Heresias e Modismos - Combatendo Os Erros Doutrinários PDF
Heresias e Modismos - Combatendo Os Erros Doutrinários PDF
Heresias e Modismos - Combatendo Os Erros Doutrinários PDF
Jovens e Adultos
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Tende cuidado para que ningum vos faa presa sua por meio de filosofias e vs
sutilezas, segundo a tradio dos homens, segundo os rudimentos do mundo e no segundo
Cristo (Cl 2.8).
VERDADE PRTICA
Segunda - Mt 13.22
Sutileza envolve seduo e engano
Tera - Ef 6.11
Atentos contra as astutas ciladas do Diabo
Quarta - Mt 10.16
O cristo deve ser prudente como as serpentes e smplices como as pombas
Quinta - At 19.13-17
O poder do Evangelho desmascara as sutilezas do Diabo
Sexta - 1 Co 14.20
Menino na malcia, mas adulto no entendimento
Sbado - Mt 7.15
O cuidado de no sermos enganados pela aparncia
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Colossenses 2.4-11.
4 - E digo isto para que ningum vos engane com palavras persuasivas.
5 - Porque, ainda que esteja ausente quanto ao corpo, contudo, em esprito, estou convosco,
regozijando-me e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa f em Cristo.
6 - Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim tambm andai nele,
7 - arraigados e edificados nele e confirmados na f, assim como fostes ensinados,
crescendo em ao de graas.
8 - Tende cuidado para que ningum vos faa presa sua, por meio de filosofias e vs
sutilezas, segundo a tradio dos homens, segundo os rudimentos do mundo e no segundo
Cristo;
9 - porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
10 - E estais perfeitos nele, que a cabea de todo principado e potestade;
11 - no qual tambm estais circuncidados com a circunciso no feita por mo no despojo
do corpo da carne: a circunciso de Cristo.
PONTO DE CONTATO
Estimado professor, somos gratos a Deus por mais um trimestre de Lies Bblicas.
Iniciamos o ano de 2006 estudando temas da Soteriologia ou Doutrina da Salvao. Neste
trimestre, examinaremos assuntos relacionados disciplina teolgica chamada Heresiologia.
Trata-se de treze lies, divididas em duas sees: heresias e modismos. A primeira,
discute o islamismo, o mormonismo, a reencarnao, as Testemunhas de Jeov, a mariolatria
e as principais seitas orientais. A segunda, reflete a respeito dos modismos e desvios
doutrinrios contemporneos: a regresso psicolgica, o cristianismo judaizante, a teologia
da prosperidade, o triunfalismo e a superstio religiosa. Estas lies traro esclarecimentos
queles que confundem a f ortodoxa crist com as seitas e modismos doutrinrios. Portanto,
lembre-se do ensino de Paulo em 1 Timteo 4.1 Mas o Esprito expressamente diz que, nos
ltimos tempos, apostataro alguns da f, dando ouvidos a espritos enganadores e a
doutrinas de demnios.
OBJETIVOS
Como recurso didtico para esta lio, usaremos um mapa estatstico. Este recurso
possibilita ao educando uma ampla viso cartogrfica dos principais dados que se desejam
apresentar. O mapa abaixo, As Religies que mais Crescem apresenta estatsticas
relacionadas distribuio das religies nos principais continentes. Use este cartograma aps
o sub-tpico Suas estratgias, a fim de mostrar como as religies e seitas crescem por todos
os continentes.
COMENTRIO
INTRODUO
Palavra Chave
Tradio Humana: Crena em um corpo de tradies lendrias que, pela sua
antiguidade, era merecedora de crdito e anuncia.
Desde os tempos bblicos, Satans vem usando os seus agentes a fim de levar o povo de
Deus a desacreditar na Bblia, na divindade e na obra redentora de Cristo. Temos de estar
devidamente preparados para detectar e desmascarar suas sutilezas. Sem dvida, esse um
dos maiores desafios da Igreja de Cristo nestes ltimos dias.
I. OS ARDIS DE SATANS
1. Seus disfarces. Desde a fundao da Igreja, os falsos mestres vm disfarando-se
entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro
apresentam-se vestidos como ovelhas, mas interiormente so lobos devoradores (Mt 7.15).
A Bblia classifica os tais como falsos apstolos e obreiros fraudulentos, identificando-os
como agentes de Satans que se transfiguram em ministros da justia (2 Co 11.13-15).
Devemos, por isso, acautelar-nos deles.
CONCLUSO
O povo de Deus vive em constante batalha espiritual. O inimigo sempre trabalhou para
desviar os crentes da vontade divina, induzindo-os a crenas falsas e prticas que desonram
ao Criador. Por isso, devemos estar atentos quando um movimento religioso apresenta-se
com persuaso e argumentos aparentemente convincentes. Trata-se, geralmente, de algum
que pretende mostrar-nos algo que no est de acordo com a Palavra de Deus.
VOCABULRIO
Abissal: Relativo
ao
Capcioso: Ardiloso;
abismo;
distncia
capaz
entre
de
uma
coisa
enganar
ou
outra.
iludir.
da
vida
por
meio
do
conhecimento.
ou
Retrico: Eloqente;
Sectrio: membro
servio
aquele
no
que
ou
Sincretismo: Reunio
mercado
fala
muito,
partidrio
de
de
diversas
consumidor.
mas
artificialmente.
uma
crenas
seita.
opostas.
LUTZER,
E.
E. Cristo
SOARES,
E. Manual
entre
de
outros
apologtica
deuses. RJ:
CPAD,
2000.
crist. RJ:
CPAD,
2002.
Subsdio Apologtico
O que Significa Seita?
1. Etimologia. O historiador Flvio Josefo e muitos outros escritores antigos usaram a
palavra hairesis com o sentido de escola de pensamento, doutrina ou religio sem
conotao pejorativa O verbo grego haire, de onde vem o substantivo em foco, significa
escolher. Na literatura clssica tem o sentido de escolha filosfica ou poltica. Todavia, o
Novo Testamento traz essa palavra com o sentido de diviso, dissenso, pois lemos: E at
importa que haja entre vs heresias, para os que so sinceros se manifestem entre vs (1 Co
11.19). A verso Almeida Atualizada traduziu por partido; a NVI, por divergncias; a
Traduo Brasileira, por faco. A mesma palavra aparece em Glatas 5.20 sendo traduzida
por dissenso. [...] Convm salientar que a palavra grega para heresias em o Novo
Testamento, a mesma para seita, hairesis. O termo herege, que aparece em Tito
3.10, hairetikos, adjetivo que vem do referido substantivo grego. O sentido de erro
doutrinrio, como heresia, no campo teolgico que ns conhecemos hoje, aparece pela
primeira vez em 2 Pedro 2.1. nessa acepo que refutamos tais heresias.
2. Conceituao. Atualmente a palavra seita usada para designar as religies
heterodoxas ou esprias. uma palavra j desgastada, trazendo em si, muitas vezes, um tom
pejorativo. So grupos que surgiram de uma religio principal e seguem as normas de seus
lderes ou fundadores e cujos ensinos divergem da Bblia nos principais pontos da f crist.
So uma ameaa ao cristianismo histrico e um problema para as igrejas.
3. Problemas. [...] As heresias afetam os pontos principais da doutrina crist, no que diz
respeito a Deus: Trindade, o Senhor Jesus Cristo e o Esprito Santo; ao homem: natureza,
pecado, salvao, origem e destino; aos anjos, igreja e s Escrituras Sagradas. O mais grave
erro quando diz respeito Divindade. Errar em outros pontos da f crist pode at no
afetar a salvao, mas a doutrina de Deus inviolvel. Negar o Senhor trazer sobre si
repentina destruio.
Os novos movimentos internos como a Confisso Positiva e o G-12 no devem ser
classificados como seitas, pois alm de no afetarem os pontos salientes da f crist, seus
ensinos e prticas no so necessariamente heresias, mas aberraes doutrinrias. O efeito
destrutivo pode ser pior do que os movimentos externos, pois Satans se utiliza, muitas vezes,
da arrogncia ou da ignorncia dos mentores dessas inovaes para causar divises nas
igrejas (SOARES, E. Manual de apologtica crist. RJ: CPAD, 2002, pp.25-7).
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Lio 2: O Islamismo
Data: 9 de Abril de 2006
TEXTO UREO
Estas, porm, so as geraes de Ismael, filho de Abrao, que a serva de Sara, Agar,
egpcia, deu a Abrao (Gn 25.12).
VERDADE PRTICA
Segunda - Is 34.16
Os muulmanos negam a autoridade da Bblia
Tera - Gn 16.11,12
A Bblia anuncia de antemo a natureza belicosa de Ismael
Quarta - Mt 28.19
Os muulmanos negam a doutrina da Trindade
Quinta - Jo 20.31
Os muulmanos negam ser Jesus o Filho de Deus
Sexta - 1 Co 15.2,4,17
Os muulmanos negam a morte e a ressurreio de Jesus
Sbado - Rm 3.23
Os muulmanos negam o carter universal do pecado humano
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Glatas 4.22,23,28-31.
22 - Porque est escrito que Abrao teve dois filhos, um da escrava e outro da livre.
23 - Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por
promessa.
28 - Mas ns, irmos, somos filhos da promessa, como Isaque.
29 - Mas, como, ento, aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era
segundo o Esprito, assim tambm, agora.
30 - Mas que diz a Escritura? Lana fora a escrava e seu filho, porque, de modo algum, o
filho da escrava herdar com o filho da livre.
31 - De maneira que, irmos, somos filhos no da escrava, mas da livre.
PONTO DE CONTATO
Carssimo professor, nesta lio estudaremos o islamismo uma das maiores religies
do mundo. Segundo estimativas, h cerca de 1 bilho de mulumanos em todo o planeta,
distribudos principalmente no Iraque, Ir, Arbia Saudita, Lbano, Jordnia, Palestina,
Egito, Arglia, Indonsia, Chechnia, Kosovo e Turquia pases predominantemente
islmicos. Esta religio alm de ser uma das maiores, tambm a mais recente e a que mais
cresce no cenrio global. Portanto, ao ministrar a lio, incentive sua classe a interceder a
favor desse grupo tnico e religioso ainda no alcanado pelo evangelho.
OBJETIVOS
SNTESE TEXTUAL
O fundador do islamismo, Mohammad ibn Abdullah ou Maom, nasceu em 12 de Rabial-awwal (3 ms do calendrio rabe e abril no cristo) de 570 d.C, em Meca, atual Arbia
Saudita. Procedente de uma famlia aristocrtica, era rfo de pai e sua me morreu quando o
pequeno Muhammad tinha seis anos de idade. Nesse perodo, foi morar com o av
paterno, Abdu al-Muttalib, mas os infortnios tambm assolaram a casa deste, vindo a
falecer logo em seguida quando a criana constava ainda de 8 anos. No entanto, seu tio, Abu
Talib, lder do cl Haxemita da tribo dos Coraixitas, criou-o como um filho. Em 610 d.C,
Maom recebeu a primeira viso mstica que mudou completamente a sua vida. Cria que o
arcanjo Gabriel entregou-lhe uma mensagem de que havia apenas um deus verdadeiro e que
a idolatria era abominvel. A divindade nica de Maom era conhecida como Al-Lah ou Al,
cujo significado o deus. Em 612 d.C, comea a divulgao das suas vises e atrai alguns
adeptos. Em virtude do seu analfabetismo, recitou tais vises a seus discpulos que a
escreveram. Estes escritos foram denominados Coro, isto , o recitado ou leitura.
Maom, faleceu aos 63 anos em 632 d.C, em Medina. A religio fundada por ele nega os
principais fundamentos doutrinrios da religio crist: a Bblia, a Trindade, a morte e
ressurreio de Jesus e o carter universal do pecado.
ORIENTAO DIDTICA
Professor, o mapa estatstico abaixo, tem por finalidade apresentar ao aluno a Expanso
da Religio Islmica no Mundo. Reproduza-o de acordo com os recursos disponveis.
Incremente o cartograma com as informaes contidas no Ponto de Contato.
COMENTRIO
INTRODUO
Palavra Chave
Maom: Seu nome completo Abulqasin Mohammad ibn Abdullah ibn Abd al-Muttalib ibn
Hashim.
O islamismo uma das trs principais religies monotestas do planeta ao lado do
cristianismo e do judasmo. semelhana destas, tambm nasceu no Oriente Mdio. Suas
crenas e prticas, porm, so contrrias Bblia e ao cristianismo.
I. CONSIDERAES GERAIS
1. Os filhos de Abrao. Nem todos os rabes so muulmanos, e nem todos os
muulmanos so rabes. H uma grande disputa, desde a antiguidade, pois desejo dos
rabes serem filhos de Abrao, mas nem todos o so. Deus d, ainda hoje, a oportunidade
para qualquer pessoa, independentemente de sua nao ou origem, de tornar-se descendente
de Abrao, mediante a f em Jesus (Rm 4.11; Gl 3.7).
VOCABULRIO
Crasso: Grosseiro;
estpido;
erro
crasso.
BICKEL, B.; JANTZ, S. Guia de seitas e religies: Uma viso panormica. RJ: CPAD,
2005.
IRWIN, D. K. O que os cristos precisam saber sobre os mulumanos. RJ:CPAD,
2004.
EXERCCIOS
AUXLIOS SUPLEMENTARES
Subsdio Apologtico
Doutrina nmero 1: Deus.
Os mulumanos acreditam na existncia e preeminncia de deus. H apenas um deus,
cujo nome Al. Ao pronunciar Allah akbar (Al, o grande), em suas oraes dirias, os
mulumanos reconhecem que deus maior do que tudo. Eles sabem que ele onisciente,
onipotente e onipresente. Os poderes atribudos a Al so os mesmos atributos oni do Deus
do judasmo e do cristianismo: Onisciente que tudo sabe; Onipotente que tem todo
poder; Onipresente que est em todos os lugares ao mesmo tempo. No entanto, qualquer
semelhana com os postulados do judasmo e do cristianismo, no que se refere a Deus, param
exatamente aqui. Quanto mais examina-se a natureza de Al, menos ele tem semelhana com
o Deus dos judeus e dos cristos.
a) Al e o amor. Os mulumanos tm noventa e nove belas maneiras para referir-se a
Ala (as quais eles memorizam), e cada uma delas descreve uma das caractersticas de Al.
Talvez voc se surpreenda ao saber que o termo amor est ausente dessa longa lista das
qualidades de seu carter o poder de Al mais ressaltado do que a misericrdia. Isso no
que dizer, porm, que Al no ama. Ele ama aqueles que fazem o bem ou seja, os que
praticam boas aes e aceitam as prticas dirias dos cinco pilares. Contudo, Al no ama o
indivduo cujas ms aes sobrepujam as boas.
b) Diferena entre Al e o Deus do cristianismo. O atributo do amor a grande diferena
entre Al e o Deus do cristianismo. Essa a razo pela qual incorreto acreditar que Al e
Deus so a mesma divindade, simplesmente conhecida por nomes distintos, dependendo se
voc est em uma mesquita ou em uma igreja. Mas isso no o mesmo que chamar um div
por um nome alternativo, como sof, canap, otomana ou marquesa. O Al do Alcoro ama
apenas os indivduos que considera bons; o Deus da Bblia ama toda a humanidade, embora
saiba que nenhum indivduo basicamente bom. Se algum questionar se h uma diferena
entre Al e Deus, diga-lhe que o amor a resposta. (BICKEL, B.; JANTZ, S. Guia de seitas
e religies: Uma viso panormica. RJ: CPAD, 2005, pp.79-81).
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Lio 3: O mormonismo
Data: 16 de Abril de 2006
TEXTO UREO
O mormonismo um movimento pago disfarado com roupagem crist que baseia suas
crenas em fbulas e falsas conjecturas.
LEITURA DIRIA
Segunda - 2 Co 11.3
Um Jesus estranho ao Novo Testamento
Tera - 2 Pe 1.16
O cristianismo se fundamenta em fatos
Quarta - 1 Tm 4.7
As fbulas profanas so nulas
Quinta - Tt 1.14
Devemos rejeitar as fbulas judaicas
Sexta - 1 Co 8.5
O equvoco da f do paganismo politesta
Sbado - Gl 1.8,9
O evangelho antema
LEITURA BBLICA EM CLASSE
1 Timteo 1.3-6.
3 - Como te roguei, quando parti para a Macednia, que ficasses em feso, para advertires
a alguns que no ensinem outra doutrina,
4 - nem se dem a fbulas ou a genealogias interminveis, que mais produzem questes do
que edificao de Deus, que consiste na f; assim o fao agora.
