LUCIENE

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CENTRO UNIVERSITARIO FAVENI

LUCIENE

O PAPEL DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM INFANTIL:


UMA REALIDADE POSSÍVEL EM SALA DE AULA

SANTO ANTONIO DE JESUS,


2022
LUCIENE

O PAPEL DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM INFANTIL:


UMA REALIDADE POSSÍVEL EM SALA DE AULA

Trabalho apresentado como requisito parcial


de avaliação do componente curricular:
Estagio supervisionado em 2ª graduação em
Pedagogia.

SANTO ANTONIO DE JESUS,


2022
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IDENTIFICAÇÃO

Instituição: Escola municipal Argemiro José das Mercês

Diretor: Inês Santana Brás

Modalidade de ensino: Educação Infantil

Público alvo: GV criança de 05 anos

Turma atendida: GV criança de 05 anos, período Matutino

Período de execução: 18/07 a 22/07/2022

APRESENTAÇÃO

Muito se tem discutido em relação ao universo infantil, o qual faz parte do nosso
cotidiano, não só na escola, mas, também em casa com os nossos filhos. Diante das situações
com as quais nos deparamos neste cotidiano e cientes de que a educação infantil evolve o
cuidar e o educar, levando em conta que ambos, são indissociáveis. Assim tendo como
objetivo promover a educação integral da criança, em que esse pré-projeto precisa ser feito de
forma significativa, preparando-a para a nossa formação como ser humano, e as próximas
etapas do processo educacional. Diante disso, decidimos buscar embasamentos teóricos que
nos levassem a compreender melhor o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, em
seus aspectos físicos, motor, social e intelectual.

Nessa perspectiva de aprimorar e ampliar os conhecimentos buscamos


investigar o papel do lúdico na aprendizagem infantil, acreditando na importância de trabalhar
a ludicidade com essa faixa etária. A pesquisa está embasada nas teorias de Piaget, Vygotsky
e contribuições de Kishimoto, entre outros. De acordo com a teoria dos autores, eles
contribuem com a prática pedagógica, quando defende que a criança se desenvolve desde o
nascimento, em que começa pelas fases da vida, e assim ocorre a aprendizagem. Assim, para
nós é essencial e na prática pedagógica, estudar e compreender as concepções de criança e de
infância, na tentativa de entender melhor o universo infantil.

Assim esse projeto tem como objetivo geral compreender segundo os


pressupostos teóricos destas concepções, como a criança aprende de forma lúdica, e como
objetivos específicos: Analisar quais aspectos dos jogos, brinquedos e brincadeiras,
contribui para a aprendizagem na educação infantil, como recurso pedagógico utilizado
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pelos professores de educação infantil, considerando a criança como um sujeito ativo e


reflexivo no processo de aprendizagem; e por fim Identificar quais caminhos é percorrido pela
criança neste processo. Por isso compreendemos que, o professor de educação infantil deve
ser brincante, artista além de estar atento as demandas e especificidades das crianças
pequenas, em um contexto diversos de interações jogos e brincadeiras, e ter clareza ao
planejar o cotidiano das crianças garantindo as linguagens artísticas e expressivas,
produção e circulação das culturas infantis, para que vão além do ambiente escolar.

JUSTIFICATIVA

A relevância desse projeto de pesquisa sobre o Papel do lúdico na


aprendizagem infantil está relacionada a atividades com jogos e com o ato de brincar.
Assim as iniciativas lúdicas nas escolas são relevantes, para a aprendizagem, as
quais potenciam a criatividade das crianças, em que contribuem para o seu desenvolvimento
intelectual, social e motor. Com isso o lúdico faz parte da atividade humana e caracteriza-se
por ser espontâneo funcional e satisfatório.

Assim afirmamos que A Educação infantil e o lúdico como uma etapa


fundamental na vida da criança. É nesta fase que ela observa, assimila e expressam seus
sentimentos. Hoje é reconhecida como produtora de cultura, além de ser parte integrante da
sociedade a qual está inserida. Esta etapa da Educação Básica tem como objetivo principal,
desenvolver características cognitiva, afetiva, motora, social e cultural da criança.

