = JX acima do intervalo [I, 4) e
obtenha todos os pomos do intervalo nos quais o valor de f é igual ao valor médio.
Solução
-
)'=..[i
fm =
I
b-a"
b
1f(x)dx=
4- 1
I ~
1./Xdx = -
1 3
I
[
2x3/2
3 ]
4
=~[~-
2
'
2 \ 3 4
.r
3 3 3
] = ~9 ~ 1.6
196
SI
Figura 7.6.2
Os valores de x nos quais f(x) = .jX é i gual ao va lor médio satistàzem JX = 14/9, logo x =
196/8 1 ~ 2,4 (Figura 7.6.2). ~
.,.. Exemplo 2 Um copo de limonada a uma temperatura de 40° F é deixado em uma sala
cuja tempera!Ura constante é de 70" F. Usando um princípi o da Física denominado Lei do
Resjriame11to de Newto11, pode-se mostrar que, se a temperatura da limonada atingir os 52" F
75 em uma hora, então sua temperatura T como função do tempo decorrido pode ser modelada
....o
~ 70 ---------- pela equação
-,..,
' 65 T = 70 - 30e- o,sr
"':>
-~
"'
~
"'E"'
60
55
em que Testá em graus Fahrenheit c r, em horas. O gráfico dessa equação, mostrado na Figura
7 .6.3, confirma nossa experiência do dia-a-dia de que a temperatura da limonada converge
50 gradualmente à temperatura da sala. Encontre a temperatura média Tmda limonada ao longo
~ 45
das primeiras 5 horas.
I 2 3 ~ 5 6 7 8 9 10
Tempo decorrido r (h) Solução Pela Definição 7.6.1, o valor médio de T no in tervalo [0, 5) é
Figura 7.6-1
Tm = ~ lo s(70- 30e-o.sr) dr (3)
L
7111 = -
1-2.5(70 - 30e")(-2) dtt = - -21-2.5 (70 - 30e") du
5 o 5 o
2 25 2
-- - 5 [10u - 30e"]-
. ' = -
u=il 5 [C- 175· - 30e-
'
25
) - (- 30)]
·
= 58+ J2e- 2·5 ~ 59"F ~
Um
s(r1) _
= ....;....;..- s(to)
_;_;.;..
r, -to
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 479
Contudo, o deslocamento s(t1) - s(t0 ) é a inlegral da velocidade ao longo do inlervalo [t0 , 11)
[Fórmula (3) da Seção 6.7]. Assim, podemos expressar Vm como
Vm = I 1'
t, -to '•
v(t)dt (4)
que, pela Definição 7.6.1, é o valor médio da função velocidade no inlervalo de 1empo [10 , 11].
Assim, mos1ramos que:
Solução Segue da Fórmula ( 16) da Seção 6. 7 com uo = O que a função velocidade do cor-
po é v(t) = -gt. Assim, sua velocidade média no intervalo de tempo [0, 11 é
Um =
I
T _O
1T v(t)dt
0
=~for -gtdt
•
EXERCICIOS 7.6 @] CAS
I. (a) Encontre f,. de f(x) = 2r em [0. 4]. 2. (a) Encontre f., de f(x) = .xl em [0. 2].
(b) Encontre um ponto x• em [0. 4] tal que f(x*) = fm (b) Encontre um ponto x• em (0. 2) tal que f(x*) =f.,.
1
{c) Esboce o gráfico de f(x) = 2x em [0, 4] e construa um re- (c) Esboce o gráfico de f(x) =x em (0. 2( e construa um retân-
tângulo acima do intervalo. cuja área seja igual à área abai- gulo acima do intervalo. cuja área seja igual à área abaixo
xo do gráfico de f naquele intervalo. do gráfico de f naquele intervalo.
480 Cálculo
(d) Explique por que a resposta em (c) é maior do que as 24. (a) A temperatura de uma barra de metal com lO metros de
respostas em (a) e (b). comprimento é de 1s•c
em uma ponta c 30°C na out ra.
Supondo que a temperatura aumenta linearmente do ex-
17. Em cada parte. é dada a curva velocidade versus tempo de
tremo mais frio para o mais quente. qual é a temperatura
uma partícula em movimento rctilfneo. Use a curva para
média da barra?
encontrar a velocidade média da partícula ao longo do in -
tervalo de tempo O< l < 3. (b) Explique por que deve haver um ponto na barra em que a
temperatura é igual à média; encontre-o.
(ti) (b)
IJ IJ 25. Uma engenheira de tráfego monitora o trânsito durante uma
hora do hor{trio de pico da tarde. A panir de seus dados. ela esti-
ma que. entre as 4 horas c 30 minutos c as 5 homs c 30 minutos
da tarde. a taxa R(r) segundo a qual os carros entram em uma
I I
cena via expressa é dada pela fórmula R(I) = I 00( I - 0.000 I?)
•
·' carros por minuto. onde 1 é o tempo (em minutos) desde as 4 ho-
-t ms c 30 minutos. Encontre a taxa média. em carros por minuto.
segundo a qual os carros entram na via expressa entre as 4 horas
c 30 minutos e as 5 horas da tarde.
18. Suponha que uma partícula em movimento retilíneo parta do 26. Suponha que o valor em dólares de um iate com t anos de uso
repouso e tenha uma velocidade média de 2 m/s ao longo do 7
seja V(1) = 27S.OOOe-<u '. Qual é o valor médio do iate ao longo
intervalo de tempo O< 1 <S. Esboce uma curva velocidade de seus primeiros lO anos de uso?
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 481
27. (a) A tabela abaixo mostra a fração da Lua (como v ista da Ter- dal. descrita por uma equação da forma
ra) que está iluminada pelo Sol à meia-noite (no honírio de
Nova York) durante a primeir.t semana de 2005. Encontre V= VP scn(2 JT fi)
a fração m&lia da Lua que está iluminada durante essa pri- (ver figura abaixo). Nessa equação. v,é o pico de l'oltagem
meira semana de 2005.
ou amplitude da corrente. f é afreqiiéucia e 1/f é o período.
Fonte: Dados do Dcpannmcn10 de Astronomia Aplicada do Ob!;enoa· As voltagens V e v, são medidas em volts (V). o tempo é me-
tório Na' ai dos EUA. dido em segundos (s) e a freqilência é medida em hertz (Hz)
+
(b) A função f(x) = 0,5 0,5sen(0,213x 2,481) mode- + ou. às vezes. em ciclos por segundo. (Um ciclo é o termo
la os dados para a iluminação da Lua durante os primeiros elétrico para um período.) Os voltímetros de corrente alter-
60 dias de 2005. Encontre o valor médio dessa função ilu- nada medem o que é chamado rms ou raiz média quadrada
minação ao longo do intervalo 10. 7j. do valor de V. Por definição. isso é a raiz quadrada do valor
1
médio de V sobre um período.
(a) Mostre que
DIA I 2 3 4 5 6 7
7.7 TRABALHO
Nesra seção usaremos as ferramenws de integração desenvolvidas 110 capítulo precedente
para estudar algu11s dos pri11cípios básicos do "trabalho", um dos conceitos ju11damentais
da Física e da Engenharia.
distância, estamos realizando trabalho; e o efei to desse trabalho é fa7.er o carro se movimen-
tar. A energia do movimento causada pelo trabalho é a energia cinética do carro. A relação
exata entre trabalho e energia cinética é governada por um princípio da Física, a relação
energia-trabalho. No que segue, tocaremos nessa idéia, mas um estudo detalhado da relação
entre trabalho c energia será deixado para os cursos de Física c de Engenharia. Nossa meta
principal aqui será explicar o papel da integração no estudo do trabalho.
W=F·d ( 1)
1- - - - - - - d - - -- --
F ig ura 7.7.1
Tabel a 7.7. 1
SIST6MA roRçA X l)ISTÂNCJA - 1'RAIIALHO
.,. Exemplo 1 Um objeto move-se 5 pés ao l ongo de uma reta , enquanto sujeito a uma
força constante de f 00 lb, no sentido de seu movimento. O trabalho reali7.ado é
Um obj eto move-se 25 m ao longo de uma reta , enquanto sujeito a uma força constante de
4 N, no sentido de seu movimento. O trabalho realizado é
IV=F·d=4·25=100N·m=IOOJ ~
Solução Para levantar um objeto, é necessário aplicar uma força suficiente para vencer a
força gravitacional exercida pel a Terra. A força que a Terra exerce no objeto é o seu peso;
dessa forma, Alexeev aplicou uma força de 562 lb por uma distância de 2 m, enquanto Ander-
son aplicou uma força de 6.270 Jb por uma distància de I em. Como li bras são unidades do
Vasili Alexeev quebrando o recorde de si stema BE, metros são unidades do MKS c centímetros são unidades do CGS, preci samos
levantamcnt() de peso. com 562 lb. nn
decidir em qual si stema vamos trabalhar. Vamos usar o sistema MKS c, portanto, expressar
Olimpíada ele 1 97~.
em joules o trabalho dos dois homens. Usando a Tabe la 7.7 . I , obteremos
Logo, muito embora o levantamento de Andcrson tenha exigido uma enorme força para cima,
ela foi aplicada por tão pouca distância que Alcxccv realizou mais trabalho. ~
tJ\/WV\1\M/V\Mf\~ 7. 7.2 PROTII.E~IA Suponha que um objeto se mova no sentido posi tivo, ao l ongo de um
ei xo coordenado, sujeito a uma força variável F (x) que é aplicada no sentido do movimen-
(b)
to. D efina o que entendemos por trabalho W realizado pela força sobre o objeto, quando
Fig ura 7.7.2 este se move de x =a até x = b, e encontre uma fórmula para calculá-lo.
r
A idéia básica para resol ver esse problema é dividir o intervalo a, b] em subintervalos sufi-
cientemente pequenos para que a força não varie muito em cada intervalo. Isso nos permitirá
tratar a força como constante em cada intervalo e, em cada um deles, aproximar o trabalho
usando a Fórmula ( I ). Somando as aproximações do trabalho nos subintervalos, iremos obter
uma soma de Riemann, que aproxima o trabalho W em todo intervalo; tomando o lim i te das
somas de Riemann iremos obter uma integral para W.
484 Cálculo
Para implementar essa idéia, vamos dividir o intervalo [a, bl em 11 subinter valos, inse-
rindo os pontos x" x 2, . •. , x,_ 1 entre a= x 0 e b =x,. Podemos usar a Fórmula ( I ) para aproximar
o trabalho W1 realizado no k-ésimo subintervalo, escolhendo um ponto qualquer x; nesse
intervalo e considerando a força como tendo um valor constante F(xn em todo o intervalo.
Uma vez que a extensão do k-ésimo subintervalo é xt- x._ 1 = L~x1, obtemos a aproximação
Somando essas aproximações, obtemos a seguinte soma de Riernann , que aproxima o traba-
lho W realizado em todo o intervalo:
11
W ~ L F(x;)Axk
k=l
Tomando o limite quando n cresce c as extensões elos subintervalos tendem a zero, obtemos
a integral definida
A lei de H ooke [Robert Hookc ( 1635-1703), físico inglês] afirma que, sob condições
apropriadas, urna mola esticada x unidades além de seu compr imento natural puxa de volta
com urna força
F(x)=kx
onde k é uma constante (chamada ele constaflte da mola ou rigidez damo/a). O valor de k de-
pende de fatores tais como a espessura da mola c o material usado em sua composição. Como
k = F(x) lx, a co n.stante k tem unidades de força por unidade de comprimento.
.,. Exemplo 3 Uma mola exerce uma força ele 5 N quando esticada I m além de seu com-
primento natural.
F(x)= kx
A partir dos dados, F(x) = 5 N quando x = I m, logo 5 = k · I. Assim, a constante da mola
é k = 5 newtons por metro (N/m). I sso significa que a força F(x) necessária para esticar a
mola em x metros é
F(x)= 5x (3)
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 485
Posição natural Solução (b) Coloquemos a mola ao longo de um eixo coordenado, conforme a Figura
da mola 7.7.3. Queremos encontrar o trabalho W necessário para esticar a mola pelo intervalo de x =O
1.1--if\M
---INIJ\
- IJ!Mfl ... _ _ _~.r a x = 1,8. A partir de (2) e (3), o trabalho necessário <!
__fl_fiN__,_
o 1.8
1'.8 5x2]t.8
Figura7.7:3
IV=
la
b
F (x)dx =
O
5xdx = -
2 0
= 8.1 J ~
I Sol ução Como a Terra tem um raio de 4.000 milhas, o astronauta será elevado para um
\
ponto a 4.800 milhas do centro da Terra. Assim, a partir de (2), c lembrando que I milha=
'' ' ..... ,
Figura 7.7.4
---- __ 5.280 pés, o trabalho necessário para elevá-lo é
4800
2.400.000.000
W =
14000 x2
4800
dx
= -2.400.000.000 ]
X 4()()()
= - 500.000 + 600.000
= 100.000 milhas-libras
= (100.000 milhas·lb) x (5.280 pés/milhas)
= 5,28 X J0 8 péS· Ib ~
Exemplo 5 Um tanque de água cônico tem um raio de I O pés c altura de 30 pés, estan-
11>-
do cheio até uma profundidade de 15 pés (Figura 7.7.5CI). Qual é o trabalho necessário para
bombear para fora toda a água através de um orifício no lopo do tanque?
Solução Nossa estratégia será dividir a água em camadas fi nas, aproximar o trabalho ne-
cessário para mover cada camada até o topo do tanque, somar as aproximações das camadas
para obter uma sorna de Riernann que aproxime o trabalho total e en tão tomar o limite das
somas de Riemann para obter uma integral do trabalho total.
Para implementar essa idéia, introduzimos um eixo x, como mostra a Figura 7.7.5a, c
dividimos a água em 11 camadas, denotando a espessura da k-ési ma camada por ÃXt. Essa
divisão induz uma partição do intervalo [ 15, 30j em11 subintervalos. Embora as superfícies
superior e inferior da k-ésima camada estejam a distâncias diferentes do topo, essa diferença
será pequena se a camada for fina, c é razoável supor que a camada inteira esteja concentrada
486 Cálculo
em um único ponto x;
(Figura 7.7.5a). Assim, o trabalho W4 necessário para mover a k-ésirna
camada até o topo do tanque é, aproximadamente,
~ ~~~ ~)
onde Ft é a força necessária para elevar a k-ésima camada. Mas a força requerida para elevar a
k-ésima camada é a força necessária para vencer a gravidade, e essa é a mesma que o peso da
camada. Se a camada for moi to fina, podemos aproximar o volume da k-ésima camada pelo
volume de um cilindro de altura ó.xt e raio'~, onde (por semelhança de triângulos)
rt I0 I
-=- = -
x; 30 3
ou, equivalentemente, r1 = x;/3 (Figura 7.7.5b). Portanto, o volume da k-ésima camada de
água é, aproximadamente,
,
rrrk Ó.Xk = rr(x; I 3)-, ó.xk = 9
rr ,
(x;)- Ó.Xk
Para encontrar o valore exato do trabalho, tomamos o limite quando ó.xk ~O. Isso fornece
= 1.
30
n 62,4rr 62,4rr 1
W = nl3XA.t,~O
lim L 9
(x;) 3 ó.xt
JS 9
x · dx
k=l .
4 30
9
"4
62,4rr (x )] = 1.316.250rr ~ 4.135.000 pés ·lb ~
15
T
x•
k
T- ------ 15
15 pés
____ ___..... ax•r
I
J_
.....,.
10~-,oj 30 -
30 - x:
j_
• A RELAÇÃO ENERGIA-TRABALHO
Quando vemos um objeto em movimento, podemos ter certeza de que foi realizado algum
trabalho para criar esse movimemo. Por exemplo, quando largamos uma pedra de um prédio,
a pedra ganha velocidade escalar porque a força da gravidade terrestre realiza trabalho sobre
ela; quando um jogador de hóquei no gelo golpeia o disco com seu bastão, o trabalho realizado
no disco durante o breve instante de tempo em que está em contato com o bastão cria a enorme
velocidade escalar do disco deslizando sobre o gelo.
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 487
Contudo, a experiência mostra que a velocidade escalar obtida por um objeto depende não só
da quantidade de trabalho realizada, mas também da massa do objeto. Por exemplo, o traba-
lho necessário para lançar uma bola de beisebol de 150 gramas a 80 km/h aceleraria uma bola
de boi iche de 5 kg a menos de 14 kmlh.
Usando o método da substiiUição para integrais definidas, obteremos uma equação sim-
ples que relaciona o trabalho realizado sobre um objeto com a velocidade e a massa do mes-
mo. Além disso, essa equação nos permitirá motivar uma definição apropriada da ''energia do
movimento" de um objeto. Como na Definição 7.7.3, vamos supor que um objeto move-se no
sentido positivo ao longo de uma reta coordenada no intervalo [a, b] enquanto sujeito a uma
força F(x) aplicada na direção do movimento. Sejam x = x(t), v v(t) x'(t) e v'(t) a = =
posição, a velocidade e a aceleração do objeto no instante de tempo 1, respectivamente. Segue
da Segunda Lei de Newton do Movimento que
F(x(t)) = mv'(t)
onde m é a massa do objeto. Suponha que
x(to) =a e x(t 1) = b
com
v (to) = v; e v(t,) = vf
sendo as velocidades inicial e final do obj eto, respectivamente. Então
/J
1,
l x(lt )
W = F(x) dx = F(x)dx
" x(to)
=
1
to
F (x(t ))x'(t)dt Pelo Teoten>a 6 .8. 1 conu = x (l). J.•· = x ' (l ) <lt
= 1
to
11
mv'(t)v(t) dt = 1 lo
11
mv(t)v'(t) dt
v(lt)
=
1
•(to)
mvdv PeloTrorenu6.8. 1 com v= t•(l ). d t> = v'(l ) dt
=
1"' Vf
IJ,.
= {mv12
-
- -21 mv~
'
que o trabalho realizado no o~jeto é igual à variação na quamidade 4mv2 de seu valor inicial para
o valor final. Dizemos que a Equação (5) expressa a relação energia-trabalho. Se definirmos a
"energia do movimento" ou, mais precisamente, a e11ergia ciuética de nosso objeto como sendo
(6)
então a Equação (5) nos diz que o trabalho realizado em um objeto é igual à variaçlio da energia
cinética do objeto. Falando informalmente, podemos di ter que o trabalho realizado em um objeto
é "transformado" em energia cinética do mesmo. As unidades de energia cinética são as mesmas
unidades do trabalho. Por exemplo, no sistema MKS, a energia cinética é medida em joules (1) .
.,. Exemplo 6 Uma sonda espacial com massa m = 5,00 x I o• kg viaja no espaço exterior,
sujeita somente à força de seu próprio mecanismo. Começando pelo instante em que suave-
4
locidade é v= L, I Ox 10 mls, o mecanismo é acionado continuamente por uma distância de
2,50 x 10 m, com uma força constante de 4,00 x I o~ N na direção e sentido do movimemo.
6
Solução Como a força aplicada pelo mecanismo é constante c na direção c sentido do mo-
vimento, o trabalho W realizado pelo mecanismo da sonda é
5 6 12
W = força x distância = (4,00 x I 0 ) x(2,50 x I 0 m) = 1,00 x I 0 J
488 Cálculo
A part ir de (5), a energia cinética fi nal K f = ~mv} da sonda pode ser expressa em termos
do trabalho W e da energia cinética inicial K; = 4mvl, como sendo
K f = IV + K ;
A ssim, conhecidas a massa e a velocidade inicial, temos que
K f = (1.00 x 1012 J) + ~(5.00 x l O" kg)( I.IO x 10" m/s) 2 = 4.025 x 1012 J
2(4.025 X 1012 ) 4 I
~ 1.27 x 10 m s ~
5,00 X I 04
1. Se uma força constante de 5 lb mover um objeto por I Opés, então lizado no objeto por uma força variável F(x) aplicada no senti-
o trabalho realizado por ela no objeto será de _ _ __ do do movimento é W = - - - -
2. Um newton-metro <l tamb<lm chamado de _ _ _ _ . Um 4. Uma força de Ff.cr) = I O- 2..r N aplicada no sentido x positivo
di na-centímetro é tamMm chamado de _ _ __ move um obj eto por 3 111 de x = 2 nt6 x = 5. O trabalho realizado
pela força no objeto é _ _ __
3. Suponha que um objeto move-se no sentido positivo ao longo
de um eixo coordenado sobre o intervalo [a, b]. O trabalho rea-
EXERCÍCIOS 7.7
(b) uma força variá,•el F(x) = 1/.l lb. no sentido positivo do 5. Em qual circunstância realizamos mais trabalho: levan-
=
eixo x. move um objeto de x I a x = 6 pés. tando uma xícara de caf6 da mesa at6 a boca ou segu-
rando um livro de Cá lculo à altura dos ombros durante 5
2. Urn a força variável F(x). no sentido posi tivo do eixo x. tem seu
minutos? Explique.
gráfico mostrado abaixo. Encontre o trabalho real izado por ela
sobre uma partícula que se move de x = Oa x = 5.
50 6. Uma força constante de 40 N no sentido positivo do eixo x é
~
z 40
~
aplicada a uma partícula cuja curva velocidade versus tempo
.....,
30
o- 20
está dada na fi gura abaixo. Encontre o trabalho fei to pela força
~
o
u.. tO sobre a partícula no intervalo de tempo de 1 =O até t = 15.
o
o t 2
' 4
Posiçao .l'(m)
5
Figura Ex-2 ~
~ 8
lO
•Q)
o.
~
, 6
ENFOCANDO CONCEITOS ~ 4
3. Para a força variável F(x) do Exercício 2. considere a dis- "'g
:!2
2
tância d para a qual o trabalho realizado pela força sobre a
~ 0 oLL..ww...J....J6w...J....J9-'-J.....L--'-J.:>1
panícula quando esta se move de x =O até x = d é a metade 3 t2 15
do trabalho realizado quando a partícula se move de x = O Tempo t Cs) Figura Ex-6
até x =S. Examinando o gráfico de F. decida sed é maior ou
menor do que 2.5. Explique seu mciocínio c então obtenha
o valor exato de d. 7. Uma força constante de lO lb no sentido positivo do eixo x é
aplicada a uma panícula cuja curva velocidade versus tempo
4. Suponha que uma força variável Ff.cr) seja aplicada no senti- está dada na figura a seguir. Encontre o trabalho realizado pela
do positivo do eixo x. de tal forma que um objeto é movido força sobre a partícula do instante 1 =O até 1 = 5.
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 489
--
~
..."'"a.'
5
4 I
(a) Se ela for preenchida até 30 em abaixo do topo. qual é o
trabal ho necessário para bombear toda água para dentro de
.,"
"O
3
2
I
I um ralo em sua beirada?
{b) Um motor de I cavalo de potência pode real izar 748 J/s.
"' o
:!2 Qual é a potllncia necessária para um motor esvaziar a pis-
.,g o t 2 3 4 5
cina em I h?
> Tempo t(s) Figun• Ex-7
18. Quanto trabalho é necessário para encher a piscina do Exercí-
8. Uma mola cujo tamanho natural é de I 5 em exerce uma força cio 17 até o nível de 30 em abaixo do topo. se a água for bom-
de 45 N. quando esticada até um comprimento de 20 em . bcad:• para dentro através de uma abertura locali zada no fundo
(a) Encontre a constante da mola (em N/m). da piscina?
(b) Encomre o tmbalho realizado ao esticar a mola 3 em além 19. Uma corrente de aço com 100 pés de comprimento e pesando
de seu tamanho natural. 15 lb/pé está pendente por uma polia. Qual é o trabalho neces-
(c) Encon tre o traba lho realizado ao esticar a mola de 20 sário para içar a corrente pela polia?
para 25 em.
20. Um balde de I ,5 kg contendo IO kg de água est<Í pendurado
9. Uma mola exerce urna força de 100 N. quando esticada por 0,2 na ponta de uma corda de 7 111 que pesa 50 gim. A outra extre-
m além de seu comprimento natural. Qual é o trabalho necessá- midade da corda cst{l presa em uma roldana. Qual c! o trabalho
rio pa111esticar a mola 0.8 m além de seo comprimento natural? requerido para içar toda a corda para cima. enrolando-a na rol-
10. Suponha que se requeirn uma força de 6 N para comprimir uma dana. se a corda for içada a urna taxa de 0.7 m/s e se. enquanto
mola de seu com primemo natural de 4 m para 3.5 m. Encontre o balde for içado. a água vaza do balde a uma taxa de 250 g/s?
o trabalho necessário para comprimir a mola de seu compri- 21. Um foguete pesando 3 toneladas cam~ga 40 toneladas de com-
mento natural para 2m. (A lei de Hookc se aplica também para bustível líquido. No início do vôo. o combustível é queimado a
as compressões.) uma taxa constante de 2 toneladas para cada 1.000 pés de altura
11. Suponha que um trabalho de IOpés-lb seja necessário para es- vertical. Qual é o trabalho feit o para elevar o foguete a uma
ticar urna mola I pé. além de seu comprimento natural. Qual é al rura de 3.000 pés?
a constante da mola? 22. Tem-se. a partir da lei de Cou lomb da Física. que duas cargas
12. Um tanque cilíndrico com raio de 5 me altura de 9 m tem 2/3 eletrostáticas iguais repelem-se entre si com uma força inver-
cheios de água. Encomrc o trabalho necessário para bombear samente proporcional ao quadrado da distância entre elas. Su-
toda água por cima da borda superior do tanque. ponha que duas cargas A c 8 repelem-se com uma força de k
N. quando localizadas nos pontos A (-a. O) e 8 (a. 0). onde a
13. Resolva o Exercício 12, supondo que o tanque tem 2/3 cheios
está medido em metros. Encontre o trabalho IV necessário para
de um líquido que pesa p kg/m3•
mover a carga A ao longo do eixo x até a origem. se a carga B
14. Um reservatório de água. com a forma de um cone. tem 6 m de ficar onde está.
diâmetro no topo c 4.5 m de profundidade. Se ele estiver cheio
até uma profundidade de 3 m. qual é o trabal ho necessário para
23. A Física tem por lei que a força gravitacional exercida pela Ter-
ra sobre um objeto vari a com o inverso do quadrado de sua dis-
bombear toda água até o topo do reservatório?
tância ao centro da Tc tTa. Assim. o peso w~r) de um objeto está
15. O tanque na Figura Ex-15 tem água até uma profundidade de relacionado com sua distância .r do centro da Terra por uma
2 m. Encontre o traba lho necessário para bombear toda a água fórmula do tipo
até o topo do tanque. [Use 98 1O N/m3 como a densidade do
k
peso da água.] w(x) = 2
X
16. Um wnquc cilíndrico, mostrado na Figura Ex- 16, est.á cheio
com um líquido pesando 50 lb/pc!'. Encontre o trabalho neces- onde k é uma consta me de proporcionalidade que depende da
sário para bombear todo o líqu ido a um nível de I pé acima do massa do objeto.
tOpo do tanque. (a) Use esse fato c a hipótese de que a 'ferra seja uma esfera
~
com um raio de 4.000 milhas para obter a fórmula w(x)
usada no Exemplo 4.
10 pés
(b) Encontre uma fórmula para peso w(.r) de um satél ite que
estr. a x milhas da supcriTcie da Terra , se seu peso na Terra
for de 6.000 lb.
(c) Qual é o trabalho necessário para elevar o satélite da su-
perlicic da Terra até uma posição orbital a I .000 milhas de
4 pés ahunt?
Figura Ex-15 Figura Ex-16 24. (a) A fórmula w(x) = klx;! do Exercício 23 é aplicável a todos
os corpos celestes. Supondo que a L ua seja uma esfera com
17. Uma piscina é construída na forma de um paralelepípedo re- um raio de 1.080 milhas. encontre a força que ela exerce
tangular com 3 m de profundidade. 4.5 m de largura e 6 m de sobre um astronauta que está x milhas acima de sua super-
comprimento. ITcie se seu peso na superfície da Lua for de 20 lb.
490 Cálculo
(b) Qual é o trabalho necessário para elevar o astronauta mé 2,00 x lOs m. com uma força constan te de 2.00 x 105 N no
um pomo a I 0.8 milhas acima da supcrfíce da Lua? sentido do movimemo. Use a relação energia-trabalho para en-
contrar a velocidade final da sonda.
25. O MAGLEV. o primeiro trem comercial magnético de alia ve-
locidade do mundo, começou suas atividades nonnais em 2003, 27. Em I Ode agosto de 1972. um meteorito com uma massa es-
em um projeto de linha dupla de 30 km ligando Xangai , na timada de 4 x 106 kg c uma velocidade de aproximadamente
China. ao Aeropono Internacional de Pudong. Suponha que o 15 km/s cruzou a atmosfera acima dos Estados Unidos e do
MAGLEV tenha uma massa de m = 4.00 x 105 kg e que. co- Canadá. mas felizmente não atingiu a Terra.
meçando no instante em que o trem desenvolve uma velocidade (a) Supondo que ele tivesse atingido a Terra com uma veloci-
de 20 mls. o motor aplique uma força de 6.40 x 105 N no sen- dade de 15 km/s. qual seria sua variação de energia cinéti-
tido do movimento ao longo de uma distância de 3.00 x 103 ca em joules (J)'?
m. Use a relação energia-trabalho (5) para obter a velocidade
(b) Expresse a energia como um múltiplo da energia explosiva
final do trem.
,
. de I megaton de TNT. que<! de 4,2 x I O'' J.
26. Suponha que uma sonda para Marte de massa 111 = 2,00 x lO kg (c) A energia associada à bomba atômica de Hiroshima foi de
esteja sujeita apenas à força de seu próprio mecanismo. A par- I 3 kil otons de TNT. A quantas bombas como essa equiva-
= 4
tir do instante C lll que sua velocidade é u I ,00 X I 0 m/s, leria o impacto do meteorito?
o mecani smo é acionado corninumnente por uma distância de
• O QUE É UM FLUIDO?
Um fluido é uma substância que se ajusta aos contornos de qualquer recipiente no qual é co-
locado. O termo fluido inclui líquidos, tais como água, petróleo e mercúrio, bem corno gases,
como hélio, oxigênio e ar. O estudo dos tluidos se enquadra em duas categorias: estática dos
fluidos (estudo dos fluidos em repouso) e dinâmica dos fluidos (estudo dos t1uidos em movi-
mento). Nesta seção trataremos somente de estática dos tluidos; posteriorrneme, perto do final
do livro, investigaremos problemas de dinâmica dos tluidos.
• O CONCEITO DE PRESSÃO
O efeito de uma força sobre um obj eto depende de corno ela se espalha sobre a superfície dele.
Por exemplo, andando na neve com botas. o peso de nosso corpo esmaga a neve e afundamos.
Porém, se pusermos um par de esquis, nosso peso se espalhará em uma área de superfície
maior e seremos capazes de deslizar sobre a superfície. O conceilo que leva em conta tanto a
magnitude da força quanto a área sobre a qual é aplicada é chamado de pressão.
7.8.1 m .;n NIÇÃO Se uma força de magni tude F for aplicada a uma superfície de área A,
então definimos a pressão P exercida pela força sobre a supcrlicic corno sendo
F
P= - ( I)
A
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometr ia, nas Ciências e na Engenharia 491
Segue dessa definição que as unidades de pressão são força por unidade de área. As
unidades mais comuns de pressão são ncwtons por metro quadrado (N/m2) e libras por pole-
2
gada quadrada (lb/pol ) ou libras por pé quadrado (lb/pd2) no sistema BE. Conforme indica-
do na Tabela 7 .8.1, 1 newton por metro quadrado é chamado de pasca/ (Pa). Uma pressão de
2
I Pa é bem pequena (1 Pa = 1,45 x JO_. Ib/pol ); portanto, é comum usar kilo-pascal (kPa},
que vale I 000 Pa.
Tabela 7.8.1
SISTI'~\IA FORÇA + ÁRP.A - I'RF.SSÁO
I'ATORF$ DE CONVERSÃO:
t Pa ~ 1,45 X Io·• lb/pol2 ~ 2,09 x 10"2 tbipé
t tb/pol2 u 6.89 x 10~ Pa I lbipé 2 ., 47.9 P:o
.,.. Exemplo 1 Referindo-se à Figura 7.8.1, suponha que as costas da mão da nadadora têm
3 2 4
uma área de superfície de 8,4 x 10- m e que a pressão agindo sobre ela seja de 5, I x 10 Pa
(um valor realista próximo do fundo de uma piscina). Encontre a força que age sobre a mão
t da nadadora.
Blnise Puscul (1623·1662) Matemático e cientista fxan- até a morte. sofreu de dores constantes. Porém, S\ta cri ativida-
cês. A mãe de Pascal morreu quando ele tinha três anos de nunca foi afetada.
de idade e seu pai, um magistrado allamente instru ído. As contribuições de Pascal para a Física incluem :1descoberta
cuidou pessoalmente dos estudos iniciais do rapaz. Em- de que a pressão do ar decresce com a altitude e o p1incípio da
bora Pascal mostrasse uma inc linação para a Ciência pressão dos nuidos que leva seu nome. No entanto, a originalida-
e a Matemática, seu pai recusou-se a ensiná-lo essas de de seu trabalho é questionada por alguns historiadores. Pascal
matérias aré que dominasse latim e grego. A irmã de Pascal, deu grandes contribuições ao ramo da Matemática chamado "Ge-
sua principal biógrafa. afirma que ele descobriu sozinho as 32 ometria Projetiva". e ajudou a desenvolver a teoria de Probabili-
primeiras proposições de Euclides, sem jamais ter lido um li - dades através de uma süie de cartas para Fennat.
vro de Geometria. (Porém. é geralmente aceito que tal história Em 1646, os problemas de saúde de Pascal causaram-lhe
é apócrifa.) Não obstante. o precoce Pascal publicou um ensaio uma profunda crise emocional que o levou a !ornar-se cada vez
allamcnlc respeitável sobre seções cônicas. quando tinha 16 mais interessado em assuntos religiosos. Embora católico de
anos de idade. Descartes. lendo o ensaio. considerou-o tão bri- nascimento. converteu-se a uma doutrina religiosa chamada
lhante que não podia acreditar ter sido escrito por um rapaz tão janscnismo e gastou a maior parte de seus últimos anos escre-
jovem. Quando tinha 18 anos. sua saúde começou a esvair-se e. vendo sobre religião c filosofia.
492 Cálculo
• PRESSÃO DE FLUIDO
Para calcular pressões e forças de fluidos, precisamos fazer uso de urna observação experi-
mental. Suponha que uma superfície plana de área A esteja submersa em um fluido homogê-
neo de densidade de peso p de tal maneira que toda a superfície se encontre entre as profun-
didades h, c 112 , onde h , < h2 (Figura 7.8.2). Os experimen tos mostram que o fluido exerce em
ambos os lados da superfície uma força que é perpendicular à superiTcie e cuja magnitude F
satisfaz as desigualdades
(4)
Assim, segue de (I) que a pressão P =FIA em um dado lado da supcrffcic satisfaz a~ desi-
gualdades
1<igura 7.8.2
(5)
Observe que agora é imediato calcular a força c a pressão ele um fluido em urna superfície
plana que está submersa horizontalmente a uma profundidade h, pois então lt =h, = h2 c as
desigualdades (4) e (5) tornam-se as igua1dades
F = phA (6)
e
p = ph (7)
/ c ,-
/ .,.. Exemplo 2 Encontre a pressão c a força do fluido no topo de uma placa circular plana,
com raio de 2m, submersa horizontalmente na água a uma profundidade de 6 m (Figura 7.8.3).
F 6m
v --t--+
.2m_ / Solução Como o peso específico da água é p = 981 O N/m3, tem-se a partir de (7) que a
pressão do fluido é
P = ph = (98 10)(6) = 58.860 Pa
A pcessl!o vezes a área é a
força do fluido. e a partir de (6) que a força do flujdo é
?
Figura 7.8.3 F= phA = ph(J!'r·) = (9810)(6)(4.ll') = 235.4401l' ~ 739.700 N ..,.
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometr ia, nas Ciências e na Engenharia 493
(/ 7.~.2 PROBLEMA Suponha que uma superfíci e pl ana esteja imersa verticalmente em
h(,t)
um fluido com peso específico p, e que a parte submersa da superfície se estenda de
___ _u::.•~
(.r!)..- -4 1 x =a até x = b. ao l ongo da parte positi va do ei xo x (Fi gura 7.8.4a). Para a < x < b, sej a
w(x) a ex tensão da superfície c h(x) a profundi dade do ponto x. D efina o que entende-
b mos por f orça do fluido F sobre a superfíci e c encontre uma fórmul a para calculá- la.
(a)
A i déia básica para resol ver esse problema é di vidir a superfície em faixas horizon tais
cujas <h eas possam ser aproximadas por áreas de retângulos. Essas aproximações de áreas,
j unto com as desigualdades (4), nos per mi tirão cr.iar uma soma de Riemann que aproxime a
força total na superfície. Tomando um limite de somas de Ri emann, obteremos uma integral
• para F.
