Antenna Fevereiro 2023
Antenna Fevereiro 2023
Antenna Fevereiro 2023
Neste mês, temos uma contribuição interessante do Marcelo Cipulo, mostrando a restauração
de dois ícones do broadcasting em seus primórdios, fabricados pela Westinghouse para a RCA,
cuja história é muito rica, desde seu começo e oriunda de um dos pioneiros da radiotransmissão,
Marconi, e da gigante da eletricidade/eletrônica, a General Electric. Vale a pena conhecer sua
história, e a de seu líder, David Sarnoff, em https://www.rca.com/us_en/our-legacy-266-us-en.
Lembramos, também, novamente, que o sucesso das montagens aqui descritas depende
muito da capacidade do montador, e que estas e quaisquer outros circuitos em Antenna
são protótipos, devidamente montados e testados, entretanto, os autores não podem se
responsabilizar por seu sucesso, e, também, recomendamos cuidado na manipulação das
tensões secundárias e da rede elétrica comercial. Pessoas sem a devida qualificação téc-
nica não devem fazê-lo ou devem procurar ajuda qualificada.
SUMÁRIO
A Difícil Recepção
Nos primórdios da radiofonia no Brasil, na década de
1920, a recepção dos sinais de rádio ainda era um pro-
blema a ser resolvido. Os receptores mais simples eram
os chamados “Galenas”, que, em alguns casos, se torna-
ram bastante sofisticados, com saída push-pull e dois cir-
cuitos sintonizados; tudo sem qualquer tipo de alimenta-
ção. No entanto, a sensibilidade era reduzida e a sintonia
precária, tendendo a “misturar” as estações, além do que,
era obrigatório o uso de fones de ouvido.
Os “Regenerativos”, que mais tarde foram ligeiramente modificados, dando origem aos
circuitos “Reynartz”, “Hartley” e “Schnell”, populares até meados da década de 1930,
possuíam boa sensibilidade e seletividade. Seu ponto fraco era a tendência de auto-
oscilação, transmitindo para toda a vizinhança apitos indesejáveis. Apesar de tal limi-
tação, Antenna, em seus primeiros números, publicou vários circuitos regenerativos,
como este que apresentamos.
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FIG 3 – RCA super-heteródino – Dezembro de 1926
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Como todos os primeiros super-heteródinos, o canal de Frequência Intermediária (F.I.)
operava em 120 KHz, com ajuste através de “Trimmers”, o que tornava os transforma-
dores de FI um tanto volumosos.
Para facilitar a montagem dos circuitos de alta- frequência, o autor sugere a utilização
de uma base de madeira medindo 60cm x 30cm, na qual são fixados condutores me-
tálicos destinados ao aterramento.
Caso alguém, após a leitura do artigo, ainda desejasse montar o receptor, enfrentaria
no final de tudo um grande desafio, pois não era fornecida qualquer tipo de instrução
para a calibragem.
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*A cargo de Ademir, PT9HP
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Tensão de alimentação – 13,8Vcc
Consumo de corrente – 6 ampères
Largura de banda* - 26MHz – 28MHz
Potência de saída efetiva – 50 Watts
Potência máxima de pico – 80 Watts
Potência de excitação – 0,5 Watts a 10 Watts máximo
Impedância de entrada/saída – 50Ω
ROE – 1.3:1
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Claro, nem tudo é perfeito e nem sempre se consegue tudo num manual de usuário.
A CTE International foi muito generosa com seus produtos, tornando públicos os es-
quemas e valores de componentes, coisa que raramente se vê. Desta forma, se al-
guém quiser se aventurar a montar um desses, para uso pessoal, modelos similares
poderão conter as informações sobre os transformadores e bobinas do aparelho.
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LISTA DE COMPONENTES LINEAR ALAN 737
R1 – 470 ohms ¼ W
R2 – 8,8 K ohms ¼ W
R3 – 27 K ohms ¼ W
R4 – 680 ohms ¼ W
C1 – 47 pF cerâmico
C2 – 10 nF cerâmico (10.000pF ou 103Z)
C3 – 120 pF cerâmico
C4 – 33 pF cerâmico
C5 – 47 nF cerâmico (47.000pF ou 473Z)
C6 – 47 uF capacitor eletrolítico 35 volts ou mais
D1 a D7 – 1N4148
D8 – BY252
Q1 e Q2 – MS1307 – Transistor MOSFET
DL1 – LED vermelho
DZ1 – Diodo Zener 20V por 1 W
F1 – Fusível 6,3A
L1 – Bobina 19 espiras
T1 – Transformador de entrada
T2 – Transformador de saída
DEV 1 – Chave de 4 vias e duas posições
M1 – Conector coaxial de entrada
M2 – Conector coaxial de saída
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Uma conversinha, ao “pé do ouvido”, sobre filtros
Ao começar a rascunhar os tópicos a serem tratados no “futuro” volume 2 do e-book
sobre fontes chaveadas que estou a preparar, percebi que precisaria falar de filtros ao
analisar os circuitos PFC – Power Factor Correction ou Correção do Fator de Potência,
em bom português, e presentes na maioria das SMPS atuais.
Daqui em diante as fontes chaveadas serão tratadas apenas pela sigla SMPS
– Switch Mode Power Supply.
E aqui, quando me refiro a “filtros”, não estarei a tratar daqueles que temos nas cozi-
nhas de nossas casas para “fingir” que matam os micróbios e bactérias da água que
bebemos. Nem tão pouco aqueles dos cigarros para iludir o fumante que, ao usá-los,
poderá ficar livre de um “cancerzinho” de pulmão, algum dia.
Os filtros que irei tratar, brevemente aqui, estarão mais próximos dos chamados “filtros
de linha”, mas não daquelas réguas de tomadas vendidas por aí que só filtram o di-
nheiro do seu bolso.
Se você está pensando naquele capacitor que aparece logo após o retificador de todo
circuito conversor AC-DC, “batizado” de fonte de alimentação, está no caminho certo,
mas irei mais adiante.
Aliás, você já se perguntou por que a “galera” chama aquele capacitor eletrolítico gran-
dão de capacitor de filtro ou simplesmente filtro?
Ouso apostar que muita gente não parou para se perguntar por quê. Será que vou
ganhar a aposta?
