E Book 100 Questoes V2 PDF
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Esta obra é protegida pela lei número 9.610 dos Direitos Autoriais de 19 de Fevereiro
de 1998, sancionada e publicada no Diário Oficial da União em 20 de Fevereiro de
1998. Em vigor a lei número 10.693, de 1 de Julho de 2003, que altera os artigos 184 e
186 do Código Penal em acrescenta Parágrafos ao artigo 525 do Código
de Processo Penal.
Produção Visual: AulaBrasil / Preparatório Saúde
Capa e identidade visual: Renata Nagli
Diagramação: Ana Luiza Bilheiro Barata
Coordenação: Diógenes Alcântara
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Autores
DR. CHARLES RIOS SOUZA
4
DR. BRUNO REZENDE PASSOS
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INSTRUÇÕES DESTE MATERIAL
(Leitura Obrigatória!)
Olá aluno/a!
I. Pegue papel e caneta ou abra o Bloco de Notas para anotar as respostas de cada
pergunta.
II. Tente fazer as 100 questões no tempo proporcional ao da prova (5 horas). Assim
você treina seus conhecimentos e também o tempo de prova.
III. Após terminar a prova, prepare-se para conferir as questões que você acertou e
errou, além de conferir a explicação das questões na segunda parte do e-book.
Bons estudos.
Equipe CardioAula®
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QUESTÕES
1. TEC 2013 - Paciente do sexo feminino, 68 anos, iniciou, às dez horas da manhã,
quadro de dor torácica opressiva, irradiada para MSE, em repouso, com duração de
aproximadamente dez minutos. Referia episódio de dor em repouso com duração
de cinco minutos, às cinco horas da manhã com as mesmas características. Teve
melhora espontânea da dor e optou por procurar serviço de emergência. Referia
história de hipertensão arterial há dez anos em tratamento regular com losartana
50mg 2x dia e hidroclorotiazida 25mg/dia. Referia também utilizar sinvastatina
na dose de 20mg/dia. Referia pai falecido por IAM aos 54 anos. Nunca havia sido
avaliada por cardiologista e não tinha estratificação prévia para doença arterial
coronariana. Admitida sem dor precordial. PA=140x90mmHg. FC=56bpm. Realizou
duas dosagens de troponina na emergência, com intervalo entre elas de seis horas,
que foram negativas. ECG sem alterações significativas de repolarização ventricular.
Com base no caso clínico é correto afirmar que a paciente apresenta:
a. Angina instável de médio risco pelo escore TIMI
b. Angina instável de baixo risco pelo escore TIMI
c. Angina instável de alto risco pelo escore TIMI
d. Dor torácica provavelmente anginosa
e. Dor não anginosa.
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c. O uso de hidroxicloroquina é contraindicado, pois frequentemente provoca
miocardiopatia dilatada.
d. A elevação do segmento ST, na presença de dor torácica aguda, implica provável
síndrome coronariana aguda e, consequentemente, o correto é encaminhar a paciente
para o laboratório de hemodinâmica e realizar angioplastia primária.
e. O quadro mais provável é de artrite reumatoide e se deve iniciar imunossupressores
imediatamente.
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insulino dependente, hipertenso, com bom controle. Apresenta angina pectoris
aos esforços extremos. Faz atividade física regular. Eletrocardiograma sem
anormalidades. Teste ergométrico isquêmico, com bom desempenho físico (10
MET). Angiotomografia revela oclusão de coronária direita, sendo que a artéria
descendente anterior e circunflexa não apresentam lesões significativas. Assinale a
melhor opção:
a. Solicitar cintilografia do miocárdio, para quantificar área isquêmica.
b. Indicar cirurgia de revascularização do miocárdio, para redução do risco operatório.
c. Suspender a cirurgia, por não ser de urgência, e reavaliar a real indicação da
mesma.
d. Solicitar cineangiocoronariografia e tentar desobstruir a coronária direita com
implante de Stent.
e. Iniciar betabloqueador e proceder com a cirurgia, uma vez que tolera alta carga de
exercício.
6. TEC 2016 - Na alta hospitalar, após um infarto agudo do miocárdio (IAM), sobre o
tratamento farmacológico, é INCORRETO afirmar:
a. Após os primeiros 30 dias, a terapia hipolipemiante deve ser ajustada para adequar
a meta terapêutica de LDL-c menor do que 70 mg/dL.
b. Recomenda-se o bloqueio da aldosterona para todo paciente pós-IAM, que não
tolere inibidores da enzima conversora de angiotensina.
c. Em pacientes pós-IAM com comprometimento significativo da função sistólica
do ventrículo esquerdo ou com alterações da condução atrioventricular (AV), os
antagonistas dos canais de cálcio devem ser evitados, mesmo quando usados
isoladamente.
d. Os estudos em longo prazo de nitratos no pós-IAM não mostraram benefício na
diminuição da mortalidade cardiovascular.
e. Os estudos atuais disponíveis sugerem o uso dos betabloqueadores sob
administração oral em todos os pacientes com IAM, independentemente da
administração concomitante de fibrinolíticos ou da realização de intervenção
percutânea primária, respeitando-se suas contraindicações.
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b. A ausência de estertores crepitantes ao exame físico sugere fortemente que as
pressões de enchimento do ventrículo esquerdo não estão elevadas e que não há
hipervolemia.
c. A avaliaçã o clínica por suspeita de ICD requer o emprego de sinais e sintomas e
necessariamente de exames complementares para inferir se a IC é aguda de origem
recente ou doença crônica agudizada e qual o provável fator causal e desencadeante
da ICD.
d. A ausência de terceira bulha não afasta a suspeitade insuficiência cardíaca, por
este achado carecer de sensibilidade, mas por ter especificidade elevada.
e. A presença de queixas digestivas leva fortemente a suspeitar de patologia
abdominal associada.
9. TEC 2020 - Qual das seguintes etiologias de aneurisma de aorta torácica é devida
à aortite não infecciosa?
a. Síndrome de Marfan
b. Sífilis cardiovascular
c. Síndrome de Takayasu
d. Síndrome de Loeys-Dietz
e. Síndrome de Ehlers-Danlo
10. TEC 2020 - Qual das alternativas abaixo NÃO se associa à manifestação
atípica de infarto agudo do miocárdio:
a. Paciente idoso.
b. Sexo feminino.
c. Doença arterial periférica.
d. Insuficiência cardíaca.
e. Marca-passo cardíaco definitivo.
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11. TEC 2020 – Em relação à ocorrência de fibrilação atrial(FA) após cirurgia de
revascularização miocárdica, é correto afirmar que:
a. A cardioversão elétrica imediata é a conduta inicial de escolha para redução do
risco de complicações em pacientes estáveis hemodinamicamente.
b. O maior risco de ocorrência da FA é no segundo dia do pós-operatório, ocorrendo
em 25% a 40% dos pacientes.
c. O tratamento para manutenção do ritmo com amiodarona deve ser mantido entre
três a seis meses após a alta hospitalar, pelo alto risco de recorrência da FA.
d. Pacientes submetidos à cirurgia com o auxílio de circulação extracorpórea (CEC)
têm menor risco de desenvolver FA do que aqueles operados sem CEC.
e. Por ser habitualmente de resolução espontânea, a FA no pós-operatório não
aumenta o risco de complicações tromboembólicas.
13. TEC 2020 - Homem, 68 anos, apresenta dor torácica anginosa típica há 2 horas,
com eletrocardiograma mostrando supradesnivelamento do segmento ST na parede
anterosseptal, em Killip I. Tem antecedente pessoal de diabetes mellitus e acidente
vascular encefálico hemorrágico há 5 anos. O hospital não possui hemodinâmica
disponível e o serviço mais próximo fica a 190 minutos de distância. A melhor
conduta nesse momento é:
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Legenda:
• Ácido acetilsalicílico = AAS
• Via oral = VO
• Subcutânea = SC
• Intravenosa = IV
15. TEC 2020 - Homem, 62 anos, hipertenso, em uso regular de enalapril 20 mg/
dia, anlodipino 5mg/ dia e atorvastatina 20 mg/dia. Portador de angina estável
sintomática. Sedentário e obeso. Pressão arterial = 156x84 mmHg; frequência
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cardíaca = 92 bpm; glicemia = 108mg/dL, hemoglobina glicada = 6,3%, colesterol total
= 220 mg/dL, HDLcolesterol = 38 mg/dL, LDL-colesterol = 144 mg/ dL, triglicérides
= 190 mg/dL.
Qual a conduta mais adequada em relação à terapêutica farmacológica?
16. TEC 2019 - Homem, 77 anos, internado com infarto agudo do miocárdio (IAM)
com supradesnivelamento do segmento ST de parede anterior, com 10 horas de
evolução. Na admissão, apresentava saturação de oxigênio de 89%, pressão arterial
(PA) = 85 x 60 mmHg e frequência cardíaca (FC) = 108 batimentos por minuto (bpm).
Qual, dentre as medidas que devem ser feitas na admissão, NÂO é recomendada
para este paciente?
a. Oxigenioterapia.
b. Administração de metoprolol via intravenosa.
c. Administração de fibrinolíticos.
d. Enoxaparina 0,75 mg/kg de peso corporal a cada 12 horas.
e. Ácido acetilsalicílico (AAS) + clopidogrel.
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c. Não há sinal ou sintoma patognomônico que diferencie insuficiência cardíaca com
fração de ejeção reduzida da insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada.
d. Estase jugular e refluxo hepatojugular têm baixas sensibilidade e especificidade
para aumento das pressões em câmaras esquerdas.
e. Presença de B3 é um achado específico de insuficiência cardíaca, mas com baixa
relação com o prognóstico da doença.
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20. TEC 2018 - Em várias situações, está indicado o uso de atropina para o
tratamento agudo de bradiarritmias. Assinale a situação clínica em que o uso de
atropina esteja CONTRAINDICADO:
a. Bloqueio atrioventricular (AV) de 3º grau relacionado com infarto agudo do
miocárdio inferior.
b. Bloqueio atrioventricular (AV) de 3º grau, com suspeita de comprometimento do
Sistema de His- Purkinje.
c. Bloqueio atrioventricular (AV) de 2º grau relacionado com infarto agudo do
miocárdio inferior.
d. Bradicardia sinusal sintomática.
e. Bloqueio sinoatrial sintomático.
21. TEC 2020 - A sarcoidose é uma doença sistêmica de causas não definidas,
caracterizada histologicamente por granulomas não caseosos. Com relação ao
acometimento cardíaco, assinale a alternativa INCORRETA:
a. A sarcoidose pode afetar átrios, ventrículos, valvas, músculos papilares e sistema
de condução.
b. Alterações contráteis segmentares com distribuição não coronariana, afilamento
anterobasal do septo com ecogenicidade aumentada ao ecocardiograma
transtorácico são muitos sugestivos.
c. Imagens híbridas de tomografia por emissão de prótons e ressonância magnética
(PET-RM) possibilitam avaliar simultaneamente a estrutura e função cardíaca,
detectar fibrose e determinar o grau de inflamação ativa. Atualmente, é o método
diagnóstico de escolha.
d. A forma cardíaca clinicamente evidente ocorre em 25% dos pacientes com
sarcoidose sistêmica. Já o acometimento pulmonar é raro, caracterizado por
linfadenopatia hilar bilateral, opacidades reticulares parenquimatosas e, em casos
avançados, sinais de doença intersticial pulmonar e fibrose.
e. A terapêutica inclui imunossupressão para as lesões ativas, tratamento da
insuficiência cardíaca e terapia antiarrítmica.
