Banco de Questões 2019 HI 1SÉRIE
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ª SÉRIE
QUESTÃO 1
Analise o trecho da matéria do jornal O Estado de São Paulo, veiculada em 24 de março de 2014,
sobre o Período Medieval.
[...] A “Idade das Trevas”, diz ele, foi uma invenção dos humanistas do Renascimento. Para Le
Goff, ao contrário, a Idade Média “foi um longo período criativo e dinâmico” – e cujos traços
essenciais, enfatiza, “estendem-se até o século 18, período em que ocorrem os dois
acontecimentos fundamentais que criam a modernidade: o nascimento da indústria na Inglaterra e
a Revolução Francesa”.[...]
FILHO, Antônio Gonçalves. Historiador Jacques Le Goff reformula visão da Idade Média. Disponível em:
<https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,historiador-jacques-le-goff-reformula-visao-da-idade-media-em-dois-
livros,1146445>. Acesso em: 9 de ago. 2019.
Após a leitura, avalie as afirmativas abaixo.
I – A Idade Média é considerada a “Idade das Trevas” devido ao controle clerical sobre o
conhecimento científico.
II – Segundo o texto, a Idade Média foi um período marcado pelas “trevas” do conhecimento,
impedindo a inovação tecnológica.
III – O trecho revela que apesar de ser considerada a “Idade das Trevas”, o período foi marcado
pelo avanço “criativo e dinâmico” que deram início à modernidade.
IV – Segundo Le Goff, a Idade Média se estendeu até o fim do século XVIII.
Estão corretas as alternativas
(A) I, II, III e IV.
(B) II e III apenas.
(C) I e IV apenas.
(D) II, III e IV apenas.
(E) I, III e IV apenas.
QUESTÃO 2
Sobre a transição entre o fim do Império Romano e o estabelecimento do feudalismo, assinale a
alternativa correta.
(A) O período foi marcado pelo total abandono das cidades e pelo uso de moedas, substituídos
pela vida no campo e pela produção autossuficiente, sem a necessidade de trocas.
(B) A progressiva libertação dos escravizados, a partir do século III, garantiu a proliferação do
trabalho assalariado.
(C) A sociedade feudal foi um produto direto da fusão de elementos romanos e germanos. Um
aspecto comum às duas sociedades era a desigualdade social, que permaneceu no feudalismo.
(D) Foi um período de pouca importância na historiografia, marcado pela invasão dos povos
bárbaros no Império Romano do Ocidente e pela derrocada da cultura romana na Europa.
(E) Com o colonato, os agricultores estavam ligados à terra, pela qual deviam pagar uma renda
periódica. Seus descendentes, porém, eram isentos de tal obrigação.
QUESTÃO 3
Imagem I
O IMPERADOR Justiniano e sua Corte. [anterior a 547]. 1 mosaico. Basílica de São Vito, Ravena.
Imagem II
QUESTÃO 4
[...] O Corpus Juris Civilis (Corpo de Lei Civil) é uma obra fundamental da jurisprudência,
publicada por ordem do imperador bizantino Justiniano I. O livro é composto por 4 partes: o
Código de Justiniano, que continha toda a legislação romana revisada desde século 2; o Digesto
ou Pandectas, composto pela jurisprudência romana; Institutos, os princípios fundamentais do
direito; e as Novelas ou Autênticas, com leis formuladas por Justiniano. [...]
CORPUS Juris Civilis – O Direito Romano. Disponível em: <https://super.abril.com.br/comportamento/corpus-juris-
civilis-o-direito-romano/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
QUESTÃO 5
[...] Maomé pertenceu a um ramo menor do clã dos Quraysh (coraixitas), um dos mais
poderosos de Meca. Foi criado como mercador e casou-se aos 25 anos com uma rica viúva bem
mais velha que ele, chamada Khadija. Supõe-se que, nas suas viagens de negócios, Maomé teria
entrado em contato com árabes judaicos e cristãos e sido influenciado por eles. [...]
DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2011. p. 25.
(A) Maomé não obteve sucesso na tentativa de unificar a península arábica em nome do Islã.
(B) O profeta Maomé não obteve resistência para empreender a conquista de Meca.
(C) A principal influência que Maomé sofreu do judaísmo e do cristianismo foi à crença no
monoteísmo.
(D) O comércio, atividade desenvolvida por Maomé, não era comum entre os povos árabes do
século VII.
(E) Os árabes, no século VII, não tinham contato com cristãos, só com judeus.
QUESTÃO 6
[...] O Islã, como o cristianismo, é uma fé expansionista e monopolista da verdade. Os
consecutivos impérios árabes e muçulmanos expandiram a fé muçulmana, a língua árabe e
padrões culturais comuns. Hoje, perto de 95% da população do Oriente Médio é muçulmana. No
entanto, quando o Islã ali chegou, possivelmente 95% eram cristãos. A diminuição do cristianismo
na zona de seu nascimento gerou um conflito duradouro entre essas duas religiões rivais.
