Exerc Cap1 Atiyah PDF
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1 Aneis e Ideais
Exercício 1.1. Seja x um elemento nilpotente do anel A. Mostre que 1 + x é invertível
de A. Conclua que a soma de um elemento nilpotente e um invertível é invertível.
Solução. Provemos que 1 + x é invertível.
Forma 1: Como x ∈ Nil(A) ⊆ Jac(A), por 1.9 temos que 1 + x = 1 − (−1)x é invertível.
Forma 2: Como x ∈ Nil(A), existe N ≥ 1 tal que xN = (−x)N = 0, logo
1 = 1 − (−x)N
= (1 − (−x))(1 + (−x) + . . . + (−x)N −1 )
= (1 + x)(1 − x + . . . + (−1)N −1 xN −1 ),
o que prova que 1 + x é invertível.
Provemos que u + x é invertível.
Como Nil(A) é ideal, u−1 x ∈ Nil(A), logo pelo anterior, 1 + u−1 x é invertível, como u
também é invertível, o produto u + x = u(1 + u−1 x) é invertível.
Lema∑1. Sejam A um anel, a0 , . . . , am , b0 , . . . , bn ∈ A e para cada i = 0, . . . , n + m seja
n
ci = j=0 an−j bj (tal que an−j , bj estão definidos). Se cumple que
(c0 , . . . , cn+m ) ⊆ (a0 , . . . , an )(b0 , . . . , bm ) ⊆ r((c0 , . . . , cn+m )).
Demonstração.∑Escrevamos a = (a0 , . . . , an ), b = (b0 , . . . , bm ), c = (c0 , . . . , cn+m ). É
j=0 ai−j bj ∈ ab, o que implica a primeira inclusão. Para provar a
i
claro que ci =
segunda inclusão, basta probar que ai bj ∈ r(c) (já que ab é gerado por esses elementos).
Provemos este resultado por indução sobre i + j.
Se i + j = 0, então i = j = 0, se ve que ai bj = a0 b0 = c0 ∈ c ⊆ r(c). Agora se i + j > 0,
logo temos
(ai bj )2 = ai bj (ci+j + ai bj − ci+j )
∑
i+j
= ai bj ci+j − ai bj al bi+j−l
l=0
l̸=i
∑
i+j
∑
i+j
= ai bj ci+j − (al bj )ai bi+j−l − (ai bi+j−l )al bj
l=0 l=0
l<i l>i
1
Para l < i, temos l + j < i + j e pela hipótese indutiva al bj ∈ r(c). Se l > i, temos que
i + (i + j − l) < i + j e pela hipótese indutiva ai bi+j−l ∈ r(c). Logo
∑
i+j
∑
i+j
(ai bj ) = ai bj ci+j −
2
(al bj ) ai bi+j−l − (a bi+j−l ) al bj ∈ r(c),
|{z} | {z } | i {z }
∈r(c) l=0 ∈r(c) l=0 ∈r(c)
l<i l>i
0 = arn (cn+m−r )
= arn (an bm−r + an−1 bm−r+1 + an−2 bm−r+2 + . . .)
= ar+1
n bm−r + an−1 an
(r−1)+1
bm−(r−1) + an−2 an a(r−2)+1
n bm−(r−2) + . . .)
r+1
= an bm−r + an−1 0 + an−2 an 0 + . . .)
= ar+1
n bm−r
2
Fazendo r = m, obtemos am+1n b0 = 0 e como b0 é invertível temos que am+1
n = 0, isto
é, an é nilpotente e assim −an xn também é invertível. Como f é invertível, temos
que
f + (−an xn ) = a0 + . . . + an−1 xn−1
é nilpotente de grau n − 1, e pela hipotese indutiva, a0 é invertível e a1 , . . . , an−1 são
nilpotentes, o que termina a prova.
Reciprocamente, temos que a1 , . . . , an ∈ Nil(A) ⊆ Nil(A[x]), e como Nil(A[x]) é ideal
f − a0 = a1 x + . . . + an xn ∈ Nil(A[x]),
1 + f = (1 + a0 ) + a1 x + . . . + an xn
é invertível, logo a1 , . . . , an ∈ Nil(A) pelo item i). Agora sabemos que existe N ≥ 1
tal que f N = 0, daqui
assim aN
0 = 0 e portanto a0 também é nilpotente.
f = a0 + a1 x + . . . + an xn ∈ Nil(A[x]).
0 = fg
= a0 g + . . . + an gxn
= a0 g + . . . + an−r gxn−r + 0xn−(r−1) + . . . + 0xn
= (a0 + . . . + an−r xn−r )g
= (termos de grau < m + n − r) + an−r bm xm+n−r
3
então an−r bm = 0, assim 0 = an−r (f g) = f (an−r g) e
logo ak bm = 0.
Portanto
bm f = bm a0 + . . . + bm an xn = 0,
com bm ̸= 0.
