Contabilidade Orçamental NCP 26 - Vfinal - 06.04.2021
Contabilidade Orçamental NCP 26 - Vfinal - 06.04.2021
Contabilidade Orçamental NCP 26 - Vfinal - 06.04.2021
ORÇAMENTAL - NCP 26
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CONTABILIDADE ORÇAMENTAL - NCP 26
FICHA TÉCNICA
COORDENAÇÃO
Anabela Moutinho Monteiro
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Aníbal Magalhães
RECOLHA DA INFORMAÇÃO
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ÍNDICE
I . ENQUADRAMENTO -5-
II . O PROCESSO ORÇAMENTAL -9-
III . CONTABILIDADE ORÇAMENTAL - 11 -
3.1. APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO - 11 -
CASO PRÁTICO Nº 1 – Orçamento - 12 -
3.2. ABERTURA DA CONTABILIDADE ORÇAMENTAL - 16 -
3.3. ALTERAÇÕES ORÇAMENTAIS - 18 -
CASO PRÁTICO Nº 2 – Alteração Orçamental - 20 -
3.4. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO - 21 -
CASO PRÁTICO Nº 3 – Execução Orçamental da Receita - 25 -
CASO PRÁTICO Nº 4 – Execução Orçamental da Receita - Restituição - 26 -
CASO PRÁTICO Nº 5 – Execução Orçamental da Despesa - 27 -
CASO PRÁTICO Nº 6 – Execução Orçamental da Despesa – RAP - 28 -
3.5. OPERAÇÕES DE TESOURARIA - 29 -
CASO PRÁTICO Nº 7 – Operações de tesouraria - 30 -
3.6. ENCERRAMENTO DO ORÇAMENTO - 31 -
CASO PRÁTICO Nº 8 – Encerramento orçamental - 34 -
IV . RELATO ORÇAMENTAL - 37 -
V . AS DEMONSTRAÇÕES ORÇAMENTAIS - 39 -
CASO PRÁTICO Nº 9 – Principais Demonstrações orçamentais individuais de relato - 40 -
ANEXOS - 41 -
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ÍNDICE DE QUADROS
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
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I . ENQUADRAMENTO
A contabilidade orçamental é regulada pela NCP 26 – Contabilidade e Relato Orçamental, do SNC-AP. Esta Norma
estabelece os conceitos, as regras e os modelos de demonstrações orçamentais, segue a estrutura adotada nas normas
internacionais que estabelece nos primeiros pontos o objetivo, âmbito e definições de normas, encontrando-se
estruturada em 12 pontos.
1. Objetivo da NCP 26
2. Âmbito
3. Definições
4. Ciclo orçamental
5. Classificadores orçamentais
6. Reconhecimento e mensuração
7. Consolidação
Decreto-Lei n.º 85/2016, de 21 de dezembro, que procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 192/2015, de
11 de setembro, que aprova o SNC-AP, prorrogando a sua entrada em vigor para 1 de janeiro de 2018;
Portaria n.º 189/2016, de 14 de julho, que aprova as notas de enquadramento ao plano de contas
multidimensional – Sistema de normalização Contabilística para as Administrações Públicas;
Portaria n.º 128/2017, de 5 de abril, que estabelece a estratégia de disseminação e implementação do SNC-AP.
1
De acordo com o Decreto-Lei 192/2015, de 11 de setembro, embora o SNC-AP tenha incluído um Plano de contas que permite substituir o atual
classificador económico pelas contas das classes 1 a 7 (classificador complementar 1), este classificador económico não foi revogado com a aprovação
do SNC-AP pelo que se mantém obrigatório para a elaboração dos orçamentos, sua execução e elaboração dos mapas orçamentais.
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Manual de Implementação do SNC-AP - 2.ª VERSÃO - Homologado pelo Senhor Secretário de Estado do
Orçamento em 18 de agosto de 2017;
Âmbito de aplicação
A contabilidade orçamental é aplicável a todos os serviços e organismos da administração central, regional e local que não
tenham natureza, forma e designação de empresa, ao subsetor da segurança social, e às entidades públicas reclassificadas.
No âmbito dos diferentes regimes aplicáveis às entidades sujeitas ao SNC-AP3, o quadro seguinte resume as entidades que
pertencem a cada um dos regimes de contabilidade pública:
REGIME SIMPLIFICADO
REGIME GERAL
Subsistemas de MICROENTIDADES PEQUENAS ENTIDADES
Contabilidade Entidades com um
Entidades com um Entidades um montante
aplicáveis montante global de
montante global de global de despesa
vs. despesa orçamental paga
despesa orçamental paga orçamental paga nas 2
Normas de nas 2 últimas prestações
nas 2 últimas prestações últimas prestações de
Contabilidade de contas superior a
de contas inferior ou igual contas superior a
Pública 1.000.000€ e inferior ou
a 1.000.000€ 5.000.000€
igual a 5.000.000€
Contabilidade
NCP 26 NCP 26 NCP 26
Orçamental
--- --- Estrutura Conceptual
Contabilidade --- --- NCP 1 a NCP 25
Financeira --- NCP-PE ---
--- PCM PCM
Contabilidade
--- NCP 27 NCP 27
de Gestão
Ponto 7 do PCM e Ponto 7 do PCM e Ponto 7 do PCM e
Inventário e
Classificador Classificador Classificador
cadastro
complementar 2 complementar 2 complementar 2
O subsistema de contabilidade orçamental regista unicamente todas as operações de receita e de despesa que terminam
com um recebimento ou pagamento, respetivamente. É um sistema contabilístico na base de caixa, sem prejuízo de
registos prévios ao pagamento (compromissos e obrigações) e ao recebimento (liquidação). Assim, as previsões e dotações
2
Entende-se por entidades públicas reclassificadas as entidades que, independentemente da sua forma ou designação, tenham sido incluídas nos subsetores
da administração central, regional, local e segurança social das administrações públicas, no âmbito do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais,
nas últimas contas setoriais publicadas pela autoridade estatística nacional.