5 - Ora, o fim do mandamento a caridade de um corao puro, e de uma boa conscincia,
e de uma f no fingida.
6 - Do que desviando-se alguns, se entregaram a vs contendas.
PONTO DE CONTATO
Professor, nesta lio, estudaremos a respeito da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
ltimos Dias, ou simplesmente, Mrmons. Essa seita uma das mais bem-sucedidas, com
mais de 11 milhes de adeptos em todo o mundo. Estima-se tambm, que seja a seita que
mais cresce, com cerca de 300 mil convertidos por ano. Os mrmons so um dos grupos
sectrios mais ricos do mundo, com ativos entre 25 e 30 bilhes de dlares. Possuem
universidades, valorizam a educao, seus missionrios costumam ser educadssimos e
muitos dos seus adeptos ocupam cargos importantes nos EUA. No entanto, constituem-se um
grupo sectrio ainda no alcanado plenamente pelo evangelho. Ore com os alunos a favor da
converso dos mrmons.
OBJETIVOS
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias foi fundada no dia 6 de abril de
1830 por Joseph Smith Jr. e mais cinco pessoas. Smith Jr., nasceu em 23 de dezembro de
1805, na cidade de Sharon, Estado de Vermont, EUA. Era filho de Joseph e Lucy Smith,
conhecidos como msticos e caadores de tesouros na regio. Em 1820, com a idade de 14
anos, Smith jr., teve a sua primeira viso a respeito da apostasia do cristianismo e de outras
religies e seitas. A segunda viso ocorreu em 1823. Nesta, um anjo identificado como
Moroni visitou a casa do profeta e o revelou que havia em Palmyra, Nova Iorque, um monte
onde estava escondido um livro escrito em placas de ouro e tambm a plenitude do evangelho
eterno. O anjo Moroni afirmava ser filho glorificado de um homem chamado Mrmon
ttulo que d nome seita. Aps vrias aparies do suposto anjo, e de receber o sacerdcio
de Aro e o de Melquisedeque, Joseph Smith Jr., Oliver Cowdery e outros companheiros,
fundaram a seita. Smith foi candidato presidncia dos Estados Unidos, preso, espancado e,
por fim, morto em 27 de junho de 1844, por uma turba indignada.
ORIENTAO DIDTICA
Nesta lio, usaremos como recurso didtico uma Tabela Conceitual. Esta procura
representar um determinado conceito por meio de suas caractersticas gerais. Temos quatro
conceitos que podem ser apresentados graficamente em nossa lio: fundador, sucessor,
literatura e fundamentos. Use este grfico-visual aps o tpico II, a fim de sintetizar os
fundamentos principais da seita mrmon.
COMENTRIO
INTRODUO
Palavra Chave
Placas de Ouro: Era constituda de quatro placas: de Nfi; de Mrmon; de ter e Lato
de Labo.
Um proeminente lder mrmon disse: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos
Dias declara-se, pelo seu nome, distinta da Igreja Primitiva estabelecida por Cristo e seus
apstolos. Essa uma confisso de que eles no so cristos e de que sua religio outra.
Disso todos ns j sabamos pelas suas crenas e prticas, mas esta uma declarao direta e
textual do movimento. A estrutura do mormonismo est calcada em lendas e mitos pagos.
I. ORIGEM DO MOVIMENTO
1. Primeiras aparies. H duas verses contraditrias da origem do movimento na
sua prpria literatura. Uma diz que em 1820, Joseph Smith Jr., andava preocupado por causa
de uma agitao anormal sobre questes religiosas que se generalizou envolvendo batistas,
presbiterianos e metodistas. Quando numa viso o Pai e o Filho, teriam dito que todas as
igrejas se apostataram e seus credos eram abominveis. Em 1823, teria recebido a visita de
um estranho anjo chamado Moroni, o qual teria revelado a existncia das placas de ouro, que
deram origem ao Livro de Mrmon.
2. ltimas aparies. Em 1829 teria recebido outra viso. Nesta, afirma-se que Joo
Batista teria conferido a Joseph Smith Jr. e ao seu companheiro, Oliver Cowdery, o
sacerdcio de Aro. Em seguida, os dois companheiros batizaram-se um ao outro, e um ao
outro ordenaram-se como sacerdotes, e, durante muito tempo, abenoaram-se mutuamente.
Pouco depois, os dois teriam recebido outra viso: Joo, Pedro e Tiago, os quais lhes
conferiram o sacerdcio de Melquisedeque. Em 6 de abril de 1830, Joseph Smith Jr.
inaugurou o seu movimento juntamente com cinco amigos.
3. Contradies internas. O breve relato de sua origem apresenta vrios problemas e
contradies. A agitao envolvendo questes religiosas, nunca aconteceu. A suposta
revelao de 1820 s apareceu depois de 1842. At ento, os lderes mrmons afirmavam que
a primeira viso foi em 1823; contradio essa que envolve idade, local e contedo. Joseph
Smith Jr. foi condenado, em 1826, por prtica de cristalomancia. Em 1828, procurou se filiar
Igreja Metodista, mas foi recusado pela Igreja por causa do seu envolvimento com prticas
ocultistas.
4. Testemunhos antibblicos. Analisando essas vises luz da Bblia, ficam
evidentes os enganos do movimento. A suposta apario do Pai contradiz o ensino bblico,
pois homem algum jamais viu a Deus (Jo 1.18; 6.16). Alm disso o Senhor Jesus garantiu que
sua igreja jamais se apostataria (Mt 16.16-18). Quanto aos sacerdcios, doutrina mrmon em
prtica ainda hoje, h distores: a Bblia ensina que o sacerdcio de Aro foi removido (Hb
7.11,12) e o de Melquisedeque pertence exclusivamente a Jesus (Hb 7.21-23), que tem um
sacerdcio perptuo (Hb 7.24). A palavra original para perptuo aparabatos e significa:
imutvel, inaltervel, intransfervel.
II. FONTE DE AUTORIDADE
1. Escritos sagrados. Os mrmons consideram inspirados, com a mesma autoridade
da Bblia e, at acima dela, o Livro de Mrmon, Doutrina e Convnios, e Prola de Grande
Valor. O oitavo artigo das Regras de F dos mrmons diz: Cremos ser a Bblia a Palavra de
Deus, o quanto seja correta a sua traduo; cremos tambm ser o Livro de Mrmon a Palavra
de Deus. Essa restrio para crer-se na Bblia uma maneira delicada de dizer que no se
acredita nela, pois o mormonismo afirma que no pode haver traduo absolutamente
fidedigna da Bblia e chama de nscios os que nela crem. Como os muulmanos, procuram
por todos os meios desacreditar a Bblia.
2. O Livro de Mrmon. O contedo do livro de Mrmon nunca foi confirmado pela
histria e nem pela arqueologia. O texto est com 3.913 mudanas desde a edio de 1830; a
maioria consiste em correo de erros gramaticais e mudanas doutrinrias.
III. TEOLOGIA MORMONISTA
1. Conceitos mormonistas da divindade. Os mrmons so politestas e, como no
hindusmo, h espao nesse movimento para inmeros conceitos sobre a divindade. H
muitos conceitos contraditrios na literatura mrmon. s vezes, usam o termo trindade
para Deus, mas tambm afirmam que o Pai, o Filho e o Esprito Santo so trs deuses, e que o
Pai tem corpo fsico como o nosso. Ensinam, ainda: como o homem , Deus foi; como Deus
, o homem poder vir a ser.
2. O Deus revelado na Bblia. A Bblia ensina a existncia de um s Deus, sendo Deus
um s (Dt 6.4; Mc 12.29-32) e que a Trindade no so trs deuses, mas um Deus em trs
Pessoas. O Deus revelado na Bblia Esprito (Jo 4.24) e esprito no tem carne e nem
ossos (Lc 24.39). Deus Esprito Infinito e o Criador de todas as coisas nos cus e na terra e
que alm dEle no h outro (Sl 145.3; Is 44.6,8,24; 45.5-7). O homem, entretanto, limitado
e criatura; no , e nunca foi Deus (Ez 28.2); nem Deus , e nunca foi homem (Os 11.9).
3. O outro Jesus. O Jesus do mormonismo casado e polgamo, no nasceu de uma
virgem e irmo de Satans. Os mrmons afirmam que as bodas de Can da Galilia era o
casamento de Jesus com as duas irms Maria e Marta; e que ele foi gerado de pai humano
como qualquer homem.
Este, certamente, no o Jesus que pregamos (2 Co 11.3). Eles, na verdade, querem
sancionar suas prticas polgamas. Com isso, querem mostrar que so imitadores de Cristo.
Todos esses conceitos mormonistas sobre o Senhor Jesus so uma afronta ao cristianismo.
4. O Jesus que pregamos. A Bblia diz que Jesus e seus discpulos foram convidados
para as bodas de Can (Jo 2.2), e ningum pode ser convidado para o seu prprio casamento.
Isso, por si s, reduz a cinzas os argumentos dos mrmons. A Bblia ensina explicitamente
que Jesus foi concebido pelo Esprito Santo (Mt 1.18,20; Lc 1.34,35). Nada h de Satans em
Jesus (Jo 16.30; Mt 12.22-32); pelo contrrio, Jesus o Deus verdadeiro (1 Jo 5.20),
incomparvel e singular! (Ef 3.21).
VOCABULRIO
Arqueologia: Cincia
Fbulas: Histria
que
estuda
artificiosa
as
velhas
que
civilizaes
contm
um
ou
coisas
ensino
antigas.
moral.
Subsdio Apologtico
Erros e Contradies nas Escrituras Mrmons
1. Livro de Mrmon. Em Nfi 10.18 est escrito: Pois ele o mesmo ontem, hoje e
para sempre. Ora, esta uma citao de Hebreus 13.8, escrito centenas de anos depois da
data alegada pelo Livro de Mrmon para sua prpria origem. Seiscentos anos antes de o
apstolo Paulo nascer, supostamente o Livro de Mrmon j citava suas palavras em Romanos
7.24: Oh! Que miservel sou eu! (2 Nfi 4.17). O Livro de Omni d conta dos dons
Espirituais do Esprito Santo e de sua operao j em 279 a.C; compare Lc 3.16 com Jo 7.37-
39. Os dons espirituais no podiam estar presentes no tempo indicado porque Jesus ainda
no fora glorificado. [...] Alma 46.15 fala de um grupo denominado cristos. A Bblia
contradiz esta informao, pois em Antioquia que os crentes foram pela primeira vez assim
chamados (At 11.26).
2. Doutrina e Convnios. Este livro uma coleo de 138 revelaes principais dadas
a Joseph Smith sobre muitos aspectos das doutrinas e prticas dos Mrmons. Contm muitas
aberraes teolgicas que claramente mostram a grande diferena entre o mormonismo e o
cristianismo ortodoxo.
3. Prola de Grande Valor. Este livro contm a terceira revelao extrabblica
acrescentada ao cnon das escrituras mrmons, sendo encadernadas junto com Doutrinas e
Convnios. Possui quatro elementos: Livro de Moiss, Livro de Abrao, Escritos de Joseph
Smith e Regras de F. O mormonismo diz que o livro de Abrao foi escrito por ele prprio o
mesmo do AT quando estava no Egito. No entanto, o dito texto foi corretamente
identificado como um texto funerrio pago conhecido como Livro das Respiraes
(RINALDI, N.; ROMEIRO, P. Desmascarando as seitas. RJ: CPAD, 1996, pp.104-6).
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Lio 4: A reencarnao
Data: 23 de Abril de 2006
TEXTO UREO
Porm, agora que morta, por que jejuaria eu agora? Poderei eu faz-la mais voltar?
Eu irei a ela, porm ela no voltar para mim (2 Sm 12.23).
VERDADE PRTICA
Segunda - Sl 78.89
A morte um caminho sem retorno
Tera - Hb 9.27
Ao homem est ordenado morrer uma vez
Quarta - Lc 16.26
H um grande abismo entre os vivos e os mortos
Quinta - 1 Jo 1.7
o sangue de Jesus que purifica o pecador; e no, as supostas reencarnaes
Sexta - 1 Co 15.42
A doutrina da ressurreio dos mortos elimina a crena reencarnacionista
Sbado - 2 Tm 4.1
Deus, em Jesus Cristo, que julgar os vivos e os mortos
LEITURA BBLICA EM CLASSE
1 Timteo 4.1-5.
1 - Mas o Esprito expressamente diz que, nos ltimos tempos, apostataro alguns da f,
dando ouvidos a espritos enganadores e a doutrinas de demnios,
2 - pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua prpria
conscincia,
3 - proibindo o casamento e ordenando a abstinncia dos manjares que Deus criou para os
fiis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com aes de graas;
4 - porque toda criatura de Deus boa, e no h nada que rejeitar, sendo recebido com
aes de graas,
5 - porque, pela palavra de Deus e pela orao, santificada.
PONTO DE CONTATO
SNTESE TEXTUAL
Nesta lio, repetiremos o recurso didtico anterior, isto , a Tabela Conceitual. Use este
grfico-visual aps o tpico I, a fim de sintetizar a divulgao moderna do conceito
reencarnacionista no Ocidente.
COMENTRIO
INTRODUO
A doutrina da reencarnao to antiga quanto a humanidade. originria do
hindusmo, mas est presente no budismo, no jainismo e no sikhismo. defendida pelos hare
krishnas, kardecistas e muitos outros grupos na atualidade. Tem fortes vnculos com a prtica
da necromancia e est no bojo do Movimento Nova Era. A reencarnao uma falsa crena
inspirada por Satans para levar o homem perdio eterna.
I. SEU SIGNIFICADO
1. Conceito. Reencarnao no o mesmo que encarnao. A Bblia fala da encarnao
do Verbo para enfatizar que Deus fez-se homem (Jo 1.14; 1 Tm 3.16), pois Jesus veio em carne
(1 Jo 4.1,2). A reencarnao uma crena defendida por quase todas as religies derivadas do
hindusmo. O termo significa voltar na carne, pois seus adeptos acreditam que, na morte
fsica, a alma no entra num estgio final, mas volta ao ciclo de renascimentos. chamada
tambm de transmigrao da alma e metempsicose.
2. No Oriente. As reencarnaes nas religies acima mencionadas no so exatamente
iguais. No hindusmo, o eu sobrevive morte e torna a reencarnar. No budismo no existe o
eu, porquanto no h alma para migrar, no necessariamente o morto que volta para
reencarnar, mas outra pessoa. Os adeptos do hare khrishna acreditam que a alma de quem
morre pode reencarnar em seres inferiores, nos animais e at nos insetos. A reencarnao
tornou-se muito popular nos diversos ramos do Movimento Nova Era, no espiritismo, no
kardecismo, etc.
II. SEUS OBJETIVOS
1. Busca da perfeio ou da salvao. Os adeptos dessa doutrina buscam a perfeio
por meio de um processo evolutivo at que os ciclos da roda de reencarnaes parem de girar.
Rejeitando a salvao em Jesus, acreditam na doutrina do carma: lei que determina o lugar
de um indivduo na reencarnao, ou seja, a pessoa vai colher o que semeou na suposta
encarnao anterior; o princpio hindu de causa e efeito. Nem todos os reencarnacionistas
acreditam na garantia da salvao final de todos. No entanto, a crena mais comum que
apenas um perodo de vida no suficiente para os seres humanos aperfeioarem-se.
2. Reencarnao e cristianismo. Essas crenas so contrrias teologia bblica, pois
nelas no h espao para a doutrina da ressurreio dos mortos, da redeno pela f no
sacrifcio de Jesus no Calvrio, do julgamento divino sobre os infiis, do inferno ardente.
Ensinando a salvao pelo esforo humano, colocam-se em aberta oposio Bblia Sagrada.
3. Reencarnao luz da Bblia. A Bblia afirma que aos homens est ordenado
morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juzo (Hb 9.27). Essa declarao resume o ensino
bblico sobre o destino do homem aps a morte, constituindo-se num golpe mortal contra a
doutrina da reencarnao com todas as suas ramificaes. Ns vivemos apenas uma vez, e
depois da morte, segue-se o juzo. A reencarnao, portanto, no existe (Jo 9.1-3).
