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Grupo Preparatório Saúde

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Esta obra é protegida pela lei número 9.610 dos Direitos Autoriais de 19 de Fevereiro
de 1998, sancionada e publicada no Diário Oficial da União em 20 de Fevereiro de
1998. Em vigor a lei número 10.693, de 1 de Julho de 2003, que altera os artigos 184 e
186 do Código Penal em acrescenta Parágrafos ao artigo 525 do Código
de Processo Penal.
Produção Visual: AulaBrasil / Preparatório Saúde
Capa e identidade visual: Renata Nagli
Diagramação: Ana Luiza Bilheiro Barata
Coordenação: Diógenes Alcântara

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Autores
DR. CHARLES RIOS SOUZA

• Residência em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - SP


• Residência em Eletrofisiologia não invasiva e Estimulação Cardíaca Artificial pelo
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - SP
• Título de especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela ABEC/DECA
• Residência em Medicina Interna pelo HJK/FHEMIG - MG
• Graduação em Medicina pela UFJF - MG
• Vice-coordenador do serviço de marca-passo do HC-UFMG

DR. JONATHAN BATISTA SOUZA

• Pós-graduando - Universidade de São Paulo (USP) / Instituto Dante Pazzanese de


Cardiologia
• Título de Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia - Sociedade Brasileira de
Cardiologia
• Cardiologia e Ecocardiografia - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
• Clínica Médica - Hospital Heliópolis/Secretaria do Estado de São Paulo
• Graduado em medicina pela UFJF

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DR. BRUNO REZENDE PASSOS

• Cardiologista na Unidade Coronariana HC-UFMG


• Residênca em Ecocardiografia pelo Hospital Felício Rocho - MG
• Residência em Cardiologia pelo ICDF/UnB - DF
• Graduado em Medicina pela UFJF - MG

DR. LUCAS MAGALHÃES REIS

• Professor da disciplina de Semiologia Médica da Faculdade de Medicina de


Itajubá/MG
• Médico Assistente do departamento de Cardiologia e Ecocardiografia do Hospital
Escola da Faculdade de Medicina de Itajubá/MG
• Título de Especialista em Cardiologia e Ecocardiografia - Sociedade Brasileira de
Cardiologia
• Cardiologia e Ecocardiografia - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/SP
• Clínica Médica - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto/SP
• Graduado em Medicina pela UFJF - MG

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INSTRUÇÕES DESTE MATERIAL
(Leitura Obrigatória!)
Olá aluno/a!

Sabemos que um excelente método de estudo é resolver questões recentes do


TEC para identificar os temas que necessitam de reforço extra. Selecionamos 100
questões dos últimos anos compatíveis com as quantidades em que cada assunto
é cobrado na prova.

Para otimizar seu desempenho com o e-book, siga as instruções abaixo:

I. Pegue papel e caneta ou abra o Bloco de Notas para anotar as respostas de cada
pergunta.
II. Tente fazer as 100 questões no tempo proporcional ao da prova (5 horas). Assim
você treina seus conhecimentos e também o tempo de prova.
III. Após terminar a prova, prepare-se para conferir as questões que você acertou e
errou, além de conferir a explicação das questões na segunda parte do e-book.

Além de praticar com o e-book, continue exercitando com os simulados no EAD e


conferindo a explicação em vídeo no Curso de Questões. O treinamento consistente
leva ao aperfeiçoamento.

Bons estudos.

Equipe CardioAula®

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QUESTÕES
1. TEC 2013 - Paciente do sexo feminino, 68 anos, iniciou, às dez horas da manhã,
quadro de dor torácica opressiva, irradiada para MSE, em repouso, com duração de
aproximadamente dez minutos. Referia episódio de dor em repouso com duração
de cinco minutos, às cinco horas da manhã com as mesmas características. Teve
melhora espontânea da dor e optou por procurar serviço de emergência. Referia
história de hipertensão arterial há dez anos em tratamento regular com losartana
50mg 2x dia e hidroclorotiazida 25mg/dia. Referia também utilizar sinvastatina
na dose de 20mg/dia. Referia pai falecido por IAM aos 54 anos. Nunca havia sido
avaliada por cardiologista e não tinha estratificação prévia para doença arterial
coronariana. Admitida sem dor precordial. PA=140x90mmHg. FC=56bpm. Realizou
duas dosagens de troponina na emergência, com intervalo entre elas de seis horas,
que foram negativas. ECG sem alterações significativas de repolarização ventricular.
Com base no caso clínico é correto afirmar que a paciente apresenta:
a. Angina instável de médio risco pelo escore TIMI
b. Angina instável de baixo risco pelo escore TIMI
c. Angina instável de alto risco pelo escore TIMI
d. Dor torácica provavelmente anginosa
e. Dor não anginosa.

2. TEC 2020 - Mulher, 35 anos, com história de poliartralgias, mialgias, mal-estar,


fadiga, emagrecimento. Apresenta quadro de dor torácica, retroesternal, ventilatório-
dependente, acompanhada por febre baixa (38º C), iniciada há 30 minutos. Com
sinais de artrite nas articulações das mãos e punhos. SO2=98% em ar ambiente.
Pressão arterial = 118x74mmHg, frequência cardíaca = 112bpm. Presença de
atrito pericárdico. Eletrocardiograma: taquicardia sinusal, infradesnivelamento do
segmento PR, difusamente, com supradesnivelamento ST em todas as derivações
anteriores e inferiores. Hemograma: leucopenia (com linfopenia) e plaquetopenia,
sem anemia. Troponina e brain natriuretic peptide (BNP) normais e análise de urina
com proteinúria +++. Quanto ao diagnóstico e condutas a serem tomadas, assinale
a alternativa correta:
a. Trata-se de um provável quadro de pericardite lúpica. A paciente deve ser internada
e monitorizada. O tratamento inicial inclui o uso de anti-inflamatórios não esteroides.
b. A presença de febre, mialgias, artralgias, leucopenia, linfopenia e plaquetopenia
sugere fortemente o diagnóstico de dengue. Provavelmente o quadro é de uma
miocardite, e a ressonância magnética do coração é o exame deescolha.

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c. O uso de hidroxicloroquina é contraindicado, pois frequentemente provoca
miocardiopatia dilatada.
d. A elevação do segmento ST, na presença de dor torácica aguda, implica provável
síndrome coronariana aguda e, consequentemente, o correto é encaminhar a paciente
para o laboratório de hemodinâmica e realizar angioplastia primária.
e. O quadro mais provável é de artrite reumatoide e se deve iniciar imunossupressores
imediatamente.

3. TEC 2017 - Novas estratégias terapêuticas têm sido recomendadas para a


abordagem da hipertensão arterial e a denervação simpática renal (DSR) é a que
acumula mais conhecimento. Sobre essa estratégia, é possível afirmar que:
a. É um procedimento baseado no racional de que há intensa inervação simpática ao
redor dos rins.
b. Se trata de procedimento já com indicação clínica para hipertensão arterial
resistente consolidada.
c. A técnica mais consagrada envolve disparos de radiofrequência aplicados na
parede externa das artérias renais bilateralmente.
d. Resultados mais recentes mostraram redução da pressão arterial semelhante a
placebo e têm colocado em dúvida a utilidade do procedimento.
e. Os estudos Simplicity foram os que incluíram o maior número de hipertensos não
controlados em uso de 2 anti-hipertensivos submetidos a essa estratégia.

4. TEC 2020 - Sobre a endocardite infecciosa, qual a alternativa CORRETA?


a. Os nódulos de Osler são lesões nodulares eritematosas e indolores, geralmente
encontradas na polpa dos dedos das mãos e dos pés.
b. Febre está ausente na maioria dos pacientes na sua apresentação inicial.
c. As lesões de Janeway em mãos e pés e as manchas de Roth na retina são
fenômenos imunológicos encontrados na doença.
d. Petéquias em conjuntivas, mucosa oral e de extremidades são manifestações
raras.
e. Insuficiência cardíaca aguda, edema agudo de pulmão e choque cardiogênico
estão mais frequentemente relacionados à insuficiência mitral aguda do que a
insuficiência aórtica aguda.

5. TEC 2017 - Homem, 54 anos, foi encaminhado pelo otorrinolaringologista para


avaliação perioperatória de cirurgia de desvio de septo. Paciente é diabético não

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insulino dependente, hipertenso, com bom controle. Apresenta angina pectoris
aos esforços extremos. Faz atividade física regular. Eletrocardiograma sem
anormalidades. Teste ergométrico isquêmico, com bom desempenho físico (10
MET). Angiotomografia revela oclusão de coronária direita, sendo que a artéria
descendente anterior e circunflexa não apresentam lesões significativas. Assinale a
melhor opção:
a. Solicitar cintilografia do miocárdio, para quantificar área isquêmica.
b. Indicar cirurgia de revascularização do miocárdio, para redução do risco operatório.
c. Suspender a cirurgia, por não ser de urgência, e reavaliar a real indicação da
mesma.
d. Solicitar cineangiocoronariografia e tentar desobstruir a coronária direita com
implante de Stent.
e. Iniciar betabloqueador e proceder com a cirurgia, uma vez que tolera alta carga de
exercício.

6. TEC 2016 - Na alta hospitalar, após um infarto agudo do miocárdio (IAM), sobre o
tratamento farmacológico, é INCORRETO afirmar:
a. Após os primeiros 30 dias, a terapia hipolipemiante deve ser ajustada para adequar
a meta terapêutica de LDL-c menor do que 70 mg/dL.
b. Recomenda-se o bloqueio da aldosterona para todo paciente pós-IAM, que não
tolere inibidores da enzima conversora de angiotensina.
c. Em pacientes pós-IAM com comprometimento significativo da função sistólica
do ventrículo esquerdo ou com alterações da condução atrioventricular (AV), os
antagonistas dos canais de cálcio devem ser evitados, mesmo quando usados
isoladamente.
d. Os estudos em longo prazo de nitratos no pós-IAM não mostraram benefício na
diminuição da mortalidade cardiovascular.
e. Os estudos atuais disponíveis sugerem o uso dos betabloqueadores sob
administração oral em todos os pacientes com IAM, independentemente da
administração concomitante de fibrinolíticos ou da realização de intervenção
percutânea primária, respeitando-se suas contraindicações.

7. TEC 2018 - Sobre insuficiência cardíaca descompensada (ICD), assinale a


alternativa CORRETA:
a. A avaliação de congestão pulmonar ou sistêmica e de baixo débito cardíaco não
pode ser empregada precocemente na sala de emergência, pela falta de exames
complementares, e deve ser empregada na fase intermediária.

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b. A ausência de estertores crepitantes ao exame físico sugere fortemente que as
pressões de enchimento do ventrículo esquerdo não estão elevadas e que não há
hipervolemia.
c. A avaliaçã o clínica por suspeita de ICD requer o emprego de sinais e sintomas e
necessariamente de exames complementares para inferir se a IC é aguda de origem
recente ou doença crônica agudizada e qual o provável fator causal e desencadeante
da ICD.
d. A ausência de terceira bulha não afasta a suspeitade insuficiência cardíaca, por
este achado carecer de sensibilidade, mas por ter especificidade elevada.
e. A presença de queixas digestivas leva fortemente a suspeitar de patologia
abdominal associada.

8. TEC 2016 - Qual é o tratamento recomendado para um paciente com estenose


pulmonar isolada com gradiente VD-AP de 75mmHg e dispneia de médio a grande
esforço?
a. Observação clínica a cada 6 meses.
b. Colocação de endoprótese valvada.
c. Valvoplastia percutânea por balão.
d. Valvoplastia cirúrgica.
e. Tratamento medicamentoso com diurético e vasodilatador.

9. TEC 2020 - Qual das seguintes etiologias de aneurisma de aorta torácica é devida
à aortite não infecciosa?
a. Síndrome de Marfan
b. Sífilis cardiovascular
c. Síndrome de Takayasu
d. Síndrome de Loeys-Dietz
e. Síndrome de Ehlers-Danlo

10. TEC 2020 - Qual das alternativas abaixo NÃO se associa à manifestação
atípica de infarto agudo do miocárdio:
a. Paciente idoso.
b. Sexo feminino.
c. Doença arterial periférica.
d. Insuficiência cardíaca.
e. Marca-passo cardíaco definitivo.

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11. TEC 2020 – Em relação à ocorrência de fibrilação atrial(FA) após cirurgia de
revascularização miocárdica, é correto afirmar que:
a. A cardioversão elétrica imediata é a conduta inicial de escolha para redução do
risco de complicações em pacientes estáveis hemodinamicamente.
b. O maior risco de ocorrência da FA é no segundo dia do pós-operatório, ocorrendo
em 25% a 40% dos pacientes.
c. O tratamento para manutenção do ritmo com amiodarona deve ser mantido entre
três a seis meses após a alta hospitalar, pelo alto risco de recorrência da FA.
d. Pacientes submetidos à cirurgia com o auxílio de circulação extracorpórea (CEC)
têm menor risco de desenvolver FA do que aqueles operados sem CEC.
e. Por ser habitualmente de resolução espontânea, a FA no pós-operatório não
aumenta o risco de complicações tromboembólicas.

12. TEC 2019 - Gestante, 21 anos, portadora de doença reumática diagnosticada


quando tinha 5 anos. Estava em uso regular da penicilina G-benzatina a cada 21 dias,
pois tinha como sequela uma valvopatia mitral do tipo estenose mitral de grau leve.
Durante o quarto mês de gestação, procurou pelo ambulatório de cardiologia muito
preocupada, pois seu obstetra suspendera a administração profilática da penicilina
G-benzatina. Com relação à profilaxia nesta situação, quais seriam as orientações
adequadas para a paciente?
a. A sulfadiazina pode ser usada com segurança na gravidez, pois não traz riscos
potenciais para o feto
b. A profilaxia secundária deve ser suspensa durante a gestação, devido aos efeitos
colaterais no feto
c. O único antibiótico que deve ser restringido durante a gravidez é a eritromicina
d. Reações anafiláticas verdadeiras à penicilina são frequentes durante a gestação,
ocorrendo em cerca de 0,1% dos casos
e. A profilaxia secundária deve continuar durante toda a vigência da gravidez para
evitar a recorrência da febre reumática

13. TEC 2020 - Homem, 68 anos, apresenta dor torácica anginosa típica há 2 horas,
com eletrocardiograma mostrando supradesnivelamento do segmento ST na parede
anterosseptal, em Killip I. Tem antecedente pessoal de diabetes mellitus e acidente
vascular encefálico hemorrágico há 5 anos. O hospital não possui hemodinâmica
disponível e o serviço mais próximo fica a 190 minutos de distância. A melhor
conduta nesse momento é:

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Legenda:
• Ácido acetilsalicílico = AAS
• Via oral = VO
• Subcutânea = SC
• Intravenosa = IV

a. Administrar AAS 300 mg VO, clopidogrel 300 mg VO, enoxaparina 1 mg/kg SC


12/12h e alteplase IV.
b. Administrar AAS 300 mg VO, clopidogrel 600 mg VO, enoxaparina 1 mg/kg SC
12/12h e transferência imediata para angioplastia primária.
c. Administrar AAS 300 mg VO, clopidogrel 600 mg VO, enoxaparina 1 mg/kg SC
12/12h e tenecteplase IV.
d. Administrar AAS 300 mg VO, clopidogrel 300 mg VO, enoxaparina 1 mg/kg SC
12/12h, inibidor da glicoproteína IIb/IIIa IV e iniciar infusão de estreptoquinase
1.500.000 UI IV em no máximo 30 minutos.
e. Administrar AAS 300 mg VO, ticagrelor 180 mg VO, enoxaparina 1 mg/kg SC
12/12h e transferência imediata para realização de estratégia invasiva precoce em
até 24 horas da admissão.

14. TEC 2015 - Com respeito à anticoagulação na gravidez para portadoras de


prótese valvar metálica ou fibrilação atrial, pode-se afirmar que:
a. Heparina não fracionada subcutânea de 12/12 horas pode ser utilizada por toda
a gestação, ajustando-se o tempo de protrombina para duas vezes o tempo de
controle.
b. Pode-se usar heparina de baixo peso molecular por toda a gravidez, em doses
ajustadas pela idade gestacional.
c. Anticoagulação combinada pode ser realizada, mudando-se a varfarina por
heparina de baixo peso molecular ou não fracionada até a 12ª semana, retornando-
se à varfarina até o meio do terceiro trimestre e reintroduzindo-se heparina até o
parto.
d. Após o parto, deve-se retornar à heparina não fracionada ou de baixo peso, com
12 horas, e a varfarina, com 24 horas, desde que não haja sangramento excessivo.
e. Todas são corretas.

15. TEC 2020 - Homem, 62 anos, hipertenso, em uso regular de enalapril 20 mg/
dia, anlodipino 5mg/ dia e atorvastatina 20 mg/dia. Portador de angina estável
sintomática. Sedentário e obeso. Pressão arterial = 156x84 mmHg; frequência

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cardíaca = 92 bpm; glicemia = 108mg/dL, hemoglobina glicada = 6,3%, colesterol total
= 220 mg/dL, HDLcolesterol = 38 mg/dL, LDL-colesterol = 144 mg/ dL, triglicérides
= 190 mg/dL.
Qual a conduta mais adequada em relação à terapêutica farmacológica?

a. Trocar inibidor da enzima conversadora da angiotensina (iECA) por bloqueadores


dos receptores da angiotensina (BRA) e associar nitrato e hidralazina, buscando
melhor controle pressórico e proteção miocárdica.
b. Otimizar a dose de iECA e iniciar atenolol, por ser mais potente do que os
betabloqueadores se terceira geração para controle da frequência cardíaca.
c. Otimizar a dose do iECA e da atorvastatina, além de iniciar metformina e
betabloqueadores.
d. Trocar anlodipino por betabloqueadores de cálcio não diidroporidínico, já que
o paciente tem contraindicação ao uso do betabloqueador, iniciar metformina e
otimizar a dose da atorvastatina.
e. Otimizar a dose do iECA e atorvastatina e iniciar diurético e nitrato para melhor
controle pressórico e proteção miocárdica.

16. TEC 2019 - Homem, 77 anos, internado com infarto agudo do miocárdio (IAM)
com supradesnivelamento do segmento ST de parede anterior, com 10 horas de
evolução. Na admissão, apresentava saturação de oxigênio de 89%, pressão arterial
(PA) = 85 x 60 mmHg e frequência cardíaca (FC) = 108 batimentos por minuto (bpm).
Qual, dentre as medidas que devem ser feitas na admissão, NÂO é recomendada
para este paciente?
a. Oxigenioterapia.
b. Administração de metoprolol via intravenosa.
c. Administração de fibrinolíticos.
d. Enoxaparina 0,75 mg/kg de peso corporal a cada 12 horas.
e. Ácido acetilsalicílico (AAS) + clopidogrel.

17. TEC 2020 - Sobre os sinais e sintomas da insuficiência cardíaca, assinale a


alternativa correta:
a. Dispneia ao repouso tem alta especificidade e alto valor preditivo positivo para o
diagnóstico de insuficiência cardíaca.
b. Dispneia paroxística noturna é um indicador pouco confiável para o diagnóstico
de insuficiência cardíaca.

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c. Não há sinal ou sintoma patognomônico que diferencie insuficiência cardíaca com
fração de ejeção reduzida da insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada.
d. Estase jugular e refluxo hepatojugular têm baixas sensibilidade e especificidade
para aumento das pressões em câmaras esquerdas.
e. Presença de B3 é um achado específico de insuficiência cardíaca, mas com baixa
relação com o prognóstico da doença.

18. TEC 2019 - Assinale a alternativa correta para a indicação Classe de


Recomendação I para transplante cardíaco segundo a III Diretriz Brasileira de
Transplante Cardíaco da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
a. Insuficiência cardíaca avançada sem dependência de drogas inotrópicas e/ou
suporte circulatório mecânico.
b. Insuficiência cardíaca refratária e equivalente ventilatório de gás carbônico
(relação VE/VCO2) menor do que 35 particularmente se VO2 de pico ≤
c. Insuficiência cardíaca avançada e VO2 de pico ≤ 12 mL/kg/minuto em pacientes
em uso de betabloqueadores (BB).
d. Insuficiência cardíaca avançada com prognóstico adverso estimado apenas por
escores prognósticos.
e. Insuficiência cardíaca avançada e VO2 de pico maior do que 14 mL/kg /minuto em
pacientes intolerantes a betabloqueadores.

19. TEC 2018 - Considerando-se o enunciado da questão 6, supondo que a paciente


chegasse para consulta com estes níveis de pressão arterial (PA) e já em uso de
hidroclorotiazida 25 mg/dia e anlodipino 5 mg/dia, a conduta adicional imediata
mais adequada seria:
a. Associar um fármaco bloqueador do sistema renina-angiotensina aldosterona em
dose adequada.
b. Aumentar a dose de anlodipino para 10 mg/dia.
c. Associar um betabloqueador de terceira geração.
d. Associar espironolactona 25 mg/dia e mais um fármaco bloqueador do sistema
renina angiotensina aldosterona.
e. Associar um inibidor da enzima conversora da angiotensina e um bloqueador dos
receptores da angiotensina, por ser diabética.