Com isso, o currículo deve ser concebido como um conjunto de práticas e saberes das
crianças e tudo que é feito e planejado dentro da unidade educacional. Com isso nas práticas
pedagógicas, favorecer situações, e vivências a um ser que sente, pensa e é capaz de produzir
cultura, na construção da sua identidade. Sendo de fato um sujeito histórico e de direitos.
Como afirma o Art. 4.º da Dons, (2009):

“Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão


considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito
histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas
cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca,
imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e
constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura”.
(BRASIL, Dons pág.1)
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No entanto, hoje em dia, as instituições de educação infantil estão construindo uma


nova dimensão de visão educacional, toda a atividade educativa agora é centrada
com objetivo de promover a socialização das crianças. Sobretudo, porque as atividades
oferecidas pelo professor são de grande importância para o desenvolvimento
cognitivo integral, das crianças sendo estas, asseguradas por leis, já citadas anteriormente.
Portanto o conhecimento construído através da brincadeira os possibilitam a obterem melhor
desempenho na aprendizagem.

Nota-se que a atual Educação Infantil trilha a procura de estratégias capazes de


garantir o cuidar e o educar da infância, tendo em vista atender as necessidades do corpo e
mediar o desenvolvimento sociocultural das crianças desde o nascimento, assegurando-lhes o
tripé de direitos que se esboça para esta etapa da educação, o direito a brincar, criar e
aprender.

Neste tocante, faz-se necessário a intervenção da ação lúdica, ou seja, o brincar é uma
forma de linguagem a partir da qual a criança atua, desenvolve-se e cria seu próprio
conhecimento. Pois observamos que a mesma não tem recebido a atenção adequada dentro
das instituições de Educação Infantil, que ainda não se deu conta que é por meio da
brincadeira que a criança se envolve em jogos, em danças e sente a necessidade de partilhar
com o outro. Ainda que em postura de adversário, a parceria é um estabelecimento de relação.

Esta relação expõe as potencialidades dos participantes, afeta as emoções e põe à


prova as aptidões testando limites. Brincando, jogando ou dançando a criança terá
oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais
como atenção, afetividade, o hábito de permanecer concentrado e outras habilidades
perceptuais psicomotoras. Brincando a criança torna-se operativa e coletiva.

Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva a coordenação motora,


a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à posição do corpo, direção a seguir e
outros; participando do desenvolvimento em seus aspectos bi psicológicos e sociais;
desenvolva livremente a expressão corporal que favorece a criatividade, adquira hábitos de
práticas recreativas para serem empregados adequadamente nas horas de lazer, adquira
hábitos de boa atividade corporal, seja estimulada em suas funções orgânicas, visando ao
equilíbrio da saúde dinâmica e desenvolva o espírito de iniciativa, tornando-se capaz de
resolver eficazmente situações imprevistas.
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OBJETIVO GERAL

 Nosso objetivo geral da pesquisa é verificar que a partir da hipótese de


que a criança aprende por meio das relações e interações sociais, sendo
capaz de assimilar qualquer assunto em qualquer estágio de sua vida. Os quais
contribuirão para o seu desenvolvimento, físico, social, motor e cognitivo. Ou seja,
verificar quais os fatores relevantes da importância do papel do lúdico na
aprendizagem infantil.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Buscar a interação entre coordenação, professores e alunos.


 Aumentar a prática de atividades lúdicas em sala de aula.
 Criar oportunidades de diálogo e a interação entre as crianças.
 Estimular através de jogos recreativos a curiosidade da criança para que
ela aprenda brincando.
 Desenvolver atividades interativas (musicas, danças de roda) que
desenvolvam a afetividade e a socialização.
 Realizar atividade individual com a finalidade de desenvolver a
concentração e a imaginação da criança.
 Proporcionar através de brincadeiras momentos de lazer e
companheirismos.
Promover a união entre as crianças.
 Melhorar o relacionamento entre educador e educando.

REFERENCIAL TEORICO

Como a concepção do brincar para a Educação Infantil é tão importante e necessária


para a construção do ser criança em seus vários aspectos: físicos, cognitivos, emocionais e
sociais. Levantando questões interessantes e aprofundando ideais do assunto, utilizando-se de
pesquisas bibliográficas e análise de dados realizada em uma determinada escola, para que
possamos compreender a verdadeira proposta da Pedagogia de Projetos no seu real sentido.

O brincar para as crianças é uma das atividades mais prazerosas, onde elas interagem
umas com as outras, além de desenvolverem capacidades importantíssimas, tais como a
atenção, a imaginação, a imitação e a memória. Segundo Dornelles (2001, p.104) “o brincar é
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uma forma de linguagem que a criança usa para compreender e interagir consigo, com o
outro, com o mundo”.