4. No h salvao sem Jesus. O Senhor Jesus levou sobre o madeiro todos os nossos
pecados (1 Pe 2.24); este o nico meio de salvao. Jesus o nico Salvador! (At 4.12). Ele
mesmo h de julgar os vivos e os mortos (At 17.31; 2 Tm 4.1).
so, hoje, os principais promotores dessa doutrina. Isso mostra que a nica maneira de o
homem proteger-se do erro pelo conhecimento da Palavra de Deus (Ef 6.10-18).
2. Razo do seu crescimento. A popularidade da reencarnao o resultado da
tendncia humana de procurar escapar do inferno sem a ajuda de Deus. A Bblia afirma que o
deus deste sculo cegou o entendimento dos incrdulos, para que no lhes resplandea a luz
do evangelho (2 Co 4.4). Nessa cegueira espiritual, diz-lhe Satans que no h mais soluo,
porque o homem est simplesmente colhendo o que semeou na suposta encarnao anterior.
CONCLUSO
Os adeptos da reencarnao esto preparados para defender suas crenas em qualquer
foro. Todavia, ns estamos com a verdade, e Deus conosco. Por isso devemos lutar pela
salvao deles, pois fazem parte do grupo no alcanado pelo evangelho. Esse desafio tarefa
da Igreja, Jesus ordenou-nos pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16.15).
VOCABULRIO
Desencarnar: Deixar
Distorcer: Mudar
carne;
sentido,
passar
inteno,
para
a
mundo
substncia
espiritual;
de;
desvirtuar;
morrer.
torcer.
AUXLIOS SUPLEMENTARES
Subsdio Apologtico
Jesus, Nicodemos e o Novo Nascimento
O dilogo entre Jesus e Nicodemos, registrado em Joo 3.1-21, frequentemente usado
pelos espritas como prova de que Jesus, ao dizer a Nicodemos que lhe era necessrio nascer
de novo, estava pregando a reencarnao. Ora, s aqueles que ignoram o significado da
palavra grega anthen traduzida no v.3 por nascer de novo que fazem uso de tal
argumento. Porm, o significado literal desse vocbulo nascer do alto, nascer de cima,
nascer de Deus. Portanto, no se refere a um nascimento aps um processo biolgico, intrauterino, e sim, por meio da operao do Esprito de Deus no interior do homem. Isto nada
tem haver com a reencarnao.
Se a doutrina reencarnacionista fizesse parte dos ensinamentos de Jesus, a grande
oportunidade de divulg-la e confirm-la seria durante a memorvel conversa daquele que
era mestre em Israel com Aquele que o Mestre dos mestres. A pergunta de Nicodemos:
Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e
nascer segunda vez? no poderia ter sido respondida, caso Jesus fosse reencarnacionista, da
seguinte maneira: isto possvel, Nicodemos. Basta voc reencarnar? Mas a resposta de
Cristo foi: Na verdade, na verdade te digo, quem no nascer da gua e do Esprito, no pode
entrar no reino de Deus (COSTA, J. M. Porque Deus condena o espiritismo. 12.ed.,
RJ: CPAD, 2003, p. 156).
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Se algum vem ter convosco e no traz esta doutrina, no o recebais em casa, nem
tampouco o saudeis (2 Jo 10).
VERDADE PRTICA
Segunda - Mt 28.19
Um Deus em trs Pessoas distintas
Tera - Jo 1.1-3,14
Jesus Deus igual ao Pai
Quarta - At 5.3,4
O Esprito Santo Deus igual ao Pai e ao Filho
Quinta - 1 Ts 5.23
Os elementos da constituio humana: corpo, alma e esprito
Sexta - Jo 1.12
Todos os que recebem a Jesus tornam-se filhos de Deus
Sbado - Mt 25.41
O inferno no a sepultura, mas um lugar preparado para o Diabo e seus anjos
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Filipenses 3.17-21.
17 - Sede tambm meus imitadores, irmos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes
em ns, pelos que assim andam.
18 - Porque muitos h, dos quais muitas vezes vos disse e agora tambm digo, chorando,
que so inimigos da cruz de Cristo.
19 - O fim deles a perdio, o deus deles o ventre, e a glria deles para confuso deles
mesmos, que s pensam nas coisas terrenas.
20 - Mas a nossa cidade est nos cus, donde tambm esperamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo,
21 - que transformar o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso,
segundo o seu eficaz poder de sujeitar tambm a si todas as coisas.
PONTO DE CONTATO
Professor, como os alunos esto reagindo aos temas das Lies Bblicas? Esto motivados
e interessados? s vezes, alguns se desinteressam pela ministrao do assunto em razo de o
professor despejar todo o conhecimento que possui a respeito da disciplina, sem aguar a
curiosidade ou questionar o tema de modo apropriado. O psiclogo Vigotsky afirmou que O
conhecimento pronto estanca o saber e a dvida provoca a inteligncia. Lembra-se do
mtodo de Scrates? A famosa maiutica processo pedaggico indutivo em que se
multiplicavam as perguntas a fim de se obter um conceito geral do caso em discusso. As
perguntas inteligentemente formuladas prendem a ateno do desconcentrado, agua o
sentido do expectador e apela inteligncia de ambos. Jesus empregou o mtodo por diversas
vezes (Mt 16.13,15; 17.25; 21.28), faa-o tambm!
OBJETIVOS
Nesta lio, repetiremos o recurso didtico anterior da Tabela Conceitual. Use este
grfico-visual aps o tpico I, a fim de sintetizar a histria poltica e literria dos russelitas.
COMENTRIO
INTRODUO
A Sociedade Torre de Vigia a organizao das Testemunhas de Jeov, cujo movimento
hostil a todos os ramos do cristianismo. Suas crenas e prticas so contrrias Bblia
Sagrada. A fim de simplificar suas crenas, eles colocam um no diante de tudo aquilo que a
Palavra de Deus ensina.
I. ORIGEM DO MOVIMENTO
1. Sob a gide da falsa profecia. Charles T. Russell registrou a Sociedade Torre de
Vigia em 1884, mas j pregava suas idias desde 1872, na Pensilvnia, EUA. Tendo como
hbito marcar a data do retorno de Cristo, profetizou o evento para 1914. Em seguida, mudou
a data para 1915. Ele morreu em 1916, e seu sucessor, Joseph F. Rutherford, continuou com
as mesmas profecias, remarcando as datas da volta de Cristo para 1918, 1920, 1925 e 1942,
ano em que faleceu. Seu sucessor, Nathan H. Knorr, anunciou uma nova data para o ano de
1975.
2. A falta de idoneidade espiritual. Russell colocava seus escritos no mesmo nvel de
autoridade da Bblia. Seus sucessores no so diferentes. Consideram-se o nico canal de
comunicao entre Jeov e o homem. No entanto, os fatos eliminam, por si s, tais
pretenses. Sua prpria histria registra que nenhuma de suas profecias cumpriu-se,
mostrando claramente que tal movimento no passa de uma organizao de falsos profetas
(Dt 18.20-22). Alm do mais, Jesus afirmou que no compete aos homens saber a data de sua
vinda (Mt 24.36; Mc 13.32; At 1.6).
II. SOBRE DEUS E A TRINDADE
1. Seu erro sobre Deus. A organizao apresenta-se como monotesta, mas se
contradiz quando afirma que Jesus apenas um deus poderoso e no o Deus Jeov TodoPoderoso. Assim, admite seguir a dois deuses. Na sua teologia, Jeov no onipresente nem
onisciente; por isso no pode prever o futuro.
2. O Deus Jeov revelado na Bblia. Essas crenas so antibblicas, pois a Bblia
ensina que Jesus Deus igual ao Pai (Jo 10.30-33), realando assim o verdadeiro
monotesmo (Mc 12.29-31; 1 Co 8.6). O Deus Jeov de Israel est presente em toda a parte:
onipresente (Jr 23.23,24); onisciente, Ele sabe todas as coisas (Sl 139.1-4). Portanto, conhece
o futuro (Is 46.9,10).
3. Seu erro sobre a Trindade. Negando a doutrina da Trindade, afirmam ora que
somos tritestas, ora que somos unicistas. Tritesmo a crena em trs deuses; e o unicismo
ensina que o Pai, o Filho e o Esprito Santo so uma s pessoa. A diferena que, na
Trindade, Jesus Deus; e, no unicismo, Deus Jesus.
4. A Trindade Bblica. A Trindade a unio de trs Pessoas distintas em uma
s Divindade, e no em uma s Pessoa. Ns no separamos a substncia (Jo 10.30) e nem
confundimos as Pessoas (Mt 3.16,17); por isso cremos em um s Deus eternamente
subsistente em trs Pessoas: o Pai, o Filho e o Esprito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19).
5. Seu erro sobre Jesus Cristo. A referida organizao acredita que o Jesus de
Nazar pregado por ns j no existe mais e que, durante seu ministrio terreno, no passava
de um homem perfeito enviado por Jeov. Negando, porm, a sua divindade e ressurreio
corporal, compara-o a Satans, afirmando que Ele o mesmo Abadom de Apocalipse 9.11. De
forma absurda, ensinam que s depois do seu batismo no Jordo, que Jesus tornou-se
Cristo.
6. O Jesus bblico. A Bblia ensina que Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro homem
(Jo 1.1,14). Ele incomparvel e criador de tudo quanto existe (Ef 1.21; Cl 1.16) e j nasceu
como o Cristo de Deus (Lc 2.11). O destruidor o Diabo. Mas Jesus veio para trazer-nos vida
(Jo 10.10). Sua ressurreio foi corporal (Lc 24.39; Jo 2.21). Jesus de Nazar continua vivo;
foi em seu nome que o coxo foi curado (At 3.6).
7. Seu erro sobre o Esprito Santo. A organizao nega a divindade e a
personalidade do Esprito Santo. Ensina ser o Esprito Santo a fora ativa de Jeov. A Bblia,
porm, afirma que Ele Deus (At 5.3,4) igual ao Pai e ao Filho (Mt 28.19). A Palavra de Deus
evidencia que o Esprito Santo uma pessoa e possui as faculdades da personalidade:
intelecto, vontade e emoo (1 Co 2.10; 12.11; Ef 4.30).
Substitui Esprito de Deus, em Gnesis 1.2, por fora ativa de Deus. Agora, as
Testemunhas de Jeov no precisam mais torcer a Palavra de Deus; seus telogos j o fizeram
por elas. Colocaram, tambm, o nome Jeov 227 vezes no Novo Testamento, ao passo que
no aparece, uma vez sequer, nos manuscritos originais. Substituram cruz por estaca e
falsificaram Joo 1.1: e o Verbo era Deus, traduzindo por e a Palavra era um deus.
2. A Sentinela. Quando uma Testemunha de Jeov bate porta de algum, oferecendo
um curso bblico, est, na verdade, convidando-o para estudar a revista A Sentinela,
comeando pelo seu manual de ingresso Conhecimento Que Conduz Vida Eterna. Durante
o curso, a pessoa persuadida a acreditar em crenas que so condenadas pela Bblia.
CONCLUSO
Devemos ser educados quando uma Testemunha de Jeov bater nossa porta. Todavia,
no devemos compartilhar de suas crenas (2 Jo 10,11). Quando falamos que temos provas de
suas falsas profecias, dificilmente se interessam pelo dilogo. Tambm ficam numa situao
desconfortvel ao indagarmos se eles so filhos de Deus, ou se Jesus Deus falso ou
verdadeiro. Perguntas como essas podem abalar a convico das Testemunhas de Jeov.
VOCABULRIO
Tritesmo: Conceito que afirma haver em Deus no s trs pessoas, mas tambm trs
essncias,
trs
substncias
ou
trs
Unicismo: Conceito que afirma ser o Pai, o Filho e o Esprito Santo a mesma pessoa.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
deuses.
Subsdio Apologtico
Falsas Profecias
Nenhum movimento da atualidade profetizou to falsamente como a organizao das
Testemunhas de Jeov. Essa marca est presente ao longo de sua histria. A Bblia diz:
Quando tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se no cumprir, nem suceder
assim, esta a palavra que o SENHOR no falou; com soberba a falou o tal profeta; no
tenhas temor dele (Dt 18.22).
Russel profetizou que a Batalha do Armagedom seria em 1914. Profetizou que at esse
ano viria um tempo de tribulao tal qual nunca houve desde que h nao. Seria
estabelecido o reino de Deus. Os judeus seriam restaurados, os reinos dos gentios seriam
quebrantados em pedaos como um vaso de oleiro, e os reinos deste mundo se tornariam os
reinos de nosso Senhor e do seu Cristo. Russell dizia em suas publicaes que se tratava de
data estabelecida por Jeov. Colocava-se como profeta com a mesma autoridade dos profetas
da Bblia e dos apstolos. Falava em nome de Jeov e nada, absolutamente, se cumpriu.
Anunciou a vinda de Cristo para 1914; chegado o referido ano, nada aconteceu. Depois ele
mesmo refez o clculo e estabeleceu o ano de 1915, tambm nada aconteceu, vindo a falecer
em 1916.
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Lio 6: A Mariolatria
Data: 7 de Maio de 2006
TEXTO UREO
Segunda - Lc 2.7
Jesus, o filho primognito de Maria
Tera - Mc 5.3
Os outros filhos de Maria
Quarta - Mt 1.25
Jos no a conheceu at que nasceu o seu primognito, Jesus
Quinta - Jo 2.3-5
Maria mandou obedecer a Jesus e no a ela mesma
Sexta - Lc 1.46-49
Maria afirma ser salva pelo Senhor
Sbado - Jo 19.25-27
Jesus encarregou o apstolo Joo para cuidar de sua me
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Lucas 1.26-31,34,35,37,38.
26 - E, no sexto ms, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia,
chamada Nazar,
27 - a uma virgem desposada com um varo cujo nome era Jos, da casa de Davi; e o nome
da virgem era Maria.
28 - E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor contigo;
bendita s tu entre as mulheres.
29 - E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudao
seria esta.
30 - Disse-lhe, ento, o anjo: Maria, no temas, porque achaste graa diante de Deus,
31 - E eis que em teu ventre concebers, e dars luz um filho, e pr-lhe-s o nome de Jesus.
34 - E disse Maria ao anjo: Como se far isso, visto que no conheo varo?
35 - E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descer sobre ti o Esprito Santo, e a virtude do
Altssimo te cobrir com a sua sombra; pelo que tambm o Santo, que de ti h de nascer,
ser chamado Filho de Deus.
37 - Porque para Deus nada impossvel.
38 - Disse, ento, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra. E o anjo ausentou-se dela.
PONTO DE CONTATO
Professor, a lio desta semana remexe em uma ferida religiosa quase incurvel no Brasil
a idolatria. Esta prtica est presente no pas desde a colonizao. Por esta razo, a
idolatria, como manifestao religiosa, est incorporada na cultura brasileira. H feriados
especficos para o culto e adorao a determinados santos. Os estados brasileiros cultuam e
veneram dolos. Na cidade de Juazeiro, o Padre Ccero reverenciado; enquanto na Bahia, o
Senhor do Bomfim. No sudeste, So Sebastio cultuado como o padroeiro da cidade do Rio
de Janeiro, e assim segue por todos os estados brasileiros. A adorao a Maria unanimidade
nacional nas famlias de tradio catlica. Oremos ao nosso Verdadeiro e nico Deus, a fim
de que a luz do evangelho resplandea sobre o nosso pas.
OBJETIVOS
SNTESE TEXTUAL
Nesta lio, usaremos como recurso didtico a Tabela Cronolgica da Mariolatria. Por
meio desta, apresentaremos aos alunos uma disposio das datas e acontecimentos relativos
mariolatria e a adorao s imagens. Reproduza a tabela abaixo de acordo com os recursos
que a sua escola dispe. Use esta cronologia ao trmino do tpico I.
COMENTRIO
INTRODUO
Palavra Chave
Controvrsias cristolgicas: Embate doutrinrio a respeito da natureza, obra e ofcios
de Cristo.
O culto a Maria o divisor de guas entre catlicos romanos e evanglicos. O clero
romano confere a Maria a honra e a glria que pertencem exclusivamente ao Senhor Jesus.
Essa substituio condenada nas Escrituras Sagradas e, como resultado, conduz o povo
idolatria. Reconhecemos o honroso papel de Maria na Bblia, como me de nosso Salvador,
mas a Palavra de Deus deixa claro que ela no co-autora da salvao e muito menos divina.
, portanto, pecado orar em seu nome, coloc-la como mediadora, dirigir a ela cnticos de
louvor.