22. TEC 2017 - As miocardiopatias são definidas de forma tradicional com base
em fenótipos estruturais e funcionais. Dos tipos abaixo descritos, a que NÃO é
considerada uma dessas formas é a:
a. Dilatada.
b. Restritiva.
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c. Isquêmica.
d. Hipertrófica.
e. Arritmogênica do ventrículo direito.
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26. TEC 2020 – Em relação à Tetralogia de Fallot, assinale a alternativa correta.
I. A anormalidade fundamental na Tetralogia de Fallot é o desvio anterior e para
cima (cefálica) do septo infundibular ou de via saída que contribui para assuas
quatro características.
II. Crises de hipóxia podem ocorrer e se caracterizam por queda súbita da
saturação de oxigênio, requerendo, para seu tratamento: oxigênio, morfina, dopamina
ou dobutamina para sua reversão.
III. No pós-operatório, a reintervenção cirúrgica pode ser necessária para o tratamento
de lesão residual da valva pulmonar por estenose e / ou insuficiência pulmonar.
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28. TEC 2020 - Mulher, 39 anos, com quadro de dispneia progressiva há 9 meses.
Ao exame físico, nota-se sopro diastólico tipo ruflar em foco mitral, e a radiografia de
tórax mostra elevação do brônquio-fonte esquerdo (sinal da bailarina). Considerando-
se este caso clínico, quais são as opções corretas?
I. A provável valvopatia é insuficiência mitral.
II. A principal etiologia dessa valvopatia do caso clínico é reumática.
III. O tratamento preconizado é implante de prótese transcateter.
IV. A valvoplastia percutânea com balão é a primeira opção na ausência de
contraindicação.
a. Apenas II e IV.
b. Apenas I, II e IV.
c. Apenas I e III.
d. Apenas II, III, IV.
e. Apenas I, II, III.
29. TEC 2020 - De acordo com a Organização Mundial de Saúde, qual a alternativa
correta sobre a duração da profilaxia secundária para a febre reumática (FR)?
a. Pacientes com FR sem cardite comprovada dispensam a profilaxia secundária
b. Pacientes com cardiopatia reumática apresentando doença valvar grave devem
fazer profilaxia secundária por toda a vida
c. Pacientes com cardiopatia valvar reumática grave dispensam a profilaxia
secundária da FR após o tratamento cirúrgico da doença valvar
d. Pacientes com cardite e sequela de insuficiência mitral leve devem fazer profilaxia
secundária da FR por cinco anos após o último ataque ou até os 18 anos de idade
e. Pacientes com cardiopatia valvar reumática ou com próteses valvares devem fazer
a prevenção secundária da FR com antibióticos em altas doses uma hora antes de
procedimentos dentários e geniturinários
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d. Na pericardite constritiva decorrente da radioterapia, as manifestações clínicas
são precoces e os sintomas aparecem no início da doença.
e. A exposição à radioterapia torácica pode causar espessamento fibroso das valvas,
sendo que a maioria dos pacientes desenvolve precocemente disfunção valvar
moderada a grave.
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c. Dímero D, BNP e troponina.
d. Angiotomografia computadorizada de tórax.
e. Eletrocardiograma.
33. TEC 2017 - O cardiologista deve estar atento ao exame físico do paciente.
Assim, em relação ao efeito da respiração na ausculta cardíaca, é CORRETO
afirmar que:
a. A respiração não afeta os sopros do lado direito.
b. Todos os sopros tendem a diminuir durante a expiração.
c. Sopros do lado esquerdo diminuem durante a expiração.
d. Sopros do lado direito geralmente diminuem com a inspiração.
e. Sopros do lado esquerdo geralmente são mais altos durante a expiração.
36. TEC 2016 - Mulher, 41 anos, com valvopatia reumática, submetida à cirurgia
de troca valvar mitral em 1994 e em 2010 - nesta última ocasião com implante de
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prótese biológica. Retorna ao cardiologista queixando-se de dispneia progressiva aos
esforços no último ano, além de edema de membros inferiores (MMII) e desconforto
abdominal, com melhora com furosemida e enalapril.
• Ritmo cardíaco irregular.
• Pressão arterial 112x80mmHg.
• Frequência cardíaca 80bpm.
• Ausculta cardíaca com sopro sistólico regurgitativo, audível em borda esternal
esquerda baixa ++/6+.
• Ausculta pulmonar diminuída em base de HTD sem ruídos adventícios, sinais de
hepatomegalia e edema de MMII.
• Ao ecocardiograma transtorácico: prótese biológica mitral normofuncionante,
insuficiência tricúspide importante, fração de ejeção do ventrículo esquerdo
(FEVE) 66%, ventrículo esquerdo 54x40mm, PSAP 84mmHg, ventrículo direito com
hipocinesia importante, sem alteração pericárdica.
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de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea, independentemente da
expectativa de vida e FE menor que 35%.
d. Pacientes sobreviventes de IAM há pelo menos 40 dias ou com cardiopatia
isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo, em CF II-III NYHA, sem
isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou
percutânea, com expectativa de vida de pelo menos um ano e FE menor ou igual
a 35%.
e. Pacientes sobreviventes de IAM há pelo menos 6 meses ou com cardiopatia
isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo, sem isquemia miocárdica
passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea, expectativa de
vida maior que um ano e fração de ejeção menor que 50%.
38. TEC 2019 - Sobre insuficiência cardíaca (1C) e arritmia cardíaca, é correto
afirmar:
a. A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) e cardioversor desfibrilador
implantável (CDI) está indicada para pacientes com IC sintomáticos que já vêm com
terapia medicamentosa otimizada, apresentando disfunção sistólica grave (FEVE <
35%) além de distúrbios de condução intraventricular com duração do complexo QRS
>120 ms. Dentre estes, os pacientes “hiperrespondedores ”são os que apresentam
maior chance de se beneficiar e são: os de etiologia isquêmica, do sexo feminino,
com duração do complexo QRS >150 ms, com padrão típico de bloqueio do ramo
esquerdo (BRE), com átrios esquerdos de menor volume e índice de massa corporal
(IMC) <35 kg/m2.
b. Na presença de bloqueio atrioventricular (BAV) com indicação de marca-passo
(MP) em pacientes com IC e disfunção ventricular sistólica, há benefício de uso de
terapia de ressincronização cardíaca (TRC), independentemente da duração do QRS,
por reduzirem visitas à emergência, hospitalização por IC e mortalidade por todas as
causas.
c. A morte súbita por arritmia ventricular em IC foi expressivamente reduzida
com a terapia farmacológica contemporânea (antagonistas neuro- hormonais,
betabloqueadores [BB], antagonistas da aldosterona e inibidores da neprilisina). Os
fatores de risco para morte súbita são: morte súbita recuperada, documentação de
um episódio de taquicardia ventricular sustentada (TVS) e de taquicardia ventricular
não sustentada (TVNS), a alta densidade de ectopia ventricular no Holter e a presença
de disfunção ventricular com fração de ejeção < 35%.
d. Na indicação de cardioversor desfibrilador implantável (CDI) na prevenção
secundária de morte súbita são candidatos aqueles portadores de: (1) disfunção
ventricular recuperados de morte súbita por fibrilação ventricular (FV); (2) taquicardia
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ventricular sustentada (TVS) de causa não reversível; (3) TVS estável ou instável;
(4) síncope recorrente inexplicada; e (5) FV no estudo eletrofisiológico invasivo não
respondedor à ablação eletrofisiológica.
e. A indicação de cardioversor desfibrilador implantável (CDI) na disfunção sistólica
(FEVE < 35%) sintomática, de etiologia não isquêmica, em classe funcional II-III
(NYHA) está claramente estabelecida, não necessitando de estratificação de risco
dentro desta categoria.
40. TEC 2017 - De acordo com a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Aguda,
é preconizado em relação ao uso de betabloqueadores nessa síndrome, EXCETO:
a. Suspender o betabloqueador naqueles pacientes que já estejam em uso crônico e
apresentam choque cardiogênico.
b. Manter a dose do betabloqueador em pacientes que já estejam em uso crônico e
que, sob nova descompensação, apresentam-se sem sinais de baixo débito.
c. Manter betabloqueador com redução de 50% da dose naqueles pacientes que
estavam em uso crônico e apresentavam sinais de baixo débito, após estabilização
do quadro.
d. Iniciar betabloqueador precocemente naqueles pacientes que não estejam em
uso prévio e apresentam instabilidade hemodinâmica ou persistência da congestão,
apesar do tratamento clássico.
e. Iniciar betabloqueadores, sempre que possível, naqueles que não estavam em
uso prévio, após compensação clínica/melhora da congestão pulmonar e sistêmica,
ainda durante a internação.
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41. TEC 2016 - Recomendações para utilização de antiagregantes/antitrombóticos
em pré-operatório de cirurgia não cardíaca:
a. Em prevenção secundária, quando o risco de sangramento for alto, deve-se manter
o clopidogrel no perioperatório.
b. Pacientes em uso crônico de dabigatrana devem ter a medicação suspensa 72
horas antes da cirurgia. Nos casos de disfunção renal moderada (depuração de
creatinina menor que 50 mL/minuto) ou de operações de alto risco de sangramento,
como neurocirurgias, a dabigatrana deve ser suspensa pelo menos 24 horas antes
da operação.
c. Pacientes que usam o clopidogrel como prevenção primária deve ter a medicação
suspensa um dia antes do procedimento cirúrgico.
d. Para realização de exame de colonoscopia, quando pode haver necessidade de
biópsia de pólipos de maior dimensão (maior que 1,2cm de comprimento) não há
necessidade de suspender varfarina antes da intervenção.
e. As heparinas não fracionada e de baixo peso molecular são estratégias efetivas e
seguras como profilaxia de tromboembolismo venoso no perioperatório de operações
não cardíacas.
42. TEC 2019 - Com referência aos fatores de risco para morte súbita, é INCORRETO
afirmar que:
a. A cardiomiopatia hipertrófica, quando é do tipo não obstrutiva, não se constitui
marcador de risco para morte súbita.
b. A incidência de morte súbita em crianças abaixo de 1 ano é similar à incidência em
adultos de meia-idade ou mais velhos.
c. A síndrome do QT longo congênito é um contribuinte genético para o risco de
morte súbita.
d. A doença arterial coronariana é a principal base estrutural para o risco de morte
súbita.
e. A morte súbita cardíaca pode ser a primeira manifestação de doença coronária em
até metade dos casos.
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b. Fibrinólise é preferida se a apresentação tem mais de três horas desde o início dos
sintomas.
c. Angioplastia primária é preferida se o início dos sintomas foi há mais de 12 horas.
d. Angioplastia primária é preferida se existe dúvida no diagnóstico de IAMCSST.
e. Angioplastia primária é preferida se paciente está em classe 3 ou 4 de Killip.