3
Cf. Disposto nos artigos 5º e 6º da Portaria n.º 218/2016, de 9 de agosto.
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de tesouraria são registadas na base de caixa, a execução (dotações, cabimentos, compromissos, obrigações, pagamentos,
liquidações e recebimentos) em base de caixa modificada.
a) O registo contabilístico de todas as fases da receita e da despesa em digrafia (cada operação tem um movimento
a débito e um movimento a crédito em igual montante);
b) Toda a escrituração para registo contabilístico das transações e outros acontecimentos orçamentais é efetuada
na classe 0;
c) Todas as contas identificam uma fase (por exemplo a fase de Cabimento, registada na conta 025 - Cabimentos) e
o classificador económico da despesa e da receita.
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CONT. DE
CONT. ORÇAMENTAL CONT. FINANCEIRA
OPERAÇÕES GESTÃO
(Classe 0) (Classes 1 a 8)
(Classe 9)
Carregamento do
1 Orçamento orçamento: Sem registo Sem registo
- Receita e Despesa
Modificações e alterações
Modificações ao
2 do orçamento: Sem registo Sem registo
orçamento
- Receita e Despesa
Execução do orçamento da Liquidação Direito Rendimento
3
receita Recebimento Recebimento Sem registo
Cabimento
Sem registo Sem registo
Compromisso
Obrigação Obrigação, gasto ou
Execução do orçamento da
4 variação do
despesa
património Gasto (Custo)
Pagamento Pagamento
Constituição,
Constituição,
5 Fundo de Maneio processamento e Sem registo
processamento e Reposição
Reposição
Compromissos para
6 Compromissos futuros Sem registo Sem registo
exercícios futuros
Operações extra Fatos patrimoniais
7
orçamentais (Cauções, …) permutativos
Especialização dos
exercícios:
- Amortizações
- Depreciações
- Provisões
Fatos patrimoniais Gastos/
8 - Imparidades Sem registo
modificativos Rendimentos
- Acréscimos
- Diferimentos
- Cálculo do apuramento
dos resultados por
natureza
- Demonstrações
-Balanço
previsionais
- Demonstração de
- Demonstrações de relato:
Resultados
- Desempenho orçamental
- Anexo às
- Execução orçamental
demonstrações
Mapas de prestação de receita e despesa Mapas de
9 financeiras
contas - Execução do Plano custos
- Demonstração das
plurianual de Investimento
alterações no
- Anexo às Demonstrações
Património Líquido
orçamentais
- Demonstração de
- Demonstrações
Fluxos de Caixa
orçamentais consolidadas
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II . O PROCESSO ORÇAMENTAL
1. APROVAÇÃO DO
ORÇAMENTO
1.1. Registo e aprovação
1.2. Abertura do orçamento
4. ENCERRAMENTO DA 2. ALTERAÇÕES
CONTABILIDADE ORÇAMENTAIS
ORÇAMENTAL 2.1. Receita (Reforço,
anulação e crédito
4.1. Anulação dos cabimentos especial)
4.2. Transição dos saldos para 2.2. Despesa (Reforço,
o período seguinte
SNC-AP anulação, crédito
4.3. Encerramento das contas CICLO especial, cativos e
(saldando subcontas ORÇAMENTAL descativos)
entre si)
4.4. Encerrar o orçamento
4.5. Apurar o desempenho
orçamental
4.6. Encerrar os saldos de
Operações de Tesouraria
3. EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
3.1. Execução da Receita:
3.1.1. Inscrição de previsão
de receita
3.1.2. Liquidação ou direito
a cobrar
3.1.3. Recebimento
3.3. Orçamento de
exercícios futuros
(receita e despesa)
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Classificadores orçamentais
Os classificadores orçamentais são um elemento estruturante de qualquer sistema de gestão orçamental, pois definem a
forma como os orçamentos são apresentados, executados e relatados, tendo uma correlação direta com a transparência
e coerência do orçamento. Constituem a estrutura de base, que suporta, especifica ou identifica cada uma das linhas
orçamentais de receita ou despesa.
RECEITAS DESPESAS
Classificações: Classificações:
Económica Económica
Fontes de financiamento Funcional
Orgânica/Administrativa
Programática
Rubricas orçamentais
Uma inovação do SNC-AP é a normalização de rubricas para as demonstrações orçamentais, tal como existem rubricas
normalizadas para as demonstrações financeiras.
Estas rubricas têm uma correspondência com o classificador económico das receitas e despesas públicas4.
4
Aprovado pelo Decreto-Lei n º 26/2002, de 14 de fevereiro.
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Os montantes de dotações e previsões são reconhecidos após a aprovação do orçamento e na data de início do período a
que o mesmo se refere. Em caso de não aprovação do orçamento, deverá recorrer-se aos valores que decorrem dos
normativos legais vigentes (§19).
Nas autarquias locais, como é sabido, em caso de atraso na aprovação do orçamento, mantém-se em execução o
orçamento em vigor no ano anterior, com as modificações que, entretanto, lhe tenham sido introduzidas até 31 de
dezembro.