I. O QUE MARIOLATRIA?
1. Idolatria. O termo vem de duas palavras gregas: eidlon, dolo, imagem de uma
divindade, divindade pag e latreia, servio sagrado, culto. A idolatria a forma pag de
adorao. Adorar e servir a outros deuses so prticas condenadas pela Bblia, no Declogo
(x 20.3-5), e, tambm nas pginas do Novo Testamento: portanto, meus amados, fugi da
idolatria (1 Co 10.14).
2. Adorao. Os dois principais verbos gregos para adorar, no Novo Testamento,
so proskyno, que significa adorar no sentido de prostrar-se; e latreu, que significa
servir a Deus. luz da Bblia, podemos definir adorao como servio sagrado, culto ou
reverncia a Deus por suas obras. Os principais elementos de um culto so: orao (Gn 12.8),
louvor (Sl 66.4), leitura bblica (Lc 4.16,17), pregao ou testemunho (At 20.9) e oferta (Dt
26.10).
3. O culto a Maria. O termo mariolatria vem de Maria, forma grega do nome
hebraico Miri, e de latreia. A mariolatria o culto ou a adorao a Maria estabelecido pelo
Catolicismo Romano ao longo dos sculos. A Bblia ensina que somente a Deus que
devemos adorar (Mt 4.10; Ap 19.10; 22.8,9). Maria foi salva porque creu em Jesus e no
meramente por ser a me do Messias (Lc 11.27,28). Somente a Deus devemos cultuar. Ao
Senhor, teu Deus, adorars, e s a ele dars culto (Mt 4.10 ARA). Os romanistas ajoelhamse diante da imagem de Maria e dirigem a ela oraes e cnticos.
II. AS GLRIAS DE MARIA
1. Maria no Catolicismo Romano. O clero romano vai alm do que est escrito em
relao Virgem Maria. No livro As Glrias de Maria, de Alfonso Liguori, canonizado pelo
papa, Jesus ficou pequenino diante de Maria. Segundo Liguori: Nossa salvao ser mais
rpida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus... A Santa Igreja ordena um
culto peculiar Maria. Essas so algumas declaraes de suas crenas marioltricas. O que
se v, hoje, a manifestao ostensiva e orgulhosa da mariolatria nos adesivos usados nos
automveis. Para os romanistas, Maria mais importante do que o prprio Jesus.
2. A posio oficial do Vaticano. O clero romano nega terminantemente que os
catlicos adoram a Maria, o que oficialmente confirmado pelo Vaticano. Todavia, muito
comum o tradicional trocadilho catlico: adorao e venerao. Mas, as declaraes de
Liguori e as prticas dos catlicos no ajudam a corroborar a afirmao dos romanistas. Uma
anlise honesta do correto conceito da palavra adorao, conferindo com o marianismo dos
catlicos romanos, prova de maneira irrefutvel que se trata de adorao.
III. MARIA NA LITURGIA DO CATOLICISMO
1. As contradies de Roma. O Catolicismo Romano jamais admitir que prega a
divindade de Maria, da mesma forma que nega a adorao a ela. Entretanto, os fatos falam
por si s e provam o contrrio. Ela tambm chamada de Rainha do Cu, o mesmo nome
de uma divindade pag da Assria (Jr 7.18; 44.17-25); parte de sua liturgia a reza Salverainha.
2. Oraes a Maria. A Bblia expressa ser somente Deus onipotente, onipresente e
onisciente (Jr 10.6; 23.23,24; 1 Rs 8.39). Se Maria pode ouvir esses catlicos, que hoje so
mais de um bilho em toda a Terra, como pode responder s oraes de todos eles ao mesmo
tempo? Ou ela deusa, ou esses catlicos esto numa fila interminvel, aguardando a vez de
suas oraes serem atendidas.
3. Distoro litrgica. A orao litrgica dedicada a Maria e desenvolvida pela Igreja
Catlica Romana evoca: Ave-maria cheia de graa, o Senhor contigo, bendita s tu entre as
mulheres e bendito o fruto de seu ventre. Santa Maria, Me de Deus, rogai por ns, os
pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amm. Essas palavras so tiradas de Lucas
1.28,42, mas a parte final no bblica, foi acrescentada em 1508. Essa orao uma
abominao aos olhos de Deus, pois no dirigida a quem de direito (1 Tm 2.5).
4. Me de Deus? A palavra grega usada para me de Deus originalmente significa
portadora de Deus. A expresso me de Deus foi usada em razo das controvrsias
cristolgicas da poca para dar nfase divindade de Jesus. A Bblia diz que Deus eterno (Sl
90.2, Is 40.28), e, como tal, no tem comeo. Como pode Deus ter me? H contra-senso
teolgico nessa declarao. A me antes do filho, isso pressupe a divindade de Maria, que
seria antes de Deus, mas Ele existe por si mesmo (x 3.14). O Conclio de Calcednia, em 351,
declarou o termo como me do Jesus humano. A Bblia esclarece que Maria me do Jesus
homem e nunca me de Deus (At 1.14).
IV. OUTRAS TENTATIVAS DE DIVINIZAR MARIA
1. Cheia de graa ou agraciada (v.28)? A forma grega da expresso cheia de
graa procede de um verbo grego que significa outorgar ou mostrar graa. Sua traduo
correta agraciada, favorecida, e no cheia de graa, como aparece nas verses catlicas
da Bblia. A traduo cheia de graa no resiste exegese sria da Bblia sendo contrria ao
contexto bblico e teolgico. Mais uma vez, revela-se a tentativa de divinizar Maria. H
diferena abissal entre Jesus e Maria. Dele afirma a Bblia: e vimos a sua glria, como a
glria do Unignito do Pai, cheio de graa e de verdade (Jo 1.14), pois Jesus Deus (Jo 1.1).
eclesistica;
corporao
de
todos
os
padres.
GEISLER,
REVISTA
N.
L.;
RHODES,
R. Resposta
RESPOSTA
seitas. RJ,
FIEL. RJ:
CPAD,
2000.
CPAD.
ROMEIRO,
P.;
RINALDI,
N. Desmascarando
as
seitas. RJ:
CPAD,
1996.
3. Em qual texto das Escrituras se afirma que Maria foi salva por sua f em Jesus e no por
ser a me do Salvador?
R. Lucas 1.46,47: Disse, ento, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu
esprito se alegra em Deus, meu Salvador.
4. Em que texto da Bblia condenada a orao Ave Maria dos catlicos?
R. Mt 4.10: Ento, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satans, porque est escrito: Ao Senhor, teu
Deus, adorars e s a ele servirs. Podemos apresentar tambm todos os textos que
probem a adorao aos dolos e atesta o culto e adorao ao nico e Verdadeiro Deus,
como por exemplo, Ap 19.10; 22.8,9.
5. Em que texto da Bblia, l-se que Maria teve outros filhos?
R. Mt 13.55,56: No este o filho do carpinteiro? E no se chama sua me Maria, e seus
irmos, Tiago, e Jos, e Simo, e Judas? E no esto entre ns todas as suas irms? Donde
lhe veio, pois, tudo isso? (ver Mc 6.3).
AUXLIOS SUPLEMENTARES
Subsdio Apologtico
Mariolatria
O telogo catlico romano Ludwig Ott, defendendo a doutrina espria da venerao a
Maria, me de Jesus, em sua obraFundamentals of Catholic Dogma (Fundamentos do
Dogma Catlico), afirma: Maria, a me de Deus, confere-se o direito de receber o culto
de hiperdulia. Em outras palavras, segundo o catolicismo romano, Maria deve ser venerada
e honrada em um nvel muito mais alto do que o de outras criaturas, sejam anjos ou santos.
Contudo,
essa
venerao
Maria
substancialmente
menor
do
que
a cultus
latriae (adorao) que devida somente a Deus, no entanto, maior do que a cultus
diliae (venerao) devida a anjos e aos outros santos.
Essa doutrina catlica romana uma das mais frgeis em argumentao, uma vez que
cria uma confuso terminolgica em torno dos termos adorao e venerao, alm de
defender pontos sem respaldo bblico. Venerao significa render culto, adorao, sendo
condenada pela Bblia, seja em relao a anjos ou a santos (Ap 22.9), exceto a Deus. Alm
disso, em nenhum momento a Bblia fala que Maria superior a qualquer outra criatura e
que deva receber oraes ou mesmo venerao.
Outra amostra do subterfgio sem nexo do catolicismo romano est no fato de que a
adorao a Maria (que por si s j absurda) no est acima da adorao a Deus. Todavia, em
suas oraes, como na Novena de oraes em honra a Nossa Me do Perptuo Auxlio,
declara-se, sem censura, que Maria superior a Jesus: Porque se me protegeres, querida
Me, nada temerei daquilo que me possa sobrevir: nem mesmo dos meus pecados, pois
obters para mim o perdo dos mesmos [a Bblia diz que s h perdo atravs de Jesus At
4.12; 1 Tm 2.5; 1 Jo 1.7]; nem mesmo da parte dos demnios, porque s mais poderosa do
que o inferno junto [a Bblia diz que somente Jesus despojou os principados e potestades e s
podemos expulsar demnios por Jesus Cl 2.15; Mc 16.17]; nem mesmo de Jesus, o meu
juiz, pois atravs de uma orao tua Ele ser apaziguado [Maria seria a advogada e Jesus, o
juiz, mas a Bblia diz que hoje Jesus o nosso advogado
1 Jo 2.1]
(MARIOLATRIA. Revista Resposta Fiel, RJ: Ano 4, n 12, p.6, junho/agosto 2004).
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Segunda - Sl 90.2
Deus distinto da criao e transcende a tudo
Tera - 1 Co 8.6
Existe um s Deus, e Deus um s
Quarta - Jo 5.37
Deus pessoal e no pode ser confundido com a natureza
Sexta - Jo 14.6
O Senhor Jesus o nico Salvador da humanidade
Sbado - 1 Jo 5.21
Os cristos devem afastar-se da idolatria
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Romanos 1.21-25.
21 - Porquanto, tendo conhecido a Deus, no o glorificaram como Deus, nem lhe deram
graas; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu corao insensato se obscureceu.
22 - Dizendo-se sbios, tornaram-se loucos.
23 - E mudaram a glria do Deus incorruptvel em semelhana da imagem de homem
corruptvel, e de aves, e de quadrpedes, e de rpteis.
24 - Pelo que tambm Deus os entregou s concupiscncias do seu corao, imundcia,
para desonrarem o seu corpo entre si;
25 - pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura
do que o Criador, que bendito eternamente. Amm!
PONTO DE CONTATO
Professor, nesta lio estudaremos um tema muito oportuno: As Seitas Orientais. Tratase, na verdade, de religies filosficas trazidas para o mundo ocidental pela Nova Era. O
pensamento filosfico dessas seitas est inserido em diversos setores da sociedade. Muitos
desses ensinos so usados em treinamento de empresrios, na formao de lderes e em
cursos de motivao. Uma outra manifestao do pensamento ecltico das religies e seitas
orientais, encontra-se atrelado aos conceitos dietticos, naturalistas e espiritualistas. A ioga,
por exemplo, possui mais de 5 milhes de adeptos no Brasil atores e atrizes famosos,
jornalistas, educadores, intelectuais e at mesmo religiosos praticam essa falsa filosofia
religiosa travestida de exerccio fsico. Outra tcnica empregada no Brasil a acupuntura
mtodo taosta que contradiz as Escrituras. Oremos a fim de que nossos alunos no sejam
aprisionados por esses sutis enganos.
OBJETIVOS
SNTESE TEXTUAL
Entre as quatro seitas orientais tratadas na lio (Hare Krishna, Igreja Messinica
Mundial, Seicho-No-I e Meditao Transcendental), poderamos acrescentar o hindusmo, o
confucionismo, o taosmo, o xintosmo, entre outras. Essas seitas invadem o Ocidente, por
meio de uma outra manifestao religiosa A Nova Era. Esta assemelha-se grande
meretriz de Apocalipse 17, e, traz como rtulo: A Me das Meretrizes e das Abominaes da
Terra (Ap 17.5b). Sob a gide desse movimento religioso, todas as religies, seitas e filosofias
orientais so congregadas e disseminadas no Brasil e no mundo ocidental. H manifestaes
especficas de cada uma dessas correntes, seja na televiso ou nos rgos de difuso
particulares. Contudo, a difuso massificada e a roupagem filosfica do-se mediante o
sincretismo da Nova Era. O movimento retira a parte extica e pag da religio, empacota a
filosofia e vende ao homem moderno a custo da vida eterna do indivduo preo muito
maior do que vale qualquer um desses seguimentos.
ORIENTAO DIDTICA
Professor, nesta lio usaremos o recurso grfico denominado Efeito Global. Este usado
a fim de apresentar a relao de diversos fatores com um mesmo tema. Trata-se, portanto, de
um timo auxlio didtico para sintetizarmos os pontos principais de nossa lio. Lembre-se
de que o propsito no apresentar todas as mincias, mas uma viso panormica dos
conceitos principais. Reproduza a tabela de acordo com os recursos disponveis.
COMENTRIO
INTRODUO
Palavra Chave
Brahma, Vishnu, Shiva.: So chamados de trimrti, isto , os trs principais deuses
hindus.
As seitas orientais so provenientes das religies universalistas do Extremo Oriente. Mas
quem so elas? Qual a resposta bblica a tais crenas e prticas? Nesta lio responderemos a
essas e outras intrigantes perguntas relacionadas aos Hare Krishna, Igreja Messinica
Mundial, Seicho-No-I e Meditao Transcendental.
I. QUEM SO?
1. O Movimento Hare Krishna. Krishna um personagem mitolgico da ndia que, a
princpio, apresentava-se como a encarnao de Vishnu. No entanto, os seus seguidores
afirmam o contrrio: Vishnu a encarnao de Krishna. A Sociedade Internacional para a
Conscincia Krishna, conhecida popularmente como Movimento Hare Krishna, uma
ramificao do tronco religioso hindu. Sri Chaitanya Mahaprabhu (1485-1533), seu fundador,
ensinou que Krishna o senhor supremo sobre todas as outras divindades.
2. Igreja Messinica Mundial. Foi fundada em 1935 no Japo por Mokiti Okada,
chamado por seus adeptos de Meishu-Sama Senhor da Luz. A oficializao da Igreja
Messinica Mundial deu-se apenas em 1947. Okada declarou ter recebido, entre 1926 e 1935,
uma srie de revelaes sobre Deus, o homem e o mundo. As supostas revelaes teriam
mostrado a pobreza e a misria como conseqncias dos males espirituais do homem. Como
soluo, apresentava a prtica da johrei, purificao do esprito, para tornar o homem
virtuoso, feliz e digno.
divindade de Jesus e a sua misso como Salvador da humanidade. Para eles, o Senhor Jesus
no passa de um mero guia espiritual e uma das inmeras encarnaes de Krishna.
b) Igreja Messinica Mundial. No possuem um conceito definido sobre Deus e seus
atributos. Deus, para eles, ora pessoal e monotesta; ora pantesta. Na verdade, podem ser
classificados como destas. Os messinicos exaltam mais a Meishu-Sama do que a Deus
(v.25). Negam a divindade, a morte e a ressurreio de Jesus. Afirmam no ser Jesus o
Salvador; consideram-no, apenas, como algum que encontrou a felicidade.
c) Seicho-No-I. Seu conceito a respeito de Deus muito confuso: pantesta, pessoal;
mas, s vezes, apresentam-no como uma energia vital e impessoal. Como negam a existncia
do mal, logo, Jesus no teria sofrido; negam sua divindade e ressurreio corporal.
d) Meditao Transcendental. Seu conceito sobre Deus proveniente do monismo
pantesta da religio hindu.
3. Salvao. As seitas orientais manifestam o pensamento das religies pantestas do
Extremo Oriente.
a) Hare Krishna. A salvao pelas obras, pelo prprio esforo e desapego s coisas
materiais e pela recitao do mantra: repetio constante do nome Krishna. So vegetarianos.
Acreditam na transmigrao da alma humana para seres inferiores. Por isso, no matam
insetos, pois estariam, dessa forma, correndo o risco de matar um de seus antepassados. Veja
o que diz a Bblia em 1 Tm 4.1-5.
b) Igreja Messinica Mundial. Para eles, o salvador Meishu-Sama, e a salvao
mediante o johrei, prtica de imposio de mos, que, segundo eles, transmite energia, ou
uma luz, canalizada por meio de um amuleto sagrado.
c) Seicho-No-I. Ensinam que todos os homens so filhos de Deus, mesmo os incrdulos
e assassinos, e que o homem torna-se deus quando se liberta da conscincia do pecado. A isso
chamam salvao.
d) Meditao Transcendental. Alm de acreditarem na reencarnao, consideram que a
salvao efetivada pela meditao transcendental exerccios mentais com recitao de
mantra.
