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Enem 2004
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Enem 2011
PROPOSTA DE REDAÇÃO
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30
linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas será considerada “insuficiente” e
receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-
argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópias de textos da Proposta de Redação ou
do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Enem 2012
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O
MOVIMENTO IMIGRATÓRIO PARA O BRASIL NO SÉCULO XXI,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Ao desembarcar no Brasil, os imigrantes trouxeram muito mais do que o
anseio de refazer suas vidas trabalhando nas lavouras de café e no início da
indústria paulista. Nos séculos XIX e XX, os representantes de mais de 70
nacionalidades e etnias chegaram com o sonho de “fazer a América” e acabaram
por contribuir expressivamente para a história do país e para a cultura brasileira.
Deles, o Brasil herdou sobrenomes, sotaques, costumes, comidas e
vestimentas.
A história da migração humana não deve ser encarada como uma questão
relacionada exclusivamente ao passado; há a necessidade de tratar sobre
deslocamentos mais recentes.
Disponível em: http://www.museudaimigracao.org.br. Acesso em: 19 jul. 2012
(adaptado).
Acre sofre com invasão de imigrantes do Haiti
Nos últimos três dias de 2011, uma leva de 500
haitianos entrou ilegalmente no Brasil pelo Acre,
elevando para 1 400 a quantidade de imigrantes
daquele país no município de Brasileia (AC). Segundo
o secretário-adjunto de Justiça e Direitos Humanos do
Acre, José Henrique Corinto, os haitianos ocuparam a
praça da cidade. A Defesa Civil do estado enviou
galões de água potável e alimentos, mas ainda não
providenciou abrigo.
A imigração ocorre porque o Haiti ainda não
se recuperou dos estragos causados pelo terremoto
de janeiro de 2010. O primeiro grande grupo de
haitianos chegou a Brasileia no dia 14 de janeiro de
2011. Desde então, a entrada ilegal continua, mas
eles não são expulsos: obtêm visto humanitário e
conseguem tirar carteira de trabalho e CPF para morar
e trabalhar no Brasil.
Segundo Corinto, ao contrário do que se imagina, não são haitianos
miseráveis que buscam o Brasil para viver, mas pessoas da classe média do
Haiti e profissionais qualificados, como engenheiros, professores, advogados,
pedreiros, mestres de obras e carpinteiros. Porém, a maioria chega sem dinheiro.
Os brasileiros sempre criticaram a forma como os países europeus tratavam os
imigrantes. Agora, chegou a nossa vez — afirma Corinto.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Disponível em: http://www.dpf.gov.br. Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).
Trilha da Costura
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30
linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas será considerada “insuficiente” e
receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-
argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópias de textos da Proposta de Redação ou
do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Enem 2013
PROPOSTA DE REDAÇÃO
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do
Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para
efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a
redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
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Enem 2014
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
Publicidade infantil em questão no Brasil, apresentando proposta de
intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
TEXTO I
A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que considera
abusiva a publicidade infantil, emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da
Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um verdadeiro cabo de guerra
envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados na
continuidade das propagandas dirigidas a esse público.
Elogiada por pais, ativistas e entidades, a resolução estabelece como
abusiva toda propaganda dirigida à criança que tem “a intenção de persuadi-la
para o consumo de qualquer produto ou serviço” e que utilize aspectos como
desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas
infantis, oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis que tenham apelo
às crianças.
Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da
resolução. E associações de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de
licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não
reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre
publicidade e para impor a resolução tanto às famílias quanto ao mercado
publicitário. Além disso, defendem que a autorregulamentação pelo Conselho
Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma forma de
controlar e evitar abusos.
DOETA, P. A.; BARBA, M. D. A publicidade infantil deve ser proibida?
Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 23 maio 2014 (adaptado).
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TEXTO III
Precisamos preparar a criança, desde pequena, para receber as informações do
mundo exterior, para compreender o que está por trás da divulgação de
produtos. Só assim ela se tornará o consumidor do futuro, aquele capaz de saber
o que, como e por que comprar, ciente de suas reais necessidades e consciente
de suas responsabilidades consigo mesma e com o mundo.
SILVA, A. M. D.; VASCONCELOS, L. R.
A criança e o marketing: informações essenciais para proteger as crianças dos apelos do marketing infantil. São Paulo:
Summus, 2012 (adaptado).
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do
Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para
efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a
redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema
proposto.
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Enem 2015
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima
de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década. O número de mortes nesse
período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%, mais
que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país.
WALSELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em:
www.mapadaviolencia.org.br. Acesso em: 8 jun. 2015.
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INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do
Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para
efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a
redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
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Enem 2016
TEXTO I
Em consonância com a Constituição da República Federativa do Brasil e com
toda a legislação que assegura a
liberdade de crença religiosa às pessoas, além de proteção e respeito às
manifestações religiosas, a laicidade do
Estado deve ser buscada, afastando a possibilidade de interferência de
correntes religiosas em matérias sociais,
políticas, culturais etc.