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20. TEC 2018 - Em várias situações, está indicado o uso de atropina para o
tratamento agudo de bradiarritmias. Assinale a situação clínica em que o uso de
atropina esteja CONTRAINDICADO:
a. Bloqueio atrioventricular (AV) de 3º grau relacionado com infarto agudo do
miocárdio inferior.
b. Bloqueio atrioventricular (AV) de 3º grau, com suspeita de comprometimento do
Sistema de His- Purkinje.
c. Bloqueio atrioventricular (AV) de 2º grau relacionado com infarto agudo do
miocárdio inferior.
d. Bradicardia sinusal sintomática.
e. Bloqueio sinoatrial sintomático.

21. TEC 2020 - A sarcoidose é uma doença sistêmica de causas não definidas,
caracterizada histologicamente por granulomas não caseosos. Com relação ao
acometimento cardíaco, assinale a alternativa INCORRETA:
a. A sarcoidose pode afetar átrios, ventrículos, valvas, músculos papilares e sistema
de condução.
b. Alterações contráteis segmentares com distribuição não coronariana, afilamento
anterobasal do septo com ecogenicidade aumentada ao ecocardiograma
transtorácico são muitos sugestivos.
c. Imagens híbridas de tomografia por emissão de prótons e ressonância magnética
(PET-RM) possibilitam avaliar simultaneamente a estrutura e função cardíaca,
detectar fibrose e determinar o grau de inflamação ativa. Atualmente, é o método
diagnóstico de escolha.
d. A forma cardíaca clinicamente evidente ocorre em 25% dos pacientes com
sarcoidose sistêmica. Já o acometimento pulmonar é raro, caracterizado por
linfadenopatia hilar bilateral, opacidades reticulares parenquimatosas e, em casos
avançados, sinais de doença intersticial pulmonar e fibrose.
e. A terapêutica inclui imunossupressão para as lesões ativas, tratamento da
insuficiência cardíaca e terapia antiarrítmica.

22. TEC 2017 - As miocardiopatias são definidas de forma tradicional com base
em fenótipos estruturais e funcionais. Dos tipos abaixo descritos, a que NÃO é
considerada uma dessas formas é a:
a. Dilatada.
b. Restritiva.

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c. Isquêmica.
d. Hipertrófica.
e. Arritmogênica do ventrículo direito.

23. TEC 2016 - A principal etiologia de insuficiência tricúspide é:


a. Acometimento congênito da valva tricúspide.
b. Endocardite infecciosa.
c. Febre reumática.
d. Secundária.
e. Síndrome carcinoide.

24. TEC 2018 - Assinale a alternativa CORRETA em relação às condições cardíacas


predisponentes à endocardite infecciosa (EI):
a. A EI na valva aórtica bicúspide associa-se à maior incidência de complicações
perianulares, sendo preditora de extensão perivalvar da infecção.
b. A insuficiência mitral associada à calcificação do anel valvar é a condição
predisponente mais frequente de EI.
c. A insuficiência mitral funcional associada ao remodelamento do ventrículo
esquerdo é comumente complicada por EI.
d. Entre as cardiopatias congênitas, as lesões obstrutivas do trato de saída ventricular
e os defeitos do septo atrial são as lesões mais vezes associadas à EI.
e. As valvas com lesões estenóticas têm suscetibilidade à infecção semelhante
àquelas com lesões de insuficiência.

25. TEC 2018 - Um paciente de 20 anos, portador de Síndrome de Marfan, tem


aneurisma de aorta ascendente com 5,2 cm de diâmetro e insuficiência aórtica
moderada. Está assintomático e, pelo ecocadiograma, os diâmetros ventriculares
estão discretamente aumentados, estando a função ventricular esquerda preservada.
Qual conduta seguir?
a. Somente intervir quando apresentar sintomas.
b. Iniciar betabloqueador e reavaliar em 6 meses.
c. Ressecar apenas a aorta ascendente.
d. Colocar endoprótese em aorta ascendente.
e. Substituir a raiz da aorta por tubo valvado.

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26. TEC 2020 – Em relação à Tetralogia de Fallot, assinale a alternativa correta.
I. A anormalidade fundamental na Tetralogia de Fallot é o desvio anterior e para
cima (cefálica) do septo infundibular ou de via saída que contribui para assuas
quatro características.
II. Crises de hipóxia podem ocorrer e se caracterizam por queda súbita da
saturação de oxigênio, requerendo, para seu tratamento: oxigênio, morfina, dopamina
ou dobutamina para sua reversão.
III. No pós-operatório, a reintervenção cirúrgica pode ser necessária para o tratamento
de lesão residual da valva pulmonar por estenose e / ou insuficiência pulmonar.

a. Apenas as assertivas I e II estão corretas.


b. Apenas a assertiva III está correta.
c. Apenas as assertivas II e III estão corretas.
d. Apenas as assertivas I e III estão corretas.
e. Apenas a assertiva II está correta.

27. TEC 2019 - Frequentemente, ao Cardiologista é solicitada autorização


para interrupção do uso de antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes em
procedimentos invasivos não cardíacos. De acordo com a 3a Diretriz de Avaliação
Cardiovascular Perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2017), assinale
a alternativa que representa que o Cardiologista se posicionou corretamente diante
desta situação:
a. Manutenção do clopidogrel para paciente com história de alergia ao ácido
acetilsalicílico (AAS), para prevenção secundária, a ser submetido à vitrectomia por
descolamento de retina.
b. Recomendação de uso de anestésicos locais sem vasoconstritores (epinefrina)
para procedimentos odontológicos no caso de pacientes cardiopatas.
c. Manutenção da terapia antiplaquetária ou anticoagulante com varfarina para
paciente a ser submetido à colonoscopia diagnóstica por suspeita de doença
diverticular dos cólons.
d. Interrupção do uso do ácido acetilsalicílico (AAS) em paciente com história de
infarto do miocárdio e implante de stent farmacológico há mais de um ano, para ser
submetido à cirurgia de catarata.
e. Contraindicação à realização de mucosectomia por suspeita de neoplasia de
cólon em paciente há 9 meses em uso de dupla antiagregação plaquetária (ácido
acetilsalicílico + clopidogrel) após implante de stent convencional por angina estável.

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28. TEC 2020 - Mulher, 39 anos, com quadro de dispneia progressiva há 9 meses.
Ao exame físico, nota-se sopro diastólico tipo ruflar em foco mitral, e a radiografia de
tórax mostra elevação do brônquio-fonte esquerdo (sinal da bailarina). Considerando-
se este caso clínico, quais são as opções corretas?
I. A provável valvopatia é insuficiência mitral.
II. A principal etiologia dessa valvopatia do caso clínico é reumática.
III. O tratamento preconizado é implante de prótese transcateter.
IV. A valvoplastia percutânea com balão é a primeira opção na ausência de
contraindicação.

a. Apenas II e IV.
b. Apenas I, II e IV.
c. Apenas I e III.
d. Apenas II, III, IV.
e. Apenas I, II, III.

29. TEC 2020 - De acordo com a Organização Mundial de Saúde, qual a alternativa
correta sobre a duração da profilaxia secundária para a febre reumática (FR)?
a. Pacientes com FR sem cardite comprovada dispensam a profilaxia secundária
b. Pacientes com cardiopatia reumática apresentando doença valvar grave devem
fazer profilaxia secundária por toda a vida
c. Pacientes com cardiopatia valvar reumática grave dispensam a profilaxia
secundária da FR após o tratamento cirúrgico da doença valvar
d. Pacientes com cardite e sequela de insuficiência mitral leve devem fazer profilaxia
secundária da FR por cinco anos após o último ataque ou até os 18 anos de idade
e. Pacientes com cardiopatia valvar reumática ou com próteses valvares devem fazer
a prevenção secundária da FR com antibióticos em altas doses uma hora antes de
procedimentos dentários e geniturinários

30. TEC 2019 - Assinale a alternativa correta acerca da cardiotoxicidade relacionada


à radioterapia:
a. A irradiação do tórax pode causar danos ao pericárdio, miocárdio, valvas e artérias
coronárias, sendo o pericárdio a estrutura mais frequentemente acometida.
b. A incidência de complicações cardiovasculares induzidas por radioterapia não
depende da dose de radiação recebida.
c. As complicações vasculares da radioterapia acometem somente os pacientes que
apresentam os fatores de risco tradicionais para doença arterial coronária.

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d. Na pericardite constritiva decorrente da radioterapia, as manifestações clínicas
são precoces e os sintomas aparecem no início da doença.
e. A exposição à radioterapia torácica pode causar espessamento fibroso das valvas,
sendo que a maioria dos pacientes desenvolve precocemente disfunção valvar
moderada a grave.

31. TEC 2018 - O hipotireoidismo é uma condição clínica muito frequente


(prevalência de 3-4% na população geral para as formas manifestas) e, ao contrário
das dramáticas manifestações do hipertireoidismo, os achados cardiovasculares
são mais sutis. A forma mais prevalente é a doença tireoidiana primária. O achado
de TSH elevado já leva ao diagnóstico, mesmo na ausência de sintomas (forma
subclínica, com prevalência de até 10% em nosso meio). Em relação às manifestações
cardiovasculares do hipotireoidismo, assinale a alternativa ERRADA:
a. Observa-se elevação do colesterol total, do LDL e dos triglicérides e consequente
risco aumentado para aterosclerose e eventos isquêmicos.
b. A creatininofosfoquinase pode elevar-se até 10 vezes em até 30% dos pacientes,
e o uso de estatinas só deve ser iniciado após a regularização dos níveis hormonais,
em função do risco aumentado de miosite nestes pacientes.
c. Derrames pericárdicos são muito frequentes (até um terço dos casos), mas o
tamponamento cardíaco é raro.
d. A resistência vascular periférica está diminuída, por queda da complacência
arterial, explicando a queda da pressão arterial média e diastólica e elevação da
pressão sistólica.
e. O eletrocardiograma (ECG) geralmente mostra bradicardia sinusal, baixa voltagem
difusa e prolongamento do intervalo QT, predispondo o paciente a arritmias
ventriculares, inclusive o torsades de pointes.

32. TEC 2019 - Homem, 35 anos, portador de hipertensão arterial pulmonar,


foi encaminhado para serviço de emergência por quadro súbito de dor torácica
retroesternal, dispneia e tosse. Ao exame físico: frequência cardíaca (FC) = 120 bpm;
pressão arterial (PA) = 80 x 40 mmHg. Cianótico, dispneico, palidez cutânea. Exame
físico: turgência jugular e ausculta cardíaca com presença de B3 e hiperfonese do
componente pulmonar da segunda bulha. Ausculta respiratória com presença de
sopro tubário em base pulmonar direita. Que exame complementar a ser solicitado
apresenta elevada sensibilidade e especificidade para esse diagnóstico?
a. Cintilografia de ventilação/perfusão pulmonar.
b. Angiografia digital com contraste iodado.

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c. Dímero D, BNP e troponina.
d. Angiotomografia computadorizada de tórax.
e. Eletrocardiograma.

33. TEC 2017 - O cardiologista deve estar atento ao exame físico do paciente.
Assim, em relação ao efeito da respiração na ausculta cardíaca, é CORRETO
afirmar que:
a. A respiração não afeta os sopros do lado direito.
b. Todos os sopros tendem a diminuir durante a expiração.
c. Sopros do lado esquerdo diminuem durante a expiração.
d. Sopros do lado direito geralmente diminuem com a inspiração.
e. Sopros do lado esquerdo geralmente são mais altos durante a expiração.

34. TEC 2017 - Na comunicação interatrial, o shunt esquerdo-direito pode


aumentar nas condições abaixo, EXCETO:
a. Estenose mitral.
b. Infarto miocárdico.
c. Insuficiência mitral.
d. Hipertensão pulmonar.
e. Hipertensão arterial sistêmica.

35. TEC 2013 - A contração e o relaxamento ventricular sofrem influência de vários


fatores fisiológicos. Diante disso, pode-se afirmar que um fator e o seu respectivo
comportamento estão corretamente apresentados em:
a. A pós-carga reduzida gera disfunção diastólica.
b. O aumento da fosforilação da troponina I reduz a razão de relaxamento.
c. A ativação dos receptores rianodínicos do retículo sarcoplasmático libera grande
quantidade de sódio no citosol.
d. O cálcio do citosol tem que ser reduzido para fornecer o desacoplamento do cálcio
do sítio C da troponina para que ocorra relaxamento.
e. A capacidade de recaptação do cálcio pela enzima SERCA do retículo
sarcoplasmático tem influência direta sobre a contração ventricular.

36. TEC 2016 - Mulher, 41 anos, com valvopatia reumática, submetida à cirurgia
de troca valvar mitral em 1994 e em 2010 - nesta última ocasião com implante de

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prótese biológica. Retorna ao cardiologista queixando-se de dispneia progressiva aos
esforços no último ano, além de edema de membros inferiores (MMII) e desconforto
abdominal, com melhora com furosemida e enalapril.
• Ritmo cardíaco irregular.
• Pressão arterial 112x80mmHg.
• Frequência cardíaca 80bpm.
• Ausculta cardíaca com sopro sistólico regurgitativo, audível em borda esternal
esquerda baixa ++/6+.
• Ausculta pulmonar diminuída em base de HTD sem ruídos adventícios, sinais de
hepatomegalia e edema de MMII.
• Ao ecocardiograma transtorácico: prótese biológica mitral normofuncionante,
insuficiência tricúspide importante, fração de ejeção do ventrículo esquerdo
(FEVE) 66%, ventrículo esquerdo 54x40mm, PSAP 84mmHg, ventrículo direito com
hipocinesia importante, sem alteração pericárdica.

Qual é a conduta MELHOR indicada neste momento?

a. Cirurgia de troca valvar mitral e anuloplastia tricúspide.


b. Cirurgia de troca valvar tricúspide isolada.
c. Cirurgia de trocas valvares mitral e tricúspide, com implante de prótese mecânica.
d. Implante transcateter de prótese mitral (valve-invalve).
e. Seguimento clínico com ajuste de medicamentos.

37. TEC 2016 - Dentre as alternativas, qual é a recomendação classe I, nível de


evidência A, para implante de cardiodesfibrilador implantável (CDI), segundo as
Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI) -
2007?
a. Pacientes com cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso,
com isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica
ou percutânea, independentemente da expectativa de vida e fração de ejeção (FE)
menor que 35%.
b. Pacientes sobreviventes de infarto agudo do miocárdio (IAM) há pelo menos 40
dias ou com cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo,
sem isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou
percutânea, expectativa de vida maior que um ano e FE menor que 50%.
c. Pacientes sobreviventes de IAM há pelo menos 40 dias ou com cardiopatia isquêmica
crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo, sem isquemia miocárdica passível

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de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea, independentemente da
expectativa de vida e FE menor que 35%.
d. Pacientes sobreviventes de IAM há pelo menos 40 dias ou com cardiopatia
isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo, em CF II-III NYHA, sem
isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou
percutânea, com expectativa de vida de pelo menos um ano e FE menor ou igual
a 35%.
e. Pacientes sobreviventes de IAM há pelo menos 6 meses ou com cardiopatia
isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo, sem isquemia miocárdica
passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea, expectativa de
vida maior que um ano e fração de ejeção menor que 50%.

38. TEC 2019 - Sobre insuficiência cardíaca (1C) e arritmia cardíaca, é correto
afirmar:
a. A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) e cardioversor desfibrilador
implantável (CDI) está indicada para pacientes com IC sintomáticos que já vêm com
terapia medicamentosa otimizada, apresentando disfunção sistólica grave (FEVE <
35%) além de distúrbios de condução intraventricular com duração do complexo QRS
>120 ms. Dentre estes, os pacientes “hiperrespondedores ”são os que apresentam
maior chance de se beneficiar e são: os de etiologia isquêmica, do sexo feminino,
com duração do complexo QRS >150 ms, com padrão típico de bloqueio do ramo
esquerdo (BRE), com átrios esquerdos de menor volume e índice de massa corporal
(IMC) <35 kg/m2.
b. Na presença de bloqueio atrioventricular (BAV) com indicação de marca-passo
(MP) em pacientes com IC e disfunção ventricular sistólica, há benefício de uso de
terapia de ressincronização cardíaca (TRC), independentemente da duração do QRS,
por reduzirem visitas à emergência, hospitalização por IC e mortalidade por todas as
causas.
c. A morte súbita por arritmia ventricular em IC foi expressivamente reduzida
com a terapia farmacológica contemporânea (antagonistas neuro- hormonais,
betabloqueadores [BB], antagonistas da aldosterona e inibidores da neprilisina). Os
fatores de risco para morte súbita são: morte súbita recuperada, documentação de
um episódio de taquicardia ventricular sustentada (TVS) e de taquicardia ventricular
não sustentada (TVNS), a alta densidade de ectopia ventricular no Holter e a presença
de disfunção ventricular com fração de ejeção < 35%.
d. Na indicação de cardioversor desfibrilador implantável (CDI) na prevenção
secundária de morte súbita são candidatos aqueles portadores de: (1) disfunção
ventricular recuperados de morte súbita por fibrilação ventricular (FV); (2) taquicardia

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ventricular sustentada (TVS) de causa não reversível; (3) TVS estável ou instável;
(4) síncope recorrente inexplicada; e (5) FV no estudo eletrofisiológico invasivo não
respondedor à ablação eletrofisiológica.
e. A indicação de cardioversor desfibrilador implantável (CDI) na disfunção sistólica
(FEVE < 35%) sintomática, de etiologia não isquêmica, em classe funcional II-III
(NYHA) está claramente estabelecida, não necessitando de estratificação de risco
dentro desta categoria.

39. TEC 2013 - Paciente do sexo feminino, 72 anos, hipertensa, PA=168x82mmHg,


Fc:88bpm. Queixa-se de dispneia aos grandes esforços habituais. ECG mostra ritmo
sinusal e alterações inespecíficas da repolarização ventricular. Ecocardiograma
mostra aumento discreto do átrio esquerdo, ventrículo esquerdo (VE) com diâmetros
normais e espessuras do septo interventricular e parede posterior do VE aumentadas.
Fração de ejeção 71%. Relaxamento diastólico anormal grau I. A estratégia terapêutica
anti-hipertensiva preferencial para este caso deve ser:
a. BRA + IECA.
b. IECA + diurético tiazídico.
c. IECA + antagonista da aldosterona.
d. Diurético tiazídico + betabloqueador.
e. Betabloqueador + antagonista da aldosterona.

40. TEC 2017 - De acordo com a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Aguda,
é preconizado em relação ao uso de betabloqueadores nessa síndrome, EXCETO:
a. Suspender o betabloqueador naqueles pacientes que já estejam em uso crônico e
apresentam choque cardiogênico.
b. Manter a dose do betabloqueador em pacientes que já estejam em uso crônico e
que, sob nova descompensação, apresentam-se sem sinais de baixo débito.
c. Manter betabloqueador com redução de 50% da dose naqueles pacientes que
estavam em uso crônico e apresentavam sinais de baixo débito, após estabilização
do quadro.
d. Iniciar betabloqueador precocemente naqueles pacientes que não estejam em
uso prévio e apresentam instabilidade hemodinâmica ou persistência da congestão,
apesar do tratamento clássico.
e. Iniciar betabloqueadores, sempre que possível, naqueles que não estavam em
uso prévio, após compensação clínica/melhora da congestão pulmonar e sistêmica,
ainda durante a internação.

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41. TEC 2016 - Recomendações para utilização de antiagregantes/antitrombóticos
em pré-operatório de cirurgia não cardíaca:
a. Em prevenção secundária, quando o risco de sangramento for alto, deve-se manter
o clopidogrel no perioperatório.
b. Pacientes em uso crônico de dabigatrana devem ter a medicação suspensa 72
horas antes da cirurgia. Nos casos de disfunção renal moderada (depuração de
creatinina menor que 50 mL/minuto) ou de operações de alto risco de sangramento,
como neurocirurgias, a dabigatrana deve ser suspensa pelo menos 24 horas antes
da operação.
c. Pacientes que usam o clopidogrel como prevenção primária deve ter a medicação
suspensa um dia antes do procedimento cirúrgico.
d. Para realização de exame de colonoscopia, quando pode haver necessidade de
biópsia de pólipos de maior dimensão (maior que 1,2cm de comprimento) não há
necessidade de suspender varfarina antes da intervenção.
e. As heparinas não fracionada e de baixo peso molecular são estratégias efetivas e
seguras como profilaxia de tromboembolismo venoso no perioperatório de operações
não cardíacas.

42. TEC 2019 - Com referência aos fatores de risco para morte súbita, é INCORRETO
afirmar que:
a. A cardiomiopatia hipertrófica, quando é do tipo não obstrutiva, não se constitui
marcador de risco para morte súbita.
b. A incidência de morte súbita em crianças abaixo de 1 ano é similar à incidência em
adultos de meia-idade ou mais velhos.
c. A síndrome do QT longo congênito é um contribuinte genético para o risco de
morte súbita.
d. A doença arterial coronariana é a principal base estrutural para o risco de morte
súbita.
e. A morte súbita cardíaca pode ser a primeira manifestação de doença coronária em
até metade dos casos.

43. TEC 2017 - Existem duas estratégias de reperfusão utilizadas no tratamento


de pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST
(IAMCSST): invasiva com angioplastia primária e fibrinólise. Sobre essas estratégias,
é INCORRETO afirmar que:
a. Fibrinólise é preferida se a estratégia invasiva não é uma opção (ex. laboratório de
cateterização ocupado ou não disponível).