44. TEC 2018 - Com relação ao transplante cardíaco, é INCORRETO afirmar que:
a. O uso de agentes imunossupressores levou à melhora da evolução após o
transplante cardíaco.
b. Pacientes jovens apresentam melhores taxas de sobrevida após o transplante
cardíaco.
c. A biópsia endomiocárdica é a técnica mais adequada para avaliar a rejeição do
aloenxerto.
d. Pacientes com transplante cardíaco não apresentam resposta cronotrópica
suficiente para suportar as demandas metabólicas.
e. A sobrevida média após cinco anos de transplante cardíaco é > 65%.
45. TEC 2020 - Mulher, 23 anos, queixa de palpitações rápidas e tontura, de início
súbito. Refere episódios anteriores similares. Ao exame físico: frequência cardíaca
= 190 bpm; pressão arterial = 100 x 70 mmHg. O eletrocardiograma mostrava
taquicardia regular, com QRS estreito, não sendo visível atividade elétrica atrial. Qual
deve ser a primeira opção para a reversão dessa arritmia?
a. Cardioversão elétrica sincronizada.
b. Ablação por radiofrequência para interromper o circuito da arritmia.
c. Manobra vagal e, caso não resolva, adenosina endovenosa.
d. Manobra vagal e, caso não resolva, betabloqueador endovenoso.
e. Digital endovenoso.
46. TEC 2018 - Paciente do sexo feminino, 50 anos de idade, refere que há 2
anos, em exame de rotina, foi detectado pequeno aumento de creatinina sérica. Fez
investigação naquela época, sem ser detectada etiologia, sendo que, na evolução, os
níveis voltaram aos valores normais. Há 6 meses, começou a ter dispneia e cansaço
a grandes esforços, com piora há 15 dias, quando começou a ter tosse seca. Nega
doenças anteriores e não tem história familiar de hipertensão arterial sistêmica ou
diabetes melito. Ao exame físico: bom estado geral, corada, hidratada, acianótica,
anictérica, eupneica. Pressão arterial (PA) = 90 x 60 mmHg; frequência cardíaca
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(FC) = 90 bpm, rítmico; frequência respiratória (FR) = 24 resp/min. Pescoço: estase
jugular 2+/4+ a 45°; à ausculta cardíaca: bulhas rítmicas normofonéticas, sem
sopros; à ausculta pulmonar: estertores crepitantes em base direita; abdômen: fígado
palpável a 5 cm do rebordo costal direito, borda lisa, indolor; membros inferiores sem
edema. Creatinina atual = 1,82 mg/dL; filtração glomerular = 31 mL/min/1,73m²).
O eletrocardiograma mostra diminuição de amplitude de complexos QRS em plano
frontal. O ecocardiograma mostra septo interventricular = 12 mm; parede posterior
do ventrículo esquerdo = 12 mm; volume de átrio esquerdo = 45 mL/m2; ventrículo
esquerdo de diâmetro normal; fração de ejeção de ventrículo esquerdo normal;
função diastólica com padrão restritivo de grau 3; sem reversão com manobra de
Valsalva. Assinale a alternativa CORRETA em relação ao diagnóstico diferencial.
a. A paciente tem alta suspeita clínica de amiloidose cardíaca e deve ser submetida
à eletroforese de proteínas plasmáticas, além de imunofixação de proteínas
plasmáticas e urinárias para detecção de cadeias leves. Deve também ser submetida
à ressonância magnética de coração para pesquisa de realce tardio subendocárdico.
b. O diagnóstico mais provável é de miocardiopatia hipertrófica, já que o septo
interventricular e a parede posterior do ventrículo esquerdo têm espessura aumentada.
c. A possibilidade mais provável é de que a paciente tenha endomiocardiofibrose, por
causa do aumento de volume do átrio esquerdo e da disfunção diastólica importante.
d. A cintilografia óssea com pirofosfato de tecnécio está indicada por ser
patognomônica de amiloidose de cadeias leves.
e. A suspeita clínica de endomiocardiofibrose fica reforçada pelos sinais de congestão
venosa sistêmica e pela ausculta cardíaca normal, já que o comprometimento é de
via de saída dos ventrículos.
47. TEC 2019 - Durante anos, o acometimento da valva tricúspide foi negligenciado
e não chamava a atenção dos cardiologistas e cirurgiões cardíacos. Recentemente
a avaliação e a conduta sobre essa valvopatia vêm mudando. Assinale a alternativa
correta:
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e. Na insuficiência tricúspide, durante a inspiração profunda, o sopro tende a diminuir,
sendo esse fenômeno chamado de Rivero-Carvallo.
a. Trombocitopenia.
b. Fator reumatoide elevado.
c. Proteína C-reativa elevada.
d. Anemia normocrômica normocítica.
e. Aumento na velocidade de hemossedimentação.
49. TEC 2019 - Qual das alternativas abaixo é compatível com dissecção aórtica
tipo B não complicada, sem haver a necessidade de se indicar tratamento cirúrgico
ou endovascular?
a. Dor torácica persistente
b. Diâmetro da aorta descendente de 6,0cm
c. Dissecção retrógrada
d. Isquemia mesentérica
e. Falsa luz pérvia
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c. As assertivas I, II e III estão corretas.
d. Apenas a assertiva II está correta.
e. Apenas a assertiva III está correta.
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d. No caso de procedimentos dermatológicos, para pacientes que estejam em uso
de dupla antiagregação plaquetária após angioplastia com implante de stent nos
últimos dois meses, a recomendação é suspender os dois antiplaquetários.
e. Devido à interação com varfarina, é necessária a alteração do regime de
anticoagulante quando for utilizada dose única de antibiótico profilático.
56. TEC 2018 - Assinale a alternativa CORRETA acerca dos aspectos relativos às
várias etiologias de miocardiopatia restritiva.
a. O prognóstico na hemocromatose depende da precocidade de seu diagnóstico,
pois, uma vez iniciado o tratamento com sangrias terapêuticas, pode haver melhora
da disfunção cardíaca, com consequente redução da morbidade e mortalidade.
b. Na forma familiar da amiloidose, também conhecida como de cadeia leve (AL),
ocorre miocardiopatia associada à polineuropatia e neuropatia autonômica, que
costumam preceder o quadro cardíaco. Embora a proteína mutante seja produzida
no fígado, não há espaço para transplante hepático.
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c. A sarcoidose cardíaca caracteriza-se histopatologicamente pela presença de
granulomas caseosos. Pode ocorrer insuficiência cardíaca, dor torácica e arritmias
ventriculares, mas não ocorrem distúrbios de condução.
d. A endomiocardiofibrose caracteriza-se por comprometimento fibrótico
endocárdico e do miocárdio adjacente, poupando, contudo, os ápices ventriculares.
Quando acomete o ventrículo esquerdo (VE), deve ser diferenciada da pericardite
constritiva.
e. O diagnóstico de miocardiopatia restritiva deve ser lembrado em pacientes com
insuficiência cardíaca, cardiomegalia à radiografia de tórax, átrios pequenos ao
ecocardiograma e calcificação pericárdica.
58. TEC 2015 - Com relação à hipertensão arterial secundária, assinale a alternativa
CORRETA.
a. Pacientes com relação aldosterona sérica/ atividade de renina < 30 têm alta
probabilidade de serem portadores de hiperaldosteronismo primário.
b. Para o tratamento inicial dos feocromocitomas, deve-se começar pelo uso de
betabloqueadores, devido ao risco de taquicardia reflexa dos alfa bloqueadores.
c. A coarctação de aorta é mais comum em mulheres, e o diagnóstico é feito na
maioria das vezes por diferença da pressão arterial entre os braços > 10mmHg.
d. O diagnóstico da síndrome da apneia obstrutiva do sono é confirmado pelo achado
de dois episódios de apneia e/ou hipopneia por hora de sono (índice de apneia-
hipopneia) na polissonografia. É considerada grave se o índice de apneia-hipopneia
for maior ou igual a 10.
e. A displasia fibromuscular é mais frequentemente encontrada em mulheres jovens.
30
59. TEC 2020 - Em relação à terapia de ressincronização cardíaca (TRC) na
insuficiência cardíaca (IC), é correto afirmar que:
a. Os pacientes que demonstraram melhores benefícios apresentavam disfunção
sistólica (FEVE [fração de ejeção do ventrículo esquerdo] < 40%) em presença de
bloqueio de ramo direito (BRD).
b. A eficácia da TRC está amplamente demonstrada, com benefícios clínicos na
melhora de sintomas e da qualidade de vida, redução de admissões hospitalares e
melhora da sobrevida.
c. Os pacientes considerados hiperrespondedores são aqueles com etiologia
isquêmica, do sexo masculino e duração do complexo QRS > 120 ms.
d. A duração do complexo QRS não exerce um papel relevante na probabilidade
de benefício da TRC. O benefício clínico sobre o desfecho primário (morte ou
hospitalização por IC) foi demonstrado em todos os pacientes com duração intrínseca
do QRS > 120 ms.
e. O benefício da TRC em pacientes com fibrilação atrial persistente ou permanente
é semelhante aos benefícios para paciente em ritmo sinusal.
60. TEC 2019 - Homem, 27 anos, apresenta-se com queixas de palpitações. Nega
uso de drogas ou tabagismo. Pratica exercícios físicos regularmente. História familiar
de cardiomiopatia hipertrófica. Exame físico completamente normal, incluindo
ausculta cardíaca em repouso e durante Manobra de Valsalva. Eletrocardiograma
evidenciou hipertrofia ventricular esquerda com alterações da repolarização
ventricular. Ecocardiograma mostrou hipertrofia septal com espessura diastólica
de 26mm. Leve movimento anterior sistólico da valva mitra. Ausência de gradiente
intracavitário tanto em repouso como durante Manobra de Valsalva. Fração de
ejeção (FE) de 75%, sem alteração segmentar da contratilidade. Assinale a alternativa
CORRETA:
a. Eletrocardiograma com alternância de onda T é um marcador de risco para morte
súbita.
b. A Amiodarona constitui a terapêutica indicada para controlar arritmias ventriculares
e prevenção de morte súbita.
c. Maior espessura parietal do ventrículo esquerdo está associada a aumento da
probabilidade de sintomas de insuficiência cardíaca progressiva.
d. Os principais determinantes a insuficiência cardíaca progressiva são obstrução
da via de saída do ventrículo esquerdo, a fibrilação atrial e a disfunção diastólica.
e. Isquemia miocárdica secundária à disfunção microvascular é um importante
componente fisiopatológico dessa patologia, mas não tem impacto no prognóstico.
31
61. TEC 2014 - Paciente, sexo feminino, 35 anos, com sintomas de dispneia
em repouso, ortopneia e tosse seca. Apresenta sopro diastólico +++/6, 2º espaço
intercostal à esquerda, aspecto aspirativo e sopro diastólico em ruflar +++/6 B1
hiperfonética e P2 hiperfonética +++. Pulsos periféricos simétricos, amplitude e
ascenso normais. Assinale a alternativa que contempla a hipótese diagnóstica
CORRETA:
a. Insuficiência pulmonar e estenose mitral.
b. Insuficiência aórtica e insuficiência mitral.
c. Dupla lesão mitral importante e estenose pulmonar.
d. Insuficiência tricúspide e estenose mitral.
e. Insuficiência aórtica e insuficiência pulmonar.