•
Para impl ementar essa idéia, dividimos o in tervalo [a, b] em 11 subintervalos inser indo
os pontos x., x2, . .. , Xn -1 entre a = xo e b = X11 • Isso tem o efeito de dividir a supertleie em
11 faixas com áreas Ak, k= 1, 2, ... , 11 (Figura 7.8.4b). Segue de (4) que a força Ft na k-ésima
(b) faixa satisfaz as desigual dades
ph(Xk-I)At < Ft < ph(Xt)At
ou, equivalentemente,
b
w<4>
Como a função profundidade h(x) cresce linearmente, deve existir algum pomo x; entre Xk- t
e xk tal que
(c)
Figura 7.8.4
ou, equi valentemente,
A gora aproxi mamos a <1rea Ak da k-ésima fa ixa da super llcie pela área de um retângul o de
l argura w(xk) e altura t:.xk = xk - Xt - I (Figura 7 .8.4c). Segue que Fk pode ser aproximado
por
Somando essas aproximações, obtemos a seguinte sorna de Ri emann, que aprox ima a força
total F sobre a superfície:
11 11
F =L Ft ~ L pll (x;)w(x;)t:.xk
k= l k= l
Tomando o limi te quando n cresce c a ex tensão dos subinterval os tende a zero, obtemos a
integral definida
F = lim
l1l3.X â..T.t ...... o
t
k=l
plr(x;>w(x;)t:.xk = 1'
(I
ph(x)w(x)dx
7.8.3 l>Et'INIÇÃO Suponha que uma superfície plana esteja imersa verticalmente em
um fluido com peso específico p, e que a par1e submersa da superfície se estenda de x = a
até x = b ao longo de um eixo x cujo sentido positivo seja para baixo (Figura 7 .8.4a). Para
a < x < b, suponha que w(x ) seja a ex tensão da superfície e que lr(x) seja a profundidade
do ponto x. Então definimos a força do fluido F sobre a superfície por
F = 1b
{I
p lr (x)w(x) dx (8)
~ Exemplo 3 A face de um dique é um retângulo vertical com altura de 100 pés e exten-
são ele 200 pés (Figura 7.8.5a). Encontre a força total que o fluido exerce sobre a face, quando
a superfície da água está no nivel do topo do dique.
(a)
Solução Introduzimos um eixo x com origem na superllcie ela água, conforme mostra a
lt(.r) { .0r-------
••
-----
Figura 7.8.5b. Em um ponto x sobre esse eixo, a extensão do dique é w(x) = 200 pés e a pro-
= =
fundidade h(x) x pés. Assim, a partir de (8) com p 62,4 lb/pé (peso específico da água),
----
- - - W(.\1" 2()0
obtemos como força total sobre a face
IOOr----_j 1'00 x dx
Figura 7 .8.5
( b)
F=
1
0
1()()
(62,4)(x)(200) dx = 12.480
0
2] 100
= 12.480 :_ = 62.400.000 lb ~
2 o
..,. Exemplo 4 Urna placa com o forma1o de lriângulo isósceles, com base de 10 pés e al-
tura de 4 pés, é imersa verticalmente em óleo de máquina, conforme mostra a Figura 7.8.6a.
Encontre a força F que o fluido exerce sobre a superllcie da placa se o peso específico do óleo
for p = 30 lb/péJ
T
4 pés
.i Solução Vamos imroduzir um eixo x, conforme mostra a Figura 7.8.6b. Por semelhança ele
I+-- I o pés;- -->1•1 triângulos, a extensão da placa, em pés, a uma profundidade /r(x) = (3 + x) pés, sati sfaz
(a) w(x) x
= - logo
10 4.
+-- 10 --~
x-
4
- F = [ ' ph(x)w(x) dx = 1 4
(30)(3 + x) Gx) dx
4 3 :r?- ]4
~
( ú) 2 r ·'•
= 751 (3x + x ) dx = 75 [ ....::.... + ::.:. . = 3400 lb
Figur a 7.8.6 o 2 3 o
I. A unidade de pressão equivalente a I newton por metro quadra- 3. Suponha que uma superfície plana es1eja imersa ven icalmente
do (Nfm2) (!chamada de . A unidade de pressão psi em um nu ido de peso específico peque a pane submersa da
significa _ _ __ superfície se cs1enda de x =a nté x = ú ao longo de um eixo x,
2. Dado q ue o peso específico da água é 9.810 Nfm3, a pressão cujo sentido positivo é para bai xo. Se. para aS: x S: b. a super-
de nuido em uma lâmina retangular de 2 por3 m que está sub- fície tiver largura w(x) c profund idade /r(x). então a força de
Huido na superfície é F= _ _ __
mersa horizontalmente na água a uma profundidade de l O m é
de . A força do nu ido na placa é de _ _ __
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 495
4. Uma lâmina rerangular com 2 m de largura por 3 m de ahura para a força da água sobre a superfTcie plana é F= _ _ __
está submersa venicalmcntc em :ígua de tal modo que seu topo O valor dessa integral é _ _ __
est<í a 5 m abaixo da superlicie da água. Uma expressão i ntegral
•
EXERCJCJOS 7.8
3. -· -,-r-··._...... ,. .
~--~-~-
~·
. .... o....... o o 00 o· ~ 000 " .
4 pésr-~~~6:;;pé:s:s.--~
4 pés 8pés
S.
·o···· 6. l-4 pés-!
4 pés 4 pés
14. Por quantos pés devemos baixar a água da piscina do Exercício
Sm tOm
16 pés
Figura Ex-15
9. Suponha que uma superfície plana esteja imersa venicalmente
em um fluido de peso específico p. Dobrando-se p. dobra tam- 16. Uma janela de observação em um submarino é um quadrado
bém a força sobre a superfície? Explique seu raciocínio. com 2 pés de lado. Usando p0 como o peso específico da água
10. Um tanque de óleo tem a forma de um cilindro circular reto, do mar. encomre a força exercida pelo Huido sobre a janela
com 4 pés de diâmetro. Encontre a força total do fluido sobre quando o submarino estiver submerso de tal forma que aja-
um extremo. quando o eixo é horizontal c o tanque está cheio nela esteja vertical e seu topo se encontre a uma profundida-
até a metade com um óleo de peso específico de 50 l blpés3 • de de h pés.
496 Cálculo
1. pascal : libras por polegada quadrada (sigla em inglês) 2. 98.100 Pa: 588.600 N 3. 1" plr (x)w(x) <lx
(3
4. lo 98 10[(5 + x)2) dx; 382,590 N
Essas funções são suficientemente importantes para que haja nomes c notações associados a
elas: a função ímpar é chamada de seno hiperbólico de x c a par, cosseno hiperbólico de x.
Elas são denotadas por
Dessas duas pedras fundamentais podemos criar mais quatro funções e obter o seguinte con-
j unto de seis fun ções hiperb6licas :
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 497
7.9.1 l>EFINIÇÕES
e·•· - e-x
Seno hiperbólico senh x =
2
e'+ e-x
Cosseno hiperbólico cosh x = --::--
2
senh x e' - e-•
Tangente hiperbólica tghx = - - -
cosh x eX + e-·•
Cotangente hiperbólica
cosh x
cotgh x = --,--
e' + e- x
senil x e·• - e-·•
I 2
Secante hiperbólica sech x = --,--
cosh x e·• + e- ·'
2
Cossecante hiperbálica cossech x = -.,.--
senh x
y = a cosh (~) +c
498 Cálculo
------
l'
.
={ex ,.,
... .r
_..,..,~
-- - - - - - -·
-I
X X
(d ) (e) (f)
."
y = t• co1_h (x/a)+ ç Figura 7.9. 1
• IDENTIDADES HIPERBÓLICAS
As funções hiperbólicas satisfazem várias idenlidades similares àquelas das funções trigono-
F igura 7.9.2 métricas. A mais fundamental delas é
2 •
cosh x-senh·x= I ( I)
2 2
cosh x- scnh x = (cosh x +senhx)(cosh x - scnhx)
O utras identidades hiperbólicas podem ser deduzidas de modo semelhante ou, alter-
nalivamente, executando operações algébricas nas iderll idades conhecidas. Por exemplo, se
2
dividirmos (1) por cosh x, obteremos
2
e se dividirmos ( I ) por senh x, obleremos
.
cotgh- x- I = cossech-' x
O teorema a seguir resume algumas das identidades hiperbólicas mais ú1cis. As provas
que ainda oão foram feilas serão dei xadas como exercício.
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 499
7.9.2 TE0Rt:I\IA
(a)
• FÓRMULAS PARA AS DERIVADAS E AS INTEGRAIS
As fórmulas para as derivadas de senh x e cosh x podem ser obtidas expressando-se estas
funções em termos de e' e e-·':
d
-[senh x] = -
d [é.-e-x] = e" + e-.v = cosh x
dx dx 2 2
d d
-[cosh x] = -
[ex +e-x]= e·'·- e-x = senh x
dx dx 2 2
A s derivadas das funções hiperbólicas restantes podem ser obtidas expressando-as em termos
(b) desenh e cosh, e aplicando-se as identidades apropriadas. Por exemplo:
Figura 7.9.3 d d
d d [scnhx] cosh x -: [scnh xl - senhx-:[coshx)
-[tohx) =_ = dx
2
dx
dx e dx coshx eosh x
cosh 2 x - senh2 x I 2
- - --:::--2
- - - 2
= scch x
cosh x cosh x
O teorema a seguir fornece uma lista cornplera de fórmu las de derivação e de integração para
as funções hiperbólicas.
500 Cálculo
7.9.3 n:ORK~A
d
-[senh 11] = cosb u -
dx
du
dx
f cosh 11 dtt = senh 11 +C
d du
dx [cosh 11] = senh 11 dx f scnh 11 d11 = cosh 11 +C
d ? du
-[tgh 11] = secb-u-
dx dx
f scch 2 11 d11 = tgh 11 +C
d du
-[cotgh 11] = -cossech2 u -
dx dx
f cosscch2 11 du = - cotgh 11 +C
d
-(sech11] = -sech utghu-
dx ~
du
dx
f sech 11 tgh 11 du = - sech 11 +C
d tltt
- [cossech 11) = - cossech u cotgh u -
dx dx
f cosscch 11 cotgh 11 d11 = -cossech u + C
.,. Exemplo2
2
d l I d ( )
-[ln(tghx) =--:- · -tghx = sech x ~
dx tghx dx tghx
.,. Exemplo 3
senhx
f tghxdx =
- f coshx
dx
'' = cosh x
=In [coshxl +C tlll = :,cnh :c J.r
= ln(cosh x) + C
Como c os h x >O para todo x, estamos autorizados a ahoiir os sinais de valor absoluto. ~
.,. Exemplo 4 Um cabo de 100 pés está preso pelas pontas no alto de dois postes de 50
pés posicionados a 90 pés de distância (Figura 7.9.4). A que altura aci ma do solo está o ponto
.r = a cosh (:a!:.) + c médio do cabo?
50 Solução Pelo que vimos acima, o cabo forma urna catenária de equação
40
y = a cosh (:, ) +c
20
lO onde a origem está no solo a meio caminho entre os dois postes. Usando a Fórmula (4) da
- 45 45
Seção 7.4 para o comprimento da catenária, temos
Figura 7.9.4 45
dy)2dx
100 =
1- 45
I+ - (dx
45
dy)2dx
=2
1 o
45
I + (-
dx
Por ~inldria
pelo eixo .r
=2
1 o
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometr ia, nas Ciências e na Engenharia 501
(~) dx
5
I'Or ( I)C J>Or
= 2{ cosh eo~h .o >O
r ]~ = 2a senh (45)
5
= 2A senh (~) -;
0
100 = 2a senh ( ~)
em a obtemos a~ 56,0 1. Então
- li li
I I
I I
I I
I I
I• .
I
,. ,.
"
X X
- 11 11
I I
I I
I I
I
I
Iy = are cotgh x I I
y = are cossech x I
Figura 7.9.6
502 Cálc ulo
Tabela 7.9.1
1~:->ÇÀ() IXlMÍNIO IMAGI;.\1 Mhi.AÇÚI~~ IIÁSICAS
7.9.4 TEOREMA As seguimes relações valem para todo x do domínio das funções h i·
perbólicas inversas dadas.
are tgh x = -l In (l + x )
2 1- x
are cotgh x = IIn (X+ I)
2
x _
1
Vamos mostrar como deduzir a primeira fórmula desse teorema, deixando as restantes como
exercfcio. A idéia básica é escrever a equação x = senh y em termos de funções exponenciais,
c resolvê-la para y como uma função de x. Isso irá produzir a equação y = are senh x, em que
are senh x está expressa em termos de logaritmos naLUrais. Expressando x = senh y em lermos
de cxponencias, obtemos
e-"- e-Y
x = senh y = - - -
2
a qual pode ser reescrita como
·= o
e·,. - 2x-e _,.
Multiplicando essa equação por e 1 , obtemos
e2>' - 2xeY - I = O
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 503
Uma vez que e Y>O, a solução envolvendo o sinal menos deve ser descanada. Assim,
.,.. ExemploS
2
:1 ~ O 5493
'
<111
Esse cálculo leva a duas fórmulas de integração: a que envolve are scnh x c uma fórmula
equivalente envolvendo logaritmos:
dx
f Jx +
---r=== =are senh x +C= ln(x +
2 1
/x2+ I )+ C
Os dois teoremas a seguir dão uma lista das fórmulas de derivação e das correspon-
dentes fórmulas de integração para as funções hiperbólicas inversas. Algumas das provas
aparecem como exercícios.
d I du d du
-(are senh u) = - -d (are cotgh u) = -:-----,;-- lul > I
dx J1 + 11 2 dx x I - u2 dx'
d I dtr d I du
-(are cosh u) = - . 11 > I -(are sech u) = - - O< 11 < 1
dx J 11z _ 1 dx dx uJ1 _ 11 2 dx
d I du d I du
dx (are tgh 11) =
1
_ dx. )ui < I - (are cossceh 11) =- -d 11 i: O
112 dX f11fJI+II2 X
504 Cálc ulo
f Jaz + 112
11
-;.=:d=u==:= = are senh ( ) +C ou ln(u + J u 2 + a2) +C
a
11
fJ -;.=:d=u==:= = are eosh (
11 z _ 02 a
) + C ou ln (u + Ju 2 - a2) +C. u >a
dx J
.,. Exemplo6 Calcule
f J 4x 2 - 9
, X>-
2
f dx
J 4x2 _ 9 =2
l f 2dx
J 4x2 _ 9 =2
I f J
dtt
11 2 _ 32
~ ln(2x + J4x2 -
f J4x2- dx
9
=
2
9) +C ..,.
1. cosh x = scnh x = - -- d d
tgh x= _ _ __ 4. - lcosh x'l = - - - - - (seniLI'] = ____
dx dx
2. Complete a tahela. d
dx[tgh..rj =---
cotgh x sech x cossech x
DOMfNIO
coshx scnhx tgh X
S. f coshxdx = - - - f senh xdx = _ __
IMAGF-11.1
f tghxdx = _ __
3. As equações paramétricas
d d
x=cosht, y=scnhr (-oo <r< +oo) 6. - [are cosh x] = ___ -[are senh .r] = - - - -
dx dx
representam o lado direito de uma curva chamada _ __ _ d
Eliminando o parâmetro, a equação dessa c urva é dada por -[are tgh x] = ----
dx
Capítulo 7 I Aplicações da Integral Definida na Geometria, nas Ciências e na Engenharia 505
1-2 Aproxime a expressão até quatro casas decimais. 31-46 Calcule as integrais.
1. (a) senh 3
(d) are scnh (-2)
(b) cosh (-2)
(c) are cosh 3
(c) tgh (In 4)
(I) are tgh ~
31. f senh6 x cosh x dx 32. f cosh(2x- 3)dx
17. )'=i lgh1 (,/X) 18. y = senh (cos 3x) 51. Encontre o volume do sólido gerado quàndo a n:gião limitada
por y = cosh 2.1·. y = senh 2r, x = O ex= 5 gira em torno do
19. y = are senh (Jx) 20. y = are senh ( 1/x) eixo x.
21. y = In (are coshx) 22. y = are cosh (are senh x) E] 52. Aproxime o valor positivo da constante a de tal modo que a
I
23. y=
are tgh x
24. )' = (are cotgh xr• área englobada por y = cosh ax. y = O. x"' O c x"' I seja de 2
unidades de áre:t. Expresse sua resposta com pelo menos c inco
25. y =are cosh (cosh x) 26. y =are senh (tgh x) casas decimais.
27. y = é' are sech Jx 28. y = (I + x are cossech x) lO 53. Encontre o comprimento de arco da catenária y = cosh x entre
@) 29. Use um CAS para encontrar as derivadas do Exemplo 2. Se a
x=Oex= In 2.
resposta produzida pelo CAS não estiver de acordo com a do 54. Encontre o compri mento de arco da catenária y = a cosh(xla)
li vro. então use identidades apropriadas para mostrar que elas entre x =O ex =x, (x, > 0).
são equivalentes.
55. Nas panes (a) a (f). encontre os limites c confirme que estão de
@) 30. Para cada uma das derivadas obtidas nos Exercícios 9 a 28. acordo com os gráficos nas Figuras 7.9.1 e 7.9.6.
use um CAS para veri ficar sua respOsta. Se a resposta obtida
lim scn h x
(a) x .-.+z lim .., senh x
(b) , __
pelo CAS não estiver de acordo com a sua, mostre que elas
são equivalentes.
506 Cálculo
(c) lim U!h X (d) lirn tgh x 67. As fórmulas de integração para I I .Jul - a2 no Teorema 7.9.6
x-+?C ..... :r- ~
são válidas para 11 >a. Mostre que a fórmula a seguir é válida
(c) lim are senh x (f) lirn are tgh x para 11 <-a:
.r- +oc
·' - ·-
fJ
11
ENFOCANDO CONCEITOS du = - are cosh (- ) +C ou In lu + /11 2 - u 2 1+C
11 2 _ 11 2 a
56. Explique corno podem ser obtidas as assíntotas para y = tgh x
a par1ir das assíntotas curvilíneas de y = cosh x e y = senh x. 68. M ostre que (senh x + cosh x)" = senh 11x + cosh 11x.
57. Prove que senh x é uma função par de x. que cosh x é uma 69. M ostre que
função ímpar de x e verilique que isso é consistente com os
grálicos na Figura 7.9.1. l -a
a e'x dx = 2 senh ar
1
60. Prove: E3 71. Supondo que os postes estejam a 400 pés de distância e que
(a) are cosh x = ln(x + ../x 2 - I ). x > 1 a flecha no cabo seja de 30 pés, aproxime o comprimento do
cabo aproximando a. Expresse sua resposta final ;rtc5 o décimo
(b) are tgh x= !2 In ( + x), - I
1
I -x
< x< I de pc5 mais próx imo. [Sugesuio: Faça primeiro 11 200/a.] =
61. Use o Exercício 60 para obter as fórmulas de derivação para E3 72. Supondo que o cabo tenha 120 pés de comprimento e que os
are c os h x e are tgh x. postes estejam a I 00 pés de distância, aproxime a necha no
cabo aproximando a. Expresse sua resposta final nté o décimo
62. Prove: de pé mais próximo. [S11gesuio: Faça primeiro 11 =50/a.]
are scch x = are eosh ( 1/x). O<x$1
E373. O projeto do Gateway Arch em St. Louis. Missou ri. foi ela-
are eotgh x =are tgh (I/..r). lxl > I borado pelo arquiteto Eero Saarinan e implementado usando
are eossceh x =are scnh ( 1/x). x=O as equações fornecidas pelo Dr. Hannskarl B:rdcl. A s eq uações
63. Use o Exercício 62 para expressar a integral usadas para curva central do arco foram
du
estiver girando. Seja r a distância do o~jeto ao pomo pivô no entre ela e o eixo y tem comprimento constante a. Pode-se pro-
instante 1 2: Oc suponha que. quando 1 = O. o objeto esteja em var que a equação dessa tractriz. é
repouso c r = O. Pode-se mostrar que. se o tubo estiver na hori- ~-
-
zontal em 1 =O c eirando conforme a figura.
~
então y =a are sech :.... - Ja2 - x2
{/
r = g, [senh(wl) - sen(wl)] (a) Mostre que. para mover a proa do barco até um ponto (x, y),
2w- a pessoa precisa andar uma distância de
durante o período em que o objeto estiver no tubo. Suponha que X
D = a are scch -
2
=
1 esteja em segundos. r em metros. g 9.8 m/s e w = 2 rad/s. a
(a) Faça o gráfico de r versus t para O< t < I. da origem.
(b) Supondo que o tubo tenha um compri memo de I m. (b) Se a corda tiver um comprimento de 15m. quanto a pessoa
aproximadamente quanto tempo o objeto levará para precisam andar a panir da origem. para trazer o barco a I Om
atingir o final do tubo'! do cais? Arredonde sua resposta para duas casas decimais.
(c) Encontre a distância percorrida peh1 proa ao longo da
(c) Use o resultado de (b) para aproximar drld1. no momento
tractri z, qu:mdo ela se move de sua posição inicial para
em que o obj eto atingir o fim do tubo.
um ponto que está a 5 m do cais.
.r
Figura Ex-74
75. A figura ao lado mostra uma pessoa puxando um barco por uma
corda de comprimento a amarrada na proa c andando na bei -
rada de um cais. Supondo que a corda estej a sempre tangente •••
à curva traçada pela proa, então essa curva. que é chamada de Cais (fi. O) Posiçao
trttctriz, tem a propriedade de que o segmento da reta tangente inicial Figura E!~:-75
1. .• .
2 2 ' e• + e-·•
2.
cosh x senhx tghx cotgh x sechx cossech x
DOMINIO (-oo. +oo) ( -oo. +oo) (-oo. +oo) (-oo. 0) V (0. +oo) ( -oo. +oo) ( -oo, 0) V (0. +oo)
IMAGb\>f ll .+oo) ( -oo, +oo) (- 1, I ) (-oo. -I) V (1, +oo) (0, I ] ( -oo. O) V (0, +oo)
3. hipérbol e unitária;:!' -l =I 4. senh x; cosh x; sech\ 5. scnh x +C; cosh x +C; In (cosh x) +C
6.
l. Descreva o método do fatiamcnto para encontrar volumes e 4. Enunci e uma fórmula integral para o trabalho W realizado por
use-o para deduzir uma fórmu la integral para obter volumes uma força variável F(x) aplicada na direção c no sentido de
pelo método dos discos. movimento de um obj eto que se desloca de x = a para x b e =
use somas de Ricmann para derivar a fórmula dada.
2. Enuncie uma fórmula integral para encontrar um volume pelo
método das camadas cilíndricas e use somas de Riemann para 5. Enuncie uma fórmula imcgral para a força fluida F exercida
derivar a fórmula dada. sobre uma superfície plana venicalmentc submersa em um flui-
do de peso específico p e use somas de Riemann para derivar a
3. Enuncie uma fórmula integral paraencontrarocomprimentode
fónnula dada.
=
arco de uma curva lisa y f(x) acima de um interv-alo fa, b] e
use somas de Riemann para derivar a fórmula dada. 6. Seja R a região no primeiro quadrante delimitada por y=.l,
." = 2 + x ex =O. Em cada parte. monte. mas tuio calcule,
508 Cálculo
uma imegml ou uma soma de integmis que resolva o problema. 12. Considere a região englobada por y = are sen x, y = O e x I . =
(a) Encontre a ~rea de R por intcgraçflo em relação a x. Monte, mas não calcull'. uma integral que represente o volume.
do sól ido obtido quando a região gim em tomo do eixo x usando
(b) Encontre a área de R por integraç:1o em relação a y.
(a) discos: (b) camadas cilíndricas.
(c) Encontre o volume do sólido gerado quando R gira em tor-
no do eixo x. por integração ern relação a x. 13. Encomre o comprimento de arco no segundo quadrante da cur-
(d) Encontre o volume do sólido gerado quando R gira em tor- vaxw +yw· =4 dex=-8 ax=-1.
no do eixo x. por integração em relação a y. 14. Seja C a curva y = e' emre x = O e x = In 1O. Em cada pane.
(e) Encontre o volume do sólido gerado quando R gira em tor- monte. mas /l{io calcule. uma integral que resolva o problema.
no do eixo y. por integração em relação a x. (a) Encontre o comprimento de arco de C integrando em re-
(I) Encontre o volume do sólido gerJdo quando R gira em tor- lação a x.
no do eixo y. por integração em relação a y. (b) Encontre o comprimento de arco de C integrando em re-
(g) Encontre o volume do sólido gerado quando R gira em tor- laçao a y.
no da reta y = - 3. por integração em relação a x.
15. Encontre a área da superfície obtida quando a curva y =
(h) Encontre o volume do sólido gerado quando R gira em tor- J25 - x, 9 < x < 16 gira em torno do eixo .r.
no da reta x = 5, por integração em relaçao a x.
16. Seja C a curva 27x- i = Oentre y =Oc y = 2. Ern cada pane.
7. (a) Estabeleça urna soma de integrais definidas que represen- monte. mas não calcule, uma integral ou somas de integrais
te a área total entre as curvas y =f (x) c y = g(x) na figura que rcsol varn o problema.
abaixo.
(a) Encontre a área da superiTeie gerada quando C gira em tor-
(b) Encontre a área total delimitada por y =.r-' e y = x no inter- no do eixo x por integração em relação x.
valo 1'- 1, 2].
(b) Encontre a área da superfície gerada quando C gira em tor-
,. no do eixo y por integração em relação a y.
(c) Encontre a área da superfTcie gerada quando C gira em tor-
no da reta y = - 21>0r integração em relação a y.
17. Use o gráfico de f abaixo pam encontrar o valor m<!dio def no
intervalo [0. I 01.
11
,.
y= g(.r) f'igura Ex-7
5 .·:···· :····; .. .
~:····:····:·········:····:····:
23. Em cada pane, monte. mas não calcule, uma integral que resol- 10m
va o problema.
4 pés
(a) Encorure a força que um nuido exerce sobre o lado de
uma cai xa que tem base quadrada com ~ m de lado e está (a) (b)
cheia até uma profundidade de I m com líquido de peso
'Figuru Ex-23
específico p Nlm3•
24. M ostre que. para qualquer valor da constante a. a função y =
(b) Encontre a força exercida por um líquido de peso específi- senh (cLr) satisfaz a equação y" = azy.
co p lblpé3 sobre a superfície da placa vcnical mostrada na
pane (a) da Figura Ex-23. 25. Ern cada pane. prove a identidade
(c) Encontre a força exercida sobre um dique parabólico na (a) cosh 3x = 4 coshl x - 3 cosh x
pane (b) da Figura Ex-23. quando a água se estende até o
topo do dique.
(b) cosh ix = J4<cosh x + I)
(c) scnh ix = ± J4<cosh x- I)
•
c qa__-+P~--~í~~~--~uL-~1~~0·---- o t o
, ,
PRINCIPIOS DO CALCULO
DE INTEGRAIS
Assim çomo é fát il encon- m capítulos a·nteriores, obtivemos muitas fórmulas básicas de integração imedia·
trar a diferencial de uma lamente a partir das correspondentes fórmulas de diferenciação. Por exemplo,
certa quamidade, é difícil L!!::.CsabEmdo que a derivada de sen x é cos x, fomos capazes de deduzir que a integral
encomrar a imegral de 111110 de cos x é sen x. Subseqüentemente, expandimos nosso repertório de integração através
diferencial. Mais do que da introdução do método de substituição u. Esse método possibilitou Integrar muitas fun-
isso, às vezes nem podemos ções, através da transformação de integrandos não-conhecidos em conhecidos. Porém,
dizer com certeza se a in- só a substituição u não é suficiente para dar conta da grande variedade de integrais que
tegral de 11ma quam idade surgem nas aplicações. Logo, técnicas de integraçiio adicionais são ainda necessárias.
pode 011 não ser encontrada. Neste capítulo, discutiremos algumas dessas técnicas e forneceremos um procedimento
- Johann Bernoulli mais sistemático de abordagem de integrais não-conhecidas. Abordaremos mais aproxi-
Matemático mações numéricas de integrais definidas e exploraremos a idéia de integração em inter-
valos infinitos.
Foto: O conto mo de alguns estádios é elíptico. Veja-se, por exemplo, o teto aparentemente flutuante do complexo
esportivo Stade de France (ao norte de Paris, França, 011de o Brasil perdeu afinal da Copa do Mundo de 1998) .
Encontrar o comprimento de uma elipse envolve técnicas de integração numérica introduzidas 11este capítulo.
Nenhum desses três métodos é perfeito; por exemplo, os programas CAS freqüentemente
encontram integrais que não são capazes de integrar c produzem respostas que são, às vezes,
excessivamente complicadas; tabelas não são exaustivas c podem não incluir uma integral de
interesse; c os métodos de transformação dependem da engenhosidade humana, que pode não
ser adequada a problemas di fíceis.
Neste capítulo focalizaremos os métodos de transformação c as tabelas; assim, não
será necessário ter um CAS. Porém, se o leitor dispuser de um, poderá usá-lo para confirmar
os resultados dos exemplos, e há exercícios que são elaborados para ser resolvidos com um
CAS. Portanto, se o leitor dispuser de um CAS, deve lembrar que muitos dos algoritmos que
ele usa estão baseados nos métodos que discutiremos aqui, c uma compreensão desses méto-
dos irá ajudá-lo a usar seu recurso tecnológico de uma maneira mais informada.
1. f du = u + C 2. f a du = a f d 11 = an +C
3.
f 11r d11 =
11
r+
r+l
I
+C, r :1 - I 4. f d
11
11
= In 1111 + C
S. f e" du = e" + C 6.
f
b"
b" du = -+C, b > O. b
In b
:1 I
FUNÇÕES TRIGON0~1ÉTRICAS
9. f 2
sec u du = tgu +C 10. f eosscc 2 11 d 11 = - cotg u + C
FUNÇÕES HIPERBÓLICAS
17. f 2
sech u du = tgh u +C 18. f cosscch2 u d11 = - cotgh 11 +C
23. f du
11 Ju2 _ 0 2
= .!.are sec
a
~ ~+C
a
(0 <a < !111)
24. f du
Ja2 + 112
= ln(u + Ju 2 + a 2 ) +C
26. f a
du
2 - u2
= - In
2a
J a+ u
a-u
+ C
27. f du 1
= - -In
a + Ja2 - u2
+C (O < lrtl <a)
uJa2- u2 a 11
28. f du
u J a2+ tt2
I In
= --
a
a + J a2 +
11
11
2
+C
A Fórmula 25 é uma generalização de um resultado do Teorema 7.9.6. Os leitores que não estudaram a Seção
7.9 podem, por enquanto. ignQrar as Fórmulas 24-28. já que neste capitulo desenvolveremos outros métodos
para sua obtenção.
(a) f x + I dx =
X --- (d) f secx + tgx
1
dx = - - -
x+2
(b)
f x+l
2x+ I
dx = - - - 3. Integre a função.
(a) f ../x - I dx = _ __
(c)
f x2 + I dx=---
f
(d) f xe31nx dx = - - -
(b) e2 •+t dx = _ __
2. Use identidades trigonomc1tricas c (se necessário) uma substi- (c) f cscn3 xcosx +scnxcos 3 x)dx = _ __
tuiçfio 11 para integrar a função.
(a) f cossccx
1
dx = -- -
(d) f 1
(e" + e-·•)2 dx = ---
(b) f 1
cos2x
d x = -- -
EXERCÍCIOS 8.1
I. f (4- 2x) dx
3
2. f 3../4+2xdx
9. f e•g.r sec2 x dx 10. f -f
J1 -x~
dx
3. f 2
xsec (x ) dx
2
4. f 2
4x tg(x ) dx
11. f 5
cos 5x sen Sx dx 12. f cosx
2
senxJsen x + I
dx
15. f Jxe~- I
dx 16. f (x + J)cotg(x + 2x)dx
2
de scn 2x = 2 scn x cos x.
f
(b) Calcule a imegral scn x cosx dx usando a identida-
17. f cosh
_fi
r
,fi d
X 18. f dx
x(ln x) 2
(c) Explique por que as respostas de (a) e (b) são consis-
tentes.
19. f dx
.fi'J./i
32. (a) Deduza a identidade
scch2 x
= sech 2x
20. f sec(sen9) tg(scn 9) cos 9 d9
I + tgh 2 x
(b) Use o resultado de (a) para calcular f sech x dx.
21.
f 2
cosscch (2/x)
x2
dx 22. f Jx dx
2
(c) Deduza a identidade
2e-'
-4
23. f e-·• _, dx
4 -e _,
24. f cos(lnx)
dx
sec h x = -,2...---:---:-
e '+I
(d) Use o resultado de (c) para calcular f sech x dx .
f
X
25. fJ e'
2
I- e"
dx 26.
senh(x - 112 )
x312 dx
(c) Explique por que as respostas de (b) c (d) são consis-
tentes.
27. f X
cosscc(x 2 )
tlx 28. f e·'
2
)4- e '
dx
.n . (a) Deduza a identidade
sec 2 x
-----
29. f x4-" 1
dx 30. f 2"" dx tgx sen x cosx
(b) Use a identidade scn 2r = 2 sen x cos x junto com o
ENFOCANDO CONCEITOS resultado de (a) para calcu lar cossecx dx. f
(c) Useaidentidade cosx = sen[(rr/2) -x]juntocomo
3 1. (a) Calcule a integral f sen x cos x dx usando a substitui-
resultado de (a) para calcul ar f scc x dx.
ção 11 = sen x.
,.5
I. (a) x + In lxl +C (b) x + In lx + li +C (c) ln(x 2 + I} + are tg x +C (d) ::__ +c 2. (a) -cosx+ C (b) tgx+ C
5
(c) -cotg x +C (d) In ( I + scn x) +C 3. (a) ~ (x - I)312 + C (b) 4e2 '+1 + C (c) 4scn2 x + C (d) ~ tgh x + C
Corno um primeiro passo, s~ja G(x) uma antidcrivada qualquer de g(x). Nesse caso, temos
C' (x) = g (x) e, portanto, a regra do produto para derivar j{x)G(x) pode ser escrita como
d
- [f(x)G (x)] = f(x)g(x) + /'(x)G(x) (I)
dx
Jsso implica que j{x)G(x) é uma antiderivada da função do lado direito de ( l), de modo que
podemos expressar (I) em forma integral por
Essa fórmula nos permite integrar ftx)g(x) integrando, em vez di sso, f' (x)G (x ), e em muitos
casos o resultado líquido é substituir uma integral difícil por outra mais fácil. A aplicação
dessa fórmul a é denom inada i1lfegração por partes.
Na prática, costumamos reescrever (2) tomando
11 = f(x) , du = f'(x ) dx
v= G(x), d u = G' (x) dx = g(x)dx
I sso dá a formu lação al ternativa seguinte de (2):
f ud u = u u - f u du (3)
calculamos v a partir de dv. Se tivés- Solução Aplicaremos a Fórmula (3). O prim eiro passo é escolher u e dv para colocar a
semos incluldo uma constante de in-
integral no formato fu d v. Tomamos
tegração, ela acabaria sendo jogada
fora. Isso sempre ocorre com a inte·
u =x c d u=cosxdx
gração por partes (Exercício 62(b)), de
modo que é comum omitir a constan- (Outras possibilidades serão consideradas mai s adiante.) O segundo passo é calcular du a
te nessa etapa das contas. Contudo, partir de u e v a partir dedu. Obtemos
existem certos casos em que a esco-
lha inteligente de uma constante de
integração para juntar a ,, pode sim-
du =dx e v= f du =f cos xdx = senx
f
plificar o cálel.lto de u t/u (Exercfclos
63a65). O terceiro passo é aplicar a Fórmula (3). Obtemos
f x cosxdx =
'---...--'' - v - - - '
ti dv
x sen x - f senx dx
'---...--''-v-'
" u
- -
v tlu
Efetue a integração no Exemplo 1 = x sen x - ( - cos x) +C = x scn x + cos x + C ~
usando a Fórmula (2).
tt = COSX d V = XdX
x2
f xcos x dx = ~-
2
cosx - f x2 2
( - scn x ) dx
2
= x cos x
2
+~
2
f x 2
sen x dx
Para essa escolha deu e dedu, a integral nova é, na verdade, até mai s complicada do que a
integral original.
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 515
Existe uma outra estratégia útil para escolher 11 e dv, que po<le ser aplicada quando o
O método LIATE foi discutido no ar-
integrando é um produto de duas funções de categorias distintas da lista
tigo ·A Technlque for tntegratlon by
Parts•. de Herben Kasube. publicado
L ogarítmica, trigonométrica I nversa. ,Algébrica, I rigonométrica, Exponencial
na American Mathematical Monthly.
Vo190, 1983, p. 210-211.
Nesse caso. costumamos ter sucesso tomando 11 como uma função cuja categoria ocorre
antes na lista c dv como o resto do integrando. O acrônimo LJATE ajuda a lembrar essa
ordem. O método não funciona sempre, mas o bastante para ser útil.
Observe, por exemplo, que o integrando no Exempl o I consiste no produto da função
algébrica x e da função trigonométrica cos x. Assim, o método LI ATE sugere que deveríamos
tomar 11 = x e dv = cos x dx, que já vimos ter si do uma escolha con·eta .
Solução Nesse caso, o integrando é o produto da função algébrica x com a função expo-
nencial e' . De acordo com LIATE, deveríamos tomar
11=x e dv =e·~ dx
de modo que
du = dx e v= f e·' dx = e"
Solução Uma escolha é tomar 11 = I e dv = In x dx. M as, com tal escolha, encontrar v é
f
equivalente a calcular In x dx, e nada foi conseguido. Portanto, a única escolha razoável
é tomar
11 = In x dv = dx
I
d11 = -dx
X
v= f dx = x
Solução Sejam
516 Cálculo
= x 2 (-e-·' )- f -e-•(2x)dx
= - x 2e- ·• + f
2 xe-• dx (4)
A última integral é parecida com a original, exceto que trocamos x 1 por x. Mais uma
f
integração por partes aplicada a xe-x dx completará o problema. Sejam
U = X, d v=e · x ,
-<d du = dx. u= f e-·• dx = - e-·'
de modo que
= - (x 2 + 2x + 2)e-x +C ~
possam ser cal culadas tomando 11 sen bx ou 11 = =cos bx e dv = e"x dx . Contudo, isso requer
uma técnica que merece atenção especial.