Disponível em: www.mprj.mp.br. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento).
TEXTO II
O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade
de expressão, mas atitudes
agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou
de não ter religião são crimes
inafiançáveis e imprescritíveis.
STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal do Senado. Acesso em: 21 maio 2016
(fragmento).
TEXTO III
CAPÍTULO I
Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso
Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo
Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou
função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso;
vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um
terço, sem prejuízo da correspondente à violência.
BRASIL. Código Penal. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento).
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PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema
“Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, apresentando
propostas de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o
tema “Desafio para a formação educacional de surdos no Brasil”, apresentando
propostas de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO II
TEXTO IV
APRESENTAÇÃO DA COLETÂNEA
Em toda sociedade convivem gerações diversas, que se relacionam de formas
distintas, exigindo de todos o exercício contínuo de lidar com a diferença .
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2)Para o sociólogo húngaro Karl Mannheim, a geração
consiste em um grupo de pessoas nascidas na mesma época, que viveram os
mesmos acontecimentos sociais durante a sua formação e crescimento e que
partilham a mesma experiência histórica, sendo esta significativa para todo o
grupo. Estes fatores dão origem a uma consciência comum, que permanece ao
longo do respectivo curso de vida. A interação de uma geração mais nova com
as precedentes origina tensões potencializadoras de mudança social. O conceito
que aqui está patente 2 atribui à geração uma forte identidade histórica, visível
quando nos referimos, por exemplo, à “geração do pós-guerra”. O conceito de
“geração” impõe a consideração da complexidade dos fatores de estratificação
social e da convergência sincrônica de todos eles; a geração não dilui os efeitos
de classe, de gênero ou de raça na caracterização das posições sociais, mas
conjuga-se com eles, numa relação que não é meramente aditiva nem
complementar, antes se exerce na sua especificidade, ativando ou desativando
parcialmente esses efeitos.
(Adaptado de Manuel Jacinto Sarmento, Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância.
Educação e Sociedade, Campinas, vol. 26, n. 91, p. 361-378, Maio/Ago. 2005. Disponível em
http://www.cedes.unicamp.br)
(Adaptado de Roberto Grün, Conflitos de geração e competição no mundo do trabalho. Cadernos Pagu. Campinas,
vol. 13, p. 63-107, 1999.)
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4)Ao longo da década de 1990, a renda das famílias
brasileiras com filhos pequenos deteriorou-se com relação à das famílias de
idosos. Ao mesmo tempo, há crescentes evidências de que os idosos
aumentaram sua responsabilidade pela provisão econômica de seus filhos
adultos e netos.
(Ana Maria Goldani, Relações intergeracionais e reconstrução do estado de bem-estar. Por que se deve repensar essa
relação para o Brasil, pp. 211. Disponível em
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/PopPobreza/GoldaniAnaMariaCapitulo7.pdf).
(Adaptado de Maria Clotilde B. N. M. de Carvalho, Diálogo intergeracional entre idosos e crianças. Rio de Janeiro.
PUC-RJ, 2007, p 52.)
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PROPOSTA A
Leia a coletânea e elabore sua dissertação a partir do seguinte recorte temático:
A relação entre gerações é frequentemente caracterizada pelo conflito.
Entretanto, há outras formas de relacionamento que podem ganhar novos
contornos em decorrência de mudanças sociais, tecnológicas, políticas e
culturais.
Instruções:
1. Discuta formas pelas quais se estabelecem as relações entre as gerações.
2. Argumente no sentido de mostrar que essas diferentes formas coexistem.
3. Trabalhe seus argumentos de modo a sustentar seu ponto de vista.
PROPOSTA B
Leia a coletânea e elabore sua narrativa a partir do seguinte recorte temático:
O convívio entre gerações tem lugar privilegiado no ambiente familiar.
Instruções:
1. Imagine uma personagem jovem que vai estudar em outra cidade e passa a
morar com os avós.
2. Narre o(s) conflito(s) da personagem, dividida entre os sentimentos em relação
aos avós e as dificuldades de convívio com essa outra geração.
3. Sua história pode ser narrada em primeira ou terceira pessoa.
PROPOSTA C
Leia a coletânea e elabore sua carta a partir do seguinte recorte temático:
As diferenças entre gerações são percebidas também no plano institucional
como, por exemplo, no ambiente de trabalho.
Instruções:
1. Coloque-se na posição de um gerente, recém-contratado por uma empresa
tradicional no mercado, que precisa convencer os acionistas da necessidade de
modernizá-la.
2. Explicite as mudanças necessárias e suas implicações.
3. Dirija-se aos acionistas por meio de uma carta em que defenda seu ponto de
vista.