III. RESPOSTA BBLICA
As crenas e prticas dessas seitas so condenadas pela Bblia Sagrada. Seus adeptos
valorizam a palavra de seus lderes e gurus; acreditam em pensamentos e mximas humanas.
Justamente o que apstolo Paulo condena no texto da leitura bblica em classe.
1. Sobre a Bblia. A Bblia Sagrada a nica revelao escrita de Deus humanidade.
Sua inspirao divina, autenticidade e autoridade podem ser constatadas no seu prprio
contedo (Is 8.20; 34.16; 2 Tm 3.16). Os livros sagrados das seitas e religies, por outro lado,
no apresentam provas de sua inspirao e autoridade; pelo contrrio, revelam inmeras
contradies.
CONCLUSO
O que faz as seitas rejeitarem o autntico cristianismo? Vamos adequar nossos mtodos
de evangelismo e misses a fim de ganhar, para Cristo, os que seguem tais seitas. Por falta da
Palavra de Deus, tais pessoas esto perecendo sem quaisquer esperanas de ver Deus.
Mostremos-lhes, pois, que o Senhor Jesus a nica soluo. Voc est disposto e preparado
para ganh-las para Cristo? O momento chegado.
VOCABULRIO
se
chegar
Mxima: Sentena
ao
ou
xtase
doutrina
espiritual.
moral.
para
algo
fora
dele.
tero Mgico: Segundo Florinda Donner-Grau, trata-se de um poder mstico das feiticeiras
toltecas que preservavam o poder mgico do tero a fim de fazer encantamentos,
transformar-se em animais, permanecer conscientes durante os sonhos e ampliar percepes
visuais e fsicas, podendo, neste caso, usar alucingenos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BICKEL, B.; JANTZ, S. Guia de seitas e religies: Uma viso panormica. RJ: CPAD,
2005.
GEISLER,
N.
L.;
REVISTA
ROMEIRO,
RHODES,
R. Resposta
RESPOSTA
P.;
RINALDI,
N.. Desmascarando
seitas. RJ,
CPAD,
FIEL. RJ:
as
seitas. RJ:
2000.
CPAD.
CPAD,
1996.
Subsdio Apologtico
Novas Seitas Bizarras Proliferam
1. Urinaterapistas e hindusmo. Voc j ouviu falar de urinaterapia e tero mgico? Essas
so algumas das mais bizarras crenas que esto conquistando mentes frgeis pelo mundo
afora. Elas se apresentam como cincias e novidades, quando, na verdade, no so nem uma
nem outra coisa. A primeira se refere prtica de beber a prpria urina para tratamento de
doenas, com base em doutrinas orientais, e a segunda, feitiaria sul-americana. Por
incrvel que parea, a urinaterapia tem ganhado seguidores em todo o mundo. Os
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
A regresso psicolgica est vinculada cura interior, hoje, usada como uma espcie de
santificao retroativa. uma prtica contrria Palavra de Deus.
LEITURA DIRIA
Segunda - Rm 5.3,4
O sofrimento no conduz ao erro, antes revela o carter do cristo
Tera - Tg 1.2-4
s vezes, Deus permite o sofrimento para o amadurecimento em Cristo
Quarta - Hb 4.12
O poder da Palavra de Deus para a cura interior
Quinta - Hb 9.14
O sangue de Jesus purifica a nossa conscincia
Sexta - 1 Jo 1.7
O sangue de Jesus purifica-nos de todo pecado
Sbado - Jo 8.32-36
A libertao em Cristo completa
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Salmos 139.13-16.
13 - Pois possuste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha me.
14 - Eu te louvarei, porque de um modo terrvel e to maravilhoso fui formado;
maravilhosas so as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15 - Os meus ossos no te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido
como nas profundezas da terra.
16 - Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram
escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.
PONTO DE CONTATO
Estimado professor, as sete primeiras lies trataram de seitas e heresias. Durante essas
lies dominicais, estudamos o islamismo, o mormonismo, o espiritismo, o russelismo, o
catolicismo e quatro seitas orientais. A partir desta lio, examinaremos movimentos que no
so considerados seitas, mas cujos ensinos afastam-se e afetam o ensino ortodoxo. Embora
tais movimentos no sejam heresias concretas, no esto longe de se tornarem medida que
novos movimentos e aberraes doutrinrias surgem dentro do prprio movimento. Uma
outra coisa precisa ser observada, a fonte ou origem desses movimentos. Na presente lio, a
origem de algumas prticas do movimento remonta a hipnose de Franz Mesmer (1734-1815),
a psicanlise e at mesmo a parapsicologia. Portanto, estude com afinco e ateno.
OBJETIVOS
SNTESE TEXTUAL
O movimento G-12 ou gedozista, foi fundado pelo pastor Csar Castellanos Dominguez,
na Colmbia, em 1991. Pr. Castellanos, aps trabalhar com o modelo de igrejas em clulas
difundidas pelo pastor Paul Young Choo, diz ter recebido da parte de Deus uma nova
revelao concernente o mtodo de crescimento da igreja o G-12 ou igreja em Clulas no
Modelo dos Doze. O modelo resume-se em o lder de uma clula produzir outros doze lderes
dentro da mesma e, estes novos, abrem novas clulas e fazem o mesmo e assim
ininterruptamente. O propsito fundamental que uma clula se multiplique em outras doze,
cujos lderes so os que foram gerados dentro da prpria clula me. Assim sendo, cada
discpulo torna-se um obreiro e, cada clula, uma parte do corpo de Cristo. Os quatros pilares
do movimento so: Evangelizao; Consolidao; Treinamento e Envio. A evangelizao
ocorre mediante as clulas, enquanto a consolidao, realiza-se atravs dos encontros.
ORIENTAO DIDTICA
1.
2.
3.
4.
COMENTRIO
INTRODUO
Palavra Chave
G-12: Foi fundado pelo pastor Csar Castellanos Dominguez, na Colmbia, em 1991.
A cura interior conhecida como cura das memrias ou cura para os traumas
emocionais. Estranha prtica evanglica, tem ntimo paralelismo com o ocultismo oriental.
Seus expositores, questionando a suficincia da expiao do Calvrio para a cura de traumas
e feridas emocionais, buscam, pretensiosamente, completar a obra de Cristo com tcnicas
psicolgicas e at ocultistas. algo contrrio ao Novo Testamento.
I. O HOMEM INTERIOR
1. Deus conhece o interior e o exterior (v.13). A palavra hebraica usada para
interior, neste texto, kileyah, literalmente, rim. Os hebreus usavam-na para descrever o
rgo do corpo humano que representava a parte mais ntima do homem. Muitas vezes, a
Bblia usa o corao como o centro do nosso intelecto, emoes e vontade para descrever o
homem interior (Pv 4.23). Somente Deus conhece o interior do ser humano (1 Rs 8.39). Ele
formou o nosso ntimo e os tecidos do corpo humano. Deus acompanha o desenvolvimento
do feto desde o ventre materno.
2. Nossos ossos (v.15). Neste versculo, o salmista descreve, usando uma outra
palavra, o acompanhamento que Deus faz de nosso corpo. Nossos ossos tambm esto
patentes aos seus olhos mesmo antes de nosso nascimento. O verbo hebraico para
entretecer raqam, tecer com fios de vrias cores, diferente do usado no v.13. Isso revela
que Deus pintou nossos ossos com o corpo e colocou o esprito dentro de ns (Zc 12.1).
3. O mistrio da formao da vida (v.16). A Bblia revela-nos coisas que, at hoje, a
cincia no dominou. Deus sabe, de antemo, o destino do ser humano ainda informe no
tero, pois tudo registrado diariamente em seu livro antes mesmo da formao de nossas
clulas (Jr 1.5). O homem interior que, nas pginas do Novo Testamento chamado, s vezes,
de homem espiritual (2 Co 4.16; Ef 3.16), uma rea ainda desconhecida para a psicologia,
mas no para a Bblia Sagrada.
II. A CURA INTERIOR
1. No plano bblico. A ferida interior uma realidade incontestvel. manifestada por
mgoas, ressentimentos, dores e tristezas. O Senhor Jesus afirmou que as feridas interiores
somente sero curadas se houver perdo (Mt 18.33,34). As curas em o Novo Testamento
eram efetuadas em nome de Jesus, por imposio de mos, uno com azeite, perdo mtuo
e meditao bblica (Mc 6.13; 16.18; Tg 5.14-16). a terapia do Esprito Santo que deve ser
aplicada nos dias atuais.
2. No plano da psicanlise. O psicanalista austraco, Sigmund Freud, partiu da
premissa de que todos os problemas humanos so traumas provenientes de experincias
dolorosas da infncia. Freud era ateu, por isso negou a Bblia e a existncia do pecado. Apesar
do reconhecimento do seu trabalho no mundo cientfico, seus postulados ainda so
questionados, nem todos reconhecem, na totalidade, o resultado de suas pesquisas. a
terapia cientfica.
3. No plano gedozista. Os promotores de encontros dos grupos conhecidos como G12, negam a eficcia do poder de Jesus para curar feridas e traumas emocionais. Por isso,
seus expositores trabalham com tcnicas hbridas: misturando Bblia, psicologia e hipnose.
a terapia pseudo-evanglica e ocultista.
III. O QUE REGRESSO PSICOLGICA?
1. Definio. o mesmo que hipnose. A palavra vem do grego hypnos, sono, pois se
pensava que o hipnotizado ficava dormindo, ao passo que sua condio de elevado estado
de concentrao. Isso chamado de transe ou estado alterado da conscincia. Antes, era
conhecido por mesmerismo, de Franz Mesmer (1734-1815), mdico austraco, inventor do
mtodo de tratamento por hipnose. A palavra hipnose foi dada pelo mdico escocs James
Braid (1795-1860).
2. Objetivo. Com isso, alcana-se os regressos mais profundos do subconsciente at
visualizar uma imagem, com a qual entra-se em comunicao. O objetivo pode ser o regresso
a supostas vidas passadas, para os que acreditam na reencarnao, ou infncia, para
descobrir um evento traumtico responsvel pelo sofrimento, bloqueios emocionais que
moldam o comportamento. prtica perigosa, pois se trata de um ataque psique do
indivduo.
3. Fracasso. Freud usou os mtodos do hipnotismo nos primeiros anos de suas
pesquisas no tratamento psicoteraputico de seus pacientes, antes do uso da psicanlise.
Mas, abandonou tal prtica, pois descobriu que muitos de seus pacientes tendiam a fantasiarse, buscando no passado acontecimentos imaginrios. O Dr. Ian Stevenson, ex-chefe do
nos seus detalhes, conservam uma estrutura comum. Por isso, muitos at negam
publicamente ser gedozistas ou encontristas, ou envergonham-se daquilo em que acreditam e
praticam, buscando, assim, enganar o povo de Deus.
VOCABULRIO
Hbrido: Formado
por
diversos
elementos.
continua
capaz
de
obedecer
as
sugestes
feitas
pelo
hipnotizador.
ou
princpio
que
serve
de
base
para
um
Pseudo: Falso;
raciocnio.
errneo.
Psicanlise: Mtodo de tratamento, criado por Sigmund Freud, das desordens mentais e
emocionais que constituem a estrutura das neuroses e psicoses, por meio de uma
investigao
psicolgica
profunda
dos
processos
mentais.
EXERCCIOS
Subsdio Apologtico
A Linha de organizao do G-12
O processo para a implantao do G-12 , segundo o seu fundador, a alma do
movimento. Todavia, de acordo com o Pr. Paulo Romeiro, um dos problemas em relao ao
G-12 a insero de prticas, conceitos e ensinos antibblicos, tais como o mapeamento
espiritual, regresso psicolgica, cura interior, quebra de maldio, escrever os pecados em
pedaos de papel e queim-los na fogueira, revelaes extrabblicas e outros.
O G-12 peca em pelo menos quatro fundamentos: a) do ao nmero 12 sentido mgicoespiritual, quando se trata de um nmero comum na Bblia; b) esvaziam a doutrina bblica da
regenerao e da justificao, fazendo as pessoas confessarem pecados dos quais j foram
perdoados pelo sacrifcio do Calvrio; c) deturpam o conceito bblico de igreja a ponto de
uma das suas maiores propagadoras no Brasil dizer que o Diabo est induzindo os crentes a
irem igreja para faz-los abandonar as clulas; e, d) do nfase s expresses novo e nova
como nova uno e nova viso, na tentativa de criar averso na mente dos seus participantes
em relao a tudo quanto aprenderam.
Estrategicamente, o G-12 trabalha com dois elementos que puxam todo o seu arsenal de
heresias: a) a auto-realizao pessoal (sucesso) custa de regresso, quebra de vnculo,
eliminao da legalidade dada ao Diabo, o perdo dado a Deus; e, b) o crescimento mgico e
rpido da igreja.
Como se pode observar, a proposta do G-12 pega a veia da necessidade de alguns lderes
que preferem trilhar os atalhos da vida e transformar pedra em pes.
Uma outra coisa a salientar sobre o G-12 a sua estratgia de segurar o participante com
a idia de que ele precisa fechar o ciclo para que possa definitivamente chegar nova uno.
Com isso, o que participa de um pr-encontro induzido a participar tambm do encontro,
do ps-encontro e do reencontro. Aps passar por todas essas fases de lavagem cerebral, o
incauto realmente nunca mais ser o mesmo (LIMA, P. C. O que est por trs do G12. RJ: CPAD, 2000, pp.35-6).
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Portanto, ningum vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa,
ou da lua nova, ou dos sbados(Cl 2.16).
VERDADE PRTICA
Ns, os que aceitamos a Cristo Jesus como o nosso nico e suficiente Salvador, temos
uma lei mais sublime a cumprir: a Lei do Esprito.
LEITURA DIRIA
Segunda - At 15.1-5
Os judaizantes condicionavam a salvao observncia da lei mosaica
Tera - Gl 1.7
Os judaizantes queriam transtornar o evangelho de Cristo
Quarta - Rm 3.20
A lei de Moiss foi dada para o conhecimento do pecado
Quinta - Rm 3.28
O homem justificado pela f, sem as obras da lei
Sexta - Mt 5.17,18
Somente Jesus pde cumprir toda a lei
Sbado - Tg 2.10
Quem tropear em um s ponto da lei culpado de todos
LEITURA BBLICA EM CLASSE
22 - Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela f em
Jesus Cristo fosse dada aos crentes.
23 - Mas, antes que a f viesse, estvamos guardados debaixo da lei e encerrados para
aquela f que se havia de manifestar.
24 - De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela f,
fssemos justificados.
25 - Mas, depois que a f veio, j no estamos debaixo de aio.
26 - Porque todos sois filhos de Deus pela f em Cristo Jesus;
Glatas 4
9 - Mas agora, conhecendo a Deus ou, antes, sendo conhecidos de Deus, como tornais outra
vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?
10 - Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.
11 - Receio de vs que haja eu trabalhado em vo para convosco.
PONTO DE CONTATO
Professor, esta lio retoma, de outro modo, uma discusso muito freqente nos crculos
teolgicos a relao entre a Lei e a Graa. A gnesis dessa discusso remonta aos tempos
apostlicos quando, os gentios convertidos ao cristianismo, foram pressionados pelos
judaizantes a observar alguns preceitos da religio judaica. A epstola de Paulo aos Glatas
um exemplo bvio desse debate. Passados mais de dois mil anos, a controvrsia ainda
continua alimentando os nimos. Esta lio, portanto, procura esclarecer alguns elementos
doutrinrios e culturais necessrios compreenso do tema, alm de ser uma apologia contra
aqueles que, afastando-se do cristianismo apostlico, nos acusam de rebeldia a certos
preceitos mosaicos. Portanto, estude com afinco e esmero a fim de que os frutos do vosso
ensino sejam manifestados na vida de seus alunos.
OBJETIVOS
batista que calculou equivocadamente a vinda de Cristo para maro de 1843. Aps Miller, a
profetisa Helen G. White alegou ter recebido uma revelao na qual Jesus descortinou a Arca
do Concerto diante dela. Nesta, o mandamento sabtico estava com uma aurola ao redor. A
partir de ento, guardar o sbado tornou-se obrigatrio para os adventistas.
As Testemunhas de Ierrochua, foi fundado em Curitiba, pelo sr. Ivo Santos de Camargo.