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b. Fibrinólise é preferida se a apresentação tem mais de três horas desde o início dos
sintomas.
c. Angioplastia primária é preferida se o início dos sintomas foi há mais de 12 horas.
d. Angioplastia primária é preferida se existe dúvida no diagnóstico de IAMCSST.
e. Angioplastia primária é preferida se paciente está em classe 3 ou 4 de Killip.

44. TEC 2018 - Com relação ao transplante cardíaco, é INCORRETO afirmar que:
a. O uso de agentes imunossupressores levou à melhora da evolução após o
transplante cardíaco.
b. Pacientes jovens apresentam melhores taxas de sobrevida após o transplante
cardíaco.
c. A biópsia endomiocárdica é a técnica mais adequada para avaliar a rejeição do
aloenxerto.
d. Pacientes com transplante cardíaco não apresentam resposta cronotrópica
suficiente para suportar as demandas metabólicas.
e. A sobrevida média após cinco anos de transplante cardíaco é > 65%.

45. TEC 2020 - Mulher, 23 anos, queixa de palpitações rápidas e tontura, de início
súbito. Refere episódios anteriores similares. Ao exame físico: frequência cardíaca
= 190 bpm; pressão arterial = 100 x 70 mmHg. O eletrocardiograma mostrava
taquicardia regular, com QRS estreito, não sendo visível atividade elétrica atrial. Qual
deve ser a primeira opção para a reversão dessa arritmia?
a. Cardioversão elétrica sincronizada.
b. Ablação por radiofrequência para interromper o circuito da arritmia.
c. Manobra vagal e, caso não resolva, adenosina endovenosa.
d. Manobra vagal e, caso não resolva, betabloqueador endovenoso.
e. Digital endovenoso.

46. TEC 2018 - Paciente do sexo feminino, 50 anos de idade, refere que há 2
anos, em exame de rotina, foi detectado pequeno aumento de creatinina sérica. Fez
investigação naquela época, sem ser detectada etiologia, sendo que, na evolução, os
níveis voltaram aos valores normais. Há 6 meses, começou a ter dispneia e cansaço
a grandes esforços, com piora há 15 dias, quando começou a ter tosse seca. Nega
doenças anteriores e não tem história familiar de hipertensão arterial sistêmica ou
diabetes melito. Ao exame físico: bom estado geral, corada, hidratada, acianótica,
anictérica, eupneica. Pressão arterial (PA) = 90 x 60 mmHg; frequência cardíaca

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(FC) = 90 bpm, rítmico; frequência respiratória (FR) = 24 resp/min. Pescoço: estase
jugular 2+/4+ a 45°; à ausculta cardíaca: bulhas rítmicas normofonéticas, sem
sopros; à ausculta pulmonar: estertores crepitantes em base direita; abdômen: fígado
palpável a 5 cm do rebordo costal direito, borda lisa, indolor; membros inferiores sem
edema. Creatinina atual = 1,82 mg/dL; filtração glomerular = 31 mL/min/1,73m²).
O eletrocardiograma mostra diminuição de amplitude de complexos QRS em plano
frontal. O ecocardiograma mostra septo interventricular = 12 mm; parede posterior
do ventrículo esquerdo = 12 mm; volume de átrio esquerdo = 45 mL/m2; ventrículo
esquerdo de diâmetro normal; fração de ejeção de ventrículo esquerdo normal;
função diastólica com padrão restritivo de grau 3; sem reversão com manobra de
Valsalva. Assinale a alternativa CORRETA em relação ao diagnóstico diferencial.

a. A paciente tem alta suspeita clínica de amiloidose cardíaca e deve ser submetida
à eletroforese de proteínas plasmáticas, além de imunofixação de proteínas
plasmáticas e urinárias para detecção de cadeias leves. Deve também ser submetida
à ressonância magnética de coração para pesquisa de realce tardio subendocárdico.
b. O diagnóstico mais provável é de miocardiopatia hipertrófica, já que o septo
interventricular e a parede posterior do ventrículo esquerdo têm espessura aumentada.
c. A possibilidade mais provável é de que a paciente tenha endomiocardiofibrose, por
causa do aumento de volume do átrio esquerdo e da disfunção diastólica importante.
d. A cintilografia óssea com pirofosfato de tecnécio está indicada por ser
patognomônica de amiloidose de cadeias leves.
e. A suspeita clínica de endomiocardiofibrose fica reforçada pelos sinais de congestão
venosa sistêmica e pela ausculta cardíaca normal, já que o comprometimento é de
via de saída dos ventrículos.

47. TEC 2019 - Durante anos, o acometimento da valva tricúspide foi negligenciado
e não chamava a atenção dos cardiologistas e cirurgiões cardíacos. Recentemente
a avaliação e a conduta sobre essa valvopatia vêm mudando. Assinale a alternativa
correta:

a. A insuficiência tricúspide pode ser encontrada na síndrome carcinoide.


b. O acometimento reumático dos folhetos da valva tricúspide pode causar
insuficiência tricúspide secundária ou funcional.
c. Pacientes com insuficiência tricúspide importante e que serão submetidos à
cirurgia valvar do lado esquerdo do coração não devem ter as duas valvopatias
abordadas no mesmo tempo cirúrgico.
d. Diante de uma insuficiência tricúspide funcional, o tratamento de escolha é a troca
valvar por prótese mecânica.

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e. Na insuficiência tricúspide, durante a inspiração profunda, o sopro tende a diminuir,
sendo esse fenômeno chamado de Rivero-Carvallo.

48. TEC 2017 - São achados laboratoriais comuns na endocardite infecciosa,


EXCETO:

a. Trombocitopenia.
b. Fator reumatoide elevado.
c. Proteína C-reativa elevada.
d. Anemia normocrômica normocítica.
e. Aumento na velocidade de hemossedimentação.

49. TEC 2019 - Qual das alternativas abaixo é compatível com dissecção aórtica
tipo B não complicada, sem haver a necessidade de se indicar tratamento cirúrgico
ou endovascular?
a. Dor torácica persistente
b. Diâmetro da aorta descendente de 6,0cm
c. Dissecção retrógrada
d. Isquemia mesentérica
e. Falsa luz pérvia

50. TEC 2018 - A tetralogia de Fallot é uma cardiopatia congênita cianogênica


frequente e de espectro variável.
Leia as assertivas I a III:
I. O grau de obstrução da via de saída do ventrículo direito é variável nos pacientes
com obstrução leve, e a cianose é mais intensa e precoce.
II. Crises de hipóxia são características da tetralogia de Fallot, ocorrem
habitualmente em crianças pequenas por provável espasmo infundibular e podem
ser desencadeadas pelo esforço, como choro e mamadas.
III. No pós-operatório de Fallot, a lesão residual mais frequente é a insuficiência
pulmonar.
Qual alternativa está CORRETA?

a. As assertivas I e II estão corretas.


b. As assertivas II e III estão corretas.

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c. As assertivas I, II e III estão corretas.
d. Apenas a assertiva II está correta.
e. Apenas a assertiva III está correta.

51. TEC 2017 - No manejo clínico da fibrilação atrial, está contraindicado:


a. Sotalol para evitar recorrência da arritmia.
b. Amiodarona para evitar recorrência da arritmia.
c. Diltiazem para o controle da resposta ventricular.
d. Propafenona em pacientes com disfunção ventricular esquerda.
e. Associação de betabloqueadores com digoxina para o controle da resposta
ventricular.

52. TEC 2019 - Baseando-se nas recomendações e níveis de evidência para


métodos complementares no diagnóstico e prognóstico na Doença de Chagas
crônica, assinale o método NÃO recomendado.
a. Eletrocardiograma em paciente com Doença de Chagas assintomático e com
exame físico normal.
b. Ecocardiograma em pacientes com Doença de Chagas sintomático e com
eletrocardiograma (ECG) alterado.
c. Coronariografia em paciente com Doença de Chagas com precordialgia e bloqueio
completo do ramo direito associado a hemibloqueio anterossuperior esquerdo
d. Holter em paciente com Doença de Chagas assintomático, com eletrocardiograma
(ECG) normal e ecocardiograma evidenciando fração de ejeção de 35% com
hipocinesia inferolateral
e. Estudo eletrofisiológico em paciente com Doença de Chagas ressuscitado após
parada cardíaca e com fração de ejeção de 30%.

53. TEC 2018 - Em relação aos cuidados da avaliação pré-operatória de pacientes


cardiopatas, é CORRETO afirmar que:
a. Pacientes com condições de tolerar exercício até carga de 4-5 METS apresentam
bom prognóstico perioperatório.
b. Em procedimentos odontológicos, a varfarina deve ser descontinuada para a
maioria dos pacientes, incluindo extrações dentárias.
c. Em procedimentos odontológicos, os pacientes em prevenção secundária de
eventos cardiovasculares em uso de monoterapia com ácido acetilsalicílico (AAS)
ou clopidogrel devem suspender o uso no perioperatório.

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d. No caso de procedimentos dermatológicos, para pacientes que estejam em uso
de dupla antiagregação plaquetária após angioplastia com implante de stent nos
últimos dois meses, a recomendação é suspender os dois antiplaquetários.
e. Devido à interação com varfarina, é necessária a alteração do regime de
anticoagulante quando for utilizada dose única de antibiótico profilático.

54. TEC 2015 - Marque a alternativa CORRETA sobre o período de relaxamento


isovolumétrico.
a. As valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares abertas.
b. É o período que antecede a abertura das valvas atrioventriculares.
c. Ocorre redução de volume, sem redução de pressão.
d. As valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares fechadas.
e. Ocorre logo após o período de contração isovolumétrica.

55. TEC 2013 - Paciente do sexo masculino, 19 anos, com diagnóstico de


cardiomiopatia hipertrófica, foi encaminhado ao cardiologista, que, após a realização
de anamnese, exame físico e exames complementares, identificou dois fatores de
risco para morte súbita (MS), quais sejam:
a. Valva aórtica bicúspide e fibrilação atrial persistente.
b. Septo interventricular medindo 32mm de espessura e síncope inexplicada.
c. Septo interventricular medindo 32mm e prolapso valvar mitral concomitantes.
d. Síncope inexplicada e gradiente > 50mmHg no trato de saída do ventrículo
esquerdo.
e. Síncope inexplicada e Holter mostrando > 500 ectopias ventriculares isoladas em
24 horas.

56. TEC 2018 - Assinale a alternativa CORRETA acerca dos aspectos relativos às
várias etiologias de miocardiopatia restritiva.
a. O prognóstico na hemocromatose depende da precocidade de seu diagnóstico,
pois, uma vez iniciado o tratamento com sangrias terapêuticas, pode haver melhora
da disfunção cardíaca, com consequente redução da morbidade e mortalidade.
b. Na forma familiar da amiloidose, também conhecida como de cadeia leve (AL),
ocorre miocardiopatia associada à polineuropatia e neuropatia autonômica, que
costumam preceder o quadro cardíaco. Embora a proteína mutante seja produzida
no fígado, não há espaço para transplante hepático.

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c. A sarcoidose cardíaca caracteriza-se histopatologicamente pela presença de
granulomas caseosos. Pode ocorrer insuficiência cardíaca, dor torácica e arritmias
ventriculares, mas não ocorrem distúrbios de condução.
d. A endomiocardiofibrose caracteriza-se por comprometimento fibrótico
endocárdico e do miocárdio adjacente, poupando, contudo, os ápices ventriculares.
Quando acomete o ventrículo esquerdo (VE), deve ser diferenciada da pericardite
constritiva.
e. O diagnóstico de miocardiopatia restritiva deve ser lembrado em pacientes com
insuficiência cardíaca, cardiomegalia à radiografia de tórax, átrios pequenos ao
ecocardiograma e calcificação pericárdica.

57. TEC 2017 - A ablação e a modificação da condução atrioventricular podem ser


consideradas nas condições a seguir, EXCETO:
a. Nas taquicardias atriais esquerdas assintomáticas.
b. Nos casos de taquicardia juncional sintomática e não paroxística resistente ao
tratamento farmacológico.
c. Pacientes com taquiarritmias atriais sintomáticas que apresentam controle
inadequado da frequência ventricular.
d. Pacientes com taquiarritmias atriais sintomáticas que não toleram ou não desejam
usar drogas para controle da frequência cardíaca e dos sintomas.
e. Nos casos de taquicardia mediada por marca-passo, quando o tratamento efetivo
não pode ser realizado através de drogas ou da reprogramação do dispositivo.

58. TEC 2015 - Com relação à hipertensão arterial secundária, assinale a alternativa
CORRETA.
a. Pacientes com relação aldosterona sérica/ atividade de renina < 30 têm alta
probabilidade de serem portadores de hiperaldosteronismo primário.
b. Para o tratamento inicial dos feocromocitomas, deve-se começar pelo uso de
betabloqueadores, devido ao risco de taquicardia reflexa dos alfa bloqueadores.
c. A coarctação de aorta é mais comum em mulheres, e o diagnóstico é feito na
maioria das vezes por diferença da pressão arterial entre os braços > 10mmHg.
d. O diagnóstico da síndrome da apneia obstrutiva do sono é confirmado pelo achado
de dois episódios de apneia e/ou hipopneia por hora de sono (índice de apneia-
hipopneia) na polissonografia. É considerada grave se o índice de apneia-hipopneia
for maior ou igual a 10.
e. A displasia fibromuscular é mais frequentemente encontrada em mulheres jovens.

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59. TEC 2020 - Em relação à terapia de ressincronização cardíaca (TRC) na
insuficiência cardíaca (IC), é correto afirmar que:
a. Os pacientes que demonstraram melhores benefícios apresentavam disfunção
sistólica (FEVE [fração de ejeção do ventrículo esquerdo] < 40%) em presença de
bloqueio de ramo direito (BRD).
b. A eficácia da TRC está amplamente demonstrada, com benefícios clínicos na
melhora de sintomas e da qualidade de vida, redução de admissões hospitalares e
melhora da sobrevida.
c. Os pacientes considerados hiperrespondedores são aqueles com etiologia
isquêmica, do sexo masculino e duração do complexo QRS > 120 ms.
d. A duração do complexo QRS não exerce um papel relevante na probabilidade
de benefício da TRC. O benefício clínico sobre o desfecho primário (morte ou
hospitalização por IC) foi demonstrado em todos os pacientes com duração intrínseca
do QRS > 120 ms.
e. O benefício da TRC em pacientes com fibrilação atrial persistente ou permanente
é semelhante aos benefícios para paciente em ritmo sinusal.

60. TEC 2019 - Homem, 27 anos, apresenta-se com queixas de palpitações. Nega
uso de drogas ou tabagismo. Pratica exercícios físicos regularmente. História familiar
de cardiomiopatia hipertrófica. Exame físico completamente normal, incluindo
ausculta cardíaca em repouso e durante Manobra de Valsalva. Eletrocardiograma
evidenciou hipertrofia ventricular esquerda com alterações da repolarização
ventricular. Ecocardiograma mostrou hipertrofia septal com espessura diastólica
de 26mm. Leve movimento anterior sistólico da valva mitra. Ausência de gradiente
intracavitário tanto em repouso como durante Manobra de Valsalva. Fração de
ejeção (FE) de 75%, sem alteração segmentar da contratilidade. Assinale a alternativa
CORRETA:
a. Eletrocardiograma com alternância de onda T é um marcador de risco para morte
súbita.
b. A Amiodarona constitui a terapêutica indicada para controlar arritmias ventriculares
e prevenção de morte súbita.
c. Maior espessura parietal do ventrículo esquerdo está associada a aumento da
probabilidade de sintomas de insuficiência cardíaca progressiva.
d. Os principais determinantes a insuficiência cardíaca progressiva são obstrução
da via de saída do ventrículo esquerdo, a fibrilação atrial e a disfunção diastólica.
e. Isquemia miocárdica secundária à disfunção microvascular é um importante
componente fisiopatológico dessa patologia, mas não tem impacto no prognóstico.

31
61. TEC 2014 - Paciente, sexo feminino, 35 anos, com sintomas de dispneia
em repouso, ortopneia e tosse seca. Apresenta sopro diastólico +++/6, 2º espaço
intercostal à esquerda, aspecto aspirativo e sopro diastólico em ruflar +++/6 B1
hiperfonética e P2 hiperfonética +++. Pulsos periféricos simétricos, amplitude e
ascenso normais. Assinale a alternativa que contempla a hipótese diagnóstica
CORRETA:
a. Insuficiência pulmonar e estenose mitral.
b. Insuficiência aórtica e insuficiência mitral.
c. Dupla lesão mitral importante e estenose pulmonar.
d. Insuficiência tricúspide e estenose mitral.
e. Insuficiência aórtica e insuficiência pulmonar.

62. TEC 2012 - Em relação à prevenção secundária da doença arterial coronariana,


assinale a alternativa errada.
a. Ácido acetilsalicílico está sempre indicado, na dose de 75 a 162 mg ao dia, salvo
contraindicações.
b. Betabloqueadores (beta-1 específicos ou não) estão indicados, salvo
contraindicações.
c. Indicação de inibidores da enzima conversora de angiotensina está limitada
a pacientes com disfunção ventricular esquerda, hipertensão arterial ou diabetes
mellitus.
d. Na doença coronariana recomenda-se redução de LDL-C para níveis inferiores a
pelo menos 100 mg/dL.
e. Não há estudos demonstrando aumento de sobrevida com uso de nitratos orais.

63. TEC 2020 - Assinale a alternativa correta sobre o mecanismo de Frank-Starling:


a. Frequências cardíacas aumentadas aumentam o comprimento das fibras
miocárdicas.
b. Volume cardíaco maior aumenta o comprimento do sarcômero, aumentando o
volume sistólico.
c. Diz respeito exclusivamente ao aumento do lusitropismo.
d. Quanto maior o volume inicial do ventrículo esquerdo, menor a pressão máxima e
mais lenta a taxa de relaxamento.
e. É a capacidade do miocárdio de se contrair independentemente da frequência
cardíaca.

32
64. TEC 2016 - Em relação à investigação diagnóstica de paciente com suspeita
de miocardite, é CORRETO afirmar que:
a. A ressonância magnética do coração é especialmente útil na avaliação de pacientes
com diagnóstico de miocardite fulminante com instabilidade hemodinâmica.
b. A realização da biópsia endomiocárdica do ventrículo esquerdo deve ser realizada
somente nos casos em que o processo esteja definitivamente limitado a esta
cavidade, o que pode ser definido, em alguns casos, pelo exame de ressonância
magnética do coração.
c. A cintilografia com 67-gálio, pela elevada sensibilidade durante o diagnóstico de
miocardite, deve ser realizada naqueles pacientes com quadro clínico sugestivo com
mais de 3 meses de evolução.
d. A exemplo do que ocorre nas síndromes coronarianas agudas, geralmente existe
uma curva de elevação e redução habitual e gradual dos marcadores de necrose
miocárdica na miocardite.
e. O eletrocardiograma não deve ser realizado rotineiramente, pois, na fase aguda,
predominam os sinais de sobrecarga ventricular esquerda e bloqueio de ramo
esquerdo, sem valor prognóstico nesta fase.

65. TEC 2016 - Sobre a farmacocinética da amiodarona, é CORRETO afirmar:


a. Tem eliminação principalmente renal.
b. Após administração oral tem início de ação em uma a duas horas.
c. É eliminada em sua forma original, sem formação de metabólitos.
d. É altamente solúvel em lipídios, o que explica a distribuição extensa por todo o
corpo e a deposição preferencial nos tecidos hepáticos, adiposo e pulmonar.
e. Após a interrupção, é totalmente eliminada em 7 dias.

66. TEC 2012 - A pressão arterial medida por esfigmomanômetro:


a. Pode ser falsamente baixa, com manguito muito estreito.
b. Pode ser falsamente baixa, em pacientes com artérias rígidas.
c. Pode ser falsamente alta, em pacientes obesos.
d. Permite a leitura direta da pressão arterial média.
e. Depende do desaparecimento do ruído, para sinalizar a pressão sistólica.

67. TEC 2020 - Mulher, 58 anos, com hipertensão arterial há 2 meses, desde então
em uso de hidroclorotiazida 25 mg pela manhão. Neste momento, o efeito anti-
hipertensivo se deve predominantemente por redução de:

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a. Resistência vascular periférica.
b. Rtensão urinária de sódio.
c. Volume extracelular.
d. Atividade plasmática de renina.
e. Atividade do sistema nervoso simpático.

68. TEC 2017 - No tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca


descompensada, todas as medidas farmacológicas abaixo estão indicadas, EXCETO:
a. O diurético tiazídico (hidroclorotiazida) deve ser empregado nos casos de pacientes
com sobrecarga de volume e refratariedade aos diuréticos de alça. Bisoprolol.
b. O betabloqueador intravenoso (esmolol) pode ser considerado, em pacientes
com fibrilação atrial com alta resposta ventricular, como fator desencadeante da
descompensação.
c. Um vasodilatador intravenoso, como a nitroglicerina ou o nitroprussiato de
sódio, pode ser usado na presença de congestão ou edema pulmonar associado a
PAS>90mmHg.
d. A milrinona, um inodilatador, é o agente de escolha na presença de síndrome
coronariana aguda como causa da insuficiência cardíaca aguda, devido ao seu efeito
inotrópico e vasodilatador concomitante.
e. A noradrenalina pode ser usada como agente de resgate nos pacientes com
hipotensão arterial intensa, para manter a pressão arterial até que outras terapias
que melhorem a função cardíaca sejam instituídas.