Enquanto se verificar esta situação, os documentos previsionais podem ser objeto de modificações nos termos legalmente
previstos, sendo que os documentos previsionais que venham a ser aprovados pelo órgão deliberativo das autarquias
locais, já no decurso do ano financeiro a que respeitam, integram a parte dos documentos previsionais que tenham sido
executados até à sua entrada em vigor5.
Os lançamentos nas contas orçamentais são feitos ao custo, sendo as verbas sempre registadas pelo valor nominal (§20).
A NCP 26 contém as notas de enquadramento que explicam com detalhe a movimentação das contas da Classe 0.
Quadro 5 - Registos de aprovação do orçamento e de transferência para provisões por liquidar e dotações disponíveis
As contas 011 e 021 só são movimentadas na contabilização do orçamento inicial, pelo que o objetivo das mesmas consiste
em assegurar o conhecimento do orçamento inicial aprovado pelo órgão deliberativo competente6. Estas contas ficam
saldadas logo no início do ano.
As contas 012, 014 e 021, 024, movimentam-se sempre em simultâneo pelos mesmos valores em reforços, anulações e
créditos especiais.
5
Cf. Artigo 46.º-A do Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades Intermunicipais (RFALEI) aprovado pela Lei n.º 73/2013, de 3 de
setembro, na sua atual redação.
6
Cf.. Assembleia de Freguesia e Assembleia Municipal, nos termos previstos, respetivamente, nos artigos 9.º, n.º 1 alínea a) e 26.º, n.º 1 alínea a) do
Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado pela Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro na sua atual redação.
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Períodos
Rubrica Designação Período Total
anteriores
Receitas Correntes 8.500 886.500 895.500
R3 Taxas, multas e outras penalidades 36.850 36.850
R5 Transferências Correntes 812.650 812.650
R511 Administração Central - Estado 812.650 812.650
R6 Venda de Bens e Serviços 8.500 37.000 45.500
Receitas de Capital 0 5.000 5.000
R11 Reposição não abatidas aos pagamentos 5.000 5.000
Total 8.500 891.500 900.000
Períodos
Rubrica Designação Período Total
anteriores
Despesas Correntes 1.500 813.500 815.000
D1 Despesa com o pessoal 363.756 363.756
D1.1 Remunerações certas e permanentes 222.450 222.450
D1.2 Abonos variáveis ou eventuais 83.800 83.800
D1.3 Segurança social 57.506 57.506
D2 Aquisição de bens e serviços 1.500 374.744 376.244
D4.1.2 Entidades do setor não lucrativo 75.000 75.000
Despesas de Capital 0 85.000 85.000
D6 Investimento 85.000 85.000
Total 1.500 898.500 900.000
Continua …
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DESPESAS VALOR %
Despesas correntes
01 Despesas com pessoal 363 756 40%
01.01.01 Titulares dos órgãos de soberania e membros 57 500
01.01.04 Pessoal dos quadros
autárquicos 140 950
01.01.14 Subsídio de férias e de natal 24 000
01.02.13 Outros suplementos e prémios 83 800
01.03.05 Contribuições para a segurança social 57 506
02 Aquisição de bens e serviços 376 244 42%
02.01.21 Outros bens 316 244
02.02.13 Deslocações e estadas 10 000
02.02.14 Estudos, pareceres, projetos e consultadoria 50 000
04 Transferências correntes 75 000 8%
04.07.01 Instituições sem fins lucrativos 75 000
TOTAL DAS DESPESAS CORRENTES 815 000 91%
Despesas de capital
07 Investimentos 85 000 9%
07.01.07 Equipamento de informática 1 000
07.01.08 Software informático 24 000
07.01.09 Equipamento administrativo 60 000
TOTAL DAS DESPESAS DE CAPITAL 85 000 9%
TOTAL GERAL 900 000 100%
Continua …
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… continuação
Continua …
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… continuação
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Os procedimentos a ter em consideração no primeiro ano da aplicação do SNC-AP (“Ano N”), pelas entidades sujeitas ao
SNC-AP, no sentido de prepararem a abertura da contabilidade orçamental, de acordo com a NCP 26 – Contabilidade e
Relato Orçamental são os seguintes:
Compromissos a transitar
Obrigações a transitar
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Neste ponto enunciam-se os procedimentos a ter em consideração por todas as entidades sujeitas à aplicação do SNC-AP,
no sentido de prepararem a abertura da contabilidade orçamental, de acordo com a NCP 26, sendo que, neste caso, o
apuramento dos montantes tem por base a informação obtida através das contas com a menção “a transitar” no âmbito
do encerramento da contabilidade orçamental do ano anterior.
Assim, no início do segundo ano e seguintes da aplicação do SNC-AP, a abertura da contabilidade orçamental obedece aos
seguintes requisitos:
a) Movimentar a débito a conta “0151 Liquidações transitadas” por contrapartida da conta “014 Previsões por
liquidar” pela quantia do saldo da conta “0154 Liquidações a transitar” existente à data de relato do período
anterior;
b) Movimentar a crédito a conta “0183 Reembolsos e restituições transitados” por contrapartida da conta “0153
Liquidações recebidas” pela quantia do saldo da conta “0184 Reembolsos e restituições a transitar” existente à
data de relato do período anterior;
c) O saldo da conta “0263 Compromissos a transitar” existente à data de relato do período anterior deve dar origem
ao reconhecimento de cabimentos e compromissos, escriturados como descrito nas notas de enquadramento às
respetivas contas, por conta do orçamento do período em curso;
d) O saldo da conta “0273 Obrigações a transitar” existente à data de relato do período anterior deve dar origem a
cabimentos, compromissos e obrigações, escriturados como descrito nas notas de enquadramento às respetivas
contas, por conta do orçamento do período em curso.
