Manual de Boas Praticas
Manual de Boas Praticas
Manual de Boas Praticas
2ª. edição
Porto Alegre
Secretaria da Casa Civil
2020
Eduardo Leite
Governador do Estado
Otomar Vivian
Secretário Chefe daCasa Civil
Permitida a reprodução sem fins lucrativos, parcial ou total, por qualquer meio, se
citada a fonte e o sítio da internet onde pode ser encontrado o original
(www.casacivil.rs.gov.br/manualdeboaspraticas).
R585m
1. COMPETÊNCIA ....................................................................................................... 7
1.1. O que é? ............................................................................................................ 7
1.2. Quais os requisitos? ........................................................................................ 7
1.3. Quais são os casos de competência privativa do Governador do Estado? 8
1.4. Quais as Competências dos Secretários de Estado? .................................... 9
1.5. Quais outras Leis tratam de competência? .................................................... 9
1.6. Da Delegação de Competência ...................................................................... 11
1.6.1. O que é Delegação de Competência?..................................................... 11
1.6.2. Quando é cabível a delegação? .............................................................. 13
2. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA........................................................................... 14
2.1. Como está sistematizada a estrutura administrativa estadual? ................. 14
3. DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ........................................................................... 16
3.1. Dos atos administrativos em espécie ........................................................... 16
3.1.1. Atos normativos ....................................................................................... 17
3.1.2. Atos ordinatórios ..................................................................................... 23
3.1.3. Atos enunciativos .................................................................................... 26
3.1.4. Atos negociais ......................................................................................... 27
3.1.5. Atos punitivos .......................................................................................... 27
3.2. Extinção dos atos administrativos ................................................................ 28
3.2.1. Anulação ou invalidação (tornar e declarar sem efeito)........................ 28
3.2.2. Revogação................................................................................................ 28
3.2.3. Cassação .................................................................................................. 29
3.3. Retificação ...................................................................................................... 29
3.4. Convalidação e conversão ............................................................................ 30
4. ESTRUTURAS COLEGIADAS ............................................................................... 31
4.1. Quais as denominações a serem conferidas às estruturas colegiadas? ... 31
4.2. Natureza das estruturas colegiadas a partir de suas competências. ......... 32
4.2.1. Primeira regra: deixar clara a natureza do colegiado no ato de criação
............................................................................................................................ 33
4.2.2. Quando utilizar a natureza normativa? .................................................. 34
4.2.3. Quando utilizar a natureza consultiva? .................................................. 34
4.2.4. Quando utilizar a natureza ativa? ........................................................... 35
4.3. Qual autoridade competente e ato administrativo adequado para criar e
instituir o colegiado? ............................................................................................ 35
4.4. Quais as previsões mínimas da normativa que institui o colegiado para a
garantia de seu bom funcionamento? ................................................................. 36
4.5. Quando é cabível o Jeton? ............................................................................ 37
5. ATOS DO GOVERNADOR DO ESTADO ............................................................... 38
5.1. POR QUAL MEIO é feita a análise e a edição dos atos do Governador do
Estado? .................................................................................................................. 38
5.2. POR QUE isto é feito? .................................................................................... 38
5.3. QUEM SOLICITA a edição de um ato ao Governador do Estado? .............. 39
5.4. COMPETÊNCIA – primeiro requisito do ato administrativo a ser analisado.
................................................................................................................................ 40
5.5. FORMA – como é proposto e analisado este requisito? ............................. 40
5.6. OBJETO, FINALIDADE E MOTIVO – como instruir o processo
administrativo eletrônico. ..................................................................................... 41
5.7. ANÁLISE JURÍDICA – feita pelo órgão proponente. .................................... 45
5.8. QUEM AUXILIA O GOVERNADOR DO ESTADO na análise e na edição dos
atos? ...................................................................................................................... 45
5.9. O QUE É ANALISADO pelos órgãos que auxiliam o Governador do
Estado? .................................................................................................................. 48
ANEXO I - “Checklist” para elaboração de atos normativos do Estado ............... 50
ANEXO II - Roteiro prático para elaboração dos atos normativos ........................ 52
ANEXO III - Roteiro prático para alteração dos atos normativos .......................... 62
ANEXO IV - Portaria .................................................................................................. 65
ANEXO V - Ofício ...................................................................................................... 66
ANEXO VI - Roteiro prático para Ordem de Serviço ............................................... 67
ANEXO VII - Roteiro prático para ato administrativo sobre programa .................. 68
ANEXO VIII - Roteiro prático para ato de instituição órgão colegiado .................. 71
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 73
APRESENTAÇÃO
Embora este Manual tenha como propósito em primeiro plano a melhoria nos
processos internos, esta ação tem reflexos para além da administração pública estadual,
fazendo parte de um conjunto de ações para aprimorar o atendimento ao cidadão e ao
usuário de serviços públicos.
6
1.COMPETÊNCIA
1.1. O que é?
7
1.3. Quais são os casos de competência privativa do Governador do Estado?
As atribuições previstas nos incisos VII e XVIII acima transcritos, bem como, caso a
caso, no inciso XX, poderão ser delegadas ao Vice-Governador,aos Secretários de Estadoe
ao Procurador-Geral do Estado.
8
1.4. Quais as Competências dos Secretários de Estado?
Art. 90. Os Secretários de Estado têm, além de outras estabelecidas nesta Constituição
ou em lei, as seguintes atribuições:
I - coordenar, orientar e supervisionar os órgãos e entidades da administração estadual
compreendidos na área da respectiva Secretaria;
II - referendar atos governamentais relativos aos assuntos da respectiva Secretaria;
III - expedir instruções para a execução de leis, decretos e regulamentos;
IV - apresentar ao Governador relatório anual das atividades da Secretaria a seu cargo;
V - praticar os atos para os quais recebam delegação de competência do Governador;
VI - comparecer à Assembleia Legislativa nos casos previstos nesta Constituição, a fim
de prestar informações ou esclarecimentos a respeito de assuntos compreendidos na
área da respectiva Secretaria, sob pena de responsabilidade.
9
Fundação de Atendimento Sócio-
Lei nº 13.419, de 5 de abril de 2010
Educativo do Rio Grande do Sul –
Decreto nº 41.664, de 6 de junho de 2002
FASE
Ainda, outra fonte de normas sobre competências públicas são as leis que
disciplinam temas específicos ou instituem políticas públicas, estabelecendo as atribuições
do Estado na medida em que definem as suas ações, com diretrizes, procedimentos, regras
etc. Estas leis também são numerosas e, por isso, passamos a citar algumas a título de
exemplo:
10
Leis orgânicas
11
Conforme o Decreto-LeiFederal nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, a delegação de
competência é utilizada como instrumento de desconcentração administrativa, com o
objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões; portanto, constitui-se em um
dos instrumentos da desburocratização, fazendo com que aquele agente público que tenha
domínio dos fatos emita a decisão administrativa.
12
1.6.2.Quando é cabível a delegação?
As competências atribuídas por lei, via de regra, podem ser objeto de delegação de
competência, salvo se estabelecidas como privativas. No caso da legislação estadual, em
observância ao disposto no art. 82, § 1º, da Constituição Estadual, mesmo algumas das
competências privativas do Chefe do Poder Executivo poderão ser delegadas a outras
autoridades, ou seja, ao Vice-Governador e aos Secretários de Estado, bem como ao
Procurador-Geral do Estado, conforme destacado abaixo:
Art. 82 [...]
VII - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração estadual;
[...]
XVIII - prover os cargos do Poder Executivo, na forma da lei;
[...]
XXI - celebrar convênios com a União, o Distrito Federal, com outros Estados e com
Municípios para a execução de obras e serviços; (caso a caso).
[...]