É no brincar que a criança se percebe como ser livre, que escolhe com quem quer
brincar, assim formando e tomando sozinha sua própria decisão. E a partir desses momentos
de descontração que a criança desenvolve sua autonomia, e com a diversidade de brincadeiras
existentes em nosso país, começa a descobrir-se enquanto um ser pensante com identidade
própria, pois as brincadeiras perpassam por várias gerações. Desse modo, “a criança se
expressa pelo ato lúdico e é através desse ato que a infância carrega consigo as
brincadeiras[...]” (DORNELLES, 2001, p. 103).

Percebe-se claramente, o desenvolvimento das habilidades e competências das


crianças, principalmente duas mais importantes, tais como a autonomia e identidade de cada
uma delas. Pois, é na brincadeira do faz-de-conta que, as crianças aprendem a reconhecer as
pessoas que estão ao seu redor. É através desse faz-de-conta que irá formar sua identidade
como pessoa. Ao imitar um adulto ou até mesmo um animal, a criança virar personagem da
sua própria história, criando e reinventando as coisas que conhecem bem, ou seja, elas
escolhem quem querem ser.
“Ao brincar de faz-de-conta, a criança transforma objetos que, muitas vezes,
para nós adultos, nada tem a ver com o que ela leva nas mãos: uma tampa de
panela passa a ser o manche do avião, ela serve como representação de uma
realidade ausente e ajuda a criança a separar o objeto e significado. ”
(DORNELLES, 2001, p. 105)

Para a criança, o brincar nunca é demais, pois todas as vezes que brincam é sempre
diferente, novo. E traz consigo uma realidade que já vivenciou ou não. O brincar como uma
atividade lúdica na Educação infantil é de grande importância, visto que sua forma de educar
é dinâmica e espontânea, fornecendo muitos benefícios para o professor desse segmento
escolar. Um deles é a proposta de se trabalhar com eixos temáticos, facilitando assim, a
aprendizagem significativa das crianças.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI), os


eixos temáticos proporcionam para as crianças momentos de descontração, construção e
descobrimento, dando espaço dessa forma para a Pedagogia de Projetos, acrescentar através
de sua prática, uma educação com melhores condições de trabalho e motivação para as
mesmas.
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“Um dos ganhos” de se trabalhar com projetos é possibilitar às crianças que


a partir de um assunto relacionado com um dos eixos de trabalho, possam
estabelecer múltiplas relações, ampliando suas ideias sobre um assunto
específico, buscando complementações com conhecimentos pertinentes aos
diferentes eixos. “ (BRASIL, 1998, p. 57) ”.

O experimentar, o sentir, o tocar, o construir novas coisas ou até mesmo criar


situações totalmente inesperadas, é único das crianças, ou seja, faz parte importantíssima do
mundo infantil, da ludicidade, da criatividade, da emoção e da evolução. Por isso é tão
importante e necessário saber organizar e planejar bem os temas cujos objetivos facilitem esse
entendimento dos conteúdos trabalhados na Educação Infantil. O jogo pode ter diferentes
significados depende de cada cultura, cada sociedade e em diferentes tempos históricos.
Kishimoto (1994, p. 15) aponta que:
“A concepção de um jogo dentro desse contexto não pode ser vista como
um ato de nomear nem tampouco um ato solitário, ou seja, faz parte de um
grupo social que é capaz de compreender e se expressar da mesma forma,
usando a língua como instrumento de cultura da mesma sociedade aplicado
ao real”.

Para Kishimoto (1994, p. 13), a satisfação da criança vem quando ela


manipula o objeto e na construção de um brinquedo, que exige não só a
representação, mas também habilidades cognitivas manuais e sociais. Para ela cada jogo tem a
sua especificidade, assim como cada criança, por exemplo: explorar situações imaginárias, no
brincar de faz- de- conta. Já no jogo de dominó, por exemplo: exigem regras
padronizadas, o que no brincar não ocorre.

De acordo Kishimoto (2009), o jogo é um sistema que possui regras e tem um objetivo
que permite uma melhor compreensão de acordo com cada cultura. No entanto, pode se
considerar como jogos, uma ampla variedade como por exemplos; fazem de conta, jogos
simbólicos, motores, sensório-motor, intelectuais ou cognitivos, verbais, de palavras, de
crianças, de animais, e de mais uma grande variedade que engloba na categoria de
“jogo”, mesmo que receba a mesma denominação, joga- se cada um de sua forma
dentro do seu contexto social e cultural que estão inseridos.

