Plano de Sessão Ordem Unida
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Pátria
A pátria é o lugar natal ou adotivo em que um indivíduo
sente um vínculo afetivo, cultural, histórico e pessoal. O termo
vem do latim e está relacionado aos conceitos de família, pai e
terra paterna. Uma pátria é geralmente para cada indivíduo
habitante do planeta, o país (em certas ocasiões uma região,
cidade ou povoado) onde ele nasceu. Mas existem muitos
conceitos do que é a pátria, pois para alguns pode ser um lugar
geográfico que adotaram posteriormente como lar ou outro lugar
com que a pessoa possui algum tipo de vínculo especial.
TÍTULO I
Generalidades
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
Bandeira Nacional
Armas Nacionais
Selo Nacional
Hino Nacional
2.4 Patronos
a) Duque de Caxias
Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nasceu em 25
agosto de 1803, na fazenda de São Paulo, no Taquaru, Vila de Porto
da Estrela, na Capitania do Rio de Janeiro, quando o Brasil era Vice-
Reino de Portugal. Hoje, é o local do Parque Histórico Duque de
Caxias, no município de Duque de Caxias, estado do Rio de Janeiro.
Filho do Marechal de Campo Francisco de Lima e Silva e de
D. Mariana Cândida de Oliveira Belo. Ao seu pai, veador da
Imperatriz Leopoldina, coube a honra de apresentar em seus braços
à Corte, no dia 2 de dezembro de 1825, no Paço de São Cristóvão, o
recém-nascido que, mais tarde, viria a ser o Imperador D. Pedro II.
Em 22 de maio de 1808, época em que a Família Real portuguesa
transfere-se para o Brasil, Luiz Alves é titulado Cadete de 1ª Classe,
aos 5 anos de idade.
Pouco se sabe da infância de Caxias. Pelos almanaques do Rio de
Janeiro da época e publicados pela Revista do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, que davam o nome das ruas em que moravam
as autoridades governamentais, sabe-se que seu pai, desde capitão,
em 1811, residia na rua das Violas, atual rua Teófilo Otoni. Esta rua
das Violas, onde existiam fabricantes de violas e violões e onde se
reuniam trovadores e compositores, foi o cenário principal da
infância de Caxias.
Sabe-se que estudou no Convento São Joaquim, onde hoje se
localiza o Colégio D.Pedro II, e próximo do Quartel do Campo de
Santana, que ele viu ser construído e que hoje é o Palácio Duque de
Caxias, onde está instalado o Comando Militar do Leste.
Em 1818, aos quinze anos de idade, matriculou-se na Academia
Real Militar, de onde egressou promovido a Tenente, em 1821, para
servir no 1º Batalhão de Fuzileiros, Unidade de elite do Exército do
Rei.
O retorno da Família Real e as consequências que daí advieram
concorreram para a almejada emancipação do país. D.
Pedro proclamou a independência do Brasil e organizou, ele próprio,
em outubro de 1822, no Campo de Santana, a Imperial Guarda de
Honra e o Batalhão do Imperador, integrado por 800 guapos
militares, tipos atléticos e oficiais de valor excepcional, escolhidos
da tropa estendida a sua frente. Coube ao Tenente Luiz Alves de
Lima e Silva receber das mãos do Imperador D. Pedro I a bandeira
do Império recém-criada, na Capela Imperial, em 10 de novembro
de 1822.
No dia 3 de junho de 1823, o jovem militar tem seu batismo de fogo,
quando o Batalhão do Imperador foi destacado para a Bahia, onde
pacificaria um movimento contra a independência comandado pelo
General Madeira de Melo. No retorno dessa campanha, recebeu o
título que mais prezou durante a sua vida – o de Veterano da
Independência.
Em 1825, iniciou-se a Campanha da Cisplatina e o então
Capitão Luiz Alves desloca-se para os pampas, junto com o
Batalhão do Imperador. Sua bravura e competência como
comandante e líder o fazem merecedor de condecorações e
comandos sucessivos, retornando da campanha no posto de major.
A 6 de janeiro de 1833, no Rio de Janeiro, o Major Luiz
Alves casava-se com a senhorita Ana Luiza de Loreto Carneiro
Viana, que contava, na época, com dezesseis anos de idade.