Solução Sejam
f
Como o integrando ex sen x dx é de um tipo parecido com a integral original e' cos x dx, f
parece que nada foi alcançado. Contudo, integremos essa nova integral por partes. Sej am
Assim,
que é uma equação que pode ser resol vida para a integral desconhecida. Obtemos
e, ponanto,
Passo 3 Trace uma seta desde cada entrada da primeira coluna para a entrada uma linha
abaixo na segunda coluna.
~
Passo 5 Para cada seta, forme o produto das expressões nos extremos inicial e final da
seta e multiplique-o por+ I ou - I, de acordo com o sinal na seta. Somando esses
resu Itados, obtemos o valor da i ntcgral.
Esse processo está ilustrado na Figura 8.2. 1 para a integral f< x 2 - x) cosx dx.
fl EiliVAÇÀO INTHCõllAÇÁO
R~Pt;TII)A REI1i1'1DA
x2 -x cos x
2x- I
2 ~
~
senx
- cosx
o -scnx
.,. Exemplo 6 No Exemplo I .1da Seção 6.3 calculamos f x 2 Jx - I dx usando uma subs-
tituição 11. Calcule essa integral usando integração por partes tabulada.
Solução
1)~1UVAÇÃO INThGRA~'ÃO
REI'IIT!T>A 1\hi'IITII>A
~f- 1)112
5<x- 1)3/2
~ (x- I)S/2
-ª-<x- 1)712
105
1 u
b
udv = uv
] /)
(I
-1 a
"
vdu (7)
~ importanle não esquecer que as variáveis "e v nessa fórmula são funções de .r e que os limites de integração
em (7) são limites sobre as variáveis x. Às vezes, é ulil enfatizar Isso escrevendo (7) como
1 X =d
b
U(/ V =II V
]h
X .fi
-1b A'• 4
V dtt (8)
O próximo exemplo ilustra como a integração por partes pode ser usada para integrar as
fun ções trigonométricas inversas.
Solução Sejam
I
u = are tg x, dv = dx, d 11 = -:---:;2 d X , U= X
l +x
Assim,
1 t are tg x dx = 1'0
u du = uv ]' 1'
0
-
0
rH/u
Os limites de inccgmção rcfcrcm·sc
:u ·. istoé.x = Oe x = I
= x are tg x ]
I
-
11 X
, dx
o o I + x-
Mas
1+
1
x
-:-----:; dx
I x2
= -I
2
1+ 0
1
2x , d x =-I In( I + x 2 ) ] = -I In 2
I x- 2 0 2
1
logo
1
(Ir- -O) -
1o
1
are tg x dx = x are tg x ] - -1 In 2 =
o 2 4
-I In 2 = -
2
1T r,::
- In v2
4
~
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 519
• FÓRMULAS DE REDUÇÃO
A integração por partes pode ser usada para obter f órmulas de redução para integrais.
Essas fónnulas expressam uma integral com uma potência de uma função em tennos de
uma integral que envolve uma potência mais baixa daquela função. Por exemplo, se n
for um inteiro positivo e 11 > 2, então a integração por partes pode ser usada para obter as
fónnu las de redução
f
sen" x dx = --I sen"- I x cosx + 11- l f sen"- 2 x dx (9)
11 11
11 --l f co1'- 2 x dx
cos" x dx = -I cos"- 1 x sen x + -
f (lO)
11 11
Para ilustrar como essas fórmulas são obtidas, vamos deduzir ( I 0). Começamos por escrever
cos" x como cos"-' x · cos x e fazer
tt = cos"- 1 x dv = eosx dx
du = (n - l) eos"- 2 x ( - sen x) dx v = senx
= -(n - l)cos"- 2 xscnxdx
de modo que
da qual segue ( 10). A dedução da fórmula de redução (9) é análoga (Exercício 57).
As fórmulas de redução (9) e (lO) diminuem o expoente de seno (ou cosseno) em 2.
Assim, se as fórmulas forem aplicadas repetidamente, o expoente pode flnalmente flear igual
a Ose n for par ou I se n for ímpar, e nesse ponto a integração pode ser completada. Vamos
discutir esse método c.om mais detalhes na próxima seção. Por ora, daremos um exemplo de
como funcionam as fórmulas de redução.
(b) f (x- 2) scn x dx; 11 = ___ , dv = ___ 4. Use a fórmula de redução para calcular f sen3 x dx.
EXERCÍCIOS 8.2
23. f sen(ln x) dx 24. f cos(ln x) dx 43. f (3x 2 - x + 2)e-" dx 44. f (x 2 + x+ l)sen xdx
25. f xsec 2 xdx 26. f xtg 2 xdx 45. f 4x 4 scn2r dx 46. f x 3.J2.r + 1 dx
27. f x 3e·•' dx 28. f xe" , dx 47. Calcule a integral f scn x eos x dx usando
(x + 1)- (a) integração por partes (b) a substituição u = scn x
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 521
48. Calcule a integral 61. Seja f uma função cuja derivada segunda é contínua em [-1, I).
Mostre que
1
usando
1- I
x/"(x)dx = j '( l) + f '(- 1) - f(l) + f(-1)
49. (a) Encon tre a área da região delimitada por y =In x, a reta 62. (a) Na intcgrnl f x cos x dx, sejam
x= e C O eiXO X . u = x. dv = cosx dx ,
(b) Encontre o volume do sólido gerado quando a região do du = dx , 11 = senx + cl
item (a) gira em torno do eixo x.
Mostre que a constante C, é cancelada. de modo que
50. Encontre a área da região entre y =x scn x e y = x para obtemos a mesma solução se omitirmos C1•
O ~x $ rr/2. (b) Mostre que em geral vale
51. Encontre o volume do sólido gerado quando a região entre
y = scn x c y =O para O$ x $ rr gira em tomo do eixo y.
52. Encontre o volume elo sólido gerado quando a região limitada
de modo que é justificável '' omissão da constante de
por y = cos x e y =O para O$ x $ rr/2 gira em tomo elo eixo y.
integração ao calcular v na integração por purtcs.
53. Uma partícula se move ao longo do eixo x com uma função
63. Calcu le f ln (x + I) dx usando integração por partes. Sim-
velocidade v(l) = t 3sen 1. Quão longe viaja a partícula do tem-
po 1 =O a 1 = rr?
f
plifique o cálculo de v drt introduzindo a constante de
integração C1 = I quando passar de dv para v.
54. O estudo das ondas de dentes de serra em Engenharia elétrica
leva a integrais da fom1a
f
64. Calcule ln(3x - 2) dx usando integração por partes.
f
Simplifique o cálculo de v du introduzindo a constante de
1"
'"'
- ;r/ crJ
t sen(kw1) d1 integração C 1 = - ~ quando passar de du pam v. Compare
a solução obtida com a resposta do Exercício 13.
onde k é um i nteiro e w é uma constante não-nula. Calcule a 65. Calcule f x are tg x dx usando integração por partes. Sim-
intcgcal. pliliquc o cálculo de f v du introduzi ndo a constante de
55. Use a fórmula de redução (9) para calcular
1
integração C t = quando passar de dv para v.
(a) f 4
sen x dx (b)
["'2
lo sen
5
xdx
66. Qual é a equação que resulta se aplicarmos integração por
p:utes à integral
(a) f 5
cos x tix (b)
12
6
cos x dx 1" com as escolhas
I I
57. Deduza li fórmula de redução (9). 11=- e dv = -dx?
lnx X
58. Em cada item, use a integração por partes ou outros métodos Em que sentido essa equação é válida? Em que senti do é
para deduzir a fórmu la de redução. falsa?
(a) f sec" x dx =
sec"- 2 x tg x
+ 11 - 2 f ?
sec" -- x dx 67. Lembre. do Teorema 4.3.2 e da discussão que o precede,
I I que. se .f'(x) >O. então a função f é crescente c tem uma
f
11 - 11 -
inversa. O propósito das partes (a). (b) c (c) deste problema
(b)
f tg" x dx =
tg"- t \'
11-1
· - tg" - 2 x dx é mostrar que. se essa condição esti ver satisfeita c se .f' for
contínua, então a integral definida de r'
pode ser expressa
em termos de uma integral definida de f.
(a) Use a integração por partes para mostrar que
I. (a) f J'(x) G(x)dx (b) 11 11 - f v du 2. (a) lnx; xdx (b) x - 2: sen xdx (c)arcscn x:dx (d)x: -;==::;: dx
Jx - I
3. (a) (
2X - 4 I)e '+C
2
(b)(x- l ) l n (x - 1 )-x+C:(c) ~ 4. -~ scn2 X COS X- ~ COSX +C
8 .3 INTEGRAIS TRIGONOMÉTRICAS
Na seção anterio1; obtivemos fórmulas de redução para integrar potências inteiras positivas
de seno, cosseno, tangente e secante. Nesta seção mostraremos como trabalhar com
essas fórmulas de redução e discwiremos métodos para integrar outros tipos de imegrais
envolvendo fun ções trigonométricas.
f I
sen" xdx= - -scn"-
11
1
xcosx+ 11 -
n
I f sen"- 2 xdx (1)
Podemos obter formas altemativas para essas fórmulas de integração usando as identi-
dades trigonométricas.
scn2 x =~( I- cos2x) cos2 x =~( I + cos 2x)
c
- (5-6)
que provêm das fórmulas para o ângulo duplo
cos 2x = I - 2 sen1 x e cos 2x = 2 cos2 x- I
Essas identidades dão lugar a
f 2
sen x dx = ~ f (1 - cos 2x) dx = ~x- ~ sen 2x +C (7)
f cos
2
xdx = 4 f (I + cos 2x) dx = 4x + i sen 2x + C (8)
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 523
Observe que as antiderivadas nas Fórmulas (3) e (4) envolvem ambos os senos e cossenos,
enquanto aquelas em (7) e (8) só envolvem senos. Porém, a aparente discrepância é fácil de
ser resolvida pela identidade
sen 2x = 2 sen x eos x
para reescrever (7) e (8) nas fom1as (3) e (4), ou reciprocamente.
No caso em que 11 = 3, as fórmulas de redução para integração de sen3x e cos3 x são
f cos3 x d x = :\- cos2 x sen x + ~ f cos x d x = :\- cos2 x sen x + ~ sen x + C ( 10)
Se quisermos,
,
a Fórmula
?
(9) pode ser expressa só em termos de cossenos, usando a identi-
dade sen- x = J - cos- x, e a Fórmul.a (J O) pode ser expressa só em tennos de senos, usando a
identidade cos2 x = I - sen2 x. Deixamos a cargo do leitor conlirmar que
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
+ t'! cos3x +C
Deixaremos como exercício as fórmulas a seguir, que podem ser obtidas aplicando as
f 3
cos xdx = ~scnx fórmulas de redução e, em seguida, usando identidades trigonométricas apropriadas.
+ nsen3x +C
Use identidades trigonométricas
para conciliar os resullados dos dois
f 4
sen xdx = ~x- ~ sen2x + -12 sen4x + C ( 13)
f
programas.
4
COS X dx = i x + ~ sen 2x + TI Sen 4x +C (1 4)
,.
.,._ Exemplo 1 Encontre o volume V do sólido obtido quando a região sob a curva y = sen 2 x
no intervalo [0, 1r] gira em torno do eixo x (Figura 8.3.1 ).
Solução Usando o método dos discos, a Fórmula (5) ela Seção 7.2 c a Fórmula ( 13) acima,
obtemos
- -- ----------
• INTEGRAÇÃO DE PRODUTOS DE SENOS E COSSENOS
F ig ura 8.3.1
Se 111 e n são imeiros positivos, então a integral
f SCllm X COS" X dX
pode ser calculada por um dos três procedimentos dados na Tabela 8.3.1, dependendo de me
11 serem par ou ímpar.
(a)
f sen4 x cos~- x dx (b) f sen~ x cos~ x dx
524 Cálculo
Tabela 8.3.1
Solução (a) Como 11. = 5 é ímpar, utilizamos o primeiro procedimento na Tabela 8.3.1:
f sen 4
x cos~ x dx =f sen cos 4
x 4
x cosx dx
= f (11~ - 211
6
+ 118 ) t/11
= klls- ~~~7 + 4119 +C
= kscn5 x - ~ scn7 x + 4scn9 x + C
=f {H I - cos 2xl)
2
(HJ + cos2x)) 2 d x
= t; f(l - cos2 2x) 2 dx
~----------------~
Note que is.(o 1>0de ser ob1ido n'l[lis direta-
mente da i ntcg.r<11 01iginal. usando a identi-
!
dade scn x cos x = scn '2.1:
, = 2\'
( / , ;a 2d.r ou tl:t = l tlu
= )~_ ('Ju
8 - l~ sen 211 + ...\;
3- scn 411) +C I Rícmulo (13)
Integrais da foma
secn-l x tg x 2 f
f secn x dx =
11-1
+ 11 -
11 -1
secn- 2 x dx (20)
No caso em que n for ímpar, o expoente pode ser reduzido a I, nos deixando com o
problema de integrar tg x ou sec x. Essas integrais são dadas por
I
=In lsec x l +C In I co•xl • - In ;-::::-::;
t<os .rl
=f
f secxdx =
f (
secx
seex + tgx )
scc x + tg x
dx
see2 x + seex tgx
sccx + tg x
dx
f tg 2 x dx = 1gx- x +C (23)
f sec2 x dx = tg x +C (24)
A Fórmula (24) já é nossa conhecida, uma vez que a derivada de 1g x é sec 2x. A Fórmula (23)
pode ser obtida aplicando-se a fórmula de redução ( 19), com 11 = 2 (verifique), ou, alternati-
vamente, usando-se a identidade
I + tg-, x = scc-' x
para escrever
f tg 2 xdx =f cscc2 x- l )dx = lgx -x+ C
As fórmulas
f to 3
o X d X -- l., to
-
2
e X - f c. X
(O - l," 2 ••
d X -.,o""
- - "" X I + c
In IS"C
f tgm x scc" x dx
pode ser calculada por um dos três procedimentos dados na Tabela 8.3.2, dependendo de m c
11 serem pares ou ímpares.
Tabela 8.3.2
(a) f 2
tg x sec x dx
4
(b) ftg 3 xscc3 xdx
(c) ftg 2
xsecxdx
f 4
tg 2 x sec x dx =f scc scc
tg 2 x 2
x 2
x dx
=f tg x(tg x + I)
2 2 2
sec x dx
=f + 2 2
u (11 l)d11
1 3 1 5
.3 u +C = -5 tg x + ~. tg x + C
5 3
= .lcu
)
+ -
f tg x
2
secx dx =f(sec x- secx2
I) dx
=f sec f 3
xdx- sccxdx 1v... (26) c <22> 1
• O MAPA-MÚNDI DE MERCATOR
A integral da sec x desempenha um papel importante nos proj etos de mapas de navegação
para traçar cursos náuticos e aeronáuticos. Marinheiros c pilotos geralmente mapeiam seus
cursos ao longo de cam.inhos com uma l eitura de bússola constante; por exemplo, o curso
pode ser 30° a noroeste ou 135° a sudeste. Exceto para cursos paralelos ao Equador ou diretos
para Norte ou Sul, um curso com lei tura de bússola constan te l eva a uma espiral em torno
da Terra em direção a um dos pólos (conforme a parte superior da Figura 8.3.2). Em 1569, o
matemático c geógrafo flamengo Gcrhard Kramcr (15 12- 1594) (mai s conhecido pelo nome
latino de Mercator) inventou um mapa-múndi chamado de projeçclo de Mercator, no qual as
espirais produzidas pela leitura constante da bússola aparece m como linhas retas. Isso foi
extremamente importante, pois possibilitou aos marinheiros determinar urna l eitura constante
da bússola entre dois pontos simplesmente conectando-os por urna linha reta sobre um mapa
(como na pane inferior da Figura 8.3.2).
Supondo que a Terra seja uma esfera com raio de 6.500 km , então as curvas de latitude
obtidas com um incremento de 1° são cqüidistantcs umas das outras em cerca de 114 km (por
quê?). Porém, na projeção ele Mercator, as curvas de lat.itudc tornam-se mais separadas em
direção aos p61os, de forma que duas curvas de l atitude amplamente espaçadas nas proximi-
dades do pólo podem estar, na verdade, à mesma distância sobre a Terra do que duas curvas
de latitude a pequena distância próximas ao Equador. Pode-se provar que, em um mapa de
M ercator, no qual a curva equatorial tem comprimento L, a distância vertical D11 sobre o mapa
entre o Equador (latitude 0°) e a curva de latitude {JO é
L 1 fJ"/t80
Figura 8.3.2 Um vôo com leilura
Dfl = - sccxdx (27)
27T o
consmme na bússola de Nova York
para Moscou como aparece em um
globo c em uma projeção de Mcrcmor.
'
(a) sen· x =
(c) f tg 3 xscc2 xdx; u = tgx
(b) cos2 x =
(c) cos2 x - sen2 x =
(d) f tg 3 xsccxdx; u =sec x
2. Calcule a integral.
4. Calcule a integral.
(a) f 2
sec xdx =
(a) f scn2 3x cos 3x dx = _ __
(b) ft g2 xdx =
(b) f tg 2 x sec2 x dx = ___
(c) f sccxdx= ;r/6
(d) f tgx dx =
(c)
l
0
:r/8
scc 2x dx = _ __
(a) f 2
sen x cosx dx; 11 = sen x
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 529
EXERCÍCIOS 8.3
3. f scrl 59 dO 4. f 2
cos 3x dx 51. 52. f 4
cossec x dx
S. f scn 3 a9 dO 6. f 3
cos ar dt
53. Sejam m c 11 imeiros não-negativos c distimos. Use as Fórmulas
( 16) a ( 18) para provar:
7. f scnaxcosaxdx 8. f sen x
3
cos3 x dx (a) 12lr sen mx cos nx dx =O
9. f sen 1 cos 3 r d1
2
10. f sen3 x cos2 x dx (b)
r"'~
lo COSI/IX COS I/ X dx = 0
11. f 2
scn x cos x d x
2
12. f 2
sen x cos x dx
4
(c) lo
[21{
sen mx sen nx dx = O
13. f sen 2x cos 3x dx 14. f sen 38 cos 28 dfJ 54. Calcule as integrai s no Exercício 53 quando m e 11 denotam o
mesmo inteiro não-negativo.
15. f sen x cos(x/2) d x 16. f cos' 13 x sen x dx 55. Encontre o comprimento de arco da curva y = ln(cos x) acima
do intervalo 1T/4]. ro,
t''2 cos3 x d x rr/2
1o
X X
17. lo 18. 2
sen - cos - dx
2
2
2
56. Encontre o volume do sólido gerado quando a região limitada
i:
por y = tg x. y = I ex= Ogira em torno do eixo .r.
f"'3 scn4 3x cos 3 3x dx 57. Encontre o volume do sólido que resulta quando a região limi-
19. lo 20. cos2 58 d8
= =
tada por y cos x. y = scn x, x =O c x ;r/4 gira em torno do
CIXOX.
t''6 1Z:r scn kx dx 2
21. lo scn 4x cos 2x dx 22.
58. A região limitada abaixo pelo eixo x e acima pela parte de
23. f 2
scc (2x- l )dx 24. f tg5xdx
y = sen x de x =O a x =:r gira em torno do eixo x. Encontre o
volume do sólido resultamo.
secfJ• + tgfj •
29. f 2 2
tg x sec xdx 30. f 5
tg x sec x dx
4
I.
D = - In
2:rr
-~-...;:;..;_~
scc a• + tg a •
31. f 4
tg 4x sec 4x d x 32. f e
tg
4 4
sec (j df)
60. Suponha que o Equador tenha um comprimento de I 00 em em
uma projeção de M crcator. Em cada pane. use o resultado do
39. f 4
sec x dx 40. f sec~ x dx
ENFOCANDO CONCEITOS
41. f tg 3 4x dx 42. f 4
tg xdx f cosscc x dx = - In lcossee x + cotg x 1 + C
43. f .Jig'X 4
scc x dx 44. f tgx sec312 x dx (b) M ostre que o resultado de (a) também pode ser escri-
to como
45. 46.
r r/6
lo 3
sec 29 tg 29 dB f cossec x dx = In lcossec x - cotg xl +C
530 Cálculo
1
rr/ 2
sen• x dx = - · --::--:--::-.:....___ llpar)
62. Reescreva scn x + cos x na forma o 2 2·4·6 .. ·11 ( e> 2
:r/2 I 1 "/2
1o
rr/2
cos" x dx = - · --::---:--::-'----"'
2 2·4·6· .. 1! (
11 par )
c>2
l
11 -
scn" x d x = scn"-2 x dx (11 2::. 2) 2 · 4 · 6 · · · (11 - I)
1
rtl2 ímpar)
o 11 o cos" x d x = -~~-=--'-__..;.
11
o 3 . 5 . 7 ... 11 ( e>3
8 .4 SUBSTITUIÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
Nesta seção discutiremos um método para calcular imegrais comendo mdicais, através de
substituições envolvendo funções rrigonométricas. Mostraremos também como integrais
contendo polinômios quadráticos podem. às vezes, ser calculadas completando o quadrado .
dx
.,. Exemplo 1 Calcule
f x 2 J4 -x 2
.
X= 2 sen e. dx = 2 cos 8 dO
Obtemos, então:
= I
4
f , cosscc·e dO = - I cotg 8 + C
4 (2)
Nesse ponto, completamos a integração; porém, como a integral ori ginal estava expressa em
termos de x, é desejável também expressar cotg Oem termos de x. Isso pode ser fe ito usan-
X do-se identidades trigonométricas, mas a expressão também pode ser obtida fazendo-se a
substituição x = 2 sen ()como sen () = x/2 e representando-a geometricamente, como na Figura
8.4.1, da qual obtemos:
'-'4 -x 2
J4 - x 2
cotg8 = - - -
l.r=2scno l x
Figura 8.4.1 Substituindo em (2), temos
.,. Exemplo2
Método 1
Usando o resultado do Exemplo I , com os limites de integração em x, obtemos
Método 2
=
A substi tuição x 2 sen ()pode ser expressa como x/2 =sen Oou 0= are sen (x/2); logo, os
limites em Ocorrespondentes a x = 1 ex = ../2 são
../i dx I I ./3- I
1 x2J
rr/4 r.;
-:--;=~ = - - [ cotgO] = - -[1 - v3 I= ~
1 4_ x2 4 " 16 4 4
532 Cálculo
b Soluçá() Como a elipse é simétrica em torno dos eixos, sua área A é 4 vezes a área no pri-
meiro quadrante (Figura 8.4.2). Se resolvermos a equação da elipse para y em termos de x,
obtemos
o b ../ , ,
y = ±- a· -x-
" a
onde a raiz quadrada positiva dá a equação da metade superior. Assim, a área é dada por
Para calcular essa integral, vamos fazer a substituição x =ti scn O(dx =a cosO dO) e converter
Figura 8.4.2
os limites de integração em x para os limites em 8. Uma vez que a substiluição pode ser ex-
pressa como O= are sen (xfa), os limites de integração em Osão
x = 0: O= are sen (0) = O
x =a: O= are sen ( I) = rr/2
Desse modo, obtemos
A = 4b
-
a o
1"
Ja -x dx=-
4b
a o
2 2
1"' 2
tleosO·acosOdO
= 4ab 1"o
12
2
eos OdO = 4ab 1" ~( I +
o
12
2
cos 28) dO
-o {l
X
= 2ab [e +~ sen29 r=2
2ab [~-o]= rrab •
Figura 8.4.3
No caso especial em que o= b, a elipse torna-se um circulo de raio o, e a fórmula da área fica A = rw1 , con-
forme esperado. Vale a pena notar que
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
Tabela 8.4.1
EXI'RhSSÀO
NO lNTI;GRANI>O SUBSTITUIÇAO R8.'ITRIÇÀO SOnRE 0 SIMI'LIFICAÇ}..<J
x=asenO
x =a 1g6
x=asec6
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 533
X I + (-dy)2dx. =
dx
11J 1
0
+x2dx
Uma vez que essa substi tuição pode ser expressa como O= are tg x, os limites de in tegração
em () que correspondem aos limites em x, x =O c x = I são
,. -O·
A • - • B = are tg O= O
,. - 1.. O= are tg I = rr/4
-'"-
Logo,
1
.T/~
Jx 2x- 25
.,. Exemplo 5 Calcule
f dx, supondo que x ~ 5.
Sito OI
=
f "'O (5scc0 tgO)dB
5 sec
f
= 5 tg
2
ed() I•se ~ o pois o :: H < ;r/ 2 1
= f 5 (sec
2
e- I ) tiO = 5tg O - 50 +C
534 Cálculo
Jx 2
- 25
tg (} - - - - -
5
lx= 5sccoj Disso e do fato de que a substituição pode ser expressa como B=are sec (x/5), obtemos
Figura 8.4.5 2
25
f Jx
X
- dx = Jx 2 - 25 - 5are scc (x) + C
5
<111
f
X
..,. ExemploS Calcule dx .
x 2 - 4x + 8
11 = x- 2, du = dx
fornece
f ---,- - --,- dx = f
X X
dx = fu++ 24 d 11
x 2 - 4x + 8 (x - 2)2 + 4 11 2
=
f 11·
, 11
+4
d u+2 f u du+ 4 2
= -I
2
f tt 2
2u
+4
du +2 f du
u2 +4
= ~2 ln(u2 + 4) + 2 (~)
2
are tg f!.2 + C
~ ln[(x- 2) C~
2 2
= + 4] + 1íi'C tg ) +C <111
dx
..,. Exemplo 7 Calcule
f Js - 4x - 2x 2
.
Assim,
f Js- dx
4x- 2x2 -
f J7- dx
2(x + 1)2
= .
v
~ arcsen
2
L.
(Jm) +C Fórmula21. Scç~o8. 1
com" = ./772
•
EXERCICIOS 8.4 @] CAS
1· 26 Calcule a imcgral.
11. f dx
x2J9x1 - 4
12. f
.
J I + 12 dt
I
I. f J4 - x 2 dx 2. f J 1 -4x2 dx
13. f dx 14. f dx
( I _ x2)312
x2/t2 + 25
3. f x2 dr 4. f dx
J 16 - x 2 . x 2 J9 - x2 15. f dx 16. f dx
J x2 -9 I +2x2 + x 4
S. f (4 :·:2)2 6. f x2
dx 3
Js+x2 17. f dx 18. f 3x dx
(4x2- 9)3/2 1
Jx -25
7. f Jx2 -9 dx 8. f dx 19. f ex J I - e1T dx 20. f cosO dO
X x2Jx 2 - 16 J2- scn 2 9
9. f
~o · Sx3 JI -x2 dx
3x3 dX 10. f x 3 J s - x2 dx 1 1/ 2 dx
21. 22.
J l -x2 o (I - x 2)2
536 Cálculo
2 hx2 -4 dx dx X
23. 24.
!
Jí X
37.
f Jx 2 -6x+IO
38.
f -:;----::----=- d r
x2 + 2x + 2 ·
+e2>
dx
dx 2t+3
. ENFOCANDO CONCEITOS
27. A integral
41.
f 2t 2 +4x +7
42.
f 4x2 +4x +5
dx
f x2+4 x
X d
44. lo~ Jx(4- x)dx
pode ser calcu lada ou por substituição trigonométrica ou
pela substituição 11 = J + 4. Calcule-a das duas maneiras e 45-46 Há uma boa chance de que um CAS não seja capaz de cal-
mostre que os resultados são equivalentes. cular a integral dada. Se for esse o caso. faça uma substituição de
28. A integral forma a obter uma i ntegral que seu CAS possa calcu lar.
f
1'2
f X
;
+4
dx
.Jx2- 4 2 .Jx2- 4
I. (a) X=(/ Sen (} (b) X = {,/ tgfJ (c) X = a sec{) 2. (a) x (h) ; (c)
2
J. (a) X = 3 tg {;) (b) X = 3 sen fJ
(c) x =~sen B (d)x=3scc8 (c)x=.J3 tg8 (f)x=~ tgB 4. (a)x- 1 (b)x-3 (c)x+2
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 537
• FRAÇÕES PARCIAIS
•
Em Algebra, aprende-se como combinar duas ou mais frações em uma única, usando um
denominador comum. Por exemplo,
2 3 2(x + I ) + 3(x - 4) Sx - 10
---,. + ---,. - x 2- 3x- 4
( I)
x-4 x+l (x - 4)(x + I)
Porém, para os propósitos de integração, o lado esquerdo de ( I) é preferível ao lado direito,
uma vez que cada um de seus termos é de fácil integração:
f ?
5x - lO
x- - 3x - 4
dx = f 2 dx +
x - 4
f x
3
+ I dx = 2 ln lx - 41 + 31n lx + l i + C
Assim, é desejável ter algum. método que nos possibi lite obter o lado esquerdo de (I) a partir
do lado direito. Para ilustrar como isso pode ser feito, cumeçarnos por notar que, no lado es-
querdo, os numeradores são constantes, e os denominadores são os fatores do denominador
do lado direito. Dessa forma, para encontrar o lado esquerdo de (I) a partir do lado direito,
devemos fatorar o denominador do lado direito e procurar constantes A e 8 tais que
Sx- 10 A 8
=
-:-----:~-.,..,-
(x -4)(x+ l) x-4
+ ---,.
x+l
(2)
- .
onde F 1(x), F,(x), ..., F (x) são funções racionais da forma
A Ax + B
ou
(ax + b)k (ax 2 + bx + c)k
nas quais os denominadores são fatores de Q(x). A soma é denominada decomposição em
fraçijes parcwis de P(x) !Q(x), c as parcelas são chamadas de frações parciais. Como em
nosso exemplo de abertura, há duas etapas para se encontrar uma decomposição em frações
parcias: determinar a forma exata da decomposição e encontrar as constantes desconhecidas.
(ax+b)"' e (ai+bx+c)"'
A partir desses fatores, podemos determinar a forma da decomposição das frações parciais
usando duas regras, que passamos a discutir.
• FATORES LINEARES
Se todos os fatores de Q(x) são lineares, então a decomposição em f rações parciais de P(x)!Q(x)
pode ser detenninada usando-se a seguinte regra:
REGRA DO FATOR LL'iEAR Para cada fator da forma (ax + b)"', a decomposição em frações
parciais contém a seguinte soma de m frações parciais:
onde AP A 2, ..., A111 são constantes a serem determinadas. No caso em quem= l, aparece
somente a primeira parcela da soma.
dx
.,. Exemplo 1 Calcule
f ,
x- +x - 2
.
Soluçtio O integrando é uma função racional própria, que pode ser escrita como
I I
x 2 + x- 2 (x- l ){x + 2)
Os fatores x- I ex+ 2 são lineares e aparecem na primeira potência; assim, cada fator con-
tribui com um termo na decomposição em frações parciais pela regra do fator linear. Desse
modo, a decomposição tem a forma
I A 8
----,.--= +--:::- (5)
(x - l)(x+2) x-1 x+2
onde A e B são constantes a serem determinadas. Multiplicando ambos os membros de (5) por
(x- I) (x + 2), obtemos
I =A(x+2)+B(x- I) (6)
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 539
I !
.l
(x - l )(x+2) x-1
A integração pode ser completada da seguinte forma:
f dx I
(x- l )(x+2) = 3
f dx I
x- 1 - 3
f dx
x+2
I I I x- 1
=3 -In lx - l i - -In
3
lx + 21+ C = -
3
In --:-·
X+ 2
+C ~
Se os fatores de Q(x) são lineares c nenhum é repelido, como no último exemplo, então
o método recomendado para encomrar as constantes na decomposição em frações parciais é a
substituição de valores apropriados de x para fazer desaparecer termos. Entretanto, se alguns
dos fatores l ineares são repetidos, enlão não será mais possível encontrar todas as constantes
dessa forma. Nesse caso, o procedimen1o recomendado é encontrar tanlas consrantes quanto
possível por substituição e, então, encon1rar as demais equacionando os coeficientes. Isso está
ilustrado no próximo exemplo.
2x+4
.,. Exemplo2 Calcule
f X3 - 2x-
? dx .
2x+4 dx = -z f ~ - 2 f dx + 2 f dx
f x 2 (x - 2) x x2 x - 2
2 x- 2 2
= - 21n lxl + - +2 1n lx -21+ C = 2 1n +-+ C <111
X X X
• FATORES QUADRÁTICOS
Se alguns dos fatores de Q(x) são quadráticos irredutíveis, então sua contribuição para a
decomposição em frações parciais de P(x)/Q(x) pode ser determinada a partir da seguinte
regra:
REGRA DO FATOR QUAOR..i'nco Para cada fator ela forma (ai + bx +c)"', a decomposi-
ção em frações parciais contém a seguinte soma de m frações parciais:
onde A1, Al>..., A.,, 8 1, 8 2, •.• , B., são constantes a serem determinadas. No caso em que m= I,
aparece somente a primeira parcela da soma.
x 2 +x - 2
.,. Exemplo3 Calcule
f ?
3x 3 - x- + 3x- I
dx .
(3x - 1)(x 2 + I ) - 3x - I
e
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
f x2 + x- 2
(3x - l)(x2 + 1) ·
7
= --
-::-------..,,-----:-:- C.1~
5
f dx
3x - I
+ 4
-
5
f x
x2 + l
C1X + -53 f dx
x2 + J
Os CAS são programados para en- 7 2 ? 3
contrar decomposições em trações = - i5 In 13x - li +
5
ln(x· + I) + are tg x +C _.
parciais. Se o leitor dispuser da um 5
CAS. use-o para encontrar as dacom-
posiQÕ!ls nos Exemplos 1. 2 e 3.
..,. Exemplo4 .. f
Calcule 3x4 + 4x~ + 16x 2 + 20x + 9 dx .
(x+2)(x 2 +3) 2
Solução Observe que o integrando é uma função racional própria, uma vez que o numera-
dor tem grau 4 e o denominador tem grau 5. Assim, o método das frações parciais é aplicáveL
Pela regra do fator linear, o fator x + 2 introduz o único termo
A
x+2
e, pela regra do fator quadrático, o fator (x1 + 3)~ introduz dois termos (uma ve-t quem= 2):
Bx +C Dx + E
--;;:---:-
x2 + 3
+ -:-;;-----:--:-::
(x 2 + 3)2
Assim, a decomposição em frações parciais do integrando é
3x4 + 4x 3 + 16x 2 +20x+9 A 8x+C Dx+E
(x + 2)(x 2 + 3) 2 = x + 2 + x2 + 3 + (.r 2 + 3)2 ( ! 2)
Métodos eficientes para a resolução de sistemas lineares corno esse são estudados em uma
área da Matemática denominada Álgebra Linear; tais métodos, no entanto, estão além do
escopo deste livro. Porém, sistemas lineares de praticamente qualquer tamanho são resol-
v idos por computador, e a maioria dos CAS tem comandos que, em muitos casos, resolvem
sistemas lineares com exatidão. Neste caso em particular, podemos simplificar o trabalho
= =
efetuando primeiro a substituição x - 2 em ( 13), da qual resulta que A I. Substituindo esse
valor de A em ( 15), teremos o sistema mais simples
8 = 2
28 +c= 4
38+2C+D = I0 (16)
6B + 3C + 2D + E = 20
6C +2E = O
Esse sistema pode ser resolvido de cima para baixo, primeiro substituindo B = 2 na segunda
equação para obter C= O, depois substi tuindo os valores conhecidos de 8 e C na terceira
equação para obter D = 4, e assim por diante. Dessa forma, obtemos
c assim
3x4 + 4x3 + l6x 2 + 20x + 9
f ---:---::::-:--c::---:::-::---
(x + 2)(x2 + 3)2
dx
= f dx
x+2
+ f 2x
x2 + 3
dx + 4 f x
(x2 + 3)2
dx
2
= In lx + 21+ ln(x2 + 3) - 2
+C •
X +3
3x4 + 3x3 - 5x 2 + x - I d
.,. Exemplo 5 CaIcuIe
f x2 +x - 2
x.