32
64. TEC 2016 - Em relação à investigação diagnóstica de paciente com suspeita
de miocardite, é CORRETO afirmar que:
a. A ressonância magnética do coração é especialmente útil na avaliação de pacientes
com diagnóstico de miocardite fulminante com instabilidade hemodinâmica.
b. A realização da biópsia endomiocárdica do ventrículo esquerdo deve ser realizada
somente nos casos em que o processo esteja definitivamente limitado a esta
cavidade, o que pode ser definido, em alguns casos, pelo exame de ressonância
magnética do coração.
c. A cintilografia com 67-gálio, pela elevada sensibilidade durante o diagnóstico de
miocardite, deve ser realizada naqueles pacientes com quadro clínico sugestivo com
mais de 3 meses de evolução.
d. A exemplo do que ocorre nas síndromes coronarianas agudas, geralmente existe
uma curva de elevação e redução habitual e gradual dos marcadores de necrose
miocárdica na miocardite.
e. O eletrocardiograma não deve ser realizado rotineiramente, pois, na fase aguda,
predominam os sinais de sobrecarga ventricular esquerda e bloqueio de ramo
esquerdo, sem valor prognóstico nesta fase.
67. TEC 2020 - Mulher, 58 anos, com hipertensão arterial há 2 meses, desde então
em uso de hidroclorotiazida 25 mg pela manhão. Neste momento, o efeito anti-
hipertensivo se deve predominantemente por redução de:
33
a. Resistência vascular periférica.
b. Rtensão urinária de sódio.
c. Volume extracelular.
d. Atividade plasmática de renina.
e. Atividade do sistema nervoso simpático.
69. TEC 2016 - Com relação aos critérios utilizados para definir a reperfusão
pós-administração de trombolíticos, no infarto agudo com supradesnivelamento do
segmento ST (IAMcSST), pode-se AFIRMAR:
a. Há melhora lenta e gradativa do desconforto torácico ou do equivalente.
b. Há aparecimento de fibrilação atrial.
c. A instabilização hemodinâmica, como a hipotensão observada no uso de
estreptoquinase, pode ser preditora de reperfusão.
d. Ocorre resolução do supradesnivelamento do segmento ST ou redução de 20% na
derivação com maior supradesnivelamento.
e. Os critérios clínicos e eletrocardiográficos de recanalização, quando utilizados
em conjunto, apresentam boa sensibilidade/especificidade para o diagnóstico de
reperfusão.
34
70. TEC 2020 - Qual das alternativas abaixo apresenta sinais e/ou sintomas de
insuficiência cardíaca descompensada predominantemente relacionados com
hipoperfusão?
a. Extremidades frias, síncope, pulso alternante e sonolência diurna.
b. Fadiga, dispneia de esforço, edema periférico e derrame pleural.
c. Edema sacral, refluxo hepatojugular, quarta bulha e alteração do nível de consciência.
d. Terceira bulha, ascite, anorexia e esplenomegalia.
e. Sibilos, dispneia em repouso, sudorese fria e edema pulmonar agudo.
71. TEC 2019 - Mulher, 35 anos, com diagnóstico recente de hipertensão, referia
episódios de tonturas e sonolência diurna. Relatava pai falecido por infarto agudo
do miocárdio (IAM) aos 51 anos. Atualmente, em uso diário de hidroclorotiazida 25
mg e ramipril 10 mg. Ao exame, pressão arterial (PA) = 164 x 98 mmHg; frequência
cardíaca (FC) = 96 bpm; índice de massa corporal (IMC) = 26,9 kg/m2; e circunferência
da cintura = 89 cm. Exames laboratoriais revelaram glicemia de jejum = 108 mg/dL;
colesterol total = 180 mg/dL; HDL-c = 54 mg/dL; LDL-c = 90 mg/ dL; e triglicerídeos
= 180 mg/dL. Considerando a dificuldade de controle da pressão arterial, o fator de
risco presente mais associado à síndrome de apneia obstrutiva do sono que justifica
a solicitação de polissonografia é:
a. Sexo feminino.
b. Presença de síndrome metabólica.
c. Idade < 40 anos.
d. Presença de sobrepeso.
e. História familiar de doença cardiovascular prematura.
72. TEC 2018 - Existem situações quando o verapamil pode ser indicado para o
tratamento de arritmias ventriculares. Dentre as opções abaixo, assinale o tipo de
taquicardia ventricular verapamil-sensível:
a. Taquicardia ventricular secundária à Doença de Chagas.
b. Taquicardia ventricular fascicular.
c. Taquicardia ventricular relacionada com cicatriz de infarto do miocárdio.
d. Taquicardia na fase aguda do infarto do miocárdio.
e. Taquicardia ventricular secundária à displasia arritmogênica do ventrículo direito
(VD).
35
73. TEC 2020 - Considerando a apresentação clínica e o tratamento da
miocardiopatia hipertrófica, escolha a afirmativa correta:
a. Em pacientes acima de 50 anos, a mortalidade continua sendo maior do que na
população geral.
b. Cardioversor desfibrilador implantável deve ser indicado para todos os pacientes.
c. Fibrilação atrial é a arritmia sustentada mais comum.
d. A alcoolização septal é o procedimento terapêutico com resultados mais
duradouros.
e. O marcapasso com dupla câmara reduz o gradiente intraventricular e tem
resultados comparáveis à miomectomia cirúrgica.
76. TEC 2020 - Sobre o estresse parietal do ventrículo esquerdo (VE), é correto
afirmar:
a. Quanto maior o tamanho do VR, menor o estresse.
b. Quanto menor o raio do VE, maior o estresse.
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c. Na fase de hipertrofia compensatória do VE, o aumento da espessura parietal não
compensa o aumento da pressão, elevando o estresse.
d. Pós-carga pode ser definida como o estresse parietal no final da diástole.
e. Quanto maior a espessura da parede, menor o estresse.
77. TEC 2013 - Paciente do sexo masculino, 60 anos foi internado com quadro
clínico sugestivo de endocardite infecciosa. O ecocardiograma realizado mostrou a
presença de imagem de vegetação na valva mitral e insuficiência mitral de moderada
a grave. Há relato de diagnóstico de neoplasia intestinal. Neste caso, o agente
etiológico mais provável é:
a. Candida albicans
b. Streptococcus bovis
c. Staphylococcus aureus
d. Streptococcus pneumoniae
e. Staphylococcus epidermidis
78. TEC 2017 - Sopro sistólico que é melhor audível na borda esternal esquerda,
aumenta durante a inspiração e é acompanhado de onda v acentuada e y decrescente
no pulso venoso jugular sugere:
a. Estenose aórtica.
b. Insuficiência mitral.
c. Insuficiência tricúspide.
d. Defeito do septo ventricular.
e. Ruptura de cordoalha tendinosa do folheto posterior da valva mitral.
37
80. TEC 2020 - Das alternativas abaixo, qual representa os alvos clínicos
com a terapêutica diurética da descongestão na insuficiência cardíaca aguda/
descompensada?
a. Ausência de edema nas primeiras 24 horas com SatO2 maior que 94% em ar
ambiente.
b. Ausência de dispneia aos mínimos esforços em até 96 horas.
c. Diurese de 0,1 mL/kg/hora nas primeiras 6 horas.
d. Diurese (1L nas primeiras 6 horas; 1,5 a 2,5 ml/kg/hora) com ausência de ortopneia
e esforço respiratório em 24 horas.
e. Alívio dos sintomas independentemente da diurese.
38
a. A deficiência de ferro, mesmo sem anemia, não está associada a pior prognóstico.
b. A reposição de ferro por via intravenosa não mostrou benefício na capacidade
funcional, na qualidade de vida e na redução de hospitalizações.
c. A reposição de ferro por via oral mostrou benefício na capacidade funcional, na
qualidade de vida e na redução das hospitalizações.
d. Não é necessária a pesquisa de possíveis focos de sangramento, visando a excluir
a deficiência de ferro por sangramento.
e. É definida como ferritina sérica menor que 100 μg/L ou ferritina sérica entre 100 e
299 μg/L com saturação da transferrina menor que 20%.
84. TEC 2020 - Homem, 69 anos, hipertenso, com uso irregular de furosemida
40 mg/dia, nifedipina 40 mg/dia e atorvastatina 20 mg/dia. Pressão arterial (PA) de
consultório = 152 X 90 mmHg, frequência cardíaca = 88 bpm. Exame físico: ictus
propulsivo e normolocalizado, ritmo cardíaco regular em 3 tempos (B4), sem sopros.
Exames laboratoriais: creatina = 1,7 mg/dL, taxa de filtração glomerular (CKD-EPI) =
40 mL/ mim/1,73m², Potássio 3,9 mmol/L; lipidograma normal; hemoglobina glicada
= 5,4%. Spot urinário: albuminúria?creatinúria 98 mg/g creatinina. Qual a conduta
em relação a terapêutica farmacológica?
a. Trocar diurético de alça por um tiazídico e iniciar um inibidor do sistema renina-
agiotensinaaldosterona (SRAA), objetivando melhor controle pressórico, proteção
renal e reversão de hipertrofia ventricular esquerda.
b. Associar espironolactona pela possibilidade de hiperaldosteronismo diante do
potássio alto, objetivando melhor controle pressórico e consequente melhoria da
função renal.
c. Suspender toda a medicação e iniciar um inibidor SRAA e metformina, visando a
proteção renal
d. Aumenta a dose de da furosemida para 80 mg/dia e iniciar investigação para
doença renovascular.
e. Iniciar duplo bloqueio do SRAA, com objetivo de reduzir os níveis de albuminútia e
reverter hipertrofia ventricular esquerda.
85. TEC 2016 - Paciente masculino, 66 anos, sofreu infarto agudo do miocárdio
(IAM) anterior extenso há 3 meses. Vem para revisão ambulatorial com insuficiência
cardíaca classe II da NYHA, ecocardiograma com fração de ejeção ventricular
esquerda de 28% e tratamento farmacológico otimizado. Eletrocardiograma em
ritmo sinusal, 60 bpm, PR 0,18 s, QRS 0,10s, extrassístole ventricular isolada e zona
inativa anterior. Qual é a melhor conduta a ser indicada?
a. Implantar cardioversor desfibrilador ventricular.
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b. Manter tratamento inalterado.
c. Implantar cardioversor desfibrilador associado à ressincronizador cardíaco
atriobiventricular.
d. Fazer estudo eletrofisiológico diagnóstico.
e. Implantar ressincronizador cardíaco atriobiventricular.
86. TEC 2019 - Assinale a alternativa CORRETA acerca dos aspectos relativos às
várias etiologias de cardiomiopatia restritiva:
a. Na amiloidose m-TTR, o tratamento quimioterápico se impõe e objetiva combater
os clones de células B medulares, os quais produzem as cadeias pesadas de
imunoglobulinas que se depositam nos tecidos.
b. A doença de Fabry, relacionada à deficiência de betagalactosidase, é associada à
herança autossômica dominante e se caracteriza por graus acentuados de hipertrofia
ventricular desde a adolescência, levando à dispneia precoce e a angina relacionada
à doença coronariana epicárdica.
c. A amiloidose cardíaca deve ser considerada no diagnóstico diferencial nos
pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção preservada.
d. A hemocromatose primária ocorre devido ao depósito de ferro em vários órgãos,
relacionada à herança genética autossômica dominante, sendo decorrente da
eliminação reduzida de ferro absorvido e havendo infiltração do coração precoce
quando comparada aos outros órgãos sólidos, como fígado e pâncreas.
e. As imagens de PET (tomografia por emissão de pósitrons) têm pouca utilidade
para o diagnóstico e seguimento em pacientes portadores de sarcoidose cardíaca,
dada a ausência de inflamação perigranulomatosa significativa nessa patologia.