69. TEC 2016 - Com relação aos critérios utilizados para definir a reperfusão
pós-administração de trombolíticos, no infarto agudo com supradesnivelamento do
segmento ST (IAMcSST), pode-se AFIRMAR:
a. Há melhora lenta e gradativa do desconforto torácico ou do equivalente.
b. Há aparecimento de fibrilação atrial.
c. A instabilização hemodinâmica, como a hipotensão observada no uso de
estreptoquinase, pode ser preditora de reperfusão.
d. Ocorre resolução do supradesnivelamento do segmento ST ou redução de 20% na
derivação com maior supradesnivelamento.
e. Os critérios clínicos e eletrocardiográficos de recanalização, quando utilizados
em conjunto, apresentam boa sensibilidade/especificidade para o diagnóstico de
reperfusão.

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70. TEC 2020 - Qual das alternativas abaixo apresenta sinais e/ou sintomas de
insuficiência cardíaca descompensada predominantemente relacionados com
hipoperfusão?
a. Extremidades frias, síncope, pulso alternante e sonolência diurna.
b. Fadiga, dispneia de esforço, edema periférico e derrame pleural.
c. Edema sacral, refluxo hepatojugular, quarta bulha e alteração do nível de consciência.
d. Terceira bulha, ascite, anorexia e esplenomegalia.
e. Sibilos, dispneia em repouso, sudorese fria e edema pulmonar agudo.

71. TEC 2019 - Mulher, 35 anos, com diagnóstico recente de hipertensão, referia
episódios de tonturas e sonolência diurna. Relatava pai falecido por infarto agudo
do miocárdio (IAM) aos 51 anos. Atualmente, em uso diário de hidroclorotiazida 25
mg e ramipril 10 mg. Ao exame, pressão arterial (PA) = 164 x 98 mmHg; frequência
cardíaca (FC) = 96 bpm; índice de massa corporal (IMC) = 26,9 kg/m2; e circunferência
da cintura = 89 cm. Exames laboratoriais revelaram glicemia de jejum = 108 mg/dL;
colesterol total = 180 mg/dL; HDL-c = 54 mg/dL; LDL-c = 90 mg/ dL; e triglicerídeos
= 180 mg/dL. Considerando a dificuldade de controle da pressão arterial, o fator de
risco presente mais associado à síndrome de apneia obstrutiva do sono que justifica
a solicitação de polissonografia é:
a. Sexo feminino.
b. Presença de síndrome metabólica.
c. Idade < 40 anos.
d. Presença de sobrepeso.
e. História familiar de doença cardiovascular prematura.

72. TEC 2018 - Existem situações quando o verapamil pode ser indicado para o
tratamento de arritmias ventriculares. Dentre as opções abaixo, assinale o tipo de
taquicardia ventricular verapamil-sensível:
a. Taquicardia ventricular secundária à Doença de Chagas.
b. Taquicardia ventricular fascicular.
c. Taquicardia ventricular relacionada com cicatriz de infarto do miocárdio.
d. Taquicardia na fase aguda do infarto do miocárdio.
e. Taquicardia ventricular secundária à displasia arritmogênica do ventrículo direito
(VD).

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73. TEC 2020 - Considerando a apresentação clínica e o tratamento da
miocardiopatia hipertrófica, escolha a afirmativa correta:
a. Em pacientes acima de 50 anos, a mortalidade continua sendo maior do que na
população geral.
b. Cardioversor desfibrilador implantável deve ser indicado para todos os pacientes.
c. Fibrilação atrial é a arritmia sustentada mais comum.
d. A alcoolização septal é o procedimento terapêutico com resultados mais
duradouros.
e. O marcapasso com dupla câmara reduz o gradiente intraventricular e tem
resultados comparáveis à miomectomia cirúrgica.

74. TEC 2017 - A miocardiopatia hipertrófica é a mais comum das doenças


cardiovasculares genéticas, causada por diversas mutações em genes que
codificam proteínas dos sarcômeros cardíacos. Sobre as características dessa
miocardiopatias, é INCORRETO afirmar que:
a. Tem padrão de herança autossômica recessiva.
b. Cerca de 30% dos pacientes apresentam a forma não obstrutiva.
c. O gradiente subaórtico e o sopro sistólico de ejeção costumam ser dinâmicos.
d. É comum que a hipertrofia do ventrículo esquerdo se desenvolva dinamicamente
após um período variável de latência.
e. Os miócitos mostram aumento do diâmetro transversal e formas bizarras,
mantendo frequentemente conexões intercelulares com muitas células adjacentes.

75. TEC 2017 - O sopro de Graham-Steel é característico da seguinte lesão valvar:


a. Estenose aórtica.
b. Insuficiência mitral.
c. Estenose tricúspide.
d. Insuficiência aórtica.
e. Insuficiência pulmonar.

76. TEC 2020 - Sobre o estresse parietal do ventrículo esquerdo (VE), é correto
afirmar:
a. Quanto maior o tamanho do VR, menor o estresse.
b. Quanto menor o raio do VE, maior o estresse.

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c. Na fase de hipertrofia compensatória do VE, o aumento da espessura parietal não
compensa o aumento da pressão, elevando o estresse.
d. Pós-carga pode ser definida como o estresse parietal no final da diástole.
e. Quanto maior a espessura da parede, menor o estresse.

77. TEC 2013 - Paciente do sexo masculino, 60 anos foi internado com quadro
clínico sugestivo de endocardite infecciosa. O ecocardiograma realizado mostrou a
presença de imagem de vegetação na valva mitral e insuficiência mitral de moderada
a grave. Há relato de diagnóstico de neoplasia intestinal. Neste caso, o agente
etiológico mais provável é:
a. Candida albicans
b. Streptococcus bovis
c. Staphylococcus aureus
d. Streptococcus pneumoniae
e. Staphylococcus epidermidis

78. TEC 2017 - Sopro sistólico que é melhor audível na borda esternal esquerda,
aumenta durante a inspiração e é acompanhado de onda v acentuada e y decrescente
no pulso venoso jugular sugere:
a. Estenose aórtica.
b. Insuficiência mitral.
c. Insuficiência tricúspide.
d. Defeito do septo ventricular.
e. Ruptura de cordoalha tendinosa do folheto posterior da valva mitral.

79. TEC 2017 - Em relação à cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito


(CAVD), podemos afirmar que:
a. A biópsia endomiocárdica tem baixa taxa de resultados falso-negativos.
b. A progressão para a insuficiência cardíaca ocorre na maioria dos pacientes.
c. Os pacientes costumam apresentar a doença entre a adolescência e os 40 anos
de idade.
d. Uma minoria dos pacientes que sofrem morte súbita cardíaca apresenta um
histórico de síncope, o que faz desta um evento prognóstico importante.
e. É característico que o coração afetado com CAVD apresente uma substituição
gordurosa ou fibrogordurosa do miocárdio, em especial no ventrículo esquerdo.

37
80. TEC 2020 - Das alternativas abaixo, qual representa os alvos clínicos
com a terapêutica diurética da descongestão na insuficiência cardíaca aguda/
descompensada?
a. Ausência de edema nas primeiras 24 horas com SatO2 maior que 94% em ar
ambiente.
b. Ausência de dispneia aos mínimos esforços em até 96 horas.
c. Diurese de 0,1 mL/kg/hora nas primeiras 6 horas.
d. Diurese (1L nas primeiras 6 horas; 1,5 a 2,5 ml/kg/hora) com ausência de ortopneia
e esforço respiratório em 24 horas.
e. Alívio dos sintomas independentemente da diurese.

81. TEC 2017 - Em relação às troponinas, assinale a CORRETA:


a. pode estar aumentada na sepse.
b. define o mecanismo de lesão miocárdica.
c. não tem valor prognóstico no IAM com supra.
d. define estratégias terapêuticas no IAM com supra.
e. invariavelmente aumentadas na admissão do IAM com supra.

82. TEC 2015 - Um homem de 50 anos procurou o pronto-socorro com dor


torácica em aperto de forte intensidade em região retroesternal iniciada há 30
minutos. Foi realizado eletrocardiograma de repouso e coletados marcadores de
necrose miocárdica que não evidenciaram indícios de isquemia miocárdica. Foi
então realizada cintilografia de perfusão do miocárdio (CPM), sendo administrado
sestamibi somente em repouso ainda na vigência de dor. Neste caso pode-se
afirmar que:
a. A CPM sem a fase de estresse não tem valor para a conduta desse caso.
b. É alta a probabilidade de esse paciente não estar tendo um infarto do miocárdio se
as imagens da CPM no repouso forem normais.
c. Está confirmado infarto agudo do miocárdio se aparecerem regiões de hipocaptação
na CPM de repouso.
d. A CPM não está indicada para investigação de dor torácica aguda.
e. A CPM para investigação de dor torácica aguda apresenta melhores resultados
quando realizada com tálio-201.

83. TEC 2020. - Em relação à deficiência de ferro na insuficiência cardíaca (IC),


assinale a alternativa correta:

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a. A deficiência de ferro, mesmo sem anemia, não está associada a pior prognóstico.
b. A reposição de ferro por via intravenosa não mostrou benefício na capacidade
funcional, na qualidade de vida e na redução de hospitalizações.
c. A reposição de ferro por via oral mostrou benefício na capacidade funcional, na
qualidade de vida e na redução das hospitalizações.
d. Não é necessária a pesquisa de possíveis focos de sangramento, visando a excluir
a deficiência de ferro por sangramento.
e. É definida como ferritina sérica menor que 100 μg/L ou ferritina sérica entre 100 e
299 μg/L com saturação da transferrina menor que 20%.

84. TEC 2020 - Homem, 69 anos, hipertenso, com uso irregular de furosemida
40 mg/dia, nifedipina 40 mg/dia e atorvastatina 20 mg/dia. Pressão arterial (PA) de
consultório = 152 X 90 mmHg, frequência cardíaca = 88 bpm. Exame físico: ictus
propulsivo e normolocalizado, ritmo cardíaco regular em 3 tempos (B4), sem sopros.
Exames laboratoriais: creatina = 1,7 mg/dL, taxa de filtração glomerular (CKD-EPI) =
40 mL/ mim/1,73m², Potássio 3,9 mmol/L; lipidograma normal; hemoglobina glicada
= 5,4%. Spot urinário: albuminúria?creatinúria 98 mg/g creatinina. Qual a conduta
em relação a terapêutica farmacológica?
a. Trocar diurético de alça por um tiazídico e iniciar um inibidor do sistema renina-
agiotensinaaldosterona (SRAA), objetivando melhor controle pressórico, proteção
renal e reversão de hipertrofia ventricular esquerda.
b. Associar espironolactona pela possibilidade de hiperaldosteronismo diante do
potássio alto, objetivando melhor controle pressórico e consequente melhoria da
função renal.
c. Suspender toda a medicação e iniciar um inibidor SRAA e metformina, visando a
proteção renal
d. Aumenta a dose de da furosemida para 80 mg/dia e iniciar investigação para
doença renovascular.
e. Iniciar duplo bloqueio do SRAA, com objetivo de reduzir os níveis de albuminútia e
reverter hipertrofia ventricular esquerda.

85. TEC 2016 - Paciente masculino, 66 anos, sofreu infarto agudo do miocárdio
(IAM) anterior extenso há 3 meses. Vem para revisão ambulatorial com insuficiência
cardíaca classe II da NYHA, ecocardiograma com fração de ejeção ventricular
esquerda de 28% e tratamento farmacológico otimizado. Eletrocardiograma em
ritmo sinusal, 60 bpm, PR 0,18 s, QRS 0,10s, extrassístole ventricular isolada e zona
inativa anterior. Qual é a melhor conduta a ser indicada?
a. Implantar cardioversor desfibrilador ventricular.

39
b. Manter tratamento inalterado.
c. Implantar cardioversor desfibrilador associado à ressincronizador cardíaco
atriobiventricular.
d. Fazer estudo eletrofisiológico diagnóstico.
e. Implantar ressincronizador cardíaco atriobiventricular.

86. TEC 2019 - Assinale a alternativa CORRETA acerca dos aspectos relativos às
várias etiologias de cardiomiopatia restritiva:
a. Na amiloidose m-TTR, o tratamento quimioterápico se impõe e objetiva combater
os clones de células B medulares, os quais produzem as cadeias pesadas de
imunoglobulinas que se depositam nos tecidos.
b. A doença de Fabry, relacionada à deficiência de betagalactosidase, é associada à
herança autossômica dominante e se caracteriza por graus acentuados de hipertrofia
ventricular desde a adolescência, levando à dispneia precoce e a angina relacionada
à doença coronariana epicárdica.
c. A amiloidose cardíaca deve ser considerada no diagnóstico diferencial nos
pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção preservada.
d. A hemocromatose primária ocorre devido ao depósito de ferro em vários órgãos,
relacionada à herança genética autossômica dominante, sendo decorrente da
eliminação reduzida de ferro absorvido e havendo infiltração do coração precoce
quando comparada aos outros órgãos sólidos, como fígado e pâncreas.
e. As imagens de PET (tomografia por emissão de pósitrons) têm pouca utilidade
para o diagnóstico e seguimento em pacientes portadores de sarcoidose cardíaca,
dada a ausência de inflamação perigranulomatosa significativa nessa patologia.

87. TEC 2014 - No tratamento dos hipertensos diabéticos, é CORRETO afirmar:


a. Na vigência de microalbuminúria ou proteinúria, o bloqueio do sistema renina-
angiotensinaaldosterona é comprovadamente a medida mais eficiente para deter a
progressão da doença renal.
b. É contraindicado o uso dos betabloqueadores.
c. Os diuréticos tiazídicos não devem ser usados com a taxa de filtração glomerular
< 50ml/ min/1,73m².
d. A associação de IECA, BRA II e diuréticos tiazídicos é a que oferece melhores
resultados no bom controle da pressão arterial.
e. A fludrocortisona e a domperidona causam hipotensão matutina e a consequente
hipertensão vespertina e noturna.

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88. TEC 2017 - Os cuidados de final de vida em pacientes com insuficiência
cardíaca são fundamentais para profissionais que trabalham com esse tipo de
pacientes. NÃO está recomendada para esses indivíduos a adoção dos seguintes
cuidados:
a. Discussão sobre a opção de desativar cardiodesfibriladores implantáveis.
b. Assegurar a continuidade dos cuidados médicos entre os ambientes hospitalar e
ambulatorial.
c. Informação contínua ao paciente e à família sobre o prognóstico para capacidade
funcional e sobrevida.
d. O tratamento paliativo no final da vida deve evitar medicações regulares para
controle dos sintomas como o uso de inotrópicos e diuréticos intravenosos.
e. Informação ao paciente e à família sobre as opções para formulação e
implementação das diretivas antecipadas e o papel dos serviços paliativos e de
hospice com reavaliação para mudança da situação clínica.

89. TEC 2017 - A monitorização hemodinâmica com cateter de Swan Ganz em


pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST
complicado é recomendada em diversos cenários clínicos. Essa estratégia NÃO está
recomendada na seguinte condição clínica:
a. Fibrilação atrial aguda.
b. Insuficiência ventricular direita.
c. Taquicardia ventricular refratária.
d. Hipovolemia versus choque cardiogênico.
e. Ruptura do septo ventricular versus regurgitação mitral aguda.

90. TEC 2020 - Mulher, 72 anos, tabagista, com queixa de dispneia progressiva há 1
dia, além de ortopneia. Relata episódio de dor torácica de forte intensidade há 5 dias,
com irradiação para as costas e duração de aproximadamente 1 hora. Exame físico:
taquidispneica, com estertores crepitantes até terço médio de ambos os pulmões,
sopro holossistólico alto e rude, melhor audível na parte inferior da borda esternal
esquerda associado a frêmito na mesma localização. O diagnóstico mais provável é:
a. Ruptura total de músculo papilar pós-infarto agudo do miocárdio com insuficiência
mitral moderada.
b. Dissecção aguda de aorta com insuficiência aórtica importante.
c. Síndrome de Dressler.
d. Embolia pulmonar com hipertensão pulmonar e insuficiência tricúspide importante.

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e. Ruptura de septo interventricular pós-infarto agudo do miocárdio com comunicação
interventricular.

91. TEC 2020. - Em relação ao uso de sacubitril/ valsartana na insuficiência


cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr), assinale a alternativa correta:
a. A dose inicial recomendada de sacubitril/ valsartana é de 97/103 mg, de 12 em
12 horas, para pacientes em uso de altas doses de inibidor da enzima conversora da
angiotensina (iECA) ou bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA), com
pressão arterial sistólica acima de 100 mmHg.
b. Para aqueles pacientes que vinham em uso de BRA, é necessário um período de
washout de 24 horas.
c. O iECA deve ser suspenso por 36 horas antes de se iniciar o sacubitril/valsartana,
pelo risco de angioedema.
d. Em pacientes com alterações da função renal, o tratamento com iECA foi mais
seguro comparativamente à sacubitril/valsartana.
e. As doses devem ser aumentadas progressivamente, a cada 2 a 4 dias, mediante
monitorização da função renal e eletrólitos, até a dose alvo de 97/103 mg, de 12 em
12 horas.

92. TEC 2019 - A avaliação de um paciente com dor torácica requer a análise
cuidadosa das características da dor para permitir um diagnóstico inicial mais
acurado. Existem várias patologias que podem apresentar manifestações próprias,
o que auxilia no diagnóstico diferencial. Qual alternativa está INCORRETA?
a. A dor relacionada à insuficiência coronariana costuma piorar ao esforço,
alimentação copiosa, frio ou estresse.
b. A dor relacionada ao refluxo gastroesofágico piora com alimentação copiosa e
decúbito horizontal pós-refeições.
c. O gesto de fechar a mão sobre o tórax em uma área grande é altamente sugestivo
de dor de origem relacionada à isquemia do miocárdio.
d. A dor da pericardite costuma ser precordial em opressão e tende a melhorar com
o decúbito dorsal.
e. Dor torácica súbita do tipo pleurítica e acompanhada de tosse, dispneia e
hemoptise é forte indicadora de tromboembolismo pulmonar, com consequente
infarto pulmonar associado.

93. TEC 2016 - Sobre a hipertensão secundária de causa endócrina, marcar a


afirmativa INCORRETA:

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a. Nos pacientes com feocromocitoma, a hipertensão arterial pode ser do tipo
paroxístico (30%) ou sustentada com ou sem paroxismo (50% a 60%).
b. Nos pacientes portadores de hiperaldosteronismo primário, a hipertensão tem
mais comumente estágios 1 e 2, e raramente é refratária ao tratamento farmacológico
anti-hipertensivo.
c. A correção cirúrgica do hiperparatireoidismo reduz a pressão arterial dos
hipertensos e não modifica a pressão arterial nos normotensos.
d. A hipertensão arterial sistêmica ocorre em 20% dos pacientes com hipotireoidismo.
e. Na síndrome de Cushing, a pressão arterial eleva-se devido ao excesso de cortisol,
que aumenta a retenção de sódio e água e promove expansão do volume plasmático.

94. TEC 2018 - No diagnóstico da insuficiência cardíaca (IC), com relação aos
achados no exame físico, qual a alternativa CORRETA:
a. Ausência de estertores pulmonares ao exame exclui a presença de pressão capilar
pulmonar elevada.
b. O derrame pleural na insuficiência cardíaca é mais frequentemente bilateral, mas
quando unilateral em geral é restrito ao lado direito do tórax.
c. A hepatomegalia em geral se segue ao desenvolvimento de edema periférico
evidente.
d. A ausência de edema periférico indica a falta de sobrecarga de volume e congestão
venosa sistêmica.
e. Na insuficiência ventricular esquerda, P2 é frequentemente reduzida.

95. TEC 2018 - No estudo MIRACL, realizado em fase aguda do infarto agudo do
miocárdio, mostrou-se redução de reinternação hospitalar por angina em apenas 4
meses de tratamento hipolipemiante, introduzida precocemente qual estatina e em
que dose?
a. 40 mg de rosuvastatina.
b. 80 mg de atorvastatina.
c. 40 mg de atorvastatina.
d. 20 mg de rosuvastatina.
e. 20 mg de sinvastatina com 10 mg de ezetimiba.

96. TEC 2019 - Homem, caucasiano, de 72 anos, com cardiopatia isquêmica


(infarto do miocárdio prévio) e fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 32%.
Refere que atividades físicas habituais causam sintomas como dispneia. Ao exame

43
físico, ele apresenta-se lúcido, corado, hidratado e eupneico em ar ambiente.
Pressão arterial (PA) 120/84 mmHg, frequência cardíaca (FC) = 66 bpm, frequência
respiratória (FR) = 12 irpm (incursões respiratórias por minuto); ritmo regular com
B3, sem sopros; pulmões limpos; abdome sem visceromegalias, peristalse normal,
sem ascite, membros inferiores sem edemas. Atualmente, ele está fazendo uso
regalar de enalapril 20 mg duas vezes ao dia, carvedilol 25 mg, duas vezes ao dia,
espironolactona 25 mg uma vez ao dia, ácido acetilsalicílico (AAS) 100 mg, uma vez
ao dia, sinvastatina 20 mg, uma vez ao dia, e furosemida 40 mg, uma vez ao dia.
Conforme as recomendações das Diretrizes Brasileiras de Insuficiência Cardíaca
Crônica (2018), qual a melhor opção terapêutica com o objetivo de redução da
mortalidade?
a. Trocar o enalapril por sacubitril-valsartana.
b. Adicionar hidralazina ao esquema em uso.
c. Aumentar a dose de espironolactona para 50 mg por dia.
d. Adicionar ivabradina para melhor controle da frequência cardíaca.
e. Não fazer modificações, pois paciente já está em uso de tratamento pleno.