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2. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
Nesse contexto, tomando-se por base o que diz a Constituição Estadual, foi editada
a Lei nº 14.733, de 15 de setembro de 2015, que trata da estrutura administrativa e das
diretrizes do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul, tendo por objetivo a melhoria
dos indicadores econômicos e sociais, bem como o desenvolvimento de políticas e
programas públicos voltados à sociedade, sempre pautada na transparência de suas ações.
Dessa forma, fica evidenciado que o Poder Executivo será exercido primeiramente
pelo Governador do Estado, com o auxílio dos Secretários de Estado, nos termos das
Constituições Federal e Estadual e organizando-se segundo o disposto na Lei nº 14.733/15.
Como a maioria das normas aprovadas pelo Poder Legislativo não é autoexecutória
e específica, torna-se necessária a edição de Decretos e deRegulamentos que
pormenorizem a lei e detalhem as competências administrativas.
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Isto é feito nos Decretos de estrutura básica de cada Secretaria, que replicam as
competências da lei da estrutura administrativa, e nos Decretos dos regimentos internos,nos
quais é recomendável que constem as previsões das demais leis esparsas, promovendo
uma maior transparência e segurança jurídica.
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3. DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
a) Normativos;
b) Ordinatórios;
c) Negociais;
d) Enunciativos;
e) Punitivos.
Este Manual de Boas Práticas tem como escopo detalhar os atos normativos e
ordinatórios, estabelecendo padrões para a administração pública estadual. Os atos
enunciativos, por exemplo, as certidões e as apostilas; punitivos, por exemplo amulta e a
demissão;e negociais, a citar as licenças e as nomeações,terão breve referência a seguir,
no intuito de trazer uma visão geral das categorias.
A classificação trazida neste Manual de Boas Práticas serve para auxiliar a escolha
da forma do ato. A partir da classificação de seu objeto ou conteúdo, foram detalhadas as
suas formas, com o objetivo de que cada uma delas tenha um uso específico. Ou seja, a
partir de uma padronização, baseada em boas práticas, a escolha da forma do ato terá a
consequência prática de auxiliar a sua interpretação, a sua indexação e a sua futura
consulta pelo servidor público e pelo cidadão.
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3.1.1. Atos normativos
Devem ter uma numeração sequencial, isto é, não reiniciam a cada legislatura ou
mandato do titular do órgão emissor do ato.
Os atos normativos não devem ser elaborados de maneira apressada, de modo que
sua redação deve ser precedida de reflexão e pesquisa.
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h) Por que a matéria deve ser regulada no âmbito do órgão/entidade?
a) planeje a estrutura do ato a ser elaborado, dividindo a norma em tópicos, seja com
foco nos temas específicos, nos fluxos, nas ações ou qualquer outra estrutura lógica do
texto (para organizar a estrutura podem ser utilizados artigos, parágrafos, incisos, alíneas e
itens, se necessário);
c) releia o texto várias vezes depois de escrevê-lo, para assegurar-se de que está
claro, devendo pedir a outras pessoas que o leiam; e
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Por fim, devemosobservaralgumas regras de redaçãodo ato administrativo
normativo:
g) use frases curtas e concisas, sempre que possível sem sacrificar a clareza do
texto;
“checklist” no Anexo I;
minutade ato normativo, com as regras de elaboração e de estruturação no
Anexo II;
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minuta de revisão de ato normativo, com as regras de elaboração e
estruturação no Anexo III.
Estes Anexos podem ser utilizados como roteiro prático para os órgãos quando da
confecção ou da alteração de uma norma.
3.1.1.2. Decretos
d) editar regulamentos, quando essas normas devem ser propostas por algum órgão
e aprovadas pelo Governador do Estado, como, por exemplo, o Decreto n° 37.699, de 26 de
agosto de 1997, que aprova o Regulamento do ICMS; e
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dos Decretos de incentivos financeiros, como o FUNDOPEM, art. 13, § 3°, da Lei n° 11.916,
de 2 de junho de 2003.
Tendo em vista que o Decreto tem como escopo emitir normativas gerais, e não
praticar atos administrativos em situações concretas (casos em que exigível a
fundamentação), não é recomendável que sejam utilizados em seu texto os “considerando”,
sugerindo-se, então:
Podem ser definidas como normas complementares administrativas que têm por
finalidade disciplinar ou esclarecer questões já presentes em outros mandamentos legais,
como leis e decretos. São emitidas pelos titulares de órgãos ou de entidades da
administração pública estadual.
21
3.1.1.4. Resoluções
São atos normativos expedidos por órgãos colegiados que detêm competência para
tanto, como, por exemplo, o Conselho Estadual de Meio Ambiente - CONSEMA, o Conselho
Estadual de Trânsito - CETRAN, o Conselho Estadual de Educação - CEEd-e o Conselho
Diretor do FUNDOPEM. Contudo, tais órgãos também podem se utilizar do formato de
Resoluções para atos administrativos constitutivos, ordinatórios ou punitivos. Entretanto, as
Resoluções são, por excelência, atos normativos.
Os anexos devem ser citados por pelo menos um dispositivo do texto articulado e
são inseridos ao final do ato administrativo normativo.
Não se incluem nos anexos quaisquer elementos que possam ser abrangidos na
parte normativa dos atos administrativos normativos.
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3.1.2. Atos ordinatórios
3.1.2.2. Portarias
São editadas pelos chefes de órgãos em geral, ou seja, não há uma autoridade
específica que possa editá-la, e trazem determinações específicas aos servidores públicos
que a ela se submetem, podendo ser aplicada para um servidor ou para um determinado
grupo.
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Devem ser numeradas de forma sequencial, reiniciando a cada ano civil, e
publicadas no Diário Oficial Eletrônico do Estado.
Atualmente ainda constam Portarias editadas com caráter normativo, formato que se
orienta seja revisitado e atualizado para a adoção das boas práticas, passando-se a utilizar
a Instrução Normativa.
3.1.2.3. Deliberações
São atos expedidos por órgão colegiado e que decidem sobre situação específica,
ou seja, situações jurídicas em casos concretos, não ostentando caráter normativo. Por
exemplo, as Deliberações do Conselho Estadual de Educação acerca da criação ou
extinção de escolas públicas estaduais.
Repisando o que foi exposto no tópico 3.1.1.4 (das Resoluções) o formato do ato
administrativo do órgão colegiado estará previsto na norma que o instituiu (Lei ou Decreto)
ou em seu regimento interno. Sendo assim, deve ser seguida esta previsão legal, a qual
poderá ser revisitada e atualizada, com vistas à aplicação das boas práticas normativas ora
propostas, para que os atos administrativos normativos de órgãos colegiados assumam a
forma de Resoluções e os atos administrativos não normativos sejam Deliberações, com
vistas ao aprimoramento da busca e indexação dos atos administrativos, em especial os
normativos, de aplicação geral.
Por fim, cabe referir que os atos dos órgãos colegiados podem decidir sobre
conteúdo específico e não se tratarem de atos ordinatórios, mas sim atos negociais, como
as Deliberações do Conselho Estadual de Educação para credenciamento de escolas
privadas na rede de ensino estadual, ou atos punitivos, como os julgamentos de recursos na
matéria de trânsito pelo Conselho Estadual de Trânsito.
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3.1.2.4. Despachos
São atos expedidos por autoridades acerca de assunto submetido à sua apreciação,
com o escopo de proferir uma decisão, uma ordenação ou sugerir o prosseguimento de um
processo/expediente. Destinam-se ao interessado e às outras unidades da administração
pública estadual.
São atos não numerados e cuja validade independe de publicação no Diário Oficial
Eletrônico do Estado.
3.1.2.5. Ofícios
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Art. 15. Todas as comunicações oficiais, que estiverem sujeitas a manifestação ou
decisão administrativa e transitem entre órgãos e entidades da administração pública
estadual, serão feitas por meio eletrônico.