O brinquedo definido por Kishimoto (1994) é entendido sempre como um objeto,


suporte da brincadeira ou do jogo, quer no sentido concreto, quer no ideológico.
Historicamente, o brinquedo como objeto não pertence a uma categoria única, em suas
confecções, acabam ganhando vida e ao mesmo tempo, sentidos. Quando são construídas com
matérias – primas oriundas da natureza e incide em ações lúdicas.
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Segundo Vygotsky, (1997, p.82- 83):

“Afirma que no brinquedo existe necessariamente participação e


engajamento, o brinquedo é certamente uma forma de desenvolver a
capacidade de socializar-se, de manter-se ativo e participante. A criança
que brinca bastante será um adulto trabalhador. A criança que sempre
participou de jogos e brincadeiras grupais saberá trabalhar em grupo; por ter
aprendido a aceitar as regras do jogo, saberá também respeitar as normas
grupais e sociais. É brincando bastante que a criança vai aprendendo a ser
um adulto consciente, capaz de participar e engajar-se na vida de
sua comunidade. ”

Para Kishimoto (1994), o brinquedo é suporte da brincadeira quando serve a uma


atividade espontânea, sem intencionalidade inicial, que se desenvolve de acordo com a
imaginação da criança. Ainda nas palavras de Kishimoto (1999, p.18) ressalta que o
brinquedo é indispensável para a compreensão da criança. Diferindo o jogo, brinquedo supõe
uma relação íntima com acriança e uma ausência de um sistema de regras que organiza sua
utilização.

Em todos os tempos, para todos os povos, os brinquedos evocam as mais sublimes


lembranças. São objetos mágicos, que vão passando de geração a geração, com um incrível
poder de encontrar crianças e adultos, (VALESCO, 1996). A ação de brincar está presente na
vida dos seres humanos e especificamente no período da infância. Qualquer ato pode ser
considerado uma brincadeira, pois não possuem regras que possam considerar quais maneiras
de agir. Para interpretar como brincadeira, é necessário somente que os envolvidos nesta ação
a determinem desta forma.

Sendo a criança um ser brincante, criam e recriam ao brincar e em busca da sua


identidade emitem os mais diferenciados sons em seu processo investigativo, a fim de
identificar o ambiente onde vivem. Contudo é necessário que o profissional da área esteja
atento e perceba o modo, como as crianças se expressam em cada fase das suas vidas.
Kishimoto (1998 p. 151) defende a relevância da brincadeira e ressalta a importância da ajuda
do adulto, ao afirmar o seguinte:

“A brincadeira tem papel preponderante na perspectiva de uma


aprendizagem exploratória, ao favorecer a conduta divergente, a busca de
alternativas não usuais, integrando o pensamento intuitivo. Brincadeiras com
o auxílio do adulto, em situações estruturadas, mas que permitam a ação
motivada e iniciada pelo aprendiz de qualquer idade parecem estratégias
adequadas para os que acreditam no potencial do ser humano para descobrir,
relacionar e buscar soluções”.
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A brincadeira infantil possibilita à criança a imitação de diferentes papéis, em


experiência do seu cotidiano, ação que facilita a expressão de sentimentos e relações que
estabelecem com as pessoas do seu meio. O processo educativo no desenvolvimento infantil
requer uma compreensão e atenção, visto que, trabalhar com crianças pequenas não é tarefa
fácil, as mesmas necessitam de cuidados especiais, pois ainda não conseguem fazer tudo
sozinhas, precisam da ajuda do professor. Acerca do educar, o Referencial Curricular
Nacional da Educação Infantil (RCNEI) relata que:

“Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e


aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e
estar com os outros [...]” (BRASIL, 1998, p. 23).

É no convívio em grupo que as crianças aprendem umas com as outras, por serem
bastante curiosas e sempre querem saber o porquê das coisas que observam ao seu redor, o
professor deve auxilia-las nesse processo de integração e aprendizagens.

Segundo Barbosa & Horn (2008, p. 87), “a pedagogia de projetos vê a criança como
um ser capaz, competente, com um intenso potencial e desejo de crescer”. É na fase da
infância que as ideias chegam com maior facilidade, tudo desejam saber e fazer igual,
experimentar e tocar todas as coisas que veem. Por isso, cabe ao professor trabalhar atividades
dinâmicas e criativas, possibilitando-as uma melhor compreensão e visão de mundo.