97. TEC 2016 - Um paciente está em uso de um inibidor da enzima conversora


de angiotensina (IECA). Assinalar a questão que identifica de forma CORRETA os
principais efeitos colaterais observados neste grupo de fármacos.
a. Tosse seca, edema de membros inferiores, angioedema e hipercalemia.
b. Tosse seca, alterações do paladar, angioedema e azotemia.
c. Rash cutâneo, angioedema, hiponatremia e azotemia.
d. Tosse seca, salivação, diarreia e hipercalemia.
e. Tosse seca, edema de membros inferiores, rash cutâneo e hipocalemia.

98. TEC 2018 - Homem, 70 anos, sem comorbidades, foi submetido à angioplastia
primária com stent farmacológico de artéria descendente anterior devido a infarto do
miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST. Por conta disso, foi tratado
desde a admissão com ácido acetilsalicílico (AAS) + clopidogrel. No terceiro dia, o
clopidogrel foi substituído por ticagrelor 90 mg, 2 vezes ao dia, evoluindo a partir de
então com episódios de dispneia sem relação com alterações cardiopulmonares ao
exame físico. Em relação ao tratamento antiplaquetário usado para este paciente,
assinale o item CORRETO:
a. A dispneia induzida pelo ticagrelor costuma ser persistente caso o tratamento
seja mantido.

44
b. O ticagrelor é um composto não tienopiridínico que age bloqueando de maneira
reversível o receptor P2Y12.
c. Além da dispneia, outros efeitos colaterais particulares do ticagrelor são:
hiperuricemia, taquicardia assintomática e aumento de creatinina.
d. Ranitidina e omeprazol devem ser evitados em associação ao clopidogrel, pois
bloqueiam a biotransformação do antiplaquetário em droga ativa.
e. Polimorfismos genéticos do citocromo 2C19 influenciam a biotransformação do
clopidogrel e do ticagrelor em droga ativa.

99. TEC 2020 - Em relação às complicações mecânicas do infarto agudo do


miocárdio, assinale a alternativa correta:
a. Comunicação interventricular, ruptura de parede livre do ventrículo esquerdo e
ruptura de músculo papilar ocorrem de forma tardia (mais de 14 dias do evento-
índice).
b. Ocorrem com maior incidência em pacientes jovens e são mais frequentes em
homens, com maior prevalência de acometimento do ventrículo direito.
c. Na ruptura subaguda do ventrículo esquerdo, as manifestações clínicas podem
ser dor precordial persistente, náusea, agitação e hipotensão transitória abrupta.
d. Geralmente ocorrem em infartos pequenos e não transmurais.
e. A ruptura do músculo papilar é frequente e com bom prognóstico evolutivo.

100. TEC 2020 - Qual das causas abaixo NÃO está associada à elevação de
troponina?
a. Queimadura.
b. Quimioterapia.
c. Insuficiência renal.
d. Embolia pulmonar.
e. Insuficiência hepática.

45
Comentários
1. Comentário: O autor cobra do candidato o conhecimento de todos os aspectos
do escore de risco de TIMI, tanto os componentes do escore, quanto o que cada
valor encontrado representa de risco ao paciente. Basta lembrar-se do NASFILA
para acertar a questão. “N” negativo, o autor relata que os MNM vieram negativos.
“A” negativo, o paciente não usava AAS. “S” negativo, não houve alterações do
segmento ST. “F” positivo, paciente era HAS, usava sinvastatina, então se deduz que
era DLP, e apresentava HF positiva de DAC, portanto apresentava 3 fatores de risco.
“I” positivo, paciente com idade > 65 anos. “L” negativo, o autor revela que paciente
nunca realizou estratificação prévia de DAC. “A” positivo, paciente apresentou dor
torácica às 10h e às 5h, ou seja, 2 episódios de angina nas últimas 24h. Com isso, o
TIMI desse paciente é de 3. TIMI 3 é igual a risco intermediário.
Resposta: Letra A

2. Comentário: Mais uma questão sobre pericardite aguda, neste ano. Observe que o
quadro clínico é típico, e a paciente apresenta sinais de doença autoimune associada.
Analisando as alternativas, facilmente descartamos alternativa “b”, não há sinais
de dengue neste caso, “c”, não sendo contraindicação ao uso de hidroxicloroquina,
caso pensemos em LES, “d” visto não ser um quadro de síndrome coronariana
aguda e “e”, pois a característica do caso nos leva a pensar em LES. Mas analisando
com detalhes a alternativa “a”, algumas coisas nos incomodam: se pensarmos em
pericardite lúpica, o tratamento deve conter corticosteroides, deixando até mesmo
a ideia que esse tratamento deve ocorrer com “brevidade”. De qualquer forma, não
está errado iniciarmos AINE, até mesmo porque não fechou ainda o diagnóstico
de LES. A internação deve ser pensada em casos cuja etiologia não é tipicamente
viral (como neste caso que temos sinais de artrite, febre e proteinúria presentes) ou
quando tivermos sinais de derrame pericárdico.
Resposta: Letra A

3. Comentário: Letra A errada; “A atividade simpática eferente, para os rins,


causa liberação de renina, com subsequente ativação do sistema renina-
angiotensinaaldosterona, levando à elevação da PA, ao aumento da retenção tubular
de sódio e à redução do fluxo sanguíneo renal. A sinalização aferente dos rins para
o SNS, estimulada pela redução do fluxo renal, gera aumento da ativação eferente
simpática para os rins, vasos e coração, perpetuando o processo. O racional da
terapia de DSR é bloquear essa via, atenuando a atuação do SNS na HAS”. Letra B

46
errada; é um procedimento em fase experimental. Letra C errada; “A técnica consiste
na inserção de um cateter-guia por via femoral compatível com introdutor 6 F,
seguida pela introdução de um cateter com emissão de energia por radiofrequência,
objetivando aplicar de quatro a seis disparos, de dois minutos cada, em forma de
espiral, do segmento mais distal em direção ao óstio de cada artéria renal. A ponta
do cateter deve estar em contato com a parede da artéria, para causar uma lesão
térmica, a qual é predominantemente limitada às fibras simpáticas localizadas na
adventícia, por serem mais sensíveis ao calor do que os tecidos adjacentes”. Letra
E errada; os pacientes do Simplicity estavam em uso regular de, pelo menos, 3
classes de anti-hipertensivos. Letra D correta; estudos têm demonstrado resultados
desanimadores, corroborando com a fato fisiopatológico de que as fibras nervosas
submetidas à ablação são capazes de se regenerar.
Resposta: Letra D

4. Comentários: questão sobre manifestações periféricas clássicas da EI. Elas


estão cada dia menos frequentes nos quadros de EI. Petéquias, a mais comum
das manifestações, são encontradas em 10-40% dos pacientes, principalmente, na
conjuntiva palpebral, mucosas bucal e palatal e nas extremidades. Podemos ainda
encontrar hemorragias ungueais, nódulos de Osler, lesão de Janeway e manchas
de Roth. Essas alterações não são patognomônicas de EI. Relembrando sobre as
manifestações clássicas da EI:

CONCEITO IMPORTANTE
Manifestações periféricas clássicas da El:
Nódulo de Osler: caracterizado por pequenos nódulos subcutâneos macios nas
extremidade , que persistem por dias ou horas, podendo ser dolorosos ou não
(fenômeno imunológico);
Lesão de Janeway: lesões musculares eritematosas ou hemorrágicas, duras, nas
palms das mãos ou planta dos pés, consequentes a eventos embólicos sépticos
(fenômeno vascular)
Manchas de Roth: hemorragias retinianas ouvais com centros pálidos (fenômeno
imunológico)

Resposta: Letra A

5. Comentário: Caso bem interessante e prático. Primeiro ponto a ser considerado é


que não se trata de uma cirurgia de urgência/emergência. Assim, devemos proceder
a avaliação do caso quanto ao risco cirúrgico. Trata-se de um paciente diabético

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e hipertenso bem controlado, sabidamente portador de DAC, angina aos esforços
(CCS I). Será submetido a um procedimento de desvio de septo (baixo risco). Com os
dados fornecidos, não há indícios de descompensação que justifique a suspensão
da cirurgia. Vamos revisar o quadro das condições que favorecem a suspensão da
cirurgia:

Síndrome Coronariana Aguda


Doença instável da aorta torácica
Edema agudo dos pulmões
Choque cardiogênico
Insuficiência Cardíaca classe funciional III/IV da NYHA*
Angina classe funcional CCS III/IV*
Bradiarritmias ou taquiarritmias graves (BAV, TV)
Hipertensão arterial sistêmica não controlada (PA>180 X 110 mmHG)
Fibrilação atrial de alta resposta ventricular (FC>120 bpm)
Hipertensão arterial pulmonar sintomática

O risco do paciente é intermediário e, por isso, e, principalmente, pela clara


sintomatologia, foi solicitado uma investigação adicional para isquemia (prova
funcional e avaliação da anatomia coronariana). O TE mostra boa capacidade
aeróbia (bom prognóstico) e a angio TC mostra artéria coronária direita ocluída (sem
proposta de intervenção). Assim, a melhor conduta é otimizar o tratamento clínico e
liberar o paciente para cirurgia. O betabloqueador, desde que iniciado precocemente,
em tempo hábil para ajuste de dose, é uma excelente alternativa.
Resposta: Letra E

6. Comentário: O único antagonista da aldosterona testado foi o eplerenone, que


mostrou redução de mortalidade, morte súbita e morte cardiovascular. Seu uso está
indicado no pós IAMCSST com FE < 40% e IC ou DM, e já com doses terapêuticas de
IECA ou BRA.
Resposta: Letra B

7. Comentário: A letra A está errada: A avaliação de congestão pulmonar/sistêmica


e de baixo débito cardíaco deve ser feita precocemente na sala de emergência
através de variáveis clínicas. A letra B está errada: mecanismos compensatórios
podem levar à ausência de sinais de congestão pulmonar (e, consequentemente, de

48
estertores) mesmo nos pacientes com hipervolemia, principalmente na IC crônica.
A letra C está errada: a avaliação da suspeita de ICD não requer necessariamente a
realização de exames complementares para essas finalidades. A letra D é a correta e
autoexplicativa. A letra E está errada: A presença de congestão visceral pode levar a
sintomas abdominais, sem que haja patologia primária abdominal.
Resposta: Letra D

8. Comentário: Pacientes com estenose pulmonar com gradiente sistólico máximo


ao ecocardiograma ≥ 40 mmHg, independentemente de sintomas tem indicação de
intervenção, sendo o procedimento de eleição a valvoplastia percutânea por balão.
Resposta: Letra C

9. Comentários: Questão simples sobre as doenças da aorta, cujo tema principal é


apenas qual das alternativas é uma aortite não infecciosa. Vamos aproveitar para
fazer uma revisão das alternativas:
Síndrome de Marfan: doença genética sistêmica do tecido conjuntivo (herança
autossômica dominante), caracterizada por deficiência na codificação de fibrilina.
Manifesta-se por distúrbios do sistema cardiovascular, musculoesquelético e
ocular. Os aneurismas de aorta caracterizam-se por dilatação da aorta ascendente,
comprometendo os seios de Valsalva e a porção tubular.
Síndrome de Loeys-Dietz: doença do tecido conjuntivo, com herança autossômica
dominante, caracterizada pela tríade tortuosidade e aneurisma arteriais,
hipertelorismo ocular e úvula bífida ou fenda palatina. Os aneurismas encontram-se,
principalmente, na aorta ascendente, após a junção sinotubular. Síndrome de Ehlers-
Danlo: Doença autossômica dominante com deficiência na síntese do colágeno tipo
III, caracterizada por manifestações cutâneas, fáscies típica e fragilidade arterial,
intestinal e uterina. O acometimento principal ocorre na aorta descendente e
abdominal.
Aortites infecciosas (aneurismas micóticos): responsável por 2,6% dos aneurismas,
ocorre secundariamente à infecção bacteriana à distância (principalmente, Gram +
como Staphylococcus e Streptococcus). Outra etiologia possível, porém, rara, é a
sifilítica (sífilis terciária), cuja característica principal é o acometimento da aorta
ascendente.
Aortoaortites: são doenças inflamatórias que envolvem a aorta e seus ramos,
acometendo, principalmente, o segmento abdominal (raramente torácica). A etiologia
é desconhecida, porém, existe grande correlação com doenças inflamatórias
sistêmicas. O aneurisma da aorta abdominal de etiologia inflamatória corresponde a

49
5-10% dos aneurismas. Suas principais etiologias são arterite de Takayasu, arterite
de células gigantes, doença de Kawasaki, arterite relacionado ao LES, síndrome de
Behçet, entre outros.
Arterite de Takayasu: tipo de aortoaortite rara, acomete a aorta e seus principais
ramos, gerando estenoses segmentares, aneurismas e oclusões. As estenoses
ocorrem 3 vezes mais do que os aneurismas. Observamos maior prevalência
em mulheres (10 vezes maior que homens), com idade inferior a 40 anos, sendo
acometido, principalmente, subclávia, axilar, descendente torácica, renais e carótida.
O tratamento (cirúrgico ou percutâneo) deve ocorrer fora do período de atividade
da doença.
Resposta: Letra C

10. Comentário: Questão extremamente fácil e repetida, caiu em 2019 e foi


anulada. É sobejamente conhecido que paciente idosos, mulheres, portadores de
dispositivos cardíacos e com Ic podem apresentar manifestações atípicas.
Resposta: Letra C

11. Comentário: Para falar de FA no pós operatório de cirurgia cardíaca é preciso


saber que ela tem alto grau de paroxismo e reversão espontânea, tendo pico de
incidência entre o 2º e 3º dias, 90% até o 6º dia. São fatores de risco: idade avançada,
obesidade, DPOC, HVE, Dç aterosclerótica da CD, cirurgia valvar, reoperação, proteção
miocárdica inadequada, tempo de pinçamento aórtico prolongado, trauma atrial e
uso de temperaturas sistêmicas mais baixas. A taxa de ocorrência varia de 30 a
40% na revascularização miocárdica, 40 a 50% após cirurgia valvar e em torno de
50% nos procedimentos associados (CRVM + TV). A profilaxia pode ser feita com
betabloqueadores salvo contraindicações, devem ser iniciados nas primeiras 12 a
24h de pós operatório e dar preferência para os de meia vida curta (ex: propranolol).
O tratamento deve ser baseado no controle das comorbidades, distúrbios
hidroeletrolíticos, naqueles com repercussão hemodinâmica está indicada CVE. Nos
pacientes estáveis o objetivo é o controle do ritmo dentro de 48h, incluindo CVE
eletiva, evitando assim necessidade de anticoagulação. Nos casos de persistência
além das 48h deve ser iniciada anticoagulação com heparinização plena associada
a oral. A anticoagulação será mantida ou não após a alta naqueles casos com FA
além de 48h e de acordo com o CHA2DS2VASc.
Resposta: Letra B

12. Comentário: Questão incomum e considerada difícil, sobre febre reumática,


onde o examinador está cobrando além dos conhecimentos de profilaxia secundária

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de FR, contraindicações de uso de drogas em gestantes. Vamos então conhecer
alguns conceitos importantes sobre esse tema, que nos auxiliarão na resposta:
Não há restrição ao uso de corticosteroide, penicilina e eritromicina (estearato) na
gestação. Durante a gestação, está contraindicado o uso de: anti-inflamatórios não
hormonais (AINE), carbamazepina, haloperidol, ácido valproico, inibidores de ECA e
bloqueadores de receptores de angiotensina II. Sulfadiazina não deve ser usada na
gravidez, devido aos riscos potenciais para o feto (hiperbilirrubinemia fetal), devendo
ser substituída por outro antibiótico. Na coreia, benzodiazepínicos em doses baixas
poderão ser utilizados. A profilaxia secundária deve continuar durante toda a
vigência da gravidez para evitar a recorrência FR Visto isso, ficamos facilmente com
a alternativa “E” como correta
Resposta: Letra E

13. Comentário: Paciente com contraindicação absoluta a terapia trombolítica


devido a sangramenti intracraniano prévio. Portanto sua única alternativa para
reperfusão é ATC. Paciente deve receber AAS 300mg, associado a clopidogrel
(600mg se ATC ou 300mg se trombólise) ou ticagrelor 180mg. Enoxaparina 1mg/
kg de 12/12h. Transferência imediata para ATC primária e não usar de estratégia
invasiva precoce, uma vez que o paciente necessita de reperfusão.
Resposta: Letra B

14. Comentário: No presente momento, o uso de HBPM está indicado durante


toda a gestação e deve ser corrigido conforme o peso da paciente (e não pela idade
gestacional). Outra possibilidade é o uso da varfarina no segundo trimestre, com
HBPM no primeiro e terceiro trimestres.
Resposta: Letra C

15. Comentários: Paciente com quadro de síndrome coronária crônica (angina)


que necessita otimizar o tratamento medicamentoso. No caso, o aumento da dose
de IECA se faz necessário para buscar níveis pressóricos abaixo de 130 x 80 mmHg,
além de atorvastatina, uma vez que a meta de LDL para esse paciente é abaixo de 50
mg/dL (muito alto risco cardiovascular). Metformina para tratamento da disglicemia
com evidência sugerida de resistência à insulina (obesidade). Betabloqueador como
antianginoso de primeira linha.
Resposta: Letra C

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16. Comentário: Letra A correta, o O2 deve ser suplementado quando houver
congestão pulmonar e Sat O2 < 94%. Letra C correta, paciente com IAMCSST
evoluindo para choque cardiogênico deve ser reperfundido o mais rápido possível por
via hemodinâmica ou fibrinólise. Letra D correta, enoxaparina deve ser administrada
da seguinte forma: 30mg, EV em bólus, seguido de 1 mg/ kg, SC de 12/ 12 h, durante
oito dias, ou até a alta hospitalar. Se idade > 75 anos, não administrar o bólus e
manter 0,75 mg/ kg, SC de 12/ 12 h; se ClCr < ou = 30 ml/ min, manter 1 mg/ kg,
SC uma vez ao dia. Nos casos de idade > 75 anos e ClCr < ou = 30 ml/ min, deve-
se utilizar a dosagem de 1 mg/ kg, SC uma vez ao dia, nos pacientes submetidos à
terapia trombolítica. Letra E correta, a dupla antiagregação plaquetária está indicada
como classe I nos casos de IAMCSST, salvo contraindicações. Letra B errada, em
paciente com sinais clínicos de choque cardiogênico o uso de betabloqueadores
está contraindicado.
Resposta: Letra B

17. Comentário: A apresentação clínica da IC compreende a presença de sinais


e sintomas com sensibilidade e especificidades variadas, conforme apresentado
a seguir: dispneia (sensibilidade de 84-100%, mas especificidade de 17-34%);
ortopneia (sensibilidade de 22-50% e especificidade de 74-77%); dispneia paroxística
noturna (sensibilidade 39-41%, especificidade de 80-84%) e dor no hipocôndrio
direito (sensibilidade em torno de 23% e especificidade em torno de 80%). Devido
a mecanismos compensatórios, os estágios iniciais da IC não apresentam sinais
específicos. Contudo, em estágios avançados de IC, há aumento da especificidade
dos sinais, porém, com sensibilidade reduzida, como taquicardia (especificidade de
99% e sensibilidade de 7%), edema de membros inferiores (93% de especificidade
e 10% de sensibilidade), aumento da pressão venosa jugular (PVJ) (especificidade
de 92% e sensibilidade de 39%), estertores pulmonares (especificidade de 78% e
sensibilidade de 60%), presença de B3 (especificidade de 99% e sensibilidade de
13%). Outros sinais, como refluxo hepatojugular e ascite, não são encontrados com
frequência na IC, mas apresentam especificidade de 96% e 97%, enquanto detêm
uma sensibilidade de 24% e 1%, respectivamente. Além disso, a presença de B3 é um
fator de mau prognóstico na IC.
Resposta: Letra C

18. Comentário: São indicações classe de recomendação I para transplante


cardíaco as seguintes situações:
• IC avançada na dependência de drogas inotrópicas e/ ou suporte circulatório
mecânico

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• IC CF III-IV persistente com tratamento otimizado na presença de outros fatores de
mau prognóstico
• IC avançada e VO2 de pico ≤ 12ml/kg/minuto em uso de BB
• IC avançada e VO2 de pico ≤ 14ml/kg/minuto em pacientes intolerantes ao uso de
BB
• Arritmias ventriculares sintomáticas e refratárias ao manejo com fármacos,
dispositivos elétricos e procedimentos de ablação.