Embora não seja escopo deste Manual de Boas Práticas o detalhamento desta
espécie de ato administrativo, apresentamos, para fins didáticos, alguns tipos de atos
enunciativos, por entendermos que será mais fácil a compreensão dos atos normativos e
ordinatórios a partir de uma visão mais ampla.
Nesse sentido, atos enunciativos são aqueles que atestam ou certificam uma
situação preexistente, sem, contudo, haver manifestação de vontade estatal propriamente
dita. Assim, apenas traduzem uma informação ou contêm uma opinião de alguém a respeito
de algo que lhe tenha sidosubmetido à apreciação.
Como exemplosde atos enunciativospodemos citaras certidões, que são cópias fiéis
e autenticadas extraídas de livros, de processos ou de documentos em poder da
Administração e de interesse do administrado requerente, cuja obtenção em repartições
públicas é direito assegurado constitucionalmente.
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Os atestados também são atos enunciativos e constituem uma declaração da
Administração, referente a uma situação de que tem conhecimento em razão da atividade
de seus órgãos. A diferença básica entre a certidão e o atestadoé que este revela fatos que
não constam previamente dos registros da Administração, de modo que, ao se dirigir a posto
de saúde devido a mal-estar repentino, o servidor solicitará umatestado, e nãouma certidão,
já que o médico responsável não vai consultar qualquer registro ou assentamento prévio.
São aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente
com a pretensão do particular, com vistas à concretização de negócios jurídicos públicos ou
à atribuição de certos direitos ou vantagens ao interessado.
São os que contêm uma sanção àqueles que infringem disposições legais,
regulamentares ou ordinatórias dos bens e serviços públicos, com vista a punir e reprimir as
infrações administrativas ou a conduta irregular dos servidores ou dos particulares perante a
Administração.
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3.2. Extinção dos atos administrativos
Diferença
Declara sem efeito Retroage
Torna sem efeito Não retroage
3.2.2. Revogação
Nesse caso, ocorre uma causa superveniente que altera o juízo de conveniência e
de oportunidade sobre a permanência de determinado ato discricionário, levando a
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administração pública estadual a expedir um segundo ato, chamado ato revocatório, que
extingue o ato anterior.
Deve ser observada a competência para revogar, isto é, como a revogação envolve
questão de mérito, ela só pode ser praticada pela administração pública estadual, não
podendo advir de ordem judicial. A revogação compete à mesma autoridade que praticou o
ato revogado.
3.2.3. Cassação
3.3. Retificação
Não deve ser confundida com a ratificação, forma de convalidação dos atos
administrativos relacionada à "competência para confirmar, mediante declaração expressa
do próprio autor do ato, se competente for, ou da autoridade competente, a legitimidade e
validade de um ato anulável, seja suprindo requisito ausente, seja considerando-o íntegro
desde a origem, neste caso sem nada acrescentar ou excluir" (ARAÚJO, Edmir Netto de, p.
142).
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3.4. Convalidação e conversão
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4. ESTRUTURAS COLEGIADAS
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c) Comissão: colegiado para acompanhar e estabelecerpolíticas públicas específicas,
composto apenas por representantes de órgãos e de entidades da administração pública
estadual. Ex. Comissão Estadual do Zoneamento Ecológico-Econômico;
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Os colegiados podem ser constituídos com mais de uma natureza. Por exemplo, o
Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN tem competência normativa e contenciosa, pois
assim lhe atribuiu a norma que o criou.
O ato que criar e instituir a estrutura colegiada deverá deixar clara a sua natureza,
utilizando na descrição de suas competências ou atribuiçõesverbos compatíveis. Por
exemplo: I) o ato que cria ou institui um conselho de caráter normativo deverá estabelecer
suas competências e atribuições utilizando, por exemplo, os verbosestabelecer e aprovar;
II)o de caráter consultivo ensejará a utilização dos verbosopinar, manifestar, acompanhar;
III)já o de natureza ativa, utilizará expressões comoexecutar, realizar; IV) os colegiados de
controle, expressões comoaprovar; V)e os contenciosos,julgar.
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4.2.2. Quando utilizar a natureza normativa?
Quando o colegiado tiver natureza normativa, ele editará, por ato próprio, a norma
que aprovar, não necessitando de ato administrativo de autoridade do órgão ou da entidade
de cuja estrutura faz parte. A necessidade de aprovação ou de homologação, por autoridade
administrativa de órgão ou da entidade, reflete a natureza consultivado colegiado na edição
da norma.
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O colegiado com natureza consultiva poderá votar as matérias que lhe forem
submetidas, mas estas resoluções não constituirão, por si só, o ato administrativo a respeito
da matéria, o qual deverá ser praticado pela autoridade competente que considerará em sua
decisão a deliberação do colegiado, que servirá de fundamento da decisão, no caso de
acolhimento.O eventual não acolhimento da manifestação do colegiado exigirá da
autoridade administrativa um esforço de análise e um esforço argumentativo mais
aprofundado, sob pena de tornar ilegítima sua decisão.
Por fim, a estrutura colegiada com natureza consultiva, com a participação de órgãos
da administração pública estadual, pode ser estabelecida em ato infralegal, de autoridade
administrativa hierarquicamente superior àqueles que compõem o colegiado, ou em atos
conjuntos de autoridades superiores, como, por exemplo, uma Portaria Conjunta de
Secretarias, em razão do poder hierárquico que rege a administração pública.
4.3. Qual autoridade competente e ato administrativo adequado para criar e instituir o
colegiado?
Em não havendo Lei, devem ser criados por Decreto, os colegiados que abrangerem:
mais de um órgão; entidades supervisionadas por órgãos distintos; ou, ainda, órgão e
entidade que não lhe é supervisionada. Nesta hipótese, os casos de participação da
sociedade civil, de representantes de outras esferas da administração pública e de outros
Poderes serão apenas na condição de convidados.
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Quando abranger estruturas do próprio órgão ou também de entidade que lhe é
supervisionada, podem ser criadas por Portaria do Secretário de Estado titular do órgão.
4.4. Quais as previsões mínimas da normativa que institui o colegiado para a garantia
de seu bom funcionamento?
Inicialmente, se o colegiado for instituído por lei, este é regulamentado por Decreto,
devendo ser observado se houve reserva na lei ao próprio colegiado para estabelecer as
normas de seu funcionamento, o que é feito pelo regimento interno. A seguir destacamos as
previsões mínimas necessáriasno ato de constituição de um colegiado, em especial para os
de natureza normativa, consultiva e contenciosos:
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que pode ser destituída, de forma a indicar que o mandato é da pessoa enão de livre
exoneração;
Algumas destas previsões podem ser delegadas ao Regimento Interno, que pode ser
instituído pelo próprio colegiado (nos casos de previsão expressa desta competência) ou por
Decreto.
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5. ATOS DO GOVERNADOR DO ESTADO
5.1. POR QUAL MEIO é feita a análise e a edição dos atos do Governador do Estado?
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo
anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
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c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as
seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais
do agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de
formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei,
regulamento ou outro ato normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que
se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao
resultado obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso
daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
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5.4. COMPETÊNCIA – primeiro requisito do ato administrativo a ser analisado.
A edição de ato administrativo deve ser iniciada pela análise de qual a autoridade
competente para tratar daquela matéria, visto que a forma do ato (tipo de ato) e o processo
para a sua edição dependem desta definição.
Por exemplo, se for ato do Governador do Estado, deverá ser feita a tramitação que
trata a Ordem de Serviço 007, de 11 de novembro de 2019, e poderá ter o formato, por
exemplo, de Decreto (ato normativo) ou Ordem de Serviço (ato ordinatório) ou, ainda, de
atos não numerados (nomeações ou contratos, p. ex.). Já se for ato de órgão colegiado,
este terá sua tramitação e formato estabelecidos na norma que o constituiu e em seu
Regimento Interno. Por outro lado, se for ato do Secretário de Estado, poderá ter a forma,
por exemplo, de Instrução Normativa (ato normativo), Ordem de Serviço ou Portaria (atos
ordinatórios) e terá sua tramitação estabelecida pelo titular do Pasta.