É no brincar que as crianças se desenvolvem mais, e esse brincar é indispensável na


vida de qualquer criança para uma boa formação como ser humano. Pois a criança que brinca
desperta habilidades como raciocínio lógico, percepção, autonomia, e que futuramente
serviram para sua vida adulta, tornando se adultos capazes de compreender o mundo ao seu
redor, ou seja, seres pensantes.

O brincar, o jogar, ao criar e o inventar é de grande valor no desenvolvimento integral


das crianças envolvendo seu emocional, físico, mental e social, além de trazerem para elas
momentos prazerosos, também ajuda em sua aprendizagem significativa. A criança que brinca
aumenta cada vez mais sua fonte de conhecimento, por isso.

“É importante que o educador observe o que as crianças brincam como estas


brincadeiras se desenvolvem, o que mais gostam de fazer, em espaços
preferem ficar, o que lhes chama atenção, em que momentos do dia estão
mais tranquilos ou mais agitados. Este conhecimento é fundamental para que
a construção espaço-temporal tenha mais significado” (BARBOSA &
HORN, 2001, p. 67).
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O professor da Educação Infantil precisa estar atento às crianças quando estão no seu
momento de distração para que possa observar atenciosamente a evolução ou não de cada
criança. Saber do que gostam e do que não gostam é indispensável para um bom diagnóstico
do processo socioeducativo delas, possibilitando ao professor analisar cuidadosamente sua
prática em sala de aula. A criança necessita se expressar, movimentar-se.

É nessa fase da infância que a brincadeira e o aprendizado precisam ser mais


trabalhados tanto pela escola como pelos professores, pois são fases importantes do
desenvolvimento físico e emocional e que não podem ser deixadas de lado. Negrini (1994,
p.20), em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que
"quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de
suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica".

O professor em sua prática pedagógica deverá promover atividades onde o lúdico


prevaleça. Porém, essas atividades devem ser bastante planejadas e organizadas para que os
objetivos sejam alcançados. A metodologia da Pedagogia de Projetos para o professor da
Educação Infantil é de tornar sua forma de trabalho bem mais eficaz e ao mesmo tempo
prazerosa para as crianças. Capacitando e proporcionando o bem-estar delas através do educar
ludicamente, incentivando o brincar como elemento fundamental no processo de crescimento
e desenvolvimento da criança.

METODOLOGIA:

Considerando-se relevante o tema abordado buscamos encontrar aspectos que


ampliem os conhecimentos e concepções do professor de Educação Infantil, por meio de
autores que propiciem embasamento teórico necessário para a abordagem da ludicidade. O
projeto de pesquisa será constituído com base em livros, entrevista com uma pedagoga que
trabalha em CEI na educação infantil, sobre o tema abordado, com aplicação na prática
cotidiana.

Como procedimento metodológico adotado, em função dos objetivos, será concebida


também uma pesquisa exploratória. As pesquisas exploratórias, segundo Gil (1995), são
desenvolvidas com objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de
determinado fato. De acordo com GIL (1999, p. 43), a Pesquisa é de Caráter “Exploratório”
quando:
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“Um trabalho é de natureza exploratória quando envolver levantamento


bibliográfico entrevista com pessoas que tiveram (ou tem) experiências
práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a
compreensão. Possui ainda a finalidade básica de desenvolver, esclarecer e
modificar conceitos e ideias para a formulação de abordagens posteriores. ”

Para o desenvolvimento dessa pesquisa, iremos extrair informações das publicações já


existentes, as quais contribuirão com o término desta. De modo que possamos aprimorar os
conhecimentos e descobrir significados da aprendizagem “lúdica” no processo de
desenvolvimento das crianças pequenas. Partimos da hipótese de que a criança aprende por
meio das relações e interações sociais, sendo capaz de assimilar qualquer assunto em qualquer
estágio de sua vida. Os quais contribuirão para o seu desenvolvimento, físico, social, motor e
cognitivo.

Nessa perspectiva essa pesquisa visa identificar aspectos dos jogos, brinquedos e
brincadeiras que contribuem no processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças
pequenas, de forma lúdica. Assim a perspectiva nesse sentido trata o lúdico como uma
possibilidade pedagógica em concordância com os referencias e orientação metodológica do
trabalho docente na Educação Infantil.