A seita nega a doutrina da Trindade, a inspiraro do evangelho de Mateus, defende a guarda
do sbado e afirma que o nome verdadeiro de Jesus Yehoshua e, que no h salvao para
aqueles que invocam o nome de Jesus, segundo eles um deus celta, mas somente para quem
invoca Yehoshua.
ORIENTAO DIDTICA
Nesta lio usaremos como recurso para incrementar a nossa aula, as Placas Didticas.
Faa de cartolina, seis placas com cerca de 30 cm e escreva as seis declaraes abaixo. Depois
de escrito, cole uma haste (palito, bambu, etc). Aps a concluso do tpico A Questo do
Sbado, apresente cada uma das Placas Didticas a fim de reforar o ensino ministrado.
COMENTRIO
INTRODUO
O termo judaizante vem do verbo grego ioudaiz, viver como judeu, e aparece apenas
uma vez no Novo Testamento (Gl 2.14). O vocbulo surgiu em decorrncia de os cristos de
origem hebria, mesmo depois do Conclio de Jerusalm (At 15), continuarem insistindo na
necessidade de os convertidos gentios viverem como judeus. Infelizmente, os judaizantes
ainda esto por a defendendo a guarda do sbado, as leis dietticas prescritas por Moiss e
os ritos judaicos.
I. OS PRIMEIROS JUDAIZANTES
1. O cristianismo no judaizou o mundo. O cristianismo teve origem no contexto
judaico e deste recebeu uma rica herana teolgica e tica. Haja vista o prprio Cristo.
Nascido conforme a lei (Gl 4.4), cresceu e viveu dentro da cultura judaica (Lc 2.40-43).
Durante o seu ministrio, reconheceu as Escrituras Hebraicas e a autoridade de Moiss (Mc
7.13; Lc 5.14). Todavia, no pregou costumes judaicos; seus apstolos no judaizaram o
mundo. O apstolo Paulo, discursando no Arepago, no deu uma aula sobre as quatro letras
hebraicas que, no Antigo Testamento, formam o nome de Jeov. Sua preocupao era pregar
a principal mensagem do cristianismo: a ressurreio de Jesus (At 17.31).
2. Presses. Os judaizantes foram os principais perseguidores do apstolo Paulo;
acusavam-no de pregar contra a lei (At 21.28; Gl 2.4,5). Eles perturbavam as igrejas em
Antioquia da Sria e na Galcia, ensinando que os gentios deviam tornar-se judeus para
serem salvos (At 15.1, 5). Parece que os tais apresentavam-se como enviados de Tiago (Gl
2.12). No entanto, apesar de haverem sado de Jerusalm, no se achavam autorizados a falar
em nome de Tiago (At 15.24).
3. Perigos. Na ao dos judaizantes, os apstolos viam dois problemas srios: a ameaa
liberdade crist e o perigo de o cristianismo tornar-se mera seita judaica. Os judaizantes
alteravam o cerne do evangelho, colocando a lei como complemento da obra de Jesus no
Calvrio; era, de fato, outro evangelho, razo pela qual o apstolo Paulo os censurou
gravemente (Gl 1.8,9).
II. OS OBJETIVOS DA LEI
1. Definir o pecado (3.19). A maneira de os judaizantes e os demais legalistas
interpretar a lei trouxe muitos problemas Igreja dos dias apostlicos. De igual modo, os
judaizantes de hoje ainda no perceberam a utilidade da lei mosaica: ela veio por causa da
transgresso (3.19). A Bblia afirma, tambm, que pela lei vem o conhecimento do pecado
(Rm 3.20); se no h lei, no pode haver pecado (Rm 4.15). E mais: O homem no teria
conhecido o pecado se no fosse pela lei (Rm 7.7).
2. Demonstrar a necessidade da graa divina (3.22). A lei no veio como soluo
final, mas para conscientizar os homens quanto ao pecado e necessidade da graa de Deus
algo que transcendesse prpria lei: para que a promessa pela f em Jesus Cristo fosse
dada aos crentes (3.22). A lei santa (Rm 7.12), porm inadequada para a salvao (Rm
3.20). O propsito dela duplo: revelar e definir o pecado at ao cumprimento da promessa.
3. Servir de aio (3.24,25). O aio, ou paidaggos, tutor, no era mestre, mas o guia e
guardio que disciplinava a criana. No mundo romano, um escravo de confiana da famlia
era encarregado de tomar conta do menino entre 6 e 16 anos; lev-lo escola e traz-lo de
volta para casa, supervisionando sua conduta. Semelhantemente, a lei exercia apenas um
papel disciplinar, servindo de aio para conduzir-nos a Cristo. Isso mostra a sua inferioridade
em relao ao evangelho. Sua funo terminou com a vinda do Messias (3.25). Agora, somos
livres da lei, mas dependentes da graa de Deus.
III. A QUESTO DO SBADO
1. Retrocesso espiritual (4.9). O Senhor Jesus libertou os judeus da escravido da lei
(Rm 7.6) e os gentios dos rudimentos do mundo (4.3). Os cristos da Galcia, porm,
estavam voltando escravido da qual haviam sido libertos (5.1). Estavam retornando aos
rudimentos. A palavra usada pelo apstolo Paulo para identificar os elementos da religio
judaica como a guarda de dias.
2. Guardar dias (4.10). at compreensvel um cristo de origem judaica guardar o
sbado (Rm 14.5,6), considerando-se que, hoje em Israel, o domingo um dia normal de
trabalho, levando os crentes a realizarem seus cultos no stimo dia. Como se v, uma
questo meramente cultural. Eles tambm usam o talit (manto dos judeus religiosos) e
o kippar (solidu) para cobrir a cabea; observam o kashruth (leis dietticas) alm de outros
ritos. Eles assim o fazem para preservar sua identidade e evitar escndalos na sociedade
israelense, e no, como condio para serem salvos. Ademais, os cristos judeus no acusam
nem condenam os irmos gentios por no observarem tais prticas.
3. O cumprimento da lei. A questo no o sbado em si, mas o fato de no estarmos
debaixo da lei e, sim, da graa (5.4). Quem se submete prtica de pelo menos um preceito
da lei obrigado a cumpri-la toda (5.3). E se algum tropear em um ponto da lei culpado
por todos os outros (Tg 2.7). No entanto, Jesus cumpriu integralmente a lei de Moiss em
nosso lugar (Mt 5.17,18).
4. A abolio do sbado. O sbado, que era sombra dos bens futuros em Cristo, foi
abolido com a chegada do Novo Concerto (Hb 8.7-13; Os 2.11): Portanto, ningum vos julgue
pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sbados, que
so sombras das coisas futuras, mas o corpo de Cristo (Cl 2.16,17). Jesus, portanto, quem
nos propcia o verdadeiro repouso (Hb 4.9).
IV. O SBADO E O KASHRUTH
1. Os sabatistas clssicos. Os judaizantes clssicos dos dias atuais so os adventistas
do stimo dia, mas h outros grupos que tambm entraram pelo mesmo caminho. Eles
julgam-nos pelo comer, pelo beber, por causa dos sbados (Cl 2.16) e no nos reconhecem
como cristos autnticos. s vezes, chamam-nos de irmos, principalmente quando visitam
nossas igrejas para vender literatura.
CONCLUSO
O cristianismo judaizante remendo novo em vestidos velhos (Mt 9.16). A salvao pela
f em Jesus (Gl 2.16; Ef 2.2-10; Tt 3.5). O cristianismo religio de liberdade no Esprito e
no um conjunto de regras. O verdadeiro cristianismo enfatiza o nosso relacionamento com o
Cristo ressuscitado (Gl 2.20), e isto suficiente para crescermos na graa e no conhecimento
de Deus.
VOCABULRIO
ou
simples;
vulgar;
total.
sem
mistura.
Talmud: No hebraico erudio. Uma compilao das tradies dos judeus. A primeira
apareceu em 450 A.D., a segunda, em 500 A.D.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ROMEIRO,
P.;
RINALDI,
N. Desmascarando
as
seitas. RJ:
CPAD,
1996.
Subsdio Apologtico
Movimento Judaizante
Perigoso desvio tem levado alguns irmos a uma postura para com Israel que chega
idolatria.
No
um
toque
de shofar(instrumento
musical)
ou
presena
de
uma menorah (candelabro de sete lmpadas) que torna uma igreja judaizante. Tambm as
festas, quando tomadas como recurso que possa propiciar ao povo um ensino da simbologia
veterotestamentria e sua aplicao experincia crist, no constituem um problema em si
mesmas. Ainda parece melhor realizar uma celebrao sob inspirao bblica, seja uma Festa
da grande pesca ou Festa do filho prdigo, do que adotar costumes pagos, transportandoos para o seio da igreja. O cuidado especial que se deve ter jamais desviar o foco das
verdadeiras e mais significativas de nossas celebraes: o Batismo e a Santa Ceia.
a) Ritual religioso. O problema do uso de objetos como kippar (cobertura para a cabea)
e o talid (manto para orao), alm das festas judaicas, que, por trs do uso, se esconde a
substituio da graa pelo ritual religioso. A nfase cerimonial do culto disfara a prevalncia
da forma. A forma tende a substituir a essncia, principalmente quando se alcana status
salvfico.
b) Festas judaicas. Grupos h que iniciaram por estabelecer as festas judaicas como
eventos isolados, como eventos estratgicos para o ensino e a evangelizao. A prtica,
quando no administrada com sabedoria, leva ao que aconteceu com tais grupos: o que era
eventual tornou-se calendrio eclesistico; outras prticas foram acrescentadas; chegaram
obrigatoriedade da circunciso. Existem mesmo os que julgam que para invocar Deus
mister fazer uso de seus nomes em hebraico. Probem o uso do nome de Jesus, exigindo sua
forma hebraica Yeshua.
c) Coisas procedentes de Israel. Ainda necessrio dizer que as guas do Jordo no
lavam pecados e que o leo vindo de Israel no tem mais poder do que um leo de outra
procedncia, sendo um smbolo da uno de Deus, derramada do alto. O apego forma era a
prtica farisaica nos dias de Jesus. Mesmo entre os nascidos de novo houve aqueles que se
apegaram s antigas prticas e deram trabalho a Paulo em seu ministrio aos gentios. O
grupo de judaizantes, desde ento, tem provocado polmica. Pior do que isso, tem despertado
no corao de lderes zelosos averso por tudo que diga respeito aos judeus, com prejuzo do
que se poderia adquirir num contato equilibrado e firme com a sua ortodoxia.
Quer no anti-semitismo, quer na idolatria aos costumes judeus, percebe-se a ao das
trevas. Desvia-se do amor e caem no dio aos judeus, desviados da prtica sucumbem aos
costumes que no salvam.
Talvez algum defenda a aproximao s prticas judaicas como prova de amor a Sio. E
o que ocorre que dificilmente aquele que diz que ama aos judeus sabe que a ao desse
amor a evangelizao mundial. Uma igreja que ama os judeus no pretende ser uma igreja
judaica. Ela evangeliza, faz misses, para que o tempo dos gentios se cumpra, e o Senhor nos
arrebate e volte a tratar diretamente com a nao de Israel" (CAVALCANTI, S. A. O antisemita e o judaizante: plos que devemos evitar. In Revista Resposta Fiel. RJ: CPAD,
Ano 5, n 18, p.9, dezembro / fevereiro de 2006).
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Segunda - Jr 2.13
O perigo das cisternas rotas
Tera - Hb 4.12
O poder da Palavra inigualvel
Quarta - Pv 30.7-9
Nem riqueza e pobreza, mas a poro necessria
Quinta - 1 Tm 8.9
Riqueza no sinnimo de fidelidade
Sexta - 1 Tm 5.23
Enfermidade nem sempre marca de infidelidade
Sbado - 2 Tm 3.14,15
Permanecer naquilo que aprendemos com Jesus
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Mateus 7.15-23.
15 - Acautelai-vos, porm, dos falsos profetas, que vm at vs vestidos como ovelhas, mas
interiormente so lobos devoradores.
16 - Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos
abrolhos?
17 - Assim, toda rvore boa produz bons frutos, e toda rvore m produz frutos maus.
18 - No pode a rvore boa dar maus frutos, nem a rvore m dar frutos bons.
19 - Toda rvore que no d bom fruto corta-se e lana-se no fogo.
20 - Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
21 - Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrar no Reino dos cus, mas aquele que faz
a vontade de meu Pai, que est nos cus.
22 - Muitos me diro naquele Dia: Senhor, Senhor, no profetizamos ns em teu nome? E,
em teu nome, no expulsamos demnios? E, em teu nome, no fizemos muitas maravilhas?
23 - E, ento, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vs que
praticais a iniqidade.
PONTO DE CONTATO
SNTESE TEXTUAL
Professor, para esta lio reproduza a Tabela Conceitual abaixo. Os dados a seguir,
sintetizam as fontes doutrinrias do Movimento da F. Leia atentamente o Subsdio
Apologtico, pois esta seo complementa as informaes omitidas na tabela. Utilize este
recurso aps o tpico Histrico.
COMENTRIO
INTRODUO
Palavra Chave
Confisso: A frmula da Confisso Positiva : Diga; Faa; Receba; Conte.
A Confisso Positiva no uma denominao ou seita, mas um movimento introduzido
sutilmente entre as igrejas pentecostais, enfatizando o poder do crente em adquirir tudo o
que quiser. conhecida tambm como Teologia da Prosperidade, Palavra da F ou
Movimento da F. As crenas e prticas desse movimento so aberraes carregadas de
perigosas heresias.
I. HISTRICO
1. Sua origem. A Confisso Positiva uma adaptao, com roupagem crist, das idias
do hipnotizador e curandeiro Finias Parkhurst Quimby (1802-1866). Os quimbistas criam
no poder da mente, e negavam a existncia da matria, do sofrimento, do pecado e da
enfermidade. Deles surgiram vrios movimentos ocultistas como o Novo Pensamento, as
seitas Cincia da Mente e Cincia Crist, de Mary Baker Eddy. Seus promotores procuram se
passar por cristos evanglicos (v.15).
2. Principal fundador: Essek W. Kenyon. O movimento surgiu de forma gradual
por meio de Essek William Kenyon (1867-1948). Kenyon, aproveitando-se dos conceitos de
Mary B. Eddy, empenhou-se em pregar a salvao e a cura em Jesus Cristo. Dava nfase aos
textos bblicos que falam de sade e prosperidade, alm de aplicar a tcnica do poder do
pensamento positivo. Kenyon, que pastoreou vrias igrejas e fundou outras, no era
pentecostal. Ele foi influenciado pelas seitas Cincia da Mente, Cincia Crist e a Metafsica
do Novo Pensamento. Hoje, reconhecido como o Pai do movimento Confisso Positiva,
tendo exercido forte influncia sobre Kenneth Hagin.
3. Principal divulgador: Kenneth Hagin. Nasceu em 1917 com problema de corao
e ficou invlido durante 15 anos. Em 1933, converteu-se ao evangelho e, no ano seguinte, o
Senhor Jesus o curou. A partir de ento, comeou a pregar. Ele recebeu o batismo no Esprito
Santo em 1937. Estudando os escritos de Kenyon, divulgou-os em livros, cassetes e
seminrios, dando sempre nfase confisso positiva. Em 1974, fundou o Centro Rhema de
Adestramento Bblico, em Oklahoma.
II. FONTES DE AUTORIDADE
1. Revelao ou inspirao de seus lderes. Hagin fazia diferena entre as palavras
gregas rhma e logos, pois ambas significam palavra. Ainda hoje, os seguidores dessa
crena afirmam que logos a palavra de Deus escrita, a Bblia; e rhma, a palavra falada por
Deus em revelao ou inspirao a uma pessoa em qualquer poca. Desse modo, o crente
pode repetir com f qualquer promessa bblica, aplicando a sua necessidade pessoal e exigir o
seu cumprimento.
2. Confisso positiva do crente. Os adeptos da Confisso Positiva crem ser a Bblia
a inerrante e inspirada Palavra de Deus, mas no a nica, pois admitem que a palavra do
crente tem a mesma autoridade. Para eles, as fontes de autoridade so: a Bblia, as revelaes
de seus lderes e a palavra da f. O crente deve declarar que j tem o que Deus prometeu nos
textos bblicos e, tal confisso, confirmar-se-. A confisso negativa reconhecer a presena
das condies indesejveis. Basta negar a existncia da enfermidade e ela simplesmente
deixar de existir. a doutrina de Quimby, da Cincia Crist e do Movimento Nova Era.