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CONCEITO DEFINIÇÃO
Instrumento de gestão orçamental que permite a adequação do orçamento à
ALTERAÇÕES execução orçamental ocorrendo a despesas inadiáveis, não previsíveis ou
ORÇAMENTAIS insuficientemente dotadas, ou receitas imprevistas.
(MODIFICAÇÕES do POCAL)
Procede à inscrição de uma nova natureza de receita ou de despesa ou alteração
ALTERAÇÃO
da qual resulta o aumento do montante global de receita, de despesa ou de
ORÇAMENTAL
ambas, face ao orçamento que esteja em vigor.
MODIFICATIVA
(REVISÃO no POCAL)
ALTERAÇÃO Procede à alteração da composição do orçamento de receita ou de despesa da
ORÇAMENTAL entidade, mantendo constante o seu montante global
PERMUTATIVA (ALTERAÇÃO no POCAL)
CONCEITO DEFINIÇÃO
ALTERAÇÃO
Integração de uma natureza de receita ou despesa não prevista no
ORÇAMENTAL DE
orçamento ou o incremento de uma previsão de receita ou dotação de
INSCRIÇÃO OU
despesa (que não seja crédito especial)
REFORÇO
ALTERAÇÃO
Extinção de uma natureza de receita ou despesa prevista no orçamento que
ORÇAMENTAL DE
não terá execução orçamental ou a redução de uma previsão de receita ou
ANULAÇÃO OU
dotação de despesa.
DIMINUIÇÃO
ALTERAÇÃO Incremento do orçamento de despesa com compensação no aumento da
ORÇAMENTAL POR receita cobrada.
CRÉDITO ESPECIAL (simultaneamente aumento de Receita e de Despesa)
Aquele que se encontra inscrito no orçamento de despesa
CRÉDITO ORDINÁRIO
(inicialmente) aprovado pela entidade competente.
CRÉDITO ESPECIAL Aquele que é inscrito em adição (Reforço) aos créditos ordinários.
CONCEITO DEFINIÇÃO
É a quantia escriturada em cada rubrica de receita no orçamento
PREVISÃO INICIAL DE inicialmente aprovado pelo órgão competente. Constitui os recursos a obter
RECEITA por uma entidade pública relativamente a uma dada natureza de receita,
para um dado período contabilístico.
Receita é a quantia inscrita em cada rubrica de receita no decurso da
PREVISÃO CORRIGIDA execução orçamental, abrangendo a previsão inicial e as modificações
DE RECEITA entretanto ocorridas.
(= Previsão Inicial ± Alterações)
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CONCEITO DEFINIÇÃO
É a quantia escriturada em cada rubrica de despesa no orçamento inicialmente
aprovado pela entidade competente para pagamento de compromissos e obrigações
DOTAÇÃO
transitadas de períodos contabilísticos anteriores ou assumidos no período
INICIAL DA
contabilístico corrente.
DESPESA
Constitui o limite máximo de recursos financeiros alocados por uma entidade pública
a uma dada natureza de despesa, para um dado período contabilístico.
É a quantia escriturada em cada rubrica de despesa, no decurso da execução
DOTAÇÃO
orçamental, abrangendo a dotação inicial e as “modificações” entretanto ocorridas.
CORRIGIDA
(= Dotação Inicial ± Alterações)
DOTAÇÃO É a quantia que, em cada momento, se encontra liberta para iniciar novos processos
DISPONÍVEL de despesa, designadamente para cabimentação.
DE DESPESA (= Dotação Corrigida – Cativos + Descativos – Cabimentos + RAP’s)
No SNC-AP, em caso de lapso no registo da alteração orçamental, deve proceder-se à correção do lançamento
contabilístico por meio de estorno (lançamento inverso do incorretamente efetuado) e não por via de alteração
orçamental de inscrição ou reforço.
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Lançamentos contabilísticos:
Descritivo Conta classe 0 CE Débito Crédito
02321 - Anulações em dotações corrigidas 02.01.21 200
022 - Dotações corrigidas 02.01.21 200
Diminuição
024 - Dotações disponíveis 02.01.21 200
orçamental
02322 - Anulações em dotações
02.01.21 200
disponíveis
022 - Dotações corrigidas 07.01.07 200
Reforço 02311 - Reforços em dotações corrigidas 07.01.07 200
orçamental 02312 - Reforços em dotações disponíveis 07.01.07 200
024 - Dotações disponíveis 07.01.07 200
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Competência
A receita pública pode ser definida como “qualquer recurso, em princípio uma soma de numerário, obtido durante um
determinado período, em benefício de um sujeito público, orientado para a satisfação das despesas públicas que estão a
seu cargo”.
À semelhança das despesas públicas, o regime jurídico das receitas públicas assenta no princípio da legalidade. Com efeito,
a receita só pode ser cobrada se tiver consagração legal8.
Receitas correntes incidem sobre o património não duradouro da entidade, provêm de ganhos do período
orçamental e esgotam -se no período de um ano. São aquelas que, regra geral, se renovam em todos os períodos
de relato. Rendimentos de propriedade, como sejam juros e rendas, vendas de bens e serviços correntes com
reduções no património não duradouro, constituem exemplos de receitas correntes.
Receitas de capital alteram o património duradouro da entidade; são receitas cobradas ocasionalmente, isto é,
que se revestem de caráter transitório e que, regra geral, estão associadas a uma diminuição do património
duradouro ou aumento dos ativos e passivos de médio/longo prazo. São exemplos de receitas de capital as que
resultam da venda de imóveis e empréstimos.
