Stao Com Pessoas
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pessoas
PIATO, F. R.
SST Gestão com pessoas / Fernanda Ricci Piato
Florianópolis: 2020. 11 páginas
Apresentação
Neste momento, você irá entender a conexão dos comportamentos e do
desempenho dos colaboradores no dia a dia, além de compreender a importância do
feedback e sua relevância na gestão de pessoas.
Subjetividade x objetividade
Ao longo da história, a objetividade tem direcionado a gestão de pessoas nas
organizações. A forma tradicional baseada no behaviorismo e na psicologia
organizacional construiu uma forma racional e objetiva que tenta padronizar os
indivíduos, tratando as pessoas como recursos que têm como finalidade produzir
produtos ou serviços. Essa gestão trata seres humanos como “coisas”, números em
uma planilha.
Ninguém deseja ser tratado como número; as pessoas querem ser vistas,
valorizadas e ter satisfação pessoal no trabalho. Existem ótimos profissionais no
mercado, mas se você quer ter e manter um desses talentos em sua equipe, precisa
ver além dos currículos e descrição de cargos, precisa começar a enxergar as
pessoas e a sua subjetividade, ou seja, aquilo que não está escrito no papel, aquilo
que forma aquele ser, suas emoções, experiências e visão de vida, habilidades natas,
bloqueios e limitações, tudo o que envolve aquele ser de forma integral.
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Saiba mais
Quando falamos do ser integral, estamos dizendo que o ideal é unir
a objetividade – aquilo que a pessoa tem –, com a subjetividade –
aquilo que a pessoa é.
Faria, em seu livro “Análise crítica das teorias e práticas organizacionais”, chama
essa atitude dentro das organizações de “sequestro da subjetividade”, um “processo
intrinsecamente contraditório e densamente complexo, que articula mecanismos de
coerção/consentimento e de manipulação” (FARIA, 2007, p. 50).
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Algumas lideranças assumem uma postura inadequada em relação ao departamento
e o encaram como “inimigo”, ou ainda como sendo a área responsável por suas
dificuldades, quando na verdade, RH e lideranças devem agir juntos, como parceiras
que têm os mesmos objetivos, isto é, os bons resultados da organização.
Para conseguir resultados esperados das equipes, Ulrich (2000, p. 39) indica quatro
maneiras de gerir pessoas, por meio da união de RH e lideranças, que contribuem
com o alcance de bons resultados:
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Tornar-se um agente de mudança:
Por isso, como líder, seja um aliado da área de recursos humanos, com o mesmo
objetivo de gerir pessoas e talentos em busca de um resultado.
A empresa é uma estrutura racional que determina o que precisa ser feito, como
e quando. Nessa estrutura, são alocados de forma estratégica os colaboradores
com as habilidades e os conhecimentos que a empresa entende serem necessários
para cumprir as tarefas que levarão a concretizar produtos e serviços. A avaliação
de desempenho é então o processo responsável por avaliar de forma constante e
preventiva se tudo saiu como o planejado, se as pessoas certas estão nos lugares
certos, se o que foi planejado é suficiente e adequado, para que haja tempo de
reestruturar e mudar a rota, se for necessário.
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O foco da avaliação de desempenho é identificar as diferenças entre o Desempenho
Esperado (DE) e o Desempenho Realizado (DR) por três critérios que dirão quais são
as medidas a serem tomadas ou não. Vamos conhecê-los:
DE = DR:
DR > DE:
DR < DE:
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• Estar atento aos sinais de perigo: é preciso que tenhamos a visão do todo, co-
nhecer os talentos da equipe e identificar seus potenciais de realização para
que quando houver a avaliação de desempenho formal, tenhamos noção do
que será preciso fazer em caso de necessidade de adequação. Não é neces-
sário esperar que o RH acione o processo formal para avaliar constantemen-
te se as pessoas certas estão desempenhando as funções mais adequadas;
mas vale ressaltar que o RH é um parceiro valioso, usando de suas ferramen-
tas, o líder será mais eficiente ao identificar e mapear os talentos, alinhando
expectativas e pontos de melhoria de sua equipe, que sempre deve ter ciência,
tanto das expectativas como dos pontos que cada um pode melhorar para
colaborar com os resultados.
Feedback saudável
Sabe aquela conversa no corredor, bate-papo no restaurante da empresa e
contribuições em reuniões gerais? Então, nada disso é feedback. Feedback é uma
eficaz ferramenta de interação e de grande importância para o desenvolvimento
de profissionais; é realimentar ou dar resposta a um determinado pedido ou
acontecimento, ou seja, nada mais é do que o retorno que você dá ou recebe sobre
uma determinada situação ou assunto.
Orientação e aconselhamento:
Manter e aprimorar:
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Desenvolver desempenho em equipe:
Melhorar disposição:
Comprometimento do profissional:
Com a utilização correta dessa ferramenta, são inúmeros os benefícios para todas
as partes envolvidas: quem aplica, quem recebe e a organização em si. Entre os
benefícios, podemos esperar:
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A forma como o feedback é aplicado também é crucial; ser assertivo na
comunicação, trazer exemplos dos comportamentos do colaborador e gerenciar
comportamentos vai determinar o sucesso do feedback. Ter clareza e objetividade
na mensagem, gerenciar as emoções e os conflitos durante a aplicação.
Encontrar esse equilíbrio requer treinamento e pode levar mais ou menos tempo,
dependendo da sua dedicação. O importante é realizar o feedback de forma
consciente, medida e planejada.
Fechamento
Estudamos que trabalhar com pessoas é um dos maiores desafios de um gestor,
pois ele precisa se adaptar a perfis e comportamentos totalmente diferentes.
Cada pessoa é uma pessoa, e deste modo reage de maneira diferente a mesmos
estímulos, logo não existe uma “receita de bolo” para realizar uma gestão de pessoas
eficiente e que respeite o próximo. Isto obriga o gestor a possuir muita resiliência e
empatia.
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Referências
BOHLANDER, G.; SNELL, S.; SHERMAN, A. Administração de recursos humanos. São
Paulo: Thomson Learning, 2003.
FARIA, J. H. (Org). Análise crítica das teorias e práticas organizacionais. São Paulo:
Atlas, 2007.
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