40
88. TEC 2017 - Os cuidados de final de vida em pacientes com insuficiência
cardíaca são fundamentais para profissionais que trabalham com esse tipo de
pacientes. NÃO está recomendada para esses indivíduos a adoção dos seguintes
cuidados:
a. Discussão sobre a opção de desativar cardiodesfibriladores implantáveis.
b. Assegurar a continuidade dos cuidados médicos entre os ambientes hospitalar e
ambulatorial.
c. Informação contínua ao paciente e à família sobre o prognóstico para capacidade
funcional e sobrevida.
d. O tratamento paliativo no final da vida deve evitar medicações regulares para
controle dos sintomas como o uso de inotrópicos e diuréticos intravenosos.
e. Informação ao paciente e à família sobre as opções para formulação e
implementação das diretivas antecipadas e o papel dos serviços paliativos e de
hospice com reavaliação para mudança da situação clínica.
90. TEC 2020 - Mulher, 72 anos, tabagista, com queixa de dispneia progressiva há 1
dia, além de ortopneia. Relata episódio de dor torácica de forte intensidade há 5 dias,
com irradiação para as costas e duração de aproximadamente 1 hora. Exame físico:
taquidispneica, com estertores crepitantes até terço médio de ambos os pulmões,
sopro holossistólico alto e rude, melhor audível na parte inferior da borda esternal
esquerda associado a frêmito na mesma localização. O diagnóstico mais provável é:
a. Ruptura total de músculo papilar pós-infarto agudo do miocárdio com insuficiência
mitral moderada.
b. Dissecção aguda de aorta com insuficiência aórtica importante.
c. Síndrome de Dressler.
d. Embolia pulmonar com hipertensão pulmonar e insuficiência tricúspide importante.
41
e. Ruptura de septo interventricular pós-infarto agudo do miocárdio com comunicação
interventricular.
92. TEC 2019 - A avaliação de um paciente com dor torácica requer a análise
cuidadosa das características da dor para permitir um diagnóstico inicial mais
acurado. Existem várias patologias que podem apresentar manifestações próprias,
o que auxilia no diagnóstico diferencial. Qual alternativa está INCORRETA?
a. A dor relacionada à insuficiência coronariana costuma piorar ao esforço,
alimentação copiosa, frio ou estresse.
b. A dor relacionada ao refluxo gastroesofágico piora com alimentação copiosa e
decúbito horizontal pós-refeições.
c. O gesto de fechar a mão sobre o tórax em uma área grande é altamente sugestivo
de dor de origem relacionada à isquemia do miocárdio.
d. A dor da pericardite costuma ser precordial em opressão e tende a melhorar com
o decúbito dorsal.
e. Dor torácica súbita do tipo pleurítica e acompanhada de tosse, dispneia e
hemoptise é forte indicadora de tromboembolismo pulmonar, com consequente
infarto pulmonar associado.
42
a. Nos pacientes com feocromocitoma, a hipertensão arterial pode ser do tipo
paroxístico (30%) ou sustentada com ou sem paroxismo (50% a 60%).
b. Nos pacientes portadores de hiperaldosteronismo primário, a hipertensão tem
mais comumente estágios 1 e 2, e raramente é refratária ao tratamento farmacológico
anti-hipertensivo.
c. A correção cirúrgica do hiperparatireoidismo reduz a pressão arterial dos
hipertensos e não modifica a pressão arterial nos normotensos.
d. A hipertensão arterial sistêmica ocorre em 20% dos pacientes com hipotireoidismo.
e. Na síndrome de Cushing, a pressão arterial eleva-se devido ao excesso de cortisol,
que aumenta a retenção de sódio e água e promove expansão do volume plasmático.
94. TEC 2018 - No diagnóstico da insuficiência cardíaca (IC), com relação aos
achados no exame físico, qual a alternativa CORRETA:
a. Ausência de estertores pulmonares ao exame exclui a presença de pressão capilar
pulmonar elevada.
b. O derrame pleural na insuficiência cardíaca é mais frequentemente bilateral, mas
quando unilateral em geral é restrito ao lado direito do tórax.
c. A hepatomegalia em geral se segue ao desenvolvimento de edema periférico
evidente.
d. A ausência de edema periférico indica a falta de sobrecarga de volume e congestão
venosa sistêmica.
e. Na insuficiência ventricular esquerda, P2 é frequentemente reduzida.
95. TEC 2018 - No estudo MIRACL, realizado em fase aguda do infarto agudo do
miocárdio, mostrou-se redução de reinternação hospitalar por angina em apenas 4
meses de tratamento hipolipemiante, introduzida precocemente qual estatina e em
que dose?
a. 40 mg de rosuvastatina.
b. 80 mg de atorvastatina.
c. 40 mg de atorvastatina.
d. 20 mg de rosuvastatina.
e. 20 mg de sinvastatina com 10 mg de ezetimiba.
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físico, ele apresenta-se lúcido, corado, hidratado e eupneico em ar ambiente.
Pressão arterial (PA) 120/84 mmHg, frequência cardíaca (FC) = 66 bpm, frequência
respiratória (FR) = 12 irpm (incursões respiratórias por minuto); ritmo regular com
B3, sem sopros; pulmões limpos; abdome sem visceromegalias, peristalse normal,
sem ascite, membros inferiores sem edemas. Atualmente, ele está fazendo uso
regalar de enalapril 20 mg duas vezes ao dia, carvedilol 25 mg, duas vezes ao dia,
espironolactona 25 mg uma vez ao dia, ácido acetilsalicílico (AAS) 100 mg, uma vez
ao dia, sinvastatina 20 mg, uma vez ao dia, e furosemida 40 mg, uma vez ao dia.
Conforme as recomendações das Diretrizes Brasileiras de Insuficiência Cardíaca
Crônica (2018), qual a melhor opção terapêutica com o objetivo de redução da
mortalidade?
a. Trocar o enalapril por sacubitril-valsartana.
b. Adicionar hidralazina ao esquema em uso.
c. Aumentar a dose de espironolactona para 50 mg por dia.
d. Adicionar ivabradina para melhor controle da frequência cardíaca.
e. Não fazer modificações, pois paciente já está em uso de tratamento pleno.
98. TEC 2018 - Homem, 70 anos, sem comorbidades, foi submetido à angioplastia
primária com stent farmacológico de artéria descendente anterior devido a infarto do
miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST. Por conta disso, foi tratado
desde a admissão com ácido acetilsalicílico (AAS) + clopidogrel. No terceiro dia, o
clopidogrel foi substituído por ticagrelor 90 mg, 2 vezes ao dia, evoluindo a partir de
então com episódios de dispneia sem relação com alterações cardiopulmonares ao
exame físico. Em relação ao tratamento antiplaquetário usado para este paciente,
assinale o item CORRETO:
a. A dispneia induzida pelo ticagrelor costuma ser persistente caso o tratamento
seja mantido.
44
b. O ticagrelor é um composto não tienopiridínico que age bloqueando de maneira
reversível o receptor P2Y12.
c. Além da dispneia, outros efeitos colaterais particulares do ticagrelor são:
hiperuricemia, taquicardia assintomática e aumento de creatinina.
d. Ranitidina e omeprazol devem ser evitados em associação ao clopidogrel, pois
bloqueiam a biotransformação do antiplaquetário em droga ativa.
e. Polimorfismos genéticos do citocromo 2C19 influenciam a biotransformação do
clopidogrel e do ticagrelor em droga ativa.
100. TEC 2020 - Qual das causas abaixo NÃO está associada à elevação de
troponina?
a. Queimadura.
b. Quimioterapia.
c. Insuficiência renal.
d. Embolia pulmonar.
e. Insuficiência hepática.
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Comentários
1. Comentário: O autor cobra do candidato o conhecimento de todos os aspectos
do escore de risco de TIMI, tanto os componentes do escore, quanto o que cada
valor encontrado representa de risco ao paciente. Basta lembrar-se do NASFILA
para acertar a questão. “N” negativo, o autor relata que os MNM vieram negativos.
“A” negativo, o paciente não usava AAS. “S” negativo, não houve alterações do
segmento ST. “F” positivo, paciente era HAS, usava sinvastatina, então se deduz que
era DLP, e apresentava HF positiva de DAC, portanto apresentava 3 fatores de risco.
“I” positivo, paciente com idade > 65 anos. “L” negativo, o autor revela que paciente
nunca realizou estratificação prévia de DAC. “A” positivo, paciente apresentou dor
torácica às 10h e às 5h, ou seja, 2 episódios de angina nas últimas 24h. Com isso, o
TIMI desse paciente é de 3. TIMI 3 é igual a risco intermediário.
Resposta: Letra A
2. Comentário: Mais uma questão sobre pericardite aguda, neste ano. Observe que o
quadro clínico é típico, e a paciente apresenta sinais de doença autoimune associada.
Analisando as alternativas, facilmente descartamos alternativa “b”, não há sinais
de dengue neste caso, “c”, não sendo contraindicação ao uso de hidroxicloroquina,
caso pensemos em LES, “d” visto não ser um quadro de síndrome coronariana
aguda e “e”, pois a característica do caso nos leva a pensar em LES. Mas analisando
com detalhes a alternativa “a”, algumas coisas nos incomodam: se pensarmos em
pericardite lúpica, o tratamento deve conter corticosteroides, deixando até mesmo
a ideia que esse tratamento deve ocorrer com “brevidade”. De qualquer forma, não
está errado iniciarmos AINE, até mesmo porque não fechou ainda o diagnóstico
de LES. A internação deve ser pensada em casos cuja etiologia não é tipicamente
viral (como neste caso que temos sinais de artrite, febre e proteinúria presentes) ou
quando tivermos sinais de derrame pericárdico.
Resposta: Letra A
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errada; é um procedimento em fase experimental. Letra C errada; “A técnica consiste
na inserção de um cateter-guia por via femoral compatível com introdutor 6 F,
seguida pela introdução de um cateter com emissão de energia por radiofrequência,
objetivando aplicar de quatro a seis disparos, de dois minutos cada, em forma de
espiral, do segmento mais distal em direção ao óstio de cada artéria renal. A ponta
do cateter deve estar em contato com a parede da artéria, para causar uma lesão
térmica, a qual é predominantemente limitada às fibras simpáticas localizadas na
adventícia, por serem mais sensíveis ao calor do que os tecidos adjacentes”. Letra
E errada; os pacientes do Simplicity estavam em uso regular de, pelo menos, 3
classes de anti-hipertensivos. Letra D correta; estudos têm demonstrado resultados
desanimadores, corroborando com a fato fisiopatológico de que as fibras nervosas
submetidas à ablação são capazes de se regenerar.