Voltando ao tema título, o que pretendo apresentar neste artigo, num pequeno spoiler
de um dos capítulos do futuro volume 2 sobre as SMPS, são, basicamente os filtros
LC passa-baixas e passa-altas.
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E por que julguei que seria necessário incluir um capítulo sobre filtros num livro sobre
as SMPS, afinal, quem pretende estudar sobre elas “deveria” saber o que são e como
funcionam os tais filtros, não é mesmo?
Na minha prática, quase “matusalêmica”, de sala aula percebi e ainda percebo hoje,
que, antes de tratar de um assunto novo, é preciso abordar alguns temas “velhos” que
seriam utilizados no “novo” e que, na melhor das hipóteses, estariam guardados no
“sótão da memória” dos alunos ou quiçá nunca foram apresentados a alguns.
Pois que atire a primeira pedra quem nunca esqueceu coisas que estudou um dia (até
eu, Brutus!), mas o faça com cuidado, para que a pedra não se torne um bumerangue
e finde por cair em sua cabeça.
O valor da reatância capacitiva, representado por X C, irá variar de acordo com a fre-
quência da tensão senoidal aplicada ao capacitor e é calculado pela expressão
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Comecemos por olhar as “fórmulas” não como um mero “fazer contas” e sim, o que
significam os resultados obtidos.
Por outro lado, a reatância indutiva aumenta com aumento da frequência, para um
mesmo valor da indutância L.
Estudar filtros de uma forma abrangente demandaria, pelo menos, dois anos de artigos
aqui na Revista Antenna e não faz nenhum sentido para o nosso objetivo.
Trataremos apenas dos filtros passivos e sem aprofundamento de cálculos pois, não
estamos interessados em projetar SMPS e sim, repará-las.
Para estudar os circuitos PFC das SMPS, que será um dos capítulos do futuro livro, só
irá nos interessar tratar dos filtros LC passa baixas e passa altas, pois o objetivo é
barrar frequências altas produzidas por harmônicos e, assim, aumentar o Fator de Po-
tência.
Já que estamos a falar de filtros, não custa nada dar uma passadinha rápida por aque-
les utilizados nas caixas de som que “no meu tempo” eram chamadas de sonofletores.
Como objetivo principal, no momento, não é tratar desta aplicação dos filtros, deixo
apenas uma figura para que você tire suas próprias conclusões e perceba que tudo na
Natureza está interligado e, como dizia Steve Jobs, “cabe a nós saber ligar os pontos”.
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Os filtros em um PFC passivo
Comecemos olhando o circuito da fig. 2, onde temos um PFC passivo em uma SMPS.
Embora existam algumas diferenças nestes circuitos o modelo da figura, ele serve ao
nosso objetivo didático, que é localizar os filtros Passa Alta e Passa Baixa.
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Na fig. 4 temos um gráfico mostrando o comportamento
do LPF. No caso das SMPS, a frequência de corte será
60Hz (no Brasil).
Um exemplo de SMPS com filtro passivo pode ser visto na fig. 7, de uma fonte ATX.
Como objetivo principal deste artigo é descrever um pouco sobre filtros passivos, o
circuito da fig. 7 foi colocado aqui apenas para ilustrar que, embora pouco usados,
podemos ter PFC passivo numa SMPS.
Por enquanto é só. Dúvidas, comentários e sugestões podem ser enviados para:
[email protected] e eu sempre respondo.
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As Conexões de Áudio Digital
João Yazbek*
Neste mês abordaremos as conexões digitais mais usadas em produtos áudio e Home
Theater. Nesta série nos atemos especificamente ao áudio, mas veremos que não será
possível deixar de falar um pouco sobre vídeo. Em função da contínua evolução tec-
nológica, está havendo uma convergência que tem criado conexões que contém áudio
e vídeo simultâneos no mesmo cabo.
Os processadores multicanal e receivers de Home Theater têm cada vez mais funções
de vídeo integradas a eles, e, logicamente, se quisermos ser completos em nossa
abordagem, teremos de falar de vídeo, como já visto em artigos específicos, aqui em
Antenna.
Essas entradas e saídas vão permitir a conexão de tocadores de DVDs, CDs, HTPCs
(Home Theater PC’s) e Media Centers, assim como tocadores de MP3 e outros “gad-
gets” de mídia digital.
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No caso da conexão coaxial, a versão mais comum utiliza conectores RCA e um cabo
coaxial padrão de 75 ohms, o mesmo utilizado na conexão de TV a cabo. Há conexões
coaxiais que utilizam conectores chamados de BNC, que são específicos para a impe-
dância da conexão que é de 75 ohms. Este conector, apesar de tecnicamente melhor
do que os RCA, é pouco comum no mercado.
Já na interface óptica, o sinal é transmitido por meio de uma fibra óptica, através da
conversão no equipamento emissor (por exemplo, o seu DVD) do sinal elétrico para
ótico por meio de um led vermelho. No equipamento receptor (por exemplo, seu recei-
ver de Home Theater) há um receptor óptico para fazer a conversão complementar.
Ambas as conexões, coaxial e óptica, são utilizadas de forma intercambiável para co-
nectar equipamentos próximos entre si, ou seja, que estejam a distâncias não maiores
do que 10 metros. Quando estamos trabalhando com receivers de Home Theater, in-
variavelmente esbarramos na limitação de quantidade das entradas e somos, muitas
vezes, obrigados a utilizar uma mistura de ambas para fazer todas as conexões ne-
cessárias.
O padrão S/PDIF tem capacidade para transmitir dois canais em modo estéreo sem
compressão ou então formatos comprimidos como Dolby Digital e DTS. Mas formatos
de áudio como o Dolby TrueHD e o DTS HD não são suportados por esse padrão, pois
simplesmente não há banda suficiente para transmitir esses dados.
A conexão coaxial não isola eletricamente aparelhos, pois é feita por meio de cabos
elétricos. A conexão Toslink, por sua vez, é completamente isolada, pois o cabo é uma
fibra óptica e como tal não conduz energia elétrica.