Solução O integrando é uma fu nção racional imprópria, uma vez que o numerador tem
grau 4 e o denominador tem grau 2. Assim, vamos primeiro efetuar a divisão:
3 ·'3
.x + _x·' I ' +x- 2
' +x-lx-
-sx·
?
x - +x - 1
3x 4 + 3x 3 - 5x 2 + x - I , I
----:::----::---- = (3x-
x2 +x - 2
+ I) + -::-----=-
x2 + x - 2
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 543
e, portanto,
f 3x~ + 3x3 - 5x
2
x+x- 2
2
+x - Id
x =
f<3x + 2
I) x
d
+ f .x+x-2
. ., dx
:;-:----::-
2
A segunda integral à direita envolve uma função racional própria e pode ser calculada por
uma decomposição em frações parciais. Usando o resultado do Exemplo I, obtemos
3x 4 + 3x 3 - 5x 2 + x - I I
f ?
x- + x - 2
dx = x 3 + x
x- I + C
+ -3 In x+2 ~
• OBSERVAÇÕES FINAIS
Há alguns casos em que é inapropriado o rnélodo das frações parciais. Por exemplo, seria
ineficiente usar frações parciais para efetuar a integração
3x 2 +2 ~
f x3 + 2x _
8
dx = In lx· + 2x - 81+C
já que é mais direta a substi tuição u =i+ 2x- 8. Analogamente, a integração
f 2
~- 1
x- + I.
dx =f ?2x
x- + I
dx - f ;'x = ln(x 2 + I) - are tg x + C
X + I
requer somente um poltco de Álgebra, urna vez que o integrando já está na forma de frações
parctats.
x 2 -8 x2 + I x5 + x~ + 4x 3 + 4x 2 + 4x + 4 dx
15.
f x+ 3
dx 16.
f x-1
dx @] 38.
f (x 2 + 2) 3
17.
f
3x2 - lO
x 2 -4x +4
dx 18. f x
x2- 3x + 2
dx
2
39-40 Integre à mão c verifique sua resposta usando um CAS.
x 5 +x 2 +2 x 5 -4x 3 +I
19.
f x·3 -x
dx 20.
f x 3 - 4x
dx 39
@] · f x~
dx
- 3x3 - 7x2 + 27x- 18
2t 2 +3 3x2 -x +1
21.
f ---:--.:.....,-:::2 d X
x(x- 1) 22.
f x3- x2 dx @]40.
f
dx
16x3 - 4x2 + 4x - I
2x 2 - I Ox +4 2r 2 - 2r - I
23.
f ------,dx
(x + l)(x - 3)2
24.
f x 3 -x-
, dx ENFOCANDO CONCEITOS
25.
f x2
(x + I)
3 dx
26.
f 2r 2 + 3x + 3d
(x+ l )l .X
41. M ostre que
1'
o x + 4
·
f
I
dx = -
8
71:
2t2 - I dx
27.
f .,....,--....,..,....,...-,,--~
(4x- l )(x 2 + I)
dx 28.
f x 3 + 2x 42. Use frações parciais para dedu zir a fórmula de integração
I I a +.1:
29.
f
x 3 + 3x 2 + x +9 1
(x2 + l )(x2 + 3) tx
30.
f + x2 + x + 2 d
x3
(x2 + 1)(x 2 + 2) x f -...--=
a2 - x2
dx =
2
-
2a
In
a- x + C
x 3 - 2x 2 +___
2x - 2 d X 43. Suponha que t1x + bx +c seja um polinômio quadrático e
31.
f --__,__;_
x2 + I
que a i nlcgração de
-:;--~
1
:-- dx
32.
f
x 4
+ 6x 3 + I Ox 2 + x
-_;...,;_...:.........::........,....;___ d X
x2+6x+ 10 f ax2 + bx +c
produza uma função sem termos trigonométricos inver sos.
33·34 Calcule a i ntegral fazendo a substituição que co1werte o in- O que isso nos diz sobre as raízes do pol inômio?
tegrando em uma função racional.
44. Suponha que ai + bx + c seja um polinômio quadrático e
que a i megração de
e'
33.
f scn
2
9
cos e
+ 4 sen B - 5
d9 34.
f 2
e' - 4
dt
f ax2 + ~x +c dx I
35. Encontre o volume do sólido gerado quando a região delimitada
por y = .à(9 - i). y = O. x = O ex= 2 gira em torno do ei xo x. produza uma função sem termos logarítmicos e sem tennos
com arco tangente. O <JUC i sso nos diz sobre as raízes do
36. Encontre a área da região sob a curva y = 1/(1 +e') aci ma do
pol inômio?
i ntervalo [-I n 5. In 5]. [Sugesuío: Faça uma substituição que
converta o integrando em uma fu nção racional.] 45. Exi ste algu m poli nômi o quad r:itico ax2 + bx +c tal que a
integração de
37-38 Use um CAS para calcular a integral de duas maneiras: (i)
integrando diretamente c (i i ) encontrando a decomposição . l ntc·
gre à mão para vcrilicar os resultados.
f - .2- -x-:--:-- dx
ax + bx +c
produza uma funçilo sem termos l og~1rítmi cos? Se existir.
x2 + I dê um exemplo; se não, explique por que não pode ex istir
@] 37.
f ( X 2 +2,1• +.:1) 2 dx um tal poli nômio.
4. (a)
x +I
I
.,
-f -
2
I
(b)
.3X
2
+2 -
X2
I
+I 5. (a)
f (
x +
3
l)(l
- 2f ) dx =I n
1
x+l
_ .,,. +C
~
2r 2 - 3x 2
(b)
f ( ,
x- +I ) (.3x + 2) dx = 3
In 13x + 21- are tg x +C
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 545
Nesta seção discutiremos como integrar usando tabelas e trataremos de alguns assuntos
relacionados ao liSO de sistemas algébricos de compmaçfio para integração. Os leitores q11e
ncio estão usando sistemas algébricos compttlacionais podem ignorar aquele material.
• TABELAS DE INTEGRAIS
As tabelas de integrais são úteis para eliminar a necessidade de fazer longos cálculos à mão.
As primeiras e últimas páginas deste livro contêm uma tabela de integrais relativamente bre-
ve, à qual nos iremos referir como Tabela de Integrais das Capas ; tabelas mais abrangentes
estão publicadas em muitos livros de referência, como o CRC Sumdard Matflematical Tables
and Formulae, CRC Press, Tnc., 2002.
Todas as tabelas de integrais têm seu próprio sistema de classiflcaçâo, de acordo com
a forma do integrando. Por exemplo, a Tabela de Inregrais das Capas c lassifica as integrais
em 15 categorias; Funções Básicas, Recíprocos dos Funções Básicos, Potências de Funções
Trigonométricas, Produtos de Funções Trigonométrica.,·, e assim por diante. O primeiro pas-
so ao trabalhar com tabelas é ler loda a classificação, de forma a compreender o esquema de
classificação e saber onde buscar diferentes lipos de integrais .
• ACERTOS TOTAIS
Se tivermos sorte. a integral que estamos tentando calcular será exalamente igual a uma das
formas na tabela. Porém, ao procurar acertos, podemos ter de fazer algum aj uste na variável
de integração. Por exemplo, a integral
f 2
x senxdx
é um acerto total com a Fónnula (46) da Tabela de Integrais das Capas, exceto pela letra usada
na variável de integração. Assim, para aplicar a Fórmula (46) à integral dada, é necessário mu-
dar a variável de integração na fórmula de 11 para x. Com essa modificação mínima, obtemos
(c) f ~Jz - x2
X
dx (d) f (x~ + 1x + l) senrrx dx
Solução (a) O integt'ando pode ser classificado como um produto de funções trigonométri-
cas. Assim, a partir da Fónnula (40), com m = 7 c n = 2, ohtemos
cos9x cos5x
f sen1xcos2xdx = -
18 10
+C
Solução (b) O integrando pode ser classificado como uma potência de x multiplicando
J a + bx. Assim, a panir da Fónnula ( I03), com a= 7 c b = 3, obtemos
f x 2 J7 + 3x dx = :
2 35
( 135x2 - 252x + 392)(7 + 3x)3' 2 + C
546 Cálculo
Soluçtio (c) O integrando pode ser classificado como uma potência de x dividindo
/t1 2 - xz. Assim, a partir da Fórmula (79), com a= ..ti, obtemos
h - x2 d x= J 2 - ~21 ..fi+ /2 -
f X
'
x - - vL.n
X
x2
+C
Solução (á) O integrando pode ser classificado como um polinômio multiplicando uma
função trigonométrica. Assim, aplicamos a Fórmula (58) com p(x) = x3 + 7x+ I e a= rr. As
derivadas sucessivas não-nulas de p(x) são
f (x
3
+ 7x + l)senrrxdx
x 3 + 7x + I 3x 2 + 7 6x 6
= -
n
cos rrx + rr2
sen rrx + 1;r· cos rrx - - 4 sen ;rx
rr
+C ~
.,. Exemplo 2 Use a Tabela de Integrais das Capas para calcular f Jx - 4x2 d x.
Solução O integrando não coincide com nenhuma das formas na tabela. A Fórmula ( 112)
é a que está mais próxima da integral dada, mas fal ha por causa d o fator 4 multiplicando x 2
dentro do radical. Porém, se fizermos a substituição
u =2-r, du =2dx
2
então 4x irá tomar-se 1l, e a integral transformada será
f Jx-4x2dx=~ f J4u-u2du
que coincide com a Fórmula (112) com a=~- Assim, obtemos
= ~[
2
2
x-
2
~ .jx - 4~2
' 32
2
+..!._are sen ( x - ! ) ] +C
~
8x - I I
= v1x - 4x 2 + - are se n (8x - I) + C ~
16 64
Solução (a) O integrando não está nem perto de qualquer uma das formas na tabela. Po -
rém, pensando um pouco, chegamos à substituição
u = e·'·' , tm
.I
= ;r e" t•x
·I
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 547
da qual obtemos
Solução (b) Novamente, o integrando não está nem perto de qualquer uma das formas na
tabela. No entanto, pensando um pouco, podemos concluir que é possível trazê-lo perto da
forma x .Jx2 + a 2 completando o quadrado para eliminar o termo que envolve o x dentro do
radical. Fazendo isso, temos
Neste ponto, estamos mais próximos da forma x·J x2 + a2, mas não ternos um acerto, pois
temos (x- 2)2 em vez de i dentro do radical. Contudo, podemos resolver esse problema com
a substituição
11 = x- 2, du = dx
Com essa substituição, temos que x = 11 + 2, logo ( I) pode ser expressa em termos de 11 como
A primeira integral à direita é um acerto total com a Fórmula (84) com a= I, e a segunda é
um acerto total com a Fórmula (72) com a= I. Assim, aplicando essas fómlUias, obtemos
f x J x2 - 4x +5dx = [~(u 2 + 3
1) '
2] +2 [1uJu2 +I + 4 1n(u +.Ju2 + 1)] +C
Embora correta, essa forma de resposta tem uma mistura desnecess<íria de radicais e expoen-
tes rracionários. Caso desejado, podemos "limpar" a resposta escrevendo
(x 2 - 4x + 5)312 = (x 2 - 4x + 5)/x 2 - 4x + 5
do que segue (verifique)
x3
.,. Exemplo4 Use a Tabela de Integrais das Capas para calcular
~
Solução O integrando pode ser classificado como uma potência de x multipl icando o recí-
f J l +x
dx .
(a) f .fi
I +$
d
X
(b) f 2 +2./i
dx (e) f J1 +e-'dx
- (a)
SoIuçao O 1·ntegrando cont é m x 112 ex1/>·; portanto, 1azemos
r a subslltlllçao
. . • 11 = x 116, d a
qual obtemos
x = 1l, dx = 6115 d11
Assim,
./i f (é)l / 2 5 f 118
f 1+ lfX dx = 1
+ (lló)l/3 (611 )d11 = 6 --;;: d11
-:-1-+-112
Dividindo, obtemos
do que segue
= ~ u 1 - ~ 11 5 + 2u ~- 6u + 6arc tg 11 +C
Solução (b) O integrando comém x 112 , mas não acerta nenhuma das formas da Tabela de
Integrais das Capas. L ogo, fazemos a substituição 11 = x 112, da qual obtemos
' dx = 211 du
x = 11·,
Fazendo essa substituição, temos
f dx
2+2./i -
_ f 2+2u
211 dll
=f (1 - 1~ 11
) d11 IPordhi<OO I
= u - In 11 + uf + C
= .J i - In (l + .,fi) + C INilo é ~o •-.lor ~l>solulo I
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 549
Solução (c) Novamente, a integral não acer ta nenhuma das formas da Tabela de I ntegrais
112
das Capas. Porém, o integrando contém (I + e'') , o que é análogo à situação em (b), exceto
que aqui é I +ex, em vez de x, que está elevado à p01ência 112. Isso sugere a substituição u =
112
(I + e•) , da qual obtemos (verifique)
ln(11 2 - 1).
2tt d
X = dx = 11
u2 - I
Ass im,
f J l +e'dx =f 11 C,22~ , ) du
2112
=
f u2 - I
2
du
=f (2 + , ) du u- - I
Por <.li vi SilO
1 1
= 2u + f ( - ) du
u- 1 u+ l
= 2u +In lu. - li - In lu + li + C
u- 1
= 2u +In +C
u+l
Porém , uma vez que o integrando é uma função raci onal de seno, pode ser desej ável, em
uma dada aplicação, expressar o val or da integral em tennos de seno e cosseno e reescrever
(2) como
I sen x - I
f I+
---dx =
senx cosx
+C
Muitas funções racionais de seno e cosseno podem ser calculadas através de um en-
genhoso método, descoberto pelo matemático K arl Weicrstrass (ver página 136 para uma
biografia). A idéia é fazer a substituição
u I
sen(x/2) = t===;< c cos(x /2) = t===;<
Jt + 11 2
j I + u2
Substi tuindo essas expressões em (3) e (4), obtemos
Figura 8.6.1
2 11
sen x - ? u )( I )
- - ( j I + 11 2 j I + u2 I + u2
2 2
11
cosx - - (
. - ( j I +I u2 ) j I + u2 )
Em suma, mostramos que a substituição u = tg(x/2) pode ser implementada em uma função
racional de sen x ecos x, fazendo
2u 2
sen x =
l+u 2
, COS X = :---;;
I + u2' (/X = :-:---::;
L + u2
(/ 1t (5)
dx
.,.. ExemploS Cal cule
f ·1 - senx
·
+ cosx ·
Solução O integrando é uma função racional de sen x e cos x, que não acerta qualquer
fórmula da Tabela de Integrais das Capas, de modo que fazemos a substituição 11 = tg (x/2) .
A ssim, a partir de (5), obtemos
2du
dx
A subStituição,; 1g (.</2) irá converter
qualquer função racional de scn .< e
cos x em uma função racional ordiná·
f I - sen x + cosx - f I -
(
I
2u )
I + 11 2
+ u2 +
( 1 - 112)
I + u2
ria de "· No entanto, o método pode
levar a decomposições em frações 2du
parciais complicadas, de modo que
pode valer a pena considerar oulras
allernativas mais simples quando se
- f (I + 112) - 2 11 +(I - 11 2 )
du
estiver calculando à mão. =
f 1 - 11
=- In 11 - ui + C= - In I I - tg(x/2) 1+ C ~
dx
f - - = In lx - 11 + C
x-1
que pode ser obtida facilmente à mão ou, no máx imo, usando a substituição u = x - l, é
válida para x > I ou x < I. Contudo, nem todos os si stemas algébricos computacionais pro-
duzem a resposta nessa forma. A lgumas respostas típicas produzi das por vári as versões de
Mathematica, Maple e Derive são
Observe que nenhum dos si stemas inclui a constante de integração, de modo que a resposta
produzida é uma antiderivada particular e não a antiderivada mais geral ( integral indefinida).
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 551
Observe também que somente uma dessas respostas inclui os sinais de valor absoluto; as anti-
derivadas produzidas pelos outros sistemas são válidas somente para x > I. Entretanto, todos
os sistemas são capazes de calcular corretamente a integral delinida
1/2 dx
1
o
--:- = - ln2
x-1
Vejamos, agora. como esses sistemas tratam a integral
f xJx 2 - 4x + 5 dx = ~ (x 2 - x - I )Jx 2 - 4x + 5
+ ln(x - 2 + Jx2 - 4x + 5) (6)
que obtivemos no Exemplo 3(b) com a constante de integração. A lgumas versões de CAS
produzem esse resultado em fom1as algébricas ligeiramente diferentes, mas uma versão do
Maple dá o resultado
f xJx 2 -4x +5dx = *(x 2 - 4x +5) 312 + ~(2x -4)/x2 -4x +5+arc senh (x - 2)
Expressando o expoente fracionário em formato de raiz c o are scnh (x- 2) em forma logarít-
mica usando o Teorema 7.9.4, podemos reescrever isso como (6) (verifique). Uma versão do
Mathematica produz o resultado
que pode ser reesc rito na forma (6) usando o Teorema 7.9.4 junto com a identidade
are senh (-x) = -are senh x (verifique).
Às vezes, os sistemas algébricos computacionais produzem respostas inconvenientes
ou que não são naturais em problemas de integração. Por exemplo, vários sistemas algébricos
computacionais forneceram as respostas a seguir quando solicitados a integrar (x + l(
(x + I)8 (7)
8
A primeira resposta está de acordo com o resultado calculado à mão
Expandindo a e~pressão
(x + J)S
(.r +
8
I )8
- ~ sen 3 X COS6 X - nsen X COS6 X+ 1 ~5 COS4 X SCn X+ .\~S COS2 X Sen X+ 3~5 sen X
Embora esses três resultados pareçam bem diferentes, eles realmente podem ser obtidos um
elo outro utilizando identidades trigonométricas apropriadas.
racionais e funções trigonoméiTicas, bem como várias funções não-elementares que surgem
na Engenharia, na Física e em outras áreas aplicadas. Assim como nossa Tabela de Integrais
no verso da capa tem apenas 121 integrais indefinidas, essas bibliotecas de CAS não cobrem
todas as integrais possíveis. Se o sistema não conseguir manipular o integrando para torná-lo
igual a um de sua bibliotec-a, o programa dará alguma indicação de que é incapaz de calcular
DOMÍNIO DA TECNOLOGIA a integral. Por exemplo, quando solici tamos calcular a inlegral
Às vezes. uma Integral que nao pode
ser calculada por um CAS na forma (8)
em que foi dada pode ser calculada
depois de reescrita em um formato
diferente ou depois de uma substhui· todos os sistemas mencionados anteriormente respondem exibindo alguma forma não-c;llcu-
ção. Se o leitor dispuser de um CAS, l ada dessa integral corno resposta, indicando que não consegu iram efetuar a integração.
faça uma substitulçao " em (8) que
Alguns si stemas algébricos cornputacion~lis respondem a uma inlegração com outra in-
permita ao CAS calcular a lnlegral.
Então, proceda ao cálculo dela.
tegral. Por exemplo, se tentarmos inlegrar e-•· com o Mathematica, o Maple ou o Derive,
obleremos alguma expressão envolvendo erf (a sigla da jim ção erro, em inglês). A função
crf(x) é definida por
erf(x) = - 2 1.< e- 12
dt
.fiio
e, portanto, os três programas essencialmente só reescrevem a integral em termos de uma ou-
tra integral relacionada. De certa forma, é exatamente isso que fi zemos para integrar 1/x, pois
a função l ogaritmo natural é (formalmente) definida por
x 1
ln x =
f
I
- dr
I
~ Exemplo 7 Uma partícula se move ao l ongo do eixo x de tal forma que sua velocidade
v(I) no instante t é
v(t) = 30 cos7 t sen~ t (t ~ 0)
Faça o gráfico da curva posição versus tempo para a partícula, sabendo que ela está em x = I
quando t =O.
Solução Como dx!dt = v(t) ex = I quando t =O, a função posição x(t) é dada por
x= j 7
30cos rsen tdr
4
11
2 = - ~ sen t + 10sen t - ~ scn t + 6sen 1 +C
9 7 5
onde somamos a constante de integração requerida. Usando a condição inicial x(O) = I , subs-
tituímos os valores x = 1 e 1 = O nessa equação para encontrar C= I , de modo que
(a)
f
2x
3x +4
dx (d) f I 2 3/2 dx:
( I - 4x )
11 = 2x
(b) f x.J5x - 4
I dx
3. Em cada parte. use a Tabela de Integrais no verso da capa pam
calcular a intcgml. (Se necessári o. faça primeiro uma substitui-
ção apropriada ou complete o quadrado.)
(c) f xJ3x + 2dx (a) f dx 4-x-
1
, = ___
(d) f 2
x 1nx dx
(b) f cos2r cosx dx = _ _ _
2. Em cada pa.1c, faça uma substituição u c então encontre uma
fórmul a integral na Tabela de Integrais no verso da capa que pos-
sa ser usada para ca lcular a i ntegral. Nào calcule a integml.
(c) f .J J- e3x
e2x
clx = _ __
f
t
(a) ' , dx; u = x 2
I + e·•· (d)
f + x 2- 4x
X
8 dx =---
(b) f e.fi dx; 11 = .fi
3. f x(2xI+5) dx 4. f I
x 2( 1- 5x)
clx 23. f e- 2
·' sen 3x dx 24. f e.r cos 2t dx
S. f xJ2r + 3dx 6. f X dx 25-36 (a) Faça a substituição u indicada e, então. use a Tabela de
J2-x
Integrais no verso da capa para C<tlcular" integral. (b) Se o leitor
7. f x .J4 I- 3x dr' 8. f 1
x.J3x - 4
dx dispuser de um CAS, use-o para calcular a integral e, então. prove
que o resultado é equivalente ao encontrado em (a).
9. f 16 ~ x 2 dx 10. f x ~ 9 dx
2 25.
f (4 -
4s
e~ ,.)2 dx ,
,,e-'
11 = e ll·
f x22 dx f I 1
13.
/ x +4
14.
x 2Jx 2 -2
dx 27.
f r.:
vx(9x + 4)
dx, u=3JX
29. f /4x 2
1
- 9
dx. 11 = 2.\· 53-64 (a) Faça urna substituição 11 apropríada da forma 11 = x"•
ou 11 =(.r+ a)"" c. então, calcule a integral. (b) Se o leitor dispu-
sen2 ( 1n x)
4x
57. f dx 58 f dx
33.
f X
dx, 11 = In x
f x(l -dx
x-~ . fi+~
f x• l2 dx I + fi
35. f ..l<l-2x dx, u = -2x
61.
- ,tl/3
62.
f r.: dx
I - vx
f
36. f + ln(3x l)dx , 11 = 3x + 1
63.
.J1
x3
dx
+x2 ·
64.
f + .,--x-.,.,.,. d r
(x 3)1/5 .
65·70 (a) Faça a substiluição u dada por (5) para converter o in·
37·48 (a) Faça uma substituição 11 apropriada e, então. use a tcgmndo em urna função racional de 11 c. então, calcule a integral.
Tabela de Integrais no verso da capa para calcular a integral. (b) Se o leitor dispuser de um CAS, use-o para calcular a integral
(b) Se o leitor dispuser de um CAS. use-o para calcular a in- (sem usar substituições) e. então. confirme que o resultado é equi·
tegral (sem subsútuições) c. então. confirme que o resultado é valente ao de (a).
equivalente ao de (a).
37. f cos3x
65.
f dx
I + sen x + cos x
66. f dx
2 +sen x
dx
(sen 3x)(sen 3x + I)2
67. f I - cos8 d() f 4senxdx- 3cosx
38. f ln x dx
68.
x.J4 1nx-l
f senxdx+ t!:!.r f sen x dx
39. f 16x~- I
X d
X
40. f e·'
3- 4e2x dx
69.
~
70.
senx + tgx
77. .V= COS X.)'= 0. X= 0. X= rr/2 e confirme que isso é consistente com o resultado do Exer-
cício 6 1 (a) da Seção 8.3.
78. )'=./X- 4. y =O, X = 8
89. Encontre uma substituição que 1>ossa ser usada para inte-
79. )'=I'-•. )' = 0. X= 0. X =3
grar uma funçào racional de scnh x c cosh x c a use para
80. y =In x. y =O. x = 5 calcular
dx
81·82 Use qualquer método para encontrar o comprimento de
arco da curva. f 2 cosh x + scnh x
' OSx$2
81. y=U. 82. y= 3 1nx. 1 < x$ 3 sem expressar a integral em termos de e' c e-z.
I ~ O.
f sccxdx= ln tg(: +~)+ C (b) Confira sua resposta em (a) usando um CAS pam encontrar a
decomposição e m frações parciais de f
88. Use a substituição u = tg ~r/2) para mostrar que (c) Integre f à mão e então confi ra sua resposta integrando f com
um CAS.
cossecx dx = -I In [ 1 -cosx ] + C
2 I +cosx
1. (a) Fónnul:t (60) (b) Fórmula ( I08) (c) Fórmu la ( I02) (d) Fórrnula (50) 2. (a) Fónnula (25) (b) Fónnula (5 1)
I x+ 2 I I é I
(c) Fórmula(l8) (d)F6rrnula(97) 3.(a) - ln +C (b) sen 3x+ ,_scn x+C (c)--JI -e2-' +-arcscn e·' +C
4 x-2 6 2 2
I , x- 2
(d) In (.r- - 4x + 8) +are tg +C
2 2
556 Cálculo
onde a soma que aparece do lado direito é chamada de soma de Riemann. Nessa fórmula, t:;.xk
é o comprimento do k-ésimo subintervalo de uma partição n = xo < x 1 < x2 < · · · < x, = b
de [a, b] em n subintervalos ex; denota um ponto arbitrário do k-ésimo intervalo. Se tomarmos
todos os subintervalos com o mesmo comprimento, ou seja, com /:;.xk = (b- a)/n, então,
quando 11 cresce, as somas de ruemann acabam sendo boas aproximações da integral definida.
Denotamos isso escrevendo
então segue de (I) que as aproximações pelo extremo esquerdo, pelo extremo direito c pelo
. .
ponto médio, d.iscutidas na Seção 6.4, podem ser exprcss~1s conforme indicado na Tabela
8.7.1. Embora tenhamos obtido esses resultados para funções não-negativas no contexto de
aproximação de áreas, elas são aplicáveis a qualquer função que seja contínua em [a, b].
Tabela 8.7.1
AI' ROXIMAÇÁO I'J:IJ) 1\XTilEMO liSQUEIU)O APROXIMAÇÃO PELO EXTIUJMO DIR~ITO AI'IWXIMAÇÀO PELO I'I)NTO MÉDIO
/}
1 a
f(x) dx ~ ( b- a)[YI + >'2 + · · · + Y11 ]
ll
,. ,.
·''
\
1\ , ) '\ f\ v\ 1\
J '\
[\
v:
./"
I
I
l\
I
I 1'-... L I"
~
I I
' I I I
I l I "l It I'
Yo Yr >'l Y. I
X
Yr >'2 )',_ ) }',
.r
I I
)',., Y,...
_l ' . ' l
I
I
I
I
I
I
I
....
I
\'
I X
(I b u b m, 1112 ... mn
Capít ulo 8 I Princíp ios do Cá lculo de Integrais 557
• APROXIMAÇÃOTRAPEZOIDAL
Nesta seção convém denotar as aproximações com 11 subintervalos pelo extremo esquerdo,
pelo ex tremo direito e pelo ponto médio, respectivamente, por L,, R. e M•. Dessas três, a
aproximação pelo ponto médio é a mais utilizada em aplicações. Se tomarmos a média de L.
e R•• obteremos uma outra aproximação importante, denotada por
Figura 8.7.1 O nome " aproximação trapezoidal " deriva do fato de que, q uando f for não-negativa no
intervalo ele integração, essa aprox imação~. é a soma das áreas dos trapézios mostr ados na
f i gura 8.7 .I ( ver Exercíci o 47) .
' I
ln 2 =
f1
- - dx
X
usando as aproximações pelo ponto médi o c Lrapczoidal.* Em cada caso, uti lizamos n = 10
subdivisões do intervalo [I, 2), de modo que
b-a 2-1 b- a 2- 1
-11- = =0.1 ou ~- = =0.05 ....
10 211 20
Ponto médio
Tabela 8.7.2
1'()1\'1'0 Mt:lliO
I
. 111 I· Ym; =f(m;) = IIm; I
EXTRf.MO
X·I Y; = f(x;) = llx;
~I UI.TII'I.I(;AilOR
W·I W;J;
• Em toda esta ~11o d.1n!tllOS os v:llo<es numéricos com no'" rasas d..'Cimais 11 direita d.1 vi'rgula. Se s.:u recurso compu~'>Ciooal n;i()
lll0$U1lt tantas easa.s. S<:rá preciso fazer os ajustes n<ce>sMos. O impon>ntc aqui é cn~enckr os princfpiClS em discussão.
558 Cálculo
1b lb ,
f(x) dx =aproximação+ erro
e E1 correspoo<!em a subestimar e os c definimos IEMI e I Er i como sendo os erros absolutos dessas aproximações. Os erros abso-
valores negativos, a superestimar o lutos são não-negativos e não distinguem entre subestimar c superestimar.
valor da integral.
? I
ln2 =
1 1
-dx ~ 0,693147 181
X
(5)
de modo que, pelas Tabelas 8.7.2 c 8.7 .3, podemos ver que os erros absolutos na aproximação
de In 2 por M 10 e T10 são
T-.tbcla 8. 7.3
ln2
(NOVE CASAS OECIMAIS) APROXIMAÇ.ÃO hRitO
No Exemplo 2, não foi por acaso que a aproximação de In 2 pelo ponto médio resultou
mais precisa do que a aproximação trapezoidal. Para ver i sso, começamos olhando para a
aproximação pelo ponto médio de um outro ponto de vista. Para simplificar nossa explicação,
suporemos que f seja não-negativa em [a, b]. embora nossas conclusões sejam válidas sem
essa hipótese.
Se/for uma função diferenciável, também chamamos a aproximação pelo ponto médio
de aproximação pela reta tangente, pois para cada subinlerval o a área do retângulo utiliza-
do na aproximação pelo ponto médio é igual à área do U'llpézio cuja aresta superior é a reta
tangente a y = j(x) pelo ponto médio do subintervalo (Figura 8.7.2). A i gualdade dessas áreas
segue do fato de que as áreas sombreadas na figura são congruentes. M os traremos, agora,
como esse ponto de vista da aproximação pel o ponto médio pode ser usado para estabelecer
critérios úteis para determinar seM, ou T., é a aproximação que produz a melhor aproximação
Os triangulos sombreados
têm áreas iguais. em um dado intervalo.
Na F igura 8.7.3a, isolamos um subintervalo de (a. b] no qual o gráfico de uma função
Figura 8.7.2
f é côncavo para baixo e sombreamos as áreas que representam os erros nas aproximações
pelo ponto médio trapezoidalno subimervalo. Na Figura 8.7.3b, mostramos uma sucessão de
quatro ilustrações, que tornam evidente que o erro na aproximação pelo ponto médio é menor
do que aquele na aproximação trapezoidal. Se o gráfico de f fosse côncavo para cima, figuras
análogas levariam à mesma conclusão. (Esse argumento, devido a Frank Buck, apareceu no
The College Marhematics Joumal, Vol. 16, no I, 1985.)
A Figura 8.7.3a também sugere que, em um subintervalo no qual o gráfico é côncavo
para baixo, a aproximação pelo ponto médio será maior do que o valor da integral, en-
quanto a aproximação trapezoidal será menor. Em um intervalo onde o gráfico é côncavo
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 559
Erro
'*"";...c,j ponto médio
Erro
Trapezoidal
"'t Area azul < Area azul Area azul < Area cinza
(a) (b)
Figura 8.7.3
para cima, ocorrerá o inverso. Em resumo, ternos o seguinte resultado, que enunciamos
sem prova formal.
8.7.1 TEOUEMA Seja f contínua em [a, b] e sejam IE,11 1 e !ET! os erros a{Jsolutos
que resultam das aproxinwções pelo ponto médio e trapezoidal de J;;' f(x) dx usando n
subintervalos.
(a) Se o gráfico de f for côncavo para cima ou pam baixo em (a, b), então !EM I < IETI•
isto é, o erro nn.aproximaçüo do pomo médio será menor do que aquele na aproximaçüo
trapezoidal.
(b) Se o gráfico de .f for côncavo para baixo em (a, b), emc7o
.,. Exemplo 3 Como o gráfico de .ftx) = 1/x é contínuo no intervalo [I , 2] e côncavo para
cima no intervalo (I, 2), segue da parte (a) do Teorema 8.7. 1 que M 11 sempre dará urna apro-
ximação melhor do que T. para
°- -l dx
1 1 X
= In 2
Além disso, segue da parte (c) do Teorema 8.7.1 que M, < In 2 < T,, para cada inteiro posi-
tivo 11. Observe que isso é consistente com nosso cá lculo no Exemplo 2. ~
ADVERTÊNCIA
Tabe.l a 8.7.4
sen I
(NOVF. CASAS OECIMAIS) AI'ROXIMAÇÂO
Tabela 8.7.5
sen 3
(NOVll CASAS DECIMAIS) AI'HOXIMA('.\0 ERKO
• REGRA DE SIMPSON
Lembre que a média das aproximações pelos extremos esquerdo e direito dá urna aproxima-
ção melhor, a trapezoidal. Veremos, agora, como uma média ponderada das aproximações
pelo ponto médio e trapezoidal pode dar uma aproximação ainda melhor.
A evidência numérica nas Tabelas 8.7.3, 8.7.4 e 8.7.5 revela que, nesses casos,
E r ~ -2EM . Isso sugere que
31h d
f(x) dx = 21h 11
f(x) dx + lh
o
f(x) dx
~ t<2M, + 1;,)
l" b f(x)dx
Utilizaremos a notação S2., para denotar o lado direito dessa aproximação. Assim,
Tabela 8.7.6
VAl.OR OA FUNÇÃO
(NOVI; CASAS DbCIMAIS) AI'ROXIMA~'ÀU f. RRO
Usando a fórmula da aproximação pelo ponto médio na Tabela 8.7 .I e a Fórmula (2) da
aproximação trapezoidal, podemos obter uma fórmula amíloga para Sg,. Para simplificar, subdivi-
dimos o intervalo [a, b) em 2n subintervalos, cada um de comprimento (b- a)/(2n). Identificamos
os extremos desses subintervalos por a = xo , x 1• x2 •••• , x 21, = b. Então, x0 , x 2 • x 4 • •.• , x 2n
define uma partição de [a, b) em 11 subintervalos iguais, sendo que x 1 • x 3 • x 5 •..•• x21,_ 1 são os
pontos médios desses subintervalos. Usando )'; = f(x;) , temos
M, = (
b-
11
a) [y, + YJ + · · · + Y2n- .J
T,, = (
b- (I) [Jo + 2)'2 + 2y4 + · ·· + 2Y2n- 2 + Y2nl
211
Assim, S2, = kc2M,+ T,,) pode ser expresso por
S2, = 3I (b -a)
211
[Yo + 4y , + 2)'2 + 4yJ + 2)'4 + · · ·+ 2Y2n-2 + 4Y2n-l + )'2,] (6)
A aproximação
(7)
dada por (6) é conhecida como regra de Simpson. O erro dessa aproximação é denotado por
Es= "
1
a f(x)dx-Su, (8)
Thomas Simpson (1710-1761) Matemático inglês. Em 1736. mudou-se para Londres e publicou seu primei ro tra-
Simpson era filho de um tecelão. Ele foi treinado para balho matemático em um periódico chamado Ladies's Diary (do
segui r os passos do pai e teve pouca educação formal no qual, mais tarde, tornou-se editor). Em 1737, publicou um bem-
começo de sua vida. Seu interesse por Ciência e Mate- sucedido livro de Cálculo. o qual possibilitou-lhe largar comple-
mática surgiu em 1724. quando presenciou um eclipse tamente a tecelagem e concentrar-se em ensinar e escrever. Sua
do Sol e recebeu dois livros de um vendedor ambulan- sorte melhorou mais ainda em 1740. quando alguém chamado
te. um sobre Astrologia e o outro sobre Aritmética. Simpson Roben Heath o acusou de plágio. A publicidade foi maravil ho-
rapidamente absorveu seus conteúdos e logo tornou-se, com sa, e Simpson conseguiu escrever rapidamente uma sucessão de
sucesso, adivinho local. Sua situação financeira melhorada per- livros-texto de grande sucesso: Álgebra (dez edições mais tradu-
mitiu-lhe desistir da tecelagem e casar-se com sua patroa. Então, ções). Geometria (doze edições mais traduções). Trigo11ome1ria
em 1733. um incidente desafortunado e misterioso forçou-o a (cinco edições mais traduções) c inúmeros outros. É interessante
mudar-se. Ele se estabeleceu em Derby. onde lecionou em uma notar que Simpson não descobriu a regra que leva seu nome. Ela
escola noturna c. durante o dia. trabalhou em uma tecelagem. era um resultado bem conhecido em sua época.
562 Cálculo
Tabela 8.7.7
EXTREMO MlJI,TII'LICAI>Oil
I X; Y; =f(x;) = 1/x; W·I ,,
W·Y·
m+óx t:,.x
l-6x-+-6x -~
m
1 m - ll.x
2
(Ax + Bx +C) dx = - [Yo + 4Y• + Y2 ]
3
(9)
.liigura 8.7.4 Deixamos a cargo do leitor verificar essa regra. Aplicando a regra do terço aos subintervalos
[x2k_2 • x2kl• com k = 1, ... , n, chegamos à Fórmula (6) da regra de Simpson (Exercícios 49-
50). Assim, a regra de Simpson corresponde à integral de uma aproximação quadrática por
panes de j{x).
tamos o erro de arredondamento, já que, para 11 grande, necessi tamos de mais cálculos. Em
aplicações práticas, é importante saber quão grande devemos tomar 11 para garantir um grau
de precisão especificado. A análise do erro de arredondamento não será considerada neste
texto, por ser muito complicada. Contudo, os teoremas seguintes, provados em livros de
Análise Numérica, dão cotas superiores para os erros de truncamcnto das aproximações
pelo ponto médio, trapezoidal e pela regra de Simpson.
8.7.2 TF.ORE~IA (Estimativa do Erro pelo Ponto Médio e Trapezoidal) Se f '' for
comínua em [a, b] e se K2 fo r o valor máximo de I f"(x)l em [<1, b], então
(b -a)~ K,
1
1>
(a) IE,11I = f(x) dx- M" < , - ( lO)
" 24n-
(b- a)·1K?