Resposta: Letra D
CONCEITO IMPORTANTE
Manifestações periféricas clássicas da El:
Nódulo de Osler: caracterizado por pequenos nódulos subcutâneos macios nas
extremidade , que persistem por dias ou horas, podendo ser dolorosos ou não
(fenômeno imunológico);
Lesão de Janeway: lesões musculares eritematosas ou hemorrágicas, duras, nas
palms das mãos ou planta dos pés, consequentes a eventos embólicos sépticos
(fenômeno vascular)
Manchas de Roth: hemorragias retinianas ouvais com centros pálidos (fenômeno
imunológico)
Resposta: Letra A
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e hipertenso bem controlado, sabidamente portador de DAC, angina aos esforços
(CCS I). Será submetido a um procedimento de desvio de septo (baixo risco). Com os
dados fornecidos, não há indícios de descompensação que justifique a suspensão
da cirurgia. Vamos revisar o quadro das condições que favorecem a suspensão da
cirurgia:
48
estertores) mesmo nos pacientes com hipervolemia, principalmente na IC crônica.
A letra C está errada: a avaliação da suspeita de ICD não requer necessariamente a
realização de exames complementares para essas finalidades. A letra D é a correta e
autoexplicativa. A letra E está errada: A presença de congestão visceral pode levar a
sintomas abdominais, sem que haja patologia primária abdominal.
Resposta: Letra D
49
5-10% dos aneurismas. Suas principais etiologias são arterite de Takayasu, arterite
de células gigantes, doença de Kawasaki, arterite relacionado ao LES, síndrome de
Behçet, entre outros.
Arterite de Takayasu: tipo de aortoaortite rara, acomete a aorta e seus principais
ramos, gerando estenoses segmentares, aneurismas e oclusões. As estenoses
ocorrem 3 vezes mais do que os aneurismas. Observamos maior prevalência
em mulheres (10 vezes maior que homens), com idade inferior a 40 anos, sendo
acometido, principalmente, subclávia, axilar, descendente torácica, renais e carótida.
O tratamento (cirúrgico ou percutâneo) deve ocorrer fora do período de atividade
da doença.
Resposta: Letra C
50
de FR, contraindicações de uso de drogas em gestantes. Vamos então conhecer
alguns conceitos importantes sobre esse tema, que nos auxiliarão na resposta:
Não há restrição ao uso de corticosteroide, penicilina e eritromicina (estearato) na
gestação. Durante a gestação, está contraindicado o uso de: anti-inflamatórios não
hormonais (AINE), carbamazepina, haloperidol, ácido valproico, inibidores de ECA e
bloqueadores de receptores de angiotensina II. Sulfadiazina não deve ser usada na
gravidez, devido aos riscos potenciais para o feto (hiperbilirrubinemia fetal), devendo
ser substituída por outro antibiótico. Na coreia, benzodiazepínicos em doses baixas
poderão ser utilizados. A profilaxia secundária deve continuar durante toda a
vigência da gravidez para evitar a recorrência FR Visto isso, ficamos facilmente com
a alternativa “E” como correta
Resposta: Letra E
51
16. Comentário: Letra A correta, o O2 deve ser suplementado quando houver
congestão pulmonar e Sat O2 < 94%. Letra C correta, paciente com IAMCSST
evoluindo para choque cardiogênico deve ser reperfundido o mais rápido possível por
via hemodinâmica ou fibrinólise. Letra D correta, enoxaparina deve ser administrada
da seguinte forma: 30mg, EV em bólus, seguido de 1 mg/ kg, SC de 12/ 12 h, durante
oito dias, ou até a alta hospitalar. Se idade > 75 anos, não administrar o bólus e
manter 0,75 mg/ kg, SC de 12/ 12 h; se ClCr < ou = 30 ml/ min, manter 1 mg/ kg,
SC uma vez ao dia. Nos casos de idade > 75 anos e ClCr < ou = 30 ml/ min, deve-
se utilizar a dosagem de 1 mg/ kg, SC uma vez ao dia, nos pacientes submetidos à
terapia trombolítica. Letra E correta, a dupla antiagregação plaquetária está indicada
como classe I nos casos de IAMCSST, salvo contraindicações. Letra B errada, em
paciente com sinais clínicos de choque cardiogênico o uso de betabloqueadores
está contraindicado.
Resposta: Letra B
52
• IC CF III-IV persistente com tratamento otimizado na presença de outros fatores de
mau prognóstico
• IC avançada e VO2 de pico ≤ 12ml/kg/minuto em uso de BB
• IC avançada e VO2 de pico ≤ 14ml/kg/minuto em pacientes intolerantes ao uso de
BB
• Arritmias ventriculares sintomáticas e refratárias ao manejo com fármacos,
dispositivos elétricos e procedimentos de ablação.
Resposta: Letra C
53
pele). Pacientes apresentam insuficiência cardíaca, incluindo disfunção diastólica
(padrão restritivo), distúrbios de condução, doença valvar e morte súbita. Tais
achados são secundários à infiltração do miocárdio e do sistema de condução
cardíaco. Ecocardiografia mostra tipicamente alteração segmentar do ventrículo
esquerdo que não respeita distribuição coronariana, bem como aneurisma do septo
interventricular. O tratamento tem por objetivo medidas para insuficiência cardíaca,
arritmias, além de imunossupressão. Portanto, ficamos facilmente com a alternativa
D, o acometimento pulmonar é o mais frequente.
Resposta: Letra D
54
a diretriz europeia, maior que 45mm). Neste caso, devemos lembrar que a síndrome
acomete a raiz da aorta. Portanto, a abordagem cirúrgica deve contemplar também
este segmento. O paciente da questão têm indicação cirúrgica pelo diâmetro da aorta
e a melhor abordagem, portanto, seria substituição da raiz da aorta por tubo valvado.
Resposta: Letra E
55
alternativa “e”, o paciente está fora do período crítico de 1 mês do implante do stent,
podendo suspender o clopidogrel e ser submetido ao procedimento em uso apenas
do AAS (Grau de recomendação I; Nível de evidência B).
Resposta: Letra C
CONCEITO IMPOTANTE
DURAÇÃO DA PROFILAXIA SECUNDÁRIA DE FR
Até 18 anos ou 5 anos do último surto (o
FR sem cardite prévia
que cobrir período maior)
FR com cardite prévia (lesão valvar leve Até 25 anos ou 10 anos do último surto
ou resolução) (o que cobrir período maior)
Lesão valvar residual moderada a grave Até os 40 anos ou por toda a vida
Após cirurgia valvar Por toda a vida
Resposta: Letra B
56
30. Comentário: Latra B errada e intuitiva, a incidência de complicações
cardiovasculares induzidas por radioterapia é maior com altas doses de irradiação e
com a associação de quimioterapia com antraciclina.
Letra C errada, apesar dos pacientes com DAC preexistente serem mais vulneráveis os
pacientes sem fatores de risco tradicionais também estão sujeitos as complicações.
Letra D errada, o intervalo entre a radioterapia e o desenvolvimento de sintomas da
doença pericárdica é variável, de dois a 145 meses.
Letra E errada, a minoria desenvolve disfunção valvar moderada a grave. Veja o que
a diretriz descrê sobre as lesões por radioterapia – (Ipsis litteris)
A lesão induzida pela radioterapia pode afetar o músculo cardíaco, as válvulas, o
pericárdio, as coronárias e o sistema de condução, podendo ser diagnosticada 10 a
15 anos após a radioterapia.
Resposta: Letra A
57
hipotireoidismo, deve-se primeiramente realizara reposição do hormônio e, só então,
prescrever aestatina.
Alternativa “C”: Os achados cardiovasculares do hipotireoidismo são sutis,
principalmente quando comparados às alterações do hipertireoidismo. Bradicardia,
hipertensão diastólica, diminuição da pressão de pulso e intensidade reduzida do
impulso apical são característicos. Do ponto de vista hemodinâmico, a resistência
vascular sistêmica pode estar elevada, pois, até mesmo o hipotireoidismo leve pode
levar à diminuição dos fatores de relaxamento derivados do endotélio que podem
estar relacionados a esse aumento na resistência. A pressão arterial média eleva-se,
sendo observada hipertensão diastólica significante em até 20% dos pacientes que
está, em muitos casos, associada a baixo nível de renina e diminuição da síntese
hepática do substrato de renina. Isso acarreta nível caracteristicamente baixo de
sensibilidade ao sal reforçando de novo a importância de aumento da resistência
vascular sistêmica como mecanismo básico da hipertensão diastólica. O gasto de
oxigênio pelo miocárdio aumenta primariamente como resultado do aumento da
pós-carga. Entretanto, alguns estudos avaliaram o metabolismo miocárdico por
meio PET scan e evidenciaram diminuição do débito cardíaco e da contratilidade do
miocárdio, demonstrando que o miocárdio hipotireoidiano é ineficiente do ponto de
vista energético.
Alternativa “D”: Derrames pericárdicos podem ocorrer e, às vezes, é tão extenso
que causa o aumento da silhueta cardíaca em radiografias rotineiras de tórax.
Entretanto, o tamponamento com comprometimento hemodinâmico é raro. A
ecocardiografia demonstra efusões de pequenas a moderadas em até 30% dos
pacientes declaradamente hipotireóidicos, as quais se resolvem no decorrer de um
período de semanas a meses após o início da reposição de hormônio tireoidiano.
Alternativa “E”: O eletrocardiograma no hipotireoidismo é caracterizado por
bradicardia sinusal, baixa voltagem, prolongamento da duração do potencial de
ação e do intervalo QT. Essa alteração, particularmente, predispõe o paciente a
arritmias ventriculares, sendo relatados casos de torsade de pointes adquiridas que
melhoraram ou se resolveram completamente com a reposição hormonal tireoidiana.
Resposta: Letra D
32. Comentário: Paciente apresenta sinais evidentes de TEP, tais como dispneia,
dortorácica, tosse, a ausculta identificamos sinais de hipertensão pulmonar como
hiperfonese de segunda bulha. A ausculta pulmonar ainda encontramos sopro de
base pulmonar com sinais de instabilidade como hipotensão. Nessa situação de
alta suspeição o exame de escolha é a AngioTc de tórax que identifica trombos na
circulação pulmonar.
Resposta: Letra D
58
33. Comentário: A Manobra de Rivero-Carvallo, que é a inspiração forçada, leva ao
aumento do retorno venoso ao coração direito e ajuda na diferenciação da IM e da
ITric, pois aumenta o sopro da ITric e diminui da IM. Logo, se a inspiração diminui os
sopros do lado esquerdo, a expiração tende a aumentar tais sopros.
Resposta: Letra E
59
contração para o retículo sarcoplasmático. Portanto essa influência é indireta.
Quanto maior a receptação, maior será a contração do batimento seguinte.
Pegadinha...
Resposta: Letra D
36. Comentário: Trata-se de um caso de uma paciente com prótese mitral que
evolui com IT importante (SECUNDÁRIA) e disfunção ventricular direita, mas que
vem respondendo ao tratamento clínico com diuréticos e vasodilatador. Portanto,
nesse caso, é razoável manter tratamento clínico com ajuste de medicamentos.