Os conceitos de previsão, liquidação e recebimento estão definidos na norma NCP 26 deste modo:
Previsão inicial de receita é a quantia escriturada em cada rubrica de receita no orçamento inicialmente aprovado
pelo órgão competente. Constitui os recursos a obter por uma entidade pública relativamente a uma dada
natureza de receita, para um dado período contabilístico.
Liquidação de receita é o direito que se constitui em contas a receber do qual se espera influxos de caixa futuros.
Recebimentos são influxos de caixa ou entradas em espécie no património da entidade, devendo neste último
caso a entidade reconhecer um influxo de caixa pela regularização da dívida e, simultaneamente, um exfluxo de
caixa no valor da dívida pela aquisição virtual do bem.
7
Cf. Junta de Freguesia e Câmara Municipal, nos termos previstos, respetivamente, nos artigos 16.º, n.º 1 alínea b) e 33.º, n.º 1 alínea d) do Regime
Jurídico das Autarquias Locais, aprovado pela Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro na sua atual redação.
8
Cf. n.os 1 e 2 do artigo 4º e alinea d) do n.º 2 do artigo 6º da Lei 73/2013, de 3 de setembro (RFALEI).
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A liquidação pode exceder a previsão de receita, sendo que só poderão ser liquidadas as receitas previstas em orçamento.
Em resumo:
A NCP 26 no ponto 3 define o conceito de despesa corrente distinguindo-o da natureza de despesas de capital:
Despesas correntes são despesas efetivas que assumem um caráter regular e correspondem à aquisição de
serviços e bens a consumir no período orçamental, podendo abranger, pela sua irrelevância material, bens de
equipamento.
Despesas de capital são despesas efetivas que alteram o património duradouro da entidade, assumem um caráter
pontual e contribuem para a formação bruta de capital fixo e para o bem-estar coletivo, como por exemplo
quaisquer investimentos.
Tal como referido anteriormente para a receita, o regime jurídico das despesas públicas assenta no princípio da legalidade9.
9
Cf. n.os 1 e 2 do artigo 4º e alínea e) do n.º 2 do artigo 6º da Lei 73/2013, de 3 de setembro (RFALEI).
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Para execução do orçamento de despesa torna-se necessário o cumprimento de um conjunto de princípios e normas:
A legalidade do fato gerador da obrigação (por exemplo: o cumprimento do código da contratação pública);
A regularidade financeira;
Esta disciplina orçamental foi reforçada com a publicação da Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso (LCPA) 10 e
do Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de junho, na sua atual redação, que contempla as normas legais disciplinadoras dos
procedimentos necessários à aplicação da LCPA e à operacionalização da prestação de informação nela prevista, que
colocaram o enfoque do ciclo orçamental na verificação de capacidade financeira (existência fundos disponíveis) para a
assunção e realização de compromissos. A ausência de capacidade financeira para pagar no curto prazo é impedimento
para incorrer compromissos, assim como a ausência de registo contabilístico prévio do compromisso é impedimento ao
registo da obrigação de pagar11.
Inscrição de
dotação Cabimento Compromisso Obrigação Pagamento
orçamental
As fases anteriormente apresentadas podem refletir-se em factos com reflexo puramente administrativo ou contabilístico
ou em ambos. O quadro seguinte mostra as fases com impacto em atos administrativos ou em registos contabilísticos.
Em resumo:
10
Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, na sua redação atual.
11
Cf. Artigo 5.º da LCPA e artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 127/2012, de junho.
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CONTABILIDADE ORÇAMENTAL - NCP 26
Execução Dotaçoes
Cabimento Compromisso Obrigação Pagamento RAP
orçamental disponíveis
(025) (026) (027) (028) (029)
da despesa (024)
Tramitação
Fases do ciclo da despesa
Administrativa Contabilística
Elaboração de uma proposta aquisição de bens/serviços X
Informação e registo de cabimento X X
Escolha do procedimento de aquisição X
Autorização do procedimento e da despesa X
Elaboração de proposta de adjudicação X
Registo do compromisso X
Emissão requisição oficial/Nota encomenda/Contrato X
Conferência e processamento da fatura e registo da X
obrigação de pagar
Autorização de pagamento X
Pagamento X
12
Veja-se a este respeito o que refere o parágrafo 5 do ponto 4 da NCP 26.