3. A autoridade para a vida do cristo. Atribuir tanta autoridade assim s palavras
de uma pessoa extrapola os limites bblicos. A emoo tambm caiu com a natureza humana
e, por isso, a f no pode ser fundamentada em experincias (Jr 17.9). As experincias
pessoais so marcas importantes na vida dos pentecostais. Cremos em um Deus que se
comunica com os seus filhos por sonhos, vises e profecias (At 2.17,18), mas essas
experincias so para a edificao pessoal e no para estabelecer doutrinas. O cristianismo
autntico no deve ir alm das Escrituras Sagradas (Is 8.20; 1 Co 4.6). A Bblia a nica
autoridade para a vida do cristo.
III. RHMA E LOGOS
1. Termos sinnimos. O vocbulo rhma aparece 68 vezes e, logos, 330 no texto grego
do Novo Testamento. Como no existem sinnimos perfeitos, exatamente iguais, aqui
tambm no diferente. O termo rhma significa palavra, coisa; enquanto em logos, os
CONCLUSO
Devemos combater os abusos e aberraes doutrinrias desses pregadores. Tomemos
cuidado, porm, para no sermos levados ao ceticismo e ao indiferentismo religioso. Religio
sem o sobrenatural mera filosofia. Temos promessas de Deus. Alis, a histria, desde os
tempos bblicos, registra inmeros testemunhos sobre sinais, prodgios e maravilhas (Mc
16.20). Mas os tais pregadores, a comear pela origem de sua teologia, esto fora do padro
bblico.
VOCABULRIO
Deificar: Divinizar;
Falcia: Engano;
incluir
com
discurso
nmero
ardiloso
ou
dos
deuses.
fraudulento.
Subsdio Apologtico
A Frmula da F
Na Teologia da F, a f uma fora. Ela a substncia da qual o Universo foi feito e
tambm a fora que faz funcionar as leis do mundo espiritual. Mas como fazer que essas leis
funcionem para voc? Por meio de frmulas que, segundo eles, no somente fazem funcionar
as leis do mundo espiritual, mas tambm serve de causa ao do Esprito Santo em favor do
indivduo. Isto significa que Deus deslocado para uma posio de mero mensageiro que
responde cegamente ao aceno e chamada de frmulas proferidas pelos fiis.
a) As frmulas de f. As frmulas de f so o nome do jogo. Esse o motivo pelo qual o
Movimento da F tambm tem sido chamado de Movimento da Confisso Positiva. A
doutrina da F ensina que as confisses servem para dar efeito frmula da f, fazendo com
que a lei espiritual funcione em favor de quem as pronuncia. As confisses positivas ativam o
lado positivo da fora; e as confisses negativas ativam o seu lado negativo. A partir de uma
perspectiva prtica, pode-se dizer que a lei espiritual (que rege todas as coisas na esfera da
eternidade) a fora derradeira do Universo. No livro chamado Two Kinds of Faith (Dois
Tipos de F), E. W. Kenyon insiste que a nossa confisso que nos governa.
b) A frmula. [...] A frmula simples: 1) Diga a coisa. Positiva ou negativamente, tudo
depende do indivduo. De acordo com o que o indivduo disser que ele receber. 2) Faa a
coisa. Seus atos derrotam-no ou lhe do vitria. 3) Receba a coisa. Compete a ns a
conexo com o dnamo do cu. A f o pino da tomada basta conect-lo. 4) Conte a
coisa a fim de que outros tambm possam crer (HANEGRAAFF, H. Cristianismo em
crise. 4.ed., RJ: CPAD, 2004, pp.79,81).
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Tera - 8 Cr 18.23
Os falsos mestres se apresentam como representantes de Deus
Quarta - Mt 4.5-7
O Senhor Jesus desarticula a falsa exegese de Satans
Quinta - At 8.18-21
O pecado da simonia desmascarado
Sexta - 2 Co 11.26
O perigo entre os falsos irmos
Sbado - 3 Jo 8,10
Exemplo dos que no consideram os irmos
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Hebreus 11.32-37.
32 - E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideo, e de Baraque, e de
Sanso, e de Jeft, e de Davi, e de Samuel, e dos profetas,
SNTESE TEXTUAL
pelo que Ele . A bno, para eles, muito mais importante do que o Abenoador.
Acrescente o fato de que enfatizado ao crente o seu direito como filho de Deus, enquanto as
suas obrigaes morais, exigidos pela nova filiao divina, so omitidas.
ORIENTAO DIDTICA
COMENTRIO
INTRODUO
Palavra Chave
Hermenutica: Cincia da Teologia Exegtica que ensina os mtodos de interpretao da
Bblia.
O objetivo dos triunfalistas basicamente mercadolgico. Eles usam os mesmos recursos
de marketing para persuadir o povo a receber suas crenas e prticas. Seus lderes inventam
campanhas, usando como chamariz textos e personagens do Antigo Testamento.
Afoitamente, empregam figuras e smbolos bblicos completamente fora de contexto como
ponto de contato para aproveitar-se da boa f do povo de Deus e para arrecadar fundos.
Alguns deles usam os meios de comunicao para criticar e atacar a teologia e o estudo
sistemtico da Palavra de Deus.
I. OS MERCADORES DA PALAVRA DE DEUS
1. Falsificadores e mercadores (2 Co 2.17). A palavra original usada para
falsificadores o verbo kapleu que, segundo os dicionrios da lngua grega, significa
traficar, comerciar, falsificar, adulterar, lucrar com um negcio. No contexto do Novo
Testamento, o apstolo est referindo-se tanto aos mercadores, aqueles que usam a Palavra
de Deus visando interesses pessoais, como aos falsificadores os que adulteram a Palavra, a
fim de agradar as pessoas e delas tirarem vantagens.
2. Prtica da simonia. A palavra simonia procede do nome de Simo, o mgico de
Samaria, que intentou comprar o dom do Esprito (At 8.18-21). Hoje, aplicada aos
mercadores da f, que oferecem as bnos divinas mediante o pagamento de certa quantia
em dinheiro. O apstolo Paulo via, com muita tristeza, o crescimento dessa tendncia
mercadolgica; para combat-la, usou uma palavra cujo sentido falsificar ou mercadejar a
Palavra de Deus. Isso envolve prticas de simonia e adulterao da Palavra de Deus;
transformar o cristianismo numa prtica comercial, visando apenas interesses pessoais.
3. Forma bblica de levantar recursos financeiros. A obra de Deus faz-se com
milagres e recursos financeiros. A Bblia estabelece regras para se levantar tais recursos:
dzimos e ofertas (Ml 3.10). No que tange a esse procedimento, o apstolo Paulo baseava-se
no sistema sacerdotal estabelecido na Lei de Moiss (1 Co 9.9,10) e nas palavras do prprio
Senhor Jesus (1 Co 9.14). No entanto, muitos confundem a f crist com negcios e colocam a
igreja nessa esfera, banalizando o sagrado e reduzindo as coisas de Deus categoria de mero
produto comercial. O tema do culto cristo o Senhor Jesus, e no, as ofertas.
II. OS HERIS DA F
1. Os que fizeram proezas (vv.32-34). Encontramos na Bblia muitos homens que
fizeram proezas pelo poder de Deus: Gideo, Baraque, Sanso, Jeft, Davi, Samuel entre
outros. As conquistas foram para o povo de Deus; no para o seu deleite pessoal (Tg 4.3).
lastimvel algum usar essas passagens bblicas para prometer ao povo carros importados,
manses e outras benesses materiais.
2. Os mrtires e perseguidos (vv.36-38). A lista dos heris da f, registrada em
Hebreus 11, mostra, por si s, as falcias dos triunfalistas. Nela, encontramos os que fizeram
sucesso em nome do Deus de Israel, mas tambm os que sofreram todas as espcies de
perseguies e intempries. Isso mostra que, para cada crente, Deus tem um propsito
especfico.
3. A decepo. Outra prova das falcias triunfalistas que muitos dos que acreditaram
nessa mensagem esto decepcionados e, at revoltados, pois se sentem enganados. A
decepo no com Deus e nem com a Sua Palavra, mas com os promotores do triunfalismo.
III. EXEGESE X EISEGESE
1. Etimologia de exegese. O vocbulo exegese significa exposio, explicao. O
sentido de exegese extrair, conduzir para fora como um comentrio crtico que analisa o
texto no contexto original e o seu significado na atualidade (Ne 8.8); no simplesmente uma
exposio textual. Os princpios da exegese so conhecidos como hermenutica, a cincia da
interpretao. A interpretao correta, por conseguinte, vem de dentro da Bblia.
2. A falsificao chamada eisegese. A interpretao peculiar e tendenciosa de um
texto bblico vem de fora para dentro. As seitas so especialistas nisso. A eisegese, portanto,
o inverso da exegese. A preposio grega eis, para dentro, indica movimento de fora para
dentro. Trata-se de uma maneira de contrabandear para o texto das Escrituras Sagradas as
crenas e prticas particulares do intrprete. A serpente, no den, argumentou com Eva algo
que Deus no havia falado (Gn 2.16,17; 3.1). Satans citou fora do contexto o salmo 91.11 (Mt
4.5,6). Isso o que se denomina de eisegese. Da mesma forma, so os artifcios atuais dos
triunfalistas.
IV. O ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS
1. Interesse pela ignorncia. A Igreja Catlica proibiu a leitura da Bblia aos leigos no
Conclio de Toulouse, Frana, em 1222. Isso facilitou ao clero romano a manipulao do
rebanho durante sculos. Hoje, essa histria parece repetir-se, pois h campanha sistemtica
de alguns desses triunfalistas contra o estudo da Palavra de Deus, pois querem ensinar algo
que no est de acordo com a Bblia. A vontade de Deus, com relao Bblia, que seus
filhos leiam, meditem e examinem as Escrituras Sagradas (Js 1.8; Sl 1.2; At 17.11).
2. O cuidado com o formalismo. Nossos pioneiros jamais manifestaram ojeriza pelo
estudo da Palavra de Deus. Pelo contrrio: eram os maiores incentivadores do conhecimento
bblico. Eles criaram as nossas conhecidas escolas bblicas de obreiros para oferecer, a todos
os interessados, o conhecimento das Escrituras Sagradas (2 Tm 2.15). No entanto,
preocupavam-se eles com o formalismo e a ordenao de ministros pelos simples fato de
estes possurem um diploma de teologia, pois o ministrio quem d Deus (Ef 4.11).
3. O poder da Palavra de Deus. Muitos esto nesses movimentos com o propsito de
servir a Deus. verdade que se converteram a Cristo mediante o trabalho dos triunfalistas;
isso ningum pode negar. A Palavra a semente (Mt 13.19), e a mo enferma ou infeccionada
que a semeia no compromete a germinao nem o seu nascimento. Mas a verdade que
muitos l esto por haverem recebido a promessa de ficar ricos e de ter seus problemas
AUXLIOS SUPLEMENTARES
Subsdio Apologtico
Formas pela quais o Intrprete pratica a Eisegese
1) Quando fora o texto a dizer o que no diz. O intrprete est cnscio de que a
interpretao por ele asseverada no est condizente com o texto, ou ento est inconsciente
quanto aos objetivos do autor ou do propsito da obra. Entretanto, voluntria ou
involuntariamente, manipula o texto a fim de que sua loquacidade possa ser aceita como
princpio escriturstico.
2) Quando ignora o contexto, sob pretexto ideolgico. Ignorar o contexto rejeitar
deliberadamente o processo histrico e lingstico que deu margem ao texto. O intrprete,
neste caso, no examina com a devida ateno os pargrafos pr e ps-texto, e no vincula
um versculo ou passagem a um contexto remoto ou imediato. Uma interpretao que ignora
e contraria o contexto no deve ser admitida como exegese confivel.
3) Quando no esclarece um texto a luz de outro. Os textos obscuros devem ser
entendidos luz de outros e segundo o propsito e a mensagem do livro. Recorrer a outros
textos reconhecer a unidade das Escrituras na correlao de idias. Por vezes, pratica-se
eisegese por ignorar a capacidade que as Escrituras tm de interpretar a si mesma.
4) Quando pe a revelao acima da mensagem revelada. Muitos intrpretes colocam a
pseudo-revelao acima da mensagem revelada. Quando assim asseveram, procuram afirmar
infalibilidade sua interpretao, pois Deus, que revelou, autor principal das Escrituras, no
pode errar. Devemos ter o cuidado de no associar o nome de Deus a mentira.
5) Quando est comprometido com um sistema ou ideologia. No so poucos os
obstculos que o exegeta encontra quando a interpretao das Escrituras afeta os cnones
doutrinrios e as tradies de sua denominao. Por outro lado, at as mpias religies e
seitas encontram falsas justificativas bblicas para ratificar as suas heresias. Kardec citava a
Bblia para defender a reencarnao! Muitos movimentos sectrios torcem as Escrituras.
Utilizar as Escrituras para apologizar um sistema ou ideologia pode passar de uma eisegese
para
uma
heresia
aplicada
(BENTHO,
E.
C. Hermenutica
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
fcil
Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que poderoso para guardar o meu
depsito at quele Dia (2 Tm 1.12b).
VERDADE PRTICA
Segunda - 2 Rs 18.4
Superstio e idolatria so condenadas na Bblia
Tera - Is 34.14
O fantasma noturno chamado Lilite
Quarta - Ez 21.21
Supersties adivinhatrias: hepatoscopia e rabdomancia
Quinta - At 8.9-11
O engano das prticas mgicas e supersticiosas
Sexta - At 17.22
s vezes, superstio confundida com religio
Sbado - At 25.19
Os incrdulos, s vezes, chamam nossas crenas e prticas de superstio
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Atos 19.13-19.
13 - E alguns dos exorcistas judeus, ambulantes, tentavam invocar o nome do Senhor Jesus
sobre os que tinham espritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo
prega.
14 - Os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes.
15 - Respondendo, porm, o esprito maligno, disse: Conheo a Jesus e bem sei quem
Paulo; mas vs, quem sois?
16 - E, saltando neles o homem que tinha o esprito maligno e assenhoreando-se de dois,
pde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa.
17 - E foi isto notrio a todos os que habitavam em feso, tanto judeus como gregos; e caiu
temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido.
18 - Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos.
19 - Tambm muitos dos que seguiam artes mgicas trouxeram os seus livros e os
queimaram na presena de todos, e, feita a conta do seu preo, acharam que montava a
cinqenta mil peas de prata.
PONTO DE CONTATO
Caro professor, provvel que voc conhea algumas pessoas que apregoam certas
verdades baseadas em crenas infundadas ou que at mesmo utilizem amuletos e usem
expresses com o fim de afastarem maus espritos. Muitas destas pessoas agem assim por
temerem aquilo que desconhecem ou ignoram, ou seja, so supersticiosas. Aproveite o ensejo
desta lio e conte, na introduo da aula, algumas experincias neste sentido. D tambm a
seus alunos a oportunidade de relatarem suas prprias experincias.
OBJETIVOS
Barnab, quando pelo poder de Cristo curaram a um coxo em Listra, quase foram idolatrados
como Jpiter e Mercrio pelos habitantes daquele pas. Os servos de Deus protestaram com
veemncia contra o ato supersticioso. No Antigo Testamento, eram proibidas as adivinhaes
(Lv 19.31), a bruxaria, os augrios a feitiaria e magia (2 Rs 21.6). Temos de ter muito
cuidado para que essas prticas no solapem nossa f e assolem nossas igrejas.
ORIENTAO DIDTICA
INTRODUO
A superstio est presente em todas as religies, novas e velhas. nociva f crist em
razo de levar o indivduo a temer coisas incuas e depositar a f em coisas absurdas. Quem
j no viu algum procurar se proteger com um galho de arruda, com ferradura de cavalo na
porta de casa, ou usar uma figa esperando obter sucesso? Os supersticiosos esto inclinados a
acreditar em tudo, menos na Palavra de Deus.
I. ETIMOLOGIA
1.
termo
grego. O
substantivo
grego
empregado
no
Novo
Testamento
3. Sexta-feira 13. O nmero 13 tido por alguns como bom agouro e para outros como
infortnio. H at edifcios em que passam do 12 para o 14 andar temendo desgraas. A
sexta-feira 13 considerada um dia de azar. Uns atribuem a superstio sobre o nmero 13
aos vikings ou a outros normandos. H tambm os que atribuem ao cristianismo, j que
sexta-feira foi o dia em que Jesus morreu e 13 uma referncia a Judas Iscariotes que,
segundo os supersticiosos, era o dcimo terceiro homem da reunio da ltima Ceia. Mas, no
h indcio algum para confirmar essa verso.