O recíproco é óbvio.
Exercício 1.3. Generalize o execício 1.2 para o anel de polinômios A[x1 , . . . , xn ]em várias
indeterminadas.
então usando exercício anterior item i), ii) e a hipótese de indução temos que
∑ in−1
ii) f é nilpotente ⇐⇒ fin = i1 ,...,in−1 ai1 ,...,in−1 ,in xi11 . . . xn−1 é nilpotente para todo
in ≥ 1 ⇐⇒ ai1 ,...,in−1 ,in é nilpotente para todo i1 , . . . , in . O que termina a prova de
ii).
4
∑ in−1
i) f é invertível ⇐⇒ fin = i1 ,...,in−1 ai1 ,...,in−1 ,in x1 . . . xn−1 para todo in ≥ 1 e
i1
∑ in−1
f0 = i1 ,...,in−1 ai1 ,...,in−1 ,0 xi11 . . . xn−1 é invertível ⇐⇒ a0,...,0 é invertível, ai1 ,...,in−1 ,0 é
nilpotente para (i1 , . . . , in−1 ) ̸= (0, . . . , 0) e ai1 ,...,in−1 ,in é nilpotente para in ≥ 1 ⇐⇒
a0,...,0 é invertível e ai1 ,...,in é nilpotente para (i1 , . . . , in ) ̸= (0, . . . , 0). O que termina
a prova de i).
Exercício 1.4. No anel A[x], o radical de Jacobson é igual ao nilradical.
∑
Solução. Sempre temos que Nil(A) ⊆ Jac(A). Agora seja f = ni=0 ai xi ∈ Jac(A[x]),
então
1 − xf = 1 − a0 x − a1 x2 − . . . − an xn+1
é invertível por 1.9, pelo exercício 1.2 temos que a0 , . . . , an são nilpotentes e portanto f é
nilpotente, o que prova a igualdade.
Lema 2. Sejam A ⊆ B aneis, i : A → B o homomorfismo de inclusão, b ideal de B e
bc = i−1 (b) = b ∩ A. Se cumpre que o homomorfismo induzido por i,
ei : A/bc −→ B/b
a + bc 7−→ a + b
é injetivo.
Portanto, podemos identificar a A/bc como um subanel de B/b de forma natural.
Demonstração. Sejam a + bc , b + bc em A/b com a, b ∈ A tal que
a + b = ei(a + bc ) = ei(b + bc ) = b + b,
5
logo,
(∞ )( )
∑ ∑
∞
fg = an xn bn xn
n=0 n=0
∑
∞
= a0 b0 + (a0 bn + . . . + an b0 )xn
n=1
∑∞
= a0 a0−1 + (a0 (−a−1
0 (a1 bn−1 + . . . + an b0 )) + a1 bn−1 . . . + an b0 )x
n
n=1
∑∞
= a0 a−1
0 + (−(a1 bn−1 + . . . + an b0 ) + a1 bn−1 . . . + an b0 )xn
n=1
∑
∞
= 1+ 0xn
n=1
= 1
Então f é invertível.
então aN0 = 0, isto é, a0 é nilpotente. Suponhamos agora que a0 , . . . , an−1 são nilpo-
tentes, então
(∞ )
∑ ∑∞
xn i
an+i x = ai xi = f − a0 − a1 x − . . . − an xn ∈ Nil(A[[x]]),
i=0 i=n
6
iii) Se f ∈ Jac(A[[x]]), dado a ∈ A ⊆ A[[x]] temos que 1 − af é invertível por 1.9, logo
1 − aa0 (o primeiro termo de 1 − af ) é invertível pelo item anterior, novamento por
1.9 temos que a0 ∈ Jac(A).
∑
Reciprocamente, se a0 ∈ Jac(A), seja g = ∞ n=0 bn x ∈ A[[x]], logo vemos que
n
1 − f g = 1 − a0 b0 + (termos de grau ≥ 1)
x = 0 + 1x + 0x2 + . . . ∈ Jac(A),
a0 = f − (a1 + a2 x + . . .)x ∈ m,
j : A/mc −→ A[[x]]/m
induzido pela inclusão, que pelo lema anterior é injetivo, é tambem sobrejetivo. Seja
f + m ∈ A[[x]]/m, e f = a + xg com g ∈ A[[x]], e como x ∈ m, temos
j(a0 + mc ) = a0 + m = a0 + xg ∈ m = f + m.
Demonstração.
i) (1 − e)2 = 1 − 2e + e2 = 1 − 2e + e = 1 − e.
7
ii) Seja e idempotente e invertível, então
e = e2 e−1 = ee−1 = 1.
iii) Seja e ∈ Jac(A) idempotente, pelo anterior e 1.9 temos que 1 − e é idempotente e
invertível, logo 1 − e = 1, de onde e = 0.