Obs.: Ao assinar a carta, use apenas suas iniciais, de modo a não se identificar.
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Unicamp 2011
Texto 01
Imagine-se como um jovem que, navegando pelo site da MTV, se depara com
o gráfico “Os valores de uma
geração” da pesquisa Dossiê MTV Universo Jovem, e resolve comentar os
dados apresentados, por meio do “fale
conosco” da emissora. Nesse comentário, você, necessariamente, deverá:
a) comparar os três anos pesquisados, indicando dois (2) valores
relativamente estáveis e duas (2)
mudanças significativas de valores;
b) manifestar-se no sentido de reconhecer-se ou não no perfil revelado pela
pesquisa.
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Texto 02
Escola na mídia
Tatiana Nahas. Bióloga e professora de ensino médio, tuiteira e blogueira. Aos
34 anos, ela cuida da página Ciência na mídia, que, nas suas palavras, "propõe
um olhar analítico sobre como a ciência e o cientista são representados na
mídia".
Ciência Hoje: É perceptível que seu blogue dá destaque, cada vez mais, à
educação e ao ensino de ciências.
Tatiana Nahas: Na verdade, é uma retomada dessa direção. Eu já tinha um
histórico de trabalho em projetos educacionais diversos. Mas, mais que isso
tudo, acho que antes ainda vem o fato de que não dissocio sobremaneira
pesquisa de ensino. E nem de divulgação científica.
CH: Como você leva a sua experiência na rede e com novas tecnologias
para os seus alunos?
TH: Eu não faço nenhuma separação que fique nítida entre o que está
relacionado a novas tecnologias e o que não está. Simplesmente ora estamos
usando um livro, ora os alunos estão criando objetos de aprendizagem
relacionados a determinado conteúdo, como jogos. Um exemplo do que quero
dizer: outro dia estávamos em uma aula de microscopia no laboratório de
biologia. Os alunos viram o microscópio, aprenderam a manipulá-lo, conheceram
um pouco sobre a história dos estudos citológicos caminhando em paralelo com
a história do desenvolvimento dos equipamentos ópticos, etc. Em dado ponto da
aula, tinham que resolver o problema de como estimar o tamanho das células
que observavam. Contas feitas, discussão encaminhada, passamos para a
projeção de uma ferramenta desenvolvida para a internet por um grupo da
Universidade de Utah. Foi um complemento perfeito para a aula. Os alunos não
só adoraram, como tiveram a possibilidade de visualizar diferentes células,
objetos, estruturas e átomos de forma comparativa, interativa, divertida e
extremamente clara. Por melhor que fosse a aula, não teria conseguido o
alcance que essa ferramenta propiciou. Veja, não estou competindo com esses
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recursos e nem usando-os como muleta. Esses recursos são
exatamente o que o nome diz: recursos. Têm que fazer parte da educação
porque fazem parte do mundo, simples assim. Ah, mas e o monte de bobagens
que encontramos na internet? Bom, mas há um monte de bobagens também nos
jornais, nos livros e em outros meios “mais consolidados”. Há um monte de
bobagens mesmo nos livros didáticos. A questão está no que deve ser o foco da
educação: o conteúdo puro e simples ou as habilidades de relacionar, de
interpretar, de extrapolar, de criar, etc.?
CH: Você acha que é necessário mudar muita coisa no ensino de ciências,
especificamente?
TN: Eu diria que há duas principais falhas no nosso ensino de ciências. Uma
reside no quase completo esquecimento da história da ciência na sala de aula,
o que faz com que os alunos desenvolvam a noção de que ideias e teorias
surgem repentinamente e prontas na mente dos cientistas. Outra falha que vejo
está no fato de que pouco se exercita o método científico ao ensinar ciências.
Não dá para esperar que o aluno entenda o modus operandi da ciência sem
mostrar o método científico e o processo de pesquisa, incluindo os percalços
inerentes a uma investigação científica. Sem mostrar a construção coletiva da
ciência. Sem mostrar que a controvérsia faz parte do processo de construção do
conhecimento científico e que há muito desenvolvimento na ciência a partir
dessas controvérsias. Caso contrário, teremos alunos que farão coro com a
média da população que se queixa, ao ouvir notícias de jornal, que os cientistas
não se resolvem e uma hora dizem que manteiga faz bem e outra hora dizem
que manteiga faz mal. Ou seja, já temos alguns meios de divulgação que não
compreendem o funcionamento da ciência e a divulgam de maneira equivocada.
Vamos também formar leitores acríticos?
(Adaptado de Thiago Camelo, Ciência Hoje On-line. Disponível em http.cienciahoje.com.br. Acesso em: 04/03/2010.)
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Texto 03
Os dias escuros
Carlos Drummond de Andrade
Texto 02
Texto 01
Atenção: uma vez que a matéria será reproduzida integralmente, seu texto deve
ser construído sem copiar
enunciados da matéria.