Resposta: Letra E
60
1. FEVE ≤35% e CF II-III, ou FEVE ≤30% e CF I,II ou III (NE A);
2. FEVE<40%, TVNS espontânea espontânea e TVS indutível ao EEF (NE B)
Classe IIa
1. Pacientes com cardiomiopatia dilatada não isquêmica, CF II-III, com FEVE ≤35%
e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE A)
2. Pacientes com cadiiopatia isquêmica ou não-isquêmica, CF III-IV, FEVE ≤ 35%,
QRS ≥ 120 ms, para os quais tenha sido indicada TRC e expectatica de vida de
pelo menos 1 ano (NE B)
Classe III
1. Paciente com cardiopatia passível de correção cirúrgica ou percutânea (NE B)
2. Pacientes com cardiopatia isquêmica e FEVE ≥ 35%
Livro SBC 3ª edição
Resposta: Letra D
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a dabigatrana deve ser suspensa quatro a seis dias antes da cirurgia. Letra C errada;
em uso de clopidogrel para prevenção primária esse deve ser suspenso cinco dias
antes do procedimento. Letra D errada; procedimento com alto risco de sangramento
necessita interrupção da varfarina. Letra E correta e autoexplicativa.
Resposta: Letra E
Ref.: Diretrizes brasileiras de antiagregantes plaquetários e anticoagulantes em
cardiologia, pp.62-7.
42. Comentário: Questão direta que cobra conhecimento sobre diversas causa de
morte súbita, a Miocardiopatia hipertrófica é doença autossômica dominante, que
apresenta diversas mutações. É uma doença primária do coração, caracterizada por
hipertrofia sem dilatação ventricular, hipertrofia septal assimétrica e grave desarranjo
das fibras musculares, que propicia o surgimento de arritmias graves. O principal
fator causador de morte súbita é o desarranjo das fibras musculares presente em
qualquer forma de manifestação da doença.
Resposta: Letra A
62
suficiente para atender às necessidades metabólicas. As demais alternativas estão
corretas e são autoexplicativas.
Resposta: Letra D
46. Comentário: Mais uma questão sobre cardiomiopatia restritiva (tema recorrente
na prova de 2018), com quadro clínico relatando um paciente com ecocardiograma
mostrando padrão diastólico grau III (restritivo), associado a aumento da espessura
miocárdica, com ventrículo esquerdo normal e átrio com aumento moderado (sinais
típicos de CMP restritiva). Esse quadro é associado à disfunção renal em uma
mulher de 50 anos. A principal hipótese diagnóstica é amiloidose, e a alternativa
“A” contempla a investigação, com eletroforese de proteínas e ressonância cardíaca
com realce tardio (pesquisa de fibrose). Analisando as demais alternativas, a MCP
hipertrófica apresenta, geralmente, aumento da espessura miocárdica de forma
assimétrica e bem maior que 12 mm para termos sintomas, além de outros dados
que falam contra esse diagnóstico, como a idade da paciente, padrão diastólico
restritivo, comprometimento renal entre outros. A endomiocardiofibrose apresenta
padrão restritivo com dilatação do átrio, porém com obliteração do ápice do ventrículo
acometido (não relatado pelo eco realizado). Ocorre envolvimento fibrótico do
endocárdio e miocárdio adjacente, acometendo ápice, via de entrada ventricular e
aparato valvar, caracteristicamente poupando a via de saída dos ventrículos.
Resposta: Letra A
63
48. Comentário: Questão sobre exames laboratoriais na EI, onde o examinador
está cobrando um pequeno detalhe dos exames complementares, encontrado nos
livros sobre o tema. Observe o parágrafo retirado da apostila na parte “exames
complementares”:
Podemos encontrar ainda [na endocardite infecciosa] alterações laboratoriais
inespecíficas, como anemia (normocrômica normocítica), leucocitose nos casos
de EI aguda, elevação da velocidade de hemossedimentação (VHS), da proteína C
reativa (PCR) e do fator reumatoide (50% dos pacientes). Proteinúria e hematúria
também podem estar presentes. Trombocitopenia é rara.
Resposta: Letra A
49. Comentário: Questão bem direta, cujo objetivo é saber quais pacientes devem
ser tratados cirurgicamente ou endovascular, na dissecção aórtica tipo B. Vamos
relembrar:
• Extensão retrógada da dissecção;
• Síndrome de má perfusão;
• Insuficiência renal aguda;
• Dor refratária;
• Rápida expansão;
• Rotura;
• Diâmetro ≥ 60mm
Resposta: Letra E
64
52. Comentário: Questão que levanta dúvidas, sobre exames complementares
no contexto de cardiopatia chagásica crônica. Vamos analisar as alternativas:
A, correta, o examinador provavelmente se refere ao paciente na fase crônica
indeterminada, e a avaliação com ECG é útil para avaliar passagem para fase B1.
B, correta, ecocardiograma em pacientes sintomáticos (avaliar função do VE). C,
incorreta, o paciente com alteração eletrocardiográfica típica e dor torácica, pode
ser avaliado por testes não invasivos, ficando a coronariografia apenas para angina
típica com vários fatores de risco para DAC ou testes não invasivos com grande
carga isquêmica. D, correta, com objetivo de avaliar TVNS / TVS. E, correta, se houve
PCR sem ritmo documentado, o EEF deve ser realizado para avaliar indução de TV,
principalmente em pacientes com FEVE<35%, com objetivo de indicar o implante
de CDI.
Resposta: Letra C
65
Assim o período de relaxamento isovolumétrico é o período imediatamente após o fim
do período de ejeção lenta marcado pelo fechamento da valva aórtica. Posteriormente
à coaptação das válvulas semilunares, inicia-se o período de relaxamento
isovolumétrico em que as pressões intraventriculares reduzem gradativamente, mas
não há alteração nos volumes destas cavidades.
Entretanto, apesar desta redução, as pressões ainda permanecem superiores às
dos átrios, mantendo assim, as valvas atrioventriculares fechadas. Portanto, nesta
fase todas as valvas estão fechadas, ocorrendo redução gradativa da pressão, sem
alteração do volume ventricular. O período após o período de contração isovolumétrica
é a ejeção rápida do ventrículo.
Resposta: Letra B
56. Comentário: Mais uma questão que aborda o diagnóstico diferencial das
cardiopatias restritivas. Vamos recordar alguns pontos (sugerimos que leia
novamente o texto referente às patologias amiloidose e endomiocardiofibrose).
Hemocromatose: Patologia resultante da deposição excessiva de ferro,
principalmente, no coração, fígado, gônadas e pâncreas. Caracterizada por
insuficiência cardíaca, cirrose, disfunção erétil diabetes e artrite. Pode ter etiologia
hereditária (autossômica recessiva) ou adquirida. O envolvimento cardíaco provoca
padrão misto de comprometimento sistólico, diastólico e arritmias. A mortalidade
é decorrente de complicações da cirrose ou arritmias cardíacas (1/3 dos casos).
Ressonância cardíaca auxilia no diagnóstico (como nas demais cardiopatias
restritivas). O metabolismo do ferro se apresenta com ferro, ferritina e saturação da
transferrina elevadas. O tratamento inclui flebotomias (sangrias) e uso de agentes
quelantes do ferro. O diagnóstico e o tratamento precoces modificam o prognóstico,
visto que a toxicidade cardíaca é diretamente proporcional à quantidade de
ferro livre.
66
Sarcoidose: Doença granulomatosa sistêmica caracterizada por formação de
granulomas não caseosos, com acometimento cardíaco em 27% dos casos (além
do pulmão, sistema reticuloendotelial e pele). Pacientes apresentam insuficiência
cardíaca, incluindo disfunção diastólica, distúrbios de condução, doença valvar e
morte súbita. Tais achados são secundários à infiltração do miocárdio e do sistema
de condução cardíaco. Ecocardiografia mostra tipicamente alteração segmentar do
ventrículo esquerdo e aneurisma do septo interventricular.
Endomiocardiofibrose (vide texto): Patologia caracterizada por envolvimento fibrótico
do endocárdio e miocárdio adjacente, acometendo ápice, via de entrada ventricular
e aparato valvar, caracteristicamente poupando a via de saída dos ventrículos. Isso
promove restrição ao enchimento ventricular e insuficiência cardíaca diastólica.
Vamos agora então às alternativas. Alternativa “A” correta (vide texto acima).
Alternativa “B” incorreta; a forma familiar de amiloidose é chamada de ATTR,
associada à neuropatia periférica ascendente e, como a proteína mutante é produzida
no fígado, o transplante hepático é o tratamento indicado (vide livro texto). Alternativa
“C” incorreta; a sarcoidose cardíaca caracteriza-se pela presença de granulomas
NÃO caseosos. Ocorre infiltração do miocárdio e do sistema de condução cardíaco,
gerando insuficiência cardíaca, distúrbios de condução e arritmias ventriculares.
Alternativa “D” incorreta; a endomiocardiofibrose é caracterizada por envolvimento
fibrótico do endocárdio e miocárdio adjacente, acometendo ápice, via de entrada
ventricular e aparato valvar, caracteristicamente poupando a via de saída dos
ventrículos. O acometimento de ventrículo direito faz diagnóstico diferencial com
pericardite constritiva, porém, na primeira, observamos grande dilatação atrial.
Alternativa “E”, incorreta; pois, na miocardiopatia restritiva, observamos, sim,
insuficiência cardíaca, cardiomegalia à radiografia de tórax (por dilatação biatrial) e
átrios dilatados. Calcificação pericárdica é típica da pericardite constritiva.
Resposta: Letra A
58. Comentário: Letra A errada; a relação A/R menor que 30 tem baixa
probabilidade de hiperaldosteronismo primário. Letra B errada; o tratamento inicial
do feocromocitoma deve ser com alfa bloqueadores. Letra C errada; a coarctação
é mais comum em homens, o diagnóstico é precoce, o tratamento normalmente é
67
realizado antes do primeiro ano de vida e a diferença de PA é entre os membros
superiores e inferiores. Letra D errada; o diagnóstico de AOS se dá quando é
encontrado índice de apneia-hipopneia maior que 5 eventos por hora e o tratamento
deve ser iniciado quando este índice for maior que 15 eventos por hora. Letra E
correta; quando presente, é mais comum em mulheres jovens brancas, costuma ter
apresentação bilateral e distal.
Resposta: Letra E
68
são obrigatórios em todos os pacientes). Seu uso tem maior benefício naqueles
que sofreram infarto nos últimos dois anos (redução de mortalidade) e/ ou estão
sintomáticos (redução da isquemia e sintomas). Os IECA atuam na redução de
mortalidade e devem ser prescritos para todos os pacientes. Essa questão é de
2012, mas sabemos que as novas diretrizes de dislipidemias colocam as metas para
os pacientes portadores de DAC como menores que 70mg/dL. Sabendo que, “na
época”, esses valores eram aceitáveis, consideremos essa alternativa como correta.
Entretanto, caso coloquem uma questão como essa na prova desse ano, caberia
recurso. Mas perceba que a alternativa “C” é totalmente incorreta. Os nitratos
realmente não têm impacto na sobrevida do paciente.