1
b
(b) IErl= f(x)dx-T,, < , - (ll)
o 12n-
" (b - r1)$ K4
IE si =
1" f(x) dx- S2, s 1 80 (211 )~ ( 12)
.,.. Exemplo 7 Encontre uma cota superior para o erro absoluto que resulta da aproxi-
mação de
In 2 =
'1 I
I
-- dx
X
usando (a) a aproximação pelo ponto médio M 10 com n = I O subin tervalos, (b) a aproxi-
mação trapezoidal T 10 com n = I O subintervalos c (c) a regra de Sirnpson S10 com 2n = 10
subi merva l os.
ln2 = 1 ~dx
1
2
pela regra de Simpson para obter uma precisão de cinco casas decimais?
Solução Para obter uma precisão de cinco casas decimais, devemos escolher o número de
subintervalos de tal modo que
IEsl ;::: 0,()()()()()5 = 5 x 10- 6
Por ( 12), isso pode ser alcançado tomando 211 na regra de Simpson de tal modo que valha
15 • 24
< 5x w-<>
180 · (2n ) 4 -
4 2xl06
(2/1. ) > ou
- 75
Assim,
lO
1/ > -V6 ~ 6,389
Como 11 é um inteiro, vemos que 11 = 7 é o menor valor de 11 que satisfaz essa exigência, com
211 = I 4. Assim, a aproximação s,. com 14 subintervalos produz uma precisão de cinco casas
decimais. •
Nos casos em que é d~fcil encontrar os valores de K 1 e K 4 nas Fórmulas (10). (11) e (12). podemos trocar
essas constantes por qualquer constante maior. Por exemplo, suponha que uma constante K que possa ser
encontrada facilmente dê a certeza de que I f"(x) I < K no intervalo. EntAo K1 :::; K e
3 3
E I< (b-a) K 1 < (b-l1) K (IS)
I r - 12111 - 12n1
de modo que o lado direito de (15) é. também, uma cota superior do valor de 1Eri· Contudo. utilizando K, pro-
vavelmente aumentará o valor calculado do 11 que é necessário para a tolerância do erro dada. Muitas aplicações
envolvem a resolução desses assuntos práticos concorrentes. exempllficados aqui pela compensação entre a
conveniência da encontrar uma cota grosseira para 1/"(x)I e a ellclêncla de utilizar o menor 11 possível para a
precisão desejada .
1 1
cos(x 2 ) dx
Solução Para obter uma precisão de três casas decimais, precisamos escolher 11 de tal for-
ma que
IEMI:::; 0,0005 =5 X 10- 4 ( 16)
A partir de ( lO) com f(x) = cos(i), a= Oe b = I, um limite superior paro o erro 1EM I é dado por
E K2 4 I
I M I :::.: 24. // ?" < 24112 =6n2
-
c assim podemos satisfazer (16) escolhendo 11 de forma que
I - 4
- 0 < 5 X 10
6n-
o que pode ser escrito como
J04 102
112 > - ou 11 > .J3õ ~ 18,257
30 o
O menor valor de 11 que satisfaz essa desigualdade é 11 = 19. Assim, a aproximação pelo ponto
médio M19 usando 19 subintervalos produz uma precisão de três casas decimais. ..,.
10
~ K4(b -a)(6x)
IEsl < 4 (2 1)
(verifique). Portanto, para a regra de Simpson, o limite superior do erro absolu to é propor-
cional a (llx)•, enquanto, para aproximações pelo ponto médio c trapczoidal, é proporcional a
(lltl Assim, reduzindo o comprimento do intervalo por um fator de 10, por exemplo, reduz-
se o limite do erro por um fator de 100 para o ponto médio c o trapczoidal, e por um fator
de 10.000 para a regra de Simpson. Isso sugere que a precisão da regra de Simpson melhora
muito mais rapidamente do que a das outras aproximações.
Corno nota final, observe que, se f(x) for um polinômio de grau 3 ou menor, então temos
/~ (x) =O para todo x; assim, K, = Oem ( 12) c, conseqüentemente, IEsl =O. Logo, a regra de
1
566 Cálculo
I. Seja r.
a aproximação trapezoidal para a imegral definida de r.
(a) Em termos de M. c (as aproximações pelo ponto médio
j(x) sobre um iruervalo [a. b] usando 11 subintervalos. e trapezoidal). temos s/Jo = - -- -
(a) Em termos de L. c R, (as aproximações pelos extremos es- (b) Em termos dos valores )'o. Yt · ... . )'ü, da função nos ex-
querdo c direito). temos 7~ = _ __ _ tremos dos subintcrvulos. temos sho =- - --
(b) Em termos dos val ores )'o. y 1, ••• , Yn da função nos ex- 4. Suponha que J<4l seja contfnua em [0,
I] e que J lk> (x) satis-
tremos dos subintervalos. temos T. = ____ faça IJ lkl(x)l ,::: I c miO, 11. para k = I. 2. 3. 4. Encontre uma
cota superior para o CtTO absoluto que resulta de aproximar a
2. Sejam / a integral definida def sobre um intervalo [a. b] e T. e
integral definida de f sobre [0. l i usando (a) a aproximação
M, as respectivas aproximações trapezoidal e pelo poruo médio
pelo ponto m&lio M lll' (h) a aproximação trapezoidal 7'10 e (c) a
de I para um 11 dado. Suponha que o gráfico de f seja côncavo
regra de Simpson S,c,·
para cima no intervalo [ti. b): ordene as quantidades 1:,. M, e I de 1
menor pam maior: _ _ _ _ < _ _ _ _ < _ _ __ S. Aproxime lu scn x d x
2
usando o método indicado.
3. SejaS),, a aproximação peJa regra de Simpson da integral defi- (a) M4 = (b) T,, = _ _ __
nida dej{x) sobre um intervalo la. bl usando 2u. subintervalos. (c) S4 = (d) S8 =____
~ e-·' dx
1 4
4. fu cosxdx S. 6. [o '+ I
2x
dx
onde Yo = f(m - 6x). Yt = f(m)..: Y2 = f(m + 6x) .
7· 12 Use as desigualdades ( 10), ( I I ) e ( 12) para encontrar cotas
superiores para os erros nas panes (a). (b) c (c) dos exercícios I
indicados.
19. f(.r) = -; m = 3. 6x = I
X
""E
casas decimais.
-.,,. 60
27. r I
lo I+ x-
_4--:-, d X .,
-o
-o
u
~o
20
.,
.2
>
29. No Exemplo 8. mostramos que 211 = 14 subdivisões garantem o 2.5 ~ 7.5 10 12.5 15 17.5
que a aproximação de
Tempo r(s) Fi gura Ex·37
= jl{ ~X dx
2
ln2
38. Um grálico da curva aceleração a vet;ttts tempo 1 para um
objeto movendo-se em linha reta está na figura abaixo. Es-
pela regra de Simpson é preci sa com cinco casas decimais.
time as acclcraçOcs emt = O. I , 2, .... 8 s a partir do gráli-
Confirme isso comparando a aproximação de In 2 pela regra de
co c use a regra de Simpson para aproximar a variação da
Simpson com 211 = 14 ao valor produzido diretamente de seu
recurso computacional.
=
velocidade de 1 = O a 1 8 s. Arredonde sua resposta até
o décimo de cm/s mai s próximo. [Sugestão: Variação na
8
30. Em cada parte. determine se a aproximação trapezoidal subes- velocidade=fo a(t)dt.l
tima ou superestima a integral definida dada.
2
(a) f'
.fo
cos(x 2) dx (b) {
.f3t2
cos(x 2) dx
31.1 2
xsenxdx 32. 1 1
e"'u d x
Tempo t (s) Figura Ex-38
33-34 Mostre que as desigualdades ( I 0) e (l i ) não têm serventia 39-42 Os métodos de integração numérica podem ser usados em
para encontrar uma cota superior para o erro absoluto que resulta problemas nos quai~ os valores do integrando são tão-somente da-
de aproximar a integral dada com as aproximações tanto pelo pon- dos por mensuração ou. então. determinados experimentalmente.
to médio quanto trapczoidal. Use a regra de Simpson para estimar o valor das integrais relevan-
tes nestes exercícios.
em [0. I').
42. Engenhei ros querem constru i r uma estrada reta e nivelada,
com 600 pés de comprimento c 75 pés de largura, fazendo (b) Qual é o tamanho de 211 na aproximação de
0
f(x) dx J1
um corte através de um morro (veja a figura a segu ir). As pela regra de Simpson para garantir que o erro absoluto
alturas elo morro acima da linha central da estrada proposta, seja menor elo que I o-~?
obtidas ele vários pon1os de um mapa topográfico ela região, (c) Calcule a integral usando a regra de Si mpson com o valor
esião na tabe la que segue. Para estimar o custo da constru - de n obtido em (b).
ção. eles precisam conhecer o volume de terra que deve ser
remov ido. Aproxime esse vol ume. arredondando ao pé cúbi- ENFOCANDO CONCEITOS
co mais próximo. [Sugt>stão: Primeiro. estabeleça uma inte- 47. (a) Verifique que a média das aproximações pelo extremo
gra l para a área da seção transversa l do corte ao longo da li- esquerdo c pelo extremo direito dadas na Tabela 8.7.1
nha central da estrada: depois. suponha que a altura do morro dá a Fórmula (2) da :1proximaç;io traperoidal.
não varie cmrc a linha central c as margens da estrada.]
(b) Suponha quef seja uma função contínua c não-negativa no
inh:rvalo la. bl c subclivida )a. b] em pontos igualmente
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 569
=
espaçados a xo < .r1 < · · · <.r, =
b. Encontre a 50. Suponha que f seja uma função contínua e não-negati va no
área do trap6zio sob o scgmcmo de reta que liga os pon- intervalo [a. b] c subdivida o intervalo [a. b] em pontos igual-
tos (.tt. f(xk)) c (Xk+l· f(xk+J)) e acima do intervalo mente espaçados a = xo < x 1 < · · · < x 21, = b. Defina
[xk. Xt+Jl Mostre que o lado direito da Fórmul a (2) é a Yt = f(xt). k = O. I. .... 2n.Scjagl(x)afunçãodafonna
soma dessas árc.'ls de trap6zios (Figura 8. 7.1 ). g; (x) = Ax 2 + Bx + C que passa pelos pontos (xu, Y2i ),
48. Seja f uma funçào que é positiva. contínua, decrescente e (xu+l, J2i+l) c (xu+Z· Jli+2), i =O. I. .... 11 - I. Veri-
côncava para baixo no intervalo [a. bJ. Suponha que o inter- fique que a Fórmula (6) calcula a área sob o gráfico de uma
função quadr:ítica por panes. mostrando que
J:
valo [a. b) esteja subdividido cm11 subintervalos de mesmo
comprimcnlo. Arranje as aproximações de f(x) dx a se-
guir em ordem dccn:scente de valores: pelo extremo esquer-
do. pelo extremo direito. pelo ponto médio e trapezoidal.
L (lXb•·,g;(x) dx)
n-1
1=0 Xb
2
49. Suponha que ó..r > O c que g(.t) = Ax + Bx +C. Seja l (b -(t )
m um mímcro c defina Yo = g(m- ó.x), Y1 = g(m) e =-
3 2n
IYo +4Y• +2Y2 +4YJ +2y4 + · ··
Y2 = g(m + ó.x). Verifique a Fórmula (9):
+ 2yz,,_2 + 4y211 - l + )'2J,]
m+A•· Ó.X
1 m - Ax
g(x) dx = -3 [Yo + 4Y• + Y2l
1
(b) (b ;
3• _/1
a) Lro + 4y• + 2n + 4y, + 2y~ + · · · + 2nn-2 + 4)'2n-l + Y2nl
I I I
4. (a) 2400 (b) 1200 (c) -=-1.7:800:-::-.~ooo=
8 .8 INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
Até aqui concemramo-nos nas integrais definidas com imegrando.1· contínuos e intervalos
de integração finitos. Nesta seção ampliaremos o conceito de integral definida para incluir
imervalos de imegração infinitos e imegrandos que se tomam infinitos demtv dos intervalos
de integração.
• INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
Supõe-se na definição da integral definida
,
1 11
f (x) d x
que [a, b] é um intervalo finito e que o limite que define a integral existe, isto é, que a função
f é integnível. Observamos nos Teoremas 6.5.2 e 6.5.8 que funções cont.ínuas são integráveis,
bem como o são funções limitadas com um número finito de descontinuidades. Também
observamos no Teorema 6.5.8 que funções não-limitadas no intervalo de integração não são
integráveis. Assi m, por exemplo, uma função com uma assíntota vertical dentro do intervalo
de integração não seria imegrável.
Nosso objetivo principal nesta seção é ampliar o concei to de uma integral dellnida para
pcnnitir intervalos infinitos de integração c intcgrandos com as assíntotas verticais dentro do
intervalo de integração. Vamos chamar as assíntotas verticais de descontinuidades infinitas
c as integrais com intervalos de intcgraç.'ío infinitos ou com descontinuidades infini tas dentro
do intervalo de integração de integrais impróprias. Aqui estão alguns exemplos:
570 Cálculo
10
1 I
+"' dx
x2. _,. e'dx.
1 +" dx ,
_,. I + x-
d~.
2
1 1 3
- 3 x- 1 X-
dx .
I lo(" tgxdx
• Integrais impróprias com descontinuidades infinitas c intervalos infinitos de inte-
gração:
r+" dx . +" dx +..
lo ...fi 1 -"' x 2 - 9' 1 secxdx
+"'
1{/
f(x)dx
vamos começar com o caso em que f é contínua e não-negativa em [a. +oo); assim, podemos
pensar na integral como a área abaixo da curva y = f(x) no intervalo [a, +oo) (Figura 8.8.1).
A princípio, podemos estar inclinados a argumentar que essa área é infinita, pois a regi ão
tem uma extensão infinita. Porém, tal argumento estará baseado em uma intuição vaga, e não
[
...
f(x) dx
em uma lógica matemática precisa, uma vez que o conceito de área foi somente definido em
intervalos de extensão finita. Dessa forma, antes de fazer qualquer afirmativa razoável sobre
• a área da região na Figura 8.8.1, precisamos começar por definir o que entendemos por área
•r dessa região. Para isso, será útil focalizar um exemplo específico.
(l Vamos supor que estamos interessados na área A da região que está abaixo da curva
y = lb? e acima do intervalo [I, +oo) do eixo x. Em vez de tentar encontrá-la toda de uma
Figura 8.8.1
vez, vamos começar por calcular a parte dela acima do intervalo finito [I, bj, onde b > I é
arbitrário. E ssa área é
d.; = -~]h = I - ~
y= -
I
~.2
11
b
X X 1 b
Área =
!" tlx= I - -I
-
b
(Figura 8.8.2). Se permitirmos b crescer de tal forma que b -Hoo, então a parte da área acima
de [I , b] irá começar a preencher a área sobre todo o interval o LI , +oo) (Figura 8.8.3); logo,
podemos definir razoave.l.mente a área A sob y = lli sobre o intervalo [I, +oo) corno sendo
I x2
F igura 8.8.2
b
A= 1~
I
dx
x2
= lim
,, ... ~
1b I
t!::_
x2
= lim
,,.... +.,
(1 - ~)b = I (I)
A ssim, a <írea tem um valor fi nito de I , e não é inf1nita, como havfamos conjecturado ini-
cialmente.
." I ." I
,. I
.r= - 2 y=- y =-;
X x2 .r-
'
Area = 2I '
Area=
I
-2
3
Árc;t = t Área= I
X X X
I 2 3 .j
Figura 8.8.3
Tomando a discussão anterior como guia, vamos fazer a definição a seguir (que é apli -
cável a funções com val ores tanto positivos quanto negativos).
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 571
Se f for uma funçao nilo-negativa no 8.8.1 DEFIJ\,ÇÃO A integral imprópria de f 110 inten•alo [a, +oo) é definida por
intervalO'"·+»), enlllo interpretamos
a integral imprópria da Oeflnlçao 8.8.1
como a área sob o gráfico de f acima
do intervalO [a.+o<.). Se a integral con· 1a
-ho f(x)dx = lim
h-e +-:e c1
lb f(x)dx
~ Exemplo 1 Calcule
~ +" dx
(a) 1+--x
I x3
(b)
1 I
-
X
Solução (a) Seguindo a definição, substituímos o limite superior infinito por um !.imite
fini to b, e então tomamos o limite da integral resultante. I sso fornece
1 1
+., -dx = lim
x 3 b~ +'l> 1
1'' -dx3 =
x
lirn [ - -
I•~ +oo
I ]"
2x 2 1
= lim
1>- + -
(I- - -
2
I ) =-I
2b2 2
Solução (b)
1 1
+>< -dx =
X
lim
i>-++><
1' 1
-dx =
X
lim
i>-++><
( 1n x) b1 = lim lnb = +oo
b ->+oc
Nesse caso, a integral diverge e, portanto, não tem valor algum. ..,.
\'
)' =!.X • .
~
~
3 Como as funções 1/x', lfx· e 1/x são não-negativas no intervalo [I, +oo), temos, a
I
y=-:; • partir de ( I ) e do último exemplo, q ue sobre esse intervalo (I a área sob y = llx3 é~ . que
,("
2 2
a área sob y =llx é I, e que a área sob y = llx é infinita. Porém, superficialmente, os grá-
)' =..!.
..r:t
• ficos das três funções são muito parecidos (Figura 8.8.4), e não há nada que sugira por
que uma das áreas seja infinita e as outras, não. Uma explicação é que llx3 e l/x2 tendem
~ X
a zero mais rapidamente do que 1/x quando x ~+oo, de tal forma que a área no intervalo
2 3 4 2
[I, b ] acumula menos rap idamente sob as curvas y = I li e y = l/x do que sob y = 1/x
quando b ~+oo, e a di ferença é suficiente para que as duas primeiras áreas sejam finitas
Figura 8.8.4
c a terceira, infinita.
+» dx
~ Exemplo2 Para quais valores de p a integral
1 I
-
,,
A • " converge'?
Solução Sabemos do exemplo anterior que a integral diverge se p = I ; portanto, supomos
que p :;e I. Nesse caso, temos
1 I
+., -dx = lim
xl' b-<-+:<
1'
I
x - Pdx = lim
h-+ +.,.
xl - p ] "
I - p I
= lim
1>-+oc
[ bl - p
I - p
-
expoente I - pé positivo e b 1-p ~ +oo quando b ~ +oo. A ssim, a integral converge se p > I e
diverge em caso contrário. No caso convergente, o val or da integral é
[o _ J__
1 1
+., dx _
xP
1
I - p
1
p- I
(p > I) ....
572 Cálculo
8.8.2 TEORE)L\
se p >
p - 1
diverge se p < I
A ssim,
-toe b
L
1
(1- x)e- x dx = lim [xe-·' ] ' = lim -
1, ..... +'-" o , ... +"- eb
O limite é uma forma indeterminada do tipo oo/oo; port anto, vamos aplicar a regra de
L ' Hôpital, derivando o numerador e o denominador em relação a b. I sso fornece
+"' . .I
A área Hquida com sinal entre o
gráfico e o intervalo [0. + oo) é
zero.
1 o
( l - x)e- ' dx = IIm -;: = 0
h -+ +oo e >
Podemos interpretar isso como significando que a área líquida com sinal entre o gráfico de
Figura 8.8.5 y =(I - x) e__, e o intervalo [0, + oo) é O(Figura 8.8.5) . ...,.
~~ f(x) dx Dizemos que a integral co11verge se o limi te exi stir c diverge caso contrário. A i11tegral
imprópria de f no intervalo (-oo, +oo) é defi nida por
como a área sob o gráfico de f acima
do intervalo h><. +oo). A área é finita
e igual ao valor da Integral se esta
convergir, e infinita se ela divergir.
1~ f (x) dx =i: f(x)dx +1 -toc f(x)dx (3)
onde c é um número real qualquer. Di zemos que a integr al imprópria converge se ambas
as parcelas convergirem e diverge se alguma delas divergir.
dx
1
+~-
Embora seja costume escolher ,. = o
~ Exemplo4 Calcule ,.
em (3), essa escolha não é relevante, - <» I +x-
já que pode ser provado que nem a
convergência nem o valor da integral Solução Vamos calcular a integral escolhendo c= O em (3). Com esse valor para c,
são afetados pela escolha de c. obtemos
+"' dx . 11> dx . h . 7r
- --=-, = hm , = hrn (arc 1gx) 0 = hm (arc tgb) = -
1o I + x- 1>--.+-:o o I + x- 1>--. +,. 1> -.+oo 2.
1 ° ----::-
- ?C
dr ? =
I + x-
lim
"._ -~
1° +
a I
d ·x , =
x-
lim (are tg
tt- -;)C
x] o =
" "
lirn (- are 1g a ) = -7r
- -x. 2
A ssim, a integral converge e seu valor é
1° dx + 1+>< -:-:---:
1 +x
- -x
dx
- --=-
?
I + x-
= - x I + x-
dx 7r 7r
:;, = - + - = 7r
o I + x- 2 2
?
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 573
Urna vez que o integrando é não-negativo no imervalo (-oo, +oo). a integral representa a área
da região mostrada na Fjgura 8.8.6. <111
l
{ t{x)dx
II 8.8.4 Dl~FtNIÇÃO Se f for contínua no i nter valo [a, b], exceto por urna descontinuidade
infinita em b, então a integral imprópria de f 110 intervalo [a, b] é definida por
" I
I lk
a b
X
1
(I
1>
f(x) dx = lim
k-b""' 11
.f(x) dx (4)
(a) Caso o limite exista, dizemos que a integral imprópria converge, e o limite é definido
como sendo o valor da integral. Caso o limite não exista, dizemos que a integral imprópria
,. diverge, e não é atribuído nenhum valor.
1
dx
.,.. Exemplo 5 Calcule
1
O .,/J - X
Solução A integral é imprópria, pois o integrando tende a +oo quando x tende para o limite
.r superior I pela esquerda. A partir de (4),
(I
(b)
k b
O
1
1 .,/J dx
r.;===
-X
.
= k hm
-. J-
1kJ J
O
dx
- X
= klim
-. 1-
[ - 2J 1 - x Jk
O
}ligura 8.8.7
= lim (-2.J I -k+2] = 2 <111
k-'1 1-
As integrais impróprias com urna descominuidade infi nita no extremo esquerdo ou den-
tro do inter val o de integração são definidas corno segue.
8.8.5 DEFINIÇÃO Se f for contínua no inter valo [a, b], exceto por uma descontinuidade
infinita em a, então a integral imprópria de f 110 intervalo [a, b] é definida por
1 a
b f(x)dx = lim
l~a-t
1"
t
f(x)dx (5)
Dizemos que a integral co11verge se o limite existir c diverge caso contrário. Se f for con-
tínua no intervalo [a, b], exceto por uma descontinuidade infinita em um ponto c em (a, b),
574 Cálculo
1 a
b
f(x)dx = 1c á f(x)dx + 1b
c f(x)dx (6)
(a) 12 1 I
dx
-X
(b) 1 I
4
dx
(x - 2)2/:l
(c)
1 o
+,. dx
./X(x+ I)
.r
Solução (a) A integral é imprópria porque o integrando tende a - oo quando x tende ao
2
limite inferior 1 pela direita (Figura 8.8.9). A partir da Definição 8.8.5, obtemos
1 2 --
dX =
1-x
,.1m
k-+ 1+
1'k
- dX
l -x
= l'1111
k -+ 1+
[ - In I I - X 1] k2
I
.)' = T::X = lim ( - In I - li + In l i - kl] = k-lin11• In 11 - kl = -oo
k_.J +
Assim, a integral diverge.
Figura 8.8.9
Solução (b) A integral é imprópria porque o integrando tende a +oo no ponto x = 2, que
está dentro do intervalo de integração. A partir da Definição 8.8.5, obtemos
1 I
4
dx
(x- 2)2/3 =
1 I
2
dx
(x - 2)213
t
+ 12 (x -
dx
2)213
(7)
Mas
1
2
__
1 (x - 2)213
d_x~ = tim
k-+2-
1k 1 (x- 2)213
dx = lim [3(k- 2) 113 - 3( I - 2) 113] = 3
k -+2-
14*
1
2
4 dx
=
- - - - ,?..,
(x - 2)-13
Assim, a partir de (7),
.
ltm
k-+2..
dx
(x- 2)213
= .
ltm [3(4- 2)
k-+2 •
1/3 1/3 3r,;:
- 3 (k- 2) ] = 3v2
dx
1
4 3
~----=-:-:
(x - 2) ·
2:;::/1 = 3 + 3 -Y2
Solução (c) Essa integral é imprópria por duas razões- o intervalo de integração é inllnito
c há uma descontinuidade inlinita em x =O. Para calcular essa integral, vamos d.ividir o i_nter-
valo de integração em um ponto conveniente, digamos x = I, e escrever
r+"' dx t dx 1+"" dx
lo ./X(x + 1) = l o .JX(x + I)+ 1 .)X(x + l)
O integrando nessas duas integrais impróprias não acerta nenhuma fórmula na Tabela de Inte-
grais das Capas, mas o radical sugere a substituição x = 11 2, dx = 211 d11, da qual obtemos
f dx
../X(x + I) -
-! 211d11 _
11 (112 + I) -
2/ d11
11 2 + I
= 2 are tg 11 + C = 2 are tg ../X + C
Assim,
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 575
ADVERTÊNCIA
Às vezes, é tentador aplicar o Teorema Fundamental do Cálculo direlamente a uma integral imprópria, sem
tomar os limites apropriados. Para ilustrar o que pode acontecer de errado com esse procedimento, supo-
nha que ignoremos o fato de que a integral
1
dx
2
- I ] =-1-(1)= -2
X- I o
Esse resultado é evidentemente incorreto, pois o integrando nunca é negativo e, por conseqüência, a inte-
gral não poderia ser negativa! Para calcular (8) corretamente, deverfamos primeiro escrever
1
2
o (.r-
dx
1)2 =
11 o (.r-
dx
1) 2
!.2 dx
+ (x- 1)
1
2
e, então, tratar cada parcela como uma integral imprópria. Na primeira parcela, vemos que
1o
1
.,.-d_·•...,.·,... = Iim
(.r - 1)2 k ....
1k
~ - o (x - 1)2
dx
•· - 1-
1
= lim [ -.,--...,.- 1] = +oo
k- I
de modo que (8) diverge .
C = 4r lim
k-+ r
1* 0
dx
J,.2 _ x 2
(c)
1:r/4tgx dx (a) 1+~ e-·• dx
0
(b) 1~ exdx
LI
0
2. Expresse cada integral imprópria do Exercício I em termos de (c) { I dx (d) ;yxz dx
um ou mais limites apropri ados. Não calcule os Hmitcs. o 3x· o .
" 14 scc 2 x
1 X- 3 1
+"'
3
dx !"'4
23.
1"'3 -v' l -2cosx
dx 24.
1o I - tgx
dx
(c)
1
_,. ~X - I
2. Em cada pane. determi ne todos os valores de p para os quais a
(f) lo tg x dx
,-
-::>.
1O X
3 dx
-2
26.
1
2~
- 2 x2
imegral é imprópria.
[' dx
(a) lo xP
( dx
(b) 1 1 -x--p (c) 1 1
e-px dx
27. 1- I
8
x - 113 dx 28.
['
lo (x-
dx
1)213
r+7.
29. lo x2
I
dx 30.
r+» dx
3-30 Calcule as integrais que convirjam. l1 xJx 2 - l
3. 1+~
o e - lr dx 4. 1+>< dx X
2
3 1·34 Faça a substituição 11 c calc ule a integral delinida resul-
- IJ +X tante.
1+'-'- 6. 1+>! xe-x dx
1
S. -? dx +" e-..!X
7.
3 x2-
l, t-'A x lnl x dx
I
8.
0
Lj·'l. dx
1
31.
1o
r.: dx;
·v ·'
11 = fi INora: 11 ~ +ooquandox ~ +ool
3
x.JiilX +"-' dx
9. 10 dx
10.
2
13 dx
32.
!12
--,:::---- ; 11
-/X(x + 4)
= -IX
_., (2t- 1)3 x2 + 9 +" e-·"
ex dx
_, 3- 2e-<
33.
1o J 1-e- ...
dx :
}]. 1+"'
_,. x dx 14. 1+"'
_, J x
X
2 +2
dx 34.
@]37. Em cada item. teme calcu lar exatameme a integral com um 8 48. (a) Confirme gráfica c algebricamente que
CAS. Se sua resposta niio for numericarneme simples. então use
oCAS para encontrar uma aproximação numérica da integral. 1 e·'
::----:- < (x > O)
2x+ l -2x+ l
(a) i:r. x8 + ~( + I dx (b) 1+» j I ~ x3 dx (b) Calcule a integral
1 +X
rr2
(c) dx = - -
I o 12 49. Seja R a região à direita de x = I que é limitada pelo eixo x
39. Encontre o comprimento de arco da curva y = (4 - x 213 )3/ 2 c pela curva y = llx. Quando essa região gira em torno do
acima do intervalo 8]. ro. eixo x, ela gera um sólido cuja superiTcie é conhecida como
cometa de Gabriel (por razões que devem ficar claras na
40. Encontre o comprimento de arco da curva y = .J4 - x2 aci -
figura abaixo). Mostre que o sólido tem um volume linito,
ma elo intervalo [0. 2].
mas que sua superl'fcic tem urna área in fin ita. [Nota : Foi
41-42 Use a regra ele L'l-l ôpi tal para ajudar a calcular a i ntegral sugerido que se alguém pudesse saturnr o imeri or do sólido
i mprópri a. com tinta e permitir que pcrmeasse para a superfície, então
poderíamos pintar uma superfície infinita com uma quanti-
y
dv
·
scnx dx e
+»
cosxdx 1
divergem.
578 Cálculo
+"' I (b)
1
1+"'e-x'f'lq' dx = I, >O
1 :\ a! .-2 17
..fiiiu _.,.
0
x-e- " dx =
2a~. a >O
c esse resultado para mostrar que ii = J8 RT /(rrM). 60·61 Urna integral imprópria convergente em um intervalo infi-
nito pode ser aproximada. primeiro. substituindo-se o(s) limite(s)
(b) Use um CAS para mostrar que
infinito(s) de integração por lirnite(s) finito(s) e. então. usando urna
3-/1i
1o
+oo .4
-1e
-a1x l d ._
·' -sa·s• a >O
técnica de integração numérica, tal como a regra de Sirnpson, para
aproximar a integral com limite(s) fi nito(s). Essa técnica está ilus·
trada nestes exercícios.
c esse resultado para mostrar <JUC llrms =.J3RTIM .
55. No Exercício 23 da Seção 7.7, determinamos o trabalho neces- 60. Suponha que a integral no Exercício 58 foi aproximada escre-
sário para levar um satélite de 6.000 libras para uma posição vendo-a primeiro como
orbital. que está 1.000 milhas acima da superticie da Terra. As
id6as discutidas naquele exercício serão necessárias aqui. r+"' e-,Tl dx =
lo
{K e-x' dX +
lo
1+" K
e _, .l dX
61. (a) Pode-se mostrar que 68. Dada :1 função gama definida no Exercfcio 67, use-a para
r+"' I ;r
mostrar que
63. Mostre que fo' dx/x Pconverge se '' < I c diverge se p > I. T= f8L ro. 1
dB ( I)
{'i l o .Jcose - cos eo
II]64. É possível. às vezes. converter uma integral imprópria em uma
integral ''própria" com o mesmo valor. através de uma substi- onde O= 0(1) é o ângu lo que o pêndulo faz com a venical no
tuição apropri ada. Calcule a i ntegral a seguir. fazendo a subs- instante 1. A integral imprópria em (I) é difícil de ser calculada
tituição indicada, e investigue o que acontece se calculamtos a numericamente. Usando a substituição sugerida abaixo. pode·
integral diretamente. usando um CAS. se mostrar que o período pode ser expresso como
' jfg
1o - x+·r dx; u=JI-x
I
(2)
65·66 Transforme a integral imprópria dada em uma integral pró· onde k = scn(Oc/2). A integral em (2) é chamada de integral
pria fazendo a subst ituição u dada e, então. aproxime a integral elíptica completa. de primeira espécie c 6 mais faci lmente.cal-
própria pela regra de Simpson com 2 11 = I O subdi visões . Arredon- cul ada por métodos numéricos.
de sua resposta para três casas deci mais. (a) Obtenha (2) a partir de ( I ) substituindo
2
2. (b) lim
b->;r-
1h
:r/~
cotgxdx (c) lim r
b-+~ lo x2
I dx (d) lim
+ I o-+ 1 ~
1
0
2
x2
I dx + lim
+I b->+"'
lh
2 x2
I dx
+ I
I
3. ---,-·p>l 4. (a) I (b) diverge (c) diverge (d) 3
p- I ,
1·6 Calcule a integral com a aj uda de uma substituição 11 apro- 21 -26 Calcule a imcgral efetuando uma substituição trigonomé-
priada. trica apropriada.
I. f .J4 + 9xdx 2. f 1
sec nx
dx 21.
f
x·?
..j9 - x 2
dx
.t f .Jcosxsenxdx 4.
f
dx
x In x 23.
f
dx
.Jx'i- I
24.
f .Jx
x2
2 - 25
dx
9. f xe- x dx l O. f x sen2x dx
qu ais valores de x é válida sua resposta?
(b) Calcule a integral usando li substituição x = scn O. Para
19. f sen~2rdx 20. f xcos5 (x 2 )dx 39. f tg2 2rdx 40. f 3x- I dx
2+x2
Capítulo 8 I Princípios do Cálculo de Integrais 581
3 1 1
(c) f tg xdx
1
(d) f 1
tg x scc x dx
2
41. fo Jx + I dx 42.
1- • 2r +3
dx
(e) f x3
3x2 d x
+I (f) f (x~21)3 dx
43·44 Use as desigualdades ( I 0). (l i ) c (12) da Seção 8.7 pam
encontrar cotas superiores para os erros nas panes (a). (b) e (c) dos (g) f are tgxdx (h) f ,/4-x 2 dx
exercícios indicados.
de
de subintervalos que garanta que o erro absoluto na aproximação
pela (c) regra de Si mpson seja menor que o valor dado.
57. lo tg edO
7 58.
f cose
sen2 e- 6 sen e+ 12
- I / ..fi
( I - 2x 2) 312 dx
2 dx
47. fo+x e-·' dx
9
dx
48.
1-~ x 2
1
+4 63.
f (.r- l )(x + 2)(x- 3)
clx
64.
lo
1/ 3
(4- 9x2)2
clx
[
f' ..,.--- 8 .Jx -4 {'"2
49.
lo J9 -x
50.
lo 2r -
-
I
51. Encontre a área da região que é delimitada pelo eixoxe a curva
dx
65.
1 -'--- d x
X
1
66. lo .J& - I dx
d.r
y = (In x- I )li parax<!: e. 67.
f .Je·• + I
dx 68.
f x(xl+x+ l )
52. Encontre o volume do sólido que é gerado quando a região
entre a curva y = e' para x C: O e o eixo x gira em torno do
eixo y.
69.
r''2<1rc sen x clx
lo 70. f tg 5 4x scc~ 4x dx
2
dO
53. Encontre um val or positivo de a que satisfaça a equação
+., I
71.
f x +3
.Jx2+2x +2
dx 72.
f sec 8
tg 3 e - tg2 e
1
o
-::-~dx= l
+
x2 a 2
54. Considere os seguintes métodos de calcular integrais: substi -
73.
10
+"' X
(x 2 + I )2
dx
• ÂNGULOS
Os ângulos em um plano podem ser gerados pela rotação de um rai o (semi-reta) em torno de
sua extremidade. A posição inicial do raio é denominada lado Inicial do ângulo, a posição
final é chamada de lado final do ângulo e o ponto onde se cruzam os lados inicial e finàl é o
vértice do ângulo. Vamos admitir a possibilidade de que o raio possa fazer mais de uma revo-
lução completa. Os ângulos são considerados positivos se gerados no sentido anti-horário e
negativos se gerados no sentido horário (Figura A.l ).
Lado inicial
FiguraA.l
,. y \' y
X .r X X
,. ,.
-6
;r 1t
4
.r X X X
Figura A.3
Tabeln 1
Note que, na Tabela 1, os ângulos em
graus são designados pelo slrnbolo Graus 30° 45° 600 90° 120° 135° 150° ISO• 270° 360°
de grau, mas os ângulos em radianos
não têm unidades especificadas. Isso Radianos 1t ..!L ..!L ..!L l!r la ~ ;r ~ 211
é uma prática padrão - devo·se en· 6 4 3 2 3 4 6 2
tender que as unidades são radianos
quando não houver unidade especifl·
cada para um ângulO.
A partir do fato de que 1'l radianos correspondcm a 180°, obtemos as fórmulas a seguir,
que são úteis para converter graus em radianos c vice-versa.
1'{
1° = -rad ~ 0,01745 rad ( I)
180
0
180)
1 rad = ( -;- ~ 57° 17' 44.8'' (2)
.,.. Exemplo 1
Solução (a) A partir de ( I ), os graus podem ser convertidos em radianos multipli cando-se
por um fator de conversão de rr/180. Assim,
146° = (
1f
· 146) rad = 73Jr rad ~ 2,5482 rad
180 90
Solução (b) De (2), radi anos podem ser convertidos em graus multiplicando-se por um
fator de conversão de 180hz:. A ssim,
0 0
180) = ( 540)
3 rad = ( 3 · -;- -;- ~ 17 1.9° ~
rando com o comprimento de arco subentendido pelo mesmo ângulo sobre um círculo de
raio I, obtemos
s ,.