Todos sabem como o ambiente próximo a um PC é ruidoso e como ele pode emitir
ruído, tanto pelo ar como pelos cabos de interconexão. Uma aplicação importante para
a conexão Toslink é isolar eletricamente um HTPC funcionando como Media Server do
restante da cadeia de áudio, melhorando bastante a qualidade do sinal, por eliminar o
ruído conduzido na interconexão elétrica com PC’s ruidosos.
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Na realidade, a conexão Toslink produz um nível de jitter maior na transmissão, o que
acaba degradando o sinal resultante na saída do sistema. Há um debate intenso na
mídia sobre a qualidade inferior do áudio produzido a partir de uma conexão Toslink
quando comparada à coaxial. Será que isso procede?
Sem entrar em detalhes técnicos, nosso leitor assíduo já tem condições de dar a res-
posta.
Antes de continuarmos com este assunto, vamos falar um pouco sobre a interface
AES/EBU. Esta é a interface padrão utilizada no mundo do áudio profissional e ultima-
mente tem sido vista em produtos de alta performance para uso doméstico.
Na realidade, o padrão S/PDIF foi baseado no padrão profissional AES/EBU (Audio
Engineering Society / European Broadcast Union – ou Sociedade de Engenharia de
Áudio / União Europeia de Rádio –Televisão), que são as entidades que originalmente
trabalharam na criação do padrão. O AES/EBU se tornou o padrão AES3 com a publi-
cação de uma norma pela AES em 1985, e que foi revista na década passada.
Na realidade, essa norma internacional descreve todos os formatos acima, que têm a
mesma origem, mas objetivos diferentes: alguns são voltados ao mercado profissional
e outros ao mercado de consumo.
O padrão AES tem dois tipos padronizados: o balanceado e o desbalanceado, tal como
as entradas analógicas balanceadas e desbalanceadas discutidas anteriormente. A
conexão AES balanceada utiliza um conector XLR similar ao conector de áudio balan-
ceado e a conexão desbalanceada utiliza um conector BNC. Os cabos e suas impe-
dâncias caraterísticas são diferentes, o padrão desbalanceado utiliza o cabo coaxial
de 75 ohms e o padrão balanceado utiliza um cabo blindado com dois condutores tran-
çados em seu interior com impedância de 110 ohms.
Os padrões AES têm capacidade de transmitir sinais a até 100 metros de distância. O
padrão S/PDIF com BNC, citado anteriormente, é muito parecido com o AES/EBU des-
balanceado, mas as semelhanças param por aí. Por sorte, eles pertencem a mundos
diferentes, mas, como temos visto cada vez mais equipamentos de alta performance
com conexões oriundas do mundo profissional, lembro que existem diferenças.
É importante citar que a qualidade dos cabos utilizados nessas conexões é de suma
importância. Dada a natureza dos sinais que trafegam nas conexões digitais, os cabos
têm de ser de boa qualidade. Caso contrário, eles poderão provocar uma série de pro-
blemas, como reflexões, perda de sinal e “jitter”. Isso também é válido para os cabos
ópticos.
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Portanto, quando se trata de conexões digitais entre equipamentos, procure comprar
o melhor cabo possível, seja este coaxial ou óptico. Cabos ópticos têm uma grande
variação na composição do material de seu elemento fotocondutor, que pode ser feito
de plástico barato ou até de quartzo, em versões mais caras. Além disso, eles não
devem ser dobrados fortemente, pois podem atenuar o sinal e mesmo interromper a
condução do sinal por completo.
Cabos coaxiais baratos, por sua vez, podem não blindar o sinal adequadamente, dei-
xando as interferências se misturarem ao sinal digital, e com isso gerar problemas de
qualidade na reprodução após a decodificação feita em seu processador de sinal ou
receiver.
O cabo de áudio RCA, utilizado para as conexões comuns de sinal de áudio, definiti-
vamente não serve para essa função.
Voltando agora ao Toslink e seu problema de jitter, há artigos relatando piora do jitter
quando se utiliza a interconexão óptica.
Vou tentar explicar de forma simples o que é o jitter e qual sua importância na comuni-
cação digital S/PDIF. O jitter é uma variação de frequência da base de tempo utilizada
como referência em um sistema digital.
Por exemplo, seu PC tem uma frequência de clock da ordem de 2 a 3 GHz, que possui
uma variação intrínseca ao redor do valor fundamental, que é o jitter.
O que torna crítica a questão do jitter na interconexão S/PDIF é que o sinal transmitido
não possui uma referência de tempo enviada junto com o sinal de áudio. Para a correta
demodulação do sinal digital, essa referência de tempo necessita ser extraída do sinal
de áudio.
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Manual das Antenas para Radioamadores e Radiocidadãos
Parte X
Ademir Freitas Machado – PT9-HP
As antenas loop são fáceis de fazer e ótimas em resultados. Têm uma largura de banda
maior que um dipolo e são muito silenciosas, sem contar o ganho, por se tratar de uma
antena de onda completa. Daí você ter que usar o acoplador, feito com um cabo coaxial
de 75Ω de ½ onda de comprimento. O programa faz esse cálculo automaticamente
para você. Cuidado ao usar uma vírgula ou ponto para apresentar frações… dá dife-
rença! Pelo visto, o programa utiliza por padrão o ponto ao invés de vírgula. Exemplo:
27,5MHz ou 27.5MHz.
Polarização
Para utilizar a antena na posição horizontal faça como está no desenho, com o isolador
central para baixo, em direção ao solo. Cuide para que tenha uma boa altura. Essas
antenas muito próximas do solo são um desastre… mas funcionam! Note que ela irra-
dia pelas laterais.
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Wire, no caso, é o perímetro ou comprimento total do fio, que deve ser dobrado em 4,
deixando apenas um espaçamento onde irá o isolador central. O cabo coaxial é de ½
onda, de 75Ω. Não se preocupe (só um pouco…) com o fator de velocidade do cabo
que você encontra no comércio – especialmente os chineses. O valor 0,66 é adequado.
Basta você converter polegadas em sistema métrico e tudo estará bem. Infelizmente
esse programa não dá a opção de calcular ou converter em sistema métrico, como os
programas do Al Legary, VE3-SQB, nosso “guru” predileto em se tratando de progra-
mas para cálculos de antenas.