Resposta: Letra C
64. Comentário: Essa questão aborda alguns dos métodos propedêuticos não
invasivos que podem ser solicitados na investigação diagnóstica de pacientes
com suspeita de miocardite. O ECG apresenta alterações que vão depender da
fase de evolutiva em que se encontra a agressão inflamatória miocárdica. Na fase
aguda, as alterações mais comuns são os distúrbios de repolarização e bloqueios
atrioventriculares, assim como padrão sugestivo de isquemia coronariana com
infra ou supradesnível do segmento ST de região cardíaca específica ou difusa,
sendo que a presença de onda Q indica pior prognóstico. A presença de arritmias
supraventriculares ou ventriculares é frequente. Na fase subaguda ou “crônica”,
predominam os sinais eletrocardiográficos de remodelamento de câmaras, como
sobrecarga ventricular e presença de bloqueio de ramo esquerdo, ambos relacionados
ao pior prognóstico. Nos quadros de acometimento do pericárdio em associação
ao miocárdio (perimiocardite), é comum o padrão clássico eletrocardiográfico de
pericardite com supradesnível do segmento ST difuso e infra do segmento PR.
69
Apesar dessas alterações apresentarem uma sensibilidade diagnóstica de apenas
47%, o ECG deve ser solicitado em toda suspeita de miocardite. Em relação aos
marcadores de necrose miocárdica, a elevação dos níveis depende da fase evolutiva
e da extensão da agressão inflamatória no da investigação diagnóstica. De modo
diferente do que ocorre nas síndromes coronarianas em que existe uma curva de
elevação e redução habitual, os marcadores de necrose miocárdica na miocardite
se mantêm em um platô por maior tempo. A elevação de troponinas (I ou T) é mais
comum que da CK-MB, e níveis elevados conferem pior prognóstico. A ressonância
magnética cardíaca utiliza, para caracterização da injúria miocárdica, as sequências
ponderadas em T2 (T2 imaging), o realce miocárdico global precoce e a técnica do
realce tardio. Assim, é possível a identificação do edema miocárdio (T2 imaging) e as
áreas mais acometidas pela injúria miocárdica inflamatória (realce miocárdico global
precoce) das fases aguda e subaguda. Também é possível avaliar a fibrose (realce
tardio), usualmente presente na fase crônica da doença. O padrão de distribuição
do realce tardio na miocardite é muito diferente daquele observado nos casos de
infarto do miocárdio. É frequentemente MESOEPICÁRDICO, poupando o endocárdio,
mas também pode apresentar distribuição epicárdica e transmural. As regiões de
realce costumam ser multifocais, heterogêneas e esparsas, não respeitando os
territórios coronarianos.Apesar de ser um método diagnóstico excelente, devido a
questões logísticas, não se recomenda esse método em pacientes que apresentem
instabilidade hemodinâmica, devido à miocardite fulminante. A cintilografia com
Gálio-67 apresenta uma sensibilidade de apenas 50% e sua melhor utilização
diagnóstica ocorre nos primeiros três meses da apresentação clínica. Em casos
de gálio positivo associado à biópsia endomiocárdica positiva para inflamação,
podemos utilizar a evolução do marcador em exames subsequentes, para o
acompanhamento da atividade inflamatória e resposta terapêutica. A realização da
ressonância previamente à biópsia endomiocárdica pode ser de útil na identificação
das lesões focais no VD ou VE, direcionando a coleta do material. Não existem
estudos comparativos para que se recomende a biópsia endocárdica do VD ou do VE,
entretanto, a realização da biópsia endomiocárdica do VE deve ser realizada somente
nos casos em que o processo esteja definitivamente limitado a esta cavidade, o que
pode ser definido, em alguns casos, pela ressonância.
Resposta: Letra B
70
66. Comentário: Letra A errada; o correto seria “pode ser falsamente alta”. Letra B
errada. Letra D errada; a pressão arterial média é definida pela fórmula: PAM = PAS
+ (2xPAD)/3. Letra E errada; o desaparecimento do ruído ou 5º som de Korotkoff
determina a pressão diastólica. Letra C correta; manguitos estreitos superestimam
a PA em obesos.
Resposta: Letra C
71
• Sudorese fria;
• PA com largura pulso < 25% (PAS - PAD/PAS x 100);
• Desorientação;
• Lactato elevado.
Resposta: Letra A
71. Comentário: Questão com alto índice de erro. Muitos cardiologistas marcaram
letra D, sobrepeso. A obesidade entra como fator de risco, porém, além disso, foi
pedido o fator de risco mais associado. Sabemos da imensa associação de SM e
apneia do sono. Os fatores de risco para SAHOS são idade, sexo masculino, obesidade
e SM.
Resposta: Letra B
73. Comentário: Mais uma questão sobre cardiopatia hipertrófica, com afirmações
comuns na prova do TEC. Vamos analisar as alternativas. Alternativa “A” incorreta,
visto que a mortalidade na CMP hipertrófica é inversamente proporcional à idade,
geralmente com prognóstico bom nas idades avançadas. Alternativa “B” incorreta,
devemos lembrar as indicações de CDI (tema mais abordado no TEC). Alternativa “C”
correta, cerca de 15% dos pacientes com CMP Hipertrófica apresentam FA e devemos
lembrar que está indicado anticoagulação oral para todos (salvo contraindicação
específica do anticoagulante). Alternativa “D” incorreta, os melhores resultados
cirúrgicos são vistos na cardiomiectomia. Alternativa “E”, incorreta, como já falado,
cardiomiectomia apresenta os melhores resultados, ficando o uso de marcapasso
para tratamento da obstrução na via de saída do VE apenas para pacientes não
candidatos à cardiomiectomia ou alcoolização septal pelo risco cirúrgico.
Resposta: Letra C
72
rapidamente a resposta: a herança é autossômica DOMINANTE. As demais
alternativas são corretas. É interessante lê-las para mais orientações sobre a
patologia em questão.
Resposta: Letra A
73
No caso de uma insuficiência tricúspide, durante a sístole o descenso x desaparece
devido ao refluxo sanguíneo para o átrio direito, gerando uma onda “v” acentuada e,
consequentemente, uma onda “y” decrescente, conforme a figura seguinte:
Resposta: Letra C
74
81. Comentário: Letra B errada; as troponinas elevadas, principalmente quando
fazem curva, definem que houve dano miocárdico, porém, não definem se foi devido
a evento coronariano ou infarto tipo 2. Letra C errada; as troponinas têm importante
valor prognóstico, porém, não devem ser utilizadas isoladamente para definir o
risco do paciente. Letra D errada; quem define a estratégia terapêutica é a anatomia
coronariana. Letra E errada; em até 20% dos pacientes que posteriormente se
confirma IAM, a troponina da admissão é negativa. Letra A correta; medidas seriadas
são fundamentais para confirmar o diagnóstico de IAM, uma vez que outros achados
podem elevar a troponina, tais como sepse, IR, AVC, etc.
Resposta: Letra A
75
dados que sugiram, a presença de hiperaldosteronismo. O paciente apresenta alto
risco cardiovascular e, portanto, a terapia combinada é a melhor opção para o caso.
Não há indicação de se iniciar metformina para o paciente nesse momento. Não há
indicação para duplo bloqueio (IECA + BRA) com o objetivo de reduzir proteinúria e
reverter HVE.
Resposta: Letra A
86. Comentário: Questão que inicialmente aparece como complexa, porém sua
resposta é bem evidente, uma vez que a amiloidose cardíaca é um tipo de patologia
que comumente observamos IC com FE preservada, em padrão restritivo (alternativa
C correta). Mas vamos analisar outras alternativas: A incorreta, na amiloidose TTR
ocorre produção de transtirretina (e não imunoglobulinas). Alternativa B incorreta,
a doença de Fabry é relacionada à deficiência de ALFAgalactosidase, associada ao
cromossomo X. Alternativa D incorreta, hemocromatose é uma patologia com herança
genética autossômica recessiva, com acometimento cardíaco tardio. Alternativa E
incorreta, já que PET é útil para identificação de sarcoidose extrapulmonar.
Resposta: Letra C
76
88. Comentário: O objetivo dos cuidados paliativos na IC é prevenir e aliviar o
sofrimento e promover a melhor qualidade de vida para os pacientes e seus familiares.
Nesse contexto, a manutenção do tratamento da IC é importante para promover e
manter o alívio sintomático e melhorar a qualidade de vida. A terapia com inotrópicos
pode ser considerada no manejo da IC avançada em estágio terminal nos pacientes
com sintomas refratários.
Resposta: Letra D
Os demais itens estão corretos e autoexplicativos.
89. Comentário: Questão em que o aluno com bom senso e sem nenhum
conhecimento específico acertaria. Questões como esta, tente lembrar-se de sua
prática clínica, em quantos pacientes com FA aguda, que é muito comum em ambiente
de terapia intensiva. Você passou um Swan Ganz? O diagnóstico realizado pelo ECG
e o tratamento não depende de variáveis hemodinâmicas ofertadas pelo Swan Ganz.
Diferentemente das outras situações, por exemplo. A ausência de salto oximétrico
no VD e a presença de onda “V” significativa da pressão capilar pulmonar confirmam
a insuficiência mitral e excluem a presença de comunicação interventricular.
Resposta: Letra A
Ref.: Arq Bras Cardiol. 2015; 105(2):1-105.
90. Comentário: Paciente no contexto de dor torácica que evoluiu com surgimento
de sopro alto, pansistólico, mais nítido na BEE baixa, associado a piora hemodinâmica,
deve levantar a suspeita de ruptura do septo ventricular. O CATE confirma o defeito
septal, além de avaliar as coronárias. O tratamento é feito com estabilização clínica
com inotrópicos, vasodilatadores, e até BIA, e posterior realização cirúrgica o mais
precoce possível. Nos casos de choque cardiogênico está indicada cirurgia de
urgência.
Resposta: Letra E
77
grupo enalapril, enquanto tosse, hipercalemia (potássio > 6,0 mmol/L) e insuficiência
renal (creatinina sérica > 2,5 mg/dL) tiveram ocorrência menor em relação ao grupo
com IECA. Letra E errada: As doses devem ser aumentadas progressivamente de
duas a quatro semanas, com acompanhamento da função renal e eletrólitos e de
possíveis sintomas de hipotensão, até a dose alvo de 97/ 103 mg, duas vezes ao dia.
Resposta: Letra C
78
95. Comentário: O estudo MIRACL avaliou pacientes com IAM não Q ou angina
instável, com níveis médios de LDL-c de 124 mg/ dL durante a hospitalização,
demonstrou redução do risco relativo de subsequente evento coronariano com a
introdução de atorvastatina 80 mg ao dia.
Resposta: Letra B
97. Comentário: Questão que envolve efeitos colaterais das medicações. O IECA
pode levar à tosse seca, alteração do paladar, edema angioneurótico, hiperpotassemia
em IRC, azotemia.
Resposta: Letra B
98. Comentário: Letra A errada; a dispneia induzida por ticagrelor costuma ser
transitória. Letra C errada: outro efeito colateral transitório e que costuma cessar
após sete dias do uso da droga é a bradicardia e até pausas maiores que três
segundos. Letra D errada; a evidência controversa que sugere que a associação de
clopidogrel com protetores gástricos deva ser evitada, se baseia apenas em inibidores
da bomba de prótons. Letra E errada; diferentemente do clopidogrel e do prasugrel
o ticagrelor não é uma pró-droga. Letra B correta; o ticagrelor é um derivado da
ciclopentiltriazolopirimidina e também inibe a ativação plaquetária pela via do ADP,
bloqueando de forma REVERSÍVEL o receptor P2Y12.
Resposta: Letra B
79
100. Comentário: Questão que quem vive UCO na prática acerta por eliminação.
Segue tabela retirada da Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre
Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST -
2021.
Resposta: Letra E
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