Nos últimos duzentos anos, a influência do cristianismo também diminuiu na Europa, mas a
relação antagônica com o Oriente Médio só se exacerbou por fatores econômicos e geopolíticos.
Os Estados muçulmanos do Oriente Médio se enfraqueceram; mas a região cresceu em
importância estratégica – afinal, muito do petróleo do mundo está lá – e tornou-se espaço
privilegiado para as rivalidades com e entre as potências europeias. [...]
DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2008.
I. O islamismo teve seu processo de expansão relacionado à busca por riquezas e territórios mais
férteis, dado que a origem da religião islâmica foi a Península Arábica.
II. Um pilar religioso do islamismo é o livro sagrado denominado Corão, com preceitos que devem
ser fielmente seguidos pelos muçulmanos, pois são considerados verdades absolutas.
III. A justaposição de vários fatores – religiosos, estratégicos e econômicos – explica por que o
Oriente Médio capta tanta atenção de políticos, de jornalistas e da opinião pública internacional.
QUESTÃO 7
As cruzadas influíram decisivamente na história da Europa na Baixa Idade Média. A mais
significativa de suas consequências foi
(A) a reunificação das Igrejas Católica e Ortodoxa, separadas em 1054 pelo Cismo do Oriente.
(B) um novo Cisma no cristianismo com o início da Reforma Protestante no século XVI.
(C) a conquista dos lugares sagrados do cristianismo situados na Ásia Ocidental.
(D) a “reabertura” do Mediterrâneo, que, possibilitando a reativação dos contratos entre Ocidente
e Oriente, intensificou o renascimento comercial e urbano na Europa.
(E) o declínio do comércio, o desaparecimento da vida urbana e a descentralização política no
ocidente da Europa.
QUESTÃO 8
O fenômeno das Cruzadas se estendeu ao longo de dois séculos de história europeia, desde a
conquista de Jerusalém pelos turcos (séc. XI) até a queda de São João D’Acre, última fortaleza
cristã (séc. XIII) dominada pelos turcos muçulmanos. Das inúmeras causas da difusão do “espirito
da Cruzada”, destacou-se
(A) a necessidade dos abastados nobres europeus de encontrar aventura, glória e de obter o
principal prêmio: o casamento com uma jovem nobre, bela e rica.
(B) o cumprimento de uma obrigação religiosa: combater o infiel cristão era uma ação santa e
representava a possibilidade de salvação eterna.
(C) a presença de um profundo sentimento de vingança, característico da medievalidade,
acompanhado de motivos econômicos e sociais da Europa.
(D) a predominância de interesses econômicos das cidades comerciais que desejavam expandir
suas atividades mercantis.
(E) a presença da governança nas mãos dos camponeses cruzadistas ao conquistarem suas
próprias terras durante violentas batalhas.
QUESTÃO 9
Sobre as características políticas, econômicas e culturais da Alta e da Baixa Idade Média, analise
as afirmativas.
I – Entre as mudanças políticas e religiosas presentes na Alta Idade Média podem citar o fim do
comércio nas cidades e o combate à cultura greco-romana.
II – A característica econômica na Baixa Idade Média é a subsistência, também denominada de
economia fechada ou natural.
III – Podemos afirmar que a burguesia é a única transformação a ser considerada entre a Alta e a
Baixa Idade Média.
IV – Entre as principais obrigações feudais está a cobrança de impostos. Entre eles, podemos
citar a Corveia e a Talha.
V – O renascimento comercial e urbano pode ser considerado a principal característica da Alta
Idade Média.
VI – A Peste Negra, que eliminou 1/3 da população europeia, está entre os fatores que
determinaram a crise do Sistema Feudal.
QUESTÃO 10
[...] A casa de Deus, que cremos ser uma, está, pois, dividida em três: uns oram, outros
combatem e os outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não sofrem com a sua
disjunção; os serviços prestados por uma são a condição da obra das outras duas; e cada uma,
por sua vez, se encarrega de aliviar o todo. De modo que essa tripla associação nem por isso é
menos unida, e é assim que a lei tem podido triunfar e que o mundo tem podido gozar de paz. [...]
ADALBÉRON de Laon (c. 1020). In: LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Estampa,
1984.
Segundo o texto, pode-se concluir que
(A) a Igreja, instituição mais poderosa do período, foi dividida durante o Cisma do Oriente.
(B) o clero determinava quem nascia para orar, para combater e para o trabalho.
(C) havia uma relação de dependência entre os oratores, bellatores e laboratores.
(D) para o trabalho manual ser concluído, era necessária a aprovação do Clero.
(E) havia uma relação igualitária entre as ordens feudais.