Veja que as cores se referem aos dados da antena, como comprimento do gamma,
cabo direto ao rádio, centro da antena, wire circunference que é o perímetro ou com-
primento total do fio. O cálculo de uma loop é simples: 306/F=onda completa. A impe-
dância está em torno de 100Ω.
O link para baixar esse programa, tanto para Windows como para Linux, está aqui:
http://www.linuxwolfpack.com/. Note que o resultado está em POLEGADAS!
Mas talvez você esteja se perguntando: “mas a loop não é redonda ou triangular?”
Bom, as loop pequenas, no formato de um círculo exigem cálculos mais elaborados,
pois normalmente são antenas capazes de sintonizar uma gama muito grande de fre-
quências e quase sempre elas são sintonizáveis, com um capacitor para adaptar sua
frequência.
As antenas loop que mostramos aqui são para faixas específicas, de cálculo fácil. Elas
podem ter as mais diversas formas geométricas. Alguns fabricantes produzem loops
triangulares de dois ou mais elementos. São semelhantes à quadra cúbica, mas seu
formato permite soluções engenhosas para sua construção. Veja abaixo um exemplo.
18
E se você quiser dar uma outra forma à sua loop, aproveitando aqueles grandes pés de
manga que tem em seu quintal? Veja este outro exemplo e note que a matemática é
outra. Na verdade, a matemática resolve qualquer problema, mas nem sempre conse-
guimos uma fórmula pronta, como esta do colega radioamador LA8-OKA. Esta é a delta
corner (delta de canto), com impedância de aproximadamente 50Ω.
19
SUGESTÕES DE DOIS SUPORTES PARA DELTA LOOP
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DELTA LOOP PARA 27,5 MHZ
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Na página anterior, a mesma delta loop, porém invertida. Neste modelo fica mais fácil
suportar o elemento de alumínio, já que ele fica esticado devido à gravidade. Na ponta
superior do mastro – se usar um mastro metálico, use um caninho de PVC a mais e
passe o fio por um orifício. Nem os fios nem o tubinho de alumínio devem encostar em
mastro que seja de metal.
Esta antena loop para 28MHz é de fácil construção e, pelo seu formato retangular,
permite a ligação de um cabo coaxial de 50Ω diretamente à antena. Por via das dúvidas
(e aí está o segredo!) faça um transformador de impedância enrolando o cabo coaxial,
formando 3 espiras de uns 30cm de diâmetro.
O fio para essa antena é o de nº 12 AWG e o ganho é pouco mais de 2dB sobre um
dipolo, o que não é nada desprezível, dando 1:1 de ROE em 28.400KHz. Se não amar-
rar as pontas em árvores ou postes de madeira, você pode construir uma cruz de
bambu ou PVC para suportar a antena, como se faz com uma quadra-cúbica.
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Monte Uma Quadra Cúbica de Alto Ganho para VHF
Já publicada em Antenna
anteriormente, na foto ao
lado, vemos uma antena
Quadra Cúbica para 144
MHz, de alto ganho. Por ser
construída em PVC, ela
torna-se bastante resis-
tente às intempéries e é fá-
cil de ser carregada. Neste
caso, não usamos cola
para fixar os dois quadros,
permitindo assim que ela
possa ser desmontada e le-
vada no porta-malas do
carro. A parte do suporte,
onde estão o “T” e a cru-
zeta estão, sim, colados
com cola própria para PVC
“soldável”.
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Formula para cálculos dos elementos
Irradiante=306,3/F (MHz)
Refletor=314/F (MHz)
A foto ao lado dá uma ideia de como fizemos nossa Quadra Cúbica de dois elementos
para a faixa de VHF. O fio utilizado é de cobre rígido, bitola 10 AWG, que torna o quadro
bastante rígido também.
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Componentes da retrônica:
O resistor regulador a ferro-hidrogênio
Um dos principais problemas apresentados antigamente ao bom funcionamento
dos receptores super-heteródinos valvulados eram as deficiências no supri-
mento de energia elétrica. As baixas tensões, por sobrecarga na rede pública,
eram comuns. Eis como os engenheiros ─ através de um projeto inteligente e o
emprego de válvulas como a U30, com resistor regulador, mais um autotransfor-
mador e válvulas tipo Rimlock da série “U” ─ conseguiram fazer com que os
aparelhos receptores apresentassem desempenho satisfatório, mesmo em ten-
sões tão baixas como 35 VCA.
Figura 1. Frequentemente tida como uma “lâmpada”, a válvula Philips tipo U30 (não con-
fundir com a U30 retificadora de alto vácuo), funcionava com um fino filamento de ferro
suspenso em ambiente de hidrogênio.
*Dante Efrom, PY3ET. Antennófilo, jornalista, radioamador, redator e autor de textos téc-
nicos sobre eletrônica, radioamadorismo e reparações. Assinante, leitor e colaborador de
Antenna/Eletrônica Popular no tempo de G.A. Penna, PY1AFA.
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No passado, para o bom funcionamento do receptor nem sempre um bom projeto e
bons componentes eram suficientes. Havia um outro problema, fora das linhas de pro-
dução: era a grande variação das tensões nas redes de distribuição de energia elétrica.
Nos bairros afastados e em muitos pontos do interior, frequentemente a tensão da rede
caía mais de 30% do valor nominal, principalmente nos horários de grande demanda.
Com isso, alguns aparelhos deixavam de funcionar ou se tornavam instáveis.
Era comum, em muitas áreas urbanas do Brasil, que a tensão na rede pública de
“110V” baixasse para até 70V, em determinados horários, por excesso de carga nas
precárias redes de distribuição então existentes. Nas décadas de 1940 a 1950, em
consequência, proliferavam os anúncios de reguladores de tensão (autotransformado-
res, em sua maioria). Os “reguladores de voltagem”, como eram chamados, constitu-
íam um acessório quase obrigatório nas casas de então. Sem “regulador de voltagem”
o risco era de ficar sem rádio para ouvir a novela ou o “Repórter Esso”, bem nos horá-
rios críticos.
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De nossa parte, para evitar confusões, optamos pelas classificações de válvula regu-
ladora automática de corrente, resistor regulador a ferro-hidrogênio ou regulador
resistivo, tal como aparecia na documentação da Philips Miniwatt. Isso também evita
que os resistores reguladores tipo U30 e outros sejam confundidos com resistores co-
muns de queda usados nas séries de filamentos.