Exercício 1.6. Seja A um anel tal que cada ideal que não contido no nilradical contém
um elemento idempotente não nulo. Prove que o nilradical e o radical de Jacobson de A
são iguais.
Solução. Sempre temos que Nil(A) ⊆ Jac(A). Suponhamos que Jac(A) ̸⊆ Nil(A), logo
pela hipotese existe um idempotente não nulo em Jac(A), o que contradiz o lema 3.
Portanto Jac(A) ⊆ Nil(A), e segue-se o resultado.
Exercício 1.7. Seja A um anel no qual cada elemento x satisfaz xn = x para algum
n > 1 (dependendo do x). Mostre que todo ideal primo de A é maximal.
Solução. Seja p ∈ SpecA y x + p ̸= p em A/p, logo
x(xn−1 − 1) = xn − x = 0 ∈ p,
(x + p)(xn−2 + p) = xn−1 + p = 1 + p,
b) Se pj ⊆ q, como a ∈
/ pj e ab ∈ pj , então b ∈ pj ⊆ q.
En qualquer caso b ∈ q para todo q ∈ (pi )i , isto é, b ∈ p. O que prova a afirmação.
Assim todo família não vazía totalmente ordenada tem cota inferior em Spec(A), logo
Spec(A) tem elementos minimais.
8
Exercício 1.9. Seja a um ideal ̸= (1) em um anel A. Mostre que a = r(a) ⇐⇒ a é uma
interseção de ideais primos.
Solução. Por 1.4 ∩
a = r(a) = p.
p∈SpecA
a⊆p
∩
Reciprocamente, seja T ⊆ SpecA tal que a = p, notemos que cada ideal primo de T
p∈T
contem ao ideal a, isto é,
T ⊆ {p ∈ Spec(A) / a ⊆ p},
então segue-se que ∩ ∩
r(a) = p⊆ p = a ⊆ r(a).
p∈SpecA p∈T
a⊆p
e portanto r(a) = a.
Exercício 1.10. Seja A um anel. Mostre que as siguentes são equivalentes:
i) A tem exatamente um ideal primo;
b) x ∈
/ p = Nil(A) : o que equivale a que x é unidad por 1.6 (lembremos que Nil(A) é o
único ideal maximal).
ii)⇒iii) Seja x + Nil(A) não nulo em A/Nil(A), isto é x ∈/ Nil(A), daqui x é invertível (se
−1
fosse nilpotente pertenceria a Nil(A)), então existe x ∈ A, logo x + Nil(A) é invertível
em ANil(A). Portanto A/Nil é corpo.
iii)⇒i) Por 1.8 Nil(A) esta contido em todo ideal primo, e como A/Nil(A) é corpo temos
que Nil(A) é ideal maximal, por isto todo ideal primo de A é igual a Nil(A) e portanto
Nil(A) é o único ideal primo de A.
Exercício 1.11. Um anel A é Booleano se x2 = x para todo x ∈ A. Em um anel Booleano
A, mostre que:
i) 2x = 0 para todo x ∈ A;
ii) cada ideal primo p é maximal, e A/p é corpo com dois elementos;
9
Solução.
de onde 2x = 4x − 2x = 0.
x(x − 1) = x2 − x = 0 ∈ p,
A/p = {p, 1 + p} ∼
= Z2
ac = a(a + b − ab) = a2 + ab − a2 b = a + ab − ab = a
bc = b(a + b − ab) = ab + b2 − ab2 = ab + b − ab = b
daqui temos que (a, b) ⊆ (ca, cb) ⊆ (c); de onde obtemos a = (a, b) = (c), isto é, a é
principal. Portanto todo ideal finitamente gerado é principal.
Solução. Seja (A, m) um anel local (m = Jac(A)). Seja x ∈ A idempotente, temos dos:
ii) Se x ∈
/ m = Jac(A), temos que x é invertível (já que m é o único ideal maximal, m
contém todos os não invertíveis) e pelo lema 3 temos que x = 1.
10
Solução. Usemos o lema de Zorn. Como 0 ∈ Σ temos Σ ∪ ̸= ∅. Seja (ai ) família não
vazía totalmente ordenada de elementos em Σ e seja a = i ai . É claro que a é ideal e
os elementos de a são divisores de zero, já que todos os elementos dos ai são divisores de
zero. Assim a ∈ Σ e pelo lema de Zorn, Σ tem elementos maximais.
Seja p ∈ Σ elemento maximal, provemos que p é ideal primo. Como 1 não é divisor de
zero, 1 ∈
/ p. Sejam x, y ∈ A tal que xy ∈ p e x ∈ / p, pela maximalidade de p temos que
(x) + p ∈
/ Σ, logo existe a = a1 x + a2 ∈ (x) + p com a1 ∈ A, a2 ∈ p tal que a não é divisor
de zero, então
ay = (a1 x + a2 )y = a1 xy + a2 y ∈ p.