Em 1837, já promovido a Tenente-Coronel, Caxias é escolhido, por
seus descortino administrativo e elevado espírito disciplinador, para
pacificar a província do Maranhão, onde havia iniciado o
movimento da Balaiada.
Em 2 de dezembro de 1839, é promovido a Coronel e, por Carta
Imperial, nomeado presidente da província do Maranhão e
Comandante-Geral das Forças em operações, para que as
providências civis e militares emanassem de uma única autoridade.
Em agosto de 1840, mercê de seus magníficos feitos em pleno
campo de batalha, Caxias foi nomeado Veador de Suas Altezas
Imperiais.
Em 18 de julho de 1841, em atenção aos serviços prestados na
pacificação do Maranhão, foi-lhe conferido o título nobiliárquico de
Barão de Caxias. Por que Caxias? "Caxias simbolizava a revolução
subjugada. Essa princesa do Itapicuru havia sido mais que outra
algema afligida dos horrores de uma guerra de bandidos; tomada e
retomada pelas forças imperiais, e dos rebeldes várias vezes, foi
quase ali que a insurreição começou, ali que se encarniçou
tremenda; ali que o Coronel Luiz Alves de Lima e Silva entrou,
expedindo a última intimação aos sediciosos para que depusessem as
armas; ali que libertou a província da horda de assassinos. O título
de Caxias significava, portanto: – disciplina, administração, vitória,
justiça, igualdade e glória", explica o seu biógrafo Padre Joaquim
Pinto de Campos.
Em 1841, Caxias é promovido a Brigadeiro e, em seguida, eleito
unanimemente deputado à Assembleia Legislativa pela província do
Maranhão e, já em março de 1842, é investido no cargo de
Comandante das Armas da Corte.
Em maio de 1842, iniciava-se um levante na província de São Paulo,
suscitado pelo Partido Liberal. D. Pedro II, com receio de que esse
movimento, alastrando-se, viesse fundir-se com a revolta
farroupilha, que se desenvolvia no sul do Império, resolve chamar
Caxias para pacificar a região. Assim, o Brigadeiro Lima e Silva é
nomeado Comandante-Chefe das Forças em operações da província
de São Paulo e, ainda, Vice-Presidente dessa província.
Cumprida a missão em pouco mais de um mês, o Governo, temeroso
que a revolta envolvesse a província das Minas Gerais,
nomeia Caxias Comandante do Exército pacificador naquela região,
ainda no ano de 1842. Já no início do mês de setembro, a revolta
estava abafada e a província, pacificada.
No dia 30 de julho de 1842, "pelos relevantes serviços prestados nas
províncias de São Paulo e Minas", é promovido ao posto de
Marechal de Campo graduado, quando não contava sequer quarenta
anos de idade.
Ainda grassava no Sul a revolta dos farrapos. Mais de dez
presidentes de província e generais se haviam sucedido desde o
início da luta, sempre sem êxito. Mister da capacidade
administrativa, técnico-militar e pacificadora de Caxias, o Governo
Imperial nomeou-o, em 1842, Comandante-Chefe do Exército em
operações e Presidente da província do Rio Grande do Sul.
Logo ao chegar a Porto Alegre, Caxias fez apelo aos sentimentos
patrióticos dos insurretos através de um manifesto cívico. A certo
passo, dizia: "Lembrai-vos que a poucos passos de vós está o
inimigo de todos nós – o inimigo de nossa raça e de tradição. Não
pode tardar que nos meçamos com os soldados de Oribes e Rosas;
guardemos para então as nossas espadas e o nosso sangue.
Abracemo-nos para marcharmos, não peito a peito, mas ombro a
ombro, em defesa da Pátria, que é a nossa mãe comum".
Mesmo com carta branca para agir contra os revoltosos, marcou sua
presença pela simplicidade, humanidade e altruísmo com que
conduzia suas ações. Assim ocorreu quando da captura de dez
chefes rebeldes aprisionados no combate de Santa Luzia, quando,
sem arrogância, com urbanidade e nobreza, dirigiu-se a eles
dizendo: "Meus senhores, isso são consequências do movimento,
mas podem contar comigo para quanto estiver em meu alcance,
exceto para soltá-los".