PESSIMISMO
Para começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o
psicólogo americano Martin Seligman: “Os visionários, os planejadores, os
desenvolvedores, todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não
existem, explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será um
desastre”, afirma. Qualquer empresa precisa de figuras que joguem a dura
realidade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes financeiros,
engenheiros de segurança...
Esse realismo é coisa pequena se comparado com o pessimismo do
filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para ele, o otimismo é a
causa de todo o sofrimento existencial. Somos movidos pela vontade – um
sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e conquistar objetivos. Mas essa
vontade é apenas uma parte de um ciclo inescapável de desilusões: dela vamos
ao sucesso, então à frustração – e a uma nova vontade.
Mas qual é o remédio, então? Se livrar das vontades e passar o resto
da vida na cama sem produzir mais nada? Claro que não. A filosofia do alemão
não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa visão seca joga luz
no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso de otimismo –
propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de autoajuda. O
segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento positivo desvairado,
não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de ansiedade. É o que concluíram os
psicólogos John Lee e Joane Wood, da Universidade de Waterloo, no Canadá.
Um estudo deles mostrou que pacientes com autoestima baixa tendem a piorar
ainda mais quando são obrigados a pensar positivamente.
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Na prática: é como se, ao repetir para si mesmo que
você vai conseguir uma promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse
para lembrar o quanto você está distante disso. A conclusão dos pesquisadores
é que o melhor caminho é entender as razões do seu pessimismo e aí sim tomar
providências. E que o pior é enterrar os pensamentos negativos sob uma
camada de otimismo artificial. O filósofo britânico Roger Scruton vai além disso.
Para ele, há algo pior do que o otimismo puro e simples: o “otimismo
inescrupuloso”. Aquelas utopias* que levam populações inteiras a aceitar
falácias** e resistir à razão. O maior exemplo disso foi a ascensão do nazismo –
um regime terrível, mas essencialmente otimista, tanto que deu origem à
Segunda Guerra com a certeza inabalável da vitória. E qual a resposta de
Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O pessimismo, que, segundo ele,
cria leis preparadas para os piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim,
é antever o pior.
(Extraído de M. Horta, “O lado bom das coisas ruins”, em Superinteressante, São Paulo, no 302, março 2012.
http://super.abril.com.br/cotidiano/lado-bom-coisas-ruins-68705.shtml. Acessado em 2/09/2012.)
Texto 02
Imagine que, ao ler a matéria “Cães vão tomar uma ‘gelada’ com cerveja pet”,
você se sente incomodado
por não haver nela nenhuma alusão aos possíveis efeitos que esse tipo de
produto pode ter sobre o consumo de
álcool, especialmente por adolescentes. Como leitor assíduo, você vem
acompanhando o debate sobre o álcool
na adolescência e decide escrever uma carta para a seção Leitor do jornal,
criticando a matéria por não mencionar
o problema do aumento do consumo de álcool. Nessa carta, dirigida aos
redatores do jornal, você deverá:
fazer menção à matéria publicada, de modo que mesmo quem não a tenha lido
entenda a
importância da crítica que você faz;
fundamentar a sua crítica com dados apresentados na matéria “Vergonha
Nacional”,
reproduzidos adiante.
Atenção: ao assinar a carta, use apenas as iniciais do remetente.
Vergonha Nacional
As décadas de descumprimento da lei (...) contribuíram para que os adultos se
habituassem a ver o consumo de bebidas entre adolescentes como “mal menor”,
comparado aos perigos do mundo. (...) Um estudo publicado pela revista Drugs
and Alcohol Dependence ouviu 15.000 jovens nas 27 capitais brasileiras. O
cenário que emerge do estudo é alarmante. Ao longo de um ano, um em cada
três jovens brasileiros de 14 a 17 anos se embebedou ao menos uma vez. Em
54% dos casos mais recentes, isso ocorreu na sua casa ou na de amigos ou
parentes. Os números confirmam também a leniência com que os adultos
encaram a transgressão. Em 17% dos episódios, os menores estavam
acompanhados dos próprios pais ou de tios.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Unicamp 2014
Texto 01
Texto 02
I
“A boa cidade, do ponto de vista da mobilidade, é a que possui mais opções”,
explica o planejador urbano Jeff Risom, do escritório dinamarquês Gehl
Architects. E Londres está entre os melhores exemplos práticos dessa ideia
aplicada às grandes metrópoles. A capital inglesa adotou o pedágio urbano em
2003, diminuindo o número de automóveis em circulação e gerando uma receita
anual que passou a ser reaplicada em melhorias no seu já consolidado sistema
de transporte público. Com menos carros e com a redução da velocidade
máxima permitida, as ruas tornaram-se mais seguras para que fossem adotadas
políticas que priorizassem a bicicleta como meio de transporte. Em 2010,
Londres importou o modelo criado em 2005 em Lyon, na França, de bikes
públicas de aluguel. Em paralelo, começou a construir uma rede de ciclovias e
determinou que as faixas de ônibus fossem compartilhadas com ciclistas, com
um programa de educação massiva dos motoristas de coletivos. Percorrer as
ruas usando o meio de transporte mais conveniente – e não sempre o mesmo –
ajuda a resolver o problema do trânsito e ainda contribui com a saúde e a
qualidade de vida das pessoas.