Os reguladores resistivos como a válvula U30 ainda hoje causam confusão entre os
reparadores e restauradores: assemelham-se a lâmpadas incandescentes, mas pos-
suem materiais e funcionamentos diferentes. Basicamente o regulador resistivo con-
siste de um resistor feito de um filamento bem fino de ferro ou de ferro-níquel, fechado
em atmosfera de hidrogênio.
Reguladores resistivos de corrente, como a válvula Philips U30 e muitas outras, euro-
peias e americanas, geralmente são inseridos em série no circuito ─ ao contrário das
válvulas gasosas reguladoras de tensão.
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Figura 4. Reguladoras da Philips/Ibrape (D) e da Osram (E). A configuração, ferro-hidro-
gênio proporcionava uma “estabilização automática” da corrente frente às flutuações da
tensão nos receptores.
Na Figura 4, vê-se a reguladora de corrente tipo U30 da Philips, usada para estabilizar
séries de filamentos de 100 mA, como os Rimlock da série “U”. Faixa de regulagem da
U30: de 70 a 122,5V. A dissipação térmica máxima é de 13,5W. A aparência é seme-
lhante a uma lâmpada, mas não é somente uma ampola de vidro com um filamento
resistivo. O resistor de ferro da válvula reguladora de corrente U30 está conectado aos
pinos 3 e 7 da base tipo octal. Quando frio e com a válvula em bom estado, o filamento
de ferro apresenta uma resistência ôhmica de ±180Ω.
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Na Figura 5 vemos um diagrama esquemático do receptor Ibrape 6AR, projetado em
1950 usando um autotransformador para 6, 120, 220 e 240 V, com um conjunto de
válvulas Rimlock UCH42, UF41, UBC41, UL41, UY41 e um regulador resistivo U30.
O projeto básico deste circuito causou impacto na época e foi aproveitado nas linhas
de montagem não apenas da Philips, mas também de vários outros fabricantes nacio-
nais. O receptor 6AR era capaz de funcionar, sem modificações no circuito, com ten-
sões tão baixas como 45 VCA.
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Adaptando-se duas válvulas tipo U30 (v. circuito Ibrape 7AR, figura 6) ao circuito, o
desempenho foi ainda mais surpreendente: o receptor mantinha-se funcionando ali-
mentado com 35 VCA apenas.
O circuito do receptor Ibrape tipo 7AR é idêntico ao 6AR da figura 5, com exceção da
linha de filamentos, separada para operar com duas válvulas reguladoras de corrente
U30: uma U30 para as válvulas UY41, UF41 e UCH42, e a outra para as UL41 e
UBC41.
Com isso obteve-se uma regulação ainda melhor: o circuito do receptor Ibrape 7AR
somente parava de funcionar quando a tensão da rede descia para menos de 35V CA.
Foi uma façanha técnica para a época, em um país afligido por suprimentos de energia
elétrica deficientes e sobrecarregados.
No Brasil, a Ibrape desenvolveu inúmeros circuitos e projetos, como os dos rádios 6AR
e 7AR, que serviram de base para a criação de muitas linhas de produtos da indústria
eletrônica nacional.
30
Figura 6. Com duas válvulas U30, mais um autotransformador com derivações em 6V,
120V e 180V, sem outras alterações no circuito além da linha de filamentos, o receptor
Ibrape modelo 7AR mantinha-se em operação, mesmo alimentado com apenas 35V CA na
entrada, ao invés de 120V. Além das duas U30, muito contribuiu para o surpreendente
funcionamento também o desempenho da seção tríodo da UCH42, como osciladora está-
vel.
Era o que tínhamos para esta edição, pessoal! No próximo mês comentaremos
sobre outro interessante trabalho desenvolvido pelo antigo Laboratório de Apli-
cações da Ibrape: o do primeiro receptor com válvulas de fabricação nacional,
projeto que abriu as portas para que a indústria brasileira de eletrônica cres-
cesse. Milhares de receptores foram fabricados com as válvulas receptoras que
passaram a ser produzidas no Brasil. Muitos destes aparelhos continuam em
funcionamento até hoje.
31
Projeto de Pré-Amplificadores RIAA
Parte XXIV
Álvaro Neiva*
O Pré PP7 v2
Fig. 1
*Engenheiro Eletricista
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O circuito acima tem várias vantagens interessantes:
Fig. 2
33
Resultados simulados dos dois estágios.
Em vermelho a saída pós HPF, em azul a saída do equalizador.
Fig. 3
Fig. 4
34
Em verde, a curva de referência RIAA (sem correção IEC).
Em azul e vermelho, a resposta dos canais (tem uma diferença menor que 0,1dB), den-
tro de 0,5dB da curva padrão.
Fig. 5
35
Mesmo assim, feito o aterramento do toca-discos ao chassis metálico,
junto aos conectores de entrada, que ficam flutuantes, sem conexão di-
reta ao chassis, mas ligados para RF ao ponto de aterramento através de
capacitores cerâmicos de 10nF por 500V, não se ouviu, mesmo à noite,
nenhum sinal de “hum” (60Hz) ou harmônicos, nem vestígios de interfe-
rência de RF.
Ainda não vamos fixar o valor da relação sinal a ruído porque ela está
muito ligada à forma de montar o circuito, à arrumação da montagem in-
terna da placa de circuito, ao transformador usado e sua posição na caixa
chassis em relação à placa do pré-amplificador.
Por isso vamos deixar essa especificação para quando tivermos o trans-
formador definitivo.
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Fig. 6
Foi usado um filtro passa altas em 400Hz e ponderação A no software para a medição
de distorção harmônica.
Fig. 7
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O circuito mostrado deve ser usado com mais uma etapa de amplificação para chegar
aos níveis de linha (775mV ou 1Vrms, 0dBu ou 0dBV). Ele vai ser usado na entrada
Fono do pré-amplificador CN100, usando a mesma fonte de alimentação.
Abaixo, os níveis máximos de saída antes do ceifamento, DHT ≥1%, observados com
o osciloscópio. Em amarelo, o nível máximo de entrada, em azul a saída.