8
de onde tiramos as seguintes relações entre o ângulo cen tral 8, o raio r e o comprimento de
arco subentendidos quando 8 estiver em radianos (Figura A.S):
8 = s/r c s = r8 (3-4)
A região som breada na Figura A.S é chamada de setor. É um teorema na Geometria
pl ana que a ra zão entre a área A desse setor c a área ele todo o circulo é a mesma que a razão
entre o ângul o central do setor e o ângulo do círculo inteiro; assim, se os ângul os estiverem
em radianos, temos
Se O estiver em A 8
radianos, entao O~sir - = -
m·2 27r
lligura A.S
Resolvendo-se para A, resulta a seguinte fórmula para a área ele um setor em termos do raio r
e do ângulo 8 em radianos:
(5)
Vamos dizer que sen, cos, tg, cotg, sec e cosscc são as ju11ções trigonométricas. Como tri-
ângulos similares têm lados proporcionais, os va lores das funções trigonométri cas depen-
dem somente do tamanho de 8 c não do triângulo retângulo particular usado para cal cular
as r azões. Além disso, nessas definições não importa se ()estiver medido em graus ou em
radianos.
.,. Exemplo 2 Sabemos da Geometri a que doi s l ados de um tri ângulo de ângulos de 45°,
45° c 90" são i guais e que a hipotenusa de um tri ângulo de ângulos de 30°, 60° c 90° é duas
vezes o lado menor, que é o lado oposto ao ângulo de 30" . Esses fatos e o Teorema de Pitágo-
ras fornecem a Figura A .7. A partir da figura, obtemos os resultados na Titbela 2. ~
FiguraA.7
A4 Cálculo
Tabela 2
Lado final
.f Lado inicial x
Lado inicial
Lado final
F iguraA.9
A.l DEFINIÇÃO
X
sen8 = Y , tg 8 = y
,. cosO = - ,
,.
,. ,. X
X
cossec B = -, sec O=- , cotg 8 =-
y X y
.r
N ote que as fórmulas dessa definição estão de acordo com aquelas dadas em (6); logo, não
há confli to com a definição anterior de funções trigonométricas para triângulos. Porém , essa
Figura A. lO definição se aplica a todos os ângulos (exceto quando ocorrer um zero no denominador).
Apêndice A I Revisão de Trigonometria AS
No caso especial em que r = 1, temos que sen 8 = y c cos 8 = x. portanto o lado final do
ângulo 8 intersecta o círculo unitário no ponto (cosO, senO) (Figura A.l 0). Temos, a partir da
Definição A.l, que as funções trigonométricas remanescentes de Osão expressas por
senO cose J I I
tg e= cose cotg8 = sen e= tg e ' secO =
cose
. cossec 8 = --:
sene
(7- lO)
• Encontre as coordenadas da intersecção do l ado fi nal do ângul o com o círculo uni tá-
rio; as coordenadas (x e y) dessa in tersecção são, respectivamente, os valores de cos B
e sen e.
• Use as fórmul as (7) a ( 10) para encontrar os val ores das funções trigonométri cas
rem anescentes a partir dos valores de cos (}e scn O.
Solução Como S;r/6 = ISO•, esse problema é equivalent·c ao do Exemplo 3. Daquel e exem-
pl o, obtemos
Solução De acordo com a Figura A.l2, o lado final de 8 = -JT/2 intersecta o círculo unitário
(0. - t) no ponto (0, - I ), portanto
Figura A.12 sen(- :r/2) = - 1, cos(-JT/2) =O
A6 Cálculo
Pelos métodos ilustrados nos três últimos exemplos, o leitor deve ser capaz de obter
todos os resultados da Tabela 3. Os traços indicam quantidades não dellnidas.
Tabela 3
0=0 n/6 n/4 n/3 rr/2 2rr/3 3rr/4 Srr/6 7T 3rr/2 2rr
co·> (30°) (45°) (60°) (90°) ( 120°) ( 135") ( 150°) ( 180°) (270°) (360")
I Os valores exatos das funções trigonométricas somente poóem ser obtidos em casos especiais; normalmente, é
necessário dispor de uma calculadora ou de um programa computacional.
Os sinais das funções trigonométricas de urn ângulo são determinados pelo quadrante
no qual cai o lado final do ângulo. Por exemplo, se o lado final cair no primeiro quadrame,
então x e y são positivos na Definição A. I. Assim, todas as funções trigonométricas têm valo-
res positivos. Se o lado final cair no segundo quadrante, então x é negativo e y positivo; logo,
seno c cossecante são positivos, mas todas as demais funções trigonométricas são negativas.
O diagrama na Figura A.13 mostra quais funções trigonométricas são positivas nos vários
quadrantes. O leitor achará instrutivo conferir que os resultados na Tabela 3 são consistentes
com a Figura A.l3.
• IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS
Uma identidade trigonométrica é uma equação envolvendo funções trigonométricas que é
sen verdadeira para lodos os ângulos para os quais ambos os lados da equação estão definidos.
cossec Uma das identidades mais importantes em Trigonometria pode ser deduzida aplicando-se o
+ Teorema de Pitágoras ao triângulo na Figura A.9 para obter
x·? + y·? = ,.-?
tg
cotg
Dividindo ambos os lados por r 2 e usando as definições de sen 8 c cos 8 (Definjção A. l), ob-
+ temos o seguinte resultado fundamental:
( I I)
FiguraA. I3
Apêndice A I Revisão de Trigonometria A7
tg 2 O + I = sec2 9 ( 12)
I + cotg 2 9 = cossec 2 O (13)
Se (x, y) for um ponto no círculo unitário, também estarão nele os pontos (- x, y), (- x, - y)
e (x, - y) (por quê?), e os quatro pontos fom1am os vértices de um retângulo com os lados para-
lelos aos eixos coordenados (Figura A. I 4a). As coordenadas x c y de cada vértice representam o
seno c o cosseno de um ângulo na posição padrão, cujo lado final passa pelo vértice; assim, ob-
temos as identidades nas partes (b), (c) c (d) da Figura A.l4 para o seno e o cos~eno. Dividindo
aquelas identidades, obtemos identidades para a tangente. Em suma:
I I
(x. - y)
Dois ângulos na posição padrão que tenham o mesmo lado final devem ter os mesmos
valores para suas funções trigonométricas, pois seus lados finais inlcrscctam o círculo unitá-
rio no mesmo ponto. Em particular, dois ângulos cujas medidas em radianos diferem por um
múltiplo de 2JT têm o mesmo lado fi nal c, portanto, as suas funções trigonométricas têm os
mesmos valores. Isso dá lugar às identidades
que somar ou subtrair 1r de um ângulo não a feia o valor de sua tangente. Tem-se que o mesmo
é verdadeiro para todo múltiplo de 1r; assim,
sen (~ -e) =cose, cos(~ -o) =senO. tg(~ -e) =cotge (30-32)
onde a terceira identidade resulta da divisão das duas primeiras. Essas ide ntidades também
~ão válidas para ângulos que não são agudos ou que são negai ivos .
A.2 TEOREMA (Lei dos Cossenos ) Se os lt1dos de 11111 triângulo tiverem comprimentos
a, b, c e se (J for o ângulo elllre os lados com comprimentos a e b, en((io
? ? ?
c·= a·+ Ir- 2abcose
l)tJ\I~TRAÇÃO Vamos introduzir um sistema de coordenadas ele tal forma que eesteja na posição
(x.y)
padrão com o lado de compdmento a sobre o eixo x positivo. De acordo com a Figura A.l6, o
lado ele comprimento a se estende da origem até um ponto (a, O) c o lado b, da origem até algum
ponto (x, y). A partir da definição de scn (J ecos O, temos que scn 8 = ylb c cos () = xlb, logo
y = b SCil e, X = b COSe (33)
A partir da fónnula da distância entre os pontos (x, y) e (a, 0) (ver Apêndice G, na internet),
obtemos
? ? 2
X c~= (x-a)·+ (y - 0)
(<~,O)
e, portanto, por (33)
.F igura A.llí
c2 = (bcos8- a) 2 + b2 sen2 e
= a2 + b2 (cos2 B + scn2 B) - 2abcose
= a 2 + b2 - 2abcose
o que completa a prova.
•
Vamos agora mostrar como usar a lei dos cossenos para obter as identidades a seguir,
denominadas fórmulas de adição para o seno c o cosseno:
sen(a + fJ) = scn a cos fJ +cosa scn {3 (34)
cos(a + {3) = cosa cos {3 - sen a scn f3 (35)
Apêndice A I Revisão de Trigonometria A9
Vamos deduzir primeiro (37). Em nossa dedução, vamos supor que OS fi< a< 21r (Figura
A. I 7). Conforme a figura, os lados finais de a e {3 intersectam o círculo unitário nos pontos
P 1(cos ex, sen ex) e P~(cos fi, sen fi). Se denotarmos os comprimentos dos lados do triângu-
lo OP1P2 por OP1, P 1P2 e OP2, então OP 1 = OP2 = I c, da fórmula da distância entre dois
pontos,
- cosa) 2 + (scn f3- scn ex) 2
( P , P2) 2 = (cos f3
= (sen2 a + cos2 a) + (sen2f3 + cos 2 {J) - 2(cos ex cos .8 + sen a sen fJ)
= 2- 2(cos a cos fi+ scn a scn {3)
FiguraA.l7
Mas o ângulo P2 0P1 =a - {3, de modo que da lei dos cossenos resulta que
? ? ?
(P, P2)- = (OP,)· + (OP2 ) · - 2(0P 1)(0P2 )cos(a- .8)
= 2 - 2cos(a - {3)
Igualando as duas expressões para (P1P2 ) 2 e simplificando, obtemos
cos(a - {3) = cosa cos fJ + sen a sen f3
o que completa a dedução de (37).
Podemos usar (3 I) e (37) para deduzir (36) da seguinte forma:
Usando-se a identidade sen 2 a+ cos2 a= I , (4 1) pode ser reescrita nas formas alternativas
?
cos2a = 2cos-a- I e cos2a = I - 2sen 2a (43-44)
A10 Cálculo
I
sen a sen .B =
2[cos(a- {j)- cos(a + ,8)] (48)
I
cosa cos .8 =
2[cos(a- fJ) + cos(a + fJ) ] (49)
a+ fJ a-,8
sen a + sen P = 2 sen cos
2 2 (50)
a+.B a-,8
sen a - sen .B = 2 cos scn
2 2 (51)
a+P a-fJ
cos a +cos,B=2cos cos
2 2 (52)
cosa-cosfJ=-2scn
a+/3 scn a-.8
2 2 (53)
e
e = 150° ± 11 . 360° . 11 = o. 1. 2....
ou, em radianos,
7f
9= ±11·27f, 11 =0.1 ,2, ...
6
e
57r
e= -
6
± 11 . 21r, 11 = o. 1. 2. . . . ..,.
• ÂNGULO DE INCLINAÇÃO
A inclinação de uma reta não-vertical L está relacionada com o ângulo formado entre L e o
eixo x positivo. Se~ for o menor ângulo positivo medido no sentido anti-horário do eixo x até
L, então a inclinação da reta pode ser expressa como
111 = tg pJ (54)
(Fi gura A.l9a). O ângulo p>, denominado â11gulo de inclinação da reta, satisfaz 0° < p> < 180°
em graus (ou, de forma equivalente, O~ p < 7f em radianos). Se p! for um ângulo agudo, então
m = tg 9> é positivo e a rera inclina-se para cima à dirci1a; c se 9> for um ângulo obtuso, então
m = tg pJ é negativo e a reta inclina-se para baixo à direita. Por exemplo, a reta cujo ângulo de
111 = ~
=
inclinação for 45° tem uma inclinação de m tg 45" I, c a reta cujo ângulo de inclinação =
11/ =2 for 135" tem uma inclinação de m = tg 135° = -1 (Figura A.l9b). A Figura A.20 mostra uma
regra conveniente de uso da reta x = I como uma " régua·• para visualizar a relação entre retas
lnclinaçao com várias inclinações.
posttiva
3
2
111 = I ,.
-I
Elevação
/
135°
-2
m=-I X
-3 Avanço
tnclinaçao
negativa
-4 111
_ elevação _ t& ..,
=-2
/11
- avanço - o "'
111 = -3
x=l (a) (b)
Figura A.20 Figura A.l9
EXERCfCJOS A
1-2 Expresse os nngulos em radianos. 5-6 Encontre os valores exatos de tOdas as seis funções trigono-
métricas de O.
1. (a) 75• (b) 390° (c) 20" (d) 138"
5. (a) (b) (c)
2. (a) 420" (b) 15" (c) 225" (d) 165"
o
2~
4 4
X
12. Encontre o comprimento da hipotenusa. dado que o lado oposto 24. (a) scn O= - I (b) cos 0= - l
a Otem comprimento 2.4 c senO= 0.8. (b) cotg O= .J3
25. (a) cotg 0= - I
13·14 É dado o valor do ângulo O. Encontre os valores de todas as Ui. (a) secO= -2 (b) cossec O= -2
seis funções trigonométricas de Osem usar a calculadora. 27. (a) cosscc O= 2/ J3 (b) sec0=2/fi,
13. (a) 225" (b) -210. (c) 5n/3 (d) -3n/2 28-29 Encontre os valores de todas as seis funções trigonométri-
cas de O.
14. (a) 330" (b) -120° (c) 9n/4 (d) - 3JT
,.
~1·6 Use as informações dadas para encontrar os valores exatos 28. ,1' 29.
~·unções trigonométricas restantes de O.
(-2\Í21. 4)
15. (a) cos O= ~. O< O< n/2
3
(b) cos O= 5. - n/2 < O< O
(c) tg O= -I /-J3. n/2 <O< rr
(d) tg O= -lt-/3. -n/2 < 0< O
30. Encontre todos os valores de O(em radianos) tais que
(e) cossec O= ../i. O< O< rr/2
(a) sen O= I (b) cosO= I (c) tg O= I
(I) cossec O= ../i. 11!2 <O< 11
(d) cossec O= I (e) secO= I (f) cotg O= I
16. (a) scn0=~ . 0<0<71/2
31. Encontre todos os valores de O(em radianos) tais que
(b) scn O= !4 , n/2 < O< n
(a) senO=O (b) cos0=0 (c) tg0= 0
(c) cotg O= !,O< O< n/2 (d) cossec Oé indefinido (e) seco é indefinido
(d) cotg O=!· n <O< 3rr/2
(I) cotg Oé indefinido
(c) secO= 'i·rr/2 <O< rr 32. Como poderíamos usar uma régua e um transferidor para apro-
(I) scc O= 'i· <O< 3n/2
JT
ximar scn 17° c cos 17°?
17-18 Use um recurso computacional para obter x até a quana 33. Encontre o compri mento de um arco circular em um círculo
caso decimal. com raio de 4 em subcmendido por um ângulo de
(a) n/6 (b) 150°
17. (a) (b)
34. Encontre o 1~1io de um setOr circular que tem um ângulo de rr/3
e um comprimento de arco de 7 unidades.
35. Um ponto P movendo-se no sentido anti-horário sobre um círcu-
lo com raio de 5 em percorre um arco com comprimento de 2 em.
Qual é o ângulo varrido por um raio do centro do círculo até P'?
Apêndice A f Revisão de Trigonometria A13
36. Encontre a fórmula para a área A de um setor circular em ter- 46. Se tg a=~ e tg fJ = 2, onde O< a< ;r/2 c O< fJ < ;r/2. obtenha
mos de seu raio r c do comprimento de arcos.
(a) sen (a - {J) (b) cos (a+ {J)
37. Como moSLra a figura abaixo. um cone circu lar reto é feito de
um pedaço de círculo de papel de raio I? retirando um setor de 47. Expresse scn 30 ecos 30 em termos de scn Oc cosO.
ângu lo Oe colando as bordas da pane restante. Encontre
48·58 Deduza as identidades dadas.
(a) o raio r da base do cone em termos de R e O
(b) a altura h do cone em termos de R e O cose secO
48. ---::-:- = cos2 8
1 + tg 2 e
cosO tgB +senO ,
49. ll = 2cosu
tg "
50. 2 cossec 20 =secO cossec O 51. tg O+ cotg O= 2 cossec 20
o
R scn 28 cos29
52. -""7 - = sec 8
scn 8 cosO
L
59·60 Estes exercícios referem-se a um triângulo arhi trário ABC.
39. Dois lados de um triângulo têm comprimentos de 3 em e 7 em 59. Prove: a área de um triângulo t\IJC pode ser escrita como
e formam um ângulo de 60". Encontre a área do triângu lo.
área= !bc sen A
40. Seja t\BC um triângulo cujos ângulos em t\ c B são 30• c 45".
Se o lado oposto ao ângulo 8 tem comprimento igual a 9, en- Encontre duas outras fórmulas análogas para a área.
contre os comprimentos dos lados restantes c o ângulo em C.
60. Prove a lei dos se11os: em qualquer triângulo. as razões dos la-
41. Urna escada de lO pés apoiada em uma casa faz um ângulo de dos par.t os senos dos ângulos opostos s;io iguais. isto é:
67° em relação ao solo. Qual é a distância do topo até o chão?
Expresse sua resposta até o décimo de pé mais próximo.
a b c
sen A sen B scn C
42. De um ponto ao nível do chão a 120 pés de um prédio. o ângulo
de elevação até o topo do prédio é de 76°. Encontre a altura do 6.1. Use as identidades (34) até (37) para expressar cada uma das
prédio c expresse sua resposta até o pé mais pr·óximo. seguintes expressões em termos de sen Oou cos O.
45-46 Não use calculadora nestes exercícios. 64. ScA=a+.BcB=a-.B,cntãoa =~(A+ B)c/3 = B) 4<A-
(verifique). Use esses resultados e as identidades (47) até (49)
pam deduzir a identidade
45. Secos O= ~c O< O< ;r/2, obtenha
(a) scn 20 (b) cos 20 (a) (50) (b) (52) (c) (53)
A14 Cálculo
-
RESOLUÇAO DE
EQUAÇOES POLINOMINAIS
Vamos supor neste Apêndice que o leitor saiba dividir polinômios e usar o algoritmo de
Briot-Ruffini. Se .for necessário revisar essas técnicas, o leitor deve procurar 11111 livro de
Álgebra.
Quando tentamos fatorar completamente um polinômio, uma de trCs coisas pode ocorrer:
• Pode ser que consigamos decompor o polinômio em l~llores li neares distintos, usando
somente números reais, como no exemplo a seguir:
i + x2 - 2x = x(.i + x - 2) = x(x - I )(x + 2)
• Pode ser que consigamos decompor o polinômio em fatores lineares, usando somente
números reais, mas alguns dos fatores podem ser repetidos; por exemplo:
:l - 3x' + 2x1 =x'(x1 - 3x + 2) =x\r- I )2(x - 2) ( I)
• Pode ser que consigamos decompor o polinômio em fatores lineares ou quadráticos,
usando somente números reais, porém, não somos capazes de decompor os fatores
quadráticos sem usar números imaginários (tais fatores quadráticos são chamados de
irredutíveis sobre os números reais); por exemplo:
x
4
- I =(x2 - I )(x
2
+ I) = (x - I )(x + I )(x
2
+ I ) =(x - I )(x + I )(x - i)(x + t)
Aqui, o fator x2 + I é irredutível sobre os números reais.
82 Cálculo
(3)
onde r 1,'i····· rk são as raízes distilltas de p(x) =O. Os expoentes 111 1, "~····· mk mostram quantas
vezes os v<írios fatores ocon·em na fatoração completa; por exemplo, em (3) o fator (x- r 1)
ocorre 111 1 vezes, (x - r 2) ocorre m2 vezes, e assim por diante. Algumas técnicas para fatorar
polinômios são discutidas adiante neste apêndice. Em geral, se um fator (x- r) ocorrer m
vezes na fatoração completa de um polinômio, dizemos que r é uma raiz ou um zero com
multiplicidade m , e se (x - r) não repetir (isto é, tem multiplicidade I ), dizemos que r é uma
raiz ou zero simples. Por exemplo, temos a partir ele ( I) que a equação i'- 3x' + 2i =O pode
1
ele modo que essa equação tem três raízes distintas: x =O com multiplicidade 3, x = 1 com
multiplicidade 2 e uma raiz simples x = -2.
Observe que em (3) a soma da multiplicidade das raízes deve ser 11, pois p(x) tem grau
. '
11; IStO e,
• O TEOREMA DO RESTO
Quando dois inteiros positivos são divididos, eles podem ser expressos como o quociente
mais o resto sobre o divisor, onde o resto é menor que o divisor. Por exemplo:
ll-3+~
5 - 5
17=5·3+2
que estabelece que o numerador é o divisor vezes o quociente mais o resto.
Apêndice B I Resolução de Equações Polinominais 83
O seguinte teorema, que daremos sem prova, é um resultado análogo para divisão de
polinômios.
B.2 TEOREMA Se p(x) e s~r)forem polinômios e se s(x) mio for o polinômio zero, então
p(x) pode ser expresso como
p(x) = s(x)q(x) + t~x)
onde q(x) e t~x) são o quociellfe e o resto que resultam quando p(x)for dividido por s(x);
além disso, ou r(x) é o polinômio zero ou o grau de r(x) é menor do que o grau de s(x).
No caso especi al em que p(x) for dividido por um polinômio de primeiro grau da forma
x- c, o resto deve ser alguma constante r, pois ou é zero ou tem grau menor do que I . Assim,
o Teorema B. 2 implica que
p(x) = (x- c)q(.r) + r
e isso, por sua vez, implica que p(c) = r. Em suma, remos o seguinte teorema.
B.3 T F.OREI\fA (Teorema do Resto) Se um polinômio p(x) for dividido por x- c, então
o resto é p(c) .
Solução allemativa Como estamos dividindo por uma expressão da forma x - c (onde
c= -4), podemos usar o algoritmo de Briot-Ruffini em vez da divisão. Os cálculos são
~ 2 3 -4 -3
-8 20 -64
2 -5 16 - 67
mostrando, novamente, que o resto é - 67. ~
84 Cálculo
• O TEOREMA DA FATORAÇÃO
Fatorar um polinômio p(x) é escrevê-lo como um produto de polinômios de graus menores,
chamados defatlJres de p(x). Para s(x) ser um fator de p(x), não pode haver resto quando p(x)
for dividido por s(x). Por exemplo, se p(x) puder ser fatorado como
Segue desse teorema que as afirmações abaixo todas dizem a mesma coisa de diferentes
maneiras:
• x- c é um fator de p(x)
• p(c)=O
• c é um zero de p(x)
• c é uma raiz da equação p(x) =O
• c é uma solução da equação p(x) =O
• c é um corte no eixo x de y = p(x)
Solução alteruativa Como estamos dividindo por uma expressão da forma x- c, podemos
usar o algoritmo de Briot-Ruffini. Os cálculos são
lJ I -3 - 13 15
I -2 - 15
I - 2 -15 O
l ogo, os fatores lineares adicionais de p(x) podem ser obtidos fatorando-se o quociente q(x) .
Por exemplo, em (9), o termo constante é 6 (que tem por divisores ±I, ±2, ±3 e ±6) e o co-
eficiente dominante é JO (que tem por divisores ± I, ±2, ±5 e± I0). Assim, os únicos zeros
inteiros possíveis de p(x) são
± I, ±2, +3, ±6
e os únicos zeros racionais não-inteiros possíveis são
I ±I5' ± JõI t ±25' ±32•
± 2~ ±~
:Jt
± iõt
3 ±65
Usando um computador, é simples calcular p(x) em cada um desses números e mostrar que
seus únicos zeros são os números dados em (I 0).
onde q(x) é o quociente da divisão de .I+ 3x2 - 7x- 2 1 por x + 3. Deixamos a cargo do leitor
mostrar, efetuando a divisão, que q(x) =i - 7; logo
x 3 + 3x2 - 7x - 21 = (x + 3)(x2 -
+ 3)(x + ..f7)(x - ../7)
7) = (x
o que nos diz que as soluções da equação dada são x = 3, x = ../7 R: 2,65 c x = -../7 ~
-2,65. ~
EXERCÍCIOS 8 @] CAS
1-2 Encontre o quociente q(x) c o resto r(x) que resulta da divisão 3·4 Use o algoritmo de Briot-Ruflini para encontrar o quociente
de p(x) por s(x). q(x) e o resto r(x) que resulta da divisão de p(x) por s(x).
(b) p (x) = 6.r" + IOxz + 5: s~r) =3.1 -I (b) p(x) =.rJ - sx· +4: s(x) =.r+ 5
'
(c) " ' r) = .(' +x' + t: s(x) =i+ x (c) p(x) = i-l;s(x)=x-1
2. (a) p(x) = 2r4 - 3x1 + 5i + 2r+ 7: s(x) = i-x+ I 4. (a) p(x) = 21·l - x·' - 2..r + I : s(x) = x- I
(b) p(x) = 2~ + 5i- 4J +&i+ I: s(x) = U- x + I
4
(b) p(x)=2x +3i - 17i - 27x - 9:s(x)=x+4
(c) fJ(X) = 5x6 + 4i + 5: s(x) = x' + I (c) p(x)=x1 + 1:s(x)=x- 1
Apêndice B I Resolução de Equações Polinominais 87
4
S. Seja p(r) = 2x +i- 3i + x- 4. Use o algoritmo de Brí01-Ru ffini @]16. Para cada urna das fatorações obtid<~s nos Excrddos I L a 15.
e o Tl'Orcma do Resto para encommr p(O), p( I). p(- 3) c p(7). verifique suas respostas usando um CAS.
6. Seja p{x) o polinômio do Exemplo 4. Use o algoritmo de Briot-
17-21 Encontre todas as soluções reais das equações.
Rurlini e o Teorema do Resto para calcular p(x) em x = ±l. ±3,
+7 e +21.
17. i +11+ 4x+ 12=0
7. Seja p(x) =.? + 4i + x- 6. Encomre um polinômi o q(x) e uma
constnllle r tai s que t8. 2x'-si-IO.r+3=0
(a) p(x) =(x- 2) q (x) + r 19. 3x'+ 14.~+ 14i-8.r- 8 =0
(b) p( r ) = (x + I ) q (x) + r 20. 2r -.~- 14i- Sx+6 =0
4
8. Seja p(x) =.1''- I . Encontre um polinômio p(x) e uma constante 21. x$- 2r4 - fu) + 5i+8x+ 12=0
r tais que
@] 22. Para cada urna das equações resolvidas nos Exercícios 17 a 21,
(a) p (x) =(x + I) q (x) + r verifique sua resposta usando um C AS .
(b) p(x)=(.r - l )q(x) + r
23. Obtenha todos os valores de k para os quais x- 1 é um fator do
9. Em cada parte. faça uma lista de todos os possíveis candidatos
a zeros racionais de f'(x).
polinômio p (x) = 2
k /- 7kx + 10.
1
+ 3x'- x + 24
(a) p(\-) = x
24. Será x +3 um fator de x' + 2187? Justifique sua resposta.
(b) p(x) = 3/ - 21.2 + 7x - 1. 0 @] 25. Uma fàtia com 3 em de cspcssma é cortada de um cubo, dei-
xando um volu me de 196 cml. Use um CAS pan1 encontrar o
(c) p(x) =/s- 17
comprimento de um lado do cubo original.
10. Encontre todos os zeros inteiros de
26. (a) M ostre que não há nenhum ntí mero racional positivo que
p(,~;·) =x +si- 16.r
6 4 2
- 15/ - 12t - 38x - 2 1 exceda seu cubo por 1.
(b) Existe algum número real que exceda seu cubo por I? Jus-
11-15 Fatore completamente os polinômios. tifique sua resposta.
27. Use o Teorema da Fatoração para mostrar cada urna das seguin-
2
11. p(x) =i- 2r - x+ 2 tes afirmações.
12. p(x)=3x'+i-12x- 4 (a) x - y é um fator de x" - y• para todos os valores inteiros
positivos de 11.
13. p(x) =i+ IO.r' + 36i + 54x+27
(b) x + y é um fator de .r•- y" para todos os valores inteiros
14. p (x) = 2.t' +i+ 3i + 3.r- 9 positivos pares de 11.
15. p (x) =.1>+ 4i- 4x'- 34.1.2 - 45x- 18 (c) x + y é um fator de i'+/ para todos os valores intei ros
positivos ímpares de 11.
RESPOSTAS
, ,
DOS
EXERCICIOS IMPARES
._ Exercícios 1.1 (página 12) - - - - - - - - - - - 9. (- 5. 14) X(-60. 40) 11. (-Q.I;O.I]x[- 3.3)
4() 3
1. (a) - 2.9: - 2.0;235:2.9 (b) nenhum (c)O (d) - 1.75SxS2.15
(e) r ,... = 2.8 crnx = -2,6; .•·- =-2,2 cmx= 1.2
3. (a) sim (b) sim (c) não (d) não
S. (u) 1943 (b) 1960: 4200 (c) não. prccismnos da populaçiio anual
(d) guerra. markeri11g (c) divulgação de riscos de saúde. pressão sO·
cial, campanha anti fumo. aumento nos impostos - óO -3
7. (o) 1999. em tomo de $43.400 (b) 1985.$37.000 (c) segundo ano 13. (-4()(), 1050) x(-1500000. 10000]
9. (n) -2: 10: 10:25:4: 21r- 2 (b) O: 4; -4; 6: 2J2; /(3r) = 113r para
r > 1c f (:lr) = 6r pamt s 1
11. (a) X« 3 (b) xs-.J3. x~ J3 (c) (-<X>. +;)O)
(d) xooO (e) x= (2"+ í);•.n =O.±I.:l:'.!....
13. (a) xS3 (b) -2SxS2 (c) x~O (d) todosx (e) todosx
15. (n) não; guerra. peste. enchente. terremotos (b) decresce por 8 ho- - 1500000
r:as. dá um salto para cima e se repete 15. (- 2. 2)x(- 20.20)
17. 19. (a) 2.4 20
(b) nenhum
(c) xS2;4Sx
(d) .v.,,=
- I: nenhum máximo -2
.......
2
21. h =L(1 - cos0) .
I
-20
I - 2x. x<O
19. (u) ft..t)= J l6-x2 (b) J{x) = -J 16- x2 (c) não
~00 2
60
250
40 200 X
150
20 0.4
X 100
50 0.2
I 2 3 4 X
v - I 1- v
._ Exercícios 1.2 (página 24) - - - - - - - - - - -
1. (c) 3. (b). (c) S. [-3. 3] x(O. 5]
R2 Cálculo
23. O gráfico de y = 1/{x)j consiste naquelas partes do gráfico de y = J(x) que (c) .1' (d) .1'
ficam aci ma do eixo x junto com a rencxào pelo eixo x das partes do
gráfico de y =.f(x) que ficam abaixo do eixo x. X .f
25. (a) (b) y -I 2 -4 2
~
.1. (a) ." (b) y
2
X X
• -I •
X
a
2 3
(c) \' (d) )'
27. \'
X X
-I I 2 3 -I I 2 3
X
-I -I
3
5. 20 7. 15
-I
-8 6
1.5 9. 2 11. 3
I
c =-4
/ -2
(b)
c '& -I
' c =-5
-2 12
c=3 O griífico é transladado de tal modo
que seu vértice está na parábola
y - -r·• -I
- .. -6
13. 2 15. lO
.
v o ...... 6
= -2
o 3.2
o - 10
17. 12 19. 2
(c) .r O gráfico é transladado \'Crticalmente.
<' = 2
_) -5
-4 2
X
-8 -2
21. 6 23. 4
33. y
--.......,
.
' 16 /
/
-2.3
'' s . /
/
............
' X - 15
o
2.5
-2
- 41T
/ -8
41T .,-
-:>. 4 27 . (a)
/
'
/
/
- 16 ''
2
(h) y = {~·. .r !: O
-I
-I
2
2 3
X
29. 3 Jx - I • X ~ I ; ..jX - I , x ~ I; 2x - 2. X ~ I ; 2. X> I
-·· .r > O
-3 • 3
3
• 9. (a) inclinação: - I (b) cone no eixo y: y = - 1
-4
•• ,, = -.1' + 3.5
y = .:.x+ 3 i
I )' = -x+2
SI. ± 1,5:±2 53. 3w+3x;6x+31t 55. - - . - ....,---,.,.
xw ' x (x + lt) y = -x
57. f = nenhum dos dois. /I= ímpar. h = par ··=-.t- 1 ,\'
59. (a) y (b)
." = 2l" - J
• -3 r= 2.5x- I
)' =2(.t+4)+2
61. (a) par (b) ímpar (c) ímpar (d) nenhum
y = 2.5(x+4)+2
63. (a) par (b) ímpar (c) par (d ) nenhum (~) ímpar (I) par
(d) conenoeixo.r:x= I 11. (a) VI
67. (a) eixo y 69.
(b) origem ,. ..- ....=2(x- I) (b) IV
(c) 111
y= ~(x - 1)
(c) eixo x. e ixo y. origem
r
-3
'-.. '
./
3 y=(.t- 1)
X
(d) V
(c) I
(f ) 11
-2
y =-2(x - 1)
71. 73. (11) ,.
r=-3~r - 1)
X 13. (a) 30 o
-2~
.... (h)
-2Tr-tr
J
" 2Jr
-2
\_ 17(
2
X
-(.0
- 2rr - rr 2:n:
" (b) 4 4
75. s im: f(x) = l.11(x) = l'
n
~ Exercícios 1.4 (página 48) - - -- - - -- - - - '\::-. 4
1. (a) y = 3x+b (c) ~
(b) y= 3.<+6 ti
-4
X
·'· = 3.t+2
R4 Cálculo
(c) 2 I.S (d )
~ 30
- I
e? 3
/2
:;/' o"=::!:::==='>=::!==::J/4
-2 o -1-_L:::J:::==~';.' (m l)
25
!S. (u) •-3• 1
Y ·l - · .... y ::: 2x'"'• (I•)
" 25. (u) k= O.<Xl0()45 N·m·' (c) F
5
(b) 0.000005 N 10·
(d) A f'orça torna-se infinita:
a força tende a zero.
- ? ,. == - '2..-z 5 lO
.'' = - 3.r .
(c) 27. (u) 11: .1·= l.x=-1 c2 (b) l: y=O.x = -2c3 (c) IV: y=2
(d) lll:y=O.x =-2
29. (u) y = 3 scn ~112) (b) y = 4 cos 2x (c) y = - 5 scn 4x
31. (a) y=SCr\ [x+(rr/2)] (b) y =3+ 3sen (2x/9)
(c) y = I + 2scn[2 (x- :) ]
- lO 33. (u) 3. rr/2 (b) 2. 2
3 2
17. (a) (b) 80
~ I'-
- I s
-80
\ -3
(c) lO (d) -lOÇ-- - - - ; - - - - , (c) 1. 4rr
3
o11--'---'o;;-'--"'--~ 15
-50 - 40
o~=========>~ g,
.
I5
o
19. (a)
r - (b) ;,.1- - - - - - -
-I
) 3 -2 2
3. (a) sim
s. (a) sirn
(b) sim
(b) não
(c) não (d) sim (c) não (0 não
/ ~
7. (a) 8, - 1. O 9. t<x +6)
(b) l- 2.2]. 1- 8. 8] 11. ~(.r+S)/3
- 30 (c) )'
13. (x.l + 1)/2
21. y = (x+ 1r' - 1
15. - ../3iX
X 17. 1(5/ 2)-x. .r> 1/ 2
1/ x. Q <X < 1/ 2
19. x"' -21>:tra x~ 16
_,\b:L===d· 2
37. (a)
(d)
os x s "
-ro <.f< +N
I
39.
../1 - xl
*
(b) - I s x s 1 (c) - JI'n <.r <Trn
Jx2 - I (d) I
45. log ~<O. cmão 3 1og
49. (a) 7.4 básico
f< 21og!
(b) 4.2 ácido
o
47. 201 dias
(c) 6.4 ácido (d) 5.9 ácido
41. (a) ../1 + xl {b) x (c) x
../x2 - I 51. (a) 140 dB. causa dano (b) 120 dR. causa dano
43. (a) (b) (c) 80 dB. não causa dano (d) 7~ dB. não causa dano
!!.
2 ____ J 53. "' 200 55. (n) "' 5 x 1o•• J (b) "' 0.67
-----
~ Exercícios 1.7 (página 82) - - -- - - - - - - -
0.5
••
1. li 3. S = 0.328951-430.94. cOcficicncc = 0.3433
-! 250
s
=
45. (a} x 3.6964 rnd
47. (a) 0,25545, erro
(b) o= - 76.7.
(b) ~ri S sen I
240
230
220 .. ' •. •• ....•• •
•
49. (a) n•·c coes (.r) are cosscc (.<)
)' ,.
=
5. (a) J> 0.01 467' + 3.98; 0.9999 (b) 3.25 atm (c) :::; - 272"C
7. (a) R=0.00723T+ 1.55 (b) ""-214"C
9. (a) S=0.50179w - 0.00643 (b) "' 16.0 kgf
11. (a) R = 0,208711- 1.0549: 0.842333 13. (a) 3b' + 2b + I
(b) R (b) )'=X - 1/3
0.3
(b) are co1g x: codosx. O< y <li'
are cossec .r: ~li~ I. O< bi < "n 0,2
51. (a) 55.0" (b) 33.6• (c) 25.8° 53. (a) 21.1 horns (b) 2.9 horas
O, I
55. 29.
Ir
~ Exercícios 1.6 (página 74) - - - - - - - - -- - 5'6" 6' 6'6"
1. (a) -4 (b) 4 (c) ! J . (n) 2.9690 (b) 0,0341 15. A rcca de regressão linear liga o ccrceiro pomo ao pomo médio do
5. (a) 4 (b) -5 (c) I (d) f
7. (a) 1.3655 (b) -0,3011 segmemo de rei a vertical dcccnninado pelos dois ou1ros pomos.