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CONTABILIDADE ORÇAMENTAL - NCP 26
Lançamentos contabilísticos:
Descritivo Conta classe 0 CE Débito Crédito
Liquidação 0152 – Liquidações emitidas 04.01.23.01.01 7.000
[05.01.N] 014 – Previsões por liquidar 04.01.23.01.01 7.000
Recebimento 0171 – Recebimentos do período 04.01.23.01.01 7.000
[15.01.N] 0153 – Liquidações recebidas 04.01.23.01.01 7.000
Receita
Capital
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CONTABILIDADE ORÇAMENTAL - NCP 26
Lançamentos contabilísticos:
Descritivo Conta classe 0 CE Débito Crédito
Liquidação 0152 – Liquidações emitidas 04.01.23.03 2.000
[20.05.N] 014 – Previsões por liquidar 04.01.23.03 2.000
Recebimento 0171 – Recebimentos do período 04.01.23.03 2.000
[20.05.N] 0153 – Liquidações recebidas 04.01.23.03 2.000
Liquidação anulada 0162 – Liquidações emitidas anuladas 04.01.23.03 500
[08.06.N] 0152 - Liquidações emitidas 04.01.23.03 500
Reposição 014 – Previsões por liquidar 04.01.23.03 500
Provisões por 0163 – Previsões por liquidar anuladas 04.01.23.03 500
liquidar [08.06.N]
Restituição emitida 0153 – Liquidações recebidas 04.01.23.03 500
[08.06.N] 0181 - Reembolsos e restituições emitidas 04.01.23.03 500
Restituição paga 0182 – Reembolsos e restituições pagas 04.01.23.03 500
[08.06.N] 0171 – Recebimentos do período 04.01.23.03 500
Receita
Capital
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Lançamentos contabilísticos:
Descritivo Conta classe 0 CE Débito Crédito
Cabimento 024 - Dotações disponíveis 07.01.09 35.000
[04.02.N] 0251 – Cabimentos registados 07.01.09 35.000
Compromisso 0252 – Cabimentos com compromisso 07.01.09 35.000
[26.02.N] 0261 – Compromissos assumidos 07.01.09 35.000
Obrigação 0262 – Compromissos com obrigação 07.01.09 35.000
[18.03.N] 0271 – Obrigações processadas 07.01.09 35.000
Pagamento 0272 – Obrigações pagas 07.01.09 35.000
[11.04.N] 0281 – Pagamentos do período 07.01.09 35.000
Receita
Capital
D6 Invest. 60.000 35.000 35.000 35.000 35.000
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Lançamentos contabilísticos:
Descritivo Conta classe 0 CE Débito Crédito
Reposição emitida 0291 – RAP emitidas 07.01.09 900
[23.06.N] 0272 – Obrigações pagas 07.01.09 900
Reposição recebida 0281 – Pagamentos do período 07.01.09 900
[23.06.N] 0292 – RAP recebidas 07.01.09 900
Regulariza Obrigação 0271 – Obrigações processadas 07.01.09 900
[23.06.N] 0262 – Compromissos com obrigação 07.01.09 900
Regulariza 0261 – Compromissos assumidos 07.01.09 900
compromisso
0252 – Cabimentos com compromisso 07.01.09 900
[23.06.N]
Regulariza cabimento 0251 – Cabimentos registados 07.01.09 900
[23.06.N] 024 - Dotações disponíveis 07.01.09 900
Receita
Capital
D6 Invest. 60.000 34.100 34.100 900 900 34.100 34.100
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Operações de tesouraria são as que geram influxos ou exfluxos de caixa (movimentam a tesouraria) mas não representam
operações de execução orçamental (NCP 26).
A nova Classe 0 passou a ter contas específicas para as operações de tesouraria e para responsabilidades contingentes
(provisões e passivos contingentes), quando estas últimas possam ser objeto de mensuração.
Os recebimentos e pagamentos por operações de tesouraria são registados nas contas desagregadas da conta 071 e os
pagamentos nas contas desagregadas da conta 072 respetivamente, as quais são movimentadas por contrapartida de uma
conta refletida (conta 079).
Quanto aos passivos contingentes, os mesmos são registados a crédito nas subcontas da conta 091 por contrapartida da
conta refletida 0991.
São consideradas como operações de tesouraria as cobranças que os serviços autárquicos realizam para terceiros.
Quadro 17 - Operações de passar a ser consideradas e que deixam de ser consideradas operações de tesouraria em SNC-AP
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Lançamentos contabilísticos:
Descritivo Conta classe 0 CE Débito Crédito
Pela constituição da 0713 – Constituição e reforço de
17.02.00 12.000
caução, depósito em cauções e garantias
dinheiro 0791 – Recebimentos por
17.02.00 12.000
[05.01.N] operações de tesouraria
Pela libertação da 0792 – Pagamentos por operações
07.01.10 12.000
caução (depósito de tesouraria
eme dinheiro) 0723 – Devolução de cauções e
07.01.10 12.000
[14.08.N] garantias
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A NCP 26 descreve no §39 o processo de encerramento da contabilidade orçamental. Este deve obedecer à seguinte ordem
de procedimentos:
Na primeira fase do encerramento da contabilidade orçamental, procede-se à anulação dos cabimentos em excesso, ou
seja:
a) Anulação dos cabimentos que não deram (nem darão) origem a compromissos;
b) Anulação da parcela de cabimentos que excedeu os respetivo compromissos assumidos, através dos seguintes
lançamentos contabilísticos:
Quadro 18 - Registos contabilísticos de anulação dos cabimentos que não deram origem a compromissos
Na fase das transições de saldos para o período seguinte, as contas “a transitar” relativas a liquidações (0154),
compromissos (0263) e obrigações (0273) servem para acomodar o montante de liquidações não recebidas, compromissos
não convertidos em obrigações e obrigações não pagas, respetivamente, no período corrente.
(a) Depois deste lançamento executado, a conta “0181Reembolsos e restituições emitidos” e a conta
“0182 Reembolsos e restituições pagos” terão saldos iguais, sendo possível saldar uma por
contrapartida da outra.
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CONTABILIDADE ORÇAMENTAL - NCP 26
De seguida procede-se ao encerramento de contas: de alterações orçamentais e execução orçamental – “Saldar entre si”.
