Descritor 02 - Português - 9º Ano (Professor Adonis)
Descritor 02 - Português - 9º Ano (Professor Adonis)
Descritor 02 - Português - 9º Ano (Professor Adonis)
Aluno (a)
Professor (a)
Escola
D2 - Inferir informação em texto verbal.
(CAED) Leia o texto abaixo.
Jilly dos Santos bem que tentava chegar à escola no horário. Programava o alarme de seu
telefone para tocar três vezes sucessivas. Deixava de tomar o café da manhã.
Maquiava-se às pressas já no carro, dirigido por seu pai irritado. Mas poucas vezes no
ano passado conseguiu chegar ao seu colégio, o Rock Bridge High School, em Columbia,
5 Missouri, antes do primeiro sinal, às 7h50.
Então ela soube que as aulas iam começar ainda mais cedo, às 7h20. “Pensei: ‘Se isso
acontecer, eu morro’”, lembrou a estudante de 17 anos. [...] Foi quando a adolescente com
déficit de sono virou ativista do sono, decidida a convencer o conselho de ensino de uma
verdade que conhecia desde o íntimo de seu corpo cansado: adolescentes são movidos por seu
10 próprio desenvolvimento físico a se deitar tarde e acordar tarde.
O movimento iniciado há quase 20 anos para fazer as aulas do ensino secundário
começarem mais tarde vem ganhando força em comunidades como Columbia. Centenas de
escolas em todo o país vêm cedendo ao acúmulo de evidências dadas por pesquisas sobre o
relógio biológico adolescente. [...]
15 Novas evidências sugerem que o adiamento do início das aulas traz benefícios.
Pesquisadores na Universidade do Minnesota estudaram oito colégios em três Estados
antes e depois da mudança.
Resultados indicam que quanto mais tarde as aulas começam, melhor é o desempenho dos
alunos em vários quesitos, incluindo saúde mental, índices de acidentes de carro, frequência
20 escolar e, em alguns casos, aproveitamento e notas em provas padronizadas.
Quando o cérebro se desenvolve e a atividade hormonal aumenta, adolescentes que
dormem oito horas diárias regularmente podem aprender melhor e têm menos chances de se
atrasar, envolver-se em brigas ou sofrer lesões esportivas. Dormir bem também pode moderar
sua tendência a tomar decisões de modo impulsivo ou arriscado.
25 Durante a puberdade, a melatonina, o hormônio “do sono”, é liberada mais tarde nos
adolescentes, razão pela qual eles só sentem sono por volta das 23h. A sonolência pode ser
adiada ainda mais pela luz azul estimulante dos aparelhos eletrônicos, que engana o cérebro,
levando-o a continuar desperto, como que com a luz do dia, atrasando a liberação da melatonina
e o adormecimento. O estudo do Minnesota observou que 88% dos alunos levavam seu celular
30 para o quarto.
Resistentes à mudança, muitos pais e alguns estudantes dizem que ela faz os treinos
esportivos terminarem tarde, prejudica empregos de alunos que trabalham e reduz o tempo de
que dispõem para fazer lição de casa. A resistência se deve, dizem estudiosos, ao ceticismo
quanto ao caráter essencial do sono.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/educacao. Acesso em: 19 mar. 2014. Fragmento.
QUESTÃO 01
QUESTÃO 02
Nesse texto, sobre as definições dadas por crianças de outros países, Javier Naranjo defende a ideia de
que
A) a condição de ser criança faz com que as definições sejam iguais em todo o mundo.
O tempo é um fio
QUESTÃO 03
A malhação física encanta a juventude com seus resultados estéticos e exteriores. O que pode
ser bom. Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os “músculos
cerebrais”, porque, como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, “produzem satisfações
infinitamente superiores”.
Fonte: Marili Ribeiro – Jornal do Brasil, caderno B, Rio de Janeiro, 28 de dez. 1996, p. 6.
QUESTÃO 04
Essa sensação acontece com todo mundo que viaja – desde que tenham sido feitos
trajetos idênticos, na mesma velocidade, em sentidos opostos. Isso porque o nosso
cronômetro interno não funciona com perfeita regularidade e muitas vezes engana a noção
de tempo. As estruturas neurais que controlam a percepção temporal estão localizadas na
5 mesma área do cérebro que comanda a nossa concentração.
Isso significa que, se a maior parte dessa área estiver voltada a prestar atenção no
caminho, nas placas e na paisagem, não conseguimos nos concentrar no controle de tempo.
E aí não saberemos quanto tempo, de fato, a viagem levou. Na ida, a descoberta de novos
lugares influi na percepção de distância, e achamos que estamos demorando mais. Nossa
10 preocupação é: “Quando vamos chegar?” Na volta, com o caminho já conhecido, a
concentração se dispersa e a percepção de tempo é alterada para menos, dando a impressão
que o trajeto passou mais depressa.
Esse texto permite concluir que a sensação de que a ida é sempre mais demorada que a volta, se
deve
QUESTÃO 08
Nesse texto, o trecho: “em seus fúteis problemas tão perdidas/ que até parecem mais uns necrológios...”
(l. 3-4), refere-se
A) às vidas que se perdem com futilidades.