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Art. 3º, § 1º. Além de constarem do processo administrativo, as minutas dos atos
administrativos também deverão estar anexadas, em formato editável, na área de
trabalho do processo administrativo eletrônico.
OAnexo I serve como um roteiro para a produção de Nota Técnica que instruirá o
processo administrativo eletrônico,podendo ser acrescentadas outras informações, atas de
reuniões, pareceres ou outros documentos que sejam necessários ao entendimento da
matéria encaminhada à deliberação do Governador do Estado.
Assim, com a leitura desta Nota Técnica será possível identificar o objeto do ato
proposto ao Governador, a partir das seguintes informações:
b)quais as razões de fato e de direito que exigem a edição deste ato pelo
Governador do Estado;
Além disso, será possível entender o motivo do ato administrativo a ser editado, por
conter informações relevantes, tais como:relato resumido das consequências esperadas da
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decisão sugerida ou encaminhada, pessoas ou interesses envolvidos, impactos positivos
e/ou negativos da medida, entre outras.
ESPÉCIE DE PROVIDÊNCIA SOLICITADA: (indicar qual o ato requerido, p. ex.: decreto, projeto
de lei, autorização, assinatura do Governador do Estado no convênio, no contrato ou outro ajuste).
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IDENTIFICAÇÃO DO SERVIDOR RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES, DATA E
ASSINATURA.
Contato: (nome do servidor responsável)
Telefone: (do setor ou celular funcional)
E-mail: (endereço eletrônico funcional)
c) afastamentos; e
Seção II
Das solicitações referentes a cargos, a empregos ou a funções
Art. 5º Nas solicitações relativas a cargos, a empregos e a funções, o processo
administrativo deverá ser instruído pelo órgão ou pela entidade de origem, em
atendimento à Lei Complementar nº 14.869, de 16 de maio de 2016, como segue:
I – para a nomeação de cargo efetivo, de cargo em comissão ou de autorização para a
contratação de empregos em comissão:
a) documento de identificação com o número do Cadastro de Pessoa Física – CPF;
b) certidão de quitação eleitoral relativa ao local em que domiciliado o postulante nos
últimos cinco anos (http://www.tse.jus.br/eleitor/certidoes/certidao-de-quitacao-eleitoral);
c) certidão judicial cível e criminal negativa Estadual e Federal
(http://www.tjrs.jus.br/site/servicos/alvara_de_folha_corrida_cert2g/);
d) certidão judicial de distribuição criminal de 2º grau para os efeitos de verificação de
enquadramento na Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010, relativas ao local
em que domiciliado o postulante nos últimos cinco anos
(http://www.tjrs.jus.br/site/servicos/alvara_de_folha_corrida_cert2g/);
e) certidão negativa de crimes eleitorais (http://www.tse.jus.br/eleitor/certidoes/certidao-
de-crimes-eleitorais); e
f) certidão negativa de improbidade administrativa
(https://www.cnj.jus.br/improbidade_adm/consultar_requerido.php);
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II – para a designação de função gratificada ou de função em comissão da administração
pública estadual direta ou indireta, deverá ser incluída declaração assinada pelo servidor
designado, conforme Anexo II desta Ordem de Serviço.
Seção III
Dos hóspedes e missões oficiais
Art. 6º Para atribuir a condição de hóspede oficial convidado ou de integrante de missão
oficial de representação do Estado para as pessoas físicas que não servidoras públicas
estaduais, o processo administrativo deverá ser instruído com a descrição do evento a
ser realizado ou atendido, apresentando a previsão das despesas públicas que serão
geradas para o transporte, a hospedagem, a inscrição e/ou a alimentação.
Parágrafo único. Não serão cobertas as despesas realizadas com os convidados ou
representantes do Estado quando estas já forem indenizadas pela instituição de origem
ou quando houver ônus de qualquer espécie, a cargo do Estado, pelos serviços
prestados.
Art. 7º O pedido de que trata o art. 6º desta Ordem de Serviço deverá ser encaminhado à
Secretaria da Casa Civil, com antecedência mínima de trinta dias do evento ou da
representação, instruído com as seguintes informações:
I - denominação, período de duração e local da realização do evento ou da
representação;
II - justificativa da realização do evento ou da representação;
III - nominata dos convidados a serem declarados hóspedes oficiais ou representantes
do Estado acompanhada de currículos que comprovem a correlação da qualificação do
profissional com o objeto do evento a ser realizado;
IV - custo individual e total das despesas com transporte, hospedagem e/ou alimentação
dos convidados não servidores públicos do Estado e representantes do Estado, nos
casos de missão oficial; e
V - unidade orçamentária, projeto/atividade, elemento de despesa e rubrica pelas quais
correrão os recursos para pagamento do transporte, da hospedagem e/ou da
alimentação, bem como a respectiva Solicitação de Recurso Orçamentário - SRO -
devidamente liberada pela Secretaria da Fazenda.
Seção IV
Dos afastamentos
Art. 8º As autorizações de afastamentos em objeto de serviço ou no interesse da
administração quando necessária a compra de passagens aéreas internacionais para os
agentes políticos e os servidores públicos da administração pública estadual direta e
indireta deverão ser instruídas com os seguintes elementos:
I - definição dos trechos aéreos, justificativa do afastamento e duração da viagem;
II – convite e programação do evento ou missão;
III - custo individual e total, se mais de um servidor, das despesas com transporte,
hospedagem e/ou alimentação; e
IV - unidade orçamentária, projeto/atividade, elemento de despesa e rubrica pelas quais
correrão os recursos para o pagamento do transporte, da hospedagem e/ou da
alimentação, bem como a respectiva Solicitação de Recurso Orçamentário - SRO -
devidamente liberada pela Secretaria da Fazenda.
Seção V
Das designações de órgãos colegiados
Art. 9º Nos casos de nomeação ou de designação de representantes dos membros de
órgãos colegiados em que haja previsão legal de requisitos para preencher a função, os
respectivos documentos comprobatórios deverão constar no processo administrativo.
44
5.7. ANÁLISE JURÍDICA – feita pelo órgão proponente.
Art. 3º O processo administrativo será instruído com a análise técnica e jurídica do órgão
ou da entidade proponente, quanto ao documento levado ao conhecimento ou ato
administrativo proposto.
§ 1º Além de constarem do processo administrativo, as minutas dos atos administrativos
também deverão estar anexadas, em formato editável, na área de trabalho do processo
administrativo eletrônico.
§ 2º Nos processos administrativos de atos de nomeação e de designação para os
cargos e as funções será dispensada a análise técnica e, tratando-se de convênios, de
parcerias e de instrumentos congêneres, bem como de contratos de repasse ou de
outros instrumentos com a União, esta poderá ser feita de forma simplificada, podendo
ser solicitada complementação quando necessário.
§ 3º Nos demais casos não abarcados no § 2º deste artigo, a análise técnica será
realizada na forma de nota técnica, consoante modelo do Anexo I desta Ordem de
Serviço, firmado por servidor público responsável pelas informações, no intuito de
demonstrar qual a questão que a deliberação do Governador do Estado visa regrar,
implementar ou solucionar, identificar os destinatários ou os beneficiários e eventuais
prazos de implementação, bem como se a proposta implica em criação, aperfeiçoamento
ou expansão de ação governamental, e seus impactos na receita ou despesas públicas.
§ 4º A análise jurídica apontará os dispositivos constitucionais ou legais nos quais está
pautada a validade do ato ou da normativa proposta, as eventuais controvérsias e as
consequências jurídicas que envolvam a matéria, bem como a conclusão sobre a
constitucionalidade e da legalidade do pleito.
