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LEVANTAMENTO DA FAUNA SILVESTRE ATROPELADA NO ENTORNO DO


PARQUE NACIONAL DA SERRA DE ITABAIANA - SERGIPE

Poster · September 2007


DOI: 10.13140/RG.2.2.22643.68645

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5 authors, including:

Adauto Ribeiro Túlio Vinicius Paes Dantas


Universidade Federal de Sergipe Universidade Federal de Sergipe
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Giulius Magina Tathiana Bagatini


Ecologic - Centro de Avaliações e Perícias Ambientais Brazilian Institute of Environment and Renewable Natural Resources
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LEVANTAMENTO DA FAUNA SILVESTRE ATROPELADA NO
ENTORNO DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DE ITABAIANA
- SERGIPE

Giulius Césare Teixeira Magina (Graduando - Biologia/UFS), Adauto de Souza Ribeiro (Docente -
DBI/UFS), Túlio Vinicius Paes Dantas (Mestrando - PRODEMA/UFS), Renato Gomes de Faria

(Docente - DBI/UFS), Tathiana Bagatini (Analista Ambiental - CENAP/IBAMA).

[email protected].

a 27 Km passando pelos municípios de Nossa


INTRODUÇÃO Senhora do Socorro, Areia Branca e terminando
em Itabaiana. O transecto de observação cruza dois
Nos últimos anos, os impactos causados à fauna ecossistemas: zona de Mata Atlântica e uma
por atropelamentos nas estradas e rodovias têm transição vegetacional denominada Agreste, uma
recebido a atenção de pesquisadores nos vários caatinga mitigada. As coletas são quinzenais e foram
países. No Brasil essa preocupação é mais recente iniciadas em fevereiro de 2007 com duração
e, quase sempre, associada às áreas de interesse planejada de um ano. As carcaças encontradas são
de preservação (RODRIGUES et al., 2002; PRADA, fotografadas e identificadas “in loco” e, as que estão
2004).). em boas condições, são removidas para o
O interesse em controlar e reduzir os impactos das Laboratório de Cordados do Departamento de
rodovias sobre a fauna tem uma relação direta com Biologia da Universidade Federal de Sergipe. Para
o interesse pela qualidade ambiental. Entretanto análise biométrica e estudos de ecto e endoparasitos
no Brasil, essa relação é feita ao desmatamento da e doenças. Os dados são analisados estatisticamente
vegetação nativa e à construção de estradas tanto os parâmetros: médio desvio e variância. Ao final
no Cerrado e como na Amazônia (NEPSTAD et al., do estudo será feito analise dos índices da
1997). Diversidade Shannon-Weaver “H’” (Brown, Zar e
Van Ende, 1997).
Os atropelamentos ocorrem em função de dois
aspectos principais: Primeiro, a rodovia corta o
RESULTADOS E DISCUSSÕES
habitat de determinado táxon interferindo no
deslocamento da espécie, durante o período de Foram analisadas sete coletas neste período num
migração e o 2º aspecto, resulta da abundância de total de 105 animais atropelados neste percurso
alimentos a longo das rodovias servindo de atrativo de 40 km/coleta. Os dois táxons da fauna mais
para fauna. O atropelamento do animal e atingidos foram anfíbios (41 atropelamentos) e
conseqüentemente sua decomposição podem atrair mamíferos (36 atropelamentos); répteis e aves
a presença de animais carnívoros, criando-se um tiveram respectivamente (10 e 18) atropelamentos.
ciclo de atropelamento (DNIT/IME 2004). O esforço de coleta por atropelamento de táxon/
O presente estudo tem por objetivo levantar as coleta foi de: anfíbios (5.8), répteis (1.4), aves (2.5)
características básicas dos atropelamentos de fauna e mamíferos (5.1); Sendo que os anfíbios
silvestre na rodovia BR 235 que liga Aracaju e apresentaram maior variância de s 2 = 55.4,
Itabaiana e relacionar seus efeitos no Parque indicativo de forte sazonalidade, enquanto
Nacional Serra de Itabaiana. mamíferos o s2 =11,8, aves s2 = 5.9 e répteis com a
menor variância s 2 = 0,2. A distribuição e
MATERIAL E MÉTODOS ocorrência de atropelamento foi de 8 animais/km
no PARNA-Serra de Itabaiana enquanto na
A área de estudo é a Rodovia Estadual Br 235 que controle foi de 3.8/Km. Essa razão entre números
está dividida em zona de influência do PARNA - de animais atropelados foi X:Y maior np Na relação
Serra de Itabaiana estimado em 13 km e a Área no trecho que corta o PARNA de Itabaiana (Km 30
controle fora da zona de amortecimento equivalente ao 40) em relação a área controle.

Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil, 23 a 28 de Setembro de 2007, Caxambu - MG 1


CONCLUSÃO Conservação, 2002, Fortaleza. Anais..., 2002, p.
585-593.
Observações preliminares apontam para uma falta
de sensibilidade local para com a fauna silvestre.
Outras estratégias de manejo deverão ser
implementadas. A falta de corredores facilitadores,
acero nas margens da rodovia e atividades de
educação ambiental são as principais variáveis
necessárias para a diminuição dos acidentes.
Identificou-se na BR 235, principalmente no trecho
que cruza a área do PARNA Serra de Itabaiana,
uma zona de acidentes e de efeito pulso para anfíbios
nos 13 km e que há uma descontinuidade ou
aleatório para todos os grupos nos 27km
considerado. A rodovia contribui de forma
significativa como barreira geográfica para alguns
grupos animais.
Os dados também apontam para uma sinergia entre
lixo e acidente, porém os dados são insuficientes
até o presente momento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROWN, J.E.; ZAR, J.H.; C.N. Von ENDE, Field
and Laboratory Methods for General
Ecology. 4th. Edition. WCB, McGraw-Hill. 1997.
273p
DNIT/IME - Projeto de Ampliação da
Capacidade Rodoviária das ligações com
os países do MERCOSUL BR 101
Florianópolis (SC) - Osório (RS).
PROJETO BÁSICO AMBIENTAL - PBA,
SUBPROGRAMA DE PROTEÇÃO À
FAUNA. Dezembro de 2004. Disponível: http:/
/dnit.ime.eb.br/br163/pba/
prog_prote_fauna_flora.pdf. Acesso: março de
2007.
NEPSTAD, D.C. et al. Land-use in amazonia
and the cerrado of Brazil. Ciência e Cultura,
n. 49, p. 73-86, 1997.
PRADA, C. DE S. Atropelamentos de
vertebrados silvestres em uma região
fragmentada do Nordeste do estado de São
Paulo: Quantificação do impacto e análise
de fatores envolvidos. 128p. Dissertação
(Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais) -
Universidade Federal de são Carlos, 2004.
RODRIGUES, F. H. G., HASS, A., REZENDE, L.
M., PEREIRA, C. S., FIGUEIREDO, C. F.,
LEITE, B. F., FRANÇA, F. G. R. Impacto das
rodovias sobre a fauna da Estação
Ecológica de Águas emendadas, DF. In: III
congresso Brasileiro de Unidades de

Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil, 23 a 28 de Setembro de 2007, Caxambu - MG 2

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