Seja d = p + by ∈ p + (y) com p ∈ p, b ∈ A, logo
ad = ap + aby = ap + b(ay) ∈ p,
então existe z ∈ A não nulo tal que zad = a(dz) = 0, como a não é divisor de zero, temos
que dz com z não nulo, então todos os elementos de p + (y) são divisores de zero, assim
p + (y) ∈ Σ e pela maximalidade de p, segue que p = p + (y), de onde y ∈ p. O que prova
que p é ideal primo.
Provemos que ZdvA é união de ideais primos. Seja a ∈ ZdvA, então (a) ∈ Σ, seja pa
elemento maximal de Σ (é ideal primo) tal que a ∈ pa , segue-se
∪
ZdvA ⊆ pa ⊆ ZdvA,
a∈ZdvA
∪
portanto ZdvA = a∈ZdvA pa , o que implica el resultado.
11
1. Temos que E ⊆ a ⊆ r(a), então V(r(a)) ⊆ V(a) ⊆ V(E). Agora seja p ∈ V(E),
como p é ideal e contém a E, p deve conter ao ideal gerado por E, isto é, a ⊆ p,
logo tomando radicais e por 1.13 temos que r(a) ⊆ r(p) = p,; como p contém a r(a),
segue-se que V(E) ⊆ V(r(a)).
Portanto V(E) = V(a) = V(r(a)).
2. Como todo ideal contém sempre a 0, segue-se que V(0) = X. Também, todo ideal
primo (por ser próprio) não contém a 1, segue-se que V(1) = ∅.
∪ (∪ )
3. Como Ej(∪ ⊆ i∈I )Ei para
∩ todo j ∈ I, obtemos V i∈I E i ⊆ V(E
∩ j ) para todo j ∈ I,
então V i∈I Ei ⊆ j∈I V (Ej ). Reciprocamente, seja p ∈ j∈I V(Ej ), vemos Ej
∪ (∪ )
esta contido em p∩para todo j ∈ I,
(∪logo p)vai conter i∈I Ei , isto é, p ∈ V i∈I Ei ,
daqui se ve que i∈I V(Ei ) ⊆ V i∈I Ei . De onde segue-se a igualdade.
p ∈ V(a ∩ b) ⇐⇒ a∩b⊆p
⇐⇒ a ⊆ p ou b ⊆ p (por 1.11 ii))
⇐⇒ p ∈ V(a) ou p ∈ V(b)
⇐⇒ p ∈ V(a) ∪ V(b)
iv) V(a) = ∅ ⇐⇒ a = A.
Demonstração.
ii) Pelo i), temos que V(a) ⊆ V(b) ⇐⇒ r(b) ⊆ r(a) e V(a) ⊇ V(b) ⇐⇒ r(b) ⊇ r(a),
segue-se o resultado.
12
iii) Pelo item ii).
i) Xf ∩ Xg = Xf g ;
ii) Xf = ∅ ⇐⇒ f é nilpotente;
iii) Xf = X ⇐⇒ f é invertível;
v) X é quase-compacto;
13
iv) Passando ao complementar e aplicando o lema anterior
pelo lema anterior r(a) = r((1)) = (1), por 1.13 temos que a = (1). Então 1 pertence
ao ideal gerado por E, logo existem f1 , . . . , fm ∈ E, a1 , . . . , am ∈ A tal que
1 = a1 f1 + . . . + am fm ∈ (f1 , . . . , fm ),
pelo lema anterior r((f )) ⊆ r(a), como f ∈ r((f )) ⊆ r(a) temos que existe N ≥ 1
tal que f N pertence ao ideal gerado por E (o ideal a), logo existem g1 , . . . , gm ∈ E,
a1 , . . . , am ∈ A tal que
f N = a1 g1 + . . . + am gm ∈ (g1 , . . . , gm ),
14
Reciprocamente, provemos primeiro a seguinte afirmação:
Afirmação: Sejam U, V quase-compactos ∪ em X, então U ∪ V é quase compacto.
Com efeito, seja (Ui )i tal∪que U ∪ V ⊆ i Ui , como U, V estão contidos em U ∪ V ,
U, V estão contidas em i Ui , por ser U, V quase-compactos existem Ui1 , . . . , Uin ,
Uj1 , . . . , Ujm tal que
segue-se que
U ∪ V ⊆ Ui1 ∪ . . . ∪ Uin ∪ Uj1 ∪ . . . ∪ Ujm ,
e portanto U ∪ V é quase-compacto, o que prova a afirmação.
Seja U = Xf1 ∪ . . . ∪ Xfn . Provemos por indução sobre n que U é quase-compacto.
Para n = 1 aplicamos a parte vi). Seja agora n ≥ 1, como os Xfi são quase-
compactos (novamente por vi) ), o conjunto Xf1 ∪ . . . ∪ Xfn−1 , que é união de n − 1
quase-compactos, é quase-compacto pela hipotese de indução. Logo U é a união dos
quase-compactos Xf1 ∪. . .∪Xfn−1 e Xfn , pela afirmação anterior U é quase-compacto,
o que termina a prova.