Fig. 8 - 1kHz
Fig. 9 - 20Hz
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Fig. 10 - 20kHz
-Capacitores
FETs
39
Resistores
Amplificadores Operacionais
U1, 1/2 amplificador operacional duplo para áudio, de alto desempenho e baixo ru-
ído: LME49720, LM4562, LM4580, NE5532A, LM833 (DIP8), ou OPA1656 (SOIC 8);
U2 1/2 amplificador operacional duplo para áudio, com entrada a FET e baixo ruído:
TL082 ou ADTL082.
Capacitores
Resistores
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Amplificadores Operacionais
U3, 1/2 amplificador operacional duplo para áudio, de alto desempenho e baixo ru-
ído: LME49720, LM4562, LM4580, NE5532A, LM833 (DIP8), ou OPA1656 (SOIC 8).
Referências:
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Análise do Amplificador Em Classe D TPA3118
Marcelo Yared*
O assunto classe D nas listas de discussão sobre amplificadores de áudio tem sido um
dos “hot topics” faz algum tempo.
Temos também a família TPA da Texas Instruments, com alguns componentes bas-
tante interessantes, e extremamente compactos. É o caso do TPA3118 desta análise,
que, como o leitor pode observar na foto acima, permite montagens pequenas para
entregar potência relativamente alta à carga. Um minúsculo “chip” SMD, montado em
uma placa de uns 5cm por 3cm que, segundo a Texas, pode produz 2X30W contínuos
em 8Ω de carga e 2X50W em 4Ω.
O relativamente alto no parágrafo acima se refere ao fato de que, durante muito tempo,
50 watts por canal em um amplificador residencial era considerada uma potência de
media para alta. Hoje, ela pode ser fornecida por um circuito que cabe em um monta-
gem um pouco maior que um selo postal grande... um avanço notável.
*Engenheiro Eletricista
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A família é composta de três componentes, e entrega até 50W de potência por canal
em 4Ω, de acordo com o datasheet da Texas.
O circuito mostrado na foto da primeira página pode ser adquirido no Mercado Livre
por aproximadamente 70 Reais o par, mais frete. Convenhamos, caso ele entregue o
que promete, é uma excelente relação custo-benefício.
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Vejamos, então, segundo o datasheet, o que ele promete:
Para os testes em bancada utilizamos uma fonte estabilizada de 24VCC com capaci-
dade de até 5A de corrente.
O filtro que utilizamos é o sugerido pela própria Texas para essa finalidade nesta pá-
gina da Internet: https://www.ti.com/lit/an/sloa107/sloa107.pdf.
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Medições em bancada (VCC=24V, modo BTL)
Valores bons. Um detalhe importante é que a placa do amplificador deve ser colocada
ou em pé ou com uma boa distância da base onde estiver colocada e até com o lado
dos componentes para baixo, pois a dissipação de calor ocorre pelo cobre do lado de
baixo da placa, para evitar-se o acionamento da proteção térmica, em alta potência.
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Distorção harmônica total a 1W/1kHz/8Ω
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Distorção harmônica total a 30W/1kHz/8Ω
Em 8Ω pode ser considerada boa; em 4Ω, degrada bastante, mas é razoável. Como a
proposta do fabricante da placa é miniaturizar, houve, emho, um compromisso entre a
capacidade dos componentes dos filtros e as características objetivas desejadas.
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Distorção por intermodulação SMPTE a 1W/4Ω
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Distorção por intermodulação SMPTE a 50W/4Ω
A análise nos mostra que, para cargas de 8Ω, considerando-se que cada módulo não
custa mais que uns 40 Reais, é uma opção muito boa para quem não quer gastar muito
e ter uns bons 60 a 100 watts disponíveis.
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Para este circuito creio que uma fonte chaveada estabilizada, de baixo custo seria in-
teressante. Existem modelos bem pequenos no mercado e, com dois módulos desse
tipo ter-se-ia, num chassis diminuto, um amplificador bem razoável de 100W contí-
nuos. Outra opção, para 8Ω de carga, seria uma fonte linear com um LM317 por canal.
Desconfio que montagens não miniaturizadas, com indutores de bom tamanho e boa
linearidade, além de um cuidadoso trabalho nas trilhas de aterramento, podem fazer o
TPA3118 render bem mais, alcançando os bons valores do datasheet, conforme a su-
gestão abaixo, do próprio, para a versão estereofônica.
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Aeriola Jr. e Aeriola Sr.: Os dois rádios mais importantes do mundo
Com isso, o rádio começava a deixar de ser um hobby especializado e a recém for-
mada Radio Corporation of America - RCA encomendou à Westinghouse um receptor
simplificado, cujo nome comercial foi Radiola RC, lançado logo no início de 1921. Era
um aparelho regenerativo, que utilizava uma válvula detectora gasosa (UV200) e ou-
tras duas a vácuo (UV201) para a sua amplificação em dois estágios. Ambas as válvu-
las ainda não tinham filamento toriado e eram de 1A cada, resultando em um consumo
alto da bateria A (filamentos). Apesar de simplificado, o aparelho ainda contava com
uma construção modular (módulo de sintonia de antena, módulo de sintonia de esta-
ções/regeneração e amplificação). Ainda era um pouco caro e complexo para o con-
sumidor em geral.
David Sarnoff, Presidente da RCA, idealizou então um receptor mais simples, com me-
nor consumo de energia, que custasse até US$ 65.00 e que tivesse a aparência de
"uma caixa de música". Sarnoff queria conquistar quem não era íntimo da tecnologia
radiofônica, criando um produto que poderia ser operado por qualquer leigo.
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A Westinghouse apresentou duas soluções: um rádio de cristal que utilizava um detec-
tor tipo Perikon, com dois cristais, um de bornita e outro de zincita, o que melhorava
muito a qualidade do som. A outra solução da Westinghouse foi um rádio regenerativo
de apenas uma válvula, no caso, uma WD-11, de 0,25A. Ambos os aparelhos tinham
concepção simples e operação fácil, como podemos ver pelos esquemas abaixo:
Para que os aparelhos se parecessem com uma caixa de música, foram montados em
um pequeno gabinete com tampa de dobradiças que se fechava como um estojo.