A Secretaria da Casa Civil tem como uma de suas atribuições, na Lei da Estrutura
Administrativa do Estado, o assessoramento e o apoio ao Governador do Estado em
45
assuntos de natureza política, legislativa e administrativa.Conforme a Lei nº 14.733/2015,
com a redação dada pela Lei nº 15.246/19:
46
V - da Subchefia de Ética, Controle Público e Transparência da Secretaria da Casa Civil,
quando se tratar de programas e de ações relacionadas com a ética, com o controle
público e com a transparência, em especial os casos de vedações referentes a
nepotismo, dispostas pelo Decreto nº 48.705, de 16 de dezembro de 2011, e as previstas
na Lei nº 14.869/2016;
VI - da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, para a análise e o registro dos
processos administrativos relativos a:
a) nomeações e exonerações de cargos em comissão, de designações e de dispensas
de funções gratificadas da administração pública estadual direta;
b) admissões e dispensas de funções e de empregos em comissão da administração
pública estadual indireta, exceto empresas públicas e sociedades de economia mista;
c) disposições e prorrogações de disposições de servidores entre os órgãos da
administração pública estadual ou para outros poderes e esferas da Federação;
d) designações e nomeações de substitutos de cargos e de funções de confiança, nos
órgãos da administração pública estadual direta e indireta do Estado;
e) constituição ou alteração de estrutura básica dos órgãos e entidades da administração
pública estadual direta e indireta, bem como seus respectivos regimentos internos;
f) projeto de lei ou minuta de decreto relativos à política de pessoal, exceto empresas
públicas e sociedades de economia mista;
g) solicitação de abertura de concurso público para o provimento de cargos em caráter
efetivo, emergencial ou temporário;
h) pedidos de dispensa de servidores da administração pública estadual direta e indireta
para o exercício de mandato eletivo; e
i) convênios e contratos com a União, que envolvam repasse de recursos.
47
II - definir os termos de negociações relativos a acordos e convenções coletivas de
trabalho, a serem observados pelas entidades da Administração Indireta do Poder
Executivo;
III - deliberar sobre propostas de reajuste remuneratório e de benefícios de servidores,
visando à política salarial das categorias funcionais dos órgãos e entidades da
Administração Direta e Indireta do Poder Executivo.
IV - deliberar sobre os assuntos examinados pela Secretaria Executiva do GAE,
estabelecidos no art. 6º deste Decreto.
48
Art. 10. Parágrafo único. A análise realizada pelos órgãos relacionados nos incisos deste
artigo pode incluir os seguintes aspectos:
I – correta instrução e encaminhamento do processo administrativo;
II – adequação da constitucionalidade e da legalidade;
III – adequação da redação dos atos administrativos às boas práticas, conforme art. 11
desta Ordem de Serviço;
IV – avaliação do mérito, da oportunidade e da compatibilidade com as diretrizes
governamentais;
V- solicitar informações complementares;
VI - encaminhar para a manifestação de outro órgão ou entidade; e
VII - devolver à origem.
49
ANEXO I - “Checklist” para elaboração de atos normativos do Estado
1
A verificação da possibilidade jurídica da proposição envolve o exame da constitucionalidade e da
legalidade do ato normativo.
2
A pesquisa da legislação, da orientação jurídica da PGE e da jurisprudência concorre para
harmonização entre a futura lei e o conjunto das leis que tratam da mesma matéria e ao ordenamento
jurídico como um todo. Nessa etapa será verificada se a nova lei não viola o texto constitucional ou
afronta normas hierarquicamente superiores a ela.
50
10. Se a mesma ideia pode ser expressa corretamente em forma positiva ou negativa, a
forma negativa deve ser evitada. Ex.: Ao invés de:“este artigo não se aplica a
menores de 16 anos”, usar:“este artigo se aplica a pessoas que já completaram 16
anos”; e
11. A normativa dá uma ordem, não uma sugestão ou uma ideia;
51
ANEXO II - Roteiro prático para elaboração dos atos normativos
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
DA ELABORAÇÃO, DA ARTICULAÇÃO E DA REDAÇÃO DOS ATOS
NORMATIVOS
Seção I
Da Elaboração
52
III - parte final, com as disposições sobre medidas necessárias à implementação
das normas constantes da parte normativa, as disposições transitórias, se for o caso, a
cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
Parágrafo único. O ato normativo tem como escopo emitir normativas gerais e
não praticar atos administrativos em situações concretas, casos em que é exigível a
fundamentação, portanto não é recomendável que sejam utilizados os “considerandos”,
sugerindo o que segue:
I – registrar as razões no processo administrativo que originará o ato;
II – inserir as razões, que constariam como “considerandos”, no texto da própria
norma, na forma de objetivos, de princípios ou de recomendações; e
III – inserir as razões de direito na referência aos fundamentos legais para a
edição do ato normativo, na parte que usualmente se coloca “no uso de suas atribuições
previstas...”.
Seção II
Da Articulação
53
XI - o inciso desdobra-se em alíneas, indicadas com letra minúscula seguindo o
alfabeto e acompanhada de parêntese (a), b) e c)), separado do texto por um espaço em
branco;
XII - o texto da alínea inicia-se com letra minúscula, salvo quando se tratar de
nome próprio, e termina com:
a) ponto e vírgula;
b) dois-pontos, quando se desdobrar em itens; ou
c) ponto, caso seja a última e anteceda artigo ou parágrafo;
XIII - a alínea desdobra-se em itens, indicados por algarismos arábicos,
seguidos de ponto e separados do texto por um espaço em branco (1., 2. e 3.);
XIV - o texto do item inicia-se com letra minúscula, salvo quando se tratar de
nome próprio, e termina com:
a) ponto e vírgula; ou
b) ponto, caso seja o último e anteceda artigo ou parágrafo;
XV - o agrupamento de artigos pode constituir subseção; o de subseções, seção;
o de seções, capítulo; o de capítulos, título; o de títulos, livro; e o de livros, parte;
XVI - os capítulos, os títulos, os livros e as partes são grafados em letras
maiúsculas e identificados por algarismos romanos e sem negrito (CAPÍTULO I);
XVII - a parte pode subdividir-se em parte geral e parte especial, ou em partes
expressas em numeral ordinal, por extenso;
XVIII - as subseções e seções são indicadas por algarismos romanos, grafadas
em letras minúsculas e postas em negrito (Seção I);
XIX - os agrupamentos referidos no inciso XV deste artigo podem também ser
subdivididos em “Disposições Preliminares”, “Disposições Gerais”, “Disposições Finais” e
“Disposições Transitórias”;
XX - utilizam-se dois espaços simples entre capítulos, seções, artigos,
parágrafos, um espaço entre incisos, alíneas e itens;
XXII - as palavras e as expressões em latim ou em outras línguas estrangeiras
são grafadas entre aspas (“caput”);
XXIII - a epígrafe é grafada em letras maiúsculas, sem negrito, de forma
centralizada;
XXIII - a ementa é alinhada à direita, com 7 centímetros e 50 milímetros de
largura; e
XXIV - o texto do ato normativo a ser editado deverá ser digitado com o tipo arial
(de corpo 9), sendo as margens da seguinte forma:
a) superior (1 cm), esquerda (4 cm); e
b) inferior (1,8 cm), direita (1,5 cm).
Parágrafo único. Os agrupamentos previstos no inciso XV deste artigo se darão
somente nos casos de atos normativos extensos.