Exercício 1.18. Por razões psicologicas algumas vezes é conveniente denotar aos ide-
ais primos de A por letras tais como x ou y quando pensemos neles como pontos de
X = Spec(A). Quando pensemos em x como ideal primo de A, o denotaremos como px
(logicamente, de fato, é a mesma coisa). Mostre que:
iii) y ∈ {x} ⇐⇒ px ⊆ py ;
iv) X é um espaço T0 .
Solução. ii) É claro que {x} ⊆ V(px ). Seja V(a) fechado contendo a x, isto é, a ⊆ px , o
que implica que V(px ) ⊆ V(a). Isto prova que V(px ) é o menor fechado que comtem
a x, portanto {x}.
i) De ii), {x} é fechado ⇐⇒ V(px ) = {px } = {x} ⇐⇒ px é primo e não esta contido
própriamente em algum ideal primo ⇐⇒ px é maximal.
15
Um espaço topológico é dito irredutível se X ̸= ∅ e cada par de abertos não vazíos em X
tem interseção não vazía.
Agora vamos melhorar o resultado do item ii) do exercício 1.17 e vamos provar um caso
mais geral do exercício 1.19.
Lema 5. Seja A um anel e a um ideal de A. Se cumpre:
i) Xf ∩ V(a) = ∅ ⇐⇒ f ∈ r(a).
ii) Provemos que r(a) é primo. Como r(a) é irredutível, r(a) é não vazío e portanto a é
ideal próprio de A. Agora sejam f, g ∈ A tal que f g ∈ r(a), pelo item anterior temos
pela irredutibilidade de V(a), um dos abertos (em V(a)) Xf ∩ V(a), Xg ∩ V(a) tem
que ser igual ao vazío, isto é, f ∈ r(a) ou g ∈ r(a) (pelo item anterior); o que prova
que r(a) é primo.
Recíprocamente, como r(a) é ideal primo, temos que p é próprio e assim V(a) =
V(pr(a)) é diferente do vazío. Sejam U, V abertos náo em V(p), como (Xf ∩ V(a))f ∈A
é base para a topologia de V (a), logo existem abertos Xf ∩ V(a) ⊆ U, Xg ∩ V(a) ⊆ V
não vazíos, e pelo item anterior f, g ∈
/ r(a); como r(a) é primo temos que f g ∈
/ r(a),
novamente pelo item anterior o conjunto
iii) Os subespaços irredutíveis maximais de X são fechadas e cubrem X. Eles são cha-
madas componentes irredutíveis de X. Quais são as componentes irredutíveis de um
espaço de Hausdorff ?
16
iv) Se A é anel e X = Spec(A), então as componentes irredutíveis são os fechados V(p),
onde p é um ideal primo minimal de A.
Solução. i) Sejam A, B abertos não vazíos em Y , segue-se que A ∩ Y, B ∩ Y são abertos
não vazíos em Y , e como Y é irredutível, temos que A∩B ∩Y = (A∩Y )∩(B ∩Y ) ̸= ∅.
Logo A ∩ B é também não vazío. Portanto Y é irredutível.
O resultado pedido e o mesmo que provar que Σ tem elementos maximais. Vamos
∪ de Zorn. Seja T = (Zi )i ⊆ Σ familia não vazía totalmente ordenada e
usar o lema
seja Z = i Zi . Temos que provar que Z ∈ Σ. É imediato que Z contém a Y , já que
cada Zi comtém também a Y . Provemos que Z é irredutível, sejam A, B abertos não
vazíos de Z, logo existem Zi , Zj tal que Zi ∩ A, Zj ∩ B ̸= ∅, seja Zk o conjunto maior
entre Zi e Zj (já que T é totalmente ordenado), logo
∅ ̸= Zi ∩ A ⊆ Zk ∩ A, ∅ ̸= Zj ∩ B ⊆ Zk ∩ B,
Zk ∩ (A ∩ B) = (Zk ∩ A) ∩ (Zk ∩ B) ̸= ∅,
então A ∩ B é não vazío, pois contém ao conjunto não vazío Zk ∩ (A ∩ B). Assim Z
é irredutível e portanto é cota superior em Σ da familia T . Pelo lema e Zorn Σ tem
elementos maximais.
iii) Seja
Ω = {subespaços irredutíveis maximais de X}.
Seja x ∈ X, o único conjunto aberto não vazío de {x} é ele próprio {x}, portanto {x}
cumpre trivialmente a condição de irredutibilidade. Pelo item anterior existe Zx ∈ Ω
tal que x ∈ Zx , logo temos
∪ ∪ ∪
X= x⊆ Zx ⊆ Z ⊆ X,
x∈X x∈X Z∈Ω
∪
portanto X = Z∈Ω Z, isto é, os subconjuntos irredutíveis maximais cubrem X.
