Vet 024
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RESUMO
Cistos inclusão de pena são comuns em várias espécies, que podem ter como formação de caráter
hereditário ou induzido por traumas. Foi atendido no Hospital Veterinário das Faculdades Integradas
de Ourinhos – FIO uma calopsita de aproximadamente um ano, pesando 0,089Kg apresentando
uma massa em região peitoral. O animal recebeu como medicação pré-anestésica midazolam por
via intra nasal (12,5 mg/kg) associado a morfina (2,5 mg/kg) pela via intramuscular. Antecedendo o
ato cirúrgico, foi administrado meloxicam (0,3mg/kg) e enrofloxacina (10mg/kg), ambos por via intra
muscular. O animal foi posicionado em decúbito dorsal e a manutenção anestésica foi realizada com
isofluorano. O objetivo é relatar a realização de um procedimento anestésico cirúrgico a que foi
submetida uma calopsita (Nymphicus hollandicus).
ABSTRACT
Inclusion feather cysts are common in several species, which may have the hereditary form or
induced to trauma. Was attended the Veterinary Hospital of Faculdades Integradas de Ourinhos –
FIO one cockatiel about a year, weighing 0,089Kg showing a node in the pectoral region. The
animal received as premedication as midazolam intranasal administration (12.5 mg/kg) combined
with morphine (2.5 mg/kg) intramuscular. Preceding to the surgery, was administered meloxicam
(0.3 mg/kg) and enrofloxacin (10 mg/kg), both by intramuscular injection. The animal was positioned
supine and anesthesia was maintained with isoflurane. The objective is to report the execution of a
surgical anesthetic procedure they underwent one Cockatiel (Nymphicus Hollandicus).
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Foi atendido no Hospital Veterinário das Faculdades Integradas de Ourinhos
- FIO uma calopsita (Nymphicus hollandicus), de aproximadamente um ano de
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idade, pesando 0, 089 Kg, apresentando uma massa em região peitoral com
evolução de quatro meses.
Conteúdo
Fármaco Dose Concentração
administrado
0,2mg/mL (0,1 mL
Meloxicam 0,3mg/kg Meloxicam 0,2% + 0,14mL
0,9 mL NaCl 0,9%)
5mg/mL (0,1 mL
Enrofloxacina 10%
Enrofloxacina 10mg/kg 0,18 mL
+ 0,9 mL NaCl
0,9%)
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
As aves podem ser restringidas para que a anestesia possa ser induzida
utilizando uma máscara facial ou podendo ser confinados em uma caixa de
plástico transparente material, enquanto que os gases anestésicos ou vapores são
introduzido na caixa. (HALL;CLARKE;TRIM, 2001). Como foi feito durante o
procedimento cirúrgico mantendo o animal na máscara com o anestésico inalatório
isofluorano.
A morfina é um antagonista puro, que não tem sido muito utilizado na
medicina aviária devido ao pouco conhecimento do efeito da droga em aves e
pelos resultados controversos de estudos que demonstram pouca analgesia ou até
mesmo hiperalgesia, além de incordenação motora e sedação (HAWKINS;
MURPHY, 2011), o que diferente do que foi observado, não causando
incordenação do animal durante a recuperação. Para manter um nível plasmático
terapêutico da droga, deve ser administrado na dose mínima de 2 mg/kg, sendo a
leve sedação o único efeito adverso observado (SINGH, 2010). A dose utilizada
da morfina por ter sido um pouco mais elevada levou a sedação do animal como
um procedimento pré anestésico. Segundo LUDDERS e MATTHEWS, in
BENSON, TRANQUILLI e THURMON, 1996, a morfina tem como seu principal
efeito é a analgesia, pois induz a uma rápida diminuição na síntese de serotonina,
o que foi notado.
O meloxicam tem seu mecanismo de ação antiinflamatória que consiste na
inibição exclusiva da enzima COX2 (HUEZA, 2008). Na dose de 0,5mg/kg não
ocorrem efeitos colaterais em psitacídeos, em uso oral ou venoso, sendo a
bioviabilidade alta em ambas as vias (WILSON, 2005), porém o efeito analgésico
desta droga em aves não foi estabelecido (MACHIN, 2005). O uso do meloxicam
neste animal não foi com o intuito exclusivamente da analgesia, pois a morfina já
havia sido realizada como medicação pré anestésica, por isso a diminuição da
dose do que WILSON (2005) indica.
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CONCLUSÃO
O procedimento cirúrgico para retirada do cisto de inclusão de pena pode
representar um método eficaz de tratamento, possibilitando ainda uma melhor
qualidade de vida para o animal. A técnica anestésica e os fármacos utilizados
neste estudo mostraram-se ser viáveis, sendo uma alternativa para outros animais
da mesma espécie que necessitem passar por um procedimento anestésico
cirúrgico.
REFERÊNCIAS
ALTMAN, R.B.; Twenty years of progress in avian anesthesia and surgery. J Am
Vet Med Assoc, Schaumburg, IL, USA, v.212, n.8, p.1233 -1235, 1998.
HAWKINS, M.G.; The use of Analgesics in birds, reptiles, and small exotic
mammals. Journal of Exotic Pet Medicine, New York, v.15, n3, p.177-192, 2006.
LINN, K.A., GLEED, R.D.; Avian and wildlife anesthesia. In: SHORT, C.E.
Principles & practice of veterinary anesthesia. Baltimore: Willians & Wilkins,
cap.5. p.322-329, 1987.
MACHIN, K.L.; Avian analgesia. Seminars in Avian and Exotic Pet Medicine,
v.14, n.4, p. 236-241, 2005.