Resposta: Letra C

19. Comentário: A utilização de um bloqueador do sistema renina-angiotensina está


bem indicado nos pacientes diabéticos por sua nefroproteção e pode ser associado,
nesse caso, para que se atinja a meta terapêutica. Entretanto, a banca aceitou, após
os recursos, as alternativas A e B como corretas. Na situação descrita, pode-se
também aumentar a dose das medicações. Letra C errada; os betabloqueadores não
são mais considerados drogas de primeira linha no tratamento anti-hipertensivo,
ficando reservado a casos específicos. Letra D errada; a espironolactona é indicada
como quarta droga em casos de hipertensão resistente. Letra E errada; esta
associação levou ao aumento de efeitos colaterais e não deve ser realizada.
Respostas: Letras A e B

20. Comentário: A atropina é um bloqueador da acetilcolina, age no Nó sinoatrial e


NAV, levando ao aumento da frequência cardíaca. O nódulo sinusal e o nódulo AV são
supridos por terminações adrenérgicas e colinérgicas, sendo o segundo de forma
menos intensa do que o sinusal. Região do His e ramos não recebem inervação.
BAVs pré-hissianos tendem a melhorar após a atropina e os distais não mostram
modificações ou, inclusive, podem se agravar. O agravamento será consequente ao
mais elevado número de estímulos sinusais que alcançam o His e seus ramos, bem
como a chegada mais precoce destes a essas regiões pela aceleração da condução
nodal AV.
Resposta: Letra B

21. Comentário: Tema raramente abordado na prova do TEC, vamos revisar as


principais informações sobre sarcoidose:
Doença granulomatosa sistêmica caracterizada por formação de granulomas
não caseosos, com acometimento cardíaco apenas em 27% dos casos (principal
órgão acometido é o pulmão, podendo ainda acometer sistema reticuloendotelial e

53
pele). Pacientes apresentam insuficiência cardíaca, incluindo disfunção diastólica
(padrão restritivo), distúrbios de condução, doença valvar e morte súbita. Tais
achados são secundários à infiltração do miocárdio e do sistema de condução
cardíaco. Ecocardiografia mostra tipicamente alteração segmentar do ventrículo
esquerdo que não respeita distribuição coronariana, bem como aneurisma do septo
interventricular. O tratamento tem por objetivo medidas para insuficiência cardíaca,
arritmias, além de imunossupressão. Portanto, ficamos facilmente com a alternativa
D, o acometimento pulmonar é o mais frequente.

Resposta: Letra D

22. Comentário: Questão conceitual, que nos remete à definição das


miocardiopatias. Segundo a OMS, são doenças cardíacas que afetam a função e/
ou estrutura do coração, cuja causa difere das condições habituais (hipertensiva,
valvares, ISQUÊMICA, pericardiopatias, congênitas e cor pulmonale) .
Resposta: Letra C

23. Comentário: A principal etiologia da IT é a secundária, ou seja, resultante de


alterações estruturais cardíacas que levam à dilatação do anel valvar e/ou tração do
aparato subvalvar, gerando falha na coaptação das cúspides e refluxo valvar.
Resposta: Letra D

24. Comentário: Questão referente às condições predisponentes para endocardite


infecciosa. Observe que o examinador deseja saber quais são os tipos de lesões
cardíacas que mais comumente se relacionam com EI. A alternativa A é correta; visto
que lesão aórtica por valva aórtica bicúspide (bivalvular) tem risco aumentado de
EI e pode evoluir com abscesso perivalvar. Alternativa B incorreta; visto que lesões
estenóticas são de maior risco do que as insuficiências para desenvolvimento de
EI. Alternativa C incorreta; pois, na insuficiência mitral funcional, não observamos
alteração na estrutura da valva, e sim um remodelamento cardíaco, não sendo, então,
de alto risco para EI. Alternativa D incorreta; pois os defeitos do septo atrial não se
relacionam comumente com EI. Alternativa E incorreta; como dito acima, as lesões
estenóticas têm suscetibilidade maior para EI que as insuficiências.
Resposta: Letra A

25. Comentário: A indicação cirúrgica no aneurisma de aorta presente na Síndrome


de Marfan deve ocorrer quando o diâmetro da aorta for maior que 40-50mm (segundo

54
a diretriz europeia, maior que 45mm). Neste caso, devemos lembrar que a síndrome
acomete a raiz da aorta. Portanto, a abordagem cirúrgica deve contemplar também
este segmento. O paciente da questão têm indicação cirúrgica pelo diâmetro da aorta
e a melhor abordagem, portanto, seria substituição da raiz da aorta por tubo valvado.
Resposta: Letra E

26. Comentário: Afirmativa I correta, o desvio anterior do septo infundibular é o


que define as alterações. Esse desvio resulta em obstrução da VSVD (via de saída
do ventrículo direito), na CIV por mau alinhamento e na dextroposição da aorta.
Graças à obstrução da VSVD, há aumento da resistência que leva à hipertrofia de
VD. Afirmativa II errada, as crises de hipóxia são mais comuns entre 2 e 3 meses e
raras a partir de 3 anos de idade; podem ser desencadeadas pelo choro, evacuação,
banho e levar à perda momentânea da consciência. “crises” de hipóxia podem
ocorrer com queda aguda da saturação, seu tratamento visa aliviar a obstrução
da VSVD e aumentar a resistência sistêmica através de morfina, propranolol EV e
vasoconstrição sistêmica (agachamento, flexão das pernas sobre o tórax, drogas
vasoconstritoras). Afirmativa III correta, o tratamento cirúrgico é indicado em todos
os casos. A principal complicação tardia da cirurgia é a insuficiência pulmonar,
muitas vezes motivando troca valvar cirúrgica.
Resposta: Letra D

27. Comentário: Pacientes que serão submetidos a operações oftalmológicas para


glaucoma ou vitrectomia e que estão em uso de clopidogrel em monoterapia devem
suspender seu uso no perioperatório (Grau de recomendação I; Nível de evidência C).
Em pacientes cardiopatas, o uso de pequena quantidade de anestésicos locais com
vasoconstritor (dois a três tubetes de lidocaína a 2,0% com 1:100.000 de epinefrina)
para procedimentos odontológicos é seguro e deve ser feito preferencialmente (Grau
de recomendação I; Nível de evidência C). Para procedimentos endoscópicos de
baixo risco de sangramento, tal como a colonoscopia diagnóstica, deve ser mantida
a terapêutica antiplaquetária (monoterapia ou dupla antiagregação plaquetária)
ou anticoagulante com varfarina. Pacientes que serão submetidos a operações
oftalmológicas e estão em uso de ácido acetilsalicílico para prevenção cardiovascular
secundária devem manter seu uso no perioperatório (Grau de recomendação I; Nível
de evidência: B). A mucosectomia é um procedimento de alto risco de sangramento
e, portanto, o procedimento não deve ser realizado no período de duração da dupla
antiagregação plaquetária (DAPT). No caso do implante do stent convencional
por doença coronariana crônica estável, o período crítico em que é necessário a
manutenção da DAPT é de 1 mês, podendo-se, após essa fase, suspender o clopidogrel
com segurança, mantendo-se apenas o AAS. Portanto, na situação apresentada na

55
alternativa “e”, o paciente está fora do período crítico de 1 mês do implante do stent,
podendo suspender o clopidogrel e ser submetido ao procedimento em uso apenas
do AAS (Grau de recomendação I; Nível de evidência B).
Resposta: Letra C

28. Comentário: O enunciado descreve um quadro típico de estenose mitral


caracterizada por sopro mesodiastólico no foco mitral, nítido espaço entre B2 e o
início do sopro, presença da tríade: estalido de abertura, ruflar diastólico e reforço
pré-sistólico. Eliminamos o item I e ficamos então entre letras A e D. A principal
etiologia é reumática e a VMPB é a primeira opção caso se tenha uma boa anatomia.
Em relação a letra D, o implante de prótese mitral transcateter não é uma realidade,
sendo reservado a um grupo muito seleto de pacientes, não sendo portanto o
tratamento preconizado.
Resposta: Letra A

29. Comentário: Questão extremamente recorrente, sobre profilaxia secundária


de FR. Vale a pena lembrarmos que a cirurgia valvar não exclui a necessidade de
manutenção da profilaxia secundária. A profilaxia previne colonização ou infecção
causada pelo estreptococos, reduzindo a gravidade da cardiopatia residual (diminui
mortalidade). Deve ser iniciada logo que o diagnóstico de FR for estabelecido e a
droga de escolha é Penicilina Benzatina. Por fim, a alternativa “E” fala sobre profilaxia
com antibiótico antes de procedimento dentário e geniturinário. Tal profilaxia está
indicada em alguns procedimentos, porém ela é indicada para prevenir Endocardite
Infecciosa e não FR (vide profilaxia de Endocardite Infecciosa). Vamos então recordar
a tabela de duração da profilaxia secundária de FR:

CONCEITO IMPOTANTE
DURAÇÃO DA PROFILAXIA SECUNDÁRIA DE FR
Até 18 anos ou 5 anos do último surto (o
FR sem cardite prévia
que cobrir período maior)
FR com cardite prévia (lesão valvar leve Até 25 anos ou 10 anos do último surto
ou resolução) (o que cobrir período maior)
Lesão valvar residual moderada a grave Até os 40 anos ou por toda a vida
Após cirurgia valvar Por toda a vida

Resposta: Letra B

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30. Comentário: Latra B errada e intuitiva, a incidência de complicações
cardiovasculares induzidas por radioterapia é maior com altas doses de irradiação e
com a associação de quimioterapia com antraciclina.
Letra C errada, apesar dos pacientes com DAC preexistente serem mais vulneráveis os
pacientes sem fatores de risco tradicionais também estão sujeitos as complicações.
Letra D errada, o intervalo entre a radioterapia e o desenvolvimento de sintomas da
doença pericárdica é variável, de dois a 145 meses.
Letra E errada, a minoria desenvolve disfunção valvar moderada a grave. Veja o que
a diretriz descrê sobre as lesões por radioterapia – (Ipsis litteris)
A lesão induzida pela radioterapia pode afetar o músculo cardíaco, as válvulas, o
pericárdio, as coronárias e o sistema de condução, podendo ser diagnosticada 10 a
15 anos após a radioterapia.
Resposta: Letra A

31. Comentário: O hormônio tireioidiano influencia na atividade cardíaca uma vez


que regula a transcrição de proteínas importantes para o metabolismo cardíaco.
Entre essas moléculas podemos citar proteínas estruturais, tais como as isoformas
alfa e beta da cadeia pesada da miosina; proteínas regulatórias do metabolismo,
além de canais iônicos do sarcolema e receptores de superfície celular. Ademais,
esse hormônio inibe a expressão de fosfolambam e aumenta a fosforilação de
fosfolambam. Isso leva a uma maior ação da SERCA-2 responsável por captar o
cálcio do citoplasma e retorná-lo para o retículo sarcoplasmático. Após essa breve
revisão sobre o papel do hormônio tireoidiano na fisiologia cardíaca, vamos analisar
as alternativas:
Alternativa “A”: O hipotireoidismo determina elevações do colesterol total e da LDL,
proporcionalmente ao aumento nos níveis de TSH sérico. Apesar de o hormônio
tireoidiano poder atuar na redução na excreção biliar, o mecanismo principal nas
alterações no metabolismo da LDL parece estar relacionado a diminuições do
número de receptores LDL. Esse aumento nos níveis de LDL, assim como a maior
incidência de hipertensão nos pacientes com hipotireoidismo podem elevar o risco
de aterosclerose e de doença vascular coronariana e sistêmica.
Alternativa “B”: A creatinoquinase (CK) sérica pode estar aumentada em boa parte
dos pacientes hipotireoideos, chegando a 10 vezes o limite superior em até 30%
dos pacientes. A análise da especificidade isofórmica indica a forma muscular
(MM), compatíveis com origem musculoesquelética do aumento da liberação
enzimática. O nível sérico de CK no hipotireoidismo, após o início da reposição oral
padrão de hormônio tireóideo, declina vagarosamente em semanas. Devido ao risco
aumentado de sintomas musculares relacionados às estatinas em pacientes com

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hipotireoidismo, deve-se primeiramente realizara reposição do hormônio e, só então,
prescrever aestatina.
Alternativa “C”: Os achados cardiovasculares do hipotireoidismo são sutis,
principalmente quando comparados às alterações do hipertireoidismo. Bradicardia,
hipertensão diastólica, diminuição da pressão de pulso e intensidade reduzida do
impulso apical são característicos. Do ponto de vista hemodinâmico, a resistência
vascular sistêmica pode estar elevada, pois, até mesmo o hipotireoidismo leve pode
levar à diminuição dos fatores de relaxamento derivados do endotélio que podem
estar relacionados a esse aumento na resistência. A pressão arterial média eleva-se,
sendo observada hipertensão diastólica significante em até 20% dos pacientes que
está, em muitos casos, associada a baixo nível de renina e diminuição da síntese
hepática do substrato de renina. Isso acarreta nível caracteristicamente baixo de
sensibilidade ao sal reforçando de novo a importância de aumento da resistência
vascular sistêmica como mecanismo básico da hipertensão diastólica. O gasto de
oxigênio pelo miocárdio aumenta primariamente como resultado do aumento da
pós-carga. Entretanto, alguns estudos avaliaram o metabolismo miocárdico por
meio PET scan e evidenciaram diminuição do débito cardíaco e da contratilidade do
miocárdio, demonstrando que o miocárdio hipotireoidiano é ineficiente do ponto de
vista energético.
Alternativa “D”: Derrames pericárdicos podem ocorrer e, às vezes, é tão extenso
que causa o aumento da silhueta cardíaca em radiografias rotineiras de tórax.
Entretanto, o tamponamento com comprometimento hemodinâmico é raro. A
ecocardiografia demonstra efusões de pequenas a moderadas em até 30% dos
pacientes declaradamente hipotireóidicos, as quais se resolvem no decorrer de um
período de semanas a meses após o início da reposição de hormônio tireoidiano.
Alternativa “E”: O eletrocardiograma no hipotireoidismo é caracterizado por
bradicardia sinusal, baixa voltagem, prolongamento da duração do potencial de
ação e do intervalo QT. Essa alteração, particularmente, predispõe o paciente a
arritmias ventriculares, sendo relatados casos de torsade de pointes adquiridas que
melhoraram ou se resolveram completamente com a reposição hormonal tireoidiana.
Resposta: Letra D

32. Comentário: Paciente apresenta sinais evidentes de TEP, tais como dispneia,
dortorácica, tosse, a ausculta identificamos sinais de hipertensão pulmonar como
hiperfonese de segunda bulha. A ausculta pulmonar ainda encontramos sopro de
base pulmonar com sinais de instabilidade como hipotensão. Nessa situação de
alta suspeição o exame de escolha é a AngioTc de tórax que identifica trombos na
circulação pulmonar.
Resposta: Letra D

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33. Comentário: A Manobra de Rivero-Carvallo, que é a inspiração forçada, leva ao
aumento do retorno venoso ao coração direito e ajuda na diferenciação da IM e da
ITric, pois aumenta o sopro da ITric e diminui da IM. Logo, se a inspiração diminui os
sopros do lado esquerdo, a expiração tende a aumentar tais sopros.
Resposta: Letra E

34. Comentário: Quando há aumento da pressão na artéria pulmonar, a tendência


é redução do fluxo E-D. São casos graves que só podem ser operados em situações
especiais. Na vigência de hipertensão pulmonar, o fechamento da CIA pode ser feito
quando a relação da resistência vascular pulmonar for menor que 2/3 (dois terços)
da sistêmica, com Qp/Qs maior que 1,5. Quando a resistência vascular pulmonar
calculada for maior que oito unidades Wood e quando houver shunt da direita para a
esquerda em repouso, está contraindicada a cirurgia.
Resposta: Letra D

35. Comentário: Vamos prestar bastante atenção nesta questão! A prova do


TEC tenta confundir vocês com sinônimos, conceitos e complicar aquilo que é
relativamente simples. Não se assuste com esse tipo de questão. Leia atentamente
todos os itens e exclua individualmente ou escolha “a melhor resposta”. Vejamos:
a) Pós-carga alterada se correlaciona com disfunção sistólica.
b) Razão de relaxamento e Troponina I. Realmente a banca tem uma boa criatividade.
A troponina C se liga ao Cálcio. Na fase de relaxamento, o cálcio é reduzido
pela fosforilação da Troponina C e não a I. A troponina I sofre fosforilação pela
proteinocinase A (um processo que, à semelhança da fosforilação da fosfolambam,
depende dos níveis de AMPc). Este fenômeno diminui a sensibilidade das proteínas
contráteis ao cálcio, logo a troponina I fosforilada dificulta o processo de contração,
facilitando o relaxamento. A expressão de várias isoformas das proteínas contráteis,
particularmente a troponina T, também tem sido associada a uma alteração da
sensibilidade ao cálcio.
c) Sódio só participa do processo de despolarização e repolarização da membrana
do cardiomiócito. No processo de contração muscular, o cálcio está armazenado
dentro do retículo sarcoplasmático.
d) Veja! Os itens b e d falam coisas bem diferentes em relação ao mesmo processo.
Quais conceitos devem estar na sua cabeça para responder essa questão? Troponina
C se liga ao Ca++ e o processo de relaxamento depende do desacoplamento do íon
desta troponina.
e) Essa é a maior pegadinha desta questão! A SERCA-2 não influencia diretamente
a contração. Ela é uma proteína que retorna com o cálcio do citoplasma após a

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contração para o retículo sarcoplasmático. Portanto essa influência é indireta.
Quanto maior a receptação, maior será a contração do batimento seguinte.
Pegadinha...
Resposta: Letra D

36. Comentário: Trata-se de um caso de uma paciente com prótese mitral que
evolui com IT importante (SECUNDÁRIA) e disfunção ventricular direita, mas que
vem respondendo ao tratamento clínico com diuréticos e vasodilatador. Portanto,
nesse caso, é razoável manter tratamento clínico com ajuste de medicamentos.
Resposta: Letra E

37. Comentário: Letra A errada; paciente com cardiopatia passível de correção


cirúrgica ou percutânea é classe III o implante de CDI, ou seja, contraindicado. Letra
B, C e E erradas; para indicação de CDI para prevenção primária o paciente necessita
ter FE < ou = 35% e CF II-III, ou FE < ou = 30% e CF I, II ou III; ou ainda FE < ou = 40%
e TVNS espontânea e TVS indutível ao EEF.
Resposta: Letra D

38. Comentário: Letra A errada, a terapia de ressincronização cardíaca (TRC) está


indicada nos pacientes apresentando disfunção sistólica grave (FEVE < 35%) além
de distúrbios de condução intraventricular com duração do complexo QRS >150 e
não 120ms. Os que apresentam maiores chances de se beneficiar são os de origem
idiopática não isquêmica. Letra B errada, há benefício nos casos de disfunção
ventricular grave (FE < ou = 35%) em que o paciente apresentará um alto grau de
estímulo ventricular pelo marca-passo, como nos casos de BAVT. Letra C errada, alta
densidade de ectopia ventricular no Holter não demonstrou ser fator de risco para
morte súbita. Letra E considerada errada, porém pela Diretriz Brasileira está correta,
segue quadro em anexo. Letra D correta e autoexplicativa.

RECOMENDAÇÕES PARA IMPLANTE DE CDI NA PREVENÇÃO


PRIMÁRIA DE MS
Class I
Sobreviventes de IAM há pelos menos 40 dias ou com cardiopatia isquêmica
crônica, sob tratamento farmacológico ótimo, sem isquemia miocárdica passível
de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea e expectativa de vida
de pelo menos 1 ano com:

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1. FEVE ≤35% e CF II-III, ou FEVE ≤30% e CF I,II ou III (NE A);
2. FEVE<40%, TVNS espontânea espontânea e TVS indutível ao EEF (NE B)
Classe IIa
1. Pacientes com cardiomiopatia dilatada não isquêmica, CF II-III, com FEVE ≤35%
e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE A)
2. Pacientes com cadiiopatia isquêmica ou não-isquêmica, CF III-IV, FEVE ≤ 35%,
QRS ≥ 120 ms, para os quais tenha sido indicada TRC e expectatica de vida de
pelo menos 1 ano (NE B)
Classe III
1. Paciente com cardiopatia passível de correção cirúrgica ou percutânea (NE B)
2. Pacientes com cardiopatia isquêmica e FEVE ≥ 35%
Livro SBC 3ª edição

Resposta: Letra D

39. Comentário: Letra A errada; a associação IECA + BRA demonstrou aumento


de efeitos colaterais e do risco CV e não deve ser implementada. Letra C errada;
antagonista da aldosterona não é medicação de primeira escolha. Letra D errada;
em paciente idoso, não há evidência de redução de desfechos, principalmente AVC,
com o uso de betabloqueador. Letra E errada; antagonista da aldosterona não é
medicação de primeira escolha. Letra B correta; paciente hipertenso estágio 2 e com
lesão em órgão alvo, portanto, merece terapia combinada, IECA e tiazídicos são anti-
hipertensivos de primeira escolha.
Resposta: Letra B

40. Comentário: A letra D é a errada. Os betabloqueadores (BB) devem ser iniciados


nos pacientes sem uso prévio, porém, nos casos sem evidências de hipotensão arterial
ou baixo débito cardíaco. Se os pacientes que não utilizavam BB anteriormente ainda
permanecem congestos após o tratamento clínico inicial, sua introdução deve ser
postergada. Os demais itens estão corretos e são autoexplicativos.
Resposta: Letra D

41. Comentário: Letra A errada; em prevenção secundária, quando o risco de


sangramento for moderado a alto, deve-se suspender o clopidogrel cinco dias
antes do procedimento. Letra B errada; em uso crônico e função renal normal e
que necessitam de cirurgia eletiva, o dabigatran pode ser suspenso 48 h antes da
cirurgia. Em pacientes com comprometimento renal (depuração de creatinina < 50%),

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a dabigatrana deve ser suspensa quatro a seis dias antes da cirurgia. Letra C errada;
em uso de clopidogrel para prevenção primária esse deve ser suspenso cinco dias
antes do procedimento. Letra D errada; procedimento com alto risco de sangramento
necessita interrupção da varfarina. Letra E correta e autoexplicativa.
Resposta: Letra E
Ref.: Diretrizes brasileiras de antiagregantes plaquetários e anticoagulantes em
cardiologia, pp.62-7.