54
Seção III
Da Redação
55
1. 9 de junho de 2020 e não 09 de junho de 2020; e
2. 1º de janeiro de 2020 e não 1 de janeiro de 2020;
k) grafar a remissão aos atos normativos das seguintes formas:
1. Lei Complementar nº 10.098, de 3 de fevereiro de 1994, na ementa, no
preâmbulo, na primeira remissão e na cláusula de revogação;
2. Lei Complementar n.º 10.098/94, nos demais casos; e
3. especificar o âmbito da norma a qual se faz remissão, quando não for
estadual, como Lei Federal n.º..., Lei Municipal de Porto Alegre n.º.
III - para a obtenção da ordem lógica:
a) reunir sob as categorias de agregação – subseção, seção, capítulo, título e
livro – apenas as disposições relacionadas com a matéria nelas especificada;
b) restringir o conteúdo de cada artigo a um único assunto ou princípio;
c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma
enunciada no “caput” do artigo e as exceções à regra por este estabelecida;
d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, das alíneas
e dos itens; e
e) os artigos com normas gerais devem anteceder aos artigos com normas
especiais e/ou excepcionais.
Art. 5º O Anexo I deste Ato Normativo expõe a articulação de um texto legal.
Art. 6º O Anexo II deste Ato Normativo dispõe de forma resumida sobre a
estrutura e a forma de elaboração de atos normativos.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
(Fecho)
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, __ de ____ de 2020.
56
Autoridade Competente.
Registre-se e publique-se.
(quando for o caso)
ANEXO I
PARTE
LIVRO
TÍTULO
*Articulação de artigos -
CAPÍTULO
inicia em Capítulo,
SEÇÃO podendo ou não ter Seções
PARÁGRAFO
(OU INCISO)
INCISO
ALÍNEA
ITEM
ANEXO II
CONTEÚDO BÁSICO
57
3.1.1.1. do alterados?
Manual de Boas f) Por que a matéria deve ser regulada no âmbito do
Práticas) órgão/entidade?
g) Há competência legal para regular a matéria no âmbito do
órgão/entidade?
h) Quais são os órgãos/entidades que devem assumir a
responsabilidade pela execução das medidas? Eles foram
consultados?
i) Existe alternativa melhor para resolver o problema? (a
realização de uma campanha informativa, uma ação de
fiscalização, etc).
j) Como o mesmo problema foi regulamentado por outros
órgãos/entidades ou em outros Estados?
k) De que forma serão avaliados a eficácia, o desgaste e os
eventuais efeitos colaterais do novo ato normativo após sua
entrada em vigor?
l) As ações estão alinhadas com os instrumentos de
planejamento do Estado (Plano Plurianual)?
m) de que forma a nova norma poderá ser aplicada?
n) qual o problema que se pretende solucionar ou a nova regra a
ser estabelecida?
o) qual o instrumento normativo adequado para tratar a matéria?
p) os objetivos do novo ato são exequíveis?
q) há impacto financeiro para o órgão/entidade e há dotação
orçamentária para suportar as ações?
r) os benefícios estimados da medida justificam os custos?
a) utilize linguagem clara, evitando a linguagem rebuscada e os
termos que levem a dupla interpretação na redação, bem como
as figuras de linguagem e neologismo;
b) use as palavras e as expressões em seu sentido comum,
Devem ser
salvo quando a norma versar sobre assunto técnico, hipótese em
observadas
que se pode empregar a nomenclatura própria da referida área;
algumas regras
c) utilize palavras padronizadas ao longo do texto para tratar do
de redação do
mesmo objeto, do mesmo ente, da mesma ação, etc.;
ato
d) busque a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das
administrativo
normas legais, de preferência o tempo presente ou o futuro
normativo
simples do presente;
(conforme item
e) dispense, sempre que possível, os verbos auxiliares (ser, ter e
3.1.1.1 do
haver);
Manual de Boas
f) use frases curtas e concisas, sempre que possível sem
Práticas)
sacrificar a clareza do texto;
g) elimine os adjetivos que não contribuam para a clareza da
mensagem enunciada;
h) evite advérbios desnecessários;
Grafada em caracteres maiúsculos, sem negrito, de forma
Epígrafe centralizada, com a data sempre por extenso.
Ex: DECRETO Nº ..., de 1º de agosto de 2019.
Será sob a forma de título, realçará e explicará o objeto da
Ementa normativa. Não deve ser usado o termo “e dá outras
providências”.
Preâmbulo Indicará de quem é a competência para a prática do ato e sua
58
base legal.
Devem ser evitados, sendo sugerido que as razões do ato
Uso de normativo constem no processo administrativo que o originará ou
“considerandos” na forma de objetivos, princípio ou recomendações no texto da
própria norma.
Indicará o objeto da normativa e o respectivo âmbito de
Art. 1º
aplicação. Cada normativa tratará de um único objeto.
Sempre de forma expressa, deverão ser relacionadas todas as
normas revogadas. NUNCA usar o termo “revogam-se as
Revogação de
disposições contrárias”
normativa
Ao revogar uma norma, é necessário também revogar
expressamente todas as normas que tão somente a alteraram.
Será expressa pelo ato normativo. Ex: esta Lei entra em vigor na
Vigência
data de sua publicação
Caso a incorreção comprometa a essência do ato, ou, por sua
importância e complexidade, configure a necessidade de o texto
Republicação
ser reinserido na íntegra, recomenda-se a republicação integral
do normativo.
REGRAS DE ARTICULAÇÃO
59
Indicado por número seguido de ponto. Ex: 1., 2.
O texto do item inicia-se com letra minúscula, salvo quando se
Item tratar de nome próprio, e termina com:
a) ponto e vírgula; ou
b) ponto, caso seja o último e anteceda artigo ou parágrafo.
Agrupamento de artigos
Indicadas por algarismos romanos, grafadas em letras
Subseção
minúsculas e postas em negrito.
Ex: Subseção X
Agrupamento de Subseções
Indicadas por algarismos romanos, grafadas em letras
Seção
minúsculas e postas em negrito.
Ex: Seção X
Agrupamento de Seções
Indicadas por algarismos romanos, grafadas em letras
Capítulo
maiúsculas e sem negrito.
Ex: CAPÍTULO X
Agrupamento de Capítulos
Indicadas por algarismos romanos, grafadas em letras
Título
maiúsculas e sem negrito.
Ex: TÍTULO X
Agrupamento de Títulos
Indicadas por algarismos romanos, grafadas em letras
Livro
maiúsculas e sem negrito.
Ex: LIVRO X
Agrupamento de Livros
Pode dividir-se em parte geral e parte especial, ou em partes
Parte
expressas em numeral ordinal por extenso.
Ex: PARTE GERAL ou PARTE DOIS
A numeração de artigos é separada do texto por dois espaços
em branco, sem traços ou outros sinais.
A numeração de parágrafos é separada do texto por dois
espaços em branco, sem traços ou outros sinais.
Os incisos são seguidos de hífen, o qual será separado do
algarismo e do texto por um espaço em branco.
As alíneas são acompanhadas de parêntese o qual será
separado do texto por um espaço simples.
Espaços e
Os itens são seguidos de ponto, o qual será separado do texto
Formatação
por um espaço simples.
Usa-se dois espaços simples entre capítulos, seções, artigos e
parágrafos.
Usa-se um espaço simples entre inciso, alínea e item.
O texto do ato normativo será digitado com a fonte Arial,
tamanho 9, sendo as margens da seguinte forma:
a) superior (1 cm), esquerda (4 cm); e
b) inferior (1,8 cm), direita (1,5 cm).
Se houver tabelas, gráficos, fórmulas matemáticas etc, que
ANEXOS
devam ser incluídos no texto legal, deve-se fazer uso de um ou
60
mais anexos (numerados), colocados no final do ato normativo,
fazendo-se as referências necessárias ao texto desta.