IV. SUPERSTIES SUPOSTAMENTE BBLICAS
1. Segunda-feira azarada. Os judeus no consideram a segunda-feira um bom dia
para negcios, porque no relato da criao, em Gnesis 1, no consta o registro e viu Deus
que era bom, como aparece nos demais dias. Mas, no dia terceiro, aparece duas vezes a
expresso e viu Deus que era bom (Gn 1.10,12), por isso o dia tradicional de cerimnia de
casamentos e, tambm, o dia em que se celebram grandes negcios em Israel. O costume
baseia-se na interpretao incorreta de uma passagem bblica. A bno divina para o
sucesso, todavia, no depende do dia em que o evento realizado, e sim na confiana em
Deus (Sl 37.3-5).
2. Mezuz. Palavra hebraica que significa portal, umbral, ombreira (x 12.7). Esse
termo usado hoje para identificar o pequeno tubo metlico que os judeus usam no umbral
direito da porta, seguindo o prescrito na Lei de Moiss (Dt 6.4-9). Isso no deve ser
considerado superstio, pois tem fundamento bblico, como no superstio um cristo
colocar em seu lar quadros com versculos bblicos e outros motivos cristos como
identificao de sua f. Mas os judeus cabalsticos da Idade Mdia transformaram
a mezuz em amuletos e talisms, como objetos de proteo.
3. O perigo da inverso de valores. No confundir o Cristo da cruz com a cruz de
Cristo. Os hebreus consideravam a simples presena da arca da aliana na guerra como
garantia de vitria (1 Sm 4.4-11). Ainda hoje, alguns crentes crem estar protegidos de
infortnio e mau augrio s porque mantm a Bblia aberta no salmo 91. Isso significa
transformar a f viva no Deus todo-poderoso em mera superstio ou amuleto. A proteo
vem da confiana em Deus e na obedincia Sua Palavra (Js 1.8;1 Jo 5.4).
4. F crist no superstio. Os filhos de Ceva, tendo em vista o misticismo de
feso, cuidaram fosse o apstolo Paulo um mgico com uma nova frmula: o nome de Jesus
(At 19.13). Mas eles se equivocaram. Ainda hoje h os que transformam elementos cristos
em supersties. Baseados em lendas de vampiros, muitos supem que, exibindo uma cruz,
podem expulsar os espritos maus. Jesus disse: em meu nome expulsaro demnios (Mc
16.17). Ele conferiu essa autoridade aos seus servos (Mt 10.8). Todos os que usarem o nome
de Jesus como amuletos podero ter a mesma decepo dos filhos de Ceva (At 19.16).
CONCLUSO
Animismo: Filosofia religiosa segundo a qual uma s e mesma alma o princpio da vida e
do pensamento. Considera todos os seres da natureza dotados de vida e capazes de agir
conforme
uma
finalidade.
animismo
confunde
Criador
com
criatura.
Vulgata Latina: Verso escrita em latim dos originais gregos e hebraicos preparada por
Jernimo em 400 A.D. revisada posteriormente por Clemente VIII, em 1592.
EXERCCIOS
Subsdio Apologtico
Evanglicos supersticiosos
No seria o uso de elementos como galhinho de arruda, sal grosso e copo dgua na
liturgia uma volta ao misticismo medieval, to condenado pelos reformadores? A teologia da
maldio hereditria no seria um vilipndio doutrina da graa e uma superstio religiosa
em sua essncia? Lamentavelmente, ntida a existncia de casos de superstio entre
evanglicos, mas isso resultado da ausncia de orientao bblica. Nas igrejas onde o povo
recebe o ensino sistemtico e sadio da Palavra de Deus raramente existe isso.
Alguns casos de supersticiosidade entre evanglicos so menores, outros so mais graves.
Alguns exemplos do primeiro tipo so deixar a Bblia aberta no Salmo 91 para afastar
desgraas; utilizar a expresso T amarrado! de forma sria, como uma espcie de precauo
espiritual; abrir a Bblia aleatoriamente para tirar um versculo que funciona como a
orientao de Deus para tomarmos uma deciso; trocar a leitura sistemtica e regular da
Bblia pela caixinha de promessas; reputar que a orao no monte tem mais eficcia do que a
feita dentro do quarto ou na igreja; dormir empacotado para que Deus, ao nos visitar noite,
no se entristea; e acreditar que objetos ou algum suvenir de Israel (pedrinhas, gua do Rio
Jordo, folhas) tm algum poder especial.
O protestantismo foi um dos grandes catalisadores do fim da superstio da Idade Mdia,
que havia sido implementado por um catolicismo cada vez mais decadente. s
reexaminarmos a histria e veremos que, antes da Reforma, o mundo medieval era cheio de
fantasmas, duendes, gnomos, demnios, anjos e santos. O povo era ignorante, extremamente
supersticioso e no tinha acesso leitura. A prpria Igreja Catlica Romana fomentava e
explorava isso. Foram os evanglicos que combateram tudo isso, inclusive apoiados pelos
humanistas da poca.
Um exemplo de caso grave de superstio o caso da teologia da maldio hereditria,
que declara insuficiente a obra de Cristo na vida da pessoa, pois afirma que, depois de salvo
por Jesus, o cristo deve desenterrar o seu passado e o de seus familiares para quebrar uma a
uma todas as possveis maldies que acometeram seus ante-passados e que ainda
repousariam sobre ele, se no a libertao no ser completa. Alm de no ter base bblica (2
Co 5.17), essa teologia defende um princpio quase reencarnacionista, estabelecendo um
carma na vida da pessoa a partir de seus parentes. (...) Fujamos de toda a sorte de
superstio. Que nossa f seja absolutamente bblica (SILAS, D. H evanglicos
supersticiosos? In RESPOSTA FIEL, Ano 2, n 6, pg. 25, CPAD, 2003.).
2 Trimestre de 2006
Ttulo: Heresias e Modismos Combatendo os erros doutrinrios
Comentarista: Esequias Soares
Mas o que espiritual discerne bem tudo, e ele de ningum discernido (1 Co 2.15).
VERDADE PRTICA
Segunda - Mt 16.1-3
Os hipcritas no discernem o tempo de Deus
Tera - At 5.1-5
O exemplo clssico de discernimento
Quarta - 1 Co 2.14
O homem natural no compreende as coisas espirituais
Quinta - 1 Co 12.10
O dom de discernir os espritos
Sexta - Hb 4.12
A Palavra de Deus apta para discernir os pensamentos dos coraes
Sbado - Hb 5.14
O discernimento do crente experiente
LEITURA BBLICA EM CLASSE
Deuteronmio 13
1 - Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou
prodgio,
2 - e suceder o tal sinal ou prodgio, de que te houver falado, dizendo: Vamos aps outros
deuses, que no conheceste, e sirvamo-los,
3 - no ouvirs as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o SENHOR,
vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, com todo o vosso
corao e com toda a vossa alma.
Atos 16
16 - E aconteceu que, indo ns orao, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha esprito
de adivinhao, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
17 - Esta, seguindo a Paulo e a ns, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o
caminho da salvao, so servos do Deus Altssimo.
18 - E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao esprito: Em
nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu.
PONTO DE CONTATO
OBJETIVOS
SNTESE TEXTUAL
Como seus alunos reagiram durante este trimestre? O tema das lies foi cativante?
Nesta ltima lio, propomos um recurso que visa despertar seus alunos quanto as doutrinas
que invadem nossas igrejas atravs das msicas que, cheias de sensacionalismos e emoes,
arrebanham vidas. As msicas sempre defendem uma viso doutrinria, por isso, escreva
trechos de msicas sacras e outras com teor duvidoso (msicas que colocam o arcanjo Miguel
como maestro do coral de Deus, ou outras que incitam pessoas a mergulharem numa
aventura de f, como alguns hinos denominados de guerra ou de adorao), em folhas de
papel e d aos alunos para eles analisarem a letra luz da Bblia. Conceda-lhes alguns
minutos para debaterem entre si e depois conclua corrigindo as letras dos hinos e valorizando
as msicas com letras doutrinrias.
COMENTRIO
INTRODUO
Durante este trimestre aprendemos a precavermo-nos das sutilezas de Satans e dos
perigos nossa volta. H heresias, aberraes teolgicas e doutrinas que parecem crists. Por
meio do ensino dos falsos mestres possvel o cristo reconhecer a fonte, mas, s vezes, tais
doutrinas so apresentadas de maneira sutil, tornando-se impossvel o seu discernimento
sem a ajuda do Esprito Santo.
I. DEFININDO OS TERMOS
1. Sinais e prodgios (v.1). A palavra hebraica th, traduzida no texto, por sinal
termo genrico que significa: marca, insgnia, indcio, milagre, sinal miraculoso. Quando o
sentido de sinais miraculosos, th vem acompanhado do termo hebraicomophth,
maravilha, milagre, sinal, feito (x 7.3; Dt 4.34; 6.22). O Novo Testamento usa o termo
grego smeion para descrever os milagres operados por Jesus (At 2.22). luz do texto
sagrado, perfeitamente possvel algum manifestar tais sinais e maravilhas sem ser enviado
por Deus.
2. Esprito de adivinhao (v.16). A palavra grega usada para adivinhao
python, nome de um drago que, segundo a mitologia clssica, era guardio do templo de
Apolo e do orculo de Delfos. Acreditava-se que Apolo se encarnava nessa serpente para
inspirar as pitonisas. Os gregos chamavam de python, portanto, ao adivinho que previa o
futuro.
Adivinhao consiste na revelao de segredos do passado, do presente e do futuro. Essa
prtica associa-se feitiaria, cujo intento usar poderes do mundo espiritual para
influenciar as pessoas ou at eventos.
3. Discernimento. A palavra grega para discernimento diakrisis. O termo aparece
trs vezes com o sentido de contenda (Rm 14.1). Discernimento, pois, a capacidade de
escolher entre o bem e o mal em virtude do crescimento espiritual (Hb 5.14). a capacidade
sobrenatural para se distinguir a fonte da manifestao espiritual, se de fato do Esprito
Santo, de um esprito demonaco ou meramente humano (1 Co 12.10).
II. AS ARMAS ESPIRITUAIS
1. O dom do Esprito Santo. O dom de discernir os espritos aparece logo aps o dom
de profecia (1 Co 12.10). Por essa razo, muitos vem no referido dom o recurso para se
julgar as profecias (1 Co 14.29). Entretanto, o contexto neotestamentrio mostra que o dom
no se limita a essa funo; tambm til para identificar a origem das vrias manifestaes
de profecias, lnguas, vises e curas. O discernimento de espritos manifesta-se em situaes
em que no possvel, pelos recursos humanos, identificar a origem da atuao sobrenatural.
2. O discernimento apostlico (v.18). H duas maneiras para se discernir a fonte da
mensagem ou dos milagres: pelo contedo doutrinrio (Hb 5.14; 1 Jo 4.1) ou pela revelao
do Esprito Santo (At 5.1-5). O apstolo Pedro no teria como saber o propsito de Ananias e
Safira sem a interveno do Esprito de Deus. Em Filipos, diz o texto sagrado que a jovem
com poderes de adivinhao isto fez por muitos dias (v.18): Estes homens, que nos
anunciam o caminho da salvao, so servos do Deus Altssimo (v.17). Isso parece mostrar
que o discernimento foi tanto pelo contedo doutrinrio como tambm pela revelao do
Esprito Santo.
que, ento, o esprito adivinho elogiou os dois mensageiros de Deus, dizendo a todos que eles
eram anunciadores do caminho da salvao e servos do Deus Altssimo? Porque era uma
estratgia demonaca para confundir o povo.
2. O termo salvao (v.17). O texto no esclarece a que salvao o esprito imundo
referia-se, considerando ser um termo comum entre os pagos. Essa tcnica usada, ainda
hoje, pelas seitas. A salvao dos mrmons, por exemplo, apresenta sentido diferente daquela
pregada pelo cristianismo bblico: como libertao dos pecados (Mt 1.21), livramento da
condenao eterna (Rm 8.1) e transformao pelo poder do Esprito Santo (Tt 3.5).
3. Qual a inteno do esprito de adivinhao? O propsito diablico era dizer a
todos que a mensagem que Paulo e Silas pregavam seria a mesma da jovem adivinhadora.
Ainda hoje, Satans usa essa estratgia para fazer o povo acreditar na falsa idia de que todas
as religies levam a Deus. Essa mensagem absolutamente oposta Bblia; Jesus singular,
o cristianismo exclusivo; somente Jesus conduz o homem a Deus (Jo 14.6; At 4.12).
IV. DISCERNIMENTO
1. O falso e o verdadeiro (v.2). Deus deu a Israel profetas legtimos, os quais falaram
inspirados pelo Esprito Santo. Mesmo no reino dos profetas, Deus permitiu o surgimento de
falsos profetas (2 Pe 1.19-21; 2.1). Como distinguir o falso do verdadeiro? O texto sagrado diz:
profeta ou sonhador... te der um sinal ou prodgio (v.1). Isso fala de sinais grandiosos que
podem impressionar os imprudentes. O termo: Vamos aps outros deuses (v.2), trata-se de
milagres estranhos. Qualquer um, portanto, mesmo com o mnimo de discernimento, tem
condies de discernir a fonte desses aparentes milagres.
2. A necessidade do discernimento. J vimos em lies anteriores a possibilidade de
manifestaes sobrenaturais por meio de homens no comprometidos com a verdade. Jesus
disse que o Anticristo vir fazendo sinais, prodgios e maravilhas de maneira tal que, se
possvel fora, enganaria at os escolhidos (Mt 24.24). Os agentes de Satans transformam-se
em anjo de luz, e seus mensageiros em ministros de justia (2 Co 11.13-15). O crente depende
da ajuda do Esprito Santo para discernir a verdade, e, para isso, necessrio estar em
comunho com Ele.
CONCLUSO
dever do cristo no se levar pela manifestao de sinais sobrenaturais sem antes ter
certeza de sua origem. H quem defenda a ortodoxia crist, mas no tem qualidade tica, no
vive o que prega e nem prega o que vive. Por outro lado, h quem viva uma vida exemplar,
mas cuja doutrina heresia. Que Deus abenoe e ajude-nos! Fiquemos sempre na Palavra de
Deus.
VOCABULRIO
Cardeal: Principal,
fundamental.
AUXLIOS SUPLEMENTARES
Subsdio Apologtico
O momento de alerta
O momento atual da Igreja de Jesus Cristo impe urgncia ao tratar as doutrinas
fundamentais da Bblia Sagrada como prioridade inegocivel. preciso escrev-las, discutilas, ensin-las com mais profundidade e dedicao para que possam ser aprendidas,
lembradas, divulgadas como tarefa sine qua non da igreja.
No passado, gastvamos muito tempo falando mais de costumes do que de doutrina.
Hoje, infelizmente, no falamos nem de uma coisa nem de outra. Muitos de nossos plpitos
esto indefinidos porque cederam tentao dos avivamentos coreogrficos, da exibio dos
grandes nmeros e da cultura imediatista, as quais flagelam os que procuram seriedade no
servir a Deus.
Algumas igrejas, por causa disso, tornaram-se patrocinadoras de espetculos e locais
onde o ego humano massageado, com o ntido objetivo de crescimento rpido e vantajoso.
Resultado: vulnerabilidade doutrinria e frenesi pelas novidades (At 17.21).
Com a falta de ensino bblico em muitos de nossos plpitos, criou-se no povo um fascnio
desesperadamente ambicioso pela experincia, que acabou se tornando a pedra de toque da
vida da esmagadora maioria dos crentes pentecostais. As profecias, sem nenhum ensino,
acabaram tomando o primeiro lugar na preferncia da maioria dos nossos cultos, valendo,
para muitos, mais uma profecia do que um ensino bblico.
No esqueamos que o nascedouro de heresias sempre a ausncia de estudo bblico
sistemtico. Ademais, o povo de Deus precisa ter conhecimento das doutrinas cardeais das
Sagradas Escrituras para poder se defender das heresias.
Precisamos, portanto, e com muita urgncia, fazer uma nova leitura das necessidades
reais do nosso povo e da sociedade ao nosso redor e pensar num meio de tornar as Boas
Novas do Evangelho mais convincentes para o homem atual (LIMA, P. C. O que esta por
trs do G-12. RJ: CPAD, 2000, pp.30-31).