42. Comentário: Questão direta que cobra conhecimento sobre diversas causa de
morte súbita, a Miocardiopatia hipertrófica é doença autossômica dominante, que
apresenta diversas mutações. É uma doença primária do coração, caracterizada por
hipertrofia sem dilatação ventricular, hipertrofia septal assimétrica e grave desarranjo
das fibras musculares, que propicia o surgimento de arritmias graves. O principal
fator causador de morte súbita é o desarranjo das fibras musculares presente em
qualquer forma de manifestação da doença.
Resposta: Letra A

43. Comentário: Letra A correta; todo o objetivo da abordagem do IAMCSST é


a reperfusão. Caso a ATC não esteja disponível, a fibrinólise deve ser realizada.
Apresenta claro benefício em redução de mortalidade e essa redução é tanto
maior, quanto mais precoce for administrada. Letra C correta; pacientes que se
apresentam a unidade de saúde entre 12 e 24 h do início dos sintomas. Podem
ser encaminhados a ICP primária caso evoluam com isquemia persistente,
instabilidade hemodinâmica ou arritmias graves. Letra D correta; a anatomia
coronariana é definida durante o procedimento e confirma a suspeita de IAMCSST.
Letra E correta; técnica preferencial de reperfusão, se iniciada até 90 min. após
confirmação do IAMCSST, ou na evolução para choque cardiogênico. Letra B
errada; a ATC é preferida em qualquer situação, a não ser que o paciente esteja em
um centro sem sala de hemodinâmica ou com contraindicação a fibrinólise, com
apresentação > 3 h do início dos sintomas e expectativa de transferência e ATC
primária > 120 min.
Resposta: Letra B

44. Comentário: A letra D é a errada. Os pacientes submetidos a transplante


cardíaco têm valores de frequência cardíaca de repouso superiores aos dos
indivíduos normais devido à ausência de inervação parassimpática, correspondendo
à frequência intrínseca do nó sinusal. E essa frequência cardíaca de repouso é

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suficiente para atender às necessidades metabólicas. As demais alternativas estão
corretas e são autoexplicativas.
Resposta: Letra D

45. Comentário: Paciente jovem, sem comorbidades, episódios repetitivos,


taquicardia de QRS estreito sem instabilidade (precordialgia, alteração do nível de
consciência, dispneia com congestão pulmonar, PAS < 90mmHg), a primeira hipótese
é TRN, o tratamento inicial é manobra vagal, se refratário à adenosina.
Resposta: Letra C

46. Comentário: Mais uma questão sobre cardiomiopatia restritiva (tema recorrente
na prova de 2018), com quadro clínico relatando um paciente com ecocardiograma
mostrando padrão diastólico grau III (restritivo), associado a aumento da espessura
miocárdica, com ventrículo esquerdo normal e átrio com aumento moderado (sinais
típicos de CMP restritiva). Esse quadro é associado à disfunção renal em uma
mulher de 50 anos. A principal hipótese diagnóstica é amiloidose, e a alternativa
“A” contempla a investigação, com eletroforese de proteínas e ressonância cardíaca
com realce tardio (pesquisa de fibrose). Analisando as demais alternativas, a MCP
hipertrófica apresenta, geralmente, aumento da espessura miocárdica de forma
assimétrica e bem maior que 12 mm para termos sintomas, além de outros dados
que falam contra esse diagnóstico, como a idade da paciente, padrão diastólico
restritivo, comprometimento renal entre outros. A endomiocardiofibrose apresenta
padrão restritivo com dilatação do átrio, porém com obliteração do ápice do ventrículo
acometido (não relatado pelo eco realizado). Ocorre envolvimento fibrótico do
endocárdio e miocárdio adjacente, acometendo ápice, via de entrada ventricular e
aparato valvar, caracteristicamente poupando a via de saída dos ventrículos.
Resposta: Letra A

47. Comentário: A síndrome carcinoide é uma das causas primárias de insuficiência


tricúspide, assim como acometimento reumático de suas cúspides. Pacientes que
serão abordados devido a patologias valvares à esquerda podem ser submetidos à
intervenção tricuspídea no mesmo tempo cirúrgico; A prótese mecânica em posição
tricúspide deve ser alternativa de exceção, devido ao seu alto risco de trombose; Na
IT importante o sopro aumenta na inspiração.
Resposta: Letra A

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48. Comentário: Questão sobre exames laboratoriais na EI, onde o examinador
está cobrando um pequeno detalhe dos exames complementares, encontrado nos
livros sobre o tema. Observe o parágrafo retirado da apostila na parte “exames
complementares”:
Podemos encontrar ainda [na endocardite infecciosa] alterações laboratoriais
inespecíficas, como anemia (normocrômica normocítica), leucocitose nos casos
de EI aguda, elevação da velocidade de hemossedimentação (VHS), da proteína C
reativa (PCR) e do fator reumatoide (50% dos pacientes). Proteinúria e hematúria
também podem estar presentes. Trombocitopenia é rara.
Resposta: Letra A

49. Comentário: Questão bem direta, cujo objetivo é saber quais pacientes devem
ser tratados cirurgicamente ou endovascular, na dissecção aórtica tipo B. Vamos
relembrar:
• Extensão retrógada da dissecção;
• Síndrome de má perfusão;
• Insuficiência renal aguda;
• Dor refratária;
• Rápida expansão;
• Rotura;
• Diâmetro ≥ 60mm
Resposta: Letra E

50. Comentário: Afirmativa I incorreta, a gravidade da obstrução da via se saída do


VD é que determina as consequências hemodinâmicas e sintomatologia. Afirmativa
II correta, as crises de hipóxia são mais comuns entre os 2 e 3 meses de vida e raras
a partir de 3 anos, podem ser desencadeadas por choro, banho, evacuação e até
levar a perda de consciência. Afirmativa III correta, o tratamento cirúrgico é indicado
para todos os casos, a IP é a lesão residual mais frequente, podendo levar em alguns
casos a necessidade de nova cirurgia.
Resposta: Letra B

51. Comentário: A propafenona é contraindicada na presença de cardiopatia


estrutural.
Resposta: Letra D

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52. Comentário: Questão que levanta dúvidas, sobre exames complementares
no contexto de cardiopatia chagásica crônica. Vamos analisar as alternativas:
A, correta, o examinador provavelmente se refere ao paciente na fase crônica
indeterminada, e a avaliação com ECG é útil para avaliar passagem para fase B1.
B, correta, ecocardiograma em pacientes sintomáticos (avaliar função do VE). C,
incorreta, o paciente com alteração eletrocardiográfica típica e dor torácica, pode
ser avaliado por testes não invasivos, ficando a coronariografia apenas para angina
típica com vários fatores de risco para DAC ou testes não invasivos com grande
carga isquêmica. D, correta, com objetivo de avaliar TVNS / TVS. E, correta, se houve
PCR sem ritmo documentado, o EEF deve ser realizado para avaliar indução de TV,
principalmente em pacientes com FEVE<35%, com objetivo de indicar o implante
de CDI.
Resposta: Letra C

53. Comentário: Pacientes com tolerância ao esforço acima de 4-5 METS


apresentam bom prognóstico perioperatório. Se a Razão Normatizada Internacional
(RNI) for < 3,0, a varfarina deve ser mantida para a maioria dos procedimentos
odontológicos (extração de três dentes ou menos, cirurgia gengival e raspagem
periodontal). Quando a RNI for ≥ 3,0 e os procedimentos planejados tiverem maior
extensão e/ou ocorrerem sangramentos pós-operatórios, o médico responsável e
o odontologista devem considerar, juntos, a possível suspensão do medicamento
em tempo hábil, para reversão total ou parcial do efeito anticoagulante (Grau de
recomendação I; Nível de evidência A). Pacientes em prevenção cardiovascular
secundária em monoterapia com ácido acetilsalicílico ou clopidogrel não devem
interromper seu uso para a realização de procedimentos odontológicos (Grau
de recomendação I; Nível de evidência B). Independentemente da causa da
intervenção percutânea (SCA ou DAC) e do tipo de stent (convencional ou
farmacológico) que foi utilizado, pacientes submetidos a procedimentos
dermatológicos devem estar em uso de pelo menos um antiagregante plaquetário.
Não é necessário ajuste do regime anticoagulante após dose única de
antibiótico profilático.
Resposta: Letra A

54. Comentário: O que precisamos saber sobre ciclo cardíaco?


Como as pressões dentro das cavidades cardíacas variam.
Quando as valvas se abrem e se fecham.
Quando todas elas estão fechadas (esta última parte, particularmente a mais cobrada
nas provas mais recentes sobre este assunto).

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Assim o período de relaxamento isovolumétrico é o período imediatamente após o fim
do período de ejeção lenta marcado pelo fechamento da valva aórtica. Posteriormente
à coaptação das válvulas semilunares, inicia-se o período de relaxamento
isovolumétrico em que as pressões intraventriculares reduzem gradativamente, mas
não há alteração nos volumes destas cavidades.
Entretanto, apesar desta redução, as pressões ainda permanecem superiores às
dos átrios, mantendo assim, as valvas atrioventriculares fechadas. Portanto, nesta
fase todas as valvas estão fechadas, ocorrendo redução gradativa da pressão, sem
alteração do volume ventricular. O período após o período de contração isovolumétrica
é a ejeção rápida do ventrículo.
Resposta: Letra B

55. Comentário: Questão frequente na prova de título de especialista (como já


relatado acima). Devemos voltar à tabela que mostra os fatores de risco para MSC
em pacientes com CMP Hipertrófica e observar que a alternativa B possui fatores de
risco maiores para MSC. Apenas para observação, a alternativa D está errada, pois
gradiente obstrutivo na VSVE é fator de risco menor. E a alternativa E está errada, pois
alteração no Holter para critério maior é a presença de TVNS. Importante lembrar
mais uma vez que é consenso a indicação de CDI na prevenção secundária (paciente
recuperado de FV/TV).
Resposta: Letra B

56. Comentário: Mais uma questão que aborda o diagnóstico diferencial das
cardiopatias restritivas. Vamos recordar alguns pontos (sugerimos que leia
novamente o texto referente às patologias amiloidose e endomiocardiofibrose).
Hemocromatose: Patologia resultante da deposição excessiva de ferro,
principalmente, no coração, fígado, gônadas e pâncreas. Caracterizada por
insuficiência cardíaca, cirrose, disfunção erétil diabetes e artrite. Pode ter etiologia
hereditária (autossômica recessiva) ou adquirida. O envolvimento cardíaco provoca
padrão misto de comprometimento sistólico, diastólico e arritmias. A mortalidade
é decorrente de complicações da cirrose ou arritmias cardíacas (1/3 dos casos).
Ressonância cardíaca auxilia no diagnóstico (como nas demais cardiopatias
restritivas). O metabolismo do ferro se apresenta com ferro, ferritina e saturação da
transferrina elevadas. O tratamento inclui flebotomias (sangrias) e uso de agentes
quelantes do ferro. O diagnóstico e o tratamento precoces modificam o prognóstico,
visto que a toxicidade cardíaca é diretamente proporcional à quantidade de
ferro livre.

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Sarcoidose: Doença granulomatosa sistêmica caracterizada por formação de
granulomas não caseosos, com acometimento cardíaco em 27% dos casos (além
do pulmão, sistema reticuloendotelial e pele). Pacientes apresentam insuficiência
cardíaca, incluindo disfunção diastólica, distúrbios de condução, doença valvar e
morte súbita. Tais achados são secundários à infiltração do miocárdio e do sistema
de condução cardíaco. Ecocardiografia mostra tipicamente alteração segmentar do
ventrículo esquerdo e aneurisma do septo interventricular.
Endomiocardiofibrose (vide texto): Patologia caracterizada por envolvimento fibrótico
do endocárdio e miocárdio adjacente, acometendo ápice, via de entrada ventricular
e aparato valvar, caracteristicamente poupando a via de saída dos ventrículos. Isso
promove restrição ao enchimento ventricular e insuficiência cardíaca diastólica.
Vamos agora então às alternativas. Alternativa “A” correta (vide texto acima).
Alternativa “B” incorreta; a forma familiar de amiloidose é chamada de ATTR,
associada à neuropatia periférica ascendente e, como a proteína mutante é produzida
no fígado, o transplante hepático é o tratamento indicado (vide livro texto). Alternativa
“C” incorreta; a sarcoidose cardíaca caracteriza-se pela presença de granulomas
NÃO caseosos. Ocorre infiltração do miocárdio e do sistema de condução cardíaco,
gerando insuficiência cardíaca, distúrbios de condução e arritmias ventriculares.
Alternativa “D” incorreta; a endomiocardiofibrose é caracterizada por envolvimento
fibrótico do endocárdio e miocárdio adjacente, acometendo ápice, via de entrada
ventricular e aparato valvar, caracteristicamente poupando a via de saída dos
ventrículos. O acometimento de ventrículo direito faz diagnóstico diferencial com
pericardite constritiva, porém, na primeira, observamos grande dilatação atrial.
Alternativa “E”, incorreta; pois, na miocardiopatia restritiva, observamos, sim,
insuficiência cardíaca, cardiomegalia à radiografia de tórax (por dilatação biatrial) e
átrios dilatados. Calcificação pericárdica é típica da pericardite constritiva.
Resposta: Letra A

57. Comentário: Pacientes portadores de taquicardias sintomáticas apesar do uso


de fármacos ou, nos casos em que não se possa utilizar a medicação, têm indicação
de ablação.
Resposta: Letra A

58. Comentário: Letra A errada; a relação A/R menor que 30 tem baixa
probabilidade de hiperaldosteronismo primário. Letra B errada; o tratamento inicial
do feocromocitoma deve ser com alfa bloqueadores. Letra C errada; a coarctação
é mais comum em homens, o diagnóstico é precoce, o tratamento normalmente é

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realizado antes do primeiro ano de vida e a diferença de PA é entre os membros
superiores e inferiores. Letra D errada; o diagnóstico de AOS se dá quando é
encontrado índice de apneia-hipopneia maior que 5 eventos por hora e o tratamento
deve ser iniciado quando este índice for maior que 15 eventos por hora. Letra E
correta; quando presente, é mais comum em mulheres jovens brancas, costuma ter
apresentação bilateral e distal.
Resposta: Letra E

59. Comentário: Letra A errada, os maiores benefícios são encontrados naqueles


pacientes com FE < 35%, QRS > 150ms e BRE. Letra C errada, os pacientes que
apresentam a menor probabilidade de resposta a RSC são: homens; isquêmicos;
QRS < 150ms; não BRE; QRS > 200ms; NYHA IV; hipertensão pulmonar; fibrilação
atrial; doença renal crônica. Letra D errada, o benefício se mostrou superior
naqueles pacientes com QRS > 150ms. Letra E errada, pacientes com FA têm maior
probabilidade de não responder a ressincronização que pacientes em ritmo sinusal.
Resposta: Letra B

60. Comentário: Questão sobre cardiomiopatia hipertrófica (tema recorrente na


prova de título), onde com a análise das alternativas observamos que os determinantes
de IC são obstrução da VSVE (aumenta a probabilidade de sintomas), FA e disfunção
diastólica. ECG não é marcador para morte súbita cardíaca. Amiodarona não
demostrou benefício na prevenção de morte súbita (o único benefício é realmente
o implante de CDI). A isquemia miocárdica microvascular tem impacto prognóstico.
Resposta: Letra D

61. Comentários: A questão descreve um caso de uma paciente com dispneia e


ortopneia, sugerindo uma congestão pulmonar. No exame físico, apresenta alguns
achados:
1) Sopro diastólico em ruflar com B1 hiperfonética, que pode se tratar de uma
estenose mitral, o que justificaria, inclusive, os sintomas da paciente.
2) P2 hiperfonética, sugerindo uma hipertensão pulmonar pela estenose mitral.
3) Sopro diastólico no segundo espaço intercostal à esquerda, de aspecto aspirativo,
sugerindo uma insuficiência pulmonar secundária à HP.
Resposta: Letra A

62. Comentário: O AAS está sempre indicado! Os benefícios, na redução da


mortalidade, são inquestionáveis. Os betabloqueadores estão indicados (mas não

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são obrigatórios em todos os pacientes). Seu uso tem maior benefício naqueles
que sofreram infarto nos últimos dois anos (redução de mortalidade) e/ ou estão
sintomáticos (redução da isquemia e sintomas). Os IECA atuam na redução de
mortalidade e devem ser prescritos para todos os pacientes. Essa questão é de
2012, mas sabemos que as novas diretrizes de dislipidemias colocam as metas para
os pacientes portadores de DAC como menores que 70mg/dL. Sabendo que, “na
época”, esses valores eram aceitáveis, consideremos essa alternativa como correta.
Entretanto, caso coloquem uma questão como essa na prova desse ano, caberia
recurso. Mas perceba que a alternativa “C” é totalmente incorreta. Os nitratos
realmente não têm impacto na sobrevida do paciente.
Resposta: Letra C

63. Comentário: Questão conceitual sobre o mecanismo ou lei de Frank-Starling.


Quanto maior o comprimento do sarcômero, maior o volume sistólico. As frequências
aumentadas, diminuem o tempo diastólico e, consequentemente, ocorre menor
distensão da fibra miocárdica. Lusitropismo está relacionado à capacidade de
relaxamento da fibra miocárdica. Conforme vimos, o mecanismo de Frank-Starling,
apesar de também estar relacionado à diástole, tem um papel na sístole, ou seja,
influencia a contratilidade miocárdica. Portanto não é exclusivo do lusitropismo,
mas também do inotropismo (força contrátil). O maior volume leva uma maior
pressão máxima e maior taxa de relaxamento. O mecanismo de Frank-Starling sofre
influência da frequência cardíaca, uma vez que esta pode determinar uma maior ou
menor distensão da fibra.
Resposta: Letra B

64. Comentário: Essa questão aborda alguns dos métodos propedêuticos não
invasivos que podem ser solicitados na investigação diagnóstica de pacientes
com suspeita de miocardite. O ECG apresenta alterações que vão depender da
fase de evolutiva em que se encontra a agressão inflamatória miocárdica. Na fase
aguda, as alterações mais comuns são os distúrbios de repolarização e bloqueios
atrioventriculares, assim como padrão sugestivo de isquemia coronariana com
infra ou supradesnível do segmento ST de região cardíaca específica ou difusa,
sendo que a presença de onda Q indica pior prognóstico. A presença de arritmias
supraventriculares ou ventriculares é frequente. Na fase subaguda ou “crônica”,
predominam os sinais eletrocardiográficos de remodelamento de câmaras, como
sobrecarga ventricular e presença de bloqueio de ramo esquerdo, ambos relacionados
ao pior prognóstico. Nos quadros de acometimento do pericárdio em associação
ao miocárdio (perimiocardite), é comum o padrão clássico eletrocardiográfico de
pericardite com supradesnível do segmento ST difuso e infra do segmento PR.