Seja Z ∈ Ω, para provar que Z é fechado, notemos que pelo item i) temos que Z
é irredutível e contém a Z, mas como Z é irredutível maximal, debe acontecer que
Z = Z, isto é, Z é fechado em X.
Seja X um espaço de Hausdorff e seja Z um subconjunto de X que tem ao menos
dois elementos, digamos x, y, como X é Hausdorff temos que Z é Hausdorff, logo
existem Ux , Uy ⊆ Z vizinhanças abertas de x, y respectivamente tal que Ux ∩ Uy = ∅,
mas isto contradiz a definição de irredutibilidad. Portanto os únicos subconjuntos
irredutíveis de X são os conjuntos unitarios (lembremos que todo irredutível é não
vazío por definição), isto implica que as componentes irredutíveis em um espaço de
Hausdorff são os subconjuntos unitarios.
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iv) Seja Y componente irredutível, como Y é fechado e pelo lema 5 temos que Y é da
forma V (p) com p ∈ Spec(A). Provemos que p é primo minimal. Seja q ∈ Spec(A)
tal que q ⊆ p, então V(p) ⊆ V(q) e V(q) irredutível, logo V(q) e V (p) são iguais (V(p)
é irredutível maximal), o que implica pelo lema 4 (e também que p, q ∈ Spec(A))
p = r(p) = r(q) = q,
portanto p é primo minimal.
Reciprocamente, seja V(p) com p primo minimal, pelo lema 5 V(p) é irredutível, pelo
item ii) deste exercício e a primeira parte desta prova , V(p) ⊆ V(q) com q primo
minimal, implica que (p, q são primos)
q = r(q) ⊆ r(p) = p,
como p é primo minimal, p = q; logo V(p) = V(q) é componente irredutível de X.
Lema 6. Sejam A1 , . . . , An aneis, A = A1 × . . . × An o anel produto e πi : A → Ai as
projeções canonicas. Prove que:
i) a é ideal de A ⇐⇒ existem ideais a1 , . . . , an de A1 , . . . , An respectivamente tal que
a = a1 × . . . × an .
ii) Dado ai ideal de Ai para cada i, temos que
A A1 An
ψ : −→ × ... ×
a1 × . . . × an a1 an
18
ii) É rutinário.
iii) Seja p ∈ Spec(A), no caso que n = 1 não temos nada que provar. Se n > 1, pelo
anterior existem pi ideal de Ai para cada i, algum de eles próprio já que p é próprio,
tal que p = p1 × . . . × pn . Logo
A ∼ A1 An
= × ... × ,
p p1 pn
no caso que tiveramos pi , pj próprios para i ̸= j, teriamos que A/pi , A/pj são aneis
não nulos e assim teriamos elementos não nulos em A1 /p1 × . . . An /pn
a = (01 , . . . , 1i , . . . , 0n ), b = (01 , . . . , 1j , . . . , 0n ),
tal que o produto ab é zero. Isto contradiz que p é primo (que A/p ∼
= A1 /p1 ×. . . An /pn
não é dominio integral). Segue-se que p = A1 × . . . × pi × . . . × An para algum pi
próprio. Provemos agora que pi é primo.
Temos que
A ∼ A1 An ∼ Ai Ai
= × ... × = 0 × ... × × ... × 0 ∼
= ,
p p1 pn pi pi
Como p é primo, A/p ∼
= Ai /pi é dominio integral, é assim temos que pi é primo.
Reciprocamente se p tem a forma A1 × . . . × pi × . . . × An com pi primo em Ai para
algum i, temos de novo que A/p ∼= Ai /pi , é dominio integral, é portanto p é ideal
primo.
vii) Seja A um dominio integral com um único ideal primo p, e seja K o corpo de quoci-
entes de A. Seja B = (A/p) × K. Definamos ϕ : A → B por ϕ(x) = (x, x), donde x
é a imagem de x em A/p. Mostre que ϕ∗ é bijetiva mas não é homomorfismo.
Solução.
19
i) p ∈ (ϕ∗ )−1 (Xf ) ⇐⇒ ϕ−1 (p) = ϕ∗ (p) ∈ Xf ⇐⇒ f ∈ / ϕ−1 (p) ⇐⇒ ϕ(f ) ∈ / p
∗ −1
⇐⇒ p ∈ / Yϕ(f ) . O que prova que (ϕ ) (Xf ) = Yϕ(f ) . Notemos que a imagem inversa
mediante a função ϕ∗ de um aberto básico em X é um aberto básico em Y , portanto
a função ϕ∗ é contínua.
ii) p ∈ (ϕ∗ )−1 (V(a)) ⇐⇒ ϕ−1 (p) = ϕ∗ (p) ∈ V(a) ⇐⇒ a ⊆ ϕ−1 (p) ⇐⇒ ϕ(a) ⊆ p
⇐⇒ ae ⊆ p. Usamos na prova, a ⊆ ϕ−1 (ϕ(a)), ϕ(ϕ−1 (p)) ⊆ p.