Se no honroso campo da luta, a firmeza de seus lances militares lhe
granjeava o rosário de triunfos que viria despertar nos rebeldes a
ideia de pacificação, paralelamente, seu descortino administrativo,
seus atos de bravura, de magnanimidade e de respeito à vida
humana, conquistaram a estima e o reconhecimento dos adversários.
Por essas razões é que os chefes revolucionários passaram a
entender-se com o Marechal Barão de Caxias, em busca da
ambicionada paz. E, em 1º de março de 1845, é assinada a paz de
Ponche Verde, dando fim à revolta farroupilha.
É, pois, com justa razão que o proclamam não só Conselheiro da
Paz, senão também o Pacificador do Brasil – epíteto perpetuado em
venera nobilitante.
Em 1845, Caxias é efetivado no posto de Marechal de Campo e é
elevado a Conde. Em seguida, mesmo sem ter se apresentado como
candidato, teve a satisfação de ter seu nome indicado para Senador
do Império pela província que pacificara há pouco. Em 1847,
assume efetivamente a cadeira de Senador pela província do Rio
Grande do Sul.
A aproximação das chamas de uma nova guerra na fronteira sul do
Império acabou por exigir novamente a presença de Caxias no Rio
Grande do Sul e, em junho de 1851, foi nomeado presidente da
província e Comandante-Chefe do Exército do Sul, ainda não
organizado. Essa era a sua principal missão: preparar o Império para
uma luta nas fronteiras dos pampas gaúchos.
Assim, em 5 de setembro de 1851, Caxias adentra o Uruguai,
batendo as tropas de Manoel Oribe, diminuindo as tensões que
existiam naquela parte da fronteira.
Em 1852, é promovido ao posto de Tenente-General e recebe a
elevação ao título Marquês de Caxias.
Em 1853, uma Carta Imperial lhe confere a Carta de Conselho,
dando-lhe o direito de tomar parte direta na elevada administração
do Estado e, em 1855, é investido no cargo de Ministro da Guerra.
Em 1857, por moléstia do Marquês de Paraná, assume a presidência
do Conselho de Ministros do Império, cargo que voltaria a ocupar
em 1861, cumulativamente com o de Ministro da Guerra.
Em 1862, foi graduado Marechal do Exército, assumindo novamente
a função de Senador no ano de 1863.
Em 1865, inicia-se a Campanha da Tríplice Aliança, reunindo
Brasil, Argentina e Uruguai contra as Forças paraguaias de Solano
Lopez.
Em 1866, Caxias é nomeado Comandante-Chefe das Forças do
Império em operações contra o Paraguai, mesma época em que é
efetivado Marechal do Exército. Cabe destacar que, comprovando o
seu elevado descortínio de chefe militar, Caxias utiliza, pela
primeira vez no continente americano, a aero estação (balão) em
operações militares, para fazer a vigilância e obter informações
sobre a área de operações.
O tino militar de Caxias atinge seu ápice nas batalhas dessa
Campanha. Sua determinação ao Marechal Alexandre Gomes
Argolo Ferrão para que fosse construída a famosa estrada do Grão-
Chaco, permitindo que as Forças brasileiras executassem a célebre
marcha de flanco através do chaco paraguaio, imortalizou seu nome
na literatura militar. Da mesma forma, sua liderança atinge a
plenitude no seu esforço para concitar seus homens à luta na
travessia da ponte sobre o arroio Itororó – "Sigam-me os que forem
brasileiros".
Caxias só deu por finda sua gloriosa jornada ao ser tomada a cidade
de Assunção, capital do Paraguai, em 1º de janeiro de 1869.
Em 1869, Caxias tem seu título nobiliárquico elevado a Duque,
mercê de seus relevantes serviços prestados na Campanha contra o
Paraguai.
Em 1875, pela terceira vez, é nomeado Ministro da Guerra e
presidente do Conselho de Ministros.