(Natália Garcia, 8 iniciativas urbanas inspiradoras, em Red Report, fev. 2013, p. 63. Disponível em
II
Mas, afinal, qual é o custo da morosidade dos deslocamentos urbanos na região
metropolitana de São Paulo? Não é muito difícil fazer um cálculo aproximado.
Podemos aceitar como tempo normal, com muita boa vontade, uma hora diária.
Assim, o tempo médio perdido com os congestionamentos em São Paulo é
superior a uma hora por dia. Sendo a jornada de trabalho igual a oito horas, é
fácil verificar que o tempo perdido é de cerca de 12,5% da jornada de trabalho.
O valor monetário do tempo perdido é de R$ 62,5 bilhões por ano. Esse é o custo
social anual da lentidão do trânsito em São Paulo.
(Adaptado de André Franco Montoro Filho, O custo da (falta de) mobilidade urbana, Folha de São Paulo, Caderno
Opinião, São Paulo, 04 ago. 2013. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/08/1321280-andre-
franco- montoro-filho-o-custo-da-falta-de-mobilidade-urbana.shtml. Acessado em 09/09/2013.)
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
III
Torna-se cada vez mais evidente que não há como escapar da progressiva
limitação das viagens motorizadas, seja aproximando os locais de moradia dos
locais de trabalho ou de acesso aos serviços essenciais, seja ampliando o modo
coletivo e os meios não motorizados de transporte. Evidentemente que não se
pode reconstruir as cidades, porém são possíveis e necessárias a formação e a
consolidação de novas centralidades urbanas, com a descentralização de
equipamentos sociais, a informatização e descentralização de serviços públicos
e, sobretudo, com a ocupação dos vazios urbanos, modificando-se, assim, os
fatores geradores de viagens e diminuindo-se as necessidades de
deslocamentos, principalmente motorizados.
(BRASIL. Ministério das Cidades. Caderno para a Elaboração de Plano Diretor de Transporte e da Mobilidade.
Secretaria Nacional de Transportes e de Mobilidade Urbana [SeMob], 2007, p. 22-23. Disponível em
http://www.antp.org.br/_5dotSystem/download/dcmDocument/2013/03/21/79121770-A746-45A0-BD32-850391F983B
5.pdf. Acessado em 06/09/2013.)
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Unicamp 2015
TEXTO 01
Excerto A
A humanização é vista como a capacidade de oferecer atendimento de
qualidade, articulando os avanços
tecnológicos com o bom relacionamento.
O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH)
destaca a importância da conjugação do binômio "tecnologia" e "fator humano e
de relacionamento". Há um diagnóstico sobre o divórcio entre dispor de alta
tecnologia e nem sempre dispor da delicadeza do cuidado, o que desumaniza a
assistência. Por outro lado, reconhece-se que não ter recursos tecnológicos,
quando estes são necessários, pode ser um fator de estresse e conflito entre
profissionais e usuários, igualmente desumanizando o cuidado. Assim, embora
se afirme que ambos os itens constituem a qualidade do sistema, o "fator
humano" é considerado o mais estratégico pelo documento do PNHAH, que
afirma:
(...) as tecnologias e os dispositivos organizacionais, sobretudo numa área como
a da saúde, não funcionam sozinhos – sua eficácia é fortemente influenciada
pela qualidade do fator humano e do relacionamento que se estabelece entre
profissionais e usuários no processo de atendimento. (Ministério da Saúde,
2000).
(Adaptado de Suely F. Deslandes, Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar. Ciência &
saúde coletiva. Vol. 9, n. 1, p. 9-10. Rio de Janeiro, 2004.)
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Excerto B
A famosa Faculdade para Médicos e Cirurgiões da Escola de Medicina da
Columbia University, em Nova York, formou recentemente um Programa de
Medicina Narrativa que se ocupa daquilo que veio a se chamar “ética narrativa”.
Ele foi organizado em resposta à percepção recrudescente do sofrimento – e até
das mortes – que podia ser atribuído parcial ou totalmente à atitude dos médicos
de ignorarem o que os pacientes contavam sobre suas doenças, sobre aquilo
com que tinham que lidar, sobre a sensação de serem negligenciados e até
mesmo abandonados. Não é que os médicos não acompanhassem seus casos,
pois eles seguiam meticulosamente os prontuários de seus pacientes: ritmo
cardíaco, hemogramas, temperatura e resultados dos exames especializados.