S I 17. (a) 18 1.8km/s1Miy (b) 1.492x 1010 anos (c) aumentar
9. (n) 2r + 2' + 2' (b) s - 3r - 1
11. (n) I + log.r + ! log(x - 3) (b)21n l.rl + 31nscnx- ~ ln(.r2 +I) 19. 1'=849.5+ 143.5scn (..!:.1
183
- .:!.]
2
1
2 1. =0.445../d
2
JJ. lo• ~ 15. In ~(.r + l) 17. 0.01 19. e2 21. 4 23. lu "' ~ Exercícios 1.8 (página 93) - - -- - - - - - --
., ·' cosx
I. (a) r=x+ 2 3. y
J/ ~
25 • v'3"'2 27. - ln3 2"7· ~I In 7
x 3 I. - 2 33. O. -In 2 (c)
21n 5 > • I o 2 3 4 5
o
l~
35. (a) (b) ,1'
X - 1 3 4
4.
y 2 3 5 6 X
(d) -~ 6
.r
-2 -4
X
-3 togx -5 5 X
7
-2
-5
R6 Cálculo
I
IJ. X= 5 cosI.)'=- S scn I. 0 SI S2JT 15. .t= 2• .r=t
,
17••<=l'.y=l.-1 StS I 5. (a) C= Sx' + (64/.c) (b) X> O 9.
I~ (~ 15 7. (a) V=(l80-2x)(l 50- .c)xcm '
(b) 0<.r<90
(c) 36.4 Clll X 11 3.6 em X I07.2 em
-35 ' lO -2
o
(b) ll.
I o 2 3 4 5 .r -4 -3 - 2 -I o I 2 3 4
f-~
X o 5,5 8 4.5 - 8 - 32.5 f(x) o - I 2 3 -2 -3 4 -4
-
r ,l' I ,5 3 5.5 9 13.5 g(x) 3 2 -I -4 4 -2 o
(c) I = 0.2J3 (d) 0< I < 2J2 (c) 2 (fo g )(.r) 4 -3 -2 -I I o -4 2 3
21. (a) 3 (h) 211' (g o.f')(x) - I -3 4 -4 -2 I 2 () 3
ollr"~
:......_........_..__._....._'-'1 16 13. 0. -2 15. 1/(2 -i).x=±I.±Ji
-I
17. (a) fmpar (b) par (c) nenhuma das duas (d) par
~ 19. (a) círculos de raio I ccnlrados na partíbola y = x'
-5 -211' (b) partíbolas que se abrem pam cima com vértices na rela y= x/2
23. (c) .r= I + I,)'= -2 + 6t. 0 S I S I 21. (a) T (b) li de janeiro (c) I22
(d) .t=2-l.y=4-61.0SIS I 80
60
25. (b) ~ (c) :l 27. (a) IV (b) 11 (c) V (d) VI (e) 111 (0 I
40
29. À medida que 1 1•aria. um ponto sobre a curva move-se em ambos os 20
sentidos ao longo d\: uma pune da partíbola y = x'. I
35. (>~) y
X
I
39. (a) x=4cosly=3scnl (b) ,r=-1 +4cosl.y=2+3scol ·'
41. (a) x=4ooJ21. ya400J21 - 4.911 (b) 16.326.53 m
(c) 65.306.12 m
43. (a) elipsc~comccmrofixado.v:uiandooeixo de simctria (b) (supondo
" =O. b "" 0) elipses com centro variando. fixado o eixo de sime1ria 37. (a) N ( b) em torno de I O anos (c) 220 ovelhas
(c) círculos de mio I com centros na reta y =.r- I
45. (a) -"
-- -;;-,...--
o
.f I
(I
(~ - .r~) = 1
(b) y= 1.9590.1"- 0.29101 (c) y= 1.9590.c - 0.2808 (b) Jim
x-O• X
lim ("'
r-0 ~"
l
.t
) = -oo 37. i
(d) y
10 39. O limi1c 1• esQuerda e/ou à direim pode ser :I:C>O: ou o limi1e pode cú&~ir
s c ser igual a qualquer número real prcdclcrminado.
X
I 2
-S Ji> Exercícios 2.3 (página 131) - - - - - - - - - -
-lO 1. (a) -oo (b) +oo 3. (a) O (b) - 1
-IS
- 20 S. (a) - 12 (b) 21 (c) - 15 (d) 25 (c) 2 (f)~ (g)O
(h) não exis1c
43. T = 0.537 + 0.495 scn [~(I - 6.5)] 7. -oo 9. +oo 11. '
~ l .t o 15. o 17. -V'5. 19. ./5
0.55 .
r 2 1. 1/./6 23. J3 25. -oo 27. -~ 2
29. li m 11(1) = +oo: lim e(1) = c 31. (u) +oo (b) - 5 33. O
,_ +«:. 1 -+'.0
35. a/2 37. lim ptr) = (- l)"oo c lin• Jlt()=+oo
x -· ~~ x ~ ~
11.5 39. Param > 11. os limi1cs sno ambos ~cro; par.1111 = 11, os Jimi1es são iguais
ao coeficicmc dominame de p; pam 11 > m, os limites sào :l:oo.
o se 111 > ll
lirn 2 + 3x"
-~ se 111 = 11
20 40 (~) 81)
41.
x- -QO 1-x•
- +oo
se m < 11 c 11 - m for rmpar
_,
se m < " c n - m for pítr
45. x = heos 1. .r= - h sent. Os 1 s J:r
2
47. y 4.1. +oo 45. +oo 47. I 49. I SI. -oo 53. -oo 55. 57. +oo
59. (a) v (b) c= l90
175 (c) É a \'Ciocidade lerminal
150
125 do p:lra-quedisla.
100
75
50
25 I
63. 8=E' 65.8=€ 67.(a)li : -I/M (b)8 = 1//11 39. f(x) =I para OSx < I. f(x) =-1 para I Sx S 2
69. (n) N=M- 1 (b) N = M-1 71. 8=min (2. ~f) 45. x=-1.25:x=0.75 47. x=-1.605.x= 1.375
73. (n) 0.4 ampcr (b) aproximadamente de 0.39474 a 0.40541 49. x =2.24 51. x = 4.847 em
:unper (c) de31(7,5+8)a3/(7.5-S) (d) 8,..0,01870
(c) a corrente tende a +oo. ..,. Exercícios 2.6 (página 160) - - - - - - - - - -
1. nen.hum 3. x =1110. 11 = O, ± I. ±2, ...
..,. Exercícios 2.5 (página 152) - - - - - -- -- -
5• .r = mr.tt = O. ±I , ±2....
1. (a) não·coouínua. x = 2 (b) n~o-cont ínua. x =2
(c) não·comínua, x = 2 (d) contínua (c) contínua (f) contínua 7. 2mr + (rr/6). 2mr + (5rr/6). 11 = O. ± I. 2±....
3. (n) n~o·contínua.x= 1:3 (b) contínua 9. [- 1. 1] 11. (0,3)e(3.+oo) 13. (- oo.- l]e[l. -+oo)
(c) não-contínua. x =I (d) contínua 15. (a) scn.r.l+7.r+ l (b) ~tf. senx (c) x'.cos.r.x+ l
(e) nilo-contínua. x = 3 (f) contínua (d) fi. 3 + x. scn x. 2r (e) scn x. scn .r (f) l - 2r' + I. cos x
S. (o) 3 (b) 3 17. I 19. - rrl6 21. 3 23.+oo 25. ~ 27. 0 29. 0 31. I
7. (o) .'' (b) 33. 2 35. n5o existe 37. O 39. cúb 41. (b)l/10 43. (b) - I
45. limx- o sen( llx) não existe 47. k = ~ 49. (u) I (b) O (c) I
51. -rr 53. - .fi 55. I 57. 5 59. 3 61. O
63. -l.t1 S x cos(50rr/x) ~ lxl
(c) ."
"'
'
X
(d ) ."
3
.~ 65. lim j'(x) = I
.r -> 0
pelo Teorema do Confronto.
.''
• !!
2
X
X
'.1' ~/(.r)
YS!: 1 - xl
I I . senx .,. Co f
67. g(x) = - -. il(x) = - ; hm - =O pelo oeorcma do n ronto.
X .\" x-.. ~ .-\'
9. (o) .'' (b) Um segundo pode 71. (a) O. I7365 (b) 0.17453 73. {a) 0.08749 (b) 0.08727
cuswr I dólar.
75. (b) ,. 77. (a) A gravidade 6 mais foote nos
pólos c mai~ fraca no Equador.
g
9.83
9.82
.r
ft 9.81
2 4>
I I. nenhum 13. nenhum 15. - 112. O 17. - 1. O. I 19. nenhum
(c) 0.739
21. nenhum 2.\. (a) k= 5 (b ) k = J 25. k =4. 111 =513 9.79
- I
13. I
~;==;: y = 10x + ~' 15. -11.1"' 17.
2r- I
2./x + I
- 3-2-1 I 2 3
19. - 11(21""') 21. 8t+ I 23. (a) D (b) F (c) B (d) C
63. não-<fifercnciá•·elcm.r= I 65. (u) .r=~ (b) x=±2 67. (b)sim
(e) A (f) E
69. (a) 11(11 - I )(11 - 2) ... I (b) 0 (c) ll,/1(11 - I )(11 - 2) ... I
)'
2S. (a) (b) 75. -12/(2r + 1)' 77. -2/(x+ I)"
-I
1. 4.t+ I .~. 4i 5. I Si - ~.1'+ 12
7. - 15x-'- 14.r-·'+ 48x'"' +32r' 5 9. 3/ U . 13.
6
-tr t'
15. -29 17. O 19. (u) - ~ (b) -ti\
(c) )'
21 .(a) 10 (b) 19 (c) 9 (d) - I 23. - 2 ± J3 25. nenhum
27. -2 31. F 11(.r) = .r f"(.r)+2/'(x)
35. (a) 2(1 +x' 1)(.r' '+7)+(2x+ I)(-.{ 1)Çr'' +7)+
·' (2x+ I) ( I +x' ') (- Jx'") ( b) 3(7/ +2) ~r1 +2x - 3) 2
37. g '(.>·) = uU(.r))"''(x) .W. f'(x) m- 11x""- 1
31. 0.087 ml&rau 33. 1.75 mlgrau 35. (a) -<:OS x (b) cos.r I
37. 3: 7; 11 :...
4rr
11. -em 2I min
15
13.
I
r.: kn1 h
v:r
15. 4860rr cm 1/min 17. ! m/s
39. (u) todos X (b) todos X (c) ,r ;e (rr/2) + 11 JT, 11 m 0, ±I. ±2.... 125
19. ='>és/s 21. 704 pésls
(d) xoo 11 rr.•t=O, ±I, ±2. ... (c) .n• (rr/2) +11 JT, 11 =0.±1. ±2.... v61
(f) X"'II1T.II=0. ± 1. ±2.... (g) x .o(211+ I)Jr.ll =0. ± 1,±2, ... 23. (u) 500mi. l716mi (b) 1354mi : 27.7milmin
(h) .r"', JT/2., =o.± 1, ±2. ... (i) todos x
25. .i.. m/min 27. 125,T JX's'lmin 29. 250 milhaS/h 31. 36 ./69 pés/min
.,... Exercícios 3.6 (página 214) - - - - - -- -- - 20n 25
1. 6 3. (n) (2x - 3)', 10(2.r- 3)' (b) 2.1"'- 3, IOl 33. s; km/s 35. 600J7km/ h
5. (a) -7 (b) -8 7. 37(x'+2.fl'" (3x'+2) 37. (a) - ~ unidades por segundo (b) descendo
20
cos (2..)
3 41. x = ± 43. 4.5 cm/s; afastado 47. -cm/s
13.
4./XJ~+JYi
15. -2.
x3 .r2
17. -20 cos' x sen .r 9JT
23.
5 scn(5.r)
- ;f-7:55 3. (a) I + ,}.r. 0.95: 1.05
•
13. lxl < I ,692
2,fcos(5.r) (b) ."
25. -3~r + cossct(x' + 3)]"' [ I - 3.r cosscc(x' + 3) cotg.(.r' + 3)]
2
31. scn (cos .r) sen x 33. -6 cos1(scn 2x) scn (scn 2r) co~ 2r X
- 0. 1 0.1
35. 35(5x + 8)6 {1 - ./X)6 - ~(5x + 8) (1 - ./X)5
7
.yX
15. ~tiS 0.3158 !7. (a) 0.0174533 (b) ·'O= 45° (c) 0.69~765
37
_ 33(x - 5)2 .\9. _ 2(2.r + 3)2 (52x2 + %x + 3)
(2x + 1)4 (4x2 - 1)9 19. 83.16 21. 8.0625 2.1. 8.9944 25. 0.1 27. 0.8573
7 29. (a) 4. 5 31. (a) 0.5: I
41. 5(XSCJI 2.t+ tg'(x')J' [2.r cos 2x+ scn 2.r+ 28i tg1(x ) scc'(/)]
(b) )' (b) .. )'
4.l. y= - x 45.y=-l 47. y = 8.fiix - 8JT 49. y =ix-~ ÔY :e J
/\
- 2 hP...-1--'-'\-'12
3 0.5
33. 3.? d.r. 3.i6..< + 3x(6..r)' + (t>..ri 35. (2x- 2) dr. 2r 6..r + (6..r)' - 2 ill'
•
37. (a) (12x"-14x)d.r (b) (-x sen.r+cosx)d.r
-2 39. (a) 2 - 3.r tlx (b) - 17( 1 + xr ..
dx 41. 0.0225 43. 0.0048
(d) y - ./'!. = -JJ<x - l) 2J1 - x
45. (a) ±2m' (b) lado: ±I %; área: ±2%
47. (a) oposto: ± 0.151 em: adjacente: ± 0.087 em
(b) oposto:± 3.0%: adjacente: ± 1.0%
49. ± 10% SI. ±0.017cm' 5.1. ±6% 55. ±0.5% 57. 15rr/2cm'
59. (a) Ct = 1.5x 10"5/•c (b) 180. 1 em de comprimento
6J . (<:) f= IIT (d) m11plitude = 0,6 e m. r=2rr11 5 segundos por oscila·
ç1io, f= 15/(2JT) oscilações por segundo .,... Capitulo 3. Exercícios de Revi são (página 232) _ _ _
6.1. rt J6 65. (a) lO lb/polz: -2 lblpol 1/milha (b) -0,6 lblpol 1/s 3. (a) 2.r (b) 4 5. 58,75 pés/s 7. (a) 13 km/h (b) 7 km/h
0<X<1T
9. (a) - 2/ J9 - 4x (b) ll(x + l)'
67_ l cos.r. 11. (a) x=-2.-1. 1,3 (b) (-oo. - 2).(-1.1).(3. +N)
- cosx. - JT <.r< O
(c) (-2. - I ) . (1.3) (d) 4
I I I
69. (n) - - cos - + sen - (b) não existe limite quando .r tende a O 13. (a) 78 milhões de pessoas por ano (b) 1.3% ao ano
X X X
71. (a) 21 (b) -36 73. 1/?r 75. jx 79. / '(11(/t(.r)))g'(h(.r))h'(x) 15. (o) icos .t + 2r sen x (c) 4.r cos x + (2- .r1) scn .r
17. (a) (6f+8.r-17)/(3.r +2)' (c) 118/(3x+2l
.,... Exerc ícios 3.7 (página 221) - - - - -- - -- - 19. (a) 2000 1/min (b) 2500 1/min 21. (a) 3.6 (b) -0.777778
1. (a) 6 (h) - ~ 3. (a) -2 (b) 6./5 23. f( I)=0./'(1)=5 25. y =- 16x.y= - 145xl4
••
5. (h) 11 = .r' (c) dA = 2.r dx (d) I2cm1/min 29. (a) 8...'-..2...- lsx"' (b ) (2r+ I)",;;(I030x'+10x- 1414)
dr dr 2./X
7. (11) -dV = 1T ( ,..• tlll
- dr)
+ 2riJ- , decrescendo
(b) -20rr cnr/s, (c) (,r - 1){15x + I ) (d) -3(3.r+ 1)'(3.r+2)1x'
dt dr tlt 2J3x + I
9. (a) !!!!, =
dr
2
cos 0
.r2
(xtlydt _Ydx)
dt
(b): - f. md/s:clecrescendo 31. .r = f-2. - t 33. y=±2x
Respostas dos Exercícios fmpares R11
35. x=mr±(;r/4).n=0.±1.±2.... 37. y=-3x+( l +9;r/4) .,.. Exercícios 4.3 (página 254) - - - -- - - - - -
39. (a) -10 J3 (b) 7500 41 . 500;r m'lmin 1. (b) 1/9 .l. -2/x1 S. (a) não (b) sim (c) sim (d) sim
43. (a) -o.5; I; 0.5 (b) ;r/4. I. ;r/2 (c) 3. - I. O 1 1
7. 9. 11. 7e'' 13. ie' (.r+ 3)
45. (a) entre 139.48 rn e 144,55 m (b) ld,PI s 0.98° 15y2 + I 10y + 3y
4 2
21. - -
8 2y
23. 2 41. e' +e' arcsecx 43. O 45. O 47. -
3(2xy + l) tg 2(xy 2 + y)sec2 (xy2 + y) 9y> x JxJJx2 - 1 2JX(I + x)
SJ. (3x2 + are tg y)( l + y2) 53. (b) I - (..f!,/3)
25. sen y 27. - 1/J3. 1/./3 29. - 15' '"•-0. 1312 ( I +yl)t•>' -x
( I +cosy)·1
55. (b) .r =(88x - 89)17 57. (a) k~' l' (b) (-1)"k"c "'
9
(x - J•)exp [- 2~ (X -a !' ) ]
.H. 2
1
13 59. - 65. r = I.K = I2
37. (ll) ,. :~9. (b) .'' J2iia3
2 67. In 10 69. 12rr 71. .J3/ 2
OA::=:::;==:;:::=~. 3
0 1.02
-2
(c) 2~/3
\..
I00 \ld;~~==::!:::!::::~ I0000
.,.. Exercícios 4.2 (página 247) - - - - -- - - - - - 16 I
7. I - •.-2 49. (a) O (h) +oo (c) O (d) -oo (c) +N (f) -co Sl. I
1. llx 3. 11( 1 + x) 5. 2.r/(r1 -i) 9. 2/x
x( l + xÍ) 53. nãocxislc 55. Vt/L 59. (b) Ambos limilcssão iguais aO.
I 2x2
11. --== 13. I +In x 15. 2 r log1(3- 2.r)- ..,.,-::-:-7.,--=-:- 61 . não CXiSIC
2r,Jii\.t (In 2)(3 - 2x)
.,.. Capítulo 4. Exercícios de Revisão (página 265) _ __
17. 2.r( l + log .r) - x/(ln lO) 19. 1/{.t In x) 21 . 2 cosscc ? r
{I + log.r)l 1 3 - J/4 l 9 [X- I ] 1/ 2
· 2(fu - SJ .. 2(x + 2)2 x + 2
2.3. - ~ sen (ln x) 25. 2 cotg .</(In lO) 27.
8 3
+ ,x
.r .r - I x· + I 5. (a) 2 - 3x2 - Y (b) _2._ - 2r 7. - Yz
\" x2 .\'2
29. - tgx+
4 ~-;x 2 31. .r ~l + x2 [; + J(l ~ xl)] 9.
.'·scc(xy) tg(xy) 1
1. _ 21
13. V(2-;r) 17. ( Y413. ~/3)
I - x SCC(xy) tg (xy) 16y3
33.
(x2 - 8)'1-' Jx>+ I [ 2x
+ 3x 2 6.r~ - 7
-~---
J I 2 3 4 I I
_,r. - ?x + 5 3(x 2 - 8) 2(x3 + I) x6- 1x + 5 19. --+ - x+3- x+4 21. - 23. - - - - .,.
.r + l x+ 2 X 3x(l n x -i· I)lll
35. ex~• 37. (a) -
1 2
{b) - In , 2
x(ln x)2 x (ll>x)· 25. I 27. 2. + ...=·':....·•...,. 29. 2x 31. (:-fi(2 + JX)
(In IO)x In ,T 2x I + x4
39. .l' "' ex - 2
41. y =-x/e 43. y=xle 45. A(w) = w/2
,
49. Jtx) = In (x + I) 51. (a) lle· (b) I J3.
2
' 35. <"' x(r I (In x + --~) .17. ~-~;::;;::=
J2.r + 11 Jx:! + x
n( l + 4x·) ,
R12 Cálculo
41. (b) ;,.6- -------- (d) A inclinação de,·e ser 25. (a) [0. +<x>) (b) (-N. OI (c) (-2. 2)
zero entre I c e. (d) (-ex>. -2). (2. ~) (c) -2. 2
(e).t=2
27. (a) [O.+oo) (b)(-ov.- IJ (c) (-/1+/'i.jl+/7)
olb~~===:!:;;;;;;;ç;d 5
(-x-.-/ 1+3J7).(l +3J'i.+oo)
o
4-l. e' 45. e'" 47. Não: porcxcmplo.Jt.r) =.1". 49. (113. e)
(d) (e) ±/I +3J7'
55. (a) 100 (b) A população tende a 19.
29. crescente: [-Jr/4, 3;r/4): de<:rcsccntc: (-1r. - ;r/4 ]. [3;r/4. ;r]: côncava para
100 (c) A II/XCI tende a zero.
cima: (-3;r/4. 17/4): côncava Jlara baixo: (-;r. -317/4). (17/4. 17): pontos de
o inflexão: -3;r/4. ;r/4
o 8
P'(t) 31. crescente: nilo M : decrescente: (-IT. ;r): côncava para cima: (-17. 0):
côncava para baixo: (0. ;r): ponto de inflexão: O
.l3. crescente: [- ;r. -31T/4]. [-IT/4, i!'/4]. [3;r/4, ;r(: (kcrescente: [- 3;r/4. - ;r/4].
(;r/4. 3;r/4]: côncava para cimn: (-IT/2. 0). (rr/2. ;r): côncava para baixo:
- 100 (-;r, -;r/2). (0. IT/2): pontos de inflexão: O. ±Jr/2
57. +oo. +cv: é; +oo, -oo: não é: -cv. +oo: não é; -oo. -oo: é. 35. (a) ,, (b) ."
59. +oo 61. 1/9
" '>.. • .L
.,.. Exercícios 5.1 (página 275) - - -- - -- - --
I. (a) f'>O. .f">O (b) /'>o . .J'" <o
·'' X
2 2
J(
(C) 37. (a) O
X
(b) I
(c) lim lCx) =O
x- +~
.W. JlOnto de inOcxão em x =a
se 11 for ímpar c~ 3.
(c) /'<0./">0 <d>r <o. r< o X
\'
2
17. (a) [ 3 -2,/5. 3+2 JS] (b) ( -oe. 3 - 2 J5l [ 3 +2J5. +o::) 49. -2.464202: 0,662597; 2,701605
[0,2513; 3,3316]
53. (a) verdadeira (b) falsa
57. (c) ponto de inflcxno: ( I. 0): côncava para ciona: (I. +oo): côncava para
(c) (O. 4 -2J6) .(4+2 J6. +oc) (d) (-:o. 0). -2J6. 4 +2~ e 63.
baixo: (--ov, I)
,. 65. ,.
2 Pomo de
(c) O. 4 ±2 J6
59. min. relmh'O Oem x = rrn: 3rrn S. ponto !.'Stacionúrio: (0. 0): 7. ponto~-stacionário: (0. -I):
max. relmivo I em x = rr
pomo de inflexão: (±-;t. !): pontos de inOcxüo: (0. - I ) .
assíntotas: .r= I : I I)..
(- ?1'-!
cru?.amcnto de assíntota: não há. assíntotas: .r = l , y = 1:
1.25 y=1
,.
cruzamento de assintola: não h•t
4 -~L
61. rnin . relativo - I!e em x = l/e 6.t min. rclmi vo Oem x = O
L_
2
2.5 max. relativo l/e ern x-= I
,r= I 2
0.14 X
I 2 4
65. min. relativo em x= - 3,58; 3.33 9. pomo estacionário: (4. 1114); J I. ponto estacionário: (- 113. 0);
max. relativo em x = 0,25 ponto c.le inflexão: (6, 25/9); ponro de inncxão: (- 1. 1):
150 assfnt otas: x =o. y =3: assínrotas: .r= I. y = 9:
cru?.tuncnro de assíntota: (2, 3). eruzmncmo de assfmota : ( 1/3, 9).
... ..\ '
I ) 301
( 3. 9 I
-150
20 I
y =lO I
67. máximo relativo em x """-<>.272: mínimo relarivo em x ""-{),224.
69. máximo relativo em x = O; mínimo relmi\'0 em x"' ±0.618.
-10 ( I 10
71. (a) 54 (b) 9
<-LI> (-j.o)
7.l. (a) (- 2.2: 4). (2: 1.2). (4.2: 3)
(b) pontos crfticos em x = - 5,1: - 2: 0,2:2:
13. pontos estacionários: não há:
=
mínimo local em x - 5.1 e 2; máximo local emx =- 2: (-1.-t)
sem extremos em x = 0,2;f'( l) "" - 1.2. i>Ontos d~ inO~xiío: niio h(l; \'
.I
75. 11 =- 2. ú =3, c = d =o liSSfntOtas:.\' = l ,y=-1; 2 :x= I
77. (b) 79. (a) I
Cnl7.:uucnto de assíntota: não há. I X
l,l
2 4
r1 y=- t
}-... -4 I
I
L
X I
(b) ,.
/(>j 1) noo é um valor extremo 15. (a) J tO y lO 'I
I
(h) (c) .'" I
I I
v• _,.ov
-L- ...L
-5
I
-s 5
I
I I -5 - lO
X X
( l
-"o
) • (c) \' (d) ,.
i6 lO I
f~r0) é um valor rclalivo .f(x0) é um mínimo rclalivo I I
I I
-6 I X X
.,. Exercícios 5.3 (página 299) - - - - - -- - - - ---r 6 -5 5
\L
1. pomos esracionários: não há: .1. pomos cswcionúrios: não há: 12
pomos de inflexão: não há; ponro de inflexão: (0, 0): I
I -10
assínlotas: .r= 4. )' = -2; assín101as: x = ±2. y =O:
17. \'
cruz:unenlo de assínrora: não há. crul:lmcnro de assínrom: (0. 0).
y \' ··~
I
I /
,.-
' I 4
il x
2 1X: 4
I .r= -21 lO I / /\·=.r+3
{.r= 3
.
I 6 s I 2
.r= -2:( I / 1 X
-- ~--- --
lO
-4 I 4
I
-6 :
\ I: - 2
I-4
. --
I r-'
I
Respostas dos Exercícios fmpares R15
~ ef. ~)
(-4. -T'')
2.1. pontos estacionários: (-3. 23). (0. - 4);
1.5 ~
(- n. 1) (3rr. I)
pontos de inflexão: (0. -4);
assíntotas: .r= - 2, .r= .-1- 2t;
-4 6 lO
cruzamento de assíntota: não há. (-0.94; 0.06) (7.22: 0.06)
-I
\
(0.-1)
25. (a) VI (b) I (c) 111 (d) V (e) IV (0 11 41. (a) +oo. O 43. (a) O. +oo
'1:1. pontos críticos: (±112. 0); 29. pontos críticos: (- 1. 1). (0. O); (b) A ,. (b ) ,.
pontos de inflexão: não M. pontos de innexão: não há.
,. ,. 0.3
4 5 -s -3 -• X (1:0.1 4)
3 (1,71: 0.10)
(- 2; - 0.27) t .r
2 .\' I -1
(- 1; - 0.37)
I - (0. 0) 4 (0.29: 0.05)
31. pontos críticos: (0. 0). (1, 3): ponto de inncxilo: (-2. - 6V2). Como é (IJ) máximo relativo= lle em x =±I: mínimo relativo= Oem x = O; pon-
difTci l \'Cr todas as características imponantcs em um único gráfico. mos-
tramos dois gráficos:
X
,.
.r
tos de inflexão onde x = ±j ± ./17.
5
4
aproximadamente (±o.47: 0.18).
(±1510: 0.23): assíntOta: l' = O.
lO
0. 1
33. pontos críticos: (0. 4). (I. 3): 35. EXII'enoos: não há: pontos de in- X
poouos de inflexão: (0. 4). (8. 4). ncxno: X= 2mt J>Ura inteirOS 11 - I I 3
\' (- 0.47;0. t8) (0,47;0, 18)
- lO lO 30
R16 Cálculo
47. (a) -oo. O 49. (n) O. +oo 61. (a) x = I: 2,5; 3: 4 (b) (-oo. 1). [2.5: 3) (c) máximo relativo em
(b) máximo relativo = -r' (b) máximo relati\•o = 4/e x = I e 3: mínimo relativo em x = 2.5 (d) x "' 0.6: 1.9: 4
em .t=2: em x = 2: 63. L 65. O gráfico não detecta os zeros em
n:lo M mínimo relativo: mínimo relativo= Oem x = 0: x = Oc I e o mínimo em x = 5/6
não há pontos de inflexão: pontos de inflexão em
X = 2 ± ..f'i:
assíntotas: y = O•.f= I. assíntOia: y = O.
lO
X
-t 1 2 3 4
:~
- lO
X
-20 1I (2, - r)
' .,. Exercícios 5.4 (página 307) _ _ _ _ _ _ __ __
4
(0. 0)
1. máximo relati vo em x = 2: 6: máxi mo absoluto em x = 6:
51. (:l) +oo. o S.~. (a) +oo. O mínimo relativo e absoluto em .r = 4
(b) y (b) ,. 3 . (a) ." (b) _,.
57. (a)
'
(e-)ll. --?;)
0.5 (b) máximo relativo em x = llb:
\'aloJ' mínimo Oem ,r= 0: 20
50
25
pomo de in0cxãoemx=2/b
- 0.5 ~ o ~-======o;J,o
o
31. máximo= 2../2 + I cmx = :lrr/4: n1íni mo = ,J3 emx=Jf/3.
-u 4
59. (a ) não ex istc. O
(b) y =e" c y =Ieos x intcrscctam
em X= 2rm. )' : - i C)' : tf' COS X
interscctam em .r= 2rrn + Tr. para
X
11 inteiro qualquer.
~· :: I!*' ,. : tf~ CO$ X -I
. ." "-. ~ 33. valor máximo 2~ e- 3 em x = Í, 0.2
20 valor mínimo 64// em x = 4
X
-I 6
-40
35. máximo= 5 In IO- 9 em .r= 3: mfnimo = 5 In ( 1019) - I enLt = 1/3.
Respostas dos Exercícios Ímpares R17
37. valor máximo sen(l) "" 0.84147 15. OJ) 1g.t nào é contínua em[O. nJ . 25. j(x) = u' -r+ 2
valor mínimo - sen( I) "" -0.84147 .~5. (b) .fl-t} = scru.g(.t) = cos x
,1'
37. 41. CJ=6. b= - 3
)' • /(.c)
'--
X
13. (a) v(l) = 311 - 121. a(l) = 61 - 12 (b) s(l) = -5 m, v( I)= -9 m/s
....... lu( IJI= 9 m/s. a( I ) = - 6 m/s 1 (c) 0:4 (d) aumentando a velocidade
em O< 1 < 2 c 4 < 1. diminuindo :1 velocidade em 2 < 1 < 4 (c) 39m
15. (a) v(l ) = 3n scn(m/3):a(1) = n 2 cos(m/3) (b) .<( 1) = 9/2 o.n;
-~ v( I) = velocidade escalar = 3 J3,. / 2 m/s; a = rr' /2 mls' (c) 1=Os, 3 s
17. -0.47462661&: 1,395336994 19. X "=' 0.58853 OU 3.09636 (d) Aumentando a velocidade:()< 1 < 1.5 c 3 < 1 < 4.5; diminuindo a
4 21. (b) 3.162277660 velocidade: I.S < 1< 3 c 4.5 < 1 < 5 (c) 31.5 m
2J.
25.
(b) - 4,098859132
x= - I ou .r"" O. 1795 1
17. (lt) v(l) = -s(l1 8k-'' 3: a (l) = ~(1 2 - 121 + 26)e- rl3
2 - 61 +
(b) s( 1) = 9e - 13. 1>( 1) = - e- l/3, vclocid~dc escalar = e- l/3, a ( I) =
27. (0,5897545 12; 0,347810385)
29. (b) B"" 2,99 I56 rad ou 171 •
ie- 1/> (c) 1=2s.4s (d) AuoncnJandoavclocidadc:2< 1<6 - Jiõ
31. - I,220744085; 0,72449 1959
C4 <I< 5; diminuindo a velocidade: 0 < I < 2 c 6- Jiõ < I< 4
-0.5 'é::::~ ======"2 (e) 8 - 24e- 213 + 48e- ·'/ 3 - 331·- 5/3
o 33. i= 0,053362 ou 5.33%
35. (:1) Os valores não convergem. 37. (d)/(c)=O 19. (a) ./5 0J) ./5/ 10
-2
R18 Cálculo
(c) aumcmando a velocidade em ,/5 < t < v'IS. o,. H . (a) crescente
diminuindo a velocidade em O < r < ,/5 e
o'3::::i::;;;:==~. 10
ll- O ~) decrescente
v'l5 <, (c) eônca\<:t pam cima
(d) côncava pam baixo
(e) pomos de inflexão
a(r)
21. Velocodo<le
1 5 31~ escala< cOMtante
I e O
s
o 3
(Pomdo) 1 • 4 b
17. -:,.- .!: O 19. x =- I 2 1. (o) em um ponto de inflexão
-......t 1e2 -"
I= 0 (Por:ldo) 25. (a) .r = :!:~ (pontos cstacion(trios) (b) x =O (ponto estacionário)
-t 2
,--+--~~~~~ 1=2tr
I : Tf 31. lim j(x) não existe: ponto critico em x =O: rnin. relativo em x =O·
.x- ±l!Q ,.
·' ponto de inflexão quando I + 4x' tg (i+ I)= 0: asslntotas verticais em
-1 0
Aumentando a velocidade
I
.r= ±/71(11 + !>- 1.11 = 0. I. 2. ...
29. (a) 12 m/s (b) r = 2.2 .r: .r = -24.2 pés (O. t•
" I )\.. \'
.,1. (a) 1=2:!:1/J3.s= ln2. u=:!:J3 (b) r=2. .t=O.a=6 ' 4 . I
I I
D . 0015 IS ~)~
\ ' ~~fl l ' A•
~,~ ·~ j ~\~ .r
1-4 I
I I
(-1.42: - 0. 12) ( 1.-12; - 0.1 2)
35. (b) ~ unidade (c) () S 1 < I c r> 2
33. pontos críticos em x = -5: 0: max. relati vo em x = -5. min. relativo em
x = 0: pontos de in0cx5o em x = - 7.26: - I.44: 1.20: ;lsslntota horizon-
~ Capítulo 5. Exercícios de Revisão (página 344) _ _
=
tal y I quando .r -+±oo (-~ ~)
••4 J'
I. (a) /(.rt I < /l.ra): /(x,) > /(.<z); /(x,) = /(.<z) 1.4
(- 7.26: 1.22) 'c
(b) / ' > O;/' < O: /' = O
3. (a) ( ~ . +oo) (ll) {-«>. n (c) (-» . +oo) (d) não há (e) não há
5. (a) 10. +<t>) (b) ( -oo. OI (c) (- ./213. J'i:D) (- 1,44;0.49)
(d) (-oo. - ./1/3). (J273. + oo) (e) - J'i:D. ..fm
7. (a) 1- 1. +"') (b) (-oo. - I) (c) (-». 0 ). (2. +"')
(d) (0. 2) (c) Oc 2 - 20 (0. 0) 20
9. (a) (-oc. Ot (h) tO.+<->) (c) ( -:c. - 1/./í).(I/Jí. +o:) 35. lim f(x)= +w. lim f(x) = - "';
.\' - -1' A' - +10
(d) (-1/./í.t/./í) (c) :WJ2 pomo ctítico em x = O:
11. (a) crescente não há extremo;
X
(b) decrescente ponto de inflexão crn x = O
(f muda a concavidade): 2
(c) côncava para ci ma
(d ) côncava parn baixo não há assíntola
(c) pontos de in0cx5o
-I 37. não M extremos relativos .W. mfnimo relativo de Oem x =O
41. mínimo relativo de Oem x =O 4.\. mini mo ncl:uivo de Oem x =O
Respostas dos Exercícios fmpares R19
45. (a) 40 (b) max. rclmh'O em x = - ~ 67. - 1.165373043 69. 249 x IQÓ km
min. rclati•'O em x = ir; 2 11. (a) sim. c=O (b) não
(c) sim. c = ./'ii72
73. Use o Teorema de Rollc
75. (a) sim (b) sim
-40
(c) l)ctalhcs mais finos podem ser 0.0001 -2
vis10s quando é feito o gráfico sobre 1 (14 3t~ + 10t 6 - 12t'1 - 6t 2 + I
+ 2t 2 - I) a= 2.:_:__-'--'-~,-=--.,_=--.~
77. (:o) u = - 2 •
(t• + I)· (1 4 + f )3
1
unln janela .r mui lo menor.
(c) t =0.64: .r= l.2 (d) O$t$0.64s
(e) aumentando a vclocidadcquando0St<0.36c0.64 <t< 1.1: caso con-
trário. diminui a \Ciocidadc (f) velocidade escalar n~'\xima = 1.05 m/s
- 0.0001 quando/= !.lOs
1
x· + x - 7 ..J. I
47. (a) 49. I (.r) = 3X 2 + X - I. X r ?- .,.. Exercícios 6.1 (página 354) _ __ _ _ _ __ __
\' ). 52 10 50 100
I 11
I lO
I I A., 0.853553 0,749739 l 0.710509 0,676095 0,671~63
I J
r
~.is~52! ..9:3si~.~:s4]
I I 3.
l ~:.