RECEITA
0131 – Alterações Orçamentais receita - Reforços (01312 a 01311)
0132 – Alterações Orçamentais receita - Anulações (01321 a 01322)
0133 – Alterações Orçamentais receita – Créditos especiais (01332 a 01331)
015 – Liquidações (0153 a 0152; 0153 a 0173)
016 – Liquidações anuladas (0163 a 0161; 0163 a 0162)
018 – Reembolsos e restituições (0181 a 0184 e 0181 a 0182)
DESPESA
0231 – Alterações orçamentais despesa – Reforços (02311 a 02312)
0232 – Alterações orçamentais despesa – Anulações (02322 a 02321)
0233 – Alterações orçamentais despesa – Créditos especiais (02331 a 02332)
025 – Cabimentos (0251 a 0252)
026 – Compromissos (0261 a 0262)
027 – Obrigações (0271 a 0272)
029 – Reposições abatidas aos pagamentos (0292 a 0291)
0234 – Dotações retidas (02341 a 02342) (salda a conta 02342; depois: 02341 salda para 024)
Depois dos lançamentos acima descritos permanecem com saldos, para além das contas a transitar (liquidações (0154)
(SD); Reembolsos e restituições (0184) (SC); Compromissos (0263) (SC) e Obrigações (0273) (SC)), as seguintes contas:
08 Encerramento contabilidade
012 Previsões corrigidas - SC
orçamental:
014 Previsões por liquidar - SD
081 Encerramento do orçamento
022 Dotações corrigidas - SD
(o Saldo CADUCA, tal como acontece
024 Dotações disponíveis – SC Cujos saldos
com o Orçamento)
são
08 Encerramento contabilidade
transferidos
0171 Recebimentos período - SD orçamental:
para:
0172 Recebimentos período anterior - SD 082 Desempenho orçamental:
0281 Pagamentos período - SC 0821 Desempenho orçamental do
0282 Pagamentos período anterior - SC período
(Saldo NULO ou DEVEDOR)
No caso de saldo devedor, no início
de N+1, é registado:
0822 Desempenho orçamental de
períodos anteriores
Na fase do encerramento do orçamento, procede-se aos registos atinentes a saldar as contas de “012 Previsões corrigidas”,
“014 Previsões por liquidar”, “022 Dotações corrigidas” e “024 Dotações disponíveis” por contrapartida da conta “081
Encerramento do Orçamento”. O saldo desta conta caduca com o ano tal como acontece com o orçamento.
No âmbito do apuramento do desempenho orçamental salda-se as contas “0171 Recebimentos do período” e “0172
Recebimentos de períodos findos” (saldo devedor) por contrapartida (débito) da conta “0821 Desempenho orçamental do
período”.
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As contas “0281 Pagamentos do período” e “0282 Pagamentos de períodos findos” (saldo credor) por contrapartida
(crédito) da conta “0821 Desempenho orçamental do período”.
A conta 0821, como envolve todas as classificações orçamentais, apresentará sempre saldo nulo ou devedor (caso em que
teríamos um excedente orçamental).
A conta “0822 Desempenho orçamental de períodos anteriores” será debitada no início do período de relato por
contrapartida de “0821 Desempenho orçamental do período” que ficará saldada.
1) Debitam-se as contas 072Y – Pagamentos por operações de tesouraria por contrapartida das contas
(correspondentes) 071X – Recebimentos por operações de tesouraria;
2) Debita-se a conta refletida 0791 (Recebimentos) por contrapartida da conta refletida 0792 (Pagamentos)
Os saldos devedores das contas 071X (cujo total corresponde ao saldo credor da conta 0791) constituirão o saldo de
abertura das operações de tesouraria do ano seguinte.
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RECEITA
Conta Acumulado Saldos
Código Designação Débito Crédito Débito Crédito
011 Previsões iniciais 900 000 900 000 0 0
012 Previsões Corrigidas 0 900 000 0 900 000
014 Previsões por liquidar 900 500 872 150 28 350 0
0151 Liquidações transitadas 8 500 8 500
0152 Liquidações emitidas 863 650 500 863 150 0
0153 Liquidações recebidas 500 869 150 0 868 650
0162 Liquidações emitidas anuladas 500 0 500 0
0163 Previsões por liquidar anuladas 0 500 0 500
0171 Recebimentos do período 860 650 500 860 150 0
0172 Recebimentos de períodos findos 8 500 8 500
0181 Reembolsos e restituições emitidas 0 500 0 500
0182 Reembolsos e restituições pagas 500 0 500 0
TOTAL 3 543 300 3 543 300 1 769 650 1 769 650
Nota: Apresenta-se, para efeitos de encerramento da contabilidade orçamental, os balancetes resumidos, por conta da classe
zero. Os balancetes detalhados são colocados em anexo ao documento.
DESPESA
Conta Acumulado Saldos
Código Designação Débito Crédito Débito Crédito
021 Dotações iniciais 900 000 900 000 0 0
022 Dotações corrigidas 900 200 200 900 000 0
02311 Reforços em dotações corrigidas 200 200
02312 Reforços em dotações disponíveis 200 200
02321 Anulações em dotações corrigidas 200 200
02322 Anulações em dotações disponíveis 200 200
024 Dotações disponíveis 859 156 901 100 0 41 944
0251 Cabimentos registados 900 858 956 0 858 056
0252 Cabimentos com compromissos 858 956 900 858 056 0
0261 Compromissos assumidos 900 858 956 0 858 056
0262 Cabimento com compromisso 832 956 900 832 056 0
0271 Obrigações processadas 900 832 956 0 832 056
0272 Obrigações pagas 828 166 900 827 266 0
0281 Pagamento do período 900 826 666 0 825 766
0282 Pagamento de períodos findos 1 500 1 500
0291 RAP emitidas 900 0 900 0
0292 RAP recebidas 0 900 0 900
TOTAL 5 184 334 5 184 334 3 418 678 3 418 678
Continua …
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CONTABILIDADE ORÇAMENTAL - NCP 26
… continuação
2ª fase – Transição de saldos de liquidações, compromissos e obrigações para o período seguinte através as contas
0154 – Liquidações a transitar, 0263 – Compromissos a transitar e 0273 – Obrigações a transitar
0162 – Liquid.