Diante disso, considerando relevante o tema e o problema apontados e escolhidos para


este trabalho, as informações irão contemplar e propiciar uma amplitude de conhecimentos
sobre o assunto abordado. Sobretudo, com dados significativos e concretos, os quais apontam
a veracidade e respostas às indagações para o início desta pesquisa. Ou seja, pretendemos
analisar os teóricos e observar a prática para alcançar os objetivos aqui apresentados.

ATIVIDADES:

Jogos Recreativos

 Desenvolver na criança sua curiosidade a fim de melhorar seus conhecimentos básicos


numéricos e raciocínio lógico.
 De acordo com a curiosidade e conhecimentos adquiridos a partir dos jogos, assim
como o comportamento em grupo.·.
Músicas Infantis
 Facilitar a memorização e motivar a parceria ao cantarem juntas.
 Baseada na participação e facilidade de aprender.
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Danças de Roda

 Proporcionar à criança momentos de socialização, parcerias e afetividade.


 Segundo o comportamento e relacionamento com as outras crianças

Leitura de Histórias Infantis

 Tornar a criança mais concentrada, atenta e verificar sua capacidade de imaginação e


entendimento.
 A partir do entendimento alcançado pela criança em relação às histórias

Desenho, Pintura, Modelagem e Colagem.

 Estimular a criatividade e aperfeiçoar a coordenação motora da criança.


 Com base nos trabalhos práticos desenvolvidos por elas

RECURSOS:

Materiais: EVA cola colorida, tesoura sem ponta, papel cartão, papel crepom papel
A4, lápis de cor, lápis de cera, tinta guache, massa de modelagem, CDs com músicas infantis,
livros de historinhas, micro system.

Humanos: Professores, alunos e os demais funcionários da escola.

Físicos: Sala de aula, sala de leitura e pátio da escola.

CRONOGRAMA:

ATIVIDADADES Março Abril Maio Junho Julho


Observar orientações X X
Pesquisas bibliográficas X X
Pesquisas documentais X X
Redação do projeto X X
Execução do projeto X X
Postagem do Projeto no AVA X
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REFERÊNCIAS:

BARBOSA, Maria Carmen Silveira; HORN, Maria das Graças Souza. Projetos
pedagógicos na educação infantil. - Porto Alegre: Artmed, 2008.
BRASIL, Ministério da Educação e Secretaria da Educação Básica, Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Brasília 2010.
_____. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da
Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.
CUNHA, H. S. Brinquedoteca definição, histórico no Brasil e no mundo. São Paulo:
Escrita, 1997.
DORNELLES, Leni Vieira Na escola infantil todo mundo brinca se você brinca. In:
CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Galdis E. (Org.). Educação Infantil Para que te quero?
Porto Alegre: Artmed, 2001.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010
GRIFFITHS, Rose A matemática e o brincar. In: MOYLES, Janet R. A excelência do
brincar: a importância da brincadeira na transição entre educação infantil e anos iniciais. [Et
al]; trad. Maria Veríssimo Veronese – Porto Alegre: Artmed, 2006.
HEASLIP, Peter Fazendo com que o brincar funcione na sala de aula. In: MOYLES,
Janet R.A excelência do brincar: a importância da brincadeira na transição entre educação
infantil e anos iniciais. [Et al]; trad. Maria Veríssimo Veronese – Porto Alegre: Artmed, 2006.
KISHIMOTO T. M.; Jogo, Brinquedo, Brinquedo e a Educação (Org.); 9ed. São
Paulo: Cortez, 2006.
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MOYLES, Janet R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. – Porto
Alegre: Artmed, 2002.
NEGRINE, Airton Aprendizagem e desenvolvimento infantil. – Porto Alegre: Propila,
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NOGUEIRA, Nilo Ribeiro Pedagogia dos projetos: uma jornada interdisciplinar rumo
ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. 7. ed. – São Paulo: Érica, 2007.
_____. Pedagogia dos projetos: etapas, papéis e atores. 4. ed. – São Paulo: Érica, 2008.
OLIVEIRA, Zilá de Moraes Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. –
6. ed. – São Paulo: Cortez, 2010.
PIAJET, J. A; Formação do Símbolo na Criança: imitação, Jogo, imagem e
representação. Rio de Janeiro: J. Zahar, 3ª edição, tradução: Álvaro Cabral e Christiano
Monteiro
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2ª ed.
1984.

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