REGRAS DE GRAFIA
Palavras e
expressões em
latim ou outra Grafadas entre aspas. Ex: “caput”
língua
estrangeira
Usar apenas as consagradas pelo uso. Sua primeira referência
Siglas será acompanhada de explicitação de seu significado. Ex.:
Cadastro de Pessoa Física - CPF
Referências a
Grafar por extenso, exceto data, número de ato normativo e
números e
casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto.
percentuais
Expresso em algarismo arábico, seguido de sua indicação por
Valores
extenso, entre parênteses.
monetários
Ex: R$ 200,00 (duzentos reais)
Grafada por extenso sem o algarismo “0”. Ex: 5 de outubro de
Datas 1989. E quando for o primeiro dia do mês será representado por
1º (primeiro) e não “1”.
A primeira remissão no texto da norma será sempre desta forma:
Lei Complementar nº 10.098, de 3 de fevereiro de 1994. As
demais remissões dispensam a data por extenso. Ex.: Lei
Complementar nº 10.098/94.
Especificar o âmbito da norma a qual se faz a remissão, quando
Remissão de não for estadual. Ex: Lei Federal nº 8.112, de 11 de dezembro de
normas 1990, ou Lei Municipal de Porto Alegre nº ....
A indicação do ano será sem ponto na casa do milhar e da
centena. Ex: 2020
A remissão far-se-á, de preferência, mediante explicitação
mínima de seu conteúdo e não apenas por meio da citação do
dispositivo.
Serão usados no penúltimo inciso, alínea ou item, apenas um ou
“E” ou “ou”
ambos.
Mudar o verbo no gerúndio por um cuja conjugação exprime uma
Uso do gerúndio
ideia concreta (e não em processo)
a locução "através de" possui significado ligado a movimento
Uso de
físico, indicando a ideia de atravessar. É sinônimo de "pelo
“através”
interior de", "por dentro de". Exemplos:
(deverá ser
"O namorado passou uma flor através da janela"
substituído por
“Olhava através da vidraça o que acontecia na rua”
intermédio de –
Já "por meio de" se relaciona à ideia de instrumento, utilizado na
por meio de –
execução de determinada ação. Exemplo:
mediante)
"Eu enviei o pacote por meio do correio"
61
ANEXO III - Roteiro prático para alteração dos atos normativos
I – fica alterada a alínea “b” do inciso I do art. 4º, que passa a ter a seguinte
redação:
Art. 4º ...(não precisa repetir o texto se não houver alteração)
I - ...
...
b) inserir novo texto a ser alterado;
.... (três pontos que significa que tem texto ainda sobre este artigo)
III – fica incluído o Anexo Único, que dispõe de forma resumida sobre
alteração de ato normativo, conforme segue.
62
Art. 2º Este Ato Normativo entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, __ de ____ de 2020.
Registre-se e publique-se.
(quando for o caso)
ANEXO ÚNICO
3
Manual de Técnica Legislativa do Senado.
63
de unidades superiores a artigos livro e parte não terão sua numeração
alterada.
É permitida a renumeração de Ex.: Parágrafo único renumerado para § 1º
parágrafos, incisos, alíneas e itens, com o intuito de acrescentar-se o § 2º
desde que seja inconveniente o
acréscimo da unidade ao final da
sequência.
É vedado o aproveitamento de número Ex.: Decreto nº 52.995, de 25 de abril de
ou de letra de dispositivo revogado, 2016, o número desta norma revogada jamais
vetado e declarado inconstitucional. poderá ser utilizado por outra normativa.
Ex.: Art. 1º As delegações de competência,
A redação dos artigos alterados será no âmbito do Poder Executivo do Estado,
formatada em itálico serão realizadas nos termos estabelecidos
por este Decreto.
Indicar o número do artigo, do Ex.: Fica alterado o art. 1º do Decreto nº...,
parágrafo, do inciso, da alínea ou do que passa a viger com a seguinte redação:
item a que se refere a alteração
Altera-se primeiro o art. 2º, após o art. 4º e
Observar a estrutura lógica de sua
assim sucessivamente, caso haja mais de um
articulação
a ser alterado.
Ex.: Art. 11. ...
Indicar, por meio de linha pontilhada, a Parágrafo único. As gratificações concedidas
omissão de texto de “caput”, parágrafo, nos termos deste artigo devem ser publicadas
inciso, alínea ou item não alterado no Diário Oficial Eletrônico do Estado – DOE-
e.
Neste caso deve ser utilizado o mesmo
número do dispositivo imediatamente
anterior, seguido de hífen e letra maiúscula,
em ordem alfabética.
Acréscimo de artigo
Ex.: Art. 4º...
Art. 4º-A. ...
Art. 4º-B. ...
Seção I-A, Seção I-B
64
ANEXO IV - Portaria
O SECRETÁRIO DE ESTADO (...), no uso das atribuições que lhe confere a norma
xx (consultar Capítulo referente à competência no Manual de Boas Práticas), tendo em vista
o disposto na norma xx (...) e no processo administrativo eletrônico nº (...), designa os
servidores Fulano, Identidade Funcional nº, Cicrano, Identidade Funcional nº, e Beltrano,
Identidade Funcional nº, para, sob a presidência do primeiro, comporem a Comissão de
Seleção responsável por processar e julgar os chamamentos públicos de que tratam o
expediente, com recursos do projeto (...).
Porto Alegre,
(Assinatura)
Porto Alegre,
(Assinatura)
65
ANEXO V - Ofício
Senhor Ministro,
Para a continuidade da comunicação externa e formal que uma unidade
administrativa utiliza para tratar de assuntos oficiais com unidades pertencentes a outro
órgão (ou outra entidade) da administração pública estadual ou com pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado, solicitamos a adoção das disposições previstas no Manual de
Boas Práticas.
A partir da edição do referido Manual, a Secretaria da Casa Civil passou a adotar
o “PADRÃO OFÍCIO”. Ou seja, como se diferenciam apenas pela forma e não pela
finalidade, OFÍCIO, AVISO, CIRCULAR E MEMORANDO passaram a ser nominados como
“OFÍCIO”, com uma única numeração sequencial que se inicia a cada ano civil.
Por fim, estamos à disposição para eventuais esclarecimentos sobre a matéria.
Atenciosamente,
(Assinatura)
Nome do signatário
Cargo
66
ANEXO VI - Roteiro prático para Ordem de Serviço
O SECRETÁRIO DE ESTADO (...), no uso das atribuições que lhe confere o art.
4º, inciso II, do Decreto nº (...), de 7 de julho de 2020 (consultar Capítulo referente à
competência no Manual de Boas Práticas), e tendo em vista a necessidade de disciplinar a
padronização dos documentos oficiais,
RESOLVE:
Art. 1º As Ordens de Serviço são utilizadas para transmitir determinações a
subordinados, quanto ao modo de conduzir determinada tarefa, no que tange aos aspectos
administrativos e técnicos, estabelecendo, por exemplo, fluxos internos.
Art. 2º Podem ser emanadas pelo Governador do Estado ou Secretários de
Estado e devem ser numeradas sequencialmente, reiniciando a cada ano civil, e publicadas
no Diário Oficial Eletrônico do Estado.
Art. 3º A validade da Ordem de Serviço não se limita ao ano em que publicada
ou ao mandato da autoridade administrativa que o edita, mas são válidas enquanto não
exaurirem seu conteúdo ou enquanto não forem expressamente revogadas.
Art.4º. Pode ser utilizado como paradigma o modelo referente à estrutura e
redação dos atos normativos constante deste Manual de Boas Práticas.
Art. 5º Esta Ordem de Serviço entra em vigor na data de sua publicação,
revogando-se...
(Assinatura)
67
ANEXO VII - Roteiro prático para ato administrativo sobreprograma
ATO Nº
Regulamenta Programa xx instituído pela Lei
xx ou Institui Programa xx (quando não tiver
Lei e será criado pelo Decreto.)