Mas, para parafrasear uma das médicas comprometidas com o programa, eles
simplesmente não ouviam o que os pacientes lhes contavam: as histórias dos
pacientes. Na sua visão, eles eram médicos “que se atinham aos fatos”. “Uma
vida”, para citar a mesma médica, “não é um registro em um prontuário”. Se um
paciente está na expectativa de um grande e rápido efeito por parte de uma
intervenção ou medicação e nada disso acontece, a queda ladeira abaixo tem
tanto o seu lado biológico como psíquico.
“O que é, então, a medicina narrativa?”, perguntei*. “Sua responsabilidade é
ouvir o que o paciente tem a dizer, e só depois decidir o que fazer a respeito.
Afinal de contas, quem é o dono da vida, você ou ele?”. O programa de medicina
narrativa já começou a reduzir o número de mortes causadas por incompetências
narrativas na Faculdade para Médicos e Cirurgiões.
REDAÇÃO
TEXTO 02
REDAÇÃO
TEXTO 02
REDAÇÃO
TEXTO 02
Como voluntário(a) da biblioteca Barca dos Livros, você ficou responsável por
escrever o texto de apresentação de uma campanha de arrecadação de fundos
para a instituição. Em seu texto, que estará disponível no site da Barca dos
Livros, apresente, com base na notícia abaixo, o histórico e as ações da
biblioteca, mostrando a importância das doações para a continuidade do projeto.
Barca dos Livros corre o risco de fechar por falta de apoio financeiro
Em 2014, a Barca dos Livros foi eleita a melhor biblioteca comunitária do país
pelo Ministério da Cultura e da Educação. Graças ao trabalho de voluntários
apaixonados por literatura e que a consideram uma arte fundamental para a
infância, a instituição vem há quase uma década formando leitores e
promovendo a cultura em Florianópolis. Precisa, no entanto, de um impulso
material para que continue existindo. Para chegar ao posto de referência no país,
a Barca dos Livros navegou por mares calmos e revoltos. Hoje, nove anos e dois
meses depois da inauguração, conta com um precioso acervo de 15 mil livros,
dois terços dos quais de literatura infantil e infanto-juvenil, aproximadamente 5
mil carteirinhas de sócios e a incerteza do futuro. Desde maio do ano passado,
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
está com o aluguel atrasado na atual sede, um espaço de 125
m2 no Lagoa Iate Clube.
“Estamos sem nenhum patrocínio, convênio, subvenção. Além do aluguel,
estamos devendo também o salário de três funcionários. A Barca é tocada por
voluntários. Acontece que nunca foi fácil, mas nunca esteve a ponto de quase
fechar” – lamenta a coordenadora do projeto, Tânia Piacentini. De 2010 até maio
do ano passado, um convênio com a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin
Cascaes garantia o pagamento do aluguel, no valor de R$ 6,5 mil por mês. Mas
a parceria não foi renovada. “Todas as atividades são gratuitas. Apenas para os
passeios de barco com contação de histórias, realizados no segundo sábado de
cada mês, é cobrado o valor de 5 reais para adultos que acompanham as
crianças. Nosso material, espaço, livros, tudo é renovado graças ao trabalho dos
voluntários. Precisamos de parceiros fixos que queiram ajudar.”
Acolhimento literário
De 2007 até hoje, os voluntários da Barca viram crianças que engatinhavam
lerem as primeiras palavras e depois amarem a leitura. Despertaram a paixão
pela ficção, contaram histórias, viram mães com bebês de colo pegando no sono
nos confortáveis sofás da sala de leitura, aconchegadas pelo ambiente de
acolhimento literário.
Nascida em Nova Veneza, sul do Estado, há 68 anos, Tânia Piacentini começou
a dar aulas aos 14 anos. Cursou Letras e fez mestrado e doutorado na área de
educação e literatura. Foi a primeira representante de Santa Catarina, nos anos
1970, a selecionar livros para a Fundação Nacional do Livro Infantil, que a cada
ano premia as melhores publicações para crianças e jovens.
Duas décadas depois, com o aumento de livros editados para esse público –
quando começou, eram no máximo 10 por ano, hoje são cerca de 1.200 novas
edições –, passou a convidar pessoas para ajudar a selecioná-los. Daí surgiu um
núcleo de 25 leitores e especialistas que formou a Sociedade Amantes da
Leitura, ONG que criou e sustenta legalmente a Barca.
“Nem sabíamos que ficaria grande. Queremos continuar e aumentar o
atendimento. Abrir ao público todos os dias é um sonho. Temos que estar
disponíveis e manter a qualidade. Mas sem dívidas pessoais e crises
financeiras”, suspira Tânia.