- lO I I X
.. 5;oso 1 • .9;376
-5 5
I
5. I 1/
A.,
2 5 10 50 100
0.583333 0.645635 0.668771 0.688172 0.690653
J
5.1. (n) verdadeira (b) falsa
55. (n) n3o há máximo: nún = -13/4 cnu = 3f1 (b) nuo há máximos ou
7. , 2 5 50 100 lO
mfnimos (c) m = e'/4 em x = 2 (d) não há máximo: min = e·lk em 0A33013 0.659262 o.n6I30 0.174567 0.780106
x= 1 /~
9.
',· 100
2 5 50 lO
57. (a) valormínimoOemx = ±l: (b) Hdor máximo= ffl em x = I:
não M m~x i mo valor mfnimo = - If1 em x = -I A• 3.71828 ]2.85174 2.59321 2.39712 2.37398
lO o.s
li. f 11
A.,
2
1
5 10 50 100
1.04720 0.75089 10.65781 :0.58730 0.57894
1
I
13. 3(x - 1) LS. x(x+ 2) 17. (x+3)(x - l )
=
21. áren A(6) - A(3) 23. j{x) = 2x; a= 2
o
.,.. Exercícios 6.2 (página 363) _ _ __ _ _ __ _ _
(c) valor máximo= 2 em x = 0: (d) ''ator máximo=
valor mini mo= ...(j em x = rr/6
2
/(-2 - ..{j) "' 0.84;
valor mínimo
l. (a) f Jl x
+ xl
tlx = J f +x2+C
5. .!!_ (J.r~ + s] =
tlx 2Jx.l+5
3
.<
2
. logo
-
f 3
'T
2
t/,r = Jxl + 5 +c.
0.1.5
\:===:!::= = "'' : t1
7. - )scn(2./X)J
h
= cos(2./X)
r.: , logo
vx
f 2Jx3 + 5
cos(2./X)
vx
r.: dx =scn(2./X) + C.
- 0.2
9. (n) (x'/9)+C (b) ?lx 1 +C 12 7 (c) 3x12 + C
9
-I o lw.!=:::'::::}f~'" =--1•o
\ .:J
.
(0.37259 1: 2.012931) 19. _.l -
2
+ ~ +C 21 . 2 lnJ rl + 3e' +C
x 3x>
!
23. - 3cosx - 2tgx+C 25. tgx + sec.r+ C
-I 27. tan O+ C 29. sccx+C 31. 6 - cosO+C
61. largura= 4./'i. altura = 3./'i 63. 20cm de lado 3J. ~are scn x - 3arc tg x +C 35. tg.r-sccx+ C
65 . .t "'-2.11491:0.25410:1.86081 37. \' 39. /(x) = cos .r+ I
.s I
IV .....
I 41. (a) y(x) = ~x•n + ~
IY ~~ X
(b) .r = -cost + t + 1 - rr/ 3
• = ~_..~12 + 2x l /2- ~
Ir, v .... _ / 12 1t (c) y(x)
21 43. (a) y = 4c' - 3 (b) )~1) =In I~+ 5
I .
I -S 45. / (.t) = ~xS/2 + Ca x + C2
47. )'=i+x - 6 49. y =.l"'- 6x+7
R20 Cálculo
,r2 10 6
SI. (a) (b) (c) f(x ) = - - I 3. L k S. 7. L (- I)HI (2k - I)
\' )'
2 t- 1 k= l
so ;o
""'''''
\\\\ \ \ ' ''
///ltJtU
/ /111 1111 9. (a) L 2k (h) L (2k - I)
'"'""'
H\ \ \ \ \ ''
N/111 /11
N/111 /11
o'//1/ 1 ( /11 ,\' 11. 5050
J. I
13. 2870
.t ~;d
.1'
/ =0 i =l / =2
-5 -t 5t
(
2+
3 11
( - I) ) • .
n
~- (2 +
11
3) 4 • ~
11
(b) r: (2+
k•O
k. ~) ~
n
4
,,, ,.,,
••
,,,,
I I/
I /.
''
,, ,_,
-
•-\
\
31. (a) 46 (b) 52 (c) 58 33. (a)
l1
4
(b) O (c)
1r
-4
, , , , 11 , _ , ' " '· "
I -6 l ll - \ .lS. (n) 0.7 188: 0.7058:0.6982 {b) 0.6688: 0.6808: 0.6882
(c) 0.6928: 0.6931: 0.6931
57. (b) F (O) - G (O) = ~ 59. F'(x) = G'(x) = I. x "' O
37. (:o) 4.8841: 5, 11 56; 5,2488 (b) 5.6841 : 5.51 56: 5.4088
61. 1jp - .r +C 63. (a) !<x - scnx) +C (b) !<x+scn x)+C (c) 5,347 1: 5.3384; 5,3346
65. 11 =
1087 7· 1/2 , I
.Jm pcs s 39. !f 41. 18 43. 320 45. !f 47. 18 49. 16 51. ~ 53. o
55. j 57. ! m(b2 - a 2) 59. !(1•"-(14 )
~ Exercícios 6.3 (página 371 >.- - - - - - - --- 61.
112 + 2n se n for par: (11 + 1)2 se " lorfmpar.
•
63 . 311 - 3' "'5. 199
- ~
(x'• + I )·•
I. (a)
''
24
cos4 .r
+ C (b) -
+C 4
417. (bJ!
4 71. (a) t(3 - 41)20 (b) 2" -2' (c) - ~
?( I + 1) 2 101
(c) - 2 cos .fi+ C (d) ~ .J4x2 + 5 +C
73. (a) sim {b) sim
3. (a) -! cotg 2x+C (b) ;\;(l + scod 0 +C
(c) ! sen 2x + C (d ) ! tg(x 2) + C ~ Exercícios 6.5 (página 393)- - - - , - - - -- - -
5. (a) In l lnx l + C
(c) - ~ ln( l +cos38) + C
{b) - !,.-~• + C
{d) ln( l + e' ) + C
l. (a) Jt (b) 2 3. (a) - !{/ (b) 3 5.
2
x 2tlx j - I
9. .\;(4..-·- 3) 10 + C
!S. ~ ~·:!.' + C
Jl.
17. ~ are scn (2x) + C
-i cos 7x + C 13. scc4x + C i 7. J 3
4x( l - 3x)dx 9. (a) lim
ma~ àxt """ O
n
L: 2x; ó.rt: a = 1, 1>=2
21. :l
2( 1 - 2x )"
• + C 23. -
40(5x•
1
,
+ 2)•
19. rt(71 + 12) 12 +C
• + C 25. e""'"+ C
2 3
(b)
-.
'
lim
"
L .;'t óxk ; a = O, b = I
k- 1
m.o.<4 ,, ~0 t - I xk +I
27. - ke- 2.< ·' +C 29. are tg e-'+ C 31. cost5/x) +C !
ll. (a) A = ~ (b) -A = - ~
33. -~cos5 3t +C 35. ~tg(x 2) + C .l7. - ~ (2 - scn41J)1 ' 2 +C
.W. arc scn (tg .r) + C 41. ~sec3 2x + C 43. - e-' +C .r
45. -e- 2Ji+ C 47. t(2y + l)3/2_ ! (2y+ I) 112 + C
49. -~ cos28 + ~ cos3 Í8 + C 51. t + In lt l +C X
!'3. / IIn(e-')+ ln(~-')ldx = C
55. (a) arcscnHx) + C (b) -]; arc tg (~) +C (d) - 11 , +A, =O
I are sec (
(c) ,fii .J1i
X ) +C .''
I (tt + i>t)" + 1 I 1
57 - · + C 59. scn"+ (11 + l>x) + C
' b 11 + I b(11 + I)
.t
61. (n) ~ scn x + C1 ; - ~ cos X+ C 2
2 2
(b) porque diferem por uma conswntc
2 3/ 2 158 I 2t 13
"...'3. -(~
15 " ' ·+ I ) - - 15 65. )' = - -e
2 +- 2
67. (a) J .r2 + I + C 69. f (x ) = ~ (3x + I)J/2 + ~ 13. (u) ; \ =lO (b) A,-A 1 = O por simetria
\'
(b) y
2t - - - -- X
X
5
(c) JO 100
150
X (d) 10 120 50
100 I
17. (a) 0,8
(b) -2,6 50 I -50
(c) - 1.8 -100
-1 l 2 I
2 (d) -0.3
6
,.
19. - I 21. 3 2.,. - 4 25. ( l+rr)/2 27. (a) negativo (b) positivo 23. (a)
5
\'
25. (8)
'S S • c; 7tr 0.5
29. T" 31. 1 .~7. m:uor:
;r
24
{16 + 3"2): menor:
24
39. !f
3
59. (a) O (b) 5 (c) 415 (d) 112 (11 + l)uS tlu .l. (a) ! f~ 1 c• c/11 (b) 112 11 <111 S. lO
7. o
61. (a) x = 3 (b) crescente em (3.+oo). d~crcsccntc e m (-oo,J]
9. 11F 11. R- (4../2) 13. 15. In - f..
17. rrl6 19. 25rr/6 t\
21 . ;rf8 23. 2/;r 25. (I 27. ;r/18 29. 2 31. ~ ( Jiõ- 2h)
(c) côncava pam ci ma em (- 1. 7). côncava para baixo em (-oo, - 1) e
(7. +oo) .B. 2( ./7 - ./3) 35. I 37. 0 39. ( J3 - 1)/3 41. J~
=1 :&k -i
63. (a) (0, +oo)
67. 3./2 :5
(b) x
J;; Jx3 + 2dx :5 3../29
65. (n) 4/3 (b) - 7 43. (In 3)12 45.
6~ 47. ;r/9 49. 51. (a) ~ (b) ~ (c)
55. "' 48.233.500.000 57. (In 7)12 59. (a) 2/rr 61 . (b) ~ (c) rrl4
71. (a) a variação na altura Cl\lt'C as idades Oc lO anos; centímetros.
(b) a variaç~o no raio cnlrc os instantes 1 = I se r= 2 s; centímetros.
.,.. Exercícios 6.9 (página 434) _ _ _ _ _ __ __ _
(c) n diferença cmrc as vcloci~:tdcs <lo som a 38° C c O" C; m/s. ,.
(d) a variação 0:1 posição cncrc os instant~s r, e t2: centímetros. 1. (a) " (b)
3 3
7J. (a) 120 galões (b) 420 galões (c) 2076.36 galões 75. 1
7. (a) .r·'.x>O (b) .i. .r"'O (c) -.r'. -oo<x<+:>e 45. t!J - t 47. 48 49. j SL 312-sec 1 53. í
(d ) - x.-oo<x<+oo (c) i . x>O (f) lnx+x.x>O 55. área= 116
,. 57. (a)
, x' + I
(Ç) X- lf.', -7.> <X< +oo
('
(h) -.X> 0 ' 59. er
X
9. (o) e' '•·' (h) c./2 1• 2 11. (a) ,fi (b) e' 13. i-x 0.2 61. ~ - li
cosx
63.
15. (o} 3/x (h) I 17. (a) O (b) O (c) I O. I l + scn3 x
19. (u) 2x'.J I +xl (b) - ~ (x2 + 1) 31 2 +~ (x2 + 1 ) 512-•ll X
3v - I r2 - l
21. (n) - cos (.1") (b) - tg' x 23. -3 · 2 + 2.r' ~ + 1.2 1.8
9X + 1 X 1
69, (u) n~) é 0 se x = I. positiva se X> l e negaliva se x < l
25. (u) 3.t"' scn-~t')
.. , - 2r sen'(x-)
,~
(b) -
_ x2
1
' (b) F(.v) é Osex = - 1. postiva se - I <xS 2 e negativas~ - 2 S:x < - I
27. (a) F(O) = 0: F(3) = 0: F(5) = 6;F(7) = 6: F( IO)= 3
71 . (a) 4/3 (h) <' - 1 75. !14- j13 + 1+ I
(b) crescendo em [~. 6) c [ :;.'. 10) decrescendo em [o. He [6. 3
})
77. ,1- 31 + 7 79. 12m, 20m 81. 113m. 10/ 3 - 2./'i m
(c) máximo !f em x = 6. núnimo - tem x = } SJ. dcsloc.1rncmo =-<i m: distância= !f m ?f
85. 81. 1/2
(d )
93. !f-
F(.r)
6 89. (a) 5 s (b) 200m 91 . v0 /2 pés/s 95. i 91. O
99. 2 - 2/.fo 101. (n) e' (b) e'" 103. f(,r) = kl.'.a = (ln 2)/3
39. (u)
11
1 [tJ;(r)] t 1hf;(x)tl.~
ft
dx =
i:z l ; a: l (I
X
41. )' =
·lrx/c
Ir
- -
se O < x < c
sec :: x :s a+c 43. ~
{ lr(b - x)/(b - <1 - c)
sea+c !õ,r !: b
Respostas dos Exercícios Ímpares R23
19. (a) São imagens espelhadO$ 27. (a) decresce de4.5x 101' J (b) ., 0, 107 (c) .,8,24bombas
/1~2 Jt +4Aix.J.1/4 ,/ 1 + 4x
4
pela reta y x. = (b) ..!..tlx.
)'
x = .jü transrorma a primeira integral
.,.. Exercícios 7.8 (página 495) _ _ _ _ __ _ __ _
•
na segunda. 1. (a) F=31.2001b:P=312 1blpés'
(b) F= 2.452.500 N: P = 98. 1 kP:l
~tly. f,~2 Jt + 4y2dy
4
(c) /, j1 + 3. 499.2 lb S. 8.175 x lo' N 7. 1.098.720 N 9. s im
1/J 4y
(d) 4.0724:4.0716 11. pa31..ti tb 13. 63.6481b 1s. 9.81 x to• N
X (e) A primeira: ambas são subavaliaç<i<.'S 17. (b) 80 p0 1b/min
do comprimento de arco. de modo que a
maior é mais precisa. .,.. Exercícios 7.9 (página 505) _ _ _ _ _ _ _ _ __
(f) 4.0724: 4.0662 (g) 4.0729
1. (a)"" 10.0179 (b) ::::.:3.7622 (c) "" 15/17 .,0.8824
("13 (d ) :::: - 1.4436 (e) ::::.: 1.7627 (I) "" 0.9730
lo
21. (a) Siio irnagens espelhadas (b)
pela rem r = x.
J 1 + sec4xdx,
3. (a) j (b) .~ (c) m (d) -~
1.6
)'
k,fj /I + ( I + lx2)2 dx.
S. senh x 0 cosh~·0 cgh x 0 cotgh x 0 sech x 0 cossechx0
,,{5
x = are tg u tmnsrorma a primeira (a) 2 ..J5 2/..JS ..Jsn 112
0,8 integral na segunda. (b) 3/4 5/4 3/5 513 4/5 4/3
r./ I
3
(c) lo V + I
1
(1 + >'2) 2 dy,
(c) 4/3 5/3 4/ 5 514 3/5 3/4
I
13 9. 4cosh(4x-8) 11. - - cossech 2(1nx)
Jt J I ·t- sec 4
y dy X
(d) 2.0566; 2.0567
(e) A segunda: ambas sno subnvnliações do comprimento de arco. de
l
13. ·-:; cossech - (1) cocgh (-1) I5• 2:...:.+..;;5,;c;;os;;;h,f(5;;;x~)s;;e,;;nh~(:..S·::,:rl
x· x x J 4x + cosh2(5.r)
modo que n maior é rn:~i~ precisa. (f) 2.0509: 2,0571 (g) 2.0570
17• .<SIZ cgh (,fi) scch 2 (JX) + 3x 2 cgh 2(JX)
25. k =1.83 27. 196.31jardas
19
. 1
21
. I • 2-'. _(are cgh .r)-l
29. (a) )' (b) 6 3 1. (b) 9.69 (c) 5.16 em J9 + x'! (are cosh x)Jxl - 1 I - .r2
-I "
2:>. !SCilhX I = {I,Jl > 0 27. - r + eX are secu." -·<
!senhx ' - I. ll < O 2ll./1 - x
3 1. ~ senh x + C 33. j (tgh x) .1/l +C 35. In (cosh x) +C
7
- I
37. 1
371375 39. are senh 3x+ C 4 1. - are scch (e')+ C
43. -arc cosscch i2A'!+C 45. ~ ln 3 49. 16/9 SI. 5rr 53.~
•
55. (a) +X> (b) -oo (c) I (d) - 1 (c) +X> (I) +oo
~ Exercícios 7.5 (página 474) _ _ _ _ __ _ _ __ 63. l11l < 1: are tgh11 +C: ~·I> I: are tgh (1111) +C
65. (a) ln 2 (b) 1/2 7 1. 405.9pés
1. 35JT./2 3. 8JT S. 40JTJ82 7. 24lT 9. 16rr/9
73. (a) 650 (b) 1480.2798 pés
11. 16.911JT/1024 13. 2~r(./2+ 1n(./2- 1 ))
(<') ±283.6249 pés
15. s"" 22.94 17. 14.39
(d) s2•
r.-':"":':':-:"':"< 8
23. S = t2rr(f(xH k)JI ·I lf'(x)]2dx 29.
3 ~r(I7.Ji7- I)
31 · Ir =
(17v 17 - I) ·-
,, :>, 2./2 lT(2e·• + I)
T
24
.,.. Exercícios 7.6 (página 479) _ _ _ _ _ _ _ _ __ 75. (b) 14.44 nr (c) 151n 3::::.: 16.48 m
13. l S. (n) 5.28 (b) 4,305 (c) 4 17. (a) - 1/6 (b) 112
8 (c) F= t 10 98 101y l2.j'is(y I IO)dy N
21. (a) ~1 (b) 31 U l404rr li> 25. 97 carroslminuro
27. (a) 0.451 (b) 0.461 29. 27 3 1. (b) 169.7 v .,.. Exercícios 8.1 (página 512) _ _ _ _ __ _ _ __
I. - 2(.< - 2) 4 + C 3. ~ cg(.r 2) + C S. - ~ ln(2 + cos3x) + C
.,.. Exercícios 7.7 (página 488) _ _ _ _ __ _ _ __
I. (a) 21 Opéll· lb (b) 516 po.<s · lb 3. d = 7/4 5. levantando a xícara de caré 7 . cosh (é)+ C 9. e'P +C 11. _..!_ cos6 5x +C
30
+ J101i + 4) + C 17. 2 scnh ./X+ C
.,-x I
7. IOOpo.'s · ll> 9. 160J 11. 201blpés 13. 900npJ 15. 261.6001 13. In(<'' 15. :u.l.i'=í 1- C
17. (n) 277.992 J (b) hp do n>Otor 0.468 = 19. 75.000 pés ·lb
19.
2
- -r ,/1 I
+C 2 1. -cotgh 2
- +C 23. -- In
I 2+
+C
21. 120.000 pés · toneladas 23. (a) 2.400.000.000/.i lb In 3 2 x 4 2 - e-x
10
(b) (9.6x I0 11').t(x+4000)1 1b (c) 2.5344x 10 pés·lb I I 1
25. nrcscn(c')+C 27. --cos(r 2)+C 29. - - - 4 - ' +C
25. v1 = 100 mts 2 · In 16
R24 Cálc u lo
23, (xl2)[scn(ln x) - cos(ln x)) +C 25. x tg .r + In Jcos x1 + C 47. (a) are scnh (x/3) +C (b) In (
Jx2 +9
+3 x)+C
3
27. ~x2~•' - ~<"'' +C 29. ~(3e4 + I) 31. (2i + 1)/9
.,. Exercícios 8.5 (página 543) _ __ _ _ _ __ _ _
.U . 3 In 3 - 2 35. S~-r - J3 + I 37. -rr/2
1. A + 8 3. -A + -82 + -~C~
X - 3 X +4 ·< - l
~ ( 2J3JT- ~ -
X X
39. 2+ 1n2) A lJ C Dx + E Ax + 8 Cx +D
7
S. ; + Xl + .r3 + .r2 + 2 . x2 + 5 + ( x2 + 5)2
41. (a) 2(../X - l )ev'X + C (b) 2../X sen.fi + 2 cos .fi+ C
43. - (3.r 2 + 5.r + 7)e- ·• + C I ,r- 4 + C
9. - In · 5
11. 2 1n )2x - 11+3 ln lx + 4I+C
5 .r + I
45. (4.r3 - 6x) sen 2x - (2.r4 - 6x2 + 3) cos 2x +C x(x + 3)21+ C ,z
47. (a) { sen 2x-'- C (b) ~ sen2 x + C 13. In x_ 15. ~ - 3x + lo lx + 31 + C
3
=
49. (a) ,i I (b) V= ,. (<'-_ 2) 51. V= 211" 53. rr' - 6tr 17. 3x + 12 ln lx - 2( -
2
+ C
SS. (a) -!scn'xcos x -
59. (a) ~ tg x - tgx + x + C
3
~ scnxcosx +~x+C
8 8
(b) !sec .r t&x+~ tgx + C
2
(b) 8/15
'
x}
19. .r + '3 + In
x- 2
(x- 1}2(x + I)
x2 +C
I
(c) i I!'- 3x'l + 6xe'- 6e' +C 5
21. 3 1n lx l- ln lx - 11- +C
63. (x + l) ln (x +l ) - x +C 65. ! <x2+ l)nrc tgx - ? x + C x -1
23. .r _
2 3
+ In l.r - . 1+ In l.r + l i + c
.
.,. Exercícios 8.3 (página 529) _ _ _ _ __ __ __ 3
2 I
() I 25. - )' + In I.r + I I + C
I. - tcos4 .r + C
2-
A
3. scn l0 ii +C X+ I <(X + 1 •
20
1 27. - Í;r In 14.r - li + {! ln (x 2 + I) + f, are tg.r + C
S. - cos 3aO - cos aO + C 7 . sen 2a x +C ..!..
3(/ 2<1 29. 3 arc 1gx +! ln (x 2 + 3) + C
I scn5 r + C 11. ;;x - n1 sen 4 x + C
9. 31 sen3 r - S
1
x2 1 , I ( I - senO)
31. - - 2x + ~ ln(x- + I)+ C 33. -In +C
13. - f.;cos5.;+~ cosx +C 1S. -~cos(3x/2)-cos(x/2)+ C 2 • 6 5 + sen 0
17. 213 19. O 21. 7124 23. 1 tg(2.t - I) + C 35.
19
v = rr ( 1" -
9
1 In 5
)
37.
I
..J2 are tg (xJ2+ I)
+ xl + 2I x + 3 +C
25. In Icos(e- x)l + C 27. k In I sec4x + 1& 4.<1+C 1
39. ~ In 1.r - 11 - ~ I n lx - 21+ 12 In lx - 31 - -ffi; In lx + 31+ C
211. ~ tglx+ C 31. 1~sec4 4x + C 3.l. isec 7 .r - ! sec5 x + C
.15. a sec' x tgx- ~ secxtgx + a lnl secx + tg x i +C .,. Exercícios 8.6 (página 553) _ _ _ _ _ _ _ __ _
37. ! ~cc3 r + C 39. tg x + ~ tg·' x + C 1. Fórmula (60) :
4
.
.- 4
+ In J3x- l i + C
41. k tg 2 4x+~ ln l cos 4xi + C 43. ~ tg3 12 x +, tg 112.r + C 3 9
45. ~ -i 47. - ~ + ln2 49. - ! cos.~ecS .r+ i cossec 3
-
3. Fórmula (65): -I In
5
x
5 + 2.r
+C
SI. -~ cossec 2 x - ln l sen .ri+ C 55. L = ln(J2 + 1) 57. V = ;r/2 S. Fórmu la ( 102): ~ (.r - 1)(2x + 3)m +C
6J, _ I ln [Ja2 + 1J'2+ a cosx - b senx]-c I .j4 - 3r - 2
,[õz + bZ a sen x + bcosx 7. Fórmula ( 108): - In · +C
2 ..j4- 3.t + 2
65. (a) j (b) 3;r/16 (c) 1~, (d) 5JTI32
I In IX
9. Fónnula (69): S .r +
_ 4 1+ C
4
.,. Exercícios 8.4 (página 535>- - - - - --;:::;=;--
11. Fónnula (73): -!../..-2 ~In lx + / .rl
2arcscn(x/2) +~xJ4 - x2 +C xJi~- ·'
2 - 3- - 31+C
J. .1. 8arcscnG) - +C 2 2
13. Fórmula (95): ~ J.-2+ 4 - 21n (x + /x2 + 4) +C
S. tt, arc tg(x/2) + S (4 ~ x 2 ) +C 7. Jx2- 9 -3 arc sec(x/ 3}+C
15. Fórmula (74) : X ,/9 - x·' + 9 are sen 3
X +C
9 2 4 2 2
9. - (x 2 + 2) ./1 - x 2 + C 11. .j ·" - + C 13. x +c
_,.4x J J- x2 2 + J4- x2
17. Fórmu la (79): .j4 - .r2 - 2 1n +C
15. ln 1Jx'2- 9+xi+ C 17. J
9 4
x2_9 + C ...
Respostas dos Exercícios fmpares R25
=f
2
sen 1x I
19. Fónnula (38): -
.f4
14
+ - seo x + C
2
69.
f .,.-----..,
- - - -- -- -,, ·
+ +
I
211 211
...
+ 11"
.,
I + 11 " 1 - 11"
I I
2
, d11
+ 11•
I - 11
?
-11
d11
2
27. Fórmula (68): -
f (4 - 311)"
,
d11 = -I are tg -3./X + C
77. V = rr(;r- 2)
RI. L
79. V = 2rr(l - 4e- :l)
= ./65 + ~ ln (8 + ./65) 83. S = 2rr)./2 + ln(l + ./2)1
3
29. Fórmula (76): -
2
I f u-+4
d 11
,/112 - 9
I
.3
1r-:-::,--"7
= - In )2x + v 4x- - 91 +C
2
2
85.
4
)' 91. fa cos31 .r sen31X+ C
93. - ~In )I + x- 9 1 +C
31. Fórmula (81): !
4
f 112
../2- 112 4
1
<lu = - - x 2 J2 - 4x4
3
2
+ ~ :U'C scn ( v"'2x1) +C
, I I
I
.r
33. Fónnula(26):
f sernu/11 =? lnx +- scn(2 1n x) +C
- 4
3 6 9 12 15
35. F6rmula (51): ~f 111!" t/11 = ~(-2.r - l)e - l.< +C .,.. Exercícios 8.7 (página 566) _ _ _ _ _ _ _ _ __
•
37. 11 = scn 3x. Fórmula (67): _I
3
f d11
11(11 + 1)2
1. vnloo· cxmo = 14/3 ""4.666666667
(a) 4.667600663, I E.., I"" 0.00093.3996
(b) 4.664795679, I E, I <:< 0,001870988
I ( I scn 3x )
=-
sen 3x + I
+ sen 3x + I
+C (c) 4,666651630, I Es I"' 0.000015037
39.
r' . I
11 =4. • Fómmla (70): S
f 112
d11
3
_
1
=
I
T6 In 4.~2 - I
4
x2 +
1
+C
3. valor exato 2 =
(a) 2.008248408,1 E" I"" 0,008248408
+
25 are scn ( 8x -
2 16 5
+ I 5) C 7. (a) IEMI ~ 2~~ 1 ( 1 /4) = 0.002812500
45. 11 =2x. Fónmrla (44): f 11 scn 11 d 11 = scn 2x - 2x cos 2x + C
(b) JF:r l ~ 1~(,1 ( 1 /4) = 0,005625000
(c) lfisl ~
241
"3
~
49. x2 + 6x- 7 = (x + 3)2 - 16, 11 = x + 3. Fónnula (70): 9. (a) lfiMI
2 00 ( I)"' 0.012919282
~
fi- , <111
11" - 16
=-1 In
8 X+ 7
IX-
1 +c
(b) IF.ri ~
~r'
1200
( I )"' 0.025838564
51. 4x- 5 = 2
(x - 2) - 9:11 x- 2. F6nnula (77): = n5
(x-2) (c) I Esi~ x lO" (I)"' 0.000170011
f 11+2
.....o;::;=:;;:., t/11 = -v 5 + 4x -
~ - ~~-
= Jx - 2. ~(x- 2)512 +
1
x2
i<.t- 2)J/2 +
+ 2 are scn ,
~
+ C
11. (a) IE.o1 l ~ .&<e-
180
1
)"" 0.004138644
53. 11 C (b) lEr I ~ ~(e- 1 )::::: 0.008277287
ss. 11 = J,)+ I. (c) l<i!iü<e-1) "" 0.000049664
IEsl ~
~3 f 11 2(11 2 - 1)dll = 2.cx
15
3 + 1)5/2 - ~(x 3 + 1)~12 +c
9
U. (a) 11 =24 (b) 11 =34 (c) 211 = 8
(u) 11 =36 (b) 11 =5 1 (c) 211 = 8
57. u = x t/l· . f 1
3112 d 11 = 3- In lx 2/1· -
2
li + C
15.
17. (a ) 11 =644 (b) 11 =9 10 (c) 2n = 28
lt' - lt
1 x l/4 19. g(x) = .J:rx2 - ~x +H 21 . 0.746824948:0.746824 133
59.
61.
11 = x 114,4
u = x 116 ,
f 11(l - 11)
d u = 41n
I I - x 1'''1
+ C 23. 1.511518748: 1.515927142
27. (a) 3.142425985, 11::,1 1"" 0.00083333 I
25. 0.805376152:0.804776489
f 6
11-1
d11 = 2xl/2 + 3x 113 + 6.r 116 + 61n lx 116 - li + C (c) 3.14 1592614.1 F.s I"' 0,000000040
=
29. s., 0.693147984. 1Es l "'0.000000803 8.03 x lO"' =
63. 11 JJ = + x1. f (11 2 -l)d11= ~(I +x 2)312 - (l + x2) /2 +C
1
3 1. 11 = 116 .15. L ::. 3.820187624 37. 1071 pés 39. 37.9 mi 41. 9.3/
65. f 211
I
I - u- I
' 2 , du =
+ 11·
f 11 +I
I dll
43. (a) rnax I f"(x) I::. 3.844880 (b) 11 = 18 (c) 0.904741
45. (a) nmx I /''(x) I "" 42.551816 (b) 211 8 (c) 0.904524 =
1+
I + 11" ? + I + u-,
= In ) tg (x /2) + li + C
67. f dO
I - cosO
=f - du = - 112
1
cotg (H/2) +C
R26 Cálculo
55. (b) 2.4 x 107 rni · lb 57. (n) ::2 (b) ""'i (c) - 61. (a) 1.047 (b) - 210° 1/2 - -1312 - 1/.fi 2 - 2/-/3 - -13
s s· s ·-=--
65. 1.809 67. (a) r (I) = 1 (c) r(2) = 1. r (3) =2, r(4) = 6 (c)
-'-l.
571/3 - -13/2 1/2 _.fj - 2f{j 2 - lf{j
69. (b) 1.37078 segundo (d) - 371/2 () I ' - o-
.,. Capítulo 8. Exe rc íc ios d e Revisã o (página 580) _ _
15.
1--+sen O T cos ~ tg O cosscc . o sec6 cocg O
1. f7<4 + 9x) 312 +C 3. -t
cos·li 2o + C S. tg\r 2)+ c t (a) 4/ 5 j- 3/5 4/3 5!4 513_ _3/~
7. (a) 2 arcscn (Jx72) +C: - 2arc scn()2 ~I-./2) +C: (b) -415 r
:~til - 4/3 - 514 513 -3/4
are scn (x - I ) + C (c) l/2 -..J3/2 - I/..J3 2 - 2/..f3 - ..f3
9. -x~-· - c-·• +C li. x ln(2x + 3) - x + ~ ln (2x + 3) + C (d) r - 1/2 ..f3t2 - 1/..f3 -2 2/..f3 -..f3
13. (4x4 12x2 + 6) scn(2.r) + (8x1 - 12x) cos(2x) +C
-
, (e) 1!\Í?. 1!\Í2 {'i {'i I
fu
15. ~~~ - $Cn 100 +C 17. - kcos 3x + ~ cosx + C ( f) 1!-./2 - 1/\Í?. -I {'i -Y2 - I
19. -~ scn3 (2x) cos2x - ~ cos2r scn 2x + ~-<+C 17. (a) I ,2679 (b) 3.5753
21. ; are scn (.r / 3) - !.r J9 - .r2 + C 23. In (x + J.r2 - 11+ C 19.
.,. xJx1 + 9 9 1n((JxZ + 9 + xiJ I x- 1~ senO cosO tg O cossec O secO cocg O
-:>. 2 - 2 +C 27 · 5 In x + 4 + C
2
(3) a/3 ,J9- a1/3 aN9 - a1 3/a 3/.J9 -a1 >19- a2/a
29. fx - 2x + 61n lx + 2(+ C
4 2 <b> aNil+ 2s sNif + 25 tl/5 ,J,) + 25/a ,J,1 + 23/5 5/a
.li . In (X + 21+ - ( ) + C
X+ 2 .T + 2 2 (c) ""2- 1/a 1/ll ,J,,z _ I t~Na2- I (I 1N,/2 -I
cos 16x cos 2x
35. Fórmula (40): - + +C 21. (a) 3n/4±nn,n=O. 1.2 ....
32 4
(b) 11'13 ± 2mr c S:r/3 ± 2nn.n =O. I. 2....
37. Fórmula (113): n<Sx 2 - 2T - 3)J.r - .r2 + ;\;are scn (2x - I)+ C
•W. Fónnula (28): ~ tg 2x - .T + C 23. (a) 1r/6 ± nn. 11 =O. I. 2....
0>) 4:r/3 ± 2nn c 5rr/3 ± 2mr. n =O. I. 2 ....
41. valor exaro= 14/3 :=:: 4.666666667
25. (a) 3n/4±nrr,n=0.1. 2 ....
(•l) 4,667600663. IEMI "" 0.000933996 (b) ;r/6 ± mr, 11 = 0, I. 2 ....
(b) 4.664795679.1Erl :=:: 0.001870988 27. (a) :r/3 ± 2mr c 211'/3 ± 2nn. 11 =O. I, 2,...
(c) 4,666651630. 1Esl "" 0.000015037 (b) ;r/6±2nii'C ll rr/6±21111'.11 = 0. I. 2....
43. (a) IE,,tl :: 2l?x1 (1/ 4) = 0.0028 12500 =
29. senli 2/5. cosiJ = - ..ffi/5.tg0 - 2 /..ffi. =
(b) 1/J.,.I :: ~ ( 1 /4) = 0.005625000 cos~ecfl = 5/2. secO = - 5/ J2i. cotg O =-.fi
I 31. (n) 0 = ± llTT.Il = 0. I. 2.... (b) 0 = 11'/2 ± ll1f. 11 = 0. I. 2....
(c) IEsi ::; ISO243
x IQ4 ( 15 16) "" 0.000126563 =
(c) I)=± llTT. 11 = 0, I. 2,... {d) 0 ± n;r, 11 = 0. I. 2 ,...
45. (•l) 11 = 24 (h) 11 = 34 (c) "=8 47. 1 49. 6 (c) 0 = rr/2 ± IITT, 11 = 0, I, 2....
x 5 I (f) 8 = ± nn. n = 0. I. 2....
51. e'' 53. a = rr/2 55. +C 57. - - - In ?
3./3 + x 2 12 2 - 33. (ll) 2n/3 em (b) IO;r/3 em 35. ~
3. (a) q(x) = 3i + 6x + 8. r(.r) = 15 9. (a)± 1. ±2. ±3. ±4. ± 6. :1::8. ± 12. ±24
(b) q(.r) =l-5i+2Clr- 100. r(.r) = 504 (b) ±l. ±2. ±5. ± 10. ±j. :I::J.
±j. ±.!_j! (c) :1:: I. :1:: 17
(c) q(x) =x" +f +.1 + x+ 1. r(.r) =O l
IJ . ~r+1Xx-1)(x-2) 13. 'r+3)(.r+ l)
S.
X 0 1 -3 7 15. ~+3)(X+2)~+1)1(.r-3) 17.-3 19. -2.-j.-1±-13
p(.r) -4 -3 101 5001 21. -2. 2. 3 23. 2. 5 25. 7 em
7. (a) q~) =.1 + 6.1'+ 13. r= 20 (b) q(x) =i+ 3x- 2. r = -4
F1
,
CREDITOS DAS FOTOS
Capítulo 1
Página I: cortesia de Christophcr Evans, Thc Rcpublican Company. Página 73: Bob Gruen/
Star File.
Capítulo 2
Página I 02: Joe McBride/Stone/Geuy Irnages.
Capítulo 3
Página 166: Roger Ressmeyer/Corbis lmages.
Capítulo 4
Página 236: Craig Loveli/Corbis Images.
CapítuloS
Página 268: Stone/Getty lmagcs.
Capítulo6
Página 350: © Chris Alan Wilton!The Image Bank!Geuy Trnages. Página 357: reproduzido
de C. I. Gcrhardl, Briefivechsel von G. W Leibniz mir Marhemarikem ( 1899). Página 416:
Corbis-Bettmann.
Capítulo?
Página 443: cortesia da NASA. Página 484: Stcphcn Suuon/Duomo Photography, Inc. Pá-
gina 498: Glen Allison!Stone/Getty Irnagcs.
CapítuloS
Página 511: © AP/Wide World Photos.