iii) Dado p ∈ ϕ∗ (V(b)) existe q ∈ V(b) tal que p = ϕ∗ (q) = ϕ−1 (q), logo
ϕ∗ (q) ∈ Xf ∩ ϕ∗ (V(b)),
iv) Provamos que ϕ∗ é uma função fechada. Seja V(b) fechado em Y com b ideal de B,
seja p ∈ ϕ∗ (V(b)) = V(bc ), então p ⊇ bc , logo b ⊆ ϕ(p) ∈ V(b) (a imagem de um
ideal primo, é um ideal primo na imagem) e
No caso geral, fazendo b = 0B no item iii) e pelo lema 4 item iii), temos
20
vi) Seja p ∈ Spec(C), então
de onde ϕ∗ ◦ ψ ∗ = (ψ ◦ ϕ)∗ .
vii) Como Spec(A) = {0, p} e Spec(K) = {0}, temos Spec(A/p) = {0}, pelo lema anterior
Spec(B) = {0 × K, (A/p) × 0}. Notemos que dado x ∈ A, temos
i) X = Spec(A) é desconexo.
ii) A ∼
= A1 × A2 onde A1 , A2 são aneis diferentes do zero.
iii) A contém um idempotente ̸= 0, 1.
21
Em particular, o espectro de um anel local é sempre conexo.
a, b ̸= A, a + b = A, a ∩ b = r(0).
1 = 1N = (a + b)N = aN + bN + (ab)z,
22
iii) Os conjuntos são os únicos subconjuntos de X o qual são simultaneamente abertos e
fechados.
Solução.
ii) Pelo exercício 1.11 iii), existe f ∈ A tal que (f ) = (f1 , . . . , fn ), logo
Xf = X\V(f1 , . . . , fn )
= X\(V(f1 ) ∩ . . . ∩ V(fn ))
= (X\V(f1 )) ∪ . . . ∪ (X\V(fn ))
= X f1 ∪ . . . ∪ X fn
Exercício 1.26. Seja A um anel. O subespaço de Spec(A) formado pelos ideais maximais
de A, com a topologia induzida, é chamado o espectro maximal de A e denotado por
Max(A). Para um anel arbitrario o conjunto Max(A) não tem as bonitas propriedades
funtoriais de Spec(A) (ver exercício 1.21), porque a inversa de um ideal maximal mediante
um homomorfismo de aneis não é necessariamente maximal.
Seja X um espaço Hausdorff compacto e C(X) denotará o anel de todas as funções com
valores reais sobre X (com a soma e a multiplicação de funções definida pontualmente).
Para cada x ∈ X, seja mx o conjunto de todos os f ∈ C(X) tal que f (x) = 0. O ideal mx
é maximal, porque é o kernel de um homomorfismo (sobrejetivo) C(X) → R o qual leva
f em f (x). Se X e denota Max(C(X)), temos portanto definido a função µ : X → X, e a
saber x 7→ mx . Mostraremos que µ é um homeomorfismo de X sobre X. e
23
i) Seja m um ideal maximal de C(X), e seja V = V(m) o conjunto dos zeros comunes
das funções em m: isto é,
Suponhamos que V é não vazía. Então para cada x ∈ X existe fx ∈ m tal que
fx (x) ̸= 0. Desde que fx é contínua, existe uma vizinhança aberta Ux de x em X
sobre o qual fx não zera. Pela compacidade temos um numero finito de vizinhanças,
digamos Ux1 , . . . , Uxn , cubrendo X. Seja
f = fx21 + . . . + fx2n .
Então f não zera sobre X, é portanto é invertível em C(X). Mas isto contradize
f ∈ m, portanto V é não vazío.
Seja x um ponto de V. Então m ⊆ mx , portanto m = mx porque m é maximal.
Portanto µ é sobrejetiva.
Solução.
ii) Como X é Hausdorff compacto, X é normal e os pontos de X são fechados, logo pelo
Lema de Urysohn, existe f : X → R contínua tal que f (x) = 1 e f (y) = 0, isto é,
f∈/ mx e f ∈ my . O que prova que mx e my são diferentes.
ff ⇐⇒ f ∈ mx ⇐⇒ f (x) ̸= 0 ⇐⇒ x ∈ Uf . Isto prova µ(Uf ) = U
iii) µ(x) = mx ∈ U ef .
Provemos que {Uf }f ∈C(X) é base da topologia. Seja U aberto em X, dado p ∈ U ,
temos que {p}, X\U são fechados, logo pelo lema de Urysohn, existe fp ∈ ∪
C(X) tal
que f (p) = 1 é fp (X\U ) = {0}, então f ∈ C(X) e Uf ⊆ U , então U = p∈U Ufp .