69
Apesar dessas alterações apresentarem uma sensibilidade diagnóstica de apenas
47%, o ECG deve ser solicitado em toda suspeita de miocardite. Em relação aos
marcadores de necrose miocárdica, a elevação dos níveis depende da fase evolutiva
e da extensão da agressão inflamatória no da investigação diagnóstica. De modo
diferente do que ocorre nas síndromes coronarianas em que existe uma curva de
elevação e redução habitual, os marcadores de necrose miocárdica na miocardite
se mantêm em um platô por maior tempo. A elevação de troponinas (I ou T) é mais
comum que da CK-MB, e níveis elevados conferem pior prognóstico. A ressonância
magnética cardíaca utiliza, para caracterização da injúria miocárdica, as sequências
ponderadas em T2 (T2 imaging), o realce miocárdico global precoce e a técnica do
realce tardio. Assim, é possível a identificação do edema miocárdio (T2 imaging) e as
áreas mais acometidas pela injúria miocárdica inflamatória (realce miocárdico global
precoce) das fases aguda e subaguda. Também é possível avaliar a fibrose (realce
tardio), usualmente presente na fase crônica da doença. O padrão de distribuição
do realce tardio na miocardite é muito diferente daquele observado nos casos de
infarto do miocárdio. É frequentemente MESOEPICÁRDICO, poupando o endocárdio,
mas também pode apresentar distribuição epicárdica e transmural. As regiões de
realce costumam ser multifocais, heterogêneas e esparsas, não respeitando os
territórios coronarianos.Apesar de ser um método diagnóstico excelente, devido a
questões logísticas, não se recomenda esse método em pacientes que apresentem
instabilidade hemodinâmica, devido à miocardite fulminante. A cintilografia com
Gálio-67 apresenta uma sensibilidade de apenas 50% e sua melhor utilização
diagnóstica ocorre nos primeiros três meses da apresentação clínica. Em casos
de gálio positivo associado à biópsia endomiocárdica positiva para inflamação,
podemos utilizar a evolução do marcador em exames subsequentes, para o
acompanhamento da atividade inflamatória e resposta terapêutica. A realização da
ressonância previamente à biópsia endomiocárdica pode ser de útil na identificação
das lesões focais no VD ou VE, direcionando a coleta do material. Não existem
estudos comparativos para que se recomende a biópsia endocárdica do VD ou do VE,
entretanto, a realização da biópsia endomiocárdica do VE deve ser realizada somente
nos casos em que o processo esteja definitivamente limitado a esta cavidade, o que
pode ser definido, em alguns casos, pela ressonância.
Resposta: Letra B

65. Comentário: Letra B errada; a amiodarona tem início de ação retardado, a


não ser que seja utilizada alta dosagem. Letra A e C erradas; ela é metabolizada no
fígado, dá origem a metabólito ativo que é eliminado pelo trato biliar, trato lacrimal e
pele. Letra E errada; a meia-vida corporal é longa variando de 25 a 110 dias.
Resposta: Letra D

70
66. Comentário: Letra A errada; o correto seria “pode ser falsamente alta”. Letra B
errada. Letra D errada; a pressão arterial média é definida pela fórmula: PAM = PAS
+ (2xPAD)/3. Letra E errada; o desaparecimento do ruído ou 5º som de Korotkoff
determina a pressão diastólica. Letra C correta; manguitos estreitos superestimam
a PA em obesos.
Resposta: Letra C

67. Comentário: O mecanismo da ação anti-hipertensiva dos DIU relaciona-se


inicialmente com seus efeitos natriuréticos, com a diminuição do volume circulante
e do volume extracelular. Após quatro a seis semanas, o volume circulante
praticamente normaliza-se e ocorre redução da resistência vascular periférica. Os
diuréticos reduzem a PA e diminuem a morbidade e a mortalidade CV.
Resposta: Letra A

68. Comentário: A letra D é a errada. Na IC aguda com sinais de baixo débito, os


inotrópicos devem ser utilizados para a melhora da perfusão tecidual e do débito
cardíaco, porém, não existe um inotrópico de escolha, nem diferença quanto à
eficácia entre eles, caso o paciente não apresente hipotensão arterial. No caso de
hipotensão associada a IC aguda (choque cardiogênico), o inotrópico de escolha é a
Dobutamina (classe IIa nível de evidência C pela diretriz da SBC de 2018).
Resposta: Letra D

69. Comentário: Letra A errada; o desaparecimento do desconforto torácico é


súbito. Letra B errada; nos casos que se apresentam com arritmia de reperfusão, o
ritmo mais comum é a RIVA. Letra C errada; a hipotensão não é um dos critérios de
reperfusão. Letra D errada; a redução tem que ser maior que 50%.
Resposta: Letra E
Ref: Livro texto. p. 1032-40.

70. Comentário: São considerados sinais e sintomas de baixo débito no contexto


da IC aguda/descompensada:
• PAS < 90 mmHg ou < 110 mmHg em pacientes previamente hipertensos;
• Síncope;
• Fadiga;
• Sonolência diurna;
• Extremidades frias com perfusão reduzida;

71
• Sudorese fria;
• PA com largura pulso < 25% (PAS - PAD/PAS x 100);
• Desorientação;
• Lactato elevado.
Resposta: Letra A

71. Comentário: Questão com alto índice de erro. Muitos cardiologistas marcaram
letra D, sobrepeso. A obesidade entra como fator de risco, porém, além disso, foi
pedido o fator de risco mais associado. Sabemos da imensa associação de SM e
apneia do sono. Os fatores de risco para SAHOS são idade, sexo masculino, obesidade
e SM.
Resposta: Letra B

72. Comentário: Taquicardia fascicular configura uma taquiarritmia com origem


em um dos fascículos (anterosuperior; posterosuperior). A apresentação mais
comum é de BRD associado a BDAS. O QRS com largura entre 100 e 140ms, RS <
80ms, normalmente o ECOTT é normal e, na maioria dos casos, responde a verapamil.
Nos casos refratários, indica-se ablação. Muitos autores indicam como tratamento
de escolha, devido ao alto grau de cura.
Resposta: Letra B

73. Comentário: Mais uma questão sobre cardiopatia hipertrófica, com afirmações
comuns na prova do TEC. Vamos analisar as alternativas. Alternativa “A” incorreta,
visto que a mortalidade na CMP hipertrófica é inversamente proporcional à idade,
geralmente com prognóstico bom nas idades avançadas. Alternativa “B” incorreta,
devemos lembrar as indicações de CDI (tema mais abordado no TEC). Alternativa “C”
correta, cerca de 15% dos pacientes com CMP Hipertrófica apresentam FA e devemos
lembrar que está indicado anticoagulação oral para todos (salvo contraindicação
específica do anticoagulante). Alternativa “D” incorreta, os melhores resultados
cirúrgicos são vistos na cardiomiectomia. Alternativa “E”, incorreta, como já falado,
cardiomiectomia apresenta os melhores resultados, ficando o uso de marcapasso
para tratamento da obstrução na via de saída do VE apenas para pacientes não
candidatos à cardiomiectomia ou alcoolização septal pelo risco cirúrgico.
Resposta: Letra C

74. Comentário: Questão aparentemente complexa sobre fisiopatologia da


miocardiopatia hipertrófica porém ao analisarmos as alternativas, achamos

72
rapidamente a resposta: a herança é autossômica DOMINANTE. As demais
alternativas são corretas. É interessante lê-las para mais orientações sobre a
patologia em questão.
Resposta: Letra A

75. Comentários: O sopro de Graham-Steel é característico da insuficiência


pulmonar resultante da hipertensão pulmonar (geralmente quando os níveis de
pressóricos estão acima 55 mmHg).
Resposta: Letra E

76. Comentário: Aplicação direta da lei de Laplace:


Quanto maior o raio e menor a espessura maior o estresse (tensão) parietal. Cavidades
grandes e de paredes finas são as mais “onerosas” para o trabalho miocárdico.
Resposta: Letra E

77. Comentário: Existe uma grande relação entre o Streptococcus gallolyticus


(bovis), com neoplasia intestina de cólon. Casos de EI por S. bovis devemos investigar
o risco de neoplasia de intestino com colonoscopia.
Resposta: Letra B

78. Comentários: A questão descreve um sopro sistólico com sinal de Rivero-


Carvalho. Além disso, relata a análise do pulso jugular. Vamos revisar essa avaliação,
correlacionado os eventos cardíacos com as ondas do pulso. Veja a figura seguinte,
que demonstra um pulso jugular normal:

73
No caso de uma insuficiência tricúspide, durante a sístole o descenso x desaparece
devido ao refluxo sanguíneo para o átrio direito, gerando uma onda “v” acentuada e,
consequentemente, uma onda “y” decrescente, conforme a figura seguinte:

Resposta: Letra C

79. Comentário: DAVD é uma doença autossômica de penetrância incompleta


e variável. Desordem primária do coração, caracterizada por substituição das
células miocárdicas por tecido adiposo ou fibroadiposo. O comprometimento se
dá predominantemente na parede livre do VD, ocasionalmente o VE, resultando
em diminuição da espessura da parede e dilatação localizada ou generalizada do
VD, levando à disfunção e propensão a arritmias graves. Acomete adultos jovens,
homens, que muitas vezes apresentam a MS como a primeira manifestação da
doença. O tratamento medicamentoso pode ser feito com sotalol.
Resposta: Letra C

80. Comentário: A avaliação da resposta à terapia diurética na IC aguda/


descompensada deve ter como metas as seguintes variáveis:
• Diurese de 1L nas primeiras 6 horas ou 1,5 a 2,5 mL/kg/hora;
• Ausência de ortopneia e esforço respiratório em 24 horas;
• Ausência de dispneia aos mínimos esforços em até 72 horas;
• SatO2 > 90% em ar ambiente;
• Frequência cardíaca < 100 bpm;
• Frequência respiratória < 22 irpm;
• PAS 110 a 130 mmHg.
Resposta: Letra D

74
81. Comentário: Letra B errada; as troponinas elevadas, principalmente quando
fazem curva, definem que houve dano miocárdico, porém, não definem se foi devido
a evento coronariano ou infarto tipo 2. Letra C errada; as troponinas têm importante
valor prognóstico, porém, não devem ser utilizadas isoladamente para definir o
risco do paciente. Letra D errada; quem define a estratégia terapêutica é a anatomia
coronariana. Letra E errada; em até 20% dos pacientes que posteriormente se
confirma IAM, a troponina da admissão é negativa. Letra A correta; medidas seriadas
são fundamentais para confirmar o diagnóstico de IAM, uma vez que outros achados
podem elevar a troponina, tais como sepse, IR, AVC, etc.
Resposta: Letra A

82. Comentário: Letra A errada, usando apenas a fase de repouso da CM em


vigência de dor, pode se obter um diagnóstico antes de 12h da chegada do paciente
ao Hospital. Letra C errada, o encontro de positividade não Hospital. Letra C errada,
o encontro de positividade não define doença aguda, uma vez que pode ser cicatriz
de um IAM antigo. Letra D errada, como já comentado, pode e deve ser realizada.
Letra E errada, os melhores resultados são com sestamibi. Letra B correta, devido
ao alto valor preditivo negativo, uma vez obtendo um resultado negativo, é baixa a
probabilidade de doença isquêmica aguda nesse paciente.
Resposta: Letra B

83. Comentário: Letra A errada: A deficiência de ferro, mesmo sem anemia,


está associada a prognóstico pior. Letra B errada: A reposição de ferro por via
intravenosa na ICFEr com deficiência de ferro, mesmo na ausência de anemia, está
indicada para aumentar capacidade de exercício, melhorar a qualidade de vida e
reduzir a hospitalização. Letra C errada: A reposição oral não se mostrou superior
ao placebo, portanto, a reposição de ferro via IV (com carboximaltose férrica) deve
ser considerada a terapia de primeira linha. Letra D errada: A pesquisa de possíveis
focos de sangramento, visando a excluir a deficiência de ferro por sangramento, é
mandatória nos casos de anemia e/ou deficiência de ferro na IC.
Resposta: Letra E

84. Comentário: Trata-se de um paciente hipertenso, com nefropatia estabelecida


(ClCr < 60 mg/mL/m2), em uso de um diurético de alça e um bloqueador de canal
de cálcio. Para esse paciente, o uso dos tiazídicos é uma alternativa viável, pois essa
classe ainda se mostra eficaz em níveis de função renal acima de 30 mg/mL/m2. Além
disso, os inibidores do sistema renina angiotensina aldosterona são medicações
com potencial benefício na prevenção de piora da função renal. Não há, no caso

75
dados que sugiram, a presença de hiperaldosteronismo. O paciente apresenta alto
risco cardiovascular e, portanto, a terapia combinada é a melhor opção para o caso.
Não há indicação de se iniciar metformina para o paciente nesse momento. Não há
indicação para duplo bloqueio (IECA + BRA) com o objetivo de reduzir proteinúria e
reverter HVE.
Resposta: Letra A

85. Comentário: Paciente miocardiopata isquêmico há mais de 40 dias, CF II,


FE < 35%, tratamento farmacológico otimizado. Induz o candidato a pensar em
ressincronizador, porém, o QRS do paciente é de 0,10s, não entrando, portanto,
nas indicações. Em relação à indicação de CDI para prevenção primária, o paciente
necessita ter mais de 40 dias de IAM associado a FE < ou = 35% e CF II-III; ou FE <
ou = 30% e CF I, II ou III; ou ainda FE < ou = 40% e TVNS espontânea e TVS indutível
ao EEF, portanto, o paciente já apresenta indicação de CDI, não necessitando
realizar EEF.
Resposta: Letra A

86. Comentário: Questão que inicialmente aparece como complexa, porém sua
resposta é bem evidente, uma vez que a amiloidose cardíaca é um tipo de patologia
que comumente observamos IC com FE preservada, em padrão restritivo (alternativa
C correta). Mas vamos analisar outras alternativas: A incorreta, na amiloidose TTR
ocorre produção de transtirretina (e não imunoglobulinas). Alternativa B incorreta,
a doença de Fabry é relacionada à deficiência de ALFAgalactosidase, associada ao
cromossomo X. Alternativa D incorreta, hemocromatose é uma patologia com herança
genética autossômica recessiva, com acometimento cardíaco tardio. Alternativa E
incorreta, já que PET é útil para identificação de sarcoidose extrapulmonar.
Resposta: Letra C

87. Comentário: Letra A correta e autoexplicativa. Letra B errada; há outras


medicações superiores, porém, não há contraindicação de betabloqueadores em
diabéticos. Letra C errada; deve ser dada preferência para os diuréticos de alça em
pacientes com taxa de filtração glomerular < 30 ml/min/1,73m². Letra D errada; a
associação IECA + BRA demonstrou aumento de efeitos colaterais e do risco CV,
portanto, não deve ser usada. Letra E errada.
Resposta: Letra A

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88. Comentário: O objetivo dos cuidados paliativos na IC é prevenir e aliviar o
sofrimento e promover a melhor qualidade de vida para os pacientes e seus familiares.
Nesse contexto, a manutenção do tratamento da IC é importante para promover e
manter o alívio sintomático e melhorar a qualidade de vida. A terapia com inotrópicos
pode ser considerada no manejo da IC avançada em estágio terminal nos pacientes
com sintomas refratários.
Resposta: Letra D
Os demais itens estão corretos e autoexplicativos.

89. Comentário: Questão em que o aluno com bom senso e sem nenhum
conhecimento específico acertaria. Questões como esta, tente lembrar-se de sua
prática clínica, em quantos pacientes com FA aguda, que é muito comum em ambiente
de terapia intensiva. Você passou um Swan Ganz? O diagnóstico realizado pelo ECG
e o tratamento não depende de variáveis hemodinâmicas ofertadas pelo Swan Ganz.
Diferentemente das outras situações, por exemplo. A ausência de salto oximétrico
no VD e a presença de onda “V” significativa da pressão capilar pulmonar confirmam
a insuficiência mitral e excluem a presença de comunicação interventricular.
Resposta: Letra A
Ref.: Arq Bras Cardiol. 2015; 105(2):1-105.

90. Comentário: Paciente no contexto de dor torácica que evoluiu com surgimento
de sopro alto, pansistólico, mais nítido na BEE baixa, associado a piora hemodinâmica,
deve levantar a suspeita de ruptura do septo ventricular. O CATE confirma o defeito
septal, além de avaliar as coronárias. O tratamento é feito com estabilização clínica
com inotrópicos, vasodilatadores, e até BIA, e posterior realização cirúrgica o mais
precoce possível. Nos casos de choque cardiogênico está indicada cirurgia de
urgência.
Resposta: Letra E

91. Comentário: Letra A errada: A posologia inicial recomendada de sacubitril/


valsartana é 49/51 mg, a cada 12 horas, para pacientes em uso de doses altas
de IECA/ BRA e com pressão arterial sistólica preservada (acima de 100 mmHg).
Nos pacientes com pressão arterial limítrofe, idosos ou que toleram apenas doses
baixas de IECA/BRA, a dose inicial deve ser 24/26 mg a cada 12 horas. Letra B: Não é
necessário período de washout para aqueles pacientes que já vinham em uso de BRA.
Letra C: correta e autoexplicativa. Letra D errada: Diferenças também foram notadas
em relação aos efeitos adversos do tratamento com sacubitril/ valsartana no estudo
PARADIGM-HF: hipotensão arterial sintomática foi mais frequente em relação ao

77
grupo enalapril, enquanto tosse, hipercalemia (potássio > 6,0 mmol/L) e insuficiência
renal (creatinina sérica > 2,5 mg/dL) tiveram ocorrência menor em relação ao grupo
com IECA. Letra E errada: As doses devem ser aumentadas progressivamente de
duas a quatro semanas, com acompanhamento da função renal e eletrólitos e de
possíveis sintomas de hipotensão, até a dose alvo de 97/ 103 mg, duas vezes ao dia.
Resposta: Letra C

92. Comentário: Letra A correta, os quatro principais estresses que levam


à ruptura da placa de ateroma são o frio, alimentação copiosa, tabagismo e
mudança postural. A dor torácica típica é uma dor ou desconforto retroesternal,
desencadeada por exercício ou estresse e aliviada com repouso ou nitratos. Letra
B correta e sobejamente conhecida. Letra C correta, o famoso Sinal de Levine é
altamente sugestivo de dor isquêmica. Letra E correta, além desses encontramos
também dessaturação e taquicardia sinusal. Letra D errada, os pacientes com esse
diagnóstico apresentam dor torácica contínua, que piora com a respiração e com o
decúbito dorsal, melhorando com a inclinação do tronco para frente.
Resposta: Letra D

93. Comentário: A suspeita de hiperaldosteronismo primário deve ser levantada


quando se encontra um paciente com hipertensão associada à hipopotassemia
espontânea, ou induzida por diuréticos, ou hipertensão estágio 3 resistente ou
hipertensão com nódulo adrenal.
Resposta: Letra B

94. Comentário: Letra A errada: A ausência de estertores pulmonares na ausculta


não exclui a presença de congestão pulmonar ou pressão capilar pulmonar elevada,
principalmente, em pacientes com IC crônica, devido a mecanismos adaptativos
como a maior atuação do sistema linfático. Letra B: Correta e autoexplicativa. Letra
C errada: A hepatomegalia geralmente precede o surgimento de edema periférico
na IC. Letra D errada: Pacientes com IC aguda nova podem apresentar sinais de
congestão pulmonar, sem a presença de edema periférico. Letra E: Devido ao
aumento da pressão pulmonar na IC, há aumento na velocidade de fechamento da
valva pulmonar (componente P2), levando à hiperfonese do componente pulmonar
da segunda bulha.
Resposta: Letra B

78
95. Comentário: O estudo MIRACL avaliou pacientes com IAM não Q ou angina
instável, com níveis médios de LDL-c de 124 mg/ dL durante a hospitalização,
demonstrou redução do risco relativo de subsequente evento coronariano com a
introdução de atorvastatina 80 mg ao dia.
Resposta: Letra B

96. Comentário: Paciente com ICFEr, de etiologia isquêmica, persistentemente


sintomático (CF III NYHA) em uso de terapia otimizada. Nesse contexto, a melhor
estratégia para a redução de mortalidade é a troca de IECA por sacubitril-valsartana.
Resposta: Letra A

97. Comentário: Questão que envolve efeitos colaterais das medicações. O IECA
pode levar à tosse seca, alteração do paladar, edema angioneurótico, hiperpotassemia
em IRC, azotemia.
Resposta: Letra B

98. Comentário: Letra A errada; a dispneia induzida por ticagrelor costuma ser
transitória. Letra C errada: outro efeito colateral transitório e que costuma cessar
após sete dias do uso da droga é a bradicardia e até pausas maiores que três
segundos. Letra D errada; a evidência controversa que sugere que a associação de
clopidogrel com protetores gástricos deva ser evitada, se baseia apenas em inibidores
da bomba de prótons. Letra E errada; diferentemente do clopidogrel e do prasugrel
o ticagrelor não é uma pró-droga. Letra B correta; o ticagrelor é um derivado da
ciclopentiltriazolopirimidina e também inibe a ativação plaquetária pela via do ADP,
bloqueando de forma REVERSÍVEL o receptor P2Y12.
Resposta: Letra B

99. Comentário: Letra A errada, as rupturas ocorrem nos primeiros 14 dias


de evolução, com picos nas primeiras 24h e entre o 3º e 5º dias. Reperfusão por
trombólise leva a maior número de complicações mecânicas que a ICP primária.
Letra B e D errada, mais frequente em idosos e mulheres, muito associado a infarto
transmural extenso, cuja área irrigada vem da DA. Letra E errada, sua incidência varia
entre 13 e 45%, e o grau de regurgitação pode variar de leve a grave. Nas IM discretas
o tratamento é clínico. Nos casos mais avançados, deve ser feita estabilização
clínica, com inotrópicos, vasodilatadores, diuréticos e até BIA, e posterior angiografia
coronária e cirurgia.
Resposta: Letra C

79
100. Comentário: Questão que quem vive UCO na prática acerta por eliminação.
Segue tabela retirada da Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre
Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST -
2021.

ANGINA INSTÁVEL E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO SEM SUPRA-


DESNÍVEL DO SEGMENTO ST
Lesão miocárdica por outras condições cardíacas não isquêmicas
Insuficiência cardíaca
Miocardite
Cardiomiopatias de qualquer tipo
Sindrome de Takotsubo
Procedimento de revascularização miocárdica
Ablação miocárdica por cateter
Desfibrilação ou cardioversão elétrica
Contusão miocárdica
LESÃO MIOCÁRDICA POR CONDIÇÕES SISTÊMICAS
Sepse ou processo infeccioso ativo
Doença renal crônica
Acidente vascular cerebral (AVC) e hemorragia subaracnóidea
Embolia pulmonar e hipertensão pulmonar
Doença miocárdica infiltrativa (p. ex: amiloidose, sarcoidose)
Agentes quimioterápicos
Doente crítico
Atividade física extrema

Resposta: Letra E

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