Quando lançados no mercado o Aeriola Jr. (cristal) e o Aeriola Sr. (valvulado) custa-
vam, respectivamente, US$25.00 e US$65.00. Inadvertidamente, Sarnoff havia lan-
çado ao mundo os dois primeiros aparelhos eletrônicos de consumo de massa. Até
então, o único aparelho acessível ao grande público era o fonógrafo. Se seu hobby não
fosse o rádio, apenas teria discos e cilindros como fonte de entretenimento doméstico.
Sarnoff viu a possibilidade de mudar isso.
O detector Perikon
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O detector Perikon, por ser mais estável e também menos vulnerável a danos por des-
cargas estáticas, foi empregado, em certo período, nas estações de recepção comer-
ciais e militares, inclusive em navios da marinha. Tinha um mecanismo que permitia
um melhor ajuste do contato pontual, menos crítico que os sistemas tipo “bigode-de-
gato”.
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Já o Aeriola Jr. pode dar um pouco mais de trabalho. É um tanto difícil encontrar os
cristais de zincita e bornita, utilizados no detector Perikon, o qual não se recomenda
mudar para o simples de galena, nem substituir por um diodo de germânio, sob pena
de tirar a originalidade do aparelho.
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Construa o Ultrarraiende – Parte III
Marcelo Yared*
A corrente de repouso, inicialmente, foi ajustada para que termos 50mV sobre os re-
sistores e, após alguns minutos energizado, sem sinal, verificamos as temperaturas
nos transistores. Nos de saída, são 80 watts de dissipação total, o que faz o dissipador
ficar quente em repouso. Nos MJ15032, Q8 e Q9, o dissipador que utilizamos se mos-
trou efetivo, mas com a temperatura final um pouco mais elevada do que achamos
adequado. Os transistores MJE340 e MJE350, Q6 e Q7, por trabalharem com polari-
zação fixa, se aqueceram bastante em repouso, e, assim, resolvi dobrar a altura do
dissipador utilizado neles, com resultados satisfatórios.
*Engenheiro Eletricista
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A posição de Q5, responsável pelo controle da polarização do estágio de saída, não
ficou satisfatória, dada a inércia térmica do grande dissipador utilizado, dificultando o
ajuste. Assim, fizemos algumas alterações para melhor adequar a montagem, que po-
dem ser vistas abaixo.
Este amplificador é diferente dos demais relacionados nas notas de aplicação da RCA.
A principal diferença é a utilização de um amplificador operacional em seu estágio de
entrada. Trata-se do CA3100, um operacional com a tecnologia BiMOS da RCA, que
combina transistores bipolares de junção e MOSFETs em um mesmo substrato.
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As características elencadas pela RCA para o Ultrarraiende são as seguintes:
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Essas especificações diferem no formato em relação às publicadas na primeira parte
deste artigo, mas são essencialmente as mesmas, apenas mais completas, com as
curvas de distorção e de resposta em frequência originalmente publicadas pela RCA
nas primeiras edições de seus databooks.
Medições em bancada
Com a montagem toda aberta, sem blindagens, é esperada uma degradação nos pa-
râmetros objetivos do conjunto, particularmente em relação ao zumbido e ao ruído.
Resolvemos, então, dobrar a altura dos dissipadores dos dois primeiros e colocar os
dois últimos no mesmo dissipador dos transistores de saída, apenas por descargo de
consciência.
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Com isso, ajustamos a corrente repouso (50mV sobre R34 e R37), variando R20. A
posição que escolhemos para Q5, responsável por este controle, mostrou-se inade-
quada, pois fazia o ajuste ser muito lento. Como já citado, resolvemos colocá-lo sobre
um dos transistores de saída, o que facilitou bastante o ajuste e diminuiu a oscilação
de seu valor. Após meia hora de sinal aplicado a 1/3 da potência nominal em 8Ω, em
1kHz, partimos para as medições, nas mesmas condições informadas pela RCA, e
obtivemos os seguintes resultados.
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Podemos ver que o amplificador entrega o que promete, em termos de potência (pelo
datasheet, 300W em 8Ω). A regulação da Fontinha mostrou-se adequada para 8Ω e
permitiu uma boa potência em 4Ω, mais que 500W antes do ceifamento. Um equipa-
mento estereofônico com duas dessas fontes entregaria com facilidade 1kW em modo
ponte ou em modo estéreo. Precisaria de ventilação forçada ou de dissipadores bem
maiores que o utilizado neste protótipo, entretanto.
Resposta extensa, bastante plana e próxima do informado pela RCA (-0,3dB a 10Hz e
-3dB a 90kHz). O desvio de fase está próximo do informado também. De qualquer
forma, a resposta é mais que adequada para reprodução em alta fidelidade de conte-
údos musicais e eu desconfio que o valor do indutor L1 que confeccionei é um pouco
maior do que os 4µH do projeto original, o que poderia explicar a diferença.
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Os valores de distorção abaixo foram medidos com ponderação A.
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Distorção harmônica total a 100W/1kHz/8Ω
Medimos, então, a potência no valor informado pela RCA em 8Ω para a distorção no-
minal (300W e DHT<0,01%), e obtivemos:
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Distorção harmônica total a 300W/1kHz/8Ω
O que mostra que os valores são melhores que os informados e, também, que o nível
de ruído, em relação à potência máxima nominal, é, da mesma forma, melhor que o
informado (-105,75dB contra -104dB). Isso é muito bom.
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Distorção harmônica total + ruído versus potência em 1kHz/8Ω (sem ponderação)
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Distorção por intermodulação SMPTE a 1W/8Ω
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Distorção por intermodulação SMPTE a 100W/8Ω
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Distorção por intermodulação SMPTE a 400W/4Ω
Os valores de DIM também são ótimos, e melhores que os divulgados, mesmo em 4Ω.
Aliás, como vocês podem observar nos artigos anteriores sobre montagem de amplifi-
cadores de potência, as recomendações abaixo valem para qualquer amplificador de
potência e ajudam a reduzir significativamente distorção, ruído e zumbido.
Um boa fonte, com uma boa conexão ao amplificador, deverá mostrar picos como es-
ses os menores possíveis, idealmente não visíveis no analisador de espectro.