Caxias ainda participaria de fatos marcantes da história do Brasil,
como a Questão Religiosa, o afastamento de D. Pedro II e a
Regência da Princesa Isabel. Já com idade avançada, Caxias resolve
retirar-se para sua terra natal, a província do Rio de Janeiro, na
Fazenda Santa Mônica, na estação ferroviária do "Desengano", hoje
Juparanã, próximo a Vassouras.
No dia 7 de maio de 1880, às 20 horas e 30 minutos, fechava os
olhos para sempre aquele bravo militar e cidadão que vivera no seio
do Exército para glória do próprio Exército.
No dia seguinte, em trem especial, chegava na Estação do Campo de
Santana o seu corpo, vestido com o seu mais modesto uniforme de
Marechal de Exército, trazendo ao peito apenas duas das suas
numerosas condecorações, as únicas de bronze: a do Mérito Militar
e a Geral da Campanha do Paraguai, tudo consoante suas derradeiras
vontades expressas.
Outros desejos testamentários são respeitados: enterro sem pompa;
dispensa de honras militares; o féretro conduzido por seis soldados
da Guarnição da Corte, dos mais antigos e de bom comportamento,
aos quais deveria ser dada a quantia de trinta cruzeiros (cujos nomes
foram imortalizados no pedestal de seu busto, no passadiço do
Conjunto Principal antigo da Academia Militar das Agulhas
Negras); o enterro custeado pela Irmandade da Santa Cruz dos
Militares; e seu corpo não embalsamado.
Quantas vezes o caixão foi transportado, suas alças foram seguras
por seis Praças de Pré do 1º e do 10º Batalhão de Infantaria.
No ato do sepultamento, o grande literato Visconde de Taunay,
então Major do Exército, proferiu alocução assim concluída:
"Carregaram o seu féretro seis soldados rasos; mas, senhores, esses
soldados que circundam a gloriosa cova e a voz que se levanta para
falar em nome deles, são o corpo e o espírito de todo o Exército
Brasileiro. Representam o preito derradeiro de um reconhecimento
inextinguível que nós militares, de norte a sul deste vasto Império,
vimos render ao nosso velho Marechal, que nos guiou como
General, como protetor, quase como pai, durante 40 anos; soldados e
orador, humilde todos em sua esfera, muito pequenos pela valia
própria, mas grandes pela elevada homenagem e pela sinceridade da
dor".
Em 25 de agosto de 1923, a data de seu aniversário natalício passou
a ser considerada como o Dia do Soldado do Exército Brasileiro,
Instituição que o forjou e de cujo seio emergiu como um dos
maiores brasileiros de todos os tempos. Ele prestou ao Brasil mais
de 60 anos de excepcionais e relevantes serviços como político e
administrador público de contingência e, inigualados, como soldado
de vocação e de tradição familiar, a serviço da unidade, da paz
social, da integridade e da soberania do Brasil Império.
Em mais uma justa homenagem ao maior dos soldados do Brasil,
desde 1931, os Cadetes do Exército, da Academia Militar das
Agulhas Negras, portam como arma privativa, o Espadim de Caxias,
cópia fiel, em escala, do glorioso e invicto sabre de campanha
de Caxias, que desde 1925 é guardado como relíquia pelo Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro, que o Duque de Caxias integrou
como sócio honorário a partir de 11 de maio 1847.
O Decreto do Governo Federal de 13 de março de 1962 imortalizou
o nome do invicto Duque de Caxias como o Patrono do Exército
Brasileiro.
Atualmente, os restos mortais do Duque de Caxias, de sua esposa e
de seu filho, repousam no Panteon a Caxias, construído em frente ao
Palácio Duque de Caxias, na cidade do Rio de Janeiro.
b) Marechal Bitencourt
Nascido a 12 de abril de 1840, em Porto Alegre, filho do Brigadeiro
Jacinto Machado Bitencourt e de D. Ana Maurícia da Silva
Bitencourt, o patrono do Serviço de Intendência do Exército
Brasileiro, Marechal Carlos Machado Bitencourt, em plena infância
já demonstrava pendor para a carreira das Armas – uma tradição de
família, pois militares também o eram o avô e o pai.