012 - Previsões 014 – Previsões 0163 – Prev. por
emitidas
Corrigidas por liquidar liquidar anuladas
anuladas
900.000 28.350 500 500
500 500
900.000 28.350
900.000 41.944
Continua …
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… continuação
081 – Encerrar o
orçamento
da conta 014 28.350 900.000 da conta 012
da conta 022 900.000 41.944 da conta 024
0822 – Desemp.
0821 – Desemp. 082 –
Orçamental de
Orçamental do Desempenho
períodos
período orçamental
anteriores
860.150 825.766 8.500 1.500 da conta 0171 860.150 825.766 da conta 0281
da conta 0172 8.500 1.500 da conta 0282
Depois do encerramento das operações orçamentais, efetua-se o encerramento das operações de tesouraria:
0713 –
0791 – 0792 –
Constituição e 0723 – Devolução
Recebimentos Pagamentos por
reforço de de cauções e
por operações de operações de
cauções e garantias
tesouraria tesouraria
garantias
12.000 12.000 12.000 12.000
12.000 12.000 12.000 12.000
Legenda:
Saldos iniciais
Saldos a transitar
Saldar contas entre si
Encerramento do orçamento e desempenho orçamental
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IV . RELATO ORÇAMENTAL
O relato orçamental é o mecanismo que permite verificar o cumprimento da lei em termos de finanças públicas.
A comparação entre a informação previsional e a realizada permite cumulativamente promover uma avaliação da extensão
com que as administrações públicas cumprem os seus objetivos financeiros.
As demonstrações orçamentais são uma representação estruturada da execução e desempenho orçamental de uma
entidade.
Os objetivos das demonstrações orçamentais de finalidades gerais são o de proporcionar informação acerca do orçamento
inicial, das alterações orçamentais, da execução das despesas e das receitas orçamentadas, dos pagamentos e
recebimentos e do desempenho orçamental §40 da NCP 26.
ELEMENTO CLASSE 0
1 Previsões corrigidas Saldo da conta 012 Previsões corrigidas
2 Receitas por cobrar de períodos anteriores Conta 0154 Liquidações a transitar do n-1
Conta 0152 Liquidações emitidas + conta 0162
3 Receitas liquidadas (brutas)
Liquidações emitidas anuladas
0161 Liquidações transitadas anuladas +
4 Liquidações anuladas
0162 Liquidações emitidas anuladas
0171 Recebimentos (líquidos) do período
5 Receitas cobradas brutas + 0172 Recebimentos de períodos findos
+ 0182 Reembolsos e restituições pagos
6 Reembolsos e restituições emitidos 0181 Reembolsos e restituições emitidos
7 Reembolsos e restituições pagos 0182 Reembolsos e restituições pagos
Receitas cobradas líquidas períodos
8 0172 Recebimentos de períodos findos
anteriores
Receitas cobradas líquidas período
9 0171 Recebimentos do período
corrente
10 Liquidações por cobrar no final do período 0154 Liquidações a transitar
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ELEMENTO CLASSE 0
Despesas (obrigações) por pagar de
1 0273 Obrigações a transitar em n-1
períodos anteriores
2 Dotações corrigidas 022 Dotações corrigidas
3 Cativos / descativos 02341 Cativos / 02342 Descativos
4 Compromissos 0261 Compromissos assumidos
5 Obrigações 0271 Obrigações processadas
Despesas pagas líquidas de reposições –
6 0281 Pagamentos do período
Período Corrente
Despesas pagas líquidas de reposições –
7 0282 Pagamentos de períodos findos
Períodos Anteriores
8 Compromissos a transitar 0263 Compromissos a transitar
9 Obrigações por pagar 0273 Obrigações a transitar
Períodos futuros
O novo normativo SNC-AP, de forma a colmatar o défice de informação, que era inexistente no POCP e Planos de Contas
setoriais, quanto ao reflexo orçamental de liquidações que dão origem a recebimentos em económicos futuros, consagra
que passam a ser relevados no subsistema de contabilidade orçamental as liquidações de períodos futuros (tendo
subjacente a existência de um ativo financeiro presente) cujos recebimentos associados, nos termos do contrato, ocorram
em períodos subsequentes ao período da celebração do contrato.
Assim, se no decurso do ano N quando a entidade pública assina um contrato que lhe confere direitos cujo recebimento
ocorrerá em períodos futuros, a movimentação a efetuar no ano N é feita nas subcontas da conta 03 – Receita períodos
futuros, movimentando-se as subcontas 031 – Orçamento e 032 – Liquidações em que são abertas subcontas para cada
um dos três anos futuros e uma subconta para o quarto ano e seguintes.
No ano seguinte, no momento do processo de abertura de período, deve proceder-se ao reconhecimento das liquidações.
As liquidações registadas a débito da conta 0321 - Período (n+1) e a crédito da conta 0311 Período (n+1), deverão ser
contabilizadas a débito da conta 0152 - Liquidações emitidas por contrapartida da conta 014 - Previsões por liquidar, e
reverte-se um ano a contabilização de liquidações com incidência em períodos futuros.
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V . AS DEMONSTRAÇÕES ORÇAMENTAIS
A NCP 26 mantém genericamente as mesmas demonstrações de relato do POCAL dando especial relevo ao anexo onde
pode ser relatada informação suplementar, incluindo informação não financeira. O quadro 25 resume as diferenças entre
as demonstrações exigidas pelo POCAL e agora pelo SNC-AP:
Quadro 24 - Componentes das demonstrações orçamentais, principais diferenças face ao anterior normativo
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ANEXOS
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