Portanto {Uf }f ∈C(X) é base da topologia.
Provemos que {U ff }f ∈C(X) é base da topologia de X.
e Seja Y = Spec(C(X)), sabemos
que {Yf }f ∈C(X) é base da topologia em Y , notemos que Yf ∩ X e = Uff , portanto
ff }f ∈C(X) é base da topologia de X.
{U e
Isto prova que µ, µ−1 levam uma base em base, portanto µ é um homeomorfismo.
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Variedades algébricas afins
Exercício 1.27. Seja k um corpo algébricamente fechado e seja
fα (t1 , . . . , tn ) = 0
é o anel das funções polinomiais sobre X, porque dois polinômios g, h definem a mesma
função polinomial sobre X se e só se g − h zera sobre cada ponto de X, isto é, se e só se
g − h ∈ I(X).
Seja ξi a imagem de ti em P (X). Os ξi (1 ≤ i ≤ n) são funções coordenadas sobre X: se
x ∈ X, então ξi (x) é a ith coordenada de x. P (X) é gerado como k-álgebra pelas funções
coordenadas, e é chamado anel coordenado (ou álgebra afim) de X.
Como no exercício 1.26, para cada x ∈ X seja mx o ideal de todos os f ∈ P (X) tal que
f (x) = 0; ele é um ideal maximal de P (X). Portanto, se X e = Max(P (X)), assim temos
definido a função µ : X → X, e a saber x 7→ mx .
É fácil provar que µ é injetivo: se x ̸= y, devemos ter que xi ̸= yi para algum i (1 ≤ i ≤ n),
e portanto ξi −xi esta em mx mas não em my , de modo que mx ̸= my . O que é menos óbvio
(mas é certo) é que µ é sobrejetiva. Esta é uma das versões do Hilbert’s Nullstellensatz.
ϕ∗ : P (Y ) −→ P (X)
η 7−→ η ◦ ϕ
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Φ é injetiva. Com efeito, sejam ϕ = (ϕ1 , . . . , ϕm ), ψ = (ψ1 , . . . , ψm ) : X → Y funções
regulares com ϕi , ψi ∈ K[x1 , . . . , kn ] tal que Φ(ϕ) = ϕ∗ = ψ ∗ = Φ(ψ), logo temos
ϕi = (yi + I(Y ))(ϕ) = ϕ∗ (yi + I(Y )) = ψ ∗ (yi + I(Y )) = (yi + I(Y ))(ψ) = ψi ,
o que implica que ϕ = ψ, isto é, Φ é injetivo.
Φ é sobrejetiva. Com efeito, seja T : P (Y ) → P (X) um k-homomorfismo, seja fi +I(X) =
T (yi + I(Y )) ∈ P (X) e definamos
ϕ : X −→ Y
P 7−→ (f1 (P ), . . . , fn (P ))
O qual é claramente uma função regular. Provemos a boa definição ϕ, isto é, que não
depende dos representante de fi + I(Y ) e que Im ϕ ⊆ Y .
Seja gi ∈ fi + I(Y ), então fi , gi definem a mesma função polinomial sobre X, assim
fi (p) = gi (p) ∀p ∈ X. Assim∑
ϕ não depende dos representante de fi + I(Y ).
Agora, sejam f ∈ I(Y ), f = ai1 ,...,im y i1 . . . y im e P ∈ X, logo
f (ϕ(P )) = f (f1 (P ), . . . , fn (P ))
∑
= ai1 ,...,im (f1 (P ))i1 . . . (fn (P ))im
(∑ )
i1 im
= ai1 ,...,im (T (y1 + I(Y ))) . . . (T (ym + I(Y ))) (P )
(∑ )
= T ai1 ,...,im (y1 + I(Y ))i1 . . . (ym + I(Y ))im (P )
(∑ )
= T ai1 ,...,im y i1 . . . y im + I(Y ) (P )
= T (f + I(Y )) (P )
= T (0 + I(Y )) (P )
= (0 + I(X))(P )
= 0
Dai ϕ(P ) ∈ V(I(Y
∑ )) = Y , io1 que iprova a boa definição de ϕ.
Logo, seja η = ai1 ,...,im y1 . . . ym + I(Y ), então
m
ϕ∗ (η) = η(ϕ)
= η(f1 , . . . , fn )
∑
= ai1 ,...,im f1i1 . . . fm im
+ I(X)
∑
= ai1 ,...,im (f1 + I(X))i1 . . . (fm + I(X))im
∑
= ai1 ,...,im (T (y1 + I(Y )))i1 . . . (T (ym + I(Y )))im
∑
= T( ai1 ,...,im (y1 + I(Y ))i1 . . . (ym + I(Y ))im )
∑
= T( ai1 ,...,im y1i1 . . . ym
im
+ I(Y ))
= T (η)
assim temos Φ(ϕ) = ϕ∗ = T .
Isto termina a prova.
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