Hoje a Barca abre ao público de terça a sábado, das 14 às 20 horas – chegou a
ser de terça a domingo, em três turnos. Mesmo com as dificuldades, promove
atividades semanais, como A Escola Vai à Barca (que recebe alunos de escolas
da rede pública e particular), palestras, saraus para adultos, lançamentos de
livros, leituras coletivas de livros e passeios mensais de barco pela Lagoa da
Conceição.
O cadastro custa 1 real e dá ao pequeno sócio uma carteirinha que permite pegar
três obras emprestadas por 15 dias. Mais informações sobre a programação no
site da Barca dos Livros.
(Adaptado de Carol Macário, Barca dos Livros corre o risco de fechar por falta de apoio financeiro. Disponível em:
http://dc.clicrbs.com.br/sc/entretenimento/noticia/2016/04/barca-dos-livros-corre-o-risco-de-fechar-por-falta-de-apoio-
financeiro 5754089.html. Publicado em 05/04/16.)
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Unicamp 2018
REDAÇÃO
TEXTO 01
TEXTO B:
O que é “pós-verdade”, a palavra do ano segundo a Universidade de Oxford
Anualmente, a Oxford Dictionaries, parte do departamento de imprensa da
Universidade de Oxford responsável pela elaboração de dicionários, elege uma
palavra para a língua inglesa. A de 2016 foi “pós-verdade” (post-truth).
A palavra é usada por quem avalia que a verdade está perdendo importância no
debate político. Por exemplo: o boato amplamente divulgado de que o Papa
Francisco apoiava a candidatura de Donald Trump não vale menos do que as
fontes confiáveis que negaram esta história. Segundo Oxford Dictionaries, a
palavra vem sendo empregada em análises sobre dois importantes
acontecimentos políticos: a eleição de Donald Trump como presidente dos
Estados Unidos e o referendo que decidiu pela saída da Grã-Bretanha da União
Europeia, designada como Brexit. Ambas as campanhas fizeram uso
indiscriminado de mentiras, como a de que a permanência na União Europeia
custava à Grã-Bretanha US$ 470 milhões por semana, no caso do Brexit, ou a
de que Barack Obama é fundador do Estado Islâmico, no caso da eleição de
Trump.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Em um artigo publicado em setembro de 2016, a influente revista
britânica The Economist destaca que políticos sempre mentiram, mas Donald
Trump atingiu um outro patamar. A leitura de muitos acadêmicos e da mídia
tradicional é que as mentiras fizeram parte de uma bem-sucedida estratégia de
apelar a preconceitos e radicalizar posicionamentos do eleitorado. Apesar de
claramente infundadas, denunciar essas informações como falsas não bastou
para mudar o voto majoritário.
Para diversos veículos de imprensa, a proliferação de boatos no Facebook e a
forma como o feed de notícias funciona foram decisivos para que informações
falsas tivessem alcance e legitimidade. Este e outros motivos têm sido apontados
para explicar a ascensão da pós-verdade.
Plataformas como Facebook, Twitter e Whatsapp favorecem a replicação de
boatos e mentiras. Grande parte dos factoides são compartilhados por
conhecidos nos quais os usuários têm confiança, o que aumenta a aparência de
legitimidade das histórias. Os algoritmos utilizados pelo Facebook fazem com
que usuários tendam a receber informações que corroboram seu ponto de vista,
formando bolhas que isolam as narrativas às quais aderem de questionamentos
à esquerda ou à direita.
(Adaptado de André Cabette Fábio. O que é ‘pós-verdade’, a palavra do ano segundo a Universidade de Oxford. Nexo,
16/11/2016. Disponível em https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/11/16/O-que-é-‘pós-verdade’-a-palavra-do-
ano-segundo-a-Universidade-de-Oxford. Acessado em 01/12/2017).
REDAÇÃO
TEXTO 02
Instruções.
• Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da
modalidade escrita culta da língua portuguesa.
• Dê um título para sua redação, a qual deverá ter entre 20 e 30 linhas.
• NÃO será aceita redação em forma de verso
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Fuvest 2011
REDAÇÃO
Observe esta imagem e leia com atenção os textos abaixo.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Instruções:
• Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o
uso da norma padrão da língua
portuguesa.
• A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
• Dê um título a sua redação.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Fuvest 2012
REDAÇÃO
Instruções:
• Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o
uso da norma padrão da língua
portuguesa.
• A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
• Dê um título a sua redação.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Fuvest 2013
REDAÇÃO
Esta é a reprodução (aqui, sem as marcas normais dos anunciantes, que foram
substituídas por X de um anúncio publicitário real, colhido em uma revista,
publicada no ano de 2012. Como toda mensagem, esse anúncio, formado pela
relação entre imagem e texto, carrega pressupostos e implicações: se o
observarmos bem, veremos que ele expressa uma determinada mentalidade,
projeta uma dada visão de mundo, manifesta uma certa escolha de valores e
assim por diante. Redija uma dissertação em prosa, na qual você interprete e
discuta a mensagem contida nesse anúncio, considerando os aspectos
mencionados no parágrafo anterior e, se quiser, também outros aspectos que
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
julgue relevantes. Procure argumentar de modo a deixar claro
seu ponto de vista sobre o assunto.