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Quando o leitor observar nos vídeos e gráficos de amplificadores publicados no You-
tube ou nas redes sociais, especialmente os vendidos na forma de “kits”, ou mesmo
placas nuas, valores elevados dessas harmônicas em relação ao sinal de saída, ou
mesmo em sem sinal, tenha em mente que, muito provavelmente, as ligações de ater-
ramento, e/ou o leiaute da placa impressa do amplificador não estão corretamente exe-
cutadas. Neste caso, o desempenho global do amplificador sofrerá e, no mais das
vezes, a propaganda do termo “Hiend” estará comprometida e não representará
a realidade.
Em nosso caso, todas elas estão bem além de -120dB da frequência fundamental do
sinal que está sendo amplificado, o que indica uma ótima performance nesse quesito.
Como regra geral, procure sempre isolar os caminhos e trilhas de terra de sinal, sepa-
rando o terra da carga (falante), o terra de sinal de baixo nível, tipicamente da entrada
e do elo de realimentação e o terra geral dos capacitores de filtro e fontes internas do
circuito do amplificador. Com essas providências, não somente o zumbido, mas tam-
bém os ruídos e as distorção serão reduzidos.
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Adendo à Fontinha
Neste adendo, sugerimos que o montador coloque os diodos 1N4004 destacados nos
retângulos verdes, no esquema da Fontinha, reproduzido abaixo.
A placa impressa da Fontinha tem bastante espaço disponível, e esta é uma providên-
cia barata e saudável.
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Conclusões
Para quem for montar este circuito para uso residencial, acreditamos que o transfor-
mador utilizado no projeto será mais que suficiente neste regime, e, para uso contínuo
em potências elevadas, é mandatória a ventilação forçada ou, no mínimo, duas unida-
des do dissipador utilizado no Superrraiende, por canal, com as aletas na vertical.
O integrado CA3100 ainda pode ser achado no comércio, bem como todos os transis-
tores, mas, como substituto funcional, sugerimos o LME49710, sendo que, neste caso,
C7 deve ser retirado do circuito, pois ele é compensado internamente.
Para quem quiser algo mais potente, sem a utilização de circuitos em classe D, o des-
perdício de energia não justifica a utilização de circuito em classe B, como o do Ultrar-
raiende.
Quem sabe, então, mais à frente, poderá aparecer em Antenna o “Hiperraiende”, ope-
rando em classe G ou H, com capacidade de fornecer mais potência ainda?
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Você, leitor amigo, já esteve às voltas com algum problema (pouco comum) na instalação, manutenção ou
conserto de um televisor, rádio amplificador de som ou mesmo qualquer outro aparelho eletrodoméstico?
Se sim, ajude seus colegas, divulgue o que você observou e como resolveu o problema. Basta escrever um
resumo do caso e mandá-lo para o e-mail [email protected], deixando o resto por conta do
redator de TVKX. Se ele considerar o assunto de interesse, será feita uma estória, com os populares perso-
nagens do TVKX. O seu nome será mencionado no artigo.
- É o que tenho dito e repetido... Enquanto não conseguirmos recuperar pelo menos
50% das placas defeituosas, vamos ficar patinando na areia!
- Na verdade, a estatística dos meses anteriores não tem se alterado. Quase metade
das avarias estão relacionadas com o barramento de LED´s ou a própria tela. O que
resta, conseguimos reparar somente uma pequena porcentagem das placas.
- E como o custo do reparo costuma ser elevado, o cliente acaba desistindo. Eis a
nossa situação, igual à maioria das oficinas.
- Precisamos, sim, de uma empresa que recupere as placas e faça a revenda na base
de troca, a um preço justo.
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- Mas não era assim no tempo dos cinescópios? Entregávamos um TRC esgotado e
recebíamos um recondicionado, pagando o serviço!
- Vá sonhando, Toninho...
- Teríamos de ter um banco de dados para que o sistema fizesse uma comparação.
Não temos movimento para tal.
- Eu tenho tido algumas ideias.... Mas vamos terminar o café! Na oficina eu explico a
coisa com detalhes.
- Hoje é terça-feira, dia do Zé Maria fechar a conta. Vamos logo que estou curioso!
Chegando à oficina, parece que o Toninho era o mais interessado, pois foi logo arru-
mando a bancada e trazendo algumas placas.
- Calma, Toninho! Não vou fazer nenhum milagre! Quero apenas expor as minhas te-
orias!
- Pois é: Tenho certeza de que podemos recuperar algumas placas utilizando um prin-
cípio bem simples, tal como o VerSys, comparando o circuito defeituoso com um se-
melhante, que esteja em bom estado.
- Não vamos... Observei que em alguns casos temos o circuito bem debaixo de nossos
olhos!
- Pirou de vez?
- Não, Toninho: Lembre-se dos amplificadores estéreo, em que temos dois canais se-
melhantes! Consertamos dezenas deles, simplesmente comparando o canal defeitu-
oso com aquele que se encontra perfeito.
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- Veja aqui nessa placa: Observe as saídas de áudio e os periféricos: A ideia é usar o
multímetro na função de teste de semicondutores e ir medindo a tensão inversa em
cada ponto, comparando as leituras nos dois circuitos.
- Até aí, tudo bem... Mas se o defeito não estiver nas saídas de áudio?
- Eu disse que não faria milagres, mas vamos lá: Observei que muitas fontes de ali-
mentação são constituídas por circuitos muito semelhantes e aí o nosso método poderá
funcionar.
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FIG 2 – 28LG30R
- Não é um método para era aplicado em todas as situações, mas poderá nos ajudar
em muitos casos.
- Vamos ver se eu entendi direito a coisa: Em primeiro lugar examino a placa para ver
se encontro um circuito semelhante àquele que que está defeituoso. Visto isso, coloco
a chave do multímetro da posição de ”Diodo”. Agora ligo o terminal (-) a um ponto de
aterramento e meço a tensão inversa em vários pontos do circuito supostamente ava-
riado. Estou indo certo?
- Isso mesmo ! Agora inverta as pontas de prova e repita todas as medidas, anotando
os valores.
- Depois faça o mesmo junto aos componentes do circuito que está em perfeitas con-
dições. Agora é só comparar os valores.
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