68
IV – poderá ter a participação de órgãos colegiados já existentes na elaboração
das diretrizes, prioridades e articulação das ações do programa, desde que esteja de acordo
com suas atribuições legais ou seja feita a devida alteração; e
V – poderá ser criado órgão colegiado no âmbito do Programa, se necessário e
se não for possível aproveitamento de estruturas existentes, cuja denominação será de
Comitê Gestor, o qual poderá criar Grupos de Trabalho para apoiar em temas específicos.
§ 3º Poderá ter um Programa cujas ações sejam desenvolvidas no âmbito de um
único órgão ou entidade da administração pública estadual, quando então o decreto de
instituição do Programa se ocupará mais em referir os fluxos e etapas, não sendo utilizado
então os artigos seguintes.
Art. 4º. O Comitê Gestor (se necessária sua criação) será composto por um
representante titular e um representante suplente, dos seguintes órgãos (e entidades, se for
tiver), indicados pelos respectivos titulares:
I - o órgão ou a entidade que coordena o Programa usualmente é o coordenador
do Comitê;
II – os órgãos ou as entidades da administração pública estadual que
participarão do Comitê do Programa e que receberem atribuições no âmbito do Programa
devem ser consultados quanto à proposta e ter competência legal para o exercício destas
atribuições;
III – os órgãos ou as entidades que não são integrantes da administração pública
estadual serão convidados a participar do Comitê Gestor.
§ 1º O Coordenador do Programa indicará um Secretário Executivo do
Programa e do Comitê Gestor.
§ 2º O Comitê Gestor tem por competências:
I – definir políticas, diretrizes e prioridades;
II –supervisionar a gestão dos projetos e das ações;
III – aprovar a constituição dos Grupos de Trabalho e a designação dos
respectivos integrantes;
IV – elaborar e aprovar o seu regimento interno;
V – usualmente o Comitê Gestor tem competências consultivas; e
VI –não tem competências ativas, como assinar e fiscalizar convênios, assinar e
fiscalizar contratos, o que fica no âmbito de cada órgão ou entidade, com os Gestores
legalmente habilitados para tanto.
§ 3º Os integrantes do Comitê Gestor poderão ser substituídos a qualquer
tempo, mediante proposta do órgão ou da entidade que representarem.
§ 4º O Coordenador do Comitê Gestor poderá convidar para participar das
reuniões, sem direito a voto, representantes de entidades ou especialistas que possam
contribuir para o bom andamento das atividades.
§ 5º As decisões do Comitê Gestor serão tomadas por maioria de votos,
presente a metade mais um de seus membros, cabendo ao Coordenador o voto comum e
também de desempate.
§ 6º A função de membro do Comitê Gestor é considerada de interesse público
relevante e não será remunerada.
Art. 5º Os Grupos de Trabalho (se necessário sua previsão) serão constituídos
pelo Comitê Gestor tendo por objetivo apoiar ou acompanhar ações do Programa ou
estudar, avaliar ou propor questões referentes a temas específicos.
69
§ 1º Os Grupos de Trabalho terão as seguintes atribuições:
I – propor medidas;
II – acompanhar a execução de projetos; e
III – sugerir metodologia e parâmetros.
Porto Alegre,
NOME,
Autoridade Competente
70
ANEXO VIII - Roteiro prático para ato de instituição órgão colegiado
ATO ADMINISTRATIVO Nº
Art. 1º Fica instituído Colegiado XXX, vinculado ao XXX, referir qual sua
natureza (normativos, ativos, consultivos, de controle e contenciosos), podendo ter mais de
uma, com a finalidade de XXX, e mencionar legislação caso esteja previsto em alguma lei.
Art. 2º O Colegiado XXX será composto por um representante titular e um
suplente, dos seguintes órgãos e entidades, indicados pelos respectivos titulares:
I – os órgãos ou as entidades da administração pública estadual que participarão
do Colegiado XXX e que receberem atribuições no âmbito do Colegiado devem ser
consultados quanto à proposta e ter competência legal para o exercício destas atribuições;
II – os órgãos ou as entidades que não são integrantes da administração pública
estadual (outros Poderes, outras esferas da administração e entidades privadas) serão
convidados a participar do Colegiado, salvo se determinada sua participação por Lei.
III – se o colegiado contar com participação da sociedade civil ou entidades
privadas, preferencialmente a composição deve ser paritária entre a administração pública e
a sociedade civil, quando metade dos membros deve pertencer à administração pública
direta e indireta e os demais a entidades privadas e representantes da sociedade civil; e
IV – a ordem dos incisos contendo os órgãos da administração pública estadual
indicados para comporem o Colegiado deve ser a mesma referida nos arts. 5º e 6º da Lei nº
14.733, de 15 de setembro de 2015.
§ 1º O Colegiado XXX será coordenado pelo representante do órgão XXX, que
terá as seguintes competências:
I – convocar reuniões;
II – organizar a ordem do dia;
III – assinar as atas aprovadas;
IV – outras previstas em Regimento Interno.
§ 2º O Colegiado XXX reunir-se-á... definir a forma de reunião, se haverá
ordinária e extraordinária, e a quem caberá convocar as reuniões.
§ 3º Prever a forma das reuniões, inclusive quanto à possibilidade de reuniões
remotas.
§ 4º<Critério de votação>.
§ 5º Caso de Conselhos deliberativos prever a decisão “ad referendum”, se
entender importante.
§ 6º Necessidade de mandato e de recondução de membros.
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§ 7º Previsão de qual autoridade designará os membros do Colegiado ou se
serão indicados pelos titulares dos órgãos e entidades que o compõem ao Coordenador do
Colegiado.
§ 8º O Coordenador do Colegiado poderá convidar para participar das reuniões,
sem direito a voto, representantes de entidades ou especialistas que possam contribuir para
o bom andamento das atividades.
Art. 3º Compete ao Colegiado XXX:
I – indicar a competência do Colegiado nos incisos, a exemplo de: implantar,
estimular, fomentar, contribuir;
II – atentar para que os verbos utilizados nas competências sejam compatíveis
com a natureza do colegiado;
III – colegiados com a participação da sociedade civil, de entidades privadas e
de órgãos de outros Poderes e outras esferas da administração só poderá ter natureza
consultiva, salvo se estabelecida a competência normativa, ativa, de controle ou contenciosa
por Lei.
IV – colegiados com a participação de órgãos e entidades da administração
pública estadual poderão ter outras competências que não a consultiva se a autoridade que
instituir tal órgão tenha competência para o objeto do colegiado e ascendência hierárquica
sobre todos os que irão compor o colegiado.
V – elaborar o seu Regimento Interno.
Art. 4º Estrutura de apoio e secretaria do Colegiado, quando houver.
Art. 5º Especificar que a participação é considerada serviço público relevante e
não será remunerada ou se há previsão em Lei de remuneração.
Art. 6º Previsão de perda de mandato, pelos exemplos que seguem:
I –deixar de comparecer a XX reuniões no período de 1 ano;
II – deixar de cumprir determinadas atribuições, referidas objetivamente, como
relatoria de determinado número de processos em determinado prazo.
Art. 7º Caso haja previsão de entrega de relatório ou proposta de alguma política
pública, prever prazo para a apresentação e indicar para a qual autoridade será
encaminhado.
Art. 8º Previsão de publicação das atas em determinado site, com vistas a maior
transparência e acompanhamento do cidadão.
Art. 9º Esta (normativa) entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-
se (verificar se existem normativas anteriores sobre o tema que foram revisadas ou que
estão ultrapassadas.
Porto Alegre,
NOME,
Autoridade Competente.
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BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Edmir Netto de. Convalidação do ato administrativo, São Paulo: LTr, 1999,
CARVALHO, Kildare Gonçalves. Técnica legislativa (Legística Formal). 6ª ed. Ver. E ampl. –
Belo Horizonte: Del Rey, 2014.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 9. ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2019.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 42. ed. São Paulo:Malheiros,
2016.
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