Instruções:
• Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o
uso da norma padrão da língua
portuguesa.
• A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
• Dê um título a sua redação.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Fuvest 2014
REDAÇÃO
Leia o seguinte extrato de uma reportagem do jornal inglês The Guardian, de 22
de janeiro de 2013, para em seguida atender ao que se pede:
Instruções:
• Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o
uso da norma padrão da língua
portuguesa.
• A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
• Dê um título a sua redação.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Fuvest 2015
REDAÇÃO
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Instruções:
• Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o
uso da norma padrão da língua
portuguesa.
• A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
• Dê um título a sua redação.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Fuvest 2016
REDAÇÃO
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Instruções:
• Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o
uso da norma padrão da língua
portuguesa.
• A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
• Dê um título a sua redação.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Fuvest 2017
REDAÇÃO
Examine o texto* abaixo, para fazer sua redação.
Resposta à pergunta: O que é Esclarecimento?
Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio
é culpado. A menoridade é a incapacidade de servir se de seu próprio
entendimento sem direção alheia. O homem é o próprio culpado dessa
menoridade quando ela não é causada por falta de entendimento, mas, sim, por
falta de determinação e de coragem para servir se de seu próprio entendimento
sem a tutela de um outro. Sapere aude!** Ousa fazer uso de teu próprio
entendimento! Eis o lema do Esclarecimento.
A preguiça e a covardia são as causas de que a imensa maioria dos homens,
mesmo depois de a natureza já os ter libertado da tutela alheia, permaneça de
bom grado a vida inteira na menoridade. É por essas mesmas causas que, com
tanta facilidade, outros homens se colocam como seus tutores. É tão cômodo
ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu entendimento, se tenho
um diretor espiritual que assume o lugar de minha consciência, um médico que
por mim escolhe minha dieta, então não preciso me esforçar. Não tenho
necessidade de pensar, se é suficiente pagar. Outros se encarregarão, em meu
lugar, dessas ocupações aborrecidas.
A imensa maioria da humanidade considera a passagem para a maioridade,
além de difícil, perigosa, porque aqueles tutores de bom grado tomaram na sob
sua supervisão. Depois de terem, primeiramente, emburrecido seus animais
domésticos e impedido cuidadosamente essas dóceis criaturas de darem um
passo sequer fora do andador de crianças em que os colocaram, seus tutores
mostram-lhes, em seguida, o perigo que é tentarem andar sozinhos. Ora, esse
perigo não é assim tão grande, pois aprenderiam muito bem a andar, finalmente,
depois de algumas quedas. Basta uma lição desse tipo para intimidar o indivíduo
e deixa-lo temeroso de fazer novas tentativas.
Immanuel Kant
* Para o excerto aqui apresentado, foram utilizadas as traduções de Floriano de
Sousa Fernandes, Luiz Paulo Rouanet e Vinicius de Figueiredo.
** Sapere aude: cit. lat. de Horácio, que significa “Ousa saber”.
Instruções:
• Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o
uso da norma padrão da língua
portuguesa.
• A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
• Dê um título a sua redação.
Redações ENEM, FUVEST E UNICAMP
Fuvest 2018
REDAÇÃO
Graças aos seus três urubus, a obra “Bandeira Branca” é o acontecimento mais
movimentado da 29a Bienal [2010]. No dia da abertura, manifestantes de ONGs
de proteção aos animais se posicionaram diante da instalação segurando
cartazes com dizeres que pediam a libertação das aves. Chegaram a ser
confundidos com a própria obra. “Me entristece o fato de que apenas os animais
estejam sendo ressaltados. Espalharam informações erradas sobre como os
urubus estão sendo tratados”, lamenta Nuno Ramos. Na obra, os urubus estão
cercados por uma rede de proteção e têm como poleiro várias caixas de som
que, de tempos em tempos, tocam uma tradicional marchinha de carnaval. As
aves tinham a permanência na Bienal autorizada pelo próprio Ibama, que,
depois, voltou atrás, alegando que as instalações estavam inapropriadas para a
manutenção dos animais. Denúncias e proibições à parte, a obra de Nuno
Ramos ganha sentido e fundamentação apenas na presença dos animais. Sem
eles, a obra perde seu estatuto artístico e vira mero cenário, já que os animais
são seus principais atores. IstoÉ. 08/10/2010. Adaptado.
Instruções:
• Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o
uso da norma padrão da língua
portuguesa.
• A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
• Dê um título a sua redação.