Esses exemplos de amor à Pátria e coragem cívica o entusiasmaram
e o impeliram às fileiras do Exército. Assentou praça a 1º de janeiro
de 1857, com 17 anos. Galgou por mérito todos os demais postos de
uma brilhante carreira e viveu a honrosa situação de combater em
algumas circunstâncias sob as ordens do pai, na Guerra da Tríplice
Aliança.
Bitencourt destacou-se como encarregado da logística nas operações
desenvolvidas pelo Exército contra os insurretos de Canudos.
Recém-empossado como ministro da Guerra, interveio pessoalmente
na campanha cujo óbice maior era a ausência de uma cadeia de
suprimentos, já que a falta destes dificultava o bom desempenho das
forças legais. Organizou e sistematizou o transporte de pessoal e
material, tornando efetivo e contínuo o fluxo de reabastecimento das
tropas, o que possibilitou a derrota dos rebelados. Sua brilhante
atuação foi essencial para o resultado daquele conflito.
Carlos Bitencourt dedicou 40 anos de relevantes serviços prestados à
Pátria até o momento de sua morte, a 05 de novembro de 1897,
quando buscava salvar o então Presidente Prudente de Morais de um
atentado com arma branca.
O Exército deve a Bitencourt o aprendizado do insígne Thiers, autor
de História do Consulado e do Império: "É necessário ter o espírito
de ordem e minuciosidade, porque o militar não se educa para a
guerra somente: alimenta-se, veste-se, arma-se e cura-se. A cada
movimento é necessário pensar na véspera e no dia seguinte, nos
flancos e na retaguarda; mover tudo consigo: munições, víveres e
hospitais".
Um pouco de história...
Finda a Campanha de Canudos em 1897, o Marechal Bitencourt
voltou ao Rio de Janeiro, capital da República à época. A 5 de
novembro do mesmo ano regressavam as forças que haviam lutado
no sertão baiano. A tropa desembarcou do navio Espírito Santo e foi
recepcionada pelo Presidente da República, Prudente de Morais.
Durante as honras militares, saiu das fileiras do 10º Regimento de
Infantaria o anspeçada (na ocasião, uma graduação entre soldado e
cabo) Marcelino Bispo de Melo, 19 anos, que sacou de um punhal e
arremeteu-se contra o presidente. Bitencourt correu a salvar o chefe
do Executivo e o fez com o ônus da própria vida.
c) Marechal Napion
Carlos Antônio Napion nasceu em Turim na Itália, a 30 de outubro
de 1757, onde, como militar e engenheiro dotado de cultura técnico-
especializada na área do Material Bélico, alcançou o posto de major.
A partir de 1800 passou a prestar serviços ao Exército do Reino de
Portugal e, em 1808, veio para o Brasil com o Príncipe Regente D.
João VI, onde recebeu a missão de lançar as bases e promover o
desenvolvimento da indústria bélica nacional. Com dinamismo,
descortino e objetividade, o ínclito militar lançou a semente da
logística do material. Atingiu o posto de tenente-general, o último da
hierarquia militar no Brasil, no qual veio a falecer em 22 de junho
de 1814, quando presidia a Junta da Real Academia Militar.
Prestou relevantes serviços ao Brasil quando este se tornou Reino
Unido a Portugal e Algarve. Em razão disso, teve brilhante trajetória
militar, ascendendo ao posto de oficial-general exclusivamente por
seus méritos. Dentre seus trabalhos, destacam-se o esforço que
empreendeu nos primórdios da industrialização do País e os livros
técnicos que escreveu.
Alguns dos cargos exercidos por Napion:
- Inspetor-Geral da Real Junta Fazenda dos Arsenais, Fábricas e
Fundições;
- Diretor do Arsenal Real do Exército;
- Diretor e Organizador da Real Fábrica de Pólvora da Lagoa;
- Inspetor-Geral de Artilharia;
- Membro do Conselho Supremo Militar;
- Inspetor e Fiscal da Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema;
e
- Presidente da Junta Militar da Academia Real Militar.
d) General Severiano da Fonseca
O General de Brigada médico João Severiano da Fonseca, nascido a
27 de maio de 1836, em Alagoas.